A batalha espiritual do Pentecostalismo renovação carismática neo-pentecostalismo. Relacionado à doutrina do Espírito Santo, os demnios, a autoridade apost!lica, teolo"ia da prosperidade, con#issão positiva, dons apost!licos, $uebra $uebra de maldiç%es, Rema.
Quatro Princípios Bíblicos para se Entender a Batalha Espiritual Augustus Nicodemus Nicodemus Lopes A necessidade de princípios bíblicos
A melhor melhor maneira de de abordarmos assuntos polêmicos polêmicos é colocá-los colocá-los dentro de seus contextos maiores. Se tivermos a visão do todo, poderemos com mais exatidão entender suas partes. Por exemplo, uma pessoa que tenta achar um endereço numa cidade simplesmente procurando as placas com o nome das ruas pode acabar desorientada desorientada e perdida. Se ela porém tiver um mapa, que lhe dá uma visão mais ampla da área onde ela se encontra, e mostra as liaç!es entre as ruas, poderá mais "acilmente encontrar seu destino. #a mesma "orma, quando colocamos o tema do con"ronto da $re%a com as hostes das trevas dentro de um contexto maior, e percebemos as liaç!es com outras áreas teol&icas, podemos melhor entendê-lo. 'm termos do conhecimento teol&ico lobal, o assunto não pertence a uma área somente. (uando "alamos da polêmica entre salvação pela "é e)ou pelas obras, "acilmente identi"icamos identi"icamos que o assunto pertence * área de soterioloia, ou se%a, o estudo da salvação, uma área da enciclopédia enciclopédia teol&ica. Se tivermos uma boa compreensão dos princ+pios e "undamentos que orientam a soterioloia, poderemos mais "acilmente entender tudo o que está envolvido nessa polêmica. polêmica. as a luta entre a $re%a e Satanás não se enquadra em uma área somente, muito embora a demonoloia demonoloia b+blica, que por sua ve é um departamento da aneloloia, o estudo dos an%os bons e maus/ certamente se%a a principal área a"im. 0 "ato é que os ensinos e práticas da 1batalha espiritual1 levantam quest!es sérias relacionadas com diversas áreas do nosso conhecimento de #eus. (uando, por exemplo, aluns dos de"ensores do movimento "alam de Satanás como se "osse um poder independente, independente, aut2nomo e livre para "aer o mal neste mundo, está indiretamente entrando na área que trata dos decretos de #eus e da sua maneira de overnar o mundo. Ainda, quando aluns revelam possuir in"ormaç!es extra b+blicas sobre o mundo invis+vel dos an%os e dem2nios 3 como por exemplo, o nome de determinados determinados dem2nios e os locais eorá"icos onde supostamente habitam 3 está entrando na epistemoloia, ou teoria do conhecimento. 'ssa área trata do modo pelo qual conhecemos as coisas ao nosso redor, inclusive o acesso humano ao conhecimento conhecimento do mundo espiritual invis+vel, onde habitam e atuam os seres espirituais como an%os e dem2nios. Semelhantemente, quando todo tipo de mal que existe no mundo, quer moral ou circunstancial circunstancial como doença, dor, desempreo desempreo,, etc./ é atribu+do aos dem2nios, levanta-se a antia discussão acerca da oriem dos males e so"rimentos neste mundo presente. ' quando é dito que os cristãos podem ser possu+dos por um esp+rito malino ou "icar demoniados, demoniados, para usar um termo mais em voa/, estamos de volta * soterioloia 3 ou se%a, qual a situação dos salvos diante dos ataques de dem2nios 3 e entramos também na cristoloia, indaando qual a relação entre a obra vitoriosa e consumada de 4risto e a atividade sat5nica no presente. (uando procuramos entender entender os conceitos da 1batalha espiritual1 a partir de princ+pios erais que controlam as diversas áreas abranidas pelo tema, poderemos ter aluns
trilhos sobre os quais poderemos conduir o assunto. 6o que se seue, procuro analisar quatro desses princ+pios que têm import5ncia "undamental para ele7 a soberania de #eus, a su"iciência as 'scrituras, a queda da raça humana e a su"iciência da obra de 4risto. Acredito que se "orem compreendidos adequadamente pelos leitores, "uncionarão como baliadores seuros pelos quais poderão prosseuir prosseuir com maior certea no con"lito diário que en"rentamos contra as hostes espirituais da maldade. Quatro princípios fundamentais 1. Deus é soberano absoluto do seu universo
0 t+tulo acima expressa um dos ensinamentos mais relevantes das 'scrituras para o tema desse ensaio. 8m soberano é aluém que está revestido da autoridade suprema, que overna com absoluto poderio, que exerce um poder supremo sem restrição nem neutraliação. (uando diemos que #eus é soberano, sini"ica que ele tem poder ilimitado para "aer o que quiser com o mundo e as criaturas que criou, e que nenhuma delas pode, ao "inal, "rustrar seus planos. Podemos "aer alumas a"irmaç!es quanto a essa doutrina. A soberania soberania absoluta absoluta de #eus sobre sobre sua criação percebe-se percebe-se claramente claramente nas 'scrituras. 6o Pentateuco #eus revela-se como o 4riador do mundo vis+vel e invis+vel, e da raça humana. 'le é o 9ibertador dos seus e o 9eislador 9eislador que soberanamente passa leis que re"letem sua santidade e exiem obediência obediência plena de suas criaturas. 'le exerce total controle sobre a naturea que criou, intervindo em suas leis naturais, suspendendo-as milares/. Assim, em contraste com os deuses das naç!es, ele é o supremo soberano do universo, acima de todos os deuses, que os %ula e castia, bem como aos que os adoram. 6os livros :ist&ricos, lemos como #eus cumpre soberanamente suas promessas "eitas a Abraão de dar uma terra aos seus descendentes, descendentes, introduindo-os e estabelecendo-os em 4anaã, e ali mantendo-os até que os expulsasse por causa da desobediência desobediência deles. 0s Salmos e os Pro"etas celebram a soberania de #eus sobre sua criação e sobre seu povo. ; ele quem reina acima das naç!es e de seus deuses "alsos, quem controla o curso desse mundo. 6ele seu povo sempre pode con"iar e depender. 0 mesmo reconhecimento encontramos nas 'scrituras do 6ovo
.>?/, bem como a oposição contra a $re%a At @.>->B/ são simplesmente o cumprimento da soberana vontade divina, acontecendo como cumprimento das 'scrituras. Para os ap&stolos, 1as pro"ecias "eitas no Antio .C->C/, a missão aos entios C?.@/, a entrada dos entios na $re%a CD.CE-CF/, a re%eição de 4risto por parte dos %udeus >F.>D->/ 3 todos esses eventos e outros mais são vistos pelos autores do 6ovo G CD.>FG CE.CE/, an%os At D.CB->HG F.>EG >.>?/, pro"etas At CC.>FG >H.CC-C>/, e *s vees o pr&prio Senhor At CF.BG >?.CC/. A presença dos sinais e prod+ios realiados em nome de =esus através dos ap&stolos e de pessoas associadas associadas aos ap&stolos At ?.CEG C@.?G CB.CC/ atestava que era o pr&prio #eus que levava avante a hist&ria da $re%a CD.@/.
A soberania de #eus é ensinada no conceito de Ieino de #eus. as, é o conceito b+blico do Ieino de #eus que melhor expressa a soberania de #eus sobre o universo que "ormou. ?->F/. 0 dom+nio de #eus se estende no presente sobre as aç!es e vidas de suas criaturas, sem que isso represente uma intrusão na liberdade delas em escolher e decidir moralmente. Ao "inal, porém, a vontade do Iei prevalecerá sobre todas elas, sem que nenhuma delas possa acusá-lo de determinista. A $re%a sempre reconheceu o ensino b+blico sobre esse ponto. 0s autores da 4on"issão de Ké de Lestminster exprimiram o conceito da soberania de #eus de "orma muito adequada. 'les escreveram que existe apenas um #eus vivo e verdadeiro, que é um esp+rito pur+ssimo, in"inito em seu ser e em seus atributos, invis+vel, imutável, amoroso, misericordioso, racioso, paciente, imenso, incompreens+vel, , M C/. 'les ainda acrescentaram que #eus possui em si mesmo toda vida, l&ria, bem-aventurança, e que é su"iciente em si mesmo, e que não precisa de nenhuma das criaturas que "e, que ele exerce o mais soberano dom+nio sobre elas, para através delas, para elas e sobre elas, "aer o que lhe aradar. A ele é devido, da parte de an%os e homens, ou qualquer outra criatura, a adoração, o serviço e a obediência que ele assim requerer 4ap+tulo >, M >/. 8ma das evidências b+blicas que citam é que "oi do arado desse #eus soberano escolher os que quis para salvação, e destinar os rebeldes para o castio eterno 4ap+tulo ?, M G c". t CC.>D,>EG Im B.C,CF,>C,>>G > .CB,>HG =d @G C Pe >.F/. A tradição re"ormada 3 seuindo o ensino de Aostinho 3 entende o ensino b+blico sobre a soberania de #eus em termos absolutos. Aostinho considerava que os planos de #eus não podiam ser obliterados, nem sua vontade obstru+da ao "inal. 4alvino, similarmente, concebia a soberania de #eus como o poder determinante do universo ao mesmo tempo em que insistia que a responsabilidade dos seres morais não era aniquilada/. Ne%a, por exemplo, o que ele escreveu nas $nstitutas, no cap+tulo 10 Iesumo da Nida 4ristã17 6&s não somos de n&s mesmos, n&s somos de #eus. Para ele, então, vivamos ou morramos. 6&s somos de #eus. Para ele, então, diri%amos cada parte de nossas vidas. 6&s não somos de n&s mesmosG então, até onde poss+vel, esqueçamo-nos de n&s mesmos e das coisas que são nossas. 6&s somos de #eusG então, vivamos e morramos para ele Im [email protected]/ e deixemos a sua sabedoria presidir todas nossas aç!es.E/ 6ão quero com isso dier que outras linhas teol&icas não reconheçam o ensino b+blico sobre a soberania de #eus. 6a verdade, creio que te&loos em eral, de qualquer orientação doutrinária, estão prontos a reconhecer o ensino b+blico sobre esse assunto. Apenas destaco que, na minha opinião, "oram os re"ormadores e os puritanos que mais coerentemente entenderam e en"atiaram a soberania de #eus sem com isso detrair da responsabilidade das criaturas moralmente responsáveis, como os homens e os an%os, bons e maus, e Satanás, entre esses Oltimos.
0 pr&prio Satanás está debaixo da soberania divina. 'mbora não este%a muito claro na J+blia, a $re%a cristã sempre entendeu que Satanás "oi oriinalmente um dos an%os criados por #eus, talve um querubim de rande belea e poder, que desviou-se do seu estado oriinal de purea e motivado pela vaidade e pela soberba, rebelou-se contra #eus, dese%ando ele mesmo ocupar o luar da divindade $sa+as C@ e 'equiel >F/. Punido por #eus com a destruição eterna, o an%o rebelde tem entretanto a permissão divina para air por um tempo na humanidade, a qual, através de seu representante Adão, acabou por seuir o mesmo caminho do querubim soberbo. Pela permissão divina, Satanás e os demais an%os que aliciou dos exércitos celestiais, cumprem nesse mundo prop&sitos misteriosos, que pertencem a #eus apenas. Aluns deles transparecem das 'scrituras, que é o de servir como teste para os "ilhos de #eus e aente de punição contra os homens rebeldes. 0 ensino b+blico é claro. Satanás, mesmo sendo um ser moral responsável e retendo ainda poderes inerentes aos an%os, nada mais é que uma das criaturas de #eus, e portanto, in"initamente in"erior a ele em l&ria, poder e dom+nio. esmo que a J+blia "ale do reino de Satanás e de seu dom+nio nesse mundo '" E.C>G 9c @.EG =o C@.?H/ e advirta os crentes a que este%am alertas contra suas ciladas '" E.CCG C Pe D.FG < @./, %amais lhe atribui um poder independente de #eus, ou liberdade plena para cumprir planos pr&prios, ou capacidade para "rustrar os des+nios do Senhor. Assim, a J+blia nos ensina que Satanás não pode atacar os "ilhos de #eus sem a permissão dele. Koi somente assim que pode atacar o "iel =& =& C.E-C>G >.C-/, incitar #avi a contar o nOmero dos israelitas C 4r >C.C com > Sm >@.C/ e peneirar Pedro e demais disc+pulos 9c >>.?C-?>/. 0s crentes têm a promessa divina de que ele s& permitirá a tentação prosseuir até o limite individual de cada um C 4o CH.C?/, o que s& "a sentido se o Senhor tiver pleno controle sobre a atividade sat5nica. 0s autores b+blicos não viam esse controle do #eus santo e puro sobre a atividade sat5nica como uma insinuação potencial de que #eus era o autor do mal ou mesmo pactuasse com ele. 6um universo em estado de rebelião contra o seu santo e soberano criador, onde habitavam seres morais responsáveis, deca+dos espiritual e moralmente, era per"eitamente conceb+vel que #eus, em seu plano de redenção, interaisse com homens e an%os deca+dos, usando-os con"orme seu querer soberano. 'm nossos dias, percebe-se claramente que a doutrina da soberania de #eus, como entendida pelos re"ormados, não é muito popular. Alumas di"iculdades têm sido levantadas contra ela. :omens e an%os podem "rustrar os planos de #eus. 'ssa estranha idéia predomina em aluns arraiais evanélicos. 8m exemplo é o artio escrito por arrs, onde a"irma que as pessoas estão sempre arruinando o bom plano de #eus, e que #eus sempre está pronto para começar outra ve./ 'stou bem consciente de que a doutrina de que há um #eus que reina supremo não é recebida "avoravelmente entre os incrédulos. 0 salmista menciona que os pr+ncipes desse mundo se uniram para tomar conselho contra #eus e seu 8nido Sl >.>-?/. 6ietsche anunciou a morte de #eus, e os secularistas e ateus resolveram inorar #eus como uma realidade. 'ssa resistência está presente até mesmo entre cristãos. Para aluns deles, #eus é um ser divino a"ável, como eles mesmos. #evemos reconhecer que até mesmo os crentes mais "iéis lutam com o conceito da plena soberania de #eus quando estão passando por so"rimentos. 4ontudo, o conceito b+blico da soberania do Senhor #eus permanece claramente expressa nas 'scrituras. 6ão há uma determinação Oltima de #eus quanto ao universo.
1moderada1 da soberania de #eus do que a compreensão de Aostinho e de 4alvino. Pinnoc a"irma que um controle soberano da parte de #eus nea a habilidade e a liberdade das pessoas em escolher obedecer a #eus ou voltar-se contra seu prop&sito. 'le suere que #eus criou o mundo com uma certa medida de autodeterminação, e que overna um mundo livre e din5mico, onde não há nada determinado de "orma "ixa ou de"initiva. A soberania de #eus, ele suere, é alo aberto e "lex+vel.F/ Pinnoc tem recebido muitas cr+ticas de te&loos re"ormados ho%e. Sua idéia de soberania de #eus não "a %ustiça ao ensino da J+blia acerca do reino de #eus nesse mundo. A soberania de #eus o torna autor do pecado e do mal. uitas pessoas não conseuem entender como #eus pode ser soberano e ao mesmo tempo permitir que o mal impere. =ames 9on, preocupado com essa questão, escreveu7 'u me importo com paradoxos. #eus reina. 0 mal também parece reinar. 'u quero ver como as 'scrituras relacionam os dois. (uase >HQ dos E bilh!es de pessoas desse planeta vivem em absoluta pobrea e so"rimento. A "é cristã deve ter uma boa explicação para isso, se é que vai "aer sentido para eles.B/ Sem querer "aer de #eus o autor do mal, e sem querer menosprear o so"rimento desses milh!es de pessoas, ouso dier que a J+blia tem, de "ato, uma solução para esse problema. Possivelmente, a melhor maneira de entender como os autores b+blicos 3 em especial do 6ovo H->FG :b >.F/. 0 Ieino de #eus %á está entre n&s, mas ainda temos de orar 1venha o @/.CH/ Procuremos entender claramente este ponto. 6os 'vanelhos Satanás é representado como sendo um inimio vencido. 0s dem2nios são expulsos inexoravelmente. 'les se aproximam de =esus, não como neociadores em pé de iualdade, mas como suplicantes c C.>?->FG D.C->H/. 0 Senhor =esus declara que Satanás está amarrado c ?.>G t C>.>BG 9c CC.>C->>/. Por outro lado, a destruição "inal de Satanás é vista como ainda no "uturo t >D.@C/. 'sta tensão "a parte do ensino de =esus acerca do Ieino de #eus, que %á é presente, mas ainda vindouro.CC/
/ as o entendimento correto da soberania de #eus pode traer ao a"lito e deprimido muita pa e esperança, pois lhe asseura que existe ordem e prop&sito para todas as coisas.C?/ 8m bom exemplo disso é o "amoso batista calvinista 4harles Spureon. 'le padeceu durante toda sua vida no ministério de ota e artrite, e a pro"unda depressão causada por essas doenças. Seundo =ohn Piper, o seredo de sua perseverança "oi entender a depressão como parte do plano de #eus para sua vida. Sua con"iança inabalável na soberania divina evitou que "icasse amarurado com #eus, e habilitou-o a perceber que #eus estava usando o so"rimento para derramar ainda mais abundantemente o poder de 4risto através de seu ministério, e prepará-lo para ser ainda mais "rut+"ero.C@/ (uando as pessoas perdem a soberania de #eus de vista, acabam por exaerar os poderes de Satanás e a sua liberdade para "ustiar e a"liir os crentes. Acabam por perder a pa, a aleria e a liberdade para servir ao Senhor livremente. Portanto, reconhecer que #eus é soberano absoluto do universo que criou, nos permite entender o ensino b+blico sobre a batalha espiritual da perspectiva correta.
2. As coisas de Deus só podem ser conhecidas pelas Escrituras
'sse seundo ponto é de import5ncia crucial para nosso entendimento da batalha espiritual. 'le trata da su"iciência das 'scrituras quanto ao conhecimento que precisamos ter acerca de #eus, da sua vontade, suas promessas, e do misterioso mundo celestial, onde invisivelmente se movimentam os an%os e os dem2nios. :á dois aspectos que precisamos destacar aqui. A exclusividade da 'scritura. A J+blia é a Onica "onte adequada e autoriada por #eus pela qual obter in"ormaç!es acerca das coisas espirituais e que pertencem * salvação. Portanto, ela exclui qualquer outra "onte. uito embora #eus se revele através da sua imaem em n&s consciência, Im >.C@-CD/ e das coisas criadas Im C.CB->H/,
entretanto é através de sua revelação especial nas 'scrituras que nos "a saber acerca do mundo invis+vel e espiritual que nos cerca. Assim, muito embora possamos depreender aluma coisa acerca de #eus pelo conhecimento de n&s mesmos e do mundo criado, é exclusivamente nas 'scrituras que encontraremos a revelação clara e plena de #eus para a humanidade. A su"iciência da 'scritura. A J+blia tra todo o conhecimento que precisamos ter nesse mundo, para servirmos a #eus de "orma aradável a ele, e para vivermos aleres e satis"eitos no mundo presente. esmo não sendo uma revelação exaustiva de #eus e do reino celestial, a 'scritura entretanto é su"iciente naquilo que nos in"orma a esse respeito. Aplicando ao tema do nosso ensaio, isso implica duas coisas7 C/ A Onica "onte autoriada que temos para conhecer o misterioso mundo anélico onde se movem an%os e dem2nios é a J+blia. esmo que existam muitos conceitos e idéias acerca dos dem2nios, advindas da superstição popular, da crendice e de experiências pelas quais as pessoas passam, é somente nas 'scrituras que encontramos conhecimento seuro acerca de Satanás e de sua atividade nesse mundo. 'la é sinular e exclusiva. >/ A J+blia contém tudo o que #eus dese%ava que conhecêssemos a respeito de Satanás. 0 ensino que ela nos o"erece sobre os dem2nios e suas atividades é su"iciente para que possamos estar sempre prontos para resistir *s suas investidas e para a%udar as pessoas que se encontram cativas por eles. 0u se%a, tudo que precisamos saber para travarmos uma uerra espiritual contra as hostes espirituais da maldade está revelado nas páinas da 'scritura, e isso inclui conhecimento das ciladas astutas do diabo e a maneira correta de procedermos diante delas. A J+blia é nosso manual de combate espiritual. 'la nos revela o caráter de nosso inimio, suas intenç!es e artimanhas, e de que modo podemos "icar "irmes contra suas ciladas. Assim, os estudiosos costumavam escrever 1demonoloias b+blicas1 que nada mais eram que uma sistematiação do ensino das 'scrituras acerca de Satanás, seus an%os, e sua atividade nesse mundo.CD/ 0s puritanos, por exemplo, escreveram muitas obras acerca do con"lito entre os cristãos e o diabo, que no eral sempre eram baseadas no que a J+blia diia sobre os dem2nios e suas atividades.CE/ 4ontudo, em nossos dias, assistimos com perplexidade o crescimento espantoso de uma demonoloia que se utilia de outras "ontes de conhecimento acerca do reino das trevas além das 'scrituras, ao ponto de a"inal contradierem o ensino da mesma, ou de a complementarem.
pessoais para provar suas convicç!es. 'la a"irma, com base na sua experiência de aconselhamento, que certos dem2nios 1adquirem1 o direito de se sentarem no pescoço das pessoas. 4om base em testemunhos, ela a"irma que as oraç!es da $re%a diminuem o +ndice de criminalidade, roubo e violência, que as entidades de uma rua podem ser atadas, etc. 8ma de suas crenças mais curiosas, a de que determinadas ire%as tem entidades malinas que se alimentam dos pecados não resolvidos da comunidade e seus pastores, é de"endida principalmente com base em vários testemunhos. 0 que é ainda mais preocupante, $tioa "a várias especulaç!es sobre os dem2nios que dominam o Jrasil baseada na doutrina da 8mbanda sobre estas entidades.CF/ 8m outro exemplo é o artio seminal de Peter Laner sobre 1'sp+ritos H/ as não pára ai. 'le tenta um cálculo do nOmero de dem2nios que existem baseado nas in"ormaç!es de um ex-pai de santo da 6iéria, a quem Satanás teria desinado autoridade sobre um determinado nOmero de dem2nios, que por sua ve tinham controle sobre outro nOmero.>C/ Laner de"ende a tese de 1casas mal assombradas1 com base na experiência de missionários em Serra 9eoa.>>/ A maior parte do artio é empreado por Laner para amontoar experiências ap&s experiências de campos missionários, que supostamente provam a existência de dem2nios que são autoridades locais.>?/ Lael observa que as experiências citadas por Laner para de"ender a existência e atuação de 1esp+ritos territoriais1 são muito limitadas e cuidadosamente selecionadas.>@/ 'le mostra, por exemplo, que a maioria das ilustraç!es que Laner usa em seu livro Lar"are Praer são tiradas da Arentina, especialmente do ministério do evanelista arentino 4arlos Annacondia, que se utilia das tática da 1batalha espiritual1. Lael nota, porém, que Laner não menciona os casos em que estes métodos "oram empreados sem qualquer resultado, e nem os casos em que houve convers!es em massa, implantação de novas ire%as, e crescimento enu+no de ire%as sem que estes métodos tivessem sido utiliados. Por deixar de mencionar que outras ire%as e miss!es, que não a de Annacondia, estão tendo o mesmo resultado, Laner deixa de "ornecer uma in"ormação importante para que o leitor %ulue os métodos de Annacondia dentro do contexto arentino lobal.>D/ Ievelaç!es dos pr&prios dem2nios. A uma certa altura do seu artio %á mencionado, Laner menciona seis potestades mundiais que estão imediatamente abaixo de Satanás na hierarquia sat5nica, cu%os nomes são #amião, Asmodeo, enuelesh, Arios, Jeeleebub, e 6os"eratus. 'stes dem2nios e seus nomes, seundo Laner, "oram descobertos por Iita 4abeas, que "e pesquisas extensas sobre a hierarquia sat5nica, usando métodos que Laner pre"ere não citar, mas que estão relacionados com o ministério de psicoloia e libertação de 4abeas, e com revelaç!es divinas que ela recebeu através de 1palavras de conhecimento1.>E/ 6ão é di"+cil, para quem lê as obras de Iita 4abeas, perceber qual o método que ela usa para 1descobrir1 os mistérios da hierarquia sat5nica. 'm seu Oltimo livro #esmascarado VSão Paulo7 Ienascer, CBBEW/ 4abeas narra lonos diáloos que teve com dem2nios "alando através de pessoas endemoninhadas/, os quais não somente lhe revelaram seus nomes, como também lhe deram in"ormaç!es sobre outros dem2nios. 'la a"irma que não é correto basear sua teoloia no que dem2nios diem, mas acrescenta 1...tenho a impressão que aquele dem2nio diia a verdade...1 p.>CE/. 'sse é apenas um exemplo. 6os ensinos e práticas do movimento há muitas outras in"ormaç!es sobre os dem2nios adquiridas pelo mesmo método. Pesquisas psicol&icas. 8ma outra "onte extra-b+blica utiliada para se obter conhecimento sobre o mundo espiritual são as pesquisas cient+"icas. ais
conhecimento sobre os sintomas da possessão demon+aca em contraste a distOrbios mentais tem sido buscado através desse método. 'studiosos na área de psicoloia pastoral têm publicado relat&rios onde procuram distinuir a possessão demon+aca de doenças mentais pela observação e análise em seus consult&rios médicos.>/ A J+blia narra diversos casos de possessão demon+aca mas nos o"erece pouca in"ormação acerca dos seus sintomas. 6o eral, os autores b+blicos não estão interessados na psicoloia desses casos, e os narram apenas do ponto de vista teol&ico, para mostrar o poder libertador de #eus através de 4risto, e sua soberania sobre o reino das trevas. #evemos obter toda a a%uda que pudermos para dianosticar as verdadeiras causas do so"rimento das pessoas. 6esse sentido, pesquisas assim são bem-vindas. as, não é "ácil distinuir entre possessão demon+aca e distOrbios mentais. 0 Senhor =esus e os ap&stolos não tinham qualquer di"iculdade em saber quem era o que, mas oavam de uma posição especial que não nos parece ser a mesma dos cristãos em eral. uito embora os cristãos tenham discernimento espiritual, é patente que muitos erros e abusos têm ocorrido nessa área, por parte de pastores, conselheiros e obreiros em eral, especialmente nos chamados 1ministérios de libertação1. 6um recente artio acerca do tratamento dos distOrbios da 1mOltipla personalidade1 um estado psiquiátrico doentio em que as pessoas apresentam várias di"erentes personalidades/, 4hristopher Iosi adverte que os pastores devem ter cuidado para não dianosticar #P distOrbios de mOltipla personalidade/ como sendo possessão demon+aca. 8sar exorcismo num paciente de #P é uma atitude inaceitável, e muitos terapeutas a consideram como sendo extremamente pre%udicial ao paciente.>F/ A necessidade de cautela "ica ainda mais patente quando descobrimos, para nosso des5nimo, que os pesquisadores nessa área não conseuem chear a um acordo quanto aos sintomas que claramente distinuem possessão demon+aca de desordens mentais. Aluns estudiosos, como $saacs, a"irmam que a perda do auto controle, ouvir voes ou ter vis!es, a presença de outras personalidades dentro da pessoa, re%eição de itens reliiosos, "lutuaç!es entre personalidades, comportamento suicida e destrutivo, ocorrências paranormais ou parapsicol&icas, são sintomas claros de possessão demon+aca.>B/ Xeralmente apontam para abuso sexual na in"5ncia como sendo uma das portas de entrada dos dem2nios. Iosi, por outro lado, identi"ica um passado de abuso sexual, ouvir voes dentro da cabeça, comportamento anormal do qual o paciente não se lembra, tratamentos anteriores que não "uncionaram, comportamento auto destrutivo, depressão e dor de cabeça severa, como sintomas de #P. A"irma ainda que o doente t+pico de #P pode ter até mesmo C@ personalidades distintas.?H/ 6ão é meu ob%etivo nessa parte do estudo entrar no assunto da possessão demon+aca, apenas quero mostrar que andamos em terreno escorreadio quando tentamos obter conhecimento acerca do mundo espiritual usando outras "ontes que não a revelação divina. 4onceitos paãos sobre dem2nios. uita coisa ensinada pela 1batalha espiritual1 assemelha-se * sabedoria paã sobre os esp+ritos maus, como os conceitos de 1casa mau assombrada1, quebra de maldiç!es, etc. Xar XreenYald a"irma num artio que é poss+vel que esp+ritos malinos se%am trans"eridos para crentes de E maneiras7 viver numa cidade onde os esp+ritos dominantes seduem os crentesG viver em associação com descrentesG assistir "itas de cinema ou v+deo que exp!em pornora"ia e violênciaG trans"erência de esp+ritos de antepassados +mpiosG imposição de mãos por parte de pessoas erradasG l+deres espirituais que não são realmente homens de #eus.?C/ Podemos concordar que alumas dessas coisas mencionadas acima são perniciosas para o crente e que ele deve evitá-las. as da+ a aceitarmos a idéia de que elas trans"erem maus esp+ritos aos crentes, vai uma rande dist5ncia. 'ssa conclusão não é corretamente in"erida das 'scrituras, muito embora o autor tente "aer re"erência a
alumas passaens que %ula que provam seu ponto. 0 conceito de trans"erência de esp+ritos malinos para crentes parece muito mais um conceito paão do que b+blico. Soa como o conceito de 1mau olhado1 da umbanda.?>/ =á outro autor, escrevendo sobre como uma "am+lia crente deve consarar ao Senhor a casa onde moram, de"ende que pode haver dem2nios morando nela, se os moradores anteriores "oram +mpios, e recomenda que os crentes "açam uma operação de limpea, removendo todos os traços de pecado, e expulsando os dem2nios daquele luar. 0 mesmo deve ser "eito em quartos de hotéis, e escrit&rios.??/ 'videntemente todos os cristãos dese%am morar num luar onde #eus se%a o Senhor, mas as 'scrituras não nos ensinam a "aer rituais de puri"icação de casas ou outros locais para que isso ocorra. #eus habita em n&s, e se habitamos numa casa, nossa presença santi"ica aquele local. A idéia parece ter sido importada das relii!es paãs, especialmente da umbanda e do baixo espiritismo. 0s perios que correm os cristãos que adotam uma demonoloia ou uma visão de batalha espiritual que vai além dos padr!es da Palavra de #eus são devastadores. Nia de rera, os que têm ido além das 'scrituras acabam caindo numa demonoloia semipaã. #e"ensores dessa nova teoloia mesmo apresentando as vees bom material b+blico são tendentes a especulaç!es "antásticas e imainaç!es espetaculares. 0s que vêem a dor, o so"rimento, as doenças, a depressão, o desempreo, os con"litos pessoais e o pecado R en"im, toda a miséria que existe no mundo ao seu redor R sempre em termos de batalha espiritual, correm diversos riscos quanto * sua "é. 'numero em seuida três deles7 Kalsa compreensão. (uando aceitamos a idéia de que vivemos num mundo onde todo mal se oriina na atuação direta de Satanás ou aluns de seus dem2nios, perdemos de perspectiva o ensino b+blico de que somos responsáveis pelos nossos pecados e pelas conseqTências dos mesmos, que eralmente nos traem dor e so"rimento. ' podemos até mesmo começar a questionar se a disciplina espiritual é de alum valor para quebrarmos o poder dos hábitos pecaminosos em nossas vidas, %á que acreditamos que estes se resolvem pela expulsão de entidades espirituais responsáveis pelos mesmos.
. ! homem é um ser decaído e debai"o do #usto #uí$o de Deus
8m terceiro princ+pio "undamental para colocarmos o assunto de 1batalha espiritual1 na perspectiva correta é lembrarmos do verdadeiro estado da humanidade diante de #eus. 4reio que na rai de uma demonoloia de"eituosa e inadequada, como a abraçada pelo moderno movimento de 1batalha espiritual1, encontra-se uma visão incorreta acerca da extensão dos e"eitos do pecado na naturea humana e do estado do homem diante de #eus. 'm outras palavras, "alta o conceito b+blico de que o homem é um ser deca+do moral e espiritualmente e debaixo do %usto %u+o divino. 8ma das randes disputas durante a Ie"orma protestante versou sobre a naturea e a extensão do pecado oriinal. 'le a"etou Adão somente, ou todo o ênero humanoZ A vontade do homem deca+do é ainda livre ou escraviada ao pecadoZ 6o século N Peláio havia debatido "eromente com Aostinho sobre este assunto. Aostinho mantinha que o pecado oriinal de Adão "oi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem ca+do retenha a habilidade para escolher, ele está escraviado ao pecado e 1não pode não pecar1. Por outro lado, Peláio insistia que a queda de Adão a"etara apenas a Adão, e que se #eus exie das pessoas que vivam vidas per"eitas, 'le também dá a habilidade moral para que elas possam "aer assim. 'le reivindicou mais adiante que a raça divina era desnecessária para salvação, embora "acilitasse a obediência. Aostinho teve sucesso re"utando Peláio, mas o pelaianismo não morreu. Nárias "ormas de pelaianismo recorreram periodicamente através dos séculos. 9utero escreveu um livro 1A 'scravidão da Nontade1 em resposta a uma diatribe de 'rasmo, onde o mesmo de"endia conceitos pelaianos. 9utero acreditava que 'rasmo era 1um inimio de #eus e da reliião 4ristã1 por causa do ensino dele sobre o pecado oriinal. ?@/ 'mbora nem sempre houvesse total concord5ncia entre os cristãos, o ensino de"endido por Aostinho, 4alvino, 9utero, puritanos e te&loos re"ormados mais modernos, representou durante muito tempo o pensamento da maioria dos evanélicos. Atualmente, conceitos bastante similares aos de Peláio parece terem conseuido prevalecer entre os protestantes de maneira eral. as, a teoloia re"ormada continuando a"irmando que o pecado de Adão trouxe rav+ssimas conseqTências aos seus descendentes. As duas principais são essas, como se seue7 A corrupção da naturea humana. 4om esse termo se queria indicar a deeneração, perversão, depravação ou decadência espiritual e moral * qual a raça humana "icou su%eita ap&s o pecado de seus primeiros pais, Adão e 'va. 0 pecado maculou a personalidade humana de tal maneira, que o homem é mais inclinado a praticar o mal que o bem. 0 primeiro casal, criado puro e inocente, ap&s experimentar o pecado, %á exibia sinais da corrupção interior7 cada um tentou %usti"icar seu erro colocando a culpa no outro e a"inal em #eus Xn ?.CH-C?/. #epois disso, a hist&ria de seus descendentes é uma triste hist&ria de violência Xn @.F/, poliamia Xn @.CB/, soberba e vinança Xn @.>?/ e imoralidade Xn C?.C?G CF.>H->C/. Apesar de ainda existir alum bem nesse mundo e isso somente pela raça de #eus/, as pessoas sempre estão pensando em "aer coisas erradas Xn E.D/. A descrição dada pelo salmista é estarrecedora7
H, J9:/. Semelhantemente, o ap&stolo Paulo escrevendo aos Iomanos, e dese%ando mostrar que todos, sem exceção, são naturalmente corrompidos e inclinados ao mal, cita em série várias passaens do Antio
sentimentos de miseric&rdia e compaixão, e que são capaes de sacri"+cios os mais her&icos e altru+stas por causas humanitárias e nobres. Apenas atribui tais atos, não * naturea do homem em si, mas ao que denomina de a raça comum de #eus. 4om isso os re"ormados desinam aquelas operaç!es raciosas e soberanas da providência de #eus, pelo Seu 'sp+rito, na humanidade em eral, restrinindo as corrupç!es e as tendências malinas dos coraç!es e promovendo atitudes de miseric&rdia, independentemente das crenças reliiosas das pessoas, com o ob%etivo de preservar por mais um tempo o conv+vio humano, a existência da sociedade e a sobrevivência da raça humana. #essa "orma, se por um lado a humanidade é totalmente inclinada a "aer coisas erradas, por outro, é levada na maioria das vees de "orma inconsciente/ por #eus a realiar atos de miseric&rdia e bondade, pelos quais a sua sobrevivência em sociedade é preservada. 4aso #eus deixasse de atuar assim, a humanidade %á teria se destru+do há muito tempo ve%a Xn >H.EG Sl ??.DG [email protected]?-CDG t D.@D/. A queda do homem não exclui sua responsabilidade. 0 ensino re"ormado da depravação total também não exclui o reconhecimento de que as 'scrituras ensinam que o homem, mesmo nesse estado deca+do, é responsável pelos seus mal"eitos. Aluns estudiosos aleam que o homem não pode ser responsabiliado pelos seus atos pecaminosos desde que é irresistivelmente inclinado a praticá-los. Porém, entendemos que a queda do homem de um estado de purea e inocência para o de depravação moral e espiritual não anulou a sua responsabilidade diante de #eus. As 'scrituras, mesmo a"irmando a depravação moral e espiritual das pessoas, avisa-as que são responsabiliadas por #eus pelos seus atos, e que so"rem as conseqTências dos mesmos c". = B.DEG Pv D.>>G >>.FG =r >C.C@G Im E.>C,>?G > 4o D.CHG Xl E.F-B/. 6ão é di"+cil constatar que "reqTentemente so"remos com os resultados de decis!es, palavras e atitudes erradas que tomamos. A preuiça tem traido pobrea a muitos. 8ma vida desrerada tra doenças. A "alta de dom+nio pr&prio tem provocado reaç!es que levam ao homic+dio. A embriaues e o uso de droas tem traido so"rimentos indi+veis aos seus usuários e "amiliares. 0 amor ao dinheiro, a cobiça e a inve%a têm traspassado a muitos com muitas dores. 6as palavras do escritor =ules Iomains CFFD-CB>/, 1Se nossa época, se nossa civiliação correm a uma catástro"e, isto se dá menos por ceueira, do que por preuiça e por "alta de mérito1.?F/ 'sse é o ponto que dese%amos en"ocar nessa parte do nosso ensaio7 rande parte da miséria espiritual, moral, social, individual, "inanceira e estrutural que sempre a"lie a humanidade é "ruto, em primeiro luar, dos pecados que ela comete. A humanidade em eral é responsável, em rande medida, pela so"rimento moral, espiritual e "+sico que suporta durante sua existência. ; verdade que há muitos e muitos casos em que pessoas so"rem como conseqTência, não de seus erros, mas dos erros de outros R como por exemplo, os pais que perdem um "ilho atropelado por um motorista bêbado, ou os civis que so"rem durante uma uerra. 6ear isso seria cruel. as não é esse o nosso ponto. 0 que estamos querendo dier é que, ou por nossa culpa ou pela de outros humanos, rande parte da miséria que nos acomete tem como rai Oltima esse estado de depravação e corrupção a que a desobediência dos nossos primeiros pais nos lançou, desobediência essa na qual incorremos por n&s mesmosG pois até mesmo as catástro"es naturais R como terremotos, ciclones, secas e dilOvios R são atribu+dos na J+blia * desordem c&smica erada pela queda do homem no %ardim do ;den c". Xn ?.C-CFG Im F.>H->>/. A condenação e o castio de #eus. 'ssa é a seunda conseqTência da queda que dese%o en"atiar. A humanidade não somente vive num estado lastimável de depravação espiritual, provocando muitas dores em si mesma R ela está debaixo do mais severo %u+o de #eus por causa do estado de rebelião em que vive, atraindo sobre si castios temporais impostos por 'le. As 'scrituras declaram abertamente que
#eus, mesmo tendo reservado para o "uturo as penas eternas merecidas pelos pecadores impenitentes, aqui e aora %á imp!e castios temporais aos mesmos.. As 'scrituras nos dão inOmeros exemplos dos castios temporais de #eus sobre o pecado do homem. A começar com os castios impostos ao primeiro casal no ;den Xn ?/, passando pelo dilOvio Xênesis E-F/, a con"usão das l+nuas Xn CH/ e a destruição de Sodoma e Xomorra Xn C?-C/, a J+blia nos deixa muito claro que, aqui e aora, no presente tempo em que vivemos, #eus está executando, mesmo que parcialmente, %u+os sobre os homens pecadores. 'sses %u+os por vees tomam a "orma de "laelos "+sicos. #eus disse por intermédio de oisés que castiaria os israelitas com toda sorte de misérias temporais em caso de desobediência. 0 catáloo de so"rimentos em #euteron2mio >F é impressionante7 diminuição do patrim2nio v.CF/, doenças contaiosas, in"ecç!es, in"lamaç!es e "ebres v. >C->>/, praas v. >>b/, secas v. >?/, tumores, chaas, Olceras e coceiras v. >/, ceueira v. >F->B/, "racasso "inanceiro e escravidão v. >B/ R a lista é in"indável c". o restante dela nos vv. ?H-@@G ver também 9ev+tico >E.C@-@E/. 6ão pretendo "echar os olhos ao "ato de que as 'scrituras ensinam que #eus é paciente, complacente e misericordioso para com a humanidade rebelde, e que apesar da desobediência e rebelião das pessoas, 'le raciosamente lhes dá a vida, saOde, bens, e até lonevidade. esmo as pessoas mais +mpias por vees experimentam nessa vida priviléios materiais que excedem em muito a porção mara com que "reqTentemente os %ustos são araciados. A constatação dessa realidade levou muitos santos antios a inquirir acerca da %ustiça de #eus ver Salmo >G o livro de =&G o livro de 'clesiastes/. A resposta é que #eus, em sua muita miseric&rdia e seuindo prop&sitos "reqTentemente ocultos aos nossos olhos, nem sempre nesta vida castia o pecado imediatamente e na proporção que o mesmo merece. 0 %u+o e a condenação "inal dos +mpios é certa e #eus tem reservado a punição deles para aquela ocasião. Aqui no presente 'le os castiue por vees com "laelos e a"liç!es temporais, como prenOncios daquela condenação eterna que os auarda. A idéia de que todo mal R quer sob a "orma de so"rimento e misérias, quer sob a "orma de pecado R provém da atuação direta de dem2nios é bastante di"undida pelo movimento de batalha espiritual. 6a verdade, acredito que o conceito de que 1todo mal é demon+aco1 é a mais "undamental doutrina desse movimento. A esses esp+ritos malinos é atribu+da a responsabilidade, não somente de doenças, desastres, "racassos, div&rcios, desempreo e coisas semelhantes, mas também de atitudes pecaminosas, como o uso de droas, a prostituição, o homossexualismo, o consumo de pornora"ia e todos distOrbios morais de comportamento. Seundo o entendimento de muitos proponentes da 1batalha espiritual1, essas entidades malé"icas se instalam na vida das pessoas crentes e descrentes/ e nas estruturas sociais, pol+ticas e econ2micas de determinadas rei!es eorá"icas. Iesta * $re%a somente o método de expelir essas entidades dos locais estratéicos onde se instalaram, como meio e"ica de combatê-las e libertar as pessoas debaixo de seu controle. 0 ponto que dese%o "risar é que esse ensino do movimento de 1batalha espiritual1 é uma perspectiva limitada e reducionista do ensino b+blico acerca do so"rimento humano bem como uma avaliação distorcida da realidade que nos cerca. 0s di"erentes so"rimentos experimentados nessa vida pelos homens têm como oriem, muitas vees, não somente a desobediência humana, como também o castio divino. 'videntemente, não sabemos ao certo dier quando um termina e o outro começa. ' é preciso reconhecer que, em casos como o de =&, Satanás pode servir como instrumento dentro dos prop&sitos divinos. Provavelmente os e"eitos do pecado, os %u+os divinos e a atuação dos dem2nios estão tão interliados em aluns casos que a separação na prática é imposs+vel. #e qualquer "orma, creio ter "icado claro que o conceito de"endido pelo movimento de batalha espiritual, de que todo so"rimento, toda
miséria e todo mal circunstancial que sobrevêm *s pessoas ho%e, tem oriem demon+aca, não tem qualquer sustentáculo b+blico. 6ão estou diendo que os esp+ritos malinos não atuam na promoção da miséria e da dor, bem como na disseminação do pecado. 6ear isso seria near o ensino da J+blia. 'la a"irma que o diabo veio para matar, roubar e destruir =oão CH.CH/. A"irma também que ele é o pai da mentira =o F.@@/. Sabemos que Satanás se utilia da nossa naturea depravada como instrumento de tentação, como se "osse um aliado interno, para nos levar ao pecado.?B/ 0 que estou questionando é a ên"ase do movimento de batalha espiritual de que toda "orma de mal circunstancial e moral/ provém diretamente de Satanás, e que ele é, em Oltima análise, o responsável pela nossa escravidão a determinados pecados. Ieconheço que muitos cristãos acham extremamente di"+cil romper com determinados comportamentos compulsivos que sabem ser pecaminoso, como ver pornora"ia, comer em excesso, sentir autopiedade ou mentir. 'stou também pronto a admitir que Satanás procura levar as pessoas a permanecer escravas desses hábitos e padr!es pecaminosos. (uestiono, porém, a idéia de que tais crentes não conseuem se livrar porque estão debaixo do poder de um determinado esp+rito malino que os levam a pecar sempre que esses dem2nios assim o dese%em. (uestiono essa idéia porque creio estar claro nas 'scrituras que o homem é corrompido o su"iciente para atrair sobre si so"rimentos e a"liç!es decorrentes de seus pr&prios atos sem que nenhum dem2nio este%a necessariamente envolvido/. A idéia de que todo comportamento compulsivo é decorrente de demoniação é um dian&stico inadequado e abre portas para soluç!es inadequadas. A J+blia também ensina, como vimos, que #eus é o autor de males e so"rimentos que envia sobre os +mpios e mesmo, sobre seus "ilhos, para corrii-los/. 4om isso não estou, nem por um seundo, suerindo que #eus é o autor do pecado, ou que se%a, no m+nimo, cOmplice do mesmo. (uando começamos a ir além da 'scritura, e responsabiliamos o diabo por todo o mal que ocorre nesse mundo, corremos aluns riscos7 Perdermos de vista o ensino b+blico acerca da queda e depravação do homem. 6um artio cr+tico contra os ensinos de Peter Laner e demais proponentes do movimento de batalha espiritual, ie Lael acusa a teoloia do movimento de ser pobre, descuidada e in"erior, pois apresenta uma perspectiva inadequada do ensino b+blico acerca da queda do homem. Satanás, continua Lael, é visto como operando primariamente através de instituiç!es pol+ticas, econ2micas e reliiosas. 8ma ve que seu poder sobre esses sistemas é quebrado, as pessoas prontamente se converterão a 4risto.@H/ as esse ensino, di Lael, está em completo desacordo com o ensino b+blico de que o coração do homem é endurecido, teimoso e rebelde. 'sse ensino de Laner e de outros tende a %usti"icar os pecados dessas pessoas e sua recusa em submeter-se a 4risto.@C/ Perdermos de vista o ensino b+blico acerca da responsabilidade pessoal de cada indiv+duo pelos atos que comete. 6um artio sobre como os cristãos podem se libertar de comportamentos compulsivos R outra maneira de se re"erir a prática costumeira de determinados pecados R, o autor 9ester Sumrall corretamente menciona que o diabo ilude as pessoas com conceitos errados acerca do pecado e de #eus, para mantê-las escraviadas a determinados hábitos pecaminososG mas responsabilia tais indiv+duos por não serem capaes de romper com tais hábitos7 C/ muitos não dese%am realmente renunciar ao praer que o pecado lhes traG >/ outros são orulhosos demais para buscar a%udaG ?/ outros se concentram em assuntos secundários em ve de irem *
rai do problemaG @/ ainda outros são inconstantes7 dese%am mudar, mas não ao ponto de renunciar *queles hábitos e sentimentos "amiliares. 'le conclui diendo que é somente através de um es"orço espiritual constante que poderemos nos libertar de padr!es rotineiros de pecado.@>/ 0 que dese%o destacar nesse artio de Sumrall é a combinação equilibrada entre o reconhecimento de que Satanás pode iludir as pessoas ao pecado e a responsabilidade Oltima que cada pessoa tem diante de #eus por se deixar iludir e praticar a iniquidade. $n"elimente, essa Oltima ên"ase tem "altado em muitas das publicaç!es de"endendo a 1batalha espiritual1. A tendência eralmente é resolver o problema da escravidão ao pecado em termos de expulsão de dem2nios supostamente responsáveis pelos mesmos, em ve do empreo dos meios b+blicos como a disciplina espiritual,, como mencionado no artio de Sumrall. Perdermos de vista o ensino b+blico de que devemos resistir ao pecado. ; importante observar que nem sempre é "ácil distinuir entre os problemas comuns da vida e ataques de esp+ritos malinos. A di"iculdade aumenta quando descobrimos que a J+blia menciona que, além de Satanás, somos ainda tentados pela carne, pelo mundo e pelas circunst5ncias adversas dessa vida. 0 que muitos de"ensores da 1batalha espiritual1 parecem não perceber é que a maioria dos nossos problemas, di"iculdades e so"rimentos diários se oriinam da combinação entre nossa 1baaem de miséria humana básica1 predisposiç!es enéticas, ambiente "amiliar, de"iciências pessoais/ e nossas tendências pecaminosas amarura, ira, raiva, eo+smo/. 0 mundo e o diabo completam o quadro, interaindo entre si para criar situaç!es de con"lito, que são por vees tão complexas, que não conseuimos classi"icá-las claramente. 0 que é mais interessante em tudo isso, é que as 'scrituras o"erecem aos crentes uma maneira padrão de air nessas circunst5ncias, se%a qual "or a oriem R ou oriens R do con"lito7 submeter-se a #eus, arrepender-se dos pecados, e resistir ao diabo R e ele "uirá < @.-CH/.@?/ 'ntendendo a batalha espiritual somente em termos de ataques de esp+ritos malinos, muitos ho%e têm nelienciado o ensino b+blico acerca da necessidade de santi"icação, disciplina espiritual e resistência moral contra as tentaç!es R se%am elas da carne, do mundo ou do diabo. Portanto, é extremamente importante que mantenhamos "irmes em nossas mentes o ensino b+blico de que o homem é um ser deca+do e que está debaixo do %usto %u+o de #eus. ; importante, não por que dese%amos en"atiar morbidamente essas tristes verdades. as, porque precisamos compreender claramente a naturea das misérias e dos males que acometem as pessoas, a responsabilidade que têm nelas, e de que "orma devem reair.
%. &e al'uém est( em )risto é uma nova cria*+o
0 leitor deverá ter percebido que o t+tulo acima é na verdade uma parte das palavras de Paulo em > 4or+ntios D.C, 1', assim, se aluém está em 4risto, é nova criaturaG as coisas antias %á passaramG eis que se "ieram nova1 AIA/. Pre"eri traduir a palavra tisis como 1criação1 e não como 1criatura1 pelos seuintes motivos7 C/ #as CB vees que a palavra tisis ocorre no 6ovo HG F.CB->>G 4l C.CD, entre outros/, embora em aluns casos a tradução 1criatura1 se%a poss+vel. >/ Alumas das traduç!es mais respeitadas internacionalmente pre"erem também 1criação1 em ve de 1criatura1, como a ISN e a 6N$. ?/ 14riação1 expressa melhor o sentido do que Paulo dese%a dier em > 4o D.C. Seu ponto não é a trans"ormação psicol&ica e espiritual que acontece com uma pessoa que está em 4risto como na tradução da J9:, 1é uma nova pessoa1/,
mas sua participação na nova criação que %á "oi iniciada por #eus em 4risto. 0 contraste coisas 1antias1 e 1novas1 não é um contraste entre o tempo antes e depois da conversão da pessoa a 4risto, mas entre o per+odo antes e depois da vinda de 4risto, entre a velha era e a nova. As palavras de Paulo devem ser entendidas, não psicoloicamente, mas escatoloicamente, em termos do seu ensino sobre o raiar da nova era em 4risto, do in+cio da nova criação em 4risto, da qual ele é o primoênito. @@/ =á tratamos acima acerca do ensino paulino sobre as duas eras. 'videntemente esse conceito abrane o outro, de que a pessoa se torna uma nova pessoa interiormente, mas aponta para ainda outras caracter+sticas da obra de 4risto em "avor da Sua ire%a. 'ntendido dessa perspectiva o verso está diendo que se aluém está em 4risto ele "a parte da nova criação, da nova humanidade cu%o cabeça é 4risto, e des"ruta de todos os priviléios desse novo status. 0utras passaens do 6ovo EG =o ?.?G Xl E.CD/G "oi liberto do dom+nio do pecado e da lei Im E.C-C@G .C-E/G é uiado pelo 'sp+rito de #eus Im F.C-C/. As 'scrituras en"atiam especialmente a nova relação que aquele que está em 4risto mantém com #eus. Antiamente era "ilho da ira, dominado pelo mundo, pela carne e pelo diabo e debaixo do %u+o de #eus '" >.C-?/G aora, "oi perdoado e aceito por #eus, adotado como "ilho em 4ristoG %á nenhuma condenação existe contra ele Im F.C/. 'le não mais pertence a esse mundo que se des"a, mas * época vindoura que %á raiou no presente. Assim, Satanás %á não tem mais qualquer autoridade ou direito sobre ele, apesar de ainda tentá-lo ao pecado. 6as palavras do ap&stolo =oão, 1o malino não lhe toca1 C =o D.CF/. Jasta um estudo simples nas 'scrituras, da linuaem usada para descrever nossa redenção, para que não "ique qualquer dOvida de que o crente, * semelhança de um escravo exposto * venda na praça, "oi comprado por preço, e que, aora, passa a pertencer totalmente ao novo dono. 0 antio patrão não tem mais qualquer direito sobre ele, como reava a leislação romana da época. Assim, Paulo di que "omos comprados por preço C 4o E.>HG aorao, 1comprar, redimir, paar um resate para libertá-lo1/, e que sendo aora livres, não devemos nos deixar outra ve escraviar C 4o .>?/. Komos resatados lutroY/ pelo precioso sanue de 4risto C Pe C.CFG c". Ap D.B/. 0 ensino b+blico acerca da relação que o crente des"ruta com #eus precisa ser en"atiado em nossos dias, particularmente as suas implicaç!es. A %ular por muito do que é dito por de"ensores do movimento de 1batalha espiritual1 quanto * atuação e ao poder dos esp+ritos malinos na vida dos crentes, "alta-lhes uma visão e uma compreensão mais exata quanto ao ensino do 6ovo
as, o que é 1demoniação1Z ; importante entendermos bem o que querem dier quando empream esse termo. :á quatro coisas que de"inem bem esse conceito7 #emoniação é di"erente de possessão demon+aca. Kran Peretti, pastor licenciado da Assembléia de #eus e autor do best seller de CBBF 'sse undo / A 1demoniação1 de um crente verdadeiro pode ocorrer ainda por vários outros motivos7 o pecado de seus antepassados, &dio, amarura e rebelião durante a in"5ncia, pecados sexuais, maldiç!es e praas roadas por outros, e envolvimento com o ocultismo.D?/
processo de demoniação de um crente é eralmente o seuinte7 o primeiro dem2nio invade a sua vida, e abre as portas para que outros venham. Se não "orem detectados e expulsos, permanecerão lá, habitando no crente, e radativamente anharão controle sobre as sua emoç!es, até "inalmente atinirem o centro de sua personalidade. 4rentes demoniados não poderão prosseuir soinhos na vida cristãG precisam de a%uda de aluém que expulse estas entidades de suas vidas.D/ 'mbora o conceito de 1demoniação1 se%a uma &tima explicação para os hábitos pecaminosos que escraviam muitos crentes, ele esbarra em alumas di"iculdades exeéticas e teol&icas. :á pelo menos quatro delas que podemos mencionar. 0 problema é mais que uma questão de tradução. udar a tradução de daimoniomai 1possessão demon+aca1/ para 1demoniação1 não resolve o problema levantado pela suestão de que crentes verdadeiros podem se tornar escravos de dem2nios, mesmo que se%a em apenas alumas áreas morais da sua vida. 'mbora o Oltimo termo tradua de "orma mais literal a expressão b+blica, o primeiro expressa melhor o seu sentido. Aluém 1demoniado1 está debaixo do controle de um dem2nio. 'xiste aluma área de sua vida R ou sua vida toda R que está possu+da por aquela entidade. ; este o sentido da expressão. 6os casos mencionados nos 'vanelhos e Atos, os endemoninhados estavam a"liidos por distOrbios, quer mentais ou "+sicos paralisia, ceueira, surde, epilepsia, loucura, c". t @.>@G F.>FG B.>?G C>.>>G CD.>>/. Seus corpos e mentes haviam sido invadidos por dem2nios. A causa nunca é citada no 6ovo EG 9c @.?DG At D.CEG et al. Portanto, não é de se admirar que os tradutores, quase que universalmente, tem traduido o verbo daimoniomai indicando possessão demon+aca. ; que se trata da invasão de dem2nios na vida, no corpo, na mente e na personalidade das pessoas, cheando ao ponto de escraviá-lo a certos pecados e atitudes. Admitir que um crente este%a 1demoniado1 é admitir que ele está debaixo do controle de Satanás, cativo * sua vontade, impelido a estas atitudes compulsivas. ' portanto, mesmo que a terminoloia "oi trocada, permanece a questão se um crente pode ter dem2nios habitando em seu corpo, o qual é iualmente habitado pelo 'sp+rito Santo.DF/ 0 conceito aride textos claros quanto aos priviléios dos crentes. A questão é realmente auda, pois a 'scritura ensina que o crente está assentado com 4risto nos luares celestiais, acima de todos os principados e potestades '" C.>C->>/. 0 crente está em 4risto, e 4risto nada tem a ver com o malino =o C@.?H/. ', naturalmente, o diabo não toca os que são de 4risto C =o D.CF/, pois o que está no crente o 'sp+rito Santo/ é maior que os esp+ritos malinos que habitam neste mundo C =o @.@/. 0 pecado é atribu+do * naturea deca+da do homem. 0s dem2nios denominados pela 1batalha espiritual1 como sendo dem2nios da lasc+via, do &dio, da ira, da vinança, da embriaues, da inve%a, e assim por diante, não aparecem no 6ovo C. A solução para estes pecados não é expulsar dem2nios que supostamente os produem, mas arrependimento, con"issão, e santi"icação. 0 conceito de 1crente demoniado1, na realidade, em ve de produir a morti"icação da nossa naturea pecaminosa como as 'scrituras determinam 4l ?.FG Im F.C?/, "ornece uma desculpa
e uma racionaliação para o pecado, as quais a nossa naturea pecaminosa sempre é rápida em usar. Kalta comprovação b+blica da demoniação de crentes. Além disto, "alta a necessária comprovação b+blica de que podemos e devemos expulsar dem2nios da vida de crentes verdadeiros. =esus nunca expulsou dem2nios de quem era seu disc+pulo R aria adalena, de quem =esus expulsou sete esp+ritos malinos, certamente se converteu naquela ocasião 9c F.>/. 0s ap&stolos, iualmente, nunca expulsaram dem2nios de crentes das ire%as locais. 0 6ovo H.D, onde #eus a"irma que castia a maldade dos pais nos "ilhos até a terceira e quarta eração. A transmissão enética de dem2nios. Autores como Iodovalho cheam a suerir que os esp+ritos 1"amiliares1 passam dos pais para os "ilhos através dos enes.DB/ #essa "orma, eles se perpetuam na "am+lia eração ap&s eração. $sso explicaria porque determinadas "am+lias so"rem de pecados ou traédias caracter+sticas em suas linhaens. Por exemplo, "am+lias que através dos séculos são marcadas por casos e mais casos de suic+dios são v+timas de um 1esp+rito "amiliar1 de suic+dio, que entrou na linhaem por alum motivo e s& sairá com a quebra da maldição e a reparação do pecado que lhe deu a oportunidade. 0 poder abençoador e amaldiçoador das palavras. As praas, maldiç!es ou palavras más pro"eridas diretamente contra n&s no presente também têm o poder de nos tornar in"elies, de perturbar nossas vidas. aldiç!es podem incluir "rases dos nossos pais como 1menino, vai para o diabo que te carreue[1. Através delas, os dem2nios recebem autoridade para entrar em nossas vidas e torná-las em miséria, dor e so"rimento. A necessidade de quebrar essas maldiç!es. esmo um verdadeiro crente pode deixar de alcançar a plena "elicidade nesse mundo caso este%a 1amaldiçoado1, isso é, debaixo de aluma maldição. 4aso não as quebre, padecerá nas mãos dos dem2nios, que recebem poder para atormentá-lo através delas. 0 processo consiste em localiar e identi"icar estas maldiç!es, e anulá-las 1em nome de =esus1. A 1quebra1 destas maldiç!es o caminho para a libertação.EH/ 6o caso de maldiç!es hereditárias, aluns aconselham que se trace a árvore eneal&ica da nossa "am+lia, procurando identi"icar as praas, maldiç!es, pecados e pactos com dem2nios "eitos por eles no passado, para depois anulá-los, quebrando-os e re%eitando-os em nome de =esus.EC/
; verdade que podemos experimentar as conseqTências dos erros da nossa "am+lia. H.D, onde #eus ameaça visitar a maldade dos pais nos "ilhos, até a terceira e quarta eração dos que o aborrecem. 'ntretanto, ensinar que #eus "a cair sobre os "ilhos as conseqTências dos pecados dos pais, é s& metade da verdade. A 'scritura nos di iualmente que se um "ilho de pai id&latra e adOltero vir as obras más de seu pai, temer a #eus, e andar em Seus caminhos, nada do que o pai "e virá cair sobre ele. A conversão e o arrependimento individuais 1quebram1, na existência das pessoas, a 1maldição hereditária1 um e"eito somente poss+vel por causa da obra de 4risto/. 'ste "oi o ponto en"atiado pelo pro"eta 'equiel em sua preação ao povo de $srael da época leia cuidadosamente 'equiel CF/. A nação de $srael havia sido levada em cativeiro para a Jabil2nia, e os %udeus cativos se queixavam de #eus diendo 10s pais comeram uvas verdes, e os dentes dos "ilhos é que se embotaram. . .1 ' CF.>b/ R ou se%a, 1nossos pais pecaram, e n&s é que so"remos as conseqTências1. 'les estavam trans"erindo para seus pais a responsabilidade pelo castio divino que lhes sobreveio, que "oi o desterro para a terra dos caldeus. Achavam que era in%usto que estivessem paando pelo pecado de idolatria dos seus pais. 8savam um provérbio da época, que nos nossos dias seria mais ou menos assim7 16ossos pais comeram a "ei%oada, mas n&s é que tivemos a dor de barria. . .1 Através do pro"eta 'equiel, #eus os repreendeu, a"irmando que a responsabilidade moral é pessoal e individual diante dele7 1A pessoa que pecar, é ela quem morrerá R não o seu pai ou a sua mãe1 ' CF.@b, >H/. ' que pela conversão e por uma vida reta, o indiv+duo está livre da 1maldição1 dos pecados de seus antepassados, ver CF.C@-CB. 'sta passaem é muito importante, pois nos mostra de que maneira o pr&prio #eus interpreta através de 'equiel/ o sini"icado de ]xodo >H.D. Aplicando aos nossos dias, "ica evidente que o crente verdadeiro %á rompeu com seu passado, e com as implicaç!es espirituais dos pecados dos seus antepassados, quando, arrependido, veio a 4risto em "é. inimiaçao dos e"eitos da obra de 4risto. 'sse é a nossa maior preocupação. 0 ap&stolo Paulo nos esclarece que o escrito de d+vida que nos era contrário, a maldição da lei, "oi tornado sem qualquer e"eito sobre n&s7 =esus o anulou na cru 4l >.C?-CDG Xl ?.C?/. 0u se%a, toda e qualquer condenação que pesava sobre n&s "oi removida completamente quando 4risto paou, de "orma su"iciente e e"ica, nossa culpa diante de #eus. 0ra, se a obra de 4risto no 4alvário em nosso "avor "oi poderosa o su"iciente para remover de sobre n&s a pr&pria maldição da santa lei de #eus, quanto mais qualquer coisa que poderia ser usada por Satanás para reivindicar direitos sobre n&s, inclusive pactos "eitos com entidades malinas, por n&s, ou por nossos pais, na nossa inor5ncia. Jasta um estudo simples nas 'scrituras, da linuaem usada para descrever nossa redenção, para que não "ique qualquer dOvida de que o crente, * semelhança de um escravo exposto * venda na praça, "oi comprado por preço, e que, aora, passa a pertencer totalmente ao seu novo senhor. 0 antio patrão não tem mais qualquer
direito sobre ele, como reava a leislação romana da época. Assim, Paulo di que "omos comprados por preço C 4o E.>HG aoraY, comprar, redimir, paar um resate R termo usado para o ato de comprar um escravo na praça, ou paar seu resate para libertá-lo/, e que sendo aora livres, não devemos nos deixar outra ve escraviar C 4o .>?/. Komos resatados lutroY/ pelo precioso sanue de 4risto C Pe C.CFG c". Ap D.B/. (uando vivemos * lu da loriosa verdade de que 1se aluém está em 4risto é nova criação1 não tememos praas, maldiç!es, encostos, mau-olhado, 1olho ordo1, despachos, trabalhos. $ualmente vivemos seuros de que não somos 1amaldiçoados1 por qualquer dos pecados de nossos pais7 tudo "oi anulado na cru. 6ão estou diendo que os verdadeiros cristãos oam de uma imunidade automática quanto * in"luência de esp+ritos malinos. ; preciso revestir-se da "orça do Senhor e de toda armadura de #eus para que possam resistir *s astutas ciladas do diabo.E>/ eu ob%etivo "oi deixar clara a import5ncia de abraçarmos o ensino correto sobre a situação daquele que está em 4risto. Saber o que isso sini"ica nos dará o par5metros corretos para avaliarmos os "reqTentes relatos de experiências estranhas que ouvimos de evanélicos ao nosso redor, que parecem minimiar ou diminuir a su"iciência da obra de 4risto em "avor dos que são seus. )onclus+o
eu alvo nesse artio "oi abordar aluns dos principais ensinos do movimento de 1batalha espiritual1 partindo do contexto doutrinário maior onde o mesmo se encaixa. Analisando os temas maiores que controlam a área de demonoloia b+blica procurei mostrar que muitas das distorç!es apresentadas pela demonoloia do movimento se devem ao "ato que ele en"oca determinados ensinos "ora dos contextos a que pertencem. (uando analisamos a atuação demon+aca da perspectiva do ensino b+blico sobre a soberania de #eus, a su"iciência das 'scrituras, a queda do homem e a plena redenção em 4risto, veri"icamos que 1batalha espiritual1 não pode se tornar a porta de entrada ou o tema dominante de uma teoloia ou de uma estratéia missionária adequados para a $re%a de 4risto. Seria reduir e distorcer o ensino mais completo das 'scrituras. 'mbora reconheçamos que existe um con"lito se desenrolando no presente entre a $re%a e as hostes das trevas, temos dOvidas de que o mesmo deva ser o ponto "ocal da re"lexão e da praxis da ire%a de 4risto em nossos dias, visto que está subordinado a muitos outros pontos mais abranentes e "undamentais. A $re%a deve uiar-se pelos pontos mais centrais do ensinamento b+blico. Através deles colocará na perspectiva correta qualquer novo assunto que sur%a. 6esse cap+tulo enumerei quatro desses pontos que controlam, ao meu ver, a compreensão adequada dos ensinamentos da 1batalha espiritual7 a soberania de #eus, a su"iciência das 'scrituras, a decadência da raça humana e a su"iciência da obra de 4risto. 8ma ve que esses pontos se%am "irmemente de"endidos e ensinados haverá pouco espaço para que os erros da 1batalha espiritual1 penetrem.