Avaliação de máquinas e equipamentos – Uma abordagem pelos métodos da depreciação e comparativo julho de 2013
Figura 2 – Depreciação e suas fontes causadoras Fonte: Gatto (2007)
Ainda segundo Caires, medidas de proteção, conservação ou adaptação das máquinas e equipamentos podem retardar as formas de desvalorização do bem, mas nunca eliminá-las, já que se apresentam logo a partir da compra dele. Para se avaliar a depreciação de um bem, deve-se selecionar uma metodologia consagrada, disponível na literatura, como, por exemplo, método da linha reta, Kuentzle, Ross, Ross-Heidecke, entre outras, que serão brevemente apresentadas no próximo capítulo do presente trabalho. Após selecionar a metodologia a ser utilizada, deve-se, através de diferentes tabelas encontradas na literatura pertinente, estimar o tempo de vida útil para o bem em questão. Um exemplo dessas tabelas é apresentado anexo, ao final do trabalho. Portanto, para o cálculo da depreciação, devem-se levar em conta fatores determinantes, como vida remanescente, vida transcorrida, valores residuais e estado de conservação e obsolescência do bem. 4. Métodos para o cálculo da depreciação
Ao se aprofundar na temática Avaliação de máquinas e equipamentos, verifica-se a existência de alguns métodos para a obtenção do seu valor de mercado em determinada data, quais sejam os principais: método da linha reta, Kuentzle, Ross, Ross-Heidecke, entre outros. Os métodos citados e que, a seguir, serão brevemente descritos, tratam da depreciação de um bem. Gatto (2007) ensina que depreciação é a decadência no valor de um bem e que esse fenômeno é contínuo. Desse modo, com o conceito inicial de depreciação apresentado, é possível partir para o esclarecimento dos métodos para avaliar o referido fenômeno. O método da linha reta prevê uma depreciação linear, ou constante, do bem ao longo do tempo, até que esse atinja o fim de sua vida-útil, onde lhe restará ape nas o “valor de sucata”. Neste ponto cabe a definição, segundo a norma ABNT 14653, do termo “valor de sucata”, que é o “valor de mercado dos materiais reaproveitáveis de um bem, na condição de desativação, sem que esses sejam utilizados para fins produtivos”. Ou seja, é o valor residual do bem, quando este seja inservível ao fim a que se destinava quando em atividade. Por exemplo, o valor de sucata de um automóvel é aquele pelo qual um ferro-velho pagaria por ele, representando apenas o valor do material de que o bem é composto, e que poderá ser reaproveitado na fabricação de outro bem. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
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Outra definição para “valor de sucata” é proposta por Abunahman (2006), que ensina que é “o valor do bem determinado na base do que ele se auferiria, caso o mesmo tivesse que ser vendido como sucata ou apenas para aproveitamento de algumas de suas partes constitutivas, sem ter possibilidades comerciais de voltar à utilização primitiva para o qual o bem foi produzido”. Ambas as definições consideram o valor ao fim da vida útil do equipamento, isto é, em condição de desativação dele. O critério de Kuentzle também é conhecido como “método da parábola”. Nele, a depreciação não é constante, como na linha reta, mas ao plotar um gráfico comparativo com os dois métodos, além de outros, como na Figura 1, verifica-se que seus ponto de extremidade são os mesmos. Apesar de não estar explícito na Figura 1, o comportamento da depreciação pelo método de Kuentzle se assemelha ao de Cole ou ao de percentagem constante, linhas 2 e 3, respectivamente, no gráfico. No critério do arquiteto George Kuentzle, a depreciação é maior nos primeiros anos de utilização do bem e vai aumentando progressivamente, até que se atinja o fim de sua vida-útil, quando terá apenas seu valor de sucata como residual. O método de Ross consiste em um “meio -termo” entre os dois métodos explicitados anteriormente. Assim, no gráfico da Figura 1, ele se situa entre as linhas estabelecidas pelos métodos linear e Cole (linhas 1 e 2, respectivamente).
Figura 1 – Comparação de alguns métodos para calcular depreciação de bens Fonte: Abunahman, 2006.
A Figura mostra a comparação de alguns métodos utilizados para se calcular a depreciação. Os métodos explicitados são o da linha reta (o mais simples deles), Cole (ou soma dos dígitos dos anos), percentual constante e fundo de amortização. Percebe-se que todos eles partem do mesmo ponto (início de vida do bem) e terminam juntos, onde se considera que o equipamento já chegou ao fim de sua vida útil, restando apenas seu valor de sucata, como já destacado. Dos métodos já descritos, que podem ser esquematizados de acordo com a Figura 1, todos eles levam em conta a idade e a vida útil do equipamento, mas nenhum considera o estado de conservação dele. O critério de Ross-Heidecke é o primeiro a considerar esse fator e, segundo Gatto ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
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(2007), tem como princípios básicos: a) a depreciação é perda de valor que não pode ser recuperada com gastos de manutenção; b) as reparações podem apenas dilatar a durabilidade; c) um bem regularmente conservado deprecia-se de modo regular, enquanto que um bem mal conservado deprecia-se mais rapidamente. Assim, depreende-se que qualquer ação preventiva e de conservação aplicada sobre uma máquina ou equipamento industrial será benéfico para esse, fazendo com que possa ter seu tempo limite para funcionamento (vida útil) aumentado, mas não poderá, de forma alguma, anular os efeitos da depreciação, apenas reduzi-los. A fim de zelar pela conservação dos bens industriais, tais como máquinas e equipamentos – binômio comumente citado na Engenharia de Avaliações – , algumas estratégias de manutenção foram desenvolvidas. Ainda como efeito secundário, do ponto de vista da unidade produtora, o volume de produção terá seu valor aumentado, com a utilização dos mesmos equipamentos, ao passo que as despesas serão menores nos períodos de produção. Algumas dessas ferramentas são a manutenção preventiva (periodicamente realizada para evitar desgastes excessivos), manutenção preditiva (com o intuito de “prever” possíveis falhas, utilizando técnicas de avaliação como termografia e análise de vibrações), entre outras. 5. Princípios gerais de avaliação
Este capítulo é totalmente baseado na “Norma de avaliação de bens do Ibape/SP” (2005). A importância de se apresentarem os princípios da avaliação é que eles, muitas vezes, auxiliam no entendimento dos procedimentos de avaliação e da variação dos cenários em determinadas datas, o que influencia a avaliação. O Ibape cita os seguintes princípios, que serão comentados de forma simplificada, mas que não terão, por isso, seu entendimento comprometido: a) Princípio ou “lei” da oferta e da procura: institui que o preço de um bem não é estático, mas varia de forma inversamente proporcional com a oferta e diretamente com sua procura. Isto é, se há grande oferta, seu preço é diminuído, e o inverso é verdadeiro. Ainda, com grande procura, o preço é aumentado; b) Princípio da permanência: admite que um preço tem suas variações, mas existe um período de tempo em que ele permanece constante; c) Princípio da proporcionalidade: bens semelhantes disponíveis do mercado terão preços semelhantes. Em contrapartida, bens diferentes terão preços proporcionais às diferenças verificadas nesses bens; d) Princípio da substituição ou da equivalência: dois bens fungíveis (aqueles que podem ser substituídos por outros de mesmas características), em mercados semelhantes, têm preços semelhantes; e) Princípio da rentabilidade: o valor de um bem explorado economicamente é função das expectativas de renda que ele proporcionará no futuro, decorrentes da sua utilização; f) Princípio da finalidade: a finalidade da avaliação condiciona as ferramentas (método e técnica) a serem utilizadas para tal. Por conseguinte, essas ferramentas devem ser compatíveis e coerentes com a finalidade; g) Princípio do maior e melhor uso: um bem que possua várias formas de utilização e emprego, será empregado da melhor forma econômica, desde que legal, e que se enquadre nas condições de mercado correntes; ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
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h) Princípio da probabilidade: quando existirem várias condições de cenário e ou possibilidades de eleição, que sejam razoáveis, devem ser adotadas aqueles mais prováveis; i) Princípio da prudência: são adotados valores mais conservadores e que ofereçam maior liquidez ao bem avaliando; j) Princípio da transparência: o laudo ou parecer técnico deve conter as informações necessárias e suficientes, de fácil compreensão e detalhando as hipóteses e documentação utilizadas. Esses princípios, propostos pelo Ibape – conceituada instituição na área de Perícias e Avaliações de Engenharia – , são itens norteadores ao se realizar um trabalho de Engenharia, mantendo, assim, a objetividade e integridade da atividade. Se esses pontos forem seguidos pela pessoa do avaliador, o processo será, em muito, facilitado, na medida em que, ao primar pelo profissionalismo, não poderá ser questionado quanto ao seu ceticismo e conduta. 6. A avaliação de um bem
Para se avaliar o bem em questão (máquinas e equipamentos para efeitos dessa produção acadêmica), deve-se realizar a vistoria. Para tanto, deve-se levar em consideração o meio em que o bem avaliando se encontra, ou seja, como ele será afetado por aquilo que está em seu entorno. Isto quer dizer que, como já abordado, é indispensável conhecimento técnico prévio daquilo que se está avaliando e de instalações industriais em geral. Como ferramentas auxiliares, existem as provas documentais, que podem ser, segundo a norma NBR 14653, manuais, desenhos esquemáticos, documentação de origem e guias de importação para máquinas isoladas; plantas, leiautes, fluxogramas, escrituras e documentos dominiais para unidades industriais. Além de elas facilitarem o trabalho a ser realizado, servem como base para comprovação dos valores, informações e dados obtidos no decorrer da tarefa de avaliação. Para registrar informações e dados do bem, Gatto (2007) menciona que se devem fotografar as principais partes e componentes, detalhes, acessórios, equipamentos, além de uma visão geral da máquina (em se tratando de máquinas e equipamentos – objetivo do presente trabalho). Ainda, esse material servirá para a elaboração posterior do laudo técnico resultante da vistoria e avaliação, que conterá, principalmente, o parecer do perito. A presença de fotos no laudo, além de ser uma aplicação direta do princípio da transparência, facilita o entendimento daquele que lê o referido documento. Determinado o fim para o qual a avaliação está sendo realizada, pode-se definir o grau de fundamentação para que o engenheiro de avaliações planeje as etapas que deverá seguir para tal procedimento. Assim, a norma NBR 14653-5 (Avaliações de bens. Parte 5 – Máquinas, Equipamentos, Instalações e Bens Industriais em geral) exibe a Tabela 1, relativa ao grau de fundamentação para os laudos resultantes de uma avaliação.
Item
Descrição
Graus III
II
I
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
Avaliação de máquinas e equipamentos – Uma abordagem pelos métodos da depreciação e comparativo julho de 2013 Caracterização completa e identificação fotográfica do bem, incluindo seus componentes, acessórios, paineis e acionamentos.
Caracterização sintética do bem e seus principais complementos, com fotografias.
Caracterização sintética do bem, com fotografia.
O funcionamento foi observado pelo engenheiro de avaliações.
Não foi possível observar o funcionamento.
3
Fontes de informação e dados de mercado
Para valor de reedição: cotação Para valor de reedição: direta do bem novo no cotação direta do bem novo fabricante, para a mesma no fabricante, para a mesma especificação ou pelo menos 3 especificação ou pelo cotações de bens novos menos 2 cotações de bens similares. novos similares. Para valor de mercado: no Para valor de mercado: 2 mínimo 3 dados de mercado de dados de mercado de bens bens similares no estado do similares no estado do avaliando. avaliando. As informações e condições de As informações e condições fornecimento devem estar de fornecimento devem documentadas no laudo. estar relatadas no laudo.
Para valor de reedição: uma cotação direta para bem novo similar. Para valor de mercado: 1 dado de mercado de bem similar no estado do avaliando. Citada a fonte da informação.
4
Depreciação
Implícita no valor de mercado do bem.
1
2
Vistoria
O funcionamento foi observado pelo engenheiro de avaliações e Funcionamento as condições de produção, eficiência e manutenção estão relatadas no laudo.
Calculado por metodologia consagrada.
Arbitrada.
Tabela 1 – Graus de fundamentação para laudos de avaliação de máquinas, equipamentos ou instalações isoladas. Fonte: NBR 14653-5 (2005)
A Tabela 1, em sua estrutura, apresenta 3 Graus (I ao III) e 4 itens (1 ao 4). Dessa forma, o atendimento a cada exigência do Grau I somará 1 ponto; do Grau II, 2 pontos e do Grau 3, 3 pontos. O enquadramento global do laudo deverá considerar a soma de pontos obtidos para o conjunto de itens, atendendo à Tabela 2, a seguir. Graus
III
II
I
Pontos mínimos
10
6
4
Restrições
Todos os itens no mínimo no grau II
Itens 2 e 4 no mínimo no grau II e os demais no mínimo no grau I
Todos os itens no mínimo no Grau I
Tabela 2 – Enquadramento dos laudos segundo seu grau de fundamentação (avaliação de máquinas, equipamentos ou instalações isoladas) ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
Avaliação de máquinas e equipamentos – Uma abordagem pelos métodos da depreciação e comparativo julho de 2013 Fonte: NBR 14653-5 (2005)
Cabe ressaltar que, quanto maior a soma obtida, maior será o grau de detalhamento da avaliação e, por conseguinte, do laudo. Também maior será, na mesma proporção o trabalho do avaliador. Não se veja esse acréscimo de volume de tarefas como simples melindre, mas como necessário e inerente à atividade que se realizar, já que ela possuirá – pode-se deduzir – maior grau de complexidade. 7. Método Comparativo
Não é o suficiente apenas calcular o valor que o bem depreciou desde o início de sua utilização – cálculo que parte do valor inicial do bem – , mas, também, comparar o valor obtido com o valor de bens similares presentes no mercado. É aí que entra o chamado “Método comparativo”. Essa concatenação de informações se faz necessária, já que, ao se avaliar a depreciação por métodos de cálculo, leva-se em conta apenas o bem isolado, no ambiente em que se encontre. É necessário, portanto, mais do que isso: deve-se compará-lo a outros bens. Juliano (2009) define que “ Método Comparativo de Dados de Mercado ou simplesmente Método Comparativo é aquele que define o valor através da comparação com dados de mercado assemelhados quanto às características intrínsecas e extrínsecas, identificando o valor de mercado do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra”. Por isso, mais uma vez, contempla-se a necessidade do conhecimento técnico que o perito deve possuir ao realizar uma avaliação de bens, mais precisamente máquinas e equipamentos. Ao obter informações acerca do valor de mercado de determinado bem dois detalhes são destacados, citados por Abunahman (2006), que devem ser relevados quando da ocorrência dessa ocasião: a) procurar referências de vendas ou alugueis de propriedades [ou bens] comparáveis; b) atualizar os preços dos valores dos bens tomados como referência, considerando as diferentes épocas de transação. Diante do exposto, ressalta-se que a utilização dessas hipóteses facilita a obtenção de uma informação que nem sempre é fácil de conseguir: o valor de mercado de um bem. Dependendo do profissional, diferentes valores poderão ser encontrados, já que essa metodologia advém da percepção e experiência daquele que a realizar. Mas, por certo, esses valores não deverão ser intensamente discrepantes, admitindo-se pequenas variações. 8. Laudo técnico
De posse de todas as informações necessárias para avaliar um bem, incluindo as fotos que foram tiradas, deve-se apresentá-las de forma clara e objetiva, para que às partes interessadas não restem dúvidas ou ocorram questionamentos. Assim, o documento oficial resultante de uma avaliação é o laudo técnico que o Engenheiro de Avaliações deverá elaborar. O laudo é o produto final da avaliação, e é ele que será a referência para consultas futuras para obtenção de informações sobre o processo de avaliação do bem em questão. Por isso, ele deve conter algumas informações, que segundo a norma NBR 14653 são imprescindíveis, tais como: a) identificação do solicitante, quer seja ele pessoa física ou jurídica; b) finalidade do laudo, quando for informado ao Engenheiro de Avaliações pelo solicitante; c) tipo de avaliação; d) grau de agregação da avaliação; e) pressupostos, ressalvas e fatores limitantes; ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
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f) identificação e caracterização do bem avaliando; g) diagnóstico de mercado; h) indicação da metodologia utilizada; i) tratamento de dados e identificação de resultados; j) especificação da avaliação; k) resultado da avaliação e data de referência, com explicação da finalidade, objeto, tipo de valor e alcance da avaliação; l) qualificação completa e assinatura dos profissionais responsáveis pela avaliação. Além disso, é de fundamental importância que haja as informações de contato do profissional de avaliação, para que os contatos futuros sejam facilitados. Acerca da assinatura do engenheiro, que deve ser parte integrante do laudo, como disposto na alínea l) acima, indica-se assinar todas as páginas do laudo para evitar possíveis fraudes e falsificações provenientes de má-fé de terceiros. Ademais, é de fundamental importância a paginação do documento, pelo mesmo motivo anterior, ao dificultar que páginas sejam inseridas ou retiradas. Por fim, aconselha-se que o engenheiro guarde consigo uma cópia do laudo para consultas posteriores que, porventura, sejam necessárias. 9. Conclusão
Conclui-se, como previsto, que, para avaliações de máquinas e equipamentos, como em muitas outras áreas, é necessário grande conhecimento, proveniente da experiência com trabalhos correlatos, além da formação acadêmica. Pois o domínio prático, além de promover o profissional no mercado de trabalho, exibindo suas qualidades e sendo reconhecido por aquilo que faz, se alia ao domínio teórico, que confere segurança ao Engenheiro nos momentos em que desempenha sua função. Acredita-se que, ao utilizar as diferentes metodologias consagradas de depreciação, somadas ao Método Comparativo, é facilitada a execução do trabalho para o qual o profissional foi contratado, constituindo ferramentas básicas e suficientes para tal. As metodologias de depreciação ajustam o valor do bem para o tempo atual, em que é analisado. Em contrapartida, o Método Comparativo, através da equiparação com outros bens similares, também no tempo atual, “arredonda” esse valor ou o corrobora. Assim, a metodologia é segura. Através das pesquisas bibliográficas realizadas para o desenvolvimento do presente trabalho acadêmico, foi possível expandir os conhecimentos na área, ao consultar algumas fontes literárias, mesmo que difíceis de serem encontradas no mercado. Ainda hoje, esse tipo de literatura é escasso, fazendo com que muitos fatores e informações sejam transmitidas informalmente (de forma verbal, na maioria das vezes) de um profissional para outro, em seu cotidiano de trabalho. Para finalizar, enfatiza-se que, sempre mais requisitado no mercado, o Engenheiro de Avaliações deve sempre se atualizar, frequentando palestras da área, efetuando contatos com colegas do mesmo ramo de atuação, construindo e aprimorando o corpo de conhecimento científico que envolve esta temática e, assim, dar continuidade na carreira acadêmica, como é o proposto pelo curso de pósgraduação em questão. Referências
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
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ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: citações: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-1: avaliação de bens, parte 1: procedimentos gerais. Rio de Janeiro, 2001. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-5: avaliação de bens, parte 5: máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral. Rio de Janeiro, 2001. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: formatação de trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro, 2002. ABUNAHMAN, Sérgio Antonio. Curso básico de Engenharia Legal e de Avaliações . São Paulo: PINI, 2006. CREA-PR, CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO PARANÁ. Manual de fiscalização de Engenharia de Avaliações. Curitiba, 2009. DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Cortez, 1991. DEMODARAN, Aswath. Investment Valuation. John Wiley & Sons, 1996. FACHIM, Odília. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: Saraiva, 2001. FERNANDES, José. Técnicas de Estudo e Pesquisa. Goiânia: Kelps, 2000. GATTO, Osório. Engenharia de Avaliações / Ibape SP – Capítulo 18: Avaliação de máquinas e equipamentos. São Paulo: PINI, 2007. GUIMARÃES, Adriano Dutra. Estudo comparativo entre os métodos de depreciação e valor de mercado da frota de veículos de uma empresa comercial de Florianópolis. Monografia graduação em Ciências Contábeis – UFSC, 2008. IBAPE/SP. Norma de avaliação de bens do Ibape – Parte 1: Procedimentos gerais. São Paulo: Ibape, 2005. IBAPE/SP. Avaliação. O que é e como contratar. São Paulo: Ibape, 2007. JULIANO, Rui. Manual de Perícias. Rio Grande: Rui Juliano, 2009. LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1997. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
Avaliação de máquinas e equipamentos – Uma abordagem pelos métodos da depreciação e comparativo julho de 2013
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PERÍODOS SUGERIDOS DE DEPRECIAÇÃO TOTAL (VIDA ÚTIL) Fonte: ABUNAHMAN, S. A. Curso básico de Engenharia Legal e de Avaliações, PINI, 3ª ed.
Equipamentos de Escritório Mesas de madeira, vidro ou ferro Arquivos de madeira Cofres Máquinas de escrever, mecânicas Máquinas de escrever, elétricas Máquinas de calcular Máquinas de contabilidade Aparelhos de ar condicionado central Aparelhos de ar condicionado Aparelhos de comunicação Máquinas copiadoras
Mínimo 8 8 20 6 4 6 5 14 14 6 4
Máximo 14 12 25 10 6 8 8 20 18 10 6
Equipamentos de Informática CPU Impressoras matriciais Impressoras jato de tinta Impressoras laser e jato de cera Vídeos VGA mono e color Periféricos
Mínimo 3 6 5 4 6 5
Máximo 6 10 8 8 10 8
Equipamentos de transporte Aeronaves comerciais Aeronaves particulares Automóveis táxis Automóveis particulares Ônibus Veículos utilitários Caminhões leves Caminhões pesados Reboques (quinta roda) Caminhões betoneiras Caminhões basculantes Caminhões “fora de estrada” Vagões ferroviários e locomotivas [transporte interno (dentro da empresa)] Vagões ferroviários e locomotivas (transporte externo) Embarcações uso comercial Embarcações uso lazer Equipamentos para transporte hidroviário
Mínimo 5 6 3 4 6 4 4 6 6 5 5 4 14
Máximo 8 10 5 8 12 6 6 8 8 7 7 8 20
12 14 12 16
16 20 25 22
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
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Equipamentos e instalações industriais Bombas Compressores Correias de linhas de produção Correias transportadoras ao tempo Elevadores Sopradores Tubos de cobre Tubos de inox Tubos fora de alvenaria Geradores
Mínimo 14 14 18 16 16 14 24 24 10 14
Máximo 20 20 25 24 24 20 26 26 15 20
Equipamentos e instalações agrícolas Arados Estufas Tratores
Mínimo 8 10 10
Máximo 12 20 15
Equipamentos e instalações minerais Extração de minerais metálicos Extração de minerais não metálicos Produção de petróleo Gás natural Perfuração de poços de petróleo e de gás Exploração de depósitos de petróleo Refinação de petróleo Instalações e tubulações para transporte Instalações para armazenagem em aço Instalações para armazenagem em fibra
Mínimo 7 7 7 7 5 10 18 15 10 10
Máximo 15 15 15 15 8 20 25 25 20 25
Equipamentos para construção civil Equipamentos básicos para construção Gruas e elevadores
Mínimo 5 15
Máximo 10 20
Fabricação de produtos alimentícios e bebidas Indústria moageira (inclusive moinhos de cereais) Usinas açucareiras e refinadoras de açúcar Fabricação de cigarros, charutos e fumos
Mínimo 12 15 10
Máximo 25 25 16
Equipamentos da indústria têxtil Malharia Fiação e tecelagem Acabamento e tingimento Roupas/confecções de borracha e de couro
Mínimo 5 10 10 10
Máximo 10 25 20 25
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Produção de madeira Serrarias – permanentes Serrarias – temporárias Carpintaria e marcenaria Compensados Lâminas de madeira Usinas de tratamentos de moirões e postes
Mínimo 10 5 15 10 15 10
Máximo 15 10 25 25 25 20
Máquinas universais para uso em ferramentaria Tornos mecânicos Plainas Fresas Eletroerosão Prensas hidráulicas Furadeiras radiais
Mínimo 15 15 12 10 20 20
Máximo 20 25 20 15 25 25
Máquinas universais para uso em manutenção Tornos mecânicos Plainas Fresas Eletroerosão
Mínimo 20 20 15 10
Máximo 25 25 25 15
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