de Substituição
10.o ANO
Recursos para Aulas
PORTUGUÊS
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INTRODUÇÃO A Texto Editores elaborou um conjunto de materiais para apoiar os professores nas diversas situações de ensino-aprendizagem que actualmente se lhes colocam, tais como aulas de substituição, aulas de apoio educativo, actividades de enriquecimento e de complemento curricular. Apresentamos, assim, quatro fichas fotocopiáveis específicas da disciplina, com as respectivas soluções, quatro jogos com actividades direccionadas para o desenvolvimento de competências gerais, e a sugestão de alguns dilemas e temas para discussão. Estes materiais foram pensados para que o professor possua recursos suplementares adaptáveis à realidade e ao modelo organizativo da sua escola.
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FICHA 1
Número _________________ Turma _________________ Data ____/___/____ Professor ____________________________________________________________
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Artigo 1.o Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Artigo 2.o 5 Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamadas na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
I Leia atentamente o excerto transcrito e responda, de forma completa, às questões que se seguem. 1. Identifique a declaração de onde terão sido retirados estes dois artigos. 2. Refira dois dos princípios fundamentais proclamados neste excerto. 3. O excerto faz referência explícita a questões que não podem ser objecto de discriminação. Enumere-as. 4. Atente no vocábulo «fundada» (l. 8) e indique um sinónimo adequado ao contexto. 5. Explicite o que se pretende dizer com a expressão «sem distinção alguma (…) de fortuna, de nascimento» (ll. 5-7).
II 1. Complete as frases que se seguem, identificando a relação semântica que se estabelece entre as palavras destacadas. a) Homem e mulher são ___________________ de ser humano. b) País assume-se como __________________ de Portugal, Espanha, França e Itália. c) Branco, preto, amarelo e vermelho são ___________________ de cor. 2. Sempre que se pretende fazer uma generalização, usa-se um __________________ . 3. Construa uma frase que exemplifique a afirmação anterior. ___________________________________________________________________________________________
III Opte entre campo lexical ou campo semântico, conforme lhe pareça mais adequado a cada grupo. a) casa / lar / abrigo / ninho / toca: _______________________________________________________________ b) quarto / sala / cozinha / estante / fogão: ________________________________________________________
IV Comente a seguinte afirmação: «Todos os seres humanos nascem iguais, mas uns crescem mais iguais do que outros.» __________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ ©2007
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I 1. Declaração dos Direitos Humanos. 2. Dois princípios fundamentais proclamados neste excerto: a liberdade e a igualdade entre todos os seres humanos. 3. Os seres humanos não podem ser objecto de discriminação em função «de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação». 4. «fundada» – fundamentada. 5. A capacidade económica ou o extracto social não devem ser razão para a discriminação de alguém.
II 1. a) hipónimos b) hiperónimo c) hipónimos 2. hiperónimo 3. Resposta livre.
III a) campo semântico b) campo lexical
IV Resposta livre.
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Número _________________ Turma _________________ Data ____/___/____ Professor ____________________________________________________________
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Nasci no Porto mas vivo há muito em Lisboa. Durante a minha infância e juventude passava os verões na praia da Granja, de que falo em tantos dos meus poemas e contos. Estudei no Colégio Sagrado Coração de Maria, no Porto, e quando tinha 17 anos inscrevi-me na Faculdade de 5 Letras de Lisboa, em Filologia Clássica, curso que, aliás, não terminei. Antes de 25 de Abril de 1974 fiz parte de diversas organizações de resistência, tendo sido um dos fundadores da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. Depois de 25 de Abril de 1974 fui deputada à Assembleia Constituinte (1975-1976) e detesto escrever currículos… (…) Comecei a inventar histórias para crianças quando os meus filhos tiveram sarampo. Era no Inverno e o médico tinha 10 dito que eles deviam ficar na cama, bem cobertos, bem agasalhados. Para isso era preciso entretê-los o dia inteiro. Primeiro, contei todas as histórias que sabia. Depois, mandei comprar alguns livros que tentei ler em voz alta. Mas não suportei a pieguice da linguagem nem a sentimentalidade da «mensagem»; uma criança é uma criança, não é um pateta. Atirei os livros fora e resolvi inventar. Procurei a memória daquilo que tinha fascinado a minha própria infância. Lembrei-me de quando eu tinha 5 ou 6 anos e vivia numa casa branca na duna – a minha mãe me tinha contado 15 que nos rochedos daquela praia morava uma menina muito pequenina. Como nesse tempo, para mim, a felicidade máxima era tomar banho entre os rochedos, essa menina marinha tornou-se o centro das minhas imaginações. E a partir desse antigo mundo real e imaginário, comecei a contar a história a que mais tarde chamei Menina do Mar. Sophia de Mello Breyner Andresen, in Antologia Diferente – De Que São Feitos os Sonhos?, org. Luísa Ducla Soares, Porto, Areal Editores, 1986
I Leia atentamente o excerto transcrito e responda, de forma clara, às questões que se seguem. 1. Identifique as características que conferem ao texto o seu carácter autobiográfico, ilustrando a sua resposta com elementos textuais. 2. Quanto ao conteúdo, este excerto pode ser dividido em duas partes distintas. Delimite-as, identificando o assunto de cada uma delas. 3. Indique as razões que levaram o sujeito da enunciação a criar histórias. 4. Identifique o tempo e o espaço evocados pelo sujeito da enunciação no momento de criação das suas histórias, exemplificando com excertos do texto. 5. Atente na seguinte frase: «Mas não suportei a pieguice da linguagem nem a sentimentalidade da “mensagem”; uma criança é uma criança, não é um pateta.» (ll. 11-13). Comente esta afirmação, explicitando a sua opinião.
II Redija a sua autobiografia, focando o seu percurso escolar até ao 10.o ano de escolaridade.
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I 1. – Narração na 1.a pessoa: «nasci», «vivo», «minha», «falo», «meus», «estudei»… – Experiência vivencial do autor/narrador: «Durante a minha infância e juventude passava os verões na praia da Granja (…).» – Deícticos pessoais: «minha» (possessivo), «fui» (desinência verbal de pessoa), «me tinha contado» (pronome pessoal). 2. 1.a parte: os 4 primeiros parágrafos – enumeração por ordem cronológica de factos biográficos, remetendo para o curriculum vitae. 2.a parte: o último parágrafo do texto – episódio da vida do eu narrador, com inclusão de pormenores de vivências pessoais, remetendo para o texto autobiográfico. 3. – Desadequação da linguagem das histórias narradas nos livros («pieguice da linguagem», l. 12). – Desadequação da mensagem transmitida pelas histórias («sentimentalidade da “mensagem”», l. 12). 4. – Tempo: infância – «Procurei a memória daquilo que tinha fascinado a minha própria infância. Lembrei-me de quando eu tinha 5 ou 6 anos (…).», ll. 13-14. – Espaço: praia – «(…) vivia numa casa branca na duna – a minha mãe me tinha contado que nos rochedos daquela praia morava uma menina muito pequenina.», ll. 14-15. 5. Resposta livre.
II Resposta livre.
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As palavras São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. 5 Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, 10 as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. 15 E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, 20 nas suas conchas puras? Eugénio de Andrade
I Após a leitura do poema, responda, de forma clara, às questões que se seguem. 1. O sujeito poético apresenta-nos, na primeira estrofe, algumas facetas que as palavras podem assumir. 1.1. Enumere-as. 1.2. Explicite a comparação presente nos dois primeiros versos. 2. Divida o poema em partes lógicas, justificando a sua opção. 3. Explique o sentido dos versos «Tecidas são de luz / e são a noite.» (vv. 13-14). 4. Identifique a mensagem que se pretende transmitir na última estrofe. 5. Indique as figuras de estilo presentes nos versos abaixo transcritos. a) «São como um cristal, / as palavras.» (vv. 1-2) b) «Algumas, um punhal, / um incêndio.» (vv. 3-4) c) «Secretas vêm, cheias de memória. / Inseguras navegam:» (vv. 7-8) d) «Desamparadas, inocentes, / leves.» (vv. 11-12) e) «Tecidas são de luz / e são a noite.» (vv. 13-14)
II Num texto cuidado (100-130 palavras), expresse a sua opinião relativamente ao valor das palavras. ©2007
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I 1.1. Palavras comparadas a: – cristal; – punhal; – incêndio; – orvalho. 1.2. Resposta livre (sugestões: palavras transparentes, multifacetadas…). 2. 1.a parte: as três primeiras estrofes – caracterização das palavras. 2.a parte: a última estrofe – interpelação. 3. Sentido dos versos 13 e 14: dualidade das palavras, positivas ou negativas, consoante os contextos. 4. Interpelação do receptor; interpretação e valoração das palavras por parte de cada receptor. a) Comparação. b) Metáfora. c) Personificação. d) Enumeração / adjectivação. e) Antítese.
II Resposta livre.
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O menino Jesus ficou desconfiado, e traçou um risco, um muito pequenino. E qual não foi o seu espanto ao ver a varinha ficar presa ao chão! Ver não viu, mas quis tirá-la e não pôde. Claro que, dessa feita, quem se riu foi o homem. Ora é sabido que o diabo não se pode rir muito alto, porque lhe sai enxofre pelos intervalos do riso. E assim aconteceu. O menino Jesus sentiu o cheiro, viu o fumozinho a sair da boca do homem, era quase noite (anoitecera quase de repente), não passava ninguém na estrada, ele estava um bocado longe de casa, e, apesar de ser quem era, teve medo, um medo enorme, um medo ainda maior que o diabo. Estão a ver o menino Jesus nestes assados. Que faria qualquer menino? Evidentemente, não mostrava medo, que é a melhor maneira de assarapantar o demónio. Foi o que ele fez. Fingiu que não queria a vara para nada (e queria porque era uma bela vara, muito direita), e disse: – Bem, são horas de voltar para casa. – Ah, sim? E porquê? – (o diabo a ver se ele caía). – Tenho lá o Natal à minha espera. O diabo sentiu vontade de rir; mas, aflito com o fiasco do fumo pelos intervalos do riso, mordeu os lábios e perguntou: – O Natal? Mas que Natal é esse? – Se calhar não sabe o que é! – exclamou o menino Jesus, e tentou levantar-se. Aí é que foram elas! Estava pregado à pedra, como a vara à lama! Um caso sério! Se ao menos passasse alguém! Mas qual! Nem vivalma, que o diabo não conta, não é gente. E como nessa altura ainda não havia santos por quem chamar, a Nossa Senhora estava em casa, e o menino Jesus, apesar de saber que era menino Jesus, não sabia que era filho de Deus, não havia salvação possível. Não havia!… Nisto, porque era um menino igual aos outros meninos, teve uma ideia luminosa. Era perigoso, mas o único remédio. – Dá-me a sua mão? Ajuda-me a levantar daqui? Mesmo o que o diabo queria! E com os olhos a luzir de gozo, o diabo estendeu-lhe a mão. O pior foi esquecer-se – e o diabo nestas alturas é muitíssimo esquecido – de firmar-se bem nos pés. O menino, mal lhe estendeu a mão, pôde levantar-se… e zás: meteu uma perna entre as do diabo e deu-lhe um encontrão. O diabo desamparado (é como ele está sempre, não se esqueçam), esbracejou e estatelou-se na lama que, naquele sítio, estava muito bem amassada pelas rodas dos carros, mesmo destinada a traseiros do diabo. Jorge de Sena, «Razão de o Pai Natal ter barbas brancas», in Antigas e Novas Andanças do Demónio, Lisboa, Edições 70, Lda., 1984
I Leia atentamente o excerto transcrito e responda, de forma cuidada, às questões que se seguem. 1. Identifique as personagens do texto. 2. Faça a caracterização, tão completa quanto possível, de cada uma das personagens. 3. «E como nessa altura ainda não havia santos (…).» – l. 17. Indique a «altura» a que se refere o narrador. 4. Explique o duplo sentido que se pode inferir da expressão «o diabo desamparado (é como ele está sempre, não se esqueçam)» (ll. 24-25). 5. Podemos afirmar que, neste texto, estão presentes marcas de um registo de língua informal. Justifique esta afirmação. 6. Comente a expressividade da linguagem utilizada.
II O conto de onde foi extraído este excerto intitula-se «Razão de o Pai Natal ter barbas brancas». Dê continuidade ao texto, procurando encontrar essa(s) razão(ões). ©2007
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I 1. As personagens do texto são o menino Jesus e o diabo. 2. Sugestões de caracterização possível: – O menino Jesus era uma criança corajosa, inteligente e travessa e, apesar de ser filho de Deus e de Nossa Senhora, tinha medo e comportava-se como qualquer criança da sua idade. – O diabo era dissimulado e muito esquecido, sempre que se ria saía-lhe fumo da boca (enxofre) e, normalmente, andava desamparado, podendo cair com alguma facilidade. 3. O narrador refere-se à época em que o menino Jesus era criança, logo, poucos anos após o nascimento de Cristo. 4. A expressão significa que o diabo não tinha nada a que se agarrar, por isso, quando o menino Jesus lhe deu um encontrão, ele estatelou-se no chão; a observação feita pelo narrador, entre parênteses, pode significar que não é difícil ludibriar o diabo, uma vez que ele anda sempre sozinho e desprevenido. 5. São notórias as marcas de um registo de língua informal, por exemplo, nos apartes do narrador («o diabo a ver se ele caía», l. 11), ou, ainda, no estilo de conversa informal que o narrador trava com o leitor («Estão a ver o menino Jesus nestes assados.», l. 17, «não se esqueçam», l. 25) ou em determinadas expressões utilizadas («assarapantar o demónio», l. 8, «Aí é que foram elas!», l. 15). 6. A linguagem utilizada pelo narrador é expressiva pela sua simplicidade («Ora é sabido», l. 3, «ele estava um bocado longe de casa», ll. 5-6), pelas repetições intencionais («ver não viu», l. 2, «teve medo, um medo enorme», l. 6), as frases curtas («E assim aconteceu.», l. 4, «Foi o que ele fez.», l. 8) e pontuação e sinais gráficos utilizados («Ah, sim? E porquê?», l. 11, «Um caso sério!», l. 16, «Mas qual!», l. 16, «levantar-se… e zás», l. 24).
II Resposta livre.
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JOGO 1 A TRADUÇÃO 1 0 .o A N O
Classificação do jogo: didáctico; individual. Número de jogadores: toda a turma. Duração: 30 minutos. Material: uma folha de papel e esferográficas. Objectivos educativos: o aluno consolida conteúdos relacionados com as línguas estrangeiras.
Regras Um aluno, numa ponta da sala de aula, escreve uma frase em português. A frase deve ser relativamente longa. Tratará, então, de passar a folha ao colega seguinte, que irá ler a frase, traduzi-la e escrevê-la em francês (ou outra língua estrangeira estudada pelos alunos). De seguida, dobrará a folha de modo a esconder a primeira frase, deixando apenas a sua frase à vista, e passá-la-á para o colega seguinte, que a traduzirá, novamente, para português. Assim sucessivamente até chegar ao último colega que fará a leitura da frase para toda a turma. Posteriormente, poder-se-ão comparar a primeira e a última frases, em português e na língua estrangeira, respectivamente, e observar a evolução ocorrida ao longo do jogo. in Nuno Valente, Paulo Pereira, Recursos para Aulas de Substituição, Colecção «Educação Hoje», Texto Editores, 2007.
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JOGO 2 OS NOVOS DIREITOS HUMANOS 1 0 .o A N O
Classificação do jogo: social; grupo ou individual. Número de jogadores: convém ter mais de quatro jogadores. Duração: 10 minutos. Material: quadro, giz e papel. Objectivos educativos: um jogo sobre valores de cidadania, que desperta a imaginação e a criatividade e pode servir de estímulo para introduzir os conteúdos relacionados com Democracia e Direitos Humanos.
Regras Cada aluno/grupo escreve, em dois pedaços de papel, dois valores de cidadania. Estes papéis são misturados numa caixa ou saco. Cada aluno/grupo retira dois papéis à sorte. Depois de retirados os dois papéis, o aluno/grupo terá de construir um novo artigo para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10 minutos, usando os valores de cidadania que constam nos papéis retirados. À vez, os novos artigos são lidos e escritos no quadro. Este jogo pode servir para introduzir dilemas ou debates de opinião acerca desta temática, especialmente quando se analisarem as semelhanças entre os direitos originais e os direitos criados através deste jogo. in Nuno Valente, Paulo Pereira, Recursos para Aulas de Substituição, Colecção «Educação Hoje», Texto Editores, 2007.
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JOGO 3 OS JOGOS DOS JORNAIS 1 0 .o A N O
Classificação do jogo: social; grupos. Número de jogadores: toda a turma. Duração: 25 minutos. Material: um jornal ou texto (retirado de um outro suporte) e tesoura. Convém ter fotocópia do original. Objectivos educativos: os alunos terão de se organizar para, num curto período de tempo, encontrarem a solução do problema. Para um modelo competitivo, usar a opção abaixo mencionada.
Regras O professor selecciona um artigo (extenso) de jornal. Pode, em vez disso, escolher um texto ou mesmo um poema (neste caso, utilizar uma fotocópia). O professor corta horizontalmente, em tiras, o texto ou artigo, perfazendo tantas tiras quantas o número de jogadores. Depois distribui-as pelos jogadores (uma a cada). Estas tiras terão partes de frases aleatoriamente separadas. Cabe aos alunos juntá-las de forma a conseguirem reconstruir o texto original, lendo-o no final. Opção: a turma divide-se em grupos (três ou mais). A cada grupo são dadas tiras, tantas quanto o número de elementos do grupo. Os grupos têm três minutos para se reunir, depois três minutos para se separarem e deambularem por outros grupos num processo de troca de tiras e, finalmente, três minutos para se reunirem novamente. Será vencedor o grupo que, no final (depois de terminados os nove minutos), tiver mais frases (tiras) seguidas (completando-se em cadeia). in Nuno Valente, Paulo Pereira, Recursos para Aulas de Substituição, Colecção «Educação Hoje», Texto Editores, 2007.
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JOGO 4 AS PERSONAGENS 1 0 .o A N O
Classificação do jogo: criativo; individual. Número de jogadores: toda a turma, sendo conveniente ter mais de quatro jogadores. Duração: 45 minutos. Material: uma folha de papel por aluno, quadro e giz. Objectivos educativos: um simples jogo de narração e criatividade, onde os alunos desenvolvem competências sociais e criativas.
Regras O professor coloca no quadro a descrição das características físicas e psicológicas de duas a três personagens e a relação entre elas (amigos, inimigos, desconhecidos, etc.). Cada aluno imagina um diálogo ou uma história em que entrem estas personagens, respeitando as suas características (especialmente as psicológicas). O professor deve também impor certas limitações à acção (por exemplo: a acção começa em determinado local, acaba em determinada situação e algumas personagens têm de agir de uma certa forma). No final, cada aluno lê o seu texto e este é votado pela turma, numa escala de um a dez. Adaptado de Nuno Valente, Paulo Pereira, Recursos para Aulas de Substituição, Colecção «Educação Hoje», Texto Editores, 2007.
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DILEMAS E TEMAS DE DISCUSSÃO As discussões em grupo prestam-se para quebrar o gelo inicial de uma turma em sala de aula. Apresentar à turma dilemas ou temas para discussão permite estimular a formação de opinião por parte dos alunos, de modo a conduzir a momentos de reflexão e a tomadas de posição. Nos dilemas podem ser apresentadas situações polémicas, pouco consensuais, geralmente com uma conotação moral; os temas para discussão não têm necessariamente de ser questões morais, mas assuntos ligados à vida dos alunos, como direitos, deveres, estilos de vida… A partir da discussão, o professor pode conduzir a aula em diversos sentidos, como, por exemplo, proporcionando um jogo ou um momento de escrita, para o qual os alunos estarão motivados graças à discussão em que previamente se empenharam. Sugestões de dilemas: • Magicamente ganhas a capacidade de ler a mente de todas as pessoas que quiseres. Que fazes? • Um amigo pede-te para comprares um boletim do Euromilhões. Aproveitas e compras também um, marcando-o. O teu amigo, entretanto, esquece-se desta situação, permanecendo os dois boletins na tua carteira. O primeiro prémio sai ao boletim do teu amigo. Que fazes? • Gostarias de passar um ano de absoluta felicidade se a seguir não conseguisses lembrar-te de nada do que se passou durante esse tempo? Justifica. Sugestões de temas para discussão: • A televisão é melhor do que um livro? • A sociedade tem o direito de condenar alguém à morte? • A idade legal para votar deveria ser alterada? Adaptado de Nuno Valente, Paulo Pereira, Recursos para Aulas de Substituição, Colecção «Educação Hoje», Texto Editores, 2007.
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