A Raposa e as uvas. Monteiro Lobato
Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha ti nha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo: - Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desce essas uvas eu não comeria.
Às vezes vezes deixamos deixamos de aceitar aceitar ou corrigir nossas nossas deficiênci deficiências, as, assim como a Raposa inventou que as uvas estavam verdes e azedas, e começou a desdenhar o que não se conseguiu conquistar.
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A Galinha e os ovos de ouro Monteiro Lobato Um camponês e sua esposa possuíam uma galinha que punha todo dia um ovo de ouro. Supondo que devia haver uma grande quantidade de ouro em seu interior, eles a mataram para que pudessem pegar tudo. Então, para surpresa deles, viram que a galinha em nada era diferente das outras galinhas. O casal de tolos, desse modo, desejando ficar rico de uma só vez, perdeu o ganho diário que tinham assegurado.
Quem tudo quer em um tempo muito curto, acaba ficando sem nada, esta foi à grande lição que este casal ganancioso aprendeu. Pois a vida deve ser construída fase á fase, não devemos pular as etapas.
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O Leão e os ratinhos
Monteiro Lobato Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Veio uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou. Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistisse de esmagá-lo e deixou que fosse embora. Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva. Nisso, apareceu o ratinho com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Devemos ser justos e de bom coração, pois se o leão não tivesse tido compaixão com o ratinho provavelmente teria sido abatido. "Quem faz o bem normalmente recebe o bem e quem faz o mal recebe o mal".
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O Lobo e a Garça Monteiro Lobato Um Lobo, ao se entalar com um pedaço de osso, combinou com uma Garça, para que esta colocasse a cabeça dentro da sua goela, e de lá pudesse retirá-lo. Em troca teria de lhe dar uma grande quantidade em dinheiro, Quando a Garça retirou o osso e exigiu o seu pagamento, o Lobo, rosnando
ferozmente,
exclamou:
Ora, Ora! Você já foi devidamente recompensada. Quando permiti que sua cabeça saísse a salvo de dentro da minha boca, você já foi muito bem paga.
Ao servir a alguém de má índole, não espere recompensas, e ainda agradeça caso o mesmo vire as costas e vá embora sem lhe fazer mal algum
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O cavalo e o burro Monteiro Lobato O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! Gemendo sob
o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um. O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada. — Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo O burro gemeu: — Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha. O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta. Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade. — Bem feito! Exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrada agora…
Devemos ser justos com nossas obrigações, pois o egoísmo não nos leva a lugar algum. Assim como aconteceu com o cavalo mais cedo ou mais tarde nossas ações podem nos trazer sérios problemas.
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José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, 18 de abril de 1882 –
São Paulo, 4 de julho de 1948)[1] foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções. Seguido a seu precursor Figueiredo Pimentel ("Contos da Carochinha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto
educativo
de
sua
obra
de
livros
infantis,
que
constitui
aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro, e um único romance, O Presidente Negro, o qual não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Amarelo (1939).
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Referências http://mundofantsticodelobato.blogspot.com/2009 http://www.bondfaro.com.br/livros.html? auto=1&kw=Monteiro+Lobato&sem=7&prefixo=precos&gclid=COSptLJsKkCFUfu7QodAG1kLw
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