Armand Mattelart - A GLOBALIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

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A globaliza\u00e7 da comunica\u00e7













































Coordena\u00e7\u00e3o Editorial

Irm\u00e3 Jacinta Turolo Garcia Assessoria Administrativa

Irm\u00e3 Teresa Ana Sofiatti

Assessoria Comercial

Irm\u00e3 \u00c1urea de Almeida Nascimento

Coordena\u00e7\u00e3o da Cole\u00e7\u00e3o Verbum

Luiz Eug\u00eanio V\u00e9scio













































Armand Mattelart

A globalização da comunicação

Tradução

Laureano Pelegrin













































M4354g Mattelart,Armand. A globalização da comunicação / Armand 192 p. ; 19 cm. - - (Coleção Verbum) ISBN 85-86259-97-7 Inclui bibliografia. Tradução de: La mondialisation de la communication 1.Globalização. I.Titulo. II.Série CDD 382

ISBN 2-13-047945-6 (original) Copyright© Presses Universitaires de France, 1996 Copyright© de tradução – EDUSC, 2000

Tradução realizada a partir da 1ª edição (1996).

Rua Irmã Arminda, 10-50 e-mail: [email protected]













































Sumário Prefácio à edição brasileira Introdução

07 11

Capítulo 1:As Redes da universalização 15 16 comércio 21 A Formação da potência mundial 30 As Utopias da comunicação universal 37 Capítulo 2:A Fábrica da cultura

47

Capítulo 3:A Vez da propaganda 65 O Gerenciamento da opinião popular 65 A Ascensão irresistível dos Estados Unidos 70 A Internacionalização das ondas 81 Capítulo 4: A Geopolítica bipolar das tecnologias 85 Conquistar os corações e as mentes Conquistar o espaço















































Capítulo 5:A Transnacionalização e a razão geoeconômica 99 Rumo ao fim do monopólio dos Estados nacionais 99 As Relações de força e as mediações nacionais O Despertar da consciência planetária Capítulo 6:A Globalização: as redes da economia pós-nacional 123 O Capitalismo mundial integrado 123 A Busca pelo mercado único de imagens 133 A Guerra globalizada 145 Capítulo 7:A Diferença: por uma crítica ao globalismo 149

democrático”? Conclusão

169 183















































Prefácio à edição brasileira

"O que não se conquistou pela força pode















































Nem bem dois anos se passaram, e a crua

O projeto de planetarização da democra-















































perigoso que nos obriga a levar a sério a pre-

As controvérsias sobre o sentido da guerra















































tam ser possível a construção de uma alternati-

Paris, março de 2000.

















































Introdução Os sistemas de comunicação em tempo

















































nações com a segurança, o pragmatismo das em-

A homogeneização das sociedades é ine-

Harmonizar-se com a genealogia do espa-

















































vertiginoso aumento de poder, marcado pelas

































































































1

As Redes da universalização

A internacionalização da comunicação é fi-

A comunicação internacional surge com o



















































nário natural da revolução industrial. Profunda-

O Caudal do Iluminismo 1. Liberalização dos fluxos. - A invenção

da comunicação como ideal ocorreu sob o sig-

O Iluminismo preparou seu advento ao



















































as fronteiras.Apostrofando o censor, Denis Dide-

O paradoxo do Iluminismo é que, para dia não hesitam em invocar a seu favor a China

do despotismo esclarecido. Voltaire (1694-1778)



















































aqueles que, por sua condição, eram os únicos



















































3. Comunicação por sinais. - A invenção

do telégrafo de tipo visual pelos irmãos Chappe



















































decretado o segredo dos códigos, tornou-se re-





















































ções contribuem para sua promoção e, desse



















































nações e a abolir as antigas “sociedades milita-



















































Ao lutar pela abolição dos “impostos so-



















































abre caminho para os acordos bilaterais de co-



















































bros, e fiscalizar os fluxos telegráficos. Ao con-

Esse tipo de organização é logo imitado





















































manda provocada pela guerra, somada à baixa Por volta de 1870, são registradas aproxi-



















































e a Itália em torno do franco germinal. Em 1867,



















































século, essa territorialização excêntrica também



















































nacional para pôr fim à confusão dos horários lo-



















































dispersas. Além disso, por exigir vultosos em-















































































































































































































































































































genam” cana dric hde Ratzel W o território. uhan, pubelica, derruba, Oem autor 1897, em havia 1911, o primeiro compreendium império tratamilenar. do sua de gimportância eopolítica No quadro intitulado fazendo, da famosa Politische primeiramente, “Questão GeograOrien-











































nal na mensão do, do trabalho França, espacial os proposta das alicerces relações por daSmith, internacionais ideologia acusada redentode de umda ra aumentar ponto comunicação de a diferença vista planetário. ementre sua mobilidade ricos Observ e pobres, a-se internaigualSaint-











































de estradas, axioma ção paraestá a sociedade na admirador base da contemporânea ciência da engepositivista nhariaque civil. se ouEm de“saber positivo” bate 1832,sete numaanos dupla que após crise. propõe suaPrimeiramente, morte, uma no seu va maneira discípulo a crise de Mi-











































que as ferro digna “redes deste imateriais” nome. Asoautoridades u de crédito financeifrancesas, ro e as por“redes seu lado, materiais” estão sempre ou de comunicação dispostas a questêm











































saint-simonismo ciamento e encerrada do aplaneta. época renunciam militante Mas isso à visão com não suas impede tecnicista persde da cantartida pectivas rede, uma grandiosas,o como vitória: determinante a comunicação saint-simonismo de uma encurta nolimita-se va soas











































Operária, mercantil” do sobre aorede com primeiro “mo social vimentação título que surge é:“Dos intelectual”: em interesses 1843 a noge“O que de ção rais, faz ou“internacionalidade”, circular seja, dosasinteresses idéias, como internacionais na sepena diz, não de uma são euroos meiosede pioneira peus dedo transporte, todo feminismo, o mundo”. masFlora os O “cosmopolitismo escritores, Tristan (1803a discussão política, 1844), democrático” ela mesma a imprensa torna-se frutoode livre...A grito cruzamento derede guerra ferro de de v cultuiária nufrancesa ras, merosos sendo foimo filha triplicada vimentos de mãee,francesa que, apesar unindo disso, e pai palavra não peruano. vemos e circular Na ação, base criam uma de seu sua única projeto própria idéia de imprensa; sequer.” união operária, muitasconsvezes tavaseus têm o “nopróprios vo princípio compositores do internacionalismo” e cruzam as es(idéia que tradas para reaparece difundir seus cinco ideais anos de mais “confraternitarde no dade” e de “solidariedade entre as nações e os











































monismo, ses onde desenvolveu-se o romancista Eugène a sociedade Sue propa moderna, ga por e necessita, meio de seuspara folhetins, sua completa entre 1830 solução, e 1875, dasua cooperação utopia de teórica reformaesocial prática e de dos reconciliação países mais avanpacíçados... fica entre A os Associação ricos e os foi pobres.As fundadahistórias para criar desse um ponto central de comunicação e de cooperação entre as sociedades operárias dos diferentes países que aspiram às mesmas realizações, ou seja: a cooperação mútua, o progresso e a completa emancipação da classe operária.” Dez anos mais











































formação doaimaginário fluenciado, princípio, comunicacional: pela escola inglesa asdo romance g randes Exposições gótico, e sua Univ representante ersais. Estesmáxima, aconteciAnn Radc mentos transformam liffe, popularizam Paris (onde um no se vorealizam gênero,cinprecursor co delas) na da“capital culturacultural de massa doeséculo da indústria XIX”. cultural e uma Nestes “bolsões das primeiras pacíficos e do xpressões progresso” danliteratuão apera em nas são série expostos destinada os produtos a ultrapassar das economias as fronteiras. de Júlio div ersos Verne, países, através masdas também façanhas um dos consideráv heróis proel metéicosde do número associações progressointernacionais, por ele criadosgentre overna1860 e 1906 mentais e não nas goredes vernamentais do vaportornam-se e da eletricidaconhe-











































trial da nicação eram pelo eobstáculo doméstico, Crystal universal Pàaeducação, lace a vaenergia i inv deaLondres direlétrica eapropa era em dagalimentou am ima 1851, ogsa em, inaubero gurase que numa imaginário olingua primeiro tornada g outro em comunicação. caacessív b símbolo o submarino el da a todos. Em superação internacional, 1852, O traum bdas alhador livro deentre sigualdades com em língua vo Douvres cabinglesa, ulário entre e Calais. limitado cThe lasses, Silent A que fica gRevolution rencerra upos em péede nações. o, igualdaentreséculo, “Os emcom filmes de via a Paharmonia ris, animados, o sábio...A em 1900, social escrev mensa assiste daehumanidade grá em ao o triunfo romancista é a educação do com cinema. ameribase unicano v em ersal... uma Jack “rede Os London efeitos perfeita (1876-1916) do tempo de filamentos e da na distância revista elétricos”. Pafiracam suspensos pela fita mágica que aproxima os povos do mundo... Olhai, transidos de horror, as cenas de guerra, e vos tornareis arautos da paz... Por este processo mágico, os pontos extremos











































separaPierre russo grupos, Kropotkin classes,(1842-1921) povos e nações, e o socióloe à intergo escocês pretação neodarwinista Patrick Geddesda (1864-1932), história como críticos luta acerbos pela sobrevivência, das devastações Kropotkin provocadas sugerepelo a história industrialismo, das formastransformam sucessivas da a eletricidade “cooperaçãono mútua ponto e de partida da recíproca”, a história era neo-técnica. da integração progressiva dos agrupamentos humanos. Único parâmetro, em sua opinião, para compreender a evolução do planeta rumo a uma comunidade global. A energia elétrica é um meio de reconciliar-se











































curso utópico de promessas de um mundo melhor por meio da técnica e a realidade das lutas pelo controle dos dispositivos de comunicação, a hegemonia sobre as normas e os sistemas. No despertar da era neotécnica, em 1881, acontecia em Paris a primeira Exposição Internacional da Eletricidade. No âmbito desse acontecimento, reuniram-se os delegados das potências internacionais, proprietárias das patentes da invenção, com a finalidade de estabelecer as unidades de medida universais, como o ampère, o volt etc. Ao contrário das Exposições Universais, nenhum Estado soberano da zona periférica foi convidado para este encontro.











































ce Presse ideal tivo de dacoleta informação (AFP) e de é fundada difusão instantânea. das em 1835. agências Entre A alemã de 1830 notíe 1850 cias. W olff Elas é criam-se inaugurada não somente as grandes em 1849 envolvem agências. e a britânica o globo A partir Reucom de 1875, suas ter em redes começam 1851.A de correspondentes, Havas a formar-se faz umaos combinação grupos como intervêm de imentre prensa. nos notícias projetos Surgem e produção de os cabos primeiros pubsubmarinos. licitária. gêneros A Reuter, escritos por da produção sua vez, dácultural prioridade de massa. ao noticiário Antes mesmo econômico. da Primeira As agências Guerra, americanas as indústrias AP (Associated do cinema Press) e da e música UP (United revelam Press) seu são potencial lançadas derespectivamente exportação. em 1848 e 1907. Apenas as três agências euro-











































EUA no série decenário aliançasmundial concluídas nãoem impede 1870,oessa modelo tríade divide imprensa o mundo americano em “territórios” de influenciar ou esferas o desende influência. Éda volvimento a eclosão imprensa defrancesa um mercado no período da informação pensado em particularmente crucial âmbito emmundial que os cotidianos, orientado por interesses franqueados pela geopolíticos.Todas lei dita da liberdade se compromede imtem a não prensa dedivulgar 1881, procuram notícias no conquistar “território” um meralheio. cado popular. ReuterEm reserva-se 1883, um o Império jornal deBritânico, língua in-a Holanda glesa, Morning e suasNews colônias, , é criado a Austrália, em Paris. as Índias Em Orientais 1884, inspirando-se e o Extremonessa Oriente. curta À Havas experiência, cabem França, Itália, Espanha, Portugal, o Oriente, Indochina e América Latina. Wolff concentra-se na Europa central e setentrional (mercados que lhe são retirados ao final da guerra de 1914-18). Determinados territórios, como o Império Otomano e o Egito, estão incluídos num acordo de exploração comum,











































informação de ta de jornalistas generalidades. internacional com vários De acordo ingleses é 1898, com em e americanos. oque historiaocorPouco dor rem da três tempo mídia acontecimentos Michael depois, oPalmer, New ricos York éem deste Herald “interesse primeiro lança huuma edição encontro mano”: Fcom aceuropéia hoda, o modelo o caso naprofissional capital Dreyfusfrancesa. e o desembardo outro Para os cotidianos lado que dos do Atlântico Marines parisienses naque ilhasurge de e aCuba. agência a noção Para Havas, da precipitar “amerique ainda canização”. a guerra ocupam-se na ilha Essa das preponderantemente idéia Caraíbas, começa uma a fazer das últimas escola com o noticiário também possessões no político campo de um e império do diplomático, entretenimento. espanhol parte moribundo Durante mais nobre a debatendo-se Exposição da profissão, Universal com isso umfoi rebelião deum 1889, verdadeiro dos desembarcam nativo choque. s, a imEles deparam-se Búfalo Bill e sua trupe com um sarapintada tipo de jornalismo de “Peles Verpriorizando melhas”. A imprensa a chamada parisiense news value arrisca , o human uma comparação entre os dois estilos de lazer: Sarah Bernhardt ou o “Napoleão das pradarias”, Corneille ou as cavalgadas fantásticas.











































últimas décadas Hearst, cópia dooCidadão são igualmente Kane, imortalizado no plano da inmais tardefinanceira. formação por Orson E Wm elles, 1888, desencadeia cerca de umuma sécugigantesca lo após o lançamento campanhado deTimes intox,deão icação dos que moderencontra apoio nos cotidianos, nas manifestações o Financial Times populares. publicaIma seugens de miséria primeiro número e fome,em mulheres Londres. e No crianças ano seguinte, esqueléticas cercadas lança-se em Nopelos va Iorque exércitos o Wallespanhóis Street Journal. em campos de concentração, os reconcentrados, para evitar qualquer contato com os agitadores: os clichês desta mobilização das emoções espalham-se por todo o mundo e tornam-se o álibi de uma nova modalidade de intervenção imperialista, de tipo não colonial. É conhecida a passagem que resume bem aquele momento inusitado. Hearst envia para Havana um repórter e um conhecido desenhista, Frederic Remington que, da capital cubana, manda um teleg











































(que no cidos osinício primeiros ocupam-se dispositivos sobretudo de observação das infore análiserelativas mações do mercado a crédito internacional. e a solubilidade Em 1899, das a agência americana empresas) são criadas J.Wna alter década Thompson, de 1830 arquétina Inpo das atuais glaterra, por volta agências de 1840 de publicidade, em Nova Iorque, que fora em fundada 1857 na França aproximadamente e três anos mais quarenta tarde na anos Alemaantes, abre nha. Nas vésperas em Londres da Primeira um escritório Guerra, de consulBerlim é toria de sede para uma os das industriais maioreseuropeus empresasdesejosos mundiais de de exportar para informações estratégicas, os Estados Unidos. fruto da Em fusão, 1888, em essa agência 1887, dahavia sociedade lançado W. Schimmelpfeng o primeiro catálogo e da bilíngüe (francês-inglês) Bradstreet Co. Em 1890, para esta iniciar firmaos que europeus cuida nos arcanos tanto dos arquivos do mercado sistemáticos e da imprensa sobre empresas dos Estados a partir Unidos. de estatísticas Ela crioupub também, licadasem como seudas escriatitório central, um departamento especializado em América Latina. As primeiras campanhas publicitárias de produtos americanos na Europa pela filial londrina acontecerão somente a partir da década de 1920.











































ca, toma 106 Europa pessoas; do forma século em definitiva 1914, XIX perfaz contava naum França long como a2400 caminho. partir e ode número Ela 1830-1840. confirma de filiais As a hipótese leis subira do gênero do dehistoriador 15 encontram-se para 100. americaEssana cultura no encruzilhada David da informação Landes, daspara tradições estratégica, quemda umliteratura dos modelada fatores popular condo forme prog resso os métodos das “sociedades do estado-maior ocidentais” do império no procesalemão, so de industrialização transferiu-se para foi a o “paixão corpo consular, de aprender integralmente com os outros”. reestruturado. Inovação rimando com imitação, a prática da espionagem industrial corre ininterruptamente ao longo da história moderna da Europa, tanto mais quanto outras sociedades tinham menos espírito de iniciativa neste ponto e faziam progressos consideráveis nos domínios mais importantes da técnica. Isso explica, por exemplo, o itinerário das importações da China (a manivela, a pólvora, o compasso, o papel, e muito provavelmente a imprensa).











































padronização e gênero Espanha. melodramático, Primeira da produção fórmula os Estados vão dede exportação par Unidos, com apor de inumavez, sua ternacionalização. cultura contribuem destinada Esta com aofica os grande comics garantida púb . Esse lico, por tipo oum folhetim de mecanismo história torna-se em inoquadrinhos voador, vetorode syndicate uma aparece verdadeira , um nos intermesuple“internacional mentos diário onipotente. dominicais do sentimento”. Proprietário de cotidianos Traduzido exclusivo do último em várias dos terdilínguas, ço reitos do século, autorais, seu original emele meio tem éaadaptado o uma direito violenta de à mentalidade retocar, luta entre modosmagnatas os dificar leitores os diálogos dos da países imprensa e escolher onde deéNo outros pub valicado.A Iorque, autores. crisJotalização seph Práticas Pulitzer semelhantes do gênero e William está que Randolph ligada conferem à história Hearst. os direitos da Osimcoprensa, de copyrpois ight unicamente ele nasce deao seu produtor, seio como explicam meio de elevar a recusa asobstinada tiragens, do dos mesmo Estados modo Unidos que de a pub filiarlicidade se à União lança Internacional outro gênero depioneiro, Berna para os comics a prote. ção das obras literárias e artísticas, ratificada em











































que,em tarde, imprensa sua pôr ve muito z, os cena a Estados os aantes gdireitos uma ência família do Unidos deaparecimento de notícias reprodução está continuarão long United edos de e tradução Press ser contestanquadrineuvai do materiais de munir-se tro. nhos, oEsta conceito umescolha de outro um div detipo e syndicat “direito rsificados, temática de narração e:o moral” moral United artigautoral, por que oFeature s, reporta desenhos, se faz .Pripedra em gens, angular jog meira detrimento seqüências os ou revista da palavras Convenção de gráficas, em outros quadrinhos cruzadas. produtos havia de Berna, nascido Oagatingir da rupo que época na Hearst o teve Europa. mercado menos entre funseus da internacional: padronizados Continuando umprimeiros segundo aeatradição syndicate conformistas protagonistas family strip ,da emcaricatura de 1915, surg Georg Victor eocomo King e Hugo. McMadaFeaum qual a nus,primeiros dos proprietário denominadores do King Feature, comuns Bringing paraUp captar um público internacional heterogêneo.











































to em voga meço do XIX, desde o suíço as últimas Rodolphe décadas Töpffer do(1799século 1846),Eromancista, XVIII. sta pseudociência dramaturgo pretendia e desenhista, estabelecer havia lançado uma relaçãoao entre finalodos “lado anos visível” 1820,eum “a parte novo invigênero chamado sível” da pessoa, “histórias estabelecer em estampas” relações entre que ena quanto face e ao personalidade, autor ainda vivia repertórios tiveram além de expresde suas edições são. Sabe-se originais igualmente em francês, dos excessos diversascometidos edições no exterior. nas tentativas Não deédecodificação por suas tiragens psicológica limitadas pela ou por sua modesta aparência, quando rede a antropologia de difusão que criminal esta préaprohistóriada pria-se das técnica histórias no último em quadrinhos quarto dointeressa século do ponto para esboçar de vista o “perfil” da internacionalização. do “criminoso”. Em Seu 1845, interesse redige Töpffer está nas um questões ensaio crítico que Töpffer premonitório suscita a propósito sobre o emprego da tipologia das tipologias ou caracterização gráficas padrodos seus personagens, sua individualização por traços permanentes diferenciadores. Questões também debatidas pelos mestres do folhetim na mesma época. Sabe-se que Balzac, em sua Comé-











































tria da rada domúsica.A século, asociedade substituição britânica,The do cilindroGramopelo disco de phone Compan 78 rotações y, e a alemã, estabelece Deutsc definitivamente he Gramoa novasão phon, indústria. fundadas Em em 1895, 1898.A os irmãos americana Lumière Victor projetam T alking Mac o primeiro hine, emfilme.As 1901. No indústrias ano seguinte fonográfica e cinematográfica acontece a primeira grav jáanascem ção bemcom sucedida. um alcanEla cerealizada é internacional. por Enrico Caruso. O primeiro disco a ultrapassar o milhão de cópias é a obra do mesmo cantor de ópera gravada em 1904, em Milão. Cruzando o oceano, ele estabelece um laço de união entre os imigrantes italianos e a pátriamãe. Desde os primeiros anos do século XX, as grandes companhias fonográficas montam uma rede internacional de agentes locais. Prefigurando um tipo de indústria cultural de interesses cruzados,The Gramophone Co., solidamente estabelecida no mercado europeu, instala em 1908 uma fábrica em Calcutá e estúdios em Bombaim, que exportam para a África oriental.









































ríodo anterior tempo que a Europa à guerra, e osPathé Estados abre Unidos. em 1904 Filmasuse em países cursais em No tão vadiversos Iorque, Moscou como Egito, e BruxMéxico, elas, e Brasil, nos seisChina anos seguintes ou Índia.Todavia, em Berlim,V mesmo iena, neste São Peúltimo país que tesburgo, Amsterdã, devia em Barcelona, seguida recuperar Milão, Londres, seu mercado interior Budapeste, Istambul, e tornar-se Calcutá,V umados rsóvia maiores e Rio. Proprodutores dutora e distribuidora mundiais, a de construção filmes, a sociedade progressiva de um mercado francesa controla internacional todo o processo: do filme compra vai im-sapor fabrica las, a diminuição e vende da aparelhos produção e películas. local. Antes de 1914, o monopólio de fato dos produtores franceses Pathé e Gaumont é tal que a única alternativa que resta aos países como Inglaterra e Alemanha é fazer esforços unicamente no sentido da distribuição ou exploração comercial. Com poucas exceções, os filmes devem ser importados da França. Bem atrás vêm a Dinamarca e a Itália, que possuem duas sociedades de produção de certa importância. Nos Estados Unidos, após o fracasso da tentativa de unificação horizontal e vertical, o período pré-guerra é sobretudo caracterizado pelo surgimento de Hollywood. Desligada de Los Angeles em 1913, a futura capital do cinema americano é criada









































termos de um produtores independentes debate sobre a que emergência recusavam da depagar as licenças mocracia de opinião. e estavam Nesteinteressados momento ressurg em disem tanciar-se os estereótipos de No de vauma Iorque tradição e estabelecer-se conservadora num lugar não nascida em muito oposição distante à Rev de olução alguma Francesa. fronteira A para aí transferir lembrança das desordens rapidamente da explosão sua aparelhagem revolucioem caso nária, associada de confisco.A a umaex selv emplo ageria desse coletiv meio a desenicônico que por cadeada são turbas os comics convulsionadas, , o desenho animado estabelece revela-se uma representação como instrumento do coletiv poderoso o como para “populaamalgamar c ho”. Ev asopopulações cada a cada sub imigrantes. levação, A mo Primeira vimento Guerra g revistaMundial ou manifestação transporta violenta, o filmeela americano é revalidapara da na além últimade década suas fronteiras do século XIX nacionais. pela “psicologia das massas”. Aliada aos pressupostos da antropologia criminal, esta análise do coletivo que pretende explicar em termos de psicopatologia social a irrupção das massas na vida da Cidade impregna o debate sobre os “efeitos” do desenvolvimento das liberdades de imprensa e de as-









































Grande formas que as multidões de Guerra agrupamento o debate são fenômeno esobre de reunião ado natureza passado, são vistos do epúcomo que b lico, o(s) uma e aquele púb ameaça lico(s) queàlhe são ordem éfenômeno seuesta corolário, belecida, do futuro. a força e torA nam-se sinônimos sociedade persuasiva divide-se da imprensa decada “reg sobre rvez essão mais oscultural”. leitores, em púbéP licos, o dois a multidão que se sobrepõem só pode rea à divisão gir como religiosa, um sonâmbulo, econômihipnotizado, ca, estética, política, alucinado, empassív corporações, el de ser em conta seitas, giado, impulsiv em escolas, oem , crédulo partidos. e irracional. Em contato É, por comeaxeminplo, a posição de Gustav ternacionalização, esses e Le novBon os tipos (1841-1931) de agrupaem suasocial mento Psychologie ficariam des ainda foules mais (1895). complexos. Pois, como escreve Gabriel Tarde (1843-1904) em L’opinion et la foule (1901) o jornalismo é uma “bomba aspiradora e centrifugadora de informações propagadas nos quatro cantos do globo”. Conforme o mesmo escritor, o fato de que alguns grandes jornais, como o Times e Le









































redes da imprensa sionista: o raio de missionária influência parte católica, sempre encruzide um centro lhada importante decisório de representações que impõe suainternaciovisão de mundo nais. Neste às diversas campo a periferias. França,“filha Nas primogênita cidades, o da operário Ig reja” é toma um pivô. como Em modelo 1822, foram o burguês; criados naem zona rural, Ly on os o camponês Annales de toma la propagation como ponto de la de foi,referência oas com operário. bênçãosNo da correspondente cenário internacional, Congregapara saber em ção como Roma. seráEsta seu pub futuro, licação as nações bimestral “menos é pordesenvolvidas” ta-v oz de uma vdevem asta rede contemplar de coleta de indiscutiveldonativos mente e esmolas aquelas que coopera que já atingiram com a Igreja elevado Católica grau na de “civilização”. tarefa que lhe fora A idéia confiada de influência pelo papaem após sentido a único éde queda consubstancial Napoleão: “envàoideologia lver o mundo do progresso numa linear rede deemissões”. contínuo.Adotando Ela inaugura no início o conceito a prática dominante de civilização. tradicional, iniciada no século XVII pelos jesuítas, também eles franceses, de publicar as cartas dos missionários,os Annales transformam-se em









































transmitem formações em contraste concretas a com impressão a doutrina sobre deaque “gloriosa oficial o mundo domarc Vaticano é um ha do apostolado”. em “vasto matéria organismo” de liberdade Traduzido onde todas de em expressão. várias as partes línguas, Aseriam Igreja o periódicohavia Romana solidárias. lionês A noção posto é tido biomórfica no como Index modelo ade Enciclopédia; “interdepenpor outras nações no dência” século da - àseguinte, catolicidade.A imitação ela da interdependência opunha-se pós a Primeira à reivindicaGuerra, das cécalcula-se ção lulas dos - ratifica católicos existir este no liberais sentimento mundo franceses mais generalizado de 400 em favor revistas de da missionárias liberdade interconexão de católicas imprensa. dos indivíduos em diferentes e das sociedades. línguas. O próprio termo “internacionalização” conquista direito de cidadania no final do século. Primeiramente na língua inglesa, e depois nas línguas latinas que adotam o termo.







































tudo,sua no espaço e nocultural tempo, esta para unificação tomasolidariedade arranque na orgânica, indicamÉoocaminho rumo a um virada do século. debate iniciado, emnovo seu tipo de organização que garante o acesensaio Anticipations,social, pelo romancista George so universalizado ao seguroaepartir à divisão dos risHerbert Wells (1866-1946) da seguinte cos por todos. A nação e o planeta tornam-se questão: qual será a língua dominante no Terceium de gigantesca sociedade de seguro ro tipo Milênio, na Europa e no mundo? E juntomútuo gerida pelos Estados que, calculando os riscom a língua, lugar privilegiado de definição da cos e fixando os prêmios a serem pagos a cada um, funcionam com base na reciprocidade.Tal princípio, oriundo da aplicação do cálculo das probabilidades na gestão da coisa pública, marca o início, no perímetro do Estado Nacional, do Estado previdenciário e seu regime de seguros sociais e, no campo das relações internacionais, prepara a doutrina que servirá de fundamento, no final da Primeira Guerra, à legitimidade do primeiro sistema internacional de solidariedade e reciprocidade calculadas, o primeiro dispositivo encarregado de garantir a segurança mútua: a Sociedade das Nações e a Confederação Internacional do Trabalho.







































dras, para por-se? A quem questão a supremacia é, de fato, efervescente. da língua inglesa Naé ordem coisa indiscutív dos fatos, el.aSegundo França, cujo ele, no idioma ano 2000 fora aapelínguaduas nas franca oudas trêsrelações línguas “poderão internacionais aspirar por ao troaproximadamente no do mundo”. O embate 250 anos principal, já sentiu porém, os golpes será inflingidos trav ado entre poras outros línguas idiomas inglesa àe sua francesa. predomiFrennância te a seulingüística. rival imediato, Para a língua enfrentar francesa esta “seleção dispõe natural” de importantes pela hegemonia armas para lingüística, ganhar. A começar foi criada, em 1883, pela Europa, a Aliança onde oFrancesa, 3º Milêniodeclarada começará“associacom a ção nacional realização dopara sonho o ensino da União daEuropéia língua francesa prevista nas já nocolônias começo do e no século exterior”. XIX por filósofos como Saint-Simon. E quem reinar sobre o continente tutelar da civilização universal, terá ascendente mundial garantido. O idioma francês deverá ser mais importante porque o público influenciado por sua cultura “ultrapassa em muito as fronteiras de seu sistema político”. A grande vantagem do francês não estaria exemplificada pelas obras publicadas na França, que são de alto nível científico, filosófico e literário? A situação é muito diferente nos países de língua inglesa, e sobretudo







































forças contrárias ao “equilíbrio dosou sistemas soadaptados à mentalidade feminina infantil, ou ciais locais” e que conduzem o mundo à adoção dos homens de negócio superocupados, históde uma ou das duas dominantes”, e quea rias destinadas mais“línguas a distrair do que estimular ele deduz extrapolando a realidade de seu temrefle xão, sendo o único tipo de literatura lucratipo (o pan-americanismo, panlatinismo, panva ao editor e ao autor”. Aomenos que hajaoum g ermanismo, o paneslavismo), implicam ne“renascimento cultural” e uma não mudança de hábicessariamente homog nização. Pois “quanto to da “reduzidaem classe queemonopoliza o destino maior for o organismo mais comple xas e dos negócios, incapaz social, de compreender o sentidiv ersificadas serão asdo partes, mais indecifráv do político da questão idioma”, o inglês não eis e variados serãodeslocar os jogos combinatórios da de cul-sua pode pretender a língua francesa tura e dosSão cruzamentos”. No ano 2000, a multiposição. conhecidas as conseqüências da plicação formas mais div rsificadas de comumaré da das industrialização daecultura. nicação - contatos, viagens, transportes - terá forçado à adoção de “transações bilíngües”; cada comunidade falará uma língua universal e uma outra própria de sua esfera particular.







































18 para seu título alguns de nobreza. significou A paz uma“despertar consagra como das método de governo. consciências”, ao passo No que período paraentre-guerras, outros ela foi a ambição “pura enganação”, hegemônica um imperativo dos Estados maior. Unidos Guerra começa a preocupar política, econômicaos e ideológica, criadores europeus este conflito no queproporções de tange a cultura mundiais comercial. não se limitou Já próximo apenas da segunda ao palcoconflagração das operações mundial, militares. asOs estratégias beligerande propaganda tes criam organismos dão o tom oficiais na internacionalizade propaganda e ção do rádio. censura. O mais ativo no exterior é a britânica Crewe House. Sua equipe é composta por jornalistas como Lord Northcliffe, proprietário do Ti-







































comando do exército do Kaiser pede, emda são medidas Bernays das mundial (1895-1990), de censura notícias futuro interna, da guerra. fundador a Primeira O go v1917, erno indúsGuerque sejarelações criada ade UFA (Universum Film AG). Jundos tria ra é Estados uma das ocasião Unidos púb constatar cria licas, o Committee começa o atraso sua on do carreira. Public dispoto com os bancos ena as grandes empresas, os A dose sitiv o diplomático de rumores, de área notícias dos “meios fabricadas de ação e mide inlitares as empresas docirculação ramoexque estão clichêsagrupam telectual enganadores no exterior”, postos conforme em uma pressão é didispersas fundam uma ao sociedade cujo campo retamente muito em veoproporcional ga na época.Associando rigor adotado jornalistas pelos de atividade engloba todos osPresse” “setores(Casa do cinedispositivos e editores, uma de “Maison censura. de la da ma, bem como a fabricação e o comércio de Imprensa) é criada com correspondentes nas embaixadas. Na primavera de 1918,é acrescentado um comitê especial criado sob a égide do Ministério da Educação e das Belas Artes, cuja missão é orientar a “propaganda artística no exterior”. Um de seus figurantes mais notáveis é a câmara sindical da alta costura.





































gonistas, e matog da imagem ráfica a importância no luminosa”. mundo a integ A daidéia propaganda ralizar subjacente verticalmenna édenão te flagração suas apenas atividades. do transformá-la conflito O Reic fora hem tal inve que arma ntachega ode conceito propaa serde ganda, “cinemas vista com mas do todo-poderosa. dotar fronte”, o país de “tr deOs uuma pes discursos cinematog indústria apolocineráfimatográfica cas” géticos e dedos “oficiais publicitários capazdo de cinema”. garantir-lhe e cientistas Mas o não controle políticos, haverádo mercado tempo fundadores suficiente interno da sociologia para dominado mobilizar americana pelas todos companhias os darecurmídia, estrangeiras. sos deste projeto Emnascido fevereiro sobde o signo 1916,do o governo gigantishavia mo e, definitiv baixadoadiversas mente, emedidas xageradamente como asmilitar. que criavam A pós a dec a exigência laração dode arm uma istício, autorização os estrateg espeos alecial para mães verão a importação na eficientedepropa filmes. ganda Um aliada ano mais uma tarde, das pritodas ncipais ascausas importações da derrficavam ota de suas proibidas. tropas. Pela primeira vez na História um país desafiava as leis do livre comércio com base nas necessidades da indústria cultural.





































(1889-1974) cia dos tempos lança de guerra. o PublicCria-se Opiniona. convicção Nesta de quedestinada obra, a democracia a tornar-se não consegue texto de sobreviver referência semescolas nas as técnicas de jornalismo modernasdas de universidades “gerenciamento invisível da sociedade americanas, ele deduz maior”, do comportamento no interiordos como no meios de exterior comunicação do perímetro durante do a guerra Estado e no Nacional. Daquele imediato pós-guerra momento uma primeira em diante, teoria já estida opimampúb nião os primeiros lica em suaespecialistas relação com em a paz “relações internainternacionais”, cional. Baseado em a diplomacia sua experiência deverá de contar capitão mais do fronte comda a “psicologia propagandade e conselheiro massa” do que da delecom o “poder gação americana do charme” na Conferência e os “acordos desecretos”. Paz, ele faz uma primeira reflexão sobre a natureza da informação e os esteriótipos que impedem a compreensão entre os povos. Esta teoria havia sido testada por ele mesmo em “A Test of the News”, um extenso artigo publicado em relatório de 42 páginas num suplemento do New Republic de 4 de agosto de 1920. Escrito com a colaboração de seu compatriota e colega de profissão Charles Merz, igualmente antigo oficial, o trabalho analisa como o New York Times forjou, entre 1917 e 1920, a imagem do “perigo vermelho”.





































império panha 1978) ra. dissolve Sobpub sistemática achamado olupa Comitê lica do umcientista livro Marketing Creel. de desinformação fundador Ignorando político, Board, daaas sociologia com propagandestinada lições a misda ao púb funcionalista da guerra, são assume de lpromo ico e bamericano. loqueando uma vda ermídia: aura a venda qualquer de É, Propaganda dos eficácia em produtos todo tentativa infalível. caso, Techniques docom de impéprobase(Buy longar rio em noesteriótipos British) exterior . Uma o trabalho semelhantes sub seção de informacão doque serviço o Deparofitamento cial, “Pub será licidade de brutalmente Justiça e Educação” e o FBI despertada vão é encarregada apoiar-se de seu para da sono prodesencadear com dução oscinematográfica. assaltos a primeira da propaganda caça Seu àsdiretor, bruxas nazista. contra o escocês os “agentes John Grierson e conspiradores (1898-1972), deque Moscou”, passouos a guerra chamados “Reds”, que termina em 1927 com a execução dos imigrantes italianos Sacco e Vanzetti, símbolo de um erro judiciário provocado pela pressão de uma opinião pública atiçada.





































técnicas os com Estados o desenvolvimento deUnidos codificação para e observar das decodificação técnicas nãoaudio somente de menvi- a produção suais, sagens nem secretas dos com primeiros oepapel aperfeiçoam-se estratégico filmes de Robert o da telégrafo informaFla- e o herty, ção telefone. e da mas propaganda. Principalmente, os primeiros Confiante passos porém, da naela indústria vocação confirma de uni-o relações versal papel das dapúb cultura radiocomunicações licas,dotransforma-a Iluminismo, e aela num primazia reformula viveiro in-da escola as dustrial linhas doda gerais documentário Grã-Bretanha de sua política britânico, nessa deindústria. “relações com a qual culcineastas turais internacionais”. estrangeiros são Convencida convidados de aque colabosua rar. Grierson influência exterior é também se mede o mentor pela captação do projeto das de criação elites dos dopaíses Britishvisados, Councilela e de multiplica sua rede o de envio antenas de missões culturais, universitárias ambicioso plano de ensino. de ação “para a projeção da Inglaterra” onde a propaganda cinematográfica ocupa lugar de destaque.







































Logo após a guerra, a US Navy, em nome de

A oportunidade da aliança industrial sob a













































pela primeira vez o termo “informação” deixa a

2. O Fantasma de Hollywood. - Em 1919,

90% dos filmes exibidos nos cinemas europeus

As sociedades americanas ocuparam os













































dar suas parcelas de mercado no exterior. Junto

Petit Parisien, e em 1933 inaugura seu Journal.

A única indústria do cinema que os produ-

Este acordo sobre o material não compro-













































acolhem intelectuais e artistas do mundo todo

A França opta também por uma política













































30% de longa metragens nacionais e 25% de

A conquista do mercado internacional do















































3.A primeira onda publicitária. - A guerra

transformou a nação devedora que eram os Esta-

Em 1927, a montadora automobilística Ge-















































ou poliglotismo”. Salvo uma ou duas agências















































novelas e, em seguida, as telenovelas começam,

muito antes que os produtores e diretores dos Porém, desde o período anterior à declara-















































liberdade, e a livre circulação de bens e mercadorias. Todos argumentos recuperados pelas majors reagrupadas na MPEA (Motion Picture Export Association) que bem desejam extirpar

4. Americanização ou crise de civiliza-

ção? - A irrupção das redes financeiras dos Estados Unidos e dos produtos da cultura do entertainment sobre os mercados europeus é vista

em certos meios artísticos e intelectuais como















































nio Gramsci pressente estar ocorrendo, sob a le-

Em 1930, em sua obra Malaise dans la Civilisation (Mal-estar na Civilização), Sigmund Freud passava em revista as “causas do desen-

protético, deus este certamente admirável se

está equipado com todos os seus instrumentos

















































Para o escritor francês, esta crise confunde-se

A Internacionalização das ondas O advento do rádio dá novo alento às es-

















































de Mein Kampf, o poder nazista inventa o con-

Primeira reação às transmissões de Ber-

















































seu país, convertido ao isolacionismo, recusa-se

Apenas tardiamente a Grã-Bretanha e os

















































instaladas importantes colônias de imigrantes

gest seguem os passos da causa antifascista. Fundada em 1922, a revista Reader’s Digest é

Em fevereiro de 1942,Washington toma o

paganda), e o Office of Strategic Service (OSS),

encarregado das operações clandestinas (covert propaganda). Diferentemente da guerra ante-

















































4

A Geopolítica bipolar das tecnologias O cenário da guerra fria prolonga a con-

Conquistar os corações e as mentes Ao final das hostilidades, o OSS se meta-



















































No Leste, se Stalin aceita dissolver em 1944 o Komintern em troca do apoio dos Estados Unidos e Inglaterra e substitui o canto da Interna-

Duas concepções sobre a regulamentação Information, derivado da doutrina liberal da li-

vre circulação de bens e mercadorias, ratificado



















































Conferência de Atlantic City, ocorrida no mes-

Em ambos os lados da cortina de ferro, as



















































America ou acompanham as tropas americanas

na guerra da Coréia (1950-1953). É o caso prin-

No Leste, as doutrinas do Estado-partido



















































economia, em compensação, para os Estados Em 1947, esta situação inédita se institucio-



















































O afluxo de fundos provenientes do Pen-





















































e que o conjunto não sofra um impacto muito

2. O Intelsat. - O primeiro satélite artificial

Sputnik, lançado em 1957 pela União Soviética,



















































da comunicação americana. Em seu conselho ad-



















































o primeiro satélite civil de observação da Terra, As autoridades da União Soviética, ao con-



















































tes civis de observação da Terra (Spot-1,2,3) ocor-



















































grama é efetivamente aplicado na década se-

Com base no aprendizado de sua partici-





















































cupa-se assim em traduzir em diversos idiomas



















































ção de Stanford para um experimento efêmero



















































Particularmente comprometidos pelo compor-



















































5

A Transnacionalização e a razão geoeconômica



















































tores estratégicos de suas economias. Um pro-















































































































































































































































































































no Marshall, passam a reconhecer o negociador a existência solicitade ao“diferenças governo culturais” francês que e tentam diminualevá-las as restrições em consideração. impostas à imA











































de produção França conseguiu do cinema produzir nacional 96 filmes; transformará no ano sea guinte, 74.A França num crise dos raros que se países abate dasobre Europa os diversos e do











































nacional. var uma indústria Em 1946,a doprimeira cinema élançav porque, a 14 háedições muitoatempo, e segunda, seus 5. Inv maiores ariaveclientes lmente em eram língua os produingle-











































do o sistema circulav am no demercado franquias. mais A sociedade de trinta milhões propriede exdo tária emplares título cede em cerca a um editor de vinte nacional idiomas. o direiPor











































entre em rias 1966, dos os EU mecanismos eA a edição começam francesa).Algumas industriais a deparar-se que com govrevistas earnconam a nem chegam corrência produção da direta infor a ser das m pub ação similares licadas e da cultura em fabricadas determinados de massa, local-e











































francêsdos mento Jean Países Maheu, Nãohavia Alinhados.A convocado, quarta a pedido conferência dos países desse membros, grupo de uma países, reunião em 1973, de peritos em Alem ger, lança os Montreal. Naprimeiros pauta de discussões: fundamentos fazer da um reivindilevancação por tamento completo uma “node va todo ordem o mundial conhecimento da infordismação ponív elesobre da comunicação”. a matéria e sug Oepalco rir linhas das de principespais discussões será a UNESCO, organismo oficial da comunidade das nações para a cultura, comunicação, educação e ciência. Esses debates são equivalentes aos que ocorrem, na Assem-











































ab“comunicação re-se com a crítica à “cobertura de mão única” quefreqüentemenestaria caracte tendenciosa, inexata, nãoos objetiv ae não adapterizando as relações entre países em via de tada feita pelas quatro grandes agências deuniimdesenv olvimento e os outros, e que por sua prensa dos países desenv lvidos que monopolilateralidade arriscav a-seo“causar prob lemas para a zam o mercado mundial de as notícias”.As agências mútua compreensão entre nações”. Em 1972, americanas, parcialidade fica claramente por iniciativa cuja da delegação soviética, a UNESCO compro vada poresuas atitudes frente aoGeral regime primeiramente, depois a Assemb léia das do presidente doempenharam-se Chile, Salvador Allende, são as Nações Unidas, em propor uma mais visadas. Com o tempo, conveespecificamente nção com o objetiv o de nor matizar as o











































mais nin amplo dadifíceis P debate az. O relatório ao naapoiar Conferência definitiv a reivindicação Geral o é pub da licado legítima UNESCO em 1980. em de emancipação Belgrado, Este é o primeiro nocultural final de documento 1980. do SulVários para oficial confirmar fatores publicado em conduzem mais uma nome vez ao impasse. sua de um oposição organismo Intransigentes a qualquer representativo abertura ao extreda comunidade mo, de seus os Estados próprios Unidos internacional sistemas da era de comunicação onde Reagan ficaprocura posta de “pretoano impor massa. Para qualquer branco” as autoridades custo a questão sua doutrina do doLeste, desequilíbrio do o momento Free dos é particularmente fluxos dos despac crucial.Ao hos das afantasma gências, prog do satéliramas te dede recepção televisão, direta, filmes acrescenta-se e outros produtos a realidade culturais, bemde palpável como um sistema equipamentos. de controle social que, apesar de todas as medidas de interferência nos











































mia de miséria e os slogans empregados na propaganda do Estado-partido. Enfim, existe não apenas a extrema heterogeneidade tecnológica dos países não alinhados, mas também suas contradições políticas internas. Determinados regimes utilizam essa tribuna internacional para apontar os bodes expiatórios exógenos e assim reabilitar-se de suas próprias transigências e defeitos em matéria de liberdade de expressão de











































das agências de licidade estrangeiras dial “politização” tiveram indubitavelmente dospub prob lemas de uma comunicação, funçãoou de os mesmo as que estabelecem reservas de Estados despertar Unidos estratégico. batem às Para portas as redes da UNESCO demercadefesa , sedo einteresses políticas de cotas e para proteger aaprodução guidos dos por Singapura corporativistas, a Inglaterra como de Margaret Internacinematográfica nacional. Thatcher. tional Advertising Washington Association ameaça,(IAA) sob o ou mesmo a Sociepretexto, dade Interamericana de fazer o mesmo dos Proprietários à União Internaciode Imnal das (SIP) prensa Telecomunicações que são lobistas que, particularmente desde 1979, estava encarregada ativos, é o pontode deorganizar partida deauma Conferência reorganizaAdministrativa ção institucional Mundial parado enfrentar Rádio (CAMR). um “desafio” Pela primeira que para vez, eles 142 é delegações “global” e está foram longe convidadas de ser cona











































das nalização pastasdos da Cultura produtos falam culturais explicitamente encontra dasna iniciativas paralelas às oficiais. É se principalmente Europa, “indústrias e nela culturais, a França desempenha por umnaturepapel o caso das ONGs que,multinacionais entre 1974 e 1976, orde za” primeiro e reconhecem plano. que osum instrumentos jurídicos questram com sucesso boicote internaciode empregados pelo Estado nanalregulamentação à Nestlé por causa de campanhas publicitácional são insuficientes para contê-las. Pouco rias e promocionais barulhentas em favor do antes, a noção “indústrias culturais” fora consumo dede produtos em substituição aoadotada leite por obra dos peritos franceses materno no Terceiro Mundo. do Ministério da Cultura nos textos do Conselho da Europa. Subjacente a esta noção:um balanço sobre o combate desigual entre os objetivos da política pública de democratização dos bens culturais e a ascensão irreprimível de uma outra forma de democratização pelo mercado através de produtos de cultura de massa; um balanço também sobre os riscos que a ruptura das fronteiras do Estado nacional representam para a identidade nacional.











































cias grandes responsáv eis pela cultura na Eusa jádos é clara: as soluções oferecidas pelas instituiropa internacionais não existe nenhuma continuidade nos anos ções aos no vos problemas estão 70. Será preciso o clima de abertura dos muito aquém dasesperar expectativ as de ambos os laprimeiros tempos da presidência socialista na dos. Poucos projetos de recomendação são realFrançaaplicados. para que um governo europeu advodo gue mente É principalmente o caso cóa bertamente uma política capaz detransnacio“garantir aos dig o de boa conduta das empresas países Sul ospela meios de dominar seuslegitimidaveículos nais elado borado ONU .A crescente de comunicação e as mensagav ens por eles veicudas políticas neoliberais, essas a qualquer ladas” (discurso do presidente François Mitterrand no Grupo dos 7,Versailles, junho de 1982) e propor uma “verdadeira cruzada contra a dominação do imperialismo financeiro e intelectual” (discurso do Ministro da Cultura, Jack Lang, durante a Conferência Mundial da UNESCO sobre políticas culturais, México, julho de 1982). Em











































meios para uma política autêntica em matéria de des das firmas transnacionais pelos poderes pútransferência de tecnologias. É principalmente blicos, sela definitiv amente sua sorte na décadao caso do e da e Índia que iniciam deliberadade 80. ABrasil Comissão o Centro encarregados de mente processo desão corte das importações a definirum o regulamento dissolvidos. Quando fav or de uma indústria deadoção informática chega o momento de senacional debater a de ume aeroespacial, e também de Limitancódigo pelas delegações goarmamentos. vernamentais, como do condições deoacesso de seu próprio merfoi as o caso do códig de regulamentação das camcado aosde grmarketing andes fabricantes iros, eles panhas para a veestrang nda de e produtos fazem alianças com empresas queproposto aceitam neg em substituição ao leite materno, pelaociar a transferência deda seu knowe-ho emunanivista Organização Mundial Saúde vow tado de um encaminhamento prog essiv o rumo à inmemente com exceção dos EUrA , surg e a questão dependência daobrigatória. nação. da ausência detecnológica força jurídica Sem contar que as sociedades transnacionais reagiram mais que rapidamente ao promulgar seus próprios códigos de auto-regulamentação.











































ção às novas tecnologias da informação e da comunicação é estudada também pelas autoridades dos grandes países industrializados. Para se preparar para enfrentar os desafios, os governos do Japão, Austrália e Canadá solicitam que seus peritos procedam a um exame da situação. Na França, o relatório oficial sobre a “informatização da sociedade” entregue em 1978 ao presidente Giscard d’Estaing por Simon Nora e Alain Minc e destinado a alcançar repercussão internacional - defende abertamente uma política de independência nacional através da reapropriação das redes de telemática, neologismo que eles inventam para denominar a convergência técnica. Uma independência todavia já ameaçada, segundo eles, pela monopolização da informação pelos ban-











































primeiros gruposnão de comunicação europeritos fluxos transfronteiriços franceses é necessariamente de dadosaudiovisuais que prevê: aceita “A peus. tarefa principal por todos. E, para continua muitos, sendo ela deixa a planificação de lado o territorial que é maisem importante. escala mundial Pois as e,novas especialmente tecnolo- a localização gias vêm alterar das atividades o modo deterciárias ver o planeta. avançadas: Em o cérebro 1968, o canadense do planeta.” Marshall Enfim, um McLuhan relatório e seu encocomendado lega Quentin a Jacques Fiore,Rigaud, baseando então suas alto análises funcionána 1 rio do Estado primeira guerra e futuro transmitida responsáv ao vivo el dapela RTLTV, ,sobre a as “relações Guerra do Viculturais etnã, já apostaram exteriores” naatesta imagem as defieleciências Graças trônica. das estratégias ao poderpriv queaa das televisão e públicas possui das indústrias de mobilizar culturais o sentido francesas das audiências, no mercado o adveninternacional, to da “aldeia e discute global”, uma a comunidade concepção histórica que se reenda culturana contra e telinha do serviço estápúb a caminho, lico. segundo eles,











































Zbigniew bar com a Brzezinski, divisão entre futuro militares animador e civis, daeCode “fazer progredir missão Trilateralaegrandes futuro conselheiro passos todos doos presiterritórios dente Carter não industrializados, para assuntos decomo segurança a China, nacioÍndia eele nal, África”. fala antes Na mesma em “cidade época, global”. o teórico Pois daoadinministração divíduo está Peter arriscado Drucker, a ver-se menos jogado propenso num es-a aceitar paço anônimo. a utopiaEm comunicativa, seu livro sobre acredita a “revolução ver na nova fase da integração tecnotrônica” editado em econômica 1969, ele mundial insiste soa entrada bre a nova definitiva “interdependência” na era do global provocada shopping pela “revolução das comunicações”. A “diplomacia da força”, acredita ele, cede lugar à “diplomacia das redes”. O conceito de imperialismo tornase assim insuficiente para explicar as relações entre os Estados Unidos e as outras nações. Se as coisas são assim, é porque a superpotência americana tornou-se, ao contrário da outra superpotência atolada em dificuldades e na penúria, a “primeira sociedade global da história”. Centro de propagação da revolução tecnotrônica, ela é a sociedade que se comunica mais que qualquer outra, visto que 65% de toda a comu-











































nacional ça a transforma se encontra naturalmente assediado nopelos protótipo dois flande um “modelo cos. Questionado global por deser modernidade”, muito grande indicador para redos modos solver os pequenos de comportamento problemas eda dos existência, valores aele serem adotados também é acusado emde todo ter-se o mundo. tornado E no muito cadipenho dessa queno para globalidade os grandesque prob transcende lemas. É nestes às “cultuterras firmemente mos que o sociólogo enraizadas”, americano às Daniel “identidades Bell, conacionais diferenciadas” nhecido por seus trabalhos e às “religiões sobre a “sociedade tradicionais solidamentese pós-industrial”, estabelecidas” dirige aos participantes que se vai fordo mando uma colóquio “Informática “nova consciência e Sociedade”, planetária”. organizado no outono de 1979, em Paris, na seqüência do relatório Nora-Minc. Para escapar ao duplo impasse, as redes de informação e comunicação tornam-se a panacéia.











































câmbio tes dosfinanceiro. fundamentos Os sistemas institucionais nacionais dos sistequemas de comunicação braram. Antes regulamentadas, dos Estadoscompartimentanacionais. Orientando-as das, as praças financeiras pelos critérios passam das a redes integrar planeum tárias, o processo mercado global totalmente de desregulamentação fluido, graças àreinterquer umageneralizada conexão profunda alteração de tempo doreal. modelo Estaecoesfera nômico e social. financeira imprime Para seu delimitar dinamismo estaafase umade ecointegração nomia dominada mundialpelos iniciada movnos imentos anosespeculati80, surgiu um novo conceito: globalização.Tomado à língua inglesa, exatamente como a palavra “internacionalização” no final do século XIX, ele pretende descrever o processo de unificação do campo econômico e, por extensão, caracteriza estado geral do planeta.











































ropa. Sua superaquecimento redes de informação rival, a agência permanente. das bolsas Reuter, e do que Com sistema igualmente os altos fi- e baixos dase nanceiro compreendeu “bolha multiplicaram a importância especulativa”, e colocaram da TV a função ao comprar emfinannú- a ceira meros V isnew ficou os,mundo realizou autônoma dos sua fluxos ambição frente monetários. à economia financeira Em dita de 150 real e Cotada 1983, anos. passou o grupona aDo dominar bolsa w Jones desde alançou produção 1984, nos Reuters eEstados o investiHolmento Unidos ding Plc. industriais.A a teria, The Wall dez Street anos onda Journal mais de choque tarde, Television 93% pro para de vocada seus pelo o negócios continente menor naerro difusão americano, propaga-se de informações e umpor anotodo depois, econômicas o planeta, a Asia prefigurando (mercados de câmbio, as origens operações de crisesapro prazo vocadas e merpela ausência cados de ações).A de mecanismos agência de notícias supranacionais tornou-sede controle. Primeiro setor da ciber-economia a ter realizado sua integração, a geofinança e seus espaços abstratos e desterritorializados anunciam a desarticulação geral da organização econômica mundial em relação ao território sobre o qual assenta-se a soberania nacional.











































ção de empresas empresa com os fluxos que, respondendo rápidos e constantes à crescente do dinheiro comple xidade desmaterializado? do ambiente da concorrência, procede da criação e da exploração de competências em nível mundial, objetivando maximizar os lucros e consolidar suas fatias de mercado. A globalização é, de alguma maneira, a grade de leitura do mundo própria dos especialistas em administração e marketing. A palavra de ordem que rege esta lógica empresarial é a integração. Esta palavra indica uma visão cibernética da organização funcional das grandes unidades econômicas. Em inglês, o termo “global” é sinônimo de holistic. Diferentemente da palavra “mundialização” e suas variações nas diversas línguas latinas que se limitam à dimensão geográfica do processo, ela remete explicitamente a uma filosofia holística, ou seja, à idéia de unidade totalizante ou unidade sistemática.A empresa global é uma estrutura orgânica onde cada parte é programada para servir ao todo. Qualquer falha na “interoperabilidade” entre as partes ou na livre troca dos fluxos pode bloquear o sistema.A co-











































terno como dução e da comercialização. no externo, torna Aindispensável implicação total o do empregado recurso às técnicas conveda rtido administração em seu próprio simbólica, patrão e marketer, podendo ser denominadas e a elevação “cultura do consumidor empresarial” à qualidade ou “marketing”. de “pró-somador” ou “co-produtor” são duas de suas ramificações mais importantes. Mas existe também e, sobretudo, a integração escalar que prenuncia um novo modo de relação com o espaço-mundo.As redes de informação e de produção sobre as quais repousa a organização da circulação interna e externa da empresa global a transformam numa “empresa-rede”. À distribuição hierárquica das tarefas e de poderes numa empresa sob o fordismo corresponde uma sedimentação dos espaços geográficos; o local, o nacional, o internacional ficam representados como patamares, incomunicáveis, compartimentados.Ao passo que a nova concepção relacional da empresa e do mundo onde ela opera (enquanto rede) supõe uma interação entre os três níveis. A estratégia da empresa-malha deve ser ao mesmo tempo global e local. É esta interface permanente que os teóricos japoneses da administração exprimem por meio do neologismo









































combina-se com mogeneização das asnecessidades modalidades táticas mundiais”, de uma a globalização autonomia capaz dos mercados, de adaptar-se dosàs sistemas reviravoltas produtivos de umeterritório dos sistemas ou de técnicos um contexto se conjuga particular. com a segmentação. De um lado, a adaptabilidade Estes são os dois das termos ferramentas de umade relação dialética. produção às demandas A massificação particulares alterna-se graças às com a desmassificação, tecnologias flexibilizadas e esta contribui permite atambém produção para fazer de séries recuar mais osreduzidas limites dade primeira, produtos, derrubandoe portanse resistências to, de sua diferenciação, à “padronização e permite universal”. acompanhar Mesmo as seu ciclo empresas de vida classificadas cada vez maiscomo curto. etnocêntriPor outro cas aplicam lado, os “freios esta culturais” fórmula: da umperformance marketing munda firdialsão ma com levados certa em margem consideração de manobra pelasàs gerenciafiliais. doras que não dissociam globalização e condições específicas do lugar. Os especialistas em comunicação intercultural aplicada à administração introduziram em sua taxinomia a idéia de









































mou tar um a função choque“comunicação” frontal de culturas em uma no interior das ferrada empresada mentas global. gestãoEnfim, estratégica. o marketing A exigência e a pubde licidade segmentam grande visibilidade ostransformou mercados e os a personagem objetivos ao modular as empresa emintervenções um protagonista segundo político as diferentes diretaescalas para melhor aproveitar as oportunidades de penetração das redes, produtos e serviços.A otimização acrescida do investimento publicitário acarreta um enfoque cada vez mais preciso das mensagens. Isso pode ser facilmente provado pelas aplicações das novas tecnologias de manipulação de imagens pelo “virtual”. Graças a um programa de tratamento de imagens, é perfeitamente possível substituir os placares publicitários colocados na arena esportiva por outros, visíveis somente para os telespectadores de determinado país ou região. Antes mesmo da promulgação de regras deontológicas, a indústria publicitária surge como um laboratório das novas técnicas.A segmentação do mercado de consumo aumenta na medida do aperfeiçoamento dos bancos e das bases de dados e de outras técnicas informatizadas de mapeamento socioeconômico dos públicos-alvos.









































massa, conflitossimbólico sociais, catástrofes ecológicas gerenciamento dos diversos públicos (vazamentos tóxicos nos naupela empresade seprodutos profissionalizou, e asrios, profissões frágio de navios cargueiros, acidentes em cenda comunicação se diversificaram.A antiga funtrais nucleares, produtos ção de “relaçõesexplosões públicas”com ampliou-se aoquímiponto cos), ameaças de terrorismo, acidentes incide tomar o novo nome de “negócios púble icos”, dentes de todos os tipos, constituem-se em termo que as grandes empresas do setor nosfonEstes deUnidos tensão que exigem uma resposta imediatados já haviam adotado desde os anos ta comunicação de crise, que tenta 70,da período em quechamada haviam sido submetidas a sugerir soluções propor técnicas preventivas um ataque geral,ao para melhor marcar a entrada de e de observação social, bem como da vigilância empresa no terreno político-estratégico. instrumentos de diálogo e de negociação com o pessoal, os acionistas, os clientes, o grande público, o poder legislativo e o governo.Todas estas situações-limites ou “altos riscos tecnológicos”, conforme a expressão técnica, forçaram a empresa a pensar o gerenciamento das crises.A crise não é mais apenas aquele momento ultrasensível em que a empresa deve identificar urgentemente a “célula em crise” e mobilizar-se para contrarrestar o evento disfuncional que perturba seu dinamismo intra ou extra muros.









































portância contínuo construção trocas transformou de crescente da organizar corporate odas papel a empresa operações image da informação impôs-se e seu de coleta disposiaoecoe tivo comunicacional conjunto nômica interpretação e da sociedade pesquisa sistemáticas em ecomo do tempo tratamento de a única qualquer “normal”. possibilidadado infordadepossa mação que decientífica comunicação. explicar e tecnológica os comportamentos A comunicação na definição assim das da concebida das estratégia personagens é considerada privadas empresas e públicas: ecomo dos atores uma a nova excelente públicos função e tecnologia parapúblicos. dos organismos da gestão A missão de informação social. da Competitive Umgovernamenbom exemplo Intelli- é a irradiação tais, após a queda do modelo do muro de comunicação de Berlim. Pois, gerense os cial no sentido manuais de inteligência das instituições econômica estatais, a definem das coletividades como o conjunto territoriais das ações e das coordenadas associaçõesde humapesnitárias, que têm redefinido sua relação com os cidadãos ou a sociedade civil, apelando para o know-how e o imaginário do marketing.









































formação útil às personagens obvigor desde 1994, ilustra esta econômicas, idéia de que, eno tida legalmente, não é menos verdadeiroexacerque as contexto da concorrência internacional atividades clandestinas fornecem com freqüênbada, o “risco de agressão é atualmente mais de cia oeconômico precioso elemento que permite interpretipo do que militar”. Entre os “atentar o estoque das “informações abertas” (colótados aos interesses fundamentais da nação” quios, conferências, pub licações, bancos de dapassam-se a incluir “os elementos essenciais do dos). Isso pode ser demonstrado pelas potencial científico e econômico”. Issotentativas explica de corrupção de de prudência altos funcionários por agentes as instruções dadas no ano seguinda CIA,Ministério objetivando a estratégia frante pelo dodescobrir Ensino Superior e da Pescesa em matéria de telecomunicações e do auquisa, num guia destinado a pesquisadores, intidio visual no momento docientífica GATT (Acordo Geral tulado Proteção da criação e técnica de Tarifas e Comércio).







































ta em paz devoga tomar por a distância Umberto Eco em relação nos anos a seu 60, que objeto (sem os opunha poraos isso “intelectuais isolar-se numa apocalípticos” torre de marou fim). Neste críticos, estão caso concatenados também, na a captação observações dos viveifunros de cérebros, cionais a pedido dos postos patrocinadores, até então à margem porém dos atovalores capitalistas, mizados e descontextualizados joga-se a sorte em relação da integração. ao A mobilização jogo da mutação das doenergias modelo econômico em torno daecompesocial. titividade precipita os lugares tradicionais de produção e difusão do saber, como a univerdade, ao encontro das necessidades das personagens econômicas a fortiori nas realidades onde os círculos intelectuais estruturaram-se historicamente em torno da crítica das instituições sociais.As sinergias que, ainda ontem, pareciam casar a água e o óleo se unem, procurando colocar a geografia, a história, a etnologia, a psicanálise, a sociologia ou a lingüística a serviço do melhor desempenho das empresas. O problema são mais os termos da troca do que a aproximação mais propriamente dita. O risco desta contratualização da pesquisa em ciências humanas é de legitimar o violento retorno das múltiplas formas de empirismo. Enquanto a classe dos que detêm o poder de decisão, a World Business







































dos desafios sino (públicoda e privado) busca de uma das ciências cultura dita da admiglonistração, bal. Mal anunciado em best sellers o lançamento da reengenharia dos grandes administrativa b locos comerciais, ou na sociedade os grupos dade terceira comunicação onda, dee woredes as rkshops, planetárias de lobismo (como e deaorganizações CNN) ou regionais corporativas, a Globalpan-árabes, (pan-americanas, Business Community pan-asiáticas vai se ou transformando na pan-européias) abriram nova elite a temporada mundial de naturaliza caça conceitos aos “universais que podem culturais”. ser empregados Com a ajuda por datodos intepara designar gração das operações o mundo de“oficial”. comunicação, a terceira geração de redes publicitárias, as redes ditas globais, lhe seguiram no encalço, em resposta à interconexão dos mercados. Um dos axiomas da busca do denominador comum mundial é a “convergência cultural dos consumidores”, produto de investimentos destilados no correr dos anos pela cultura de massa no imaginário dos consumidores pertencentes às culturas mais diversas. “Suportes naturais da universalidade”, as







































porcomunicação cem de aquisições-fusões sempre na atitude exigiunos uma pretensiosa anos radical 80, sucedeu desregulade fixaruma os parâmetros mentação outra na década das da estruturas globalidade. seguinte,comunicacionais estimulada pelasnaciopronais, o que messas de digitalização afetou igualmente simbolizada os sistemas pelasdo autoâmbito do serviço estradas da informação. público e do Como setor todo do comércio. produto traSe estes duzido em grlingua upos egredes em digital continuam pode circular essencialem mente no transportador, qualquer âmbito das grandes operou-se nações uma industriais, converoutras persona gência nos Estados gensUnidos têm surgido entre no operadores mercado aude diobvoisual. ca e estúdios Os dois deecinema, xemploscompanhias clássicos são telefônio grupo brasileiro cas e grupos de Globo comunicação. (o nome lhe Apcalha ós a primeira bem) e o grupo mexicano Televisa, cujos seriados e telenovelas são exibidos muito além de seus países de origem. Um pouco em todos os lugares do mundo, além disso, surgiram mercados emergentes e mercados secundários do audiovisual. O acontecimento maior, no entanto, é sem dúvida nenhuma a incorporação das grandes zonas urbanas da China e da Índia à rede de satélites por intermédio dos grupos globais.







































nologias visuais T gração urner).A que, são da busca os em informação neologismos 1982, das sinergias tornou e da surgidos mais comunicação industriais, maleáv na linguaeno lem o enregimetécnica: tanto, gem virtude de nem do concentração sempre desenvolvimento advertorials corresponde dos (contração canais daao informática. e das esperado, deestações, adver- e a o Congrdas corrida essoaquisições-fusões americano recomeçou está pontilhada o processode suprimindo erros estratégicos. as fronteiras O fracasso entreda os fusão industriais entredo a cabo e do telefone Matsushita e a Univ ee entre rsal, os que produtores para o púbde lico pronigramas (para pofóbico americano o cinema representav e a televisão) aae violação os distrida buidores. “alma americana”, As networks é disso encontrav umaagm-se, randedepro fato, va. impedidas legalmente de produzir seus próprios programas de ficção e de variedades. O desejo de reagrupar o maior número possível de indústrias daquela natureza para mobiliar as poucas centenas de canais prometidos a cada país fomentou a aproximação entre os estúdios e as







































comum para aderir surgàelógica em 1989. neoOliberal, Grupo em doscompensaDoze aproção v a oateregulação xto final dedos uma fluxos Diretiv deaprodutos para a Tecultulevisão rais provocou nos países da União Européia reações de nível institucional. Um balanço presidiu esta estratégia decidida: o déficit comercial do audiovisual europeu, transformado no mercado solvente mais importante da indústria do cinema, da televisão e do vídeo dos Estados Unidos. Ano após ano, com a ajuda da desregulamentação dos sistemas audiovisuais, televisão e vídeo agravaram o déficit europeu. Conforme o relatório anual do Observatório Europeu do Audiovisual, de todos os programas de ficção (seriados, filmes para televisão e cinema) importados entre 1994 e 1995 por 88 televisões da União Européia, cerca de 69% provinham dos Estados Unidos. Quanto à exploração comercial dos filmes nos cinemas, os mercados exteriores foram se tornando cada vez mais vitais para as majors que embolsavam em média mais de 70% da receita cinematográfica européia único país a ter preservado uma fatia substancial do mercado para seu cinema. A França deve, não obstante, enfrentar a maré crescente de filmes americanos na programação dos cinemas que deu, entre 1979 e 1993, um salto de 31% para 57%.





































péia transforma-se ções cinco anos antes. emO mundial artigo 4por convida ocasião osdas países membros neg ociações com a reserv o GAaTrTàs . Sendo produções classificada européias por (filmes este organismo de ficçãocomo e documentários) “serviço”, a comunicação a maior partebdo a re caminho tempo depara antena, um embate “sempredireto que isso entre foraexeqüível”. União Européia Publica-se, e osquatro Estados anos Unidos.A mais tarde, chamada um conjunto tese da “ede xceção medidas cultural”, estruturadores defendidade pelo uma gov inerdústria no francês, audio opõe-se visual àeuropéia extensão( o das “Plan regrMédias”). as liberais do comércio internacional às produções audiovisuais (da mesma maneira que a saúde pública, o meio ambiente ou a segurança interna a um Estado). Diversas razões explicam a importância do envolvimento francês neste caso: a longa tradição de defesa do cinema nacional, enraizada numa determinada concepção da cultura, do “autor” e do papel do poder público na matéria, bem como na consciência, das múltiplas organizações da profissão num país que, fazendo-se uma média entre os anos bons e ruins, produz entre 100 e 120 longas metragens e onde o setor representa aproximadamente 70.000 empregos; mas também o receio do Estado de ver o dispositivo de “irradiação da cultura francesa” perder ainda mais seu peso na Europa e no mundo. Se





































em dezembro ções proposta de atores-diretores-produtores pelo de GATT 1993 exigia com ao eliminação reconhecimento - estiv dos eram dina linha ferentes do princípio de dispositivos frente da exceção desta adotados mobilização cultural. pela Saudado francesa Europa como contra como uma vitória, um o projeto, todo tratava-se e cada notória país apenas foieuropeu a ausência de uma em particude simples posicionamento lar para reserva dos gde rupos um espaço de comunicação audiovisual francepróses deFundos prio. âmbitode europeu apoio ao oucinema mundial, em opostos nível nade fato a qualquer cional como ao política da União, defixação cotas. Ode argumento cotas para datransmissão a exceção cultural de obras possuía, de ficção no entanto, de origem um aneutecedente ropéia ou nacional histórico:na nas televisão discussões estavam, sobre oconAcordo de Livre forme essa Comércio lógica, condenados Estados Unidos-Canadá, a desaparecer Washington em nome da tev liberdade e que reconhecer de concorrência ao govenum rno de Ottawa o direito mercado livre. de proteger a identidade cultural canadense. Conhecido pelo nome de cláusula de “exceção cultural”, o artigo 2005 abrange o cinema, a radiodifusão, as gravações sonoras e as edições musicais.





































Branca ção cultural, adotaram a posição uma do postura governo pragmática. francês Ao imagem somou-se rapidamente o das novasesteremesmo ve longe tempo de conquistar em que consolidam a serviços unanimidade seu lobismo entre os des de informação e dos multimídia. na Organização parceiros União Mundial Européia, do Comércio pois a maioria (OMC), Ao retirar da a imagem do reino da indústria dodelaque les substituiu o busca GATT,projetam-na de e nos uma gosolução vernos minimal, zer,continua as redes em digitais bemnaciono coranais, eles evitam convencidos que estão engajar-se de que em asqualquer tarifas alfandedebate de tiposão gárias “filosófico”.A a médio prazo postam apenas no poder uma de ilusória digitalização que barreira de permite contenção. multiplicar O mesmoasfoi capacidades dado a ende retransmissão tender novamentedos emsatélites, novembro ultrapassando de 1995, ao as fronteiras votar pelo statu nacionais. quo no debate sobre a reforma das Diretivas da Televisão Sem Fronteiras. Três meses mais tarde, o Parlamento Europeu sustentou exatamente o contrário e votou pelo reforço das cotas. No final de 1996, entretanto, os eurodeputados voltaram atrás em sua decisão.





































originados pela multiplicação dos canais disde distribuição dente ques Delors, Clinton então anuncia das presidente sociedades o Planoda Gore humanas. União, (nome dde áO o do chutribuição, o projeto “Livre foide seguido porCresciumde Ligrande vice-presidente te inicialcanteiro ao Albert deBlanc” europeu infra-estruturas Gore) deinfo construção vias. telemáticas compreende, mento, competitividade, ele também, empreg a soberania o, são cultural, os três pois trata-se leitmotivs deste nem prog mais rama nemde menos mobilização de desenvoldo ver uma indústria conjunto do parque forte industrial o bastante europeu. paraEm impedir maio que1994, de as novas um gredes rupo de e serviços vinte grandes enviem industriais, apenas programas presidido pelo fabricados Comissário pelos Martin gigantes Bangdo emann, multimídia, e um entrega querelatório se reproduza intitulado a situação L’Europe deficitária et la sodas indústrias culturais. Esta é uma outra etapa do jogo euro-americano.







































to da política audiovisual da União Européia”.

Blanc é a promessa de criação em cinco anos de

2 a 4 milhões de empregos numa Europa que, na

Em fevereiro de 1995, o G7, grupo dos sete













































lios públicos a fim de acelerar a extensão das fu-

Infrastructure: The Promise of a New World Information Order. Em julho de 1997, o Presiden-

te Clinton adotou uma postura francamente libe-

4. A “liberdade de expressão comercial”. -

Da União Européia ao GATT, da OMC ao G7. O













































dade de expressão comercial tem-se estrutura-

A idéia central é a necessidade de não co-













































tamente economista e anglo-saxônica, de que o

5. Da democracia ao “Global Democratic Marketplace”. - Mascarando as causas das lutas

pelo controle da arquitetura e dos conteúdos

ways da informação, Albert Gore, recupera as

apóstrofes dos profetas que o precederam des-













































forjada nos fóruns que a GII criará.” Ferramenta

O círculo está fechado. Há pouco mais de

A Guerra globalizada A concorrência econômica ressuscitou,















































ção que tendemos a esquecer em tempos de A guerra do Golfo pode ser qualificada de

Storm, iniciada a 17 de janeiro de 1991, consti-

tui de alguma maneira a revanche dos estados-

A guerra do Golfo é também uma guerra















































conhecimento, os sistemas de comando instala-

A guerra muda de natureza. É uma guerra

Sistemas como esses trazem à mente que















































(Global Positioning System), em funcionamen-

or Foe). Durante o combate, sobre a viseira, fi-

cam agrupados todos os comandos de suas ar-

Foi somente na década de 90, ou seja, vin-

Positioning System.















































7

A Diferença: por uma crítica ao globalismo

“Dar nome errado às coisas torna o mundo

Um Novo mapa das desigualdades















































giões, e entre os grupos sociais. O conceito de

Três mudanças importantes estão envolvi-

















































De maneira generalizada, as novas formas

















































Veltz) ou o “tecno-apartheid global” (R. Petrella).

As geoestratégias de segmentação ou de criação de “grupos de consumo” (consumption communities) do marketing levam em consideração esse tipo de dado. Estimando que as variá-

















































beneficiários reais das mercadorias e do estilo de vida como é exibido por seus defensores. A reprodução das fortes tendências de segregação entre os grupos data rich e os demais, data poor, é um risco apontado até nos documentos mais oficiais e refere-se tanto à conexão

Connectivity in Sub-Saharian Africa, preocu-

pa-se com o fato de que a maior parte dos paí-

















































cos ilícitos (de drogas a crianças, passando-se

Os especialistas do mundo virtual acre-

















































Brasil está implementando na região amazônica,

Ao proibir a instalação de antenas para-

Frente aos crescentes fenômenos de ex-



















































péia. A razão não é apenas a carência de redes

Estes conflitos potenciais estão projetados



















































des de tempo real. Alguns acreditam ser inevitá-

Até que ponto estas imagens divididas en-



















































têm contribuído certamente para derrubar o

A mobilização de ajuda humanitária para a



















































domínio do chauvinismo. O que é tanto mais

Pode-se também duvidar seriamente das



















































têm se deparado com povos e culturas que re-





















































Novas questões surgem: o que significa para as



















































rência de revoltas (é a síndrome chinesa); muito



















































para o lançamento em rede de projetos sociais



















































para a pesquisa da atualidade contemporânea,



















































modernidade/pós-modernidade. O lugar é tri-





















































também suscitou novas maneiras de se pensar



















































ferramentas, convém manejá-las com a vigilân-



















































tural que, dedicada ou brutalmente, a crise insta-



















































não somente reafirmar os laços entre os países e



















































juristas, entre os quais o irlandês Sean MacBride,















































































































































































































































































































programas e servidores transfronteiriços. A conexão ao mundo realiza-se também e, sobretu-











































mentos do vrarias consumo, erevolucionários creches os excluídos do centro dos dapara globalização anosa60, periferia a guerrilha que, vinasEstado sando do grandes aumentar decidades Chiapas o valor daabriu, América dos imóveis, no México, Latina, a populaconheum











































mento grevista nanceira precipitasse tenaz que o país mobilizou, à beira de nouma finalconde vulsãoos 1995, social. trabalhadores Projetadados no div cenário ersosinternaciosetores pú-











































mais acelerados, safio maior em relação o desencontro às formasentre de contestatécnica e ção. Ela exige sociedade não organizações cessou de crescer sociais e foiancoradas de par











































o filósofo fendia o filósofo Bernard e psiquiatra Stiegler denominou Felix Guattari como pouco antes deglobal “processo seu falecimento de exteriorização em 1992, da“memócriar no-











































dos Estados Que a decisão nacionais histórica, e de tomada seus representantes em 1995, de confiar cegamente supranacionais, e protegidos na totalidade da curiosidade mercantil, para da favorecer acivil, sociedade expansão fica confirmada das autovias a condição da informade ção, não tenha personagem política sido legitimada da empresa senão privada pelo que sagrado princípio reivindica para da competitividade, a Global Business Community deveria ser um sério um lugar motivo de importância de reflexão para nas decisões o homemque honesvito doaséculo sam instauração XXI. O das queregras é aindagerais mais importanque orientate quando rão seus negócios. se sabe que os organizadores dessa primeira Conferência do G7 sobre a sociedade





















































































emacesso dá parte de à Grande um monumento Muralha,éfoi uma posto, parábola em maio de 1989, em si. Elaum fala blsobre oco deagranito pretensão onde das pode personaser lido:“Destinada gens chamadas ano reger passado a novaaproteger economia, seus a fazer habitantes a históriacontra e a tomar os ataques as rédeas dona inimigo, construção a Grande das Muralhasociais ligações reúne hoje universais. os povos Ela doconfirma mundo. Ealaambipermanecerá güidade das como relações sinal de estabelecidas amizade para entre as gerao unições futuras.” verso empresarial O logotipo e o mundo da da empresa Cidade. multinaReabicional européia litadas como instituições que financiou sociais, a restauração as grandes desunisa parte dades econômicas da obra monumental não cessaram estáde colocado estender aci-











































ciedade Carlos Monsivais. da informação, Símbolo a argumentação do processo geral globade despersonalização lista não extrapolaemenos de desnacionalização, a questão das redes o laço global técnicas e oesvazia círculoodas mundo empresas de suas mundiais. persona-Ela gens sociais.A encarna um modo força generalista de se pensar de como abordar sociedaos des de prob lemas responsabilidade da geopolíticailimitada, e de exorcisar administradoos periras da gos que totalidade ameaçamsocial, o planeta.Antes e de pretender de inaugurar regulamentar a noção ode conjunto “infra-estrutura da Cidade global acreditando da informana autodisciplina ção”, Albert Gore do mercado, adaptouaso grandes tratamento unidades globalda à economia crise ecológica, mundial ao propor tornaram-se um plano sociedades Marshall desdo











































cionalização mentores ideológicos tem sido uma do globalismo promessaimpõem e um riscomo co. E continua verdade científica sendo mais a questão do que nunca. do processo Frágil cujo é o projeto futurode pode unificação ser qualquer do planeta coisa,que menos trata esa tar escritosocial mudança em pedra. comoEm um nome produto do derivado imperativo da categóricogeneralizada economia geo-tecno-financeiro, e da market asmentality sociedades , são e confia obrigadas ao monetarismo a curvar-seaàincumbência ordem de aceitar de es-as desregulamentações truturar a sociedade digital. do estado Ilusória de direito é a “solução como algo indiscutível. global” que deixa àAPandora presentados o cuidado aos cidadãos da reescomo fatos acabados, truturação do mundo eestes negadecretos à sociedade os privam dos ci-











































rança! Tudo ciência planetária está bem que agora esteja , eisànossa altura ilusão!”, do desafio de civilizaçãoVrepresentado exclamavam oltaire e os Iluministas. pelo momento Nestehisfinal tórico. de século, Frente quando ao realismo começa de a sefachada desgastar represena ideotado pela logia do progresso “República e das mercantil grandesuniversal”, utopias polítinunca será cas de emancipação, demais dizer que substituídas somente pela a busca utopia de da uma interdependência prótese cibernética, digamos capaz de antes liberar comas Edgar diversas comunidades Morin: “Nossa esperança humanas deve da obsessão abandonar das qualidentidades quer possibilidade únicasde e de salvação. derrubar É as por cercas isso que mentais da intolerância prefiro falar em esperança atiçada tanto trágica.” pelos nacionalismos exclusivistas como pelo mundialismo dos triângulos de ouro do livro comércio merece que se consagre a ele a aspiração da “grande República democrática”.











































ter or the Global for WCultural orse. Harvard Econom Business y. Public Review Culture , , v. 2, n. 2, 1990. may/jun., 1979.











































Quinze idées qui bloquent le débat publique. Paris: La Découverte, 1997.











































Media, communication Electronic d’information Landscapes and au Cultural sud: la La Documentation Histoire Le rideau des de fer idées àet française. l’épreuv et des stratégies. e des [s.l.]: radios Nouvelles, Paris: et télémondialisation Boundaries. Londres: forcée.Routledge, Revue Tiers-Monde , 1980. transfrontières. Découverte, visions 1992. Grenob le: 1995. PUG, 1995. vol. 35, n. 138,Apr./Jun. 1994.











































national in Manière Manière de Enterprises. de voir, voir. Hors Le Monde série, Boulder, Diplomatique La Colorado: Monde Diplo, Wesn. 18, may, matique, tview Press, outubro 1993. 1976.de 1996.





















































































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Armand Mattelart - A GLOBALIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

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