CIRCULAÇÃO VERTICAL ESCADAS
Crescimento das cidades gera construções de pavimentos sobrepostos. Necessidade de circulação vertical: => escadas => rampas => elevadores
Elevadores => dependem de energia elétrica Rampas => necessitam de grandes espaços Escadas => podem ser construídas em espaç espaços os bem bem meno menores res => é o elem element ento o vertical mais utilizado
Estudaremos e adotaremos, portanto, o uso das escadas para as residências unifamiliares de dois pavimentos. O cômodo destinado à sua instalação recebe o nome de CAIXA DE ESCADA.
ELEMENTOS DE UMA ESCADA • PISO – parte horizontal do degrau • ESPELHO – parte vertical do degrau • LANCE – conjunto de degraus ininterruptos • PATAMAR – separação dos lances • GUARDA-CORPO – elemento de proteção ao transeunte • BALAUSTRE – elemento vertical do guarda-corpo • CORRIMÃO – elemento horizontal ou inclinado do guarda-corpo
Ainda na fase de discussão do projeto da edificação há a necessidade de se pensar na escada que mais se adaptará ao espaço disponível. Antes de projetar uma escada é importante conhecer os tipos e as formas mais usadas, além das medidas proporcionais recomendadas para os espelhos e pisos dos degraus. A melhor escada é, sem dúvida, aquela corretamente dimensionada.
Alguns erros comuns e que ocasionam cansaço e quedas: – degraus com espelhos muito altos – pisos com medidas insuficientes para o apoio dos pés – largura total incompatível com o número de pessoas que transitam no local – alterações de medidas no decorrer do percurso
MATERIAIS DAS ESCADAS O tipo de material empregado depende da utilização da escada. As escadas podem ser construídas em: – concreto – metal (aço, ferro...) – madeira – pedra (mármore, granito...) – vidro (caríssima) – conjugando dois ou mais materiais distintos
Revestimento dos pisos: materiais plastificados, emborrachados, cerâmica, laminado plástico (tipo Fórmica) etc. Mas seja qual for o material empregado deve-se ter a preocupação de fazer o acabamento do degrau com material antiderrapante.
CONCRETO
METAL
MADEIRA
PEDRA
VIDRO
MISTA
FORMAS DAS ESCADAS As escadas podem ser: – retangulares – circulares (ou apresentar as duas formas anteriores ao mesmo tempo) – helicoidais (forma de caracol)
As escadas retangulares podem ter variados formatos e desenhos: em linha reta, em “L”, em “U” e em “T”. A definição do tipo ideal para cada caso vai depender do espaço disponível e da intenção estética.
ESCADA RETA
ESCADA EM “L”
ESCADA EM “U”
ESCADA EM “T”
ESCADA CIRCULAR
ESCADA HELICOIDAL
ESTRUTURA DAS ESCADAS São basicamente duas:
ESTRUTURAL: projetada e construída junto com a estrutura da edificação, durante a execução da obra.
PRÉ-MOLDADA: fabricada por empresas especializadas e instalada na fase final da obra.
TIPOS DE DEGRAUS Ao executar uma escada pode-se optar por diferentes formas na concepção de seus degraus:
FUNDO LISO: a base acompanha a inclinação da escada.
TIPO CASCATA: a base acompanha o desenho dos degraus.
VAZADA: tem apenas os pisos, sem os espelhos entre os degraus.
TIPOS DE APOIO DOS DEGRAUS TRADICIONAL: os degraus são apoiados dos dois lados de forma tradicional, usando pilares e vigas laterais.
EM BALANÇO: apenas um dos lados dos degraus é fixado da parede.
SOBRE VIGAS: os degraus são apoiados em uma ou mais vigas inclinadas.
HELICOIDAL: os degraus são apoiados em uma estrutura vertical central.
CORRIMÃO E GUARDA-CORPO Tem como função garantir o apoio e/ou a proteção de quem utiliza a escada.
ALGUNS EXEMPLOS:
APROVEITAMENTO DO VÃO SOB AS ESCADAS O espaço que fica livre sob a escada pode ser aproveitado para diversos fins, dependendo da sua localização.
ESCADAS MONUMENTAIS Vale lembrar que, quando a escada for projetada para ser um monumento e que o objetivo do projetista for destacá-la como um elemento de decoração, é interessante que o espaço sob esta não seja utilizado.
NORMAS A construção e a utilização dos espaços de circulação (escadas, rampas e corredores) são regulamentadas por normas contidas nos Códigos de Obras das diversas prefeituras municipais.
Em Vitória são adotadas as seguintes normas referentes a edificações residenciais unifamiliares: – Largura mínima = 0.80m • OBS.: numa escada, a largura útil é a distância medida entre os guarda-corpos.
LARGURA DA ESCADA Escada restrita
Escada pública Escada residencial
– Os degraus deverão estar dispostos de forma a assegurar passagem com altura livre de 2.00m
– Nas escadas privativas (residenciais unifamiliares), a altura máxima do espelho deverá ser de 0.19m e a largura mínima do piso, de 0.25m
– Os patamares intermediários serão obrigatórios sempre que a escada vencer desnível superior a 3.70m e/ou quando houver mudança de direção. Em escadas privativas, sua profundidade mínima será de 0.80m
– Deverão dispor de corrimão, instalados entre 0.80m e 0.92m de altura, de um lado para escadas com largura inferior a 1.10m e ambos os lados para escadas com largura igual ou superior a 1.10m
DESENHO DA ESCADA PLANTAS BAIXAS A escada deve ser representada nas plantas baixas dos 2 pavimentos.
PAVIMENTO INFERIOR Na planta do pavimento inferior os degraus devem ser representados com o traço contínuo até o 7°ou o 8°piso e, a partir daí, os degraus mais altos devem ser representados com linha tracejada. Isto se justifica pelo fato da escada estar sendo cortada por um plano de seção horizontal a uma altura média de 1.20m.
PAVIMENTO SUPERIOR Quando a escada for totalmente vista no pavimento superior, ela é toda representada com traço contínuo.
Quando a laje de piso do pavimento superior avançar a escada, os degraus que estiverem sob a laje deverão ser representados com linhas tracejadas na planta baixa do pavimento superior.
COTAS Devem ser cotados, pelo menos, um piso, a largura da escada, a profundidade do patamar, quando houver, e as dimensões parciais e totais da escada
CORRIMÃO Tanto o guarda-corpo quanto o corrimão pode se apresentar com modelos diversos, possuindo medidas bem variadas. Adotaremos uma largura entre 0.03m e 0.10m, afastado cerca de 0.03m da extremidade lateral da escada
INDICAÇÃO DE SUBIDA E DESCIDA Deve ser desenhada uma seta, com modelo e dimensão a escolher, indicando o sentido da subida (na planta do pavimento inferior) e o sentido da descida (na planta do pavimento superior)
NUMERAÇÃO DOS DEGRAUS Numerar os degraus, contando o número de espelhos, que na planta baixa são representados pelos traços que separam os pisos
TRAÇOS ADOTADOS
CORTES Deve-se representar o concreto e desenhar as partes cortadas com traço de parede cortada
Se a escada for em “L” ou em “U”, devese representar o concreto e desenhar as partes cortadas com traço de parede cortada. As partes que não foram cortadas deverão ser desenhadas com traço de elemento em vista
COTAS Deverão ser cotadas as seguintes alturas: – um espelho (considerando que todos sejam iguais) – o corrimão – a altura livre, se houver – a somatória do pé-direito com a laje
CORRIMÃO De acordo com o Código de Obras de Vitória, deve ser instalado entre 0.80m e 0.92m de altura
TRAÇOS ADOTADOS
DESENHANDO A ALTURA DO CORRIMÃO (OU GUARDA-CORPO) Sabendo que a altura do corrimão (ou do guardacorpo) deve ser constante ao longo de toda a escada, e considerando que os pisos são na horizontal e o corrimão é inclinado, observem a alteração na altura do corrimão ao longo do piso.
Portanto, para que o corrimão (ou o guarda-corpo) seja desenhado corretamente, deve-se marcar a altura desejada tanto no primeiro quanto no último degrau do mesmo lance, sempre tomando o mesmo ponto de referência nos degraus. Além disso, deve-se, também, verificar se as linhas que represen representam tam o corrimão corrimão estão estão paralela paralelas s à que tocam tocam os degraus.
EXEMPLOS DE ESCADAS
ESCADA RETA:
ESCADA EM “L”:
ESCADA EM “U”: Exemplo 1:
Exemplo 2 :
Exemplo 3 :
MEDIDAS DOS DEGRAUS A fórmula mais empregada (Blondell) permite calcular a profundidade do piso em função da altura do espelho e vice-versa:
2e + p = 0.62 a 0.64 m e = altura do degrau (espelho) p = profundidade do degrau (piso) 0.62 a 0.64 = variação do passo normal de uma pessoa
OBS.: A altura do espelho é inversamente proporcional à profundidade do piso, ou seja, quanto maior o espelho, menor o piso, e vice-versa.
As normas determinam uma variação de:
0.15 a 0.19 m para e (espelho) 0.25 a 0.34 m para p (piso)
MEDIDAS IDEAIS Dados experimentais fizeram concluir que a medida do espelho ideal = 0.17m Porém, um degrau com espelho entre 0.16 e 0.18 m e piso entre 0.28 e 0.32 m está dentro do padrão de conforto recomendável.
CÁLCULO DE UMA ESCADA 1- Determinar a altura a ser vencida (H):
H = PÉ-DIREITO + LAJE 2- Determinar a quantidade de degraus:
n = H / 0.17 Obs.: n = quantidade de degraus 0.17 = medida do espelho ideal H = altura calculada
3- Determinar a medida do espelho adotando um número inteiro para a quantidade de degraus:
e = H / n Obs.: e = medida do espelho (em metro) n = quantidade de degraus (número inteiro) => evitar arredondar a medida do espelho