CONSULTANDO OBI ABATA (INTERPRETAÇÃO DAS QUEDAS) Compilação e tra!ção" Da#iel I$a%a&oe A'oa#mi Ele!io#
O que é o Obì Àbàtà? Praticamente é o fruto da arvore de Kola, este fruto é conhecido como Noz de Kola, e seu nome científico é: Cola nitida (Vent.) Schott & Ende. Cola acuminata (Beauv.) Schott & Endl. (Esterculiáceas).
Características Da Arvore De Kola São árvores de tamanho normal (até 15 m, com folhas inteira de forma oval!o"lon#o, acuminadas e $ecioladas% & fruto é em $oli folículo folículo em forma de estrela, contendo contendo cada folículo folículo 5!1' sementes sementes #randes (cola acuminata ou duas sementes (cola nitida% Origem e Distribuição da Arvore de Kola s duas são es$écies ori#inárias da )frica e*uatorial (Serra +eona, Ni#éria, osta do -arfim, .a"/n% &nde são $arte das matas, em ocu$ando o se#undo estrato ar"/reo% ar"/reo% 0 cultivado cultivado em $aíses como a ndonésia, 2amaica, 3rasil, Ni#éria%
Ledas &lodunmare chama os homens $ara retornarem ao seu lar, $orém nem mesmo a morte é ca$az de a$a#ar as lem"ran4as os feitos de #randes homens%%% &"i é um elemento muito im$ortante no culto de odun ,&risa e N6isse% noz de cola, &"i, é o sím"olo da ora4ão no céu% 0 um alimento "ásico, e toda vez *ue é oferecido seu consumo é sem$re $recedido $or $reces% 7oi &runmila *uem revelou como a noz de cola foi criada% 8uando &lodunmare desco"riu *ue as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro *ue 9su era o res$onsável $or isso, 9le decidiu
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convidar as *uatro mais moderadas divindades (Paz, a Pros$eridade, a onc/rdia e ie, a ;nica divindade feminina $resente , $ara entrarem em acordo so"re a situa4ão %%% 9les deli"eraram lon#amente so"re o motivo de os mais odos come4aram então a rezar $elo retorno da unanimidade e e*uilí"rio% 9n*uanto estavam rezando $ela restaura4ão da harmonia, &lodunmare a"riu e fechou sua mão direita a$anhando o ar% 9m se#uida a"riu e fechou sua mão es*uerda, de novo a$anhando o ar% $/s isso, 9le foi $ara fora, mantendo Suas mãos fechadas e $lantou o conte;do das duas mãos no chão% Suas mãos haviam a$anhado no ar as ora4?es e 9le as $lantou% No dia se#uinte, uma árvore havia crescido no lu#ar onde =eus havia $lantado as ora4?es *ue 9le a$anhara no ar% 9la ra$idamente cresceu, floresceu e deu frutos 8uando as frutas amadureceram $ara colheita, come4aram a cair no solo% ie $e#ou!as e as levou $ara &lodunmare,e 9le disse a ela $ara *ue fosse e $re$arasse as frutas do odas as frutas colhidas foram então dadas a ela% 9lenini então $artiu a cá$sula, lim$ou e lavou as nozes e as #uardou com as folhas $ara *ue ficassem frescas $or catorze dias% =e$ois, ela come4ou a comer as nozes cruas% 9la es$erou mais catorze dias e de$ois disso $erce"eu *ue as nozes estavam vi#orosas e frescas% $/s isso, ela levou as frutas $ara &lodunmare e disse a todos *ue o $roduto das $reces, &"i, $odia ser in#erido cru sem nenhum $eri#o% =eus então decretou *ue, <á *ue tinha sido 9lenini, a mais velha divindade em Sua casa *uem conse#uiu decodificar o se#redo do $roduto das ora4?es, as nozes deveriam ser dali dali $or $or dian diante te,, não não some soment nte e um alim alimen ento to do céu, céu, mas mas tam" tam"ém ém,, onde onde foss fossem em a$resentadas, deveriam ser sem$re oferecidas $rimeiro ao mais velho sentado no meio do #ru$o, e seu consumo deveria ser sem$re $recedido $or $reces% &lodunmare tam"ém $roclamou *ue, como um sím"olo da $rece, a árvore somente cresceria em lu#ares onde as $essoas res$eitassem os mais velhos% Na*uela reunião do onselho =ivino, a $rimeira noz de cola foi $artida $elo Pr/$rio &lodunmare e tinha duas $e4as% 9le $e#ou uma e deu a outra $ara 9lenini, a mais anti#a divindade $resente% $r/@ima noz de cola tinha trAs $e4as, as *uais re$resentavam as trAs divindades masculinas *ue disseram as ora4?es *ue fizeram nascer a árvore da noz de cola% $r/@ima tinha *uatro $e4as e incluía assim ie, a ;nica mulher *ue estava $resente na cerimBnia% $r/@ima tinha cinco $e4as e incluiu &risa!Nla% $r/@ima tinha seis $e4as re$resentando a harmonia, o dese
ie então levou a noz de cola $ara a >erra, onde sua $resen4a é marcada $or $reces e onde ela s/ #ermina e floresce em comunidades humanas onde e@iste res$eito $elos mais velhos, $elos ancestrais e onde a tradi4ão é #lorificada%
!acto etre *sa"i# *+r$mìlà e Obì % Ledas & ntes da che#ada do homem "ranco a terras CorD"ás, os ante$assados acreditavam no uso "enéfico das $lantas, ervas, raízes e tudo a*uilo relacionado com a her"orária% -isticamente, foi Ọsanin o $rimeiro hier"eiro, *uem utilizava todo ti$o de remédios $rovenientes das $lantas e suas raízes, inclusive se tornava muito chateado *uando al#uém deli"eradamente maltratava *ual*uer $lanta ou erva% Ema historia anti#a, nos revela *ue Ọ sanin, caminhando um dia $elo cam$o, em com$anhia de seu $ai, se ne#ou a o"edecA!lo *uando este lhe ordenou a ran4ar um ti$o de $lanta, inclusive retirá!la $or com$leto do chão% Ọ sanin, conhecia de modo misterioso, as a$lica4?es tera$Auticas desta erva, mas seu $ai i#norava este talento% o che#ar a casa, o $ai de Ọsanin foi de imediato ver ỌO r;nmFlG, $ara uma consulta (=afa, ele *ueria sa"er *ue ti$o de filho era Ọ sanin, *uando este havia ne#ado a o"edecA!lo% fá revelou *ue seu filho era a $essoa escolhida $elo céu e as divindades $ara revelar as *ualidades e mistérios de todo ti$o de ervas, $lantas e raízes, criadas $or &l/dDmarH% -as ainda assim, com essa informa4ão, o $ai de Ọ sanin ao voltar a sua casa, correu $ara seu filho e e@$ulsou!o de casa% Ọsanin se retirou, mas $lane
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*ue &"F seria o meio de conhecer as $essoas "oas e as más, $or essa razão ỌOr;nmFlG realiza consulta com &"F, a fim de determinar *uem é "om ou mal ami#o%
'i(os de Obì Na maior $arte das re#i?es de Coru"aland, se aceita o fato de *ue o &"F L"GtG é um alimento de #rande a#rado $ara os MrFṣ Gs, em"ora em certas re#i?es se di#a *ue a ṢGn#/, o *ue realmente lhe satisfaz é o &ro#"o (noz de Kola amar#a% inda assim, devem!se considerar os trAs ti$os "ásicos de o"i% 1 Obì A)iriboto 0 a*uele *ue não tem $artes, é constituído de uma ;nica $e4a, $or isso não $ode ser dividido em l/"ulos a ser oferecidos ao MrFṣ G, tam"ém e@iste a cren4a de *ue mulheres #rávidas não devem comer, $or*ue o seu filho $oderia nascer sem olhos, ce#os, ou sim$lesmente não conse#uiria a"ri!los%
Obì *bà+,a 0 o &"F de a$enas l/"ulos, este não serve $ara consultar nem a#radar (oferecer aos MrFṣGs, mas é comestível $ara os seres humanos% hefe i6ulola, assinala *ue dentro da sua linha#em (em terras de &sho#"o, ỌOṣ un States, este ti$o de &"F, é aceito $elos MrFṣGs, M#;n e &dDduIá% Obì Àbàtà 9ste ti$o conta com , O, 5, e até Q l/"ulos ($artes% Normalmente se utiliza o de O l/"ulos $ara adorar e consultar os MrFṣ Gs ou até mesmo $ara adora4ão de &rí% &s se#uidores de fá, consideram *ue o &"F L"GtG de O l/"ulos (Obì a-é meri $ode ser meio de comunica4ão c/s as divindades, $or*ue tem l/"ulos masculinos e l/"ulos femininos, o *ual reflete as $rinci$ais for4as do universo: 9@$ansão e ontra4ão% ontudo, em al#umas re#i?es CorD"ás, o &"F de l/"ulos tam"ém é usado com este $ro$/sito, uma vez *ue é considerado *ue ao $ossui l/"ulos masculinos e femininos, mantendo o e*uilí"rio das for4as, mas seu uso é e@clusivo $ara adorar fá e aos Reis (Ọ"a% Se um 3a"aláIo usa &"F de l/"ulos $ara consultar $ara uma $essoa, se diz *ue esta che#ará a ser tão $roeminente (#rande como um rei% & &"F de l/"ulos sem$re traz "oa fortuna (ré a vida das $essoas% & o"F de l/"ulos, diz *ue $ertence a ṣ D, $or e@celAncia, sem contudo não se consulta com esse ti$o de o"F, s/ se Poe como oferenda direta em seu i#"a, alta ou o
9m re#i?es com fèO, se che#a a usar o"F de Q l/"ulos, em su"stitui4ão deste, Q conchas #rande, como meio de consulta ou adivinha4ão%
O .so de Obì a Cultura /or0b1 9ntre os CorD"ás e@istem varias raz?es de $eso hist/rico, místico e social $ara usar o o"F G"GtG em suas comunidades, $or e@em$lo: 2 3 o o"F se usa $ara fazer $actos de união entre as famílias *ue se unem em matrimonio aos mem"ros% 9sta é uma tradi4ão muito anti#a *ue $er vive em muitas comunidades CorD"ás nativas% 4 5 se utiliza o"F $ara adorar a &rí (MrFṣ G $essoal de cada ser humano, *ue sim"oliza o destino% 6 5 as $essoas consome o"F, como remédio $rofilático contra a morte e a doen4a% 7 5 o"F se utiliza em #rande numero de cerimBnias ou feste
!ara que se laça Obì? imos anteriormente os diversos usos *ue a cultura CorD"á dá a sa#rada noz de 6ola% #ora vamos a$rofundar neste as$ecto ao $onto de vista místico U reli#ioso% Primeiro temos *ue sa"er *ue &"F se lan4a $or vários $ro$/sitos reli#iosos: 5
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onhecer se uma oferenda ou adora4ão foi aceita, assim como revelar al#uma mensa#em com$lementar de$ois de ter realizado o sacrifício% dorar ou a#radar as divindades, de acordo com seu dia es$ecial de aten4ão e tra"alho% onsultar o sá"io conselho das divindades, res$eito a situa4?es de ordem comum dentro da comunidade, $or e@em$lo: a che#ada de um visitante, o inicio de al#uma atividade con
Aqui se resalta os bee=ícios de usar Obì> É um alimento sagrado, mercê da boa ortuna, !roilática contra energias negativas, meio de a!a"iguamento !ara divindades !ositivas e negativas, medicina #sica e es!iritual, tornando$se um meio coniável de consulta sem corte.
$artir desta $ers$ectiva, $odemos ver *ue a lin#ua#em do &"F, tem vários níveis de inter$reta4ão, *ue vão desde o mais 9lemental e sim$les, como uma res$osta sim$les de Vsim ou nãoW, a $revis?es mais com$le@as e $rofundas, conselho enunciando, recomenda4?es, ta"us, medicamentos ou remédios de lim$eza es$iritual, entre outros% a$lica4ão destes diferentes níveis de informa4?es de$enderá em "oa $arte das circunstancias $essoais do cliente ou da comunidade consulente, assim como da $ericia e treinamento do sacerdote% Não e@istem receitas fi@as no momento de inter$retar &"F, mas sua "ase oracular tem fundamento em tradi4?es e ensinamentos anti#os *ue vão $rovando eficácia ao momento de tratar de reorientar e harmonizar os destinos humanos% inda assim, $odemos o"servar $rática muito comum entre as linha#ens su"sistentes nas terras CorD"ás, falaremos mais adiante al#umas "ases ;nicas so"re este as$ecto%
9 @ateriais substitutos 9m al#umas ocasi?es, o"F é su"stituído $or outros materiais naturais, ou $or carAncia, ou $or circunstancias es$eciais de adora4ão% & sa#rado &dD *+t0r1 meele %*+t0r1 *+ -,-rí, fornece su$orte em rela4ão a esta situa4ão, *uando narra *ue uma fruta de $almiste (#rão de $alma foi usada $ara adorar a &rí, ao não encontrar &"F dis$onível% Por outra $arte, *uando se adora a divindade *ue consome materiais *ue oferecem $ossi"ilidade de encontrar uma $arte cBncava e uma conve@a, mesmo *ue servem $ara re$resentar a for4a masculina e feminina, se $rocede a utilizar estes materiais como instrumento de consulta assim terá como, $or e@em$lo, o uso de X#"ín oferecido a Ọ"Gtálá, *ue se utilizam $ara $er#untar com suas conchas (casca se a oferta foi aceita% 9@istem outros materiais *ue se $ode usar $ara satisfazer e conhecer os conselhos das divindades% 6
Àgb, 5 coco rB)B U cana de a4;car .+(à U amendoins (es$ecialmente $ara Ẹ#"èé Orgb U noz de 6ola amar#a 9@istem outros materiais menos comuns, mas estas re$resentam o mais tradicional na $rática cotidiana%
egmetos do Obi
Macho Fêmea
Fêmea
Macho
bi Abata possui 4 segmentos, 2 machos e 2 fêmeas e a interpretaço ! "a"a atra#!s "as ca$"as%
9sta é a conclusão de $az e tran*uilidade, tanto $ara o MrFṣ G adorado, como $ara o consulente em *uestão% Revela uma res$osta em sentido afirmativo $ara a $er#unta realizada% ori#em dessa $alavra é ára"e, mas com influencia desta cultura em al#umas re#i?es da )frica do norte, se introduziu seu uso em diversas etnias, entre elas a CorD"á% 7orma!se *uando os O lados do &"F lan4ado, se mostram a "oca $ra cima% 9@iste um $rovér"io em CorD"á, *ue diz Ja )ii Àlà1=íà -i ba ,o, *ue se traduz: Vnão se inicia investi#a4?es *uando LlGáfíG se revelaW, $or *ue si#nifica um VsimW definitivo% Nesta inter$reta4ão coincide a maior $arte das linha#ens, contudo $odemos ver mais adiante al#umas diferen4a si#nificativas na inter$reta4ão de outras caídas%
Algumas (revises (odem ser levadas em cota quado esta assiatura a(arece • •