APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA [1] ELABORAÇÃO: PROFESSORES DO IETEV REVISÃO TEOLÓGICA: BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS (PÓS-GRADUANDO EM PSICOLOGIA PASTORAL) EDITORAÇÃO: BELº. PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS DIAGRAMAÇÃO: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA E PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS REVISÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV: PRº. BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS O IETEV: MINISTRA OS SEGUINTES CURSOS TEOLÓGICOS : BÁSICO EM TEOLOGIA BÍBLICA MÉDIO EM TEOLOGIA BÍBLICA BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL BACHARELADO EM MISSIOLOGIA CURSO BÍBLICO CLÍNICA PASTORAL INTRODUÇÃO Á MISSÕES CURSO – INTRODUÇÃO Á CURSO DE CUNHO LIVRE EM PSICANÁLISE CLÍNICA CURSO DE CUNHO LIVRE EM CAPELANIA HOSPITALAR CURSO DE CUNHO LIVRE EM JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO CURSO AVANÇADO EM CAPELANIA CRISTÃ — ECLESIÁSTICA, HOSPITALAR, PRISIONAL, CURSO AVANÇADO ESCOLAR, FAMILIAR, SOCIAL, URBANA, MISSIONÁRIA E FÚNEBRE.
1 - © 2010 D IREITOS RESERVADOS PELO IETEV – INSTITUTO EDUCACIONAL DE T EOLOGIA EVANGÉLICA. D O EDITOR , V ITÓRIA DA CONQUISTA , BA. FEVEREIRO DE 2010. TODOS OS DIREITOS ESTÃO RESERVADOS AO IETEV. É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTA OBRA, NO TODO OU EM PARTE , POR QUAISQUER MEIO , SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO SEU AUTOR , QUER SEJAM POR E -MAIL, CARTA ETC. E STE MATERIAL É DE USO EXCLUSIVO DO IETEV , E PROTEGIDO PELA L EI Nº. 9.610 DE 12.01.1998, QUE REGULA DIREITOS AUTORAIS E DE COMPILAÇÃO DE OBRAS , SENDO TAMBÉM , PROIBIDA A SUA UTILIZAÇÃO EM OUTRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO MISSIOLÓGICO E /OU TEOLÓGICO . O QUE SUJEITARÁ O INFRATOR, NOS TERMOS DA LEI Nº 6.895, DE 17/12/1980, Á PENALIDADE PREVISTA NOS ARTIGOS 184 E 186 DO CÓDIGO P ENAL , SALVO EM BREVES CITAÇÕES , COM A INDICAÇÃO DA F ONTE.
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INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA [1] ELABORAÇÃO: PROFESSORES DO IETEV REVISÃO TEOLÓGICA: BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS (PÓS-GRADUANDO EM PSICOLOGIA PASTORAL) EDITORAÇÃO: BELº. PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS DIAGRAMAÇÃO: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA E PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS REVISÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV: PRº. BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS O IETEV: MINISTRA OS SEGUINTES CURSOS TEOLÓGICOS : BÁSICO EM TEOLOGIA BÍBLICA MÉDIO EM TEOLOGIA BÍBLICA BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL BACHARELADO EM MISSIOLOGIA CURSO BÍBLICO CLÍNICA PASTORAL INTRODUÇÃO Á MISSÕES CURSO – INTRODUÇÃO Á CURSO DE CUNHO LIVRE EM PSICANÁLISE CLÍNICA CURSO DE CUNHO LIVRE EM CAPELANIA HOSPITALAR CURSO DE CUNHO LIVRE EM JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO CURSO AVANÇADO EM CAPELANIA CRISTÃ — ECLESIÁSTICA, HOSPITALAR, PRISIONAL, CURSO AVANÇADO ESCOLAR, FAMILIAR, SOCIAL, URBANA, MISSIONÁRIA E FÚNEBRE.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
O curso em geral visa uma preparação para o exercício da função de Teólogo, e lembre que quando falamos em ―teólogo ―teólogo‖‖ estamos usando esse título de forma genérica, a saber, tanto para homens como para mulheres. Da mesma forma a palavra: função‖ deve expressar um conteúdo mais profundo do que ENSINO DE QUALIDADE TEOLÓGICA ―função‖ COMPROMISSADO COM AS ESCRITURAS apenas um ministério ou pastorado. O (a) estudante deverá adquirir o conhecimento instrumental (ferramentas) que lhe proporcionarão uma capacitação de trabalho eficaz como Teólogo. Procuramos como corpo docente dar uma dedicação pessoal a cada um de nossos (as) alunos (as), tanto no início do estudo, quando as dificuldades pessoais do confronto com o estudo teológico são maiores, como mais tarde, quando desenvolve o confronto com a prática. Sabemos que a Revelação veio até nós por intermédio do testemunho humano registrado nas Sagradas Escrituras. O surgimento de tais escritos dista milênios de nossos dias. Sua compreensão exige conhecimentos históricos, lingüísticos e literários, sem os quais não haverá verdadeira atualização, mas apenas repetição de termos e frases que nada mais dizem ao homem de hoje. A aquisição de conhecimentos e métodos, requer uma dedicação intensiva e requer tempo em face da vastidão do campo informativo a ser abrangido. Deve ficar esclarecido desde o início que o (a) aluno (a) aprenderá a fazer uma clara distinção entre ―a ―a verdade da fé‖ fé‖ e ―a verdade da história‖, história‖, pois a verdade da fé, que pertence à dimensão existencial da vida, será chamada de certeza se nós a comparamos com o grau de ―verdade ―verdade histórica‖ histórica‖ envolvida. Se elas são separadas, são também complementares, uma verdade não pode ser desvinculada da outra. Tendo estes fatos em mente, podemos compreender com clareza porque uma fé errada pode destruir o sentido natural da existência, enquanto que o julgamento da história, mesmo que esteja errado, não pode colocar em risco a existência. Por essa razão, os primeiros estudos de teologia são para aprender a fazer um julgamento criterioso, científico, honesto e descomprometido que levará a conciliar de maneira clara e compreensível a verdade da fé, sem detrimento da verdade da história. Cabe destacar ainda que, quando falamos em ―verdade ―verdade da fé‖, fé‖, não estamos incluindo nessa frase qualquer sistema de doutrina, doutrina, pois a teologia faz justamente essa separação entre doutrina e fé, entre o que é essencial e o que é periférico. Razão pela qual a teologia pode ser inter-denominacional, inter-denominacional , ou seja, não interferir na doutrina da denominação religiosa. REGISTRO DE TEÓLOGO A conclusão do conclusão do curso dá ao aluno o direito de registrar-se como TEÓLOGO. TEÓLOGO. Pedindo sua filiação ao CRT – Conselho Regional de Teologia, CFT – Conselho Federal de Teologia, OTPB – Ordem de Teólogos e Pastores do Brasil, CPB – CPB – Conselho Conselho de Pastores do Brasil e CTVC – CTVC – Conselho Conselho de Teólogos de Vitória da Conquista. De acordo com o Ministério do Trabalho, Portaria MTB 1.334/94 MTB 1.334/94 e Decreto Lei nº 76.900/75 – 76.900/75 – Teólogo – Teólogo – CBO CBO Cód. Cód. 2631-15 – 2631-15 – Profissional Profissional de Nível Superior.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II TEÓLOGO "O QUE ESCREVE E ESTUDA SOBRE TEOLOGIA"[2] O QUE É SER UM TEÓLOGO? O teólogo é aquele que estuda teologia que significa o estudo de Deus, conceito criado por filósofos gregos. Porém foi no cristianismo que o assunto se transformou em objeto de estudo, sobretudo das religiões judaico-cristãs. Como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA SER UM TEÓLOGO? Para ser um teólogo é necessário ter vocação e conhecimentos religiosos, interesse em leitura. O conhecimento de outras línguas também é desejável. Outras características interessantes são: Boa Memória Saber Utilizar o Texto Bíblico Habilidade para Escrever Capacidade de Organização Curiosidade Gosto pelo Debate Gosto pela pesquisa e pelos Estudos Disciplina Senso Crítico QUAL A FORMAÇÃO NECESSÁRIA PARA SER UM TEÓLOGO? Para ser um teólogo é necessário ter concluído o Ensino Médio e ter diploma de graduação em curso superior em Teologia. O curso tem duração de quatro anos e sua composição curricular é livre, a critério de cada instituição de ensino, podendo obedecer a diferentes tradições religiosas. Porém, algumas das disciplinas básicas são: Introdução à Filosofia, Antigo Testamento, Novo Testamento, Grego, Hebraico. O profissional que quiser trabalhar em Instituições de ensino o mestrado é obrigatório. Para poder exercer a profissão é necessário ser portador da carteira de identidade profissional expedida pelo Conselho Regional competente. PRINCIPAIS ATIVIDADES Realiza liturgias, celebrações, cultos e ritos Dirigir e administrar comunidades Formar pessoas segundo preceitos religiosos das diferentes tradições Orientar pessoas Realizar ação social junto à comunidade Pesquisar a doutrina religiosa (investigação científica) Transmitir ensinamentos religiosos Consultoria 2 - FONTE : D ICIONÁRIOS M ICHAELIS
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Dar aulas em cursos universitários Estudar e analisar as diversas religiões do mundo e sua influência sobre o homem do ponto de vista antropológico e sociológico Explicar de que forma as crenças, com o decorrer do tempo e da história modificam ou eternizam as maneiras do homem interagir na sociedade. ÁREAS DE ATUAÇÃO E ESPECIALIDADES O teólogo pode atuar em diferentes áreas: Igrejas, organizações não governamentais, congregações cristãs, creches, orfanatos, escolas, asilos, hospitais, presídios e magistério de primeiro e segundo grau. MERCADO DE TRABALHO O mercado de trabalho para o teólogo está em grande crescimento. O perfil desse profissional atualmente está mudado. Hoje em dia, além dos padres, pastores, também estão no mercado profissionais que concluíram o curso com o interesse em aumentar sua cultura geral e sua cultura religiosa. Além das crescentes oportunidades em igrejas, instituições de ensino, organizações eclesiásticas, ONGs, etc., assim, o teólogo assessor, coordena e dirige atividades em sindicatos, movimentos sociais, escolas, instituições de promoção humana, orfanatos e agremiações partidárias. Recentemente, as corporações (Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Militar) têm realizado concursos e permitido que clérigos protestantes realizem cuidado pastoral de capelania nos quartéis. É uma profissão com grandes oportunidades de trabalho. CURIOSIDADES Teologia em seu sentido literal é o estudo sobre Deus (do grego theos, "Deus‖, logos, "palavra", por extensão, "estudo"). No Cristianismo isto se dá a partir da revelação de Deus na Bíblia. Por isso, também se define "teologia" como um falar "a partir de Deus" (Karl Barth). Este termo foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo A República, para referir-se à compreensão da natureza divina por meio da razão, em oposição à compreensão literária própria da poesia feita por seus conterrâneos. Mais tarde, Aristóteles empregou o termo em numerosas ocasiões, com dois significados: da revelação e da experiência humana. Estes dados são organizados no que se conhece como Teologia Sistemática ou Teologia Dogmática. CBO - CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, instituída por portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações são de ordem administrativa e não se estendem as relações de trabalho. Já a regulamentação da profissão, diferentemente da CBO é realizada por meio de lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional, por meio de seus Deputados e Senadores, e levada à sanção do Presidente da República. Por meio desta publicação o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE disponibiliza à sociedade a nova Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, que vem substituir a anterior, publicada em 1994. Desde a sua primeira edição, em 1982, a CBO sofreu alterações pontuais, sem modificações estruturais e metodológicas. A edição 2002 utiliza uma nova metodologia de classificação e faz a revisão e atualização completas de seu conteúdo.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II PALAVRA DO REITOR/DIRETOR Estamos vivendo tempos de fome espiritual, onde heresias têm procurado se instalar no seio da Igreja; Deus levantou o projeto para um grande avivamento espiritual. Não basta apenas termos talentos naturais ou compreensão das conseqüências das crises que o mundo atravessa. Precisamos, exercer influências com nosso testemunho perante os que dispomos a ensinar a Palavra de Deus. É muito importante porque nos dará ampla visão da teologia Divina, atrairá futuros líderes ao aprendizado e criará um ambiente mais espiritual na nossa Igreja (Koinonia). Aprendizados errados geram desastres e resistência à Obra de Deus. Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na consciência e submissão ao Espírito Santo que rege a igreja. Temos que combinar estratégias de ensino com o nosso caráter revelado em nossas vidas; devemos incentivar a confiança dos alunos na Escritura, com coerência e potencial. Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, começando do mundo interior das consciências humanas dos alunos, que se tornarão futuros evangelizadores capacitados na Bíblia. Tome esta certa decisão: Estude, antes, o material, reúna seus alunos, apresente os planos de aula, dê um tempo para refletirem, divulgue a doutrina, em conjunto, como facilitador do processo educacional, tranqüilize e encoraje os outros a fazerem parte de novas turmas. Não preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para destruir, mas para ajudar e corrigir as almas, com amor, esperando que Deus lhes conceda o entendimento do Reino dos Céus. CONHEÇA OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO: 1) APRENDER A CONHECER: Tenha a humildade de saber que não sabes tudo; Seja competente, compreensivo, útil, atento, memorizador e informe o assunto de forma contextualizada com a realidade atual. 2) APRENDER A FAZER: Seja Preparado para ministrar as aulas, conhecendo a matéria previamente, estimulando a criatividade dos alunos, preparando-os para a tarefa determinada de Jesus de serem discípulos. 3) APRENDER A VIVER JUNTOS: Estimule a descoberta mútua entre os alunos da Palavra de Deus, em forma de solidariedade, cooperativismo, promovendo auto-conhecimento e auto-estima entre os alunos, na solidariedade da compreensão mútua; o objetivo do curso não é apenas ter conhecimento, mas ―ser cristão‖. 4) APRENDER A SER: Resgate a visão holística (completa) e integral dos alunos, preparando-os para integrarem corpo, alma e espírito com sensibilidade, ética, responsabilidade social e espiritualidade, formando juízo de valores, levando-os a aprenderem a decidir por si mesmos, com a ajuda do Espírito Santo. Lembrem-se de que a primeira impressão é a que fica marcada na consciência. Temos que ser perceptivos, hábeis para lidar com as dúvidas, sem agressões, procurando soluções com base bíblicas sem fundamentalismo de usar textos sem contextos por pretextos de posicionamentos individuais. Estimule os alunos, com liberdade de pensamento para terem respostas. Tome comum a mensagem, filtrando os resultados no bom-senso. Seja amável, compreensivo, sincero, sem ter uma visão exclusivista do seu ponto de vista, em detrimento da Palavra de Deus, que sempre é o referencial. Agradecemos a Deus, aos amados Líderes e aos alunos por seu interesse em nosso curso teológico. Deus vos abençoe. BONS ESTUDOS COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ANTES DE COMEÇAR A ESTUDAR ESTA APOSTILA ÀS VEZES ESTUDAMOS MUITO E APRENDEMOS OU RETEMOS POUCO OU NADA DO ASSUNTO ESTUDADO . ISTO EM PARTE ACONTECE PELO FATO DE ESTUDARMOS SEM UMA ORDEM OU MÉTODOS DEFINIDOS DE ESTUDO . EMBORA SUCINTA, A ORIENTAÇÃO QUE ORA LHES PASSAMOS A EXPOR ABAIXO, SER-LHE-Á EM MUITO ÚTIL.
SIGA AS SEGUINTESORIENTAÇÕES: BUSQUE A AJUDA DIVINA POR MEIO DA ORAÇÃO 1. ORE A DEUS, PARA QUE ELE, POR MEIO DO SEU ESPÍRITO SANTO POSSA ILUMINAR A SUA MENTE. DAR-LHE GRAÇAS E SUPLIQUE HUMILDEMENTE A SUA DIREÇÃO E ILUMINAÇÃO DO ALTO. DEUS PODE VITALIZAR E CAPACITAR AS NOSSAS FACULDADES MENTAIS QUANTO AO ESTUDO DE SUA SANTA E INERRANTE PALAVRA, BEM COMO, ASSUNTOS AFINS E LEGÍTIMOS . NUNCA EXECUTE QUALQUER TAREFA DE ESTUDO OU TRABALHO, SEM ANTES ORAR AO DEUS ALTÍSSIMO. PERSEVERANÇA 2. NÃO DESANIME DIANTE DAS PRIMEIRAS DIFICULDADES, CONTINUE EM FRENTE E SEJA UM VENCEDOR, POIS OS VENCEDORES NUNCA DESISTEM; E, OS DESISTENTES, NUNCA VENCEM. AUTO-DISCIPLINA,SEJA ORGANIZADO AO ESTUDAR 3. TENHA CONSTÂNCIA NO ESTUDO DIÁRIO DAS LIÇÕES, ARRUME SUA AGENDA SEMANAL, RESERVE TEMPO PARA O QUE VOCÊ ACHA IMPORTANTE, E ASSIM, A) AO PRIMEIRO CONTATO COM O TEXTO A SER ESTUDADO, PROCURE OBTER UMA VISÃO GLOBAL DA MESMA, ISTO É, COMO UM TODO. NÃO FAÇA APONTAMENTOS, NÃO PROCURE REFERÊNCIAS BÍBLICAS. PROCURE, SIM , DESCOBRIR O PROPÓSITO DA MATÉRIA EM ESTUDO, ISTO É, O QUE DESEJA ELA COMUNICAR-LHE. B) PASSE ENTÃO AO ESTUDO DE CADA LIÇÃO, OBSERVANDO, A SEQUENCIA DOS TEXTOS QUE A ENGLOBAM. AGORA SIM, Á MEDIDA QUE FOR ESTUDANDO, FAÇA ANOTAÇÕES NO CADERNO DESTINADO PARA ISSO. MAS, PRESTA ATENÇÃO: SE ESTE CADERNO FOR DESORGANIZADO, NENHUM BENEFÍCIO PRESTARÁ. C) AO FINAL DE CADA TEXTO, PROCURE RECOMPOR, DE MEMÓRIA SUAS DIVISÕES PRINCIPAIS, CASO TENHA ALGUMA DIFICULDADE, VOLTE AO TEXTO. O APRENDIZADO É UM PROCESSO METÓDICO E GRADUAL. NÃO É ALGO AUTOMÁTICO EM QUE SE APERTA UM BOTÃO E A MÁQUINA TRABALHA. ANOTAÇÕES 4. AS ANOTAÇÕES DEVEM SER FEITAS NO PRÓPRIO MANUAL (APOSTILA) OU EM UM CADERNO Á PARTE , RESERVADO ESPECIALMENTE PARA TAL INTENTO, NÃO CONFIE NA MEMÓRIA. PESQUISA 5. AO SE DEPARAR COM UM ASSUNTO APARENTEMENTE DIFÍCIL, NÃO PASSE POR CIMA, PESQUISE O MÁXIMO QUE PUDER SOBRE O ASSUNTO, E SANE SUAS DÚVIDAS. TENHA ESTES MATERIAIS DE AUXÍLIO SEMPRE Á MÃO 6. ALÉM DA MATÉRIA A SER ESTUDADA, SE POSSÍVEL, TENHA Á MÃO AS SEGUINTES FONTES DE CONSULTA E REFERÊNCIA. ► BÍBLIA. SE POSSÍVEL EM MAIS DE UMA VERSÃO OU TRADUÇÃO; (ARA, ARC, AVR, ACF, BLH, BJ, TEB, NVI, VFL, BOC). ► LÉXICOS E DICIONÁRIOS BÍBLICOS E TEOLÓGICOS (SE POSSÍVEL TAMBÉM DO TIPO HEBRAICO/PORTUGUÊS/GREGO) ► ATLAS BÍBLICA; ► CONCORDÂNCIA BÍBLICA; ► LIVROS TEOLÓGICOS, DEVOCIONAIS ETC. ► C ADERNO DE APONTAMENTOS INDIVIDUAIS. HABITUE-SE A SEMPRE TOMAR NOTAS DE SUAS AULAS, ESTUDOS, MEDITAÇÕES E ATÉ MESMO DE FRASES NA RUA QUE POSSAM TE SERVIR COMO ILUSTRAÇÃO PARA MENSAGENS. 7.
CONHEÇA MAIS DA MATÉRIA VERIFIQUE A BIBLIOGRAFIA NO FINAL DAS APOSTILAS; CONSULTE NA INTERNET VISITE BIBLIOTECAS EVANGÉLICAS EM INSTITUIÇÕES ACADÊMICAS CRISTÃS VISITE MUSEUS (SE HOUVER EM SUA CIDADE) PARTICIPE SEMPRE DE ESCOLAS BÍBLICAS ADQUIRA BONS LIVROS TEOLÓGICOS
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
B ACHARELADO EM TEOLOGIA P ASTORAL
HOMILÉTICA II A ARTE DA PREGAÇÃO CRISTÃ AO ALCANCE DE TODOS APOSTILA COMPILADA PELO PROF. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS [3]
HOMILOS = que significa multidão, turma, assembléia; HOMILIA = que significa associação, companhia; MOMILÉO = que significa falar, conversar.
CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS
3 - CAPELÃO PELA ESCOLA INTERNACIONAL DE MINISTÉRIOS , ESTEM BRASIL E PELA F ACULDADE DE T EOLOGIA S EPHER E LOAH – FATESE, DF E P ÓS -G RADUANDO EM C APELANIA HOSPITALAR, T EÓLOGO , P SICANALISTA CLÍNICO, P ROFESSOR DE T EOLOGIA COM FORMAÇÃO B ÁSICA EM T EOLOGIA PELO STPLM – B RASÍLIA, DF. M ÉDIO E B ACHAREL EM T EOLOGIA B ÍBLICA P ELO ITCEU – BA, B ACHAREL EM A DMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – FATEFINA (EAD) B ACHARELADO EM M ISSIOLOGIA PELO S EMINÁRIO I NTERDENOMINACIONAL KERIGMA D IDACHÉ, B ACHAREL EM T EOLOGIA P ASTORAL – FACULDADE DE T EOLOGIA EL S HADAI , P ÓS -G RADUANDO EM P SICOLOGIA E A CONSELHAMENTO CRISTÃO - FACULDADE DE T EOLOGIA EL SHADAI, C APACITAÇÃO M ISSIONÁRIA – A MME EVANGELIZAR – P OÇOS DE C ALDAS – MG, 2005, CURSOU OS 38 ESTUDOS DO INSTITUTO B ÍBLICO B ERÉIA – RJ, T EOLOGIA EM C LÍNICA P ASTORAL – ESCOLA DE T EOLOGIA RHEMA – ESTER E PELA T HEOLOGIA O NLINE O PEN UNIVERSITY, INTRODUÇÃO Á FORMAÇÃO P ASTORAL – ESCOLA DE T EOLOGIA R HEMA – ESTER , INTRODUÇÃO Á M ISSÕES – ESCOLA DE T EOLOGIA RHEMA – ESTER , CURSO DE ESCATOLOGIA B ÍBLICA – CPAD, CURSO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE OBREIROS – CFPO – A SSEMBLÉIA DE DEUS – BA, CAPACITAÇÃO P ASTORAL P ELA S EPAL, I GREJA B ATISTA P ENIEL – BA, DIRETOR DO DEPMAD – D EPARTAMENTO DE M ISSÕES DAS A SSEMBLÉIAS DE DEUS NA B AHIA, 2006, MEMBRO DA O RDEM DE T EÓLOGOS E P ASTORES DO B RASIL E CONSELHO DE P ASTORES DO B RASIL, 2010, E XPERIÊNCIA COM R ÁDIO: A PRESENTADOR DO P ROGRAMA NOVAS DE ALEGRIA – R ÁDIO CLUBE DE C ONQUISTA – AM, A PRESENTADOR DOS P ROGRAMAS NOVAS DE ALEGRIA E TEOLOGIA EM FOCO (CTVC) – R ÁDIO M ELODIA C ONQUISTA – 87,9 FM, P ARTICIPA COMO DEBATEDOR – R ÁDIO M ELODIA CONQUISTA – 87,9 FM, P ALESTRANTE NOS SEGUINTES ASSUNTOS : R ELACIONAMENTOS – NAMORO , N OIVADO , CASAMENTO E S EXUALIDADE Á LUZ DA BÍBLIA, G UERRA ESPIRITUAL – “O CORAÇÃO DO H OMEM ”, O C AMPO DE B ATALHA ONDE T UDO COMEÇA . CARGOS, FUNÇÕES E A TIVIDADES DESEMPENHADAS : FUNDADOR DO DEPARTAMENTO DE M ISSÕES DAS A SSEMBLÉIAS DE D EUS – BA, P ROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA D OMINICAL – A SSEMBLÉIA DE D EUS – 1997 A 2010 – BA, P ROFESSOR DO M ÉDIO E B ACHARELADO DO I NSTITUTO T EOLÓGICO NO CENTRO E VANGELÍSTICO U RBANO – ITCEU, 2005 A 2008 – BA, P ROFESSOR DA E SCOLA T EOLÓGICA E L S HADDAI – ETES, A SSEMBLÉIA DE DEUS – 2010 – BA, SECRETÁRIO E P ROFESSOR DA ESCOLA T EOLÓGICA DO M INISTÉRIO DE S ANTO A MARO – ETEMISA, A SSEMBLÉIA DE DEUS – 2010 – BA, P ROFESSOR DE T EOLOGIA CONTEMPORÂNEA E EVANGELHOS DO INSTITUTO T EOLÓGICO QUADRANGULAR – ITQ, BA, P ROFESSOR DE H OMILÉTICA NA ESCOLA DE P ROFETAS - EP, J UIZ DE P AZ ECLESIÁSTICO – FILIADO AO CFJE – C ONSELHO FEDERAL DE JUÍZES E CLESIÁSTICOS DO B RASIL, 2 º V ICE -P RESIDENTE DO CTVC – C ONSELHO DE T EÓLOGOS DE V ITÓRIA DA C ONQUISTA – 2013/2015.
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INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA – FUNDADO EM 09 DE FEVEREIRO DE 2010 [4] BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA PELA FACULDADE DE TEOLOGIA E FILOSOFIA NACIONAL . BACHAREL EM TEOLOGIA PASTORAL PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI PÓS-GRADUANDOEM PSICOLOGIA PASTORAL PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI BACHAREL EM TEOLOGIA BÍBLICA PELO INSTITUTO TEOLÓGICO NO CENTRO EVANGELÍSTICO URBANO CAPACITAÇÃO ECLESIÁSTICA PELA ESCOLA DE PREPARAÇÃO TEOLÓGICA PARA OBREIROS TEOLOGIA EM CLÍNICA PASTORAL PELA ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO PELO CONSELHO FEDERAL DE JUÍZES ECLESIÁSTICOS DO BRASIL MÉDIO EM MISSIOLOGIA PELA ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA PSICANÁLISE CLÍNICA PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI CAPELÃO PELA ESCOLA INTERNACIONAL DE MINISTÉRIOS CAPELÃO PELA FACULDADE DE TEOLOGIA SEPHER ELOAH FILIADO A OTPB – ORDEM DE TEÓLOGOS E PASTORES DO BRASIL CPB – CONSELHO DE PASTORES DO BRASIL CTVC – CONSELHO DE TEÓLOGOS DE VITÓRIA DA CONQUISTA ELABORAÇÃO: PROFESSORES DO IETEV REVISÃO TEOLÓGICA: BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS (PÓS-GRADUANDO EM PSICOLOGIA PASTORAL) EDITORAÇÃO: BELº. PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS DIAGRAMAÇÃO: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA E PR. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS REVISÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: BELº. PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA DIRETOR PRESIDENTEDO IETEV: PRº. BELº. CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS O IETEV: MINISTRA OS SEGUINTES CURSOS TEOLÓGICOS: BÁSICO EM TEOLOGIA BÍBLICA MÉDIO EM TEOLOGIA BÍBLICA MÉDIO EM TEOLOGIA MISSIONÁRIA BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL BACHARELADO EM MISSIOLOGIA CURSO BÍBLICO CLÍNICA PASTORAL CURSO – INTRODUÇÃO A MISSÕES CURSO DE CUNHO LIVRE PÓS-GRADUAÇÃOEM PSICANÁLISECLÍNICA CURSO DE CUNHO LIVRE PÓS-GRADUAÇÃOEM CAPELANIAHOSPITALAR CURSO DE CUNHO LIVRE EM JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO CURSO AVANÇADO EM CAPELANIA CRISTÃ — ECLESIÁSTICA, HOSPITALAR, PRISIONAL,
ESCOLAR, FAMILIAR, SOCIAL, URBANA, MISSIONÁRIA E FÚNEBRE. 4 - I NSTITUTO FUNDADO POR CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS EM 2010.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II SOBRE A PRESENTE OBRA TEOLÓGICA JURÍDICO As nossas apostilas seguem algumas orientações jurídicas especificas. As quais os nossos estudantes, leitores e divulgadores de nossos trabalhos deverão obedecer, sob pena de prejuízo á ambos. PLÁGIO O plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc) contendo partes de uma obra que pertença à outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. No ato de plágio, o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma. SOBRE OS DIREITOS AUTORAIS Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: III – a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra. [5] COMO EVITAR O PLÁGIO? Para evitar acusação de plágio quando se utilizar parte de uma obra intelectual na criação de uma nova obra recomenda-se colocar sempre créditos completos para o autor, seguindo as normas da ABNT, especialmente no caso de trabalhos acadêmicos onde normalmente se utiliza a citação bibliográfica. O PLÁGIO NO BRASIL No Brasil o plágio é considerado crime e sua principal referência é a lei 9.610. Todavia, a lei 9.610 é voltada para a proteção de obras comerciais. Segundo essa lei seria possível copias " pequenos trechos", o que é inadmissível em um trabalho acadêmico. Para fins de trabalho acadêmico é mais adequado seguir-se as normas da ABNT, que não admitem exceções para textos copiados. COMO UTILIZAR TRECHOS DESTE MATERIAL. Se você quer usar alguns dos nossos materiais, você deverá escrever no final de seu trabalho ou nas notas de rodapés o seguinte: 1) Autor (Nome do autor), o qual estará disponibilizado nas notas de rodapé e/ou na bibliografia no final de cada apostila); 2) Fonte (Nome da Apostila, do Compilador e do IETEV – Instituto Educacional de Teologia Evangélica). Este material é de USO EXCLUSIVO do IETEV, e protegido pela Lei nº. 9.610 de 12.01.1998, que regula direitos autorais e de compilação de obras, sendo também, proibida a sua utilização em outro estabelecimento de ensino missiológico e/ou teológico. O que sujeitará o infrator, nos termos da lei nº 6.895, de 17/12/1980, á penalidade prevista nos artigos 184 e 186 do Código Penal, salvo em breves citações, com a indicação da fonte, como dito acima. 5 - FONTE : B IBLIOGRAFIA CONSULTADA E ADAPTADA
INTERNET: W IKIPÉDIA E WWW .PLANALTO.GOV . BR / CCIVIL_03/ LEIS /L9610.HTM
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
APOSTILA DE ESTUDO TEOLÓGICO ―PREPARANDO OS SANTOS PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO‖ APRESENT APRE SENTAÇÃ AÇÃO O[6][][77]
HOMILÉTICA SACRA II A ARTE A ARTE DA PREGAÇÃO CRISTÃ AO CRISTÃ AO ALCANCE ALCANCE DE TODOS ESTA APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II FOI ELABORADA PARA O INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA – IETEV, POR MEIO DE UM VASTO MATERIAL TEOLÓGICO DISPONÍVEL NO MERCADO ACADÊMICO, E SENDO ASSIM, FORAM SELECIONADAS AS MAIORES AUTORIDADES DO MUNDO TEOLÓGICO PARA DAR MAIOR CREDIBILIDADE AO TEMA PROPOSTO. AO FINAL, NAS FONTES BIBLIOGRÁFICAS, CITO AS OBRAS QUE FORAM UTILIZADAS NESTA APOSTILA. MINHA CONTRIBUIÇÃO, FORA ESSES PEQUENOS ACRÉSCIMOS, FOI BASICAMENTE FORMATAR E SINTETIZAR ALGUNS TEXTOS. DEVE-SE PERCEBER QUE MEU OBJETIVO É CONTRIBUIR COM A CAPACITAÇÃO DOS CRISTÃOS, NO USO DAS DIVERSAS FERRAMENTAS, PARA QUE ASSIM, POSSA CHEGAR AO PLENO CONHECIMENTO DA LEI DE DEUS E INTERPRETAR A BÍBLIA DE FORMA CORRETA E CONSEQÜENTEMENTE FAVORECER Á APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS COM VISTA A APRIMORAR SEU SERVIÇO PARA O REINO DE DEUS. C. A. NOVAIS
HOMILÉTICA SACRA II A ARTE A ARTE DA PREGAÇÃO CRISTÃ AO CRISTÃ AO ALCANCE ALCANCE DE TODOS VITÓRIA DA CONQUISTA , BA
2010/2016 6 - CAPA, DESIGNER GRÁFICO, ARTE, FORMAÇÃO, COMPILAÇÃO, EDITORAÇÃO, NOTAS DE RODAPÉ - BEL º . CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS. 7 - LEMBRE-SE: “A TODOS QUE ACREDITAM QUE O ÚNICO CAMINHO PARA O APRENDIZADO, SEJA A ÂNSIA DE APRENDER E, COMPREENDER, QUE NADA APRENDEU ”
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
EDITORAÇÃO PRÓPRIA MC – LIVROS E PUBLICAÇÕES LTDA. APOIO: SERVIÇOS EM: BOMBAS D’ÁGUA , MOTOSSERRAS, MOTORES A DIESEL E Á GASOLINA. COMPRESSORES OMPRESSORES E MÁQUINAS DE RAÇÃO. SERVIÇO DE TORNO E SOLDAS ELÉTRICAS EM GERAL
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©2005, DE CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS ©2010, CEDIDO POR CARLOS ANTÔNIO SANTOS DE NOVAIS AO INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA TÍTULO DO ORIGINAL: ■ HOMILÉTICA II ■ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS POR MC – LIVROS E PUBLICAÇÕES LTDA RUA VISCONDE DE MAUÁ, 86 - GUARANI CEP:.45002-160 – VITÓRIA DA CONQUISTA, BA TEL:. (77) 3083-0471 - CLARO FIXO (ANTIGO VÉSPER) (77) 98827-7591 (77) 98102-4395 (77) 99120-7074 SITE: WWW.OBREIROSAPROVADOS .BLOGSPOT.COM E-MAIL: BISPOCARLOSANTONIOSANTOSDENOVAIS @YAHOO.COM.BR ■ PROIBIDA A REPRODUÇÃO POR QUAISQUER MEIOS , SALVO EM BREVES CITAÇÕES , COM INDICAÇÃO DA FONTE . TODAS AS CITAÇÕES BÍBLICAS FORAM EXTRAÍDAS DA EDIÇÃO CONTEMPORÂNEA ALMEIDA (ECA), © 2010, PUBLICADA POR EDITORA VIDA, SALVO INDICAÇÃO EM CONTRÁRIO . ■ COORDENAÇÃO EDITORIAL : PR. CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS REVISÃO:PR. CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS REVISÃO DO PORTUGUÊS: PR. GILMAR DOS SANTOS SILVA CAPA E DESIGNER GRÁFICO: PR. CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS DIAGRAMAÇÃO:
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SANTOS DE NOVAIS, CARLOS HOMILÉTICA II VITÓRIA DA CONQUISTA –– BAHIA: MC – PUBLICAÇÕES LTDA, 2010. TÍTULO DO ORIGINAL: HOMILÉTICA II APOSTILA DE Nº 33 – © 2010/2016 APOSTILA TEOLÓGICA — 000.33 ESTUDO E ENSINO TEOLÓGICO 1. TÍTULO.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
HOMILÉTICA SACRA II A ARTE A ARTE DA PREGAÇÃO CRISTÃ AO CRISTÃ AO ALCANCE ALCANCE DE TODOS Se pregar é uma arte como a homilética nos ensina, temos bons ―artistas ―artistas‖‖ ou pregadores. Vidas que surgem na história da Igreja. Homens que com certeza são verdadeiros mestres nesta arte e que se dedicam de corpo e alma a este ministério. Devemos, porém enfatizar que; não existem mestres na oratória ou retórica que antes não tenham passado pelas escolas da Homilética. Não devemos ser ignorantes acerca desta chamada, (chamada para pregação do Evangelho de Cristo), Cristo), esta chamada não é humana, mas Divina. Mas mesmo sabendo tratar de uma chamada de Deus, não podemos, no entanto ignorar a necessidade de que todos pregadores precisam se aperfeiçoar nesse santo ministério. Neste sentido as Escolas, Escolas , Institutos e Seminários Teológicos têm se esforçado es forçado para p ara trazer ao povo de Deus materiais que ajudam seus alunos nesta tão bela tarefa. O IETEV IETEV por sua vez, vem de forma sublime apresentar ao caro e dileto estudante seu material, que trata de forma clara, simples e objetiva da Homilética. De forma moderna e segura, traçamos um itinerário que apresenta alguns princípios, regras e diretrizes que ajudarão qualquer pregador a tornar-se mais produtivo e eficiente nesta área. Entretanto devemos reconhecer que ninguém começa começa ―de ―de cima‖, cima‖, mas sim, ―debaixo ―debaixo‖, ‖, no alicerce das pequenas oportunidades, que se tornarão grandes á medida proporcional do nosso próprio desenvolvimento. Os grandes pregadores que participam de cruzadas e grandes congressos com certeza iniciaram seus ministérios pregando em pequenas reuniões, em humildes congregações, em casa de famílias. Por isso, avante!
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA RUA VISCONDE DE MAUÁ, Nº. 86 - GUARANI FONE: (77) 3083-0471 / 8827-7591 / 9146-0245 - VITÓRIA DA CONQUISTA, BA E-mail:
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“PREPARANDO OS SANTOS PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO”
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
APOSTILA DE HOMILÉTICA II
A ARTE DA PREGAÇÃO CRISTÃ AO ALCANCE DE TODOS NÓS IETEV
APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II DECLARAÇÃO DE FÉ A expressão ―credo‖ vem da palavra latina ―credo‖, oriunda do verbo credere, crer, que apresenta a mesma grafia e cujo significado é ―eu creio‖, expressão inicial do credo apostólico -, provavelmente, o mais conhecido de todos os credos: ―Creio em Deus Pai todo-poderoso...‖. Elaborado de acordo com a ortodoxia ensinada pelos apóstolos, seria reformulado no ano 700 a.D.[8] Esta expressão veio a significar uma referência à declaração de fé, que sintetiza os principais pontos da fé cristã, os quais são compartilhados por todos os cristãos. Por esse motivo, o termo ―credo‖ jamais é empregado em relação a declarações de fé que sejam associadas a denominações específicas. Estas são geralmente chamadas de ―confissões‖ (como a Confissão Luterana de Augsburg ou a Confissão da Fé Reformada de Westminster). A ―confissão‖ pertence a uma denominação e inclui dogmas e ênfases especificamente relacionados a ela; o ―credo‖ pertence a toda a igreja cristã e inclui nada mais, nada menos do que uma declaração de crenças, as quais todo cristão deveria ser capaz de aceitar e observar. O ―credo‖ veio a ser considerado como uma declaração concisa, formal, universalmente aceita e autorizada dos principais pontos da fé cristã. O Credo tem como objetivo sintetizar as doutrinas essenciais do cristianismo para facilitar as confissões públicas, conservar a doutrina contra as heresias e manter a unidade doutrinária. Encontramos no Novo Testamento algumas declarações rudimentares de confissões fé: A confissão de Natanael (Jo 1.50); a confissão de Pedro (Mt 16.16; Jo 6.68); a confissão de Tomé (Jo 20.28); a confissão do Eunuco (At 8.37); e artigos elementares de fé (Hb 6.1-2). O IETEV professa o seguinte Credo alicerçado fundamentalmente no que abaixo se segue:
8 - D ICIONÁRIO T EOLÓGICO , COM DEFINIÇÕES ETIMOLÓGICAS E LOCUÇÕES LATINAS . CLAUDIONOR CORRÊA DE A NDRADE.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II NISTO CREMOS Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo
(Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29). Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida
e o caráter cristão (2Tm 3.14-17). Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição
corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9). Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o
arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19). Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do
Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8). No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma
recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9). No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12). Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra
expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e IPe 1.15). No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão
de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4;10.44-46; 19.1-7). Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua
edificação, conforme a sua soberana vontade (ICo 12.1-12). Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao
mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (lTs 4.16. 17; ICo 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14). Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15). E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis
(Mt 25.46).
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ABREVIATURAS REMISSIVAS E TEOLÓGICAS[9] A.C. - ANTES DE CRISTO . (COLOCADO APÓS O NÚMERO )
A.D. - ANUM DOMINUM (NO ANO DO SENHOR; DEPOIS DE CRISTO) ARA - ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA ARC - ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA AT - ANTIGO TESTAMENTO BV - BÍBLIA VIVA BLH - BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE C . - CIRCA, CERCA DE , APROXIMADAMENTE , (CERCA DE , MAIS OU MENOS EM ) CAP . - CAPÍTULO ; CAPS. - CAPÍTULOS , CF . – CONFER , CONFERE, COMPARE . (CONFIRA) D.C. - DEPOIS DE CRISTO. (COLOCADO APÓS O NÚMERO )
ED. EDITOR E.G. - EXEMPLI GRATIA (POR EXEMPLO ).
FIG . - FIGURADO. FIG . - FIGURADO ; FIGURADAMENTE , GR . - GREGO HB . - HEBRAICO I. E . ID EST (ISTO É ).
IBB - IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA K M - SÍMBOLO DE QUILOMETRO LIT . - LITERAL , LITERALMENTE .
LXX - SEPTUAGINTA (VERSÃO GREGA DO AT) M - SÍMBOLO DE METRO .
MSS - MANUSCRITOS NT - NOVO TESTAMENTO NVI - NOVA VERSÃO INTERNACIONAL OP. CIT. OPUS CITATUM (O BRA CITADA ) P. - PÁGINA . 9 - ENCONTRAM-SE AQUI AS ABREVIATURAS REMISSIVAS E TEOLÓGICAS COM AS QUAIS O ESTUDANTE DEVE SE FAMILIARIZAR .
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II REF . - REFERÊNCIA; REFS. - REFERÊNCIAS S. SEGUINTE SS. - E OS SEGUINTES (ISTO É, OS VERSÍCULOS CONSECUTIVOS DE UM) C APÍTULO ATÉ O SEU FINAL. POR EXEMPLO: IP E 2.1 SS , SIGNIFICA IP E 2.1-25). SÉC . - SÉCULO (S). V. - VERSÍCULO; VV. - VERSÍCULOS , VER – VEJA VIZ. VIDELICET (A SABER ) VOL . VOLUME VOLS . VOLUMES BLH - A BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE BVN - BÍBLIA VIDA NOVA BOC - BÍBLIA EM ORDEM CRONOLÓGICA NDITNT - NOVO DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO PMS - EDIÇÃO IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA ENT - EXPOSIÇÃO DO NOVO TESTAMENTO ARA - EDIÇÃO ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA ARC - EDIÇÃO ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA GED - F. W. GINGRICH E F. W. DANKER, LÉXICO DO N. TESTAMENTO GREGO-P ORTUGUÊS LRS - LIÇÕES DE RETÓRICA SAGRADA MDC - MANUAL DO CULTO NCB - O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA NDB - O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA NTI - O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO PB - A PREGAÇÃO BÍBLICA PEB - PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA PES - O PREPARO E ENTREGA DE SERMÕES EIBB - P. MOREIRA DA SILVA, HOMILÉTICA – A ARTE DE PREGAR O EVANGELHO “A VERDADEIRA MANEIRA DE SERMOS LUDIBRIADOS É JULGARMO-NOS MAIS INTELIGENTES QUE OS OUTROS”
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II APRESENTAÇÃO Esta Apostila Teológica de HOMILÉTICA II, é parte integrante de uma série de outras apostilas que compõem a GRADE CURRICULAR do curso da nossa Instituição de ENSINO TEOLÓGICO PRESENCIAL e DIGITAL DISTANCE LEARNING (EAD). Este riquíssimo material se propõe a ser um instrumento de pesquisas e estudos. Embora de forma concisa, ela objetiva fornecer informações contundentes, nos vários aspectos, quer sejam, teológicos, científicos, históricos, antropológicos, sociológicos etc.
Esta obra teológica destina-se a pastores, evangelistas, pregadores, professores da escola bíblica dominical, obreiros, cristãos em geral e aos alunos dos nossos cursos – BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL / MISSIOLÓGICA /PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA / PÓS-GRADUAÇÃO EM CAPELANIA HOSPITALAR / CAPELANIA CRISTÃ AVANÇADA / JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO E OUTROS do Instituto Educacional de Teologia Evangélica – IETEV, podendo, outrossim, ser utilizado com grande préstimo por pessoas interessadas numa formação de qualidade teológica. Finalmente, exprimo meu reconhecimento e gratidão aos professores que participaram de minha formação, que me expuseram a teologia bíblica enquanto discípulo e aos meus alunos que contribuíram estimulando debates e pesquisas. Não posso deixar de agradecer também àqueles que executaram serviços dos mais diversos e tarefas congêneres, colaborando, assim, para a concretização desta obra. PROFº. PR. CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV 2º VICE -P RESIDENTE DO CTVC – 2012/2015
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA — IETEV PROGRAMA PEDAGÓGICO DA DISCIPLINA TEOLÓGICA PROGRAMA DE DISCIPLINA DISCIPLINA: HOMILÉTICA II CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIA PASTORAL PROFº.: CARLOS ANTONIO SANTOS DE NOVAIS EMENTA
OJETIVO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
METODOLOGIA Aulas expositivas, dialogais e, sobretudo, ministrativas. Recursos: Utilização da lousa, giz, caneta e outros materiais adicionais. Leituras de textos Bíblicos selecionados e apostila; Reflexões, diálogos, debates e exercícios práticos em dupla ou grupos maiores e exercícios de fixação de conteúdo. AVALIAÇÃO Provas e Avaliações aprovadas com nota superior a 7.0 Participação e Fixação de Conteúdo Pesquisa dirigida (Interpretação e aplicação). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DOZE REGRAS PARA UM BOM SERMÃO [10]
Segundo o dicionário Aurélio, homilética é a ― Arte de Pregar sermões religiosos‖. É ARTE, quando considerada em seus aspectos estéticos (a beleza do conteúdo e da forma); é CIÊNCIA, quando considerada sob o ponto de vista de seus fundamentos teóricos (históricos, psicológicos e sociais); e é TÉCNICA, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino. A homilética é uma das matérias de suma importância dentro da grade do curso teológico, tendo em vista que a mesma trata exatamente de como compor e expor com eficiência um sermão bíblico. É através desta ferramenta, que o estudante aprenderá a desenvolver seus sermões de forma que proporcione melhor compreensão aos seus ouvintes; facilite sua comunicação e expressão; receba orientação de um modo geral sobre a arte de pregar e aprender a fazer uma autocrítica de sua atuação como verdadeiro atalaia de Cristo, anunciando de forma correta aquilo que diz as Escrituras e alcance o seu objetivo principal — , conduzir o pecador arrependido a Deus, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.[11] 1. PREPARE BEM O SEU SERMÃO, DECIDA FAZER O MELHOR. 2. TENTE ACHAR UMA BOA INTRODUÇÃO: ADEQUADA, CRIATIVA, INTERESSANTE. 3. FORMULE PARA VOCÊ MESMO O OBJETIVO DO SERMÃO: TENHA CERTEZA DA DIREÇÃO QUE PRECISA APONTAR AOS OUVINTES. 4. AFASTE TUDO QUE PODERIA DESVIAR OS PENSAMENTOS DOS SEUS OUVINTES PARA UMA TRILHA SECUNDÁRIA. 5. ORGANIZE SUA MENSAGEM: TOME TODAS AS PRECAUÇÕES PARA NÃO FICAR REPETITIVO, INSEGURO, PERDIDO EM MEIO ÀS IDÉIAS. 6. USE UMA LINGUAGEM VIVA E SIMPLES. 7. USE ILUSTRAÇÕES E EXEMPLOS PRÁTICOS EM QUANTIDADE SUFICIENTE, NÃO EXAGERE. 8. SEJA VOCÊ MESMO. NÃO QUEIRA IMITAR OUTROS PREGADORES. 9. MOSTRE HUMILDADE E APREÇO PELOS OUVINTES. 10. FALE AO CORAÇÃO DOS SEUS OUVINTES. 11. SEMPRE DÊ AOS OUVINTES ALGO QUE ELES POSSAM COLOCAR EM PRÁTICA. 12. APESAR DE TERMOS QUE ESTUDAR HOMILÉTICA, NUNCA SE AMPARE NOS SEUS PRÓPRIOS MÉRITOS OU CAPACIDADE!!! DEPENDA INTEIRAMENTE DA AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO. 10 - A DAPTADO DO LIVRO “ CELEBRANDO O A MOR DE D EUS ”, DE K LAUS D OUGLASS, EDITORA EVANGÉLICA E SPERANÇA , P ÁGINAS 143 A 150. 11 - C ARLOS A NTONIO SANTOS DE N OVAIS , OPUD , A POSTILA DE HOMILÉTICA DO ITCEU, 2005.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II APRESENTAÇÃO
Como salientou o apóstolo Paulo em sua exortação a Timóteo, o obreiro precisa saber como se deve anunciar a Palavra de Deus, a fim de " manejar bem a Palavra da verdade", (II Timóteo 2.15.), e "Manejar bem" a Palavra significa, na linguagem de Paulo, " fazer um corte reto".[12] O pedreiro constrói a parede em linha reta. O carpinteiro risca a obra em linha reta. O agricultor ara a terra em linhas retas. Semelhantemente, o obreiro do Senhor que interpreta a Bíblia para depois as transmitir, terá que interpretá-la corretamente - em linha reta! e isso por sua vez requer o estudo diligente das Escrituras e a observação minuciosa da revelação divina aos homens.
O preguiçoso jamais saberá interpretar o pensamento divino. Por isso Paulo assim exortou a Timóteo: " Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar...‖ (II Tm 2.15). A palavra "procura" (no original grego, ― spoudason") significa "apressar-se, ser diligente". ―Manejar bem‖ também significa usar as faculdades racionais, a inteligência, como em Isaías 1.18, onde Deus convoca Seu povo, ―Vinde, pois e arrazoemos. diz o Senhor". Paulo avisa contra o perigo de fraude na interpretação das Escrituras em II Co 4.2, dizendo: "... rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a Palavra de Deus..." " Adulterar ", no original, é "dolos", que significa " pegar com isca". Portanto, tem o sentido de falsificar e corromper. Na antigüidade falsificavam ouro e vinho. Em todos os tempos levantaram-se falsos "mestres", e falsos " profetas" que por ensinos engenhosos têm conseguido enganar os incautos, causando-lhes a eterna destruição da alma. Pedro referiuse às epístolas de Paulo dizendo que nelas haviam "certas coisas difíceis de entender , que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles." (II Pe 3.15,16). Como, então, é importante que saibamos, não "deturpar", mas sim interpretar corretamente (fazer o corte em linha reta!) a Palavra de Deus. Isso significa que todas as idéias, noções e opiniões preconcebidas sejam postas de lado e que a própria Bíblia seja o intérprete de si mesma. ―Homilética é a ciência cuja arte é a pregação e cujo resultado é o sermão‖.[13] ― A ciência da homilética nada mais é do que a adaptação da retórica às finalidades especiais e aos reclamos da prédica cristã‖.[14] ― A homilética é uma ‘ciência’ por basear -se em princípios que foram observados como contribui[ção] para o sucesso de oradores através dos séculos‖.[15] ―Homilética é também arte, uma vez que trabalha artesanalmente, passo a passo, os elementos que formam o sermão‖.[16] 12 13 14 15
- A DAPTADO DO LIVRO “O P LANO D IVINO A TRAVÉS DOS S ÉCULOS , DE N. LAWRENCE O LSON . ED. CPAD - B LACKWOOD , A. W. A PREPARAÇÃO DE SERMÕES , P . 21. - B ROADUS , J OHN . O SERMÃO E SEU PREPARO , P . 10. - N ORTH , STAFFORD. P REGAÇÃO, HOMEM E MÉTODO , P . 13.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ABREVIATURAS[17] Encontram-se aqui as abreviaturas remissivas e teológicas com as quais o estudante deve se familiarizar. ABREVIATURAS REMISSIVAS a. C. d. C. A. D. c. Cap. Caps. Cf. Ed. e. g. exempli gratia (por exemplo) op. cit. opus citatum s. ss. v. vv. viz. vol. vols.
antes de Cristo (colocado após o número) depois de Cristo (colocado após o número) Anum Dominum (no ano do Senhor; depois de Cristo) Circa (cerca de, mais ou menos em) Capítulo Capítulos Confer (compare, confira) Editor i. e. id est (isto é) Obra citada Seguinte Seguintes Versículo Versículos Videlicet (a saber) Volume Volumes
ABREVIATURAS TEOLÓGICAS BLH BVN NDITNT EIBB ENT ARA ARC GeD LRS MDC NCB NDB NTI PB PEB PES PMS
A Bíblia na Linguagem de Hoje Bíblia Vida Nova Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento Edição Imprensa Bíblica Brasileira Exposição do Novo Testamento Edição Almeida Revista e Atualizada Edição Almeida Revista e Corrigida F. W. Gingrich e F. W. Danker, Léxico do N. Testamento Grego-Português Lições de Retórica Sagrada Manual do Culto O Novo Comentário da Bíblia O Novo Dicionário da Bíblia O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo A Pregação Bíblica Pequena Enciclopédia Bíblica O Preparo e Entrega de Sermões P. Moreira da Silva, Homilética - A arte de pregar o evangelho
16 - M ORAES , JILTON. HOMILÉTICA: DA PESQUISA AO PÚLPITO , P . 20. 17 - P RECISAMOS ESTÁ APTOS A SERMOS FLEXÍVEIS NO USO DE DIVERSAS FERRAMENTAS DE AUXÍLIO NA ESTRUTURAÇÃO DE UM SERMÃO .
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
É muito gratificante quando nos sentamos diante de um pregador que maneja bem a palavra da verdade. Um pastor que tem importantes verdades para transmitir e, talentosamente, as comunica com singeleza e poder não deixará de ser solicitado. Helmut Thielicke, famoso pregador alemão, disse: "Onde quer que encontremos, hoje em dia, uma congregação cheia de vida, encontraremos no centro uma pregação cheia de vida". Com isto podemos entender que a pregação é a principal tarefa do pastor. O obreiro precisa saber comunicar a Palavra de Deus com eficiência e de maneira clara. Quem sobe ao púlpito hoje tem um enorme desafio pela sua frente. ―Como posso comunicar a mensagem bíblica persuasivamente? Qual é a maneira mais eficaz de suscitar interesse no auditório pela Palavra e conseguir motivar os ouvintes a colocá-la em prática?‖ Surge então, a necessidade da homilética. O estudo da homilética abrange tudo o que tem a ver com a preparação e com a apresentação de práticas religiosas. Comumente, a Homilética se relaciona aos sermões. Todavia, é igualmente aplicável aos discursos religiosos em geral, na ministração de estudos e em qualquer ocasião em que precisamos comunicar-mos com o público mediante discurso. O estudioso de homilética poderá aprender ainda mais preparando e enunciando seus próprios sermões, pressuposto que sempre procurará aperfeiçoar. Como qualquer outro artista, fazendo, aprende melhor. Se o estudante buscar o Reino de Deus, amar as pessoas, estudar a obra da pregação e preparar-se para a eficiência no púlpito, de acordo com os ideais deste estudo, poderá crescer, ano após ano, como pregador. Que ninguém se dedique a uma vida de pregação sem antes refletir e orar; mas, uma vez tomada a decisão de pregar ou aceito o ―chamado‖, que esforço nenhum seja então poupado no preparar -se. PARA QUE SERVE A HOMILÉTICA? Todo pregador deve saber que há dois lados na exposição da Palavra de Deus: o divino e o humano (1 Co 11.23; 2 Tm 2.15). Uma parte não substitui a outra — ambas são necessárias — , mas a divina é a mais importante (1 Co 2.1-5). Em Isaías 50.4, vemos esses dois aspectos. O profeta disse que Deus lhe deu uma língua erudita, enfatizando o lado divino. E também afirmou: "... para que eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado". A Homilética é uma ciência que ajuda os pregadores a conhecerem as regras essenciais à exposição da Palavra do Senhor, principalmente no lado humano. É uma matéria definida como a arte e a ciência de preparar e pregar sermões religiosos. Trata-se do estudo das maneiras de se confeccionar esboços de mensagens cristãs e apresentá-las de modo adequado aos ouvintes. Por meio dessa matéria, o pregador orienta-se quanto à postura ética diante do público e aprende a lidar com os mais diversos tipos de ouvinte: indiferentes, egoístas, ignorantes, eruditos, curiosos, sinceros, etc. No entanto, ainda que a platéia deva ser respeitada pelo pregador, isso não é um impedimento para a transmissão da verdade, pois a prioridade do pregador deve ser agradar aquEle que lhe deu a mensagem (At 7.54-56; Ez 2.3-8), como salientou Inácio de Antioquia em sua carta a Romanos ―Nisto consiste a grandeza do cristinismo — ser odiado pelo mundo‖. O estudo da Homilética ajuda o pregador a falar de forma elegante, precisa e fluente, de modo a convencer ou comover o ouvinte. Porém, isso não deve invalidar o aspecto espiritual; é a Palavra de Deus que atinge o coração dos ouvintes (Hb 4.12). Da mesma forma, o fato de essa matéria levar em conta aspectos como evolução da língua, ambiente cultural e recursos tecnológicos não altera o conteúdo da mensagem (1 Pedro 1.24, 25).
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II INTRODUÇÃO No segundo capítulo da segunda carta de Paulo a Timóteo, o crente em Jesus Cristo é apresentado sob sete aspectos diferentes. É ele chamado: filho, verso 1; soldado, verso 3; atleta, verso 5; lavrador, verso 6; obreiro, verso 15; vaso, verso 21; e servo, verso 24.[18] Para cada um desses sete aspectos, há uma exortação apropriada. Como filho, Timóteo é exortado a ser forte na graça. Graça é acompanhada de filiação, assim como lei de escravidão, como nos é ensinado na epístola aos Gálatas. Do mesmo modo, como soldado, Timóteo é exortado a ―sofrer as aflições como um soldado de Jesus Cristo e a evitar se envolver nos negócios desta vida (mundo)‖. Esses são os caracter ísticos indispensáveis a um verdadeiro soldado de Jesus. Como vaso, devia Timóteo ser puro e separado. Como servo, devia ser bondoso, manso e assim por diante em cada um dos sete aspectos de sua vida como crente. No verso 15, Timóteo é informado sobre o que dele se esperava como obreiro: ―Procura apresentar -te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja[19] (ou divide) bem a Palavra da Verdade‖. Pregar é uma das mais árduas e gloriosas tarefas reservadas ao ser humano. John Stott, baseado nas palavras de Paulo (1Co 4.1,2), afirmou: ―o pregador é um despenseiro dos mistérios de Deus, ou seja, da auto-revelação que Deus confiou aos homens e é preservada nas Escrituras‖. Isto significa que temos a grande responsabilidade de nos colocar diante das pessoas para falar em nome de Deus. Walter Bowie declarou que: “ o
pregador é um canal de comunicação do Deus vivo para a alma viva que ali está diante
dele” . E para o desempenho da importante missão de falar em nome do Senhor, precisamos estar preparados e, sendo assim, o estudo da Homilética é uma benção a todos quantos desejam dedicar-se à comunicação da Palavra de Deus. Para um melhor aproveitamento de tudo o que esta disciplina oferece, precisamos conhecer o que vem a ser esta ―ciência‖, determinar a importância do seu estudo, e pensar, também, em alguns perigos que devem ser evitados. A pregação da Palavra de Deus é um dos maiores privilégios confiados ao homem. É também uma de suas maiores responsabilidades. Através da ―tolice‖ da pregação, Deus escolheu revelar-Se aos homens. Este conhecimento de Deus que é transmitido através da pregação pode conduzir os homens á salvação eterna através da fé em Jesus Cristo e também transformá-los á imagem e semelhança de Deus.[20] Todos os cristãos são pregadores da Palavra de Deus, sem acepção nenhuma, cada pessoa que se torna um cristão genuíno carrega dentro de si a condição de Pregador, porém há na Bíblia citações de nomes de homens que se converteram ao cristianismo e se destacaram por motivos especificamente ligados ao ministério, a personalidade, a credibilidade e a sociabilidade dessas pessoas. At 7:22, 18:24. 18 - M ANEJANDO BEM A P ALAVRA DA V ERDADE, D R . C. I. S COFIELD, IMPRENSA B ATISTA R EGULAR , 1959 19 - M ANEJ AR , NESSE TEXTO , PODE SER TRADUZIDO POR DIVIDIR OU REPARTIR , COMO ACONTECE NA VERSÃO INGLESA , ONDE DIVIDIR É USADO . 20 - O “C AJADO DO P ASTOR”, DA W ORLD M AP . P REPARE U M S ERMÃO - S EÇÃO D13 - P ÁG . 147-148, EDIÇÃO EM P ORTUGUÊS , 1998
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Por traz da Pregação devem existir muitos interesses ligados à persuasão de pessoas ao grande objetivo de torná-las conhecedoras a respeito do pecado, da justiça e do juízo. Ex.: João 16:8, Tito 1:9. Dentro dessa perspectiva, o maior objetivo do Arauto é tornar conhecida aos seus ouvintes a Pessoa de Cristo, no intuito de conhecê-lo e aceita-lo como Senhor e Salvador e de permanecer nos caminhos dEle. Humanamente e do ponto de vista literal, isso se torna o maior desafio para todo Pregador. Portanto conhecer Cristo e viver com Ele é a maior Pregação, pois o Pregador precisa experimentar o próprio sabor da Pregação em seus seguimentos de vida para que ele possa dar demonstrações pessoais desse convívio com o Mestre amado. Ex.: Mateus 11:29, 18:4, 1 Pedro 5.5, Romanos 12:16.[21] O preparo para o enfretamento dos fatos e desafios mostra a necessidade de todo arauto se amparar na Bíblia para conhecer a Verdade, o Caminho e a Vida. Na predica não é diferente se atentarmos para o que somos e o que Deus é. Somos apenas instrumento e Deus é a Força propulsora para que toda oratória, retórica e eloqüência sejam bem usadas. A Homilética é, e sempre será a arte da Pregação. Quando a referência é Pregar a Bíblia Sagrada, sendo ela mesma a única Bússola orientadora. Dentro desse projeto Deus tem prazer (1 Pedro 1:12) em usar homens para transmitir sua mensagem. Por essa razão o cristão precisa estar condicionado a uma vida de renuncia, devoção, santidade centrada na vontade de Deus para pregar essa Palavra com liberdade, ousadia e sinceridade. ―Deus continua a procura de verdadeiros adoradores e pregadores que o adorem, obedeçam e preguem a sua Palavra em espírito e em verdade.‖ João 4:23. O MILAGRE DA PREGAÇÃO[22] Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo . (Pv. 25.11) A PREGAÇÃO BÍBLICA É UM MILAGRE DUPLO. O primeiro é Deus usar um homem imperfeito, pecador e cheio de defeitos para transmitir a perfeita e infalível Palavra de Deus. Trata-se de um ser perfeito usando um ser imperfeito como seu porta-voz. Só um milagre pode tornar isso possível. O segundo milagre é Deus fazer com que os ouvintes aceitem esse porta-voz imperfeito, escutem a mensagem por intermédio de um pecador e finalmente sejam transformados por essa mensagem. Esse é o grande milagre da pregação! Ao estudar sobre as técnicas da boa pregação, algo deve ser dito: as técnicas são indispensáveis, até porque foram pesquisadas em diversos autores considerados especialistas no assunto e são comprovadas pela experiência de pregadores bem-sucedidos. Contudo, uma coisa precisa ficar muito clara: todas as técnicas reunidas e colocadas em prática não fazem de alguém um pregador. Para ser um bom pregador é preciso ter técnica e algo mais. Esse algo mais é o milagre do Espírito Santo. Aos quarenta anos de idade, Moisés conhecia todas as técnicas dos mais variados ramos do conhecimento humano, inclusive a arte de falar em público em diferentes línguas. 21 - CARLOS A NTONIO S ANTOS DE NOVAIS , T EÓLOGO E P ROFESSOR DE TEOLOGIA NO IETEV, ITCEU, ETES E ETEMISA. 22 - COMPILADO DO LIVRO “A ARTE DE P REGAR”. A UTOR R OBSON MOURA M ARINHO
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Anos depois, quando Deus o desafiou a tornar-se pregador, o erudito Moisés respondeu: " Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente..." (Êx 4.10). Faltava a Moisés algo mais: o milagre! Foi esse milagre que Deus lhe ofereceu quando disse: "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar " (Êx 4.12). Mesmo com relutância, Moisés aceitou o milagre e tornou-se pregador e líder. Ao contemplar a santidade de Deus, Isaías sentiu-se um inútil pecador e exclamou: " Ai de mim... porque sou homem de lábios impuros" (Is 6.5). Ele sentiu que seus lábios impuros o desqualificavam para qualquer contato com a Divindade, principalmente para ser-lhe um porta-voz. Faltava a Isaías um milagre. Finalmente, um anjo tocou-lhe os lábios com a brasa viva do altar de Deus, e, só após esse milagre, Isaías sentiu-se em condições de ser um porta-voz de Deus e aceitou o desafio: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6.8) Da mesma forma, o pregador de hoje também é homem de impuros lábios, mas que, tocado pela brasa viva do altar, pode tornar-se um porta-voz de Deus e ser usado no milagre da pregação. Por incrível que pareça, é essa mistura do humano com o divino que dá poder à pregação. Segundo Phillips Brooks, a pregação é a "apresentação da verdade através da personalidade", e foi Deus quem escolheu essa combinação da verdade perfeita com a personalidade imperfeita para dar poder à pregação. Em outras palavras, o pregador usa as características de sua personalidade, como conhecimento, habilidade, voz, pensamento, e a sua vida para transmitir a verdade divina, e essa união do divino com o humano tem o poder de alcançar outros seres humanos e transformá-los. Isto é pregação: um poderoso milagre de Deus, o infinito fluindo por via finita, o perfeito chegando até nós por meio do imperfeito, a santidade sendo transmitida através de pecadores, e isso têm o poder de transformar outros pecadores. Com essa visão da pregação como um milagre de Deus, passemos a considerar os elementos técnicos e estratégicos que Deus deseja utilizar nessa mistura do humano com o divino, ou seja, os recursos da personalidade para transmitir a verdade. A homilética é a ―ciência que, lançando mão de outras ciências, equipa pessoas a pregar a Palavra de Deus com conteúdo, profundidade e vida; e, partindo da interpretação de um texto bíblico e de sua atualização, considera as necessidades dos ouvintes e lhes fala ao coração‖.[23] 23 - G RIFO MEU
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II VOU PREGAR: O QUE DEVO FAZER?[24] A tensão inicial de todo pregador é determinar a ideia a ser pregada. Só na oração e no estudo bíblico podemos encontrar a resposta e começar a nossa árdua tarefa. Precisamos considerar alguns detalhes para responder à sua pergunta: ―Fui escalado para pregar; o que devo fazer?‖. A resposta à sua indagação levanta três questões: Onde irei pregar? Quem são os meus ouvintes? O que Deus quer que eu fale? — A consideração do local onde pregaremos é um dado significativo na busca da ideia para a sua mensagem. E essa é uma das primeiras informações que recebemos ao sermos convidados a pregar. Faz diferença pregar em um templo ou em uma casa; num pequeno encontro ou em uma grande reunião; num recinto fechado ou ao ar livre; em um clube ou em um ambiente de trabalho.
ONDE PREGAREI?
O futuro pregador mencionou que o culto seria realizado na empresa onde ele trabalhava e perguntou ao pastor que diferença isso poderia fazer a fim de elaborar o sermão. Josias mostrou que a consideração do local é importante porque ajuda o pregador a estabelecer alguns limites de sua fala. Assim falando, ele prosseguiu: — Deixe-me explicar melhor: No caso de ser em uma empresa, em pleno horário de trabalho, certamente haverá um tempo preestabelecido para a duração do culto, que não poderá ser ultrapassado para não prejudicar as atividades de cada trabalhador. Naquele momento o pastor ficou sabendo que o tempo destinado ao culto era de meia hora. — Uma vez que o tempo destinado ao culto todo é de trinta minutos, o pregador terá uns quinze minutos para a apresentação do sermão, não podendo ultrapassar esse limite. E o tempo que havia sido dado ao nosso pregador era de até vinte minutos. O pastor também ficou sabendo que no local haveria um salão, com cadeiras suficientes para acomodar todas as pessoas que costumeiramente participavam do culto; desse modo, elas poderiam ouvir a mensagem com mais conforto. — Depois de saber onde iremos pregar, a próxima consideração tem a ver com os ouvintes. Sabendo quem são os nossos ouvintes, temos mais condições de pensar em uma ideia sobre o que devemos comunicar. Vamos, então, ao nosso questionamento:
PARA QUEM PREGAREI?
Conhecer o público é importante para sabermos o que comunicar: somente conhecendo os ouvintes podemos trabalhar com base em suas necessidades reais.
Quando as pessoas ouvem um pregador, criam expectativas, e a principal é que a mensagem que ele se propõe a pregar lhes fale ao coração, levando fé aos céticos, esperança aos desesperados, alento aos desanimados e vida aos que atravessam o vale da sombra da morte. A mensagem que pregamos dependerá do conhecimento que temos dos ouvintes. Empolgado com a lição, seu Adolfo quase nem deixou o pastor terminar e logo falou: 24 - MORAES , J ILTON. A VENTURAS DE UM PREGADOR INICIANTE: APRENDA A PREGAR, P . 18-20- EDITORA V IDA 2012
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II — O senhor já me ajudou, pastor. Os meus ouvintes são os meus colegas. O culto é lá na empresa onde trabalho, como já falei. O pastor elogiou o aluno por estar tão atento e pediu-lhe que guardasse a informação. E assim prosseguiu: — Outro passo importante é determinar o que pregar. Aliás, precisamos ter em mente que não é o pregador quem decide: tão somente obedecemos ao que Deus determina. Daí a necessidade da oração. Dos três questionamentos, este é o mais difícil. A pergunta que deve ser feita é:
O QUE PREGAREI?
O que realmente Deus quer que eu pregue? Para encontrar essa resposta é preciso buscar com intensidade a vontade de Deus; é necessário orar sem cessar. Era exatamente esta a fase que o irmão Adolfo vivia: Ele sabia onde pregaria e a quem pregaria; faltava descobrir o que pregaria, ou, mais precisamente, o que Deus queria que ele pregasse. Por isso foi logo perguntando ao pastor o que poderia ajudá-lo a encontrar resposta para tão significativa questão. — Alguns passos precisam ser dados. Vamos tentar compreender. Pense em uma pequena escada de três degraus:
1. Considere as necessidades dos ouvintes 2. Defina, em oração, a ideia a ser pregada (Tendo como base o 1º dos três degraus) [25] 3. Escolha um texto bíblico para basear o sermão O pastor prosseguiu, explicando que as ideias para sermões estão às vezes bem próximas a nós, em toda parte: na Bíblia, em livros, revistas, jornais e noticiários; nas nossas experiências pessoais, na convivência com as pessoas etc. Seu Adolfo, apesar de muito interessado, parecia não haver compreendido tudo. E, para esclarecer a ideia dos passos na pregação, o pastor personalizou seu ensino: — Veja bem, numa ocasião, no final do ano, eu precisava preparar um sermão para pregar na minha igreja no dia 31 de dezembro. Você nem imagina onde eu encontrei uma ideia muito boa. Na porta de uma loja fechada! Parece até absurdo naquele lugar alguém encontrar uma ideia para sermão; apesar disso, eu a encontrei. [26]
FECHADO PARA BALANÇO
25 - O DESENHO “FLECHAS NO ALVO ”, FORAM ACRESCENTADOS POR MIM E , NÃO FAZEM PARTE DA OBRA ORIGINAL, BEM COMO A PARTE EM DESTAQUE ( NEGRITO). 26 - V EJA LIVRO “A VENTURAS DE UM PREGADOR INICIANTE: APRENDA A PREGAR” , DE AUTORIA DE MORAES , J ILTON
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II CONCEITOS BÁSICOS DA HOMILÉTICA 01. COMUNICAÇÃO: Ação, efeito ou meio de comunicar, aviso, participação, ligação, comunhão. 02. DICÇÃO: Maneira de dizer ou pronunciar, expressão, arte de recitar. 03. EXEGESE: Interpretação, explicação ou comentário (gramatical, histórico, jurídico, etc.) de textos, principalmente da Bíblia. 04. ELOQÜÊNCIA: Capacidade de falar e exprimir-se com facilidade; dom do falar com fluência. 05. FONAÇÃO: Conjunto dos fenômenos que concorrem para a produção da voz. 06. HERMENÊUTICA: Princípios de interpretação bíblica; arte de interpretar os livros sagrados e os textos antigos. 07. LÓGICA: Ciência do raciocínio; coerência; raciocínio encadeado; ligação de idéias. 08. PERSUASÃO: Ato ou efeito de persuadir; convicção; crença. Vem de Persuadir: Levar a crer ou aceitar, aconselhar, induzir. 09. PRONÚNCIA: Articulação do som das letras, sílabas ou palavras. Maneira especial de pronunciar os sons de certa língua. 10. PREGAÇÃO: É a comunicação verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Têm em si dois elementos: a verdade e a personalidade. 11. SERMÃO: Um discurso religioso formal, baseado na Palavra de Deus, e que tem por objetivo salvar os homens. 12. TEMA: É a matéria de que trata o sermão; a idéia central do sermão; o assunto apresentado no sermão. COMO DEVE SER UM TEMA? TIPOS DE TEMAS:
Interrogativo: Caracteriza-se por ser simplesmente uma pergunta. Jovem, qual é a tua ocupação? Coloque o ouvinte ―contra a parede‖. Faça-o pensar e refletir. Deixe-o em dúvida. Entretanto, não permita que o ouvinte fique sem uma resposta convincente, porque suas convicções podem implicar na necessidade de um considerável esforço para que ele seja convencido. Não rodeie, seja direto. A elaboração de uma pergunta como tema deve ser cuidadoso e trazer no decorrer da mensagem uma ou várias respostas.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Lógico: Explicativo. Pense em causa e efeito, como: "O que o homem semear, ceifará" Um acontecimento gera um outro acontecimento. Logo, o que será ceifado é resultado do que foi semeado. Este tipo de tema contém, em seu bojo, de forma sintética, a idéia principal do sermão. Imperativos: Caracteriza-se pela presença do verbo no modo imperativo (vinde, ide, faça, etc.). ―Não seja incrédulo‖. ―Enchei-vos do Espírito‖. ―Busque a Jesus‖. Neste tema você deve pensar em exigir do seu ouvinte uma atitude. Mandamento, ordem; Enfáticos: Realçar um aspecto específico. ―Só Jesus salva‖. ―O significado do Novo nascimento‖. O que é tão importante que o ouvinte não pode esquecer? O que ele realmente precisa saber? Esse assunto deve ser apresentado de maneira forte e contundente no tema. Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo. Amor; fé, esperança. ORATÓRIA, RETÓRICA E HOMILÉTICA É ―a ciência de (do) bem dizer (....) que abarca ao mesmo tempo todas as perfeições do discurso e a própria moralidade do orador, pois que não é possível falar verdadeiramente sem se ser homem de bem‖, pois o "poeta nascitur, oratorfit‖. ―Os poetas nascem, os oradores se fazem‖.[27] [A Retórica] ―tem a sua raiz numa função essencial da linguagem, uma função bastante realística e que renasce continuamente; o uso da linguagem como um meio simbólico de induzir a cooperação entre seres que, por natureza, respondem aos símbolos.‖[28] [É uma arte] ―criadora de persuasão‖[29] ―Diógenes Laércio atribui a Protágoras ter sido o primeiro a defender a opinião de que existem dois discursos antitéticos sobre todas as coisas e Aristóteles imputa-lhe a arte de tornar mais forte o argumento (ou discurso) mais fraco‖.[30] O poder da palavra [logos] sobre a constituição do espírito pode ser comparado com o efeito das drogas no organismo: tal como as drogas, ao provocarem diferentes estados de ânimo no corpo humano, podem pôr fim às doenças ou à vida, assim tambem com o discurso: diferentes palavras podem induzir preocupação, prazer ou medo ou, através de um tipo de persuasão mal intencionada, entorpecer ou enfeitiçar o espírito. (in Kathleen Freeman, Ancillatothe Pre-Socratic Philosophers)[31] ―É a faculdade de considerar, para cada questão, o que pode ser apropriado para persuadir‖.[32] ORATÓRIA ―A definição de retórica é conhecida como a arte de bem falar (é a arte do discurso público em tempo real. No discurso oratório é marcante a característica performática. Não basta que ele tenha sido bem planejado, bem redigido, tem de ser bem emitido) de mostrar eloqüência diante de um público para ganhar a sua causa. Isto vai da persuasão à vontade de agradar: tudo depende (...) da causa, do que motiva alguém a dirigir-se a outrem. O caráter argumentativo está presente desde o início: justificamos uma tese com argumentos, mas o adversário f az o mesmo: neste caso, a retórica não se distingue em nada da argumentação. (...). ―Para os antigos, a retórica englobava tanto a arte de bem falar — ou eloqüência — como o estudo do discurso ou as técnicas de persuasão até mesmo de manipulação‖. Em outras palavras, é a Arte de falar em público eloqüentemente ou em consonância com as regras da retórica; peça dramática religiosa. 27 - QUINTILIANO 28 - KENNETH B URKE 29 - C ÓRAX 30 - P ROTÁGORAS 31 - G ORGIAS 32 - A RISTÓTELES
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II RETÓRICA A palavra retórica é grega e deriva de rêtos, palavra falada. O rétor, entre os gregos, era o orador de uma assembléia. Entre nós, entretanto, a palavra rétor veio a ter o significado pomposo de ―mestre de oratória‖. O primeiro homem a traçar as normas de um discurso foi Córax, um sofista,[33] da cidade de Siracusa, na Grécia, há 500 anos antes de Cristo.[34] Córax ensinava que o discurso deveria ter a seguinte disposição: Proêmio (introdução), narração, argumento, observações adicionais e peroração (conclusão). Retórica é a técnica (ou a arte, como preferem alguns) de convencer o interlocutor através da oratória, ou outros meios de comunicação. Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é verbal — discurso falado, mas há também — e com muita relevância — o discurso escrito e o discurso visual. A arte do uso eficiente das palavras em falar e escrever HOMILÉTICA Homilética (Gr. homi-létikós, discurso em tom familiar ) Arte de elaborar e apresentar sermões. É a disciplina que nos leva a falar com elegância, desenvoltura e propriedade na oratória sacra. Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades oratórias. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público. O QUE É A PREGAÇÃO BÍBLICA? O que é a Palavra de Deus e por que ela precisa ser pregada? Antes de discutir a maneira de pregar a Palavra de Deus, devemos nos concentrar na natureza da Palavra e em sua autoridade. Não está totalmente claro para muitos dos que pregam, nem para nossa cultura em geral, que o pregador deve ser ―O servo da Palavra‖, como referido no Livro do mesmo nome de Herbert H. Farmer.[35] PREGAÇÃO BÍBLICA "Pregação bíblica, em poucas palavras, é a proclamação da Palavra de Deus à congregação. Na realidade, proclamar a Palavra de Deus significa muito mais do que simplesmente ler a Bíblia e atribuir uma lição prática à passagem lida. A pregação bíblica envolve a cuidadosa remoção do texto de seu engaste original, transferindo-o para a situação atual da igreja. ―Para efetuá-lo, o ministro precisa compreender não somente as Escrituras, mas também a sua congregação — o mundo dos tempos bíblicos e o mundo de sua igreja, bem como as semelhanças e diferenças entre ambos esses mundos‖. ―Visto que o sermão serve de ponte entre o passado e o presente, e não constitui meramente um comentário sobre o texto, não se deve confundir a pregação bíblica com exegese gramatical, histórica ou teológica. Ela vai além, a fim de proclamar a passagem bíblica como normativa para a fé e prática cristã, de modo que informa, desperta, assegura e sustém a congregação em sua vida de fé. ―No entanto, a pregação bíblica precisa centralizar-se na passagem bíblica e não nalgum problema pessoal ou questão contemporânea...‖ [36] 33 - SABIDO. P EJORATIVO DE SOPHÓS, SÁBIO. M ESTRE POPULAR DE FILOSOFIA QUE , POR FALTA DE PROFUNDIDADE E DE ÉTICA , FAZIA DO ENSINO UM COMÉRCIO . SUAS “IDÉIAS” IAM DO RELATIVISMO AO CETICISMO. A S PALAVRAS SOFISMA ( RACIOCÍNIO FALSO) E SOFISTICAÇÃO ( AFETAÇÃO) DERIVAM DE SUAS PRÁTICAS . GINGRICH, F; W ILBUR E DANKER, F REDERICK – L ÉXICO DO N OVO T ESTAMENTO G REGO/P ORTUGUÊS , V IDA N OVA , 1984, P . 228. 34 - A G RÉCIA ALCANÇOU SEU APOGEU NO SÉC . V A .C. E SSA ÉPOCA FOI CHAMADA DE “ O PRÓDO DE P ERÍCLES”, POIS FOI QUANDO ELE CONSOLIDOU A DEMOCRACIA GREGA . GINGRICH, F; W ILBUR E DANKER, F REDERICK – L ÉXICO DO N OVO T ESTAMENTO G REGO /P ORTUGUÊS , VIDA N OVA , 1984, P . 228. 35 - A BRIEF HISTORY OF PREACHING, P HILADELPHIA : FORTRESS , 1965, P .4-8. OPUD, A NATOMIA DA P REGAÇÃO, “O SERVO DA P ALAVRA”. P . 21 36 - IDEM .
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
- PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL "A pregação bíblica começa com a exegese do texto, e a exegese segue os princípios gramaticais. Ela procura entender o significado verbal do texto analisando a função e o sentido das palavras empregadas...‖ Visto que a Bíblia foi escrita em hebraico e grego (e algumas partes em aramaico) o ministro que não conhece essas línguas se encontra numa posição desvantajosa. Não basta achar num dicionário o termo equivalente em português a uma palavra hebraica ou grega... ―O ministro que não possui adequadas habilidades lingüísticas pode fazer uso de tais auxílios lexicais como comentários, concordâncias e dicionários teológicos, contanto que compreenda o seu objetivo e saiba como incorporar as informações no sermão." [37] - PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA ― A exegese histórica demanda, da convicção de que a revelação divina era um produto de determinada cultura. Isto não nega, de modo algum, a inspiração da Bíblia; antes confirma o caráter histórico da revelação bíblica...” Visto que a Bíblia é um documento histórico e a igreja é um movimento histórico, a exegese histórica é importante tanto para compreender a mensagem bíblica como para determinar seu significado na atualidade. Questões de data, autoria, antecedentes e circunstâncias são essenciais à tarefa de preparar sermões bíblicos. ―Quanto mais conhecermos as condições políticoreligiosas e sócio-econômicas sob as quais foi escrito certo documento, tanto melhor poderemos compreender a mensagem do autor e aplicá-la de acordo com isso.‖ [38] - PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA "O ministro também deve compreender e explicar um texto teologicamente. Não somente deve estar inteirado do que esse texto está dizendo em primeiro plano, mas também da teologia que elucida o texto."[39] Isto significa que o pregador deve conhecer as tradições, a filosofia, a maneira de pensar, a ―cosmovisão‖,[40] ou seja, as idéias acerca de Deus e da religião na época em que aquela mensagem foi escrita. A APLICAÇÃO DA MENSAGEM BÍBLICA "... A mensagem do texto precisa ser traduzida para a linguagem da congregação e apresentada de tal maneira que se veja claramente que corresponde a situação contemporânea. Para realizar isto, o ministro precisa ser versado não só nas Escrituras, mas também nas ciências sociais, especialmente as que têm que ver com a conduta humana...‖ É importante que o ministro esteja ciente das questões contemporâneas e de seu impacto sobre o pensamento, as emoções e a conduta da Igreja... Um ministro pode fazer esmerada exegese de um texto bíblico e diminuir, no entanto, a significação de seu estudo fazendo observações superficiais sobre a vida contemporânea. ―A igreja necessita de penetrantes análises e críticas do mundo de hoje em dia.‖ [41]
37 - ELIENAI CABRAL. OB . CIT . P . 75 38 - IDEM 39 - GONÇALVES, J ÉSUS S ILVA. O P ÚLPITO CRIATIVO. 3 ED . R IO DE J ANEIRO : JUERP, 1994. PP . 24 E 27 40 - COSMOVISÃO - É UMA MANEIRA DE VER O MUNDO ! ELA É A INTERPRETAÇÃO QUE FAZEMOS DA REALIDADE DERRADEIRA. É O SISTEMA DE PRESSUPOSTOS QUE USAMOS PARA ORGANIZAR E INTERPRETAR NOSSA EXPERIÊNCIA DA VIDA . É LITERALMENTE NOSSA VISÃO DO COSMOS . S EGUNDO J AMES S IRE (T HE U NIVERSE N EXT D OOR , IVP) “UMA COSMOVISÃO É UM CONJUNTO DE PRESSUPOSIÇÕES ( PRESSUPOSTOS QUE PODEM SER VERDADEIROS , VERDADEIROS EM PARTE, OU TOTALMENTE FALSOS ) QUE NÓS ABRAÇAMOS ( CONSCIENTEMENTE OU NÃO , CONSISTENTEMENTE OU NÃO ) ACERCA DA COMPOSIÇÃO BÁSICA DO NOSSO MUNDO .” T EOLOGIA S ISTEMÁTICA - FRANKLIN E MYATT , A LAN M YATT, P H.D., F RANKLIN F ERREIRA, T H.M. 41 - P EDRO B LOCH. OB . CI T. P . 13
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II A APRESENTAÇÃO DO SERMÃO ―Em que deve o pregador basear-se para pregar? Em manuscritos? Notas? Em nada?‖ Ao prepararmos e apresentarmos o sermão, normalmente pensamos em quatro opções: 1. IMPROVISO Nenhum preparo específico; 2. EXTEMPORÂNEO Idéias preparadas; 3. MANUSCRITO Pensamentos e palavras preparados; 4. MEMORIZAÇÃO Pensamentos e palavras preparados e decorados. Uma vez que os números um e quatro são extremos e raramente usados, concentrar-nos-emos nos outros dois métodos. Na maioria dos casos, a pregação manuscrita força o pregador a fazer um preparo mais completo e preciso. Aqueles que escreveram seus sermões antecipadamente, podem analisá-los com mais exatidão antes de usá-los. Uma vez que os pregadores extemporâneos não selecionam suas palavras com antecedência - selecionando apenas as idéias - eles poupam grande quantidade de tempo na preparação do sermão... A pregação extemporânea, contudo, em geral é pregação mais relacional do que manuscrita. Henry Ward Beecher dizia que um sermão escrito estende uma mão revestida de luva para as pessoas; sermão não escrito estende uma palma de mão incandescente. Uma luva pode ser mais perfeita do que a mão cicatrizada e calosa, mas não é tão calorosa nem tão sensível. Ler os sermões limita o contato dos olhos do pregador com o auditório. Como afirmava Phillips Brooks, a pregação é a verdade através da personalidade. Ora, os olhos transmitem a personalidade. Assim, qualquer coisa que interfira com o contato dos olhos do pregador, impede que a personalidade seja bem sucedida, e interfere com a pregação. A maioria dos homiléticos concorda em que a maneira ideal de pregar um sermão é fazer primeiro um manuscrito, e depois preparar um esboço — quer o pregador use esse esboço no púlpito ou o decore... Muitos pregadores levam um manuscrito ao púlpito, mas lêem apenas partes dele, pregando o restante dele de improviso. Por exemplo, as ilustrações e o apelo não se prestam bem para a elocução manuscrita e provavelmente devam ser pregados de improviso... Nenhum método isolado serve para todos. E, obviamente, tanto a pregação manuscrita como a improvisada, porém, ambas possuem vantagens e desvantagens significativas... ―Descubra o que fica melhor para você...‖ [42] PRINCÍPIOS DE HOMILÉTICA A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO ―Tanto a preparação quanto a exposição são enriquecidas com o grau de conhecimento do pregador, no entanto, os conhecimentos não são a principal razão de um sermão, mas são o esqueleto que lhe dá forma.[43] O pregador não precisa deixar de ser espiritual pelo fato de enriquecer seus sermões com conhecimentos gerais. Se o sermão estiver cheio da graça de Deus, então os conhecimentos nele inseridos resultarão em benções. 42 - I DEM . P . 33 43 - V EJA A PÁGINA 70 DESTA APOSTILA PARA TER UMA VISÃO MAIS AMPLA DO TERMO “ ESQUELETO OU ESTRUTURA”.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II A homilética apresenta as regras técnicas, e ensina como o pregador pode tirar proveito dos conhecimentos, ordenando os pensamentos e dosando-os com a graça divina. Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério da Palavra...‖[44] ―O que se vai dizer é resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e desejamos transmitir...‖. Cultura é aquilo que a gente sabe, resultado de nossa vivência, da sedimentação do que somos, sabemos, das influências que sofremos e de tudo que realmente nos estruturou. Ser um homem culto em nossos dias, isto é, capaz de pensamento original e ter digerido as informações do mundo em que vivemos, é uma equação diferente da que se apresentava no passado. ―Pouco a pouco a ―explicação‖ do mundo foi, cada vez mais, passando para a área científica...‖[45]. Por isso o importante é manter os "pés no chão". Para falar de um tema qualquer é preciso dominar o assunto, a ponto de torná-lo de uma simplicidade quase alarmante e dar a impressão ao auditório de que o estamos desvendando juntos, realizando uma agradável excursão intelectual ou humana, participando os dois, nós e o ouvinte, do que vai surgir. O que vale mais é a gente ser a gente mesmo."[46] Assim, a primeira e grande obrigação do pregador é a LEITURA, constante, sistemática dos assuntos que ele aborda em suas prédicas e de cultura geral. A HOMILÉTICA FUNDAMENTAL ORIGEM, SIGNIFICADO E TAREFA DA HOMILÉTICA O convívio social, que levou o homem a inventar a palavra e a frase, produziu também a conversa[47] ou a conversação, isto é, a troca de palavras. A conversa é um diálogo[48] entre duas ou mais pessoas. Os gregos davam á conversa o nome de homilia (de onde veio a palavra homilética) e os romanos a chamavam de sermonis (de onde nos veio sermão). Note que homilia e sermonis são simples sinônimos que significam conversa. O termo ―Homilética‖ deriva do substantivo grego Homilia, que significa literalmente ―associação, companhia‖, e do verbo Homiléo, que significa ―falar, conversar com‖. O Novo Testamento emprega o substantivo homilia em I Cr. 15:33 quando Paulo, provavelmente, cita a comédia do poeta ateniense, Menandro (c. 342 -c. 291 a.C), intitulada Thais.[49] Xenofonte (c. 430-355 a.C.) também usou ―Homilia‖ no sentido de ―companhia‖,[50] ―palestra‖[51] e ―conversação‖[52]. Este verbo ocorre quatro vezes no Novo Testamento e apenas nos escritos de Lucas (Lc 24.14,15; At 20.11; 24.26). Na Septuaginta, ocorre também 4 vezes Pv 5.19 (―saciar ‖, no sentido de proximidade); Pv 15.12 (―chegará‖, no sentido de ―associar-se‖); Pv 23.30 (2 vezes).[53] Na literatura clássica, vemos que Xenofonte (c. 430-355 a.C.), também empregou esta palavra no sentido de ―conversação‖.[54] O termo ―Homilética‖ surgiu durante o iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII, quando as principais disciplinas teológicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmática, apologética e hermenêutica. Na Alemanha Stier propôs o nome Kerictica, derivado do Keryx, que significa ―arauto‖. Skiel sugeriu Haliêutica, derivado de Halieos, que significa ―pescador‖. O termo ―Homilética‖ firmou-se e foi mundialmente aceito para referir-se a disciplina teológica estudada a ciência, a arte e a técnica de analisar, estrutura e entregar a mensagem do Evangelho. 44 - CABRAL, ELIENAI. O PREGADOR EFICAZ , RIO DE JANEIRO: CASA P UBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE D EUS , 1981. P . 23. 45 - BLOCH, P EDRO . V OCÊ QUER FALAR MELHOR ? R IO DE J ANEIRO: B LOCH EDITORES , 1970. 46 - ELIENAI CABRAL, OB . CIT . P . 64 47 - D O LATIM CONVERSATIO. F ORMADA DE CUM , COM + VERSARE , VIRAR. 48 - D O GREGO DIÁ , ATRAVÉS+ LÓGOS , PALAVRA. C OMUNICAÇÃO ATRAVÉS DA PALAVRA. 49 - M ENANDRO, FRAG . P . 62, N ° 218. 50 - X ENOFONTE , DITOS E FEITOS M EMORÁVEIS DE S ÓCRATES, I.2.20. 51 - X ENOFONTE , I BIDEM., I.2.6. 52 - X ENOFONTE , I BIDEM., I.2.15. 53 - ARA NÃO TRADUZ AS OCORRÊNCIAS. 54 - X ENOFONTES E F EITOS MEMORÁVEIS DE SÓCRATES, IV.3.2. P . 147.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Homilética é ciência, quando considerada sob ponto de vista de seus fundamentos teóricos (HISTÓRICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS), ―é arte, quando considerada em seus aspectos estéticos (a beleza do conteúdo e da forma); e é técnica quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino. Ho ppins ―É a ciência que ensina os princípios fundamentais de discurso em público aplicados na proclamação e ensino da verdade divina em reuniões regulares congregados para o culto divino.‖ A Igreja Latina traduziu ―Homilia‖ por sermão, passando, então, as duas palavras, num primeiro momento, a serem empregadas de forma intercambiável. Todavia, posteriormente, elas passaram a designar um tipo de discurso; O Sermão,[55] designava um discurso desenvolvido sobre um tema; A Homilia, pressupunha um método de análise, e a explicação de um parágrafo ou verso da Escritura, que era lido durante os cultos.[56] O uso do termo ―Homilética‖ referindo-se à pregação, data do século XVII, quando foi usado por Baier (1.677) e Krumholf (1.699).[57] O TERMO “HOMILÉTICA‖ tem suas raízes etimológicas em três palavras da cultura grega: HOMILOS = que signif ica “ mu lti dão, turma, assembléia do povo‖ (cf. At 18.17); HOMILIA = que sign ifica associação, companhi a; (cf. 1 Co 15.33); e MOMILÉO = que signif ica fal ar, conversar. (cf. Lc 24.14s.; At 20.11, 24.26). RELAÇÃO DA HOMILÉTICA E OUTRAS DISCIPLINAS Como disciplina teológica, a Homilética pertence à teologia prática. As disciplinas que mais se aproximam da Homilética são a Hermenêutica e a Exegese. Enquanto a Hermenêutica é a ciência, arte e técnica de interpretar corretamente a Palavra de Deus, a Exegese é a ciência, arte e técnica de expor as idéias bíblicas, a Homilética é a ciência, arte e técnica de comunicar o Evangelho. HERMENÊUTICA: Interpreta o texto bíblico á luz de seu contexto; EXEGESE: Expõe um texto bíblico a luz da teologia bíblica; A Homilética depende amplamente da hermenêutica e da exegese. Uma Homilética sem Hermenêutica bíblica é trombeta de som incerto, e uma Homilética sem exegese bíblica é a mera comunicação de uma mensagem humanista. A Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo origina-se, vive e perpetua pela palavra de Deus (Rm. 10.17). Pregar o Evangelho significa despertar, confirmar, estimular, consolidar e aperfeiçoar a fé (Ef. 4:11). Por essa razão, a prédica é a característica marcante do cristianismo. Para o estudante e pregadores da Palavra de Deus a Homilética constitui a coroa da Pregação Ministerial , porque para ela convergem todas as disciplinas teológicas, a fim de originar, vivificar, caracterizar, renovar e perpetuar o cristianismo autêntico. Além de importante, a Homilética é também nobre, ―porque se interessa exclusivamente pelo bem das almas, que são objeto do amor infinito da graça remidora e do poder renovador de Jesus Cristo. Além do mais, a Pregação é o principal meio de difusão do cristianismo, mais poderosa do que a pagina escrita, mais do que a visitação e o aconselhamento, mais importante do que as cerimônias religiosas. 55 - A NOSSA PALAVRA “SERMÃO ”, É A TRANSLITERAÇÃO DO LATIM “SERMO ”, QUE SIGNIFICA , “ CONVERSAÇÃO ”, “ CONVERSA ”, “ MANEIRA DE FALAR”, ETC . 56 - CF . WM. M. TAYLOR, ET . A L. HOMILETICS: I N: P HILIP SCHAFF, ED . R ELIGIOUS ENCYCLOPAEDIA : O R D ICTIONARY OF BIBLICAL, HISTORICAL, D OUTRINAL , AND P RACTICAL T HEOLOGY , V OL . II , P . 1011. H OMILÉTICA: IN: R USSEL N. CHAMPLIN & J OÃO MARQUES BENTES, ENCICLOPÉDIA DE B ÍBLIA, T EOLOGIA E F ILOSOFIA , VOL . II, P . 154. N O D ICIONÁRIO DE ANTÔNIO G ERALDO DA CUNHA, ENCONTRAMOS A SEGUINTE DEFINIÇÃO DE HOMILIA: “S ERMÃO QUE TEM POR OBJETO EXPLICAR ASSUNTOSDOUTRINÁRIOS .” (D ICIONÁRIO ETIMOLÓGICO NOVA F RONTEIRA DA LÍNGUA P ORTUGUESA , P . 415). 57 - CF . WM. M. TAYLOR, ET . A L. HOMILETICS: I N: P HILIP SCHAFF, ED . R ELIGIOUS ENCYCLOPAEDIA : O R D ICTIONARY OF BIBLICAL, HISTORICAL, D OUTRINAL , AND P RACTICAL T HEOLOGY , V OL . II, P . 1011 B.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ―È uma necessidade sobrenatural, convence a mente, aviva a imaginação, move os sentimentos, impulsiona poderosamente a vontade‖. Mas, a Pregação depende do Espírito Santo, é instrumento divino; portanto não é resultado da sabedoria humana, não descansa na eloqüência, não é escrava da Homilética. A HOMILÉTICA E SUA ORIGEM[58] Homilética: Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades da oratória. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público. O dicionário Silveira Bueno define a homilética como: Explicações religiosas para o povo. Termo derivado do grego omiletiké, que de forma bem simples, significa: a arte de pregar sermões religiosos em estilo familiar . A contribuição que a homilética nos dá para a pregação do evangelho é de grande valor, entretanto, muitos desconhecem sua origem. O Pastor Valter Basto, em seu Livro “Pequeno Manual de Homilética”, define que tudo teve início mais ou menos no século V (cinco) antes de Cristo, quando os gregos criaram a retórica, (um conjunto de regras relativas a eloqüência). Iniciada por Córax e posteriormente aperfeiçoada por Sócrates, sua meta central era aperfeiçoar o discurso. Com a dominação romana em todo mundo, muitos anos antes e depois de Cristo, as três cultura que se destacavam eram: a judaica (religiosa), a romana (política) e a grega (cultural). Com isso, os romanos foram grandemente influenciados pela cultura grega, daí nasceu a oratória. Apesar destas considerações, devemos saber que a pregação não deve ser apenas ―mecânica‖, com discursos floridos e linguagem erudita, mas com uma forte convicção, baseada nas experiências pessoais que, aliás, dá mais peso ao sermão, com a unção proveniente de um coração inflamado pelo Espírito Santo, e apaixonado pelas almas perdidas. No entanto, podemos unir o útil ao agradável, isto é; os conhecimentos adquiridos através da homilética, somados a uma vida de oração e meditação da palavra de Deus. Os resultados serão satisfatórios, e o Reino de Deus em nossas vidas será ainda melhor. Podemos então, definir que o objetivo da homilética, de uma forma geral, é a conversão, a comunhão, a motivação e a santificação para vida cristã. ―Antes, Crescei na Graça e no Conhecimento...‖ (II Pedro 3:18). PRINCIPAIS NOMES QUE A BÍBLIA DÁ AOS PREGADORES. SERVO.“ Sabendo que recebereis do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo o Senhor que servis” (Colossenses 3. 24). O servo não tem domínio próprio; faz o que quer o seu Senhor, dele se requer obediência, interesse e atividade. SEMEADOR.“E falou-lhes de muitas coisas por meio de parábolas, dizendo: Certo
semeador saiu a semear ” (Mateus 13. 3). Em bons ou em maus dias, deve-se semear. ―Pela manhã semeai a semente, e pela tarde não retires a tua mão, pois não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas igualmente serão boas” (Ec. 11. 6). TESTEMUNHA.“Mais recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis
minhas testemunhas...” (Atos 1. 8). A testemunha é chamada para depor, e o depoimento fiel é aceito. PESCADOR.“Disse-lhe Jesus: Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”
(Mateus 4.19). O pescador tem que ser prudente, deve conhecer a isca que mais agrada o peixe, deve ser sensível à ordem do mestre, e obedecer aonde e quando Ele nos mandar lançar a rede (Lucas 5. 4). COOPERADOR. “Pois nós somos cooperadores de Deus; vós sois a lavoura de Deus e
edifício de Deus” (I Coríntios 3.9). A palavra empregada neste versículo ―cooperadores‖, nos dá uma idéia da nossa responsabilidade, ou de como é importante nossa missão. 58 - V ER PÁGINA 19 DESTA APOSTILA PARA MAIOR ENTENDIMENTO DO TERMO “H OMILÉTICA”.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II EMBAIXADOR. “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por
nós rogasse...” (II Coríntios 5:20). O embaixador representa a Pátria e luta pelo interesse de seu País. Obs: Será que os pregadores da atualidade têm isso em mente ou passam ao povo mais suas personalidades do que a do País que eles representam, — O Céu. ATALAIA.“... te constituí por atalaia sobre Israel; tu pois, ouvirás a palavra da minha
boca, e lhe darás aviso da minha parte” (Ezequiel 33. 7). O atalaia acima de qualquer outra qualidade deve ser vigilante, deve ter cuidado na transmissão do aviso. Isso implica na exclusão de qualquer outro material a não ser a Bíblia Sagrada, o atalaia deve transmitir as Verdades Bíblicas. O PREGADOR E SUA PREGAÇÃO Ser chamado para o ministério da pregação não significa simplesmente fazer discursos e sermões. Pregador é ser o representante legal de Deus na terra (I Co1.21; Is 52.7). Quando olhamos para a Bíblia, vemos que seu conceito sobre pregação é: um anúncio, uma proclamação de boas novas reveladas pelo Espírito Santo. Pregar o evangelho é falar no lugar de Deus. Disse Jesus: ―Eu vos envio como o Pai me enviou‖. Outro fato preponderante na pregação é a vida do pregador . O ministério da palavra não é tão simples como muitos podem pensar, porque o sucesso da pregação está associado à vida de quem prega. A um ditado que diz: “Viver pregando e pregar vivendo”. Todo pregador deveria ter isto em mente: “ A
minha vida fala mais alto do que a minha própria voz ”.
Com certeza isto é o centro da questão e é o sucesso do grande pregador. A autoridade do pregador está no viver aquilo que prega. Antes de ministrar uma mensagem aos outros, a palavra precisa ter produzido efeito no coração do pregador, se isso não acontecer o pregador estará passando ao povo uma comida que ele não experimentou. E se assim for, ele estará agindo com falsidade e hipocrisia. Devemos ter isso em mente, não fomos chamados para ser falsos ou hipócritas, fomos chamados para sermos verdadeiros, autênticos. Certo pregador, ao ministrar em uma Igreja sobre o amor e a harmonia do lar, foi surpreendido pelo próprio filho. Ao perceber que suas palavras não correspondiam com a realidade disse: ―Mãe vamos vir morar aqui na igreja, aqui o pai é tão bonzinho‖. ―Os que ministram a poderosa Palavra de Deus, devem pregar no púlpito o que se vive fora dele‖. [59] VEJAMOS OS SETE TIPOS DE SERMÕES: [60] ESPÉCIES DE SERMÕES SERMÃO: Um discurso religioso formal, baseado na Palavra de Deus, e que tem por objetivo salvar os homens. A homilética classifica os sermões basicamente em: TEXTUAL, TÓPICO, SIMBÓLICO, EXPOSITIVO, BIOGRÁFICO, ANALÍTICO E ANALÓGICO. [61] Entretanto cada um apresenta, entre si diferenças e particularidades, uns relativamente fáceis de elaborar, outros, porém, mais difíceis e que requer um preparo mais criterioso. 59 - CARLOS A NTONIO S ANTOS DE NOVAIS , T EÓLOGO E PROFESSOR DE DIVERSAS MATÉRIAS TEOLÓGICAS NO IETEV, ITCEU, ETES, CFTC, ITQ E ETEMISA. 60 - O “C AJADO D O P ASTOR”, D A W ORLD M AP . P REPARE U M S ERMÃO - S EÇÃO D13 - P ÁG . 155, E DIÇÃO EM P ORTUGUÊS , 1998 61 - O S TIPOS DE S ERMÕES “ A NALÍTICO = R ELATIVO A ANÁLISE, QUE PROCEDE POR ANÁLISE E A NALÓGICO = S EMELHANÇA ENTRE DUAS COISAS DIFERENTES POUCOS USADOS , QUE ACHAMOS INTERESSANTES NÃO DESCREVÊ - LOS NESTA APOSTILA .
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E QUE SEJA COMPARÁVEL ” SÃO
APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II 1. TEXTUAL É conhecido como sermão textual, aquele cuja apresentação gira em torno do texto, independente do tópico ou assunto escolhido, suas divisões e subdivisão obviamente derivam do texto. Enquanto o sermão tópico se apóia num tema extraído de um texto, o sermão textual concentra-se num versículo, e suas divisões e subdivisões são enriquecidas de comentários que tem por base o texto. O sermão textual é muito recomendado para preleções evangelísticas, pois é atrativo, tendo em vista que os ouvintes, geralmente de pouca cultura bíblica, terão a atenção voltada para um assunto específico, lembre-se que, aqui a estrutura e/ou divisões do sermão são tiradas do texto bíblico escolhido. Consiste em selecionar alguns versículos, um versículo, ou mesmo uma parte de um versículo como texto. O mais comum é o pregador usar a divisão natural do texto, onde a distinção das idéias está no texto e apenas deve ser posta em destaque. Este tipo de divisão permite ao pregador usar as próprias palavras do texto. Exemplo, I Cor. 13:13 apresenta três divisões naturais, cujo tema tirado do texto, fica a critério do pregador. Outra divisão que pode ser usada é a textual analítica. Este tipo de divisão baseia-se em perguntas: Quem? Que? Quando? Por que? Como? e, Onde? O tema do sermão textual analítico é tirado da idéia geral do texto. Exemplo: Lucas 19: 1-10: A) foi uma visita inesperada; B) foi uma visita transformadora; C) foi uma visita salvadora. VANTAGENS DO SERMÃO TEXTUAL: É profundamente bíblico; Exige do pregador conhecimento profundo das Escrituras; Obriga o pregador estudar constantemente a Bíblia; É o que mais se prega ao doutrinamento dos crentes; .É o que mais se adapta ao pregador de cultura mediana, mas de vasto conhecimento das Escrituras e de alguns tratados de teologia; É muito apreciado pelo povo. 2. TÓPICO Sermão tópico ou temático é aquele que, sua explanação geral gira em torno do tema. Mesmo apoiando-se num texto, sua mensagem não depende do texto, mas do assunto escolhido pelo pregador. Em outras palavras, a argumentação com suas divisões discorrem sempre para o mesmo assunto. Quando baseamos a mensagem num tópico ou tema criado através de uma frase ou palavra, e procuramos apoiá-lo com versículos, que concordam entre si, indubitavelmente, o sermão assume um caráter topical ou temático. A divisão deriva-se do tema ou assunto apresentado e é independente do texto bíblico escolhido. No sentido técnico, o sermão tópico é aquele que deve sua estrutura e, sobretudo divisões ao desenvolvimento da verdade que está em volta do tema. ―o pregador pode exercer sua capacidade analítica e imaginativa, para usar diferentes modos de dividir o assunto que deseja apresentar‖. O sermão tópico envolve criatividade e versatilidade da parte do pregador. VANTAGENS DO SERMÃO TÓPICO OU TEMÁTICO: É o de mais fácil divisão. De fato, é mais fácil dividir um texto, visto que este é mais complexo e aquele mais simples. Presta-se melhor a discussão de temas morais, evangelísticos e ocasionais. Exige mais imaginação, vigor intelectual, visto que presta mais ao uso de metáforas e analogias. (Metáfora: significação de uma palavra é substuída por outra com quem tem relação ―Jesus é o pão da vida.‖).
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Analogias: Semelhança, ―Abraão e Isaque, O Pai e o Filho.‖ Exige mais cultura geral e teológica, desde que não esteja limitada a análise do texto. Há o perigo de negligenciar o uso das Escrituras. 3. SIMBÓLICO[62] É a arte de se descobrir e comunicar às verdades que estão escondidas por detrás dos vários protótipos da Bíblia. Um protótipo é uma pessoa, objeto ou evento que são simbolicamente proféticos de alguém ou algo ainda por vir. É semelhante e característico da pessoa ou evento que virá no futuro. Em sua aplicação bíblica, refere-se a um personagem ou evento bíblico que prefigura alguém ou algo futuro. Por exemplo: o cordeiro pascal em Êxodo é um protótipo (símbolo) de Cristo. Todos os detalhes daquele cordeiro pascal falavam profeticamente do papel na Redenção que Cristo teria como ―Cordeiro de Deus‖ que tira o pecado do mundo (Jo1:29). Todos os símbolos proféticos foram cumpridos quando Cristo morreu pelos nossos pecados. Os protótipos bíblicos são muitas vezes mencionados como ―sombras das coisas futuras‖. Estas pessoas e eventos projetam uma sombra no futuro, retratando assim o formato das coisas que hão de vir. Os ―dias santos‖ do Antigo Testamento também eram sombras das coisas futuras (Cl 2:17). Esses dias santos não eram completos em si mesmos. Parte do propósito do cumprimento deles era projetar uma imagem profética das coisas que ainda estavam por vir. Quando Jesus disse em Mateus 11:28 ―Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei‖, fez uma exposição simbólica do descanso sabático, ou seja, não precisamos descansar no dia de sábado literal, mas, certamente sobre Ele mesmo, que é nosso descanso temporal e atemporal.[63] A interpretação e exposição dos protótipos bíblicos é uma tarefa um tanto quanto especializada e requer a habilidade dos que têm maturidade e conhecimento dos vários assuntos bíblicos. Os novatos deveriam evitar a tentativa de pregarem baseados nos protótipos mais profundos, pois as interpretações sem competências podem causar toda espécie de erro infeliz. Um conhecimento profundo e minucioso de toda a Bíblia é essencial para os que tentam explicar o significado dos protótipos. Para se utilizar desse tópico, observam-se primeiro os seguintes princípios: 1 – Use modelos simples – Comece com os modelos mais simples, com deduções bastante óbvias. 2 – Mantenha a interpretação no esboço – Nunca tente interpretar todos os mínimos detalhes do modelo. Mantenha-se no esboço mais geral do protótipo em questão. 3 – Não seja dogmático – Evite ser dogmático no que se refere ao que o tipo ensina. 4 – Esclareça a doutrina – Nunca fundamente a sua posição doutrinária nos ensinamentos dos protótipos, pois eles deveriam ilustrar a doutrina e não iniciá-la. 5 – Seja aberto as correções – Permaneça aberto á correção dos que possuem mais maturidade do que você. 4. EXPOSITIVO Através deste método, tentamos expor ou explanar os significados e as verdades contidos numa determinada passagem bíblica. Procuramos destacar as verdades escondidas nas entrelinhas. Este é um excelente método parta se ensinar o teor completo das verdades bíblicas. 62 - S OBRE A QUESTÃO DE SIMBOLOGIA E SEUS REAIS SIGNIFICADOS , ADQUIRA A APOSTILA DE T IPOLOGIA B ÍBLICA DO IETEV 63 - C OMENTÁRIO DO PROFESSOR E TEÓLOGO CARLOS ANTONIO S ANTOS DE NOVAIS.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II O sermão expositivo é aquele cuja explanação concentra-se em abordar uma passagem. Ele não se prende ao tema, nem se estaciona em parte alguma do texto, mas limita-se em analisar um determinado trecho das escrituras, de modo a extrair dele seu ensino central. Muitos pregadores definem a pregação expositiva nos seguintes termos: ―É a comunicação de um conceito bíblico, derivado e transmitido através de um estudo histórico, gramatical e literal de uma passagem no seu contexto‖. ―O sermão expositivo está diretamente ligado ao sermão textual, com a diferença de que o seu desenvolvimento é feito sob as regras da exegese bíblica, e não abrange um só versículo, mas uma passagem, um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro‖. O sermão expositivo é o que faz a exegese do texto escolhido. É o desenvolvimento de uma verdade contida em uma passagem bíblica. É um método que exige estudo e tempo da parte do predicante na preparação do que vai expor... ―Objetivamente, um sermão expositivo significa colocar fora, mostrar, exibir uma verdade contida num determinado texto das Escrituras.‖ VANTAGENS DO SERMÃO EXPOSITIVO: Presta-se melhor à exposição continua de um livro ou de uma doutrina. É essencialmente bíblico e se distingue pela sua reverencia à verdade sagrada. É o meio natural de induzir o pregado e o povo a estudar a Bíblia. Era o método primitivo de pregação. Potencializa o pregador. É o que se ocupa principalmente da exegese ou exposição completa de um texto ou palavra das Escrituras e com isso, as características do Sermão Expositivo: Unidade. Não é um mero comentário de textos bíblicos, e sim análise pormenorizada e lógica do texto ou trecho sagrado. 5. BIOGRÁFICO ―Biografia‖ é a história da vida de alguém. Portanto, este método envolve o estudo das vidas dos muitos personagens que encontramos na Bíblia. Todas as biografias registradas na Bíblia têm uma grande importância para nós. As vidas de todos os personagens têm algo a nos ensinar. O estudo dos personagens bíblicos é muito fascinante e cativante. Escolha um determinado personagem e leia todas as passagens referentes sobre ele(a) na Bíblia. Faça anotações de todos os pensamentos que lhe vierem á mente. Reúna esses pensamentos em ordem cronológica, ou seja, na ordem em que ocorreram os fatos (isto é muito importante).
Estude o nascimento deste personagem (como se deu tal nascimento? etc) Considere as circunstâncias de sua criação e educação Considere os tratamentos de Deus sobre esta pessoa Se este personagem foi bem-sucedido na vida, o que o fez bem-sucedido? Se a vida dele acabou em fracasso, onde foi que ele errou? O que podemos aprender com a vida dele?
Tudo isto são coisas interessantes e mui informativas que podemos aprender através das preciosas vidas dos homens e mulheres que encontramos por toda a Bíblia.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II OS MAIS VARIADOS TIPOS DE PREGADORES E SEUS PÚBLICOS-ALVO[64] Por Ciro Sanches Zibordi
(...) PREGADOR HUMORISTA. Diverte muito o seu público-alvo. Tem habilidade para contar fatos anedóticos (ou piadas mesmo) e fazer imitações. Ele é como o famoso humorista do gênero stand-up comedy Chris Rock (que aparece no site mencionado no rodapé).[65] De vez em quando cita versículos. Mas os seus admiradores não estão interessados em ouvir citações bíblicas. Isso, para eles, é secundário. PREGADOR “DE VIGÍLIA”. Também é conhecido como pregador do reteté. Aparenta ter muita espiritualidade, mas em geral não gosta da Bíblia, principalmente por causa de 1 Coríntios 14, especialmente os versículos 37 e 40: ―Se alguém cuida ser espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor... façase tudo decentemente e com ordem‖. Quando ele vê alguém manejando bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), considera-o frio e sem unção. Ignora que o expoente que agrada a Deus precisa crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18; Jo 1.14; Mt 22.29). Seu público parece embriagado e é capaz de fazer tudo o que ele mandar. PREGADOR “DE CONGRESSO”. Entre aspas porque existe o pregador de congresso que faz jus ao título. Mas o pregador ―de congresso‖ (note: entre aspas) anda de mãos dadas com o pregador ―de vigília‖, mas é mais famoso. Segundo os admiradores dessa modalidade, trata-se do pregador que tem presença de palco e muita ―unção‖. Também conhecido como pregador malabarista ou animador de auditórios, fica o tempo todo mandando o seu público repetir isso e aquilo, apertar a mão do irmão ao lado, beliscá-lo... Se for preciso, gira o paletó sobre a cabeça, joga-o no chão, esgoela-se, sopra o microfone, emite sons de metralhadora, faz gestos que lembram golpes de artes marciais... Exposição bíblica que é bom... quase nada! PREGADOR “DE CONGRESSO” AGRESSIVO. É aquele que tem as mesmas características do pregador acima, mas com uma ―qualidade‖ a mais. Quando percebe que há no púlpito alguém que não repete os seus bordões, passa a atacá-lo indiretamente. Suas principais provocações são: ―Tem obreiro com cara de delegado‖, ―Hoje a sua máscara vai cair, fariseu‖, ―Você tem cara amarrada, mas você é minoria‖. Estas frases levam o seu fanático público ao delírio, e ele se satisfaz em humilhar as pessoas que não concordam com a sua postura espalhafatosa. PREGADOR POPSTAR. Seu pregador-modelo é o show-man Benny Hinn, e não o Senhor Jesus. É um tipo de pregador admirado por milhares de pessoas. Já superou o pregador de congresso. É um verdadeiro artista. Veste-se como um astro; sua roupa é reluzente. Ele, em si, chama mais a atenção que a sua pregação. É hábil em fazer o seu público a abrir a carteira. Seus admiradores, verdadeiros fãs, são capazes de dar a vida pelo seu pregador-ídolo. Eles não se importam com as heresias e modismos dele. Trata-se de um público que supervaloriza o carisma, em detrimento do caráter.
64 - C IRO SANCHES ZIBORDI NASCEU EM S ÃO P AULO, CAPITAL, EM 16 DE MARÇO DE 1970. FILHO DE C ÉLIA A NTONIA S ANCHES ZIBORDI E R ENATO Z IBORDI , SERVOS DO S ENHOR J ESUS . CASADO COM L UCIANA, TEM UMA FILHA , J ÚLIA. E NTREGOU A SUA VIDA AO S ENHOR J ESUS — APESAR DE TER NASCIDO EM UM LAR EVANGÉLICO — EM 1985, NA A SSEMBLEIA DE D EUS DE V ILA M ÍRIAM, EM P IRITUBA, S ÃO P AULO-SP. EM SETEMBRO DE 1987 FOI BATIZADO NAS ÁGUAS, NA A SSEMBLEIA DE D EUS DO B ELENZINHO , S ÃO P AULO-SP. NESSA MESMA ÉPOCA FOI BATIZADO COM O ESPÍRITO S ANTO. 65 - WWW . CIROZIBORDI .BLOGSPOT .COM /2009/01/OS -MAIS-VARIADOS - TIPOS-DE - PREGADORES
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II PREGADOR MILAGREIRO. Também tem como paradigma Benny Hinn, mas consegue superar o seu ídolo. Sua exegese é sofrível. Baseia-se, por exemplo, em 1 Coríntios 1.25, para pregar sobre ―a unção da loucura de Deus‖. Cativa e domina o seu público, que, aliás, não está interessado em ouvir uma exposição bíblica. O que mais deseja é ver sinais, como pessoas lançadas ao chão supostamente pelo poder de Deus e fenômenos controversos. Em geral, o pregador milagreiro, além de ilusionista e ―poderoso‖ (Dt 13.1-4), é aético e sem educação. Mesmo assim, ainda que xingue ou ameace os que se opõem às suas sandices e invencionices, o seu público é fiel e sempre diz ―aleluia‖. PREGADOR CONTADOR DE HISTÓRIAS. Conta histórias como ninguém, mas não respeita as narrativas bíblicas, acrescentando-lhes pormenores que comprometem a sã doutrina. Costuma contextualizar o texto sagrado ao extremo. Ouvi certa vez um famoso pregador dizendo: ―Absalão, com os seus longos cabelos, montou na sua motoca e vruuum...‖ Seu público — diferentemente dos bereanos, que examinavam ―cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim‖ (At 17.11) — recebe de bom grado histórias extra bíblicas e anti bíblicas. PREGADOR CANTANTE. Indeciso quanto à sua chamada. Costuma cantar dois ou três hinos (hinos?) antes da pregação e outro no meio dela. Ao final, canta mais um. Seu público gosta dessa ―versatilidade‖ e comemora: ―Esse irmão é uma bênção! Prega e canta‖. Na verdade, ele não faz nenhuma das duas coisas bem. PREGADOR “MASSAGISTA”. É hábil em dizer palavras que massageiam os egos e agradam os ouvidos (2 Tm 4.1-5). Procura agradar a todos porque a sua principal motivação é o dinheiro. Ele não tem outra mensagem, a não ser ―vitória‖, principalmente a financeira. Talvez seja o tipo de pregador com maior público, ao lado dos pregadores humorista, popstar e milagreiro. PREGADOR SEM GRAÇA. É aquele que não tem a graça de Deus (At 4.33). Sua pregação tem bastante conteúdo, mas é como uma espada: comprida e chata (maçante, enfadonha). Mas até esse tipo de pregador tem o seu público, formado pelos irmãos que gostam de dormir ou conversar durante a pregação. PREGADOR CHAMADO POR DEUS (1 Tm 2.7). Prega a Palavra de Deus com verdade. Estuda a Bíblia diariamente. Ora, Jejua. É verdadeiramente espiritual. Tem compromisso com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus. Seu paradigma é o Senhor Jesus Cristo, o maior pregador que já andou na terra. Ele não prega para agradar ou agredir pessoas, e sim para cumprir o seu chamado. Seu público — que não é a maioria, posto que são poucos os fiéis (Sl 12.1; 101.6) — sabe que ele é um profeta de Deus. Esse tipo de pregador está em falta em nossos dias, mas não chama muito a atenção das agências de pregadores. Á bem da verdade, estas também sabem que nunca poderão contar com ele... Qual é a sua modalidade preferida, prezado leitor? (estudante) Você pertence a qual público? E você, pregador, qual dos perfis apresentados mais lhe agrada? Não se esqueça, Deus quer usar você... Portanto, não imite outros pregadores, pois Deus já os usa e Ele (Deus) não quer usar você neles e nem eles em você. Deus usa personalidades únicas (seres individuais).[66] 66 - P R. C ARLOS A NTONIO SANTOS DE NOVAIS
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II HOMILÉTICA FORMAL - O SERMÃO E SUA ESTRUTURA A Homilética Formal estuda a estrutura do sermão, as três formas principais para elaborar sermões, a maneira de apresentar o sermão, as formas alternativas de pregação. E avaliação do sermão. Classificamos pelo menos três partes essenciais que formam a estrutura de um sermão. Vejamos:
INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO OU CORPO E CONCLUSÃO. ―A estrutura, propriamente dita, é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para orientar o pregador na apresentação da mensagem‖. Um sermão precisa ter: unidade, ordem e progressão. Precisa ter começo, meio e fim. Na formação de um sermão, essas três palavras que destacamos são fundamentais. Vamos estudar as particularidades de cada uma. A INTRODUÇÃO (COMEÇO). A introdução é a parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador e o auditório. Normalmente, a introdução é a última parte a ser feita na preparação do sermão. Tendo uma idéia geral do sermão, devidamente estruturada, pode-se então preparar eficazmente a introdução. A introdução deve conter outros aspectos não técnicos. São aspectos psicológicos. Para começar um sermão, o pregador deve saber discernir o tipo de auditório a qual falará. Deve desenvolver a habilidade de preparar o seu auditório espiritual e psicologicamente, para ouvir o sermão que irá apresentar. Em outras palavras, a introdução de um sermão deve fazer com que os ouvintes sintam boa disposição para escutar o pregador; deve fazer com que lhe prestem atenção, e que fiquem desejosos de receber a mensagem que o predicante deseja apresentar. Alguém disse: ―O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro‖. A introdução é tão importante quanto à decolagem de um avião que, deve ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação. UMA BOA INTRODUÇÃO DEVE SER: Breve (não deve, jamais ultrapassar 5 minutos).
Apropriada,
de acordo com o tema do sermão (Exemplo: Fazer uma introdução sobre fé, depois se pregar sobre amor, isso é ridículo...). Interessante (ou seja, deve despertar o interesse dos ouvintes).
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
Simples. Sem prometer muito (do tipo: -“Hoje vocês vão ver o que vai acontecer aqui”, ou ―Se segura ai no seu banco irmão”, quando o resultado não é o que o povo esperava, a decepção dos ouvintes é notória e a frustração do próprio pregador é percebida. O melhor é não prometer, pois o que acontecer o povo recebera com alegria). Outras coisas a evitar na introdução são: pedir desculpas, contar piadas, fazer uma alto – apresentação (Exemplo: - Irmãos o pastor esqueceu de dizer que eu sou ―Isso ou Aquilo‖). O DESENVOLVIMENTO DO SERMÃO (MEIO) E A ILUSTRAÇÃO DESENVOLVIMENTO Dentro da estrutura do sermão, o desenvolvimento é a parte principal. Ele é também chamado de esqueleto do sermão, que deverá ser recheado com comentários apropriados nas divisões pertinentes ao tema. A manutenção da seqüência lógica do sermão, especialmente na passagem da introdução para o corpo (desenvolvimento), depende principalmente de uma coisa, a saber: uma ordem própria nas divisões e transições fáceis de um pensamento para outro. Por outro, lado é bom lembrar que as divisões devem obedecer a uma ordem ascendente, no sentido de um movimento progressivo durante o sermão. A ILUSTRAÇÃO. O material ilustrativo é muito útil para auxiliar na compreensão das Escrituras, serve para fortalecer o argumento, é utilizada para comover os sentimentos. Serve também, para proporcionar o descanso mental dos ouvintes, evitando que a congregação se canse ao tentar entender o que o pregador está querendo dizer. A ilustração é para o sermão, o que são as janelas para uma casa. O objetivo principal da ilustração é facilitar a compreensão do assunto ou mensagem. As melhores ilustrações são aquelas em que as experiências pessoais do pregador se relacionam com as experiências dos ouvintes. Pode ser um testemunho, um caso ocorrido, etc. QUAIS OS MOTIVOS PARA USAR ILUSTRAÇÕES? • Por causa do interesse humano (todos gostam de ouvir algo novo e interessante). • Clareza (como já dissemos, serve para aclarar a mente dos irmãos). • Beleza (quando a ilustração traz algo especial, a vibração da platéia é imediata). • Complementação: o pregador, ao perceber que o povo ficou embaraçado em determinado ponto da mensagem, traz ao povo algo semelhante ao que ele está dizendo e assim tira todas as dúvidas. Jesus usou muitas ilustrações em seu Ministério, ilustrações que conhecemos como parábolas. Todos precisam compreender a mensagem, desde o mais simples ouvinte até o mais intelectual. Ao pregador, as idéias que transmite lhe parecem claras; entretanto quando vai expô-las, pode não esclarecer bem, ser muito confuso, e por não usar boas ilustrações, ser muito sucinto. Há uma história que nos mostra esta verdade, muito bem. ―Um dia, o pai foi passear com o filho. Era primavera e os jardins das casas estavam repletos de flores. Então, o pai comentou: Veja, meu filho, que lindas flores! E o menino retrucou: Que flores, papai? – Olhe ali estão elas, nos jardins das casas. – Mas não estou vendo papai. De fato, havia um muro de mais ou menos um metro de altura que impedia a visão da criança, mas permitia a do pai. ―Então o pai o pegou nos braços e lhes mostrou as belas flores‖.[67] Isso não é difícil acontecer quando, se prega uma mensagem. Muitas vezes, os ouvintes não estão à altura do que está sendo transmitido. Neste caso há uma coisa só a fazer, deve-se levar a congregação ao nível da mensagem. Isso é que chamamos de ilustração. São janelas que auxiliam na compreensão das idéias do sermão.
67 - P R . T ÁCITO DA G AMA LEITE
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Obs: A ilustração nunca deve ser a parte principal do sermão. É tão somente uma janela. Esta nunca é mais importante do que a casa. A CONCLUSÃO (FIM) A conclusão serve como recapitulação do que se foi pregado com uma aplicação final. As emoções devem atingir o ponto mais alto na conclusão. Finalizar uma mensagem sem alcançar este ―clímax‖ faz parecer que foi mal preparada. Por definição a conclusão serve para: recapitular, aplicar, demonstrar, persuadir. Nela idealmente, deve conter três partes essenciais: • Frases objetivas. • Um breve resumo. A conclusão é basicamente a junção dos fios do sermão. É a concentração dos principais raios do sermão num só ponto. •Um apelo. O apelo é absolutamente indispensável. Ao fazer o apelo, os pronomes se tornam muito importantes. Use o pronome ―nós‖, inclua-se nele. O apelo pode ser feito de muitas maneiras. Nem sempre precisa tomar a forma de um convite que requeira uma resposta visível. Obs: Existem pregadores que fazem uma mistura tão grande, que os ouvintes não sabem quando ele esta começando ou terminando. Isso causa uma confusão na platéia que na maioria das vezes não consegue absorver o conteúdo do sermão. OBJETIVO GERAL DO SERMÃO O objetivo geral é o propósito geral do sermão, a categoria a que ele se encaixa em termos de fim último. O que se pretende com um sermão? Ocupar o espaço no culto? Dar algum material para o povo pensar? Os ouvintes de um pregador ou são salvos ou são perdidos. A quem se destina o sermão? A ênfase no seu conteúdo se para os salvos, se para os perdidos, é o que determina o seu objetivo geral. São seis os objetivos gerais do sermão, conforme Crane.[68] Evangelístico, Doutrinário, Devocional, Consagração, Ética (ou moral) e Alento (pastoral, pois destina-se a crentes e não crentes). 1. SERMÃO EVANGELÍSTICO. Sua finalidade é persuadir os perdidos a aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Infelizmente, os sermões evangelísticos são, hoje, repletos de frases feitas: "Deus te ama", "Você pode morrer esta noite", "Vem agora", etc. No entanto, um sermão evangelístico pode ter um bom conteúdo (O evangelista não necessita de pobreza de idéias no cumprimento de sua missão). Quatro verdades devem se delinear no sermão evangelístico: a) O homem natural está perdido; b) A obra redentora é de Cristo; c) As condições pelas quais o homem se apropria da obra redentora de Cristo; d) A necessidade de uma decisão, se não pública, pelo menos no íntimo. 2. O SERMÃO DOUTRINÁRIO. Sua finalidade é instruir os crentes sobre as grandes verdades da fé e como aplicá-las, portanto, é didático. O dom de ensino era muito difundido no cristianismo nascente. Jesus era intitulado de "Mestre" e os seus seguidores de "discípulos". 68 - CRANE - EL SERMON EFICAZ PG . 57-75 (O S ERMÃO E FICAZ)
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II O sermão doutrinário atende quatro funções na vida da igreja: a) Atende o desejo de aprender que existe na vida do crente; b) Previne contra as heresias; c) Dá embasamento à ação; d) Contribui para o crescimento dos ouvintes e do próprio pregador. 3. O SERMÃO DEVOCIONAL Sua finalidade é desenvolver nos crentes um sentimento de amorosa devoção para com Deus, despertando sentimento de louvor. 4. O SERMÃO DE CONSAGRAÇÃO Sua finalidade é estimular os crentes a dedicarem talentos, tempo, bens, influência, vida, etc, ao serviço de Deus. Estimula a igreja para vocação, abertura de novos trabalhos, ofertas missionárias, etc. 5. O SERMÃO ÉTICO OU MORAL Sua finalidade é orientar os crentes para pautarem suas condutas diárias e relações sociais de acordo com os princípios cristãos. Assuntos que cabem aqui: Matrimônio, adultério, divórcio, justiça social, racismo, dignidade da pessoa. 6. O SERMÃO DE ALENTO (OU PASTORAL) Sua finalidade é fortalecer e alertar os crentes no meio de crises pessoais ou comunitárias. Focalizam o cuidado de Deus para com o seu povo e o livramento que o Senhor opera. REQUISITOS FUNDAMENTAIS AO SERMÃO O sermão antes de ser elaborado deve ter uma estrutura em nossa mente. A estrutura é como uma planta na construção de um edifício. No entanto a estrutura sozinha de nada adianta, é preciso ser preenchida. CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA ESTRUTURA PONTO – Todo sermão deve seguir em torno de uma idéia central a qual serve de tese para ser demonstrada ou como pressuposto que é aceito, não precisando de demonstração. O ponto exerce uma força centrípeta que atrai todos os argumentos para si. Contudo, lembremo-nos sempre de que o texto é que nos conduz não um tema. Esse ponto deve ser deixado claro na mente de nossos ouvintes. Após o sermão, ainda que eles não se lembrem de tudo que falamos, saibam sobre o quê falamos e o quê sustentamos. UNIDADE – A unidade decorrente do texto, consiste na relação estabelecida entre as partes e o todo: Subordinar as idéias secundárias às primárias, apontando sempre para uma meta. Neste processo, precisamos omitir algumas coisas desnecessárias no momento, a fim de ressaltar a verdade focalizada. Assim, pregar não significa dizer tudo que sabemos a respeito do texto ou citar todos os textos da Bíblia que confirme o que estamos dizendo, mas, ordenaras idéias de forma coerente e organizar o material de que dispomos de forma seletiva. Para tanto precisamos de uma proposição específica para a qual o sermão caminha firmemente.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ORDEM – A pregação exige clareza e coordenação a fim de sermos bem compreendidos. A falta de ordem gera obscuridade. A boa ordem exige a ligação entre as idéias a fim de que uma puxe a outra e cada uma delas, pressuponha a anterior. Esta disposição ordenada caminha para um clímax, para o maior impacto, o coroamento da mensagem. PROPORÇÃO – O sermão não deve ter uma ênfase exagerada num determinado argumento em prejuízo dos demais. Cada argumento deve ter o tempo necessário conforme a relevância dele para o seu sermão, a fim que não haja desproporção. MOVIMENTO – O sermão deve ter idéias coordenadas que estão a caminho de uma conclusão: Isto nós chamamos de movimento. Ele tem uma meta definida e nada deverá fazer com que ele se desvie da sua rota. Um sermão é uma tarefa com uma visão de seu objetivo; um sermão sem objetivo é apenas um aglomerado de palavras e conceitos isolados. A vivacidade deste movimento, deste progresso no sermão é de grande importância para manter o auditório atento. FIDELIDADE TEXTUAL – O pregador proclama a Palavra de Deus. Para que isto seja feito com fidelidade, é necessária uma interpretação cuidadosa do texto Bíblico, considerando o seu contexto, uma exegese bem feita, a fim de que ensinemos com fidelidade o que o texto diz. Para ser positiva, a pregação deve ser uma explicação da Escritura. Aquele que deseja pregar deve estudar mui atentamente seu texto. Em vez de atenção, seria melhor dizer ―zelo‖, ou seja, esforço de aplicação para descobrir o que se diz neste texto que está aí diante de seus olhos. Para isso é necessário um trabalho exegético, científico. A teologia deve estar sempre a este serviço: aprender e ensinar. Enquanto não aprendermos a aprender, não poderemos ser teólogos! O teólogo tem paixão por ensinar, mas a sua paixão primeira e prioritária deve ser a de ouvir a voz de Deus nas Escrituras. O Verbo de Deus nas Escrituras é sempre criador; Deus fala através da Sua Palavra, portanto, o trabalho do teólogo é procurar ouvir a voz de Deus e proclamá-la com fidelidade. ELEMENTO DIDÁTICO – O sermão não é ensaio literário, nem preleção sobre um tema qualquer. O sermão parte da Palavra de Deus, de onde deriva o seu tema e o seu conteúdo, visando sempre ensinar os seus ouvintes e ao mesmo tempo, levá-los a assumir uma posição diante do que ouviram. O ensino é fundamental no sermão. A missão da Igreja é ensinar a Palavra (Mateus 28:19-20). Portanto, a incapacidade de pregar de modo expositivo e didático é indesculpável. Todo sermão é doutrinário; a questão é: a doutrina que pregamos é bíblica? O ensino que transmitimos em nossos sermões deve provir do ensino bíblico. A igreja deve ser estimulada a aprender a Palavra; e o sermão é um meio para isso. Portanto, devemos sempre desafiar os crentes a trazerem consigo seus cérebros para a Igreja. No culto e na pregação não exercitamos apenas nossas emoções; mas, também as nossas mentes, que devem ser iluminadas e instruídas pelo Espírito através da Palavra. [69] ELEMENTOS BÁSICOS DO ORADOR[70] O pregador precisa buscar elementos que façam sua tarefa ter um gosto saboroso. Isso implica trabalho, experiência e continua aprendizagem. Vejamos 3 elementos básicos para o pregador cultivar durante sua vida: ORATÓRIA. Arte de falar em público. Utiliza todos os recursos da linguagem, com o objetivo de provocar um efeito determinado nos ouvintes. 69 - LEIA A A POSTILA DE DIDÁTICA C RISTÃ, DESTE INSTITUTO T EOLÓGICO . 70 - SOBRE A ORATÓRIA, R ETÓRICA E P ERSUASÃO , VER PÁGINAS 15-16 DESTA APOSTILA.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II RETÓRICA. Arte de falar com eloqüência (Atos 18.24 – Apolo): Exprimir-se facilmente. PERSUASÃO. Capacidade ou habilidade de convencer. O PREGADOR E A PREGAÇÃO Pregador; termo latino de pregação que significa proclamar. O pregador é alguém que recebe a mensagem de Deus e a entrega aos homens. E o que trata os homens os interesses de Deus. O pregador é um porta-voz de Deus. Num certo sentido, todo crente é um pregador. Mat. 28:19. O cultivo espiritual deve ocupar o primeiro lugar na vida do pregador, pois a pregação e a devoção são indispensáveis na vida de quem ministra a Palavra. DEUS
JESUS CRISTO Neste triângulo, percebe-se que o pregador recebe de Deus uma mensagem porque está em constante comunicação com o autor das mensagens. Essa mensagem é transmitida aos ouvintes que é conduzido a Jesus Cristo que o salva. PREGADOR
OUVINTES[71]
DEUS
HOMEM PECADOR 1º PREGADOR
2º OUVINTE / COMUNIDADE
71 - E SQUEMA ELABORADO POR CARLOS A NTONIO SANTOS DE N OVAIS , T EÓLOGO E P ROFESSOR DE T EOLOGIA A PARTIR DE MODELO JÁ EXISTENTE.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II No triangulo acima, o pregador dirige-se a Deus para a obtenção de uma mensagem e na pregação, expõe ou proclama a mensagem ao ouvinte ou a sua comunidade evangélica. O ouvinte recebe a mensagem da Palavra de Deus através da comunicação realizada pelo pregador ou por sua própria leitura. Deus por sua vez, é autor, inspirador de Sua Palavra. Entretanto, é bom lembrar que o triangulo só se completa com um núcleo: este âmago é a Palavra do Cristo Crucificado (I Co. 2.2). ―O que o pregador é fala mais alto e claramente do que aquilo o pregador diz.‖ Pregador é alguém que recebe a mensagem de Deus e entrega aos homens. REQUISITOS: O pregador tem que ter experimentado na sua própria vida a obra regeneradora do Espírito Santo. Não basta ter curso de teologia, nem conhecer a oratória, nem saber as regas da Homilética para ser um verdadeiro pregador do Evangelho. È preciso ter nascido de novo (Jo 3:3). Ao pregador é necessário que tenha a chamada de Deus. Ter a chamada de Deus para pregar implica na responsabilidade de ser especial portador de uma mensagem capaz de transformar os seus ouvintes e manter a si próprio puro. O pregador deve ter objetividade. O pregador não deve chamar atenção para si. O objetivo da pregação é Cristo, e o seu desenvolvimento deve ser em torno da pessoa de Cristo, e o resultado deve ser Cristo. A objetividade envolve três aspectos: o alvo, sucesso e o resultado. O pregador deve ter finalidade. O pregador não pode ocultar a mensagem de Deus. Ele tem de transmiti-la ao povo. Seu alvo é o povo, sua mensagem é para o povo. O pregador deve ter EXPERÊNCIA DA MENSAGEM: A mensagem pregada, antes de tudo deve ser sentida e experimentada na vida do pregador. O pregador deve preservar a sua personalidade que analiticamente é o conjunto das qualidades físicas, intelectuais, sociais e espirituais do pregador. A personalidade do pregador deve ser moldada na Palavra de Deus. Deve ter uma influência transformadora nos seus ouvintes. O pregador deve preservar a saúde. A Bíblia afirma que o sacerdote do Velho Testamento tinha de ser fisicamente perfeito. Há três fatores indispensáveis: alimentação adequada, exercício físico, descanso suficiente. O pregador deve preservar sua espiritualidade, ―O seu procedimento é determinado pelo Espírito Santo. A sua mente aberta para receber impressões de Deus mediante a sua Palavra. O seu coração é movido pelos impulsos de Deus. O pregador deve preservar sua intelectualidade. Aquele que prega ou ensina as verdades do Evangelho precisa conhecer, estudar e aprimorar-se no conhecimento daquilo que prega e ensina. DEFINIÇÕES SOBRE PREGAÇÃO ―Pregação: ―Processo único pelo qual, Deus, mediante seu mensageiro escolhido, se introduz na família humana e coloca a pessoa perante si.‖[72] ―Pregador é tomar parte na Palavra de Deus, é tornar -se cooperador de Deus‖.[73] ―Pregação é a manifestação do verbo encarnado, desde o Verbo escrito, pelo Verbo falado.‖[74] ―Pregação é a teologia em chamas, é teologia que extravasa de um homem que está em chamas.‖ [75] ―A mensagem do Senhor precisa provir não de acontecimento correntes, ou literatura em voga, ou tendências prevalecentes de um tipo ou de outro, não de filósofos, políticos, poetas e nem, em ultimo recurso, da própria experiência ou reflexão do pregador.‖ [76] 72 - CHARLES K ALLER 73 - P IERRE M ARCEL 74 - B ERNARDO M ANNING 75 - MARTIYNL EOYD JONES 76 - JOHN KNOK
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II CÍRCULO HOMILÉTICO[77]
Rm 1:16
01º PASSO
ORAÇÃO
02º PASSO
ESCOLHA DO TEXTO
03º PASSO
EXEGESE DO TEXTO
04º PASSO
MEDITAÇÃO NO TEXTO
05º PASSO
APLICAÇÃO DO TEXTO
06º PASSO
ESTRUTURA DA MENSAGEM
07º PASSO
REDAÇÃO DA MENSAGEM
08º PASSO
MEMORIZAÇÃO DA MENSAGEM
09º PASSO
APRESENTAÇÃO DA MENSAGEM
10º PASSO
AVALIAÇÃO DA MENSAGEM
77 - N ESTE CÍRCULO, RECAPITULAMOS TODOS OS PASSOS DO NASCIMENTO DE UMA MENSAGEM , DESDE A FASE INICIAL ATÉ A AVALIAÇÃO, DEPOIS DA ENTREGA DO SERMÃO .
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II AUTOCRÍTICA Fazer autocrítica é criticar-se a si próprio. O pregador do Evangelho precisa saber fazer isso bem: ―Porque se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados‖. I Cor. 11:31. De fato, toda vez que nós nos descuidamos, somos julgados por outrem. E o juízo dos outros é via de regra, sem misericórdia. O pior de não julgarmos a nós mesmos não é o fato de sermos julgados por outrem e sim o fato de darmos mal testemunho de Cristo. Todo pregador dever ser ético com ele mesmo. Jamais diga: ―Os irmãos me perdoem por não ter falado como fulano, da forma correta,...‖, ou ―O que eu não falei o Espírito Santo completa.‖ A PREGAÇÃO NA HISTÓRIA A pregação é a arte de comunicar as verdades divinas através da personalidade humana, onde o Espírito Santo utiliza todos os dons naturais e do conhecimento, para convencer os ouvintes de que são pecadores e que precisam aceitar o Senhor Jesus para serem salvos. Para isso, o pregador precisa conhecer a Homilética, que é uma ciência cuja arte é a pregação e cujo resultado é o sermão.
ĸ ήρυ γμα
PREGAÇÃO, PROCLAMAÇÃO, QUERIGMA A palavra pregação é um verbo como muitos outros e que denota ação sobre aquele que faz alguma coisa, ou seja, quem prega, proclama alguma coisa. Vejamos: Pregação: Ato de ensinar e transmitir uma doutrina religiosa sob a forma de sermões. Existem muitos tipos de pregações e nas mais diversas contextualizes cultural, porém, existe um tipo de pregação que continua sendo aplausível em praticamente todas as culturas; e que é adaptável, por ter vida em Si mesma; estamos falando do Evangelho de Jesus Cristo. Durante milhares de anos, essa pregação tem tido abrangência e aceitação por muitos povos por conta da sua força, graça e novidade infinita. Para que haja uma Pregação é imprescindível a participação de homens e mulheres dispostos a trazer as Boas Novas deixadas por Cristo, por Seus discípulos, apóstolos, diáconos, etc. Deus sempre planejou usar o homem propositadamente. Até porque, o homem foi feito para ser um Arauto, (Proclamador); isso facultou a esse individuo o direito e o dever de Pregar o Evangelho. A verdade é que essa atitude ou responsabilidade, chega a ser mais um privilégio no meio de tantos deixados por Cristo. O Maior Pregador de todos os tempos foi Cristo. ―Eis que estou à porta e bato; ―se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.‖ (Ap 3:20) Ele sempre demonstrou que estava mais disposto a pregar de forma individual às pessoas. A proclamação de Cristo aos homens estava muito ligada ao Evangelismo pessoal pelo fato de ter um contato amoroso com o pecador, que como ovelhas, precisam de cuidados especiais.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ÉTICA NA PREGAÇÃO A ética na pregação resume-se em pregar e viver o que se prega. Trata-se dos princípios básicos que devem nortear a conduta do individuo. Ética é uma ciência que trata da moral, sabendo: A ética ministerial trata-se do alto padrão de conduta, consideração, responsabilidade, respeito e cortesia do ministério da pregação da Palavra de Deus. O tempo e o tema devem estar como centro do aproveitamento do pregador. Fugir dessa realidade pode ser fuga de princípios e falta grave. O respeito e credibilidade aos parceiros no que tange a ética moral. A POSTURA DO SERVO DE DEUS. (ÉTICA NO PÚLPITO) ―A primeira impressão é a que fica, por isso, em meio ao desenvolvimento da reunião, atravessar todo o corredor principal, aquele que será o preletor do encontro, terá toda atenção voltada para si, e que observado é dos pés a cabeça. Seu comportamento, imagem e exemplo são atributos influentes na transmissão da mensagem como um todo. Devemos considerar que, quando existe uma indisposição do ouvinte para com o mensageiro, maior será sua resistência ao conteúdo da mensagem. Agradar a todos é uma missão muito difícil senão impossível, mas o compromisso com transmissão de uma mensagem importante requer uma aproximação maior do ouvinte. Não existe uma forma correta de se apresentar. Esteja de acordo com o local e a ocasião. Nos homens o uso do ―terno e gravata‖ é adequado a quase todos os locais e ocasiões. Como são os membros da igreja que visita? Quais são as características da denominação? Qual é o horário de início e término do culto? Em que bairro se localiza? Observe com atenção estes aspectos errados que devem ser considerados pelo pregador:[78]
Fazer uma Segunda e auto-apresentação; Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo; Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia; Limpar as narinas, coçar-se, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo ou a roupa; Usar roupas extravagantes; Quando possível, evite apertar a mão de todos. (basta um leve aceno) Fazer gestos impróprios; Usar esboços de outros pregadores, principalmente sem fonte; Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar. Não fazer a leitura do texto (Leitura deve ser de pé) Evitar desculpas, você começa derrotado (não confundir com humildade); Chegar atrasado; O pregador não precisa aparecer. Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve considerar as normas doutrinárias, litúrgicas e teológicas da igreja em questão. – Evite abordar questões teológicas muito complexas; – Não peça que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos; – Procure estar dentro dos padrões da denominação; – Procure dar conotações evangelísticas à mensagem; – Respeite o horário (mesmo que seja pouco tempo); Use o poder de síntese. – Converse sempre com o Pastor antes do início do culto. 78 - V EJA PÁGINA 49 PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O TEMA “ ASPE CTOS
ERRAD OS Q UE D EVEM SER C ONS IDER ADOS PELO PREG ADOR ”
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Observação importante. A) Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite. B) Doutrina e mudanças cabem ao pastor da igreja C) Se acredita Ter recebido uma mensagem de Deus dentro desses aspectos: Fale com o Pastor. Fale tudo que foi direcionado por Deus e não acrescente ou diminua. OS PROBLEMAS DA HOMILÉTICA SENHOR!!! C ADÊ A P ALAVR A ?
M AS O C ONSOLADOR , O E SPÍRITO S ANTO , QUE O PAI ENVIARÁ EM MEU NOME , VOS ENSINARÁ TODAS AS COISAS E VOS FARÁ LEMBRAR DE TUDO O QUE VOS TENHO DITO . J OÃO 14:26
A Palavra de Deus afirma que ―a fé vem pela Pregação da Palavra de Deus‖ (Rm. 10:17). Como é possível, então que surjam dificuldades quando a Palavra é proclamada? O problema não está na Palavra em si, porque ―a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.‖ (Hb 4:12). O problema não está na Palavra de Deus, mas em sua proclamação, quando feita por pregadores que não admitem suas imperfeições Homiléticas pessoais! Atualmente, as dificuldades mais comuns da pregação bíblica se encontram nas seguintes áreas abaixo:
FALTA DE PREPARO ADEQUADO DO PREGADOR: Na maioria das vezes, a pregação pobre tem suas raízes na falta de estudo do orador. Muitos julgam ter condições de preparar uma mensagem bíblica em menos de seis horas, sem árduo trabalho exegético. Pensam que basta um esboço de três pontos para edificar a Igreja, ou acham suficientes manipular pessoas a obediência a Cristo. FALTA DE UNIDADE CORPORAL NA PRÉDICA: Os ouvintes do sermão perdem o interesse pelo recado do pregador quando este apresenta uma mensagem que consiste numa mera junção de versículos bíblicos, às vezes até desconexos, pulando de um livro para outro, sem unidade interior, sem um tema organizador. A falta de unidade corporal na prática leva o ouvinte a depreciar até a mais correta exposição da Palavra de Deus. FALTA DE VIVENCIA REAL DO PREGADOR NA FÉ CRSITÃ: O pior que pode acontecer com o pregador do Evangelho é proclamar as verdades libertadoras de Cristo e, ao mesmo tempo, levar uma vida arraigada no pecado e em total desobediência da Palavra de Deus. Por isso, Paulo escreveu ―esmurro o meu corpo e o reduzo a escravidão, para que tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.‖ I Cor. 9:27. Em outras ocasiões, o pregador talvez esteja vivendo em santificação, mas ainda assim, quando suas mensagens são apresentadas de forma muito teórica, empregando termos técnicos, latinos e gregos que o povo comum não entende, elas se tornam enfadonhas. No fim do culto, o rebanho admite que o pregador falou bem e bonito, mas queixará de não ter entendido nada.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II FALTA DE APLICAÇÃO PRATICA ÀS NECESSIDADES EXITENTES NA IGREJA: Muitas mensagens são boas em si mesmo, mas se tornam pobres na prática, na edificação do povo de Deus. Constituem verdadeiros castelos doutrinários, mas não mostram como colocar em prática, de maneira viável, o ensino da Palavra de Deus, negligenciando, por exemplo, oferecer ajuda concreta a um conjunto de pessoas com problemas diferentes. FALTA DE EQUILIBRIO NA SELEÇÃO DOS TEXTOS BIBLICOS: A maior parte das Escrituras foi praticamente abandonada na Pregação eficiente do Evangelho. Mais 95% dos sermões evangélicos do Brasil, baseiam-se no Novo Testamento, em geral, limitam-se a textos de maior conhecimento (Textos Evangélicos), tais como Lc. 19:1-10, Jo 1:1-12, 3:16, 14:16, Rm. 8:28. Prega-se a verdade! O alvo do Apóstolo Paulo era com eles as primeiras gerações da Igreja primitivas, utilizavam quase sempre o Antigo Testamento. Eles baseavam suas mensagens naqueles 39 Livros, que constituem mais de dois terços de nossa Bíblia atual. FALTA DE PRIORIDADE DA MENSAGEM NA LITURGIA: O culto teve inicio pontualmente às 19:30, com um belo programa musical seguido de muitos testemunhos empolgantes, várias orações e diversos avisos. Finalmente às 21:30 h, quando a congregação já estava cansada, o dirigente anunciou: ―vamos agora para a parte mais importante de nosso culto. Com a palavra, nosso pregador, que vai pregar o santo Evangelho.‖ O pregador fica constrangido de pregar 40 minutos pois sabe que ninguém irá agüentar. Característica principal de um culto evangélico é a pregação da Palavra de Deus. Números especiais bem ensaiados, testemunhos autênticos, avisos, tudo isso é útil e necessário, desde que em seu devido lugar. Devemos zelar para que nossos cultos não se tornem festivais de música ou reuniões para avisos, mas sim, encontros com Deus em sua Palavra! Lutero era enfático em afirmar que, onde se prega a Palavra de Deus e são ministrados os batismos e a ceia, é ali que se encontra a verdadeira igreja. FALTA DE UM BOM PLANEJAMENTO MINISTERIAL: O pregador eficiente tem de planejar sua pregação com antecipação. Muitos pregadores falam sem nenhum plano ou propósito. Eles simplesmente decidem, a cada semana, quais os tópicos para o sermão do Domingo seguinte. Algumas vezes, a decisão é feita na sexta-feira ou sábado. A pregação sem um plano de longo alcance produz diversos resultados negativos: O pregado é posto sobre tensão e ansiedade desnecessárias;Muitos pregadores pregam os mesmos sermões domingo após domingo; Eles escolhem um texto novo, mas, no fim o conteúdo é o mesmo do velho sermão.Outras vezes, o pregador tem uma idéia boa para um sermão, mas não dá tempo para que ela se desenvolva;Aqueles que não planejam sua pregação, geralmente cedem à tentação do plágio; PASSOS NO PREPARO DE UM SERMÃO Obter a idéia a se apresentada. Se a idéia não tiver origem nas escrituras, procurar um texto bíblico que fundamente. Decidir sobre o motivo (natureza) da pregação. Englobar o objetivo na conclusão. Começar a reunir todo material que estiver a sua disposição. Deixar tudo encubando por um tempo (Sementeira). Começar a pensar no tópico do sermão. Escrever o sermão de depois revê-lo. Preparar-se para proferir a mensagem de Deus.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ESBOÇO DO SERMÃO Necessidades se ter um esboço: O esboço de um sermão é simplesmente um meio de se organizar em uma seqüência lógica o que se deseja dizer; A mente humana só entende idéias quando estas são apresentadas ordenadamente. ―Ordem é a primeira lei do céu.‖ Vantagens de um esboço: O esboço ajuda o pregador a desenvolver o seu pensamento. O esboço conserva o pregador no curso de seu pensamento. O esboço ajuda o pregador a conservar as partes do sermão numa proporção devida. Possibilita o ouvinte acompanhara linha de pensamento do pregador. TÍTULO A palavra título vem do grego títlos, proveniente ou através do latim titulus. (Jo 19:19) Na homilética, titulo é o nome do sermão, posto em destaque, para ele ser identificado como uma peça literária completa. ESCOLHA DO TEXTO A palavra texto vem do latim textus, tecido (do verbo têxere, trançar, tecer) refere-se a tudo o que está tecido. Na Literatura, texto é tudo o que está escrito. E na homilética, texto é porção bíblica que se toma como base para um sermão. O Texto pode ser apenas uma palavra, uma oração, uma frase ou um período (curto ou longo). A escolha do texto deve ser feita com sabedoria e atitude constante de oração. O pregador deve interpretar o texto usando a hermenêutica. Para o sermão devem ser escolhidos: Textos claros. Textos objetivos. Textos de fácil interpretação. Texto que contenha toda a proposição do sermão.
ESCOLHA DO TEMA A palavra texto vem do grego théma, tecido (do verbo tithemi , ponho, coloco, guardo, deposito) e significa algo que está dentro, guardado, depositado. A palavra latina que a corresponde é assunto (assumptus, tomado, recebido, guardado, depositado). Embora sinônimas, se estabelece, para fins exclusivamente didáticos, uma pequena diferença entre elas. Para nós, tema vai ser apenas o nome do assunto (sobre o qual se fala) ou a síntese do conjunto deles; enquanto que o assunto, propriamente dito, vai ser a argumentação (o que se fala) ou o bloco de argumentos que o pregador pode reunir em favor de sua tese. Homiléticamente, o tema é o assunto da mensagem. É a verdade central do sermão. Na verdade, o tema é o sermão resumido, é a essência daquilo que se vai falar. Vejamos alguns tipos de temas: Tema em forma de pergunta. O que farei para herdar a vida eterna?, Que posso fazer para me salvar?,... Tema em forma de palavra ou frase. Fé. Tema em forma de declaração. A fé de João Batista.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II A FORMAÇÃO DO TEMA. Com certeza o tema é algo que deve ser bem elaborado, pois o mesmo é que despertará o interesse dos ouvintes a receber o sermão por inteiro. Deve ser, acima de tudo, estimulante e despertar a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples e preciso, bem como, oportuno e obedecer ao texto. Resumindo; se o tema de uma mensagem não for atrativo, o pregador terá mais dificuldades em trazer a atenção da platéia para aquilo que está sendo pregado. Atenção: Para se desenvolver um bom tema, o pregador além de ser criativo, precisa ser sintético, (curto e objetivo). Evite temas longos demais, como: As sete voltas do povo de Deus diante das muralhas de Jericó (ao invés de: As sete voltas de Jericó). Pode-se apropriar de uma data comemorativa. Em situações onde o assunto é uma explicação do momento. São mensagens realizadas em virtude de acontecimentos específicos no mundo e na igreja local, ou seja, o tema deve condizer com o que está acontecendo na atualidade, como por exemplo; na política, na religião, no esporte, etc. Dentre outros especiais podemos destacar também: • Datas de casamento • Festas natalinas • Datas de aniversário • Festas de batismo, Consagração, Posse, nascimento e apresentação de bebês. • Cultos dos departamentos (Juventude, irmãs, crianças, etc.). • Cultos fúnebres, etc. O pregador deve ser inteligente e buscar o tema conforme o interesse da massa, principalmente se for uma mensagem evangelística, pois as pessoas não crentes estão diretamente ligadas aos acontecimentos em destaque na mídia. Entretanto se o tema da mensagem vier de encontro com seu pensamento, certamente despertará seu interesse em ouvir o que o pregador tem a dizer. Obs: É bom esclarecer que não somos um eco do que se circula na mídia, mas pregadores do Evangelho de Cristo. O fato de buscarmos um tema da realidade em que vivemos, só servirá como imã para alcançarmos a atenção das pessoas não crentes. O propósito de todos pregadores da Palavra de Deus é transmitir Jesus em suas mensagens. Neste prisma, entendemos que devemos esclarecer, à Luz da Bíblia, fatos de nosso ―dia a dia‖. Se os seus sermões são feitos para transformar vidas, então os títulos que você usa precisam estar relacionados com a vida. Dar um bom tema para um sermão é uma arte que você precisa desenvolver constantemente. Não conheço ninguém que tenha dominado completamente essa arte. Todos têm dado títulos bons e ruins. Como uma capa de livro, ou a primeira linha de uma propaganda, o tema de seu sermão deve prender a atenção daqueles que você deseja influenciar. Títulos que lidam com questões reais, com dores reais, atraem audiência, dando-nos a oportunidade de ensinar a verdade. Por exemplo, sermões com o título: ―Como enfrentar as Mágoas da Vida‖, ―Quando Você Precisa de um Milagre‖ (sobre os milagres de Jesus), ―Aprendendo a Ouvir a Voz de Deus‖ e ―Perguntas que eu Queria Fazer a Deus‖ são atraentes para as pessoas. Lembre-se, as pessoas não estão dispostas a ouvir blá-blá-blá, elas querem ouvir algo novo, algo que lhes despertem o interesse. Repito; temos que elaborar temas que falem de questões atuais, questões que esta geração está passando. Infelizmente, há muitas mensagens que ficam constrangedoras por causa de títulos confusos, sem cor ou banais.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Aqui estão alguns exemplos de títulos sem sentido, que já ouvimos: • O cego que não via nada • O bolo da felicidade • Judas seu traíra • Deus usa jumenta • O Bêbado (Uma referência à embriagues de Noé, porém este tema não fala por si, ou seja, o pregador quando diz: ―Hoje minha mensagem tem por tema: O bêbado‖. Com certeza, ―mil e uma coisas‖ passarão na mente do ouvinte). O pregador deve ser claro naquilo que dizer, a começar pelo tema. Qualquer um desses títulos tem um apelo que os descrentes não se interessarão. E esses títulos não comunicam o que o sermão quer dizer. É mais importante o tema ser claro do que ―bonitinho‖. Em seu primeiro sermão, Jesus anunciou o tom de sua pregação: ―O Espírito do Senhor ungiu-me para pregar as Boas Novas...” (Lc. 4:18). Mesmo quando temos de compartilhar coisas complicadas e penosas, sempre devemos trazer um título que se concentre nos aspectos positivos do assunto. Aqui estão alguns títulos para comunicar as boas novas: • Palavras encorajadoras de Deus. • Crendo em Deus, mesmo quando tudo está perdido. • Como vencer as batalhas da vida. Atenção! Conheça e domine os textos Bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente. ―Para pregar, o pregador deve combinar ou casar o tema do sermão com um texto da palavra de Deus‖. O PREGADOR Pregação: É a comunicação verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Tem em si dois elementos: a verdade e a personalidade. O pregador é alguém que recebe a mensagem de Deus e a transmite aos homens. É o que trata com Deus o interesse dos homens e trata com os homens os interesses de Deus. E, além disso, o pregador é aquele que, além de preparar um bom sermão, entrega-o ao povo com muita unção de Deus e eloqüência. E mais, um sermão bem apresentado segue um crescimento eficiente e seguro, de modo a alcançar o ―clímax‖, daquilo que se deseja passar aos ouvintes. O clímax ou ―topo‖ das revelações do texto, colhidas pelo pregador, deve acontecer no final de cada divisão. Quando o pregador passa o que há de melhor em sua mensagem no início de sua prédica, sua explanação e conclusão tornam-se sem graça e intolerante, Chamada ironicamente por muitos de: ―Mensagem Espada‖, ou seja; longa demais e muito chata. O OBJETIVO DO PREGADOR. Muitas vezes, nós fazemos pouco do fato de que o objetivo de quem prega é, levar os pecadores ao arrependimento e edificar o Corpo de Cristo. Não pode existir fidelidade na vida de um ministro cujo padrão esteja em falta quanto ao seu objetivo maior. Aplausos, fama, popularidade, honra, riqueza, tudo isto é em vão. Se as vidas não são ganhas, se os crentes não são amadurecidos, o nosso ministério será um fracasso. As questões, portanto, que cada pregador deve responder para si mesmo são: Tem sido este o objetivo de meu ministério? Tem sido este o desejo do meu coração: salvar o perdido e guiar aquele que já está salvo? Será esta a motivação que me faz orar, trabalhar, jejuar e chorar? Será esta a razão pela qual existo? Tenho visto vidas sendo transformadas através do meu ministério? O povo tem recebido refrigério vindo de meus lábios? Nada além de um trabalho árduo, porém bem sucedido, pode satisfazer um verdadeiro ministro de Cristo. Seus planos podem estar sendo realizados sem dificuldades, mas se vidas não estiverem sendo salvas, todas as outras coisas perdem seu valor.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II O verdadeiro alvo do que prega deve ser: ―Meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós‖. (Gálatas 4. 19). Este sentimento deve ser o sentimento no coração do mensageiro do Evangelho, ele o faz uma pessoa bem sucedida.[79] A APARÊNCIA DO PREGADOR. O pregador não pode descuidar de sua aparência. Pois se existe um fator importante ao que prega a Palavra de Deus, esse fator chama-se aparência. Está mais que comprovado, o ―visual‖ fala mais do que o ―vocal‖. Vamos entender isso melhor: Se o pregador é intelectual, inspirado e profundo, mas seus cabelos estão despenteados, os sapatos sujos, se ele está exalando mal odor, mal hálito (doenças não cuidadas, dentes cariados), usa roupas sujas, rasgadas e o que é pior: mal combinadas, extravagantes e de mal gosto (calça vermelha, camisa amarela, sapato branco, paletó verde e gravata azul ), sem dúvida, será alvo de duras críticas, e até gracejos, o que invalida sua prédica. Devemos ter esse fundamento como base da pregação; A nossa aparência vai “falar” por nós. A VOZ DO PREGADOR. Para o pregador, a voz é sua ferramenta principal. Não há duvidas que depois da Unção de Deus, a voz é a maior jóia que o pregador pode ter. Torna-se irrelevante ter belos sermões de mensagens, se ele não for portador de uma voz que atrai o auditório, sua mensagem passa a ser até 50% ignorada. O pregador precisa saber que a intensidade ou volume de sua voz deve ser proporcional á distância que ele se posiciona diante de seus assistentes. A sua voz deve chegar ao seu mais distante ouvinte. Como a maioria de nossos templos é construida sem a mínima consideração acústica, ―o pregador deve ter sensibilidade para perceber quando deve aumentar ou diminuir o volume de sua voz‖. É tão errado o pregador falar baixo a ponto de seus ouvintes distantes não o ouvirem, bem como falar muito alto, num auditório pequeno ou de acústica sensível. O pastor G. Santos em seu livro: ―Escola de Pregadores”, classifica quatro qualidades para cultivar a voz. Força (falar com convicção). Pureza de tom (pronunciar as palavras com clareza). Boa expressão. Naturalidade (sem gritaria, sem querer engrossar a voz).
OS SEGREDOS DE UMA BOA VOZ A voz é um instrumento de que se precisa cuidar e melhorar, na medida do possível. É necessário adquirir o hábito de: Falar sempre com uma voz calorosa Variar a entonação, volume, força e ritmo Tomar bastante fôlego para concluir cada frase de entonação forte Nunca deixar usar a pronúncia correta, ou seja, não ―comer‖ as letras (pra, em vez de para, por exemplo) Sempre fazer uso suficiente da pausa Usar mudanças de tom e voz para desmonotizar o que você vai dizer. 79 - P R. B ONIFÁCIO J UNQUEIRA – O O BREIRO SEGUNDO A B ÍBLIA
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Sobre a altura da voz, ela precisa ser proporcional ao ambiente, a fim de não se tornar insuportável ou irritante. O emprego da voz de modo agradável consiste basicamente de uma boa dicção (pronunciar corretamente as palavras), falar com clareza, evitando vícios de linguagem e erros de pronúncia como: proque , fisemo , pobrema , entre outros. Só com o cuidado de falarmos compassadamente as palavras, corrigiremos em muito nossas pronúncias, ou seja, o pregador deve evitar a rapidez em suas pronúncias (metralhadora, mais parece um radialista narrando futebol), e a lentidão, pausas prolongadas (parece mais uma canção de ninar). A falta de algumas precauções pode causar grandes prejuízos à voz do Orador. Exemplo: Se o orador forçar a voz num ambiente quente e sai para o ar frio, seu corpo receberá um choque térmico, e sua voz será grandemente prejudicada. Depois de uma calorosa mensagem o pregador deve fazer tudo para não resfriar, devendo então se agasalhar. O descuido dessas precauções resulta em enfermidades ainda piores que uma laringite. Como nosso objetivo nesta matéria não é apresentar só informações no uso da voz, não estaremos entrando na parte fisiológica do processo, principalmente porque não é nossa habilidade. Para isso existem os médicos e especialistas na área. Nosso lembrete é que, todos nós devemos cultivar esse grande presente de Deus para o homem: A VOZ. A FISIOLOGIA DA VOZ INTRODUÇÃO O ponto principal para quem fala ou quem canta é a comunicação. A mensagem a ser transmitida deve ser recebida e entendida pelo ouvinte. Para tanto, é preciso se conhecer mais a respeito do aparelho responsável pela comunicação: O CORPO. Quem canta também precisa comunicar-se de forma falada durante as apresentações, e por isso, o cantor não deve ignorar os cuidados com a voz falada. É importante saber que todos têm a capacidade de comunicação, desde que queiram dedicar-se e tentar sempre o aprimoramento de seus conhecimentos. Todos estão sujeitos à falha e à imperfeição, porém cabe a cada um procurar desenvolver seu dom, conhecer suas limitações e capacidades. Para se comunicar não basta apenas falar, ou simplesmente cantar. Comunicar-se é colocar sentimento na mensagem, não apenas com a voz, mas com o corpo em geral. O corpo funciona de modo conjunto, não podendo ser fracionado de modo a serem usados apenas alguns órgãos que produzem som. O comunicador deve ser consciente dos aspectos que envolvem o seu trabalho, como a voz, postura, respiração, e tudo o mais que pode interferir no seu objetivo central: levar adiante a mensagem de vida e salvação. APARELHO FONADOR O aparelho fonador é formado por 2 aparelhos e tem a função de produzir sons - voz cantada e voz falada. Nestes quadros, o aparelho fonador está esquematizado de forma bastante resumida. APARELHO DIGESTIVO ÓRGÃO LÁBIOS
FUNÇÃO BIOLÓGICA
Contém os alimentos na boca
DENTES Tritura os alimentos Joga o alimento para o esôfago LÍNGUA PALATO DURO (CÉU DA Suporte da língua BOCA) FARINGE
FUNÇÃO FONATÓRIA Articulação de sons bilabiais (B, P, M) e labiodentais (F,V) Escoamento do som Participa de todos os sons produzidos Projeção da voz
Direciona o ar para os pulmões, e Caixa de ressonância os alimentos para o esôfago
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II APARELHO RESPIRATÓRIO ÓRGÃO FUNÇÃO BIOLÓGICA CAVIDADES NASAIS FARINGE LARINGE TRAQUÉIA PULMÕES MUSCULATURA RESPIRATÓRIA
FUNÇÃO FONATÓRIA Vibração e amortização do som Filtrar, aquecer e umidificar o ar ressonância nasal Amplia os sons - caixa de Via de passagem do ar ressonância Via de passagem do ar Vibrador - contém as cordas vocais Via de passagem do ar - defesa a Suporte para vibração das cordas via aérea vocais Fole e reservatório de ar para vibrar Trocas gasosas e respiração vital as cordas vocais Desencadeia o processo Produção de pressão no ar que sai respiratório
O APARELHO FONADOR É DIVIDIDO EM 5 PARTES PARTE COMPONENTES Pulmões, músculos abdominais, diafragma, músculos intercostais, PRODUTORES músculos extensores da coluna Laringe VIBRADOR Cavidade nasal, faringe, boca RESSONADORES Lábios, língua, palato mole, ARTICULADOR palato duro, mandíbula Ouvido - capta, localiza e conduz SENSOR/COORDENADOR o som; cérebro - analisa, registra e arquiva o som
FUNÇÃO Produzem a coluna de ar que pressiona a laringe, produzindo som nas cordas vocais Produz som fundamental Ampliam o som Articulam e dão sentido ao som, transformando sons em orais e nasais Captam, selecionam e interpretam o som
CARACTERÍSTICAS VOCAIS VOZ ROUCA A rouquidão pode ser causada por vários fatores, tais como o uso abusivo, processos patológicos (calos, tumores...), e também pela má colocação da voz devido a algum processo emocional (traumático ou não). Não é raro encontrar crianças que se expressam através de berros. Isso acontece por vários motivos: moram em lugares com alta poluição sonora, ou mesmo porque seus familiares falam muito alto. Neste caso, o referencial que acompanha a criança desde pequena é que o normal é falar com um volume de voz elevado. Outras vezes é comum que numa mesma família todos falem com voz rouca, sem necessariamente existir algum impedimento físico por tanto, sendo apenas uma questão de referencial adquirido com a convivência familiar. Assim, as pessoas vão assimilando este comportamento, e, ao emitir a voz, forçam as cordas vocais sem saber, e o que antes era apenas um costume familiar, torna-se um problema orgânico sério: calor, inchaço, pólipos, etc. O que deve acontecer é identificar o problema e procurar o especialista, seja médico, fonoaudiólogo, professor de canto, e não sair por aí fazendo as receitinhas caseiras aleatoriamente, pois além de não trazer benefícios, podem, algumas vezes, constituir riscos em potencial. Outro fator causador de sérios problemas nas cordas vocais é o cigarro. Não só o fumante ativo está sujeito aos problemas vocais, mas também, os fumantes passivos, que absorvem a fumaça emitida pelo ativo.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Portanto, é um crime familiares fumarem perto de crianças, principalmente em ambientes fechados, pois a poluição envenena o sistema respiratório e afeta as cordas vocais, causando rouquidão e outros problemas mais graves, como tumores malignos. Vale lembrar que de acordo com uma pesquisa de 1997, 73% dos tumores de corda vocal são malignos. Não se deve ignorar o problema da voz rouca. É de extrema importância realizar o trabalho de correção dos problemas orgânicos com um otorrinolaringologista (medicações/cirurgias) e também dos problemas "mecânicos" com um fonoaudiólogo (timbre, colocação, exercícios, volume, etc.). VOZ FINA Em 99% dos casos, segundo pesquisas, a voz fina é de origem emocional. O mais comum é, ao entrar na puberdade, o rapaz assustar-se com a mudança e procurar manter a voz da infância, apesar de sua laringe já estar pronta para a transformação. Um ponto perigoso é o excesso de mimo na infância em ambos os sexos, podendo alterar o ritmo da fala, além de manter a voz infantil. Isso é muito perigoso para os meninos, que podem ser taxados de homossexuais logo cedo, podendo gerar traumas muito profundos na criança. Outro desencadeador da voz fina são os traumas, como os cirúrgicos. A retirada das amídalas é um bom exemplo, pois a criança pode ficar com medo de falar firme, mantendo a voz infantil. As causas orgânicas são mais raras, e ocorrem, normalmente, diante de uma atrofia física de origem hormonal. Existem alguns métodos de tratamento, e a pessoa deve procurar um especialista. VOZ TRÊMULA Embora seja um problema de difícil resolução, existem métodos, que bem aplicados e praticados podem surtir excelentes resultados. Este é um problema difícil, pois advém de um trauma muito forte, onde a pessoa insiste em falar apesar de tudo. A voz falha, fica trêmula, o que causa uma forte tensão nas cordas vocais. Então, a pessoa sente dificuldade de se adaptar ao enfrentar situações semelhantes ao trauma. É interessante notar que durante o relaxamento da musculatura das cordas vocais, como no sorriso, a pessoa consegue emitir a voz corretamente. POSTURA CORPORAL CORRETA É impossível imaginar um piano que tenha um som perfeito se estiver com alguma parte faltando, ou quebrado, ou mesmo mal posicionado. Uma flauta amassada não terá o mesmo som de uma que está perfeita. Desta forma, acontece com o corpo humano. O som produzido será sempre influenciado pela postura que se adota, por diversas razões. Uma boa postura: É bem menos cansativa do que uma postura má ou relaxada, pois assim, os ossos e músculos fìcam posicionados de modo que haja o mínimo de esforço e tensão.
Causa um melhor aproveitamento respiratório.
Dá um melhor aspecto à visualização, além de transmitir maior segurança.
Coloca o mecanismo vocal na melhor posição para o seu posicionamento, tornando mais fácil a produção de uma sonoridade com qualidade.
Traz confiança, bem-estar psicológico e físico o todo o organismo.
Faz o corpo funcionar melhor, conseqüentemente beneficia a saúde vocal.
A boa postura para falar e cantar deve ser aprendida e praticada até que se torne um bom hábito.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II PÉS Uma boa base dá maior segurança e firmeza. Inicialmente, deverão estar um pouco afastados. Em apresentações mais demoradas, o ideal é variar a sustentação do peso entre os pés, porém não de forma demorada, para evitar fadiga e tensão. Não se deve colocar o peso apenas sobre os calcanhares. PERNAS Como ajudam a fixar e sustentar o corpo, elas nunca ficam totalmente relaxadas. No entanto, elas devem ficar flexíveis, nunca rígidas, prontas para o movimento. Não se deve apoiar todo o peso do corpo somente em uma perna, pois haverá uma forte tendência a tremer. Para ajudar a resolver a tensão nas pernas e pés, pode-se fazer algum alongamento nesta região. QUADRIS Devem estar equilibrados, evitando um lado estar mais elevado que o outro. Porém, uma leve alternância, ou movimentação ajuda a relaxar esta região, pois não é bom que esteja muito rígida durante a apresentação. ABDOME Não deve estar exageradamente projetado para dentro ou para fora. Deve-se evitar tensões demasiadas neste local, pois a musculatura desta região é de extrema importância para a respiração controlada, como é a de um cantor ou orador. COSTAS Manter a coluna ereta de forma não rígida favorece o bem estar do som, por melhorar as condições da expansão do tórax, melhorando a respiração. Deve permanecer de forma equilibrada, sem inclinações exageradas. TÓRAX Deve estar numa posição relaxada, evitando-se qualquer contração muscular exagerada, para facilitar o mecanismo do ar. Deve-se sentir todo o tórax agindo em conjunto. OMBROS Devem estar descontraídos, sem nenhuma tensão nestas articulações. Qualquer rigidez nesta região pode comprometer a ação dos músculos do tórax e do pescoço. Eles não devem se mover muito para frente, nem para trás, nem para baixo, muito menos para cima. A rigidez local pode complicar a toda a postura. BRAÇOS E MÃOS Devem estar caídos livremente ao longo do corpo, de forma natural, o mais livre de tensão possível. Os maneirismos devem ser evitados, como ficar apertando as mãos à frente ou atrás, ou torcendo-as, pois isso causa uma tremenda tensão nos braços e no tórax, além de interferir na ação dos outros músculos do corpo. Esse tipo de atitude também é bastante deselegante. E ao segurar o microfone, deve-se ter o cuidado de manter os ombros e braços relaxados, para evitar tensão no pescoço. CABEÇA Deve estar centralizada. O olhar deve estar na direção das pessoas, e o queixo não deve estar nem muito baixo nem muito alto.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II POSIÇÃO SENTADA Quando se está sentado, o principal apoio do corpo é o assento. O tronco e a cabeça devem estar alinhados, com a coluna ereta, e os quadris devem estar bem apoiados no encosto, sem, no entanto, fazer com que o abdome fique projetado para frente, ou o oposto, ficando com a coluna inclinada para frente. Em ambas as situações haverá comprometimento da respiração, e cansaço em pouco tempo. Se se está sentado em uma cadeira com braços, não se deve apoiar os próprios braços sobre os da cadeira, pois haverá maior sobrecarga nos ombros, prejudicando a coluna. TREINO DO AUMENTO DA CAPACIDADE PULMONAR SOLUÇO INSPIRATÓRIO Inspirar aos poucos pelo nariz até encher o pulmão: inspirar - pausa - inspirar pausa - inspirar o máximo - soltar o ar de vez pela boca. EXPIRAÇÃO ABREVIADA Inspirar fundo normalmente (nariz) e soltar um pouquinho; inspirar fundo outra vez e soltar um pouquinho; inspirar mais uma vez, até sentir o pulmão o mais cheio possível, e soltar de vez pela boca. TREINO DO CONTROLE DIAFRAGMÁTICO INSPIRAÇÃO PROFUNDA Inspirar profundamente pelo nariz, e soltar pela boca, em "SSS", demorando o maior tempo possível. EXERCÍCIO DA VELA Soprar a vela a uma pequena distância (cerca de 1 palmo) sem apagar a chama, e mantendo-a em equilíbrio na posição oblíqua. A GESTICULAÇÃO DO PREGADOR. BLÁ ... BLÁ ... BLÁ ... BLÁ ... BLÁ ... BLÁ ... BLÁ ... BLÁ ...
O pregador que usa essa técnica na hora em que esta ministrando o sermão deve tomar cuidado para não cair em certos erros, que são imperdoáveis na homilética. A maneira pela qual o pregador gesticula na tribuna será de grande valor se for com elegância e naturalidade. Devemos ensinar o corpo como se posicionar e se mover na tribuna. O pregador deve lembrar-se de que a postura e suas atitudes no altar poderão predispor o ânimo dos ouvintes de forma favorável, ou contrária a sua pessoa.
GESTOS COM A CABEÇA Há pregadores que ministram uma palavra de benção, de vitória, mas está sempre de cabeça baixa, o que é errado, outros pregam expressando um aspecto de alegria, quando o culto é fúnebre e a ocasião exige um aspecto de ternura e sentimento de compaixão. Há aqueles que não conseguem fixar os olhos na platéia, ficam olhando para o forro, para o piso do templo ou o que é pior pregam até uma hora de olhos fechados. São detalhes que precisam ser corrigidos, para que a mensagem seja bem aceita.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II GESTOS COM OS BRAÇOS A homilética nos ensina que os oradores devem gesticular-se de forma elegante, ou seja, os gestos devem ser contidos e naturais, pois sua função é a complementação das palavras e não exagerá-las. Porém, o pregador que fica com os braços e mãos imóveis, ou que deixam seus braços fixados ao corpo e as mãos inertes, são reprovados pela Homilética. Cada pregador deve ponderar seu estilo, deve ser equilibrado (nem agressivo, nem leso). ADENDO CULTURAL: COMO USAR O MICROFONE? Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a presença do microfone. Sua utilidade é incontestável. Ele permite que a comunicação do orador seja mais natural e espontânea, possibilitando falar á grandes platéias da mesma forma como se conversa com uma ou duas pessoas. Mesmo possuindo todas essas qualidades, o microfone, muitas vezes, é visto como um terrível inimigo, chegando a provocar pânico em determinados oradores, principalmente naqueles menos habituados com a tribuna. Isso ocorre por não se observar certos procedimentos elementares, mas de capital importância a uma boa apresentação. VEJAMOS, DE FORMA RESUMIDA, O QUE DEVE SER FEITO PARA O BOM USO DO MICROFONE:
MICROFONE DE LAPELA Este tipo de microfone praticamente não apresenta grandes problemas quanto à sua utilização; ele é preso na roupa por uma presilha tipo "jacaré", de fácil manuseio. É muito útil quando se pretende liberdade de movimentos na tribuna. PARA USÁ-LO BEM, BASTA ATENTAR AOS ITENS QUE PASSAREMOS A COMENTAR. Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure deixá-lo na altura da parte superior do peito, pois ele possui boa sensibilidade e a essa distância poderá captar a voz com perfeição.
Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum observar oradores segurando, enrolando, ou torcendo o fio do microfone. Já presenciamos casos que se mostraram cômicos; em um deles, sem perceber, o orador começou a enrolar o fio do microfone e, quando chegou ao final da apresentação, assustou-se ao verificar que esta com mais de dois metros de fio nas mãos.
Outra precaução importante a ser tomada ao usar o microfone de lapela é a de não bater as mãos ou tocar no peito com força, próximo ao microfone, enquanto estiver falando, porque esses ruídos também são ampliados, prejudicando a concentração e o entendimento dos ouvintes.
É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado de qualquer microfone, porque sempre poderão ser ouvidos. No caso do microfone de lapela o problema passa a ser muito mais grave por causa da sua alta sensibilidade. Ele permite captar ruídos a uma considerável distância. Isto sem conta que, preso na roupa, sempre o acompanhará.
Talvez não seja necessário fazer este tipo de comentário, mas como já presenciamos inúmeros ocorridos desagradáveis, vale a pena alertar o orador para que não se esqueça de retirar o microfone quando terminar de falar e for sair da tribuna.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II MICROFONE DE PEDESTAL Este tipo de microfone exige maiores cuidados para sua melhor utilização. É um microfone mais comum e encontrável na maioria dos auditórios. Veja agora o que deverá fazer para evitar problemas e melhorar as condições de sua apresentação.
Inicialmente verifique como funciona o mecanismo da haste onde o microfone se sustenta e se existe regulagem na parte superior onde ele é fixado. Treine esses movimentos, abaixando e levantando várias vezes à haste, observando atentamente todas as suas peculiaridades. Evidentemente essa tarefa deverá ser realizada bem antes do momento de se apresentar, de preferência sem a presença de nenhum ouvinte. Se isto não for possível, verifique a atuação dos outros oradores mais habituados com o local e como se comportam com o microfone que irá usar.
Já familiarizado com o mecanismo de regulagem da altura teste a sensibilidade do microfone para saber a que distância deverá falar. Normalmente a distância indicada é de dez a quinze centímetros, mas cada microfone possui características distintas e é prudente conhecê-las antecipadamente. Se durante o teste estiver acompanhado de um amigo ou conhecido, peça que ele fique no fundo da sala e diga qual a melhor distância e qual a altura ideal da sua voz.
Ao acertar a altura do microfone, procure não deixar na frente do rosto, permitindo que o auditório veja o seu semblante. Deixe-o a um ou dois centímetros abaixo do queixo.
Ao falar, não segure na haste e fale sempre olhando sobre o microfone; dessa forma o jato da voz será sempre captado: assim, quando falar com as pessoas localizadas nas extremidades da sala, ou sentadas à mesa que dirige a reunião, normalmente posicionada no sentido lateral, gire o corpo de tal maneira que possa sempre continuar falando com os olhos sobre o microfone.
Fale, não grite, isso mesmo, aja como se estivesse conversando com um pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que deverá falar baixinho, sem energia; ao contrário, transmita sua mensagem animadamente, com vibração, mas sem gritar.
Se for preciso segurar o microfone com a mão para se movimentar na tribuna, o cuidado com o jato de voz deverá ser o mesmo; nesse caso não movimente a mão que segura o microfone e deixe-o sempre à mesma distância. MICROFONE DE MESA O microfone de mesa requer os mesmo cuidados já mencionados, com a diferença de normalmente ser apoiado sobre uma haste flexível. Ao acertar a altura não vacile, faça-o com firmeza e só comece a falar quando tiver posicionado da maneira desejada. Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de aceitar ou recusar, analise algumas condições do ambiente. Se os outros falaram sem microfone e se a sala não for muito ampla e permitir que a voz chegue até o último ouvinte, sem dificuldade, poderá recusálo. Se alguns oradores se apresentaram valendo-se do microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e a acústica impedirão sua voz de chegar bem até os últimos elementos da platéia, aceite-o.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles persistirão, desligue-o e fale sem microfone. Não peça opinião a ninguém sobre essa atitude. A apresentação é sua e você é o responsável pelo seu bom desempenho. O microfone deve ajudar a exposição. Se, ao contrário, atrapalhar é preferível ficar sem ele. AULA DE TÉCNICA VOCAL O canto é composto por partes: RESPIRAÇÃO, ARTICULAÇÃO, PERCEPÇÃO, TÉCNICA E INTERPRETAÇÃO. Antes de entrarmos detalhadamente em cada uma delas, vamos a algumas considerações gerais que são importantes e também fazem parte do ato de cantar: POSTURA CORPORAL Temos que sempre ter em mente que quando cantamos estamos utilizando um instrumento musical um pouco mais complexo que os demais: nosso corpo. Você nunca obterá grandes resultados se desconsiderar este fato, pois o mecanismo do ato de cantar está intimamente ligado a diversas partes do corpo, e uma desarmonia em alguma dessas partes prejudica consideravelmente sue rendimento como um todo. Preste atenção no dia-a-dia e veja que nossa voz não mantém uma constância, ela se altera de acordo com situações e circunstâncias em que vivemos, principalmente relacionadas às emoções. Portanto, as considerações feitas a respeito da parte física do nosso corpo são também reflexo de uma tentativa de harmonizar as emoções e ansiedades que sentimos, fruto de uma rotina estressante, carregada de responsabilidades, compromissos e obrigações. A postura corporal é muito importante neste ponto, pois quando cantamos precisamos sentir segurança, apoio, que não vêm, desta vez, de fontes externas, como um diploma ou uma conta bancária farta, e sim do nosso próprio corpo. Distribuindo o peso do nosso corpo entre os dois pés, observando em seguida um encaixe perfeito da cintura pélvica (quadril), em equilíbrio com os ombros e mantendo um ângulo de 90 graus para o queixo, podemos aproximar-nos de uma figura em equilíbrio. Mantenha ainda os joelhos levemente flexionados, e tenha certeza que a velha postura militar de peito para frente, barriga para dentro, joelhos para trás e calcanhares afundados no chão é extremamente desconfortável, falsa e prejudicial à saúde, pelas altas tensões musculares proporcionadas. O PESCOÇO A postura do pescoço está determinada pelos pés, joelhos, eixo corporal e pelo equilíbrio da cintura com os ombros. O pescoço necessita estar alinhado com a coluna, sem estar caído para frente e muito menos para trás, mas sim perfeitamente equilibrado dentro do eixo corporal. Se o pescoço estiver alongado para cima, o trato laríngeo também estará alongado, passando a trabalhar em condições precárias; se estiver enterrado no peito, igualmente o trato vocal se vê aprisionado e sem possibilidade de realizar seus movimentos específicos. ARTICULAÇÕES Se as articulações estiverem muito tensas, no máximo de seu estiramento, é bem provável que o cantor tenha problemas na emissão das palavras e na produção da voz, portanto o relaxamento das articulações e músculos é fundamental estar presente na rotina de nossa vida. RELAXAMENTO A produção sonora do ser humano está ligada organicamente como um todo; desde a postura corporal ao funcionamento íntimo de órgãos e sistemas biológicos, ao desempenho do padrão de pensamento de cada um, ao tipo de cultura que envolve o indivíduo, bem como o seu potencial econômico, enfim, todos esses fatores estão envolvidos no ato da fala.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Um indivíduo tenso está sempre muito próximo dos problemas da voz. As tensões musculares são responsáveis por dificuldades respiratórias, articulatórias e demais envolvimentos da produção da voz e da fala. Existem vários tipos de relaxamento, dependendo do nível de tensão que podemos estar sofrendo, e em se tratando de corpo e emoções é recomendável que se cuide de cada caso individualmente. Um tipo de exercício que pode ser feito independente de análise é a soltura das articulações com movimentos giratórios lentos, indo do pescoço, ombros, braços até a cintura, joelhos e tornozelos. A energia psíquica flui melhor por um corpo relaxado, facilitando o contato com as emoções e a comunicação do cantor com o público. RESPIRAÇÃO A respiração é a base de toda a técnica de canto. A ela estão diretamente ligadas a afinação, colocação e volume da voz e resistência do cantor. Vejamos como funciona: AQUECIMENTO O ar, ao entrar no nariz, sofre um processo de aquecimento em virtude de uma grande concentração de vasos sangüíneos ali localizados e que se modificam segundo a alteração climática externa. Os vasos sangüíneos que irrigam a região contraem-se, segurando a circulação sangüínea por mais tempo quando a temperatura ambiente está baixa, dando a sensação que o nariz ficou gordo por dentro. Com este procedimento, a cavidade nasal fica muito mais aquecida, como uma estufa que vai favorecendo assim o ar que, na sua passagem pelo nariz, vai recebendo o aquecimento necessário ao bom funcionamento orgânico. No entanto, se o dia estiver quente, os vasos sangüíneos permitem uma circulação mais ativa, como se o nariz estivesse muito amplo. Essa regulagem calórica trabalha muito a favor do cantor, que só deve permitira entrada buco-nasal do ar em ambientes cobertos. Quando estiver ao ar livre, a entrada de ar deve ser feita pelo nariz, principalmente se estiver frio, evitando sempre que possível, que o ar gelado perturbe a mucosa da faringe ou mesmo da laringe, de onde poderia advir uma rouquidão indesejada. FARINGE É um tubo músculo membranoso que se inicia na base do crânio e segue até a Sexta vértebra cervical, onde tem continuidade com o esôfago e com a laringe, ocorrendo neste ponto o cruzamento dos sistemas digestivo e respiratório. LARINGE E CORDAS VOCAIS A laringe abre-se na base da língua. Situa-se na parte mediana do pescoço, comunicando-se com a traquéia na parte inferior e com a faringe na parte superior. Na laringe encontramos as cordas vocais, responsáveis pela produção do som. O treino da técnica vocal (vocalizes) irá atuar nas cordas vocais como exercícios de alongamento, fazendo elas irem de sua posição dilatada (sons graves) para a alongada (sons agudos) várias vezes, buscando aos poucos uma maior elasticidade que se refletirá em aumento da tessitura vocal e maior precisão na afinação das notas. DIAFRAGMA E PULMÕES O diafragma é um grande músculo em forma de cúpula, de concavidade inferior, que separa a cavidade torácica da abdominal. Ele fica abaixo dos pulmões, que são a principal área de ressonância das notas médio-graves. Quando inspiramos, o diafragma desloca-se para baixo, deslocando a cavidade abdominal e ampliando a cavidade torácica, enquanto os músculos inter-costais dilatam as costelas, promovendo uma pressão negativa em relação ao meio ambiente, induzindo-se o ar para dentro dos pulmões, como se fosse uma máquina de sugar instalada na base pulmonar.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Teremos então a região abdominal e inter-costal dilatadas, o que não deve acontecer com a parte alta do peito, que permanecerá relaxada para facilitar a liberação do ar na expiração. Nesta etapa, os músculos dilatados agora se contraem, empurrando a parte baixa dos pulmões, expulsando o ar para cima. Durante o ato de cantar, estes músculos devem ficar rígidos, mantendo a pressão nos pulmões para que tenhamos o apoio necessário para manter a voz corretamente colocada, sem ter que buscar força adicional na região da garganta. Enquanto cantamos, mantemos sempre uma reserva de ar na parte baixa dos pulmões, repondo apenas o ar gasto para a emissão das notas, o que nos dá condições de fazer inspirações curtas entre as frases cantadas. Óbvio que em frases ou notas longas podemos utilizar todo o ar armazenado. ÁREAS DE RESSONÂNCIA São as regiões ocas do nosso corpo onde o som se amplifica. As principais são: pulmões (ressoa notas graves e médias) e cabeça (ressoa notas agudas). Na cabeça temos a região nasal, que pode ser usada para realçar os timbres médios e metálicos da nossa voz. É importante lembrar que todo o aparelho respiratório serve como ressonância para os sons, e para manter uma voz sempre brilhante e jovem devese buscar as ressonâncias da face. ARTICULAÇÃO Para aproveitar da melhor maneira possível as áreas de ressonância (principalmente da face), devemos trabalhar a articulação dos sons. A musculatura da face combinada com o movimento dos lábios e maxilar ajudará a projetar o som para fora, dando mais volume e precisão na dicção das palavras. Além dos exercícios musculares para a face, que vão melhorar a dicção, devemos dar atenção especial ao trato da articulação das vogais, pois este ponto é de vital importância para a boa colocação da voz, explorando as áreas de ressonância e não deixando o som destimbrado e opaco. COMUNICAÇÃO Comunicação Verbal - escrita Oral Não verbal AS EXPRESSÕES DO ROSTO Impacto - 07% palavras 38% voz 55% rosto GESTOS No início pode parecer desnatural e envolve alta consciência, mas com o passar do tempo essa desaparece, e o comportamento aprendido nos vem com facilidade. Os gestos devem desenvolver-se de dentro como resultado da convicção e do sentimento. Os gestos devem ser praticados e aprendidos, mas não prolongados. Devem aparecer naturalmente. Devem vir no momento, ou antes, mas nunca depois. O CONTATO COM OS OLHOS - Possivelmente o fator não verbal mais importante. Providenciem o retorno de informações. Durante a pregação os olhos do pregador devem se movimentar em todas as direções. A APARÊNCIA E O VESTUÁRIO Apropriado ao auditório, situação e ao pregador.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II ERROS A SEREM EVITADOS.[80] Andar de lá para cá freneticamente Espreguiçar e bocejar Pentear os cabelos Olhar todo instante para o relógio Tirar e colocar a aliança Enrolar e desenrolar o fio do microfone Portar-se com falta de higiene (unhas, ouvidos sujos, usar o lenço de forma deselegante). Bater no púlpito (isso não é autoridade, isso é desequilíbrio). Apontar o dedo em riste, como se fosse uma arma (o que é pior, apontando-o para os irmãos). Apresentar o rosto carrancudo e voz agressiva (isso não é santidade, isso é ignorância). Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo. Molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia. Apertar a mão de todos (basta apertar a mão do pastor da Igreja, para os demais, um leve aceno). Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar ou gírias. Deixar de fazer a leitura do texto (leitura deve ser de pé) Evitar desculpas, como: ― Não estou preparado‖ ―Não sei o que vou dizer‖. (não confundir isso com humildade). Você começa derrotado. A LINGUAGEM DO PREGADOR Dicção: Maneira de dizer ou pronunciar, expressão, arte de recitar. Existem alguns vícios de linguagem que nos pegam verdadeiras armadilhas, e quantas vezes passamos vexames diante do povo, por falta de certos cuidados. É bem verdade que não é fácil largar ESTOU FALANDO COM VOCÊS !!! certos costumes, mas se queremos ser bem sucedidos na arte de falar ao povo, devemos nos esforçar para melhorar nossa linguagem, e evitar erros de expressões verbais. A homilética ensina que o orador deve ser claro naquilo que diz, porque o auditório não faz esforço para entendê-lo. Comunicar está além das simples palavras, dos meros usos de funções de linguagens e expressões, do transmitir, apenas, uma mensagem. Comunicar é dar ao ouvinte a oportunidade de compreender aquilo que estamos falando, de maneira que possam mudar suas atitudes em relação a algo. Vejamos alguns vícios de linguagens mais corriqueiros que passam despercebidos: Tautologismo ou Pleonasmo, expressões que repetem o mesmo conceito já emitido. (Dic. Silveira Bueno). - SUBIR PARA CIMA - DESCER PARA BAIXO - ENTRAR PARA DENTRO - SAIR PARA FORA - DUAS METADES IGUAIS - DUPLA DE DOIS - SOTERRADOS NA TERRA - DETALHES MINUCIOSO - AMANHECER O DIA - CRIAÇÃO NOVA - REPETIR OUTRA VEZ - RETORNAR DE NOVO - GRITAR BEM ALTO - SUSSURRAR BEM BAIXINHO - AMBOS OS DOIS - DE NOVO NOVAMENTE E MUITOS OUTROS - NOVO LANÇAMENTO 80 - V EJA PÁGINA 36 PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O TEMA “ ERROS A SEREM EVITADOS ”
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Gírias, línguas de grupo sociais, argô, calão (Dic. Silveira Bueno). No meio evangélico esse vício de linguagem soa de forma vulgar. Exemplos: Vejamos algumas: - TÁ VALENDO - BICHO - CERTO, CARA! - SÓ MEU! - CORTA ESSA! - ROLÊ - I AÌ, Ô BRANQUELO?
- TIPO ASSIM - COROA - TÁ LIGADO, MANO? - TU VAI FICA NA MÃO, CARA! - É NÓIS NA FITA - VALEU VÉIO - I AÍ O NEGÃO E MUITAS OUTRAS
Expressões repetitivas . Muitos usam esse vício por nervosismo nos momentos de suas apresentações. Vejamos alguns: - ENTENDERAM - É TREMENDO - ALELUIA - IGREJA!
- NÉ - TÁ - AI, NÉ... - MEUS IRMÃO! E OUTROS Tratamentos íntimos. Esse é um fiasco.[81] Exemplos: Vejamos alguns:
- FOFO - GATINHO - AMORZINHO
- FOFA - GATINHA - BENZINHO - OUTROS.
Um outro cuidado a ser tomado é com a linguagem multissilábica (palavras que seus ouvintes não são capazes de entender). O pregador que assim age, demonstra mais vontade de exibir-se, do que levar com fervor a poderosa Palavra. Proceder assim não é indicio de uma inteligência superior, mas de uma lamentável falta de bom-senso. Se Paulo quisesse, poderia esnobar o mais refinado vocabulário grego, em Corinto, no entanto preocupou-se em transmitir uma mensagem ungida no poder do Espírito Santo (1 Co 2. 1-5) A mensagem deve ser transmitida por meio de uma linguagem comum, a fim de torná-la acessível ao maior número de ouvintes. 81 - L EIA A APOSTILA DE L ÍNGUA P ORTUGUESA DO B ACHARELADO
EM T EOLOGIA DO
IETEV COM NOVO MODELO ORTOGRÁFICO
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II A PREGAÇÃO É UM MEIO DE COMUNICAÇÃO O pregador deve pronunciar bem as palavras para não distorcer o sentido delas. Ainda nesta área, é necessário destacar alguns substantivos compostos que merecem nossa atenção e treinamento. Vamos alguns SINGULAR
PLURAL
- BEIJA-FLOR - CAPITÃO-MOR - CONTA-GOTA - ESTRADA-DE-FERRO - GUARDA-FLORESTAL - GUARDA-SOL - PÃO-DE-LÓ - QUERO-QUERO - VICE-CÔNSUL
- BEIJA-FLORES - CAPITÃES-MORES - CONTA-GOTAS - ESTRADAS-DE-FERRO - GUARDAS-FLORESTAIS - GUARDA-SÓIS - PÃES-DE-LÓ - QUERO-QUEROS -VICE-CÔNSULES
ALGUNS COLETIVOS DE USO COMUM COLETIVO DE: - COLMÉIA - FAUNA - CORO, FALANGE, LEGIÃO - CLAQUE - ELENCO - SÍNODO - CABROADA - CHUMAÇO - CÁFILA - TROPEL - PLÊIADE - HINÁRIO - ABECEDÁRIO - CONSELHO, MINISTÉRIO - ALCATÉIA
- ABELHAS - ANIMAIS DE UMA REGIÃO - ANJOS - APLAUSOS - ARTISTAS - ASSEMBLÉIA RELIGIOSA - BODES - CABELOS - CAMELOS - CAVALOS - ESCRITORES - HINOS - LETRAS - MINISTROS - LOBOS
EXERCÍCIOS E TREINAMENTOS PARA UMA BOA DICÇÃO LETRA L I Gilda, Elga e Cacilda só calçam calçado de salto alto; Gilda é dócil, mas fútil, Elga é culta mas débil e falsa; Cacilda é grácil, hábil, amável e social.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II II No calço e na calda há cal Mas não há cal na roda Há rol mas roda não é rol Na solda há sol mas nem um sal; No mel não há mal nem fel, Mas no mau há mal, no salgado há sal Tal qual. LETRA R III Ricardo Bernardo Ferro Farto de ir ver o Artur Berrou de raiva o seu berro Repercutiu- ururur, Ao horror do berro, um burro zurrou E era horrendo o zurro - zurzurzur LETRA A IV A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha Arranha a aranha a rã A rã a aranha arranha. O PREPARO FÍSICO Quando assumir a tribuna deve estar com o corpo descansado. Não deve comer muito antes pregar, isto pode causar uma forte dor de estômago ou causar ânsia de vômito. Não tomar bebidas geladas ou tomar café muito quente, antes de pregar, para que a voz não venha falhar. O PREPARO PSICOLÓGICO DO PREGADOR. O pregador deve ser equilibrado psicologicamente e emocionalmente, para enfrentar o auditório. Durante a pregação ele vai demonstrar se é uma pessoa equilibrada ou um ―desmiolado‖. O povo julgará este quesito em suas palavras. Há pregadores que transmitem mais a sua personalidade do que a Bíblia, falam mais de seus problemas pessoais, tais como: perseguição, enfermidades, tristezas e outros, do que as verdades contidas na Bíblia Sagrada. Na realidade contam o ―Tristemunho‖ ao invés do Testemunho. Quando assumir o microfone deve-se, falar com firmeza, se caminhar, caminhe com segurança. Dirija-se ao povo com determinação, pois isto influenciará os que te ouvem, para o que você tem para transmitir. REQUISITOS ESSENCIAIS À PREGAÇÃO EFICIENTE O PREPARO CULTURAL. É bem verdade que o ministério da palavra, vem de Deus, mas o pregador que não se preocupa com boa leitura não irá muito adiante. Pois o mesmo deve ser consciente que o seu trabalho é mental e não braçal.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Ele deve ser um pesquisador, bem informado, bom leitor, atualizado com os acontecimentos políticos, econômicos, sociais e religiosos. Ele não deve fazer nem um comentário em qualquer matéria que não tenha um conhecimento geral. Quando abrimos nossa boca para transmitir um sermão, iremos dizer o resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e desejamos transmitir. Transmitiremos nossa cultura. Entretanto, quando pregamos, falamos aquilo que sabemos, é o resultado de nossa vivência. Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério da Palavra. Ser um homem culto em nossos dias significa ser capaz de pensamento original, ou seja, é ter digerido as informações do mundo em que vivemos somadas às informações apresentadas no passado, e daí, se formar conceitos. Ao falar sobre um tema, é preciso dominar o assunto, a ponto de torná-lo de uma simplicidade quase alarmante, e dar a impressão ao auditório de que o estamos desvendando juntos, realizando uma agradável excursão intelectual ou humana, participando os dois, nós e o ouvinte. Nesse prisma, a primeira e grande obrigação de um pregador é a leitura, constante, sistemática dos assuntos que ele aborda em suas prédicas.
"O HOMEM QUE LÊ É CHEIO. O HOMEM QUE ESCREVE É EXATO. O HOMEM QUE FALA É PRONTO." DOTES NATURAIS: Deus chama os Seus servos e os capacita para a tarefa que eles terão de realizar. A pregação da Palavra exige dotes ―naturais‖ como clareza de raciocínio, fluência, dicção clara, sensibilidade. Estes dotes podem e devem ser melhorados ou desenvolvidos. Calvino (1509-1564), corretamente acentuou que, ―não é suficiente que uma pessoa seja eminente no conhecimento profundo, se não é acompanhada do talento para ensinar.‖[82] No entanto, deve ser dito que se nós fomos chamados por Deus é porque Ele deseja falar ao povo através de nós; portanto, não tentemos ser outra pessoa; Deus nos usa, com nossas características e limitações na transmissão da Sua Palavra. ―Mantenham sempre diante de suas mentes a grandeza do seu chamado‖, aconselha Warfield.[83] CULTURA GERAL: ―O ministério é uma ‗profissão erudita‘; e o homem sem conhecimento é desqualificado para estes deveres independentemente dos outros talentos que possa ter.‖ – B.B. Warfield.[84] O Pregador deve procurar estar atualizado, ler jornais e revistas, assistir o noticiário da TV, procurando estar em dia com os acontecimentos do seu tempo. Ao mesmo tempo, é imprescindível ao pregador o gosto pela leitura, quer clássica quer contemporânea, a fim de que possa ter melhores condições de ilustrar a sua mensagem, adquirir um raciocínio mais eficiente, ter enfim melhores recursos no convívio social e na transmissão da mensagem. O pregador deve utilizar-se dos seus dotes naturais e, também, buscar outros recursos – concedidos pela sabedoria de Deus graciosamente demonstrada no mundo – que possam ser-lhe úteis. Por trás deste princípio, está aquele tão bem expresso por Calvino (1509-1564): ―Toda verdade procede de Deus‖[85] Aliás, Calvino, respondendo a uma possível pergunta referente à possibilidade de Paulo estar condenando a sabedoria de palavras como algo que se acha em oposição a Cristo (1Co 1.17), diz: ―.... Paulo não seria tão irracional que condenasse como algo fora de propósito aquelas artes, as quais, sem a menor dúvida, são esplêndidos dons de Deus, dons estes que poderíamos chamar de instrumentos para auxiliaremos homens no desempenho de suas atividades nobres. Portanto, não há nada de irreligioso nessas artes, pois são detentoras de ciência saudável, e estão subordinados a princípios verdadeiros; e visto que são úteis e adequáveis às atividades gerais da sociedade humana, é indubitável que sua origem está no Espírito. Além do mais, a utilidade que é derivada e experiência da delas não deve ser atribuída a ninguém, senão a Deus. 82 83 84 85
- J. CALVINO, A S P ASTORAIS, (1T M 3.2), P . 87. - B.B. WARFIELD, A V IDA R ELIGIOSA DOS ESTUDANTES - B.B. WARFIELD, A V IDA R ELIGIOSA DOS ESTUDANTES - J. CALVINO, A S P ASTORAIS, (T T 1.12), P . 318.
DE T EOLOGIA , P . 26. DE T EOLOGIA , P . 9.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Portanto, o que Paulo diz aqui não deve ser considerado como um desdouro das artes, como se estas estivessem agindo contra a religião.‖[86] Deste modo, podemos perceber que a pregação não é algo simples. Se quisermos ser pregadores fiéis e, portanto, relevantes, devemos nos dedicar com afinco ao estudo sério e sistemático. ―Não há lugar para a preguiça no ministério, ainda mais na pregação da Palavra.(...) Os que não assumirem o compromisso de dedicar-se com esforço à pregação devem ficar longo do púlpito.‖[87] Todavia existem muitos livros que podem ser lidos e muitos assuntos com os quais podemos familiarizar-nos.―Mesmo em nossos sermões, muitas vezes negligenciamos estudar mais do que apenas reunir uns poucos dados, e deixamos de ir mais fundo, para ver como poderemos fazer que essas questões invadam os corações doutras pessoas. Devemos estudar as maneiras de persuadir os outros, de conquistar-lhes o íntimo e de expor a verdade ao vivo – e não deixá-la no ar. A experiência nos diz que não podemos ser cultos ou sábios sem estudo árduo, sem trabalho incansável e sem exercício constante.‖[88] No entanto, a leitura não é apenas uma colagem de informações e interpretações. Ivan Lins (19041975), diz com acerto que ―Os bons livros não valem só pelo que encerram, mais ainda pelo que sugerem.‖[89] O universo da leitura não está restrito ao conteúdo do lido mas,também, às idéias que dela procedem, quer sugeridas pelo escritor, quer fruto da imaginação daquele que o lê; o texto escrito, dentro de suas variadas interpretações perde a sua identidade autoral para ter agora co-autores que deles se valem na busca da compreensão do escrito e vivido. Como o nome já diz em sua origem latina, o ―leitor‖ (legere ), é aquele que percorre avista e ao mesmo tempo, interpreta o que está escrito. Por sua vez, lego , significa ―reunir‖, ―colher‖;[90] portanto, o leitor é aquele que interpreta, colhendo de forma seletiva as informações e juízos.Deste modo, podemos perceber que a pregação não é algo simples. Se quisermos ser pregadores fiéis e, portanto, relevantes, devemos nos dedicar com afinco ao estudo sério e sistemático. No século XVII, Richard Baxter (16151691) já apontava para esta questão, indicando a preguiça de alguns ministros que, talvez ainda hoje persista: ―São poucos os que se preocupam em ser bem informados e bem preparados para a realização progressista da obra. Alguns não têm prazer nenhum em seus estudos, tomando para isso uma hora aqui, uma hora ali, e ainda como uma tarefa não bem vinda, que são forçados a fazer. Alegram-se quando podem escapar desse jugo. (...)‖ Na verdade, quantas coisas há, que o ministro tem que compreender! Quão defeituoso é ignorá-las! Quanto perdemos, quando não utilizamos esse conhecimento em nosso ministério! Muitos ministros só estudam o bastante para o preparo dos seus sermões e pouca cousa mais. Todavia existem muitos livros que podem ser lidos e muitos assuntos com os quais podemos familiarizar-nos. ―Mesmo em nossos sermões, muitas vezes negligenciamos estudar mais do que apenas reunir uns poucos dados, e deixamos de ir mais fundo, para ver como poderemos fazer que essas questões invadam os corações doutras pessoas. Devemos estudar as maneiras de persuadir os outros, de conquistar-lhes o íntimo e de expor a verdade ao vivo – e não deixá-la no ar. A experiência nos diz que não podemos ser cultos ou sábios sem estudo árduo, sem trabalho incansável e sem exercício constante.‖[91] HABILIDADE: Saber escolher a disposição do material. Isto exige treino: Ouvir bons pregadores, ler sermões, praticar e praticar. Aprender sem praticar é o mesmo que arar e não semear. A prática da pregação é na realidade o ato de arar e semear ao mesmo tempo. 86 87 88 89 90 91
- J. CALVINO, EXPOSIÇÃO DE 1 C ORÍNTIOS , (1C O 1.17), P . 53-54. - J OHN F. MACARTHUR, JR., ET . AL . R EDESCOBRINDO O M INISTÉRIO P ASTORAL , P . 290. - R ICHARD BAXTER, O P ASTOR A PROVADO , P . 82-83. - I VAN MONTEIRO DE B ARROS LINS, HISTÓRIA DO P OSITIVISMO NO B RASIL, P . 5. - A NTÔNIO G ERALDO DA CUNHA, DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO NOVA F RONTEIRA DA LÍNGUA P ORTUGUESA , P . 471; E DSON N ERY DA FONSECA, I NTRODUÇÃO À B IBLIOTECONOMIA , P . 75. - R ICHARD BAXTER, O P ASTOR A PROVADO , P . 82-83.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II
QUEM LÊ... ... SABE MAIS ... PENSA MELHOR ... COMPARA IDEIAS ... PREPARA-SE MELHOR ... TEM O QUE FALAR ... TEM O QUE RESPONDER ... FUNDAMENTA SUAS OPINIÕES ... AUMENTA SUA COMPREENSÃO ... MELHORA O VACABULÁRIO ... TEM MAIS CHANCES ... ABSORVE EXPERIÊNCIA ... SABE O QUE ESTÁ ACONTECENDO ... DISCORRE MELHOR UM TEXTO ... TRANSMITI COM MAIOR COMPREENSÃO A MENSAGEM ... É MELHOR ENTENDIDO NAS SUAS IDEOLOGIAS IETEV
APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II A PIEDADE ―Não se requer de um pastor apenas cultura, mas também inabalável fidelidade pela sã doutrina, ao ponto de jamais apartar-se apartar-se dela‖. – João Calvino.[92] Em 1Tm 4.8, vemos que a piedade é essencial à pregação eficiente. e ficiente. A mensagem deve ser s er pregada pre gada para si mesmo; mes mo; os ideais propostos pr opostos devem se tornar os nossos ideais. A técnica e a homilética não devem nos conduzir a negligenciar a piedade. O sermão não deve ser visto como um fim em si mesmo, mas, como um instrumento de Deus para a transmissão da Sua graça,[93] para produzir fé nos Seus escolhidos (Rm ( Rm 10.17; Tg 1.18; I Pedro 1.23). Nós Reformados, genuinamente preocupados com a teologia como fundamento de uma prática verdadeiramente bíblica, devemos tomar em séria consideração a observação do eminente pregador, Reformado como nós, Lloyd-Jones (1899-1981): (1899-1981): ―O ministro do Evangelho é um homem que está sempre lutando em duas frentes. Primeiro ele tem que concitar as pessoas a se interessarem por doutrina e pela teologia, todavia não demorará muito nisso antes de perceber que terá que abrir uma segunda frente e dizer às pessoas que não é suficiente interessar-se somente por doutrinas e teologia, que você corre o perigo de se tornar um u m mero intelectualista ortodoxo e de ir ficando negligente quanto qu anto à sua vida espiritual es piritual e quanto à vida da Igreja. Este é o perigo que assedia os que sustentam a posição reformada. Essas são as únicas pessoas realmente interessadas em teologia, pelo que o diabo vem a eles e os impele para demasiado longe na linha desse interesse, e eles tendem a tornar-se meros teólogos e só intelectualmente interessados na verdade.‖[94] O PREPARO ESPIRITUAL. É impossível haver sucesso na pregação sem o cultivo de uma vida espiritual. A espiritualidade do pregador está acima de qualquer outra coisa. Não basta conhecer as regras da homilética, saber fazer esboços inteligentes e atrativos, ter facilidade de se expressar e ter grandes conhecimentos culturais, se o pregador não tiver uma vida de oração, leitura da palavra, jejum, consagração e santificação. As faculdades da mente humana se tornarão ineficazes, ou seja, se não houver espiritualidade, as ferramentas da intelectualidade serão cegas, os pecadores não sentirão, as lágrimas desaparecerão, as curas exalarão, e tudo não passará de oratória comum. O PREGADOR E SEUS COMPROMISSOS COMPROMISSO COM A CONVENÇÃO, PASTOR, IGREJA A QUE PERTENCE ―Eu não tenho pastor, meu pastor é Jesus‖ ―Pastor não manda em mim, eu vou onde eu quero‖. Quem já não ouviu expressões dessa natureza? São pessoas insubmissas, irresponsáveis e sem compromisso. Todos os pastores e pregadores itinerantes devem cumprir suas obrigações para com a convenção do ministério ao qual são filiados. Precisam estar com as taxas de anuidade em dia, as credenciais no prazo de validade. Devem anotar em suas agendas as datas das convenções, reuniões trimestrais e mensais de obreiros, cultos de ensinos e Santa Ceia em sua igreja. Lembre-se, antes de ser um pregador, ele é uma ovelha que pertence a um aprisco, e que tem um pastor superior para lhe dirigir. Barnabé e Paulo foram enviados pelo Espírito Santo (chamada do ministério) e despedidos pela igreja (credenciados pela denominação) At. 13. 3-4.
92 - J OÃO CALVINO, A S P ASTORAIS, (T T 1.9), P . 313. 93 - V D . A.W. BLACKWOOD, A P REPARAÇÃO DE S ERMÕES , P . 22. 94 - D. M. LLOYD-JONES, O S P URITANOS: S UAS O RIGENS E S EUS S UCESSORES , P . 22.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II COMPROMISSO COM A FAMÍLIA. Se existe algo que Deus cuida de forma especial, este algo é a família. Ela é o grande presente de Deus para a humanidade. Os pregadores itinerantes viajam constantemente e ocupam muito tempo, aconselhando as pessoas e quando retorna para casa encontram-se cansados, estressados e esgotados psicologicamente, isso acaba abalando a estrutura do relacionamento familiar. Lembre-se, os problemas jamais acabarão, por isso deixe um tempo reservado para o desfrute da família (tirar férias, sair para passear, isto não é pecado, pelo contrário, contrár io, Deus se agrada do chefe da família que se preocupa com ela). Quando isso não ocorre, infelizmente, ganharemos os de fora para Cristo e perderemos os nossos familiares. Um certo pregador no estado do Paraná perdeu sua esposa e filhos por ficar ausente de casa longos dias e até meses. E por fim quis culpar a Deus dizendo: ―Deus eu estava fazendo a sua obra!!! obra!!!‖‖. Em um outro caso, um pastor amigo meu, homem de Deus, pegou a esposa o traindo com uma outra mulher, isso porque não deu a devida atenção á família. Outro dado importante, são as estatísticas de órgãos não governamentais (que também devem ser respeitadas). Elas afirmam que nos presídios das grandes cidades de nosso País, pelo menos 40 % dos presos são desviados da igreja ou filhos de obreiros, isto com certeza é conseqüência de ministros mal formados, e que não souberam ensinar os filhos no caminho em que devem andar. É claro, não podemos generalizar, culpando os pais de todas as atitudes dos filhos, mas uma coisa é certa, como pregadores, pastores e obreiros, precisamos, diante de dados como este, tomar uma postura diferenciada para com Deus e diante de nossa família. O COMPROMISSO DO PREGADOR COMO HÓSPEDE Há pregadores que ao sair de suas casas, agem como se estivessem nelas, não há compostura. Portam-se de forma inconveniente e deselegante. Quantos escândalos temos presenciado, devido à falta de postura ética de alguns, que ostentam o titulo de ―Homens de Deus‖. Hospedar-se Hospedar-se na casa dos ―irmãos‖: É ―irmãos‖: É preciso muita cautela e muita atenção para não se cometer nenhuma falha. Exemplo: Não transitar de toalha ao sair do banho. Não ficar de bermuda ou sem camisa. Não entrar em assuntos desnecessários e de interesses particulares da família hospedeira. Jamais mexa nos pertences de uso pessoal do proprietário. Não obrigue o proprietário a te dar presentes forçadamente. FALANDO AINDA SOBRE HOSPEDAGEM NA CASA DE IRMÃOS, É RELEVANTE DESTACARMOS:
COMO PODEMOS HOSPEDAR OS PREGADORES EM NOSSAS CASAS? VEJAMOS UM EXEMPLO DA BÍBLIA SOBRE ESTE ASSUNTO: ―E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro; e ponhamos-lhe ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, quando ele vier a nós se recolherá ali‖ (II ali‖ (II Reis 4. 9-10).A parte em destaque nesta passagem é a sabedoria sab edoria da Sunamita! Sun amita! Mesmo, tendo a certeza certez a que Eliseu era um santo homem de Deus, ela não o colocou dentro de dentro de sua casa. Mas preparou, comunicando ao seu marido, um quarto " junto ao muro" , para ali hospedar Eliseu. Ela não deixou, em nenhum momento, de ser hospitaleira. O pequeno quarto que fez teve o objetivo de hospedar aquele homem de Deus, quando por ali passasse. É evidente que nem todo mundo tem condições de construir cômodos extras para hóspedes ocasionais como Eliseu, até porque a sunamita, como a própria bíblia diz, era uma mulher rica. Mas se eu não posso construir um quarto junto ao muro, como fez a sunamita — sunamita — até até porque moro em apartamento — apartamento — como vou hospedar um irmão que desejo ajudar, hospedando-o por alguns dias? O desejo desta palavra jamais será de desestimular a hospitalidade entre nós, que somos irmãos em Cristo. Até porque seria hipocrisia chamar de " irmão irmão" e e negar a hospitalidade ao mesmo.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Mas esta palavra tem o intuito de fazer o amado discente a refletir nos seguintes pontos: Até onde vai esta "hospitalidade" entre irmãos em Cristo? Por quais motivos se deve hospedar algum irmão viajante? Por quanto tempo ele vai ficar comendo, bebendo e dormindo dentro de sua casa? Quem sabe o amado irmão não faça nem tanta questão dos gastos, mas a nossa liberdade, dentro do nosso lar, realmente não tem preço! Você chega em casa, ao final de mais um dia tumultuado, preocupante, cansativo, e pensa logo em tirar o calçado, ficar mais a vontade, abrir a geladeira caçando algo sem fome, por mera vontade de mastigar, tomar um banho, etc... Com alguém estranho dentro de casa é difícil agir desta mesma maneira. É claro que, se amamos nossos irmãos abrimos mão de algumas coisas em prol de uma ajuda, dar uma mão a alguém. Não vamos ser intolerantes. Mas o livro de Provérbios Pro vérbios aconselha bem: ―Retira o teu pé da casa do teu próximo, para que não se enfade de ti, e te aborreça ‖ (Pv. 25.17). Um dos maiores problemas é que muitos dos pregadores, afirmam que " vivem vivem pela fé " " . Mas vivem pela fé dos outros! Basta se ter uma condição de vida melhor, uma casa maior, que alguns deles acham que você tem a obrigação obrigação de acolhê-los, custe o que custar, afinal você é "irmão". Paulo afirmou que trabalharia "dia e noite" para não ser "pesado ao ombro do irmão ” (1Tessalonicenses 2. 9). E Paulo tinha uma vigilância fora do comum em suas viagens, até mesmo quando foi suprido nas suas necessidades: "Quando estive entre vós e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu necessitava. Fiz tudo para não lhes ser pesado, e continuarei a agir assim‖ (2 (2 Co. 11. 9).Um cristão mais vivido sabe, como bem aconselha o livro de Provérbios, dos inúmeros aborrecimentos que aborrecimentos que já se teve com alguns viajadões da fé, que, posteriormente, descobriu se tratar de aproveitadores. Para se conhecer um verdadeiro cristão, a bíblia nos dá uma dica: "... Porque pelo fruto se conhece a árvore" (Mt. 12. 33). Se a Palavra de Deus me diz que conheço a árvore pelo seu fruto, então essa é uma percepção que requer tempo! tempo! Não se conhece a árvore pelas folhas folhas (aparência), mas pelos seus frutos! frutos! Note que a sunamita observava Eliseu já a algum tempo:"Tenho observado que este que passa sempre por nós...‖(2 .‖(2 Reis 4. 9).Ela não fez um julgamento precipitado, por aparências, mas observava Eliseu. Isso mostra sabedoria, vigilância, prudência! Quem se deixa levar pela emoção sofre decepções. Um homem de Deus pode orar e paralíticos andarem, mortos ressuscitarem, mas não deixará de ser um "homem", capaz de errar, pecar, falhar, como qualquer um outro. Em fim, que esta palavra não venha criar um ceticismo acerca dos servos de Deus, que viajam pelo mundo fazendo a obra do Senhor, mas que nós venhamos a ter vigilância com quem colocamos dentro de nossa casa, e ver se realmente se trata de servos do Senhor. E mesmo assim, temos que ter muita cautela. Hospedar-se em hotel: Deve-se hotel: Deve-se evitar o uso desnecessário do telefone do hotel. Tomar cuidado para não acrescentar a despesa de spesa de forma exorbitante, comendo o que tiver no frigobar e etc. Não levar lev ar para casa os pertences do hotel como: Toalhas, lençóis, sabonetes, etc. Queridos isso é roubo! Há casos de pregadores desastrados, que ao sair do hotel deixam contas con tas altíssimas para a igreja hospedeira pagar, e o que é pior, já ouve casos em que, quando os irmãos foram pagar as despesas de certos pregadores em hotéis, encontraram despesas como: vinhos, uísque, cervejas, acompanhantes, etc. Isso é uma vergonha.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II A GRATIFICAÇÃO FINANCEIRA. Esta, sem dúvida, é uma questão que se deve ter muito cuidado, pois o mal combinado pode tornarse um grande mal entendido. Existe um ditado que diz: ―O oferecido não tem valor; mas, o convidado não tem preço‖. Se o pregador visitar uma igreja espontaneamente, não poderá fazer exigências. Se for convidado, o certo é estipular o valor do cachê ou oferta a receber. Também deve-se combinar com antecedência o pagamento das despesas de viagem, e o local de hospedagem. O ditado popular é bem claro ―O Combinado não é caro‖. Isso não é errado como alguns dizem, o errado é não se reconhecer o ministério dos que trabalham como itinerantes. O Apóstolo Paulo, reivindicando os seus direitos, ele disse: ‗Aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho‘ (1 Co 9. 14). Atividade de Apoio Você acha correto as gratificações financeiras aos itinerantes? Justifique. PLAGIAR Plagiar: Assinar ou fazer passar por seu aquilo que não te pertence, é pegar um trabalho alheio e passá-lo adiante como se fosse o autor (Dic. Silveira Bueno). Para O Código Penal Brasileiro, plagiar é como um roubo artístico ou da literatura. Infelizmente essa prática é comum no meio evangélico. Quem já não ouviu cantores em seus hinos imitarem outros cantores evangélicos ou o que é pior, imitar os cantores mundanos, ou quem já não ouviu expressões do tipo: “ Esse é o Roberto Carlos dos Crentes ” ou “ Esses cantam iguais a dupla tal ou igual o fulano de tal”. Irmãos isso é vergonhoso e desleal. Deus não nos chamou para sermos ―eco‖ desse ou daquele cantor, muito menos para sermos influenciados pelo mundo. Deus nos fez filhos Seus para sermos autênticos, verdadeiros e fiéis a sua Palavra. ―Desperte o dom que há em ti ‖... (1Tm 4. 14). No prisma da pregação o Pastor G. Santos define: ―Admirar um bom pregador não tem nada de errado (quem é que nunca se inspirou em alguém para pregar, cantar, orar, etc). Agora, plagiar, gesticular, mudar o tom da voz querendo ser uma cópia autêntica de outrem é desonroso, pois o plagiador nega a sua própria identidade. A naturalidade de cada pregador é o que caracteriza seu próprio estilo. Nós podemos aprender com um renomado pregador como fazer uma leitura brilhante, como se portar na tribuna, como saudar o auditório, mas nada de plagiar. Se os plagiadores tivessem a humildade de fazer uso dos sermões de outros no púlpito e citassem os nomes dos autores que os prepararam, não teria nada de anormal. O que é imperdoável é que o plagiador tem a audácia de dizer na tribuna sagrada: Esta mensagem recebi de Deus enquanto orava, na maioria das vezes, quem leva o prejuízo é o autor da mensagem, enquanto o plagiador leva a fama. Na sociedade romana de então, o plagiador era considerado um seqüestrador‖. ESTRUTURAÇÃO DO SERMÃO[95] Três partes essenciais que formam o corpo de um sermão. O sermão não é uma mensagem impessoal a seres impessoais, antes é a Palavra de Deus transmitida através de homens a uma determinada comunidade, que vive dentro da concretude histórica de seu tempo. Na pregação estamos compartilhando a Palavra de Deus com pessoas que comungam conosco a mesma fé ou, que são desafiadas a fazê-lo em Cristo. Não podemos fazer de nosso púlpito uma arma para disparar tiros certeiros contra pessoas específicas; antes, transmitimos a Palavra que, pelo Espírito, é poderosa para converter, corrigir, transformar e edificar. A nossa mensagem não se caracteriza pela tentativa de dizer ao povo o que ele quer ouvir, mas sim, em responder as suas indagações espirituais mais profundas que, no conviver diário da fé, podemos auscultar. O sermão deve estar atento às necessidades de nossos ouvintes. Blackwood, resume: ―Qualquer que seja o seu método, o homem prudente começará com alguma necessidade humana e tentará ir ao encontro dela com a verdade divina.‖[96] 95 - S OMENTE ESTAMOS RELEMBRANDO ESTE CONCEITO DEVIDO A ESTRUTURAÇÃO DO ESQUELETO ABAIXO LOCALIZADO NA PÁG . 73 96 - A. W. BLACKWOOD, A P REPARAÇÃO DE S ERMÕES , P . 24.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Relembrando que no sermão há três partes mui importantes que são: O SERMÃO E SUA MATURAÇÃO: ―Todo e qualquer intérprete deve preparar mensagens de maneira inteiramente pessoal. (...) Mas deveria estabelecer uma regra sem exceções: ‗começa, prossegue e termina com oração‘.‖ – A.W. Blackwood.[97] Se por um lado não podemos estabelecer uma regra fixa e inflexível para o começo de cada sermão, podemos dizer que todo ele deve passar por um processo de maturação.Sabemos que precisamos orar, estudar e refletir. Acompanhando tudo isso, necessitamos de horas e dias – o que na realidade muitas vezes nos faltam. A questão não é simplesmente gastar horas com o sermão – o que sem dúvida é fundamental – , mas, se possível, começar a prepará-lo com antecedência, ainda que nos primeiros momentos não possamos gastar muito tempo em seu preparo. A idéia é de conservar as suas idéias em nossa mente e coração; dormir e acordar, tomar café, trabalhar, almoçar e jantar; e, nesta rotina cotidiana,deixar com que novas idéias fluam, apareçam... E como prática: tudo anotar; não deixar escapar nada. As idéias vão aflorando, muitas vezes, enquanto conversamos sobre o que estamos estudando, lendo um jornal, revista, andando de ônibus, dirigindo, enfim; vivendo o nosso dia a dia. Neste processo, vamos lendo várias vezes o texto bíblico e anotando tudo que no socorrer, as conclusões que chegarmos, as dúvidas, as perguntas, as conexões com outras passagens bíblicas... O que precisamos ter em mente é, que ainda que aconteça algumas vezes, nem sempre o sermão nos chega com tanta clareza de modo imediato. Muitas vezes e, diria mais, na maioria das vezes, ele nos chega depois de amplo estudo, reflexão e oração. Mas, afinal, alguém pode estar pensando: quanto tempo precisaríamos para fazer tudo isso? Às vezes meses ou anos... No entanto, a questão está ligada à tentativa de se estabelecer um método de elaboração – que por sinal não será adequado todas às vezes. Mas, o que podemos fazer, por exemplo, se pregamos dominicalmente? Bem, um princípio que pode ser útil, é começar a preparar o sermão no domingo anterior à noite, quando voltamos da igreja. Façamos o seguinte: Tentemos nos deter em um texto e comecemos a lê-lo e anotar algumas possíveis idéias... Na segunda feira retornemos ao texto e, então, já poderemos perceber a evolução do que percebemos no dia anterior. Fiquemos alguns dias apenas com a leitura do texto e anotações de idéias que nos surjam e de outros textos bíblicos que recordemos. Deixemos que o Espírito nos fale através de uma espécie de maturação inconsciente: afinal os textos foram lidos e as idéias estão em nossas mentes. Depois de uns três dias, quem sabe, recorramos, obviamente sempre na dependência de Deus, aos comentários, dicionários, traduções, etc. Estes homens também foram usados por Deus na compreensão da Sua Palavra; não tentemos ser independentes pelo simples prazer de sê-lo. Usemos de outros recursos que Deus tem-nos fornecido. Acredito que este pode ser um bom método para começarmos em nossa jornada de pregadores da Palavra. Em princípio, quanto mais tempo passarmos com o sermão, mais ele nos falará e, também, à igreja.[98] É impossível transmitir com clareza um sermão que ainda esteja confuso em nossas mentes.A exortação de Baxter (1615-1691) permanece: ―.... preguem para si mesmos o sermão que têm em mente, antes de pregá-lo aos outros. Quando a sua mente tiver prazer nas coisas celestiais, outros o terão também. Então as suas orações, os seus louvores e as suas doutrinas terão celestial dulçor para o seu povo. ―Este perceberá quando vocês passaram bastante tempo com Deus.‖[99] 97 - A. W. BLACKWOOD, A P REPARAÇÃO DE S ERMÕES , P . 39. 98 - S URPREENDENTEMENTE LI B LACKWOOD DIZENDO : “O VALOR DE UM SERMÃO PODERÁ DEPENDER DO NÚMERO DE SEMANAS , MESES , OU MESMO ANOS , QUE LEVOU CRESCENDO NO CORAÇÃO DO PREGADOR ”. (A. W. BLACKWOOD, A P REPARAÇÃO DE S ERMÕES , P .43). “D EPOIS DE TERES PREGADO UM SERMÃO , VERIFICARÁS QUE O POVO SE LEMBRARÁ DELE NA PROPORÇÃO DO TEMPO QUE LEVASTE PENSANDO NA MENSAGEM ANTES DE APRESENTÁ -LA . (...) P OR ISSO , SE QUISERES PREPARAR SERMÕES QUE PERMANEÇAM , DÁ - LHES TEMPO PARA CRESCER .” (A. W. BLACKWOOD, A P REPARAÇÃO DE SERMÕES , P . 57). 99 - R ICHARD BAXTER, O P ASTOR A PROVADO , P . 128.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO. O corpo propriamente dito é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para orientar o pregador na apresentação da mensagem. A INTRODUÇÃO É a parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador e o auditório. O pregador tendo uma idéia geral do sermão, devidamente estruturada, pode preparar eficientemente a introdução. A introdução deve preparar o auditório espiritualmente e psicologicamente para ouvir o sermão que irá apresentar várias proporções. Em regras, ele inclui uma só idéia, para não confundir a mente do auditório nem desviar sua atenção. Uma boa INTRODUÇÃO deve ser: a) breve, b) apropriada, c) interessante, d) simples. Há vários modos de obter uma boa INTRODUÇÃO: o texto, o contexto, os aspectos geográficos, históricos e a ocasião. DESENVOLVIMENTO. É a parte principal, tem a ver com as divisões. É também chamada de o movimento do sermão. Para manter o motivo progressivo do sermão, o pregador deve observar quatro requisitos, dos quais dependem os desenvolvimentos do esboço. O sermão deve possuir uma ordem própria nas divisões. Pregar um sermão sem coordenar os pensamentos não é acertar o alvo. Por isso há regras vitais a serem seguidas: Dar ordens lógicas aos pontos e sub pontos do sermão; As divisões devem obedecer a uma
ordem ascendentes – argumentos mais fracos devem conduzir aos mais fortes. Os principais pontos são indicados pelos algarismos romanos; I, II, III, IV, V, VI, etc. Os sub pontos são indicados pelos algarismos arábicos: 1, 2, 3, 4, etc. As divisões dos sub pontos são indicados por letras minúsculas: a, b, c, etc. A ordem do esboço deve ser cronológica. É a evolução natural de um ponto paro outro; A transição de um apensamento para outro. A linha de raciocínio não deve ser interrompida, bloqueada. As divisões devem ser pertinentes com as necessidades presentes. Isso implica em trazer sabiamente um fato passado para ser aplicado ao presente. A CONCLUSÃO. Esta parte é tão importante quanto à introdução. O encerramento da mensagem é o ponto culminante quando, tanto o pregador como o auditório, estão movidos pelo Espírito Santo. A CONCLUSÃO pode ter várias aplicações: Recapitulação; Narração - De um fato que possa servir de aplicação à mensagem pregada; Persuasão; Convite. GESTOS E POSTURAS Certos hábitos, quando expostos, principalmente no púlpito, prejudicam a mensagem. Do pregador, requer-se uma postura elegante, suave e comunicativa.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II VAMOS DESTACAR ALGUNS VÍCIOS DE POSTURA FÍSICA E VERBAL QUE DEVEM SER EVITADAS:
O pregador extravagante – O pregador deve ter uma postura moderada.
O pregador imóvel – A imobilidade total ou parcial são defeitos que levam a comunicação dura e artificial.
O pregador robô – É vital que se corrija esse vício, denominado ―defeito de automatização do corpo‖, isto é, as expressões corporais são sempre as mesmas.
O pregador com expressão orgulhosa – O orgulho se manifesta no modo de falar, no semblante e nos gestos, indicando a petulância, a presunção, a indiferença e a antipatia de determinada pessoa. Para evitar esse tipo de vício, é necessário o senso de autocrítica.
O pregador complexado – A postura do pregador precisa inspirar confiança aos ouvintes. Complexo é o conjunto de representações ou idéias estruturadas e caracterizadas por forte impregnação emocional, total ou parcialmente reprimidas, e que determinam as atitudes de um individuo, seu comportamento, sonhos, etc. o pregador precisa acreditar na mensagem que prega e estar sempre seguro de suas idéias. Caso contrário, estará demonstrando uma expressão de inferioridade ou de superioridade.
O pregador dançante – Alguns pregadores exageram nos movimentos corporais, oscilam, sacodem-se, agita-se sem concordância. Caso haja movimentos exagerados poderá demonstrar descontrole emocional.
O pregador deseducado – É aquele que não cuida das boas maneiras no púlpito. O pregador deve ter um comportamento à altura de sua missão. Os gestos devem sempre partir do intimo do pregador e nunca serem forçados.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II OBJETIVOS NA ESTRUTURA DO SERMÃO[100]
OBJETIVO = ASSUNTO QUAL É O ASSUNTO A SER FALADO?
TEXTO BÍBLICO BASEADO EM QUE TEXTO?
O esquema é chamado também de esqueleto, porque precisa ser corretamente preenchido pelo pregador como um habilidoso médico que sabe onde está cada órgão nesse esqueleto, preenchendo-o de carne.
CORPO
TEMA DESPERTAR A ATENÇÃO? HÁ TEMAS QUE NOS FAZEM DE INÍCIO COMPREENDER TODO O S ERMÃO, ASSIM COMO HÁ SERMÕES QUE NOS FAZEM NO FINAL, COMPREENDER O TEMA .
SILVA , G. S.
INTRODUÇÃO PALAVRAS INICIAIS
ARGUMENTAÇÃO CONTEÚDO DO SERMÃO
I E T E V
CONCLUSÃO ONDE VOCÊ QUER CHEGAR COM A MENSAGEM?
UNS CONVERSAM MUITO , E NADA DIZEM, OUTROS CONVERSAM POUCO , E DIZEM TUDO. POIS ESTES, SABEM CHEGAR AONDE QUEREM; AQUELES MUITAS VEZES SE PERDERAM NO MUITO FALAR .
APELO
NOVAIS , C. A. 100 - ESQUEMA ADAPTADO POR CARLOS A NTONIO SANTOS DE N OVAIS PARA A MATÉRIA DE NOÇÕES DE HOMILÉTICA DO IETEV
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DIVISÃO E/OU TÓPICOS
APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II "Os pais preocupados, levaram seu pequeno filho ao psicólogo, e alegaram que todo o desenho que o menino fazia era em preto e branco. Então o doutor perguntou: "Vocês já deram pra ele uma caixa de lápis de cor?" Seus pais responderam: "Não!" Estaremos colocando em suas mãos poderosas e atuais ferramentas de trabalho que abrangem: Técnicas de Homilética, Marketing e Comportamento Humano que serão fortes aliados na arte de pregar entusiasticamente mensagens cativantes e de impacto.[101] Conta a história bíblica que certa vez uma jumenta falou a Balaão, e é bem possível que você já tenha visto suas crias pregando por aí. Pergunte-se a si próprio: ―Como eu reajo quando ouço uma mensagem maçante e tediosa?‖ Pois bem, os outros ouvintes não são diferentes de nós. Eles têm exatamente a mesma impressão que você e eu. Quando a pregação está chata, as pessoas pouco a pouco vão desviando a atenção, para outros detalhes do auditório e deixam que a mensagem literalmente "passe por cima de suas cabeças". Por isso, às vezes, pela falta de preparo do pregador, as pessoas saem da igreja mais vazias do que chegaram. Não se pode culpar os ouvintes por não prestarem atenção num sermão fraco e sem brilho, pois até mesmo o cachorro quando está entediado começa a correr atrás do próprio rabo para se distrair.
TÉCNICAS DE MARKETING E HOMILÉTICA "...E o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados... "
(Mateus 10.27b)
UMA PALAVRA SOBRE PUBLICIDADE E MARKETING Imagine a seguinte situação: Ao acordar pela manhã você ouve no rádio a seguinte mensagem ―Atenção! Hoje à meia noite olhe para o céu que Deus vai falar com você‖. Você vai tomar seu café senta-se à mesa, abre o jornal e lá está o mesmo anúncio veiculado na página central do jornal. Aí você pega o carro vai para o trabalho, liga o rádio e de hora em hora ouve a mesma mensagem. Andando pelas ruas e avenidas, observa que há vários out-doors com a mesma campanha. Enfim o dia todo por todo lugar que vai, vê diversas formas do mesmo anúncio: "Deus vai falar com você hoje à meia noite! Olhe para o céu!" Após ver tanta publicidade, será que você se sentiria compelido, ao menos por curiosidade, a olhar para o céu à meia noite? Eu creio que sim! É claro que Deus não usa propriamente os veículos de publicidade para falar com o povo, mesmo porque Ele conta com você para a proclamação da Sua Palavra, todavia, este pequeno ensaio serve para lhe mostrar o poder que a publicidade exerce sobre as pessoas. 101 - S OCORRO !!! T ENHO QUE PREPARAR UM SERMÃO! - CESAR CEZAR - P REGADOR CRIATIVO. ED. A.D S ANTOS
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II A Publicidade nada mais é do que uma contingência da sociedade contemporânea. Atualmente se reveste de aspectos científicos no intuito de vir a causar influência cada vez maior no homem moderno. Seus métodos, são usados nos mais variados campos desde filosófico, político, social, econômico e até mesmo no campo psicológico. A criação de produtos e serviços e os meios pelos quais eles saem do fabricante e chegam às mãos do consumidor final se dá o nome de Mercadologia ou Marketing. A bem da verdade, a Publicidade e o Marketing tem de andar juntos numa relação " causa e efeito", para que haja satisfação geral tanto para quem vende, quanto para quem compra. Até pouco tempo atrás não era comum o uso dos veículos publicitários para divulgação da fé ou de seus artefatos, todavia a igreja católica, desde 1597, sob a tutela do papa Clemente VIII já adotava (com a finalidade exclusiva de propagação da suas crenças) o termo Propaganda sob a alcunha de "Congregatio de Propaganda Fide". A partir daí, Publicidade ficou caracterizada como a arte de despertar no público a reação de compra com explícito objetivo comercial ; e a Propaganda ficou definida como atividades que tendem a influenciar o homem, com objetivo religioso ou cívico, propagando idéias, porém, sem finalidade comercial . Todavia, neste manual, vamos abordar somente sobre a essência da Publicidade, ou seja, o âmago dos Fundamentos Psicológicos, essa sim, a única parte que nos interessa para tornar ainda mais eficaz a pregação da Palavra de Deus. No mundo capitalista em que vivemos a publicidade exerce grande influência de atração sobre as pessoas. Até mesmo comigo já aconteceu, o fato de uma publicidade mudar minha opinião. Certa vez estava dirigindo meu veículo num dia ensolarado, e encontrava-me com muita sede, então pensei: "Puxa, que vontade de beber um suco de laranja bem geladinho!", então estacionei meu carro na padaria mais próxima e quando entrei, havia uma pessoa bebendo uma Coca-Cola com gelo e limão. Quando o balconista veio atender-me, ouvi saindo de minha boca: "Eu quero uma Coca com limão e gelo!" Veja só! O que tem haver um suco de laranja que é amarelo e natural com uma Coca-Cola, que é preta e artificial? Eu queria beber um suco de laranja, mas ao ver a Coca-Cola mudei imediatamente de opinião. E é bem possível que você tenha passado por uma situação semelhante. Talvez fiquemos a nos perguntar: "Por que isso acontece?" Resposta: É o resultado de muitos investimentos em campanhas e mais campanhas de publicidade, as quais visam criar novos hábitos e conceitos. As razões que provocam este nosso interesse pelo objeto anunciado, se analisadas à luz da psicologia, mostram que os publicitários inteligentemente desenvolveram suas técnicas para levar o consumidor à ação de compra embasados nos fundamentos psicológicos do desejo humano. Estes desejos podem ser listados da seguinte maneira: Desejo de Aprovação Desejo de Segurança Desejo de Atividade Desejo de Reciprocidade
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Toda vez que se fizer um apelo a estes desejos, inconscientemente tendemos a ir de encontro a eles. ALGUMAS REGRAS DE PUBLICIDADE A técnica utilizada por trás de tanto êxito é na verdade bem simples. ― AIDA‖ que também pode ser Foi George H. Batten que inventou a fórmula conhecida como ― AIDA‖ C aplicada na pregação do evangelho.
Creio que o Evangelho de Jesus Cristo é o único meio de atender todas as expectativas humanas em relação aos seus desejos. Resumindo, em Jesus encontramos: Segurança, Aprovação, Reciprocidade e não nos falta trabalho em Sua obra. Por todos estes motivos cremos que também pregação pode ser embasada nesta mesma fórmula psicológica de sucesso: "AIDA" C A primeira letra da fórmula, a letra ― A‖ refere-se a Atenção que é o primeiro item necessário
para quem quer mostrar qualquer coisa a alguém. Se não consigo despertar a Atenção do indivíduo não conseguirei sequer um modo de iniciar a mensagem. As agências de publicidade criam muitas técnicas para chamar a atenção, perceba que muitos anúncios exploram muito a cor vermelha. Porque o ser humano parece sentir uma necessidade psicológica por esta cor, por exemplo: Você tem um saquinho de balas de goma de diversas cores, mas nós procuramos pelas vermelhas. Na geladeira tem uma laranja, uma pêra e um morango, nós pegamos o morango, etc. Perceba que a logomarca Coca-Cola, tem um pano de fundo vermelho, a patente Mc Donald's também, a maioria dos carros anunciados são vermelhos, enfim, os publicitários planejam cada detalhe para obter a máxima atenção de seus consumidores, e creio que podemos ter o mesmo zelo ao elaborar uma mensagem que chame a atenção. Afinal, Deus mesmo, sabedor dessa influência psicológica da cor vermelha sobre os seres humanos, nos providenciou um meio excelente para sermos salvos, isto é, pelo sangue de Jesus Cristo. Eu lhe pergunto: "Qual é a cor do sangue?" Um outro dado importante é que as agências de publicidade, tem aprendido ao longo dos anos, uma outra técnica muito interessante para despertar a atenção dos consumidores, veja: "Quando se apresenta duas ou mais questões que não fazem nexo algum entre elas, o cérebro humano, grava essas informações incoerentes e fica processando-as inconscientemente na busca de uma resposta". Detalhe, enquanto o cérebro processa essa busca, eles conseguem o que querem, ou seja, imprimir a marca do produto no seu subconsciente. Para ficar mais claro, usaremos alguns exemplos (os quais na verdade abominamos), porém, servem para elucidar o que estamos falando. Se eu lhe mostrar isoladamente num painel o número 51, e lhe perguntar: "Qual produto você lembra ao ver esse número?". Antes mesmo de você abrir a boca seu cérebro já completou " Boa idéia, Caninha 51". Por que essa marca e slogan ficaram tão latentes em nossas mentes? Porque são dados que não tem nexo algum entre eles, pense bem, o que tem a ver: Caninha, com o número 51 e uma boa idéia?
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Não existe qualquer relação que associe logicamente: uma Aguardente a um Número e à uma Idéia Positiva, por isso mesmo, seu cérebro guarda essas informações, e como não há lógica entre elas, os publicitários conseguiram que essa informação ficasse muitas vezes sendo inutilmente processada nas nossas cabeças (mesmo a nível inconsciente) quando na verdade nunca iremos encontrar a razão de ser delas, pois não há solução, onde não há lógica! Daqui para frente, cada vez mais você vai se deparar com publicidades desse cunho. Lembre-se da campanha do Banco Real? Primeiro eles mostram algo que não tem nada a ver, em seguida mudam completamente o modo de raciocínio e dizem o chavão: "...Mas, isso não importa. O que importa é que o Banco Real dá 12 dias no cheque especial...". Outro exemplo é o anúncio do Jornal o Estado de São Paulo, novamente você vê uma cena atípica e depois escuta o clichê: "E daí, é que o Estadão Funciona". No caso da Pregação Criativa, creio ter recebido do Senhor Deus (após analisar o funcionamento psicológico do Marketing) um método infalível para chamar à atenção e cativar o auditório, para que fiquem ansiosos por ouvir toda a mensagem. Para tanto se faz mister adotar um sistema que desperte a curiosidade deles, algo que desafie o raciocínio, algo que os deixe ansiosos por saber o desfecho da pregação, mantendo-os literalmente "presos" à mensagem para satisfazer suas expectativas. A essa estratégia daremos o nome de Enigma. O Enigma nada mais é do que uma Ilustração Visual de comparação, a qual se constituí num
excelente meio de se conseguir esse objetivo, porém a sua conclusão deve ser dada no meio do sermão ou próximo ao seu término, veja maiores detalhes a seguir. Depois apela-se para a segunda letra o ―I‖ da fórmula, que significa: Interesse.
O Interesse pode ser despertado através de uma "oferta especial" isto é, perceba a grande quantidade de ofertas que todos os dias são veiculadas. Mensagens do tipo: "Pague um e leve três", ou, "Promoção válida somente até sábado"; "Concorra a quinze prêmios de $ 15.000,00" e ainda: "Não perca esta oportunidade!", etc. Uma oferta especial sempre desperta o Interesse sobre algo que já chamou a Atenção. Estatísticas sobre o Comportamento Humano, mostram que as pessoas são 100% egoístas normalmente; só mostram interesse pelos seus próprios interesses, isto é, só ouvem aquilo que querem ouvir. Veja no exemplo abaixo, o "cúmulo do absurdo" em que se tornou a comunicação de uma família conhecida minha. Certa feita, fui na casa de um amigo, e deparei-me com a seguinte cena: O pai dele estava na sala lendo jornal, a mãe assistindo a novela, o irmão mais velho, estava saboreando sua refeição na sala de jantar. De repente o pai falou: "Essa recessão ainda vai matar a gente!" Depois de alguns minutos de silêncio a mãe bradou "Nossa! Ele está apaixonado pela mulher de seu pai!. "Novamente alguns constrangedores minutos de silêncio, então o irmão disse: Faltou sal na carne!", e o meu amigo, que é crente disse-lhes "Atenção! Acho que vou para fora do país o ano que vem!" Seu pai só abaixou o jornal e deu-lhe uma olhada por cima dos óculos, em seguida voltou a ler; sua mãe nem sequer ouviu o que ele disse e o máximo que ele obteve de resposta concreta foi um desdém de seu irmão, que balbuciou : "Oh! Que fé!", e em seguida foi para a cozinha.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Veja quantas frases desconexas, soltas no ar a esmo, cada um falava de algo de seu próprio interesse, porém como o assunto de cada um não interessava ao outro, simplesmente não davam a mínima, parecendo mais que falavam a sós. O nível do diálogo, leia-se, "conversa" entre algumas pessoas (e até mesmo famílias) de hoje deixa-me perplexo, pois mais se assemelha ao soneto do poeta louco que diz: "Subi na bananeira; prá apanhar jabuticabas; veio o dono das laranjas, e disse: Onde vais com as goiabas ?" Talvez por isso, Jesus, pleno conhecedor da índole humana nos ensine claramente na Sua Palavra que o nosso interesse deve ser o dos outros, e não os nossos (vide 1 Coríntios 10.24), para não correr o risco do Evangelho cair em "ouvidos moucos". O Evangelho por si só, já é uma grande "oferta especial" providenciado por Deus para nos presentear, basta mostrar a mensagem certa na hora certa, do modo certo. Em terceiro lugar se faz emergir o ―D‖ que significa Desejo. O Desejo pode ser despertado
através de um reflexo emotivo, toda vez que um anúncio faz fluir alguma emoção do consumidor, consegue, com isso, criar uma associação psicológica entre a sensação despertada e o produto. Observe que muitas publicidades atualmente, fazem você sorrir, e algumas, até mesmo gargalhar! Quando você vê um anúncio e dá um sorriso para ele, você está sendo condicionado a associar o produto anunciado a essa boa sensação, e isto faz com que você deseje novamente sentir aquele "prazer", então você inconscientemente deseja adquirir aquele determinado produto. Afinal, a vida, às vezes se torna tão dura ou tão difícil, que poucos têm motivos para rir, por esse motivo é que todos desejamos ter boas impressões e até mesmo boas sensações. Por último, desperta-se a Ação representada pelo segundo quarta letra, o ― A‖ da fórmula.
No caso do Marketing, após despertar a Atenção, levar ao Interesse, criar o Desejo através do desencadear de emoções agradáveis ou de segurança, não são suficientes, pois ainda que o consumidor chegue a desejar um produto e consiga lembrar o seu nome; isso pouco vale para quem o produz, porque o consumidor final, poderá ficar indefinidamente nesse estado. A publicidade, quando bem elaborada, tende a transformar um vago desejo ou indefinição em Ação de compra. É então preciso impor, quer pela sugestão, imitação, ou até mesmo pelo raciocínio, a convicção da necessidade de comprar o produto anunciado, o mais rapidamente possível. Por isso todos os anúncios terminam com frases convincentes ou condições vantajosas, afim de levar o consumidor ao ato da compra. Pois de nada adiantaria, despertar a Atenção, o Interesse e o Desejo por Jesus, se o pecador não vier entregar sua vida imediatamente após a pregação. Toda vez que faço um convite a alguém, estou exigindo do receptor uma ação, positiva ou negativa, por exemplo: Aceitar a Cristo, abandonar um vício, reconciliar-se com alguém, largar o pecado, etc. A Ação na pregação é despertada por um apelo imediato e oportuno, um franco convite a uma mudança de atitude, na forma de um apelo, que visa melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Observação: Nunca use a palavra "não" neste apelo, nunca diga, por exemplo: "Você não quer aceitar a Cristo?", ou, "Porque você não restaura a sua vida agora?"
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Estatísticas dizem que quando a pessoa ouve a palavra "não" numa proposta qualquer, ela já se predispõe a responder negativamente. Existem palavras chaves que exigem uma ação imediata de quem ouve, são elas: "Aceite Agora a Salvação..." "Decida-se Hoje por Cristo..." "Venha Já receber o perdão..." O Denominador comum "C" (no Marketing) é de Convicção, pois uma vez resolvido o problema de despertar o Desejo (porque se conseguiu convencer o comprador que aquele produto vai prestar-lhe algum serviço), vai dar-lhe mais conforto, à sua esposa, à sua família, enfim, a alguém de suas relações, é preciso que se convença de que o produto realmente é bom. A Convicção reforça a Ação tornando-a contínua, isto é, fazendo com que o consumidor sempre volte a comprar o mesmo artigo. No nosso caso, o "C" da fórmula indica Conversão, e não Convicção, uma pessoa que não experimentou o processo da genuína Conversão não pode de maneira alguma oferecer Jesus aos outros, pois nele não há veracidade daquilo que fala. É uma máxima verdadeira aquela que diz: " Só se pode oferecer a outrem aquilo que se possui." Só pode falar que é gostoso comer framboesas aquele que já as comeu. Quem nunca provou não poderá convencer ninguém a comer framboesa, pois não saberá nem seu gosto, nem seu aspecto. Um dos grandes problemas da igreja de hoje, é que existem muitas pessoas (e até mesmo líderes), convencidas do Evangelho, ou seja, cheias de Convicção, mas não estão Convertidas. VEJA ABAIXO O QUADRO ELUCIDATIVO DAS ETAPAS DA MENSAGEM CÓDIGO Fala Escrita Expressão Corporal Emanação Gustativo Contato
VEÍCULO Voz Letra
MÉTODO Sonoro Gráfico
SENTIDO ATIVO Audição Visão
Gesto
Mímica
Visão
Cheiro Sabor Toque
Odorífero Palatal Tátil
Olfato Paladar Corpo
ALGUMAS ATITUDES DEVEM SER EVITADAS DURANTE O CULTO, TAIS COMO: Conversar assuntos alheios ao culto com os colegas de púlpito;
Cruzar as pernas exageradamente ou ficar com as pernas exageradamente abertas; Limpar o nariz escandalosamente; Pentear-se enquanto no púlpito; Ler revistas, livros ou jornais; Coçar-se indecorosamente.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II AO PREGAR DEVE EVITAR: Pôr as mãos no bolso.
Enfiar as mãos nos quadris. Colocar as mãos para traz. ALGUMAS DICAS DE GESTOS.
O indicador apontado para um dos lados, ilustra uma direção a seguir. ―Este é o caminho, andai nEle.‖ O mesmo indicado, apontado para o auditório, indica a acusação. A mão estendida indica o dar. ―Jesus nos oferece a Vida‖. A mão estendida, sendo recolhida, fala do ato de receber. ―Recebemos as bênçãos do Senhor.‖ As duas mãos estendidas verticalmente em linha horizontal servem para ilustrar divisão.
―Separará os justos e os ímpios‖. O punho fechado serve para expressar força, triunfo. ―Somos mais que vencedores‖. COMO CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO. ―O medo é um inimigo invisível que não tem casa própria. Você pode derrotá-lo, como pode dar guarida, posso te ajudar? decida-se‖ Quando o medo aparecer, encare-o normalmente; Controle seu nervosismo. Procure ficar com o corpo descontraído e respire profundamente. Tenha uma atitude correta e consciente. O perigo dos gestos incorretos e inconscientes. Botões do
paletó, caneta, fio de microfone, papel oficio, lenço e outros, não poderão te dar segurança. Chame sua voz com a respiração; O perigo do desequilíbrio vocálico pode ser evitado com uma respiração profunda. A prática irá proporcionar o reflexo. O orador não nasce feito, ele precisa aprender caminhar de forma normal como qualquer pessoa normal. PRECIOSOS PERTINENTES A PREGADORES 01. Descanse bem todas as noites e se possível, todas as manhãs. 02. Mantenha um coração puro e renove o colarinho limpo. 03. Em sua vida brilhe a luz do evangelho e em seus pés sempre brilhe os sapatos. 04. Não deixe passar oportunidades, mas mande passar seu terno. 05. O mar Cáspio fica bem entre a Europa e Ásia, mas a caspa fica mau na gola do seu paletó. 06. Seja pobre de espírito, mas não de vocabulário. 07. Procure a casa dos homens para que os homens procurem à casa de Deus. 08. Contente-se com o que tem, mas não com o que é. 09. Perdoe as dívidas dos seus devedores, mas não se endivide e ganhe os seus credores. 10. Unhas esmaltadas podem ser criticadas, mas sujas são sempre apontadas. 11. Ir à frente é melhor do que empurrar para frente. 12. A consistência é mais forte do que a eloqüência. 13. Busque a Deus antes, para estar vivo diante dos homens.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II COMO PREPARAR UM ESBOÇO E PREGAR O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e ficase livre para gesticular. O pregador fica livre para usar sua imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também pode expandir seu temperamento emocional. Este é o método mais utilizado na oratória. Cuidados também devem ser tomados, pois o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito. DIVISÃO DO SERMÃO O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado: 1. INTRODUÇÃO (EXÓRDIO) Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador. Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão. Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio. Deve ser breve, é muito importante, pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter: o anúncio do tema, texto a ser lido. TEXTO É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra. Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual. O CORPO É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar. É o mesmo que desenvolvimento do sermão. O corpo é a seqüência das divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará o sermão) e ainda conter subdivisões. Deve chamar à consciência dos ouvintes para colocar em prática os argumentos expostos. O pregador deve saber colocar em ordem as divisões, ou seja, os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte. Esta é uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento. CONCLUSÃO A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselhável. A conclusão deve ser breve e objetiva. É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados. Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida. ESTUDO BÍBLICO Consistem os estudos bíblicos em escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma concordância. O segundo passo é escolher e determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da exposição. Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão. Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém copiá-las no esboço. Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de desenvolver. ORGANIZANDO O SERMÃO Observe abaixo o quadro analítico da estrutura completa de um Sermão.[102] PREENCHA A ESTRUTURA: TÍTULO: TEXTO:
OBJETIVO:
INTRODUÇÃO: TEMA OU TESE: DIVISÃO DO TEMA/CORPO DO SERMÃO: 1º ARGUMENTO 2º ARGUMENTO 3º ARGUMENTO ARGUMENTO FINAL:
CONCLUSÃO:
APELO:
OBJETIVO CUMPRIDO:
Esta estrutura ajuda-nos a ter uma direção fixa no sermão, e a evitar voltas e desvios do assunto. Tais erros facilmente tiram a atenção da congregação, quando isto acontece o canal da bênção se fechou. Perdemos a oportunidade de abençoar a vida de alguém. Se o pregador não consegue organizar seus pensamentos, dificilmente conseguirá alcançar seus alvos (objetivos) e o sermão deve ter, como disse LIoyd-Jones,[103] ―impacto imediato sobre os ouvintes‖. 102 - A DAPTADO DO LIVRO “P REGAÇÃO AO ALCANCE DE TODOS , P . 89 – HANS U LRICHREIFLER 103 - M ARTYN L LOYD -J ONES (1899-1981) FOI UM FENÔMENO NO MOVIMENTO EVANGÉLICO INGLÊS DO SÉCULO XX. ENQUANTO ESTUDAVA MEDICINA EM LONDRES , ELE ENFATIZAVA A IMPORTÂNCIA DO PODER DO E SPÍRITO S ANTO : "S E NÃO HÁ PODER , NÃO É PREGAÇÃO. A VERDADEIRA PREGAÇÃO, NO FIM DAS CONTAS , É D EUS ATUANDO. N ÃO SE TRATA DE UM HOMEM MERAMENTE ARTICULANDO PALAVRAS, MAS D EUS USANDO - O ." E LE MESMO , COMO PREGADOR , POSSUÍA ELOQÜÊNCIA , FORÇA E PAIXÃO , AO PASSO QUE NEGAVA O RÓTULO DE " APRESENTADOR ". M ESMO SENDO UM AVIVALISTA, L LOYD -J ONES NUNCA ACEITOU EXTREMISMOS QUANTO À ATUAÇÃO DO E SPÍRITO S ANTO, E NUNCA CHEGOU A ADOTAR UMA POSIÇÃO CARISMÁTICA QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS. D EDICOU GRANDE PARTE DO FINAL DOS SEUS DIAS À PUBLICAÇÃO DE LIVROS E A VISITAR PEQUENAS IGREJAS, ENCORAJANDO - AS . A MAIORIA DOS SEUS TÍTULOS TRADUZIDOS PARA O PORTUGUÊS FORAM PUBLICADOS PELA EDITORA PES (P UBLICAÇÕES E VANGÉLICAS S ELECIONADAS ), CD-ROM, B ÍBLIA EM A ÇÃO “P REGANDO COM OS M ESTRES ”. E DIÇÕES V IDA N OVA
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II VAMOS ANALISAR AS SEGUINTES PASSAGENS BÍBLICAS E DESCOBRIR SEUS PONTOS PRINCIPAIS (TEMAS) DESCUBRA EM CADA TEXTO, SEU RESPECTIVO TEMA. I Tm1:12 II Tess. 3:1-2 Mt. 7:24-29 TEMA
Salmo 1
TEXTO
1 2 3 4 UM SERMÃO DOUTRINÁRIO UM SERMÃO EVANGELÍSTICO TRABALHE O TEMA USANDO O MÉTODO DE PROBLEMA E SOLUÇÃO OBJETIVO: OBJETIVO: TEXTO: TEMA: III III CONCLUSÃO:
OBJETIVO: TEXTO: TEMA: III III CONCLUSÃO:
TEXTO: TEMA: III III CONCLUSÃO:
UM SERMÃO ÉTICO UM SERMÃO DE CONSAGRAÇÃO TRABALHE O TEMA USANDO O MÉTODO DE PERGUNTAR E RESPENDER OBJETIVO: TEXTO: TEMA: III III CONCLUSÃO:
A maior pregação de um cristão continua sendo não aquilo que ele diz, mas, sobre tudo a sua própria vida como bem escreveu E. M. Bounds.[104] ―Homens mortos pregam sermões mortos e sermões mortos matam‖ A parte mais importante do sermão é a vida do homem (e da mulher também) que está atrás dele. E assim expressou também E. M. Bounds.[105] ―O homem está atrás do sermão. Pregação não é a performance de uma hora. Pelo contrário, é o produto de uma vida...‖ Passe este esquema a limpo e entregue ao professor no dia:_____/ ___________/ ______________. 104 - E. M. B OUNDS “P URPOSE IN P RAYER” E. M. B OUNDS ON P RAYER (11-104). N EW K ENSING WHITAKER HOUSE. 1977 P . 36 105 - O P . CIT
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II PREPARANDO SERMÕES 1. SERMÃO TÓPICO OU TEMÁTICO. Como já estudamos, o sermão Topical é aquele cujas divisões são derivadas do Tema. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas? Porque? Quando? Como? Onde? O que? CONFISSÃO I João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. I - O QUE DEVEMOS CONFESSAR? A) Nossos pecados B) O Nome de Jesus C) O poder de Deus II - COMO CONFESSAR? A) Com sinceridade B) Com fé III - QUANDO DEVEMOS CONFESSAR? A) Agora mesmo B) Ao ouvir a Palavra de Deus IV - QUAL O RESULTADO DA CONFISSÃO? A) Paz B) Perdão C) Comunhão Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos. TEMA: O Cristo que não muda TEXTO: ―Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente‖. (Hebreus 13:8) I - O QUE NÃO MUDA EM CRISTO?
II - POR QUE NÃO HÁ MUDANÇA EM CRISTO?
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II TEMA: O Cristo Maravilhoso TEXTO: ―E o seu nome será Maravilhoso‖. (Isaias 9:6) 2. SERMÃO TEXTUAL Como já estudamos, o sermão textual é aquela cujas divisões são derivadas do texto. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento é utilizar as divisões do próprio texto. A ENTRADA João 10:9 Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á I - EU SOU A PORTA. A) Da Salvação B) Da felicidade C) Estreita II - SE ALGUÉM ENTRAR POR MIM A) Não há acepção de pessoas B) A única entrada III - SALVAR-SE-Á A) Uma decisão própria B) Da perdição eterna Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos . A POSTURA DO CRISTÃO Salmo 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. I - BEM-AVENTURADO
II - O VARÃO QUE NÃO ANDA SEGUNDO O CONSELHO DOS ÍMPIOS
III - NEM SE DETÉM NO CAMINHO DOS PECADORES
IV - NEM SE ASSENTA NA RODA DOS ESCARNECEDORES
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II TEMA: Olhar para Jesus TEXTO: ―Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...‖ (Hebreus 12:2) 3. SERMÃO EXPOSITIVO Como já estudamos, o sermão expositivo é aquela cujas divisões estão inseridas no fato narrado. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão é a descrição do episódio. O ENCONTRO COM A VIDA Lucas 7:11-17 I - A MULTIDÃO QUE SEGUIA A JESUS A) Pessoas desejosas B) Pessoas com esperanças C) Pessoas alegres II - A MULTIDÃO QUE SEGUIA A VIÚVA A) Pessoas entristecidas B) Pessoas sem esperanças C) Pessoas inconformadas III - O ENCONTRO DA VIDA COM A MORTE A) A vida é uma autoridade B) A morte se curva ante a vida IV - O RESULTADO DO ENCONTRO A) A ressurreição do jovem B) A alegria da multidão entristecida C) A edificação da multidão que seguia Jesus D) A conversão de muitos Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos. A MULHER SAMARITANA TEXTO: João 4:1-42 I - O ENCONTRO COM A MULHER II - O DIÁLOGO
III - O TESTEMUNHO DA MULHER IV - O RESULTADO DO TESTEMUNHO
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II TEMA: A cura de Naamã TEXTO: II Reis 5:1-14 I - O ESCRAVO DE NAAMÃ, CONTA SOBRE ELISEU Á SUA SENHORA
II - O DESEJO DE NAAMÃ DE ENCONTRAR-SE COM ELISEU
III - A SUA SUPOSTA DECEPÇÃO E FALTA DE FÉ
IV - O RESULTADO DE SUA OBEDIÊNCIA A ORDEM DE ELISEU ATENÇÃO!!! Não esqueça que muitas mensagens (lindas e reveladas), podem ser "assassinadoras" se o pregador ficar preso no papel, ou seja, caso fique lendo a mensagem no púlpito, ao invés de pregá-la. Use o Esboço com sabedoria, dando liberdade de expressão em todos os sentidos da comunicação, com convicção e entusiasmo. CONCLUSÃO
Todas as pessoas que assumem suas responsabilidades e convicções precisam inteirar dos assuntos concernentes a função, a vocação. Na Homilética não é diferente porque crescer na graça e no conhecimento depende muito da obediência com uma boa dosagem de sacrifício e desejo de ser um instrumento de Cristo. É preciso atentar à ação divina e reconhecer a total dependência de Deus para pregar o Evangelho de Cristo. A cada dia ou a cada pregação há uma nova experiência a ser absorvida. Essas convicções farão de sua vida um canal divino onde as pessoas encontrarão ―Água e Pão.‖ Faça a vontade de Cristo e desfrute da Sua presença gloriosa, pois Ele não nos abandona no exercício.
Ele nutre cada um dos seus servos com Paz, Graça e Misericórdia da parte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, amém.
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II CHARLES FINNEY E SUAS TÉCNICAS DE PREGAÇÃO PARA QUE NINGUÉM PUDESSE SER SALVO[106] Longe de ser parecido com os " Astros de Cristo" da atualidade, Finney[107] era até "assustador" na sua aparência. Não andava com ternos listrados e nem usava sapatos de couro de jacaré. Não tinha o hábito de usar uma toalinha com o seu nome bordado (falando nisso, quem foi o sujeito que inventou esse negócio de toalinha bordada?) e não chegava só no horário de pregar no culto. Tinha paixão pelas almas, e não pelo que as almas poderiam dar à ele. Prosperidade era sinônimo de salvação. O texto de Finney é antigo, mas sua aplicação é surpreendente para os dias de hoje. O famoso pregador Charles Finney ensinava seus alunos sobre técnicas de pregação para que ninguém pudesse ser salvo. Se você não quer ver pessoas salvas, use as dicas abaixo. 1. Que sua motivação para pregar seja a sua popularidade e não a salvação das pessoas. 2. Procure agradar a sua congregação, mantendo diante dela uma boa reputação em vez de agradar a Deus. 3. Pregue sobre coisas que o povo gosta, sobre temas sensacionais que atraiam as pessoas, e evite pregar a essência da doutrina da salvação. 4. Seja discreto na hora de denunciar o pecado, e nem mencione os pecados que assolam sua congregação. 5. Pregue apenas sobre o amor e as virtudes da glória celestial, e não mencione sobre os perigos do pecado. 6. Reprove os pecados dos que não estão no culto, e faça com os que estão nos cultos sintam-se bem consigo mesmos, para que seu sermão lhes agrade e não deixem o culto com seus sentimentos machucados. 7. Dê a entender aos crentes mundanos, membros da igreja de que Deus é bom demais para mandálos pro inferno, se é que este existe. 8. Pregue sobre a fraternidade universal de Deus e a fraternidade dos homens e não fale a respeito da necessidade de um novo nascimento. REGISTRO DE TEÓLOGO A CONCLUSÃO DO CURSO DÁ AO ALUNO O DIREITO DE REGISTRAR - SE COMO TEÓLOGO. PEDINDO SUA FILIAÇÃO AO CRT – CONSELHO REGIONAL DE TEOLOGIA E CFT – CONSELHO FEDERAL DE T EOLOGIA . DE ACORDO COM O MINISTÉRIO DO TRABALHO , PORTARIA MTB 1.334/94 E DECRETO LEI Nº 76.900/75 – TEÓLOGO – CBO CÓD. 2631-15 – PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR . 106 - FONTE DO TEXTO : WW W .ABRACODEDEUS . BLOGSPOT . COM 107 - CHARLES G RANDISON FINNEY FOI P REGADOR , PROFESSOR , TEÓLOGO , ABOLICIONISTA E AVIVALISTA ESTADO - UNIDENSE , UM DOS LÍDERES DO S EGUNDO G RANDE DESPERTAR. INTRODUZIU VÁRIAS INOVAÇÕES NO MINISTÉRIO RELIGIOSO , TAIS COMO A CENSURA PÚBLICA E NOMINAL DE PESSOAS DURANTE O SERMÃO, A PERMISSÃO DA MANIFESTAÇÃO DAS MULHERES EM CULTOS PARA AMBOS OS GÊNEROS E OUTROS .
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II BIBLIOGRAFIA APOSTILHA CFTBN. – CENTRO DE FORMAÇÃO TEOL . BATISTA NACIONAL, PR. VALDOMIRO ARCANJO. LOYD M. PERRY & CHARLES SELL, PREGANDO SOBRE OS PROBLEMAS DA VIDA , 2ª EDIÇÃO , EDITORA JUERP, RJ. 1991. MAXIMIANO CARNEIRO, PRª ROSIÊ. TEORIA E PRÁTICA EM HOMILÉTICA DO I.T.Q. – INSTITUO TEOLÓGICO QUADRANGULAR , SECRETARIA GERAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA. POLITO, REINALDO . COMO F ALAR CORRETAMENTE E SEM INIBIÇÕES , 104 ª EDIÇÃO EDITORA SARAIVA. VALTER, BASTOS. PEQUENO M ANUAL DE HOMILÉTICA- 1998 JOSÉ, VALTER. MANUAL DE MENSAGENS - 2003 ARISTÓTELES. ARTE RETÓRICA. RIO DE JANEIRO , EDIOURO , (S.D). ––––. A POLÍTICA. RIO DE JANEIRO , EDITORA TECNOPRINT , (S.D). ––––. POÉTICA. SÃO PAULO , ABRIL CULTURAL , 1973. (O S PENSADORES , IV). BARTH, KARL . L A PROCLAMACION DEL EVANGELIO. SALAMANCA , EDICIONES SIGUEME , 1969. BAXTER, RICHARD . O P ASTOR APROVADO. SÃO PAULO, PUBLICAÇÕES EVANGÉLICAS SELECIONADAS , 1989. BENTON, WILLIAM , PUBLISHER . ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA. CHICAGO , ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA , INC. 1962, 24 VOLS . BERGE, DAMIÃO. O LOGOS HERACLÍTICO : INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS FRAGMENTOS. RIO DE JANEIRO , INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO , 1969. BERARDINO, ANGEL DI, DIR ., DICCIONARIO P ATRISTICO Y DE LA ANTIGÜEDAD CRISTIANA. SALAMANCA, EDICIONES SIGUEME , 1992. BERKHOF, HENDRIKSUS . L A DOCTRINA DEL ESPIRITU S ANTO . BUENOS AIRES, JUNTA DE PUBLICACIONES DE LAS IGLESIAS REFORMADAS /E DITORIAL LA AURORA, (1969). BEZA, THEODORE . LIFE OF JOHN C ALVIN : IN: TRACTS AND TREATISES ON THE REFORMATION OF THE CHURCH. GRAND RAPIDS, MICHIGAN , EERDMANS , 1958, 3 VOLS . BLACKWOOD, A. W. A PREPARAÇÃO DE SERMÕES. SÃO PAULO, ASTE, 1965. ––––. THE FINE ART OF PREACHING. NEW YORK , THE MACMILLAN COMPANY , 1946. BOEHNER, PHILOTHEUS & GILSON, ETIENNE. HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTÃ. 3ª ED. PETRÓPOLIS , RJ. VOZES , 1985. BOICE, JAMES M. ED . O ALICERCE DA AUTORIDADE BÍBLICA. SÃO PAULO , VIDA NOVA , 1982. BRAGA, JAMES. COMO PREPARAR MENSAGENS BÍBLICAS . MIAMI, FLORIDA , EDITORA VIDA , (4 ª IMPRESSÃO ), 1989. BROADUS, JOHN A. O PREPARO E ENTREGA DE SERMÕES. RIO DE JANEIRO , CASA PUBLICADORA BATISTA , 1960. BROWN, COLIN. FILOSOFIA E FÉ CRISTÃ. SÃO PAULO , VIDA NOVA , 1983. CALVIN, JOHN . C ALVIN 'S COMMENTARIES. GRAND RAPIDS, MICHIGAN , BAKER BOOK HOUSE, 1981, 22 VOLS . ––––. G OLDEN BOOKLET OF THE TRUE CHRISTIAN LIFE . 6ª ED. GRAND RAPIDS, MICHIGAN , BAKER BOOK HOUSE, 1977. CALVIN, JOHN . COLLECTION [CD-ROM], (A LBANY, OR: AGES SOFTWARE , 1998). CALVIN, JOHN . LETTERS OF JOHN C ALVIN . SELECTED FROM THE BONNET EDITION , CARLISLE , PENNSYLVANIA , THE BANNER OF TRUTH TRUST , 1980. O P ASTOR PENTECOSTAL - CPAD - 1999 PIRES, FABIANO. O DOM DE F ALAR EM PÚBLICO – 2004 ROSA, MESSIAS ANACLETO . DO PÚLPITO 3 – 2000 HOMILÉTICA – CETEO – 2003 JUNQUEIRA, PR. BONIFÁCIO. O OBREIRO SEGUNDO A BÍBLIA .
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APOSTILA DE HOMILÉTICA SACRA II CURRICULUM ECLESIÁSTICO, FORMAÇÃO PSICANALÍTICA E TEOLÓGICA FORMAÇÃO TEOLÓGICA E FILIAÇÃO : CAPELÃO PELA ESCOLA INTERNACIONAL DE MINISTÉRIOS – ESTEM BRASIL, MG. CAPELÃO PELA FACULDADE DE TEOLOGIA SEPHER ELOAH – FATESE, DF. BÁSICA EM TEOLOGIA – STPLM – BRASÍLIA, DF. MÉDIO E BACHAREL EM TEOLOGIA BÍBLICA PELO ITCEU – BA. BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – FATEFINA (EAD). .BACHAREL EM TEOLOGIA PASTORAL – PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI. .CURSO DE ESCATOLOGIA BÍBLICA PELA CPAD. BACHAREL EM MISSIOLOGIA – SEMINÁRIO INTERDENOMINACIONAL TEOLÓGICA KERIGMA DIDACHÉ .JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO – PELA FILEMOM ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA. .PÓS-GRADUANDO EM PSICANÁLISE CLÍNICA PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI. .PÓS-GRADUANDO EM CAPELANIA CRISTÃ – PELA FACULDADE DE TEOLOGIA EL SHADAI. PÓS-GRADUANDO EM TEOLOGIA – PELO INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS. LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO – PELO INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS. CAPACITAÇÃO MISSIONÁRIA – AMME EVANGELIZAR – POÇOS DE CALDAS – MG, 2005. CURSOU OS 38 ESTUDOS DO INSTITUTO BÍBLICO BERÉIA – RJ. TEOLOGIA EM CLÍNICA PASTORAL – ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA – ESTER TEOLOGIA EM CLÍNICA PASTORAL PELA THEOLOGIA ONLINE OPEN UNIVERSITY. INTRODUÇÃO À MISSÕES – ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA – ESTER. INTRODUÇÃO Á FORMAÇÃO PASTORAL – ESCOLA DE TEOLOGIA RHEMA – ESTER. CURSO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE OBREIROS – CFCO – ASSEMBLÉIA DE DEUS – BA. CAPACITAÇÃO PASTORAL PELA SEPAL, IGREJA BATISTA PENIEL – BA. MEMBRO DA ORDEM DE TEÓLOGOS E PASTORES DO BRASIL – OTPB, 2010/14. MEMBRO DO CONSELHO DE PASTORES DO BRASIL – CPB , 2010/14. .FILIADO AO CFJE – CONSELHO FEDERAL DE JUÍZES ECLESIÁSTICOS BRASIL – 2013/14. 2º VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE TEÓLOGOS DE VITÓRIA DA CONQUISTA – CTVC. – 2013/15 EXPERIÊNCIA COM RÁDIO: APRESENTADOR DO PROGRAMA NOVAS DE ALEGRIA – RÁDIO CLUBE DE CONQUISTA – AM. APRESENTADOR DO PROGRAMA NOVAS DE ALEGRIA – RÁDIO MELODIA CONQUISTA – 87,9 FM. PARTICIPA COMO DEBATEDOR RÁDIO MELODIA CONQUISTA – 87,9 FM. PALESTRANTE NOS SEGUINTES ASSUNTOS: RELACIONAMENTOS – NAMORO, NOIVADO, CASAMENTO E SEXUALIDADE Á LUZ DA BÍBLIA. GUERRA ESPIRITUAL – “O CORAÇÃO DO HOMEM”, O CAMPO DE BATALHA ONDE TUDO COMEÇA. CARGOS, FUNÇÕES E ATIVIDADES DESEMPENHADAS: FUNDADOR DO DEPMAD - DEPARTAMENTO DE MISSÕES DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS – BA. PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – ASSEMBLÉIA DE DEUS – 1997 A 2010 – BA. .PROFESSOR DO MÉDIO E BACHARELADO DO INSTITUTO TEOLÓGICO NO CENTRO EVANGELÍSTICO URBANO – ITCEU, 2005 A 2008 – BA. PROFESSOR DO INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR – ITQ , – 2012/14 – BA. PROFESSOR DA FACULDADE TEOLÓGICA BRASILEIRA – FATEB, ASSEMBLÉIA DE DEUS – 2016 – BA. PROFESSOR DA ESCOLA TEOLÓGICA EL SHADDAI – ETES, ASSEMBLÉIA DE DEUS – 2010 – BA. .SECRETÁRIO E PROFESSOR DA EXTENSÃO DA ESCOLA TEOLÓGICA DO MINISTÉRIO DE SANTO AMARO – ETEMISA, ASSEMBLÉIA DE DEUS – 2010 – BA. .DIRETOR PRESIDENTE DO IETEV – INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA.
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