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CURSO: CURSO DE EXTENSÃO EM PEDAGOGIA DISCIPLINA: CURRICULOS E PROGRAMAS 3 º PERÍODO 1. AS DIRETRIZES CURRICULARES E O REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: CONSTRUINDO POLITICAS Somente a partir da criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96 !ue se e"idenciaram as preocupaç#es em relação a Educação $n%antil no Brasil . Ela passou a ser considerada como primeira etapa da educação &'sica. Deiou para tr's seu car'ter s) assistencial e passou a in"estir nas pol*ticas educacionais. + tra&al,o peda-)-ico com a criança de a 6 anos tornouse um elemento de preocupação peda-)-ica. Desde a promul-ação da LDB (Lei n0 9.394/961 diretrizes1 resoluç#es e pareceres do 2onsel,o Nacional de Educação "m sendo re-ulamentadas1 para pensar a curr*culo da educ educaç ação ão in%a in%ant ntil il11 nos nos seus seus aspe aspect ctos os norm normat ati" i"os os.. Esse Essess aspe aspect ctos os de"e de"em m ser ser considerados pelas instituiç#es de ensino superior ao inclu*rem a Educação $n%antil como ,a&ilitação para a %ormação inicial de pro%essores na sua matriz curricular. 1.1 O currícu! " # $r!$!% $r!$!% $"'#()(*c# $"'#()(*c# $#r# # E'uc#+,! E'uc#+,! I-#-&* -# "(*%#+,! -! /r#%* pes p esar ar do curr curr*c *cul uloo da Educ Educaç ação ão $n%a $n%ant ntil il ser ser anti anti-o -o11 s) %oi %oi le"a le"ado do em consideração a partir da 2onstituição de 591 !uando passou a ter mais %orça no per*odo de discussão e depois pela ela&oração da no"a LDB. partir desse per*odo1 a Educação $n%antil passou a ser "isualizada como modalidade de ensino e incorporada ao sistema educacional como primeiro etapa da educação &'sica. Nesse conteto1 sur-iu a 2oordenação 7eral da Educação $n%antil (2+ED$1 !ue &uscou con,ecer as propostas peda-)-icocurriculares peda-)-icocurriculares em curso nas di"ersas unidades da 8edera 8ederação ção.. $n"est $n"esti-o i-ouu os pressu pressupos postos tos !ue %undam %undament entam am essas essas propos propostas tas11 as diretrizes e os princ*pios !ue norteiam o processo. partir dessa in"esti-ação1 %oram constr con stru*d u*das as as in%orm in%ormaç# aç#es es so&re so&re a pr'tic pr'ticaa do cotidi cotidian anoo dos esta& esta&ele elecim ciment entos os de Educação $n%antil. 2om &ase nos estudos da 2+ED$1 %oi poss*"el "isualizar a %ra-ilidade e a inconsistncia de -rande parte das propostas peda-)-icas em "i-or nas instituiç#es %ormadoras. am&:m se o&ser"ou a ,etero-eneidade de propostas e de pr'ticas em Educação $n%antil desen"ol"idas em di"ersas instituiç#es de ensino. s in%o in%orm rmaç aç#e #ess da 2+ED 2+ED$$ ser" ser"ir iram am para para a disc discus ussã sãoo de um curr* curr*cu culo lo de Educação $n%antil. pontaram pra uma serie de !uestionamento !ue de"eriam ser re"istos como um curr*culo. 2om car'te car'terr multic multicult ultura ural1 l1 em uma socied sociedade ade estrat estrati%i i%ica cada da socia sociall e economicamente; micas;
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Nacional para a Educação $n%antil (A2NE$. Sua ela&oração te"e como &ase os arCmetros 2urriculares nacionais1 !ue atendiam o !ue %oi esta&elecido no art. ?6 da LDB em relação = necessidade de uma &ase nacional comum para os curr*culos. + documento consiste em um con@unto de re%erencias e orientaç#es peda-)-icas e não como &ase o&ri-at)ria = ação docente. ' as Diretri Diretrize zess 2urric 2urricula ulares res Nacion Nacionais ais para para a Educaç Educação ão $n%ant $n%antil il (D2NE$ (D2NE$1 1 ela&oradas pelo E21 tm car'ter mandat)rio e se constitu*ram na doutrina so&re os princ*pios1 %undamentos e procedimentos da Educação B'sica do consel,o Nacional de Educação. Eles ser"em para orientar as instituiç#es de Educação $n%antil dos sistemas &rasileiros de ensino na or-anização1 or-anização1 articulação1 desen"ol"imento e a"aliação de suas propostas peda-)-icas. peda-)-icas. 1.0 E'uc#+,! I-#-&*: #&r*u*+2"% #! E%'! 2onstituição 8ederal atri&ui ao Estado o de"er de -arantir o atendimento =s crianças de a 6 anos em crec,es e pr:escolas (art.?1$F. Especi%ica !ue = Gnião ca&e a prestação de assistncia t:cnica %inanceira aos Estados1 ao Distrito 8ederal e aos muni munic* c*pi pios os para para -ara -arant ntir ir a e!ua e!ualiz lizaç ação ão das das opor oportu tuni nida dade dess e padr padrão ão m*ni m*nimo mo de !ualid !ua lidade ade.. tri& tri&ui1 ui1 tam&:m tam&:m11 aos munic* munic*pio pioss priori prioritar tariam iament entee a atuaçã atuaçãoo no Ensino Ensino 8undamental e na Educação $n%antil (art. ?55. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB1 ainda1 esta&elece1 no seu art. 551 inciso F1 !ue os munic*pios incum&irseão de o%erecer a Educação $n%antil em crec,es e pr:escolas. 2a&e1 tam&:m1 ao munic*pio o aumento das matriculas de crianças de a 6 anos na rede pu&lica de ensino1 assim como o compromisso e a "ontade pol*tica de escol,er -estores !ue -arantam maior e mel,or o%erta para essa 'rea. ' o lano Nacional de Educação (NE (lei n0 5.5H?/?51 em seu capitulo so&re a Educação $n%antil1 institui diretrizes1 o&@eti"os e metas !ue a&ran-em aspectos !ualitati"os e !uantitati"os. Sua utilização se d' pelas instituiç#es e pro%issionais dessa moda modalid lidad adee de ensi ensino no11 como como %orm %ormaa de conc concret retiz izar ar um proc proces esso so educ educac acio iona nall democr'tico1 amplamente participati"o. Nesse sentido o NE admite !ue para tanto1 re!ueremse1 ademais de orientaç#es peda-)-icas e medidas administrati"as conducentes = mel,oria da !ualidade dos ser"iços o%erecidos1 medidas medidas de natureza natureza pol*tica1tais pol*tica1tais como decis#es decis#es e compromiss compromissos os pol*ticos dos -o"ernantes em relação =s crianças1 medidas econ>micas relati"as aos recursos %inanceiros necess'rios e medidas administrati"as para articulação dos setores da pol*tica social en"ol"idos no atendimento dos direitos e das necessidades das crianças1 como a Educação1 a ssistncia Social 1 a ustiça1 o ra& ra&al al,o ,o11 a 2ultu 2ultura ra11 a SaId SaIdee e as comu comuni nica caç# ç#es es Soci Sociai ais1 s1 al:m al:m das das or-anizaç#es da sociedade ci"il (p. 545J
i"em i"emos os uma "isão "isão panor panorCm Cmica ica de al-uns al-uns recort recortes es presen presentes tes na le-isl le-islaçã açãoo &rasileira. K importante !ue "oc mer-ul,e na leitura etensi"a e tente entender suas nuances. Aecorra a outros autores e a seus pro%essores para re%erencias adicionais.
0 CON4ECENDO E EXPLORANDO A ESTRUTURA DO RCNEI $remos estudar o A2NE$ (Ae%erencial 2urricular Nacional da Educação $n%antil de %orm %ormaa ampl ampla. a. rata ratas see de um docu docume ment ntoo !ue !ue ser" ser"ee como como -uia -uia de re%l re%le eão ão educacional so&re o&@eti"os1 conteIdos e orientaç#es did'ticas para os pro%issionais !ue atuam diretamente com crianças de a 6 anos de idade. Foc Foc esta pronto para con,ecer mais um pouco de A2NE$ Então "amos l'. 0.1 C!-%&ru*-'! #(u-% c#5*-6!% De acordo com a LDB n0 9.394/961 o A2NE$ tem como o&@eti"o tornar "is*"el uma poss*"el %orma de articulação entre as orientaç#es did'ticas e o processo de ensino aprendiza-em na Educação $n%antil.
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Nacional para a Educação $n%antil (A2NE$. Sua ela&oração te"e como &ase os arCmetros 2urriculares nacionais1 !ue atendiam o !ue %oi esta&elecido no art. ?6 da LDB em relação = necessidade de uma &ase nacional comum para os curr*culos. + documento consiste em um con@unto de re%erencias e orientaç#es peda-)-icas e não como &ase o&ri-at)ria = ação docente. ' as Diretri Diretrize zess 2urric 2urricula ulares res Nacion Nacionais ais para para a Educaç Educação ão $n%ant $n%antil il (D2NE$ (D2NE$1 1 ela&oradas pelo E21 tm car'ter mandat)rio e se constitu*ram na doutrina so&re os princ*pios1 %undamentos e procedimentos da Educação B'sica do consel,o Nacional de Educação. Eles ser"em para orientar as instituiç#es de Educação $n%antil dos sistemas &rasileiros de ensino na or-anização1 or-anização1 articulação1 desen"ol"imento e a"aliação de suas propostas peda-)-icas. peda-)-icas. 1.0 E'uc#+,! I-#-&*: #&r*u*+2"% #! E%'! 2onstituição 8ederal atri&ui ao Estado o de"er de -arantir o atendimento =s crianças de a 6 anos em crec,es e pr:escolas (art.?1$F. Especi%ica !ue = Gnião ca&e a prestação de assistncia t:cnica %inanceira aos Estados1 ao Distrito 8ederal e aos muni munic* c*pi pios os para para -ara -arant ntir ir a e!ua e!ualiz lizaç ação ão das das opor oportu tuni nida dade dess e padr padrão ão m*ni m*nimo mo de !ualid !ua lidade ade.. tri& tri&ui1 ui1 tam&:m tam&:m11 aos munic* munic*pio pioss priori prioritar tariam iament entee a atuaçã atuaçãoo no Ensino Ensino 8undamental e na Educação $n%antil (art. ?55. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB1 ainda1 esta&elece1 no seu art. 551 inciso F1 !ue os munic*pios incum&irseão de o%erecer a Educação $n%antil em crec,es e pr:escolas. 2a&e1 tam&:m1 ao munic*pio o aumento das matriculas de crianças de a 6 anos na rede pu&lica de ensino1 assim como o compromisso e a "ontade pol*tica de escol,er -estores !ue -arantam maior e mel,or o%erta para essa 'rea. ' o lano Nacional de Educação (NE (lei n0 5.5H?/?51 em seu capitulo so&re a Educação $n%antil1 institui diretrizes1 o&@eti"os e metas !ue a&ran-em aspectos !ualitati"os e !uantitati"os. Sua utilização se d' pelas instituiç#es e pro%issionais dessa moda modalid lidad adee de ensi ensino no11 como como %orm %ormaa de conc concret retiz izar ar um proc proces esso so educ educac acio iona nall democr'tico1 amplamente participati"o. Nesse sentido o NE admite !ue para tanto1 re!ueremse1 ademais de orientaç#es peda-)-icas e medidas administrati"as conducentes = mel,oria da !ualidade dos ser"iços o%erecidos1 medidas medidas de natureza natureza pol*tica1tais pol*tica1tais como decis#es decis#es e compromiss compromissos os pol*ticos dos -o"ernantes em relação =s crianças1 medidas econ>micas relati"as aos recursos %inanceiros necess'rios e medidas administrati"as para articulação dos setores da pol*tica social en"ol"idos no atendimento dos direitos e das necessidades das crianças1 como a Educação1 a ssistncia Social 1 a ustiça1 o ra& ra&al al,o ,o11 a 2ultu 2ultura ra11 a SaId SaIdee e as comu comuni nica caç# ç#es es Soci Sociai ais1 s1 al:m al:m das das or-anizaç#es da sociedade ci"il (p. 545J
i"em i"emos os uma "isão "isão panor panorCm Cmica ica de al-uns al-uns recort recortes es presen presentes tes na le-isl le-islaçã açãoo &rasileira. K importante !ue "oc mer-ul,e na leitura etensi"a e tente entender suas nuances. Aecorra a outros autores e a seus pro%essores para re%erencias adicionais.
0 CON4ECENDO E EXPLORANDO A ESTRUTURA DO RCNEI $remos estudar o A2NE$ (Ae%erencial 2urricular Nacional da Educação $n%antil de %orm %ormaa ampl ampla. a. rata ratas see de um docu docume ment ntoo !ue !ue ser" ser"ee como como -uia -uia de re%l re%le eão ão educacional so&re o&@eti"os1 conteIdos e orientaç#es did'ticas para os pro%issionais !ue atuam diretamente com crianças de a 6 anos de idade. Foc Foc esta pronto para con,ecer mais um pouco de A2NE$ Então "amos l'. 0.1 C!-%&ru*-'! #(u-% c#5*-6!% De acordo com a LDB n0 9.394/961 o A2NE$ tem como o&@eti"o tornar "is*"el uma poss*"el %orma de articulação entre as orientaç#es did'ticas e o processo de ensino aprendiza-em na Educação $n%antil.
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+ documento esta&elece uma inte-ração curricular de modo !ue os o&@eti"os -erais norteiem a de%inição dos o&@eti"os espec*%icos em di%erentes eios de tra&al,o. ssim1 o tratamento did'tico e os conteIdos a serem desen"ol"idos na Educação $n%antil são estruturados por %aia et'riaM crianças de a 3 anos e crianças de 4 a 6 anos. + tra&al tra&al,o ,o A2NE$ A2NE$ se con concre cretiz tizaa em dois dois CnCn-ulo uloss de ep eperi erinc ncias iasMM !r5#+,! $"%%! $"%%!# # " %!c*# %!c*# e c!-6"c*5" c!-6"c*5"-&! -&! '" 5u-'! 5u-'! . Essa Essa or-a or-ani niza zaçã çãoo tem tem um car' car'te ter r instrumental e did'tico. +s pro%essores de"em ter conscincia1 em sua pr'tica educati"a1 de !ue a construção de con,ecimentos se processa de maneira inte-rada e -lo&al e !ue de"em eistir interrelaç#es entre os di%erentes Cm&itos a serem tra&al,ados com as crianças a O 75*&! '" !r5#+,! $"%%!# " %!c*# M re%ere re%erese se =s eper eperin incia ciass !ue %a"orecem1 prioritariamente1 a construção do su@eito. Essa in%ormação en"ol"e as compleas !uest#es do desen"ol"imento desen"ol"imento de capacidades de natureza -lo&al e a%eti"a das crianças1 seus es!uemas sim&)licos de interação com os outros e com o meio1 assim1 como a relação com elas mesmas. Esse Cm&ito a&arca um eio de tra&al,o tr a&al,o denominado *'"-&*'#'" e #u&!-!5*#. & O 75*&! '" c!-6"c*5"-&! '" 5u-'!: re%erese = construção das di%erentes lin-ua-ens e =s relaç#es !ue esta&elecem com os o&@etos de con,ecimento. + dom*ni dom*nioo pro-re pro-ressi ssi"o "o das di%ere di%erente ntess lin-ua lin-ua-en -enss %a"ore %a"orece ce a epre epressã ssãoo e a comunicação de sentimentos1 emoç#es e id:ias das crianças1 proporcionando a interação com os outros. Nesse Cm&ito1 tam&:m se destacam os se-uintes eios eios de tra&al tra&al,oM ,oM 5!8*5"-&!9 #r&"% 8*%u#*%9 5%*c#%9 *-(u#("5 !r# " "%cr* -#&ur";# " %!c*"'#'" " 5#&"5<&*c# . São eios !ue trazem como proposta -uiar e %undamentar a pr'tica peda-)-ica dos pro%essores da Educação $n%antil. 0.0 RCNEI: "*=!% '" &r##6! $"'#()(*c! De acordo com o Ae%erencial 2urricular (?51 os eios de tra&al,o estão associados =s capacidades de ordemM %*sica1 co-niti"a1 a%eti"a1 :tica1 interpessoal e de inserção social. &ordaremos &ordaremos com detal,es cada uma delas. a C#$#c*'#'"% '" !r'"5 í%*c#M estão associadas = possi&ilidade de apropriação e & c d e %
con,ecimento das potencialidades corporais1 ao autocon,ecimento1 ao uso do corpo na epressão das emoç#es1 ao deslocamento com se-urança. estão associ associada adass ao desen" desen"ol" ol"ime imento nto dos C#$# C# $#c* c*'# '#'" '"%% '" !r'" !r'"5 5 c!(c!(-*& *&*8 *8#: #: estão recu recurs rsos os para para pens pensar ar11 ao uso uso e = apro apropr priaç iação ão de %orm %ormas as de repr repres esen enta taçã çãoo e comunicação. C#$#c* C#$#c*'#' '#'"" '" !r'"5 !r'"5 #"&*8 #"&*8#: #: estão associadas = construção de autoestima1 =s atitudes no con"*"io social1 = compreensão co mpreensão de si mesmo e dos outros. C#$#c*'#'"% '" !r'"5 >&*c#: estão associadas = possi&ilidade de construção de "alores !ue norteiam a ação das crianças. estão asso associ ciad adas as = poss possi& i&ili ilida dade de de C#$# C# $#c* c*'# '#'" '"%% '" r"# r"#+, +,!! *-&" *-&"r$ r$"% "%%! %!# #:: estão esta&elecimento de condiç#es para o con"*"io social. respeito to = possi& possi&ilid ilidade ade de cada cada crianç criançaa C#$#c* C#$#c*'#' '#'"% "% '" *-%"r+ *-%"r+,! ,! %!c*# %!c*#:: diz respei perce&erse como mem&ro participante de um -rupo1 de uma comunidade e de uma sociedade.
ara !ue essas capacidades se@am tra&al,adas na Educação $n%antil : necess'rio !ue !ue ,a@a ,a@a sele seleçã çãoo de cont conteI eIdo doss cons consta tant ntes es no curr* curr*cu culo lo.. Esse Essess cont conteI eIdo doss são são conce&idos no Ae%erencial 2urricular como uma concretização dos prop)sitos da instituição e como um meio para !ue as crianças desen"ol"am suas capacidades e eercitem sua maneira de pensar1 sentir e ser.
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+ re%erencial 2urricular para a Educação $n%antil (?5 destaca a importCncia de um tratamento apropriado aos di%erentes conteIdos para instrumentalizar o plane@amento do pro%essor. Ele contempla as se-uintes cate-orias de conteIdosM a C!-&"'!% c!-c"*&u#*% M dizem respeito aos con,ecimentos de conceitos1 %atos e princ*pios. +u se@a1 re%eremse = construção ati"a das capacidades para operar com s*m&olos1 id:ias1 ima-ens e representaç#es !ue permitem atri&uir sentido = realidade1 desde os conceitos mais simples at: os mais compleos. aprendiza-em nesse caso se d' por meio de constantes idas e "indas1 a"anços e recuos1 por meio dos !uais as crianças "ão construindo no"os con,ecimentos. & C!-&"'!% $r!c"'*5"-*%: est' relacionado ao sa&er %azer. aprendiza-em est' diretamente relacionada = possi&ilidade de a criança construir instrumentos e esta&elecer camin,os eu l,es possi&ilitem a realização de suas aç#es. +u se@a1 desen"ol"er procedimentos si-ni%ica apropriarse de %erramentas da cultura ,umana necess'ria para "i"er. No !ue se re%ere = Educação $n%antil1 esse : um processo %undamental para !ue as crianças possam aprender procedimentos importantes relacionados =s %ormas de cola&orar com o -rupo. c C!-&"'!% #&*&u'*-#*% M estão relacionados aos "alores1 normas e atitudes. aprendiza-em de conteIdos desse tipo implica uma pr'tica coerente1 em !ue os "alores1 as atitudes e as normas !ue se pretendem tra&al,ar este@am presentes desde as relaç#es entre as pessoas at: a seleção de conteIdos. $sso si-ni%ica dizer !ue parte do !ue as crianças aprendem não : ensinado de %orma sistem'tica e consciente1 : aprendido de %orma incidental. De maneira -eral1 os conteIdos estão interli-ados e dependem das eperincias apresentadas pelas crianças para !ue o pro%essor se@a o intermediador no processo de aprendiza-em. Em&ora os conteIdos na Educação $n%antil este@am listados por eios de tra&al,o1 muitos conteIdos encontramse contemplados em mais de um eio da matriz curricular. ssim1 ca&e ao pro%essor or-anizar seu plane@amento de %orma a apro"eitar as possi&ilidades !ue cada conteIdo o%erece1 não restrin-indo o tra&al,o a um Inico eio. Essas orientaç#es não representam um modelo prescriti"o !ue de%ine um padrão de inter"enção para a Educação $n%antil. elo contrario1 o Ae%erencial 2urricular traz indicaç#es e su-est#es para su&sidiar a re%leão e a pr'tica do pro%essor1 deiandoo li"re para o eerc*cio peda-)-ico criati"o e cr*tico. 0.3 RCNEI: !?"&*8!% ("r#*% '# E'uc#+,! I-#-&* Se-undo A2NE$ os o&@eti"os curriculares de"em permitirM a desen"ol"er uma ima-em positi"a de si para atuar de %orma cada "ez mais independente1 com con%iança em suas capacidades e percepção de suas limitaç#es; & desco&rir e con,ecer pro-ressi"amente seu pr)prio corpo1 suas potencialidades e seus limites para desen"ol"er e "alorizar ,'&itos de cuidado com a pr)pria saIde e &emestar; c esta&elecer "*nculos de a%eto e de troca com adultos e crianças para %ortalecer sua autoestima e ampliar -radati"amente suas possi&ilidades de comunicação e interação social; d esta&elecer e ampliar cada "ez mais as relaç#es sociais para aprender aos poucos a articular seus interesses e pontos de "ista com os demais1 respeitar a di"ersidade e desen"ol"er atitudes de a@uda e cola&oração;
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e o&ser"ar e eplorar o am&iente com atitude de curiosidade para perce&erse cada "ez mais como inte-rante1 dependente e a-ente trans%ormador do meio am&iente e "alorizar atitudes !ue contri&uam para sua conser"ação; % &rincar1 epressando emoç#es1 sentimentos1 pensamentos1 dese@os e necessidades para proporcionar = criança momentos de cooperati"ismo; - utilizar as di%erentes lin-ua-ens (corporal1 musical1 pl'stica1 oral e escrita a@ustadas =s di%erentes intenç#es e situaç#es de comunicação1 de %orma a compreender e ser compreendido1 epressar suas id:ias1 sentimentos1 necessidades e dese@os e a"ançar no seu processo de construção de si-ni%icados1 enri!uecendo cada "ez mais sua capacidade epressi"a; , con,ecer al-umas mani%estaç#es culturais para demonstrar atitudes de interesse1 respeito e participação %rente a elas e "alorizar a di"ersidade. 0.@ RCNEI: # *-%&*&u*+,! " ! $r!?"&! "'uc#&*8! + Ae%erencial 2urricular para a Educação $n%antil prop#e um dialo-o com pro-ramas e pro@etos curriculares de instituiç#es de Educação $n%antil1 nos Estados e munic*pios1 "isando a -arantir a e%eti"idade das propostas de natureza eterna e interna =s instituiç#es. 5 C!-'*+2"% "=&"r-#% a proposta curricular de"e estar "inculada =s caracter*sticas socioculturais da comunidade na !ual a instituição est' inserida1 ou se@a1 con,ecimento da população e das suas condiç#es de "ida. $sso se %az necess'rio para !ue se@a poss*"el um tra&al,o educati"o !ue atenda a di"ersidade eistente em cada -rupo social. ? C!-'*+2"% *-&"r-#% implica a ela&oração de um pro@eto educati"o !ue de"e ser %ruto de um tra&al,o coleti"o !ue reIna pro%essores1 demais pro%issionais e t:cnicos. &ran-e1 tam&:m1 clima institucional1 %orma de -estão1 or-anização de espaço e do tempo1 seleção e o%erta de materiais at: a parceria com as %am*lias. 3 A5*"-&" *-%&*&uc*!-# de"e ser um espaço de cooperação e respeito entre os pro%issionais1 entre estes e as %am*lias1 %a"orecendo o respeito =s di%erenças1 aos con%litos e =s ne-ociaç#es. En%im1 os Ae%erenciais 2urriculares a&ordam a construção da identidade e da autonomia. ois am&as constroemse -radati"amente1 por interm:dio das interaç#es sociais esta&elecidas pelas crianças1 as !uais alternadamente imitam e se %undem com o outro para di%erenciarse dele em se-uida1 muitas "ezes utilizandose da oposição. Dessa %orma1 a %onte ori-inal da identidade na Educação $n%antil est' no circulo de pessoas com !uem acriança intera-e. Desse circulo1 a %am*lia : a primeira matriz de socialização. Em se-uida1 podemos mencionar a escola1 a comunidade e outras entidades da !ual a criança participa. Essa interação implica na construção da autonomia da criança e da sua identidade1 dandol,e oportunidades para tomar decis#es por si pr)prias1 como ser capaz e competente.
3EDUCAÇÃO INFANTIL: AS NOBAS MATRIZES DE FORMAÇÃO PARA AS CREC4ES E PRESCOLAS Fi"emos o momento em !ue se con%i-ura um no"o cen'rio educacional denominado por muitos de -lo&alização ou1 ainda1 ocidentalização do mundo. Dentro desse cen'rio1 "eremos a comunicação1 a economia1 a cultura e1 em especial1 a educação "m1 ao lon-o dos anos1 causando uma acelerada trans%ormação nas sociedades e pro%undas mudanças no nosso modo de ser1 "i"er1 aprender1 sentir1 pensar e a-ir. $sso si-ni%ica !ue a cultura lIdica e"olui muito rapidamente1 so& %orma de persona-ens1 de @o-os1 de &rincadeiras e do pr)prio am&iente escolar in%antil1 di"ersi%icandose se-undo numerosos crit:rios e tam&:m momentos ,ist)ricos de
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ensino. or isso1 estudaremos as matrizes lIdicas e sua in%luencia no processo %ormati"o de crianças de a 6 anos. 3.1 A% 5#&r*;"% '*c#% -#% %u#% '*"r"-&"% !r5#% + conteto sociocultural "ai de%inindo !uem n)s somos como são nossas %ormas de educar e como são as metodolo-ias desen"ol"idas pelos pro%essores nas escolas de Educação $n%antil para !ue a educação aconteça. recisamos considerar os e%eitos da ludicidade na %ormação da criança !ue acontece nas crec,es e pr:escolas &rasileiras. Se o&ser"armos &em1 "eremos !ue1 atualmente1 temos em al-umas pr:escolas do Brasil tecnolo-ias a"ançadas !ue simulam @o-os e &rincadeiras para crianças de !ual!uer idade1 &astando para isso acionar teclas de um computador. Essas mudanças nos remetem a id:ia de !ue as crianças eperimentam a todo o momento no"as &rincadeiras1 no"as sensaç#es1 no"as desco&ertas1 no"os -ames entre outros @o-os !ue transmitam ima-ens e mensa-ens r'pidas e e%icazes1 sem nen,um es%orço %*sico. Diante do !ue %oi apresentado1 ca&enos uma inda-açãoM at: !ue ponto o lIdico tecnol)-ico : "i'"el para o tra&al,o educati"o nas crec,es e pr:escolas (OAEA1 ?. pesar de estarmos diante de -randes e in"it'"eis mudanças sociais1 ,' de se con"ir !ue as crianças1 principalmente a!uelas de a 6 anos1 sentem necessidades das &rincadeiras de roda1 de pe-ape-a1 de pi!ue esconde1 da peteca1 do teatro1 da amarelin,a1 entre tantas outras &rincadeiras !ue con,ecemos. or %alta de um tra&al,o mais direcionado e consciente das escolas de Educação $n%antil e dos pro%essores1 essas &rincadeiras estão %icando es!uecidas no tempo. De acordo com 7ardner (59941 mesmo as di%erentes %ormas de &rincadeiras e de comunicação implicam competncias ,umanas. Essas competncias ,a&itam nos su@eitos e os a@udam a compreender1 a a-ir e a resol"er pro&lemas nas di%erentes situaç#es "i"idas1 em especial nas ati"idades educati"as. ortanto1 todas as situaç#es presentes no cotidiano da Educação $n%antil1 na %orma de &rincadeiras1 re!uerem dos alunos ,a&ilidades di"ersas1 comoM l)-icomatem'tica1 lin-P*stica1 sinest:sica1 espacial1 musical1 naturalista1 ci&ern:tica1 intrapessoal e interpessoal. Essas ,a&ilidades somente poderão ser mo&ilizadas e &em tra&al,adas nas crec,es e pr:escolas por meio de um tra&al,o &em articulado !ue en"ol"a a ludicidade. or isso preparamos um !uadro !ue demonstra di"ersas ,a&ilidades !ue precisam ser inseridas na matriz curricular da Educação $n%antil de di%erentes %aias et'rias para o desen"ol"imento de competncias das crianças pe!uenas. L)-icomatem'tica Lin-P*stica 2orporalcinest:sica Espacial usical
K &aseada na con%rontação dos o&@etos1 sua ordenação e sua !uantidade. 2apacidade de o&ser"ar c)di-os esporti"os !ue aparecem nos testes1 nos @o-os1 etc. K a capacidade de epressão pelas pala"ras escrita e oral e eposição de si-ni%icados1 se-undo a intenção e a sensi&ilidade do su@eito. K a ,a&ilidade de usar o corpo em mo"imentos com %ormas e epress#es "ariadas1 por eemplo1 nos esportes1 @o-o1 &rincadeiras1 dança etc. Aepresenta a capacidade de recriar mentalmente aspectos de uma eperincia "isual1 mesmo na ausncia de est*mulos %*sicos rele"antes. En"ol"e desen,os1 pinturas1 esculturas1 etc. En"ol"e desco&ertas da !ualidade do som musical. K o elemento %a"orecedor da am&ientalização para a eploração de emoç#es1 participação em peças de teatro e musicais.
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Naturalista 2i&ern:tica $ntrapessoal interpessoal
+ con"*"io com a natureza desen"ol"e sensi&ilidade e conscincia de tempo1 lu-ar. o&iliza a leitura da nossa presença no mundo1 nossa relação com as plantas1 os rios1 os animais1 etc. Est' relacionada = lin-ua-em da "irtualidade mediada pela $nternet1 por eemplo1 as &rincadeiras mediadas por ima-ens e sons. K &aseada na conscincia de si mesmo (autoestima1 con%iança1 solidariedade1 a%eti"idade e outros aspectos %undamentais da nossa "ida. Baseada na interação do su@eito com o outro (responsa&ilidade1 cooperação1 respeito aos tra&al,os em -rupo1 prazer de con"i"er com o outro em clima de ale-ria e de desa%ios coleti"os.
Essas "ariaç#es de lin-ua-ens ei-em do pro%essor um tra&al,o amplo e compleo com as crianças pe!uenas. oda eperincia lIdica re!uer a promoção de oportunidades di"ersi%icadas e com&inaç#es com di%erentes lin-ua-ens1 !ue edu!uem as crianças para !ue satis%açam %antasias1 curiosidades1 interesses e necessidades1 de acordo com a proposta de ati"idades su-eridas pelo pro%essor. Diante de um cen'rio no"o e real1 %ica e"idente !ue atualmente con"i"emos nas crec,es e pr:escolas com uma realidade &astante con%litante e ati"idades muito di"ersas !ue aca&am produzindo impactos di%erenciados na aprendiza-em das crianças. Esses impactos tornamse ainda mais not)rios !uando o processo de aprendiza-em : tra&al,ado de %orma isolada do desen"ol"imento social e da inserção das di"ersas lin-ua-ens. Na "erdade1 o !ue de"emos lem&rar1 como educadores1 : !ue toda e !ual!uer %orma de ensino e de aprendiza-em na Educação $n%antil demanda pr'ticas de inter"enç#es e tra&al,o com di"ersas ,a&ilidades e di"ersos recursos lIdicos1 com maior ou menor -rau de adesão. $sso si-ni%ica !ue não eiste uma padronização para as %ormas de ludicidade1 assim como não eiste a &rincadeira certa ou errada para as crianças pe!uenas. + !ue podemos dizer : !ue1 a cada momento1 "i"enciamos no"as modalidades de &rincadeiras e de @o-os e com isso desen"ol"emos no"as ,a&ilidades !ue aca&am produzindo mIltiplas "is#es so&re cultura %ormati"a. odemos concluir dizendo !ue o mais importante na %usão das lin-ua-ens para a Educação $n%antil : poder tornar as crianças mais ,umanas a partir da compreensão !ue elas possam ter do mundo1 en!uanto participes das suas pr)prias desco&ertas e prazeres.
@. CON4ECENDO A PROPOSTA DOS PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS consolidação dos arCmetros 2urriculares Nacionais deuse diante de um cen'rio de mudanças sociais !ue acorriam em nosso pa*s na ultima d:cada do s:culo passado. Em 599H1 em decorrncia da reestruturação educacional p)sLDB1 %oram institu*dos os arCmetros 2urriculares Nacionais (2N1 assumidos le-almente como parte dos componentes da re%orma educacional nacional preconizada pelo arti-o 91 inciso $F1 da Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional1 (LDB n 9394/96. lei a%irma !ue Gnião incum&irse' de Q...R esta&elecer1 em cola&oração com os Estados1 o Distrito 8ederal e os unic*pios1 competncias e diretrizes para a Educação $n%antil1 o
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ensino %undamental e o ensino m:dio1 !ue nortearão os curr*culos e seus conteIdos m*nimos1 de modo a asse-urar %ormação &'sica comum. @.1 E%&ru&ur# '!% P#r75"&r!% Curr*cu#r"% N#c*!-#*% $#r# ! E-%*-! Fu-'#5"- id:ia de %ormação &'sica comum para todos os alunos do Ensino 8undamental seria asse-urada pelo tra&al,o ,arm>nico entre as di%erentes 'reas do sa&er. No !uadro a se-uir1 %ica mais %'cil esse entendimentoM O?"&*8!% G"r#*% '! E-%*-! Fu-'#5"-
rea de L*n-ua ortu-uesa
rea de L*n-ua atem'tica
rea de 2incias Naturais
rea de Tist)ria
rea de 7eo-ra%ia
rea de rtes
rea de Educação 8*sica
rea de L*n-ua Estran-eira
Ktica SaIde eio m&iente +rientação Seual luralidade 2ultural ra&al,o e 2onsumo
C#r#c&"r*;#+,! '# r"# O?"&*8!% G"r#*% '# r"#
5 arte Ensino 8undamental ? arte Especi%icaç#es por ciclos
5 2iclo
? 2iclo
3 2iclo
4 2iclo
(5 e ? s
(3 e 4 s
(J e 6 s
(H e s
+&@eti"os da rea para o 2iclo
2onteIdos da rea para o 2iclo
2rit:rios de "aliação da rea para o 2iclo +rientaç#es Did'ticas
+s arCmetros 2urriculares não se restrin-em a um elenco de conteIdos e temas a ser a&ordado no ensino &'sico1 mas o&@eti"a"am1 e ainda continuam a %azlo1 a re%erenciar mudanças e promo"er discuss#es !uanto aos conteIdos essenciais1 aos crit:rios de a"aliação e =s orientaç#es did'ticas nas escolas. @.0 O *5$#c&! '!% PCN -# "'uc#+,! r#%*"*r# +s 2N esta&eleceram !uatro n*"eis ou instancias para sua concretização no cen'rio educacional escolar &rasileiro. + primeiro deles se re%ere = pr)pria institucionalização e adesão dos 2N nas unidades %ederati"as1 para !ue metas de ela&oração de pro@etos educacionais se e%eti"em. + se-undo n*"el se re%ere = discussão e ela&oração de pro@etos educacionais pelas unidades %ederati"as e munic*pios. + terceiro n*"el de concretização a&orda a ela&oração do pro@eto educati"o para cada instituição de ensino1 a %im de !ue se@am re%letidas as caracter*sticas culturais e sociais dos locais nos
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!uais se insere. + !uarto n*"el de concretização de"e ocorrer na sala de aula1 !uando o pro%essor1 depois de discutir e ela&orar @unto = comunidade escolar o pro@eto educati"o plane@a e eecuta as ati"idades de ensino. +s 2N %oram con%eccionados em %orma de "olumes impressos1 direcionados a todas as 'reas do con,ecimento ,umano. 2om uma lin-ua-em de di%*cil acesso aos pro%essores1 os 2N %undamentamse peda-o-icamente na participação construti"ista do aluno e na inter"enção do pro%essor para a aprendiza-em dos conteIdos espec*%icos. 2om isso1 ,' uma o%erta de conteIdos curriculares não como %ins de si mesmos1 mas considerados meios pelos !uais de"eria ocorrer a a!uisição e desen"ol"imento das capacidades dos alunos1 de ordem co-niti"a1 %*sica1 a%eti"a1 interpessoal1 de interação social1 de ordem :tica e est:tica. @.3 O?"&*8!% '#% '*"r"-&"%
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curiosidade1 o esp*rito de in"esti-ação e o desen"ol"imento da capacidade para resol"er pro&lemas. 8azer o&ser"aç#es sistem'ticas de aspectos !uantitati"os e !ualitati"os do ponto de "ista do con,ecimento e esta&elecer a maior nImero poss*"el de relaç#es entre eles1 utilizando para isso o con,ecimento matem'tico1 selecionar1 or-anizar e produzir in%ormaç#es rele"antes1 para interpret'los e a"ali'los criticamente. Aesol"er situaç#espro&lema1 sa&endo "alidar estrat:-ias e resultados1 desen"ol"endo %ormas de racioc*nio e processos como dedução1 indução1 intuição1 analo-ia1 estimati"a1 e utilizando conceitos e procedimentos matem'ticos1 &em como instrumentos tecnol)-icos dispon*"eis. 2omunicarse matematicamente1 ou se@a1 descre"er1 representar e apresentar resultados com precisão e ar-umentar so&re suas con@ecturas1 %azendo uso da lin-ua-em oral e esta&elecendo relaç#es entre ela e di%erentes representaç#es matem'ticas; Esta&elecer cone#es entre temas matem'ticos de di%erentes campos e entre esses temas e con,ecimentos de outras 'reas curriculares; sentirse se-uro da pr)pria capacidade de construir con,ecimentos matem'ticos1 desen"ol"endo a autoestima e a perse"erança na &usca de soluç#es; intera-ir com seus pares de %orma cooperati"a1 tra&al,ando coleti"amente na &usca de soluç#es para pro&lemas propostos1 identi%icando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto1 respeitando o modo de pensar dos cole-as e aprendendo com eles. O?"&*8!% '" 4*%&)r*# $denti%icar o pr)prio -rupo de con"*"io e as relaç#es !ue esta&elecem com outros tempos e espaços; +r-anizar al-uns repert)rios ,ist)ricoculturais !ue l,es permitam localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo1 de modo a %ormular eplicaç#es para al-umas !uest#es do presente e passados; 2on,ecer e respeitar o modo de "ida de di%erentes -rupos sociais1 em di"ersos tempos e espaços1 em suas mani%estaç#es culturais1 econ>micas1 pol*ticas e sociais1 recon,ecendo semel,anças e di%erenças entre eles. Aecon,ecer mudanças e permanncias nas "i"encias ,umanas1 presentes na sua realidade e em outras comunidades1 pr)imas ou distantes no tempo e no espaço; nio sociocultural e respeitar a di"ersidade1 recon,ecendoa como um direito dos po"os e indi"*duos e como um elemento de %ortalecimento da democracia. O?"&*8!% '" G"!(r#*# 2on,ecer a or-anização do espaço -eo-r'%ico e o %uncionamento da natureza em suas mIltiplas relaç#es1 de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na produção do territ)rio1 da paisa-em e do lu-ar;
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$denti%icar e a"aliar as aç#es do ,omem em sociedade e suas conse!Pncias em di%erentes espaços e tempos1 de modo a construir re%erenciais !ue possi&ilitem uma participação propositi"a e reati"a nas !uest#es socioam&ientais locais; 2ompreender a espacialidade e temporalidade dos %en>menos -eo-r'%icos estudados em suas dinCmicas e interaç#es; 2ompreender !ue as mel,orias nas condiç#es de "ida1 os direitos pol*ticos1 a"anços t:cnicos e tecnol)-icos e as trans%ormaç#es socioculturais são con!uistas decorrentes de con%litos e acordos1 !ue ainda não são usu%ru*dos por todos os seres ,umanos e1 dentro de suas possi&ilidades1 empen,aremse em democratiz'los. 2on,ecer e sa&er utilizar procedimentos de pes!uisa da 7eo-ra%ia para compreender o espaço1 a paisa-em1 o territ)rio1 e o lu-ar1 seus processos de construção1 identi%icando suas relaç#es1 pro&lemas e contradiç#es. O?"&*8!% '" C*-c*#% N#&ur#*% 2ompreender a natureza como um todo dinCmico1 sendo o ser ,umano parte inte-rante e a-ente de trans%ormação do mundo em !ue "i"e; $denti%icar relaç#es entre con,ecimento cienti%ico1 produção de tecnolo-ia e condiç#es de "ida1 no mundo de ,o@e e em sua e"olução ,ist)rica; 8ormular !uest#es1 dia-nosticar e propor soluç#es para pro&lemas reais partir de elementos das 2incias Naturais1 colocando em pr'tica conceitos1 procedimentos e atitudes desen"ol"idas na aprendiza-em escolar; Sa&er utilizar conceitos cient*%icos &'sicos1 associados a ener-ia1 mat:ria1 trans%ormação1 espaço1 tempo1 sistema1 e!uil*&rio e "ida; Sa&er com&inar leituras1 o&ser"aç#es1 eperimentaç#es1 re-istros etc.1 para coleta1 or-anização1 comunicação e discussão de %atos e in%ormaç#es; Falorizar o tra&al,o em -rupo1 sendo capaz de ação critica e cooperati"a para a construção coleti"a do con,ecimento. 2ompreender a saIde como &em indi"idual e comum !ue de"e ser promo"ido pela ação coleti"a; 2ompreender a tecnolo-ia como meio para suprir necessidades ,umanas1 distin-uido usos corretos e necess'rios da!ueles pre@udicias ao e!uil*&rio da natureza e ao ,omem. + pro%essor !ue atua nos anos iniciais do Ensino 8undamental não pode dar um "alor maior =s disciplinas de l*n-ua portu-uesa e matem'tica1 por eemplo1 como : "isto em muitos casos Brasil a%ora. K preciso compreender !ue todos os componentes curriculares são importantes. mudança de en%o!ue !uanto aos conteIdos ministrados em um a disciplina reside no prolon-amento de tal conteIdo do ensino pelos muros da escola e a torna um dispositi"o para des%rutar e compreender as in%ormaç#es culturais1 sociais e econ>micas do mundo em !ue o aluno "i"e. ssim o ensino passa a ser pro"eitoso e @usti%ic'"el. •
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A RELAÇÃO ESCOLA E SOCIEDADE COMO EIXO ESTRUTURADOR DO CURRÍCULO NO ENSINO FUNDAMENTAL 2on,eceremos mais um pouco do campo curricular. Discutiremos !uest#es relacionadas = escola e a sociedade como eios estruturados para o processo de ensino e aprendiza-em. 2on,eceremos al-uns en%o!ues acerca da estruturação dos conteIdos de ensino1 a partir de trs "ertentes &'sicos. + aluno e o cotidiano da sala de aula
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sociedade do sa&er ela&orado s estrat:-ias de %ormação do ,omem contemporCneo Dentro dos "ertentes citados1 a&ordaremos aspectos li-ados ao papel das disciplinas escolares no conteto curricular1 por meio da comparação critico e da desmisti%icação do sa&er em torno da escola. 2omeçaremos nossos estudos %alando um pouco do aluno e do seu cotidiano em sala de aula1 depois se-uiremos em torno da socialização do sa&er e da %ormação do ,omem. .1 O #u-! " ! c!&*'*#-! '# %## #u# Estudiosos da 'rea curricular de%endem a construção do curr*culo na sala de aula1 como um processo permanente de desco&erta (2NEN1 +AE$A1 ?5; +AE$A ?3. Nessa construção1 pro%essores e alunos são pes!uisadores1 aplicando princ*pios da interdisciplinaridade1 construindo um a relação com a sociedade !ue as cerca. Esse en%o!ue dado ao curr*culo pelos educadores parte de denuncias da ideolo-ia e do poder da sociedade capitalista1 entrelaçados no con,ecimento escolar (S$LF1 ??. arte1 tam&:m1 da necessidade de !uestionamentos em torno de al-umas aspiraç#es %ormati"as1 inseridas no consenso normati"o e intelectual dominante1 !ue permeio a concepção de plane@amento educacional das escolas &rasileiras. Dentro dessa "isão %ormati"a1 citamos o autor ic,ael plle1 !ue parte da concepção de !ue a escola %az do sa&er instrumento e %erramenta de poder para desempen,ar seu papel ideol)-ico1 na produção r le-itimação do con,ecimento. $sso implica !ue a escola atua na seleção e distri&uição dos con,ecimentos da maneira como cada -rupo social constr)i suas necessidade e sa&er. + curr*culo1 nesse conteto1 nada mais : do !ue uma seleção da cultura ou uma %iltra-em de sa&eres1 de modo a tornar o con,ecimento acess*"el aos di%erentes -rupos1 con%orme as necessidades do controle social e da maimização da produção.
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Se-undo o autor1 o curr*culo conce&e a produção do con,ecimento como ato de criar e recriar coleti"o1 no !ue diz respeito = estruturação dos conteIdos1 a or-anização dos con,ecimentos em disciplinas e a se!Penciarão dos con,ecimentos em uma ordem construti"a. plle citado e corro&orado por Sil"a (?? postula a necessidade do rompimento de &arreiras entre as disciplinas1 por meio de uma a&orda-em interdisciplinar !ue respeite a "erdade e a relati"idade de cada cincia1 tendo em "ista um con,ecer1 mel,or por parte do aluno. Não estamos su-erindo1 por meio dessas pala"ras1 a superação do ensino por disciplinas1 assim como tam&:m os autores acima citados não o %azem. + !ue estamos !uerendo mostrar : a possi&ilidade de no"as condiç#es de ensinar em %unção das relaç#es dinCmicas entre as disciplinas1 associandoas aos con,ecimentos sociais dos alunos (+AE$A1 ?3. 2om isso1 estaremos tornando poss*"el a interrelação e a concretização entre curr*culo1 cultura e sociedade. interdisciplinaridade su-erida de"e ser "ista pelos pro%essores e diri-entes de escolas como uma !uestão de atitude1 pressupondo uma intersu&@eti"idade %rente aos pro&lemas de ensino e aprendiza-em encontrados nas escolas &rasileiras. Em especial nas escolas pI&licas. Essa correspondncia multirre%erencial articula dinamicamente as disciplinas1 possi&ilitando a união entre tra&al,o e ensino1 pr'tica e teoria1 ensino e comunicação1 pro&lema e ,ip)tese. multirre%erencialidade permite uma e%eti"a articulação entre ensino e pr'tica pro%issional1 inte-rando assim1 pro%essores e alunos a cultura social eistente. $sso si-ni%ica o rompimento dos o&st'culos1 !ue "ão desde !uest#es epistemol)-icas1 metodol)-icas e materiais1 at: os pro&lemas psicossociol)-icos e culturais1 !ue %azem parte do processo de ensino e aprendiza-em de mil,#es de crianças nas escolas do Brasil. .0 A %!c*#*;#+,! '! %#"r "#!r#'! Estudamos !ue os estudos curriculares na perspecti"a ,ist)ricocr*tica recon,ecem os limites da escola1 suas contradiç#es e suas possi&ilidades1 permitindo !ue ela ocupe o seu espaço de autonomia relati"a1 en!uanto transmissora do con,ecimento. Fimos tam&:m !ue o curr*culo na perspecti"a ,ist)ricacr*tica não se restrin-e a m:todos e t:cnicas1 nem se con%unde com pro-ramas e ati"idades escolares. Ele diz respeito = tare%a !ue : especi%ica da escolaM o ensino. 2ompreende1 dessa %orma1 ati"idades !ue se destinam a "ia&ilizar e concretizar a aprendiza-em dos alunos por meio do tra&al,o coleti"o e de conteIdos das di"ersos materiais. ela&oração e o desen"ol"imento do curr*culo não são ati"idades neutras1 sem si-ni%icado1 nem intenção (2NEN; +AE$A1 ?5; +AE$A1 ?3. Da* a importCncia da compreensão e da ela&oração dos conteIdos a serem tra&al,ados com os alunos em sala de aula. + con,ecimento produzido na escola não pode ser separado do con,ecimento social1 ou se@a1 : um processo inerente a relação !ue os ,omens esta&elecem entre si e com a natureza1 na produção e reprodução de sua eistncia. + con,ecimento ad!uirido por meio do curr*culo escolar : produto da pr)pria realidade ,umana; por isso não pode ser neutro1 nem pode ser totalmente li"re1 por!ue parte do real !ue l,e imp#e condicionantes &iol)-icos1 culturais e de classes (SF$N$1 ?3. a&orda-em dos conteIdos a serem tra&al,ados pelos pro%essores com seus alunos implica o recon,ecimento da o&@eti"idade1 da utilização do sa&er e do car'ter ,ist)rico não est'tico nem de%initi"o1 "oltado para emancipação do ,omem. .3 A% "=*(-c*#% '" !r5#+,! '! 6!5"5 c!-&"5$!r7-"!
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Estamos c,e-ando a ultima "ertente da estruturação do ensino1 citada no inicio de nosso teto. Nela iremos a&ordar os pro&lemas de or-anização e seleção de conteIdos do ensino1 se-undo as ei-ncias de %ormação do ,omem contemporCneo. Famos começar com a noção de !ue a educação de"e inserir o ,omem no con@unto de sua :poca. $sso1 na realidade corresponde ao desen"ol"imento de uma educação para o %uturo1 !ue tome como encar-o id:ias &'sicas1 re%letidas em um principio %ormati"o1 amplo !ue contemple a educação comoM 8en>meno social ,istoricamente determinado compreende relaç#es sociais e %ormas de comportamento social1 im&u*dos de car'ter de classe; ani%estação da educação no sentido amplo constituise em uma es%era especial da ati"idade ,umana e tem por campo principal o ensino; 2ar'ter cienti%ico do ensino1 isto :1 um processo consciente1 deli&erado1 sistem'tico e met)dico; Necessidade de sua ,armonização com os pro-ressos cient*%icos e tecnol)-icos; +r-anização do ensino1 das trans%ormaç#es ocorridas na produção cienti%ica e t:cnica; 8ormação do pensamento cienti%ico como re!uisito %undamental para colocar as -eraç#es atuais em ,armonia com nossa :poca; Gma dupla %unção de ser"ir como %onte de in%ormação e de or-anizar a ati"idade co-niti"a dos estudantes. Diante das in%ormaç#es epostas1 podemos concluir !ue a %ormação do ,omem contemporCneo de"e estar associada = or-anização da educação escolar. 2om "istas = or-anização1 necessitamos de um curr*culo !ue -aranta a interconeão das %inalidades do processo de ensino1 as ati"idades dial:ticas1 por meios e condiç#es %a"or'"eis = realização dos o&@eti"os maior da educação nacionalM a %ormação do ,omem li"re.
H. PLANEAMENTO E ABALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Gm dos pontos principais do plane@amento e da a"aliação em !ual!uer !ue se@a a modalidade de ensino : e"itar a impro"isação. São elementos !ue possi&ilitam ao pro%essor acompan,ar o processo de ensinoaprendiza-em. ermitem a ele a tomada de decisão ao lon-o do processo1 se@a para dar continuidade =s aç#es educati"as1 se@a para redimension'las1 con%orme as necessidades do -rupo de alunos. ssim1 o processo de plane@amento1 en!uanto or-anização e coordenação da ação docente re!uer !ue se "islum&rem e se de%inam inicialmente os o&@eti"os macro e micro da ação peda-)-ica. or isso1 de"ese considerar a especi%icidade de cada realidade escolar1 no nosso caso a Educação $n%antil Essa especi%icidade si-ni%ica considerar os elementos !ue constituem os plane@amentos o&@eti"os1 conteIdos1 estrat:-ias e as a"aliaç#es em %unção do conteto s)ciopol*tico e econ>mico das crianças matriculadas nas crec,es e pr: escolas. Diante dessa perspecti"a de plane@amento1 %azse necess'rio !ue "oc acadmico e %uturo pro%essor sai&a a importCncia dos elementos constituintes do plane@amento1 assim como a di%erença entre plane@amento e plano. H.1 P#-"?#5"-&! " $#-!: Ju# # *-#*'#'" '" c#'# u5K lane@ar : analisar uma dada realidade1 re%letir so&re as condiç#es eistentes e pre"er as %ormas alternati"as de ação para superar as di%iculdades ou alcançar os o&@eti"os dese@ados. + plano : o resultado1 : a culminCncia do processo mental de plane@amento1 ou se@a1 : um es&oço das conclus#es resultantes do processo mental de plane@ar.
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ara Li&Cneo (?51 o plane@amento : um processo de racionalização1 or-anização e coordenação da ação docente1 articulação entre a ati"idade educati"a e a pro&lem'tica do conteto social. ' o plano de ensino : um roteiro or-anizado das ati"idades did'ticas para serem realizadas com as crianças lano1 por tanto : um documento utilizado para re-istro de decis#es do tipoM ! Ju" %" $"-%# #;"rK C!5! #;"rK u#-'! #;"rK C!5 Ju"5 #;"r M ssim1 para eistir um plano1 : necess'ria a discussão so&re %ins e o&@eti"os1 culminando com a sua de%inição1 pois somente assim : !ue se podem responder as !uest#es indicadas anteriormente. + plano : a Urepresentação sistematizado e @usti%icado das decis#es tomadas relati"as a ação a realizarV (8EAAE$A1 citado por D$LT1?51 p. 36. P#-! &"5 # c!-!+,! '" $r!'u&! '! $#-"?#5"-&!. lano : um -uia e tem a %unção de orientar a pr'tica. arte da pr)ima pr'tica1 portanto não pode ser um documento r*-ido e a&soluto. Ele : a %ormalização dos di%erentes momentos do processo de plane@ar !ue1 por sua "ez1 en"ol"e desa%ios e contradiç#es1 não podemos es!uecer1 ele "ariara con%orme a tendncia te)rica !ue o em&asa e con%orme o seu pI&lico al"o. H.0 A *5$!r&7-c*# '! $#-"?#5"-&! " '# #8#*#+,! -# E'uc#+,! I-#-&* Educação $n%antil de"e proporcionar condiç#es para !ue a criança desen"ol"a suas potencialidades de %orma ade!uada e &em estruturada pelos a-entes educati"os. ara !ue a Educação $n%antil se@a mesmo e%icaz1 : necess'rio !ue os pro%essores se preparem ai1 : !ue entra o plane@amento1 como %orma de a@ustar as condiç#es de ensino e as necessidades educati"as das crianças. + tra&al,o de plane@ar na Educação $n%antil de"e ser %eito em etapas1 o&ser"ando "'rios aspectos. No primeiro momento1 : preciso ter um plane@amento -lo&al1 com o&@eti"os e prioridades. No se-undo momento1 de"em ser le"ados em conta os con@untos de conteIdos e as prioridades de cada con@unto !ue serão tra&al,ados com as crianças. Em se-uida1 esse plane@amento de"e ser di"idido no tempo1 compondo um crono-rama de per*odosM semestre1 &imestre1 ms1 dias. eceção de"e ser a"aliada em relação das pre"is#es do plane@amento de cada dia1 "isando a corri-ir %al,as e a "ia&ilizar o processo de desen"ol"imento e aprendiza-em das crianças (GN
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$mpede a monotonia1 permite o mel,or uso dos recursos !ue mantm "i"o o interesse das crianças; $mpede !ue o pro%essor se des-aste em impro"isaç#es. omando o plane@amento como um processo de ação continua e sistem'tica1 podemos di"idilo em %ases1 tendo em "ista os o&@eti"osM a De%inição do o&@etoM estudo do campo !ue se insere a ati"idade !ue se !uer plane@ar; & 2on,ecimento da realidadeM percepção -lo&al do con@unto1 para !ue em se-uida se@am esta&elecidos metas. H.@ C!5! $#-"?#r $#r# #% cr*#-+#% '" # 3 #-!%K s situaç#es ,umanas são impre"is*"eis1 por "ezes intempesti"as1 di%*ceis de ser contidas ou ela&oradas. K por essa razão !ue1 na crec,e1 o tra&al,o educati"o1 !ue : intencional1 de"e ser plane@ado e pro-ramado. ssim o acaso tem sua ocasião. + plane@amento na crec,e não : al-o r*-ido1 !ue ten,a !ue ser cumprido de !ual!uer %orma1 pois não si-ni%ica um manual de instruç#es. K uma tare%a !ue de"e ser realizada de %orma coleti"a1 le"ando em consideraçãoM s sin-ularidades das crianças e as caracter*sticas socioculturais do -rupo; s "'rias lin-ua-ens e as di%erentes %ormas de epressão; +s instrumentos e recursos necess'rios para !ue as crianças possam criar a (re criar constantemente1 de acordo com o !ue l,e : o%erecido. lane@ar ati"idades para crianças de crec,es : propor uma &oa or-anização do tempo e do espaço1 !ue possi&ilite as crianças compreender as situaç#es sociais e inter%erirem nelas por meio da inte-ração em -rupo. H. C!5! $#-"?#r $#r# #% cr*#-+#% '" @ # H #-!%K De"emos nos preocupar com os alunos com !uem "amos tra&al,ar. K importante ter em mente as caracter*sticas de sua %aia et'ria. Em se-uida1 podemos cumprir os se-uintes itensM Selecionar o assunto le"ando em conta a compreensão1 o interesse e a importCncia do assunto no aprendizado da criança; Esta&elecer os o&@eti"os !ue dese@amos alcançar; Escol,er e pre"er recursos auiliares (-ra"uras1 li"ros1 @ornais1 re"istas1 "*deo. Ecurs#es1 etc.; re"er o tempo de duração pro"'"el para o desen"ol"imento do assunto; Esta&elecer crit:rios de a"aliação1 para "eri%icar se os o&@eti"os estão sendo cumpridos; daptar o plane@amento as condiç#es da escola1 alternando ati"idades calmas e mo"imentadas1 !ue não de"em eceder de 3 minutos. odemos1 então1 dizer !ue plane@ar : re%letir1 : pre"er1 : a-ir1 le"ando em consideração as ati"idades e eperincias de ensinoaprendiza-em mais ade!uadas para a consecução dos o&@eti"os esta&elecidos1 a realidade dos alunos1 suas necessidades e seus interesses. E a a"aliação implica na estrat:-ia e or-anização dos con,ecimentos para o desen"ol"imento das conse!Pncias e potencialidades dos alunos. •
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PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS: POLÍTICA DE CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei 9.394/961 em seu art. 3? assim preceitua a respeito do Ensino 8undamentalM
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rt. 3? + Ensino 8undamental1 com duração m*nima de oito anos1 o&ri-at)rio e -ratuito na escola pI&lica1 ter' por o&@eti"o a %ormação &'sica do cidadão1 medianteM Desen"ol"imento da capacidade de aprender1 tendo como meios &'sicos o pleno dom*nio da leitura1 da escrita e do c'lculo; compreensão do am&iente natural e social1 do sistema pol*tico1 das tecnolo-ias1 das artes e dos "alores em !ue se %undamenta a sociedade; + desen"ol"imento da capacidade de aprendiza-em1 tendo em "ista a a!uisição de con,ecimentos e ,a&ilidades e a %ormação de atitudes e "alores; + %ortalecimento dos "*nculos de %am*lia1 dos laços de solidariedade ,umana e de tolerCncia rec*proca em !ue se assenta a "ida social.
+&ser"ase1 portanto1 !ue a -rande perspecti"a da Lei encontrase na educação para a cidadania1 com n%ase no desen"ol"imento da capacidade de aprendiza-em dos alunos1 tendo em "ista a a!uisição de con,ecimentos1 ,a&ilidades1 atitudes e "alores. Nesse sentido1 entendermos a le-islação em relação = comunidade re%orçar' nossa "isão de cidadania. Lei 55.554/J passa para no"e (9 anos o Ensino 8undamental. .1 E5 u%c# '" u5# "%c!# 8"r'#'"*r#5"-&" c*'#', Educar para a con!uista da cidadania plena1 para a &usca da @ustiça social1 do &em comum e da realização pessoal do indi"iduo constituise no ideal de educação dos !ue a conce&em em um sentido trans%ormador. construção desse modelo de educação perpassa pelo recon,ecimento de !ue a educação : um processo amplo !ue se desen"ol"e na %am*lia1 nos mo"imentos sociais1 nos or-anismos da sociedade ci"il e nas mani%estaç#es culturais e reli-iosos. K um processo !ue ultrapassa o conteto escolar. ação educati"a !ue se desen"ol"e na instituição escola1 os con,ecimentos e "alores ali compartil,ados e mediados pela pr'tica peda-)-ica do pro%essor são construç#es ,ist)ricas da ,umanidade e "inculamse ao conteto ,ist)rico1 social e cultural da sociedade. Dessa %orma1 não ,' con,ecimento solit'rio1 como não ,' construção da cidadania sem produção1 constituição e socialização do con,ecimento. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n 9. 394/961 apesar dos percalços e entra"es ocorridos durante a sua tramitação1 constituise em a"anço para essa no"a concepção de educação. $sso se e"idencia em seu rti-o 5 !ue apresenta a se-uinte conceituaçãoM educação a&ran-e os processos %ormati"os !ue se desen"ol"em na "ida %amiliar1 na con"i"ncia ,umana1 no tra&al,o1 nas instituiç#es de ensino e pes!uisa1 nos mo"imentos sociais e or-anizaç#es da sociedade ci"il e nas mani%estaç#es culturais .
educação :1 pois1 um processo a&ran-ente do !ual a educação escolar %az parte. + processo de"e estar "inculado = pr'tica social1 con%orme par'-ra%o ? do mesmo arti-o. +s con,ecimentos "eiculados por meio da educação escolar1 en!uanto construç#es sistematizadas pela pr'tica social1 não se constituem em conteIdos est'ticos1 de"ido = sua pr)pria natureza ,ist)ricosocial. ,ist)ria da ,umanidade e1 conse!Pentemente1 a ,ist)ria dos con,ecimentos : constru*da na dialeticidade1 em !ue o mundo : reinterpretado constantemente1 de %orma a ressi-ni%ic'lo a cada no"a leitura !ue dele se %az. LDB traz1 em seu &o@o1 a orientação de !ue os con,ecimentos "eiculados na educação escolar se@am contetualizados1 "oltados para a "ida cidadã e or-anizados em conteIdos curriculares articulados entre si e em relação aos processos sociais. Essa or-anização curricular : %eita pelos esta&elecimentos de ensino em suas propostas peda-)-icas. No entanto as propostas peda-)-icas dos esta&elecimentos de ensino de"em o&ser"ar o !ue preceitua a le-islação em "i-or. ssim1 o rt. 9 inciso $F1 da LDB assinala ser incum&ncia da Gnião
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Q...R esta&elecer1 em cola&oração com os Estados1 Distrito 8ederal e unic*pios1 competncias e diretrizes para a Educação $n%antil1 o Ensino 8undamental e o ensino :dio1 !ue nortearão os curr*culos e os seus conteIdos m*nimos1 de modo a asse-urar a %ormação &'sica comum.
Nesse sentido1 mediante o arecer 2NE/2EB 4/9 e Aesolução 2NE/2EB n ?/91 são institu*das as Diretrizes para Ensino 8undamental. s Diretrizes 2urriculares Nacionais são o con@unto de de%iniç#es doutrin'rio so&re princ*pios1 %undamentos e procedimentos da Educação B'sica1 epressas pela 2Cmara de Educação B'sica do 2onsel,o Nacional de Educação. Elas orientam as escolas &rasileiras dos sistemas de ensino na or-anização1 articulação1 desen"ol"imento e a"aliação de suas propostas peda-)-icas. Então todas as escolas1 de todos os sistemas de ensino &rasileiros1 de"em ter1 nas suas or-anizaç#es curriculares1 como principio &'sico o !ue : esta&elecido nas Diretrizes 2urriculares para o Ensino 8undamental. $ s escolas de"erão esta&elecer como norteadores de suas aç#es peda-)-icasM 5 +s princ*pios :ticos da autonomia1 da responsa&ilidade1 da solidariedade e do respeito ao &em comum. ? +s princ*pios dos Direitos e De"eres da 2idadania1 do eerc*cio da criticidade e do respeito = ordem democr'tica. 3 +s princ*pios est:ticos da sensi&ilidade e da di"ersidade de mani%estaç#es art*sticas e culturais. $$ o de%inir suas propostas peda-)-icas1 as escolas de"erão eplicitar o recon,ecimento da identidade pessoal de alunos1 pro%essores e outros pro%issionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respecti"os sistemas de ensino. $$$ s escolas de"erão recon,ecer !ue as aprendiza-ens são constitu*das na interação entre os processos de con,ecimento1 de lin-ua-em e a%eti"os1 como conse!Pncia das relaç#es entre as distintas identidades dos "'rios participantes do conteto escolarizado1 por meio de aç#es inter e intrasu&@eti"as; as di"ersas eperincias de "ida dos alunos1 pro%essores e demais participantes do am&iente escolar1 epressas por interm:dio de mIltiplas %ormas de dialo-o1 de"em contri&uir para a constituição de identidades a%irmati"as1 persistentes e capazes de prota-onizar aç#es solidarias e aut>nomas de constituição de con,ecimentos e "alores indispens'"eis = "ida cidadã. $F 7arantese nessa Diretriz1 o acesso de todos os alunos a uma &ase nacional comum e a&rese a possi&ilidade a uma parte di"ersi%icada. emos ainda !ue a UBase Nacional 2omum e sua parte di"ersi%icada de"erão inte-rarse em torno do aradi-ma 2urricular1 !ue "isa a esta&elecer relação entre a Educação 8undamental e a "ida cidadã1 mediante a articulação entre "'rios dos seus aspectos comoM 5 a saIde; ? a seualidade; 3 a "ida %amiliar e social; 4 o meio am&iente; J o tra&al,o; 6 a cincia e a tecnolo-ia; H a cultura; as lin-ua-ens; e com as reas de 2on,ecimento deM 5 L*n-ua ortu-uesa; ? L*n-ua aterna (para população ind*-ena e imi-rante
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3 atem'tica; 4 2incias; J 7eo-ra%ia; 6 Tist)ria; H L*n-ua Estran-eira; Educação rt*stica; 9 Educação 8*sica; 5 Educação Aeli-iosa (na %orma do rt. 331 da LDB s Diretrizes 2urriculares Nacionais (D2N de%inidas a partir do !ue preceitua a Lei n 9.394/96 estão %undamentadas pelo principio da interrelação entre conteIdos e 'reas de con,ecimentos1 de modo a -arantir a contetualização dos con,ecimentos tra&al,ados. +s conteIdos curriculares e as 'reas de con,ecimento de"em1 então1 ser tratados Q...R de modo contetualizado1 apro"eitando sempre as relaç#es entre conteIdos e conteto para dar si-ni%icado ao aprendido1 estimular o prota-onismo do aluno e estimul'lo a ter autonomia intelectual.
.0 A% $r!$!%% '" #$"r"*+!#5"-&! $#r# ! E-%*-!Fu-'#5"- s proposiç#es doutrin'rias presentes no arecer completamse com a a%irmação da dimensão participati"a. De acordo com as D2N1 o aper%eiçoamento do Ensino 8undamental depende de !ue as propostas peda-)-icas ela&oradas pelas escolas se@am capazes de re%letir o pro@eto de sociedade local1 re-ional e nacional dese@ado1 a ser de%inida por cada e!uipe docente em cola&oração com os usu'rios e outros mem&ros da sociedade1 !ue participam dos 2onsel,os/Escola2omunidade e dos 7rmios Escolares. 8azendo eco ao art. ?5 da 2onstituição 8ederal de 591 as diretrizes são entendidas como lin,as -erais de ação1 como proposição de camin,os a&ertos = tradução em di%erentes pro-ramas de ensino. Se-undo esses documentos1 as escolas de"erão %undamentar suas aç#es peda-)-icas em princ*pios :ticos1 pol*ticos e est:ticos. + primeiro princ*pio est' relacionado com a autonomia1 responsa&ilidade1 solidariedade1 com a cidadania e a "ida democr'tica. +s documentos tam&:m consideram a eistncia de princ*pios est:ticos da sensi&ilidade1 !ue de"em conduzir as aç#es peda-)-icas escolares ao recon,ecimento da sensi&ilidade e criati"idade do comportamento ,umano e = "alorização da di"ersidade de mani%estaç#es art*sticas e culturais. + se-undo princ*pio da diretriz re%erese ao recon,ecimento da identidade pessoal de alunos1 pro%essores e demais pro%issionais !ue atuam na educação escolar1 &em como da identidade institucional das escolas e dos sistemas de ensino. Na dimensão pessoal1 a diretriz aponta para a necessidade de acol,ida democr'tica pela escola das di"ersidades e peculiaridades de -nero1 :tnicas1 et'rias1 re-ionais1 socioecon>micas1 culturais1 psicol)-icas e %*sicas das pessoas implicadas diretamente com a educação escolar. diretriz "ai ao encontro de dispositi"os constitucionais e do ro-rama Nacional de Direitos Tumanos1 !ue recon,ecem a di-nidade da pessoa ,umana (art. 51? e 3 da 281 a i-ualdade perante a lei (art. J da 281 a necessidade de repIdio e condenação a !uais!uer %ormas de discriminação (art. 3 da 28e a promoção dos direitos ,umanos (NDT. terceira diretriz considera o processo educacional como uma relação indissoci'"el entre con,ecimentos1 lin-ua-ens e a%etos1 constituinte dos atos de ensinar e aprender. Essa perspecti"a remete = "alorização do di'lo-o e = adoção de metodolo-ias di"ersi%icadas em sala de aula1 permitindo a epressão de n*"eis di%erenciados de compreensão1 de con,ecimento e de "alores :ticos1 pol*ticos e est:ticos.
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Nesse caso1 mesmo tratandose de uma diretriz !ue tem implicaç#es claramente peda-)-icas1 ano ,' nen,uma re%erencia eplicita = proposta dos 2N. !uarta diretriz ap)iase no art. 9 da LDB para esta&elecer conteIdos curriculares m*nimos para a c,amada Base Nacional 2omum1 destinados a le-itimar a unidade e a !ualidade da ação peda-)-ica na di"ersidade nacional. ara o arecer 2EB 4/9(5991 p. 9 Q...R a instituição de uma Base Nacional 2omum com uma arte Di"ersi%icada1 a partir da LDB1 sup#e um no"o paradi-ma curricular !ue articule a Educação 8undamental com a Fida 2idadã.
Fida 2idadã : o eerc*cio de direitos e de"eres de pessoas1 -rupos e instituiç#es da sociedade !ue1 em siner-ia1 in%luem so&re mIltiplos aspectos1 podendo assim "i"er &em e trans%ormar a con"i"ncia para mel,or. Nessa perspecti"a inte-radora1 a &ase comum e a parte di"ersi%icada de"em articular cidadania e con,ecimento nos curr*culos da educação %undamental. ratase de uma dupla inte-ração1 !ue de"e mo"imentarseno interior da escola e entre temas selecionados pelos docentes nos seus plane@amentos. U"ida cidadãV diz respeito a aspectos relacionados com saIde1 seualidade1 "ida %amiliar e social1 meio am&iente1 tra&al,o1 cincia e tecnolo-ia1 cultura e lin-ua-ens. ' as U'reas de con,ecimentoV se re%erem = L*n-ua ortu-uesa1 L*n-ua aterna (para populaç#es ind*-enas e mi-rantes1 atem'tica1 2incias1 7eo-ra%ia1 Tist)ria1 L*n-ua Estran-eira1 Educação rt*stica1 Educação 8*sica e Educação Aeli-iosa. 2uriosamente1 essa diretriz esta&elece uma estrutura curricular &'sica1 na !ual os aspectos mais ino"adores estão relacionados = U"ida cidadãV e e"ocam os emas rans"ersais propostos pelos 2N1 sem %azer1 no entanto1 !ual!uer re%erencia eplicita a eles. 2omplementarmente1 a !uinta diretriz1 em consonCncia com o arti-o ?H da LDB1 orienta as escolas no sentido da condução de propostas curriculares e de processos de ensino capazes de articular os con,ecimentos e "alores da Base Nacional 2omum e da arte Di"ersi%icada ao conteto social. seta diretriz en%atiza a autonomia escolar e %undamentase no"amente na LDB para orientar as escolas no uso da arte Di"ersi%icada do curr*culo1 no desen"ol"imento de ati"idades e pro@etos de seu interesse especi%ico. Nessa perspecti"a1 a diretriz ap)iase na LDB (art. 91 $F para rea%irmar a competncia de Estados1 munic*pios e esta&elecimentos escolares no sentido de complementarem os curr*culos m*nimos com uma parte di"ersi%icada. 8inalmente1 a s:tima diretriz diz respeito a propostas peda-)-icas capazes de zelar pela eistncia de um clima escolar de cooperação e de condiç#es &'sicas para plane@ar os usos do espaço e do tempo escolar. am&:m se tenta compreender os princ*pios da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade1 do sistema seriado ou por ciclos1 de curr*culo1 de plane@amento e a"aliação constantes da escola e de sua proposta peda-)-ica. Em suma1 a le-islação permite atender mel,or os anseios da sociedade &rasileira e dos educadores em prol de uma educação de !ualidade. C!-6"c"-'! " "=$!r#-'! # "%&ru&ur# !r5#&*8# '!% PCN -# "%c!# Estudaremos a %orma de seleção1 or-anização e eecução dos conteIdos para o Ensino 8undamental. pontaremos as contri&uiç#es do E2 para colocar em pr'tica aç#es !ue e%eti"amente -arantissem a implantação das mudanças curriculares necess'rias ao Ensino 8undamental apontadas pelos educadores dessa modalidade de ensino. .1 E%&u'#-'! " '*%cu&*-'! !% PCN intenção da proposta dos 2N %oi %ornecer elementos de discussão paraM
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mpliar o de&ate nacional so&re o Ensino 8undamental e socializar in%ormaç#es1 resultados de pes!uisas1 le"andoos ao con@unto dos pro%essores &rasileiros1 para !ue pudessem pro@etar seu tra&al,o de %orma a re"erter o !uadro atual do ensino %undamental; 2onstruir um re%erencial !ue orientassem a pr'tica escolar de %orma a -arantir a toda criança &rasileira o acesso a um con,ecimento inte-rado !ue pudesse possi&ilitarl,e de %ato a inserção na sociedade; Nortear a %ormação inicial e continuada de pro%essores = medida !ue se tornam claros os %undamentos do curr*culo e o tipo de %ormação !ue se pretende para o pro%essor; +r-anizar a"aliaç#es eternas1 nacionais e re-ionais1 !ue permitem pilotar os sistemas de ensino1 %ornecendo indicadores de ade!uação ou não do processo educati"o dos pr)prios parCmetros. ortanto1 ao de%inir os o&@eti"os para o Ensino 8undamental1 os parCmetros eplicitam e ampliam o papel de %ormação do cidadão por meio da proposição de o&@eti"os. Neles se destacam a importCncia de o aluno compreender o mundo = sua "olta e de "lo como um espaço de in"esti-ação1 desen"ol"imento1 curiosamente e con,ecimento. +s parCmetros en%atizam1 ainda1 a importCncia de o aluno aprender a utilizar conceitos e procedimentos re%erentes a todas as 'reas de ensino1 &em como instrumentos tecnol)-icos dispon*"eis para resol"er situaç#espro&lema. +s parCmetros ressaltam di"ersas %ormas de racioc*nio a serem desen"ol"idas pelos alunos1 como por eemplo1 a importCncia de !ue ele desen"ol"a atitudes de se-urança com relação = pr)pria capacidade de construir con,ecimentos1 de culti"o a autoestima1 o respeito ao tra&al,o dos cole-as e a perse"erança na &usca de soluç#es. .0 PCN: %""+,! '" c!-&"'!% $#r# ! E-%*-! Fu-'#5"- +s parCmetros adotam como diretriz primeira para a seleção dos conteIdos no Ensino 8undamental a rele"Cncia social e a contri&uição para o desen"ol"imento intelectual do aluno em cada ciclo ou etapa %ormati"a. No &loco dos conteIdos mais con"encionais1 os parCmetros &uscam e"idenciar os aspectos rele"antes do con,ecimento. Dão desta!ue1 por eemplo1 ao tra&al,o !ue en"ol"e a cidadania1 a solidariedade1 a di"ersidade entre outros. +utro aspecto dos parCmetros !ue c,ama muito a atenção : o %ato de eplorar os conteIdos não apenas em sua dimensão conceitual (con,ecer al-o1 mas tam&:m na dimensão de procedimentos (sa&er %azer al-o. +s procedimentos1 conceitos e atitudes são interpretados como conteIdos nos parCmetros e precisam ser tra&al,ados de %orma sistem'tica em sala de aula. .3 PCN: !r(#-*;#+,! '!% c!-&"'!% $#r# ! E-%*-! Fu-'#5"- No !ue diz respeito = or-anização dos conteIdos para o Ensino 8undamental1 o documento deia claro !ue a or-anização de"e ser %eita pelo pro%essor e !ue não pode ser conce&ida por ele como se %osse Inica1 como uma ,ierar!uia prede%inida e a&solutamente linear. o contrario1 os parCmetros destacam a importCncia de se &uscar as "arias cone#es !ue podem ser %eitas entre os di%erentes &locos. $sso d' ori-em a pro@etos em !ue os conteIdos são contetualizados e articulados. .@ PCN: "="cu+,! '!% c!-&"'!% No !ue diz respeito =s orientaç#es did'ticas para o Ensino 8undamental1 os parCmetros não es-otam todas as !uest#es en"ol"idas no processo de ensino e aprendiza-em1 mas indicam al-uns princ*pios para a construção da pr'tica peda-)-ica. Destacamos os se-uintesM •
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prender se %az tam&:m em um conteto de interaç#es sociais. + aluno constr)i seu pr)prio pensamento1 con%rontandoo com o dos demais cole-as; + con,ecimento se constr)i e toma sentido por meio de aç#es !ue permitam resol"er um pro&lema1 responder a uma !uestão1 em uma situação em !ue o su@eito pode se apropriar do conteto; prender raramente se %az de uma s) "ez1 mas supor1 muitas "ezes1 "oltar atr's1 porem de %orma a compreender o !ue %az e por !ue %az; Gm con,ecimento s) : pleno se %or mo&ilizado em situaç#es di%erentes da!uelas !ue ser"iram para l,e dar ori-em1 ou se@a1 trans%er*"eis a no"as situaç#es. l:m disso1 os parCmetros curriculares do Ensino 8undamental %azem re%erencia ao uso das tecnolo-ias da in%ormação1 respons'"eis pelas mudanças nos ritmos e nas modalidades da comunicação. Aecomendam a utilização de computadores1 !uando poss*"el1 e de calculadoras como instrumentos moti"adores na realização de tare%as eplorat)rias e de in"esti-ação1 de "eri%icação de resultados e de autoa"aliação. En%im1 os parCmetros curriculares para o Ensino 8undamental procuram -arantir a toda criança &rasileira o acesso a certo padrão de con,ecimento. Gtilizam1 para isso1 crit:rios de a"aliação1 ao %inal de cada ciclo de aprendiza-em1 não com a intenção de us'los para apro"ar alunos1 mas para ser"ir de indicadores de a"aliação do tra&al,o escolar •
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. SELECIONANDO CONTEQDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
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ara atender a essa compreensão te)rica1 o autor prop#e a classi%icação dos conteIdos em conceituais ou %actuais (o !ue se de"e sa&er1 procedimentais (+ !ue se de"e sa&er %azer e atitudinais (2omo se de"e ser. Essa maneira de entender os conteIdos traz implicitamente uma concepção de aprendiza-em construti"ista e s)cio intercionista. Ela parte dos con,ecimentos pr:"ios de !ue o aluno @' construiu para a"ançar a partir dos processos de mediação. classi%icação dos conteIdos não tem por o&@eti"o %ra-mentar o tra&al,o !ue ser' realizado com os alunos. o contrario1 essa caracterização U: uma construção intelectual para compreender o pensamento e o comportamento das pessoasV (WBLL1 5991 p.391 pois1 na pr'tica das aulas1 eles acontecem de %orma totalmente inte-rada. C!-&"'!% c!-c"*&u#*% !u #c&u#*% ! Ju" %" '"8" %#"rK: Wa&alla (5991 p.45 diz !ue Upor conteIdos %actuais se entende o con,ecimento dos %atos1 acontecimentos1 situaç#es1 dados e %en>menos concretos e sin-ularesV. Esse tipo de conteIdo corresponde = compreensão simpli%icada !ue muitos pro%essores tm so&re os conteIdos de seu pro-rama curricular1 reduzindoos a uma lista de assuntos ou temas. ortanto1 se %icarmos somente nesse aspecto1 estaremos limitando a aprendiza-em dos nossos alunos. C!-&"'!% $r!c"'*5"-*% ! Ju" %" '"8" %#"r #;"r. Wa&alla (5991 p.44 a%irma !ue Gm conteIdo procedimental !ue inclui entre outras coisas as re-ras1 as t:cnicas1 os m:todos1 as destrezas ou ,a&ilidades1 as estrat:-ias os procedimentos : um con@unto de aç#es ordenadas e com um %im1 !ue dizer diri-ido para a realização de um o&@eti"o. São conteIdos procedimentaisM ler1 desen,ar1 o&ser"ar1 calcular1 classi%icar1 traduzir1 recortar1 saltar1 in%erir1 espetar etc.
2omeçamos a entender um aspecto importante na a&orda-em do autor.
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C!-&"'!% #&*&u'*-#*% c!5! %" '"8" %"r: Wa&all,a (5991 p.46 asse"era !ue Uo termo conteIdos atitudinais en-lo&a uma s:rie de conteIdos !ue por sua "ez podemos a-rupar em "alores1 atitudes e normasV. 2ompreender essa dimensão tam&:m como conteIdo atri&ui uma importante ressi-ni%icação no entendimento !ue temos ou t*n,amosX so&re esse assunto. Na maioria das "ezes1 entendemos !ue o tra&al,o com esses aspectos : al-o a ser realizado se der tempo ou em circunstancias impro"isadas e impre"istos. o entendermos a a&ran-ncia dosa conteIdos atitudinais1 compreendemos !ue de"emos selecionar !uais são os "alores1 as atitudes e as normas a serem tra&al,adas1 eplicitandoas no nosso plane@amento.
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8ormação de ,a&ilidades e ,'&itos1 atitudes e con"icç#es1 !ue permitam a aplicação de con,ecimentos na solução de pro&lemas em situaç#es da "ida pr'tica; Desen"ol"imento das possi&ilidades de apro"eitamento escolar de todos os alunos1 di%erenciando e indi"idualizando o ensino para atin-ir n*"eis relati"amente i-uais de assimilação da mat:ria; Falorização de sala de aula com o meio e4ducati"o1 para %ormar as !ualidades positi"as de personalidade dos alunos; 2ondução do tra&al,o docente na classe1 tendo em "ista a %ormação do esp*rito de coleti"idade1 solidariedade e a@uda mItua1 sem pre@u*zo da atenção as peculiaridades de cada aluno. 1.0 A "%&ru&ur#+,! '*'<&*c# '# #u# + tra&al,o docente re!uer estruturação e or-anização dos elementos !ue en"ol"em o processo de ensino1 a%im de !ue se@am atin-idos os o&@eti"os maiores1 !ue : a aprendiza-em do aluno. or isso a indicação de etapas de desen"ol"imento da aula não si-ni%ica !ue todas as aulas de"am se-uir um es!uema r*-ido1 in%le*"el at: !ue se cumpra todo o plane@amento do pro%essor. estruturação da aula : um processo !ue implica %lei&ilidade e tam&:m con,ecimento do pro%essor1 como mostra o es!uema a se-uirM
Pr"$#r#+,! '# #u# ro&lema e orientação do o&@eto
ra&al,o com a mat:ria anterior Eerc*cios Aecordação • •
ransmissão e assimilação da mat:ria no"a
"aliação
spectos eternos (m:todos de ensino spectos internos (m:todos de assimilação ati"a percepção %ormação de conceitos desen"ol"imento de capacidades co-nosciti"a e operati"a
8onteM Bordena"e e ereira (599H
+ es!uema tenta mostrar a dinCmica entre as %ases do processo de ensino. preparação e a introdução implicam o entrelaçamento com os con,ecimentos anteriores1 demarcam o mo"imento do con,ecimento "el,o ao no"o1 do no"o ao "el,o. 1.3 P#%%!% '*'<&*c!% $#r# # #u# -! E-%*-! Fu-'#5"- Pr"$#r#+,! " *-&r!'u+,! '# 5#&>r*#: de"ese mo&ilizar a atenção do aluno ao estudo1 or-anização do am&iente1 suscitamento do interesse e li-ação da mat:ria no"a
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em relação = anterior. 2ompreende ati"idades interli-adasM a preparação pr:"ia do pro%essor1 a preparação dos alunos1 a introdução de mat:ria e a colocação did'tica dos o&@eti"os. $sso a@uda os alunos a terem clareza dos resultados a se-uir. Tr#"-&! '*'<&*c! '# 5#&>r*# -!8#: aproimação inicial do o&@eto de estudo para ir %ormando as primeiras noç#es. +u se@a1 realizase a percepção dos o&@etos e %en>menos li-ados ao tema1 at: consolidar conceitos so&re os o&@etos de estudo. Sistematização das id:ias e dos conceitos de um modo !ue se@a poss*"el operar mentalmente com eles as tare%as te)ricas e pr'ticas. 2onsolidação e aprimoramento dos con,ecimentos e ,a&ilidadesM inclusão de eerc*cios de %iação1 recapitulação da mat:ria1 tare%as de casa1 estudo diri-ido. Entretanto o processo depende de !ue os alunos ten,am compreendido &em a mat:ria e de !ue sir"am de meios para o desen"ol"imento do pensamento independente do racioc*nio e da ati"idade mental dos alunos. aplicação : a culminCncia relati"a do processo de ensino. %unção peda-)-ico did'tica da aplicação : a de a"ançar da teoria a pr'tica1 : colocar os con,ecimentos dispon*"eis a ser"iço da interpretação e analise da realidade. 2ontrole e a"aliação dos resultados escolaresM : uma %unção did'tica !ue percorre todos as etapas do ensino e a&ran-e a consideração dos "'rios tipos de ati"idades do pro%essor e dos alunos no processo de ensino. a"aliação cumpre1 ao menos1 trs %unç#esM peda-)-icadid'tica1 dia-n)stica e %ormati"a. 1.@ T*$!% '" #u# " 5>&H!'!% '" "-%*-! De acordo com os o&@eti"os e conteIdos da mat:ria1 as aulas poderão ser pre"istas em correspondncia com as etapas do processo de ensino. ssim podemos ter aulas direcionadas a "'rios o&@eti"os comoM ula de preparação e introdução da mat:ria; ulas de tratamento mais sistematizado da mat:ria no"a; ulas de consolidação (eerc*cios1 recordação1 sistematização1 aplicação; ulas de "eri%icação da aprendiza-em para a a"aliação dia-n)stica ou de controle. pesar de di%erentes estilos de aulas1 de"e sempre eistir a preocupação em "eri%icar as condiç#es pr:"ias para !ue ocorra a aula. De"ese começar com a orientação e preparação dos alunos para o entendimento do assunto !ue ser' a&ordado pelo pro%essor. 2on%orme o tipo de aula1 da mat:ria1 dos o&@eti"os e dos conteIdos1 escol,ese a m:todo de ensino1 dentro das "ariaç#es de cada um. 2a&e ao pro%essor ter criati"idade e %lei&ilidade para escol,er os mel,ores procedimentos1 com&in'los1 tendo em "ista sempre o !ue mel,or possi&ilita o desen"ol"imento das capacidades co-nosciti"as dos alunos. 1. E%c!6"-'! ! Ju" #$r"%"-r "5 u5# #u# +s pro%essores acreditam !ue os pontos importantes e %undamentais da aula estão concentrados nas t:cnicas de ensino. orem : &om deiar claro !ue nem sempre as t:cnicas utilizadas pelos pro%essores e o cumprimento do pro-rama da sua disciplina conse-uem atin-ir os o&@eti"os propostos inicialmente nos seus plane@amentos. $sso se d' pelo %ato de a -rande maioria dos docentes acreditarem !ue1 sem t:cnica e &urocracia peda-)-ica1 o ensino ser' de al-uma %orma1 suspeito1 de m' !ualidade ou super%icial. + pro%essor1 independente da t:cnica !ue ira utilizar na sua aula1 de"e primeiro concentrarse na aprendiza-em dos seus alunos1 de"e pensar na or-anização de uma aula !ue comece por estimular a curiosidade dos discentes (2NEN; +AE$A ?5 e +AE$A1 ?3. • • • •
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+ pro%essor de"e "islum&rar a preparação da sua aula1 como se %osse um meio para capturar a atenção do seu pI&lico1 !ue : o aluno1 e assim c,e-ar atin-ir de %ato o processo de ensinoaprendiza-em (SF$NE. ?3. Na "erdade a aula de"e criar no aluno uma epectati"a de !ue al-uma coisa importante ir' sur-ir a !ual!uer momento1 dei'lo curioso e moti"ado1 a espera de al-o no"o1 com em uma no"ela ou peça de teatro. ssim1 depois de prender a atenção do aluno no assunto !ue ser' desen"ol"ido1 pontos restantes irão sendo acrescentados1 como por eemplo1 as t:cnicas !ue serão utilizadas no decorrer do processo. En%im1 ao or-anizar uma aula de"e lem&rar !ue ela : uma apresentação dram'tica !ue precisa de um começo en"ol"ente !ue prenda a atenção do pI&lico al"o1 no caso o aluno. $sso se %az necess'rio para !ue o conduza de "olta aos pontos importantes1 @' tra&al,ados pelo pro%essor anteriormente1 %ormando assim uma tela de con,ecimentos.
11. PLANEANDO E ABALIANDO NO ENSINO FUNDAMENTAL ati"idade educati"a não : ocasional1 pois carre-a uma intencionalidade1 !ue : -arantir !ue aprendiza-em se e%eti"e. ssim1 cada etapa ou mesmo procedimento da ação docente de"e ser pre"isto antecipadamente. 2oncomitante a esse plane@amento1 a a"aliação !ue nada mais : !ue um @ul-amento para a tomada de decis#es de"e incidir so&re toda essa ação plane@ada1 proporcionando a re"isão sempre !ue necess'ria. lane@amento e a"aliação1 portanto1 são ati"idades importantes no processo de ensino e aprendiza-em1 constituindo permanente desa%io para !uem eerce a tare%a de ensinar. Discutiremos so&re o plane@amento e a"aliação como processos interdependentes necess'rios ao ato educati"o. 11.1D!*% 5!5"-&!%K o de%inirmos o plane@amento como a ação pela !ual decidimos o !ue %azer1 a a"aliação ato continuo : a ação critica !ue nos su&sidia na "eri%icação de como estamos %azendo o !ue %oi plane@ado a"aliação perpassa os atos de plane@ar e eecutar1 isto :1 de"e estar presente durante o percurso do !ue %oi plane@ado1 não apenas no %inal1 !uando @' est' Utudo prontoV. De acordo com LucYesi (??1 a a"aliação se %az presente não s) na ,ora de se identi%icar a perspecti"a pol*ticosocial cm a !ual se pretende eecutar o tra&al,o1 como tam&:m na seleção de meios e ainda na eecução do pro@eto1 tendo em "ista sua e%eti"ação. LucYesi (?? p. 55559 a%irma !ue (... a a"aliação como critica de percurso1 : uma %erramenta necess'ria ao ser ,umano no processo de construção dos resultados !ue plani%icou produzir1 assim como o : no redimensionamento da direção da ação. a"aliação : uma %erramenta da !ual o ser ,umano não se li"ra. Ela %az parte de seu modo de a-ir e1 por isso1 : necess'rio !ue se@a usada da mel,or %orma poss*"el.
+ plane@amento e a"aliação não são1 portanto1 dois momentos estan!uesM o plane@amento dimensiona o !ue se "ai construir; a a"aliação su&sidia essa construção1 por!ue %undamenta no"as decis#es. a"aliação indica duas direç#esM 5. pr)pria produção do pro@eto ou o seu redimensionamento; ?. Gm sistema de critica do pr)prio pro@eto !ue se ela&orou e !ue se dese@a le"ar em %rente. 11.0 O $#-"?#5"-&! '# #+,! "'uc#&*8# $mportanos1 a-ora analisar diretamente o plane@amento em nosso tra&al,o institucionalizadoM a escola.
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lane@amento : todo um processo de re%leão realizado pelo pro%essor no desen"ol"imento da sua ação peda-)-ica. + plano1 por sua "ez1 : a operacionalidade desse plane@amento; : o re-istro da!uilo !ue %oi pensado. inda ,o@e ,' docentes !ue resistem ao plane@amento1 pois ac,am !ue isso : perda de tempo1 !ue não "ale a pena1 !ue : uma mera ati"idade de preenc,imento de instrumentos di"ersos para cumprir %ormalidades &urocr'ticas. ati"idade e o momento de plane@ar o peda-)-ico : um ato coleti"o1 não s) pelo %ato de sermos seres ,umanos e1 por isso1 seres sociais; mas1 indo al:m de"ido ao %ato de !ue o ato de ensino aprendiza-em : uma ação coleti"a. Se o plane@amento : coleti"o1 a eecução1 s) poder' se dar no coleti"o1 e 1 conse!Pentemente1 ser "ista e a"aliada coleti"amente. + ato de plane@ar implica escol,as e se estrutura em opç#es %ilos)%icopoliticas. No Brasil1 o plane@amento em educação1 desde o c,ão da escola at: os altos escal#es ministeriais1 tem sido conduzido como uma ati"idade neutra1 sem comprometimentos. Se %osse uma t:cnica neutra1 &astaria se pre"er a administração dos recursos dispon*"eis da %orma mais e%iciente poss*"el. + plane@amento de"e e%eti"ar uma discussão pol*tica da ação !ue se "ai realizar1 diretamente relacionada com o ro@eto ol*tico eda-)-ico da escola. + plane@amento coleti"o/participati"o : uma %orma de plane@ar !ue en"ol"e todos os atores da ação educati"a nas decis#es so&re aonde se !uer c,e-ar e de !ue maneira c,e-ar. Na sala de aula1 se o educando tam&:m ti"er a possi&ilidade de participar das decis#es1 o resultado poder' ser ainda mel,or. 11.3 P!%%***'#'"% '! $#-"?#5"-&! " '# #8#*#+,! "%c!#r. + plane@amento escolar de"e1 alem de ser coleti"o/participati"o1 contemplar os %ins e os "alores !ue de"em orientar a educação1 -an,ando assim a dimensão de uma decisão pol*tica1 cienti%ica e t:cnica. K necess'rio ultrapassar o Cm&ito t:cnico1 sem a&andon'lo1 inte-randoo em uma dimensão social e pol*tica. ' a a"aliação : um ol,ar constante e critico so&re o !ue "ai se %azer e so&re o !ue se est' %azendo. Esse ol,ar "ai corro&orar na tomada de decis#es so&re as maneiras e %ormas de mel,orar a !ualidade da construção do pro@eto. a"aliação contri&ui para identi%icar impasses e encontrar alternati"as de superação deles1 su&sidiando o acr:scimo de soluç#es alternati"as1 !uando necess'rias. pesar de sua importCncia1 o plane@amento não pode %uncionar como um en-essamento1 nem para os pro%issionais da educação1 nem para os alunos. s aç#es pre"istas precisam ser constantemente a"aliadas1 as decis#es re"istas e !uando necess'rio1 modi%icados. re"isão das decis#es e a adoção de no"as medidas1 lon-e de demonstrar o %racasso de educador ou da e!uipe1 re"elam compromisso e competncia na condução do processoaprendiza-em.
10. PLANEAMENTO DAS AULAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: COMO E UANDO FAZER $remos dar continuidade = discussão dos aspectos !ue en"ol"em a -estão da sala de aula e apro%undar !uest#es so&re o plane@amento. s a&orda-ens do teto anterior de"em ter le"ado "oc = conclusão de !ue : tra&al,oso ser um pro%essor re%lei"o1 pois a pr'tica constante do plane@amento realmente ei-e dedicação e comprometimento com a pro%issão. ara !ue esse processo aconteça e%eti"amente1 : importante !ue eistam concretamente al-uns momentos or-anizados para !ue os pro%essores se reInam para a ela&oração de seu plane@amento. 10.1 4!r
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maioria das escolas pI&licas -arante1 no ,or'rio semanal do pro%essor1 um tempo or-anizado para !ue ele possa dedicarse eclusi"amente ao plane@amento das suas aulas. Nesse momento1 o pro%essor pode ela&orar seu plane@amento semanal ou !uinzenal e preparar os materiais de !ue "ai precisar para colocar em pr'tica as ati"idades !ue idealizou. Normalmente1 nesse dia1 os alunos tm aula com outro pro%essor. Famos c,am'lo de UdinamizadorV. Em al-uns casos1 a 2oordenação eda-)-ica ou Super"isor Educacional or-anizam o ,or'rio semanal das aulas de maneira !ue o pro%essor UdinamizadorV tra&al,e um turno por semana com cada turma. Em outros casos1 a car-a ,or'ria do pro%essor @' incorpora determinadas ,oras a mais para o plane@amento !ue1 dependendo da escola1 de"em ou não ser cumpridas em suas dependncias. -arantia dessa car-a ,or'ria semanal para o plane@amento : al-o complicado para os pro%essores !ue atuam em escolas pri"adas. maioria delas e%eti"a a contratação do corpo docente apenas para o tra&al,o e%eti"o com os alunos. 8azse isso por entender !ue as outras ati"idades1 como plane@amento1 a"aliação or-anização de materiais1 etc.1 %azem parte da pro%issão e cada um precisa se or-anizar para cumprir com suas o&ri-aç#es. Na realidade1 essa : uma situação complea !ue epl*cita a !uestão da eploração do tra&al,o do pro%essor. escola pri"ada conse-ue impar certas re-ras em "irtude de !ue seus pro%essores são contratados e não concursados1 o !ue diminui sensi"elmente sua esta&ilidade. 2onsiderando a necessidade !ue todos temos do sal'rio para a so&re"i"ncia na sociedade capitalista1 muitos pro%essores se su&metem as prec'rias condiç#es de tra&al,o para -arantir o seu sustento. or outro lado1 essa situação tam&:m eplicita um dos principais da sociedade capitalista1 pois os propriet'rios dessas escolas reduziriam sua mar-em de lucro caso ti"essem por o&ri-ação pa-ar mais essas ,oras de tra&al,o para o pro%essor. 2ertamente as escolas pri"adas !ue assumem esse >nus tem a %rente pessoas com uma "isão mais ampla de educação1 para elas1 plane@amento não : mais uma despesa1 mas !ue : um momento necess'rio e imprescind*"el para !ue o tra&al,o cotidiano da sala de aula aconteça de maneira satis%at)ria. K importante o pro%essor ela&orar seu plane@amento com os cole-as !ue atuam na mesma s:rie e/ou na mesma turma. Esse momento de encontro contri&ui de maneira si-ni%icati"a para a ela&oração do plane@amento interdisciplinar. l:m disso1 essa eperincia contri&ui tam&:m para a pr'tica do pensamento re%lei"o1 pois a troca de id:ias so&re situaç#es !ue estão acontecendo enri!uece as re%le#es e tentati"as !ue o pro%essor "em realizando no seu cotidiano. pesar desse tipo de pr'tica parecer um ideal1 ,' escolas !ue conse-uem or-anizar seu tempoespaço para !ue isso aconteça. E1 para a!uelas !ue ainda não con!uistaram esse momento1 : importante !ue os pro%essores se or-anizem coleti"amente para rein"idincar esse espaço. Gm momento de encontro em !ue essa discussão pode ser le"antada são os encontros para a construção do ro@eto ol*tico eda-)-ico 10.0 R"u-*2"% $"'#()(*c#% +utro espaço importante de encontro no cotidiano da escola são as reuni#es peda-)-icas. Essas reuni#es normalmente são plane@adas e or-anizadas pelo 2oordenador eda-)-ico ou Super"isor Educacional1 !ue tem a %unção importante de mediador na pr'tica do pro%essor para !ue tra&al,o alcance os o&@eti"os propostos. Fasconcelos (??1 p. 5?5 de%ende a pr'tica peda-)-ica de reuni#es peda-)-icas nas escolas1 pois os conce&e como Espaço de re%leão critico1 coleti"a e constante so&re a pr'tica de sala de aula e da instituição (&em como de suas inter%aces. Nele pode se darM