Atividades Op racionais de Bom eiro Civil
BOMBEIR PROFISSIONAL CIVIL NÍVEL BÁSICO
2017
MAN AL PARA PARA REA REALIZA LIZAÇ Ç O DE ESTU ESTUDOS DOS ������ �
SUMÁRIO
Pag Atividades Operacionais........................................................................................... Definição de Bombeiro.............................................................................................. Principais Atribuições do Bombeiro Civil.............................................................. Sistema de Comunicação por Voz............................................................................ Inspeção Preventiva................................................................................................... Relatório de Acidente do Trabalho........................................................................ Cuidados com Extintores de Incêndio................................................................... Teste de Vedação de Hidrante Predial................................................................. Relatório de Atividades (ABNT NBR 14023)....................................................... Inspeção de Sprinklers............................................................................................. Mangueira de Incêndio.............................................................................................. Serviços de Emergência............................................................................................ Para Raios..................................................................................................................... Caldeiras e Vasos de Pressão................................................................................... Geradores, Conjuntos Motobomba e Motoventiladores.................................... Armazenagem e Instalações de Gases.................................................................. EPI e EPR...................................................................................................................... Equipamento de Proteção Individual...................................................................... Equipamento de Proteção Respiratória................................................................. Riscos de Exposição aos principais tipos de gases............................................. Deficiência de Oxigênio no Ar................................................................................ Proteção Respiratória............................................................................................... Sistema de conversão e Tempo de Autonomia de cilindros de ar..................
03 03 03 04 09 11 17 18 19 20 21 23 24 25 27 28 30 30 31 32 35 36 42
MANUAL PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS ������ �
1.
Atividades Operacio nais 1.
Definição de Bo beiro
Antes de co começarmos a falar sobre as responsabilidades e deveres dos bombeiros civis, precisamos ter certeza que sabe os “o que é ser bombeiro”. Existem iversas definições por diferen diferentes tes órgãos órgãos.. A Adot dotare aremos mos aqui algumas definições apresentadas na NBR 14608:2007, no item 3 (Termos e Definições).
Bombeiro
treinada e c pacitada pacit ada que q ue presta p resta serviços serv iços de preve p reven n ão e atendimento atendimento a Pessoa tr emerg ncias, at atuan o na proteç proteção ão da vida vida,, do meio meio ambie ambient nt e do patrimônio.
Bombeiro Profissional Profissional Civil
Bo mbeiro mbeiro que presta presta servi serviço ço em uma uma plant plant ou evento.
Bombeiro Voluntário
Bo mbeiro mbeiro perten pertencent cente e a uma uma Organiz Organizaçã ação Não Governamental (O G) ou Organiz Organização ação da Socie Sociedade dade Civ Civil de Interesse Público (O CIP), que presta serviços de atendi ento a emergências pú licas. Bo mbeiro pertencente a uma corporação g vernamental militar ou civil de atendimento a emergências.
Bombeiro Público
Este curso é voltado para o Bomb iro Profissional Civil, o qual tem papel fundamental nas indústrias, eventos, comércios e et . 2.
Principais Atrib ições do Bombeiro Civil
O Bombeiro Profissional Civil é o p ofissional com as seguintes atividades b ásicas:
Ações de Pre enção Conhecer o plano de emerg ncia contra incêndio da planta; Iden Identitific ficar ar os os per perig igos os e aval avalii r os riscos existentes; Inspecionar periodicamente os equipamentos de combate a incêndio ; Inspecionar periodicamente as rota rotass de fuga, fuga, incl inclui uind ndo o a sua sua libe libera raçç o e sinalização; Participar dos exercícios sim ulados; Registrar su suas at atividades di di rias rias e rela relattar for formal malmen mente as irre irreg gular ularid id des encontradas, com propostas e medidas co correti as adequadas e posterior verificação da execução; Aprese Apresenta ntar, r, quando quando aplicá aplicáve vel, sug suges estõ tões es par para a melh melhor oria iass das das cond condiç içõ õ es de segurança contra incêndio e acidentes; Participar das atividades de avaliação, liberação e acompanhamento das atividades de risco compatíveis com sua f rmação.
Ações de Emergência Aplicar os procedimentos bá sicos es estabelecidos no no Pl Plano de de Em Emerg ncia contra incêndio da planta que deve estar de acordo com a ABNT 15219.
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3.
Sistema de Comunicação por Voz
Harold Lasswel, americano, em 1948 propôs que a comunicação fosse dividida em 5 elementos básicos: Quem (Emissor); O quê (Mensagem); Como (Meio de Transmissão); Para Quem (Receptor); Com que efeito (Feedback, Retorno). 1. Emissor: Trata-se da pessoa que expressa algo a alguém. O emissor pode transmitir melhor ou pior a mensagem, em razão de inúmeros fatores. A timidez, por exemplo, pode ser um grande obstáculo para o emissor. Ele é o sujeito da mensagem, ainda que esteja na condição de receptor, se de alguma forma a mensagem recebida o faz f az reagir. 2. Mensagem: É o conteúdo transmitido pelo emissor. 3. Meio: Canal através do qual se veicula a mensagem. 4. Receptor: É o que recebe a mensagem vinda de um emissor. Para que haja boa comunicação, é preciso que haja uma sintonia entre o emissor e o receptor porque o receptor nunca recebe a mensagem de forma passiva (ou seja, ele sempre altera a mensagem de acordo com seu entendimento). 5. Feedback (Resposta): É a resposta ou reação do receptor diante da mensagem do emissor. Refere-se à informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem, e que serve para avaliar os resultados da transmissão. Uma visão desse processo de comunicação implica na avaliação da mensagem para oferecer indicadores para a tomada de decisão. decisão. 7.
Comunicação em Rádio
Indivíduos que operam o rádio devem saber que as transmissões podem ser monitoradas por outras rádios na área, mídia e público. Operadores devem ter cuidado de não transmitir mensagens que não devem ser de conhecimento geral, que são confidenciais ou restritas, com exceção das linhas seguras.
Texto Claro e Códigos As mensagens podem ser em texto claro ou códigos. Texto claro envolve a utilização de termos que sejam de conhecimento do público alvo e frase do português padrão. Historicamente, o uso de linguagem codificada tornou-se uma necessidade devido a baixa qualidade das transmissões. Uma série de códigos simples foi desenvolvida para que pudesse ser usada para transmitir mensagens que de outra maneira usariam muitas palavras.Contudo, um grande problema com os códigos é que locais diferentes podem usar códigos diferentes, causando diversos problemas. Os equipamentos de rádios modernos eliminaram a necessidade de códigos e em muitas áreas o uso dos códigos é considerado arcaico. Muitas empresas opinam por utilizar o texto claro que elimina os problemas relativos às codificações. MANUAL PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS ������ �
Mensagens Essenciais As mensagens só devem ser transmitidas quando são essenciais. Devem ser de forma curta e clara. 8. Rádio Comunicações usando algum tipo de rádio são as mais comuns durante uma emergência. Rádios permitem comunicações instantâneas. Operados e monitorados de maneira correta a comunicação através do rádio tem as seguintes vantagens: • O acidente pode ser avaliado e pesquisado; • Todos os envolvidos em trabalhos podem ser informados ou consultados; • Ordens, planos e informações podem ser rapidamente transmitidas ou recebidas de acordo com as condições. • Proceder a um teste com a estação base ou com o Centro de Comunicações;
Cuidados na transmissão por rádio • Retirar o microfone do seu suporte (estação móvel, estação portátil e estação fixa com microfone externo); • Manter uma distância aproximada de 5 (cinco) centímetros entre o microfone e a boca; • Observar se a rede está limpa, ou seja, se não há ninguém transmitindo naquele instante; • Acionar a tecla de microfone, verificando o aparecimento de sinal indicativo de transmissão; • Aguardar um segundo antes de falar para que o início da mensagem não seja incompleta. Este cuidado deve ser tomado principalmente quando a rede funciona através de repetidora; • Identificar-se. Em toda estação de rádio, para comunicação, a identificação é obrigatória. Em sistemas modernos, o simples apertar da tecla de transmissão já identifica a estação na central; • Mentalizar a mensagem antes da transmissão. Ela deve ser clara, concisa e precisa, mesmo se complexa; • Adiar a chamada, caso uma estação não responda. Repeti-la somente após alguns minutos ou após um posicionamento melhor. Caso este deslocamento não seja possível, tentar a comunicação com outras estações (inclusive móveis) e solicitar a retransmissão da mensagem àquela de interesse; • Enquanto transmitindo, manter a tecla apertada, soltando-a imediatamente após a fala; • Durante a transmissão, não utilizar expressões desnecessárias; • Utilizar o rádio somente em comunicação operacional.
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12. Métodos alternativos de comunicação por voz • Rádio comum; • Rádio amador; • Telefones fixos; • Telefones celulares; • Telefones por satélite.
Empresas pequenas que não necessitam de comunicação em massa, podem utilizar o rádio comum como meio de transmissão de informações. A vantagem desse tipo de rádio é o baixo custo. As desvantagens são o baixo alcance e a possibilidade de outras pessoas interferirem na faixa de freqüência, por serem freqüências comuns. 14. Alfabeto Radiotelefônico
Um alfabeto radiotelefônico (por vezes confundido com o alfabeto fonético) é um sistema de identificação das letras do alfabeto por meio de palavras-código, utilizado sobretudo na comunicação falada, especialmente por rádio ou telefone, para soletrar palavras. No mundo todo, existem inúmeros sistemas para identificar as letras do alfabeto e para unificá-los internacionalmente foi criado um alfabeto-padrão pela Organização de Aviação Civil Internacional e também adotado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Letra
Código
Pronúncia no Alfabeto Fonético Internacional
Pronúncia em todas as línguas
A
alpha
[al.fa]
al fa
B
bravo
[bʀa.vo]
bra vô
C
charlie
[t��aʀ.li]
txar li
D
delta
[d�l. ta]
del ta
E
echo
[e.ko]
é cô
F
foxtrot
[f ɔks tʀɔt]
fox trot
G
golf
[ɡɔlf]
golf
H
hotel
[o.t�l]
ho tel
I
india
[in. dja]
in dî a
J
juliett
[djuli-et]
dju li et
K
kilo
[ki. lo]
qui lô
L
lima
[li. ma]
li ma
M
mike
[maik]
maec
N
november
[no. vem. bə ʀ]
no vem ber
O
oscar
[ɔs.kaʀ]
oss car
P
papa
[pa. pa]
pa pa
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Q
quebec
[ke. b�k]
qué bec
R
romeo
[ʀo.me. o]
ro mi ô
S
sierra
[si. e.r ʀa]
si er a
T
tango
[tãnɡo]
tam gô
U
uniform
[u.ni. f ɔʀm]
iu ni form
V
victor
[vik. tɔʀ]
vic tor
W
whiskey
[wi. ski]
uîs qui
X
x-ray*
[eks. ʀ��]
ecs rei
Y
yankee
[iãm. ki]
iam qui
Z
zulu
[zu. lú]
zu lu
15. Código “Q”
O Código Q é adotado internacionalmente por Forças Armadas e trata-se de uma coleção padronizada de três letras, todas começando com a letra "Q"
Código
Pergunta
Resposta
QAP
NA ESCUTA?
Permaneça na escuta ou estou na escuta
QRA
Qual o nome operador?
QRA (FULANO)
QRE
Qual horário de chegada
QRE à (tal horas)
QRK
Qual a clareza dos meus sinais
QRK: 1-RUIM2-POBRE3-RAZOÁVEL4-BOA5-EXCELENTE
QRM
Está sendo interferido?
QRM 1-Nulas 2-Ligeira 3- Moderada 4-Severa 5- Extrema
QRN
Com estática?
QRN 1-Nulas 2-Ligeira 3- Moderada 4-Severa 5- Extrema
QRQ
Devo transmitir mais depressa?
Positivo/negativo
QRS
Devo transmitir mais devagar?
Positivo/negativo
QRT
Devo cessar transmissão?
Positivo/negativo
QRU
Tem algo para mim
Positivo/negativo
QRV
Pronto para receber?
Positivo/negativo
QRX
Aguarde toda a rede
Positivo/negativo “QRA/BASE”
QRZ
Quem chama?
QRA / BASE
QSA
Qual a intensidade do meu sinal?
QSA: 1-Apenas perceptível 2-Fraco 3-Satisfatório 4-Boa 5Ótimo
QSF
Você realizou o salvamento?
Positivo/negativo
QSJ
Qual a taxa cobrada?
QSJ R$.......
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QSL
Entendido?
Positivo/negativo
QSO
Comunicar pessoalmente
Positivo/negativo
QSQ
Há médico a bordo?
Positivo/negativo
QTA
Cancele a última transmissão
Positivo/negativo
QTC
Recados para transmitir?
Positivo/negativo
QTH
Endereço / Local?
QTH... ... ...
QTR
Qual a hora certa?
QTR à (tal horas)
QTU
Qual horário de funcionamento da estação
QTU das tal horas à tal horas
QTW
Como se encontra as vítimas?
Vítimas se encontram... ... ...
QTX
Manter sua estação aberta para chamadas
QTX QSL
QTY
Você segue para o local do acidente?
Positivo/negativo
QTZ
Você continua a busca?
Positivo/negativo
16. Códigos Numéricos
Pronúncia
Algarismo
Português
Inglês
0
ZE RO
ZI RO
1
UNO (UMA)
UAN
2
DOIS (DUAS)
TU
3
TRÊS
TRI
4
QUA TRO
FO AR
5
CIN CO
FA-IF
6
MEIA
SIKS
7
SE TE
SEV’N
8
OI TO
EIT
9
NO VE
NAI NA
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4.
Inspeção Preventiva
É importante salientar que um Programa de Manutenção Preventiva (MP) somente deve ser iniciado após o grupo de manutenção adquirir alguma experiência em manutenção corretiva. A mesma afirmação é válida com relação ao responsável pelo grupo. É recomendado iniciar um programa de MP somente após um período de prática (aproximadamente doze meses) no gerenciamento da manutenção corretiva. Embora a manutenção preventiva seja necessária para ampliar a vida útil do equipamento com a consequente redução dos custos e aumento da sua segurança e desempenho, a limitação de recursos materiais, humanos e financeiros tem restringido o desenvolvimento de programas de manutenção preventiva em diversos grupos de manutenção de equipamentos, principalmente no Brasil. Independentemente dos critérios adotados para a priorização, será imprescindível a obtenção de um sistema de informações confiáveis sobre os custos com a manutenção corretiva e o histórico de falhas dos equipamentos. Com essas informações, pode-se dar mais atenção àqueles equipamentos mais caros e mais sujeitos a avarias. Deve-se levar em conta alguns fatores na hora da priorização das inspeções preventivas de equipamentos: • identificação do equipamento: nome do equipamento marca modelo e idade (se possível); • local ou setor a que o equipamento pertence; • estado do equipamento: se em operação ou desativado; • grau de utilização do equipamento: sua importância (receita cessante, serviços essenciais); • obsolescência tecnológica: se o equipamento satisfaz as atuais necessidades dos usuários.
Todas essas informações podem ser obtidas através de questionários dirigidos aos usuários dos equipamentos e ao setor de compras/finanças. Uma vez feito o levantamento inicial dos equipamentos, pode-se iniciar a priorização através da utilização dos seguintes critérios: A. risco: equipamentos que apresentam alto risco à vida da comunidade ou do operador em caso de falha; B. importância estratégica: equipamentos cuja manutenção preventiva foi solicitada pela própria administração, equipamentos cuja paralisação ocasiona receita cessante, e equipamentos de reserva e/ou que possuem alto grau de utilização, ou seja, cuja paralisação impossibilita ou dificulta a realização de um ou mais serviços oferecidos; MANUAL PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS ������ �
C. recomendação: equipamentos sujeitos a algum tipo de norma de fiscalização por parte de órgãos governamentais para seu funcionamento; equipamentos sujeitos a recomendações dos seus fabricantes, ou seja, que possuem peças de vida útil predeterminada ou que devem sofrer procedimentos de rotina. Equipamentos de apoio e infra-estrutura predial também devem ser incluídos nas listas de inspeção. Dispositivos de infra-estrutura (tratamento de água, limpeza de canais, etc.) e equipamentos de apoio (caldeiras, compressores, painéis elétricos, bombas, disjuntores, etc.) tem que ser verificados a fim de diminuir os riscos consequentes de falhas. A implementação do programa de Manutenção Preventiva pode ser feita através do controle rigoroso das datas e horários para a MP de cada equipamento incluído no programa, o conhecimento das pessoas responsáveis pelo serviço onde o equipamento está sendo utilizado, o estabelecimento de um roteiro detalhado com todos os procedimentos a serem realizados, a lista das ferramentas, equipamentos para teste e material de consumo (graxas, detergentes, desengraxantes, etc.) necessários. A implementação de um programa de manutenção preventiva deve sempre ser discutida e aprovada conjuntamente com os usuários, a administração e o corpo técnico. Deve ser um processo dinâmico, que está sempre se auto corrigindo e se ajustando para satisfazer às necessidades dos clientes.
O conteúdo dos procedimentos de MP deve ser o mais completo possível para garantir que a inspeção seja feita da mesma maneira todas às vezes, assegurando um nível mínimo de inspeção adequada. Por isso, os roteiros de manutenção preventiva não devem ser muito superficiais, com instruções do tipo “verifique e limpe a unidade”. Por outro lado, as explicações dos roteiros não precisam ser tão detalhadas a ponto de requerer um esforço extensivo de leitura, o que não aumentará a efetividade da MP. Um roteiro de MP deve ser fácil de entender e composto basicamente por procedimentos de: A. inspeção geral: consiste na inspeção visual (verificação da integridade física da carcaça do equipamento e de seus componentes internos como placas de circuito impresso, folgas, desgastes das engrenagens e botões, amassados ou ferrugens na pintura) e limpeza do equipamento (procedimentos, produtos de limpeza utilizados e as ferramentas necessárias); B. troca de peças e acessórios com a vida útil vencida: essas instruções para substituição de partes e peças normalmente estão incluídas nos manuais do equipamento fornecidos pelos fabricantes; C. lubrificação geral: descrição dos tipos de lubrificante necessários, periodicidade, locais de aplicação, equipamentos e ferramentas que devem ser utilizados e orientações para abertura do equipamento ou partes dele; D. aferição e posterior calibração do equipamento: como e onde deve ser feita a leitura e verificação de indicadores e níveis (corrente, tensão, potência, rotação, pressão, vazão, etc.), quando necessário; E. testes de desempenho e de segurança (elétrica, radiológica, mecânica, biológica): explicação da execução dessa tarefa através da leitura e verificação de níveis de líquidos lubrificantes e indicadores em geral e observação de anomalias como calor, vibração, vazamentos ou odores, quando necessário. MANUAL PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS ������ ��
O estabelecimento da periodicidad e dos procedimentos de MP é uma tarefa bastante complexa e não há uma fórmula que poss resolver todas as questões. A su estão que sempre é apresentada é o estabelecimento a periodicidade de acordo com a freqü ncia das falhas que a MP tenta evitar. Para isso, deve-se levar em consideração: A. as condições de operação do quipamento (risco que o equipamento apresenta em caso de falha, probabilidade de o equipamento falhar devido a condições inseguras de operação; B. a facilidade de realizar a MP (ergonomia de manutenção) do e quipamento, ou seja, equipamentos com MP mais complexa exigem mais tempo de MP; C. freqüência de utilização do equipamento (equipamentos bastante util izados necessitam de mais atenção, ou seja, uma MP ma is freqüente); D. a experiência do pessoal (a ex eriência com o equipamento ajuda a d eterminar a freqüência de MP). Normalmente, costuma-se consid rar que a frequência dos procediment s de MP é adequada quando o número de equipame tos incluídos no Programa de Manut nção Preventiva que apresentam falhas ou necessitam e conserto entre cada MP é menor do q e 5%. 5.
Relatório de Acidente do Trabalho
Devemos começar a fazer os rela órios de acidentes de trabalhos atravé dos diagnósticos dos fatos. Esse diagnóstico também deve ser utilizado para fazer os relatórios de acompanhamento de trabalhos de risco e relatórios de in speção. As primeiras informações que dev m ser coletadas são parte da seção o de ocorreu o acidente do trabalho com os seguintes dado s: Data e hora de ocorrência; omo e onde ocorreu: breve descrição; T estemunhas. Como recolher as informações: No local de Trabalho: Averiguar a forma como ocorreu através de informações recolhidas or testemunhas, responsáveis e pelo acident do; Averiguar se os EPI’s adequ ados estavam sendo utilizados; Fotografias do local do acid nte evidenciando os aspectos relevante . Para a elaboração do relatório dev m-se deixar claras as seguintes informações: Dados do acidentado; Dados do acidente; Considerações sobre o acid nte; Medidas propostas / ações orretivas; Fotografias documentais. A seguir apresenta-se um modelo de relatório. MAN AL PARA REALIZAÇ O DE ESTUDOS ������ ��
RELATÓRIO DE ACIDENTE DO TRABALHO 1. DADOS DO LOCAL DE TRABALHO Unidade: Cidade:
Telefone:
Endereço:
2. DADOS DO ACIDENTADO Nome:
Idade:
Cargo:
Data de admissão:
Função:
Tempo na função:
Estado Civil:
RG:
Sexo:
3. DADOS DO ACIDENTE Local do acidente: Data do acidente:
Hora:
Após quantas horas de trabalho:
Dias de afastamento:
Guarnição:
Viatura:
Parte do corpo atingida:
Natureza da lesão:
Agente causador:
4. TIPO DE CASO Com Lesão
Sem lesão
Com óbito
Com Afastamento
Sem afastamento
Incidente
5. TIPO DE ACIDENTE Típico
Trajeto
6. DESCRIÇÃO DO ACIDENTE
7. CAUSAS DO ACIDENTE Perguntas
Sim
Não
Esclarecimento
Usava EPI adequado para tarefa? Quais? Recebeu orientação / treinamento p/ tarefa? Quais? As condições do local eram adequadas ? quanto a iluminação, instalação, limpeza, etc... Existe outra maneira de executar a tarefa ? qual? Houve tentativa de "ganhar tempo" ? (pressa) Importante: Os campos acima registram causas mais rotineiras de um acidente de trabalho, porém sempre existem algumas particularidades da ocorrência que devem ser descritas abaixo. Observação:
MANUAL PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS ������ ��
8. CONCLUSÃO Ato inseguro
Condição insegura
Ambos
9. MEDIDAS PROPOSTAS PARA EVI AR REPETIÇÃO DO ACIDENTE Ação
Responsável
Data Prevista
Assinatura dos Responsáveis:
----------------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------Comandante da unidade Chefe da seção
---------------------------------------------------------- --------------------------------------------------------SESMT Presidente ou designado da CIPA
LEGENDA EXPLICATIVA INFORMAÇÕES GERAIS: O relatório de acidente do trabalho deve ser preenchido pela CIPA ou m embro designado (bombeiro profissional desig ado), juntamente com o chefe da equip ; O formulário deve ser preenchido sempre que houver um acidente ou in idente, no 1º dia útil após a ocorrência; O preenchimento do relatório d acidente não extingue a obrigatoriedad do preenchimento do atestado de origem; O documento deve ser encamin hado ao SESMT, logo após seu preench imento; O modelo do formulário (cada mpresa tem seu próprio formulário mo elo) pode ser alterado no sentido de espaçamento
os campos, sendo vedada a modific ação da estrutura do
documento sem indicação do S SMT. CAMPO 2. DADOS CADASTRAIS DO ACIDENTADO: Nome: Informar o nome completo do acidentado, sem abreviaturas;
CAMPO 1. DADOS CADASTRAIS DO LOCAL DE
Idade: Informar a data completa de nascimento do
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TRABALHO:
acidentado, utilizando a forma (DD/MM/AAAA);
Unidade: Informar o local onde o acidentado
Sexo: informar
trabalha;
abreviaturas;
Cidade: Informar o município de locali ação da
Cargo: Informar a graduação do acidentado;
unidade;
Data de admissão: Informar data;
Endereço: Informar o endereço compl to da unidade;
Função: Informar a atividade que realiza na unidade.
Telefone: Informar o telefone da unidade.
Ex. Socorrista, Combatent , Administrativo e outros;
o
sexo
do
acidentado,
sem
Tempo na função: Inform r o tempo que realiza a atividade;
Estado civil: Informar o estado civil do acidentado, sem abreviaturas;
RG: Informar o número da carteira de identidade;
CAMPO 3. DADOS DO ACIDE TE:
CAMPO 4. TIP DE CASO:
Local do acidente: Informar de maneira clara e precisa Com lesão: Marcar essa opção, caso tenha ocorrido o local onde ocorreu o acidente (Exempl : pátio, rampa lesão; de acesso, posto de trabalho, nome da ru , etc.);
Com afastamento: Marcar essa opção, caso tenha
Data do acidente: informar a data em ue o acidente ocorrido afastamento do trabalho; ocorreu.
Sem lesão: Marcar essa opção, caso não tenha ocorrido
Após quantas horas de trabalho: Info mar o número lesão; de horas decorridas desde o início
a jornada de Sem afastamento: Marcar essa opção, caso não tenha
trabalho até o momento do acidente. No caso de doença,
ocorrido afastamento do trabalho;
o campo deverá ficar em branco; Dias de afastamento: Informar o tot l de dias de afastamento do trabalho; de busca e Guarnição: Informar se a guarnição salvamento, se é de resgate e outros; Viatura: Em caso de acidente envolvendo viatura informar o modelo e número da mesma;
Óbito: Marcar essa opção, caso tenha ocorrido a morte
Parte do corpo atingida: Para acidente do trabalho: deverá ser informada a parte do cor o diretamente atingida pelo agente causador, sej
externa ou
internamente. Deverá ser especificado
lado atingido
do acidentado;
Incidente:
o termo utilizado para designar um “quase
acidente”, é uma situação em que houve um risco e uma exposição simultânea a ele, mas não houve lesões e perdas materiais, (ex. Colisão de veiculo, onde as ocupantes do mesmo não sofreram lesões). Marcar essa opção em caso de acidentes que não haja lesão.
(direito ou esquerdo).
Natureza da lesão: Fazer relato claro e sucinto, informando o tipo da lesão. Ex. Queimadura, fratura, MAN AL PARA REALIZAÇ O DE ESTUDOS ������ ��
contusão, escoriação, luxação, corte, perfuração e outros.
Agente causador: Considerar os agentes físicos (ruído, calor, frio,...), químicos (poeira, ácido, alcoóis,...), biológicos
(bactérias,
ergonômicos(peso,
postura
vírus,
fungos,....),
inadequada,...)
e
de
acidentes(queda, choque elétrico, maquinas, ferramentas, veículos,...). CAMPO 5. TIPO DE ACIDENTE:
CAMPO 6. DESCRIÇ O DO ACIDENTE: Descrição do acidente: Informar de forma objetiva a Típico: Informar quando o acidente ocorrer pelo maneira em que ocorreu o acidente. exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional,
de
caráter
temporário
ou
permanente. Essa lesão pode provocar a morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho.
Trajeto: Informar quando o acidente ocorrer no trajeto entre a residência do trabalhador e o local de trabalho, e vice-versa; CAMPO 7. CAUSAS DO ACIDENTE:
CAMPO 8. CONCLUS O:
Usava EPI (Equipamento de Proteção Individual) Ato inseguro: Ato praticado pelo homem, em geral adequado para tarefa: Marcar a opção sim ou não. Em consciente do que está fazendo, que está contra as caso afirmativo citar os EPI’s usados e em caso negativo
normas de segurança. São exemplos de atos inseguros:
esclarecer os motivos;
subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas,
Recebeu orientação / treinamento p/ tarefa? Marcar a
ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos
opção sim ou não. Em caso afirmativo citar quais
molhadas
treinamentos e em caso negativo esclarecer os motivos;
velocidade. Observação: Marcar essa opção quando a
As condições do local eram adequadas? Quanto à
comissão investigadora do acidente (CIPA, designados,
iluminação, instalação, limpeza, etc...: Marcar a opção
Chefe da equipe, Comandante da unidade), concluir que
sim ou não Em caso negativo relatar as condições do
o mesmo ocorreu por ato inseguro;
local;
Condição insegura: É a condição do ambiente de
Existe outra maneira de executar
a
e
dirigir
em
alta
tarefa? trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador.
qual? Marcar a opção sim ou não. Em caso afirmativo
São exemplos de condições inseguras: instalação
relatar qual a outra forma de realizar a tarefa.
elétrica com fios desencapados, máquinas em estado
Houve tentativa de "ganhar tempo”? (pressa): Marcar precário de manutenção, a falta de EPI’s e outros. a opção sim ou não. Em caso afirmativo relatar o motivo.
Observação: Marcar essa opção quando a comissão
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investigadora do acidente (CIPA, designados, Chefe da equipe, Comandante da unidade), concluir que o mesmo ocorreu devido a condição insegura do trabalho;
Ambos: Marcar essa opção quando a comissão investigadora do acidente (CIPA, designados, Chefe da equipe, Comandante da unidade), concluir que o mesmo ocorreu devido ao ato inseguro e também a condição insegura;
Importante: A conclusão da Comissão investigadora deverá ser relatada no campo observação, mencionando o ato inseguro ou condição insegura.
.
CAMPO 9. MEDIDAS PROPOSTAS PARA EVITAR REPETIÇÃO DO ACIDENTE: Ação: Informar as medidas propostas para evitar
CAMPO 10. ASSINATURAS DOS RESPONSÁVEIS: Os responsáveis deverão assinar nos campos estabelecidos;
repetição do acidente, a curto e em longo prazo;
Responsável: Informar a pessoa responsável pelo cumprimento ou acompanhamento da ação;
Data prevista: Informar data prevista para cumprimento da ação.
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6.
Cuidado com Extintores de Incêndio
Cuidados que devem ser tomados: Manutenção - Os extintores de gás carbônico devem ser inspecionados semestralmente. Os demais, anualmente; - Quando o extintor de incêndio estiver submetido à ação do tempo e às condições agressivas, merecem atenção especial quanto aos prazos para inspeção mencionados no item anterior, que podem ser reduzidos em razão do estado em que o extintor se apresentar; - Não permita que pessoas e empresas não habilitadas inspecionem seu extintor. Em caso de dúvida, ligue para a Ouvidoria do Inmetro - 0800 285-1818 ou para os Institutos de Pesos e Medidas do seu estado. - Exija, da empresa que fará a manutenção, extintores substitutos para deixar no local, garantindo sua segurança e a do seu patrimônio e, também, a ordem de serviço devidamente preenchida e assinada pelo técnico responsável. Assim como a relação das peças trocadas; - Indicador de pressão: todos os extintores que possuem esse indicador devem ser verificados se o mesmo está na posição correta, com o ponteiro na área verde, e - O extintor não deve apresentar sinais de ferrugem ou amassados. A recarga do extintor deve ser realizada imediatamente após o uso do equipamento, ou quando o ponteiro do manômetro estiver na faixa vermelha. No caso de o extintor sofrer danos mecânicos deverá ser vistoriado. A manutenção periódica consiste em: a) INSPEÇÃO: exame periódico sem troca do agente extintor, com o objetivo de determinar se o equipamento permanece em condições originais de uso. Conforme NBR 12962. b) RECARGA: Reposição ou substituição do agente extintor e/ou expelente, obedecendo às condições especificadas para cada tipo ou modelo de incêndio. Conforme NBR 12962. c) VISTORIA: Processo de revisão total do extintor, incluindo-se a decapagem, ensaio hidrostático, troca de carga e pintura do cilindro. Conforme NBR 13485. A NR 23 define também considerações sobre a inspeção dos extintores: Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos. Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados. Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga.
O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente
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7.
Teste de Vedação de Hidrante Predial
Muitas empresas se preocupam em fazer os testes hidrostáticos, mas se esquecem de solicitar que as empresas façam os testes de vedação e engate das mangueiras. O Bombeiro Profissional Civil também tem a função de fazer as verificações de vedação necessárias. Passos: Retirar as mangueiras do interior do abrigo do hidrante, estender o pano na base e colocar o balde abaixo da conexão do hidrante. Este procedimento preventivo é necessário, pois se ocorrer algum vazamento, a água cairá no interior do balde e poderá ser enxugada com o pano. Fazer o acoplamento do esguicho regulável na posição fechada. Abrir o hidrante, observar se há vazamento na gaxeta que envolve o eixo do volante e, em caso positivo, fazer o aperto com uso da chave inglesa. Em seguida, fechar o hidrante e abrir a válvula para que a água do esguicho seja descarregada no balde. Caso ocorra problema com a vedação do hidrante, deixar o esguicho acoplado para evitar o vazamento e informar à manutenção para providenciar a substituição da borracha de vedação do hidrante. Fazer o teste de acoplamento das extremidades da mangueira com o hidrante, com o esguicho e com a outra mangueira, quando houver. O acoplamento deve ocorrer apenas com o uso das mãos, sem a necessidade de uso da chave de mangueira. Quando o acoplamento não for possível, o problema deve ser corrigido ou a peça defeituosa substituída.
8.
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9.
Relatório de Atividades (ABNT NBR 14023) A NBR 14023 (Registro de Ativida es de Bombeiros) recomenda o preenc imento de um relatório de incêndio para cada incidente que acontecer com chama. O formulário do relatório tem que estar de acordo com as recomendaçõ s da NBR 14023. Ele deve ser preenchido não somente para os incêndios, mas para qualquer atividade emergencial que o bombeiro tenha atendido.
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9. Inspeção de Sprinklers O chuveiro automático de extinção de incêndio ou simplesmente sprinkler, que geralmente passa despercebido pela maioria da pop lação, é hoje em dia um equipamento f ndamental no primeiro combate ao fogo. A sua importância pode ser demonstrada por dois fatos: o tamanho que a cada dia os edifícios, comerciais e resi enciais, ganham, torna o trabalho do corpo de bombeiros de chegar ao foco do incêndio, cada ez mais difícil; muitas partes do edifício não são de passagem freqüente, podendo ficar desperce ido um início de incêndio. Por estes m tivos, é fundamental o combate ao fogo desde o seu pri cípio e o sprinkler é o principal equipa ento no desempenho deste papel. Aparelho que, geralmente, fica in talado no teto, o sprinkler entra em fu cionamento quando a temperatura local ultrapassa certo nível. Ao entrar em funcionamento, pas a a espalhar água em uma determinada área, combatendo assim o fogo, até a chegada dos bomb eiros. A questão dos equipamentos do primeiro combate ao incêndio é de tal importância que a documentação que define o sist ma de segurança e proteção contra ogo de cada edifício, residencial ou comercial, deve ser provada pelo Corpo de Bombeiros. Uns dos itens avaliados na fiscalização realizada pelos bomb iros é a localização dos sprinklers, m ngueiras de incêndio, extintores e as portas corta-fogo. A ABNT editou duas normas refere ntes aos sprinklers: NBR 6135 - Chuveiros automáticos para extinção de incêndio - especificaç o NBR 6125 - Chuveiros automáticos para extinção de incêndio - método de nsaio O bombeiro profissional civil deve star atento as nove características principais de inspeção dos sprinklers: Verificação da Identificação – é verificado se o sprinkler apresenta a marca do fabricante, o modelo, a temperatura nominal de operação e a cor indicativa d sta temperatura, além do ano de fabricação, diâm tro nominal do orifício de descarga e p sição de instalação. A não conformidade neste e saio significa que poderá ocorrer um erro no momento da escolha do sprinkler a ser ut ilizado no edifício; Ensaio de Funcionamento – neste ensaio é verificado se no mom nto em que o sprinkler é acionado não ficará nen huma parte deste impedindo a passa gem da água. A não conformidade implicará que no momento do incêndio o sprinkler não combaterá o fogo de maneira eficiente; Ensaio de Temperatura - neste ensaio é verificado se, em caso de incêndio, o sprinkler irá ser acionado na temperatur correta, de acordo com o projetado; Ensaio de Vazão – é verifi ado se a quantidade de água que sai do sprinkler é a correta, implicando em eficiente com bate ao incêndio; Ensaio de Distribuição – é verificado se o sprinkler, após o acio amento, espalhará de forma correta a água, para ue os focos de incêndio sejam uniform emente combatidos ao longo do tempo; Ensaio de Estanqueidade – é verificado se não há vazamento de gua após a instalação o sprinkler. A não conformidade significa que após instalado o a arelho ficará vazando água gerando poças onde e tiver instalado, por exemplo o corredor o edifício; Ensaio de Fadiga, Ensaio de Choque Térmico e Ensaio de Resi tência Hidrostática – nestes ensaios são verifica dos os materiais utilizados na construção do sprinkler, assim como se os processos de fabricação foram adequados. A não c nformidade em algum desses ensaios significa q e o desempenho do sprinkler não ser á adequado, podendo ocorrer, por exemplo, vaza ento de água ou acionamento do sp inkler sem que esteja ocorrendo incêndio.
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O sistema de sprinkler deve ser mantido de acordo com a norma NF A 25 ou outra norma equivalente no Brasil. Não limpe o sprinklers com sabão e água, amônia u qualquer outro fluido de limpeza. Retire a poeira utilizan o uma escova macia ou uma suave asp iração. Retire qualquer sprinkler que tenha sido pintado (outra pintura que não a de fábrica) ou esteja de alguma forma danificado. Deve ser mantido um estoque de sprinklers sobressalent es para permitir a rápida troca de sprinklers danificados ou que tenham entrado em operação.
10.
Mangueira de Incêndio
As mangueiras de incêndio devem atender a marca de conformidade AB T, o que significa que além de atender totalmente a norma NBR 11861 deve atender a norma NB 12779. O tipo da mangueira deve estar marcado nas duas extremidades do duto fl xível.
Certifica-se de que o tipo de ma gueira de incêndio é adequado ao lo al e as condições de aplicação, conforme a norma NBR 11861: 1. Mangueira Tipo 1 - Destina-se a difícios de ocupação residencial. Press o de trabalho máxima de 980 kPa (10 kgf/cm2).
edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros. 2. Mangueira Tipo 2 - Destina-se Pressão de trabalho máxima de 1. 70 kPa (14 kgf/cm2). 3. Mangueira Tipo 3 - Destina-se a área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é indispensável maior resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxi a de 1.470 kPa (15 kgf/cm2). 4. Mangueira Tipo 4 - Destina-se a área industrial, onde é desejável maior resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1. 70 kPa (14 kgf/cm2). 5. Mangueira Tipo 5 - Destina-se a área industrial, onde é desejável u ma alta resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2) Verificar se a pressão na lin a é compatível com a pressão de trabal o de mangueira. Seguir todas as instruções contidas na Norma NBT 12779 - INSPEÇ O, MANUTENÇÃO E CUIDADOS EM MANGUEI AS DE INCÊNDIO. A mangueira de incêndio de e ser utilizada por pessoal treinado. Não arrastar a mangueira sem pressão. Isso causa furos no vinco. Não armazenar sob a ação ireta dos raios solares e/ou vapores de rodutos químicos agressivos.
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Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim (lavagem de garage seja o combate a incêndio. Para a sua maior segurança, não utilize as mangueiras das caixas/a de brigadas, evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizad brigadas devem ser mantidas somente para este fim. Evitar a queda das uniões. Nunca guardar a mangueira m olhada após a lavagem, uso ou ensaio
s, pátios etc.) que não rigos em treinamentos s em treinamento de idrostático.
DURANTE O USO: Evitar a passagem da ma gueira sobre cantos vivos, objetos cort antes ou pontiagudos, que possam danificá-la. Não curvar acentuadament a extremidade conectada com o hidra te. Isso pode causar o desempatamento da mangu ira (união). Cuidado com golpes de ar íete na linha causados por entrada de bomba ou fechamento abrupto de válvulas e esgui ho (segundo a norma americana NFPA 1962, a pressão pode atingir sete vezes, ou mais, a pressão estática de trabalho). Isso pode romper ou desempatar uma mangueira . Quando não for possível evitar a passagem de veículos sobre mangueira, deve ser utilizado um dispositivo de passagem de nível. Recomendamos o di spositivo sugerido pela Norma NBR 12779. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO Toda mangueira, quando em uso (em prontidão para combate a incêndio), deve ser inspecionada a cada 3 (três) meses e ensaiada hidrostaticamente a cada 12 (doze) meses, conforme a norma NBR 12779. Estes serviços devem ser realiza os por profissional ou empresa especializada. ALERTA: O ensaio hidrostático m mangueira de incêndio deve ser e xecutado utilizando-se equipamento apropriado, sendo t otalmente desaconselhável o ensaio fetuado por meio da expedição de bomba da viatura, hi rante ou ar comprimido, a fim de evitar cidente. Para lavagem da mangueira, utilizar água potável, sabão neutro e es cova macia. Secar a mangueira à sombr , utilizando um plano inclinado ou posici onando na vertical; nunca diretamente ao sol. Fazer a redobra dos vincos, conforme a Norma NBR 12779, item 5. .5, com profissional ou empresa especializada. O usuário deve identifica individualmente as mangueiras sob sua responsabilidade e manter registros históricos e sua vida útil. Recomendamos o us da Ficha de controle individual para Mangueira de Incêndio, conforme o Anexo A da Norma NBR 12779, para manutenção do presente Ce rtificado de Garantia. Após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencia lmente, para o mesmo hidrante ou abrigo em que se encontrava antes do ensaio. Consulta r a Norma NBR 12779 para formas de enrolamento .
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11.
Serviços de Em rgência
É obrigação de o bombeiro profiss ional civil conhecer e planejar o aciona mento dos serviços de emergências disponíveis localmen e. Os serviços especializados de emer ência são de extrema importância no atendimento aos in identes e no apoio ao trabalho do bomb iro civil. Serviços que devem ser conhecido s: Secretaria dos Direitos Humanos - 100 Serviços de Emergência no âmbito do MERCOSUL - 128 Delegacias especializadas n o atendimento à Mulher - 180 Disque- Denúncia - 181 Polícia Militar - 190 Polícia Rodoviária Federal - 191 Ambulância (SAMU) - 192 Corpo de Bombeiros - 193 Polícia Federal - 194 Polícia Civil - 197 Polícia Rodoviária Estadual 198 Defesa Civil - 199 Água e Esgoto - 115 Energia Elétrica - 116 Vigilância Sanitária - 150 PROCON - 151 IBAMA - 152 Guarda Municipal - 153 Serviço Estadual - 155 Serviço Municipal - 156 Delegacias Regionais do Tr balho – 158
Ao contatar os serviços d e emergência, tenha em mãos algumas i nformações: Local exato do Incêndio; Pontos de referência, como chegar mais facilmente ao local do incên dio; Tipo de edifício (Residencial, hospitalar, escolar, comercial, etc.); O tipo de emergência se há vítimas, etc. Responda calmamente a to as as questões que lhe forem colocada pelo atendente.
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12.
Para Raios
O Brasil é um dos países com maior incidência de raios no mundo, cerca de 70 milhões de ocorrências por ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A intensidade é maior no período de chuvas, por isso, é importante que os dispositivos de segurança estejam sempre inspecionados e verificados. O topo das edificações, que nem sempre recebe a atenção necessária, é uma área que necessita de cuidado especial, sendo o pára-raios, ou Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), um de seus principais equipamentos. Quando o SPDA é instalado, a instalação deve receber a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo engenheiro responsável, o projeto do sistema e um relatório técnico da instalação. A ART é renovada anualmente, a cada manutenção. O SPDA protege a estrutura do edifício contra as descargas elétricas, bem como as pessoas que circulam pelas proximidades no momento da queda de raios. Aparelhos eletrônicos não são protegidos pelo sistema de pára-raios, mesmo porque, quando esses equipamentos sofrem danos, normalmente, a descarga elétrica vem pelas linhas de transmissão. A instalação deve seguir rigorosamente as instruções da NBR – 5419. Há casos de edifícios que utilizam os rufos como condutor. Entretanto, os rufos são seccionados a cada dois metros e não têm condução permanente. Desta forma, a descarga elétrica não será conduzida corretamente. Algumas instalações também aproveitam as barras de aço da estrutura do prédio como "descidas" para conduzir a descarga elétrica. Entretanto, esta opção só pode ser usada se especificada no projeto estrutural. A NBR – 5419 prevê dois tipos de sistemas de pára-raios, o Franklin e a Gaiola de Faraday. Para proteção adequada, no caso de prédios com mais de 20 metros de altura, recomenda-se a instalação dos dois sistemas, que trabalharão conjuntamente na proteção das edificações. Diferenças entre os dois:
- Gaiola de Faraday: composto de seis partes principais captor do tipo Terminal aéreo, cabo de cobre, suportes isoladores, tubo de proteção, malha de aterramento e conector de medição. Esse sistema envolve todo o perímetro da edificação. O cabeamento é fechado e é posto um captor a cada cinco metros.
- Franklin: utiliza-se captor tipo Franklin, ou seja, em forma tridente, poste metálico (a ser instalado no ponto mais alto do prédio), cabo de cobre, caixa de inspeção, haste copperweld e conector cabo/haste. Aqui, a captação da descarga é feita pelo mastro.
Depois de instalado, o pára-raios deve ser checado anualmente, sendo vistoriado por empresa especializada em medição ôhmica (resistência de aterramento) para verificação das condições gerais do sistema. Através da medição ôhmica, o técnico avalia se a descarga está ocorrendo corretamente. Outros pontos importantes: - A vistoria avalia as condições das hastes, se estão esticadas ou não, e se os isoladores estão bem fixados à estrutura.
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- O mastro do pára-raios possui a luz piloto, que identifica a altura do prédio. Ela precisa de manutenção, a lâmpada pode queimar. - A caixa d’água também precisa estar aterrada, pois pode atrair raios. - Quando é feito o trabalho de manutenção, faz-se também uma limpeza no cabeamento e nos captores. Troca de captores só em casos isolados, como de quebra. - O custo de uma manutenção gira, atualmente, em torno de R$ 250,00, já incluindo o atestado técnico feito por um engenheiro especializado. Importante: O atestado deve ser conclusivo. Ou seja, se houver informação de que há necessidade de obras, você terá recebido um relatório técnico e não um atestado de conformidade. Inspeções completas devem ser efetuadas periodicamente, em intervalos de: a) 5 anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais, administrativos, agrícolas ou industriais, excetuando-se áreas classificadas com risco de incêndio ou explosão; b) 3 anos, para estruturas destinadas a grandes concentrações públicas (por exemplo: hospitais, escolas, teatros, cinemas, estádios de esporte, centros comerciais e pavilhões), indústrias contendo áreas com risco de explosão, conforme a NBR 9518, e depósitos de material inflamável; c) 1 ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à corrosão atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes industriais com atmosfera agressiva etc.).
13.
Caldeiras e Vasos de Pressão
A Norma Regulamentadora 13 do Ministério do Trabalho define padrões para o trabalho em Caldeiras e Vasos de Pressão. É atividade de o bombeiro civil conhecer as características e tipos das caldeiras e vasos de pressão. Além disso, deve conhecer e praticar os procedimentos de segurança referidos nesta norma. O bombeiro civil deve sempre atentar sobre os seguintes itens: Válvula de seg. com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA; Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; Injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema principal, em caldeiras a combustível sólido; Sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de álcalis; Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos itens citados anteriormente. Toda caldeira deve ter fixado em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
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a) fabricante; b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira; c) ano de fabricação; d) pressão máxima de trabalho admissível; e) pressão de teste hidrostático; f) capacidade de produção de vapor; g) área da superfície de aquecimento; h) código de projeto e ano de edição.
Além da placa de identificação, deve constar em local visível, a categoria de caldeira, conforme definida e seu número ou código de identificação. Toda caldeira deve possuir no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documentação, devidamente atualizada: a) "Prontuário da Caldeira", contendo as seguintes informações:
-código de projeto e ano de edição; - especificação dos materiais; -procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção fina; -conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira; -características funcionais; - dados dos dispositivos de segurança; - ano de fabricação; categoria da caldeira. b) “Registro de Segurança"; c) “Projeto de Instalação"; d) “Projetos de Alteração ou Reparo", e) “Relatórios de Inspeção".
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A inspeção de segurança periódic , constituída por exame interno e exter o, deve ser executada nos prazos máximos de 12 a 24 m ses, variando de acordo com a categori da caldeira. Pode ser em até 40 meses para caldeiras especiais conforme definido no item 13.5.5 da NR 13
As válvulas de segurança dos asos de pressão devem ser desmontad s, inspecionadas e recalibradas por ocasião do exame interno periódico. 14.
Geradores, Conjuntos Motobomba e Motoventiladores
O bombeiro profissional civil deve conhecer os geradores e con untos Motobomba e Motoventilador que existem em se ambiente de trabalho. Além de conhecer, ele deve sab r operar e fazer sua manutenção pre entiva. A manutenção preventiva diminui os riscos de aci ente e o valor de futuras manutenções os equipamentos. A seguir um e emplo de check list para barril do gerad or: BARRIL DO GERADOR
ESTANQUEIDADE DAS TUBULAÇÕE S E VÁLVULAS DOS RADIADORES ESTADO DE CONSERVAÇÃO E LIMP ZA INTERNA DOS TUBOS E ESPELHOS D S RADIADORES ESTADO DE LIMPEZA DAS ALETAS OS TUBOS DOS RADIADORES CONTROLE DA FIXAÇÃO DOS RADI DORES AO BARRIL DO GERADOR VERIFICAR O ESTADO DE FUNCION BILIDADE DOS DETETORES DE FLUXO D ÁGUA NOS RADIADORES VERIFICAR O AJUSTE DA SONDA TE PERATURA ALTA DO AR DE RESFRIAM NTO DO GERDAOR Valor de ref. :
..........OC
Valor encontrado:
..........OC
Valor deixado:
..........OC
VERIFICAR A FIXAÇÃO DAS GRADE E CHAPAS DO PISO DO GERADOR VERIFICAR OS COMPONENTES PERT ENCENTES AO SISTEMA ANTI-INCÊNDIO, CO2, INTERNOS AO GERADOR VERIFICAR A INTEGRIDADE DAS RESISTÊNCIAS DE AQUECIMENTO E SEUS R SPECTIVOS CABOS DE ALIMENTAÇÃO
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CONJUNTO MOTOBOMBA
MOTOVENTILADOR
Cada bombeiro civil deve realizar junto do SESMT de sua empresa o planejamento de inspeção e o check list adequado para cada equipamento. 15.
Armazenagem e Instalações de Gases
Os locais que armazenem no mínimo 250 kg de gases infectantes, tóxicos ou corrosivos devem ser observados os seguintes requisitos: a) Possuir ventilação natural; b) Estar o recipiente protegido do sol, da chuva e da umidade; c) Estar o recipiente afastado de outros gases envasados, no mínimo 50 m, desde que não haja compatibilidade entre os mesmos; d) Estar afastado, no mínimo, de 1,5 m de ralos, caixas de gordura e de esgotos, bem como de galerias subterrâneas e similares, quando possuírem peso específico maior que 1. Os locais de armazenamento classificados devem estar afastados no mínimo 150 m de locais de reunião de público, escolas, hospitais e habitações unifamiliares, no caso de gases infectantes, tóxicos e corrosivos com limite de tolerância abaixo de 500 mg/kg. No estado de São Paulo usa-se como parâmetro de armazenamento de gases a IT-28 do corpo de bombeiros, que trata sobre armazenamento de GLP. Quando houver risco, a armazenagem deve ser tratada desta forma ou de forma mais restritiva na segurança da armazenagem. Em todas as classes de instalações fixas de gases deve-se adotar o painel de segurança e rótulo de risco, especificados na NBR 7500 (Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos), sendo as quantidades especificadas, conforme segue: a) Uma placa, quando se tratar de área de armazenamento Classe I; b) Duas placas, quando se tratar de área de armazenamento Classe II; c) Quatro placas, quando se tratar de área de armazenamento Classe III; d) Seis placas, quando se tratar de área de armazenamento classe IV; e) Oito placas, quando se tratar de área de armazenamento de classe V ou VI.
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Gases Tóxicos Os gases tóxicos em relação a seus efeitos sobre o organismo humano podem ser classificados como: asfixiantes simples, asfixiantes químicos e gases irritantes. Asfixiantes simples: são gases inertes, porém em altas concentrações em ambientes confinados reduzem a disponibilidade de oxigênio. Isto afeta o processo de respiração. Enquadram nesta categoria os gases: metano, etano, butano e gás carbônico. Asfixiantes químicos: são gases que agem bloqueando a fixação das moléculas de oxigênio pelas hemoglobinas, exemplo, o monóxido de carbono (CO). Irritantes: são substâncias que agridem as vias aéreas (nariz, garganta, e laringe), os pulmões e os olhos. Serias lesões podem ocorrer. As lesões podem expor o organismo a ação de microrganismos patológicos. Assim, nos casos em que os pulmões são atingidos, geralmente, as vítimas são acometidas de pneumonia, bronquite ou broncopneumonia; e no caso das vias respiratórias superiores: renite, faringite ou laringite. Nesta modalidade enquadram os óxidos de nitrogênio (NyOx) e o sulfeto de hidrogênio (H2S) Procedimentos de Segurança para Gases Tóxicos 1. Aerar previamente o ambiente. Para tanto, pode ser utilizado os ventiladores do sistema de exaustão instalados em túneis, ou um ventilador acoplado a um tubo flexível; 2. Verificar o nível de concentração de gases por meio de um detector com sensores para os gases oxigênio (O 2), monóxido de carbono (CO), sulfeto de hidrogênio (H 2S), e dióxido de nitrogênio (NO2); 3. Contar com equipamentos de segurança que permitam rápida remoção; 4. Estar supervisionado por uma segunda pessoa; e 5. Ao proceder salvamento observar as medidas de segurança de tal forma evitar ocorrência de novas vítimas. Emergência com Gases Tóxicos No caso da ocorrência de acidentes com intoxicação é primordial que o socorrista mantenha a calma e busque solução para remover a vítima com segurança. Isto deve ser feito para evitar que o socorrista seja a próxima vítima. Quando da remoção o ideal é que o socorrista esteja utilizando um Equipamento de Proteção Individual – EPI tipo máscara autônoma de respiração, que oferece proteção respiratória. Basicamente, o equipamento conta com uma máscara e um cilindro para armazenar ar comprimido cuja autonomia varia de 30 a 60 minutos. É também recomendado que seja certificado a possibilidade de ocorrência de explosões por meio do equipamento denominado explosímetro. Se o bombeiro civil não dispõe dos equipamentos mínimos citados, a primeira providência será a aeração do ambiente antes do socorrista entrar no ambiente. Uma vez removida à vítima, deve-se: 1. Deitar a vítima e afrouxar as roupas, deixando livre pescoço, tórax e abdômen; 2. Remover corpos estranhos presentes na boca, nariz e garganta; 3. Reanimar a vítimas por meio de respiração artificial e/ou massagem cardíaca. Devido a possibilidade de intoxicação do socorrista não proceder a respiração boca a boca e sim utilizar mascara de oxigênio ou outro tipo de sistema de respiração; e 4. Iniciar o tratamento de oxigenoterapia. Este consiste em fornecer a vítima ar enriquecido de oxigênio, preferencialmente, por meio de uma máscara. Após a estabilização da vítima, encaminhá-la imediatamente ao serviço médico.
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2.
EPI e EPR 1.
Equipamento d Proteção Individual
De acordo com a NR-6 da Portaria nº 3214 de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego, considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI: TODO DISPOSITIVO DE US INDIVIDUAL DESTINADO A PROTEGER A SAÚDE E A INTEGRIDADE FÍSICA DO TRABALHADOR. Os principais EPI’s s o: Botas; Capacetes; Luvas; Cintos; Protetor facial; Proteção respiratória; Óculos de segurança; Vestimentas. Os E.P.I.s evitam lesões ou minimi am sua gravidade, em casos de acident e ou exposição a riscos, também, protegem o cor o contra os efeitos de substâncias tóxi cas, alérgicas ou agressivas, que causam as em do nças ocupacionais. Podemos classificar os EPI's em 4 grupos:
proteção para a cabeça; proteção para os membros superiores e membros inferiores; proteção do tronco; proteção das vias respiratórias e cintos de segurança. IMPORTANTE!!! O EPI é: O único meio capaz de pro orcionar proteção ao trabalhador que se expõe diretamente ao risco; A proteção complementar quando outros recursos não forma suficie tes para minimizar s riscos apontados no PPRA (PROGRAMA DE PROTEÇÃO DE RISCO AMBIENTAL); Um recurso em casos de e ergência; Um recurso temporário até ue se estabeleçam os meios gerais de roteção.
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2.
Equipamento d Proteção Respiratória
A proteção respiratória é uma as medidas universais de segurança e visa formar uma barreira de proteção ao trabalhador, a fim de reduzir a exposição da pele e das membranas mucosas a agentes de risco de quaisquer naturezas. É, portanto, um equipamento de proteção individual. A escolha do tipo de proteção resp iratória a ser utilizada deve ser determinad por uma avaliação de risco criteriosa, deve do levar em consideração a natureza do risco, incluindo as propriedades físicas, deficiência de oxigênio, efeitos fisiológicos sobre o organismo, concentração do material de risco ou nível de radioatividade, limites de exposição estabelecidos para os materiais químicos, concentração no meio ambiente; o (s) agente(s) de risco; o tipo de atividade ou nsaio a ser executado; características e limitações de cada tipo de respirador; o nível mínimo de proteção do equipamento, além de c nsiderar a localização da área de risco em relação às áreas onde haja maior ventilação. Esta decisão deve ser tomada pelo chefe, ou responsável pelo Laboratório ou Departamento. A legislação brasileira estabelece alguns critérios que devem ser obse vados pelo empregador, tais como: o estabelecimento de procedimentos operacionais padrões específicos para a seleção e uso destes equipamentos, procedimentos e mergenciais, treinamento do trabalh dor/usuário, monitoramento ambiental perió ico, dentre outros.
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3.
Riscos de Exposição aos principais tipos de gases
Monóxido de Carbono (CO) – Gás incolor com densidade menor que a do ar. Tem origem nos processos de combustão incompleta e da decomposição de produtos orgânicos. Quando da inspiração, o ar contaminado favorece a formação do complexo químico hemoglobina-monóxido de carbono ao invés da hemoglobina oxigênio.A morte do indivíduo ocorre quando 67% das hemoglobinas estão vinculadas ao monóxido de carbono. Os sintomas de intoxicação iniciam com a indisposição levando a um estádio de letargia. A pressão arterial pode ser reduzida levando por vezes a um colapso brutal. A exposição ao gás pode causar lesões ao sistema nervoso, cefaléias (dores de cabeça) e a paralisação de membros.
Gás Carbônico (CO2) – Gás incolor e sem cheiro originado principalmente dos processos de combustão e respiração (grãos, sementes, microrganismos e insetos).Por ser um gás mais pesado que o ar, este acumula nos níveis inferiores dos ambientes confinados. Este gás em condições normais do ar apresenta concentração de 0,04%. No entanto, quando a concentração atinge níveis superiores a 10% são observados dores de cabeça, vertigens, perturbação da visão, zumbidos no ouvido, tremores, sonolência e perda dos sentidos. Caso um indivíduo entre em locais com concentração superior a 40% ocorre morte instantânea. Nestes casos, a vítima fica com a pele cianosa, ou seja, azulada. Isto é indicativo da má oxigenação do sangue arterial.
Dióxido de Nitrogênio (NO2): É um gás mais denso que o ar, sendo incolor em baixas concentrações e com coloração marrom-amarelada em níveis altos. Este gás, geralmente tem origem em explosões, incêndios ou da decomposição de produtos orgânicos. O dióxido de nitrogênio, como os demais gases relacionados ao nitrogênio, quando em contato com a umidade do ar formam ácidos. Geralmente, estes são corrosivos aos tecidos humanos. Na inalação deste gás a parte mais afetada são os tecidos dos pulmões. A depender do grau de intoxicação pode ocorrer falta de coordenação da respiração (dispnéia), tosse, taquicardia, hipotensão, cianose, coma e óbito. Bronquite e pneumonia são complicações frequentes associadas aos casos de intoxicação.
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Metano (CH4): Gás incolor que quando misturado ao oxigênio a temperatura de 67°C forma uma mistura detonante. É um gás com características semelhantes ao gás de cozinha, butano. Portanto, possui os mesmos riscos relacionados a explosões e inalação. O gás metano pode ser gerado em processos de fermentação e putrefação. Este gás possui baixa toxidade, no entanto o aumento de sua concentração diminui a disponibilidade de oxigênio. Somente em altas concentrações é que ocorrerá a migração do gás para corrente sangüínea. Este age sobre o sistema nervoso com um narcótico, exerce ação anestésica e provoca vertigens.
Sulfeto de Hidrogênio (H2S): Gás incolor, inflamável e mais denso que o ar. Possui odor característico de ovos podres. Tem origem em processos de putrefação, sendo conhecido como gás de esgoto. Este gás inibe que as hemoglobinas façam a troca dos gases O 2 e CO2. O que causa asfixia. Quando o gás é inalado em alta concentração há perda subida de consciência, convulsões e cianose. Em baixas concentrações podem promover irritação e inflamações oculares, fotofobia, edema palpebral e visão de halo luminoso em torno de luzes.
GLP: O GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) é composto por hidrocarbonetos orgânicos, em sua maioria, propano e butano. Cilindros de GLP têm que ter resistência para evitar explosão por expansão de líquido em ebulição (BLEVE). Devido à natureza destrutiva das explosões de GLP, a substância é classificada como altamente perigosa. O GLP é um gás inflamável e asfixiante. Inalação pode causar vertigens. Pode causar irritação nas vias respiratórias. O contato com a pele é praticamente não prejudicial, visto que o GLP é extremamente volátil e evapora rapidamente em contato com a pele. Em contatos com os olhos, o GLP pode causar queimaduras devido a baixa temperatura. Em altas concentrações, ele “expulsa” o oxigênio, por isso é considerado um gás asfixiante.
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cido Cianídrico (HCN): É um veneno muito potente que interfere na condução do oxigênio às células do organismo. Também chamado cianeto de hidrogênio ou ácido prússico é um gás ou líquido incolor. O ácido cianídrico é um gás incolor que mata imediatamente se inalado numa concentração superior a 300 mg/m³ de ar. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizado pelos nazistas para o extermínio de judeus em câmaras de gás. Provoca a morte rapidamente quando inalado.
Amônia (NH3): A amônia é um gás incolor e de odor picante. Quando respirada repentinamente, produz lacrimação e quando inalada em grandes quantidades, pode produzir sufocação. A amônia pesa um pouco mais da metade do peso do ar. A ingestão é perigosa, podendo causar náusea e vômitos, causa danos aos lábios e ao estômago. Contato com a pele pode causar queimadura e irritações severas. O contato com os olhos pode causar danos permanentes.
Gás Cloro (Cl2): O cloro provoca irritação no sistema respiratório, especialmente em crianças. No estado gasoso irrita as mucosas e no estado líquido queima a pele. Pode ser detectado no ar pelo seu odor a partir de 3,5 ppm, sendo mortal a partir de 1.000 ppm. Foi usado como arma química a partir da Primeira Guerra Mundial. Uma exposição aguda a altas concentrações de cloro (porém não letais ) pode provocar edema pulmonar, ou líquido nos pulmões. Uma exposição crônica abaixo do nível letal debilita os pulmões aumentando a suscetibilidade a outras enfermidades pulmonares. Em muitos países é fixado o limite de exposição no trabalho em 0,5 ppm ( média de 6 horas diárias, 40 horas semanais ).
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4.
Deficiência de Oxigênio no Ar
A deficiência de oxigênio consiste em um risco respiratório muito comum na indústria e na agricultura, principalmente pelo fato de os espaços confinados serem causa freqüente tanto de acidentes fatais como daqueles que ocorrem devido à presença de contaminantes. Como não apresenta sinais de alerta, esse risco quase sempre resulta em morte, pois, enquanto certos tecidos do corpo podem produzir novas células para repor as mortas ou as que foram destruídas, o cérebro não tem essa capacidade. A falta de oxigênio durante 4 minutos produz danos permanentes, e de 6 a 8 minutos, a morte. Pode incapacitar o indivíduo de realizar movimentos ou de perceber o que está acontecendo. A entrada abrupta em espaços com deficiência de oxigênio pode provocar perda instantânea da consciência, e, se não houver socorro imediato, as conseqüências poderão ser graves. Qualquer ambiente com oxigênio abaixo do normal é considerado deficiente, e os sintomas dessa deficiência estão resumidos abaixo:
Quando o nível de oxigênio está entre 21% e 19,5%, começam a surgir efeitos fisiológicos pouco nocivos, que geralmente a vítima não percebe. O valor legal é definido a partir da porcentagem de oxigênio em que os sintomas começam a ser detectados. Abaixo desse valor, o ambiente é considerado, do ponto de vista legal, deficiente de oxigênio. Segundo a NR6 e NR15, um ambiente é deficiente de oxigênio quando sua concentração em volume for inferior a 18%, sem, contudo, especificar a pressão, que se julga ser a atmosférica, correspondente ao nível do mar. A importância prática do valor legal é que, abaixo da porcentagem especificada, não é permitido o uso de respiradores purificadores de ar. No Brasil, a porcentagem é de 18,5, e nos Estados Unidos de 19,55. A NBR 12.543 classifica assim as atmosferas com deficiência de oxigênio :
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1.
Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (IPVS) – quando o teor de oxigênio (em
volume) no ambiente está abaixo de 12,5% ao nível do mar (760mmHg), ou seja, quando a pressão parcial de oxigênio (ppO 2) é inferior a 95 mmHg. 2. Não IPVS – quando o teor de oxigênio (em volume) está entre 12,55 e 21,5 ao nível do mar, ou quando o ppO 2 é superior a 95 mmHg. Portanto, 18% da NR6 correspondem a uma deficiência de oxigênio não IPVS.
Causas da deficiência de oxigênio A porcentagem de oxigênio num local pode diminuir devido ao consumo, á diluição e à Adsorção: Consumo: Ocorre tanto na combustão, quando o oxigênio do ar reage com o material combustível (nos incêndios, por exemplo) como na oxidação de metais (nas superfícies internas de reservatórios, em equipamentos de processo de aço-carbono sem pintura e fechados, e que sofreram jateamento recente, ou tratamento equivalente: paredes metálicas polidas podem oxidar por meio do consumo de oxigênio presente e atingir condições IPVS, principalmente se a área polida for muito extensa, o tempo de exposição for longo e o local, mal ventilado). Quando estruturas metálicas como escadas de aço em poços de visita de pequenas dimensões, localizados abaixo do nível do solo, perdem a pintura protetora, e estão há muito tempo sem serem visitados, atmosferas deficientes de oxigênio podem ser geradas e oferecer risco de morte à primeira pessoa que entrar no ambiente. Diluição: Dão-se quando gases inertes, como o dióxido de carbono e nitrogênio, são utilizados na inertização de tanques ou de equipamentos que vão sofrer manutenção. Esses gases deslocam o ar presente, diluindo ou expulsando-o totalmente. Outro exemplo é o que ocorre com o metano e o dióxido de carbono, produzidos nos processos de fermentação anaeróbica, exemplificados pela putrefação de matéria orgânica, em locais fechados ou com pouca ventilação, e pela fermentação de excrementos em fossas, que, ao deslocar o ar ou com ele se misturar, acarretam situações de deficiência de oxigênio. Nesse caso particular existe também o risco de explosão em face do metano e da geração de gás sulfídrico. 5.
Proteção Respiratória Como se determinar o uso de equipamentos de proteção respiratória? O Programa de Proteção Respiratória do Ministério do Trabalho define faixas de uso do EPR (equipamento de proteção respiratória). Esses valores são encontrados na norma ABNT/NBR 13696/1996 e NBR 12543/1999.
O momento em que o usuário deve substituir seu filtro químico é aquele em que ele passa a perceber o odor do contaminante. Na grande maioria dos casos, o Limite de Percepção pelo Olfato de um gás está abaixo mesmo do seu Limite de Tolerância. Onde isto não se der, é vedado o uso de filtros químicos.
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Outras restrições ao uso de filtros químicos: • A concentração dos contaminantes deve seguir os critérios da tabela acima • A concentração do oxigênio deve estar acima dos 18% em volume
Na tabela a seguir, temos as classificações de filtros obrigatórios em máscaras independentes, ou seja, aquelas que não possuem fornecimento de ar comprimido ou oxigênio artificial. Atente para as observações numeradas no final da tabela. Tabela 5 – Máxima Concentração de Uso de filtro Químico (MCU) Classe do filtro
Tipo
Concentração Máxima (b) (c) (ppm)
FBC – 1
Vapor Orgânico (a)
50
Gases ácidos (a) (c)
50
Vapor Orgânico (a)
1000
Cloro
10
Vapor orgânico (a) (b) (c)
1000
FBC – 2
1 Cartucho Pequeno
Tipo de peça facial compatível Semifacial filtrante, quarto facial e semifacial
Semifacial, facial inteira ou conjunto bocal
300 Amônia 100
Quarto facial, semifacial, facial inteira ou
1000
Conjunto bocal
Metilamina Gases ácidos (a) (b) 50 Ácido clorídrico Cloro 2 Cartucho Médio
Vapor Orgânico (a) (b) (c)
10 5000 5000
Amônia Metilamina
5000
Facial inteira
5000 Gases Ácidos (a) (b) 3 Cartucho Grande
Vapor Orgânico (a) (b) (c)
10000 10000
Facial inteira
Amônia Gases Ácidos (a) (c)
10000
Fonte: ABNT/NBR 13696/1996.
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Observações sobre a tabela (a) Não usar contra vapores orgânicos ou gases ácidos com fracas propriedades de alerta, ou que geram alto calor de reação com o conteúdo do cartucho. (b) A concentração máxima de uso não pode ser superior à concentração IPVS. (c) Para alguns gases ácidos e vapores orgânicos, esta concentração máxima de uso é mais baixa.
Tabela “F” – Procedimentos de escolha de equipamento respiratório Passo
Procedimento Escolha o filtro químico apropriado. As condições a seguir devem ser satisfeitas:
1. Se o Contaminante for gás ou vapor
A concentração do contaminante no espaço confinado deve ser menor que a sua concentração IPVS;
2. A concentração do contaminante no espaço confinado deve ser menor que a MCU do filtro, conforme Tabela 5; 3. O filtro químico deve ser compatível com a peça facial do respirador selecionado; 4. Para algumas substâncias ver também as recomendações na observação “A”;
5.
Se houver a presença de contaminantes do tipo aerossol, veja a observação “B”.
Se o contaminante for um gás ou vapor com fracas propriedades de alerta, é recomendado, de modo geral, o uso de respiradores de adução de ar; Se estes não puderem ser usados por causa da inexistência de fonte de ar respirável, ou por causa da necessidade de mobilidade do trabalhador, o respirador purificador de ar poderá ser usado somente quando: Observação A
• o filtro químico possuir um indicador confiável de fim de vida útil que alerte o usuário antes de o contaminante começar a atravessar o filtro;
• existir um plano de troca de filtro que leve em conta a vida útil do filtro, bem como a dessorção (a não ser que a substituição seja diária), a concentração esperada, o modo de usar e o tempo de exposição forem estabelecido, e que o contaminante nã o possua um Limite de Tolerância – Valor Teto. Observação B
Se o contaminante for à base de tinta, esmalte ou verniz, contendo solvente orgânico, escolher filtro combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro mecânico classe P1* (ou filtro químico de baixa capacidade FBC1 para vapor orgânico combinado com peça semifacial filtrante para partículas PFF1*, se o Fator de Proteção Requerido for menor que 10).
Se o contaminante for à base de tinta, esmalte ou verniz, contendo solvente orgânico
Escolha filtro combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro mecânico classe P1* (ou filtro químico de baixa capacidade FBC1 para vapor orgânico combinado com peça semifacial filtrante para partículas PFF1*, se o Fator de Proteção Requerido for menor que 10).
Se o contaminante for um agrotóxico, e veículo orgânico
Use filtro combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro mecânico classe P2 (ou filtro químico de baixa capacidade FBC1 para vapor orgânico combinado com peça semifacial filtrante para partículas PFF2, se o Fator de Proteção Requerido for menor que 10); se o contaminante for um agrotóxico em veículo água, usar filtro mecânico classe P2 (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF2, se o Fator de Proteção Atribuído for menor que 10).
Se o contaminante for um aerossol mecanicamente gerado
Usar filtro classe P1* (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF1*, se o fator de Proteção Requerido for menor que 10).
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(por exemplo, poeiras e névoas) Se o contaminante for um aerossol termicamente gerado (por exemplo, fumos metálicos)
Use filtro combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro mecânico classe P2 (ou filtro químico de baixa capacidade FBC1 para vapor orgânico combinado com peça semifacial filtrante para partículas PFF2, se o Fator de Proteção Requerido for menor que 10); se o contaminante for um agrotóxico em veículo água, usar filtro mecânico classe P2 (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF2, se o Fator de Proteção Atribuído for menor que 10).
Observação (*) - Se o aerossol for de substância altamente tóxica ou de toxidez desconhecida, deverá ser selecionado filtro classe P3 (ou peça semifacial filtrante PFF3 se o Fator de Proteção Requerido for menor que 10). O respirador que deve ser usado em condições IPVS provocadas pela presença de contaminantes tóxicos, ou pela redução do teor de oxigênio é a máscara autônoma de demanda com pressão positiva, com peça facial inteira, ou um respirador de linha de ar comprimido com demanda de compressão positiva, com peça facial inteira, combinado com cilindro auxiliar para escape. Enquanto o trabalhador estiver no ambiente IPVS, uma pessoa, no mínimo, deve estar de prontidão, num local seguro, com o equipamento, pronto para entrar e efetuar o resgate se for necessário. Deve ser mantida comunicação contínua (visual, voz, telefone, rádio ou outro sinal conveniente) entre o trabalhador que entrou na atmosfera IPVS e o que está de prontidão. Enquanto permanecer na área IPVS, o usuário deve estar com cinturão de segurança e cabo que permita a sua remoção em caso de necessidade. Podem ser usados outros recursos também, no lugar do cinturão e cabo para resgate, desde que equivalente. Condições que determinam se o local é IPVS (Imediatamente Perigoso a Vida e a Saúde): a) a concentração do contaminante é maior que a concentração IPVS, ou suspeita-se que esteja acima do limite de exposição IPVS; ou b) é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (20,9% em volume), a menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja conhecida e controlada; ou c) o teor de oxigênio é menor que 12,5%, ao nível do mar; ou d) a pressão atmosférica do local é menor que 450 mmHg (equivalente a 4.240 m de altitude) ou qualquer combinação de redução na porcentagem de oxigênio ou redução na pressão que leve a uma pressão parcial de oxigênio menor que 95 mmHg. Um respirador com peça facial seja de pressão positiva ou negativa, não deve ser usado por pessoas cujos pêlos faciais (barba, bigode, costeletas ou Cabelos) possam interferir no funcionamento das válvulas, ou prejudicar a vedação na área de contato com o rosto.
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Na escolha de certos tipos de respiradores deve-se levar em conta o nível de ruído do ambiente e a necessidade de comunicação. Falar em voz alta pode provocar deslocamento de algumas peças faciais. Quando o usuário necessitar usar lentes corretivas, óculos de segurança, protetor facial, máscara de soldador ou outro tipo de proteção ocular ou facial, eles não devem interferir na vedação do respirador. Não devem ser usados óculos com tiras ou hastes que passem na área de vedação do respirador do tipo com vedação facial, seja de pressão negativa ou positiva. O uso de lentes de contato somente é permitido quando o usuário do respirador está perfeitamente acostumado ao uso desse tipo de lente. Não devem ser usados gorros ou bonés com abas que interfiram na vedação dos respiradores do tipo com vedação facial. Os tirantes dos respiradores com vedação facial não devem ser colocados ou apoiados sobre hastes de óculos, capacetes e protetores auditivos circum-auriculares. O uso de outros equipamentos de proteção individual, como capacetes ou máscara de soldador, não deve interferir na vedação da peça facial. Temperaturas baixas ou altas alteram o funcionamento normal dos respiradores. É preciso levar em consideração essa variável. Com a finalidade de garantir o uso correto dos equipamentos de proteção respiratória, o supervisor, os usuários, a pessoa que distribui o respirador e as equipes de emergências e salvamento deve receber treinamento adequado e reciclagem periódica O treinamento deve ser dado por uma pessoa qualificada, devendo ser registrados, por escrito, os nomes das pessoas que foram treinadas, o assunto, o nome do instrutor e as datas do treinamento. Devem ser feitos regularmente ensaios de vedação nos respiradores. Limpeza e Higienização O respirador usado por uma só pessoa deve ser limpo e higienizado regularmente. Os usados por mais de uma pessoa devem estar limpos e higienizados após cada uso. Os respiradores utilizados nos ensaios de vedação devem ser limpos e desinfetados após cada ensaio. Os respiradores de emergência devem ser limpos e higienizados após cada utilização. Sugestão de Procedimentos para Limpeza e Higienização de Respiradores (Fonte: Fundacentro) Para limpeza e higienização podem ser seguidos os procedimentos indicados pelo fabricante desde que sejam tão eficientes quanto os recomendados aqui. Esses métodos devem garantir que os respiradores fiquem limpos e desinfetados, e que não se danifiquem nem representem perigo para o usuário. I. Procedimentos para limpeza e higienização dos respiradores a) Remover filtros mecânicos e químicos. Desmontar a peça facial, isto é, remover o diafragma de voz, membrana das válvulas, válvulas de demanda e qualquer outro componente recomendado pelo fabricante. Descartar ou reparar qualquer componente com defeito. b) Lavar a cobertura das vias respiratórias com uma solução aquosa de detergente para limpeza normal a 43ºC, ou com a solução recomendada pelo fabricante. Usar escova para remover a sujeira. Não usar escova com fios metálicos. c) Enxaguar com água morna limpa (no máximo 43ºC), preferivelmente água corrente. d) Quando o detergente não contém agente desinfetante, os componentes do respirador devem ficar por 2 minutos numa das seguintes soluções: – Solução de hipoclorito (50 ppm de cloro) preparada pela mistura de aproximadamente 1 ML de água sanitária em 1 litro de água a 43 ºC; – Solução aquosa de iodo (50 ppm de iodo) preparada pela mistura de 0,8 mL de tintura de iodo (6 a 8 gramas de iodeto de amônia, ou iodeto de potássio em 100 ML de álcool etílico a 45%) em 1 litro de água a 43 °C;
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– Outra solução disponível comercialmente recomendada pelo fabricante do respirador, como, por exemplo, os sais quaternários de amônia. e) Enxaguar bem os componentes com água morna (43 °C), preferivelmente em água corrente. Escorrer. É importante enxaguar bem, pois o desinfetante ou o detergente que secar na peça facial poderá provocar dermatite. Além disso, a não remoção completa desses agentes pode causar deterioração da borracha ou provocar corrosão das partes metálicas. f) Os componentes devem ser secos manualmente com o auxílio de um pano de algodão seco, que não solte fios. g) Montar novamente a peça facial e recolocar os filtros, se necessário. h) Verificar se todos os componentes do respirador estão funcionando perfeitamente, Substituir quando necessário. Nota 1- Têm sido usadas com sucesso máquinas de limpeza por ultra-som, máquinas de lavar roupa, de lavar louça e secadores de roupa. Devem ser tomadas precauções para evitar quedas ou agitação, bem como a exposição a temperaturas acima das recomendadas pelo fabricante (geralmente, 43 °C no máximo). Nota 2- Os respiradores podem ficar contaminados com substâncias tóxicas. Se a contaminação for leve, os procedimentos normais de limpeza são suficientes, mas, às vezes, são necessários procedimentos especiais de descontaminação antes de se ef etuar a limpeza e a higienização. Inspeção Com a finalidade de verificar se o respirador está em boas condições, todo respirador usado rotineiramente deve ser inspecionado imediatamente antes de cada uso e durante a operação de limpeza. Após a limpeza e higienização, cada respirador deve ser inspecionado para verificar se está em condições apropriadas de uso, se necessita de substituição de partes, reparos, ou se deve ser inutilizado. Os respiradores para emergências ou resgate devem ser inspecionados, no mínimo, uma vez por mês, de acordo com as recomendações do fabricante, e deve-se verificar se estão funcionando corretamente antes de cada uso. Os respiradores de fuga devem ser inspecionados antes de serem levados para a área de trabalho. A inspeção deve incluir: verificação de vazamento nas conexões; condições da cobertura das visas respiratórias, dos tirantes, válvulas, traquéia, tubos flexíveis, correias, mangueiras, filtros, indicador do fim de vida útil, componentes elétricos e datas de vencimento em prateleira; funcionamento dos reguladores, alarmes ou outros dispositivos de alerta. Todo componente de borracha ou de outro elastômero deve ser inspecionado para verificar a sua elasticidade e sinais de deterioração. Os cilindros de ar comprimido ou oxigênio devem ser inspecionados para assegurar que estejam totalmente carregados de acordo com as instruções do fabricante. Os cilindros de oxigênio ou ar devem ser mantidos totalmente cheios. Para os respiradores de emergência e resgate deve ser mantido registro com as datas de cada inspeção. Os que não satisfazem os critérios da inspeção devem ser imediatamente retirados de uso, enviados para reparo ou substituídos. Substituição de Partes e Reparos Somente pessoas treinadas na manutenção e montagem de respirador devem fazer a substituição de peças ou realizar reparos. Devem ser usadas apenas peças de substituição indicadas para aquele respirador. O ajuste ou reparo de válvulas, reguladores e alarmes deverão ser efetuados somente pelo fabricante ou técnico por ele treinado. Guarda Os respiradores devem ser guardados de modo que estejam protegidos contra agentes físicos e químicos, tais como vibração, choque, luz solar, calor, frio excessivo, umidade elevada ou agentes químicos agressivos. Deve ser guardados de modo que as partes de borracha ou outro elastômero não se deformem. Não devem ser colocados em gavetas ou
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caixas de ferramentas, a menos que estejam protegidos contra contaminação, distorção ou outros danos. Os respiradores para uso em emergência que permanecem na área de trabalho, além de obedecerem às recomendações anteriores, devem ser facilmente acessíveis durante todo o tempo e devem estar em armários ou estojos marcados de modo que sua identificação seja imediata.
Sistemas para conversões: 1 BAR = 14,7 PSI = 1 ATM = 10,33 MCA = 1 Kgf/cm² = 760 mm Hg = 101,32Kpa Obs. 1 BAR = 14,7 PSI para cálculos serão adotados 1 BAR = 15 PSI
1BAR=15PSI=1ATM=10,33MCA=1Kgf/cm²=760mmHg=101,32Kpa Cálculo da Autonomia do Cilindro Autônomo
Tempo de Autonomia = Pressão (P) X Volume (V), em minutos.
Consumo O cálculo da autonomia de cada cilindro varia de acordo com as condições físicas do indivíduo que o está utilizando. Dependendo das condições físicas, do tipo de trabalho e esforço físico, um indivíduo pode consumir ar do cilindro na taxa de 20 L/min. até 120 L/min. Para saber qual o fluxo de ar que a pessoa consome, é necessário fazer um teste equipando um cilindro e simulando a atividade pretendida, marcando o tempo e a pressão inicial e final. Após descobrir a taxa de consumo de ar, é fácil aplicar a fórmula da autonomia do cilindro: Capacidade da Garrafa (em litros) x Pressão (em ATM no cilindro) = x (total de litros contidos no cilindro) x / Fluxo de Respiração (em L/min.) = tempo de autonomia (em minutos). Geralmente, a pressão pode ser visualizada nos manômetros na unidade PSI, o que dispensa o primeiro cálculo da fórmula. Vamos a um exemplo:
Um indivíduo simulou um trabalho com um cilindro autônomo. O volume do cilindro era 2000 L. Após 5 minutos, o trabalhador terminou a simulação e verificou a pressão do cilindro, que era 1750 L. Assim, ele verificou que gastou 250 L durante 5 minutos, o que dá uma taxa de de 50L/min (250 litros / 5minutos). Um cilindro, cheio, de 2400 L irá durar 48 minutos com esse colaborador (2400 / 50). Para manômetros em BAR, a relação pode ser feita de forma similar pois: V(em litros) = P (em BAR) x Capacidade do Cilindro (em litros) (considerando que 1BAR= 0,9869atm, arredondamos para 1).
Identificação de Cilindros
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