Agartha, Agarttha , Agharti , Agarthi , Agharta ou Asgartha é uma suposta cidade
desaparecida na Índia em um passado remoto ou um suposto reino secreto, concebido como subterrâneo e ainda hoje instalado em uma rede de túneis e cavernas sob o Himalaia, ou ainda todo um mundo subterrâneo instalado no interior da Terra, que seria oca. Ainda que os ocultistas o considerem um antigo mito oriental, esse nome foi citado pela primeira ve em !"#$, !"#$, pelo escritor franc%s franc%s &ouis 'acolliot 'acolliot (que escrevia Asgartha, Asgartha, provavelmente uma uma modifica)*o de Asgard de Asgard , o nome da morada m+tica dos deuses nrdicos-. itada pelo aventureiro polon%s /erd0nand 1ssendo2s3i, ganhou um papel importante nas obras dos ocultistas 4aint56ves d7Alve0dre e 8ené 9uénon.
Tabela de conteúdo :esconder ; ! 'acolliot < =7Alve0dre • •
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$ 1ssendo2s3i
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? 9uénon
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@ ubiose
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# Bau2els e Cergier
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E 8avenscroft
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!F 8efer%ncias
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!! Geja também
editar Jacolliot &ouis 'acolliot, magistrado da colnia francesa de handernagor, escreveu - e A Bíblia na Índia ( La Bible dans l’Inde, !"#<-, ele tenta desmascarar como nada mais que uma imita)*o de antigas religiNes orientais. 4egundo 'acolliot, essa antiga cultura indiana era muto anterior aos JarianosJ. stes teriam sido originalmente brâmanes, que por $ mil anos ou mais formaram uma casta separada cujo nome significava simplesmente JhonradoJ ou JilustreJ. Berto de !F.FFF a., eles tentaram derrubar as autoridades sacerdotais e Asgartha foi tomada. 1s sacerdotes conseguiram forjar uma alian)a com os vitoriosos JarianosJ, que desde ent*o transformaram5se na casta guerreira dos Qshatri0as. 4 muito mais tarde, em torno de ?.FFF a.., Asgartha foi destru+da pelos irm*os loda e 43andah, que invadiram o Hindust*o a partir do Himalaia. Ipulsos pelos brâmanes, eles retornaram para o lugar de onde vieram, continuaram rumo ao norte e foram imortaliados com os nomes J1dinJ e J4candinavia.J 1s nrdicos, di 'acolliot, conservaram t*o bem a memria de sua fuga da Índia e de sua pilhagem de Asgartha que, quando se praparavam para marchar sobre 8oma, eles cantavamL JGamos saquear Asgard, a idade do 4olJ. R provMvel que a histria tenha sido influenciada n*o s por ampanella, como também por rnest 8enan, que nos anos !"#F escreveu sobre uma JAsgaardJ na Ssia entral, ainda que 'acolliot n*o cite nenhum dos dois. 4ua Asgartha também parece ter tirado parte de sua inspira)*o de A0odh0a, a lendMria capital do rei 8ama, heri do 8ama0ana. 'acolliot também contou a histria de uma terra afundada no 1ceano Índico, chamada 8utas. Pais tarde, ele relocaliou esse continente perdido no Bac+fico e o relacionou ao
mito da Atlântida. /oi citado por Helena Clavats30 e é provMvel que tenha influenciado sua concep)*o da &emúria.
editar D'Alveydre
JArquemetroJ, diagrama desenhado por =7Alve0dre que fa corresponder as letras do Jalfabeto GattanJ a signos do Kod+aco, cores, planetas etc. 1 tema foi retomado pelo ocultista franc%s 'oseph AleIandre 4aint56ves dAlve0dre no livro Missão da Índia na Europa ( Mission de l’Inde-, escrito em !""@ e publicado postumamente em !E!F. =Alve0dre teria recebido amea)as de uma confraria intitulada J1s Homens de UegroJ para n*o revelar o segredo de J AgartthaJ. 4ob amea)a de morte, foi obrigado a destruir os originais desse livro e as cpias eIistentes. Pas um desses eIemplares escapou da destrui)*o e foi publicado sob os ausp+cios de Bapus, disc+pulo de liphas &évi. 1riginalmente localiada em A0odh0a, a capital do m+tico rei 8ama, esse centro teria sido transferido para uma localia)*o secreta sob o Himalaia por volta de !"FF a.. 4eu rei, um Vmahatma,W n*o revela seus conhecimentos mMgicos e cient+ficos, pois eles poderiam ser usados pelas for)as do Anticristo para construir armas poderosas. Xma ve que as for)as malignas forem destru+das, os mahatmas revelar*o seus segredos para o benef+cio da humanidade. Ainda que diga ter visitado a cidade sagrada de Agarttha em viagens astrais, =7Alve0dre n*o dM descri)Nes muito detalhadas. 4eria uma teocracia que guia secretamente o curso da histria mundial de acordo com os princ+pios da JsinarquiaJ, sistema de governo por
ele defendido, Jde harmonia com os princ+pios eternosJ, no qual a autoridade (espiritual- e o poder (temporal- se uniriam, que as ra)as da superf+cie teriam perdido desde o cisma que dividiu o Ympério Xniversal no YG mil%nio a., e que Poisés, 'esus e 4aint56ves lutavam para restaurar. Agarttha preservaria a linguagem original da humanidade e seu alfabeto de << letras, que chamou de Gattan, ou vataniano, originalmente usado em Atlântida (que teria afundado em !<.FFF a.. e também seria responsMvel pela constru)*o da sfinge de 9ié-. 1 governante de Agarttha seria um J4oberano Bont+ficeJ de ra)a et+ope, chamado de JCrahmatinaJ, assistido por dois colegas, o JPahatmaJ e o JPahangaJ. Bossu+a hM muito tempo os benef+cios de uma tecnologia muito mais avan)ada que a de seu tempoL ilumia)*o a gMs, estradas de ferro, transporte aéreo etc. Milhares at! "es"o "ilh#es de estudantes nun$a penetrara" al!" dos pri"eiros $ír$ulos suburbanos% pou$os te" su$esso e" subir os degraus desta &or"id'(el es$ada de )a$ob *ue $ondu+ por "ei de testes e e,a"es ini$i'ti$os $.pula $entral/ A es$ada u" trabalho de ar*uitetura "'gi$a $o"o tudo e" Agarttha ! ilu"inada de a$i"a $o" pain!is re&letores *ue s0 per"ite" a lu+ entrar depois passar por toda a es$ala enar"1ni$a de $ores e" $o"para2ão a *ual o espe$tro solar de nossos tratados de &ísi$a ! apenas a es$ala diat1ni$a/ 3 ali *ue a hierar*uia $entral de Cardeais e Ar*uis organi+ada e" se"i$ír$ulo diante do 4oberano 5ontí&i$e apare$e iridi+ada $o"o u"a (isão de al!" da 6erra $on&undindo as &or"as e apar7n$ias $orporais dos dois "undos e sub"ergindo e" radi8n$ias $elestiais todas as distin2#es (isí(eis de ra2a e" u"a $ro"'ti$a si"ples de lu+ e so" singular"ente distante das no2#es usuais de perspe$ti(a e a$.sti$a 4egundo mensagens telepMticas que =7Alve0dre afirmava ter recebido do =alai &ama, essa cidade ficaria sob a cordilheira do Himalaia e comandaria um mundo subterrâneo com ramifica)Nes sob os continentes e mesmo sob os oceanos, por meio dos quais comunica)Nes invis+veis se estabelecem entre todas as regiNes da Terra. screveu que hM momentos durante a celebra)*o subterrânea dos Jmistérios csmicosJ quando viajantes sobre o deserto se det%m imveis e mesmo os animais ficam silenciosos.
editar Ossendowski
Agharti e a rede de túneis que a comunica com o mundo, segundo a concep)*o de =7Alve0dre e 1ssendo2s3i (ilustra)*o de 9reg 'ennerm !E!#, o polon%s /erd0nand 1ssendo2s3i, professor de ci%ncias, escritor (inclusive de fic)*o cient+fica- e aventureiro, que ent*o dava aulas na universidade de 1ms3, na 4ibéria, juntou5se como oficial de intelig%ncia Os for)as anticomunistas lideradas pelo almirante Ale3sandr Qolcha3, que lutavam contra a revolu)*o bolchevique. om a derrota de Qolcha3, 1ssendo2s3i fugiu para a Ponglia, em busca de uma rota para a Índia. Zuando ali chegou, um certo bar*o 8oman Xngern von 4ternberg, oficial do eIército anticomunista russo feromente anticomunista e anti5semita transformado em caudilho independente, havia invadido a Ponglia (até ent*o pertencente O hina- e se proclamado ditador com apoio dos japoneses, diendo5se reencarna)*o de 9enghis Qhan. 1ssendo2s3i se ps a seu servi)o como assessor e oficial de intelig%ncia. m !E
na Ponglia quanto no Tibete 5, ao passo que nomes como Agharti e similares s*o desconhecidos nessa cultura. R poss+vel que 1ssendo2s3i tenha inventado a histria para conquistar as boas gra)as do Car*o Gon 4ternberg, que certamente identificaria as for)as materialistas do Anticristo, que Agarthi ajudaria a derrotar, com os bolcheviques que tentava esmagar. 4egundo 1sendo2s3i, ele convenceu o Car*o de sua histria, que por duas vees enviou missNes para procurar Agarthi. omo o revolucionMrio comunista 4u3he Catur recrutava tropas diendo que aqueles que lutassem para livrar a Ponglia de opress*o renasceriam no eIército de 4hambhala, o Car*o poderia ter acreditado que, da mesma forma, poderia usar a histria de Agharti a seu favor. 'M nos anos !E!F, com o colapso do Ympério hin%s, o russo de etnia mongol e monge budista Agvan =orjiev tentou conquistar o Tibete e a Ponglia para a rbita russa convencendo o =alai &ama de que o tsar era uma reencarna)*o de Tsong3hapa, o fundador da escola 9elug (difusora da lenda de 4hambhala- e os 8omanov eram descendentes dos reis de 4hambhala. Até mesmo convenceu o tsar a criar um templo Qalacha3ra em 4*o Betersburgo, inaugurado em !E!$ com um ritual pela vida longa da dinastia 8omanov em seu $FF[ aniversMrio. os japoneses, ao invadir a Ponglia Ynterior em !E$#, voltariam a eIplorar politicamente o mito e tentaram convencer os mongis de que o 'ap*o era 4hambhala, para conquistar seu apoio. =e qualquer forma, 1ssendo2s3i conta que um dia, cruando uma plan+cie perto de Tagan &u3, os cameleiros mongis que o acompanhavam se detiveram de repente para orar. =epois montaram outra ve em seus camelos e seguiram. Xm dos cameleiros lhe eIplicouL ; Olhe ; disse<"e o "ongol ; $o"o os $a"elos "e,e" suas orelhas aterrori+ados $o"o as "anadas de $a(alos per"ane$e" i"0(eis e atentas e $o"o os $arneiros e o gado se a=oelha" no $hão/ >otou $o"o os p'ssaros dei,ara" de (oar e os $ães de latir? O ar (ibra do$e"ente ou(e
Uessas cavernas, eIistiria uma lu peculiar que proporciona crescimento a gr*os e vegetais e uma vida longa e sadia a seus muitos diferentes povos. A capital seria cercada de cidades de sacerdotes e cientistas e se pareceria com &hasa, onde o Botala, palMcio do =alai &ama, fica no alto de uma montanha coberta de templos e monastérios. Ali, em palMcios de cristal, vivem os governantes invis+veis de todas as pessoas piasL o 8ei do Pundo ou Crah0tma, que conversa diretamente com =eus, e seus dois assistentes, Pah0tma, que conhece o propsito dos eventos futuros e Pah0nga, que governa as causas desses eventos. 4em ser visto, o 8ei do Pundo governa "FF milhNes de homens na superf+cie da Terra, que cumprir*o qualquer ordem sua. 1 trono do 8ei do Pundo é cercado por milhNes de deuses encarnados, os Banditas 4agrados e seu palMcio é circundado pelos palMcios dos 9oro, que dominam todas as for)as vis+veis e invis+veis da Terra, do éu e do Ynferno e podem faer tudo pela vida e morte dos humanos. 4e a humanidade iniciasse uma guerra contra eles, seriam capaes de eIplodir toda a superf+cie do planeta e transformM5la em desertos. Bodem secar o mar, transformar terras em oceanos e pulveriar montanhas, faer crescer Mrvores e ervas, rejuvenescer os velhos e ressuscitar os mortos. m uma viagem ao 4i*o, um velho brâmane budista do Uepal teria sido levado a uma ilha onde encontrou pessoas com duas l+nguas que podiam falar simultaneamente em diferentes linguagens, que disseram ter vindo de um reino subterrâneo e lhe mostraram tartarugas com um olho e !@ pés, serpentes enormes de carne deliciosa e aves com dentes que capturavam peiIes para seus mestres. Puitas pessoas teriam visitado esse reino, que uns localiavam no Afeganist*o, outros na Índia. 1 prprio Cuda 4ha30amuni teria encontrado tMbuas de pedra no alto de uma montanha que s entendeu ao chegar a idade avan)ada e depois penetrou no reino de Agarthi, de onde trouIe migalhas de conhecimento preservadas na memria. 1ssendo2s3i também di que os ciganos teriam sido eIpulsos de Agarthi. Uo final do livro, 1ssendo2s3i parece relacionar as profecias sobre a vinda do 8ei do Pundo ao Armageddon b+blico e O ansidade ocidental do in+cio do século \\ com o Jperigo amareloJ, a invas*o do 1cidente por imensas hordas de chineses e outros asiMticos. 4egundo ele, um lama lhe disse que havia sido profetiado, em !"EF, que nos prIimos ?F anos haveria guerras terr+veis, com a devasta)*o do mundo. Aps esse per+odo, tr%s grandes reinos seriam estabelecidos no mundo, que viveriam em felicidade por #! anos. =epois disso, haveria mais !" anos de guerra e destrui)*o e ent*o os povos de Agharti sairiam O superf+cie. 1ssendo2s3i pergunta, nas últimas linhasL J se povos inteiros de diferentes cores, fés e tribos come)assem sua migra)*o para o 1cidente] (...uma nova grande migra)*o de povos, a última marcha dos mongis. 1 Qarma pode ter aberto uma nova pMgina da histria^ se o 8ei do Pundo estiver com eles] Pas este maior Pistério dos Pistérios mantém seu prprio sil%ncio profundo.J
editar Roerich 1 pintor e tesofo russo Ui3olai 8oerich (!"#> _ !E>#-, que projetou os vitrais do templo Qalacha3ra de 4*o Betersburgo, liderou uma eIpedi)*o ao Tibete e Ponglia entre !E e !E<" e seu grupo disse ter localiado 4hambhala nas montanhas Altai. /undou, em seguida, sua escola de Agni 6oga, supostamente baseada em idéias teosficas e budistas. m !E$F, escreveu um livro, chamado 4ha"bhala E" Bus$a de
u"a >o(a Era, no qual identificou 4hambhala (de onde, segundo ele, onstantino, 9enghis Qhan e o Brestes 'o*o teriam recebido mensagens- com as lendas do 9raal, de Thule e da cidade subterrânea que ele chamou de Agharti, associando pela primeira ve os dois nomes e afirmando que eram coisas diferentes. 4ua esposa, Helena 8oerich (tradutora de Clavats30 para o russo-, escreveu em suas Cartas 4ele$ionadas (Colle$ted Letters, !E$?5!E$@-, que Clavats30 era mensageira da /raternidade Cranca de 4hambhala e que, em !E$>, o rei de 4hambhala havia chamado de volta ao Tibete os mahatmas que haviam transmitido a Clavats30 seus ensinamentos secretos. 1 casal 8oerich era simpMtico O revolu)*o bolchevique e, em !E<@, entregaram ao ministro soviético das 8ela)Nes Iteriores um punhado de terra supostamente enviado por mahatmas do Tibete para colocar no túmulo de &%nin. Helena 8oerich referiu5se a ParI e &enin como mahatmas e afirmou que emissMrios dos mahatmas do Himalaia haviam se encontrado com ParI na Ynglaterra e &%nin na 4u+)a, apoiando os ideais comunistas de fraternidade universal.
editar Guénon 1 prIimo livro importante para a difus*o do tema foi O ei do Mundo ( Le oi du Monde, de !E<#-, de outro ocultista franc%s, 8ené 9uénon. onsidera Agarttha sede dos VPestres AscensionadosW e da V9rande /raternidade CrancaW, papel anMlogo ao atribu+do pela Teosofia (O qual 9uénon era hostil- O sua concep)*o de J4hamballaJ que, por sua ve, é uma vers*o muito modificada e distorcida do 4hambhala dos tibetanos, este sim, um mito antigo e aut%ntico. Bara 9uénon, 'acolliot é JsuperficialJ e Jindigno de confian)aJ e criou suas prprias fantasias sobre algo de que ouviu falar na Índia. 9uénon acredita piamente, porém, na veracidade dos relatos de =7Alve0dre e 1ssendo2s3i e rejeita as evid%ncias de que o segundo plagiou o primeiro, que haviam sido apresentadas em !E pelo eIplorador sueco do Tibete 4ven Hedin (que, nos anos $F e >F, trabalharia para o naismo-, em seu livro Ossendosi e a erdade (Ossendosi und die ahrheit -. Uo livro de 9uénon, o J8ei do PundoJ, ou Chahm`tm`, é o chefe de um centro espiritual estabelecido no mundo terrestre por uma organia)*o encarregada de preservar uma tradi)*o de origem Jn*o humanaJ. 1 chefe dessa organia)*o representa o prprio Panu, o &egislador Brimordial e usa legitimamente o seu t+tulo. 9uénon n*o toma posi)*o sobre se Agarttha (palavra que ele interpreta como JYnviolMvelJ- eIiste histrica e geograficamente. Bara ele, o importante é seu significado simblico, como prova da suposta unidade profunda entre as concep)Nes de diferentes religiNes e ind+cio de um Apocalipse iminente, aps o qual o mundo seria reorganiado de acordo com seus ideais conservadores. Ua sua obra, o J8ei do PundoJ tem também o papel de prottipo da uni*o do papado e da monarquia absoluta, proposta pol+tica O qual ele se ligava através da sua participa)*o em peridicos da ultraconservadora A$tion Fran2aise, até que esta foi condenada pelo Gaticano, no final de !E<@ 5 mesmo se, desde !E!<, ele era também ligado ao sufismo mu)ulmano, que considerava a forma de inicia)*o esotérica vMlida mais acess+vel e adequada a um ocidental.
9uénon, cuja filosofia tornou5se conhecida como JBerenialismoJ (pela cren)a em uma J/ilosofia BereneJ, eterna e imutMvel- ou JTradicionalismoJ, fe cr+ticas radicais O Teosofia, que considerava uma JAnti5Tradi)*oJ, cujas for)as trabalhavam para destruir todas as formas vMlidas de eIpress*o religiosa e preparar o caminho para o Anticristo (embora, na sua opini*o, apenas a elite dos tesofos estivesse consciente disso-. A Teosofia levaria a uma Jontra5Yniia)*oJ, a pervers*o satânica n*o apenas da doutrina e moralidade religiosa, mas também da prpria espiritualidade contemplativa. Talve por isso tenha, paradoIalmente, deiIado de lado a tradi)*o aut%ntica de 4hambhala, nome que nos meios ocultistas estava associado O Teosofia e mesmo ao materialismo e ao bolchevismo (por intermédio do casal 8oerich-, para referir5se a uma JAgartthaJ que n*o passa de uma fantasiosa inven)*o moderna.
editar Eubiose
Templo da 4ociedade Crasileira de ubiose em 4*o &ouren)o, P9, dedicado a Agharta
Agartha como interior da Terra 1ca, segundo 8a0mond Cernard Uos anos ?F, Henrique 'osé de 4oua, ent*o presidente da 4ociedade Teosfica Crasileira (depois transformada em 4ociedade Crasileira de ubiose-, props uma nova variante da teoria da Terra 1ca. Ua superf+cie interna da Terra 1ca ficaria Agharta, com sua capital em ha!ballah . Gale notar que essa concep)*o é mais semelhante O Bellucidar dos romances de dgar 8ice Curroughs do que Os concep)Nes da Terra 1ca apresentadas por Halle0, &eslie e 40mmes. 1s discos voadores, que nesses anos come)avam a aparecer na imprensa sensacionalista, estariam emergindo na superf+cie através de aberturas nos plos Uorte e 4ul. m fun)*o dessa cren)a, a 4ociedade Teosfica Crasileira construiu, em sua sede de 4*o &ouren)o, Pinas 9erais, um templo em estilo clMssico dedicado a Agharta. m !E?#, 1. . Huguenin, disc+pulo de 4oua, populariou sua teoria no livro Dos Mundos 4ubterr8neos para o C!u < Os Dis$os oadores. Uesse mesmo ano, o bioqu+mico alter 4iegmeister, judeu alem*o emigrado para os XA que usava o pseudnimo de 8a0mond . Cernard, esteve em 4*o Baulo, encontrou o livro de Huguenin numa livraria e ficou fascinado. Também entusiasmado pela tese brasileira, 8a0 Balmer, editor da revista estadunidense Fl9ing 4au$ers, uma das primeiras dedicadas O ufologia, abandonou na edi)*o de deembro de !E?E a tese de que os 1GUYs vinham do espa)o interplanetMrio em favor da tese brasileira. m !E@>, 8a0mond Cernard publicou seu prprio livro sobre o assunto (dando os devidos créditos a 4oua e Huguenin-, chamado A 6erra O$a < A Maior Des$oberta
Geogr'&i$a na :ist0ria Feita pelo Al"irante i$hard E/ B9rd na 6erra Misteriosa Al!" dos 50los < A erdadeira Orige" dos Dis$os oadores. 4oua e Cernard uniram Agharta O idéia da Terra 1ca, especula)*o cient+fica do século \GYY jM se tornara tema de vMrias obras de fantasia e fic)*o cient+fica (inclusive iage" ao Centro da 6erra, de 'ules Gerne, e 5ellu$idar , de dgar 8ice Curroughs-. Ydentificaram a civilia)*o do interior da Terra como Agartha e lhe deram 4hamballah como capital, conciliando em um s os dois mitos rivais, que Bau2els e Cergier, mais tarde, transformariam em duas civilia)Nes mortalmente inimigas (ver abaiIo-. 1s esquims e os ciganos teriam vindo dessa terra subterrânea, da qual hoje estariam partindo naves espaciais que, passando pelos plos, se dirigem a outros mundos e mesmo Joutras galMIiasJ. Agharta seria a lendMria terra dos Hiperbreos, terra feli e apra+vel localiada além do c+rculo Mrtico e a Hlti"a 6hule dos gegrafos antigos. ntre a superf+cie e Agharta, haveria ainda imensas cavernas habitadas por Jra)as semi5 avan)adasJ. Além disso, haveria vMrias passagens ligando o mundo da superf+cie ao subterrâneo por meio de cavernas. Xma delas ligaria diretamente &hasa, no Tibete, a 4hamballah, a capital de Agharta. 1utras passagens estariam no monte pomeo, YtMlia (ilha de Ísquia, perto de UMpoles- na 9rande Birâmide de 9ié, nas JPinas do 8ei 4alom*oJ na caverna Pammoth, do Qentuc30 e também no Crasil, perto de Panaus, em Pato 9rosso (4erra do 8oncador- e perto das ataratas do Ygua)u. 4iegmeister5Cernard morreu de pneumonia em !E@?, quando procurava por estas últimas em 4anta atarina, confiando nas indica)Nes do livro de Huguenin, que dava grande importância a uma suposta lenda ind+gena local que descrevia uma terra subterrânea habitada por um povo frut+voro e livre de doen)as. 4egundo a descri)*o de Cernard, a Terra é oca, com paredes de cerca de !.$FF 3m de espessura e nos plos eIistem aberturas de cerca de <.
vieram a ser indicados como poss+veis entradas para o mundo subterrâneo e coneINes com outros lugares JmisteriososJ do mundo. 4ete cidades da 4erra da Pantiqueira no sul de Pinas 9erais, prIimas a 4*o &ouren)o 5 Bouso Alto, Ytanhandu, armo de Pinas, Paria da /é, 4*o Tomé das &etras, oncei)*o do 8io Gerde e Aiuruoca 5 fariam parte do sistema, cada uma delas ligada a lugares m+sticos distantes 5 respectivamente Pacchu Bicchu (Beru-, l Poro (lugar do Uovo PéIico, XA, onde hM ru+nas de um antigo povoado Kui-, hichen YtM (6ucatMn, PéIico-, 40dne0 (AustrMlia-, 4intra (Bortugal-, airo (gito- e 4rinagar (achemira, Índia-. Uos anos #F e "F, muitas comunidades esotéricas e alternativas se estabeleceram em 4*o Tomé das &etras (P9-, Birenpolis (91-, hapada dos 9uimar*es (PT- e outras localia)Nes nos planaltos brasileiros, nas quais também haveria comunica)Nes com o mundo subterrâneo, esperando com isso sobreviver, como os supostos atlantes, O catMstrofe que muitos esperavam para a virada do mil%nio. Também a Bedra da 9Mvea, no 8io de 'aneiro, foi relacionada O vis*o de mundo da ubiose. 4egundo 4oua, teria sido um grande templo esculpido por fora e por dentro da rocha, dentro da qual haveria grandes salNes, ligados O rede de comunica)*o com outros lugares m+sticos e com o mundo subterrâneo.
editar "auwels e #ergier Xm novo viés foi dado a esse imaginMrio pelos escritores franceses &ouis Bau2els e 'acques Cergier em O Despertar dos M'gi$os, obra de !E@F. 4egundo eles, depois do cataclisma que reduiu 9obi a um deserto (que insinuam ter sido uma guerra nuclear-, os senhores e mestres desse antigo centro de civilia)*o abrigaram5se em um vasto acampamento subterrâneo sob o Himalaia. Uo cora)*o dessas cavernas, eles se dividiram em dois grupos, um seguido a JGia da P*o =ireitaJ e outro a JGia da P*o squerdaJ. 1 primeiro teria seu centro em Agarthi (mais uma grafia-, um lugar de medita)*o, uma oculta cidade do Cem que n*o interfere nas coisas mundanas. 1 segundo foi para cha!ballah (outra grafia inovadora-, cidade de viol%ncia e poder cujas for)as comandam os elementos e as massas da humanidade e aceleram a chegada da ra)a humana O Jvirada do tempoJ. 1s Homens 4Mbios, l+deres dos povos do mundo, far*o um pacto com 4chamballah, a ser selado com juramentos solenes e sacrif+cios. 4em indicar fontes, Bau2els e Cergier atribu+ram tais cren)as ao general e idelogo naista Qarl Haushofer em !EF?, antes de suas viagens ao 1riente, de uma J4ociedade do GrilJ da qual n*o hM sinais antes da Y 9uerra Pundial. 1s autores que antes haviam escrito sobre Agartha n*o citavam 4hamballa e vice5versaL eram mitos ocultistas semelhantes e concorrentes, o primeiro relacionado a uma corrente de fundo catlico e sufi, tradicionalista e monarquista o segundo a uma teosofia de carMter orientalista e neo5hindu, cr+tico da tradi)*o crist* e abraâmica e simpMtico ao nacionalismo indiano. Aparentemente, coube a Bau2els e Cergier projetar essa rivalidade ideolgica dos séculos \Y\ e \\ em uma rivalidade m+tica entre duas pot%ncias subterrâneas ocultas. Ainda segundo esses autores, os naistas buscaram auI+lio de 4chamballah, mas foi Agharti que se disps a ajudM5los. A partir de !E<@, uma J4ociedade dos Homens GerdesJ, formada por tibetanos e hindus e liderada por um monge tibetano conhecido como Jo homem de luvas verdesJ teria se estabelecido em Punique e Cerlim e intermediado contatos com Hitler e Agarthi, O qual os naistas enviaram eIpedi)Nes.
Zuando os soviéticos tomaram Cerlim, teriam encontrado mil cadMveres de tibetanos que teriam cometido suic+dio em uniformes naistas. 1 relato, conforme notou AleIander Cerin, é eItremamente improvMvel. Ao contrMrio dos japoneses, os budistas tibetanos condenam o suic+dio. se houvesse pessoas de tipo f+sico mongol ou tibetano a servi)o do naismo, seriam mais plausivelmente da etnia Qalm03 (também budista-, que vive perto da fo do Golga, no mar Mspio. om a derrota dos caristas pelos bolcheviques, muitos 3alm03s que lutaram ao lado dos anticomunistas se refugiaram na uropa e mais tarde se uniram aos naistas, quando estes invadiram a X844, esperando libertar seu pa+s da opress*o de 4tMlin. 1 eIército alem*o de fato chegou O Qalm03ia e recebeu o apoio de ? mil voluntMrios de seu povo, que depois acompanharam os alem*es na retirada e na derrota.
editar $r%re A partir desse cenMrio conspiracional, muitos outros escritores, na maioria franceses, elucubraram suas prprias especula)Nes. 'ean5laude /rDre, em seu >a+is"e et so$i!t!s 4e$rtes (!E#>-, depois do cataclisma que tornou Hiperbrea inabitMvel, hM cerca de @ mil anos, seus habitantes dividiram5se em dois grupos. Xm seguiu para a Atlântida e misturou5se aos lemurianos que ali viviam. 1utro migraram para o atual 9obi e ali fundaram Agartha, que por dois mil anos foi o Jcentro do mundoJ e de uma brilhante civilia)*o. nt*o, outra catMstrofe ocorreu, Atlântida foi destru+da e a superf+cie foi devastada. Agartha sobreviveu sob a Terra. 9randes iniciados, como BitMgoras, Apolnio de Tiana e 'esus ali teriam estado para receber ordens dos Pestres do Pundo. nquanto isso, o povo JarianoJ migrava em duas dire)NesL uma para o norte e oeste, tentando retornar a seu lar hiperbreo e conquisar territrios perdidos. Xm segundo grupo foi para o sul, para os Himalaias e ali fundou outro centro secreto nas cavernas subterrâneas. 1s filhos das JYntelig%ncias de /oraJ teriam se dividido em dois grupos, um seguindo o Jaminho da P*o =ireitaJ sob a J8oda do 4ol =ouradoJ, o outro o Jaminho da P*o squerdaJ, sob a J8oda do 4ol UegroJ. 1 primeiro preservou o centro de Agartha, esse indefinido lugar de contempla)*o, do Cem e da for)a Gril. 1 segundo criou um novo lugar de inicia)*o em 4hambhala, a cidade da viol%ncia que comanda os elementos e as massas humanas, apressando a chegada do JossuMrio do tempoJ. =i /rDre que essa seria a doutrina que os naistas aprenderam entre !E
editar Ravenscro&t 1 escritor britânico Trevor 8avenscroft, em !E#$, publicou um livro chamado A Lan2a do Destino (6he 4pear o& Destin9-, segundo o qual a 4ociedade de Thule acreditava que, antes da destrui)*o de Atlântida, duas se)Nes dos arianos se dedicaram a adorar duas diferentes for)as malignas. Pais tarde, estabeleceram comunidades em cavernas de montanhas submersas perto da Yslândia, das quais teria vindo a lenda de Thule. Xm grupo seguiu o J1rMculo &uciféricoJ, chamado Agarthi e praticou o Jcaminho da m*o esquerdaJ. 1 outro seguiu o J1rMculo ArimânicoJ, chamado 4chamballah e praticou o Jcaminho da m*o direitaJ 5 ao contrMrio do que haviam escrito Bau2els, Cergier e /rére.
editar Re&erncias
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'oseph 9eorge ald2ell, J1n d2ard Cul2er5&0ttonL Agharta, 4hambhala, Gril and the 1ccult 8oots of Uai Bo2erJ :!; Ana &uia Carbosa de 1liveira, JTerra 1caJ :<; :$;
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/erd0nand Antoni 1ssendo2s3i, Beasts Men and Gods :>;
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