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ACESSIBILIDADE NA INTERNET
Vol. V, Nº. N, Ano 2012
Desenvolvimento de ambientes virtuais acessíveis baseados nas recomendações do W3C
Alysson Alves dos Santos Autor Anhanguera Educacional Educacional
[email protected]
Rodrigo Amorim Porto Orientador Anhanguera Educacional Educacional
[email protected]
Lívia Carolina de Medeiros Coordenadora de Pós Graduação e Extensão Anhanguera Educacional Educacional
[email protected]
RESUMO Este artigo trata do desenvolvimento de páginas da Internet acessíveis. Conceitua a usabilidade e a acessibilidade no âmbito da Internet, apresentando as instituições responsáveis por criar e manter os padrões para esse ambiente. Detalha as recomendações produzidas pelo World Wide Web Consortium (W3C), que devem ser utilizadas pelos desenvolvedores web, para a implementação de sítios e sistemas totalmente acessíveis, beneficiando tanto as pessoas portadoras de necessidades especiais como também todas as outras pessoas. Lista também algumas vantagens e as desvantagens na utilização destas recomendações. Palavras-Chave : Usabilidade; Acessibilidade; Recomendações W3C/WAI.
ABSTRACT This article deals with the development of accessible web pages. Conceptualizes the usability and accessibility within the Internet, with the responsible institutions for creating and maintaining the standards for this environment. Details the recommendations produced by the World Wide Web Consortium (W3C), which should be used by Web developers for the implementation of systems and sites fully accessible, benefiting both people with disabilities as well as all other people. It also lists some advantages and disadvantages in using these recommendations. Keywords: Accessibility; Usability; W3C/WAI Recommendations.
Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP 13.278-181
[email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE
Recebido em: 30/12/1899 Avaliado em: 30/12/1899 Publicação: 22 de setembro de 2011
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1.
INTRODUÇÃO Atualmente, o número de sítios existentes na Internet é de cerca de 255 milhões, sendo que 21,4 milhões foram criados somente em 2010 (PINGDOM, 2011). Segundo Zeldman, 99,9% dos websites são obsoletos, pois, como foram construídos sem padronização e apresentam diversos erros de apresentação e comportamento (ZELDMAN, 2003). Um dos principais motivos da existência de tantos sites não acessíveis é o uso de softwares geradores de conteúdo sem programação para suporte aos critérios de
acessibilidade (HENRY, 2005). E também, nota-se que muitos dos desenvolvedores web constroem páginas sem separar o conteúdo do design, o que dificulta a manutenção das mesmas (NIELSEN, 2002). Por desconhecer ou mesmo por ignorar a importância da acessibilidade, muitos profissionais desenvolvem sites e aplicações web de maneira errônea, ou seja, sem utilizar uma recomendação padrão. (HENRY, 2005). Os desenvolvedores geralmente utilizam editores visuais WYSIWYG, que é o acrônimo de “What You See Is What You Get ” (“O que você vê é o que você tem”). Com a utilização destes editores para desenvolvimento conteúdos web, o utilizador não necessita ter conhecimento da linguagem, basta arrastar de forma intuitiva para tela os itens desejados, e assim criar a página com a mesma aparência que ele terá no navegador depois de pronto. Apesar de alguns destes editores visuais terem evoluído nestes últimos anos e oferecerem um desenvolvimento mais próximo aos padrões, muitos destes programas ainda ignoram as normas de acessibilidades e usabilidade. Contudo, estes editores geram comodidade para os desenvolvedores que criam o hábito de confiar apenas na ferramenta, contribuindo com um desenvolvimento fora do padrão, acarretando um alto nível de páginas inacessíveis, com o código inválido e semanticamente inadequado em diversas páginas da internet. Sendo que, desenvolver conteúdo web com acessibilidade é um dever de todos os desenvolvedores e um direito de todo cidadão portador ou não de necessidades especiais (CUSIN, 2009). Desta forma, mais de 96% dos websites não fornecem padrões mínimos de acessibilidade (BBC NEWS, 2006). Ambientes virtuais mal estruturados apresentam
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inúmeros problemas sendo o principal deles, a restrição no acesso à informação para pessoas portadoras de necessidades especiais. Assim, o presente artigo conceitua a usabilidade e a acessibilidade no âmbito da Internet, com o emprego de técnicas baseadas em regras e padrões que devem ser utilizadas pelos desenvolvedores, para a implementação de sítios acessíveis. Permitindo assim, que os usuários com ou sem necessidades especiais tenham acesso à informação. Por isso, identifica-se como problema de pesquisa a dificuldade que os portadores de necessidades especiais encontram ao utilizar a internet. Desta forma, o objetivo geral deste é identificar e definir diretrizes baseadas na acessibilidade e na usabilidade. Também serão avaliados os seguintes tópicos: •
Proporcionar aos desenvolvedores uma base concreta sobre a acessibilidade e usabilidade;
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Mostrar vantagens e desvantagens na utilização dos padrões web;
•
Apresentar tecnologias para a avaliação e validação da acessibilidade. Atualmente existe uma grande quantidade de sítios, todavia estes não estão
adaptados a receber os portadores de necessidades especiais. Esses são impedidos de progredir, pois não conseguem obter páginas com conteúdo compreensível e de navegação adequada. Ao desenvolver um sitio acessível, além de possibilitar a inclusão de novos usuários na internet, pois estes não podiam acessar devido às barreiras encontradas, também possibilita que novas pessoas se animem a utilizá-la com mais facilidade. (SPELTA, 2008). O presente trabalho evidencia a necessidade de criar uma internet acessível que beneficie tanto pessoas com deficiências como também todas as outras pessoas. Com isso, o desenvolvimento deste justifica-se como uma solução para o desenvolvimento de ambientes virtuais acessíveis, promovendo desta forma, a inclusão digital de todas as pessoas. Sendo indicado para analistas de sistemas, projetistas, webdesigners e alunos que cursam a graduação e/ou pós-graduação nas áreas de Tecnologia da Informação e que desejam aprofundar o seu conhecimento em acessibilidade e usabilidade.
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2.
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1
Pessoas com Necessidades Especiais (PNE) São Pessoas com Necessidades Especiais (PNE), todas as pessoas que em maior ou menor medida precisam de algum apoio ou suporte externo para se desenvolver e serem autônomas. Considera-se que necessidades especiais engloba um conjunto de aspectos que ultrapassam em muito, o antigo conceito de “deficiente”. Por esse motivo, pode-se considerar dentro do espectro de necessidades especiais grupos sociais como terceira idade, desempregados, pessoas carentes, além das pessoas com deficiências motoras, cognitivas e/ou sociais. Essa mudança de enfoque da “deficiência” para a necessidade especial, leva consigo a concepção da variabilidade do caráter permanente da deficiência para o transitório, isto é, da visão de "adaptar a pessoa deficiente" para viver na sociedade à da “inclusão” pela “adaptação da sociedade” e pela superação das necessidades. (PASSERINO, 2003). Em relação a usuários com necessidades especiais especificamente, Nielsen defende que o conceito de deficiência precisa ser abordado de forma relativamente ampla quando se fala da web, pois o público da Internet é formado por diferentes grupos de usuários. As deficiências mais comuns, que interferem na navegação na web, são: cegueira, daltonismo, baixa visão, deficiência mental, deficiência física e desordem por déficit de atenção (NIELSEN, 2000). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem aproximadamente 750 milhões de indivíduos com necessidades especiais em todo o mundo, sendo que somente no Brasil encontram-se quase 25 milhões destes. (ANAMATRA, 2010) (LAVORINI, 2007). A crescente necessidade de acesso à informação disponibilizada na internet tornou a Web uma ferramenta de extrema importância na nossa sociedade, pois é uma forma destas pessoas com deficiência poderem aceder e usufruir de recursos, que de outra forma lhes estariam inacessíveis (W3C, 2005). Segundo Warschauer, a internet pode ajudar portadores de deficiência física a superar problemas de mobilidade, limitações físicas ou discriminação social (WARSCHAUER, 2006). Frente a isso, Passerino afirma que a utilização da internet pode promover o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo de todos os sujeitos, particularmente dos PNE
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que se beneficiam do uso, pois estas propiciam “espaços alternativos” de comunicação e construção, não somente individual, mas também colaborativo (PASSERINO, 2005). De maneira mais específica, para Henry, A web é um recurso cada vez mais importante em muitos aspectos da vida: educação, emprego, governo, comércio, cuidado com a saúde, recreação, e mais. É essencial que a web seja acessível e forneça acesso e oportunidade igual a usuários com necessidades especiais ajudando-os a participar mais ativamente na sociedade. Com isso, as barreiras podem ser mais facilmente superadas (HENRY, 2005).
2.2
CONCEITO DE INTERFACE O expressivo aumento no uso de computadores por pessoas cada vez menos capacitadas para tal exige um desenvolvimento de interfaces cada vez mais fáceis de serem compreendidas. Para Norman, Interface é aquilo que serve de conexão entre dois modelos, entre duas visões: o modelo mental do usuário em relação ao sistema e o modelo de programa, construído pelos desenvolvedores de software (NORMAN, 2002). Já Pressman conceitua interface como a parte de um sistema de informação através da qual os usuários interagem com o sistema para realizarem suas tarefas; portanto deve ser projetada com o objetivo de atender as necessidades e expectativas de seus usuários, permitindo que eles direcionem sua atenção para os objetos com os quais trabalham que por sua vez, devem refletir o mundo real (PRESSMAN, 2004). Desta forma, a interface deve permitir uma interação amigável, através da usabilidade, característica que determina se o manuseio de um produto é fácil e rapidamente aprendido, dificilmente esquecido, não provoca erros operacionais, oferece um alto grau de satisfação para as necessidades do usuário de forma simples e eficiente, resolvendo as tarefas para as quais foi projetado (FERREIRA, 2003), e (NIELSEN, 2002).
2.3
CONCEITO DE USABILIDADE Segundo a Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization - ISO) 9241-11 e (ISO) 9.999 ( apud TORRES; MAZZONI, 2004), define
usabilidade como a “medida na qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto
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específico, quando utilizam determinado produto ou serviço, relacionando-se a qualidade de uso do ambiente digital”. Já para Nielsen e Loranger, definem a usabilidade da seguinte maneira: A usabilidade é um atributo de qualidade relacionado à facilidade do uso de algo. Mais especificamente, refere-se à rapidez com que os usuários podem aprender a usar alguma coisa, a eficiência deles ao usá-la, o quanto lembram daquilo, seu grau de propensão a erros e o quanto gostam de utilizá-la. Se as pessoas não puderem ou não utilizarem um recurso, ele pode muito bem não existir. (NIELSEN e LORANGER 2007, p. 16).
Assim, a usabilidade realiza a interação entre usuários e sistemas, visando garantir que este último funcione de forma adequada, provendo os meios e as funcionalidades necessárias para garantir seu bom uso por parte do usuário, através de interfaces bem desenvolvidas, garantindo assim uma melhor qualidade de um site (TRAVIS, 2004). Para se construir sistemas com boa usabilidade, é importante que estes sejam centrados no usuário, para isso, o projetista deve conhecer bem os usuários finais de modo a compreender como eles interagem com o sistema (NORMAN, 1999). Assim, quando se trata de usuários portadores de necessidades especiais, torna-se fundamental também identificar as imposições e os limites submetidos, para se compreender melhor suas necessidades e habilidades especiais (TAKAGI, 2004). Com a identificação de todas as barreiras que esses usuários precisam superar para acessar a informação, torna-se possível desenvolver interfaces fáceis de usar também por pessoas com necessidades especiais (HARRISON, 2005). Com isso, a compreensão do grau de usabilidade de uma interface para usuários é uma medida crucial para o sucesso de aplicações de software, incluindo sítios e aplicações web. (PREECE, 1994) Por fim, Se a usabilidade orientar o desenvolvimento de um sistema, seus usuários se sentirão confortáveis e encorajados enc orajados em usá-lo (SHNEIDERMAN, 2004).
2.4
CONCEITO DE ACESSIBILIDADE Apesar da aplicação das práticas de usabilidade no desenvolvimento de páginas para internet, poucas foram os sítios que se preocuparam em garantir a todos o acesso às informações.
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Diante disso, verifica-se a importância da acessibilidade como facilitador para que portadores de necessidades especiais possam utilizar a Internet (NUNES, 2002). O conceito de acessibilidade surge como a possibilidade de qualquer pessoa, independentemente de suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais, usufruir os benefícios de uma vida em sociedade. É o direito de usar os meios de transporte e serviços, de frequentar locais públicos, e, também, de conseguir acessar qualquer meio de comunicação, desde a televisão até sistemas de informação computadorizados, como a Internet (NICHOLL, 2001) e (NBR 9050, 1994). A acessibilidade representa não só o direito de acessar a rede de informações, mas também o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e também da apresentação da informação em formatos alternativos. (ACESSIBILIDADE BRASIL, 2006). O processo de inclusão social só é possível através de uma web bem projetada e estruturada, de modo que pessoas portadoras de necessidades especiais (visual, auditiva, física, fala, cognitiva e neurológica) possam perceber, entender, navegar e interagir de uma maneira efetiva, bem como criar e contribuir com conteúdos para a rede mundial de computadores (SHAWN, 2005). Desta forma, acessibilidade passa a ser entendida como sinônimo de aproximação, um meio de disponibilizar a cada usuário interfaces que respeitem suas necessidades especiais e preferências (CONFORTO e SANTAROSA, 2002). A acessibilidade também torna os produtos mais acessíveis a pessoas que não possuem qualquer tipo de deficiência (HENRY 2007). O governo brasileiro também se preocupa com a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais. Sendo que no dia 2 de dezembro 2004, foi assinado o Decretolei 5296 regulamentando as Leis n° 10.048, de 08 de novembro de 2000 (prioriza o atendimento a pessoas com necessidades especiais) e 10.098, de 19 de dezembro de 2000 (estabelece normas e critérios para garantir a acessibilidade). No artigo 8.º, inciso I define a acessibilidade como condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. E estabelece no Art. 47º, um prazo de doze meses para que todos os portais e sites eletrônicos da administração pública passem por um processo de acessibilização de modo a viabilizar o acesso das pessoas portadoras de deficiência, garantindo-lhes o pleno acesso às informações. Os portais e
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sites eletrônicos de interesse público que recebem algum financiamento do governo
também terão que assegurar a acessibilidade (BRASIL, 2004). 2.5
LEIS E NORMAS SOBRE ACESSIBILIDADE O World Wide Web Consortium (W3C) é um consórcio de empresas de tecnologia responsável por desenvolver recomendações a serem adotados na web, promovendo sua evolução e assegurando a sua interoperabilidade. (SHAWN, 2005). Essas recomendações para o desenvolvimento de websites foram denominadas de padrões web (web standards). Os Padrões Web são um conjunto de normas, diretrizes, recomendações, notas, artigos, tutoriais, produzidos por esse consórcio e destinados a orientar fabricantes, desenvolvedores e projetistas para o uso de práticas que possibilitem a criação de websites de modo que seu conteúdo seja acessível por diferentes dispositivos e por diferentes usuários, independente de suas necessidades especiais (ZELDMAN, 2003) (MACEDO, 2004) (RUSE, 2005). Com o intuito de possibilitar a igualdade ao acesso à Internet e melhores oportunidades, esse consórcio criou uma iniciativa que aborda o assunto da acessibilidade chamado Iniciativa de Acessibilidade na web ou Web Accessibility Initiative WAI (SHAWN, 2005). A WAI aborda dois eixos: assegurar uma transformação harmoniosa e tornar o conteúdo compreensível e navegável, além de oferecer três níveis de prioridade com base no respectivo impacto em termos de acessibilidade, sendo eles (W3C, 1999): Prioridade 1: Abrange os pontos que os criadores de conteúdo Web devem
•
satisfazer inteiramente; do contrário, um ou mais grupos de usuários ficarão impossibilitados de acessar as informações contidas no documento - a satisfação desta prioridade é um requisito básico para que determinados grupos possam acessar documentos disponíveis na web. Prioridade 2: trata dos pontos que os criadores de conteúdo para a web deveriam
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satisfazer para evitar que os usuários tenham dificuldade de acessar as informações contidas no documento, evitando barreiras significativas a documentos publicados na web. Prioridade 3: refere-se aos pontos que os criadores de conteúdo web podem
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satisfazer; senão, um ou mais grupos poderão se deparar com algumas dificuldades em acessar informações contidas nos documentos.
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Na verificação da acessibilidade de um documento são estabelecidos os níveis de conformidade para as páginas web: •
Nível de conformidade “A”: quando satisfeitos todos os pontos de verificação de prioridade 1;
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Nível de conformidade “Duplo A”: quando satisfeitos todos os pontos de verificação de prioridade 1 e 2;
•
Nível de conformidade “Triplo A”: quando satisfeitos todos os pontos de verificação de prioridade 1, 2 e 3. A WAI estabelece um conjunto de guias de acessibilidade que devem ser
utilizadas pelos desenvolvedores web como padrão para a implementação de conteúdos acessíveis. Para tanto, o W3C-WAI desenvolve guias e diretrizes essenciais para a composição da acessibilidade web: •
Guia de Acessibilidade para Ferramentas de Autoria (Authoring Tool Accessibility Guidelines - ATAG); possui como foco principal definir como as ferramentas ajudarão os programadores a produzirem suas aplicações web contendo as diretrizes de acessibilidade;
•
Guia de Acessibilidade para Agentes do Usuário (User Agent Accessibility Guidelines - UAAG). Explicam como produzir agentes de usuário acessíveis para
pessoas portadoras de necessidades especiais e aumentar a acessibilidade no conteúdo web; •
Guia de Acessibilidade para Conteúdo web (Web Content Accessibility Guidelines WCAG); explicam como produzir conteúdos para a web que sejam acessíveis às pessoas portadoras de necessidades especiais. Em maio de 1999, o WAI criou uma norma internacional denominada “Guia de
Acessibilidade para Conteúdo Web”, que constitui orientações para que um website apresente acessibilidade voltada a pessoas com deficiência. Tais recomendações destinam-se aos desenvolvedores web, projetistas de sites e aos programadores de ferramentas para criação de conteúdo. (W3C, 1999b) (WCAG, 1999). O Guia de Acessibilidade para Conteúdos Web (WCAG) se destaca por constituir o conjunto oficial de regras para a acessibilidade web (CHISHOLM, VANDERHEIDEN e JACOBS,1999).
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Com o desenvolvimento de novas tecnologias, verificou-se a necessidade de atualização da norma de modo a acompanhar estes avanços. A primeira versão da norma vigorou durante nove anos, até dezembro de 2008, quando foi lançada a segunda versão da norma chamada de WCAG 2.0. Esta foi desenvolvida com o objetivo de ser utilizada em páginas web independentemente da tecnologia utilizada. Após o lançamento da nova versão, novos conteúdos e atualizações devem utilizar a WCAG 2.0 a fim de disponibilizar informações acessíveis a todas as pessoas, deficientes ou não (WCAG_2.0, 2010), (WAI, 2010). O WCAG 2.0 é edificado sobre quatro princípios, doze recomendações e sessenta e um critérios de sucesso que visam orientar o desenvolvimento web dentro de um padrão universal de acessibilidade. Esses princípios guiam o desenvolvimento de interfaces web acessíveis, possuindo cada um deles uma lista de determinações, que apresentam os objetivos básicos necessários para satisfazer o referido princípio (WCAG_2.0, 2010). O WCAG na versão 2.0, esta distribuído da seguinte forma: Princípio 1: Perceptível - A informação e os componentes da interface do usuário têm de ser apresentados aos usuários em formas que eles possam perceber. Recomendação 1.1 Alternativas em Texto: Fornecer alternativas em texto para
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qualquer conteúdo não textual permitindo, assim, que o mesmo possa ser alterado para outras formas mais adequadas à necessidade do indivíduo, tais como impressão em caracteres ampliados, braille, fala, símbolos ou linguagem mais simples. Recomendação 1.2 Mídias com base no tempo: Fornecer alternativas para mídias
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com base no tempo. Recomendação 1.3 Adaptável: Criar conteúdos que possam ser apresentados de
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diferentes maneiras (por ex., um layout mais simples) sem perder informação ou estrutura. Recomendação 1.4 Discernível: Facilitar a audição e a visualização de conteúdos
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aos usuários, incluindo a separação do primeiro plano e do plano de fundo. Princípio 2: Operável - Os componentes de interface de usuário e a navegação têm de ser operáveis. Recomendação 2.1 Acessível por Teclado: Fazer com que toda a funcionalidade
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fique disponível a partir do teclado.
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Recomendação 2.2 Tempo Suficiente: Fornecer tempo suficiente aos usuários usuários para lerem e utilizarem o conteúdo.
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Recomendação 2.3 Ataques Epilépticos: Não criar conteúdo de uma forma conhecida que possa causar ataques epilépticos
•
Recomendação 2.4 Navegável: Fornecer formas de ajudar os usuários a navegar, localizar conteúdos e determinar o local onde estão.
Princípio 3: Compreensível - A informação e a operação da interface de usuário têm de ser compreensíveis. •
Recomendação 3.1 Legível: Tornar o conteúdo de texto legível e compreensível.
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Recomendação 3.2 Previsível: Fazer com que as páginas Web surjam e funcionem de forma previsível.
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Recomendação 3.3 Assistência de Entrada: Ajudar os usuários a evitar e corrigir erros.
Princípio 4: Robusto - O conteúdo tem de ser robusto o suficiente para poder ser interpretado de forma concisa por diversos agentes do usuário, incluindo tecnologias assistidas. •
Recomendação 4.1 Compatível: Maximizar a compatibilidade com atuais e futuros agentes de usuário, incluindo tecnologias assistidas. As diretrizes WAI baseiam-se em especificações técnicas fundamentais para a
Web e são desenvolvidas em coordenação com as especificações técnicas do W3C (HTML, XML, CSS, SVG, SMIL etc.). Essas recomendações além de garantir a acessibilidade do site às pessoas portadoras de necessidades especiais, também facilita o acesso de todos os usuários, independentemente da ferramenta usada (computadores de mesa, laptops, telefones celulares, ou navegador por voz) e das limitações associadas ao respectivo uso (ambientes barulhentos, salas mal iluminadas ou com excesso de iluminação, utilização sem o uso das mãos) (FERRAZ, 2009).
2.6
VANTAGENS E DESVANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DOS PADRÕES WEB Segundo Wyke, utilizar padrões para a web é extremamente vantajoso, pois proporciona um maior controle sobre a página. Tornando o documento bem estruturado e semanticamente correto (WYKE, 2005).
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Para Zeldman, sites construídos de acordo com estes padrões, custam menos, funcionam melhor e são acessíveis a mais pessoas e dispositivos seja ele um leitor de tela, celular, PDA, Tablet e SmartPhone (ZELDMAN, 2003). Desenvolver nos padrões significa utilizar a web como uma ampla ferramenta acessível por um grande número de usuários e uma variedade de dispositivos, além de diversos outros benefícios, como: Apresentado de maneira eficiente e padronizada: Separação de conteúdo e da
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apresentação para tornar o código limpo e correto; Manutenção e desenvolvimento simplificados: usar código semântico e bem
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estruturado torna mais fácil a compreensão do código e reduz custos e trabalho desnecessário; Compatibilidade com as leis e diretrizes de acessibilidade sem comprometer a
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beleza, o desempenho ou a sofisticação; Adaptação simplificada: tornam-se funcionais em vários navegadores e
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plataformas, sem a dificuldade e a despesa de criar versões separadas, suportando dispositivos não tradicionais desde acessórios sem fio e telefones celulares, até leitores de Braille e de tela usados por usuários com deficiências físicas - apenas por vincular a um arquivo CSS diferente; Compatibilidade com versões futuras: sites projetados utilizando padrões
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definidos e código válido, reduzem o risco de novos navegadores serem incapazes de renderizar a codificação utilizada; Maior velocidade no carregamento da página: arquivos de tamanho menor e
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download mais rápido, fazendo com que os navegadores (Microsoft Internet Explorer, Mozilla FireFox, FireFox, Opera, etc.) renderizem as páginas mais rapidamente, possibilitando assim, uma melhoria do desempenho computacional; Melhor posicionamento em mecanismos de busca.
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Entre as principais desvantagens, vale-se destacar: Dificuldades de aprendizado: a adoção dos padrões não costuma ser algo simples
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para desenvolvedores acostumados a leiautes em tabelas, pois envolve o domínio de uma nova linguagem (CSS) e uma mudança de mentalidade na forma de desenvolvimento que passa a ser baseado no conteúdo e não mais no visual. Diferenças na implementação dos padrões por parte dos navegadores: apesar das
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recomendações do W3C terem sido criadas com o propósito de padronizar a Nome da Revista Vol.V, Nº. N, Ano 2012 p. 1-19 •
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codificação das páginas web, alguns navegadores atuais ainda não apresentam completo suporte a estes padrões e não conseguem implementar corretamente todas as recomendações do W3C. •
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Requer mais tempo para desenvolvimento.
ACESSIBILIDADE: AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO
Um importante passo na implementação de uma página web é verificar se o site está atendendo todas as exigências quanto aos padrões de acessibilidade. Os desenvolvedores implementam, ou deveriam implementar, todas as orientações da W3C. Porém, algumas orientações podem deixar de serem implementadas ou realizadas equivocadamente. Para corrigir eventuais erros de acessibilidade, existem ferramentas que analisam o código fonte e apontam os erros e melhorias para que possam ser corrigidas e implementadas. Desta forma, com base nas recomendações do W3C/WAI, foram desenvolvidos softwares que avaliam o nível de acessibilidade de sites, gerando relatórios contendo uma lista dos problemas encontrados e que devem ser corrigidos para que o site possa, então, exibir o seu selo de acessibilidade (SPELTA, 2003). As Ferramentas de validação e simulação são um importante recurso na criação de código acessível, seja pela facilidade em realizar uma varredura no código ou pela dificuldade que pequenas equipes encontram em ter contato com toda a diversidade de usuários existentes em cenários como o brasileiro. Algumas das ferramentas de validação amplamente utilizadas destacam-se duas, Test Accesibilidad Web (TAW) e o DaSilva (desenvolvido pela Acessibilidade Brasil). O TAW é mantido pelo Centro Tecnológico de la Información y la Comunicación (CTIC) e sua interface permite fazer avaliações por níveis de prioridade. (TAW, 2008) O avaliador DaSilva é um avaliador brasileiro mantido pela Acessibilidade Brasil e sua interface permite avaliar simultaneamente pelos três níveis de prioridade (DASILVA, 2008). Quando os sites passam pelos avaliadores de acessibilidade eles retornam uma tela com o resultado da avaliação em cada nível de prioridade bem como as linhas nas quais se encontram os possíveis erros de validação. Possibilitando desta forma, identificar e corrigir o problema com mais rapidez. Nome da RevistaNome da Revista • Vol.V, Nº. N, Ano 2012 • p. 1-19
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Contudo, os métodos automáticos não são capazes de identificar todas as diversificações da acessibilidade. A avaliação humana pode ajudar a garantir a clareza da linguagem e a facilidade da navegação. A avaliação e validação da acessibilidade de uma página ou de um site devem estar presentes desde as fases iniciais do desenvolvimento do documento. A equipe de pesquisa da W3C-WAI (1999), aponta como método para validação de uma página os seguintes pontos de verificação: 1. Utilização de uma ferramenta de acessibilidade automática e ferramentas de validação de navegadores. 2. Validação da sintaxe (HTML, XML etc.). 3. Validação das folhas de estilo. 4. Utilização de um navegador somente texto ou emulador. 5. Utilização de vários navegadores gráficos com: som e gráficos ativos, sem gráficos, sem mouse, sem carregar frames, programas interpretáveis, folhas de estilo ou applets. 6. Utilização de vários navegadores, antigos e recentes. 7. Utilização de um navegador de emissão automática de fala, com leitores de tela, com software de ampliação, monitores monocromáticos etc. 8. Utilização de corretores ortográficos e gramaticais, com o intuito de aumentar o grau de compreensão. 9. Revisão do documento, verificando a clareza e a simplicidade. 10. Validação das páginas com usuários reais.
3.
METODOLOGIA A metodologia adotada no desenvolvimento do presente artigo consiste em uma ampla pesquisa bibliográfica sobre usabilidade e acessibilidade na web. Sobre pesquisa bibliográfica, Lakatos e Marconi (1999, p. 73) afirmam que: A pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências
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seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas (LAKATOS E MARCONI, 1999).
Ainda sobre pesquisa bibliográfica, Gil (1991) afirma ser um tipo de pesquisa desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora, na maioria dos estudos, seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, existem pesquisas desenvolvidas, exclusivamente, a partir de fontes bibliográficas (GIL, 1991).
4.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A acessibilidade surgiu ligada a questões físicas relativas à eliminação das barreiras arquitetônicas possibilitando a facilidades de acesso e posteriormente, é transferida para a informática na questão de acesso a rede mundial de computadores. Ganhando destaque internacional e transforma-se em metas para todos os países. Embora tenha havido algum esforço por parte do governo brasileiro em ponderar esta questão, toda a legislação criada desde 2004, apenas contempla as entidades públicas, ou seja, apenas os sítios web das entidades públicas é que estão abrangidas por essa regulamentação. Desta forma, cada empresa privada é que decide se o seu sítio web irá ou não possuir características que o tornem acessível ao uso por pessoas com necessidades especiais. De acordo com Granollers (2004), embora todos concebam como necessário atender aos critérios de acessibilidade definidos pela W3C, “ninguém coloca em prática”. Apesar de todas as vantagens em desenvolver ambientes virtuais acessíveis alguns desenvolvedores negligenciam essas as práticas e continuam criando sites na forma obsoleta de desenvolvimento. Finalmente, é necessário frisar que seguir os padrões web é colaborar com uma internet mais interativa garantindo acesso universal e irrestrito ao seu conteúdo, e assim contribuindo para a evolução desta.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS A ideia de desenvolver ambientes virtuais totalmente acessíveis tem por fim a eliminação das barreiras que dificultam e impossibilitam que os portadores de necessidades especiais em acessar essas informações. Nome da RevistaNome da Revista • Vol.V, Nº. N, Ano 2012 • p. 1-19
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Constata-se que muitos websites estão obsoletos e foram construídos sem nenhuma padronização, apresentam diversos erros causados pela falta de acessibilidade e de uma usabilidade bem definida. O artigo demonstrou que além de se fazer necessário a utilização de um padrão de desenvolvimento para criação de website acessível e fundamental também que os desenvolvedores tenham mais sensibilidade à questão das pessoas portadoras de necessidades especiais, e apliquem tais recomendações na construção destes. Verifica-se que os objetivos almejados pelo artigo foram concluídos com sucesso e, além de proporcionar aos desenvolvedores uma base concreta sobre a acessibilidade foram demonstradas várias vantagens e algumas desvantagens na utilização dos padrões web, bem como o processo para a avaliação e validação da acessibilidade.
Este artigo, mais do que um requisito de avaliação, possibilitou aplicar o conhecimento adquirido ao longo do curso, além de assimilar os problemas e as angústias sofridas pelas pessoas que possua alguma limitação, seja ela temporária ou definitiva. A acessibilidade é um tema que está em evidência no mundo inteiro. Como trabalho futuro poderia ser o desenvolvimento de uma ferramenta, que permita ao profissional desenvolver websites baseados nos padrões de acessibilidade com mais qualidade.
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Alysson Alves dos Santos
Graduado em Sistemas de Informação pela Faculdade Multieducativa – 2009; Analista de Sistemas na União Brasileira de Educação e Ensino - Marista. Rodrigo Amorim Porto
Graduado em Sistemas de Informação pelo Instituto de Educação Superior da Paraíba (IESP) – 2006; Graduado em Administração pela Universidade de Brasília (UnB) – 2011; PósGraduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasíla (UnB) – 2008; Professor de Graduação e Pós-Graduação da Anhanguera Facnet; Analista da Diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil S.A. Lívia Carolina de Medeiros Porto
Graduada em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) – 2007; Pós-Graduada em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade Processus – 2009; Pós-Graduada em Português Jurídico pela Faculdade Processus – 2010. Coordenadora de Pós-Graduação e Extensão das Faculdades Anhanguera Facnet.
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