33 FILOSOFIA Y ANALISIS DEL LENGUAJE
T IT U L O S Y A U T O R E S: ). 2.
3 4 5 6 7. 8 9. 10.
11. 12. 13. 14. 15.
16 17. 18 19 20 21. 22 23. 24 25. 26 27.
¿QUÉ. l i s F IL O S O F ÍA ? E L H O M B R E Y SU M UND O M a n u e l M ac cira s I A S A B ID U R IA O R IE N T A L : T A O ÍS M O , B U D IS M O . C O N F U C IA N 1S M O V íc to r G a rc ía M IT O L O G ÍA Y F IL O S O F IA : LOS P R E S O C R A T IC O S A ngel J . C a p p e llc tli D E L O S S O F IS T A S A P LA TÓ N : P O L ÍT IC A Y P E N S A M IE N T O T o m á s C alvo A R IS T Ó T E L E S : S A B ID U R ÍA Y F E L IC ID A D lo s é M o n to v a v J e s ú s C onill LA F IL O S O F ÍA H E L E N ÍS T IC A : É T IC A S Y S IS T E M A S C a rlo s G a rc ía C u a l LA C U L T U R A C R IS T IA N A Y SAN A G U S T ÍN J . A. G a rc ia - J u n c e d a E L P E N S A M IE N T O H ISP A N O Á R A B E : AVERROES R. R a m ó n G u e rre ro T O M Á S D E A Q U IN O : M A E S T R O D E L ORDEN J e s ú s G a rc ía López D E O C K H A M A N E W T O N : LA F O R M A C IÓ N D E LA C IE N C IA M ODERNA C a rlo s M ín g u ez E L R E N A C IM IE N T O : H U M A N IS M O Y S O C IE D A D E . G a r c ía E s té b a n e z E L R A C IO N A L IS M O Y LO S PR O B LEM A S DEL M ÉTODO J a v ie r d e L o re n zo E M P IR IS M O E IL U S T R A C IÓ N IN G L E S A : D E H O B B E S A H U M E J . C . G a rc ía -B o rró n M oral LA IL U S T R A C IÓ N FR A N C E SA : E N T R E V O L T A IR E Y R O U SSEA U A rse n io G in zo K A N T : C O N O C IM IE N T O Y R A C IO N A L ID A D S . R á b a d e . A. L ópez y E . P esq u ero Vol. I: E l u so te ó ric o d e la R azó n VoL II: E l u so p rá c tic o d e la R azó n H E C E L . F IL Ó S O F O R O M A N T IC O C a rlo s D íaz D EL S O C IA L IS M O U T O PIC O AL A N A R Q U IS M O F élix G a rc ía M orivón M A R X Y E N G E L S : EL M A R X IS M O G E N U IN O R a fa e l J e r e z M ir C O M T E : P O S IT IV IS M O Y R E V O L U C IÓ N D a lm a c io N e g ro P avón EL E V O L U C IO N IS M O : D E DARW 1N A LA S O C IO B IO L O G ÍA R afael G ra s a H e rn á n d e z S C H O P E N H A U E R Y K IE R K E G A A R D : S E N T IM IE N T O Y P A SIÓ N M an u e l M a c c ira s F afián E L P E N S A M IE N T O D E N IE T Z S C H E L uis J im é n e z M ore n o F R E U D Y JU N G : E X P L O R A D O R E S D E L IN C O N S C IE N T E A n to n io V á z q u e z F e rn á n d e z E L K R A U S IS M O Y I A IN S T IT U C IO N L IB R E D E E N S E Ñ A N Z A A. J im é n e z G a rc ía IIN A M U N O . F IL O S O F O DE E N C R U C IJA D A M an u e l P a rid la N ovoa O R T E G A Y LA C U LTU R A ESPA Ñ O LA P. J C h a m iz o D o m ín g u ez II U S S E R I. Y LA C R IS IS DE LA
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43. 44. 45. 46 47 48 49 50. 51 52 • 53 54 55 56
MARCA S E . E R O M M , R E IC II: EL F R E U D O M A R X IS M O J«>sé T a b e r n e r G u a s p v C a ta lin a R o ja s M o re n o UN H U M A N IS M O D E L S IG L O X X : EL P E R S O N A L IS M O A D o m in g o M o ra ta lla LA P S IC O L O G IA H O Y : ¿O R G A N IS M O S O M Á Q U IN A S ? P ila r L ae asa v C o n cep c ió n P ere z L ó p ez É L E S T R U C T U R A L IS M O D E LEV I S T R A U S S A D E R R ID A A n to n io B o líx a r B o d a F IL O S O F IA Y A N Á L IS IS D E L L E N G U A JE J J A cero F e rn á n d e z C R ÍT IC A Y U T O P ÍA : LA E S C U E L A D E FRA NCFORT A dela C o rtin a LA C IE N C IA C O N T E M P O R Á N E A Y S U S IM P L IC A C IO N E S F IL O S Ó F IC A S A. P ere z d e L a b o rd a LA U L T IM A F IL O S O F IA E S P A Ñ O L A : UNA C R IS IS C R IT IC A M E N T E EXPUESTA C arlo s D íaz G R A C IÁ N J o rg e A vala PASC AL: C IE N C IA Y C R E E N C IA A licia V illa r E z c u rra E S P IN O S A : R A ZÓ N Y F E L IC ID A D S e rg io R á b a d e R o m e o I.A Q U IE B R A D E LA R A Z Ó N IL U STR A D A : ID E A L IS M O Y R O M A N T IC IS M O Jo sé L uis V illa c a ñ a s D ÍL T H E Y : V ID A -E X P R E S IO N A ngel G a b ílo n d o P ujol E L "P R A G M A T IS M O A M E R IC A N O : A C C IÓ N R A C IO N A L Y R E C O N S T R U C C IÓ N D E L S E N T ID O J o rc e P ére z d e T u d e la BERG SO N P ed ro C h acó n F u e rte s J . P . S A R T R E Y LA D IA L E C T IC A D E LA C O S IF IC A C IÓ N A dolfo A ria s M u ñ o z EL P E N S A M IE N T O D E JA C Q U E S MAR1TA1N J u a n R am ó n C a lo v D a n ie l B a rc a la W 1 T T C E N S T E IN J . L P ra d e s C e lm a v V. S a n leí i \ V id a n e H E 1D E G G E R Y LA C R I S I S D E LA EPOCA M O D E R N A R a m ó n R o d ríg u e z G a rc ía D E L E U Z E : V IO L E N T A R E L P E N S A M IE N T O J o s é L uis P a rd o Z U B IR I: EL R E A L IS M O R A D IC A L A n to n io F e n a z F av o s E . LEVTN AS: H U M A N IS M O Y ET IC A G r a c ia n o G o n z ález LA H E R M E N E U T IC A CONTEM PORANEA M M a c c ira s F a lia n v J T re b o llc B a ñ e r a N I H IL IS M O Y E S T E T IC A (F IL O S O F IA DE F IN DE M IL E N IO ) C arlo s D íaz B.AYLE O LA IL U S T R A C IO N A N T IC IPA D A J u liá n A n o v o P o m e d a I IC H T E : A C C IO N Y L IB E R T A D V irg in ia L ópez D o m ín g u e z FO U C A U LT J o rg e A K a ie z V aguez F R A N C IS C O D E V IT O R IA M arcelin o O c a ñ a G a rc ía
RAZÓN
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Is id ro G ó m ez R o m e ro LOS E X IS 1 E N C IA I.IS M O S : C L A V E S PARA SU C O M P R E N S IO N P ed ro F o n tá n Ju b v v o
C O O R D IN A D O R E S : M a n u e l M a c c ira s I a lia n . M a n u e l P a d i l l a \ o u i a . C a r l o s D ía z
SERIE HISTORIA DE LA FILOSOFIA
33 FILOSOFIA Y ANALISIS DEL LENGUAJE JUAN JOSE ACERO FERNANDEZ Profesor titular de Lógica de la Universidad de Granada
PROLOGO DE JESUS MOSTERIN Catedrático de Lógica de la Universidad de Barcelona
© 1994, EDICIONES PEDAGÓGICAS Moléndez Valdés, 6. 28015 Madrid Tell'./Fax: 448 06 16 ISBN: 84-411 -0007-1 Depósito legal: M. 15.561 2004 Impresión: taOA, s. a . Parque Industrial «l.as Monjas», Torrcjón de Ardo/ - 28850 Madrid Printed in Spain
Agradecimientos y dedicatoria
Por el interés con que han seguido la labor de escribir este libro y por la ayuda prestada en ello, quiero dar las gracias a las siguientes personas: a mi esposa, que ha leído repetidas veces la totali dad del manuscrito y que me ha evitado errores de contenido y de expresión; a Gilberto Gutiérrez y Ernesto Guasch, que me han proporcionado li bros y artículos que por mi cuenta no hubiera podido conseguir; a Tomás Calvo, gracias al cual me surgió la posibilidad de escribir esta obra, y a los alumnos colaboradores del Departamento de la Filosofía, de la Universidad de Granada, durante el curso 1984-85, a quienes he molestado más de lo debido con la reproducción de material impreso para su posterior estudio. Finalmente, dedico estas páginas a mis padres y hermanos, quienes apoyaron desde muy pronto mi interés por los estudios filosóficos. Juan José Acero
5
Indice
Prólogo de Jesús M osterín ........................................
11
1. ¿Qué ha sido de la filosofía analítica? ..............
17
1.1. Filosofía lingüística/F ilosofía del len guaje 1.2. Lenguaje y f ilo s o f ía ............................... 20
17
PRIMERA PARTE: EL DESARROLLO DEL ANALISIS FILOSOFICO 2. El microscopio de Frege ......................................
31
2.1. El ojo y el m ic ro sc o p io ........................ 31 2.2. Nuevos vinos p ara los viejos odres de la lógica ................................................................... 42 2.3. La liberación de la m ente del poder de la p alab ra .......................................................... 49 2.4. Im posible salirse del propio lenguaje ... 52 7
3. El instinto de rea lid a d ...........................................
56
3.1. La revuelta co n tra Frege ........................... 56 3.2. Afinando n u estro instinto de realidad ... 68 3.3. La lógica subyace a la p a la b r a .............. 72 4. Una odisea en el espacio ló g ic o .................... 4.1. 4.2. 4.3. 4.4. 4.5.
83
Las variaciones del s ig n ific a r............... 83 La teoría figurativa del sentido ............... 89 El m undo en el espacio ló g ic o .............. 92 Lo que no puede decirse ............................ 100 La filosofía como análisis del lenguaje ... 103
5. El sesgo empirista del análisis semántico ... 5.1. ¿Qué son los objetos del T ractatus? ... 5.2. El principio de verificabilidad ................ 6. Libros en la h o g u era ...............................................
110 113 118 127
6.1. Lógica y m atem ática: la puesta a punto del lenguaje ..................................................... 133 6.2. Significado e m o tiv o ................................. 140 6.3. Dos m odos de h a b l a r .............................. 144 6.4. El fantasm a en la m áquina ...................... 152
SEGUNDA PARTE: LA CRISIS DEL ANALISIS FILOSOFICO 7. El filósofo en ca n ta d o ............................................
163
7.1. El ansia de g e n e ra lid a d ............................... 7.2. Juegos de le n g u a je .......................................... 7.3. La idea de un lenguaje privado ...............
163 167 171
8. En torno a esmeraldas camaleónicas y al bar co de Neurath (los límites del empirismo) ...
177
8.1. La nueva p aradoja de la inducción ......... 8.2. Dos dogm as del em pirism o ...................... 8.3. No hay exilio cósm ico .................................
178 182 188
8
9.
Haciendo cosas con palabras ...........................
191
9.1. C onstatativos y realizativos ...................... 9.2. La fo rtu n a tam bién sonríe a las expre siones .................................................................. 9.3. Los verbos realizativos ................................ 9.4. D im e n sio n e s......................................................
191 194 199 203
Apéndice ...........................................................................
207
Glosario .............................................................................
225
Bibliografía ......................................................................
229
9
Prólogo
Con la expresión filósofo analítico uno asocia vaga mente la imagen de alguien bien educado y con sentido del humor, que disecciona con paciencia y precisión algún uso lingüístico, aparentemente trivial, y saca de su análisis conclusiones razonables, a las que uno asien te sin especial entusiasmo. Si uno ha asistido a diver sos seminarios o simposios españoles de filosofía, es probable que su arquetipo de filósofo analítico acabe tomando perfil concreto e identificándose con la figura de Juan José Acero. Por eso cuando Acero mismo nos dice que ya no quedan filósofos analíticos, uno se queda un tanto perplejo. Bajo el nombre de filósofos corren por esos mundos de Dios personajes de toda laya y pelaje: propagandis tas abnegados de ideologías políticas o religiosas, es peculadores farragosos y patéticos, parloteadores super ficiales e ingeniosos, eruditos repetidores de doctrinas tradicionales, etc. También los hay que se preocupan por la claridad de sus pensamientos, el rigor de sus méto dos, la precisión de sus conceptos y la inteligibilidad de sus afirmaciones. Esa preocupación los lleva a analizar Continuamente las nociones que utilizan, las palabras 11
que emplean, los argumentos en que se basan. Y en ese sentido son analíticos. En un sentido muy amplio, la filosofía analítica es la filosofía que no se deja llevar por el ímpetu especulativo o el fervor ideológico, sino que constantemente hace pausas para analizar, clarifi car y precisar sus propias ideas. En este sentido, Aris tóteles era un filósofo analítico y muchos pensadores actuales lo son, y no sólo en los países anglosajones. En Finlandia, por ejemplo, todos los filósofos conocidos —Stenius, Von Wright, Hintikka, Tuomela, NiinMuoto, etcétera— son analíticos. Quizá por ello eligió Juan José Acero ir a ampliar sus estudios de filosofía a aquel frío y hermoso país. Además de este sentido lato del adjetivo analítico, aplicado a la filosofía, hay otro sentido más estricto y temporalmente localizado, que es el que Acero trae aquí a colación. Los filósofos analíticos (en este sentido más estricto y estrecho) pensaban que todos los proble mas filosóficos son problemas lingüísticos, es decir, pro blemas debidos a nuestra ignorancia de las compleji dades del lenguaje que hablamos o a los defectos de dicho lenguaje. La solución de los problemas filosófi cos se encontraría entonces en una mejor autoconciencia lingüística o en la traducción de los mismos a un lenguaje artificial perfecto. Un huraño profesor de la Universidad de Jena, Gottlob Frege, fundó a finales del siglo X IX la lógica ac tual, la filosofía de la matemática, la filosofía del len guaje y el análisis filosófico. Pero nadie se enteró hasta bien entrado nuestro propio siglo. Bertrand Russell, Ludwig Wittgenstein y Rudolf Carnap fueron de algún modo sus discípulos, y desarrollaron la filosofía analítica de forma espectacular. A este brillante desarrollo dedica Juan José Acero la primera parte del presente libro. La segunda parte del mismo trata de la crisis del análisis filosófico, situada aquí en los primeros años cincuenta. En efecto, en 1951 publicó Quine su famoso artículo «l'wo Dogmas of Empiricism», reimpreso en From a Logical Point of View en 1953, el mismo año en que aparecieron (postumamente) las Philosophiscbe Untersuchungen de Wittgenstein; en 1954 vio la luz Fact, Fiction and Forccast, de Nelson Goodman, y en 1955 im 12
partió Austin, en Harvard, su ciclo de conferencias How to do things w ith w ords. Según esto, la filosofía analítica en sentido estricto estaría temporalmente lo calizada en la primera mitad del siglo XX. Cuantos más años pasan, más claro resulta para, los historiadores qué la filosofía analítica ha sido la mejor filosofía que se ha hecho en la primera mitad de este siglo, y que Sus creadores se cuentan entre los más grandes filósofos de todos los tiempos. El rigor dia mantino de Frege, el lúcido desparpajo de Russell, la incandescente intensidad de Wittgenstein, la vigorosa audacia del Círculo de Vierta, su común pasión por la exactitud p su implacable honestidad intelectual mar caron una época dorada de la historia de la filosofía. Pero conforme ha crecido su estatura como clásicos indiscutibles del pensamiento, han resultado también más evidentes las limitaciones e ingenuidades que fre cuentemente acompañaban a sus concepciones más cen trales. La tradición intelectual analítica ha perdido a veces su vigor v su tono, volviendo la espalda a los proble mas reales de su tiempo y degradándose en escolástica reiteración de las mismas cuestiones, rumiadas hasta la saciedad. ¿Para quién es todavía un problema la cal vicie del actual rey de Francia? Y ¿quién defiende toda vía la existencia de un lenguaje privado, para merecer tan repetidas refutaciones? Había que abrir las venta nas. Y las ventanas se han abierto, aunque con ello —como señala Acero con razón— la filosofía analítica en sentido estricto haya desaparecido. La filosofía analítica ha muerto. ¡Viva la. filosofía ana lítica! En su testamento nos ha dejado un legado im presionante de nuevas disciplinas y adquisiciones irrenunciables. Las dos ramas más vivas de la filosofía actual —la filosofía de la ciencia y la filosofía del len guaje— proceden de la filosofía analítica, aunque luego hayan casi borrado las marcas de su origen. La filosofía analítica estuvo íntimamente relacionada con la ciencia de su tiempo, que a su vez atravesaba una etapa gloriosa. El positivista Ernst Mach influyó deci sivamente en Einstein, que a su vez sirvió de inspiración a los empiristas lógicos, que por su parte influyeron en 13
los creadores de la mecánica cuántica. Esta estrecha atención a la ciencia viva se ha mantenido y ha acabado reventando el estrecho cascarón de la filosofía analítica original. No hay un lenguaje unificado de la ciencia. No hay un único método de la ciencia. No hay una úni ca descripción verdadera del mundo. En realidad no sabemos muy bien lo que la ciencia es, y cada día des cubrimos nuevas complejidades en su entramado. Pero lo que está claro es que la ciencia no es un conjunto de enunciados verificables acerca de nuestras impresiones sensibles. Con razón señala Acero que la filosofía del lenguaje es algo distinto de la filosofía analítica, aunque la pri mera proceda de la segunda. La más interesante y pro metedora filosofía actual del lenguaje (en mi opinión) es la que están haciendo Barwise y Perry en la Universi dad de Stanford. Y ella representa el más completo vuelco imaginable de la filosofía analítica. No es ya sólo que no todos los problemas filosóficos se reduzcan a problemas lingüísticos. Es que ni siquiera los proble mas de filosofía del lenguaje se reducen a problemas lingüísticos. La semántica del lenguaje aparece ahora como un caso particular del tema no lingüístico de las relaciones, de información objetiva entre situaciones del mundo físico y de la explotación de dichas relaciones por los animales en el proceso ecológico de adaptación a su medio. Además de la filosofía de la ciencia y de la filosofía del lenguaje, hemos heredado de la filosofía analítica una exigencia irrenunciable de rigor, de clariaad y, en definitiva, de honestidad intelectual. Las oscuridades farragosas de la tradición que se inicia con el idealismo alemán y que confunde profundidad con ininteligibili dad cada vez son menos de recibo, incluso en la misma Alemania. Las charlatanerías ingeniosas y gratuitas de las sucesivas modas parisienses no encuentran eco más que en cierto provincialismo español e italiano. Los dog matismos doctrinarios al servicio de la política o de la religión están en coma irreversible. La verdad es que casi todos los filósofos actuales que tienen algo intere sante que decir han hecho suyos los ideales analíticos 14
de claridad conceptual, de rigor argumentativo y de proximidad a la ciencia. Casi nadie acepta hoy en día las tesis sustantivas de la filosofía analítica clásica. Pero casi todos hemos aprendido y heredado algo de ella, aunque no sea más que un cierto talante, unos ciertos estándares, unas cier tas maneras, una cierta transparencia en el pensar y en el hablar. En medio de la confusión, la crispación y la ignorancia que todavía colean en nuestro medio intelec tual, a los herederos de la tradición analítica se los nota por su tono sosegado, por su atención al detalle, por la claridad de sus palabras y su apertura a las crí ticas. Y a pocos se les nota tanto esa buena escuela como a Juan José Acero. De los pensadores analíticos clásicos nos interesa más lo que hacían que lo que decían; la frescura intelectual, la libertad, la audacia y el rigor con que planteaban los problemas que las soluciones concretas que aportaban; su ejemplo que sus tesis. Ojalá este librito anime al lec tor a acercarse a sus textos originales, y ojalá le anime también a no quedarse en ellos. El re-pensar es sólo una preparación para el pensar, algo que nadie puede hacer por nosotros. Jesús M osterín
15
¿Qué ha sido de la filosofía analítica?
En esta o b ra me propuse exponer, explicar y relacio n a r en tre sí algunas de las ideas m ás significativas de esa tendencia de la filosofía contem poránea a la que se da el nom bre de Filosofía Analítica. Aunque, com parati vam ente hablando, la p arte del león de las páginas que se siguen se la lleva el ob jetivo citado, so sten d ré tam bién que la Filosofía Analítica es ya un m ovim iento filosófico finalizado y, p or tanto, agua pasada. Las razones por las que pueda hoy instalarse a un filósofo en esa línea filosófica son m uy d istin tas de las que nos llevan a ju zgar a Frege, Russell, W ittgenstein o Austin com o re p resen tan tes del Análisis.
1.1. F ilosofía lin g ü ístic a /F ilo so fía del lenguaje No conozco a nadie que haya escrito a c erc a del tem a de la p resente obra que no se cure en salu d diciendo que la Filosofía Analítica es, propiam ente hablando, un 17
conglom erado de opiniones que pocas cosas tienen en com ún y que, a m enudo, en tra n en conflicto recíproco. Yo com parto esta opinión y nada he hecho p ara especifi c a r los (presuntos) rasgos definitorios de las diferentes escuelas analíticas de las que a veces se habla (véase, por ejem plo, J. Urm son : 1961). Pese a esto, en la m edida en que esté ju stificad o h ablar de la Filosofía Analítica —después de h ab er introducido todos los m atices que se desee-—, hem os de aceptar un com ún denom inador en la m arañ a de opciones distintas. Ese com ún deno m inador lo constituye, en mi opinión, una cierta filoso fía sobre la naturaleza y los m étodos de la filosofía que cabe en las siguientes palabras: Los problemas filo
sóficos son problemas lingüísticos; problemas cuya so lución exige enmendar, volver a esculpir nuestro len guaje o, cuando menos, hacernos una idea más cabal de sus mecanismos y de su uso. A ceptar esto es acep tar que la filosofía se convierte en (o se reduce a) análisis del lenguaje. C aracterizada de esta m anera, la Filosofía Analítica es, an tes que nada, la propuesta de un m étodo filosófi co. En vez de Filosofía Analítica podríam os h ablar igual m ente de Filosofía Lingüística o del Análisis como mé todo filosófico. En un sentido, el m étodo del Análisis hunde sus largas raíces en la tradición filosófica m ás añeja, pues los filó sofos han estado interesados desde siem pre por inves tigar d istin tas especies de sistem as de conceptos. Desde los tiem pos de S ócrates se ha supuesto que el análisis conceptual (o el análisis lingüístico) no sólo arro ja luz sobre el modo com o los seres hum anos han ido descri biendo la realidad, sino tam bién sobre el m undo m ism o y sus categorías, sobre las cosas que lo pueblan y sus propiedades. El Análisis clásico pregunta, entonces, cómo están organizados n uestros conceptos: de qué otros con ceptos están form ados y de qué m anera estos com ponen tes suyos se articu lan entre sí. Según este enfoque, y p or poner un ejem plo, analizar el concepto de soltero conduce a una afirm ación com o la siguiente:
x es un soltero si, y solamente si, x es lina persona Y x NO está casado, 18
la cual pone de m anifiesto que el concepto de soltero tiene dos constituyentes: los conceptos de persona y de estar casado, y que estos constituyentes se com binan en tre sí, h asta d ar lugar al prim ero, m ediante las opera ciones, o m odos de com binación, lógicos de conjunción y negación (sim bolizadas, respectivam ente, p o r las pala b ras Y y NO). (Para una visión en profundidad del aná lisis clásico, véase E. S osa: 1983). Lo que la Filosofía Analítica añade a la em presa clá sica del análisis del sistem a conceptual (o, lo que viene a ser lo m ismo, del lenguaje) es la d octrina u lterio r de que los problem as filosóficos pueden solventarse a tra vés de su disección, ya que derivan de una in te rp re ta ción errónea de nuestro lenguaje o de la utilización de un sistem a lingüístico inadecuado. D iferente de la Filosofía Lingüística es la Filosofía del lenguaje, ram a ésta del pensam iento filosófico de estas décadas que se encuentra en la actualidad e n tre las m ás prom isorias. En la filosofía del lenguaje se propo nen y debaten respuestas a preguntas com o las si guientes:
a) ¿Qué relación existe e n tre palabras y cosas en vir tud de la cual podem os em plear el lenguaje para h ab lar de la realidad (es decir, de objetos, propie dades, procesos, etc.)?
b) ¿Qué significa que una oración (una proposición *, un enunciado) sea algo verdadero p ara la posibili dad de rep resen ta r lingüísticam ente cóm o son las cosas?
c) ¿Qué requisitos debe re u n ir una expresión p ara que pueda decirse de ella que tiene significado?
d) ¿En qué consiste el significado de una expresión (de un nom bre, una oración)?
e) ¿Qué rep resen ta el uso * de una expresión en el sig nificado que tenga éstá? 4 Los asteriscos hacen referencia a términos cuya explicación hallará el lector en el Glosario que aparece al final del libro, página 225.
19
I) ¿Qué requisitos deben satisfacer nuestras p referen cias p ara que constituyan la ejecución de otros tan tos actos de habla (tales com o prom eter, afirm ar, o rdenar, p reguntar, etc.)? Lo que puede d ifum inar las fronteras entre la Filoso fía lingüística y la Filosofía del lenguaje es que tam bién en la p rim era se debaten cuestiones como (a) - (f). (Así, por ejem plo, Frege ju stificó con algunos éxitos su p ro p u esta de concebir la filosofía com o una lucha contra los defectos lógicos del lenguaje y m ostró, al mismo tiempo, cóm o podría em prenderse esa lucha por m edio de una teoría de la referencia —cuestión (a) de la lista a n terio r— suficientem ente elaborada.) El m étodo del Análisis filosófico y la disciplina de la Filosofía del len guaje están históricam ente unidos el uno a la otra. Pese a esto, deseo su b ray ar que, si a las investigaciones ten dentes a la resolución de problem as como (a) - (f) no les añadim os la cláusula u lterio r de que los problem as filo sóficos sean problem as lingüísticos, habrem os dejado a un lado el rasgo característico de la Filosofía Analítica.
1.2. Lenguaje y filo so fía Además de la aquí expuesta, hay o tras m aneras de en ten d er la Filosofía Analítica. M. K. M unitz afirm a, por ejem plo, que m ientras a la filosofía m oderna le caracte riza su interés p or los tem as epistem ológicos, es decir, lo propio de la Filosofía Analítica es su decantación por los relativos a qué es el conocim iento hum ano y a cuáles son sus lím ites, los problem as lógico-lingüísticos (M. K. Munitz: 1981, p. 4). De otro lado, M. D um m ett, que acep ta esta m anera de ver las cosas, sostiene que la Filosofía Analítica es, sim plem ente, la filosofía posterior a Frege y que se reduce a la Filosofía del lenguaje (M. D ummett : 1978, pp. 441 y 454). O puesta a estas opiniones, mi tesis es que la Filosofía Analítica no existe en estos días. No existe, porque no hay hoy en los círculos filosóficos la opinión generalizada de que el origen de las cuestiones filosóficas esté en la naturaleza de los lenguajes de que se valen los filósofos o en una com prensión superficial 20
de estos sistem as sim bólicos. Q uedan los tem as de la Filosofía del lenguaje, pero la d octrina del m étodo es en la actualidad una reliquia (aunque se tra te de una reliquia de tiem pos no dem asiado lejanos). Sin em bargo, sin esta doctrina del m étodo no hay una base suficien tem ente firm e p ara h ab lar de la significación de la Filosofía Analítica. Es una p arte de su contenido indis pensable, p or m ucho que no sea la única. Como dijo Austin, el lenguaje es a lo sum o el prim er paso (J. Aust in : 1961, p. 177). En una o b ra de la naturaleza de ésta no puede p re tenderse d ar una imagen suficientem ente general y fiel en los detalles de una tendencia filosófica que se ex tiende en el tiem po m ás de ochenta años llenos de in tensa actividad: desde la publicación de la Conceptogra fía (1879), de Frege, hasta la aparición de la obra p o stu m a de Austin Cómo hacer cosas con palabras (1962). He optado, entonces, por p re sen tar m om entos (argum entos, doctrinas, program as) que he juzgado especialm ente sig nificativos y por en h eb rar con ellos una tram a argum ental dotada de una cierta unidad. D escrita en sus líneas m aestras, el sentido de esta tram a es el siguiente. Frege fue el p rim er filósofo en proponer un m étodo p ara hacer frente a las tram pas que pone el lenguaje al pensam iento. A él puede uno a trib u ir la tesis de que (I) El cometido de la filosofía (o uno de sus princi
pales cometidos) es el de analizar el lenguaje para superar los obstáculos lógicos que éste tiende.
El m étodo fregeano exigía la elaboración de un p re ciso sistem a lingüístico, la conceptografía, dotado de unas categorías lógicas (y sem ánticas) cuya aplicación p erm itiría solventar distintos problem as filosóficos. La conceptografía estaba, sin em bargo, diseñada sobre un principio muy especial: a saber, que (IT) Toda expresión (de la conceptografía) es nombre
de alguna entidad. El principio (II) supuso un ataque frontal a las con vicciones m etafísicas de B ertrand Russcll. Su aplicación exigía, p o r ejem plo, que una expresión tan sorprendente 21
com o el Sol + 1 (que designa el resultado de sum ar la unidad al Sol) tuviese su co n trap artid a en la realidad, es decir, que hu b iera algo de lo que esta expresión fuera nom bre. La ocurrencia de Frege —puede que nos pa rezca— podría h aberse despachado sin m ás escrúpulos, pero la cosa no era tan sim ple, ni m ucho m enos. El prin cipio (II) form aba p arte integrante y necesaria de una teoría lógica con la que Frege había resuelto satisfacto riam ente dos problem as filosóficos, al m enos, muy im po rtan tes, de m odo que había que pensarse dos veces si se iba a tira r p o r la borda una h erram ien ta tan útil. Russell no fue tan ciego com o para desaprovechar el hallazgo fregeano. Sin em bargo, in trodujo en él algunos cam bios m uy im p ortantes. Uno de ellos es su teoría de los símbolos incompletos, la cual m o strab a la m anera de conseguir algo que, a prim era vista, parecía una m ani o b ra de p restid ig itad o r y que conduce a esto: a explicar la form a en que una expresión puede form ar p arte de una oración y co n trib u ir al significado de ésta, sin que eso suponga acep tar que sea nom bre de algo. En defi nitiva, Russell puso de m anifiesto que (III) Hay símbolos incompletos. E sta corrección del principio (I) no fue sino el p rim er paso de una serie que puso en m archa una revisión del fregeanism o. En el Tractalus Logico-Philosophicus, de W ittgenstein, y en las Conferencias sobre la filosofía del atomismo lógico, de Russell, se distinguió radical m ente en tre la función de los nom bres y la función de las oraciones; y en am bos lugares se argüyó en contra de Frege que p ara que una oración declarativa sea sig nificativa no tiene p o r qué ser nom bre de nada. Para la sem ántica filosófica, esta novedad tuvo un largo al cance. W ittgenstein y R ussell coincidieron en que (IV) El significado de un nombre consiste en el ob
jeto que nombra; el significado de una oración, en el hecho o situación que describa.
Una de las consecuencias que extrajo W ittgenstein de la segunda cláusula de (IV), en conjunción con alguna o tra prem isa, fue la de que las proposiciones o enuncia i
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dos de la filosofía carecen de sentido; que no hay ver dades filosóficas en el sentido en que hay verdades cien tíficas. E sto llevó a la p rim era form ulación ta ja n te de una de las d octrinas m ás características de la Filosofía Analítica: (V) La filosofía no es un saber sustantivo, sino una
actividad.
La actividad a la que (V) hace referencia fue entendi da de diversas m aneras por los distintos autores. Frege y Russell la concibieron com o la tare a de expresar aquellas oraciones que diesen lugar a problem as filo sóficos en un lenguaje especialm ente diseñado para solventar los atascos lógicos de n u estra lengua. En cuanto a W ittgenstein, su idea era muy otra. El análi sis lógico consistía p ara él en establecer los lím ites d en tro de los cuales tiene significado (sentido) una pro posición. Sin em bargo, aunque sería com petencia de la filosofía m o stra r dónde están esos lím ites, ni siquiera ella estaría legitim ada para decir nada sobre cualquier cosa, pues cualquier intento de proceder así supondría trasp a sar los lím ites del discurso significativo. A los m iem bros del Círculo de Viena —constituido com o tal a finales de la tercera década del siglo— , la tesis (V) les vino com o anillo al dedo en su proyecto de reform a de la filosofía tradicional, pero tam bién en este caso significaba actividad una cosa m uy específica. Ellos aceptaban, siguiendo a W ittgenstein, la naturaleza analítica, m ejo r que de sab er sustantivo, de la filosofía. A cam bio, estab an lejos de ad h erirse a o tras de las p re m isas que W ittgenstein había utilizado para llegar a esa tesis. Una de esas prem isas era el principio (VI) y, por co n cretar aún m ás, la idea de que el sentido de una proposición es el estado de cosas que representa. P ara los em piristas vieneses, y tam bién p ara quienes luego les siguieron, el significado de una proposición consistía m ás bien en aquello que co n taría com o evidencia de su verdad. Es decir (IV) se transform ó, p o r u tiliza r la for m ulación están d ar, en el principio (VI): (VI) El significado de una proposición es el método
de su verificación.
23
El principio de verificabilidad —es decir (VI)—, in tro dujo un pu n to de inflexión im portante en la Filosofía Analítica. Una de sus consecuencias m ás espectaculares fue el rechazo de la m etafísica (es decir, de la filosofía especulativa, pues no sólo la m etafísica se veía afectada, sino tam bién o tras disciplinas, com o la ética o la esté tica). Salvo a las proposiciones de la ciencia em pírica, que se suponían verificables y, por tanto, significativas, a ninguna o tra se le reconoció significado cognitivo (es decir, dotadas de esa especie de significado que im por ta p ara la verdad o la falsedad de una proposición). Una vez elim inada la m etafísica, los radicales empiristas de este siglo dieron su visto bueno tan sólo a otros dos tipos de proposiciones de entre las que cons tituyen el edificio del conocim iento hum ano: • Las proposiciones de la ciencia empírica, que versan acer ca de objetos, propiedades y relaciones de nuestro mundo. • Las proposiciones de la sintaxis lógica, que se ocupan de signos, con independencia de cuál sea su significado. En opinión de C arnap, que fue un m iem bro destaca do del Círculo de Viena, las proposiciones filosóficas que no se descarten p or su talante m etafísico — proposi ciones que hablan de la n aturaleza del espacio y el tiem po, de la diferencia entre el m undo físico y el m undo m ental, etc.— son en realidad proposiciones de la sin taxis lógica: su apariencia, sostuvo, es engañosa, pues trata n de signos, aunque parezcan hacerlo de objetos u o tras realidades. Después de una distinción así, (VI) se convirtió p ara el Círculo de Viena en (VII): (VII)
La filosofía es la sintaxis lógica del lenguaje de la ciencia.
Una tesis m ás de esta tendencia filosófica em pirista ' es de im portancia para n u estra historia. Una vez elim inada la filosofía especulativa, sólo queda la filosofía científica, la cual consiste en lo que (VII) indica. La eli m inación de aquélla descansa en el principio de verifi cabilidad, que dice qué es el significado cognitivo de 24
una proposición. Sin em bargo, el significado cognitivo, añadieron los m iem bros del Círculo, no es la única es pecie de significado que puede tener una proposición. (VIII) Hay dos clases de significado de una proposi ción: a) el significado cognitivo, su método de veri
ficación, y
b) el significado emotivo, en virtud del cual al usar una proposición expresamos nues
tras emociones e influimos en la conducta de los demás.
Las proposiciones de la m etafísica, se añadió, carecen de significado cognitivo, por ser inverificables, pero po seen significado emotivo. La m etafísica es expresión de una ac titu d em otiva ante la vida. Después de la enunciación de las tesis (IV), (V), (VI), (VII) y (V III), la Filosofía Analítica evoluciona lenta m ente hacia su crisis final. (Esto explica por qué el grueso de la presente o b ra tra ta de Frege, Russell, el Tractatus y el em pirism o centro-europeo.) La renuncia a estas tesis no se produce de inm ediato, sino que se gesta en la década de los trein ta y, sobre todo, en la de los cuarenta. El año notable es 1953. En este año se p u blican las Investigaciones filosóficas, la ú ltim a gran obra de W ittgenstein, la recopilación de ensayos de W. Quine Desde un punto de vista lógico y N. Goodm an im parte en las universidades de Londres y H arvard el ciclo de conferencias que se publicaría al año siguiente con el título de Hecho, ficción y previsión. C ronológicam ente hablando, el rem ate de la crisis tiene lugar en la década siguiente, cuando se publica la obra postum a de J. Austin Cómo hacer cosas con palabras (1962). El contenido de este libro recoge, sin em bargo, el texto de unas confe rencias que Austin había dado repetidam ente en la dé cada anterior. Por describ ir esta crisis a vista de p ájaro —a ella está dedicada la segunda p arte de este libro—, cabe decir lo siguiente. Con su vuelta a C am bridge en 1929, W ittgenstein inicia una etapa de análisis de los distin 25
tos m ecanism os lingüísticos, m ás radical que la adop tada en su Tractatus y resum ida en (IV). Ahora ya no da p o r supuesto que los nom bres refieren a objetos y que el lenguaje (las proposiciones) rep resen ta la reali dad (las d istin tas situaciones posibles), sino que se p re gunta cóm o es que son posibles tales relaciones. De aquí W ittgenstein se ve llevado a la tesis de que el significado de una expresión no reside en lo que representa, sino en su uso en el contexto de las distin tas actividades hum anas. E sta innovación de W ittgenstein —dejando a un lado su valor intrínseco— es de interés porque retom a con ello u na línea de pensam iento que, podría pensarse, ha bía quedado ignorada, o que había sido m alinterpretada, después de que se viese en (IV) el principio de verificabilidad, es decir (VI). W ittgenstein retom ó (IV) y lo puso en la picota. Análoga suerte corrió (VI), en este caso por la acción co n ju n ta de los argum entos críticos de Quine y Goodm an. El prim ero m ostró, con una contundencia y con una m eticulosidad pocas veces vistas en filosofía, que carece de justificación h ab lar del m étodo de verifi cación de un enunciado (y, p o r consiguiente, del signifi cado cognitivo de un enunciado considerado aisladam en te de los dem ás). Goodm an, p o r su parte, introdujo otro correctivo en la sem ántica filosófica em pirista. Después de su eclosión espectacular, los filósofos em piristas reconocieron que h ab lar de la verificación de un enunciado es h ab lar de una situación ideal que raram en te se da: en la ciencia em pírica, m ejo r que d em o strar concluyentem ente la verdad de u na proposición, lo que se hace es confirmar la, es decir, o b ten er elem entos de juicio que aum entan h asta un punto crítico la probabilidad de que la propo sición sea verdadera. Goodm an argüyó que no hay nin gún conjunto de reglas form ales —análogas a las reglas de dem ostración lógica o m atem ática— que perm itan establecer en qué grado confirm a una proposición (es decir, una hipótesis) un conjunto de datos o elem entos de juicio. La tesis (VI) caía sin apelación, incluso su sti tuyendo verificación p or la m ás débil exigencia de con firmación *. 26
La crisis de (V III) sobrevino con Cómo hacer cosas con palabras. El hilo conductor de esta obra es que no hay criterios satisfactorios que hagan razonable distin guir en tre lo que describe una proposición y lo que hacemos n o sotros al em plearla (para expresar nuestros estados de ánim o o para incidir en el com portam iento ajeno). El diagnóstico final de Austin es que la distin ción cognitivo/significado em otivo carece de fundam en to conceptuales sólidos. M ejor que referirnos al lenguaje diciendo que tiene una cara descriptiva y o tra dinám ica, lo que debe hacerse, según Austin, es poner de relieve que am bas son m u estras de las m últiples cosas que pue de hacerse con las palabras. Por finalizar el presente resum en, preguntem os: ¿Qué decir de las tesis (V) y (V il), que tienen que ver con la concepción analítica de la filosofía? T am bién fueron desechadas am bas. En cuanto a (VII), Quine ad u jo que, en un sentido, no existen diferencias sustantivas entre h ab lar de objetos (lo que hace la ciencia em pírica) y ha b lar de signos (lo que hace la filosofía): que decir que Babilonia fue una palabra m encionada en la conferen cia de ayer es lo m ism o que decir que en la conferencia de ayer se habló de (la ciudad de) Babilonia. Filosofía y ciencia son, entonces, p arte de la m ism a em presa de in terp retació n del m undo. En cuanto a W ittgenstein, hay que decir que en su segunda etap a filosófica se adhirió a una form a de la te sis (V). Según ella, la filosofía consistía en una terapia del encantam iento de la inteligencia hum ana por el len guaje, que se llevaría a cabo a través de un cuidadoso exam en del uso de las palabras y del m odo en que veni mos a en tenderlas y em plearlas. Aunque no pueda parecerlo a sim ple vista, esta concepción suponía un aleja m iento total de las cuestiones y del procedim iento clási co (o m ejor: los procedim ientos clásicos) de la Filosofía Analítica. La investigación del uso de las palab ias con llevaba el estudio de las prácticas, decisiones y form as culturales hum anas y tenía que desem bocar en una his toria y una antropología de los conceptos em pleados por los seres hum anos. Yo no sostengo que esa tarea no fuera filosófica. Seguía siendo una actividad, pero nada tenía en com ún con la concebida por Frege, Russell, 27
p o r el propio W ittgenstein en su Tractatus y por el C írcu lo de Viena. Como conclusión ¿qué sentido tendría, a la vista de todo esto, h ab lar de la Filosofía Analítica después de la década de los años cincuenta?
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PRIMERA PARTE
El desarrollo del análisis filosófico
El microscopio de Frege
2.1. El ojo y el m icroscop io En 1879, un joven m atem ático de la U niversidad de le n a (hoy en la Alemania O riental), llam ado G ottlob Fre ge (véase cuadro cronológico a continuación), publica una breve, pero decisiva, obra p ara el desarrollo de la lógica y de la m atem ática. Su título es largo, pero m e rece leerse: Conceptografía. Un lenguaje de fórmulas,
semejante al de la aritmética, para el pensamiento puro. Frege p resentaba en este libro una teoría de la inferen cia deductiva * apta para la argum entación en cualquier ram a de la investigación científica y, muy especialm en te, la m atem ática. Tam bién, y m ás significativo quizá p ara el tem a del presente libro, Frege pretendía reali zar un servicio a la filosofía. E ra su intención co n stru ir un in stru m en to que perm itiera al filósofo d etectar las tram p as que el uso del lenguaje inevitablem ente tiende al pensam iento. Pero vayamos por partes. Como m atem ático, la principal preocupación de la tra yectoria intelectual de Frege fue la de d o tar a la aritm é tica de unos sólidos fundam entos, tanto en el orden conceptual com o en el orden dem ostrativo. En su opi-
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C o n c e p to g r a fía .
1881 .—F regf. se defiende de las críticas en su
1880 .—Los matemáticos J. V enx , E. Schroder, y P. T annery, entre otros, publican reseñas desfavorables de la y 1879 1879.—F regu publica su C o n c e p to g r a fía .
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Cuadro cronológico comparado (Continuación)
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Russell escribe a Frege comunicándolé el hallazgo de una contradicción en el sistema lógico de Frege.
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Frece paga los gastos de edición de su propio bolsillo.
1902.—B.
de redactar el segundo volumen de sus L e y e s b á s ic a s d e la a r i t m é t i c a , y lo envía a la imprenta. El propio 1902.—Acaba
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nión, los conceptos sobre los que se erige el edificio de la aritm ética, y el de núm ero es el m ás obvio de ellos, necesitaban de definiciones exactas, desprovistas de adi tam entos innecesarios o equívocos. Las teorías m ism as debían ser explícitam ente form uladas para que su n atu raleza y su e stru c tu ra quedasen bien de m anifiesto. Asi m ism o, todos y cada uno de los recursos em pleados en la dem ostración de teorem as deberían investigarse, de modo que cada paso de ese proceso pudiera controlarse y sim plificarse al máximo. Al final, p reten d ía Frege, tanto los conceptos funda m entales de la aritm ética, com o los m ecanism os nece sarios para la dem ostración de sus verdades, descansa rían sobre principios pu ram en te lógicos. E ste program a de fundam entación de la aritm ética, al cual Frége dedicó la m ayor p arte de sus esfuerzos, se conoce com o progra
ma logicista. Frege se propuso d esa rro llar el program a logicista en tres etapas, a la p rim era de las cuales corresponde la Conceptografía. (En la segunda etapa, cuyo trab a jo se plasm a en Los fundamentos de la aritmética, de 1884, Frege definió la noción de núm ero n atu ra l a p a rtir de las nociones lógicas de concepto y propiedad. En la ter cera, a la que pertenecen las Leyes básicas de la aritmé tica, 1893-1903, in ten tó la reducción efectiva de las ver dades aritm éticas a verdades lógicas *.) En su prim era obra, Frege p resen ta un sim bolism o especial en dos dim ensiones concebido p ara poder expresar en él cual q uier contenido científico. A este sim bolism o, que Fre ge describe com o lenguaje de fórmulas, le dio el nom b re de conceptografía. Como ocurre con el lenguaje de la aritm ética, su conceptografía es un m edio en el que p o d er ex p resar los contenidos y el cálculo de la dem ostración de teorem as. Si Frege ideó ese in stru m en to de precisión que es su conceptografía, fue p ara poder re p resen ta r c investigar eso que, genéricam ente hablando, aparece en sus escri tos bajo la denom inación de el pensamiento puro. Para hacerse una idea de qué es esto, es necesario distinguir en todo aserto o enunciado dos com ponentes: 36
• el acto lingüístico de afirmación, o el acto mental de asen timiento, y • el contenido de tal acto. En su sim bolism o, cada uno de estos com ponentes viene representado por un trazo. El trazo del juicio o de la afirm ación es vertical; el trazo del contenido es horizontal y conecta el trazo vertical con la rep resen ta ción del contenido. Así, la afirm ación de que 7 + 5 = 12 se rep resen ta en la conceptografía así: a)
7 + 5 = 12.
El pensam iento p uro (o pensam iento sin m ás) form a p arte del contenido del acto de afirm ación, enunciación o aserción, y no siem pre puede identificarse con él. E sta identificación no es siem pre posible porque en la expre sión lingüística, adem ás de haber los m edios p ara la transm isión de pensam ientos, se encuentran elem entos con los cuales
se pretende actuar sobre los sentimientos, el estado de ánimo del oyente o estimular su imaginación. (G. Frege: 1918, p. 54) Si decim os, p o r ejem plo, que: b)
Alfredo no ha llegado todavía.
expresam os el pensam iento de que Alfredo no ha llega do y sugerim os, aunque sin decirlo, que se espera la llegada de Alfredo. E sta sugerencia no form a parte del pensam iento que expresam os al afirm a r (b). E stos efectos o rasgos psicológicos, tan com unes en el uso lingüístico, si bien son parte del contenido de la aserción, no pertenecen al ám bito de lo lógico. Consti tuyen el tono del acto verbal. Podem os decir, así pues, y p or exclusión, que el pensam iento es esa p arte del conte nido diferente del tono. Hay o tra form a m ás directa de indicar cual es el ám bito del pensam iento. Es el ám bito de lo verdadero y de lo falso. Sólo de los pensam ientos puede decirse que 37
son o verdaderos, o falsos. Es m ás, sólo de los pensa m ientos valen las leyes o principios lógicos, pues única m ente ellos en tran en el m undo de las relaciones lógicas. Es exclusiva de los pensam ientos el ser contradictorios los unos con los otros, o el ser unos consecuencias lógi cas de otros. Lo psicológico, p o r su parte, es el ám bito de lo que se juzga verdadero, de lo que se cree, de lo que se piensa, de lo que se tom a por verdadero. Lógica y psicología son, consiguientem ente, ciencias del todo independientes. Los cálculos que la conceptografía perm ite sim bolizar ad o p tan el ro paje de cadenas de expresiones cuyo rasgo m ás característico es su bidim ensionalidad (véase recua d ro 1). En cada una de estas cadenas o sucesiones, todo elem ento salvo el prim ero, o los dos prim eros, se obtie nen de uno o m ás de los que le preceden p o r la aplica ción de una regla de inferencia (véase recuadro 2). Así, si la expresión E} se obtiene de las expresiones £ j y E2 p o r la aplicación de la regla de inferencia R, el pensa m iento expresado p o r E} se deduce directam ente de los pensam ientos expresados p o r E¡ y E2. Una deducción o una inferencia deductiva se representa, entonces, como una sucesión de expresiones del sim bolism o (fórm ulas) cuyos elem entos o bien se obtienen de expresiones p re cedentes o bien son axiom as lógicos (véase recuadro 3) o axiom as de la teoría en cuestión. Una de las preg u n tas interesantes que pueden hacerse en to rn o a la conceptografía de Frege es la de p o r qué es necesaria. ¿Qué razón hay p ara no utilizar n u estra propia lengua, con el añadido de los conceptos y defi niciones necesarias p ara el estudio del tem a que nos ocupe, en vez de tal lenguaje de fórm ulas? ¿No es, ap ren d er tal sim bolism o, una nueva dificultad que sum ar a la que de p or sí suponga el objeto de investigación? Es tas preg u n tas se hallan im plícitam ente form uladas en la Introducción de la Conceptografía, pero abiertam en te respondidas. La contestación de Frege com para la relación que hay en tre una lengua n atu ra l y su concep tografía con la que existe en tre el ojo hum ano y el m i croscopio. La com paración es instructiva. El ojo hum ano, com ienza diciendo Frege, tiene un cam po de aplicación incom parablem ente m ayor que el 38
R ecuadro 1 Expresión de LA
Equivalente EN CASTELLANO
C O N C EPTO G RA FÍA
r r
C
Una versión ACTUAL DEL C O N T E N ID O
A
No es el caso que A
B
Si A, entonces B
A —» B
AyB
AA B
O bien A o bien B
AVB
Todo x tiene la propiedad P
A xPx
Algún x tiene la propiedad P
V x Px
1 A
A -A •B ■B •A Px
Las letras A, B (y otras mayúsculas de las prim eras le tras del alfabeto latino) son variables que representan cualesquiera fórmulas de la conceptografía.
del m icroscopio. M ientras que con el ojo pueden verse m uy diversas cosas en cuanto a tam año y color, el m i croscopio sirve a unos fines m uy específicos den tro de m árgenes estrechos. Así, en lo referente a su ad ap tab ili dad a situaciones muy diferentes, el m icroscopio es muy inferior al ojo. Sin em bargo, debe decirse a cam bio, en aquello para lo que el m icroscopio ha sido concebido, allí donde las exigencias científicas llevan la voz can tante, el ojo es un in strum ento insuficiente, incapaz de prop o rcio n ar las observaciones precisas que se re quieren. 39
Recuadro 2 LAS REGLAS DE INFERENCIA DE LA
CONCEPTOGRAF1A 1) La regla de separación, que autoriza a sustituir uni formemente, es decir, en todas sus apariciones, cada variable por una fórmula cualquiera. Así, por ejem plo, si sustituimos la variable A por la fórmula I-------- --------A --------C en la fórmula
A C C obtendremos la fórmula A C B A C C
c 40
R ecuadro 2 (Continuación)
2) La regla de separación (también conocida como re gla de modus ponens), según la cual de todo par de fórmulas del tipo de
I----- -i------ r ------- A y de puede inferirse una del tipo de
Si seguimos esta regla, aplicándola a las fórmulas
y A B
C obtendremos como consecuencia lógica inmediata suya la fórmula
En esta regla, las mayúsculas griegas, T y A, sirven de nombres de fórmulas cualesquiera. 41
Pues bien, algo análogo puede decirse de una lengua n a tu ra l y de la conceptografía. Para la expresión de nuestro s sentim ientos y de nuestras opiniones en la p ráctica totalid ad de n u estra vida cotidiana, la concep tografía sería algo m ás que un obstáculo engorroso. Sin em bargo, cuando im porta la form ulación y el control es tricto de inferencias válidas, la conceptografía es incom p arablem ente m ás sutil, exacta y adecuada que nuestro lenguaje. A estos efectos, hay buenas razones p a ra p re fe rir aquella prim era a este segundo.
2.2. N u evos vin os para los viejos odres de la lógica E n tre las innovaciones de su Conceptografía que Frege valoró m ás alto, una de las im portantes es el aban dono de las antiguas categorías lógicas de sujeto y pre dicado p o r las nuevas de argumento y función, o de objeto y función, com o las denom inaría m ás tarde. El im p o rtan te rendim iento de los conceptos de objeto y función se apreciará m ejor si se tiene en cuenta que
en la conceptografía fregeana a cada expresión signifi cativa le corresponde un elemento de la realidad; es decir, cada expresión significativa es nom bre de, desig n a o refiere a una cierta entidad del universo. (Incluso las oraciones declarativas son, p ara Frege, nom bres de algo. Ese algo son los valores de verdad: todas las o ra ciones declarativas o asertóricas verdaderas son nom bres de un o bjeto llam ado lo verdadero; las falsas son nom bres de lo falso.) De esto se sigue que todas las expre siones o son expresiones de objeto o son expresiones de función. E n un inventario del universo, p o r tanto, un filósofo á la Frege sólo m encionaría objetos y funciones. Son objetos los núm eros, las personas y o tras entidades físi cas com o las gotas de agua y los granos de arena; lo son tam bién las regiones geográficas y las ciudades y un largo etc. E n tre las funciones, las aritm éticas o las lógi cas (véase recuadro 1) son bien representativas de lo que Frege tenía en la cabeza. 42
P ara ver m ás de cerca todo este aluvión de nuevos conceptos, com encem os p o r considerar la siguiente ex presión: c)
x2 + y2 = 9.
Por sí sola (c), no expresa ningún pensam iento ni re fiere a ningún valor de verdad. Lo ju sto es decir que ad q u irirá uno si reem plazam os las variables x e y por num erales (nom bres de núm eros). Si en vez de x escri bim os 3 y en vez de y, 8, lo que resulte d)
32 + 82 = 9
expresará un pensam iento falso, que es lo que pasa con (d), ya que 90 es un núm ero distinto de 9. Sin em bargo, si una de las dos variables se sustituye por 3 y la o tra p o r 0 (o si, en expresión de Frege, se combina (c) con los nom bres de objeto 3 y 0), entonces obtendrem os una oración que expresa un pensam iento verdadero. Así, pues (c) no pero (d) sí es una expresión de objeto. Los num erales 2 y 9 son o tras expresiones de objeto que aparecen en (c), en la cual se distinguen diferentes ex presiones de función: x2, y2, x2 + y2, +. Todas ellas son expresiones no-saturadas, es decir, expresiones incom pletas en sí m ism as, que contienen uno o m ás lugares vacíos. El signo + debe ir flanqueado por dos num e rales p ara d ar lugar a una expresión de objeto. En x2 hay un lugar de objeto, pues esto es lo que la variable x representa. Por su parte, las expresiones de objeto son expresiones saturadas, teniendo sentido por sí solas. Una expresión no-saturada sólo puede satu ra rse (es decir, d ar lugar a una expresión de objeto) cuando todos sus lu gares vacíos sean rellenados p o r expresiones de una clase adecuada. E n tre las expresiones de función se encuentran las que son nom bres de conceptos. Si aplicam os las cate gorías de objeto y función a la lengua castellana y, en p articu lar, a la oración (e): e)
César conquistó las Galias 43
R ecuadro 3 AXIOMAS LOGICOS DE LA
CONCEPTOGRAFIA —-------
a
VERSION ACTUAL DEL CONTENIDO A—»(B—>A)
------ B --------- A [C ->( A-»B) ] »4> [ (C—>B) ->(C —>A) ]
---- B C [C—>(B—>A)]—>[B-^(C—>A)]
[1— I a c B A B C 1— B I— A ---- A ---- B 44
(B-^A)-»(nA ^ B )
R ecuadro 3 (C ontinuación) AXIOMAS LOGICOS DE LA
VERSION ACTUAL DEL CONTENIDO
CONCEPTOGRAFIA
nnA-H>A
A—»
/ 1= r2—>[tp(/2) ]
t[—Í2 t=t
t-t
E
-Mt)
X
X -(x)
T
-'H-*)
es posible concebirla como el resultado de h aber pues to el nom bre de objeto César en la expresión — con quistó las Galias, en la que hay un espacio en blanco o lugar vacío; (e) es una expresión satu rad a, pero — con quistó las Galias no lo es, bajo esta form a de ver las cosas. Lo que hace que (d) y (c) difieran de, p o r ejem plo, X2 es que las prim eras son nom bres de, o refieren a valores de verdad, que son objetos, m ientras que esta segunda es una expresión de función. Y lo que hace que esas oraciones difieran de 52 es que esta nueva ex presión es como ellas una expresión de objeto, si bien 45
Recuadro 4 LA RLLACION LENGUAJE-REALIDAD EN EL MARCO DE LA CONCEPTOGRAFIA Las expresiones de la CONCEPTOGRAFIA
Refieren a
Expresiones saturadas (o expresiones de objeto) ...
Objetos
Ejemplos: 5 ............................................
Ejemplos: el número 5
Julio César .........................
el personaje histórico Julio César
la capital de Francia ........
París
lodos los españoles son europeos ..............................
lo verdadero
Expresiones no-saturadas (o expresiones de función)..
Funciones
Ejemplos:
5 + x .......................................
Ejemplos: esa función que a cada nú mero x le asigna el nú mero que resulta de su m ar 5 con x
—— conquistó las Galias ...
el concepto de conquista dor de las Galias (o bien esa función que asigna a cada objeto bien lo ver dadero bien lo falso, si ese objeto ha conquista do las Galias o no lo ha hecho)
la capital de ....... ..............
esa función que asigna a cada objeto una ciudad del mundo
s i ------ , entonces —— .......
la función veritaliva condi cional
46
refiere a un núm ero natu ral y no a un valor de verdad. Pues bien (d) y (e) son el resultado de com binar una expresión de concepto con una expresión de objeto (en una de las m aneras de ver estos casos), (d) puede ser el resultado de poner 2 en vez de x en 31 + 8X = 9, y (c) puede ser el resultado de rellenar con César el vacío que hay en la expresión de concepto — conquistó las Galiás. En definitiva, una expresión de concepto es una expresión no-saturada a p a rtir de la cual se form an o ra ciones declarativas. Y pasando del plano lingüístico al plano óntico (es decir, al plano de las cosas), podem os decir que los conceptos son aquellas funciones que tie nen com o valores lo verdadero o lo falso. El recuadro 4 resum e lo dicho h asta el m om ento. Así, pues, los conceptos son una especie tan solo den tro del género de las funciones. Una idea de la am plitud de la concepción fregeana del análisis lógico del lengua je la sugiere el hecho de que, m ientras que p ara el en foque tradicional (el que arran c a de A ristóteles) todos los enunciados se consideran com puestos de un su jeto (una expresión de objeto) y un predicado (una expresión que refiere a un concepto), en la nueva perspectiva éste no sería sino un caso m ás en tre otros m uchos. E n tre las expresiones funcionales, las hay que tienen un destacado protagonism o lógico. Ese es el caso de ex presiones como no, y, si, entonces, o, etc. (véase recua dro 1). A estas y a o tras expresiones se las denom ina constantes lógicas. Las constantes lógicas se ca rac te ri zan p o r la circunstancia de que, cuando una inferencia deductiva es lógicam ente válida —y su conclusión se sigue de sus prem isas—, su validez descansa en el sig nificado de las constantes lógicas que en ellas se den. (Asi, es en v irtud del significado de no que del enuncia do A se sigue lógicam ente el enunciado no-no-A, es decir, la doble negación de A.) Pues bien, las constantes lógicas m encionadas —pues esto no se aplica a todas— son nom bres de funciones. De funciones de verdad, p ara ser m ás exactos. Sigam os hablando de no. E sta pequeña palabra in ter viene en m uchas oraciones dando lugar a un efecto típi co. Si la oración declarativa A expresa un pensam iento verdadero, el pensam iento expresado p o r no-A, la nega
47
ción de A, es falso. Más aún, los pensam ientos expresa dos p or estas oraciones son lógicam ente contradictorios en tre sí. La función nom brada p o r no tiene com o valor lo falso cuando se aplica a un objeto verdadero; y tiene com o valor lo verdadero cuando se aplica a un objeto falso. El caso del cu an tificador todo, o tra constante lógica, es un poco m ás com plicado y requiere de un breve p reli m inar. Volvamos a (e). Una m anera de analizar esta o ra ción vería en ella, com o se dijo, el resultado de in sertar el nom bre César en el lugar vacío que hay en la expre sión conceptual — conquistó las Galias. E sta oración dice de C ésar que conquistó las Galias o, como Frege le expresába, que el objeto César cae bajo el concepto de co n q u istad o r de las Galias. Análogamente, afirm a r que S ócrates es un hom bre es afirm a r (en el presente intem poral) que S ócrates cae bajo el concepto hom bre. Caer bajo es, p o r consiguiente, una relación entre obje tos y conceptos. O tra m anera de expresar lo m ism o es decir lo siguiente: el objeto % cae bajo el concepto P equivale a decir que P es una propiedad de x. No es ésta la única relación lógica que se da en tre lo que hay. O tra relación im p o rtan te es esa relación entre conceptos en v irtu d de la cual uno de ellos cae en el otro. Decimos que el concepto P cae en el concepto Q cuando todo o bjeto que tenga la propiedad P tiene tam bién la propiedad Q. Un ejem plo bien sim ple de esta re lación lo proporciona la oración (f): f)
Todos los españoles son europeos.
El pensam iento que (f) expresa puede reform ularse diciendo que todo lo que tiene la propiedad de ser es pañol tiene la p ro piedad de se r europeo. 0 que todo o b jeto que cae b ajo el concepto de español cae tam bién bajo el concepto de europeo. Así, pues, el cuantificador todo (al igual que lo hacen cada, cualquier, todos los) sirve de signo de que un concepto cae en otro. Hay que tener bien p resen te que las relaciones caer bajo y caer en son relaciones diferentes. La p rim era in volucra ob jeto s y conceptos. La segunda, sólo conceptos. P or tanto, cuando el concepto P cae en el concepto 0, no 48
puede decirse que Q sea una propiedad de P. Se dice, entonces, que Q es una característica de P. C onfundir propiedades con características, y a la inversa, es un e rro r lógico im p o rtan te que com eten quienes no apre cian suficientes diferencias en tre (e) y (f). En opinión de Frege, este e rro r es achacable a los lógicos tradicio nales.
2.3. La liberación de la m ente del poder de la palabra Tal y com o se dijo al principio del capítulo, no todos los objetivos de la Conceptografía son de orden lógico. Frege preten d e tam bién que con su lenguaje de fórmu las podem os obviar algunos problem as, característica m ente filosóficos, que surgen de un uso del lenguaje poco sensible p ara con sus sutilezas lógicas. En palabras de Frege:
Si es una tarea de la filosofía quebrar el dominio de la palabra sobre la mente humana al descubrir los engaños que sobre las relaciones de los conceptos surgen casi inevitablemente en el uso del lenguaje, al liberar al pensamiento de aquéllos con que plaga la naturaleza de los medios lingüísticos de expresión, entonces mi conceptografía, más desarrollada para estos propósitos, podría ser un instrumento útil a los filósofos. (G. Frece: 1879, p. 10) Es esta u tilidad de la conceptografía, de la que habla Frege, la que autoriza a considerarle el m ento r de los auto res que m ás tarde darán lugar a la llam ada Filoso fía Analítica. E fectivam ente, Frege consideró que una gran p a rte de la labor filosófica venía a ser una lucha co n tra el lenguaje (G. F rege: 1979, p. 270. Véase tam bién M. R esnik : 1981), siendo el p rim er filósofo contem poráneo que se ocupó de diversos problem as filosóficos (o tradicionalm ente considerados así) m ediante el an á lisis lógico del lenguaje que sus nuevas categorías perm i tían. Los conceptos do objeto, función, concepto, propie 49
d ad o característica desem peñaron en esta em presa una función singular. Veamos ah o ra brevem ente dos de sus éxitos en esa tarea. Un ap artad o cen tral del pensam iento de Frege es su crítica de la lógica tradicional. El principal reproche que le hace Frege a ésta es el de que confunde lo lógico con lo psicológico. Más en concreto, que em plea con ceptos, com o los de sujeto y predicado, que son con ceptos psicológicos, disfrazados de o tra cosa; pertenecen a la esfera del modo en que los hablantes de una lengua entienden las oraciones y proferencias que leen o que oyen, y no conceptos relevantes p ara la verdad o la fal sedad de unas y otras. Así, el llam ado sujeto de una oración indica de qué habla ésta, es decir, cuál es su tem a. El predicado, p o r su p arte, expresa lo que se dice o cu en ta del tem a. E n ten d er una oración supone, en tonces, iden tificar el tem a y lo que se predica de él. La teo ría tradicional es, por tanto, una teoría acerca de qué identificam os en las oraciones y proferencias cuando las entendem os cabalm ente. E sta m ezcla de lo lógico con lo psicológico tiene, en ciertos casos, efectos fatales. Según la perspectiva lógica prefregeana, a la vista de (e)\}?afc>ría que decir que su tem a es César y que se dice de él que conquistó las Galias; y a la vista de (f) h ab ría que decir que su tem a son los españoles y que de ellos se dice que son euro peos. H asta el m om ento, p o r tanto, el m odo de analizar am bas oraciones es el m ismo. Sin em bargo, ese análisis no distingue en tre propiedad y característica. Lo prim e ro, en la perspectiva de Frege, es lo que se tiene en (e). De lo segundo es de lo que se tra ta en (f). Esa confusión conduce a un problem a insoluble. E n efecto, neguem os ahora am bas oraciones. Puesto que —ésta es la hipótesis que Frege com bate— am bas atribuyen una propiedad a algo (o se dice algo de un tem a), su negación debería expresar la ausencia de pose sión de tal propiedad por p arte de ese algo (o bien que se diga lo co n trario del m ism o tem a). Es decir, la nega ción de (e) ten d ría que ser (e’), y la negación de (f) ten d ría que ser (f'): c ’) 50
C ésar no conquistó las Galias.
f ’)
Los españoles no son europeos (= ningún espa ñol es europeo).
Sin em bargo, aunque (e’) es la negación de (e), (f’)
no es la negación de (f). Una oración y su negación deben expresar pensam ientos contradictorios (es decir, que no pueden ser am bos verdaderos), pero (f) y (f') no se en cu en tran en ese caso. La negación buscada de (f) es (f”): f”)
No todos los españoles son europeos.
Como la p rem isa que nos h a llevado a esa errónea con clusión es que (f) consta de una expresión de objeto (en función de sujeto) y una expresión de concepto (en función gram atical de predicado), esa prem isa debe con siderarse fundam entalm ente errónea. Este caso de análisis lógico del lenguaje aparece en Sobre concepto y objeto, uno de los ensayos m ás nota bles de Frege, en que se ocupa de diferentes aspectos de la estru c tu ra del pensam iento (cf. G. Frege: 1892 b). Un segundo ejem plo tiene que ver con una cuestión filosófica diferente, pero no m enos clásica: la del arg u m ento ontológico de la existencia de Dios, del que Frege se ocupó en Los fundamentos de la aritmética (G. Fre ge: 1884, pp. 163 y ss.) al hilo de su análisis de la noción de núm ero. Como se reco rd ará, con el argum ento ontológico se tra ta de d em o strar la existencia de Dios p artiendo de p rem isas que establecen que Dios posee todas las pro piedades que supongan alguna perfección. S an Anselmo p arecía pen sar que la existencia es una de esas propie dades, de m odo que infería de u n a y o tra cosa que Dios existe. Desde antiguo, se h a o b jetad o al argum ento onto lógico que la existencia no es u n a propiedad y que, p o r tanto, en u na oración declarativa com o Dios existe, la expresión existe no puede considerarse un predicado. T rasp lan tad a al sistem a conceptual de Frege, la o bje ción al argum ento ontológico a la que acabo de re fe rir me se expresa diciendo que, en la oración Dios existe, existe no es una expresión de concepto; y que al decir que Dios existe no estam os afirm ando que el objeto Dios 51
cae bajo el concepto de existencia. Si no es así, ¿cuál es el estatu to lógico de una expresión com o existe? La tesis de Frege de que la existencia no es un predidicado —por expresarlo en la jerga clásica— deriva de la siguiente reflexión en torno a oraciones como La Tie rra tiene un satélite o com o Frege escribió en vida tres libros. ¿Qué hacem os al afirm ar la prim era oración? Predicamos algo de un concepto, pues afirm am os que bajo el concepto satélite de la Tierra cae un objeto (que es la Luna). ¿Y qué afirm am os al p ro ferir la segunda oración? Afirm am os que b ajo el concepto libro publi cado en vida por Frege caen tres objetos, de los cuales hem os hablado. Un análisis análogo vale de asertos como el de que existen núm eros prim os m ayores que 100. La oración g)
Existen núm eros prim os m ayores que 100
expresa el pensam iento de que bajo el concepto número primo mayor que 100 cae m ás de un objeto. Así, pues,
los juicios de existencia expresan propiedades de con ceptos, y no de individuos. Por ello, cuando decim os de algo que existe no se está atribuyendo propiedad nin guna de ese algo, sino que se está predicando algo de un concepto. Siendo esto así, el defecto del argum ento ontológico —o m ejor: uno de sus defectos— es que recu rre a una prem isa en la que se confunden propie dades de conceptos con propiedades de individuos, al m alin te rp re ta r los enunciados de existencia.
2.4.
Im p osib le salirse del propio lenguaje
Frege pergeñó, como hem os visto, un sim bolism o para el razonam iento m atem ático, y expresó en él la p rim era teoría deductiva de suficiente alcance. Sin em bargo, diferentes au to res han subrayado (especialm ente van H eijenoort : 1967) que Frege no le dio a este len guaje la com pañía de su correspondiente teoría sem án tica (al m argen de consideraciones fragm entarias y oca sionales). Una teoría sem ántica de un lenguaje es una 52
teoría de lo que puede decirse con tal lenguaje, que ad o p ta generalm ente la form a de un estudio de las rela ciones en tre las expresiones del lenguaje y aquello (nú m eros, sistem as físicos, agentes de m ercado de libre cambio) que éstas rep resen tan o de lo cual hablan. Es bien cierto que Frege habla repetidam ente de dos relaciones sem ánticas: la relación de referencia, que m antiene una expresión con lo que nom bra o designa, y la relación de expresión o sentido, que es la que, por ejem plo, guarda una oración declarativa con su co rres pondiente pensam iento. Igualm ente cierto es, no obstan te, que nunca o casi nunca hallam os en sus escritos leyes o principios sem ánticos sistem áticos. El principio que dice: Una oración declarativa que resulte de poner una
expresión de objeto en el lugar vacío de una expresión de concepto, expresa un pensamiento verdadero, si el objeto referido por la primera cae bajo el concepto referido por la segunda, tan básico como es, no se en cu en tra form ulado, sino a lo sum o sugerido. O tro ejem plo. Se suele a trib u ir a Frege el descubri m iento de los principios de funcionalidad. E stos princi pios establecen que el significado de una expresión com pleja (como, p o r ejem plo, una oración) depende tanto de los significados de sus com ponentes com o del m odo en que éstos se hallan sintácticam ente conectados en tre sí. E stos principios explican por qué las oraciones (g) y (h) tienen significados diferentes: h)
Los p erro s persiguen a los gatos.
i)
Los gatos persiguen a los perros.
La explicación es muy simple. Las oraciones (h) e (i), dicen cosas diferentes, a pesar de co n star exactam ente de las m ism as expresiones com ponentes. Eso se debe a que esos com ponentes se hallan conectados los unos con los otro s de diferentes m odos sintácticos, pues en (h) los perros desem peña la función de sujeto gram atical, m ien tras que en (i) esta función la ejerce una expresión diferente. Los principios de funcionalidad dan cuenta tam bién de p or qué (h) tiene un significado diferente del de (i), 53
pese a que la estru c tu ra sintáctica de las dos oraciones es la m ism a: j)
Los lobos persiguen a los perros.
La diferencia se explica en este caso por la circunstan cia de que (j) consta de una expresión, los lobos, de la que (h) carece. Pese a todo esto, uno no en co n trará estos principios de funcionalidad en sus textos. Todo lo que se halla son argum entos que asum en esos principios como p re m isas tácitas (cf., p o r ejem plo, G. F rege: 1892 a, p. 58, página 65, p. 80). J. van H eijenoort y J. H intikka (J. van H eijenoort : 1967; J. H intikka: 1981; 1984) han sugerido que esta si tuación obedece a la adhesión de Frege a una peculiar idea del lenguaje com o medio universal. De acuerdo con esta idea, la aceptación de un lenguaje (o de un sistem a sim bólico) como m edio de expresión lleva consigo la im posibilidad de d iscutir, no ocasional sino sistem ática m ente, las relaciones que lo conectan con la realidad ex tralingüística. E sa discusión im plicaría salirse fuera del sistem a p ara p roceder a exam inar desde fuera esas m is m as relaciones sem ánticas. El barón de M ünchhausen podía salirse de las aguas tirando de su propio cabello, pero ni el lógico ni el filósofo pueden escapar de su len guaje, p o r m ucho que así les pueda parecer. El propio Frege deja entrever a veces está concepción del lenguaje operando desde la trastien d a de sus pági nas. Así, en polém ica con su contem poráneo Benno Kerry escribe:
...el artículo determinado siempre indica un objeto, mientras que el indeterminado acompaña a un tér mino conceptual. Verdad es que Kerry opina que no se pueden fundamentar estipulaciones de la lógica sobre la base de diferencias lingüísticas; pero del modo como yo lo hago, nadie que haga semejantes estipulaciones pueda evitarlo, porque sin el lenguaje no podemos entendernos y, por tanto, en último tér mino siempre dependemos de la suposición de que el otro entiende las palabras, las formas y la estruc tura enunciativa, en lo esencial, igual que nosotros. 54
Como ya he dicho, yo no quería definir, sino sólo hacer alusiones, apelando para ello al sentimiento común del lenguaje alemán. (G. Frece: 1892b, pp. 103 y ss. El subrayado es mío. J. J. A.) Frege quiere decir aquí que un artículo com o el ap a rece regularm ente encabezando expresiones de objeto, com o sucede en el estrecho que separa Europa de Afri ca; y que un artículo como un precede a expresiones que refieren a conceptos, com o en un lago (pues lago no es una expresión que refiera a un lago p articu lar, sino que puede predicarse de todos y cada uno de los lagos). Lo que ya no es tan claro, a m enos que la idea de lenguaje como m edio universal esté ahí disim ulada, es por qué dice Frege que no tra ta de definir, sino de alu d ir a esos hechos sem ánticos. Pues si no, ¿por qué no definir? La idea de lenguaje com o m edio universal no tiene, como H intikka ha m ostrado, a Frege com o su solo p ar tidario. T endrem os ocasión de com probarlo cuando nos refiram os a esa o b ra tan significativa de la filosofía que es el Tractatus Logico-Philosophicus.
55
El instinto de realidad
3.1. La revuelta contra Frege Uno de los episodios m ás notables de la historia de la lógica se produce en 1902, cuando el filósofo y m ate m ático inglés B ertrand Russell (véase cuadro cronoló gico a continuación) le com unica a Frege el hallazgo de una contradicción en el sistem a contenido de las Leyes básicas de la aritmética. Por aquel entonces Frege estab a a la espera de la publicación del segundo volu men de esta obra y, escribe Russell,
quedó tan desasosegado por esta contradicción que dio de lado el intento de deducir la aritmética de la ló gica, al cual, hasta entonces, había dedicado princi palmente su vida. (B. Russnu.: 1959, p. 79) La ocasión fue im p o rtan te tam bién por o tra razón. En su respuesta, Frege envió a Russell algunos de sus escri tos filosóficos, que éste desconocía por entonces. Estos escritos tuvieron una función im portante en el des arrollo del pensam iento filosófico de Russell, y ya en 56
Berlrand Russell. 57
58 Cuadro cron ológico com parado
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mer volumen de los Principia Mathematica. Obtiene un puesto de lector en la Universidad de Cambridge.
ante la recién declarada guerra contra los héroes, pero en el espacio de unos pocos meses se decanta por la ideolo gía pacifista.
1899.—Adopta una actitud belicista extrema
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la anexión de Austria por Alemania,
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1938.—Es nom brado profesor asociado de la Universidad de Chicago. De aquí pasa a la Universidad de California.
concentración de M ontecasino. Sem ana Roja de Berlín,
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reúne con W ittgenste iN en La Haya, en donde discuten las doctrinas del
1919 ,—Publica Una introducción a la ¡ilosofía m atem ática. En las Navidades, se
1919.—W ittgi-nstkin es liberado del cam po de
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C o n o c im ie n t o h u m a n o , que considerará injustam ente tratado por la comunidad filosófica.
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1903 Kussell los discute en un apéndice a Los principios de la matemática, la p rim era de sus obras de enverga dura. No puede decirse que Russell aceptara, punto por punto, las d o ctrinas filosóficas de Frege, pese a que, aquí y allá, acogiera m uchas de ellas. Sin em bargo, R us sell se apercibió de que Frege había abierto una senda p or e n tre la m arañ a filosófica, y no dudó en seguirla. Frege había dado p ruebas de lo fructífero de la concep ción de la filosofía com o análisis del lenguaje —análi sis lógico, en su caso— y los problem as por él resueltos tenían la suficiente im portancia como p ara que una m en te lúcida viera en ello una aventura intelectual con el suficiente atractivo. La de R ussell fue una de esas m en tes lúcidas. E n 1918, poco después de h ab e r sido expulsado del T rinity College, de la U niversidad de Cam bridge, por su m ilitancia pacifista, e inm ediatam ente antes de ser en carcelado, acusado de libelo contra el ejército norteam e ricano, Russell dio un im p o rtan te ciclo de conferencias publicadas después con el título de La filosofía del ato mismo lógico. E stas conferencias son bien re p resen ta tivas de un Russell filosóficam ente m aduro y en pose sión de un sistem a filosófico muy elaborado. Un princi pio de ese sistem a es el de que la e stru c tu ra de las fra ses (su gram ática o sintaxis) guarda una cierta relación con la estru c tu ra de los hechos. (E sta correlación es el tem a del próxim o capítulo.) Una despreocupada o igno ran te actitu d hacia nuestro lenguaje ha de d ar lugar, p o r lo tanto, a una im agen del m undo inadecuada. En efecto, dice Russell en la ú ltim a de estas conferencias de 1918:
prácticamente toda la metafísica tradicional está pla gada de errores, fruto de una mala gramática. (B. Russf.t.i,: 1918, p. 379) E ste diagnóstico parece situ ar a Russell en una línea filosófica típicam ente fregeana. La verdad —valga esta expresión— es, sin em bargo, algo m ás com pleja. Jaakko H intikka ha escrito recientem ente (.1. H intik k/v: 1981) que a la sem ántica de estas dos últim as dcca64
das la caracteriza el ser una revuelta en contra de Frege. Sin e n tra r en los detalles de esta tesis, hay que decir que la revuelta co n tra Frege la inició ya Russell y que, si bien afecta a discrepancias acerca de tal o cual cues tión, tiene una significación m ucho m ayor. Algo de esa significación se entenderá si se dice que m ientras que los intereses m ás p rim ordiales de Frege eran de índole lógica, los de R ussell eran, además, m etafísicos. Así, F re ge podría exam inar el argum ento ontológico y decir: ¿Lo
veis? Se malinterpreta un enunciado de existencia al decir que en él se predica algo de un objeto cuando, de hecho, se dice que algo cae bajo un concepto. Y si el precio que hubiese que pagar por la claridad lógica fuese alto, Frege no dudaría en pagarlo. La actitu d de Russell es bien distinta. La claridad lógica era im por tan te p a ra él, pero no lo era m enos el que la descrip ción del m undo que pudiese re su lta r de esa claridad fue se razonable. En su opinión, el pensam iento de Frege no arm onizaba uno y otro desiderátum. Veamos un ejem plo de esto. Un aspecto conocido de la o b ra de Frege es el de su distinción en tre el sentido y la referencia de un signo. E sta distinción subraya la existencia en toda expresión de dos dim ensiones de su significado. En p rim e r lugar, los signos son nom bres de, están en lugar de, rep resen tan a, o designan objetos (en el sentido antes dado a la p alab ra objeto). Así, la expresión el autor del Quijote, p or ejem plo, está en nuestro lenguaje en lugar del p ro pio C ervantes. La relación en la que en tra un signo con aquello que designa o re p resen ta hace a éste la referen cia de aquel. Ahora bien, un signo no tiene o deja de ten er referencia sin m ás, sino siem pre de algún modo. La expresión designativa el autor del Quijote refiere a C ervantes en tanto que a u to r de una obra literaria; y el autor de las Novelas ejemplares tiene la m ism a re ferencia, aunque la presente de un m odo distinto, a saber, com o au to r de otra obra. En una situación así, Frege diría que estas dos expresiones tienen la m ism a referencia, aunque un sentido diferente. El sentido es, así pues, el modo en que un signo p resen ta su refe rencia (G. F redf.: 1892 a, pp. 51 y ss.). 65
Si bien esta doble dim ensión está presente en todo signo, u n caso de interés especial lo proporcionan las oraciones declarativas o asertóricas. E stas expresan, por sí solas, un pensam iento y refieren, por sí solas también, a un valor de verdad. P ara ser exactos hay que decir que pensam iento expresado y valor de verdad son, respecti vam ente, el sentido usual y la referencia usual de tales expresiones. E stos principios generales tienen excepciones. Es m ás, estas expresiones ponen en serio aprieto la validez de algunas reglas de inferencia lógica. Una de esas reglas nos dice que si una oración es verdadera y cam biam os u na de sus expresiones com ponentes por o tra con su m ism a referencia, la nueva oración resu ltan te seguirá siendo verdadera. En efecto, en vista del ejem plo que acabam os de exponer, de (a) se deduce (b): a)
C ervantes es el au to r del Quijote.
b)
C ervantes es el au to r de las Novelas ejemplares
pues obtenem os (b) reem plazando, en (a), el autor del Quijote p o r la expresión el autor de las Novelas ejem plares, ya que am bas refieren a la m ism a persona. E ste principio lógico se enfrenta a oraciones com ple jas en las que una oración subordinada se encuentra su b o rd in ad a p o r expresiones de actitud psicológica, tales com o cree que, me parece que, se teme que, etc. En ejem plos com o esos, la d octrina de Frege del sentido y la referencia parece verse en tre la espada y la pared. Con siderem os la oración (c): c)
Copérnico creía que las órbitas p lanetarias eran circulares
en la cual tenem os la oración subordinada. d)
Las ó rb itas planetarias son circulares.
La oración (c) es verdadera, pues Copérnico creía lo que ahí se dice de las ó rb itas planetarias. P or tan to (c), refiere a lo verdadero. De o tro lado (d), refiere a lo falsol. Tam bién refiere a lo falso (e): e) 66
7 + 5 ^ 12.
Así, p or el principio an terio r, si cam biam os en (c) la oración (d) p o r la oración (e), el resultado ten d rá que ser una oración verdadera. Pero (f) no es verdadera (pues Copérnico sabía sum ar): f)
Copérnico creía que 7 + 5 ^ 12.
¿Qué falla aquí? La resp u esta de Frege es la siguiente: el valor de ver dad de (c) no depende de cóm o sean las ó rb itas plane tarias, sino de qué creía efectivam ente Copérnico; es de cir, no de la referencia de (d), sino de su sentido. Por ello, si reem plazáram os en (c) la oración (d) por otra que exprese el m ism o pensam iento que ésta, la nueva oración ten d rá que ser verdadera. E n efecto, (c) es ver dadera y (g) tam bién lo es: g)
C opérnico creía que la trayectoria d escrita por los planetas (al g irar alrededor del Sol) eran circu lares.
Puesto que el valor de verdad se conserva —según el principio lógico antes citado— y puesto que* en el ejem plo desarrollado, el valor de verdad se m antiene al sus titu ir una oración p o r o tra que expresa su m ism o pensa m iento, Frege concluyó que las oraciones subordinadas precedidas p o r cláusulas com o cree que y o tras tienen como referencia el pensam iento que expresarían por sí solas. A esta referencia Frege la calificó de indirecta. La referencia usual de una oración declarativa es un va lor de verdad, pero su referencia indirecta es el pensa m iento que p o r sí sola expresaría. E sta conclusión de Frege iba m ás allá de lo que Russell estaba dispuesto a adm itir. Al fin y al cabo, las refe rencias de las expresiones es lo que hay en realidad, y ad m itir que las expresiones pueden tener referencias in directas im plica acep tar que, ju n to a personas, ríos, li bros o estaciones de ferrocarril, hay (en el m ism o sen tido de haber que en los otros casos) entidades com o el pensam iento de que las ó rb itas p lan etarias son circula res o com o el de que 7 f 5 ^ 12. No están en el espacio67
tiem po, pero son tan reales com o los h abitantes de esa dim ensión. Consiguientem ente, la revuelta de Frege contra Russell es, antes que o tra cosa, una revuelta co n tra la idea de realidad:
Suponer que haya en el mundo real de la naturale za todo un conjunto de proposiciones falsas dando vueltas de un lado para otro resulta monstruoso para mi mentalidad. No puedo ni siquiera ponerme a su ponerlo. No puedo creer que se den ahí, en el mismo sentido en que se dan los hechos. (B. Russell: 1918, p. 188) E stas líneas pertenecen a la cu arta de sus conferen cias sobre la filosofía del atom ism o lógico y se hallan explícitam ente dirigidas contra Alexius Meinong (18531921), u n contem poráneo de Frege. Sin em bargo, tras la exposición del argum ento tendente a m o strar la nece sidad de co n tar con referencias indirectas, es obvio que Frege queda igualm ente en el punto de m ira de las c ríti cas de Russell. Por realidad entiende Russell:
todo aquello que habría de ser mencionado en una completa descripción del mundo. (B. Russell: 1918, p. 188) En esa descripción h abría que m encionar, sin duda, las creencias falsas, pero no incluir, pongam os p o r caso, los pensam ientos fregeanos. Hace falta d isfru tar de un in stin to de realidad bien afinado para no d ar en tra d a a entidades pu ram en te fantásticas; y si el análisis del len guaje las in tro d u jera, ese análisis sería reprobable.
3.2. A finando n u estro in stin to de realidad El problem a que causan las oraciones subordinadas de la especie que se ha indicado reaparece b ajo otros ro pajes con o tras expresiones. Russell se apercibió de que el problem a deriva de la aceptación del supuesto de que
68
toda expresión constituyente de alguna oración es nom bre de algo. S em ejante supuesto es consustancial a la conccptografía de Frege, siendo una de sus consecuen cias el considerar que las oraciones refieren asnalmente a valores de verdad e indirectamente a pensam ientos. Sin em bargo, no sólo Frege se hizo m erecedor a tal críti ca. E n Los principios de la aritmética el propio Russell adoptó ese supuesto, y con ello una mala gramática al afirm ar que toda palabra que figura en una oración debe poseer algún significado (B. R ussell: 1903, p. 71), y ten er significado equivalía p ara el Russell de aquellos años a re fe rir o a nom brar. E n el conocido capítulo V de esa obra (capítulo titu bo Denotar), Russell sostiene que frases de la form a de todos los X, todo X, cualquier X, un X, algún X y el X (por ejem plo, todos los hombres, todo número ma yor de 100, cualquier europeo, etc.), en donde X es un sustantivo com ún o una expresión que desem peña esta función, son nom bres de objetos. (E sta no es la m anera literal que tenía Russel de decirlo.) Algunos de estos ob jeto s tienen por fuerza que ser m uy peculiares. Por ejem plo, dice Russell, la frase cualquier europeo refiere
a un europeo aunque, por así decirlo, tomado al azar; y todo núm ero m ayor que 100 refiere al 101, al 102, al 103, etc., pero por separado (B. R ussell : 1903, p. 89). Pero R ussell nunca explicó qué significa re ferir a un individuo tom ado al azar, ni qué supone referir a cada uno de los m iem bros de una clase por separado. En su concepción del análisis del lenguaje, Russell dio en trad a a entidades con un estatu to problem ático —pues, ¿qué es un europeo tom ado al azar, si no es ni M argaret T hatcher ni S andro P ertini ni Mijail Gorbachov ni...?— y poco después se convenció de que ese análisis había de invalidarse. Consecuente con ello, el paso siguiente de Russell con sistió en p rescin d ir del supuesto de que las frases de la form a de todos los X, todo X y dem ás (a las p rim ero llam ó expresiones denotativas y luego símbolos incom pletos) nom bran algo. Es decir, renunció a la idea de estas expresiones significan (o denotan) algo por sí so las. H abía que considerarlas sím bolos incom pletos, sím bolos que form an p a rte del ropaje verbal en que se en 69
vuelve aquello que se dice o afirm a — las proposicio nes— y que ayudan a que este ropaje tenga tal y cual significado, pero que en sí m ism as son palabras que caen en saco roto (B. R ussell: 1918, p. 221). En Sobre la denotación, R ussell lo dijo así:
El principio fundamental de la teoría de la denota ción que trato de defender es éste: que las expresio nes denotativas nunca poseen significado alguno con sideradas en sí mismas, pero que toda expresión en cuya significación verbal intervienen aquéllas posee un significado. (B. Russell: 1905, p. 56) La solución tras la que Russell anduvo era, por tanto, co n sid erar a tales expresiones sím bolos incom pletos. Resta, entonces, explicar qué le pasa a una oración que contiene u n a expresión a la que decidim os tra ta r como un sím bolo incom pleto; cómo expresam os lo que esa ora ción dice sin echar m ano del sím bolo incom pleto (o de la expresión denotativa). La cuestión puede plantearse en los térm inos siguientes: ¿cómo trad u c ir una oración que contenga uno o m ás sím bolos incom pletos a otra oración en la que esos sím bolos no estén presentes? Ambos p ro blem as los resolvió R ussell en el que él juzgó su más p en e tran te ensayo filosófico: Sobre la denotación (1905). E n el análisis final de Russell, el peso principal des cansa sobre la noción de función proposicional. Una fun ción preposicional es una expresión que contiene u n a o m ás variables (o signos que hagan las veces de éstas) y que se convierte en una oración tan pronto com o sus variables reciban valores. Las expresiones x es un hom
bre, x es padre de y o si x es un hombre, entonces x es mortal son funciones preposicionales. D ar valor a una variable de una función proposicional equivale a reem plazar de m anera uniform e la variable por u n a expre sión que refiera a un objeto. Si en la p rim era función proposicional citada dam os valor a su variable, el valor Julio César, obtenem os com o nueva expresión la oración Julio César es un hombre, que es verdadera. (Las fun ciones preposicionales vienen a ser lo m ism o que lo que, en el esquem a lógico de Frege, son las expresiones que refieren a conceptos.) 70
Hay tres grandes clases de funciones proposicionales: • En p rim er lugar, hay funciones proposicionales necesa rias, como si x es un hombre, entonces x es mortal. Estas se caracterizan por ser siempre verdaderas; es decir, se convierten en oraciones verdaderas siempre que se dé valor a sus variables. • En segundo lugar, hay funciones proposicionales posibles, que son aquellas funciones proposicionales que son ver daderas alguna vez y que, por consiguiente, se convierten en oraciones verdaderas en alguna ocasión que se dé va lores a sus variables. Así, x es un hombre es una función proposicional posible, pues se convierte en verdadera cuan do a la variable se le da el valor de Julio César, si bien para otros valores —como Moby Dick— se convierte en una oración falsa. • Finalmente, están las funciones proposicionales imposi bles, que no son verdaderas nunca.
Tras este breve prelim inar, la solución de Russell. La clave de su análisis radica en lo siguiente: siem pre que nos encontrem os con palabras com o todos los, todo, cualquier, un, algún y el, hem os de ver en ellas u n a se ñal inequívoca de la presencia de una función proposi cional (B. R ussell: 1918, p. 197). Supongam os, por ejem plo, que topam os con la oración h)
Me encontré con un hom bre
en la que está presente el cuantificador un dentro de la expresión denotativa un hombre. E sta oración, propone Russell, puede tran sfo rm arse en esta otra: i)
me encontré con x y x es un hombre es una función proposicional posible.
Es decir, la función proposicional me encontré con x y x es un hombre es, según (i), v erdadera p ara al m enos un valor que se dé a la variable x. E sto dice lo que (h) con la diferencia de que se ha trasladado a un sistem a de conceptos ajeno al de esa oración. Por otro lado, la oración (j), expresa lo que (k): j)
Todos los hom bres son m ortales,
k)
si x es un hombre, entonces x es mortal es una función proposicional necesaria. 71
O lios casos pueden analizarse según una pauta pareci da (véase recuadro 5). Veamos ahora cuál es el sentido de la m aniobra de Russell. Su recu rso al ap arato de las funciones p rep o si cionales parece engorroso, pero tiene la virtu d de perm i tir trad u cir las oraciones en que aparecen las expresio nes denotativas (los sím bolos incom pletos) a una term ilogía en la que no hay lugar p ara ellas. Esa term inología está form ada por frases como función proposicional ne cesaria, dar valor a una variable, etc. La traducción de (h) y de (j) ha eliminado sus sím bolos incom pletos y ha perm itido decir lo que ésta, aunque sin el concurso de tales sím bolos. Y puesto que se ha logrado eso viendo en palab ras com o todos los, todo y dem ás indicadores de la presencia de funciones preposicionales, y no expre siones significativas en sí m ism as, el análisis de Russell posibilita la renuncia al supuesto de que toda expresión constituyente de una oración es nom bre de algo real, que es de lo que, a la postre, se tratab a. C iertam ente, esa m anera de p arafra sear (m anera a la que podem os denom inar la teoría de los símbolos incom pletos) no dice nada que afecte directam ente a la acogida o a la exclusión de esas entidades problem áticas que son los pensam ientos fregeanos (o las proposiciones de que habla Russell). Eso se debe a que las oraciones subordi nadas que los refieren indirectam ente no son sím bolos incom pletos. Pero sí que les afecta una vez que se ha dejado en suspenso el principio de que ser p arte consti tuyente de una oración es servir de nom bre de algo. Tras h ab er cuestionado este principio o supuesto —que es el efecto que tiene la teoría de los sím bolos incom ple tos— es p erfectam ente n atu ra l decir, sim plem ente, que las oraciones subordinadas nada tienen que ver con los nom bres.
3.3. La lógica subyacc a la palabra Otro modo de ex presar el significado de la teoría de los sím bolos incom pletos es éste: podem os acep tar que las expresiones denotativas sean constituyentes sintác 72
ticas o gramaticales de las oraciones en que intervienen, pero hay que rechazar que sean constituyentes lógicos o semánticos. Esa distinción en tre sintaxis * y lógica m e rece un rápido com entario. El sep arar sintaxis y lógica tiene su explicación. De u n lado, la sintaxis se ocupa del estudio de esas relaciones en tre unidades lingüísticas en virtud de las cuales una expresión puede p roferirse por los m iem bros de una com unidad com o p arte del discurso norm al de ese grupo hum ano. El estudio de la sintaxis se ocupa, así pues, de eso que hace a una expresión pertenecer o no a una len gua. E sto se entiende muy rápidam ente com parando, por ejem plo (j) con (1): 1)
M ortales todos son hom bres los
que es una m era sa rta de palabras sin orden ni con cierto. P ro ferir (1) no contaría nunca com o una em isión del castellano, pues (1) no es castellano, p u ra y sim ple m ente. Y no lo es p orque las p alab ras que in teg ran (1), que son las m ism as que la que form an (j) no guardan en tre sí las relaciones que m antienen en (j). E sas re la ciones obligadas son las relaciones sintácticas. Pues bien, puede decirse, p ara p lasm ar de o tro m odo la diferencia que hay en tre (j) y (1), que la p rim era re sulta de la concatenación de dos expresiones todos los españoles y son europeos (un sintagm a nom inal y un sintagm a verbal, respectivam ente, que diría un lingüis ta), m ien tras que la segunda resu lta del azar, si así lo querem os. Esa sim ple m anera de decir que en (1) están vigentes algunas relaciones sintácticas hace plausible sostener que los sím bolos incom pletos (o expresiones denotativas), y hay uno en (j), son constituyentes sintác ticos de las oraciones en que hacen acto de presencia. Sin em bargo, los constituyentes lógicos o sem ánticos son o tra cosa, pues ap u n tan a o tra dim ensión lingüística: la que conecta el lenguaje con la realidad, haciendo que ciertas expresiones sean nom bres de ciertas cosas o que algunas oraciones sean verdaderas y que o tra s sean falsas. En resum en, la investigación sintáctica tiene p o r ob jeto el exam en de las relaciones de los signos en tre sí. 73
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2) Esta regla afecta no al un numérico, sino al un artículo indeterminado.
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NOTAS: !) La expresión C(todos los P) simboliza cualquier oración declarativa en que aparezca la expresión denotativa todos los P.
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La investigación sem ántica se ocupa, por o tro lado, de las relaciones de los signos con lo que queda fu era del lenguaje. Se infiere de lo an terio r que puede haber razones para so sten er que los sím bolos incom pletos son constituyen tes sintácticos de oraciones, pero que se carece de ellas p ara concluir que sean tam bién constituyentes lógicosem ánticos. Viendo las cosas de esta m anera, el divor cio en tre unas y o tras cuestiones parece inevitable. Hay una m etáfo ra socorrida para describir la situación, de acuerdo con la cual la gram ática no deja percibir fácil o m eridianam ente los aspectos lógicos del lenguaje, ya que éstos quedan ocultos bajo los rasgos que p resen ta aquélla. La diferencia que hay en tre (h) e (i) o entre (j) y (k) sirve p ara a rro ja r luz sobre la idea de tal disfraz. La separación de gram ática y lógica es, com o hem os visto, una consecuencia de la renuncia explícita de Russell a p en sar que toda expresión que intervenga en una oración es nom bre de alguna entidad. Si bien se expuso en la sección an terio r la m anera de reducir las o ra ciones con sím bolos incom pletos a oraciones caren tes de ellos, y se dieron razones para acogerse a sem e ja n te reducción, no se m encionó el caso m ás conocido histó ricam en te d en tro de la teoría de los sím bolos in com pletos: la teoría de las descripciones definidas. Las descripciones definidas son expresiones que, como
el autor del Quijote, el número que sumado a 8 da 11, el centro del sistema solar o el actual rey de Francia, tienen la form a de el (la) tal-y-tal. Las descripciones defi nidas están form adas, com o se aprecia, p o r un artículo d eterm inado seguido de un sustantivo, o de una frase que funciona com o tal, que corresponde a una cierta propiedad. Así, el autor del Quijote p resen ta ju n to al artícu lo d eterm inado o definido la expresión autor del Quijote, que expresa la propiedad de h ab er escrito el Quijote. En su uso com ún, una descripción sirve p ara seleccionar un o b jeto del universo de nuestro discurso —es decir, del co njunto de cosas de las que estem os hablando— al señ alar una propiedad poseída en exclu siva p o r ese objeto. En n u estro ejem plo, nos referim os a C ervantes m ediante la propiedad de hab er escrito el Quijote, escogiendo al único individuo que la posee. 78
P or sí solas, las descripciones definidas no son fuente de dem asiados problem as. Estos afloran cuando se pien sa en las descripciones en com binación con la tesis de que, puesto que intervienen en oraciones, han de referir inexorablem ente a algo. Como en o tras ocasiones, es ese algo lo que ofende nuestro instinto de realidad. Russell justifica la necesidad de su teoría de las des cripciones definidas refiriéndose, com o volvería a hacer años después, a Meinong. Sus palabras son las si guientes:
La evidencia de la teoría [de las descripciones defi nidas'] se desprende de las inevitables dificultades a que habríamos de enfrentarnos si considerásemos a las expresiones denotativas como auténticos elemen tos constitutivos de las proposiciones en cuya formu lación verbal intervienen. La más simple de entre las posibles teorías que admiten tales elementos constitu tivos es la de Meinong. Esta teoría considera que toda expresión denotativa gramaticalmente correcta repre senta un «objeto». Así, «el actual rey de Francia», «el cuadrado redondo», etc., son entendidos como autén ticos objetos. (B. Russell: 1905, p. 59) Dos son p ara Russell los inconvenientes de la teoría de Meinong. El prim ero, es que quien la acepte se ve forzado a ad m itir dos clases de objetos. De u n lado, al gunas de estas descripciones definidas, com o el actual rey de Francia, refieren a objetos con un e sta tu to p er fectam ente claro es irreprochable: C ervantes es uno de ellos. De o tro lado, ¿qué decir de lo presu n tam en te re p resen tad o p o r o tras descripciones com o el actual rey de Francia o com o el cuadrado redondo? La teoría de Meinong exige que haya algo que corresponda a estas expresiones, pero ese algo no puede existir al m odo en que existe C ervantes. Así, Meinong, H usserl o el propio R ussell se ven en la tesitu ra de a firm a r que el actual rey de F rancia —cuando en la actualidad F rancia no es una m o n arq u ía—, el cuadrado redondo y o tras en ti dades p u ram en te fantásticas no existen, sino que subsis ten, son objetos (E. H usserl : 1913, p. 54) o, sim plem ente, que son o tienen ser (B. R ussell : 1903, p. 73).
79
O tra consecuencia, p o r tanto, de acep tar que las des cripciones definidas rep resen tan algo es la de reconocer un sentido a la distinción existir/subsistir. Russcll pien sa que la idea de objetos inexistentes, aunque subsisten tes, es difícilm ente sosteniblc. De m odo que, al igual que anterio rm en te, la cuestión para R ussell es cómo lo g ra r sin tales expresiones lo que efectivam ente obtene m os con ellas. Es decir, el problem a es en c o n trar el m odo de analizarlas com o sím bolos incom pletos que son. Hay una segunda objeción que hacer a la idea de que las descripciones definidas refieran a objetos, y es que esos dudosos objetos am enazarían la validez del p rin cipio de tercio excluso. De acuerdo con este principio, una oración declarativa y su negación no pueden ser am bas verdaderas al m ism o tiem po, de m anera que si u na es verd ad era la o tra tiene que ser falsa. Sin em bar go, con las descripciones definidas surge un curioso p ro blem a. E n efecto, dice Russcll, si enum erásem os las co sas calvas que hay en el m undo, no hallaríam os al actual rey de F rancia ni en ese conjunto ni en el conjunto de las cosas que no son calvas. No encontraríam os al actual rey de F rancia en absoluto. E sto significa que la o ra ción (m): m)
El actual rey de F rancia es calvo
no es v erdadera y significa tam bién que la oración (n): n)
El actual rey de F rancia no es calvo
tam poco es verdadera. Ahora bien, ¿cómo se entiende esto, dado que (n) parece ser la negación de (m )? Es decir, ¿cóm o com paginar esto con el hecho aparente de que (m) y (n) son oraciones lógicam ente contradicto rias? La salida de R ussell consiste en subrayar que los a r tículos determ inados en singular indican la presencia de u na función proposicional com pleja en la que se contiene u n a afirm ación de existencia y una afirm ación de univocidad. Por ejem plo, en opinión de Russell, la descripción definida el actual rey de Francia (o bien el 80
rey cle Francia en la actualidad) se convierte en dos afir m aciones: (i)
Que la función preposicional x es rey de Francia en la actualidad es verdadera p ara al menos un valor de x.
(ii)
Que la función preposicional x es rey de Fran cia en la actualidad es verdadera para a lo sumo un valor de x.
En conjunción, las cláusulas (i) y (ii) establecen que la función preposicional x es rey de Francia en la actua lidad es verdadera de exactamente un valor de la varia ble x. E sta es ju stam en te la nota característica del a r tículo determ inado en singular. Si ahora nos fijarnos en la elim inación del sím bolo incom pleto de (m), lo que la teoría de las descripciones definidas postula es la siguiente paráfrasis suya: ñ)
La función preposicional x es rey de Francia en la actualidad es verdadera p a ra exactamente un valor de x y la función preposicional x es calvo es verd ad era de ese valor de x.
Puede apreciarse, entonces, que la expresión denota tiva de (m), el actual rey de Francia, no aparece p o r nin gún lado en (ñ), y esto era algo que se perseguía. Juzguem os ah ora la m anera en que la teoría de las descripciones definidas perm ite salir del impasse surgi do a propósito del principio lógico de tercio excluso. Para em pezar, puede argüirse tra s un m om ento de reflexión que (n) puede significar dos cosas diferentes. Cada uno de sus sentidos cabe expresarlos p o r m edio de una de las dos siguientes oraciones: o)
Del actual rey de F rancia es cierto esto: él no es calvo.
p)
No es cierto esto: que el actual rey de F rancia sea calvo. 81
Pues bien (m) y (n) son contradictorias, cuando (n) es sinónim a de (o); es decir, cuando (n) tiene el signi ficado que (o) representa. La explicación es que las dos afirm an que hay un único individuo que es rey de F ran cia en la actualidad, pero (m) dice de ese individuo que es calvo, m ien tras que (n) dice que no lo es. Así que, a este respecto, no hay violación del principio de tercio excluso. En lo que hace al o tro posible sentido de (n), el ex p uesto m ás ab iertam ente en (p) es ligeram ente diferen te. (p) niega expresam ente (ñ). Es decir, (p) dice que no se dan co n ju n tam en te las condiciones expuestas en (ñ): que no es verdad que al mismo tiempo haya un único individuo que sea rey de F rancia y que ese individuo sea calvo. Ahora bien, puesto que (ñ) expone detenida m ente el contenido de (o), esta oración y (p) son con trad icto rias en tre sí tam bién. Una y otra oración no suponen, p or lo tanto, ninguna am enaza p ara el p rin cipio lógico de tercio excluso. Tras levantar la costra gram atical vem os la pulpa lógica esperada. Finalm ente, p o r tanto, tenem os un análisis com pleto de las relaciones en tre (m) y (n). Este análisis m uestra de qué m odo queda a salvo el principio de tercio excluso, reco rriendo p a ra ellos los vericuetos que conducen de la co stra gram atical a la pulpa lógica. E n resum en, puede decirse que la teoría de las descrip ciones definidas posibilita n u estra renuncia a adm itir entidades que, com o el cuadrado redondo o el actual rey de Francia, llevan una vida de costum bres metafísicam ente dudosas. Introduce, así pues, econom ía en nues tra im agen del m undo y en nuestro inventario de él, ya que inaugura una vía p ara regular las conclusiones que acerca de las cosas inferim os del uso del lenguaje. Como en el caso de Frege, esta regulación lingüística nos con duce al corazón m ism o de la filosofía: a perfilar una idea de realidad. Pero a diferencia de lo que sucedía en aquel p rim er au tor, Russell renuncia a un supuesto im p o rtan te con su teoría de los sím bolos incom pletos. Con esto, la revuelta co n tra Frege no hacía sino comenzar.
82
Una odisea en el espacio lógico
4.1. Las variaciones del significar El texto de las conferencias de R ussell en torno a La filosofía del atomismo lógico —que se m encionaron en el capítulo p recedente— vienen precedidas de una nota de su au to r que, por su interés histórico, vale la pena reco rd ar aquí:
Lo que sigue [constituye el texto] de un curso de ocho conferencias pronunciadas en [Gordon Square] Londres, en los primeros meses de 1918 [Zas cuales3, se ocupan en una buena medida de desarrollar ideas que debo a mi amigo y antes discípulo Ludwig Wittgenstein. No he tenido oportunidad de conocer sus opiniones desde agosto de 1914, y ni siquiera sé si está vivo o muerto. No le cabe, por tanto, responsa bilidad alguna de cuanto se diga en estas confe rencias, salvo la de haber suministrado originaria mente varias de las teorías que en ellas se contienen. (B. Russell: 1918, p. 139) El W ittgenstein del que habla aquí (véase cuadro cro nológico a continuación) había m antenido una estrecha 83
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1918.—B. ca 1918 .—Durante un permiso acaba su T r a c ta tu s L o g ic o - p h ilo s o p h ic u s , escrito en las
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85
L. Wittgenstein
86
relación intelectual con R ussell en tre 1912 y 1914, des pués de que Fregc le hubiese recom endado acu d ir al m atem ático ingles p a ra estu d iar lógica y fundam entos de la m atem ática. En 1914, W ittgenstein, que p o r enton ces contaba veinticinco años, se había alistado com o voluntario en el ejército austríaco. Para 1918, Russell había perdido toda pista suya. W ittgenstein no había m uerto. Es m ás, en ese m ism o año de 1918, W ittgens tein d aría el toque final a una obra revolucionaria: el Tractatus Logico-Philosophicus, que había escrito en p arte en las trin ch eras y que, en su versión alem ana, se publicaría en 1921. T anto las conferencias de R ussell como el Tractatus de W ittgenstein contienen una nueva d octrina m etafísica del m undo, es decir, una visión considerablem ente abs trac ta de la naturaleza y de la com posición últim a de la realidad: la m etafísica del atomismo lógico (el nom bre es de Russell). E sta d octrina im porta aquí porque introduce un nuevo pu n to de inflexión en la idea de lenguaje y en el proyecto de análisis filosófico que Frege había concebido tan cuidadosa y elegantem ente. Esa inflexión puede expresarse en pocas palabras diciendo que no hay un único concepto de significado (B. R us sell: 1918, p. 238), pues hay muy variadas —R ussell lle gó a escrib ir que infinitas— relaciones en tre los sím bo los y lo rep resen tado p o r éstos. Y en p artic u la r, que la relación en tre un nom bre propio y el objeto nom brado y la relación en tre una oración y lo que ésta rep resen ta son de una índole com pletam ente diferente. S em ejante variedad en el significar es una idea muy im p o rtan te que viene a ser incom patible con el m odo en que Frege veía las relaciones en tre lenguaje y reali dad. Se reco rd ará que, de acuerdo con la concepción elaborada p o r Frege, toda expresión de la conceptografía es nom bre de alguna entidad (bien sea de un objeto bien lo sea de una función), la cual es la referencia de aquél. Pues bien, en este esquem a Russell, y con él W itt genstein, in tro d u jero n algunas cuñas que, a la larga, acabarían reventándolo. En el proceso pueden distinguirse con claridad algu nos pasos. P ara com enzar, ya en Los principios de la matemática Russell había puesto en duda que las o ra 87
ciones declarativas o ascrtóricas refiriesen a valores de verdad (B. R u s s e l l : 1903, p. 571). El principio sem ánti co que fue som etido a crítica posteriorm ente fue el de que toda expresión satu ra d a es nom bre de algo. Como hem os visto, R ussell juzgó necesario recusarlo a fin de lograr u na descripción del m undo que no reconociese cosas tales com o el actual rey de F rancia o el cuadrado redondo. Su m an io bra consistió en considerar las des cripciones definidas y otras expresiones denotativas, es decir, los sím bolos incom pletos, como expresiones ca ren tes de significado por sí solas. E sta m ism a línea revisionista se hace m ás acusada en las conferencias de Russell de 1918. Aquí, ateniéndose Russell a la idea de que un auténtico nom bre propio se lim ita a in dicar la cosa nom brada, sin añ ad ir inform a ción alguna sobre ésta, R ussell concluye que
los nombres propios de los que normalmente nos ser vimos, como Sócrates, no son en realidad otra cosa que descripciones [definidas] abreviadas. (B. Russell: 1918, p. 163) E sta afirm ación, que exige consecuentem ente poner les a n u estro s nom bres propios el estigm a de sím bolos incom pletos, hace que el concepto fregeano de expresión satu ra d a (o expresión de objeto) se vea cuestionado prácticam en te en la totalidad de su alcance. En este proceso de revisión, las conferencias sobre La filosofía del atomismo lógico, de Russell, y especial m ente el Tractatus Logico-Philosophicus, de W ittgenstein, in troducen una significada innovación: la de dis tinguir en tre la función de nombrar o referir (significar es el nom bre que W ittgenstein le otorga) y la función de describir o de representar la realidad. La p rim era es propia de los nom bres; la segunda, de las oraciones (o, com o W ittgenstein dice, de las proposiciones). La n atu raleza de este nuevo vínculo sem ántico es una p arte esencial del Tractatus. La distinción e n tre ,la s funciones sem ánticas de nom b ra r y de d escrib ir no tiene únicam ente una vertiente sem ántica. Si se recuerda que Frege consideraba su conccptografía una h erram ien ta filosófica que perm itía
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lib erar al pensam iento de las tram pas lingüísticas, no ex tra ñ a rá entonces que un cam bio en n u estra m anera de en ten d er el lenguaje vaya acom pañado de una nueva m anera de concebir el análisis filosófico. El Tractatus contiene igualm ente novedades en este segundo aspecto.
4.2. La teoría figurativa del sen tid o La aportación que se considera m ás notable de en tre las m uchas cosas originales que el Tractatus contiene es la teoría figurativa del significado (o teoría figura tiva del sentido, expresión ésta m ás acorde con la te r m inología de W ittgenstein). Según ella, una proposición es una figura (o una representación) de una parcela de la realidad. Más específicam ente, una proposición es una figura —una especie de m apa o dibujo peculiar de una situación real —es decir, existente— o hipotética. Así, com prender u n a proposición es conocer la situación o el estado de cosas que representa. Ser una figura de una situación es lo m ism o que describirla o que ser un m odelo de ella:
Una proposición es una figura de la realidad. Una proposición es un modelo de la realidad tal y como la imaginamos. (Tractatus, 4.01) Por consiguiente, quien entiende lo que dice una pro posición sabe qué hecho describe esta proposición, en caso de ser verdadera, pues su sentido consiste en la situación o estado de cosas que la proposición d ib u ja o de la que es una figura. En una proposición, dice W itt genstein, construim os u n a situación a m odo de experi m ento (4.031), cream os un m undo con la ayuda de una arm azón o an d am iaje lógico, form ado por palabras con significado (4.024). Es de este m odo, por tanto, que las proposiciones son m odelos. No son paradigm as de nada, sino reproducciones de hechos o de situaciones imagi nadas fo rjad as a base de los recursos que n u estro len guaje pone a n u estra disposición. La teoría figurativa del sentido no sólo proporciona u na im agen de la naturaleza de las proposiciones, sino 89
que tam bién explica cóm o es que una proposición es una figura de la realidad —lo cual es m ucho m ás im p o rtan te todavía—. La explicación de W ittgenstein se apoya en dos prem isas. La prim era de estas prem isas es que una proposición es algo articulado lógicam ente (4.031), no una m ezcla de palabras sin ton ni son (3.141); que lo que una proposición dice, el pensamiento que ex presa, lo dice de u na m anera, con unos recursos em plea dos en un orden d eterm inado (3.251). A este respecto, W ittgenstein com para las proposiciones con las piezas m usicales —con una sinfonía, por ejem plo—. Tam poco éstas incluyen mezclas de tonos seleccionadas al azar, sino que su com posición exige un plan (por m uy libre que éste pueda ser). Ju n to a su ca rác te r de signo articulado, una proposi ción, así com o el pensam iento que expresa, debe com p a rtir con la situación que describa —existente o inexis tente— u na m ism a estru c tu ra, a la cual W ittgenstein denom ina forma pictórica o forma lógica. C om partir una m ism a form a lógica no es lo m ism o que decir que los elem entos de la proposición estén entre sí en idéntica relación que los elem entos de la situación que describa. En p alab ras de W ittgenstein:
Debe haber algo idéntico en una figura y en lo que representa, a fin de que la una pueda ser una figura del otro. (2.16)
Lo que cualquier figura, o cualquier forma, debe tener en común con la realidad, a fin de poder repre sentarla —correcta o incorrectamente— de algún mo do, es la forma lógica, es decir, la forma de la realidad. (2.18)
La relación pictórica consiste en correlaciones de los elementos de la figura con cosas. (2.1514)
El hecho de que los elementos de la figura se en cuentren relacionados entre sí de un modo determi nado representa que las cosas se encuentran relacio nadas entre sí del mismo modo. (21.5) 90
La exposición de W ittgenstein tiene, com o vem os, dos partes. T ras afirm ar que la proposición y la realidad deben co m p artir algo, la form a lógica, W ittgenstein ha bla de dos correlaciones:
a) la de los elementos de la proposición con cosas de la realidad, y
b) la de las relaciones en tre elem entos de la proposi ción con relaciones en tre las cosas de la situación rep resen tad a. Un ejem plo puede servir p ara ilum inar esto con la claridad precisa. En su Diario filosófico (1914-1916), W itt genstein invita a considerar en v irtud de qué una p ro posición com o A combate con B es figura de situación im aginaria siguiente: (I)
A
B
El análisis de W ittgenstein señala lo siguiente. En p rim er lugar, al nom bre A le corresponde en (I) —en el hecho im aginado— el com batiente A; en segundo lugar, al nom bre B le corresponde el o tro com batiente: B; y, finalm ente, a combate con, que conecta los nom bres de la proposición le corresponde en el hecho la relación de combatir con que A m antiene con B. De esta m anera, la coordinación en tre proposición y estado de cosas es p erfecta (L. W ittgenstein : 1961, pp. 17 y s.). De o tro lado, si de la situación d ibujada se suprim e uno de los dos protagonistas, o si aquélla se sustituye p o r esta otra
91
sería indudable que, si la proposición vuelve a ser ahora la m ism a que la de hace un m om ento, la identidad de form a o de e stru c tu ra que la teoría del significado de W ittgenstein exige se h abría desvanecido. A la vista de estos ejem plos, parece correcto concluir que la i-elación en tre los elem entos de la proposición y los elem entos de la realidad ha de ser una relación isomórfica. E sto quiere decir dos cosas:
a) que a cada elem ento de la proposición debe corres ponderle u n 'e le m e n to de la realidad, y ú ltim a m ente uno, lo cual sí sucede en (I), pero no en (II); y
b) que siem pre que los elem entos de una proposición guarden en tre sí alguna relación, sus im ágenes (es decir, los correspondientes elem entos de la realidad) deben gu ard ar entre sí la relación co rrespondiente. Como antes (I) cum ple tam bién este requisito, m ientras que (II) no lo hace (véase recuadro 6).
4.3.
E l m undo en el esp acio lógico
Puede resu m irse el contenido de la sección precedente diciendo que W ittgenstein concibe el lenguaje com o la totalid ad de las proposiciones. Esto equivale a afirm ar que el lenguaje es la totalidad de figuras de todas las situaciones, existentes o inexistentes. Cada figura re p re sen ta una situación tal; rep resen ta su sentido (2.221). Y hem os visto, así m ism o, que una proposición es una fi gura de u na situación por co m p artir con ella una m ism a form a lógica o pictórica. Esto supone la existencia de una correlación uno-a-uno entre los elem entos de la figu ra y los elem entos de lo representado, de un lado, y en tre las relaciones en tre los elem entos de la prim era y las relaciones en tre los elem entos de lo segundo, de otro. Todo esto deja sin responder algunos interrrogantes. Uno de los m ás conspicuos es el de la (hasta ahora) m is teriosa naturaleza de los elem entos de la figura y de 92
93
EJEM PLO DE FIGURACION INCORRECTA (O FALSA)
los elem entos de la situación extralingüística. ¿Qué son, así pues, estos elem entos? P ara em pezar, los elem entos de la proposición que tie nen co rrelatos en el m undo o en las situaciones im agi n arias son los signos simples o nombres. Su función en la proposición es la de servir de rep resentantes de ob jeto s (3.22). Los nom bres tienen significado; su signifi cado es el objeto en lugar del cuál están en la proposi ción (3.203). Como signos sim ples que son, los nom bres no puede diseccionarse ni anatom izarse m ediante defi niciones (3.26, 3.261). Son signos prim itivos con signifi cado, pero tan sólo en el contexto de proposiciones (3.3). No es que W ittgenstein piense que toda proposición de n u estro lenguaje consista en una m era com binación de nom bres. (E sto es sólo cierto de las m ás simples.) Algunas proposiciones no dicen nada m ediante signos prim itivos, sino que versan acerca de alguna entidad com pleja p o r m edio de o tras expresiones. En ese caso, p ara W ittgenstein, lo que diga una proposición acerca de un com plejo puede resolverse en una proposición en la que todo lo esencial se diga m ediante com binaciones de nom bres. Es m ás, toda proposición tiene un sólo análisis com pleto (3.25) que perm ite tal resolución. De o tro lado, las proposiciones pueden contener cons tan tes lógicas (como no, y, si, entonces), que den lugar a proposiciones com plejas a p a rtir de o tras m ás elem en tales. A combate con B y C regala una flor a D es un ejem plo de esto. Ante casos así, la m áxim a principal de W ittgenstein queda recogida en las siguientes palabras:
La posibilidad de las proposiciones se funda en el principio de que los objetos tienen signos como re presentantes suyos. Mi idea fundamental es que «las constantes lógicas» no son representantes de nada; que no puede haber representantes de la «lógica» de los hechos. (4.0312) Las constantes lógicas no son, por tanto, nom bres de nada. No hay ni siquiera situaciones (hechos) com plejos rep resentados p o r proposiciones com plejas. No hay una 94
lógica de los hechos; tan sólo una lógica de las proposi
ciones. Los elem entos de la proposición son nom bres; las pro posiciones m ás elem entales son m eras com binaciones de nom bres (4.22). Ahora bien, en virtu d de la teoría fi gurativa del sentido de las proposiciones, a una confi guración de objetos en una situación le corresponde una configuración de nom bres en la proposición (3.21). ¿Qué son, entonces, estos objetos? Antes que o tra cosa, los objetos son algo simple (2.02), no están com puestos de p artes o elem entos algunos. Son los átomos, no físi cos, sino lógicos —es decir, lo que el análisis del len guaje exige— del m undo. (De aquí el térm ino de filo sofía del atomismo lógico, im puesto p o r Russell.) Ellos son lo sim ple, los últim os constituyentes de todo lo dem ás y, m uy especialm ente, de los hechos y situacio nes posibles. E n segundo lugar, cuando los objetos se com binan —es decir, en tra n en relaciones— form an lo que Wittgenstein llam a los estados de cosas (2.01) o situaciones. Tenem os así un paralelism o perfecto en tre lenguaje y realidad: A los signos sim ples les corresponden los ob jeto s (que son sim ples), y a la inversa. A las com bina ciones de signos sim ples, les corresponden las com bina ciones de objetos, es decir, los estados de cosas. Sólo falta que unas y o tras com binaciones com partan una m is m a e stru c tu ra form al p ara que el aju ste en tre lenguaje y realidad sea el preciso. La concepción w ittgensteiniana de los estados de co sas tiene dos consecuencias notables: • Una es que, con independencia de qué situaciones sean existentes y cuáles no lo sean, los objetos de que se com ponen unas y otras son inalterables. Son lo que subsiste por debajo o al margen de ellas, el material previo —si vale esta expresión metafórica— a partir del cual se for man todas ellas. Son, dice Wittgenstein, la sustancia del mundo (2.024, 2.027). • Además, en consonancia con lo anterior está la idea de que, una vez que se han dado todos los objetos, se han dado también todas las posibles situaciones (2.0124). O bien: que los objetos contienen la posibilidad de todas las situaciones (2.014). Efectivamente, de la misma ma 95
ñera que en cuanto disponemos de una configuración (per m itid a ) de piezas sobre un tablero de ajedrez, las reglas de este juego determ inan hasta su fin todas las continua ciones posibles, tan pronto como se ha fija d o la totalidad de objetos, se ha determinado también qué puede y qué no puede entrar en el conjunto de los posibles estados de cosas.
De en tre los posibles estados de cosas, algunos existen y otro s no existen. La realidad está configurada por la existencia y p o r la inexistencia de los estados de cosas. El m undo que d ib u ja el Tractatus es, pues, la sum a total de la realidad (2.063): la sum a total de unos y otros estados de cosas. El mundo es todo lo que es el caso (1). (El trad u c to r español lo dice así: el mundo es todo lo que acaece). Así, lo que hace de nuestro m undo algo bien específico es que está inequívocam ente d eterm ina do p or los hechos, p o r todos los hechos (1.11). Los ob jetos no caracterizan a nuestro m undo m ejor que a cualquier o tro hipotético. Los objetos en tran a form ar p arte de los estados de cosas o situaciones que determ i n an n u estro m undo. El m undo es la totalidad de los hechos, no de las cosas (1.1). E n este contexto, W ittgenstein utiliza un térm ino muy im p o rtan te p ara su concepción de la filosofía como aná lisis lógico del lenguaje, de la que se tra ta rá un poco m ás adelante. Se tra ta del térm ino de espacio lógico. Con relación al espacio lógico, el Tractatus dice dos co sas de interés:
Los hechos en el espacio lógico son el mundo. (1.13)
Una proposición determina un lugar en el espacio lógico. La existencia de este lugar lógico viene garan tizada por la mera existencia de los constituyentes —por la existencia de la proposición con sentido. (3.4) El p rim ero de estos textos incide en un rasgo de la m etafísica del Tractatus; el segundo ap u n ta a un rasgo de su teo ría sem ántica (su teoría del sentido de las pro posiciones). Considerém oslos p o r separado. 96
Según el p rim er enfoque, el espacio lógico es el espa cio (o lugar, m etafóricam ente hablando) de todos los m undos posibles. En este espacio, nuestro m undo, el m undo, está unívocam ente determ inado por la existen cia de algunos estados de cosas y p o r la inexistencia de los restantes. Si ah ora reflexionam os sobre esta idea de lo que es el m undo, nos apercibirem os de que tal distribución de existencia e inexistencia, que es carac terística del m undo, no es la única conceptualm ente posible. Si otro s hubiesen sido los estados de cosas existentes —y, p o r ende, o tro s los inexistentes— otro hubiese sido el m undo. Llam em os a todas estas altern a tivas al m undo los mundos posibles. El espacio lógico es el conjunto de todos los m undos posibles, así com o del m undo real. Variem os ligeram ente la perspectiva y m irem os a la cara sem ántica de la cuestión. W ittgenstein se vale, en el segundo de los textos citados, de un sím il geom étrico, explotando la idea de que las proposiciones son en el es pacio lógico lo que un punto en el espacio geom étrico. Una p artícu la física, digamos, puede considerarse loca lizada en un pu n to geom étrico cuya posición respecto de unos ejes de coordenadas está unívocam ente deter m inada por la recta m ás corta que une el punto a cada uno de los ejes. Una proposición hace algo análogo en función de lo que expresa; es decir, en función de cuáles sean sus constituyentes y de cóm o estén com binados en tre sí. Recordem os que, p ara W ittgenstein, el sentido de una proposición es la situación (existente o inexistente) que describe. A esto hay que añ ad ir que lo que una propo sición rep resen ta lo representa al m argen de si es ver d ad era o falsa (2.22). Y una proposición es verdadera o falsa, si es (o no es, respectivam ente) una figura de la realidad (4.06). Con este criterio de verdad, la noción de espacio lógico puede caracterizarse del siguiente modo. R epresentem os la circunstancia de que una proposi ción p es v erdadera así:
P V 97
Y representem os la circunstancia de que una proposi ción es o bien verdadera, o bien falsa de esta m anera:
P
(III)
V F Si tuviésem os que sim bolizar los m undos posibles (in cluyendo tam bién al m undo) susceptibles de ser descri tos m ediante una sola proposición, la proposición p, n u estra tarea consistiría sim plem ente en señalar (III) y decir: Ahí están. De hecho, sólo puede hab er dos m un dos susceptibles de ser descritos m ediante una propo sición: el m undo en que p es verdadera y el m un do en que p es falsa. E n caso de ten er que rep resen tar la totalidad de m un dos d eterm inados p or la existencia o la inexistencia de dos situaciones d istintas, S, y S2, figuradas, respectiva m ente, p o r las proposiciones p y q (por ejem plo, hay orquídeas que viven enterradas y Marlowe escribió «Ote lo»), recu rriríam o s a la siguiente tabla: (IV)
P
q
V
v
(Mundo posible 1)
V
F
(El m undo)
F
V
(Mundo posible 2)
F
F
(Mundo posible 3)
E n (IV) tenem os a la vista cóm o serían los cuatro m un dos describibles con las dos proposiciones p y q. En el p rim ero de los m undos posibles, hay orquídeas que viven en terrad as y M arlowe escribió Otelo, y, por lo tan to, tan to la proposición p com o la proposición q son verdaderas. En n u estro m undo, p es verdadera, pues hay orq u íd eas que viven enterradas, pero q es falsa, ya que no fue Marlowe, sino Shakespeare, quien escribió 98
Otelo. La situación que describe p existe, m ientras que la situación que describe q no existe. En el m undo po sible 2, p es falsa y q es verdadera (no hay orquídeas que vivan bajo tie rra y M arlowe escribió Olelo). E n el últim o caso, tan to p com o q son falsas. Pues bien, en el p rim er caso, el de (III), el espacio lógico que puede rep resen tarse por m edio de una sola proposición sim ple es el que corresponde a la sim ple colum na form ada p o r los dos valores de verdad. En el ejem plo de (IV), el espacio lógico sería lo que represen tan las cu atro distribuciones de valores de verdad (las cu atro distribuciones de valores de verdad tom adas de dos en dos, pues dos son las proposiciones que intervie nen en el caso). El espacio lógico es el conjunto de posi bilidades que p o d ría ten er el m undo, cuando el m undo puede ser descrito de acuerdo con un núm ero fijo de proposiciones elem entales. El espacio lógico correspon diente a un núm ero n de proposiciones es lo que repre senta la tab la de distribución de valores de verdad for m ada p o r todas las asignaciones de verdad sim ultáneas a las n proposiciones. Así pues, en lugar de p reg u n tar ¿cuál es el espacio lógico correspondiente a estas n proposiciones?, Wittgenstein debería ad m itir tam bién esta o tra pregunta:
¿cuántos mundos podemos construir con estas n pro posiciones? En cuanto a la m etáfora que ve en las proposiciones lugares de un cierto espacio lógico, resu lta m uy n atu ra l en cuanto que le dam os a la tabla (IV) este make-up:
V V
F
F
(a)
(b)
M undo posible 1
El m undo
(c)
(d)
Mundo posible 2
Mundo posible 3 99
El espacio lógico está representado aquí p o r la totali dad de las cu atro casillas del rectángulo. La proposición p (hay orquídeas que viven enterradas) determ ina un cierto lugar en el espacio lógico: las casillas (a) y (c), pues estas casillas rep resen tan aquellos m undos en los que dicha proposición es verdadera. Hay otras proposi ciones que determ inan lugares m ás reducidos, com o no hay orquídeas que vivan enterradas y Marlowe escribió Otelo. E sta proposición es verdadera únicam ente en el m undo (b), que es el m undo que corresponde a la casilla d eterm inada p or la verdad de q y la falsedad de p. Si hubiésem os de sim bolizar lugares en un espacio ló gico a d escrib ir utilizando tres proposiciones, habría que re c u rrir a una representación geom étrica de un espa cio tridim ensional: del in terio r de un cubo, por ejem plo (véase E. S t e n iu s : 1960, pp. 54-58). P or encim a del núm ero tres, el espacio lógico no es geom étricam ente plasm able sobre el papel. Es sim ple resu m ir ah o ra lo esencial de lo dicho en esta sección y en la inm ediatam ente precedente: una vez dado un lenguaje —un conjunto de proposiciones—, el espacio lógico correspondiente a este lenguaje con tiene todo aquello que puede decirse con sentido me diante el lenguaje. Una figura representa una posible si tuación en el espacio lógico (2.202). Y el conjunto de to d as las figuras lógicas, las proposiciones,, el conjunto de to d as las situaciones describióles lingüísticam ente: es decir, el espacio lógico. Más allá del espacio lógico no qu ed ará nada que pueda el lenguaje representar.
4.4. Lo que no puede decirse E n opinión de W ittgenstein, sólo hechos pueden ser figuras de estados de cosas. Una figura es un hecho, dice el Tractatus de un m odo escueto e inequívoco, y poco después añade que p ara que un hecho sea una figura debe ten er algo en com ún con lo representado (2.16): la form a lógica. Sentado esto —que las figuras son hechos— queda des c a rtad a la idea de considerar al lenguaje y al m undo térm inos distintos, aunque conectados por diversas re100
lacioncs. (Recuérdese que las dos relaciones de las que habla W ittgenstein son la relación de significar y la re lación de ten er sentido.) El lenguaje pertenece al muttdo. De aquí que deba h aber algún e rro r en esa im agen en la que lenguaje y m undo son cosas separadas y con trap u estas. El e rro r radica en vernos a nosotros m is mos fuera del m undo y fuera del lenguaje. No existe ese tercer lugar al m argen de am bos ni ese otro p ara el lenguaje fu era del m undo. En la proposición 4.12 del Tractatus —que da p arte del título del presente capí tulo— W ittgenstein lo expresa del siguiente modo:
Las proposiciones pueden representar toda la reali dad, pero no pueden representar lo que tienen que poseer en común con la realidad para poder repre sentarla —la forma lógica. Para poder representar la forma lógica deberíamos poder situarnos nosotros mismos junto con las pro posiciones en algún lugar que esté fuera de la lógica, es decir, fuera del mundo. (4.12) La tesis de este texto es que no podem os decir por m edio de n u estro lenguaje cuál es la e stru c tu ra o form a lógica de las proposiciones y que, consiguientem ente, tam poco podem os decir cuál es la form a lógica o estru c tu ra de la realidad. La explicación que da W ittgenstein de esta afirm ación es que, si pretendem os decir cuál es la form a lógica de una proposición, hem os de salim os fuera de la lógica y, con ello, fuera del mundo. E sta res puesta plantea, no obstante, un im p o rtan te problem a de in terp retació n : ¿qué es lo que quiso decir W ittgenstein al h ab lar de salirse fuera de la lógica? Si bien el Trac tatus no tiene una respuesta literal a esta pregunta, la siguiente salida parece plausible. La esencial de la respuesta consiste en p resen tar la lógica com o la disciplina que traza los lím ites del pen sam iento hum ano, haciendo que éste sea posible. En este sentido, la lógica es trascendental (6.13). (N atural m ente, esta acepción de la palab ra lógica es peculiar del Tractatus.) Es decir, la lógica define los lím ites de un ám bito —el ám bito del pensam iento— del cual es im posible escapar. T raspasar esos lím ites significaría po 1 0 1
d er p en sar lo ilógico. Esto últim o no puede hacerse. En efecto, p en sar es hacerse figuras de la realidad; pensar es rep resen tarse los estados de cosas. En realidad, los frutos del pensar, los pensam ientos, no son sino propo siciones con sentido (4). Si pudiésem os ir m ás allá de los lím ites del pensam iento, nos situaríam os fuera de las m árgenes del lenguaje. Ya que éste es la totalidad de las proposiciones, el ám bito del lenguaje es el ám bito de todo lo que puede decirse con sentido. En este sentido, los límites de mi lenguaje son los lím ites de mi m undo (5.6). Salirse de la lógica equivale a salirse del propio lenguaje. Hem os visto hace un m om ento que el lenguaje define el espacio de todas las situaciones susceptibles de ser descritas m ediante él; es decir, el espacio lógico. La p re tensión de escapar de éste tiene un castigo inm ediato: todo lo que uno diga desde esa anóm ala posición care cerá de sentido. De ahí que W ittgenstein afirm e que si se nos preg u n tase cóm o sería un m undo ilógico, no po dríam os decirlo (3.031). No sólo la form a lógica es irrepresentable lingüística m ente. Tam poco puede describirse por m edio del len guaje las relaciones entre los nom bres y su significado y las que se dan en tre las proposiciones y su sentido. Es im posible decir de un nom bre que tiene tal o cual sig nificado; o de una proposición que tiene tal o cual sen tido. E n todos estos casos, al h ab lar de un nom bre, de una proposición o de o tro signo cualquiera nos estam os condenando a afirm a r algo que carece de sentido. No podem os d ar a un signo un sentido que no tiene (5.4732). Si pese a todo lo intentam os, el resultado es un sin-sentido. F orzar a n u estro lenguaje a hacer una p iru eta se m ejante es m alin te rp re ta r su lógica. El pensam iento iló gico, sin em bargo, m ás que ilícito es una imposibilidad (5.4731). Ahora bien, m atiza W ittgenstein, aunque no pueda de cirse cuál es la form a lógica de una proposición, cuál su sentido o el significado de un nom bre, nuestro lenguaje m u estra esas cosas. El lenguaje no hace factible el de cirlas, pero unas y o tras encuentran reflejo, se mani fiestan, en él (4.121). No podem os afirm ar, por ejem plo, que las proposiciones ja y ga dicen del m ism o indivi 102
dúo, a, que tiene tan to la propiedad / com o la propie dad g. A cam bio, añade W ittgenstein, el hecho de que usem os el m ism o nom bre, a, tan to en una proposición como en la o tra muestra que las dos proposiciones m en cionan el m ism o objeto (4.1211). A este respecto, p o r lo tanto, un lenguaje bien diseñado es com o una superficie cristalin a bien pulida: en ella se reflejan m ás nítidam en te las cosas que en una que no lo está. La im agen del lenguaje que con esto acaba de perfi larse responde exactam ente a la concepción del lenguaje como medio universal, que se sugirió que latía b ajo algu nas de las páginas de Frege. F rente a esto, esta idea ocupa en el Tractatus un lugar destacado y le concede a esta o b ra alguno de sus tonos m ás característicos. Como vemos, la tesis característica de esta idea del len guaje es que no podem os a d q u irir una posición de privi legio desde la cual p ro ced er a exam inarlo. Es m ás, pues to que los lím ites del lenguaje son los lím ites de mi m undo, el m odo en que yo me represente éste depen d erá de los recu rso s que aquél ponga a mi disposición. En un sentido, que no h a escapado a los críticos, el len guaje viene a d ictar entonces las condiciones bajo las cuales es posible el m undo y bajo las cuales hablam os del espacio lógico. A esta d octrina se le ha dado el nom b re de idealismo lingüístico (E. S tenius : 1960, pp. 220 y siguientes). La consecuencia m ás notable del idealism o lingüístico del Tractatus es la de la im posibilidad de investigar sis tem áticam ente las conexiones en tre lenguaje y realidad. Es decir, la im posibilidad m ism a de la teoría sem ántica (J. H intikka: 1984, p. 29). Esa im posibilidad no es óbice, de o tro lado, p ara que esas conexiones en tre nom bres y objetos, en tre proposiciones y situaciones, puedan aprenderse, pues se reflejan en el lenguaje y en el uso que hacem os de él.
4.5. La filo so fía com o an álisis del lenguaje El objetivo que W ittgenstein se trazó en el Tractatus fue el de pone]- un lím ite al pensam iento: el de d ib u jar 103
una línea de dem arcación entre lo que puede ser pen sado —las d istin tas com binaciones de estados de cosas en el espacio lógico— y lo que no puede serlo. O tra m an era de decir lo m ismo es la siguiente: W ittgenstein se p ropuso a rb itra r un criterio de distinción entre las proposiciones con sentido y las m eras com binaciones de signos sin sentido. La convicción con que está escrito el Tractatus es la de que ese lím ite puede trazarse en el lenguaje. Una segunda convicción acom paña a esa prim era. La de h aber encontrado
en todos los aspectos esenciales la solución final a los problemas. (L. Wittgenstein: 1921, p. 31) E n lo que hace a los problem as de la filosofía, la solu ción final —incluso en el sentido dram ático que a veces se concede a esta expresión— la solución de W ittgenstein consiste, sim plem ente, en esto:
El método correcto en filosofía sería en realidad el siguiente: no decir nada, excepto lo que puede ser dicho, a saber, las proposiciones de la ciencia natural —es decir, algo que nada tiene que ver con la filoso fía— y entonces, cuando quiera que alguien quisiese decir algo metafísico, demostrarle que había dejado de dar significado a ciertos signos de sus proposicio nes. Aunque esto no sería satisfactorio para la otra persona —que no tendría la impresión de que le es tuviésemos enseñando filosofía—, «este» método sería el único estrictamente correcto. (6.53) De esta m anera, llegamos a una de las doctrinas más características del m ovim iento analítico en filosofía. Lle gamos a la conclusión de que la filosofía no es un saber sustantivo, un cuerpo de conocim iento plasm ados en proposiciones verdaderas. No hay proposiciones filosó ficas (4.112). La totalidad de las proposiciones representa la totalidad del espacio lógico. La totalidad de las p ro posiciones verdaderas constituye la ciencia natural (4.11). La filosofía no se sitúa en una posición com parable a la 104
de la ciencia n atural, pues no es u n a de las ciencias na turales (4.111). Su función es muy o tra que la de explo ra r esa posibilidad del espacio lógico que es el m undo. El com etido que, entonces, le reconoce el Tractaius a la filosofía es el del esclarecim iento lógico del pensam ien to, es decir, el análisis lógico del lenguaje. Que la filosofía se conciba com o análisis lógico de las proposiciones significa dos cosas en el Tractatus. La p rim era de esas cosas está directam ente vinculada a la distinción que hace W ittgenstein en tre signo y sím bolo de una proposición. Una proposición es un signo artic u lado que está com puesto de otros signos. Este signo a r ticulado se convierte en figura de una situación p o r en c e rra r un pensam iento —ese pensam iento que la pro posición expresa (3.1)—. La proposición, puede decirse, es el aspecto visible (o perceptible) del pensam iento que expresa (3.32). H ablando en sentido estricto, los pensa m ientos son las figuras lógicas, y no las proposiciones. A m enudo, sin em bargo, la relación entre proposición y pensam iento es muy cerrada. Tanto que, com o se h a visto, W ittgenstein llega a decir que un pensam iento es u na proposición con sentido. Esa form a de h ab lar es lícita toda vez que, en esos casos, la correspondencia en tre los elem entos de la proposición —que según W itt genstein se da siem pre (3.2)— es uno-a-uno. A veces, sin em bargo, el signo, m ás que a un sím bolo, está asociado a m ás de uno de éstos. El signo tiene en tales casos diferentes modos de significación (3.322). La posesión p o r un signo de diferentes m odos de significa ción puede d ar lugar a situaciones en las que uno pen saría que una proposición tiene un sentido, cuando en realidad posee o tro bien distinto. Un ejem plo de esta equivocidad (citado por W ittgenstein) es el de la am bi güedad de la form a verbal es. En las oraciones: a)
Cervantes es un escrito r del Siglo de Oro español.
b)
C ervantes es el au to r del Quijote.
aparece esta m ism a form a verbal, pero con un efecto diferente en cada caso. En el prim ero, el lenguaje m ues tra —diría W ittgenstein— que atribuim os a un objeto del
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m undo, a Cervanl.es, una propiedad: la de ser un escri to r p erteneciente al Siglo de Oro Español. En (a), el es es, p o r consiguiente, el es de la predicación, el que em pleam os p ara decir de tal o cual individuo que tiene una cierta propiedad. En el segundo caso, el lenguaje m ues tra que estam os diciendo de dos objetos, aparentem en te distintos, si juzgam os p o r lo que los nom bres indican, que son el mismo objeto. (Todo esto, claro está, en el supuesto de que Cervantes sea un objeto, en el sentido que tiene la p alab ra objeto en el Tractatus.) El es de (b) es, p o r lo tanto, el es de la identidad. La m ism a palabra en cierra dos sím bolos distintos. Vemos, así pues, que en un cierto sentido el lenguaje oculta o disfraza el pensam iento; que el signo no de term in a inequívocam ente el sím bolo que expresa (4.002). E sta circunstancia es de gran im portancia filosófica, pues la filosofía está, p a ra W ittgenstein, llena de e rro res o de confusiones a causa de esta equivocidad de los signos. F rente a esto, la m ejo r solución consiste en h a b ilitar u n sistem a de signos regido por una adecuada g ram ática (o sintaxis) lógica. Incorpora ésta, en p a r ticular, la m áxim a de que p a ra cada sím bolo debe utili zarse únicam ente un signo; y que cada signo debe ser el aspecto perceptible de un solo sím bolo. En el Tracta tus, W ittgenstein afirm a que la eonceptografía de Frege es un paso adelante en la elaboración de un sistem a de signos tal (3.325). Desde u n punto de vista filosófico, p erg eñ ar un sistem a así es uno de los objetivos del aná lisis lógico. Además de ésta, hay o tra form a que tiene el lenguaje de disfrazar el pensam iento. No es sólo que el m ism o ro paje cu bra pensam ientos distintos, sino tam bién que no presen te con nitidez qué puede ser pensado y qué no puede serlo. A firm ar que el lenguaje oculta los lím i tes del pensam iento equivale a sostener que en el len guaje no está bien trazada la delim itación entre las pro posiciones con sentido y las com binaciones de signos con apariencia de figuras. Puesto que las proposiciones expresan pensam ientos acerca de cuya verdad o falsedad es cosa de la ciencia n atu ra l decidirse, a la filosofía tam bién le com pete d em arcar el ám bito de la ciencia de cu alq u ier otro. La filosofía, se dice en el Tractatus, pone 106
los límites de la muy discutida esfera de la ciencia na tural (4.113). Las condiciones que hacen posible el pen sam iento —p or em plear una jerga filosófica m ás trad i cional-— se form ulan dentro del lenguaje. Nueva luz sobre este tem a la proporciona la ya m en cionada distinción entre lo que puede decirse en el len guaje y lo que m eram ente se muestra en él. De hecho,
la labor de fijar las fronteras del pensamiento es, pre cisamente, la labor de especificar las condiciones de lo que puede decirse. Vimos ya que la confusión de lo que m u estra el lenguaje con lo que cabe decir con él es un e rro r producido p o r una com prensión inadecuada de la lógica del lenguaje. La filosofía (es decir, el análisis ló gico) debe poner, así pues, las cosas en su ju sto lugar. Sin la filosofía, los pensam ientos sólo p resen tan rasgos difum inados, como si estuviesen envueltos en una densa nube. Es cosa del análisis lógico hacer re salta r estos ras gos, dotándolos de tonos bien acusados (4.112). Uno de los ejercicios m ás conspicuos de acentuación de perfiles que contiene el Tractatus es el que se refiere al lugar que ocupa la ética en todo el escenario m etafísico de la obra. A este respecto, la principal afirm a ción de W ittgenstein es que las proposiciones éticas son im posibles; que la ética no puede ser p u esta en pala bras. Así, cuando decim os, p o r ejem plo, es moralmente bueno honrar a los propios padres, n u estra afirm ación no describe ningún hecho del m undo. Si hubiese valores m orales, ten d rían que en co n trarse fuera del horizonte al que pertenece el m undo. Sim plem ente, los valores son ilocalizables en el espacio lógico. Un buen p u n to de p artid a p ara explicar esta d octrina de la inexpresabilidad de la ética lo constituye la afir m ación de W ittgenstein de que la ética es trascendental (6.421). E sto significa que según sea el ejercicio de nues tra voluntad, bueno o m alo, así será el m undo. C um plir o no cum plir las m áxim as m orales supone una diferen cia en los hechos del m undo: h ab itar un m undo en el que se h o n ra a los propios pad res o vivir un m undo en el que esto no se hace. Los hechos, que no los valores, son d istintos en cada caso (6.43). Si los valores m orales o éticos no son cualidades del m undo —es decir, si calificar una acción de m oralm en 107
te buena no es com parable a calificar a un libro de volu m inoso—, ¿cuál es el sentido de afirm aciones como es moralmente bueno honrar a los propios padres? Una m áxim a com o ésta pretende ver el m undo desde fuera, com pararlo con otros m undos posibles y valorar unos en m ayor m edida que otros, según se honre o no en ellos a los propios padres. Las proposiciones éticas no pueden decir nada, p o r lo tanto. El que unos m undos posibles posean u n valor intrínseco (del tipo que sea: ético, esté tico, etc.) no es algo que quepa en contrar en el espacio lógico. La odisea del filósofo es ahora com prensible. Su pe reg rin aje por las doctrinas del Tractatus debe conducirle a reconocer que sus doctrinas han traspasado los lím i tes del sentido y que, por consiguiente, no hablan de nada que pertenezca al espacio lógico. No es posible escapar de los confines de la lógica. Para la filosofía, la única altern ativ a es el análisis lógico del lenguaje.
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Carnap
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El sesgo empirista del análisis semántico
Antes de p roseguir con la evolución de la Filosofía Analítica a p a rtir de la publicación del Tractatus LogicoPhilosophicus, recapitulem os lo esencial de las páginas precedentes. La p rim era consecuencia a ex traer de la h isto ria que ha venido narrándose es que la concepción de la filosofía com o análisis lógico del lenguaje encierra b astan te m ás que una sim ple p ropuesta de claridad o de corrección en el uso que del lenguaje hacen los filóso fos cuando form ulan sus doctrinas o sus co njeturas y proyectos. Desde siem pre había habido filósofos que h ab ían expresado esa necesidad. En la obra de Frege,
Russell o Wittgenstein, esa propuesta va acompañada de un análisis de las relaciones que guarda con la reali dad un lenguaje dotado de un cierto diseño lógico. Con estos auto res, la Filosofía Analítica tiene un fuerte ingre diente de S em ántica Filosófica. Con ellos, la teoría del significado —dando a la palabra significado una acepción muy general— se hace una p arte central de la filosofía. En su punto de arran q u e (es decir, en Frege), la se m ántica filosófica está íntim am ente ligada a la concep110
tografia y al pro g ram a de íundam entación de la a rit m ética que se califica de logicista. Ahora bien, hem os visto con algún detenim iento que un requisito de la conceptografía es que cada signo suyo, sea o no una cons tante lógica, rep resenta alguna entidad (un objeto o una función). Es m ás, el que toda expresión de la conceptografía esté co rtad a p o r el p atró n de los nom bres se se guía p ara Frege del hecho m ism o de tener sentido, pues es éste lo que hace de una expresión p o seed o ra1de una referencia. T anto Russell com o W ittgenstein pusieron en duda estos dos principios sem ánticos. El p rim ero de ellos —ningún signo sin referencia— entró en cuarentena por conllevar una descripción del m undo que ab u n d aría en entidades problem áticas. (Recuérdese las vueltas d a das a los cuadrados redondos o al alopécico rey francés.) El segundo fue descalificado por su ceguera p ara distin guir d istin tas funciones sem ánticas. A lo largo de esta tram a argum ental han ido ap are ciendo y discutiéndose algunos problem as de la filosofía de siem pre: el de la dem ostración de la existencia de Dios, el de la estru c tu ra lógica de esas m ínim as un id a des lingüísticas con significado que son las oraciones (de clarativas), el de la m edida en que el uso del lenguaje nos com prom ete a acep tar la existencia de tales y cua les cosas y, finalm ente, el de la naturaleza de la E tica. E sto quiere decir que, desde el m ism o principio de su em presa, los filósofos analíticos fueron, valga la re d u n dancia, filósofos y que no se lim itaron a enunciar un program a de reform a filosófica aunque sin e n tra r luego en ella. El análisis lógico que hizo Frege del concepto de existencia, y con ello del argum ento ontológico, fue en buena p arte —si juzgam os p o r lo po p u lar que ha sido desde entonces la cuestión de si la existencia es un predicado— d eterm inante del éxito de esa idea del que hacer filosófico. Eso no obsta, desde luego, p ara que la concepción m ism a de la filosofía evolucionara de una m anera conspicua desde Frege a Russell y W ittgenstein. Las razones p ara considerar a Frege un filósofo ana lítico se d esprenden de algunas de las cosas dichas re ite rad am en te h asta el p resen te m om ento. Pese a esto, hay diferencias conspicuas en tre la concepción fregeana del análisis filosófico y las m ás com plejas de R ussell y, so-
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b rc todo, W ittgcnstein —filósofos analíticos p o r antono m asia estos últim os—. Ante una afirm ación con un in terés filosófico, la cuestión p ara Frege es la de hallar el m odo de refo rm ularla usando las categorías lógicas de la conccptografía. Una vez hallada ésta, la tram p a que el lenguaje tiende al pensam iento queda detectada y la cuestión filosófica resuelta. Así, la oración existen nú meros primos mayores que 100 se convierte, después del análisis lógico, en bajo el concepto número primo ma yor que 100 cae más de un objeto. Si la p rim era puede cau sar alguna dificultad p o r contener la problem ática p alab ra existen, la segunda pone las cosas en su lugar al sacar a la superficie la antes oculta relación caer bajo (que se da en tre objetos y conceptos) y al poner de m a nifiesto que se está atribuyendo algo a un concepto. Cuando, com o hem os visto, se re tira el estatu to de nom bres a m uchas de las expresiones satu rad as y, en p articu lar, se distingue tajan tem en te en tre re ferir y te n er sentido, se accede a una concepción de la filosofía m ucho m ás com pleja (y p ara m uchos m ás discutible tam bién): la de d istinguir con claridad en tre lo que puede decirse con sentido —los pensam ientos— y lo que no puede ser dicho p o r carecer de sentido. De las in ter venciones locales en n u estro sistem a conceptual (o lin güístico) que recom endaba Frege se pasa con el Tractatus a u n a visión global en la que al filósofo se le enco m ienda indicar los lím ites de la ciencia. El Tractatus le dio a la Filosofía Analítica una infle xión d eterm inante. Y ello tan to por las cuestiones en él trata d as (como la teoría figurativa del significado) como p o r aquellas que soslayó sin m ás. De estas segundas, es obligado referirse a dos de ellas por la im portan cia que tuvieron en las décadas siguientes. Me refiero a las cues tiones de cóm o en ten d er los objetos que se contem plan en la m etafísica del atom ism o lógico del Tractatus y a la de cóm o en ten d er el criterio de sentido que se em plea en la teoría figurativa del significado. Si consideram os característico de una visión em pirista del conocim iento hum ano el juzgar que la certeza de n uestros conocim ientos procede de los datos que nos proporcionan n u estro s sentidos, puede afirm arse enton ces que la b úsqueda de respuestas a las dos preguntas 112
que el Tractalus no respondió, proporcionó a la inves ligación filosófica que le siguió un sesgo inevitable m ente em pirista. Veamos cómo.
5.1. ¿Qué son los ob jeto s del T ractatus? D urante la década de los años veinte y trein ta, el Trac tatus ejerció una intensa influencia en un num eroso y activo grupo de filósofos reunidos en torno a las figu ras de M oritz Schlick (1892-1936), O tto N eurath (18821945), H ans Hahn, Rudolf C arnap (1891-1970) y H ans Reichenbach (1891-1953) en diversos centros académ i cos europeos, especialm ente en Viena (pero tam bién en Praga y Berlín). Aunque estos au to res tuvieron en una m uy alta estim a alguna de las doctrinas de W ittgenstein, o tras les resu ltaro n , y nos resu ltan a nosotros todavía, difíciles de entender. Una de estas ideas ocupa un lugar central en la visión m etafísica del m undo que p resen ta el Tractatus. El m un do, nos dice esta obra, está constituido por los hechos. A su vez, éstos contienen objetos com o elem entos ú l tim os. Los objetos son sim ples. Aunque todos entende mos que el análisis deba detenerse en algún punto a p ar tir del cual ya no pueda proceder, es inevitable pregun tarse qué clase de cosas son estos átom os lógicos a los que W ittgenstein llam a objetos. ¿Qué son los objetos del Tractatus ? Si W ittgenstein no aceptó resp o n d er a esta pregunta, Russell tenía p rep arad a desde hacía algún tiem po una resp u esta asom brosa. Esos últim os elem entos a los que conduce al análisis lógico son cosas tales como peque
ñas manchas de color o sonidos, cosas fugaces y mo mentáneas (B. R ussell: 1918, p. 141), A estas cosas de existencia casi in stantánea les da Russell el nom bre de particulares. Los p articu lares son, p o r lo tanto, los da tos de la sensación, experiencias visuales, auditivas, tác tiles tran sm itid as p o r nuestras term inaciones nerviosas. Es incontestable que ac ep tar que los p articu lares son lo que p ro piam ente hay es algo que e n tra fácilm ente en conflicto con algunas de las cosas que nuestro sentido com ún nos fuerza a creer. Las cosas que juzgam os rea 113
les, sin asom o alguno de reserva, como la silla en la que me siento o el cuadro colgado de la pared que está frente a mí, no tienen ese carácter m om entáneo que poseen mis experiencias físicas de ellas. Estas, los particulares, pueden d u ra r lo que apenas un a b rir y c e rra r o de ojos o ese lapso p u n tu al d u ran te el que me apercibí de que el cuadro seguía colgado de la pared donde siem pre h a bía estado. R ussell considera, p o r su parte, que exigirle a lo real la perd u rab ilidad en el tiem po es sim plem ente un prejuicio m etafísico. La cuestión es, entonces, cono cer qué razones podía aducir Russell en favor de su op ción, que nos convencieran de que no era él quien es taba prejuzgando el tem a. El p rim er aval de la elección de un m undo de p artic u lares tiene un obvio tono em pirista: los particulares son lo único que nos es dado conocer con certeza (B. R us sell : 1918, p. 242). Si nos rehusam os a afirm a r incon dicionalm ente la existencia de todo aquello cuya exis tencia no sea p ara nosotros evidente, hay que concluir que sólo los p articu lares constituyen esa porción del m undo que resu lta cognoscible. El resto son entidades m etafísicas sin incidencia alguna en n u estra experien cia del m undo. Si usted piensa —diría R ussell— que
es necesario distinguir entre los objetos y las experien cias (los particulares) que éstos causan en nosotros, se equivoca. Eso extra que usted añade a las apariencias no pertenece al reino de lo cognoscible. En este sentido, frente a los objetos cotidianos, las entidades que la ciencia postula en su descripción del m undo (genes, p ar tículas subatóm icas, agentes que tom an decisiones ra cionales en el m ercado económico, etc.) son ficciones. (Pero esto no quiere decir que no desem peñen ninguna función en el conocim iento hum ano.) Una im p o rtan te razón en favor de los particulares es que proporcionan un m edio de conectar dos im ágenes del m undo aparen tem ente incom patibles: la imagen que d ib u ja la física y la que nos proporciona la psicología. E ste argum ento, que en buena p arte procede del filósofo p rag m atista norteam ericano William Jam es (1842-1910), es muy im p o rtan te para el atom ism o lógico de Russell. Hoy p o r hoy, afirm a Russell, la ciencia física nos p re sen ta un m undo que en una gran m edida va m ás allá del 114
m ás fam iliar de n u estro sentido com ún. El m undo, se nos dice, está form ado no sólo por objetos físicos de tam año m edio, sino tam bién por entidades inobservables de m uchas clases. Planetas y estrellas, nubes y plantas, células y genes, átom os y partículas elem entales: esto es lo real p ara todos sin excepción, según el físico. Aun que pueda h aber una diferencia de grado en la inm edia tez con que se establezca su existencia objetiva, tan real es un relieve m ontañoso com o una partícu la elem ental inferida tras observar las huellas dejadas en su trayecto ria p o r una cám ara de niebla. Lo subjetivo es irrelevan te p ara la com prensión de nuestro m undo. E n ab ierta oposición a la fe del físico en la objetivi dad de las cosas, el psicólogo m ira con desconfianza esa pretensión de su antagonista por decirnos cómo es la realidad en sí m ism a. Lo que vemos u oímos depende en una p arte no despreciable de n u estra constitución física, de m odo que nuestras posibles convicciones acer ca de la n aturaleza del m undo debe atem perarse con el reconocim iento de que se halla condicionada — condicio nada es u na p alab ra escogida por R ussell— p o r nues tro s órganos sensoriales. La psicología enseña, p o r lo tanto, la subjetividad de n u estras prim eras experiencias del m undo (de los datos de la sensación) y a rro ja algu nas dudas bien argum entadas en torno a la idea de una im agen del m undo no in terferid a por las peculiaridades de sus dibujantes. Ante sem ejante conflicto de convicciones, Russell ha lló un m odo de arm onizar física y psicología. En su so lución le corresponde un lugar destacado a la tesis de que los p articu lares son, en sentido estricto, los objetos reales que hay en el m undo. La idea central de su expli cación es que tan to los objetos del m undo cotidiano —es decir, los cuerpos— corno los que introduce el fí sico son construcciones lógicas elaboradas a p a rtir del m aterial inicial que son los particulares. Decir de una p artícu la elem ental que es una construcción lógica es decir que e n tra en n u estra descripción de la realidad como sistem a de correlaciones en tre diferentes p artic u lares, com o form a de poner orden en la incesante suce sión de particu lares que constituye n u estra experiencia. 115
La idea de que una entidad física, con independencia de que sea observable, es un sistem a de correlaciones, significa lo siguiente. C onsiderem os el caso del cuadro que está colgado de la pared que está enfrente de mí. Lo m iro m om entáneam ente y percibo una m ancha de di versos colores dispuestos de una m anera peculiar. Esa m ancha es un p articular. No ese p artic u la r —que es único e irrepetible—, sino otros notablem ente parecidos a él se producen p ara mí cada vez que observo el cuadro o que le echo una ojeada. A veces la perspectiva es dis tin ta y el tam año relativo de los colores varía ligera m ente. En o tras ocasiones son los colores lo que cam bia, en función de las condiciones de ilum inación. La sem e janza, sin em bargo, no desaparece. Ahora bien, en m i in terp retació n del m undo yo conecto unos particulares con otro s en v irtu d de relaciones que se dan entre ellos. Una de las m ás conspicuas e im portantes es la de seme janza. Si forzásem os la expresión, yo podría decir que agrupo los p articu lares en cuerpos, por ejem plo, en función de cuán sem ejantes son los unos con los otros, y los tom o com o apariencias d istin tas de la m ism a en tidad. Utilizando un sím il que R ussell utilizó en Los elemen tos constitutivos de la materia (uno de los ensayos que aparecen en Misticismo y lógica), cualquier entidad que se construya lógicam ente a p a rtir de un conjunto de particu lares, es como la im agen de un hom bre en una p an talla cinem atográfica: parece que es efectivam ente un hom bre en acción lo que está siendo proyectado, pero se tra ta tan sólo de una sucesión de im ágenes fo tográficas sin m ovim iento ninguno. La ilusión de p er sistencia la produce la rápida sucesión de las distintas im ágenes. Análogamente, los cuadros, los libros, los gra nos de arena, las p artículas elem entales, etc., son todas ellas ficciones lógicas: es decir, conjuntos de particu la res que guardan en tre sí diversas relaciones y que se agrupan com o si p o r debajo de ellas hubiera una enti dad subsistente. Volviendo al m ism o térm ino que antes: todas esas entidades y objetos no son sino sistem a de correlaciones en tre particulares, sucesiones de conjuntos de p articu lares en el tiem po. En este sentido resulta el cuadro del ejem plo una conveniencia útil que me p er 116
m ite sistem atizar una pequeña p arte de mi rica expe riencia de las cosas. E sto ilu stra la afirm ación de que el cuadro no es algo real, sino una construcción lógica llevada a cabo con el m aterial que m e proporcionan mis term inaciones nerviosas y con el que entregan las ter m inaciones nerviosas de o tras personas. Un objeto físico es com o u n a sinfonía en el que los particulares son como las notas de ésta. (Véase recuadro 6.) Algo im p o rtan te que resu lta de esta conexión del m un do físico y del m undo psicológico es que am bos son el mismo m undo. En la m últiple tra m a de n u estra expe riencia del m undo, el físico y el psicólogo ordenan los m ism os ingredientes de form as distin tas (B. R ussell : 1918, p. 247). El físico agrupa los particu lares de dife rentes personas h asta sacar de sus m oldes las entidades de las que nos habla. La im presión de objetividad deriva de la circunstancia de que el físico opta p o r tra b a ja r con los p articu lares de todos los sujetos. (La excepción la constituyen aquellos particulares que no pueden integrar ningún sistem a de correlaciones: los frutos de la aluci nación.) El psicólogo, por su parte, está interesado p o r las experiencias de los seres hum anos en tan to que ex periencias de cada ser hum ano. Llevado de ese interés, organiza el conjunto de todos los particu lares de una m anera bien diferente de la del físico. Puesto que su objetivo es conocer las experiencias de un sujeto X en un in stan te de tiem po i, su tare a será la de seleccionar precisam ente el conjunto de todos los datos sensoriales de X en el in stante t. A cada selección así, Russell le da el nom bre de una perspectiva —la del su jeto X en el in stan te t. En el m agm a de los particulares, en resum en, el físico organiza objetos, m ientras que el psicólogo tra b a ja so bre perspectivas. Puesto que los particulares de un su jeto son exclusivam ente suyos, las perspectivas de un sujeto tam bién serán exclusivam ente suyas. Dada esta exclusividad, Russell puede definir el concepto de p er sona —o lo que es lo m ismo: Russell puede co n stru ir lógicam ente a una persona— com o la sucesión de todas sus perspectivas, es decir, como el flujo de su experien cia. Es precisam ente este flujo lo que distingue a una persona de todo lo dem ás.
117
5.2.
E l p rincip io de verificabilidad
La identificación de los últim os ingredientes del m un do a los que se a rrib a m ediante el análisis lógico con cosas tales com o los particulares, abrió un im portante dom inio p a ra la filosofía de las décadas siguientes. Ese dom inio h ab ía tenido sus p rim eros aventureros en E rn st M ach (1838-1916) y R ichard Avenarius (1843-1896) d u ra n te el siglo xix. R ussell lo exploró m ucho m ás sistem áti cam ente en la segunda y en la tercera décadas del si glo xx. Finalm ente, los hitos m ás significativos de esta em presa serían La construcción lógica del mundo (1928), de C arnap, y La estructura de la apariencia (1951), de N elson Goodm an. Con estas dos obras, el em pirism o contem poráneo alcanzó sus cotas m ás altas. La clave de todo el cam bio que supusieron los escritos epistem ológicos y m etafísicos de Russell, así como la ci tad a o b ra de C arnap, puede describirse así: la conside ración de las m ás fam iliares entidades de la vida coti d iana y de las m ás ab stru sas construcciones de la cien cia le dieron un vuelco to tal a la m anera de entender el análisis sem ántico contenida en el Tractatus. Pues si un o b jeto x es la clase de todos esos particulares y tales que y es un aspecto de x (para alguien); y si una p ersona x es la clase de todas aquellas perspectivas y tales que y es una perspectiva de x, lo que se diga del uno y lo que se afirm e de la o tra podrá expresarse por m edio de u n lenguaje que contenga: a)
constantes lógicas (como todos los),
b)
nociones matemáticas (como la de clase) y
c)
expresiones cuyos valores semánticos sean parti culares, propiedades de particulares y relaciones entre particulares (como las variables x, y, etc., o térm in o s com o particular (de) y perspectiva (de).
A un lenguaje con estas características se lo suele de nom inar lenguaje fenomenalista o fenoménico. Lo que R ussell había em prendido, y aquello en lo que Carnap dio algunos nuevos pasos, era el proyecto de trad u c ir 118
toda afirm ación a una oración de u n lenguaje fenomenalista (el proyecto o programa fenomenalista). El p ro yecto constituía un sueño dorado p ara el filósofo emp irista, es decir, para quien piensa que todo el conoci m iento hum ano se apoya en la inform ación (los datos) contenida en n u estras sensaciones: m o stra r —com o de hecho se sostuvo que era posible— que todo lo que di gamos acerca del m undo es una afirm ación com pleja en la cual tan sólo se b arajan datos de los sentidos. P ara ser exactos, hay que ap resu rarse a reconocer que Russell veía en el m étodo de las construcciones lógicas u na vía p ara la m etafísica, un m étodo que conduciría a una m ayor claridad en la descripción de lo que real m ente existe. Sin em bargo, en las m anos de otros au to res, y aquí hay que volver a C arnap, el m étodo adquirió un nuevo valor p ara el análisis sem ántico. Según su nue vo significado, el m étodo h ab ría de p erm itir reducir toda afirm ación relativa a ficciones lógicas (cuadros, quarks, genes, agentes racionales, m ovim ientos pictóricos) a una que versaría sobre p articu lares o elem entos p uram ente cualitativos de la sensación. E sta in terp retació n del proceder de Russell se encuen tra expuesta con claridad en una pequeña o b ra que Carnap publicó tam bién en 1928: sus Pseudo-problemas de la filosofía. Aquí distingue C arnap clases o niveles de objetos: los objetos autopsicológicos (nivel 1), que coinciden a grandes rasgos con los p articu lares de Rus sell en ser siem pre experiencias de un sujeto; los o bje tos físicos (nivel 2), como el cuadro colgado de la p ared que está frente a mí; los objetos heteropsicológicos (ni vel 3), u objetos de la vida psíquica de los dem ás, tales com o los sentim ientos de las o tra s personas y, final m ente, los objetos culturales (nivel 4), com o el expre sionism o pictórico o la C onstitución de Cádiz de 1812. El proyecto que C arnap inició en La construcción lógica del mundo consistía en reducir los objetos culturales a los heteropsicológicos; éstos a los objetos físicos y, después, los objetos físicos a los autopsicológicos. De o tra form a: el p rogram a fenom enalista p reten d ía cons tru ir lógicam ente los objetos de los niveles 2, 3 y 4 a p a rtir de los de nivel 1, trab a jan d o en cada nivel que 119
no fuese el p rim ero con el m aterial del precedente. Un o bjeto es rcducible a otros cuando todos los enuncia dos acerca del p rim ero se traduzcan a enunciados que versen sobre los segundos (R. C a r n a p : 1928a, p. 60). Así, a la operación de construcción en el ám bito de los obje tos se corresponde la traducción en el plano lingüístico. Lo im p o rtan te es que tra d u c ir es d ar el significado de una oración em pleando p ara ello un núm ero reducido de recursos lingüísticos. Así, al d iscu tir en Pseudo-problemas de la filosofía la reducción de los objetos heteropsicológicos a objetos físicos, C arnap aceptó abiertam ente esa corresponden cia en tre red u cir y traducir:
Hemos visto anteriormente que en cada caso par ticular el reconocimiento de lo heteropsicológico nos retrotrae al reconocimiento de cosas físicas. Y no sólo en el sentido de que en cada caso a la par que el re conocimiento de un episodio heteropsicológico tiene de algún modo lugar un episodio físico, sino que lo heteropsicológico, con todas sus características, de pende del reconocimiento del correspondiente epi sodio físico. De aquí que uno podría traducir cual quier enunciado relativo a un episodio heteropsico lógico, por ejemplo, «A está ahora gozoso», a un enunciado que mencione únicamente cosas físicas, ta les como movimientos expresivos, actos, palabras, etc. (R. Carnap: 1928b, p. 334)
E ste es el p u n to notable. La discusión acerca de cuáles podían ser los átom os lógicos del m undo condujo, como hem os visto que sucedía con otros problem as anteriores, al tem a de la form a en que el lenguaje se relaciona con el m undo. Si dam os el nom bre de significado empírico a la inform ación que tran sm ite una oración acerca del m undo —se conciba éste com o constituido por expe riencias psíquicas o p o r algo diferente—, la innovación en el análisis sem ántico que va de la m ano del program a del fenom enalism o es la de identificar el significado em pírico de un enunciado (o de una oración declarativa) con la inform ación que tran sm ite su traducción a un lenguaje fenom enalista. Por decirlo de un m odo con ciso: una teoría del significado em pírico es una teoría 120
de la traducción a un lenguaje de p u ras sensaciones (con suficiente estru c tu ra lógico-m atem ática). El tem a tiene otro ángulo de enfoque. En la exposición que se llevó a cabo an terio rm en te de la teoría figura tiva del sentido, expuesta en el Tractatus, se recalcó que la idea de que las proposiciones (u oraciones) son figu ras de la realidad hace de la situación o estado de cosas rep resen tad o el sentido de la proposición. A la pregunta de qué supone conocer el sentido de una proposición, W ittgenstein responde que com prender lo que dice una proposición es saber qué estado de cosas rep resen ta (4.021). A esto hay que añadir que uno puede ca p ta r el sentido de u na proposición y no saber si esa proposición rep resen ta un hecho. A causa de esto, y con la cláusula que el uso del condicional indica, W ittgenstein afirm a que comprender una proposición significa saber lo que es el caso, si es verdadera (4.024). Por nítido e inequí voco que pueda p arecer este aserto, fue entendido de una m anera inesperada. La p rim era posibilidad a considerar puede explicarse en los térm inos siguientes: el concepto sem ántico de sentido expresa una relación en tre proposiciones y esta dos de cosas (y nada más). Si el sentido es com o una cadena en uno de cuyos extrem os se en cu en tra una pro posición, entonces en el extrem o opuesto debe hallarse la situación de la cual la p rim era es figura. C om pren der la proposición es algo así com o tira r de la cadena h asta reconocer lo que estaba al o tro lado. La relación de sentido conecta, en fin, dos cosas tan sólo: proposi ciones y situaciones. V ariem os ah o ra (¿ligeram ente?) el contenido de 4.021 y 4.024 diciendo: com prender lo que una proposición dice es conocer qué experiencias sensoriales nos lleva rían a juzgarla verdadera. O bien: comprender una pro
posición es ser capaz de identificar aquellas circunstan cias que nos permitirían apercibirnos de su verdad (M. S ciilick: 1936, p. 40). La variante (o variantes) du dáis) ah ora supone(n) una gran diferencia respecto de la prim era, y m ás n atu ra l —creo—, interpretación. Según esta segunda, el sentido de una proposición lo co n stitu yen aquellas experiencias que nos p erm itirían verificar la. E xtendiendo el símil del p árrafo anterior, si el sen 1 2 1
tido es lo que hace posible la verificación, estaríam os an te una cadena de tres brazos en cuyos extrem os tene mos, de form a respectiva, la proposición, las experien cias o circunstancias que actuarían de elem entos veri ficadores y al su jeto que tiene estas experiencias o que es testigo de estas circunstancias. La relación de sentido tiene, en este segundo caso, tres térm inos: proposiciones, experiencias y seres hum anos. La diferencia en tre u n a y o tra interpretación es, por consiguiente, clara: el sentido se define, en un caso, en térm inos de la noción de verdad y, en el segundo caso, en térm inos del concepto de verificación. El Tractatus deja a un lado toda consideración epistem ológica, y eso es una buena razón p ara pensar que el concepto de ve rificación le es ajeno. Todo lo que esta obra autoriza a concluir es que el sentido de una proposición es sus condiciones de verdad (pues com prender una proposi ción es sab er qué estado de cosas del m undo describe, si se tra ta de una proposición verdadera). Pero no auto riza a id entificar este sentido con sus condiciones o con su m étodo de verificación. Sin em bargo, es ju stam en te esto —que el sentido de una proposición es su método de verificación (F. W aissmann : 1967, p. 215)— lo que dice la segunda in terpretación descrita. A esta elucida ción del concepto de sentido se la conoce como el prin
cipio de verificabilidad. Tal y com o se ha trazado la distinción entre una y o tra m anera de en ten d er (4.021) y (4.024), puede quedar la duda de si las condiciones de verdad y las condiciones de verificación son o no condiciones distintas. La solu ción es que se tra ta de condiciones bien distintas. Pero podem os com probarlo m ediante un sim ple ejem plo. E n El sueño eterno, la p rim era de las novelas de Raym ond C handler, Phillip M arlowe, el detective protago nista, se ve a rra stra d o a diversas situaciones extrem as p o r sacar de ap uros a las frívolas hijas del viejo Sterwood, el general retirado cuyo últim o hálito de vida a d u ras penas se m antiene en la densa atm ósfera de un invernadero repleto de orquídeas. En una de esas situ a ciones, un m atón golpea a Marlowe, quitándole el sen tido. Cuando lo recobra, su situación es ésta: 122
Moví la cabeza un poco, con cuidado. Me dolía, pero no más de lo que yo había esperado. Estaba alado como un pavo listo para el horno. Unas esposas man tenían mis muñecas a la espalda, y una cuerda iba desde ellas a mis tobillos y, después, al extremo del sofá color castaño en el que estaba echado. La cuerda se perdía de vista en el extremo de este sofá. Me moví lo suficiente como para asegurarme de que estaba su jeta a alguna parte. (R. Chandler: 1981, pp. 352 y ss.) E ste es un ejem plo típico que invita a u sar la pala b ra verificación. M arlowe desea saber si la cuerda que le ata está su jeta a alguna p arte y poder verificar la ora ción (pensada p o r él en la situación descrita) estoy com pletamente inmovilizado, por ejem plo. A fin de verificar esta oración, estira de la cuerda. La sensación de suje ción que luego tiene es (o form a p arte de) la condición ele verificación de esa oración. Sin em bargo, esa m ism a sensación no constituye (parte de) la condición de ver dad de estoy completamente inmovilizado. Lo que hace que esta oración sea verdadera, es decir, su condición de verdad, es que M arlowe está com pletam ente inm ovili zado. Una y o tra condición están vinculadas en tre sí, pero son distintas. Un paso im p o rtan te en la evolución de la Filosofía Analítica lo dio, aparentem ente, W ittgenstein al abando n ar la in terp retació n literal del concepto de sentido con tenida en el Tractatus y decantarse p o r el principio de verificabilidad. (N aturalm ente, este juicio es correcto si, com o parece, las prim eras versiones del principio de verificabilidad surgieron en las conversaciones en tre W ittgenstein y F riedrich W aism ann, que éste recogió en sus Tesis hacia 1930. Véase F. W aism an: 1967, pp. 205230.) El caso es que puede com probarse cóm o en dife rentes textos (de Schlick, W aism ann, C arnap) se expone la idea de sentido del Tractatus y, a continuación, se la glosa enunciando el principio de verificabilidad, sin dis tinguir la una del otro. E sto sucede, p o r cita r aquí un ejem plo con alguna extensión, en los Pseudo-problemas de la filosofía, de Carnap. La séptim a sección de esta o b ra (titulada El contenido fáctico como un criterio de
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significatividad de los enunciados) com ienza de esta m anera:
El significado de un enunciado yace en el hecho de que expresa un estado de cosas (concebible, no nece sariamente existente). Si un enunciado (ostensible) no expresa un estado de cosas (susceptible de ser conce bido), entonces no tiene significado; es sólo en aparien cia un enunciado. Si el enunciado expresa un estado de cosas, entonces es significativo en cualquier caso; es verdadero si este estado de cosas existe, falso si no existe. Uno puede saber que un enunciado es signifi cativo incluso antes de saber si es verdadero o falso. (R. Carnap: 1928b, p. 325)
H asta aquí, estas palabras podrían haberse incluido literalm en te en el Tractatus. Sin em bargo, Carnap añade de inm ediato:
Si un enunciado contiene sólo conceptos que son ya conocidos y reconocidos, entonces su significado re sulta de ello. De otro lado, si un enunciado contiene un nuevo concepto o un concepto cuya legitimidad (aplicabilidad científica) está en cuestión, su signifisario y suficiente señalar qué condiciones relativas a cado debe ser indicado. Con este propósito, es necela experiencia ha de suponerse que se dan a fin de poder decir del enunciado que es verdadero (no «de que sea verdadero»), y bajo qué condiciones se dirá de él que es falso. (Loe. cit.) Y aquí es obvio que C arnap ha ido con m ucho m ás allá de lo que la o bra de W ittgenstein expresam ente autoriza. Todavía m ás: en 1936, ocho años después de la publi cación de este libro de C arnap, éste sigue hablando idel requisito de verificabilidad form ulada por W ittgenstein en el Tractatus\ (R. C arnap : 1936, p. 422). Y en su auto biografía intelectual sigue atribuyendo C arnap a W itt genstein el principio de verificabilidad (R. Car nap : 1963, página 57). Que hubo una confusión —de la que el pro pio W ittgenstein pudo no estar libre en algún m om en to— en tre las dos form as de entender los aforism os 124
(4.021) y (4.024), o una deriva de la una a la otra, parece e sta r suficientem ente corroborado. Por consiguiente, tenem os ahora en tre m anos dos al ternativas a la doctrina del Tractatus de que una propo sición tiene significado (es decir, tiene sentido), si re presen ta algún estado de cosas en el espacio lógico. La p rim era de ellas, consecuencia de decidir que los objetos del m undo son datos sensoriales, consistió en la opción fenomenalista de exigir que una proposición (u oración) tiene significado em pírico, si tiene un equivalente en un lenguaje de sensaciones. De acuerdo con sem ejante op ción, todo lo que una oración dice equivale a una afir m ación relativa a sensaciones, a sus propiedades y rela ciones. Como u n a afirm ación de esta especie es verificable, la opción fenom enalista supone una versión fuerte o extrem a del principio de verificabilidad. El principio de verificabilidad propiam ente dicho —y del cual hem os venido hablando— procede del reconoci m iento de que el discurso científico, con su continuada referencia a entidades inobservables, no podría expre sarse en un lenguaje en el que nom bres, adjetivos y o tras p alab ras no-lógicas rem itieran únicam ente a p ar ticulares, a propiedades de particulares, etc. Una cosa es afirm ar que todo lo que pueda decirse sobre los bosones —p artícu las elem entales que resu ltan de la colisión de un pro tó n y un an tip rotón, con una vida m edia de unos 1CL20 segundos— es traducible (reducible) a un conjunto de oraciones que versan sobre las sensaciones que cau san en nosotros ciertas trayectorias identificables en el registro visual obtenido de algún sistem a de detección de esas partículas. Y o tra bien d istin ta es que sem e ja n te inform ación tenga alguna conexión indirecta con tales registros. Para Carnap y para otros autores, la p rim era opción es falsa; la segunda es m ucho m ás plau sible y acorde con la form a atem perada del principio de verificabilidad (R. Carnap: 1936, p. 464; A. Ayer : 1946, páginas 18 y ss.). Resum iendo ya: la concepción de los átom os lógicos com o p articu lares y una in terp retació n sesgada de la idea w ittgensteiniana de sentido explican (al m enos en parte) el sesgo em pirista que adquirió la Filosofía Ana lítica, y con ella la S em ántica Filosófica, d u ra n te la p ri 125
m era m itad de este siglo. El efecto m ás im p o rtan te que de aq u í se derivó consistió en un nuevo enfoque de las relaciones en tre lenguaje y realidad. Con autores como Schlick y C arnap, el lenguaje dejó de considerarse como una especie de película que se aju stase perfectam ente a la realidad, en v irtu d del isom orfism o que se postuló en tre am bas, y se dio de él una imagen bien diferente. T ras la form ulación del principio de verificabilidad, ya no se pensó que una oración sería significativa por re p resen ta r alguna situación, fuese o no fuese hipotéti ca, sino p or su conexión con otras oraciones que la acercasen a los datos que tran sm iten nuestras term ina ciones nerviosas. E stos datos verificarían o confirma rían * (es decir, h arían probable la verdad de) aquellas prim eras oraciones con el conducto que suponían las oraciones que las describieran. Esto fue un golpe m or tal para la idea cen tral de la teoría figurativa del senti do: que las oraciones son fotografías lógicas. La altern a tiva presen tab a una im agen de la conexión del lenguaje con el m undo b astante m ás ab stracta.
126
Libros en la hoguera
D urante las décadas de los años veinte y trein ta y m ien tras lo p erm itieron las condiciones políticas de una E uropa progresivam ente m ás y m ás am enazada por el nazism o, una p arte significativa de la filosofía contem poránea se convirtió a la causa em pirista. E sta conver sión tuvo a Viena como su centro im pulsor y fue llevada a cabo p o r filósofos com o M oritz, Schlick y Rudolf Carnap. A su lado hubo otros filósofos y científicos destaca dos: H ans H ahn, H erbert Feigl, V íctor K raft, K urt Godel, F riedrich W aism ann, Phillip Frank. En Berlín, Hans R eichenbach aglutinó a su alrededor a Cari Hempel, Ri ch ard von Mises, K u rt Grelling. E n los países nórdicos y en el Reino Unido el nuevo em pirism o del siglo xx en contraba portavoces autorizados y creativos: Eino Kaila, Arne Naess, Joergen Joergensen, G ilbert Ryle, Alfred Ayer. Con la Segunda G uerra M undial, el nuevo foro de discusión filosófico pasó de la vieja E uropa a los E stados Unidos —en donde Chicago se convirtió en un centro influyente—. (Véase cuadro cronológico a continuación.) En m ás de un respecto, el em pirism o por el que o pta ron estos autores (y al que hoy se conoce com o empiris127
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mo lógico) respondía a la lapidaria declaración de prin cipios con que el filósofo David H um e (1711-1776) ponía fin a su Investigación sobre el conocimiento humano: Me parece que los únicos objetos ele las ciencias abstractas o de la demostración son la cantidad y el número, y que todos los intentos de extender la clase más perfecta de conocimiento más allá de estos límites son mera sofistería e ilusión... Todas las demás inves tigaciones de los hombres conciernen sólo cuestiones de hecho y existencia... Si procediéramos a revisar las bibliotecas convencidos de estos principios, ¡qué es tragos no haríamos! Si tomamos cualquier volumen de Teología o metafísica escolástica, por ejemplo, pre guntemos: «¿Contiene algún razonamiento abstracto sobre la cantidad y el número?» No. «¿Contiene algún razonamiento experimental acerca de cuestiones de hecho o existencia?» No. Tírese entonces a las llamas, pues no puede contener más que sofistería e ilusión. (D.
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1748, p. 192)
Aunque este encendido alegato ha tenido el efecto con trap ro d u cen te de a rro ja r algunas som bras sobre el pro pio H um e y sobre los em piristas lógicos —desde Truffau t no está bien visto quem ar libros—, lo cierto es que H um e y sus m ás recientes ém ulos se habían em b ar cado en tareas de reform a filosófica del máxim o interés, y que la condena de la teología y de la m etafísica esco lástica no era sino el síntom a de un rechazo: el de un modo de en ten d er la filosofía. Una p arte de la labor que Schlick, C arnap y dem ás em p iristas lógicos se ap restaro n a realizar había sido ya efectuada en el Tractatus y, en esencia, se hallaba conte nida en la doctrina de que no hay proposiciones filosófi cas; que la filosofía no es u n saber sustantivo, sino un análisis o actividad (4.112). Una vez leído el Tractatus con una m irada m ás em pirista, sem ejante idea de la filofía llevaba a la conclusión de que ésta no es un con ju n to de proposiciones con significado em pírico, pues sem ejan te co n ju n to es el todo de la ciencia em pírica (la Física, la Quím ica, la Biología, la Econom ía y así su cesivam ente). 132
Ahora bien, esta delim itación vuelve a p lan tear la cues tión del estatu to de la m atem ática y de la lógica, que Hum e se había cuidado de distinguir de la sofistería e ilusión. En efecto, la experiencia, nuestros sentidos y ap arato s de m edida no nos dan m ás que inform ación puntual sobre lo que acontece o lo que es el caso: que siete m anzanas unidas a cinco m anzanas form an un con ju n to de doce m anzanas (si es que los dos conjuntos originales no tenían ningún elem ento en com ún); o que o bien la nieve es blanca o bien no lo es, Pero la expe riencia es incapaz p or sí sola de conferir validez a pro posiciones umversalmente verdaderas com o 7 + 5 = 12 o com o o bien a o bienia. En resum en, ni la m atem ática ni la lógica son disciplinas em píricas. Bien, pues ¿qué son entonces? ¿Qué las hace diferen tes de la teología o de la m etafísica especulativa, si no es el significado em pírico de sus proposiciones?
6.1. Lógica y m atem ática: la pu esta a punto del lenguaje Para el credo em pirista, la cuestión de por qué ni la lógica ni la m atem ática son sofistería o ilusión ha sido su problem a clásico, el punto en donde sus debilidades han sido m anifiestas. Como el Tractatus daba una res puesta nítida a tal problem a, se entiende que los empiristas lógicos tuvieran esta obra en una estim a tan grande. Menos de dos siglos antes de que se escribiera el Trac tatus, Hum e h abía distinguido dos clases de afirm acio nes: aquéllas cuya verdad depende de cóm o sean los hechos y aquellas o tras cuya verdad depende de rela ciones en tre ideas. En este segundo, caso, añadía Hume, la verdad o la falsedad de la proposición puede estable cerse
por la mera operación del pensamiento, es decir, in dependientemente de lo que pueda existir en cualquier parte del universo. (D. Hume: 1748, p. 48)
133
Las p rim eras, las que atienden a cuestiones de hecho, son las que poseen significado em pírico. Las segundas, que expresan relaciones entre ideas, son las problem á ticas. Es de ellas que W ittgenstein había elaborado un diagnóstico: las proposiciones que expresan relaciones en tre ideas, es decir, las proposiciones de la lógica y la m atem ática son tautologías y como tales no dicen nada en absoluto (6.1, 6.11). E sta fam osa d o ctrina del Tractatus se entiende, si com param os una proposición con significado em pírico (a), y una verdad lógica (b): a)
A sfaltaron la avenida, pero no arran caro n la ara u caria.
b)
Si asfaltaro n la avenida, entonces: si arran caro n la arau caria, asfaltaron la avenida.
En cada una de ellas hacen acto de presencia dos oraciones sim ples: asfaltaron la avenida y arrancaron la araucaria. No sólo esto, sino que, adem ás de estas oraciones, en aquéllas tenem os dos constantes lógicas: paten tes, no y si, entonces y o tra m edio escondida: y, disfrazada bajo la conjunción adversativa pero. Con es tas dos proposiciones, podem os form ar el siguiente es pacio lógico (o co n junto de m undos posibles): (i)
A sfaltaron la avenida y arran caro n la araucaria.
(ii)
A sfaltaron la avenida y no arran caro n la a ra u caria.
(iii)
No asfaltaron la avenida y arran caro n la ara u caria.
(iv)
No asfaltaron la avenida y no arran c aro n la araucaria.
La oración (a) de m ás arrib a sería verdadera, si el m undo fuese com o se describe en (ii) y sólo entonces. P or su p arte, la oración (b) sería verdadera en cada una de las situaciones descritas en (i) - (iv). Esto es lo propio
134
de las tautologías: que dejan a la realidad la totalidad del espacio lógico al ser verdaderas b ajo cualesquiera condiciones o posibilidades de verdad (4.46). P or el con trario , una contradicción, o enunciado lógicam ente con trad icto rio , es falso en todas las posibilidades de ver dad (4.46). La contradicción no deja espacio alguno a la realidad (4.462). Que las tautologías no dicen nada —y que las co n tra dicciones dicen dem asiado— se sigue de la an terio r ilus tración, ju n to con la idea de que decir (o informar acer
ca de) algo supone siempre eliminar alguna opción posi ble de entre el conjunto total de m undos posibles. E sto explica que (a) sea una resp u esta con contenido a la p reg u n ta ¿qué sucedió?, m ien tras que (b) esté m uy le jos de serlo, como lo esté tam bién la contestación Que
o bien asfaltaron la avenida o bien no la asfaltaron. T anto en un caso com o en el o tro no se ha dicho nada p o rque no se ha excluido nada. (Véase recuadro 7). A las proposiciones que no am plían n u estro conoci m iento, K ant las llam ó proposiciones analíticas *. La solución de W ittgenstein al problem a del lugar que ocu pa la lógica en el horizonte del conocim iento hum ano se resum e, entonces, en esto: las proposiciones lógicamente verdaderas (las verdades lógicas) son analíticas* (6.11). E sto explica, dice W ittgenstein, que las tautologías no puedan ni ser confirm adas ni ser refu tad as p o r la expe riencia (6.1222). Al no com prom eterse con la verdad de ningún posible estado de cosas, ningún hecho, ningún evento, podría e n tra r en conflicto con ellas, im pug nándolas. Esto, que es en esencia la lección que los em piristas lógicos ap ren d iero n del Tractatus —dejando a un lado o tras d octrinas anejas en las que no e n tra ré —, exige al guna precisión. A saber: que hablando con propiedad ni las tautologías ni las contradicciones son proposicio nes (u oraciones), pues las proposiciones son figuras de la realidad, m ien tras que aquéllas no representan nin guna posible situación en particu lar. Las tautologías las rep resen tan todas; las contradicciones, ninguna. W itt genstein concluyó, así pues, que la apariencia de una tautología es engañosa, pues parece ser una com binación de signos. Sin em bargo, no pueden serlo ya que, de lo 135
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contrario, a la com binación de signos le correspondería una hipotética com binación de objetos. En sem ejante caso, la tautología sería verdadera, si esa com binación fuera un hecho. ¡Pero la tautología será verdad era en cualquier caso, sea cual sea la com binación de objetos que se considere! Por ello, hay que acabar concluyendo que la tautología no es una com binación de signos. Es un caso lím ite de una com binación tal, com o lo es tam bién cualquier contradicción. Si las proposiciones de la lógica son signos que no rep resen tan nada de la realidad, ¿cuál es su razón de ser? El Tractatus responde a esta preg u n ta diciendo que la lógica es trascen d ental (6.13). O com o lo expresó un destacado em pirista, H ans H ahn: que la lógica no versa sobre objetos, sino sobre el lenguaje que hace posible h ab lar de esos objetos m ediante proposiciones con sig nificado em pírico. Las tautologías expresan, velada e indirectam ente, las reglas que rigen la aplicación de las palabras a los hechos (H. EIahx: 1933, p. 161). Esto significa que (b) se lim ita a establecer una p a rte del significado de la construcción condicional si, entonces. Y que la b u rd a resp uesta: Que o bien asfaltaron la ave nida o bien no la asfaltaron explota una relación sem án tica en tre la negación no y la disyunción o bien... o bien. Una y o tra tautología son verdaderas exclusivamente en
virtud del significado de las constantes lógicas que en ellas aparecen. Decir, por tanto, que un enunciado es lógicamente verdadero por no proporcionar ninguna in form ación (es decir, por ser analítico) viene a equivaler a afirm a r que un enunciado es lógicamente verdadero en v irtu d del significado de ciertas constantes lógicas. En las conferencias que im partió en C am bridge en 1939, W ittgenstein expresó esta m ism a d octrina filosó fica de un modo m uy elegante. Aceptemos —contra lo que inicialm ente dijo en el Tractatus— que hay m ás usos del lenguaje que aquél por el que describim os los posi bles estados de cosas. (Aceptemos que hay un uso repre sentativo y, adem ás, un uso interrogativo y uno directivo y así sucesivam ente.) Puede uno decir, entonces, afirm a W ittgenstein, que las proposiciones matemáticas y lógi cas son todavía «preparativos» para un uso del lenguaje
—casi como lo son las definiciones— . Es un trabajo de 137
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puesta a punto (L. W ittgenstein : 1975, p. 249), de aju s te de piezas antes de que la m aquinaria sea p u esta en m archa. La oración (b) fija una p a rte del significado del condicional; 7 + 5 — 12 conviene en la form a en que se utilizará el signo + . Lógica y m atem ática son, así pues, p arte de la em presa gram atical que se requie re p ara poder después re p resen ta r el m undo. A lo largo de la filosofía m oderna ha habido autores que han trazado la línea divisoria entre la ciencia em pí rica y ciencias form ales com o lógica y m atem ática di ciendo que las p rim eras constan de verdades a posteriori, m ien tras que las segundas están form adas por verdades a priori. Se dice que una proposición es ver dadera a posteriori, si su verdad puede establecerse úni cam ente apelando a cóm o es el m undo. Una verdad a priori, sin em bargo, tiene com o distintivo el ser inde pendiente de la experiencia; es decir, el poder ser vali dada sin re cu rrir p ara n ad a a los dictados de la obser vación. Uno de los grandes caballos de b atalla filosófi cos, al que responde, p o r ejem plo, una obra tan signifi cativa com o La crítica de la razón pura, es la de si puede h ab er proposiciones que, siendo verdaderas a priori, proporcionen inform ación sobre el m undo. La cuestión es, p o r tanto, la siguiente: ¿Puede hab er pro posiciones verdaderas a priori que no sean analíticas? Es decir, ¿existen proposiciones sintéticas a priori? A propósito de esta cuestión, los em piristas lógicos difirieron radicalm ente de K ant y, una vez m ás, acep ta ron la conclusión de W ittgenstein. E ste había escrito que no hay figuras verdaderas a priori (Tractatus, 2.25), porque aquellas ap arentes proposiciones que la expe riencia no puede re fu tar ni confirm ar no son en reali dad proposiciones. Los em piristas no tom aron al pie de la letra sem ejante m atiz, pero sí que se ad hirieron a la tesis de que todo aquello que sea verdadero a priori es analítico. Si las proposiciones a priori, por ser verda deras con independencia de las exigencias del m undo, no son contingentes, sino necesarias, los em piristas ló gicos explicaron esta peculiaridad diciendo que la única necesidad que hay en el conocim iento hum ano es lin güística. Que ren u n ciar a la verdad de 7 + 5 — 12 o de o la nieve es blanca o no lo es es pecar contra las 139
reglas que gobiernan el uso del lenguaje (A. Ayer : 1946, página 103). P rescindir de una o m ás verdades a priori supone un cam bio de lenguaje.
6.2. Sign ificado em otivo Hay, p or tanto, dos tipos de oraciones útiles dentro de la em presa del conocim iento: las que poseen signifi cado em pírico y aquellas c.uya verdad (o falsedad) depen de tan sólo de los significados de ciertas palabras com ponentes. Las p rim eras son sintéticas, pues proporcio nan inform ación sobre cómo están las cosas y pueden am pliar con ello n uestro conocim iento del m undo. Las segundas son analíticas, por lo que nada añaden a aque llo que ya sepam os. La verdad de las prim eras descansa a la vez en el lenguaje y en el m undo. La de las segun das depende tan sólo de este segundo. E n este esquem a no hay lugar alguno reservado a las proposiciones con que uno se encuentra en los textos filosóficos. Ni la m etafísica ni la ética (ni tam poco la estética) caen del lado de la verdad sintética. Y, por o tro lado, tam poco tienen nada que ver ni con la m ate m ática ni con la lógica. Afirmaciones como la siguiente tienen que carecer de sentido: El infinito es la negación de la negación, lo afirm ativo, el ser, que se ha vuelto a establecer nuevam ente a partir de la limitación. La m etafísica carece de sentido. E sta arrem etid a co n tra la filosofía tradicional no era el resultado de una m editación superficial. Hum e ponía en tela de juicio toda aquella form a de saber que no cupiera ni en la ciencia em pírica ni en la m atem ática, aduciendo que se basaba en razones de dudoso origen. (La experiencia y el m ero análisis conceptual eran para el fuentes legítim as de conocim iento.) Sin em bargo, como explicó Ayer, a H um e se le hubiera podido repli ca r que hay o tras vías de conocim iento adem ás de las que conducen al sab er científico, por más que él lo negara. El m etafísico sería, diría uno, quien d isfru taría del m onopolio de tales vías privilegiadas. Si el em pirista lógico q u ería c e rra r esta salida a su antagonista, preci saba de alguna m edida m ás radical que la utilizada por 140
Hum e (A. Ayer : 1946, p. 46). La m edida fue que el len guaje utilizado p o r el m ctafísico transgredía la condi ción que debía cum plirse p ara poder ser em pleado con sentido. E sa m edida descansaba en el principio de verificabilidad: el principio de que el significado de una proposición es aquello que supondría su verificación. Antes de p roseguir con el hilo argum ental de esta sección, es conveniente sacar a colación dos cuestiones que afectan al lugar propio del principio de verificabilid ad y a su alcance. De estas dos cuestiones, la p rim era afecta al concep to de significado que este principio elucida. Como se verá de inm ediato, la palab ra significado tiene m ás de un significado. El que el principio de verificabilidad an a liza es el denom inado significado cognitivo o empírico de las proposiciones (u oraciones declarativas), que es el que tiene que ver con la verdad o falsedad, con la inform ación o contenido objetivo que el lenguaje tra s m ite. El principio de verificabilidad expresa o p ro p o r ciona, así pues, u n a identificación del significado cogni tivo de las proposiciones de nuestro lenguaje. En segundo lugar hay que decir que, conform e los emp iristas lógicos fueron hablando de la verificación de proposiciones, su cautela fue haciéndose progresivam en te m ayor. Al final de la época dorada de Círculo de Vien a —a m ediados de los años tre in ta — todo el m undo estab a de acuerdo en que p o r verificación no había que en ten d er verificación concluyente o definitiva, sino algo m ás débil. C arnap (1936, pp. 420 y ss.) contrapuso la confirmabilidad * de u n a proposición a su testabilidad (o comprobabilidad): el saber qué circunstancias con firm arían o resp ald arían la verdad de una proposición, de u n a p arte, al disponer de u n método efectivo que con duce a tal confirm ación, de otro. Hay planetas en la
constelación del Cangrejo, cuyas condiciones permiten la vida humana sería confirm able, aunque no teslable (en el sentido dado a estos térm inos). Sabem os qué ex periencias perm ití rían co n firm ar tal proposición, pero no se conoce el m odo de hacerlo. D u rante m ás de dos décadas, el tem a de la validez del principio de verificabilidad estuvo en la cresta de la ola. El desenlace de su discusión pareció que iba a de 141
cidir el ser o no ser de la Filosofía Analítica y la diver sidad de form ulaciones que se fueron dando del prin cipio (C. H e m p e l : 1950) pudo d ar la im presión de que el significado cognitivo no podía ser una cosa m enos tangible. Y, sin em bargo, la idea germ inal del principio no puede ser m ás clara: si una afirm ación tiene algún sentido (= significado cognitivo), éste debe suponer al gún tipo de diferencia POSIBLE. (¡Atención a la pala b ra posible !) E sta diferencia puede hallarse vinculada de form a d irecta o de form a indirecta a la afirm ación m ism a, pero ha de existir un vínculo entre am bas. Lo prim ero sucede cuando alguien m e dice: Tienes una silla a tu espalda. La afirm ación tiene significado cognitivo o em pírico. Yo podría volverm e y verla; po dría no volverm e, retroceder y toparm e con ella, o podría to m ar una vara y ta n te a r a ver si está efectiva m ente ahí. Cada una de esas cosas es una diferencia en m is experiencias posibles. En otros casos, la conexión llega a ser incom parablem ente m ás rem ota. El filósofo p rag m atista am ericano Charles Sanders Peirce (18391914), a quien se debe inicialm ente este m odo de enten d er las relaciones e n tre lenguaje y realidad, discutió un caso b astan te m ás com plicado que el mío y de mi silla de u n a m anera paradigm ática:
Si uno busca en un libro de química una definición de «litio», uno puede leer que es ese elemento cuyo peso atómico es 7 aproximadamente. Pero si el autor tiene una mentalidad más lógica, nos dirá que si uno busca entre los minerales esos que son vitreos, tras lúcidos, grises o blancos, muy duros, quebradizos e insolubles uno que confiere un tinte carmesí a una llama incolora; que si se lo tritura con cal o con un matarratas abrasivo y se lo funde, puede disolverse en parte en ácido muriático; y que si esta solución se evapora y se extrae el residuo con ácido sulfúrico V se lo purifica debidamente, se la puede conver tir, por métodos ordinarios, en un cloruro, el cual, una vez en estado sólido, fundido y electrolizado con media docena de pilas, dará lugar a un glóbulo de un metal plateado rosáceo que flotará en gasolina; en tal caso, «ése» es un espécimen de litio. Lo peculiar de esta definición —o mejor, de esta preceptiva, que es más útil que una definición— es que tíos dice lo que 142
denota la palabra «litio» indicándonos qué «hacer» a fin de lograr una familiaridad con el objeto de la pa labra en el orden perceptivo. (Citado en M. Münitz: 1981, p. 52) R etom em os ahora n u estro hilo principal. Si lo com pa ram os con casos como éstos, ¿qué decir del an terio r aserto m etafísico acerca del infinito o de este otro (del m ism o autor) el Ser Puro y la Nada Pura son Uno y lo mismo ? Los em piristas lógicos no dudaron ni un m o m ento al afirm ar que ni la verdad ni la falsedad de estas proposiciones conlleva diferencia alguna en n u estra ex periencia posible. Con independencia de cóm o sean, si verdaderas o falsas, nu estras experiencias serán inevi tablem ente las m ism as. E stas proposiciones carecen, consiguientem ente, de significado cognitivo. ¿Im plica esto que las proposiciones de la m etafísica o las de la ética carecen absolutamente de significado? A esto, sostuvieron los em piristas lógicos, hay que res ponder negativam ente. Con el lenguaje podem os hacer, dicho sea a grandes rasgos, dos cosas: • podemos describir o dar información acerca del mundo, comunicando qué cosas creemos y qué cosas no creemos, pero • podemos usar igualmente nuestro lenguaje con la finali dad de dar salida a nuestros sentimientos (interjecciones),
crear estados de ánimo (poesía) o incitar a las personas a acciones o actitudes (C. L. Stevenson: 1937, p. 276). El p rim er uso del lenguaje es el uso descriptivo-, el segundo es el uso dinámico. El uso de los térm inos étiticos y el de m uchas expresiones m etafísicas es típica m ente dinám ico. Si yo digo que hacer X es bueno (por ejem plo: h o n rar a los propios padres), no me lim ito a afirm a r que hacer X es lo que la m ayor p arte de las personas de mi grupo social prefiere hacer ante ciertas circunstancias. (E sta m anera de en ten d er mi afirm ación sólo le reconoce el uso descriptivo.) Mi objetivo no es d escribir una preferencia social, sino recomendar, m o dificar la (posible) conducta de m is interlocutores en un sentido determ inado.
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P ara d istinguir conceptualm entc los dos casos de uso lingüístico, se acuñó el term ino de significado emotivo. E n su uso descriptivo, las palabras tienen significado cognitivo; en su uso dinám ico, las p alab ras poseen sig nificado em otivo. (N aturalm ente, hay casos en los que las m ism as palab ras tienen am bos significados, como cuando m e quito de en m edio a un vecino m olesto res pondiendo a una solicitud suya con la oración Estoy abrumado de trabajo.) Por su significado cognitivo las p alab ras rep resen tan situaciones reales o hipotéticas. Por su significado em otivo, nosotros hacem os cosas ta les como recom endar, suscitar atracción o repulsa, minusvalorar, in citar a la acción, etc. Tal y com o lo dijo C arnap en el ciclo de conferencias que im partió en Lon dres en 1934, la ética y la m etafísica pertenecen a la es fera de la función expresiva del lenguaje. La ciencia em pírica se m ueve d en tro de las coordenadas de la función representativa o descriptiva del lenguaje (R. Carnap: 1934, pp. 302 y ss., p. 336). Una p arte m uy im portante de la reform a filosófica que concibieron C arnap y los em p iristas lógicos pasaba obligadam ente por la separa ción de uno y o tro dom inio lingüístico. (Véase el recua d ro 9 com o resum en de lo discutido en estas dos p ri m eras secciones.)
6.3. D os m od os de hablar Una vez que la m etafísica, la ética y alguna o tra dis ciplina filosófica han sido situadas en el lugar apropia dos (siem pre según los em piristas lógicos), ¿qué queda de la filosofía? Algo im p o rtan te ha sido dicho ya: que la filosofía no es un saber sustantivo, sino una actividad. Qué clase de actividad sea dependió ya, en m ayor m edi da, de las pro p u estas particu lares de tal o cuál autor. Uno de los hallazgos intelectuales m ás significativos de todos los tiem pos lo hizo Einstein, muy a principios de siglo, con su teoría de la relatividad restringida. Para los em piristas lógicos, este hallazgo dem ostró cuáles h a bían de ser los objetivos y los m étodos de la nueva filo sofía p o r la que habían de apostar. Lo que Einstein hizo (en la in terp retació n que dio Schlick del caso) fue deter144
145
m in ar el significado (em pírico o cognitivo) de las afir m aciones que efectúan los físicos cuando hablan de la sim ultaneidad de dos eventos ocurridos en lugares dis tantes. E instein indicó bajo qué circunstancia puede uno decir de dos eventos distintos, e, y e2< que suceden si m u ltáneam ente y m ostró, según Schlick, que en esas circunstancias no hay justificación p ara h ab lar de si m ultaneidad absoluta (M. S chlick: 1932, p. 287; 1936, p á ginas 40 y ss.). La p rofunda significación del hallazgo de E instein convenció a Schlick y a los dem ás de que un objetivo filosófico de p rim er orden sería, no el de d eterm in ar la verdad o falsedad de las proposiciones de la ciencia em pírica —cosa que le com pete al cientí fico— , sino el de la búsqueda del significado: es decir, la búsqueda de las condiciones de verificación de las proposiciones científicas. Ciencia y filosofía se convier ten con ello en em presas com plem entarias. A la p rim era le corresponde la búsqueda de la verdad. A la segunda, la búsqueda del significado (M. S chlick: 1932, pp. 286291). O tra m an era de expresar esta reconducción de la fun ción filosófica consiste en decir que, de acuerdo con el em pirism o lógico, la filosofía se convierte ahora en la lógica de la ciencia. Como se ha dicho, esta nueva con cepción de la filosofía se funda en una drástica distin ción e n tre cuestiones em píricas y cuestiones lógicas, e identifica las cuestiones filosóficas con las de esta se gunda especie. Un problem a relativo a una especie ani m al y, p o r ejem plo, al tipo de nichos ecológicos en que dicha especie vive es un problem a em pírico. Qué térm i nos y oraciones se em plean en la resolución de ese p ro blem a, cóm o adq u ieren significado y en qué consiste éste son problem as típicam ente filosóficos, según este nuevo enfoque. Puesto que la actividad científica y sus conclusiones están inexorablem ente ligadas al lenguaje en general) y al lenguaje de la propia disciplina, en p ar ticular), el análisis lógico es inseparable del proceso de investigación científica. E sta diferencia en tre el ám bito científico y el ám bito lógico (es decir, filosófico) se corresponde con una clara distinción en tre el tipo de discurso científico y el tipo de discurso filosófico. En el prim ero, se habla de los
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ubjetos de un dom inio, de sus propiedades y relaciones. En filosofía, donde los hechos del m undo ya no son el tem a, sólo in teresan consideraciones formales, conside raciones relativas a aquellas características de las pala b ras y de las oraciones que no tienen que ver con aque llo a lo que las palabras refieren ni con lo que las o ra ciones describen o representan. Los únicos problem as de los que se ocupa el filósofo son de orden lógico (for mal): los que atañ en a los tipos de expresiones utiliza das en las teorías científicas. P uesto que la característica de la sintaxis es ocuparse, a diferencia de lo que se hace en sem ántica, de las p ro piedades y relaciones de los signos, al m argen de su sig nificado, el m étodo de la filosofía se convierte ah o ra en el m étodo del análisis lógico. Concebida como lógica de la ciencia, el análisis filosófico es el análisis sintáctico del lenguaje científico.
Todos los problemas de la actual lógica de la cien cia, una vez que se los formula exactamente, se ve que son problemas sintácticos. (R.
Ca r n a p :
1937, p. 282)
Cuando el m étodo sintáctico rinde frutos, proporciona lo que Carnap denom inó oraciones sintácticas, que ex presan propiedades y relaciones formales de los signos. Aunque sea rápidam ente, vale la pena referirse a una de estas relaciones form ales: la relación que guarda toda oración con su contenido. El contenido de una oración es el conjunto form ado p or todas las oraciones que son consecuencia lógica de la original y que no son verdades lógicas (tautologías, p or ejem plo). La noción de contenido se define, como vemos, recu rrien d o a la de consecuencia lógica (R. C a r n a p : 1937, pp. 42, 175 y ss., 1934, p. 316). Lo im p o rtan te de esta definición es que la idea de consecuencia lógica es p ara Carnap una idea sintáctica. Uno puede definir, a su vez, esta idea, sin referirse p ara nada al significado de ninguna expresión. En efecto, p ara d eterm in a r el con tenido de una oración hay que especificar qué reglas de inferencia deductiva perm iten o b ten er cada una de las consecuencias lógicas de ésta. S em ejante tarea puede 147
llevarse a la p ráctica m ediante expedientes puram ente form ales. Una regla así puede decir, por ejem plo, lo si guiente: De la oración A y de la oración A R puede inferirse B. E sta regla (el modus ponendo ponens) no hace referen cia alguna ni al significado de A ni al de B ni al de la co n stan te lógica Es p uram ente form al. E sto m u estra que el térm ino consecuencia lógica es sin táctico, ya que puede ser definido —aunque aquí no hayam os hecho m ás que ilu stra r la definición— sin u ti lizar m ás que recursos form ales. Es im p o rtan te ap ercibirse de que la noción de conte nido es la co n tra p artid a sintáctica de la de significado cognitivo. E n sintaxis nos está vedado decir cuál es el significado de u na expresión cualquiera. A cambio, po dem os especificar su contenido. Además, si definim os com o equipolentes aquellas oraciones con el m ism o con tenido, la equipolencia se convierte en la co n trap artid a sin táctica de la sinonim ia cognitiva (o identidad de sig nificado cognitivo). He traíd o a colación los conceptos de contenido y de equipolencia p o rq u e ayudan a com prender el alcance de la refo rm a filosófica propuesta por Carnap. En su opinión, hay tres grandes clases de oraciones —una vez d ep u rad a la filosofía de la m etafísica, la ética y de m ás— : E n p rim er lu gar tenem os las oraciones de objeto real, que son las oraciones de la ciencia em pírica, en las que se hace referencia expresa a entidades extralingüís ticas, a sus propiedades y leyes. En segundo lugar se en cu en tran las oraciones sintácticas (u oraciones filosó ficas), p o r m edio de las cuales hablam os de las pro piedades y relaciones form ales de las expresiones del lenguaje científico. La oración c)
La clase de oraciones C (de un sistem a lingüístico L) es el contenido de la oración O (del sistem a L)
es sintáctica, como lo sería afirm a r las oraciones O, y
0 2 (de un sistema lingüístico L) son equipolentes. Hay, en te rc e r lugar, una tercera clase de oraciones, situadas a m itad de cam ino entre las oraciones de ob jeto real y las oraciones sintácticas. Se tra ta de las ora ciones de pseudo-objeto. Son oraciones como: 148
d)
La oración ’snow is w h ite’ significa que la nieve es blanca.
e)
Las oraciones ' s h o w is w h ite ’ y la nieve es blanca tienen el m ism o significado.
f)
5 no es una cosa, sino un núm ero.
g)
La am istad no es una propiedad, sino una relación.
h)
Una cosa es un com plejo de datos sensoriales.
Lo característico de estas oraciones es que parecen tra ta r de cosas o entidades de diferentes tipos, cuando realm ente son oraciones sintácticas. Son, escribió Carnap, oraciones sintácticas en virtud de su contenido, aunque disfrazadas de oraciones de objeto (R. Carnap: 1937, p. 285). E sta am bivalencia da lugar a todo tipo de problem as filosóficos clásicos. Considerem os, por ejem plo, la oración (f). Parece que expresa una propiedad del núm ero cinco, siendo muy parecida en su ro p aje lingüístico a esa o tra que diría que el núm ero cinco no es par, sino im par. Así tom ada, (f) carece de lugar d en tro de la aritm ética. La única m anera de reacom odarla dentro del sistem a lingüístico de la ciencia consiste en trad u c irla del m odo m aterial de hablar (el m odo de h ab lar de las oraciones de pseudo-objeto) al m odo form al de hablar (que es el modo de h ab lar de las oraciones sintácticas). Ese paso tra n s form a (f) y (g) en (f') y (g’), respectivam ente: f’)
'5' no es un nom bre de objeto, sino un nom bre nu m érico.
g’)
A m istad no es un predicado m onádico (o de u n a r gum ento), sino un predicado diádico.
Con la distinción en tre los m odos m aterial y form al de hablar, el proyecto de reform a filosófica del em piris mo lógico adquirió una expresión bien concreta. La filo sofía tenía ah ora que acom eter la tarea de som eter el lenguaje científico a un cerrado escrutinio, dando clara expresión a sus rasgos sintácticos y re aju sta n d o toda
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150 R ecuadro 10
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expresión que hiciera c h irria r la m aquinaria del conoci m iento a su m odo de h a b la r adecuado: el modo form al. (El recu ad ro 10 com para diferentes oraciones, indicando su natu raleza y el m odo de h ab lar que les corresponda. Por su tem ática filosófica, las oraciones 5b, 6b y Ib tie nen un in terés especial.)
6.4. E l fan tasm a en la m áquina El concepto de lo mental, de G ilbert Ryle, se publicó en 1949, convirtiéndose de inm ediato en una de las ob ras m ás creativas de la Filosofía Analítica y en una de las contadas producciones de esta tendencia filosófi ca que sigue discutiéndose intensam ente en la actuali dad. En El concepto de lo mental no se tra ta n los tem as m ás representativos del em pirism o lógico. Ni se discute el principio de verificabilidad y sus problem as ni se hace referencia a la naturaleza del análisis filosófico, y las únicas referencias que se hacen del proyecto fenom enalista son de un tono acentuadam ente crítico (G. R y l e : 1949, pp. 222-227). Pese a esto, el libro encaja p er fectam ente con el esp íritu y las doctrinas del em pirism o lógico y, en algún sentido, supone un hito de éste. El tem a de El concepto de lo mental es clásico dentro de la filosofía: la naturaleza de la m ente hum ana y su lugar en el concierto del m undo. El caballo de b atalla de esta obra de Ryle es una d octrina que se rem onta a D escartes y que, m ás que fundada en los hechos y en un m inucioso análisis conceptual, tiene p ara Ryle m ucho de m ito y de dogma. E sta doctrina, el mito de Descar tes, puede enunciarse m ediante las siguientes cinco tesis: a)
Los seres hum anos están form ados por un cuerpo y una m ente.
b)
Los cuerpos hum anos se en cu en tran en el espacio y están som etidos a las leyes m ecánicas (o causa les) que rigen los procesos m ateriales.
c)
La m ente hum ana, por su parte, está form ada por una sustancia d istin ta de la que com pone el cuerpo,
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de form a tal que a la m uerte de éste la m ente sigue existiendo y ejerciendo sus funciones. d)
Los procesos corporales (o m ateriales, físicos) son públicos, es decir, susceptibles de ser inspecciona dos p o r cualquier ser hum ano que observe el m undo físico.
e)
Los procesos de la m ente se hacen p resentes tan sólo a la conciencia de la persona en quien se dan. El m undo m ental es un m undo privado.
E stas cinco tesis perfilan una im agen de la naturaleza hum ana análoga a la de una m aquinaria cuyos engrana jes son m ovidos p or un fantasm a que no se adivina m ás que p o r el funcionam iento del artefacto que habita. El cuerpo es precisam ente ese artefacto. La m ente es el fantasm a de su interior. El objetivo que Ryle se planteó en El concepto de lo mental es el de elab o rar una con cepción de la m ente hum ana co n traria a la del m ito de Descartes. E sta concepción no sólo había de verse libre de los com prom isos m etafísicos del pensam iento ca rte siano, sino de los aceptados p o r o tras alternativas m u cho m ás recientes en la época. La expuesta p o r Russell, que sostiene que lo físico y lo m ental son organizacio nes distin tas de u na m ism a sustancia —los p articu la res—■(o doctrina del monismo neutral), es una de ellas. Para un filósofo de orientación em pirista, el m onism o n eu tral podía no ser una posición filosófica atractiva. Russell había llegado a escribir hacia 1918 que los p a r ticulares —como esta sensación que produce en la yem a de m is dedos el resb alar de la plum a sobre el papel en el que estoy escribiendo— son algo extram ental. Lo na tural, sin em bargo, es pensar que los particulares son algo p u ram en te privado que resu lta de la interacción del m undo físico con mis term inaciones nerviosas. Si estam os de acuerdo en esto, entonces estam os de acu er do en que los p articu lares llevan sobre sí la m arca im b o rrab le de lo m ental. Para quien juzgue que sólo existe como ta l el m undo físico y que lo m ental no es una realidad distin ta y superim puesta a lo físico —es decir, p ara quien se juzgue materialista— , el m onism o n eu tral rep resen ta una doctrina a com batir. 153
En sus p rim ero s m om entos, el em pirism o lógico no in tro d u jo un cam bio sustancial en el panoram a dibujado p or Russcll, pero luego las cosas tom aron un nuevo rum bo. E n su Teoría general del conocimiento, escrita an tes de los días del Círculo de Viena, Schlick había rechazado que las cualidades sensoriales e n tra ran a for m ar p arte de la descripción que las teorías físicas dan del m undo. Sin em bargo, Schlick no sacó de esta con clusión suya el lem a de que hubiese dos realidades dis tintas, una m ental, que se hace inm ediatam ente presen te a la conciencia, y o tra física.
Lo que tenemos, escribió, es una y la misma reali dad, no vista desde dos lados diferentes, ni manifes tándose ella misma en dos formas diferentes, sino designada por dos sistemas conceptuales diferentes, el psicológico y el físico. (M. S chlick: 1925, p. 299) Schlick juzga a ésta la hipótesis m ás sim ple que ex plicaba p o r qué la destrucción del lóbulo occipital del cereb ro elim ina la capacidad de visión o p o r qué la des trucción del lóbulo tem poral pone fin a la capacidad de verbalización. Su posición filosófica es típica de la doc trin a de la identidad m ente-cerebro. La explicación ofrecida p o r Schlick de la naturaleza de la m ente ab ría inevitablem ente un com pás de espera h asta que se viese de qué m odo los m ecanism os cere brales subyacen a los procesos m entales con los que son idénticos. Todavía hoy se está m ás que lejos de conocer cóm o la psicología (en tan to que ciencia de la m ente) se reduce a la neurología y a la fisiología (en tan to que ciencias del cerebro). Pese a esta ignorancia —suponien do que no haya n ad a m ás que decir sobre el sentido de esta reducción—, la posibilidad m ism a de ésta actuó com o revulsivo p ara el em pirism o lógico. E n p rim er lugar, acep tar el program a reductivo para la psicología obligaba a desechar la idea m ism a de un lenguaje fenom enalista. Se tra ta b a de reducir todos los eventos m entales, incluidas las sensaciones, a eventos físicos. En lugar de un lenguaje así, se concibió la tarca de levantar todo el edificio de la ciencia sobre la base 154
de un lenguaje cuyas expresiones no-lógicas refiriesen a acontecim ientos, objetos, propiedades y relaciones fí sicas. Neurona, impulso eléctrico, sinopsis serían, p o r ejem plo, térm inos de un lenguaje así: de un lenguaje fisicalista. Frente a uno fenom enista, se adujo, un len guaje fisicalista sería público, intersubjetivo, com o p ú blicas e intersu b jetivas son las labores de investigación y control de la ciencia em pírica. E sta es tan sólo una de las razones de la crisis de ese lenguaje de sensaciones p u ras en que R ussell y Carnap confiaron. N eurath fue m uy contundente al res pecto. Siguiendo a Schlick, juzgó la ficción de un len guaje fenom enista tan m etafísica como la ficción del dem onio de Laplace, resaltando el ca rác te r sim bólico del auténtico lenguaje de la ciencia (O. N eurath : 1933, página 205), lo que equivalía a un golpe m ortífero p ara ese em pirism o extrem o que brotó en la década de los años veinte. La crítica subrayaba que no se iba a com p ren d er m ejor la naturaleza del conocim iento científico recu rrien d o a ficciones como ésa. Pese al claro sentido de estas críticas (autocríticas), la opción por un sistem a conceptual fisicalista tenía tam bién un duro hueso que roer. Podía pensarse en refo rm u lar (y en desarro llar tam bién) la psicología en un len guaje fisicalista, pero ¿qué sentido tenía tal cosa cuando no se perfilaba en el horizonte ni la m ás m ínim a som bra de cómo hacerlo? C arnap propuso, entonces, una salida n atu ra l al observar que en un lenguaje fisicalista no sólo tienen cabida los térm inos de la neurofisiología, sino tam bién los térm inos relativos a la descripción de la conducta física de los seres hum anos. En tan to se lle gaba a u n a fase de m aduración de la neurofisiología, la reducción podía hacerse a una ciencia del co m porta m iento. De esta ú ltim a conclusión deriva la tesis de C arnap de la n aturaleza de una ciencia de la vida m ental d esarro llada en un lenguaje fisicalista: todas las proposiciones relativas a la vida m ental describen acontecim ientos de la conducta de los hom bres. Es decir, supongam os que P\ es una proposición psicológica (como el señor A está ahora excitado). Si ahora preguntam os qué significa P¡, la respuesta, sostiene C arnap, h ab rá de consistir en una 155
o m ás proposiciones que, en conjunto, tengan el m ism o contenido que P¡ y que afirm en la existencia de un orga nism o físico caracterizado por su propensión a reaccio n ar de una cierta m anera ante ciertos estím ulos físicos. La resp u esta podría consistir en una proposición P2 del estilo de el cuerpo del señor A se caracteriza en estos
momentos por un pulso y una respiración acelerados que, bajo el efecto de determinados estímulos, se ace leran aún más, con respuestas vehementes y realmente insatisfactorias a las preguntas que se le hacen, con la presencia de movimientos agitados en respuesta a deter minadas excitaciones, etc. (R. Carnap: 1933, pp. 177 y siguientes). Como puede apreciarse, Carnap utiliza la palabra con tenido en esta explicación p ara expresar la idea de que una proposición psicológica no dice más (ni tam poco menos) que una que versa sobre las disposiciones de un su jeto a co m p o rtarse de un m odo determ inado. El prin cipio de verificabilidad dice aquí que si ponem os en la proposición psicológica cualquier otro contenido que los que se trad u cen en disposiciones relativas a la con ducta, la proposición será o un sinsentido m etafísico o no po d rá expresarlo. La pro p u esta carnapiana de encauzar la investigación psicológica en un m arco conceptual fisicalista puede con sid erarse un servicio prestado p o r el nuevo tipo de filó sofo concebido p or el em pirism o lógico. (Einstein había indicado cóm o en ten der el térm ino simultaneidad-, Car nap había explicado cuál era la m anera correcta de in te rp re ta r el térm ino excitación nerviosa.) R espondía esta p ro p u esta a,, un interés p o r explicar cuál tenía que ser la m etodología co rrecta de la investigación psicológica —a saber: la m etodología del conductismo — y cuál el lugar de esta disciplina en el esquem a global de una ciencia unificada. En cuanto al tem a de los dos m undos, el físico y el m ental o psicológico, la convicción de Car nap era la de co n sid erar com o tesis carente de sentido la que afirm a ra la diferencia real entre am bos m undos (R. Carnap: 1933, pp. 179 y ss.). Sin em bargo, ni él ni los em pirislas lógicos ccntroeuropcos en traro n en la cues tión de cuál podía h ab er sido el origen de la idea (m eta física) de un ám bito o lugar oculto de la m ente. Esas no 156
eran cuestiones p ara los nuevos filósofos m ás ortodoxos. El reto lo aceptaría, sin em bargo, G ilbert Ryle. Como Carnap, Ryle estaba esencialm ente de acuerdo con la opción conductista en que ni las cualidades ni los episodios m entales (inteligencia, im aginatividad, em o ción, sensación, conciencia) son algo distin to de los ac tos y de las disposiciones de las personas. De la m ism a m anera que, adem ás del guante derecho y del izquierdo, no existe el p ar de guantes, no hay un episodio o deci sión o juicio interno que haga a un acto inteligente. El acto es lo inteligente. No hay una dim ensión oculta y ajen a a la conducta que sea propia de lo m ental: ... «mental» no denota un estado o condición tal que podamos preguntar con sentido de una cosa o evento dados, si es mental o físico, si está «en la mente» o «en el mundo externo». Hablar de la mente de una persona no es hablar de un depósito en el que se pue dan alojar objetos que nos está prohibido alojar en otro depósito llamado «mundo físico». Es, más bien, hablar de las aptitudes, debilidades y propensiones de esa persona para hacer y padecer determinados tipos de cosas en el mundo de todos los días. (G.
R yle:
1949, p. 176)
Al em pirism o lógico, Ryle añade una porm enorizada explicación de p or qué no es preciso p o stu lar ese m un do de la m ente p ara explicar la dim ensión específica m ente h um ana de un muy am plio m u estrario de viven cias y ap titu d es y en qué clase de falacia in cu rre quien acepta el m ito cartesiano de los dos m undos. Ambas cosas hacen de El concepto de lo mental un ejercicio de análisis filosófico tan destacado. La idea del m undo privado procede, según Ryle, de un e rro r categorial que puede describirse del siguiente modo. En n u estra noción de m ente se aúnan dos ideas muy im p o rtan tes para nuestro propio reconocim iento com o seres hum anos. Som os sujetos cognoscentes que, conscientes de n u estra dim ensión anim al, nos represen tam os el m undo con m ayor o m enor grado de fortuna, en ocasiones con la ayuda de construcciones sim bólicas inteligentem ente articuladas. Y som os tam bién agentes morales que evaluam os las diferentes opciones que ca 157
b ría d ar a n u estras acciones y los plurales rum bos que p o d ría ad o p tar n u estra vida. Sin em bargo, ese doble aspecto de n u estra naturaleza no puede describirse en térm inos m ecánicos (como los em pleados en la ciencia física y quím ica), de m odo que la m ente debe estar for m ada p o r una sustancia inm aterial con una e stru c tu ra y funciones propias. Es porque estam os dotados de m ente —la res cogitans cartesiana— que juzgam os las acciones propias y ajenas com o razonables o juiciosas, im pruden tes o descuidadas. Por ello, som os seres inteligentes y agentes m orales. En el orden causal no hay lugar ni p ara el intelecto ni p a ra el m érito o la responsabilidad. Si todo lo que im portase del ser hum ano fuera su conduc ta, sería indistinguible de los robots o de las m áquinas. E l argum ento que acaba de exponerse, y que abona la idea del fantasm a en la m áquina, es falaz. Consiste en esto: inteligente, juicioso, responsable no parece que puedan in terp re tarse com o térm inos físico-quím icos; por tanto, h a b rán de re ferir a cualidades de otro orden de realidad. Ryle com para este argum ento con este caso. Supongam os que un visitante desea sab er qué es la U niversidad de Oxford, de form a que alguien se p re sta a enseñársela y le va m ostrando las bibliotecas, los colleges, los lab o ratorios y m useos, y así sucesivam en te. Al final, n u estro visitante pregunta: «Me ha m o stra do usted las oficinas adm inistrativas, las bibliotecas, los colleges y todo lo dem ás. Pero ¿dónde está la Universi dad?» E sta persona habría com etido un e rro r categorial. Pone el concepto de universidad en la m ism a categoría que los de college, biblioteca, laboratorio, etc., y a conti nuación piensa que universidad nom bra o tra cosa dis tin ta de las citadas, aplicando la palabra en un ám bito d istin to del que le corresponde. E l m ito de D escartes surge, en opinión de Ryle, por un e rro r categorial análogo. Puesto que ni los pensa m ientos, ni los actos, ni las sensaciones ni las em ociones de las personas pueden describirse con los recursos de la ciencia natu ral, se pasa a acep tar que pueden descri birse con un lenguaje específicam ente diseñado para la representación de la vida m ental. En este lenguaje, ale gre o estúpido se convierten en térm inos de vivencias o cualidades de las m entes m ejo r que de los cuerpos. E n 158
tonces inteligencia, razonabilidad, imprudencia, estupi dez, alegría y dem ás se aplican en un ám bito que no es el suyo. Cuando nosotros y las dem ás personas ejerce m os n u estras capacidades intelectuales (Es muy ocu
rrente cuando está de buen humor, Es muy metódico en la preparación de sus clases), p o r cita r u n a p a rte de la vida m ental, no nos referim os a episodios ocultos que originan n u estras m anifestaciones lingüísticas o nues tro s actos públicos, sino a las m anifestaciones y a los actos públicos m ism os (G. R y l e : 1949, p. 26). El e rro r consiste, entonces, en duplicar el m undo físico, con sus causas m ecánicas y su dim ensión espacial h asta ob ten er o tro m undo distinto, con sus leyes y sus observadores propios. E sta reduplicación es el efecto del e rro r categorial. Las palab ras que designan cualidades y episodios m entales desem peñan su labor sin d ar lugar a ningún problem a filosófico en cuanto que se aplican a la con d u cta hu m an a y a las disposiciones ad q u irid as p o r las personas. Es cuando se sacan de éste su contexto y se aplican com o si fu eran los engranajes conceptuales de u n a ultra-física que los problem as y las oscuridades filo sóficas aparecen p o r todos los lados. Uno de los im pulsos del dogm a del fantasm a en la m áquina procede de la idea de que la ejecución inteli gente y co rrecta de un acto consta de dos pasos o in gredientes: el ac tu a r m ism o y la m editación o reflexión que im prim e al acto la cualidad de corrección o inteli gencia. E sta idea, la leyenda intelectualista (G. R y l e : 1949, pp. 30 y ss.), olvida una distinción m uy im p o rtan te: que hay operaciones intelectuales o rientadas a la aprehensión de verdades, pero que m uchos de nuestros actos inteligentes no exigen la consideración previa ni de reglas o criterios de aplicación explícitam ente asum i dos ni de proposiciones que indiquen al agente el m odo de conducirse. Una p artid a de ajedrez inteligente no está necesariam ente calculada paso a paso en todas sus variantes. El ju g ad o r no tiene que decirse a sí m ism o cuáles son las reglas de m ovim iento de piezas ni dete nerse en la posición inicial de los caballos en el tablero. Una lectu ra reflexiva de un libro o la interpretación de un texto pasa p o r alto la continuada consulta del dic cionario, y la selección del sentido p ertin e n te de una
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p alab ra no se produce después de la consideración de todos aquellos que el diccionario contem pla. Así, pues, ju n to al c o n o c i m ie n to d e v e r d a d e s (s a b e r -q u e ) hay un s a b e r h a c e r (un s a b e r -c ú m o ) que, m ejo r que decirse las reglas, las aplica; que enm ienda su m odo de ac tu a r a la p a r que las situaciones se renuevan y que detecta sus propios erro res; que aprende con la experiencia propia y con el ejem plo de los dem ás. Lo que, en opinión de Ryle, es erróneo en la leyenda in telectu alista es h acer del conocim iento de verdades el paradigm a de la conducta inteligente. L a p r á c tic a in t e lig e n te n o e s h ija s tr a d e la te o r ía (G. Ryle: 1949, p. 27). Es rigurosam ente falso que una acción inteligente se ejecute siem pre después de una operación interna de re flexión o evaluación. El argum ento de Ryle es que si cada acción supone estas dos operaciones, nos vemos arrastra d o s a un regreso al infinito. En efecto, suponga mos que p ara ac tu a r inteligentem ente sea necesario una operación in tern a previa en la que se determ ine, por ejem plo, si se dan o no las circunstancias que aconsejan un acto m ejo r que otro. E ntonces, p ara decidir si la evaluación del caso es la correcta h ará falta una nueva operación intern a, y así sucesivam ente. Una acción no es inteligente p o r e star vinculada a un facto r privado. Lo es porque observa reglas o cánones, p o rque p erm ite la resolución de problem as, por la eco nom ía de m edios em pleada y p o r m uchas otras razones que dependerán del caso particu lar. Lo que hay de invi sible en un acto inteligente no es que haya sido proyec tado en algún lugar llam ado m ente, sino una disposición o un com plejo de disposiciones que son fruto de un aprendizaje p rolijo y que, en ocasiones, difícilm ente po d rá darse p o r term inado. La fragilidad del cristal es u n a disposición (o una propensión del vidrio a rom perse s i se lo golpea con la suficiente contundencia). La efica cia o inteligencia de una form a de conducta es análoga m ente una disposición (en este caso de un ser hum ano) que se m an ifestará s i se dan determ inadas circunstan cias. E n definitiva, describ ir las operaciones m entales de u na persona no es d escrib ir o tro orden de realidades. Es d escrib ir cóm o se com portan los seres hum anos en circunstancias reales c hipotéticas de m uchos tipos. 160
SEGUNDA PARTE La crisis del análisis filosófico
El filósofo encantado
7.1. El ansia de generalidad Tal y com o lo afirm a en su prefacio al Tractatus, W ittgenstein pretendió h ab er expuesto en su obra la solu ción final a todos los problem as filosóficos. Consecuen te consigo m ism o, en 1918 abandonó la filosofía y pasó los siguientes diez años de su vida dedicado a otros trab ajo s. Sin em bargo, según cuentan personas que es tuvieron luego próxim as a él, en 1929 creyó h ab e r dado con nuevas ideas filosóficas, ideas m ás valiosas que las que estab an desarrollando otros autores. Así pues, re gresó a Cam bridge (véase cuadro cronológico a conti nuación). ¿Cuál era el tono de esas nuevas ideas? Aunque es m uy difícil resu m ir en u n núm ero reducido de tesis lo que luego ha resultado ser u n a producción filosófica ab u n dante, una clave de su nueva línea de pensam iento la proporciona su pugna co n tra lo que W ittgcnstein llam ó n u estra ansia de generalidad. Es éste un hábito intelec tu al que tiene repercusiones nocivas en muy distin tas esquinas de la filosofía. Se tra ta del im pulso de sacar conclusiones generales pasando p o r alto aspectos, im por-
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—Finaliza su Gramática filosófica. —Primero de sus viajes a la Unión Sovié tica, a donde piensa trasladarse.
Ludwig Wittgenstein: vida, obra y contexto cultural desde 1928.
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1934. 1935.
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tan tes en sí m ism os, de los distintos casos particulares bajo estudio; aspectos que, adecuadam ente valorados, nos h arían sen tir muy escépticos si hubiésem os de sub sum irlos b ajo una p auta o concepto com ún. La receta de W ittgenstein p ara com batir este im pulso era sim ple:
¡No piense! ¡Mire primero! (Investigaciones filosóficas, I, secc. 66). Es a causa de que no controlam os suficientem ente n u estra ansia de generalidad que siem pre que aplicam os un térm ino general (un sustantivo, un adjetivo) a varios individuos, tendem os a pen sar que hay una propiedad com ún com p artid a por todo aquello de lo cual el térm i no se predica. Por ejem plo, que una sonata, una puesta de sol y u n a p lum a estilográfica bellas tienen que poseer p o r fuerza u na m ism a cualidad: eso que llam am os be lleza (en abstracto ). O que ap ren d er el significado de la p alabra hoja (de un árbol) es co n stru ir una cierta im a gen m ental a p a rtir de n u estra experiencia con distintas hojas de árboles, que se suscita en n u estra m ente tan p ro n to com o vemos u oím os la palabra hoja. De aquí surge la d o ctrin a de que el significado de una palabra es la consiguiente im agen m ental. Ahora bien, conclusiones com o éstas, de las que la filosofía está repleta, son erróneas. Es propio del m éto do científico (tanto de la ciencia em pírica como de la m atem ática) la búsqueda de la esencia de las cosas, el intento de su b su m ir bajo un cierto núm ero de leyes (o hipótesis) fenóm enos o casos particulares aparentem en te inconexos. No se sigue de esto, pese a todo, que por debajo de cualquier diversidad deba subvacer una es tru c tu ra cristalin a de leyes necesarias que, de ser cap ta das, nos h aría ver dispuestas en un cierto orden el siste m a de hechos o datos b ru to s del m undo. La existencia de estru c tu ras así, es algo local, no universal. F rente a una larga tradición filosófica que se rem onta a los filó sofos presocráticos, que se caracteriza por el intento de im poner sobre el m undo leyes y estru c tu ras necesa rias, W ittgenstein hace m ás que subrayar la im portancia del caso p articu lar: declara la radical contingencia de los hechos, los procesos y los individuos del m undo. Como he indicado, W ittgenstein acepta que a veces cabe la reducción de fenóm enos dispares —la caída de 166
la m anzana, las m areas— a principios unitarios. La cien cia lleva a cabo esta reducción m ostrando cóm o un sistem a de leyes p erm ite explicar esas insospechadas diferencias y poner de m anifiesto su conexión oculta. Sucede, entonces, que los filósofos obsesionados por el m étodo científico buscan reducciones (o explicacio nes) allí donde nada hay que reducir (o explicar). La m etafísica, afirm a W ittgenstein, en El cuaderno azul, tiene su origen en el intento de unificar aspectos de la realidad com pletam ente independientes. La filosofía es una em presa pu ram ente descriptiva. Sus preguntas de ben p lantearse y con testarse con independencia del m o do en que la ciencia se form ula y responde a las suyas.
7.2. Juegos de lenguaje Si ah ora nos preguntam os qué debe describir la filo sofía, hallarem os la respuesta de W ittgenstein en las si guientes líneas de las Investigaciones filosóficas:
No debe haber nada de hipotético en nuestras con sideraciones. Debemos dejar a un lado toda «explica ción», y la descripción debe ocupar su lugar. Esta des cripción se llena de sentido, adquiere un propósito, por los problemas filosóficos. Estos no son, natural mente, problemas empíricos; se solucionan, mejor, es tudiando el funcionamiento de nuestro lenguaje, y es de esta manera como llegamos a darnos cuenta de ese funcionamiento: «a pesar de» un impulso a malentenderlo. Los problemas se solucionan, no dando nueva información, sino reordenando lo que siem pre hemos sabido. La filosofía es una batalla contra el encantamiento de nuestra inteligencia por el len guaje. (I. 109) En un sentido, esta idea de la filosofía com parte al gunos rasgos con la propugnada en el Tractatus. La filosofía sigue siendo concebida com o una actividad y, al igual que años atrás, es netam ente d istin ta del cono cim iento científico, que tra ta de explicar hechos y fenó m enos conocidos a p a rtir de nuevas hipótesis (y tam 167
bién de nuevos hechos). En otro sentido, sin embargo, W ittgenstein renuncia a alguna de sus antiguas ideas. Ahora ya no se trata de especificar las condiciones bajo las que una proposición tiene sentido, sino de describir cóm o de hecho funcionan las distintas ruedecillas de nuestro lenguaje, cuáles son los d istintos engranajes y cuáles su s conexiones respectivas.
E ste estudio tiene un objeto: los juegos de lenguaje. Son éstos m odelos sim plificados en los que se describe u na situación com unicativa en la que uno o m ás sujetos están em barcados en una actividad o una práctica que se lleva a cabo típicam ente a través del uso de palabras u oraciones. Son juegos de lenguaje los de d ar órdenes y recibirlas, d escribir la apariencia de un objeto, dar sus m edidas, co n stru ir un objeto a p a rtir de una des cripción, etc. E n general, hay m últiples juegos de len guaje, y no se podría d ar una relación com pleta de ellos en u na lista cerrada, pues los juegos de lenguaje se hacen obsoletos y caen en el olvido o bien surgen otros nuevos, a m edida que varían las circunstancias hum a nas, las actividades de las personas, sus form as de vida (I, 23). Esto, que vale de los juegos de lenguaje, vale tam bién de los usos de palabras o, lo que es lo mismo, de sus significados. Acorde con este planteam iento, en los escritos de su segunda etapa filosófica W ittgenstein renuncia a res p o nder a la pregunta de cuál es la esencia del lenguaje. Hay una diversidad sin cuento de juegos de lenguaje o de usos (de roles, utilizaciones, em pleos, aplicaciones), pero n ada hay en com ún que todos ellos tengan, que ju s tifique aplicar una m ism a palabra a todos estos casos (I, 66). E sta convicción de la contingencia de los hechos lingüísticos introduce algunas novedades im portantes en la idea del lenguaje articulada en el Tractatus. De acuer do con esa idea, el lenguaje es la totalidad de las proposi ciones y cada una de éstas representa una situación o estado de cosas. Ahora bien, todas estas situaciones, que son lógicam ente independientes las unas de las otras, definen una posibilidad: la de cómo sería el m undo, en un cierto aspecto suyo, en caso de ser la proposición verdadera. Más notable aun: todas esas posibilidades 168
constituyen el espacio lógico, dentro del cual cada una ocupa un lugar establecido de antem ano. En la concep ción del Tractatus, todas las proposiciones ocupan un lugar definido en una red (el espacio lógico) unitaria. Bajo la m ultiplicidad de las proposiciones subyace un orden sistem ático. El lenguaje tiene, así, pues, una esen cia nítida. A esto es a lo que W ittgenstein renuncia aho ra al rechazar que los distintos juegos de lenguaje po sean un com ún denom inador. La palabra lenguaje no nom bra un fenóm eno unitario. No sólo supone esta nueva aproxim ación al fenóm e no del lenguaje una renuncia a algunas tesis centrales del Tractatus, sino un paso adelante allí donde inicial m ente W ittgenstein se había dado por satisfecho sin m ás explicaciones y, especialm ente, en lo que toca a las relaciones en tre lenguaje y realidad. En el Tractatus, se consideraban inanalizables las relaciones de signifi cado y de sentido. Los nom bres referían a objetos del m undo; las proposiciones com partían con lo figurado una m ism a form a lógica. De estos hechos, sin em bargo, no se daba explicación alguna. En este segundo m o m ento, esas conexiones se consideran el resultado de p rácticas y actividades hum anas. Ni los nom bres refie ren p o r sí m ism os; ni por sí solas describen las propo siciones. Una p alab ra o una oración tienen el significado que tienen porque alguien se lo ha dado, y no porque estén d otadas de algún poder independiente de nosotros. Si deseam os conocer, o com prender m ás adecuadam en te, su significado, hay que exam inar en qué circu n stan cias fue dotado de él; es decir, hay que identificar cóm o se usa esa p alabra o esa oración. Por citar aquí, una vez m ás, las fam osas líneas de las Investigaciones filosó
ficas: En una «gran» clase de casos —aunque no en to dos— en los que emplearnos la palabra «significado» puede ésta definirse así: el significado de una palabra es su uso en el lenguaje. Y el «significado» de un nombre se explica algunas veces señalando a su portador. (I. 43)
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E stas breves líneas rom pen, así pues, con uno de los principios sem ánticos centrales del Tractatus. La idea de que las p alab ras son nom bres responden a una idea sesgada del lenguaje hum ano: la de que su esencia consiste en re p resen ta r el m undo. Sin em bargo, como hem os visto, hay un sin fin de cosas que puede hacerse con el lenguaje. El estudio de los juegos de lenguaje pone esto de m anifiesto. He aquí uno de esos juegos m ás fam osos en la obra de W ittgenstein. Hay dos su jeto s en una obra de un edificio: A es el albañil y D es su peón. B tiene que alcanzarle a A los m ateriales que éste va necesitando. El lenguaje o siste m a de com unicación del caso consta únicam ente de p alabras como cubo, ladrillo, loseta, columna. A grita una de estas palabras, después de lo cual B trae una pieza de la especie indicada (I, 2). En este juego de lenguaje —y h ab lar de un juego de lenguaje es h ablar del com plejo form ado por las palabras y las acciones a ellas ligadas (I, 7)— cuando A dice ¡ladrillo!, pide a su ayudante B que le entregue un ladrillo. Parece inne cesario in sistir en que en una situación com o ésta las palab ras no son usadas com o nom bres de objetos y que, consiguientem ente, sería inadecuado proyectar una p a r te del lenguaje —una clase de juegos de lenguaje— so b re el resto. Considerem os ah o ra este segundo caso (I, 1). Envío a alguien de com pras, dándole una nota en la que hay escrito: cinco manzanas rojas. E sta persona va a la fru tería y le entrega al tendero mi nota. El tendero abre el cajón m arcado con la p alabra manzanas; consulta entonces la p alab ra rojo en una tabla de colores de la que dispone al efecto y dice la serie de los núm eros car dinales —que suponem os que sabe de m em oria. C uenta h asta cinco y p o r cada palabra que dice tom a una m an zana del color de la m uestra. Aquí se hace obvio cuán d istin to es el significado de cada palabra de la nota del ejem plo, es decir, cuán distinto es su uso. Uno puede decir que la palabra manzana está asociada en el ejem plo a u na clase de objetos, pero no puede decir que la p alabra cinco esté asociada a una entidad num érica. Una som era inspección de nuestro lenguaje nos conven 170
cerá de inm ediato de la diversidad de m odos en que em pleam os n u estras palabras. Incluso, ejem plos tan sencillos com o los dos an terio res ilu stran hasta qué punto el significado de las pala b ras está p ro fundam ente ligado a las instituciones y, en general, a las form as de vida de los hom bres. Los edi ficios los construyen personas con distintos lugares en u na jera rq u ía relativa, que desem peñan funciones espe cíficas. En las tiendas, los diferentes artículos no están m ezclados los unos con los otros, sin orden ni concierto, sino dispuestos del m odo m ás eficaz p ara su venta. E ste es p ara W ittgenstein un hecho filosóficam ente im por tante. Lo dado no son los signos con un significado po seído independientem ente de cóm o se los use. Lo que ha de aceptarse, lo dado, es —podría tino decirlo así— formas de vida (II, p. 226).
7.3. La idea de un lenguaje privado E stas notas generales sobre el pensam iento del W itt genstein p o sterio r al Tractatus quedarían incom pletas, si no considerásem os aquí ninguna de sus aplicaciones p articu lares de las abundantes que hay en los m anuscri tos de esta segunda etapa. De ésas, la que posiblem ente haya dado pie a un m ayor núm ero de com entarios y estudios es el argum ento del lenguaje privado. (Un an á lisis detenido de este argum ento y de los tem as afines se en co n trará en A. García S uárez : 1976.) El arg um ento del lenguaje privado está dirigido con tra una muy larga tradición filosófica que se rem onta a la filosofía m oderna y a la tesis de que las palabras significan las ideas que están en la m ente de quienes las usan. Más en p articu lar, sin em bargo, W ittgenstein se opone con él a la concepción de un lenguaje fenomenalista (un lenguaje de la sensación p u ra), tan central en el pensam iento de Russell y C arnap e n tre 1914 y 1928 (que son las fechas en que, respectivam ente, se publican Nuestro conocimiento del mundo externo y La cons trucción lógica del mundo). Un lenguaje fenom enalista cum ple las dos condiciones que W ittgenstein piensa que reúne un lenguaje privado: 171
a)
que las palab ras (no-lógicas) refieren a lo que sólo el h ab lante puede conocer: a saber, sus propias sen saciones inm ediatas;
b)
que nadie m ás puede entender este lenguaje (I, 243). Un lenguaje privado no es el lenguaje de alguien cuyo código desconocem os, sino un lenguaje que con ningún código podríam os entender.
Dadas estas características de un lenguaje privado, la p regunta para W ittgenstein es la de si tiene sentido un sistem a de com unicación tal. En sus conferencias so bre La filosofía del atomismo lógico, Russell no sólo había contestado afirm ativam ente esa pregunta, sino que había cifrado la posibilidad m ism a de la com uni cación hum ana en que las m ism as palabras significaran cosas distin tas p ara los diferentes interlocutores (B. R us sel : 1918, p. 157). Sin em bargo, Russell no había expli cado cómo podrían entenderse los hablantes en sem e jan tes circunstancias. Con este hilo suelto comenzó W ittgenstein a fo rm ar su ovillo. Un ingrediente esencial de la idea de un lenguaje pri vado es, com o hem os visto, que en tal lenguaje hay ex presiones cuyo uso consiste en ser nom bres de sensa ciones inm ediatas y privadas del hablante. La verdad de este ingrediente dista de ser obvia. Considerem os el juego de lenguaje en el que uno m ira el azul del cielo y se dice a sí m ism o: ¡Qué azul que está el cielo! Sin m ás intenciones —y, desde luego, sin intención filosó fica alguna—, dice W ittgenstein, a nadie se le cruza por la cabeza que la im presión de color esté en uno (I, 275). ¿Cómo surge, entonces? Im aginem os que llevo un diario en el que —así al m enos lo intento— tra to de tom ar nota de la re cu rre n cia de mis sensaciones. T ras hab er tenido una cierta sensación (de una m ancha de color, por ejem plo), le doy el nom bre N y escribo N en mi diario privado. Si alguien viese mi diario y me preguntase que es N, yo no podría d ar una respuesta m uy corriente. Diría algo como: Esta sensación es N, concentrando mi atención en la sensación y apuntando, como si dijéram os, a mi in terio r (I, 258). 172
A esta m an era de exponer el caso replica W ittgenstcin que la situación acabada de describ ir no responde a ningún juego de lenguaje en el que podarnos to m ar p a r te como agentes. No hay juego de lenguaje alguno con sistente en llevar un diario privado de las propias sen saciones, porque no existe ningún criterio de correc
ción en el que poderse basar para saber si a una cierta sensación le corresponde (de nuevo) un nombre N u otro distinto. En sem ejante caso, dice W ittgenstein, me g u staría decir que lo que me parece a mí correcto es lo correcto. Y esto significa solamente que aquí no pue de hablarse de «correcto » (I, 258). En efecto, en este caso no puede uno re cu p erar la situación original y com poner dos episodios privados p ara com probar si son episodios de la m ism a sensación. Hem os de fiarnos de n u estra m em oria p ara llevar a cabo esta com proba ción, p ero carecem os de una regla independiente que nos capacite p ara d eterm in ar si los dictados de nues tra m em oria son los justos. Si yo no puedo com probar la ju steza de m is recuerdos, no hay regla alguna en mi diario privado. Si mi recuerdo de hab er dado nom bre a una cierta sensación no in stau ra regla alguna, el pro yecto de un b autism o de las sensaciones pierde su sen tido. Una segunda consideración que perm ite ab u n d a r en la incoherencia de la idea de lenguaje privado (y, en p ar ticular, de la idea de que podem os d ar nom bres a nues tras sensaciones) es ésta: un lenguaje privado no puede ser aprendido p o r nadie m ás que no sea su (único) h a blante y, a causa de ello, no puede ser utilizado com o m edio de com unicación interpersonal. Nadie, a no ser su co n stru cto r, puede ap ren d er las reglas de un lenguaje privado. Se sigue de aquí —si no b a sta ra la idea de un lenguaje im posible de ser aprendido— que lo proble m ático de un lenguaje privado no es tanto que distin tas p ersonas se sirvan de la m ism a palabra con un sig nificado diferente en cada caso, sino que no hay form a de saber si el hablante se refiere a esto m ejor que a cualquier o tra cosa (I, 273). R ussell juzgó una virtud lo prim ero, pero nada dijo de lo segundo. El juego del lenguaje del escarabajo en la caja ilustra m agníficam en te esta conclusión: 173
Supongamos que lodo el mundo tiene una caja con algo en su interior: a eso lo llamamos un «escarabajo». Nadie puede mirar dentro de la caja de los demás y todo el mundo dice que sabe lo que es un escara bajo mirando el «suyo» propio. Aquí sería de hecho posible que todo el mundo tuviera en su caja algo diferente [de lo que está en la caja de los demás]. Uno podría imaginar incluso que tal cosa estuviera cambiando continuamente. Pero ¿suponemos que ta palabra «escarabajo» tenía un uso en el lenguaje de esta gente? Si así fuera, no se la usaría como nom bre de una cosa. La cosa de dentro de la caja no tiene ningún lugar en absoluto en el juego de lenguaje; ni siquiera como un «algo»: porque la caja podría estar vacía. Es decir: si construimos la gramática de la expre sión según el modelo de «objeto y designación», el objeto queda fuera de consideración como algo irre levante. (I, 293) Si n u estras palab ras refiriesen a sensaciones, enton ces podríam os u sar nuestro lenguaje como lo hacem os sin suponer que las sensaciones son objetos de refe rencia. El segundo rasgo (b) de un lenguaje privado es que únicam ente puede ser com prendido p o r aquella persona a cuyas sensaciones inm ediatas refieren los signos nológicos de dicho lenguaje. Que sus sensaciones son pri vadas significa, p or ejem plo, que sólo yo puedo saber si tengo un dolor. Las dem ás personas pueden re u n ir su ficientes indicios o p ruebas com o p ara pensar que ése es el caso, juzgando a p a rtir de mi com portam iento noverbal y de m is m anifestaciones lingüísticas. Ellos pue den e sta r equivocados, pero yo no puedo estar equivo cado en cuanto a si m e duele la cabeza o no me duele. La oración declarativa Yo sé que tengo un dolor m arca aquí toda la diferencia. La conclusión de que m is estados m entales son direc tam en te escrutables p o r m í m ism o, pero que sólo por analogía se hallan al alcance de los dem ás, es uno de los p untales de la tradición filosófica que inauguró D escar tes. W ittgenstein se aleja de esa tradición al sostener que
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afirm aciones como Yo sé que tengo un dolor no des criben la visión que tiene el sujeto de sus propios es tados m entales. El argum ento de W ittgenstein subraya una diferencia sutil, pero im p o rtan te, en el uso de las oraciones Yo sé que tengo un dolor y Yo sé que él tiene un dolor (y tam bién en tre el uso de Tengo un dolor y Tiene un dolor). Aquí, la gram ática superficial, la form a lingüística apa rente, nos confunde, dando lugar a una situación típica en filosofía. Si se me pregunta si un sujeto X tiene dolor de cabeza, observaré sus gestos y su conducta, le p re g u n taré a X m ism o si le pasa algo o buscaré a alguien que lo haga por mí. En definitiva, acom eteré la tarea —una tarea em pírica— de re u n ir pruebas, evidencia, de que le duele o no le duele la cabeza, según piense yo que sucede. Puesto que los pasos dados son los típ i cos de una situación en la que se tra ta de decidir una cuestión de hecho, po d ría pensarse que lo m ism o vale de la oración declarativa Yo sé que tengo un dolor. Las dos oraciones se parecen dem asiado com o p ara no caer en la tentación. Sin em bargo, la aplicación de esta o ra ción (I, 11), su gram ática profunda (I, 664), es bien dife rente. E n este caso no tiene sentido decir que daré los pasos p ertin en tes p ara cerciorarm e de si tengo dolor de cabeza. Yo sé que tengo un dolor no es una afirm ación de la que tenga sentido p lan tear su verificación, pues puedo equivocarm e en cuanto a si a A le duele la cabeza, pero no en cuanto a si me duele a mí. El e rro r de la tradición cartesiana, por form ularlo de un m odo posible en tre otros m uchos, consiste en pensar que siem pre que en el esquem a lingüístico Yo sé que ------ tiene un dolor insertam os el nom bre de un sujeto en el espacio en blanco «------» (y reajustam os, si es preciso, el m orfem a de p ersona del verbo tener), obtenem os u n a proposi ción susceptible de ser verificada. Ya que carece de sen tido la cuestión de la verificación del enunciado de p ri m era persona Yo sé que tengo un dolor, hay que con cluir que el p ronom bre personal yo no es nom bre de su jeto alguno (I, 410). r
La d o ctrin a cartesiana parle, así pues, de reconocerle a una oración un sentido que no tiene. Esto lo reafirm a el siguiente hecho gram atical ( 11, p. 221): que los con textos lingüísticos que adm iten la expresión yo sé adm i ten tam bién las expresiones yo creo, yo sospecho, yo dudo de, etc. Tan lícito com o decir que yo sé que X tiene un dolor es decir que yo dudo de que X tenga un dolor (de que a X le duela la cabeza). Sin em bargo, las oraciones sospecho que me duele la cabeza, dudo
de que me duela la cabeza, creo que me duele la cabeza carecen com o tales de sentido. (Sería una extravagancia decir que creo que me duele la cabeza; y si así nos m a nifestásem os, no diríam os sino que nos duele la cabeza em pleando p ara ello una fórm ula verbal m ás que ca prichosa.) Dado que yo sé, yo creo, yo sospecho, yo dudo de com p arten los m ism os contextos lingüísticos, yo sé que tengo un dolor ha de carecer de sentido com o p ro posición descriptiva. Yo sé que tengo un dolor tiene ciertam ente un uso p ara W ittgenstein, pero no se tra ta del uso indicado por los filósofos de la tradición cartesiana. De acuerdo con W ittgenstein, Yo sé que tengo un dolor no dice sino lo que dice Tengo un dolor. E sta no tiene un uso descrip tivo, no es una afirm ación, sino una expresión o una manifestación de dolor (I, 244). Si digo que tengo un dolor, no describo un estado m ental mío —pues carece de sentido p reg u n tar luego: ¿cómo lo sabes?—, Lo que hago m ediante ella es reem plazar o su stitu ir el gesto o el grito de dolor. E n tre los com portam ientos que adop tam os cuando algo nos duele están nuestros lloros, gri tos, quejas, que son form as de conducta prelingüísticas. Tam bién hay form as de conducta propiam ente lingüísti cas y el decir tengo un dolor, me duele la cabeza, etc., están en tre ellas. Como filósofos, nos parecem os a las m oscas atrap ad as en el in terio r de una botella (I, 309) que luchan deses peradam ente p o r salir a través del cristal, transparente, pero im penetrable. Una correcta com prensión de nues tro quehacer de filósofos nos ayudará a librarnos del encierro. E sa co rrecta com prensión consiste, como he mos visto, en ca p ta r adecuadam ente los usos de las pa labras. 176
En torno a esmeraldas camaleónicas y al barco de Neurath (los límites del empirismo)
La ren u n cia explícita de W ittgenstein a algunas de las d octrinas m ás significativas del Tractatus Logico-Philosophicus fue uno de los episodios de una tendencia, constatable a principios de la década de los años cin cuenta, a p rescin d ir de las doctrinas m ás características de la Filosofía Analítica. El propósito de W ittgenstein de dom eñar n u estro im pulso a la generalidad y de com batir, p o r consiguiente, la legitim idad de la idea m ism a de u n a esencia del lenguaje, vació al atom ism o lógico de uno de sus contenidos m ás característicos, a saber, el form ado por la teoría figurativa del significado. Con algunos de los p rim eros escritos influyentes de Nelson Goodm an y de W illard van Quine algo análogo le sucedió al em pirism o lógico. En este caso, las críticas estab an dirigidas en co n tra de la teoría verificacionista del significado (cognitivo o em pírico) y al concepto epistem ológico sobre el que esta teoría se basaba: el concepto de confirmación. El resultado ha supuesto una fu erte inflexión del pensam iento em p irista contem
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poráneo hacia form as m enos extrem as (o, quizá sería m e jo r decir, m enos dogm áticas).
8.1. La nueva paradoja de la inducción La teoría verificacionista del significado afirm a que conocer el significado (cognitivo) de una proposición consiste en conocer el m étodo de su verificación, es de cir, en conocer qué experiencias u observaciones serían p ara nosotros p ruebas concluyentes de su verdad o fal sedad. Uno de los aspectos en los que el em pirism o ló gico no tard ó en autocorregirse fue el de la idea de una verificación concluyente, la cual fue reem plazada por la m enos exigente de confirmación. Conocer el signifi cado de una proposición tendría que ser, entonces, co nocer qué observaciones perm itirían confirm ar dicha proposición y qué o tras la disconfirm arían. El peso de la teo ría verificacionista (o confirm acionista) del signifi cado venía a descansar, por lo tanto, en el concepto de confirmación. Dado el valor intrínseco de la teoría verifi cacionista del significado, así como su im portancia his tórica, no es de ex tra ñ ar que la noción de confirmación estuviera en el p u n to de m ira de m uchos filósofos. En unas conferencias dadas p o r Goodm an en la Universi dad de Londres en 1953, un aspecto paradójico de la no ción de confirmación se hizo evidente. Su exposición exige, sin em bargo, algunas observaciones prelim inares. Un filósofo em p irista de la línea d u ra es aquel que, com o hem os visto, sostiene que todo nuestro conoci m iento deriva de los inform es que nos proporcionan nuestro s sentidos (o algunas extensiones de éstos, tales como m icroscopios o telescopios). Por muy ab stractas y alejadas de la experiencia inm ediata que parezcan es ta r las leyes y las hipótesis científicas m ás aventuradas, el em p irista cree que, si están bien asentadas, descan san sobre el fondo de roca de la observación em pírica. E n la jerga filosófica clásica existe una palabra p ara describ ir esa especie de firm e apoyo favorita del em pi rista: inducción. Una ley científica se considera el re sultado final de un proceso —el proceso de inducción— p o r el que los datos de la observación son tam izados
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y organizados h asta en co n trar en ellos factores que apa recen una y o tra vez, siem pre que se den ciertas condi ciones típicas. De este m odo inferim os, p o r ejem plo, de n u estro exam en de las piedras preciosas que todas las esm eraldas son verdes; inferim os de nuestros experi m entos con el agua que toda porción de esta su stancia —im purezas a un lado— hierve a 100° C, si no se la mezcla con otras; inferim os que todo cuerpo form ado exclusivam ente p or cobre es un conductor de la elec tricidad, etc. Los conceptos de inducción y de confirmación guar dan una relación estrecha. Si afirm am os que los datos D perm iten inducir la hipótesis H, no hacem os nada que difiera significativam ente de afirm a r que los datos D confirman la hipótesis H. Hay tan sólo una cuestión de m atiz que introduce una diferencia en tre h ablar de la confirm ación de hipótesis y hablar, en el sentido clásico del térm ino, de su inducción. Se tra ta de que, según pro pusieron Rudolf C arnap y Cari Hem pel, la noción de confirmación se hace m ás precisa si se la tom a como una noción lógica y, en p articu lar, com o u n a relación en tre la proposición (o proposiciones) que describe los datos D y la proposición que expresa la hipótesis H. De acuerdo con este enfoque puede decirse que la propo sición (a) confirm a la proposición (b), en el caso de ser am bas verdaderas: a)
b es una esm eralda y b es verde.
b)
Todas las esm eraldas son verdes.
(En la p rim era de estas oraciones, b es un nom bre cualquiera dado a una cierta esm eralda.) P ara en ten d er adecuadam ente la significación del ha llazgo de Goodm an no está de m ás com parar la relación lógica de confirmación con la relación lógica (m ás clá sica) de consecuencia. Las proposiciones (a) y (b) ilus tra n dos térm inos posibles de la p rim era relación. De o tro lado, y p o r em plear una vez m ás un ejem plo m a nido, pero fam iliar, las proposiciones (c), (d) y (e) cons tituyen un ejem plo de la segunda:
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c)
Todos los hom bres son m ortales.
d)
S ócrates es un hom bre.
e)
Sócrates es m ortal.
Aquí, se dice que la proposición (e) es una consecuen cia lógica de las proposiciones (c) y (d), tom adas con ju n tam en te. La relación de consecuencia se caracteriza por un ras go sum am ente notable: se tra ta de una relación formal. Esto significa que siem pre que una proposición es una consecuencia lógica de o tra u otras, lo es en virtud de los signos lógicos —las constantes lógicas— que apa rezcan en ellas. De o tro modo: si en (c), (d) y (e) susti tuim os los térm inos hombre, mortal y Sócrates por otro s térm inos cualesquiera (siem pre que la su stitu ción sea uniform e y siem pre que se reem place un té r m ino p o r o tro de la m ism a función sintáctica), obten drem os un nuevo ejem plo de consecuencia lógica. En efecto, sustituyendo hombre, mortal y Sócrates p o r número, par y 2, obtenem os: f)
Todos los núm eros son pares
g)
2 es un núm ero.
h)
2 es par.
Como sucedía an teriorm ente, (h) es una consecuencia lógica de (f) y de (g), pues p ara que una proposición sea una consecuencia lógica de o tra u o tras ha de cum plir se que siempre que éstas (las premisas) sean verdaderas tam bién ha de serlo aquella prim era (la conclusión). Y si esto sucede, es irrelevante que prem isas y conclusión hablen de hom bres, de seres m ortales y de Sócrates, m e jo r que de núm eros, sean pares o no lo sean. La m era forma de las unas y la o tra determ ina que se dé o no se dé la relación de consecuencia lógica. El hallazgo de Nelson Goodm an en las citadas confe rencias —hallazgo publicado en Hecho, ficción y previ sión (1954)— consiste en lo siguiente: la relación lógica 180
de confirm ación no es una relación form al. Es decir, dada la peculiar disposición de signos lógicos ele (a) y (b) no queda unívocam ente determ inado si (a) con firm a (b) o si, p or el contrario, no confirm a sem ejante hipótesis (generalización) em pírica. Por el contrario, dados los esquem as: (I)
Todos lo s ----- s o n ........
(II)
-. -. - es un------
(III)
- . - . - e s .......
el resultado de rellenar los diferentes huecos con expre siones del tipo adecuado, como sucede con (c) - (e) y con (f) - (h), siem pre d ará lugar a un caso en que una proposición es una consecuencia lógica de o tras dos proposiciones. Cuando nos m ovem os en el dom inio de la confirm ación, la m era form a no determ ina la validez o la invalidez de la argum entación. F rente a lo m ani festado desde los tiem pos de John S. Mili, no puede h ab er u n a lógica de la confirm ación (una lógica induc tiva). En esencia, el argum ento de Goodm an —la nueva pa rad o ja de la inducción o de la confirm ación— se basa en la definición de un nuevo predicado: el predicado verdul (N. G oodman: 1954, pp. 72 y ss.). E ste predicado se aplica a todas las cosas verdes que hayan sido exam i nadas con an terio rid ad a un cierto m om ento de tiem po / y a todas las cosas azules que se exam inen después de (o a p a rtir de) t. Pues bien, sucede que todas aquellas instancias (proposiciones) que confirm an (o que están en la relación lógica de confirm ación) la proposición (b) confirm an igualm ente la proposición (i). i)
Todas las esm eraldas son verdules.
Es decir, toda aquella evidencia de la verdad de (b) lo es tam bién de la verdad de (i). ¡Y, sin em bargo, que las esm eraldas sean verdules es p ara nosotros una hipótesis sim plem ente increíble! E sto m uestra que la presencia en (i) de un predicado inédito en (a) y (b),
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com o lo es «verdul», d eterm ina que esté con (a) en la relación lógica de confirmación. M uestra tam bién que el m ero acopio de datos D no p erm ite resp ald ar m ejor a una hipótesis genuina H que a una hipótesis pu ram ente accidental H \ Si todo el edificio del conocim iento hum ano ha de erigirse a p a r tir de la relación lógica de confirmación, ese edificio con ten d rá tan to hipótesis relevantes com o proposicio nes que no vienen a cuento. El proyecto em pirista de h acer descan sar sobre los datos de la observación la totalid ad del conocim iento hum ano se nos aparece com o una em presa insuficiente. Los datos respaldan del m ism o m odo a (b) y a (i). Si hem os de d ejar a un lado (i) com o hipótesis con firm ad a p or (a), hem os de explicar por qué un predi cado com o «verdul» hace de (i) una hipótesis accidental, m ien tras que uno com o «verde» ayuda a que (b) sea hipótesis em pírica genuina. En la p ropuesta de Good m an esto se debe a que «verdul» no tiene ningún a rra i go en el sistem a de nuestro conocim iento, m ientras que su rival, «verde», ha estado presente en abundantes y variadas hipótesis adoptadas a lo largo de la historia de n u estra in terp retació n y de n u estra experiencia del m undo. E s «verde» quien posee la biografía m ás im pre sionante (N. Goodman: 1954, p. 94). Si creem os que n u estro stock de predicados —es decir, nuestro sistem a conceptual— no ha sido forjado de cualquier m odo, sino que ha sido pulido y organizado lentam ente y cuidadosa m ente en n u estra aproxim ación al m undo, tenem os una razón para p en sar p o r qué «verde» tiene una biografía m ás atractiv a que «verdul». E sta biografía es lo que una lógica inductiva p u ram ente form al no puede recoger.
8.2. D os dogm as del em pirism o C onform e acabam os de ver, Goodm an puso al descu b ierto un flanco débil de la concepción em pirista del conocim iento hum ano al m o strar que una idea de con firmación de hipótesis puram ente form al, que ignorara la h isto ria y el arraigo de nuestros conceptos (= p redi 182
cados), conduce a un callejón sin salida. E ste hallazgo, que co n stitu ía de p o r sí un serio revés p ara las p re tensiones em piristas de que la solidez de n u estra s creen cias acerca del m undo tiene su origen en los inform es de n u estro s sentidos y de sus extensiones instrum entales, tuvo un com plem ento idóneo en una elegante y profun da crítica, llevada a cabo p o r W illard Quine (véase cuadro cronológico de la p. 164), de dos doctrinas p u n tales del em pirism o lógico. E sas doctrinas, o dogm as —com o los llam ó Quine—, son las siguientes: 1)
Para cada proposición o enunciado existe el con ju n to de las experiencias u observaciones que la co n firm arían (y el conjunto de aquellas o tras que la desconfirm arían).
2)
Hay dos grandes clases de proposiciones: las analí ticas, que son aquellas que resu ltan confirm adas o desconfirm adas, según sean verdaderas o falsas, p o r cualesquiera datos de observación, y las sinté ticas, que son aquellas que resu ltan confirm adas, o desconfirm adas, por experiencias u observaciones bien específicas.
De estas dos doctrinas, la p rim era —el llam ado por Quine dogma reductivisia — tiene una versión fuerte que nos es m ás fam iliar: que p ara cada proposición con significado em pírico (o cognitivo) existe su traducción a un lenguaje fenom enista. La versión (1) es m enos exi gente que esta últim a, pero no por ello es m enos útil en el presen te contexto. Lo im p o rtan te es que tan to una com o o tra com parten lo que es de hecho el objeto de la crítica de Quine: que es legítimo hablar del significado
(cognitivo, empírico) de una proposición considerada aisladamente de las demás. F ren te a esto, Quine arguye que, en general, no puede decirse que toda proposición tenga un fondo de experiencias confirm atorias que puede considerarse propio (véase las dos ú ltim as sec ciones de Dos dogmas del empirismo (W. Quine : 1953, páginas 70-81). La puesta en cuestión de (1) conduce, p or lo tan to , a una seria m odificación de la teoría verificacionista del significado.
183
El rechazo de (2) atenta, por su parte, contra otro de los pilares del em pirism o lógico. Se recordará que acep tar que hay dos clases de proposiciones, las analíticas y las sintéticas —las que son verdaderas o falsas en v irtu d del lenguaje, p o r no juzgar los hechos ninguna función en su confirmación o en su desconfirm ación, y las que son verdaderas o falsas en virtud del m undo—• p roporcionaba al filósofo em pirista una salida a la hora de d ar cuenta del estatu to de las proposiciones de la lógica y de la m atem ática. (El Tractatus se había conver tido p o r ello en una o b ra tan cara a los em piristas lógi cos.) Si se renuncia a (2) los problem as que el filósofo em p irista creía resueltos vuelven a hacer acto de p re sencia. Una im p o rtan te lección del ensayo de Quine Dos dog mas del empirismo es que estos dos pilares son m ucho m enos sólidos de lo que podría parecer. El argum ento de Quine es bien sim ple y puede desglosarse en dos p a sos. El prim ero de ellos consiste en apercibirse de que (1) im plica (2): si está justificado h ab lar del signi ficado de una proposición, h ab rá que contar con el caso lím ite de proposiciones que sean verdaderas y cuyo sig nificado em pírico sea nulo. Una vez que hablam os de la posibilidad de que haya experiencias que confirm en una proposición, no podrem os excluir el caso de esas p ropo siciones cuyo conjunto de consecuencias confirm atorias (o desconfirm atorias) sea vacío. Sem ejantes proposicio nes serán verdaderas o falsas con independencia de qué experiencias se tom en com o p iedra de toque. (E stas se rán las proposiciones analíticas.) El segundo paso consiste en ver cómo los intentos de definir criterios de distinción entre proposiciones an a líticas y proposiciones sintéticas fallan sistem áticam ente h asta un pu n to en que llegam os a convencernos de que el criterio buscado sim plem ente no existe. En ese m is mo m om ento concluim os que (2) es un principio falso. Ahora bien, si (1) im plica (2) y si éste es falso, el p rin cipio (1) tam bién h abrá de serlo (según un razonam iento en modus tollens). Con esto, los dos dogm as han sido rebatidos. En Dos dogmas Quine exam ina detenidam ente diver sos criterios de distinción en tre lo analítico y lo sinté184
W. Quine
185
tico. No disponem os aquí de espacio p ara exponer y co m e n ta r todos esos exám enes. Podemos, sin em bargo, hacernos eco de uno de ellos. Una idea po p u lar que parece e star de acuerdo con la distinción analítico-sintético es ésta: si deseam os saber si un enunciado es analítico —es decir, verdadero en vir tu d del significado de sus térm inos (es decir, de sus ex presiones no-lógicas)— b asta con que consultem os en un diccionario el significado que poseen. Esa consulta p erm itirá d eterm in ar, sin investigar cuáles son los he chos del m undo, su verdad o su falsedad. Asi, por ejem plo, una ojeada a la palabra hombre, en un diccionario m ínim am ente com pleto, nos p erm itirá dar con la acep ción o p o rtu n a que verifique el carácter analítico de la proposición: j)
Los hom bres son seres dotados de razón.
Sin em bargo, sem ejante m aniobra aplicada a la pala bra araucaria será incapaz de establecer el valor de la verdad de la proposición. k)
E n Ibiza hay araucarias traídas por em igrantes isleños.
La diferencia se explica por la analiticidad de (j) y la sinteticidad de (k). La distinción parece, por lo tanto, im pecable. A este p lan team iento Quine ob jeta que los dicciona rios sean el tipo de obra que contiene los significados de las p alabras, si p or significado se entiende algo dife ren te de inform ación em pírica o inform ación relativa a los hechos (es decir, al m undo). Por el contrario, dice Quine, los diccionarios recogen los usos de las palabras, y los lexicógrafos que los organizan y los redactan no en tra n en la cuestión de si sus definiciones plasm an sig nificados u o tra cosa distinta. De hecho, ra ro será el diccionario que, en la en trad a correspondiente a esme ralda no diga que las esm eraldas son verdes. ¿Significa esto que la proposición (b), anterior, es una verdad analítica, es decir, con independencia de cómo es el m undo, de cóm o son las esm eraldas? La respuesta es 186
tajan tem en te negativa. (Es m ás, hay diccionarios que llegan a decir cosas tales com o que las esm eraldas están form adas de silicato de alúm ina y de glucina teñido de óxido de crom o. El que tales sustancias den lugar a un bello color verde cuando se tiñen de óxido de crom o no es, con seguridad, una circunstancia pu ram en te lingüís tica, sino un afo rtu n ado accidente de la naturaleza.) Por consiguiente, o bien adm itim os que (b) no expresa un hecho del m undo, o bien renunciam os a la idea de que los significados de las palabras son esas cosas que dan los diccionarios. Una vez arru in ad a la d octrina de que hay verdades en v irtud del lenguaje y verdades en v irtud de los he chos, la concepción em pirista del sistem a del conoci m iento hum ano ha de cam biar de un m odo radical. Ya no hem os de ad m itir, p ara em pezar, que las verdades lógicas y m atem áticas estén a salvo de refutación em pí rica. Todas las proposiciones habrán de considerarse, a p a rtir de ahora, sintéticas en un m ayor o m enor grado. Proposiciones com o 7 + 5 = 12, o com o toda proposición es o bien verdadera, o bien falsa, cuya necesidad ha constado siem pre en su ta rje ta de visita, no tienen un estatu to esencialmente distinto del que poseen (b) o (k). E sto no significa, en la explicación de Quine, que haya en algún lado observaciones o experiencias que m ues tren que 12 no es el resultado de sum ar 7 y 5. Significa que no hay nada que excluya, com o posibilidad lógica, un vuelco tal en el sistem a de todo nuestro conocim iento que quite a esas proposiciones el lugar que h asta el m o m ento se les ha reconocido. E sta idea revolucionaria se cap ta m ejor si se tiene presente que las proposiciones no se confirm an una p or una, sino en bloques o conjuntos. E sto es especial m ente cierto en el caso de las afirm aciones de la cien cia con un contenido teórico m ás alta (es decir, de aque llas proposiciones que hablan de entidades inobserva bles com o p artícu las subatóm icas, agentes racionales, etcétera). Ninguna de ellas está su jeta por sí sola a con firmación. Lo está en conjunción con o tras proposicio nes auxiliares de diverso tipo o incluso en conjunción con o tras teorías científicas. Por ello, cuando una propo sición queda aparentem ente refutada, es posible m ante 187
n erla a salvo com o verdadera efectuando cam bios en —o renunciando a la verdad de— las proposiciones ad yacentes o acom pañantes. Cabe, adem ás, la posibilidad —que es lo que Quine tra ta de subrayar— de que estos cam bios sean m enos d rásticos y m utilen m enos el cuer po de conocim iento acum ulado si se efectúan sobre el ap a rato lógico o m atem ático de la teoría o teorías im plicadas en el caso. El que una posibilidad como ésta no pueda olvidarse es lo que perm ite a Quine afirm ar que todas las proposiciones pueden ser objeto de revisión. Para el em pirism o clásico, todas las verdades sobre el m undo derivan inductivam ente de la experiencia. A esta visión opone Quine la de que todas las verdades (sin restricción) pueden ser confutadas por la experiencia. El m atiz, im portante, a rra s tra consigo la cláusula de que no se confirm an (verifican) proposiciones una a una y p or separado, sino bloques o conjuntos de proposicio nes. E sta doctrina recibe el nom bre de holismo semán tico. La renuncia a la distinción analítico-sintético y la adhesión al holism o sem ántico son pasos obligados en la adhesión a un em pirism o sin dogmas.
8.3. N o hay exilio cósm ico Las observaciones precedentes no trata n de ser válidas únicam ente p ara la em presa científica, trate de objetos o relaciones muy sofisticados o de cosas m ás cercanas al sentido com ún y a la vida cotidiana. Se aplican tam bién al q uehacer filosófico. La labor del filósofo, sos tiene Quine, difiere en los detalles de la del científico. Ciencia y filosofía no son aproxim aciones al m undo radicalm ente d istin tas ni contrapuestas. Los em piristas lógicos, y en especial R udolf Carnap, pensaban a este respecto de o tra m anera bien distinta. En su concep ción, el filósofo se ocupa de analizar lógicam ente el lenguaje de la ciencia, de m odo que la auténtica n a tu ra leza de ciertas proposiciones no se preste a equívocos. En concreto, el com etido del filósofo es el de expresar en el m odo form al de h ab lar las proposiciones de pseudo-objeto, convirtiendo lo que parece un discurso sobre
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cosas —un discurso en el m odo m aterial de h ab lar—en un texto que verse abiertam en te sobre palabras u o tras expresiones. De acuerdo con este objetivo, las cues tiones lilosóticas son cuestiones lingüísticas, m ien tras que las cuestiones científicas son cuestiones de hecho. E ste re p arto de papeles es objetable para Quine por razones que acabam os de ver al d iscu tir la legitim idad de la distinción analítico-sintético. No hay problem as sem ánticos, de un lado, y problem as fácticos, de otro. Todo lo que hay es un continuo de cuestiones en el que las consideraciones lingüísticas están entreveradas de consideraciones em píricas y a la inversa. El paso del m odo m aterial de h ab lar al modo form al de hacerlo es un paso que resulta, a m enudo, n atu ra l cuando nues tras discusiones acerca de tal o cual aspecto del m undo precisan de u na reflexión term inológica (sem ántica) o de la adopción de una convención lingüística. Sin em bargo, este paso, al cual da Quine el nom bre de ascenso semántico, no supone el cruce de una fro n tera entre países distintos. Cuando ascendem os sem ánticam ente seguim os a m enudo hablando acerca del m undo, aunque esta referencia sea algo m ás indirecta en su apariencia. No hay ninguna diferencia esencial en tre decir que hay unicornios en Grecia y decir que unicornio es un p re dicado verdadero de alguna c ria tu ra de Grecia. Y, ade m ás, el ascenso sem ántico se practica tan to en la filo sofía com o en la ciencia (W. Q uine : 1960, pp. 280 y ss.). La teoría de la relatividad supuso un cam bio obvio en n u estras ideas acerca del tiem po, la luz o la acelera ción, pero al m ism o tiem po este cam bio se produjo salpicado de reflexiones en torno al significado de p re dicados físicos [com o del de «(evento) sim ultáneo con»]. Si se m ide por el rasero del ascenso sem ántico, no se ría ju sto establecer diferencias significativas en tre el pro ced er científico y el proceder filosófico. Los empiristas lógicos com o C arnap andaban, por lo tanto, equi vocados a este respecto:
La tarea del filósofo difiere, pues, de la otra —la del científico— en detalle; pero no de un modo tan drástico como el que suponen los que imaginan en favor del filósofo una privilegiada perspectiva fuera 189
del esquema conceptual que toma d su cargo. No hay exilio cósmico. El filósofo no puede estudiar, ni revisar el esquema conceptual básico de la ciencia y el sen tido común sin tener él mismo algún esquema con ceptual, el mismo o cualquier otro, que no estará me nos necesitado de escrutinio filosófico, y que le es imprescindible para trabajar. El filósofo puede llevar a cabo ese escrutinio y perfeccionar el sistema desde dentro, apelando a la coherencia y a la simplicidad; pero éste es el método del teórico en general. (W. Quine: 1960, p. 284)
En la tarea de in te rp re ta r nuestras experiencias y de d ib u ja r una imagen dei m undo de la m ayor coherencia y sim plicidad posible, así como de acuerdo con los in form es de nu estro s sentidos y de sus extensiones, so mos, según u n a m etáfora de N eurath que aparece repe tidas veces en los escritos de Quine, com o navegantes que han de recom poner m ientras se encuentran en alta m ar el barco de su singladura. Si la travesía es sufi cientem ente larga e inusualm ente penosa, la rem odela ción de la nave puede llegar a afectar a todos sus com p artim entos. En cualquier caso, siem pre tendrá lugar sobre la m archa. Es sim plem ente una ilusión del filó sofo —y no sólo del em p irista lógico— el pensar que existe una p latafo rm a ideal desde la que acom eter las reparaciones necesitadas. Como el resto de agentes epis tem ológicos, el filósofo es un pasajero más.
190
Haciendo cosas con palabras
9.1. C onstatativos y realizativos Cómo hacer cosas con palabras (J. Austin : 1962) es u n a de las obras filosóficas notables que se han escrito en el presen te siglo. Por declaración expresa de su p ro pio au to r, pertenece a esa revolución —o al m enos al desarrollo filosófico subsiguiente— puesta en m archa p or los filósofos positivistas. Las ideas de éstos, adm ite Austin, no siem pre fueron expuestas sin una cierta do sis de dogm atism o. Pese a ello, esa revolución tra jo con sigo algunas cosas buenas. Una de ellas es la tesis de que m uchas perplejidades filosóficas han surgido a cau sa del e rro r de to m ar com o proposiciones dotadas de significado cognitivo —Austin prefiere em plear en este contexto el térm ino de enunciado, por lo que yo lo utili zaré tam bién a p a rtir de ah o ra— oraciones que deben in te rp re ta rse de un m odo diferente. Las proposiciones de la ética son un ejem plo de tal erro r. Sería una equivo cación to m ar un enunciado ético com o un vehículo lin güístico de la verdad o la falsedad, pues su uso persigue cosas com o la m anifestación de em ociones, la p rescrip ción de la conducta ajena o su influencia en ella, etc. 191
J. L. Austin
192
Austin no utiliza los térm inos que ya nos resultan fam i liares, pero es obvio que sem ejantes observaciones equi valen al reconocim iento de que bajo el ropaje general de enunciados se esconden dos grandes clases de expre siones: las que poseen significado cognitivo y las que poseen significado emotivo. El sentido de esta distin ción es el tem a que encauzan las discusiones de Cómo
hacer cosas con palabras. Hay, dice Austin, dos tipos de expresiones a los que conviene la categoría gramatical de enunciado: las ex presiones que son o bien verdaderas, o bien falsas, por medio de las cuales puede enunciarse algún hecho o des cribirse algún estado de cosas y que son susceptibles de verificación o confirmación-, y las expresiones que no describen nada y que se caracterizan por el hecho de que p ro ferirlas supone au tom áticam ente e jec u tar cierta acción. A las prim eras les da Austin el nom bre de constatativos ; a las segundas, el de realizativos. E sta distin ción, que parece perfectam ente genuina, m erece alguna consideración más. Si afirm am os Es bueno honrar a los propios padres o Se debe honrar a los propios padres m anifestam os un sentim iento n u estro (o un sentim iento generalizado en n u estro grupo social) o recom endam os una form a de conducta relativa a nu estro s progenitores. Cabe, desde luego, la posibilidad de considerar, frente a la sugeren cia em pirista, que la bondad es una propiedad que existe objetivam ente, que hay deberes éticos y m orales en el sentido en que hay árboles, autom óviles o ciudades, que h o n ra r a los propios padres es una clase de acciones dotadas de sem ejante propiedad y que vejar a nuestros progenitores no se encuentra en la relación de deberes existente en algún lugar. Sin em bargo, parece b astante n atu ral soslayar estas in terpretaciones puram ente des criptivas de esos dos enunciados indicando que se tra ta de dos casos de realizativos, en lugar de dos cosas de constatativos. F orm a p arte de la estrategia seguida en Cómo hacer cosas con palabras en fatizar la diferencia en tre cons tatativos y realizativos llam ando la atención hacia estos otros casos: 193
a)
Sí, ju ro (con m otivo de la jura de un cargo).
b)
Bautizo a este barco con el nom bre de Bribón III.
c)
Lego mi reloj a mi herm ano.
d)
Te apuesto un dólar a que m añana lloverá.
Como sucedía con los casos anteriores, (a) - (d) ilus tra n de nuevo la noción de realizativo. En p rim er lugar, u n m om ento de reflexión nos p erm itirá reconocer que la verdad (o la falsedad) no entran aquí en juego del m odo en que sucede con un constatativo típico. Así, si profiero (a), p or ejem plo, no hay hecho alguno del que mi proferencia pueda considerarse una descripción. La sugerencia de que con una proferencia de (a) describo un asentim iento mío interno, sim plem ente no viene al caso. Ni con (a) ni con las dem ás hago tal cosa. Más bien lo que sucede es que presto un ju ram en to (o doy nom bre a un barco, lego un reloj a mi herm ano o apues to un dólar). Es verdad que hablam os de juram en to s y de prom esas falsos, pero lo hacemos en un sentido m uy distinto del que em pleam os al calificar de falso a un enunciado. Es falso, en líneas generales, el enun ciado que no describe un hecho o aquel cuya negación se verifica. Un ju ram en to es falso por insincero. Los enunciados pueden ser falsos; los ju ram entos se hacen en falso. La diferencia es clara. Si la doctrina em pirista de que las proposiciones filosóficas tienen o bien un significado cognitivo, o bien un significado emotivo ap u n ta a esa clasificación de las expresiones en constatativos y realizativos, entonces esa doctrina parece estar a p rim era vista bien respaldada.
9.2.
La fortuna tam bién sonríe a las expresiones
Puede ser que dé im presión de m ento de Cómo sin em bargo, en 194
la distinción constatativo-realizativo solidez. Una p arte esencial del argu hacer cosas con palabras consiste, llevarnos m ás allá del planteam iento
em pirista original consistente en distinguir entre lo que ciertas expresiones hacen —a saber: describir— y lo que nosotros llevamos a cabo m ediante el uso de o tras: calificar, elogiar, expresar aprobación, recom en dar, etc. De toda esa cuidadosa labor de zapa realizada p o r Austin, considerarem os sus dos principales líneas críticas. Una de las características peculiares de los realizativos es la de que la ejecución del acto que está inexora blem ente ligado a su preferencia depende de que las circunstancias de su ejecución sean las apropiadas. Si digo (a), Sí juro, ju ro en realidad, si dicho ju ram en to me lo tom a alguna de las personas señaladas en el p ro cedim iento a seguir en la ju ra del cargo; si mi ju ra m e n to tiene lugar sin que m edie coacción física alguna ni sobre mí, ni sobre las autoridades im plicadas. Análo gam ente, yo puedo escribir (c) en mi testam en to y legar un reloj a mi herm ano, si tengo un reloj y si tengo un herm ano. Usualm ente, acciones com o las vinculadas a las proferencias de (a) - (d) deben ir acom pañadas de otros actos, tan to físicos como m entales. Sin em bargo, p a ra que ese legado sea efectivo —p ara que yo legue tal objeto a la p ersona indicada—, es preciso que yo no cam bie de opinión y no revoque mi a n te rio r voluntad h a ciendo trizas las hojas de papel en que (c) estaba es crito. El acto que va de la m ano de un realizativo no se ejecuta p o r la existencia de un sim ple episodio puntual. Ha de h ab e r una p referencia en condiciones apropia das y p ara que éstas se den se necesita de una p re p a ración en las d istin tas personas concurrentes y en sus circunstancias. Las acciones de los realizativos tienen su pequeña o grande biografía. Una vez aceptado este punto, la distancia en tre reali zativos y constatativos puede acortarse. Podem os decir: uno puede som eter a crítica a un constatativo p o r el hecho de ser falso y no re p resen ta r esa parcela del m undo que viene a cuento; pero tam bién puede uno criticar un realizativo por el hecho de hab er sido p ro ferido sin que la acción consiguiente haya sido llevada a cabo o, quizá, p or h aber sido ejecutada defectuosa m ente. Por em plear un giro castizo —que em plea afor tun ad am en te el trad u c to r de Austin— , uno puede u sar 195
un realizativo y las cosas salir mal. En sem ejante cir cunstancia, el uso del realizativo habría sido desafortu nado (J. Austin : 1962, Conferencia II). Las condiciones de infortunio de los realizativos son muy variadas. Puede no seguirse el procedim iento con vencional de que ciertas personas profieran las palabras adecuadas en las circunstancias ju stas por muy distintas razones: porque no se em plee la fórm ula adecuada, p o r que haya particip antes que no se atengan al procedi m iento, porque no se siga éste en todos y cada uno de sus pasos, porque las personas no sean las apropiadas. En casos como éstos —no me toca a mí darle ningún nom bre a ningún barco; o es mi com petencia hacerlo, pero yerro en el nom bre por mi m ala m em oria; o el m aestro de cerem onias nos lleva ante el carguero más antiguo de la com pañía naviera y resulta que arro jo la botella de cham pán contra su casco—, el realizativo es desafortunado por desacertado. Condiciones de infor tunio como éstas conducen a desaciertos, y cuando hay desaciertos no hay acto subsiguiente a la em isión de las palabras. Además de p or estas razones, el infortunio puede so brevenirle a un realizativo por el hecho de que las per sonas encargadas, o las que han decidido seguir un procedim iento —utilizar una fórm ula verbal— no ten gan los pensam ientos o los sentim ientos oportunos o no se com porten conform e a lo esperado convencionalm ente en las situaciones que el procedim iento tipifica. Así, por ejem plo, si p rofiero (d) se entiende que, en caso de no llover m añana, h ab ré de pagar un dólar a la persona a la que iba dirigida mi apuesta. Si mi intención es la de no pagar cantidad alguna en ningún caso, no se dirá p or ello que no aposté un dólar, sino que abusé de la con fianza de mi interlocutor. Cuando un realizativo es des afo rtu n ad o p o r estas razones, se lo denom ina un abuso (de procedim iento). A diferencia de lo que sucede con los desaciertos, los abusos no anulan la acción corres pondiente. Pues bien —arguye Austin— , los infortunios que pue den afectar a un realizativo los pueden su frir igualm en te los constatativos. Tam bién entre éstos caben casos de desaciertos y de abusos. En el capítulo 3, cuando con196
sideram os las objeciones de Rusell a la teoría sem án tica de Frege, tuvim os la ocasión de darle unas cuantas vueltas a la oración. e)
El actual rey de F rancia es calvo.
¿No podríam os, se pregunta Austin (J. Au stin : 1962, conferencias II y IV), asim ilar los enunciados que se re fieren a algo inexistente a los intentos de legar algo que no nos pertenece? Es decir, ¿no podríam os d ar cuenta de las peculiaridades de (e) considerándolo un enuncia do nulo, en vez de uno falso, com o habríam os de hacer si nos atuviésem os a la teoría de las descripciones? Si juzgásem os que lo que de anóm alo posee (e) radica en la circunstancia de que ninguna proferencia suya p er m ite d escribir hecho alguno, el diagnóstico de (e) sería bien simple: se tra ta de un desacierto. Y añadiríam os, p ara que la explicación fuese com pleta, que p ara des crib ir un estado de cosas cualquiera p o r m edio de nues tro lenguaje es necesario que todas las expresiones designativas que se utilicen presupongan algo (refieran a algo) como condición inicial. Del m ism o m odo que si digo los hijos de Juan son calvos se presupone p o r el em pleo del térm ino los hijos de Juan que Ju an tiene hijos, toda preferencia de (e) presupone que Francia es en la actualidad una m onarquía. Puesto que esta presuposición no se cum ple, (e) no puede ser ni verda dero ni falso. Considerem os ahora la oración de Moore: f)
El gato está sobre el felpudo, pero yo no lo creo.
E sta oración está form ada (a efectos sem ánticos) por las dos oraciones siguientes: g)
El gato está sobre el felpudo.
h)
Yo no creo que el gato esté sobre el felpudo.
Lógicam ente consideradas, ni (g) contradice a (h), ni esta segunda a aquella prim era. Ahora bien, im aginem os la ra ra ocasión en que alguien profiera (f) con toda serie dad. Esa persona nos dice prim ero que el gato está so 197
bre el felpudo —y no quiere m entirnos— y luego, con idéntico com prom iso de veracidad, añade que no cree tal cosa. Lo p aradójico de una situación así se debe al hecho de que quien profiera (g) sin ánim o de m en tirnos, sino con la finalidad de enunciar un hecho, cree en la verdad de aquello que enuncia. Si ahora añade (h) rom pe ese com prom iso que caracteriza el uso de los constatativos. (Esa persona se estaría contradiciendo en sus actos o en sus com prom isos, si bien las oraciones m ism as no serían lógicam ente contradictorias.) Aplicada a este caso, la doctrina de los infortunios nos dice que (f) constituye un ejem plo de abuso. Para que el uso de un constatativo sea afortunado, es necesario que el hablante crea en su verdad. La preferencia de (f) tiene el efecto de ate n ta r co n tra esta cláusula restrictiv a sobre los pen sam ientos e intenciones del hablante. No es sólo que los constatativos estén sujetos a in fortunios. O curre tam bién que hay realizativos que se hallan estrech am en te ligados a la verdad y a la falsedad. Eso es lo que les pasa a expresiones am bivalentes como: i)
Afirmo que el asesino es el señor García.
j)
Pronostico un alza en el índice de precios.
k)
In fiero de lo que dices que Luis no había llegado
Como o tras m uchas expresiones (Lo siento, Me alegro, Lo considero censurable), (i) - (k) llevan una doble vida. En p rim er lugar, su talante descriptivo es innegable. (Supongam os que estoy con un colega repasando una film ación de mi ponencia en un congreso de economía, e im aginem os que la film ación no va acom pañada de sonido alguno. En un m om ento, y refiriéndose a uno de los diagram as que yo expuse ante la audiencia del congreso, mi in terlo cu to r me pregunta: «Y ahora, ¿qué haces?» Y yo respondo: «Ahora pronostico un alza en el índice de precios».) De otro, sin em bargo, como los juicios, las suposiciones o los enunciados, las afirm a ciones y los pronósticos pueden ser verdaderos y pue den ser falsos. (Las inferencias son válidas o inválidas, y de esa m anera se conectan con la verdad.) 198
Que una afirm ación pueda ser verdadera y que (i) sea un realizativo va en contra de n u estra caracterización inicial de los realizativos. ¡De ahí la im portancia de es tos casos! Y, sin em bargo, esta es la conclusión natural. P ara afirm a r algo, como para p ro n o sticar o para infe rir, hay que re u n ir ciertas condiciones cuya ausencia d ará lugar a desaciertos o a abusos. Es m ás, puesto que afirm aciones, inferencias y pronósticos son acciones, son el tipo de cosas que uno puede llevar a cabo deliberada m ente o a propósito. Por ello, puede uno decir que afir mo deliberadam ente que el asesino es el señor García o que deliberadam ente pronostico un alza de los precios. Puesto que los constatativos no van ligados a acciones de la form a en que lo están los realizativos, carece de sentido afirm ar que creo deliberadam ente que el gato está sobre el felpudo. Así pues, no hay dudas en cuanto al carácter realizativo de (i) - (k) ni en cuanto a su rela ción con la verdad (y la falsedad).
9.3. Los verbos realizativos El criterio basado en las condiciones bajo las cuales un realizativo tiene un uso afortunado no justifica, por lo tanto, una tajan te distinción entre expresiones verda deras o falsas y expresiones cuya preferencia supone la realización de un acto de habla (recom endar, ju ra r, apos tar, etc.). En Cómo hacer cosas con palabras (conferen cias V y VI), Austin ensaya o tra línea de análisis ten dente a ju stificar esa clasificación de las expresiones en constatativos y realizativos. Esa línea es, en princi pio, gram atical, y se atiene a la detección de una clase especial de verbos, los verbos realizativos, que tienen de característico lo siguiente: cuando se los usa en la p rim era persona del singular del presente de indicativo, de la voz activa, m ejor que describir una acción, lo que se hace p or m edio de ellos es la acción m ism a repre sentada por el verbo. Son verbos realizativos, jurar, bau tizar, legar, apostar, de (a )-(d ), y Otros m uchos: pre guntar, avalar, prom eter, ordenar, absolver, perdonar, tasar, revocar, agradecer, etc. (Véase el recuadro 11, para 199
una clasificación de los verbos realizativos dada por Austin.) Com parem os estas expresiones: 1) Te pregunto si sabías el nom bre del caballo ga nador. m) n)
Te pregunté si sabías el nom bre del caballo gana dor. Pregúntale si sabe el nom bre del caballo ganador.
De éstas, sólo (1) puede em plearse norm alm ente p ara preg u n tar. E sto se debe, com o acaba de indicarse, a que «preguntar» no está en presente de indicativo, en (m) y a que se halla en modo im perativo en (n). Lo prim ero hace que (m) sólo pueda usarse para describir una ac ción pasada. Lo segundo im plica que (n) tiene el sentido de un m andato, una petición, una sugerencia o algo por el estilo. En ninguno de los casos, sin em bargo, pode m os u sar estas dos oraciones para efectuar una pre gunta nosotros m ismos. Muchos realizativos, reconoce Austin, no son explíci tos, sino primarios. Si profiero (ñ) y (o): ñ)
El toro está a punto de em bestir.
o)
E staré allí
puedo estar haciendo al m enos dos cosas. Puedo estar describiendo una inm inente reacción del toro —acabo de estim u lar eléctricam ente una pequeña área cerebral su ya— o puedo e star avisando a unos forasteros que se han introducido inadvertidam ente en una zona de pastos de la ganadería. En el segundo caso, al p ro ferir (o) puedo e sta r prom etiendo asistir a una reunión o anunciando tan sólo una intención que ahora tengo. A causa de esta am bigüedad, Austin propone este otro criterio: reducir, expandir o analizar toda expresión que sea un realizativo de m odo que se obtenga una form a verbal cuyo verbo dom inante sea un verbo realiz.ativo en la primara 200
201
R ecuadro 11
persona del singular del presente de indicativo de la voz activa. E sta m aniobra nos lleva de (ñ) y (o) a (ñ') y a (o’), respectivam ente: ñ ’)
Les aviso de que el to ro está a punto de em bestir.
o ’)
Te prom eto que estaré allí.
Supongam os ah ora que siem pre que encontrem os un realizativo le podem os d a r el make up, si es que no lo tiene ya, descrito. Si eso fuera posible, el problem a de clasificar las expresiones en constativos y realiza ti vos estaría resuelto, pues el estatu to de cada expresión sería visible sin m ás análisis: bastaría con disponer de una lista de todos los verbos realizativos y con consultar si, p o r ejem plo, «avisar» o «prom eter» se encuentran en esa lista. Una sim ple ojeada a tal relación nos condu ciría a decidir que (f), (g) y (h) sólo pueden ser constatativos y que (a), (b), (c), (d), (i), (j), (k), (1), (m), (n), (ñ’) y (o’) son realizativos. Al igual que sucedía con el criterio discutido en la sección precedente, éste, por muy prom etedor que p a rezca, sufre de ciertos inconvenientes claros: Uno de los m ás im p o rtan te lo ponen de m anifiesto realizativos com o (i) - (k) que son verdaderos o falsos, o que m antienen con la verdad y la falsedad una cone xión tan estrech a que considerarlos com pletam ente dis tintos de los constatativos supondría algo así com o con d enar el m undo a su destrucción con tal de que la m á xim a m oral siga vigente. Más razonable parece la deci sión de pen sar que constatativo y realizativo son m ar betes que se aplican a casos no com pletam ente sepa rados. E n segundo lugar, m uchas expresiones tienen la do ble función realizativa y constatativa. Las oraciones (ñ) y (o) ilu stran este punto. La m era expresión no sugiere aquí cóm o p arafrasearla hasta darle la form a canónica encabezada p o r un verbo realizativo. Hay que tener en cuenta los usos de las palabras en situaciones que pue den llegar a d iferir tanto com o nuestra im aginación o 202
com o el azar perm ita. La m ism a situación se p resen ta cuando tratam o s de confeccionar la lista de verbos realizativos, pues m uchos candidatos presentan una am bi valencia sem ejante. La frase verbal considero que está bien puede significar lo m ism o que lo apruebo (realizalivo), o bien esto otro: veo con aprobación (que es un constatativo). Las pruebas que podem os efectuar en estos casos p ara distinguir e n tre el sentido del realizativo y el del constatativo —por ejem plo: ¿puede uno añ a d ir deliberadamente o a propósito tras el realizativo? O bien, ¿podría llevarse a cabo la acción sin p ro ferir el realizativo? (véase las conferencias VI y V II)— nos reafirm an en la idea de que hay realizativos de pleno derecho — afirmar, inferir, pronosticar, declarar, negar, sostener, etc.— inseparables de la verdad (y de la fal sedad). En terc er lugar, no siem pre es posible trad u c ir un realizativo h asta darle el envoltorio lingüístico oportuno sin que tengam os la im presión de que la form a verbal nueva no hace ju sticia a la expresión original o, cuando m enos, sin que pensem os que p arte del contenido ini cial se ha perdido por el cam ino. ¿Equivale siem pre lo siento a le pido disculpas o a le pido perdón ? ¿Posee forzosam ente cualquier proferencia de (o) el carác te r de una prom esa o el carác te r de una declaración de in tenciones, sin m ás com prom isos? ¿O a m enudo nada en tre esas u o tras aguas sin salir a flote p o r ningún lado? Si fuese esto últim o, ¿habría algún m al o algún e rro r en ello? Finalm ente, no se dispone siem pre de un verbo rea lizativo que haga explícita la fuerza de la expresión p ro ferida. Como señala Austin, no se dispone en inglés (ni tam poco en castellano) de un verbo realizativo cuyo uso conlleve un acto de insultar, del m odo en que te ben digo supone bendecir. Te insulto no tiene este efecto.
9.4. D im ensiones D urante las dos últim as secciones se ha considerado dos intentos de poner unos cim ientos teóricos sólidos 203
a la d o ctrin a del em pirism o lógico de las dos clases de significado de las proposiciones filosóficas. En los dos casos hem os visto, a continuación, que, cuando los criterio s de distinción entre constatativos y realizativos se definen de form a precisa, surgen algunos obstáculos lo suficientem ente severos com o p ara tener que echar m archa a trá s en el intento de fundam entación teórica, ¿Qué conclusión hay que sacar de esto? En p rim e r lu gar, que tal y com o la form ularon los em piristas ló gicos la distinción en tre (1), expresiones susceptibles de ser verificadas, y (2), expresiones por m edio de las cuales llevam os a cabo ciertas acciones, se halla insu ficientem ente elaborada. En segundo lugar —y éste es el m érito de Austin—, que (1) y (2) son tan sólo dos de los distintos criterios que hay que b a ra ja r en la evaluación y el análisis del uso de las palabras. El e rro r filosófico consiste en hacerse una idea dem asiado esquem ática —y, p o r lo tanto, infiel— de un dom inio teórico m ucho m ás com plejo de lo supuesto. La verdad y la falsedad, la verificabilidad y la inverificabilidad son tan sólo unas dim ensiones entre m uchas o tras pre sentes en el uso del lenguaje. Estas, en particular, son im po rtan tes, p or que la em presa científica y, en general, la em presa cognoscitiva es im portante. Sin em bargo, no son las únicas. El lenguaje sirve a más fines que al de la transm isión de nuestros conocim ien tos y al de la representación de los hechos. Y la con secución de estos o tro s fines —organización social, en la ju ra de cargos, sanción legal, en las condenas y en las absoluciones— sitúa el lenguaje en o tras dim en siones relevantes. Los em piristas lógicos no estaban equivocados, así pues, al ver diferencias entre u n enun ciado científico y u n aserto ético. E staban equivocados p o r el hecho de olvidar que esos dos casos eran en realidad sólo dos casos. Como escribió Austin una vez, no son las cosas, sino los filósofos, los que son sim ples. El e rro r del caso —aquello en que el em pirism o ló gico necesitaba de enm ienda— radica en co nsiderar los enunciados com o expresiones, en vez de com o ac tos cuya fo rtu n a se halla su jeta a m uy distintas cir cunstancias. E ste ligero cam bio de perspectiva es, no
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o bstante, crucial. Como m eros signos, podem os p re g u n tar de un enunciado si es verdadero (o falso) o si es verificable (o no). En tan to que acto, la cuestión es si resu lta afo rtu nado o si no lo resulta (y por qué). Visto de este o tro modo, tal acto es una aserción como una recom endación o una expresión de un sen tim iento. Ahora bien, aceptado esto, todos estarem os de acuerdo en acep tar que el criterio de la verdad (o de la falsedad) no hace ju sticia a la com plejidad del caso.
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Apéndice
Cuatro textos filo só fico s y un com entario 1. In trod u cción y texto 2. C om entario interno A) Segmentación del texto B) Análisis terminológico — Proposición — Pensamiento — Clarificación lógica de los pensamientos C) Paráfrasis del texto D) Estructura del texto E) Resumen del comentario interno 3. C om entario externo A) Comentario externo próximo B) Comentario externo remoto
4.
Tres textos filo só fico s m ás y algunas preguntas en torno a ellos A) Primer texto — Cuestiones orientativas para el comentario
del texto — Para docentes B) Segundo texto — Cuestiones orientativas para, el comentario
del texto — Para docentes C) Tercer texto — Preguntas orientativas para el comentario
del texto — Para docentes
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1. Introdu cción y texto En este ap artad o de la obra se llevará a cabo un ejercicio de com entario de un texto filosófico que res ponde a la tem ática que ha venido siendo tratad a. El com entario con stará de dos p artes. En la prim era de ellas, la que contiene el comentario interno, se con sideran únicam ente aquellas cuestiones que tienen que ver con el significado literal del texto y con los p ro blem as de in terp retación que plantea. Al com entario in tern o pertenece el análisis de los térm inos em plea dos y de la estru c tu ra (o valor relativo) de las afir m aciones que se hacen en él. La segunda parte, el comentario externo, debate la significación del texto en la filosofía del au to r y en el pensam iento filosófico contem poráneo y lo sitúa, por lo tanto, en un con texto m ucho m ás amplio. El com entario com o tal lo form an las dos p artes en conjunto. El texto seleccionado p ara su com entario pertenece al Tractatus Logico-Philosophicus, de W ittgenstein, y tra ta de la concepción del análisis filosófico que se propone en esta obra. El tem a, com o se ve, ha sido trata d o con la suficiente extensión com o p ara que pueda ap reciarse el contenido del com entario.
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El texto es el siguiente: 4.11. La totalidad de las proposiciones verdaderas es la totalidad de la ciencia natural (o el cuerpo completo de las ciencias naturales). 4.111. La filosofía no es una de las ciencias naturales. (La palabra «filosofía» debe significar algo que está por
encima o por debajo de las ciencias naturales, pero no al lado de ellas.) 4.112. La filosofía tiene como fin la clarificación lógica de los pensamientos. La filosofía no es un cuerpo de doctrina, sino una activi dad. Una obra filosófica consta esencialmente de aclara ciones. La filosofía no tiene como resultado «proposiciones filo sóficas», sino, mejor, la clarificación de las proposiciones. Sin filosofía los pensamientos son, como si dijéramos, nebulosos y desdibujados: la tarea de aquélla es la de dejar los nítidos y la de proporcionarles perfiles marcados.
2. C om entario interno A) Segm entación del texto La p rim era m edida del com entario consiste en di vidir el texto en unidades lingüísticas m enores y más m anejables (en oraciones, por ejem plo). En el caso presente, la form a aforística en que W ittgenstein es cribió el Tractatus facilita m ucho las cosas. Además de las tres p artes (num eradas, respectivam ente, como 4.11, 4.111 y 4.112) de que consta, me referiré a cada oración individual añadiendo a la oración original una letra m inúscula del alfabeto latino. Así, por ejem plo, la segunda oración de 4.112 será la oración 4.112 (b). B) Análisis term in ológico E n tran d o ya en el com entario, el p rim er paso es el de indicar cóm o usa el au to r en el texto aquellas pa labras o frases que tienen en el un valor term inoló 210
gico especial. Para el caso, presente, el análisis term i nológico es el siguiente:
Proposición En el uso que hace W ittgenstein de este térm ino en el Traciatus, una proposición es un signo com plejo, form ado por la articulación de otros signos m ás sim ples, que expresa un pensam iento. A su vez, un pen sam iento es una figura lógica de un estado de cosas o de una situación posible. Por expresar un pensa m iento, una proposición es (indirectam ente) tam bién una figura o representación de un estado de cosas. Esto últim o sucede pqr el hecho de que proposición y estado de cosas com parten una m ism a estru c tu ra: la form a lógica. El sentido de una proposición es el estado de cosas que representa. Si una proposición re presen ta un estado de cosas de n u estro m undo, es verdadera; en caso contrario, es falsa.
Pensamiento E n tre u na proposición y el pensam iento que ésta expresa se da la relación que existe en tre el aspecto tangible (perceptible) de lo que en el lenguaje tiene significado y lo que propiam ente desem peña esta fun ción. P ropiam ente hablando, son los pensam ientos los que rep resen tan situaciones o estados de cosas. Las proposiciones son su ropaje externo. Es la totalidad de los pensam ientos verdaderos lo que constituye una representación to tal del m undo. Por consiguiente, la totalidad de las proposiciones verdaderas proporciona una descripción com pleta de la realidad.
Clarificación lógica de los pensamientos Una de las ideas dom inantes del Tractatus es la de que hay form as in correctas o carentes de sentido de h ab lar sobre el m undo. Estos sinsentidos derivan del olvido de que hay cosas que no pueden ser dichas, sino que únicam ente se m uestran o se hacen m anifies tas en el uso del lenguaje. Así, p o r ejem plo la form a lógica de una proposición no puede ser d escrita o re p resen tad a p o r m edio del lenguaje. P ara poder decir cuál es form a lógica de una proposición, dice Witt211
genstein, deberíam os poder situarnos fuera del len guaje y fu era del m undo para, a continuación, señalar qué tienen en com ún. Sin em bargo, no podem os co locarnos fuera del lenguaje. La form a lógica se m ues tra en el lenguaje. La clarificación lógica de los pen sam ientos persigue delim itar los m árgenes m ás acá de los cuales el lenguaje puede utilizarse p ara decir cóm o son las cosas, y m ás allá de los cuales nuestras p alabras carecerán de sentido. C) P aráfrasis del texto Una vez analizadas aquellas expresiones con valor term inológico, parafraseam os escuetam ente las afirm a ciones del texto: El conjunto de la ciencia n atu ral está form ado por aquellas proposiciones que son verdaderas y que, por lo tanto, nos dicen cóm o son los hechos del m undo. No hay o tras proposiciones verdaderas adem ás de las proposiciones científicas verdaderas [p aráfrasis de 4.11]. La filosofía no es una ciencia n atural; es decir, no hay un sab er filosófico form ado por proposiciones verdaderas. La filosofía no nos dice nada acerca del m undo [p aráfrasis de 4.111 (a)]. Si hay algo que res ponda a la p alabra filosofía tiene que ser una disci plina de una naturaleza com pletam ente distinta de las de la ciencia n atu ra l [p aráfrasis de 4.111 (b) ]. El com etido de la filosofía es el de establecer los lím ites en tre aquello que puede ser dicho (y tam bién pensado) y lo que únicam ente puede m o strarse o m a n ifestarse en el lenguaje. Ella traza la línea divisoria en tre el uso significativo del lenguaje y el fallido in tento de utilizarlo p ara decir cómo es el m undo [p a ráfrasis de 4.112 (a)]. La filosofía no tiene nada que decir (en el sentido técnico que da W ittegenstcin a este térm ino). Es una actividad consistente en anali zar el pensam iento o el lenguaje p ara delim itar ade cuadam ente la fro n tera en tre el reino del sentido y el reino del sinsentido [p aráfrasis de 4.112 (b)]. Ya que las únicas proposiciones que hay son las científicas, al no ser la filosofía una disciplina científica, no po d rá hablarse de la existencia de proposiciones filosó 212
ficas do lad as de sentido. El objetivo de la filosofía no es el de d escu b rir nuevas proposiciones verdaderas, sino el de analizar o clarificar lógicam ente proposiciones (al m enos proposiciones aparentes) ya dadas [p aráfrasis de 4.112 (c)]. Se sigue de lo a n terio r que la tarea fi losófica es tam bién necesaria, pues decidirse sobre la verdad o falsedad de una proposición exige a m enu do la clarificación lógica de los pensam ientos que las proposiciones expresen [p a ráfrasis de 4.112 (d)]. D) E structura del texto Si bien la num eración dada p o r el propio W ittgenstein a su Tractatus indica que de las siete afirm acio nes del texto, la p rim era de ellas (4.11) contiene la tesis principal, cabe tam bién la opción n a tu ra l —que se diferencia apenas p o r un m atiz de la a n terio r— de considerar que la tesis principal está contenida en 4.111 (a). Lo que el texto hace luego es d elim itar el ám bito de la ciencia y el de la filosofía. 4.11 especi fica lo propio de la ciencia, m ientras que 4.112 (a)4.113 (d) describen la n atu raleza del quehacer filosó fico. E) R esum en del com en tario interno Al d istinguir tajan tem en te en tre la naturaleza de las ciencias n atu rales y la naturaleza de la filosofía, W ittgenstein co n trapone dos tipos de com etidos intelec tuales: el descubrim iento de (nuevas) verdades acerca del m undo, verdades plasm ables lingüísticam ente en proposiciones, y la clarificación lógica de éstas. La labor científica es de la prim era clase. (Ciencia es aquí ciencia de la naturaleza). A la filosofía le com pete, en opinión de W ittgcnstein, la clarificación ló gica de las proposiciones, lo cual im plica indicar den tro de qué m árgenes tienen sentido y fuera de qué fro n teras carecen de él. La ciencia au m en ta n u estro conocim iento del m undo. La filosofía es, p o r su parte, una lab o r de análisis de los expedientes lingüísticos en que este conocim iento se plasm a.
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3. C om entario externo A) C om entario externo próxim o Los aforism os 4.11, 4.111 y 4.112 contienen una de las d octrinas m ás características del Tractatus y del m ovim iento filosófico contem poráneo de la Filosofía Analítica: la filosofía como una actividad, frente a la idea de la filosofía como una form a de saber entre o tras (a m enudo considerada incluso m ás fundam en tal que el sab er científico m ismo). Esta doctrina debe juzgarse a la luz de alguna de las convicciones ínti m as de W ittgenstein y al m odo com plejo en que les confirió un andam iaje conceptual y doctrinario en el Tractatus. A esta p arte del com entario en que conec tam os el texto con o tras ideas del pensam iento filo sófico del m ism o au to r es a lo que denom ino comen
tario externo próximo. Hoy parece fuera de toda duda que en la intención de W ittgenstein la idea principal del Tractatus era la
de separar la ética de toda suerte de basamento inte lectual (A. Janik y S. T oulmin : 1974, p. 27). La ética no puede ser puesta en palabras; pertenece a la es fera de lo místico. Lo característico de una visión m ís tica del m undo es que éste se nos aparece sub specie aeterni, como si lo estuviésem os contem plando desde un pu n to de vista arquim édico libre de cualquier con tingencia tem poral y espacial. El m undo según la es pecie de la etern id ad es el m undo visto o sentide como un todo (Tractatus , 6.45). Una visión o una experiencia m ística, en el sentido acabado de aludir, no puede plasm arse, según W itt genstein, en proposiciones. V er el m undo com o un todo y p re te n d er describirlo o representarlo lingüís ticam ente es com o pensar lo que no puede pensarse y tra ta r de decir, adem ás, en qué han quedado nues tro s pensam ientos. E sta tarea es irrealizable como cuestión de principio. E sto se explica por la identidad que existe p ara W ittgenstein entre el lenguaje y pen sam iento: el pensam iento es, en general, el conjunto de las proposiciones con sentido (el aforism o 4 del Tractatus dice: Un pensamiento es una proposición 214
con sentido) y este conjunto es precisam ente el len guaje. Por m edio de éste puedo yo re p re se n ta r hechos y otro s estados de cosas. Sin em bargo —y es éste el p u n to im p o rtan te— no hay ni m ás hechos ni m ás estados de cosas que describir que aquellos que cons tituyen el sentido de las proposiciones de mi lenguaje. Si viésem os el m undo com o un todo y dijésem os en tonces El mundo es así-y-así, no estaría yo describien do un hecho ulterior y distin to de los que puedo des crib ir con mi lenguaje. Los hechos constituyen el m un do. E ste no puede intervenir com o objeto de otros hechos sobreañadidos a los prim eros. De esta form a se arrib a a una de las tesis m ás significativas del Tractatus: que los límites de mi lenguaje son los lím ites de mi m undo (5.6). Lo m ístico queda del lado de fuera de los lím ites de mi lenguaje. Es im p o rtan te p ara el com entario presente que re cordem os en este m om ento que, en el diagnóstico de W ittgenstein no sólo la ética, sino tam bién o tras ra m as de la especulación filosófica aceptan, im plícita o explícitam ente, la idea de una experiencia o una con tem plación del m undo en tanto que una totalidad. En el Tractatus debate W ittgenstein este m ism o supuesto cuando niega la existencia del sujeto m etafísico, es decir, cuando rechaza la existencia, en tan to que un ingrediente real del m undo, de un sujeto o una ins tancia en la que uno se pregunta por la especie de realidad del m undo, por los lím ites y condiciones de n u estro conocim iento de él o por o tra m anera de in te rp retarlo que la que responde al sentido com ún o a la descripción que proporciona la ciencia natural. Se aprecia sin dificultad que la idea m ism a de un su jeto m etafísico cobra sentido a cam bio de considerar le polo de una relación dual que se contrapone al m undo como un todo. De o tra parte, el sujeto metafísico es algo com pletam ente diferente del sujeto em pírico, que es una cosa m ás en tre o tras y sin ninguna perspectiva privilegiada respecto de éstas. Como he dicho, W ittgenstein sostiene que el sujeto m etafísico no form a p arte del m undo, sino que, com o el lenguaje, es un lím ite suyo. E sta tesis responde a la siguiente analogía. 215
La comparación entre lenguaje y realidad es pare cida a la de imagen de la retina e imagen visual; a la mancha ciega parece no corresponderle nada en la imagen visual, y, por eso, las fronteras de la mancha ciega determinan la imagen visual. (L. Wittgenstein: 1961, pp. 170 y ss.)
Del m ism o m odo que p ara que haya una imagen visual debe h ab e r en la retina una m ancha ciega que confiere a la p rim era su contorno, el sujeto m etafísico —que está fuera de la imagen visual, es decir, del m undo— es una condición lím ite de nuestro conoci m iento de la realidad. Las proposiciones en torno al su jeto m etafísico son parte de la m ancha ciega de n u estro lenguaje (es decir, de nuestro pensam iento). La epistem ología (y la m etafísica) de los filósofos com parte, así pues, con la ética la aceptación de una visión m ística del m undo. T anto en un caso com o en el otro, el filósofo que habla del sujeto m etafísico o el que discu rre acerca de los valores éticos traspasan los lím ites del lenguaje y hablan de algo que carece de n aturaleza discursiva. E n este punto de la argum entación de W ittgenstein en tra en escena el texto de nuestro com entario. El tex to adquiere su sentido m ás am plio cuando se lo in te rp re ta com o reacción frente a la idea m ística de la filosofía a uno de cuyos ejem plos acabo de referirm e. W ittgenstein niega, entonces, que el sujeto m etafísico pueda ser descrito con palabras y que sea lícito el de bate en torno a los valores éticos como quien describe o discute a p ropósito de los objetos, procesos, etc., de la ciencia natu ral. De estas tem áticas filosóficas está vedado h ablar, en virtud de la naturaleza m ism a de n u estro lenguaje. Sin em bargo, el sujeto m etafísico y los valores éticos se m anifiestan ellos m ism os a lo largo y ancho de n u estro discurso y de n u estra con ducta (6.522). El m étodo correcto de !a filosofía con sistirá en reconocer qué cosas y cuestiones caen den tro del ám bito de estudio de la ciencia natural y qué o tras son de ca rác te r m ístico. E sta labor de delim ita ción o de clarificación lógica del pensam iento define para W ittgenstein, en el Tractatus, cuál ha de ser el 216
quehacer filosófico. La filosofía pierde con ello su antiguo rango de ciencia con un dom inio de objetos específicos —valores éticos, sujeto m etafísico y de m ás— y adquiere la naturaleza de actividad.
B) C om entario externo rem oto N uestra discusión inm ediatam ente precedente vincu laba el texto de W ittgenstein a ciertos otros conteni dos im portantes del Tractatus. Con esto, sin em bargo, n u estro com entario no ha dado de sí todo lo que po día. Podem os despegarnos ahora un poco m ás de los tres escuetos aforism os (4.11, 4.111 y 4.112) y buscar conexiones m ás rem otas. Podemos contraponer, com p arar, la concepción de la filosofía expuesta en el Trac tatus con la que luego W ittgenstein elaboraría en sus Investigaciones filosóficas. 0 cabe tam bién tra ta r de la influencia que ejerció sobre otros filósofos contem poráneos (los em piristas lógicos) su idea de la filoso fía com o actividad. Estos u otros tem as pueden tra tarse en esta últim a p arte del com entario de texto. En lo que sigue, y m ás a título de ilustración que o tra cosa, o p taré p o r esta segunda opción. Una de las ideas del Tractatus que m ejor sirvieron p ara el p rogram a de reform a filosófica que em prendió el em pirism o lógico es precisam ente la de que no hay proposiciones filosóficas verdaderas o falsas y que, p or lo tanto, la filosofía desem peña un tipo de fun ción intelectual bien d istin ta de la que caracteriza a la investigación científica. P ara em piristas com o Schlick, Carnap y dem ás, la tesis de W ittgenstein les venía como anillo al dedo para su objetivo de elim inar la m eta física del ám bito del conocim iento hum ano. E sta eli m inación se da en dos pasos. En el prim ero, las p ro posiciones filosóficas eran declaradas carentes de sen tido. En el segundo, se reconocía a la filosofía una función positiva: la de ser crítica del lenguaje. Hem os tenido ocasión de ver —cuando hablam os del sesgo em p irista del análisis sem ántico, en el ca pítulo 5— que decir de una proposición que carece de sentido puede significar dos cosas distintas, según 217
se en tienda el concepto de sentido (del Tractatus) con las tin tas em piristas m ás o m enos cargadas. Un emp irista diría que no hay proposiciones filosóficas (o m e tafísicas), porque todas ellas son inverificables y ca recen, p o r consiguiente, de sentido. De esta m anera, la tesis de que la filosofía es actividad conduce a la de la crítica de la m etafísica pasando por el principio de verificabilidad del significado cognitivo (o em pírico). E n lo que hace al nuevo m odelo de análisis filosó fico, hay que in sistir en el hecho de que W ittgenstein y los em p iristas discreparon en cuanto a un punto fun dam ental: los empiristas renunciaron abiertamente a la concepción del lenguaje como medio universal, tan cen tral en el Tractatus. W ittgenstein había escrito que las proposiciones no pueden rep resen tar la form a ló gica; que es im posible decir, por ejem plo, que dos proposiciones son contradictorias entre sí (4.1211). To das las propiedades form ales de un signo se m uestran en el lenguaje, pero no pueden representarse por m e dio de él. Carnap, p o r ejem plo, fue muy explícito al rechazar todo esto. El form ulaba la doctrina del len guaje com o m edio universal diciendo que, según se m ejan te pu n to de vista, no hay proposiciones que ver sen sobre propiedades form ales de proposiciones (como la de contradicción): no hay sintaxis que pueda ser ex presada (R. Carnap: 1927, p. 282). F rente a esto, Carnap tenía la arraig ad a convicción de que, del m ism o m odo que puede uno co n stru ir proposiciones sobre la form a geom étrica de las estru c tu ras geom étricas, cabe igual m ente la posibilidad de co n stru ir proposiciones acerca de las propiedades form ales de las m ism as proposi ciones. El m odo form al de hablar es la m anera de hacer tal cosa. ¿Qué e rro r lógico hay en afirm ar que No arrancaron la araucaria pertenece al contenido de
Asfaltaron la avenida y no arrancaron la araucaria? Como no vio Carnap falacia alguna en afirm aciones (en el m odo form al de hablar) como ésta, concluyó que la construcción de la sintaxis es algo no sólo po sible, sino p erfectam ente lícito y aceptó la existencia de oraciones sintácticas (R. Carnap: 1927, pp. 282 y si guiente). E sto suponía un notable alejam iento del idea rio de W ittgenstein.
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E sta diversidad de critexios ahondó las diferencias existentes m ás allá del acuerdo en la inexistencia de proposiciones filosóficas (¡es decir, m etafísicas!). Wittgenstein cierra su Tractaius con la afirm ación de que quien le haya entendido debe reconocer que el con tenido de su obra es un sinsentido. Esto incluye tam bién su idea de la filosofía. (Las proposiciones m is m as del Tractatus se fundan en la ficción de decir algo que únicam ente se m u estra p o r sí solo. Su con tenido es p arte de lo m ístico.) Por ello, después del Tractatus sólo viene el silencio. Para C arnap, esta conclusión resultaba incom prensi ble. Después de haber identificado la filosofía con la clarificación lógica de los pensam ientos, lo cual se reducía al análisis sintáctico del lenguaje, era una sim ple inconsecuencia pen sar que este m ism o análisis carecía de sentido. Si aceptáram os esto, piensa Car nap, estaríam os reconociendo que enti'e las proposicio nes de la m etafísica y las de la lógica de la ciencia hay u na sim ple diferencia de grado. La verdad es, sin em bargo, que unas y o tras no pueden ser m ás distin tas (véase R. Carnap: 1927, pp. 283 y ss.). E n este sen tido, p or lo tanto, la influencia de W ittgenstein se vio contrap esad a p or discrepancias que afectaron a otros p u ntos im po rtan tes de su pensam iento.
4. T res textos filo só fico s m ás y algunas preguntas en torno a ellos A) P rim er texto ... hay que observar que las palabras todos, cada, ningún aparecen delante de términos conceptuales. En los enuncia dos universales y particulares, afirmativos y negativos, ex presamos relaciones entre conceptos e indicamos la natura leza particular de esta relación por medio de aquellas pala bras, las cuales se refieren al enunciado entero más bien que a los términos conceptuales que las siguen. Esto se ve fácil mente en la negación. Si en el enunciado todos los mamíferos son terrestres
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la combinación de palabras todos los mamíferos expresase el sujeto lógico del predicado son terrestres, entonces, para negar el todo, debería negarse el predicado: no son terres tres. En vez. de ello, hay que poner el no delante de todos, de lo cual se sigue que todos pertenece lógicamente al pre dicado. Por el contrario, negamos el enunciado 'el concepto mamífero está subordinado al concepto terrestre’, negando el predicado: 'no está subordinado al concepto terrestre’. (G.
F rec e ,
«Sobre concepto y objeto», en Estudios sobre se mántica, Barcelona: Ariel, 1971, pp. 108 y ss.)
Cuestiones orientativas para el comentario del texto • ¿Qué entiende Frege por concepto? ¿Qué o tras enti dades, adem ás de los conceptos, form an p arte de la ontología fregeana? • La tesis principal del texto dice que los enunciados universales, particulares, afirm ativos y negativos, ex p resan relaciones entre conceptos. ¿Qué significa esta tesis? ¿Da el texto algún ejem plo explícito de tal relación? Además de relaciones entre conceptos, ¿pue de indicarse alguna o tra relación (no necesariam ente en tre conceptos) lógicam ente fundam ental para Frege? 8 ¿Cuál es la argum entación que se da en el texto? Indique sus pasos. • ¿De qué m odo afecta la tesis y la argum entación del texto a la d o ctrina lógica tradicional de que todo enunciado consta de un sujeto lógico y de un p re dicado? ¿Puede añadirse algo más a la revolución que Frege in tro dujo en los estudios lógicos?
Para docentes Utilizando las categorías fregeanas de objeto, con cepto, caer bajo, e sta r subordinado (a), etc., indique la m anera en que h ab ría que analizar distintas clases de enunciados (incluyendo los tipos que Frege m en ciona en el texto). Ejemplo : «Todos los mamíferos son terrestres» dice que el concepto de mamífero cae en (o está subordinado a) el concepto de terrestre. 220
B) S egundo texto
Ya he expresado mi opinión... según la cual las oraciones filosóficas pertenecen a la sintaxis. Hay que confesar que esta opinión no parece concordar con los hechos, pues las oraciones de la filosofía —incluso después de haber elimi nado la metafísica— parecen referirse no sólo a la forma de las expresiones lingüísticas, sino también, y tal vez prin cipalmente, a otros objetos tales como la estructura del es pacio y el tiempo, las relaciones entre causa y efecto, las relaciones entre sus cosas y sus cualidades, las diferencias y relaciones reales entre lo físico y lo mental, el carácter de los números y de las funciones numéricas, la necesidad, la contingencia, la posibilidad o imposibilidad de las condicio nes y cosas por el estilo. Habremos de mostrar más tarde que las oraciones filosóficas de estos tipos parecen, por su apariencia engañosa, referirse a los objetos mencionados, cuando en realidad sólo refieren a formas lingüísticas... Para ello distinguiremos tres tipos de oraciones. Ya he ha blado de las oraciones sintácticas; se refieren a la forma de las expresiones lingüísticas. Frente a ellas se destacan las oraciones que no se refieren a expresiones lingüísticas, sino a objetos extralingüísticos; podemos llamarlas oraciones de objeto real. También hay un tercer tipo de oraciones inter medias. Las oraciones de este tipo son, por así decir, anfi bias, al ser como las oraciones de objeto por lo que atañen a su forma y como las oraciones sintácticas por lo que res pecta a su contenido. Las llamaremos oraciones de pseudoobjeto. (R. Carnap, «Filosofía y sintaxis lógica», en La concepción analítica de la filosofía, primer volumen, comp. de J. MuGUERZA, Madrid: Alianza Universidad, 1974, pp. 317 y ss.)
Cuestiones orientativas para el comentario del texto • C arnap se refiere de pasada a la elim inación de la m e tafísica. ¿De qué m anera pretendía h aber logrado esta elim inación? • ¿Qué entendía C arnap p o r contenido de una oración'? ¿Y qué p o r la forma de las expresiones lingüísticas o la forma de las oraciones? • ¿Qué significa la afirm ación de C arnap de que las o ra ciones filosóficas pertenecen a la sintaxis? ¿A cuál de los tres tipos de oraciones que distingue el texto pernecen las oraciones de la filosofía? 221
• ¿Cuál era p ara el C arnap de «Filosofía y sintaxis lógi ca» el com etido de la filosofía? ¿En qué se diferencia del de la ciencia? ¿Puede el lector traz ar brevem ente la h isto ria de las concepciones de la filosofía a la que pertenece a propugnada aquí por C arnap?
Para docentes Tom ando en cuenta el contenido del recuadro 14, trá tese de expresar en el modo form al de h ab lar los aforis mos del Tractatus entre 1 y 2.063.
C) Tercer texto
En el futuro llamaré su atención una y otra vez sobre lo que denominará juegos de lenguaje. Son modos de utilizar signos, más sencillos que los modos en que usamos los sig nos de nuestro altamente complicado lenguaje ordinario. Juegos de lenguaje son las formas de lenguaje con que un niño comienza a hacer uso de las palabras. El estudio de los juegos de lenguaje es el estudio de las formas primitivas de lenguaje o de los lenguajes primitivos. Si queremos es tudiar los problemas de la verdad y de la falsedad, del acuerdo y el desacuerdo de las proposiciones con la realidad, de la naturaleza de la aserción, la suposición y la pregunta, nos será muy provechoso considerar formas primitivas de lenguaje en las que estas formas de pensar aparecen sin el trasfondo perturbador de los procesos de pensamiento alta mente complicados. Cuando consideramos formas de len guaje tan sencillas, desaparece la niebla mental. (L. Wittgenstein, Los cuadernos azul y marrón, Madrid: Tecnos, 1968, pp. 44 y ss.)
Preguntas orientativas para el comentario del texto • ¿Puede d escrib ir un juego de lenguaje y d iscu tir su significación? • ¿Qué relación existe entre la noción de juego de len guaje y la d o ctrin a de que el significado de una pala b ra es su uso en el lenguaje? • El texto de W ittgenstein recom ienda el estudio de juego de lenguaje com o un recurso m etodológico —ya 222
que son form as prim itivas del lenguaje m uy senci llas— a seguir en el conocim iento de los distintos ti pos de m ecanism os lingüísticos. ¿Puede explicar algu na o tra v entaja que tendría el estudio de los juegos de lenguaje p ara el tem a filosófico de la esencia del len guaje? • ¿Puede establecer algún vínculo e n tre el contenido del texto y la idea de filosofía propugnada p o r W ittgenstein en las Investigaciones filosóficas?
Para docentes Analice y com ente porm enorizadam ente varios de los juegos de lenguaje descritos en los prim eros parágrafos de las Investigaciones filosóficas o en las p rim eras de cenas de parágrafos del Cuaderno marrón.
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Glosario
Confirmabilidad: Posibilidad de confirmación (véase). Afir mar que una proposición es confirmable equivale a decir que su confirmación sería posible en ciertas circunstan cias, aunque estas circunstancias no sean reales. Confirmación: Las leyes científicas son proposiciones uni versales que afirman algo de un número potencialmente infinito de instancias particulares. A causa de esto, su com probación completa y efectiva es imposible. Así, por ejem plo, que dos cuerpos se atraen con una fuerza que es di rectamente proporcional al producto de sus masas e in versamente proporcional al cuadrado de sus distancias es un principio que vale de dos cuerpos cualesquiera. Sin em bargo, no cabe verificarlo en todos y cada uno de sus casos. A causa de este hecho y del deseo de justificar que las leyes de la ciencia empírica son, pese a todo, proposi ciones con significado cognitivo, los empiristas lógicos in trodujeron el concepto de confirmación. Las leyes científi cas no son verificables, pero pueden ser confirmadas, es decir, podemos comprobar que las leyes se cumplen para distintas instancias particulares. El grado de confirmación de una ley es la medida en que los casos particulares con firman la ley. O también, es la probabilidad de que la ley
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sea verdadera, si tenemos en cuenta los resultados de su comprobación en los casos particulares examinados. Enunciado lógicamente verdadero:
Véase verdad lógica.
Inferencia deductiva: Cuando inferimos deductivamente una conclusión a partir de ciertas premisas, la verdad de éstas implica la verdad de la conclusión: las premisas no pueden ser verdaderas y la conclusión falsa. A diferencia de lo que sucede en una inferencia deductiva, en una infe rencia inductiva la verdad de la premisa confiere tan sólo un cierto grado de probabilidad a la verdad de la conclu sión. Juan no ha pasado el sarampión; Juan está expuesto
al sarampión; luego Juan no ha pasado el sarampión y Juan está expuesto al sarampión es un ejemplo de infe rencia deductiva. Juan no ha pasado el sarampión; Juan está expuesto al sarampión; luego hay un alto grado de probabilidad de que Juan enferme de sarampión es un ejemplo de inferencia inductiva. La corrección de una in ferencia deductiva descansa en el significado de las cons tantes lógicas (de ‘y’ en nuestro ejemplo). La de una infe rencia inductiva depende del grado en que los hechos presten su apoyo a las leyes o hipótesis. Proposición: Este término se usa de dos maneras a lo largo de este libro. En su acepción dominante, una propo sición es una oración declarativa y, por lo tanto, el tipo de expresión susceptible de ser verdadera o falsa. Propo sición se utiliza también como sinónimo de enunciado. Sin embargo, aun siendo éste el significado que aquí se le con fiere, las proposiciones no se toman como meras combina ciones de signos, sino como una combinación de signos dotada de sentido o significado. En segundo lugar —y fun damentalmente en el capítulo 3—, proposición no es sólo una oración declarativa o asertórica dotada de sentido, sino el sentido (o significado) de una oración así. Esta acep ción de proposición es la clásica y dominante hasta el si glo xx. Proposición analítica (y proposición sintética): Véase ver
dad analítica. Sintaxis: La sintaxis es una disciplina lingüística puramen te formal. Hace abstracción de qué uso confiere el hablante a los signos de su lengua, así como del significado y la re ferencia de estos signos. En filosofía, la sintaxis tiene que ver con la construcción de lenguajes artificiales. Para ello, 226
se introduce una lista de símbolos, un conjunto de reglas de formación, que especifican qué combinaciones de sím bolos son admisibles en tal lenguaje, y un conjunto de reglas de transformación, por medio de las cuales pueden definirse relaciones lógicas puramente formales entre las oraciones del lenguaje. La relación de deducibilidad es la más notable de estas relaciones. Verdad analítica: Una verdad analítica es una proposición verdadera en virtud del significado de las palabras de que se compone. La expresión verdadera en virtud del signifi cado puede hacerse más precisa si se dice que una verdad analítica puede convertirse en una verdad lógica (véase) reemplazando en ella las expresiones que no sean constan tes lógicas por otras sinónimas suyas. Los solteros son personas no-casadas es una verdad analítica, pues si sus tituimos en ella el término soltero por el término sinónimo suyo de persona no-casada, obtenemos una verdad lógica:
Las personas no-casadas son personas no-casadas. Verdad lógica: nes verdaderas lógicas que en gicas (los, un,
Las verdades lógicas son esas proposicio en virtud del significado de las constantes ellas se den. Puesto que las constantes ló cada, no, si, entonces, etc.) son temática mente neutrales (es decir, su uso no presupone que ha llamos de hablar de un tema —dinero— mejor que de otro —números—), las verdades lógicas son esas proposiciones verdaderas sea cual el universo del discurso que se tome como punto de referencia. Verdad sintética: Las verdades sintéticas son esas propo siciones que no son analíticas (véase). Deben, por consi guiente, su verdad no sólo al significado de las palabras de que constan, sino también a su acuerdo con los hechos. Uso: Al hablar del uso de las palabras u oraciones desta camos una dimensión especial en la que im porta las fun ciones que los hablantes desempeñan por medio del len guaje y que está más allá de las meras relaciones sintác ticas entre ellos y de qué signifiquen o a qué refieran por sí solos. Lo que importa del uso es qué hacen los hablan tes con las expresiones que emplean: qué actos de habla (como prometer, describir, hechos o situaciones, manifes tar una sensación de dolor, etc.) ejecutan al utilizarlos. El uso de una expresión —como se aprecia en los capítulos 7 y 8— se rige por reglas bien definidas y debe distinguirse de la usanza lingüística, es decir, de las modas o costum
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bres, locales o generalizadas. El uso de una expresión de term ina una parte importante (algunos dicen que la totali dad) de su significado y renunciar a este uso equivale a separarse de la norma lingüística. Renunciar a una usanza es optar por no seguir una costumbre, y no renunciar a moverse dentro de los límites del lenguaje.
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Bibliografía
En la confección de esta bibliografía he procurado hacer cons tar las fechas originales de los trabajos de esos filósofos cuyas ideas se exponen e indicar, a continuación, los datos de las co rrespondientes traducciones al castellano, cuando éstas existen. Siempre que ha sido así y que me ha sido posible consultar esas traducciones, todos los datos mencionados proceden de ellas. Austin, John (1961): Ensayos filosóficos. Madrid «Revista de Occidente», 1974. — (1962): Palabras y acciones. Buenos Aires. Paidós, 1971. A yer , Alfred (1946): Language, Truth and Logic. 2.‘ edición. Harmondworvvorth. Penguin Books. — (1965), comp: El positivismo lógico. México. FCE. C.ARN.AP, Rudolf (1928 a): The Logical Structure of the World. Berkeley. University of Califonia Press, 1969. — (1928 b): Pseudoproblems in Philosophy. Berkeley. University of California Press, 1969. — (1933): Psicología en lenguaje fisicalista, en Ayer , A lfred (1965). — (1934): Filosofía y sintaxis lógica, en M uguerza , J avier (1974). — (1936): Testability and Meaning, Philosophy of Science, vol. 3, pp. 420-471, y vol. 4 (1937), pp. 2-40. — (1937): The Logical Syntax of Language. London. RKP. — (1963): The Development of my Thinking, en S c h il l p , P. A. (ed.): The Philosophy of Rudolf Carnap. Open Court. La Salle. Illinois. Chandler, R.aymond (1981): El sueño eterno. Barcelona. Bruguera.
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