CURSO DE FUNDA MENTOS
FA MÍLIA CRISTÃ
A FAM FAMÍLIA ÍLIA CRISTÃ MÓDULO II
ESCOLA MINISTERIAL FAMÍLIA CRISTÃ
"Maneja bem a palavra da verdade" (I Timóteo 2.15).
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INTRODUÇÃO GERAL A família, famíli a, em todos os seus sentidos senti dos e aspectos, e com as características caract erísticas essenciais que a definem, não é uma "invenção" da herança e cultura judaico-cristã que dominou o mundo ocidental desde os primórdios da Idade Média. Ela constitui um dado estrutural da própria fé cristã. Na harmonia do universo, que governa sobre todo o desenrolar da criação sobre a terra, o fenômeno humano surge como clímax de todo o processo e revela-se como a fonte de sentido de toda a razão de existir o mundo. O ser humano, desde o seu aparecimento no processo da criação, revela-se com a centralidade que dá sentido a todas as coisas. Deus reproduziu na família humana a mesma harmonia, comunhão e intimidade que havia na família divina, na Trindade santa. Esta imagem divina é, no ser humano, uma marca relacional e uma exigência de comunhão, que traz o gérmen de uma outra expressão maior desta vocação de comunhão: a possibilidade de entrar em comunhão com Deus. Daí perceber-se que Deus criou a família porque queria alargar a Sua experiência de comunhão de amor, e esse é o grande desafio que Ele faz continuamente ao homem, na proposta de aliança. Quando Deus criou o projeto da família, colocando Adão e Eva no Jardim do Éden e comissionando-os a darem frutos, encher a terra e governar sobre ela, Ele objetivava uma vida de paz, alegria e felicidade eterna para o homem. Eles gerariam filhos santos que dariam continuidade ao mesmo projeto de Deus, com o homem sendo parceiro e administrador da criação para seu Deus e amigo. A família humana deveria — e ainda deve — ser o modelo ideal de harmonia e comunhão para todo o restante da criação. Graças a Deus, o sucesso da vida de nossas famílias não depende de sorte. Deus nos dá detalhadamente todas as instruções, com a simplicidade que é típica do Seu conselho. Depende, então, de haver em nosso interior um ávido desejo de sermos maridos, esposas, esposas, pais e filhos segundo o Seu coração. Segundo S egundo o coração Daquele que criou o homem homem e a família para expressar toda a Sua glória, beleza e perfeição. A razão deste curso é a necessidade necessi dade de instruir instru ir e treinar trein ar a família famí lia cristã para viver plenamente o seu potencial como instituição divina e cumprir com a sua vocação de ser testemunho do amor de Deus na sociedade e modelo do amor de Deus. A família cristã é alvo de fortes investimentos no mundo. Por um lado, Deus investe amor, orientação, bênçãos sem medida. Por outro, o inimigo investe pesado tentando desestruturá-la, separar marido e mulher, separar pais e filhos, criar caos e desordem. Por isso Deus necessita cumprir Seu propósito na vida de cada discípulo e da Igreja como um todo, e tudo isso começa pela família. Existem muitos livros, ministérios, conselheiros cristãos que trabalham profundamente este tema. No mercado evangélico, há abundância de materiais e recursos de apoio sobre a família, relacionamentos, criação de filhos, jovens cristãos. Contudo, queremos aqui compartilhar aquilo que, ao longo dos anos, temos aprendido do texto bíblico, dos nossos líderes, de bons materiais cristãos, de outros irmãos que tem autoridade para falar sobre este assunto. Todavia, o exemplo pessoal dos nossos líderes, com quem convivemos no dia a dia e que tem influência direta sobre as nossas vidas, é o diferencial que marca m arca e dá significado a tudo que podemos expor e t rabalhar neste material.
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INTRODUÇÃO GERAL A família, famíli a, em todos os seus sentidos senti dos e aspectos, e com as características caract erísticas essenciais que a definem, não é uma "invenção" da herança e cultura judaico-cristã que dominou o mundo ocidental desde os primórdios da Idade Média. Ela constitui um dado estrutural da própria fé cristã. Na harmonia do universo, que governa sobre todo o desenrolar da criação sobre a terra, o fenômeno humano surge como clímax de todo o processo e revela-se como a fonte de sentido de toda a razão de existir o mundo. O ser humano, desde o seu aparecimento no processo da criação, revela-se com a centralidade que dá sentido a todas as coisas. Deus reproduziu na família humana a mesma harmonia, comunhão e intimidade que havia na família divina, na Trindade santa. Esta imagem divina é, no ser humano, uma marca relacional e uma exigência de comunhão, que traz o gérmen de uma outra expressão maior desta vocação de comunhão: a possibilidade de entrar em comunhão com Deus. Daí perceber-se que Deus criou a família porque queria alargar a Sua experiência de comunhão de amor, e esse é o grande desafio que Ele faz continuamente ao homem, na proposta de aliança. Quando Deus criou o projeto da família, colocando Adão e Eva no Jardim do Éden e comissionando-os a darem frutos, encher a terra e governar sobre ela, Ele objetivava uma vida de paz, alegria e felicidade eterna para o homem. Eles gerariam filhos santos que dariam continuidade ao mesmo projeto de Deus, com o homem sendo parceiro e administrador da criação para seu Deus e amigo. A família humana deveria — e ainda deve — ser o modelo ideal de harmonia e comunhão para todo o restante da criação. Graças a Deus, o sucesso da vida de nossas famílias não depende de sorte. Deus nos dá detalhadamente todas as instruções, com a simplicidade que é típica do Seu conselho. Depende, então, de haver em nosso interior um ávido desejo de sermos maridos, esposas, esposas, pais e filhos segundo o Seu coração. Segundo S egundo o coração Daquele que criou o homem homem e a família para expressar toda a Sua glória, beleza e perfeição. A razão deste curso é a necessidade necessi dade de instruir instru ir e treinar trein ar a família famí lia cristã para viver plenamente o seu potencial como instituição divina e cumprir com a sua vocação de ser testemunho do amor de Deus na sociedade e modelo do amor de Deus. A família cristã é alvo de fortes investimentos no mundo. Por um lado, Deus investe amor, orientação, bênçãos sem medida. Por outro, o inimigo investe pesado tentando desestruturá-la, separar marido e mulher, separar pais e filhos, criar caos e desordem. Por isso Deus necessita cumprir Seu propósito na vida de cada discípulo e da Igreja como um todo, e tudo isso começa pela família. Existem muitos livros, ministérios, conselheiros cristãos que trabalham profundamente este tema. No mercado evangélico, há abundância de materiais e recursos de apoio sobre a família, relacionamentos, criação de filhos, jovens cristãos. Contudo, queremos aqui compartilhar aquilo que, ao longo dos anos, temos aprendido do texto bíblico, dos nossos líderes, de bons materiais cristãos, de outros irmãos que tem autoridade para falar sobre este assunto. Todavia, o exemplo pessoal dos nossos líderes, com quem convivemos no dia a dia e que tem influência direta sobre as nossas vidas, é o diferencial que marca m arca e dá significado a tudo que podemos expor e t rabalhar neste material.
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO GERAL ................................ ......................................... ............................. . SUMÁRIO ....................................................................................................................
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Introdução ao Romance Real ............................. ....................................... ........................ .
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1ª Aula - Conceituações de Romance Real .................................... ................................... .
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2ª Aula - Observe a sinalização .................................. ....................................... ................ .
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3ª Aula - Assuntos a serem avaliados antes de dizer SIM ................................. .................. 4ª Aula - O romance real em ação ........................................ ................................................................................. ......................................... ...... ..... .
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5ª Aula - A família é a base da sociedade ............................... ......................................... ...
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6ª Aula - Para que existe a família? .................................... ........................................... ......
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7ª Aula - Preparando para o lar cristão? ............................. ........................................... ......
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8ª Aula - O casamento ................................... ........................................... ..........................
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9ª Aula - O papel de cada cônjuge ............................. ....................................... ...................
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10ª Aula - Como a mulher desempenha o seu papel ................................ ...........................
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11ª Aula - Como o marido desempenha o seu papel .................................... ......................... 12ª Aula - O relacionamento conjugal ................................ ........................................ ................................................... ...........
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13ª Aula - Filhos o fruto do lar .......................... ......................................... ..........................
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14ª Aula - A criação dos filhos .................................. ........................................ .......................................................... ..................
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15ª Aula - Relacionamento com os filhos adolescentes .................................... ...................
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16ª Aula - Comportamento dos filhos ........................................... .......................................
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17ª Aula - A presença de Cristo no lar ............................... ........................................ .................................................. .......... 18ª Aula – A família cristã e o culto doméstico ........................................... ...........................
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BIBLIOGRAFIA .................................... ......................................... ...................................... ...
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ROMANCE REAL INTRODUÇÃO AO ROMANCE Todos os dias os jovens começam e terminam relacionamentos. Alguns duram meses, semanas, dias. Outros duram apenas poucas horas. São as famosas "ficadas", tão populares entre os jovens e adolescentes atuais. Infelizmente, o mesmo acontece no meio de muitas igrejas, onde os jovens e adolescentes, por falta de correta orientação acerca dos princípios e vontade de Deus, terminam adotando os padrões deste mundo. Os resultados são frustrações e sofrimentos, que podem ser facilmente evitados. Jaime Kemp diz que milhares de jovens se casam anualmente e também se divorciam. Há daqueles que acham isso normal e não se preocupam. Há, porém, aqueles que reconhecem a ameaça que a destruição da família pode provocar na sociedade e querem precaver-se, buscando alguma orientação. Esta busca de orientação já é um grande passo no caminho da vitória e de uma vida cristã prudente, no que diz respeito ao relacionamento com o sexo oposto. Muitos jovens estão querendo uma opção mais nobre de relacionamento, apesar de toda a onda de liberdade, amor livre e influência dos meios de comunicação. Cada jovem, lá no fundo do seu coração, anseia por viver uma vida de significado e valores nobres. Uma simples olhada para a experiência de muitos amigos, parentes, conhecidos vai mostrar que algumas escolhas não valem à pena. Vai mostrar que há um caminho de segurança e vitória, e este deve ser escolhido todos os dias, com base na Palavra de Deus e na Sua santa vontade para cada vida. A experiência do outro pode evitar que caiamos no mesmo lugar em que ele caiu. A observação é o primeiro passo para evitar os "buracos" que estão na frente. Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar aos pastores, aos pais, e principalmente aos jovens cristãos, um modelo bíblico de relacionamentos entre rapazes e moças cristãos, com vistas ao casamento. São diretrizes santas e seguras pelas quais dois jovens cristãos podem ir da fase do conhecimento até o casamento, sem ceder às pressões do sistema mundano que domina a juventude atual. Quando pensamos nesta área da vida — Romance — geralmente a idéia nos traz um sorriso, e pensamos em muita alegria e felicidade. Mas, quando um romance não é baseado em princípios bíblicos, ele n ão é um assunto alegre, mas triste. Quando dizemos que dois crentes estão "namorando", isto não quer dizer que é necessariamente um namoro cristão que agrada a Deus.
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CONCEITUAÇÕES DE ROMANCE REAL A. RAZÃO DO TERMO "ROMANCE REAL" Alguém poderia, perguntar, e com toda razão, por que usamos este termo "Romance Real‖. A resposta é simples. É porque quando baseamos esta área tão importante da nossa vida em princípios bíblicos, podemos verdadeiramente experimentar um Romance Real. Real no sentido de verdadeiro, sem enganos, sem culpa, sem mágoas. Real no sentido de sermos príncipes e princesas. Nós somos filhos do Rei dos reis. O Rei quer o melhor para os Seus filhos — os de sangue azul — da família real.
B. DEFINIÇÃO DE ROMANCE REAL Romance Real é um processo pelo qual um rapaz e de uma moça espirituais chegam ao ponto de crer que Deus revelou a Sua vontade para se casarem (depois de cumprirem todos os preparos oportunos), e concordam em se aproximar mais nas áreas espirituais e sociais/emocionais, por um tempo relativamente curto, para confirmarem a vontade de Deus para suas vidas. Usar o termo "amizade especial" para este período de confirmação da vontade de Deus, antes do noivado ajuda a lembrar de que não é um namoro, mas sim um meio de ser exemplo para os mais fracos que ainda não estão seguindo todos os princípios bíblicos ( l Coríntios 10.32-33; Colossenses 3.1-3; Colossenses 4.5). C. OS TERMOS ―NAMORAR‖ OU ―FICAR‖
Por que não usar os term os populares "namorar" ou "ficar"? A resposta é simples. Porque não queremos nos conformar com este século e sofrer as conseqüências que o namoro tantas vezes traz. Quanta destruição, sujeira, ciúmes, brigas, lares destruídos, e mesmo mortes e suicídios acontecem por causa de relacionamentos que não têm base Bíblica. Quantas crianças inocentes estão sendo abortadas e jogadas na lixeira! Quantas crianças que nascem de mães solteiras para serem maltratadas ou mesmo abandonadas e depois se tornarem marginais, assassinos, etc. Oh que tristeza! Mais da metade dos casamentos hoje em dia não são felizes e terminam em separação. Outros não se separam fisicamente, não se deixam publicamente, mas estão separados emocionalmente dentro de casa, dois estranhos apenas se tolerando por causa dos filhos, da família, da igreja, ou mesmo por causa dos bens, do patrimônio comum.
D. AS DUAS DECISÕES MAIS IMPORTANTES DA VIDA 1) Receber a Jesus como Senhor e Salvador Esta é a primeira decisão mais importante na vida de qualquer ser humano, principalmente dos jovens que ainda não o fizeram quando crianças. Nada pelo resto de sua vida, nem antes nem depois, será mais importante do que esta decisão. Todo o seu futuro inclusive o seu destino eterno, no céu ou no inferno, depende desta primeira decisão. Escola Ministerial
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2) A escolha do cônjuge. A segunda decisão mais importante da sua vida é com quem você vai se casar. Imagine que 50% dos aviões de uma certa agência estão caindo. Ainda assim, você viajaria com essa agência? Precisamos de uma garantia de que vamos tomar a decisão certa. Foi Deus quem nos fez macho e fêmea, e só Deus pode nos mostrar como nos relacionar de tal forma que garanta uma vida abundante. O ladrão rouba, mata e destrói, mas Jesus nos dá VIDA ABUNDANTE (João 10.10). Toda a sua vida futura terá a ver com esta segunda escolha. Moradia emprego, vida financeira, as demais decisões, nascimento e criação de filhos, etc., etc., todos terão a participação (positiva ou negativa) do cônjuge que você escolheu. A maioria dos nossos pais não conheciam os princípios bíblicos referentes a esta área de relacionam entos, por isso nã o fom os criados, em nossos lares, com est a mentalidade de que existe uma maneira melhor. Por isso precisamos renovar a nossa mente para que possamos experimentar "...qual seja a boa. agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12. 2).
E. A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS Deus criou o homem para se relacionar. Por toda a Bíblia, o Senhor nos fala de relacionamentos. Em Mateus 22.35-40, vemos Jesus valorizar os relacionamentos ao ponto de resumir a Lei e os mandamentos em apenas dois: "Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo". Vemos o Senhor trazer, nestes dias, uma mudança de mentalidade em relação aos relacionamentos para nossa geração. Todavia, os caminhos de Deus não seguem a lógica dos caminhos do mundo. O Senhor nos convida, agora, a uma mudança radical, de 180° (cento e oitenta graus), e quer nos levar a tomar uma decisão. Deus não está interessado simplesmente em restringir e cercear nossos prazeres. Na verdade, Ele quer nos mostrar o caminho excelente e nos levar a experiências amorosas em níveis arrebatadores no casamento.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2 - NVI) E então? Que caminho você quer trilh ar: o caminho de Deus ou o do mundo? Quero crer que você escolherá o caminho de Deus. Mas, uma vez que trilharemos o caminho de Deus, precisamos achar a porta de entrada: O Amor. Amar é escolher o melhor para o próximo. Todavia, o conceito do mundo é encontrar alguém que nos faça feliz. Este é um conceito correto ou egoísta? O conceito correto de amor para o casamento é encontrar alguém para que façamos esta pessoa feliz. Ao se casar procurando alguém que irá fazê-lo feliz, você se casará motivado por um "amor egoísta". O casamento não foi projetado por Deus apenas para a satisfação própria em primeiro lugar. Ao entrar no casamento insatisfeito, faltando algo dentro de você, com o caminhar da relação você ficará cada vez mais insatisfeito. Para ficar mais claro, vamos tomar um exemplo que chamamos de:
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F. EQUAÇÃO MATEMÁTICA DE DEUS PARA O CASAMENTO 1. Se você se sente incompleto, pela metade, e acha que no casament o preencherá o seu vazio, a sua equação para o casamento será esta: 1/2x 1 = 1/2
2 Se você e "sua metade" se sentem vazios e insatisfeitos e crêem que o casamento mudará isso, a sua equação será esta: ½ x 1/ 2 1/4 =
3. Todavia, se os dois forem duas pessoas saudáveis, inteiras, e entrarem no casamento para abençoar um ao outro, a equação será: 1x1=1
Em outras palavras, quando as pessoas não são inteiras e entram em um casamento com base no amor egoísta e querem apenas sugar um ao outro, o resultado dessa "negociação" será sempre negativo, resultando em desilusão e desapontamento. Relacionamento é coisa muito séria. Como já foi mencionado acima, depois de seu encontro com Deus, o seu encontro com seu futuro cônjuge será (ou já é) a escolha mais importante e o acontecimento mais marcante de sua vida. Inúmeras pessoas e famílias inteiras têm sido tristemente marcadas todos os anos por causa de relacionamentos errados.
G. PELOS FRUTOS SE CONHECE A ÁRVORE A Bíblia diz que pelos frutos se conhece uma árvore. Os casamentos, em grande parte, são frutos do tempo do namoro: o tempo de se construir fundamentos. É nessa fase que se toma uma das maiores decisões da vida: o casamento. Agora, vejamos os frutos que essa "Árvore do Namoro" tem produzido. Em meio a esses conceitos, encontramos um outro pensamento que também não é a vontade de Deus: o "Namoro Cristão". Olhando bem, ele é apenas um ajuste do namoro mundano. Um pequeno ajuste apenas em relação ao sexo, isto é, nós nos convertemos e aprendemos que agora podemos continuar namorando apenas não praticamos mais sexo pré-marital, tomando cuidado, nos abstendo do ato sexual em si. Contudo, para quem defende um namoro "cristianizado", os beijos, os abraços longos e as carícias continuam valendo. Esse "Namoro Cristão" é apenas uma tentativa frustrada de ad aptar o pa drão mundan o de relac ionam ento para a conduta cristã. O seu final é tão trágico e até pior que o do namoro mundano, pois muitos deles terminarão com gravidezes indesejadas, corações partidos, pessoas frustradas e até situações piores, como a violência familiar. Joshua Harris, em seu livro E u D i s s e A d e u s a o N a m o r o , avalia alguns hábitos errados do namoro. Em seguida, veremos detalhes desses hábitos.
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OBSERVE A SINALIZAÇÃO! No trânsito existe todo um arsenal de sinalização, colocado ali com o intuito de alertar os motoristas e pedestres de todos os detalhes de circulação naquelas vias. O relacionam ento entre rapazes e moças é regido peia mesma lógica. Deus colocou sinais e placas de advertência ao longo do caminho. Esses sinais e placas, quando observados no relaci onament o a dois, vão no s gar antir uma vi da de sucesso e vitórias constantes.
A. HÁBITOS ERRADOS DO NAMORO 1. O namoro leva à intimidade, mas não necessariamente ao compromisso O Namoro busca a intimidade, a aproximação, estar junto sem nenhuma intenção real de compromisso a longo prazo. É mais ou menos o seguinte: Eu chamo minha pretendente e digo: Eu preciso de um parceiro para escalar uma montanha. Vamos comigo? Ela aceita e vamos. Então, subimos e vamos nos envol vendo e escalando a montanha. Na hora em que chegamos a 600 metros de altura, e eu preciso dela para segurar a corda ou eu cairei os 600 metros em queda livre, ela diz: O n egócio éo s egu inte. Eu não est ou m e s ent in do co nf o rtável aqui co m v ocêamarrado a essa co rda, e eu estou fora. Se vira.
Entendeu? É assim que acontece. O relacionamento parecia íntimo, mas não havia compromisso. Ou seja, havia o agarrar, os beijos etc. Mas, na hora em que a coisa aperta, a pessoa diz tchau. O namoro traz intimidade, mas não traz compromisso. E por quê? O Namoro é como um bolo só com cobertura, sem r echeio. É l indo, mas quando você c ome, passa mal, porque só tem chantilly. Ele é egoísta. A intimidade sem compromisso desperta desejos emocionais e físicos que nenhum de nós pode satisfazer. Em I Tessalonicenses 4.6, lemos: "e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador".
2. O namoro leva a pular a fase da amizade Quando somos amigos de alguém, não nos preocupamos em fingir ser outra pessoa que não nós mesmos. Na amizade, somos o que somos e pronto. Quando entramos no namoro, usamos máscaras, ficamos três horas em frente ao espelho ensaiando o que dizer. O comportamento que apresentamos não é nosso. Mesmo que não queiramos enganar, quando entramos no namoro, vendemos uma imagem de outra pessoa: arrumadinha, bonitinha e jóia. Tudo parece bom, mas não sabemos como é a pessoa no seu dia a dia. De vez em quando vemos alguma mulher chorando, e dizendo: "Não foi com este homem que eu me casei. Ele não era assim antes". Por quê ? Por que o relacionamento pulou a fase da realidade. Escola Ministerial
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Ela não o conheceu antes na amizade, na realidade, por isso se casou achando que era uma pessoa, mas descobriu não ser nada daquilo. De manhã, o encanto do "príncipe encantado" acaba e o "sapo desencantado" aparece novamente: a maquiagem sai, o olho incha, a baba escorre... Que horror! O Namoro tira a oportunidade de se conhecer o "príncipe" com antecedência.
3.
O namoro confunde prazer físico com amor
Dois lábios que se encontram não significam dois corações que se unem. Corpos atraídos não significam que uma pessoa foi feita para a outra. É muito pouco. Se entendermos que o amor está ligado ao relacionamento físico, precisamos agarrar e ser agarrados para nos sentirmos amados. Ficamos impressionados quando vemos algumas mães se chocarem ao ouvir sobre o Romance Real. A mentalidade delas é que se não houver "agarro" é porque o rapaz não quer a moça. A mãe, no desejo de ver a filha casada, diz: "Se você escutar esse pastor e não parar para agarrar esse rapaz, que é um partidão, você vai ficar pra titia". Isso é o que passa na cabeça dela. É o mesmo padrão mundano, porque a mente dela também nunca foi renovada. Pense comigo. Quem ama mais a garota? Um homem que é capaz de ficar um ano com ela, sem que a agarre, ou aquele que deixa claro que, se não for para ficar e amassar, não dá para continuar? Isso, certamente, irá produzir sentimentos de acusação e culpa na luade-mel. É o fruto de praticarmos algo estranho e pecaminoso sem a bênção de Deus. Existe namoro na Bíblia? Sim, por exemplo, Sansão e Dalila, Davi e Bate-Seba. Mas, vejamos o fruto desses relacionamentos. Sansão terminou com os olhos furados e presos em cadeias, e Davi praticamente arruinou toda a sua família e o seu reino. Mas vemos também Rute e Boaz, dos quais descende Jesus.
4. O namoro isola o casal de outros relacionamentos Normalmente, o casal se envolve ao ponto de esquecer os amigos, os pais, os irmãos e, o pior de tudo: de Deus. Eles se esquecem dos amigos que se importam com eles, se esquecem dos pais que são as pessoas que mais os conhecem e amam. O Namoro faz com que suas vidas se resumam apenas aos dois. E, um belo dia, o prazer acaba e então eles se vêem com um grande problema. Eles se sentem sozinhos porque não têm ninguém com quem compartilhar. Eles pensam que podem viver sozinhos no mundo sem precisar de mais ninguém, só os dois. Eles quebram um princípio de Deus que está em Provérbios: "Na multidão de conselheiros há sabedoria". O relacionamento de Deus não exclui as pessoas, antes inclui mais pessoas. O namoro exclui as pessoas da paixão pela Obra de Deus e do desejo pelo ministério. Ele tira das pessoas a fome e a sede pela Palavra de Deus e as afasta da adoração. O Romance Real é inclusivo, ao passo que o Namoro é exclusivista, por isso que este último não pode ser de Deus. 5. O
namoro impede os jovens de se prepararem para o futuro
Quando os jovens se envolvem com alguém de forma errada e mundana, eles se desviam Escola Ministerial
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dos propósitos de Deus para as suas vidas. O tempo que eles teriam para crescer e consolidar suas vidas nos estudos, no trabalho e na Obra de Deus foi gasto em um namoro sem compromisso. O Namoro é egoísta e visa apenas à auto-satisfação. No futuro, quando olharem para trás, talvez não tenham mais condições de se recuperar. O tempo terá pass ado e el es t erã o pe rdi do oportunidades na sua vida. O Namoro faz isso, desvia os jovens de coisas importantes.
6. O namoro causa desgosto com o dom de estar solteiro no tempo de Deus. O mundo diz que os jovens serão infelizes se não namorarem e os coloca numa ciranda louca para arrumar alguém e acaba com a oportunidade ímpar que Deus lhes deu, a época de estar solteiro. Quando estamos solteiros, temos a maior oportunidade de nossas vidas. Esta é a época em que temos a maior energia e disposição. Conseguimos nos envolver com tantas coisas: a Obra de Deus, o trabalho, a escola, jogamos bola e conversamos. Mas depois que nos casamos, não há mais esse tempo. Esse é o tempo oportuno de Deus para crescermos e servirmos ao Senhor. No entanto, quando nos envolvemos em relacionamentos sentimentais, fora da época de Deus e sem compromisso, perdemos essa bênção. O Namoro nos desvia do dom de estar solteiro.
7. O namoro cria ambientes artificiais para avaliar o caráter da pessoa O Namoro desvia a pessoa daquilo que de fato ela é. Alguém disse que somos o que somos quando estamos sozinhos no escuro. Não se conhece ninguém em dia de festa. Conhecemos a outra pessoa quando "pisamos no calo dela". Quando dizemos um não para a pessoa e ela estoura. Aí, sim, nesta hora é que a conhecemos. Ninguém é o que aparenta em dias de festa. Quem nós somos quando ninguém está nos vendo? O Namoro destrói essa realidade. Devemos orar para que os problemas apareçam durante O Romance Real e que possamos conhecer a outra pessoa em ambiente real. Ao considerar alguém para se casar, é necessário encontrar respostas a estas questões: Como ele ou ela é? Como é quando ele fica nervoso/a? Como ele ou ela trata os pais? Como ele ou ela é na hora em que é contrariado/a? Irmãos e irmãs orem e peçam a Deus para que Ele gere circunstâncias que mostrem quem é a pessoa na qual estão interessados, vocês não podem se casar em ilusão. Lembrem-se sempre de que o Namoro tira a realidade e traz a mentira.
Desocup ados ou reservados? Uma grande diferença entre o Namoro e o Romance Real diz respeito ao cuidado com a vida enquanto estamos solteiros. O Namoro prega a total liberalidade, dizendo que podemos estar com quem quisermos até achar o que é nosso, já que somos solteiros e não estamo s oc upados. Mas h á dif erença entre não estar ocupado e estar reservado. Existem pessoas que est ão o cu pad as, s ão c as ad as. Mas o jovem que não é casado está reservado. Há alguém que Deus reservou para ele. Esta é mais uma diferença gritante entre o Romance Real e o Namoro. Suponhamos que um jovem esteja apaixonado por uma moça e deseje muito agradá-la. E ele decide fazer isso pegando algumas jóias de outra moça, sem que esta veja. E com Escola Ministerial
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essas jóias roubadas ele presenteia a sua namorada. Há algo de errado nisso: as jóias não são dele. Mas o rapaz diz, irresponsavelmente: Eu te amo. Acontece que isso também é um rou bo . O problema é que o rapaz está querendo abençoar a moça com um sentimento que ele não sabe a quem pertence. Nós não podemos pegar algo que não é nosso e dar para alguém. A Bíblia nos ensina que todos nós pertencemos a alguém, além do Senhor e de nossos pais. Em I Coríntios 7.4, o apóstolo Paulo diz: "A mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, e, sim, o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, a mulher''. Percebem? Segundo a palavra, além de ser de Deus, o homem pertence à sua esposa e a esposa pertence ao seu marido. Todavia, Deus certamente conhece quem é o seu cônjuge. Na verdade, embora não o conheça, cada jovem já o tem, já pertence a ele. Falta apenas a "escritura". Então, todas as vezes que damos nossos corpos, corações ou sentimentos para alguém que não os nossos cônjuges, estaremos roubando nossos futuros cônjuges. Seu coração e seu corpo não são desocupados, eles pertencem ao seu cônjuge. Quando o jovem dá o seu corpo ou o seu coração para outra pessoa, ele rouba o seu cônjuge, que é o seu verdadeiro dono. E quem rouba, mais cedo ou mais tarde, será punido. A diferença entre ser casado e estar solteiro é que o casado já está ocupado e o solteiro está reservado, ou seja, não está disponível. Todavia, muitos jovens, que não são radicais em Deus, não tiveram revelação ainda desse princípio. E em vez de se verem reservados para o seu cônjuge, se sentem disponíveis. Sabe o que acontece com eles? Um monte de pessoas com as calças sujas e sem modos começa a se sentar nessas cadeiras, ocupandoas de maneira indevida. Alguns as ocupam por três meses; outros, por um ano. B.
VALORIZANDO O FUTURO
Vamos supor que, numa outra situação, tenhamos R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) para comprar um carro. Compraremos um carro zero ou uma Variant ano 1977, sem porta? No casamento acontece assim. Questionamos nosso cônjuge: Puxa! Foi assim que você se guardou para mim? Eu lutei pra caramba para ter os cinqüenta mil, me santifiquei e agora você está assim"? Daí vem o sofrimento no casamento. O casal acaba tendo um relacionamento cheio de crise e confusão, porque não houve santificação. O que era um sonho se tornou um inferno e tudo porque os jovens destruíram aquilo que ainda não lhes pertencia.
C. QUATRO BASES INDISPENSÁVEIS ANTES DO RELACIONAMENTO Para nos prepararmos para uma vida romântica totalmente real, é importante termos algumas convicções bíblicas como uma base ou um alicerce firme:
1. DECLARE: Meu Deus é poderoso (Isaías 40; Efésios 3.20; Apocalipse19. 6). Podemos entender claramente este fundamento quando olhamos para o primeiro Romance Real (RR) da Bíblia, em Gênesis capítulo 2. Deus viu que não era bom o homem estar só. Então Ele criou a Eva. Ele pode também criar a pessoa certa para você! A Bíblia diz que a Eva foi a auxiliadora idônea — perfeitamente adequada! Deus te conhece melhor que você mesmo se conhece. Nosso Deus é tão poderoso que Ele pode trazer a pessoa certa de onde for necessário! Não Escola Ministerial
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pense que se você sair para missões você estará perdendo a sua oportunidade! Deus pode levar o seu príncipe ou a sua princesa lá para o meio do mato, ou para uma grande cidade! 2. DECLARE:
Meu Deus é pessoal. Ele tem um lindo plano para sua vida. É preciso
querer este plano acima de tudo. Às vezes o que nós achamos que precisamos não é o melhor para nós. Ele sabe o que você precisa. Você estaria disposto a renunciar ao casamento se Deus tiver planos melhores para você? Você tem condições de dizer ao Senhor: "Faça a Sua vontade e não a minha?" Deus sabe os desejos do seu coração. Peça a Deus que Ele faça dos seus desejos os desejos Dele (Salmo 37. 4). Deus não fez a Eva, Maria, Marta, Solange, Suely e Telma para que Adão escolhesse aquela que mais lhe agradasse. Não, ele fez Eva e aí a levou para Adão. Creia que ele pode fazer o mesmo com você! 3. DECLARE:
A palavra de Deus é verdadeira e atual (Hebreus 4.12: João 17.17; II
Timóteo 3.16,17). Apesar de a Bíblia ter sido escrita há tantos anos, todos os princípios se aplicam para hoje. Nós precisamos decidir obedecê-la mesmo que seja contra a nossa natureza ou cultura. E assim temos que basear esta área romântica da nossa vida em princípios bíblicos.
4. DECLARE: Eu quero mais intimidade com Jesus Você precisa desenvolver um relacionamento íntimo com Deus, aprendendo a ouvir e obedecer a Sua voz, e conhecendo o coração de Deus. Onde está a sua segurança? Precisamos chegar ao ponto de estarmos totalmente realizados e seguros no Senhor. Você já aprendeu a deixar o Espírito Santo satisfazer as suas necessidades — emocionais, físicas, espirituais? Busque intimidade com o Espírito Santo!
D. DIFERENÇA ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS BÍBLICOS Apesar do termo "Romance Real" não estar na Bíblia, a Bíblia tem muitos ensinamentos que se aplicam ao assunto de relacionamentos entre rapazes e moças. Para colocar estes ensinamentos em prática nas nossas vidas, é importante compreendermos a diferença entre regras e princípios bíblicos. A regra controla uma área específica, enquanto o princípio controla uma área mais ampla. Existem regras bíblicas e regras humanas. Existem princípios bíblicos e princípios humanos. "Não pode usar vestido sem manga", é uma REGRA humana, enquanto um PRINCÍPIO bíblico sobre vestuário é: Deve vestir-se modestamente (I Timóteo 2.9).
1. A Bíblia tem regras para todas as circunstâncias da vida?
A Bíblia tem muitas regras, por exemplo: "Não matarás"; “ não dirás falso testemunho", etc. Mas também para muitos aspectos das nossas vidas diárias não existem regras bíblicas. Por exemplo, a Bíblia não diz: "Não fumarás" ou "não assistirás novelas na televisão". Mas existem princípios Bíblicos que se aplicam a estes assuntos. Sobre fumar, tem este princípio bíblico: Os nossos corpos são templos do Espírito Santo. Sobre novelas, tem este principio bíblico: "Remindo o tempo porque os dias são maus" (Efésios 5.16). Também existem outros princípios bíblicos que se aplicam a estes assuntos.
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2. É mais importante seguir regras humanas ou princípios bíblicos? Existem algumas igrejas que além de ensinarem as regras bíblicas, também ensinam muitas regras humanas. Muitos crentes em Cristo destas igrejas seguem estas regras sem saberem aplicar princípios bíblicos em suas vidas. Um seguidor de Jesus que não sabe aplicar princípios bíblicos em sua vida diária é espiritualmente fraco e sempre terá problemas, pois é impossível ter regrinhas para tudo o que ele enfrentará na sua vida diária. Por exemplo: Pode um verdadeiro cristão jogar bola? Pode ir ao cinema? Pode dançar? etc. A Bíblia não tem REGRAS que tratam diretamente destes assuntos, mas para um crente em Cristo espiritual a Bíblia tem PRINCÍPIOS que o ajudarão saber a vontade de Deus sobre estes assuntos. O Novo Testamento põe mais ênfase em princípios do que em regras, pois seria impossível ter regras para todos os aspectos da vida. Todo o dia o seguidor de Cristo encontra-se diante de muitas circunstâncias diferentes. Em qualquer circunstância imaginável, a Bíblia tem PRINCÍPIOS que o cristão espiritual pode aplicar para sempre saber a vontade de Deus. Regras humanas que são baseadas em princípios bíblicos podem ser boas e mesmo necessárias para o bom funcionamento de uma comunidade cristã. Contudo, é mais importante que o cristão saiba aplicar os princípios bíblicos e assim fazer as suas próprias regras, do que a igreja impor muitas regras, pois mesmo nas áreas em que a igreja não tem regras definidas, o cristão saberá aplicar princípios bíblicos e criar suas próprias regras para governar s ua conduta. Quando a liderança de uma igreja procura conduzir os irmãos para uma vida governada por princípios bíblicos, exige mais da liderança e da igreja em geral, pois a liderança precisará dar mais ajuda e instrução individual para que os irmãos aprendam aplicar princípios bíblicos para toda circunstância. Semelhantemente, os irmãos precisarão usar seu próprio discernimento espiritual, mas a conclusão é muito superior: Ao invés de ter uma igreja composta de bebês espirituais que precisam de instruções para cada passinho que vão tomar, terá uma igreja composta de irmãos amadurecidos que sabem enfrentar os desafios do mundo sujo em que vivemos e rechaçar todos os ataques do inimigo.
3. A Bíblia tem regras ou princípios específicos sobre romance real? Semelhantemente, sobre muitos dos aspectos do Romance Real a Bíblia não tem regras, mas existem muitos princípios Bíblicos, que se aplicam em todo aspecto de relacionamentos. Vamos agora estudar alguns princípios Bíblicos que estão relacionados com o assunto de Romance Real, mas que também podem ser aplicados a muitas outras áreas da vida cristã. Estude como foi o primeiro casamento — Adão e Eva — e veja os princípios bíblicos que podem ser aplicados para hoje. Por exemplo: O que Adão fez enquanto Deus preparava a sua esposa? (Gênesis 2.21) Dormia. Você tem condições de descansar no Senhor enquanto Ele planeja sua vida? O principio seria de descansar no Senhor enquanto Ele prepara seu cônjuge. Outro princípio: Deus apenas criou uma Eva para Adão, não várias e mandou Adão escolher entre elas qual que ele mais gostava. Tem muitos princípios que podemos também aprender da vida da Rebeca em Gênesis 24. Alguns são: Escola Ministerial
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1.
Não seja preguiçoso
2.
Seja hospitaleiro
3. 4.
Tenha um bom relacionamento com sua família E muitos outros!
E. Alguns princípios bíblicos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Amar a Deus de TODO coração, alma, entendimento e força (Marcos 12.30-31). Fazer TUDO para a glória de Deus (I Coríntios 10.31). Fazer TUDO em nome de Cristo (Colossenses 3.17). Buscar em primeiro lugar o reino de Deus (Mateus 6.33). Não entrar em jugo desigual (II Coríntios 6.14-18). Não conformar com este século, mas transformar (Romanos 12.2). Honrar, obedecer, e respeitar pai e mãe (Efésios 6.1-3). Respeitar e honrar opinião dos líderes espirituais (Hebreus 13.17: I Tessalonicenses 5.12-13) 9. Não ser causa de tropeço para crentes e descrentes (I Coríntios 10.32-33; Colossenses 3.1-3 e Colossenses 4.5). 10. Evitar a aparência do mal (I Tessalonicenses 5.22). 11. Remir o tempo (Efésios 5.15,16). 12. Entender que estamos em tempo de guerra (II Timóteo 2.3-4; Efésios 6.12). 12. Andar pela fé (II Coríntios 5.7). 13. Pensar nas coisas lá do alto, não nas da terra (Colossenses 3.1-3). 14. Nossos corpos são templos do Espírito Santo (I Coríntios 6.18-20). 15. Fugir da lascívia e impureza (II Timóteo 2.22; I Coríntios 6.18; Gálatas 5.19 e 24). 16. Dois se tornam uma só carne (Mateus 19.5-6). 17. Comportando-nos como irmãos (I Timóteo 5.1-2). 18. Purificando-nos para sermos vasos santificados e úteis a Jesus (II Timóteo 2.20-21). 19. Escolher o "melhor" entre o "bom" e o "melhor" (Filipenses 1.9-10).
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ASSUNTOS A SEREM AVALIADOS ANTES DE DIZER SIM A. A
ESCOLHA DO CÔNJUGE
Comecemos do início: A escolha. Por que tantas pessoas fazem escolhas erradas? Muito possivelmente, porque receberam pouca ou nenhuma instrução acerca de parâmetros referenciais. Hollywood e a indústria da televisão comunicam que as pessoas devem fazer suas escolhas somente com base em seus sentimentos românticos. Os sentimentos, porém, apesar de fortes, oferecem pouca substância para se escolher a pessoa com quem se viverá os próximos 40 ou 50 anos de vida. B.
CASAMENTO MUITO RÁPID O
São milhares os jovens em nossas igrejas que, se perguntados por essa área de relacionamentos, dirão que estão perdidamente apaixonados e que estão para se casar. Contudo pelas experiências de renomados e sérios homens de Deus e psicólogos cristãos grande parte dessas decisões possuem muita fantasia e pouca realidade. Alguns, como Jaime Kemp, afirmam que o casamento tem sido seriamente subestimado. Muitos desses casais não percebem o quanto de maturidade é necessário para levar um casamento adiante. A resposta da pergunta: "Com quem vou me casar?" é muito importante. É necessário paciência. Descanse no Senhor e avalie a opinião de pessoas em quem você confia.
C. CASAMENTO SENDO MUITO JOVEM Sempre se ouve uma linda história sobre um casamento de uma jovem aos 16 e um rapaz aos 18 que já estão fazendo 50 anos de felizes anos em comum. Todos nós conhecemos alguns assim. Porém, as estatísticas mostram que a taxa de divórcio, de casamentos realizados antes dos 20 anos, é incrivelmente alta. Quando se é muito jovem, é mais difícil assumir um casamento e todas suas implicações! Há vários motivos para isso, desde motivos físicos, espirituais, e emocionais. O maior problema é o fato de que, quando se casa muito jovem, a identidade individual ainda não está totalmente formada. A separação dos pais ocorre ainda antes de terem seus traços de caráter e personalidade definidos. Ainda não definiram seus alvos, talentos, dons e necessidades. Ainda não possuem diretrizes suficientes para decidir o tipo de pessoa que combina consigo, pois nem a si mesmo conhece muito bem. É preciso mais maturidade. C.
PESSOAS EXTREMAMENTE ANSIOSAS PARA SE CASAREM
Não é fácil para um conselheiro cristão pedir a um casalzinho que já se vê com aliança na mão direita para dar mais tempo, esperar. Porém, há casos em que, perante Deus, é esse o conselho a ser dado. Alguns aceitam este conselho, outros não. Escola Ministerial
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O que causa esse ímpeto descontrolado para se casar? Algumas vezes, é medo de que o noivo(a), com uma característica volúvel, mude de idéia. Então, é mais ou menos assim: Vou tratar de me casar logo, porque ele pode deixar de me amar a aí adeus casamento... Ou então, a solidão está tão forte que a idéia de ter alguém com quem partilhar a vida fica extremamente atraente, e o que às vezes acaba acontecendo é que simplesmente acabam ficando duas pessoas sozinhas, ao invés de uma só. Existe ainda o caso daqueles que se casam para não ficarem sozinhos, pressionados pelo impulso sexual cada vez mais forte ou pela simples solidão. E, ainda, há o caso daqueles que se casam da noite para o dia para "cobrir" uma gravidez. Cada caso é um caso e há muitos outros, que talvez estejam vindo agora à sua mente. Estes, e vários outros, podem levar o casamento a um desastre. D.
ESCOLHA DO CÔNJUGE PARA AGRADAR OUTRA PESSOA
Casar-se com alguém para agradar os pais ou alguma outra pessoa que lhe é querida não dá muito certo! Será você que se relacionará em tempo integral com o cônjuge, e não aqueles a quem você quer agradar. Para tomar uma decisão sábia é necessário conhecer sonhos, necessidades, objetivos da outra pessoa. Isto não significa que não se deva ouvir os conselhos daqueles a quem amamos, e por quem somos amados. A Palavra de Deus nos diz: "Na multidão de conselheiros há sabedoria". Então, após ouvir cuidadosamente a opinião de seus queridos, você deverá, objetivamente, tomar uma decisão.
F. FALTA DE COMPREENSÃO ENTRE AMOR VERDADEIRO E A PAIXÃO ROMÂNTICA
Quando se é muito jovem, o que se sente em um namoro é romantismo e não amor. É necessário tomar cuidado para não perder a objetividade, que é a habilidade de, mentalmente, avaliar as coisas como elas realmente são, ao invés de sermos manipulados pelos sentimentos. Muitos jovens têm tomado decisões precipitadas, porque perderam essa objetividade confundindo, muitas vezes, uma paixão romântica com o amor verdadeiro.
G. PROBLEMAS DE PERSONALIDADE, OU DE COMPORTAMENTO NÃO TRATADOS Alguns casais de namorados que chegam para aconselhamento estão em fase de consideração ao casamento. Muitos, apesar de já terem bastante tempo de namoro, quase não se conhecem. Não atravessaram juntos situações variadas o bastante para se conhecerem bem mutuamente. Possuem uma grande atração física e sentem-se perdidamente apaixonados um pelo outro. Porém, não conversam muito sobre as importantes áreas da vida. Não conhecem as preferências um do outro, os pontos fortes e os fracos, as famílias, etc. Nunca chegaram a conversar sobre questões financeiras, sobre como resolver um conflito, carreira profissional, disciplina de filhos, etc. Lembre-se, quanto mais conversarem, quanto mais experiências vivenciarem juntos, menos surpresas desagradáveis terão no contexto do casamento propriamente dito.
F. EXPECTATIVAS IRREAIS Jaime Kemp fala de um casal que veio a ele para aconselhamento. Eles disseram que não tinham Escola Ministerial
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a menor ideia de que teriam tantas áreas de conflito e de desentendimento. Não conseguiam concordar nem quanto ao lado da cama em que cada um queria dormir. Brigavam até para decidir se uma janela devia ficar aberta ou fechada. A verdade é que, cada um de nós entra no casamento com todos os ti pos de expectativa. Pensamos que será muito fácil mudar nosso cônjuge. Ficamos, então, surpresos quando nos deparamos com sofrimentos emocionais e problemas de difícil solução. Mesmo que seu casamento melhore muito, sempre haverá desafios pessoais para testar o relacionamento com Deus e de um cônjuge para com o outro.
Você permanecerá firme em sua decisão? Concederá a si mesmo um tempo para amadurecer nessa área? Procurará avaliar, objetivamente, seus sentimentos para com a outra pessoa? Procurará conversar e avaliar o que julga ser comportamentos ou hábitos inadequados de seu/sua futuro/a esposo/a? Procurará olhar a vida com mais objetividade, tendo expectativas mais realistas?
Lembre-se que casamentos felizes começam com a escolha certa! Faça uma escolha correta! Peça a ajuda do Espírito Santo. Ouça seus pais. Ouça seus discipuladores. "Na multidão de conselheiros há segurança".
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4ªA UL A
O ROMANCE REAL EM AÇÃO A. COMO COMEÇAR UM ROMANCE REAL? Alguns aspectos são importantes para um começo no Romance Real. Antigamente se estabelecia uma idade para que os jovens pudessem iniciar o namoro. Hoje, com o decorrer dos tempos e uma mudança na cultura, não se faz mais tal coisa. Porém, ainda assim, existem pais que estabelecem uma determinada idade para que seus filhos venham a poder namorar. Mas, do que adianta ter idade, mas não ter maturidade, não ter perspectivas, não saber exatamente o que você quer da vida? Vejamos alguns requisitos importantes para se começar um Romance Real:
1. Salvação - Ambos os jovens ou adultos devem ser verdadeiramente salvos, ou seja, ambos já devem ter aceitado a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador pessoal (João 3.16; Lucas 19.10; Romanos 10.9-10).
2. Maturidade física e Espiritual - Não devem ser crianças, pois maturidade é importante e essencial no relacionamento entre duas pessoas (Efésios 4.13; I Coríntios 14.20).
3. Comunhão com Deus – Primeiramente, Deus deve estar sendo uma fonte de luz em sua vida, uma fonte de vigor espiritual. Se não tiver comunhão com Deus, nunca será abençoado em qualquer tipo de relacionamento (I João 1.6-7).
4. Estudos - Já terminou os estudos? Ainda deseja estudar mais? É muito mais difícil formalmente depois de casado. Você tem alvos de formar-se, ou fazer algum curso especial? Faça antes, ou discuta o assunto com a pessoa com quem você vai se casar. Alguns cursos são caros, levam muito tempo, e se você vai estudar depois de casado, é bom entender desde cedo como isso será administrado, tanto em termos de tempo como de finanças.
5. Situação financeira - Tem emprego fixo? Dá pra sustentar uma família?
Já tem onde morar (sem ser na casa dos pais ou dos sogros)? Já tem as coisas necessárias para viver, exemplo: fogão, cama, mesa, geladeira, sofás, etc.?
6.
O rapaz inicia - Em nosso tempo moderno é "comum" uma moça querer iniciar um namoro. Mas isso fere o princípio bíblico. Mesmo num romance Real, o rapaz é o líder, é ele quem deve iniciar, é ele quem deve pedir à moça para orar e procurar saber a vontade Deus.
7.
Permissão dos pais - Ambos os pais dos pretendentes devem estar de acordo com o Romance Real. Isso demonstra confiança e honra dos filhos para com seus pais. A Bíblia diz que os filhos devem obedecer e honrar os seus pais, mesmo que não sejam salvos. Um relacionamento que os pais não apóiam geralmente resulta em muitas dificuldades. Isso não
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significa que os pais são a autoridade final no relacionamento, significa que estão querendo a bênção paterna para o relacionamento.
8. Apoio dos seus líderes espirituais - Abra o jogo com seus líderes antes de abrir o jogo com a moça. Seus discipuladores, seu pastor. Os seus líderes vão poder lhe dar muita ajuda e orientação. Seja bem honesto e transparente com eles. Isso é importante e muitas vezes negligenciado pelos cristãos. O pastor de ambos deve apoiar e dar sua bênção. Pode ser que o discipulador e o pastor vejam coisas que eles não estão vendo e por isso é importante receber o apoio, o conselho deste servo de Deus.
9. Comunicação e visitas - Deve-se procurar estabelecer um determinado ritmo nas visitas por parte do rapaz à casa da moça. É claro que não todos os dias. Estabelecer uma boa comunicação entre ambos.
10. Confiança dos pais - No decorrer do namoro, deve procurar ganhar e manter a confiança dos pais. Verificar como é a relação entre a pessoa e seus pais. Procurar ser sensível para qualquer mudança.
11. Paz completa no seu espírito - Você precisa sinceramente sentir aquela paz que somente Deus pode lhe dar no seu espírito (Colossenses 3.15). Enquanto você sentir dúvidas, espere mais no Senhor. Não se apresse por qualquer medo (de perdê-la, ou idade, finanças. etc.). Sempre espere que Deus lhe dê aquela paz completa (João 14.27). Também, quando é de Deus e o tempo está certo, as coisas vão se encaixar. Se todos os preparos estão em ordem, mas nada está dando certo, talvez seja Deus dizendo que deve esperar mais um pouco. No tempo certo, com a pessoa certa, as bênçãos de Deus serão óbvias e tudo vai dar certo!
B. A CONTINUAÇÃO DO ROMANCE REAL 1. O interesse deve estar voltado para a personalidade da pessoa, a parte imaterial. É importante que isso esteja bem claro na mente dos romanceados. 2. O interesse deve ser estabelecido na parte espiritual da pessoa, não em seu corpo físico, não no dinheiro que o outro tem, não no carro, na casa, na popularidade, na beleza, etc. A parte espiritual é a mais importante sobre todas. Mais uma vez: quanto mais próximos estiverem de Deus, mais próximos estarão um do outro. O contrário também é verdadeiro: quanto mais longe estiverem de Deus mais longe ficarão um do outro.
3. Reconheça que cada cristão é chamado de propriedade particular, pessoal, peculiar de Deus (I Pedro 2.9). O namorado que não respeita tal fato está desrespeitando os princípios de Deus e desrespeitando o próprio Deus, bem como a pessoa, a família dela, a Palavra de Deus e o futuro casamento. 4. Evitar contato físico - Todo jovem gostaria de receber um carinho, beijos e abraços da pessoa com quem está envolvido. Porém, deve-se esperar. Procure a todo custo evitar continuar contatos físicos, como beijos, tocar o corpo, etc. Isso pode provocar desejos sexuais que não podem ser satisfeitos devidamente antes do casamento (I Tessalonicenses 4.3-8; I Coríntios 7). Por causa de todos esses princípios bíblicos, cremos que a parte física durante a amizade Escola Ministerial
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especial não deve ir além do que talvez segurar as mãos ou inexistir totalmente, nem mesmo pegar nas mãos. Depois de confirmarem a vontade de Deus e ficarem noivos, também devem ter pouco envolvimento físico, pelas mesmas razões já dadas. Normalmente, tanto a amizade especial como o noivado devem ser períodos relativamente curtos, se os envolvidos estiverem seguindo todos os princípios bíblicos que temos estudado nestas lições sobre Romance Real. Logo, os dois, se Deus confirmar a Sua vontade, se casarão e, então, poderão gozar de todas as alegrias físicas para o resto de suas vidas conjugais. 5. Existem condições onde a frequência de visitas deve ser limitada. Isso exige paciência por parte de ambos. Algumas vezes, a saúde, doença, serviço militar, estudos, trabalhos, deveres pessoais impedem que estejam juntos. Sejam pacientes nessas horas. 6. Evitar ficar sozinhos em ambientes fechados e por muito tempo. Procure estar em atividades com outros jovens, ou seja, procure envolver seus amigos em suas atividades.
C. OS PERIGOS DA TROCA DE CARÍCIAS 1. Mata a espiritualidade de ambos os jovens envolvidos no Romance. 2. Pode fazer com que fiquem cegos para os valores verdadeiros, as virtudes de cada um. 3. Pode fazer com que abaixem os padrões da moralidade. 4. Pode conduzir para a realização do ato sexual não permitido por Deus antes do casamento. 5. Pode conduzir para a depravação, destituição da dignidade. 6. Pode conduzir para o desenvolvimento de um desejo de satisfação não natural. 7. Pode causar frustração e nervosidade, ansiedade. 8. Pode conduzir para um casamento errado, com a pessoa errada. 9. Pode conduzir para contrair doenças. 10. Pode conduzir ao desrespeito mútuo.
D. UMA ESTÓRIA DE AMOR Paulinho e Terezinha Em certa igreja evangélica havia um rapaz chamado Paulinho e uma moça chamada Terezinha. Paulinho tinha nascido de novo há uns quatro anos, e a Terezinha há uns três. Os dois faziam parte de células homogêneas e uma juventude animada da igreja, e todos dois se davam bem com todo mundo. Era uma mocidade alegre em que os jovens, juntamente com toda a igreja, tinham muito amor uns para com os outros — era realmente a FAMÍLIA de Deus. Nessa época, o Paulinho tinha 22 anos, e Terezinha, 20 anos. Era o segundo ano em que Paulinho estava empregado numa fábrica. Ele começou a orar, pedindo a Deus que revelasse com quem deveria casar-se. Depois de bastante tempo, toda vez que orava, parecia que Terezinha vinha no pensamento dele. Ele começou a observar a Terezinha. Ele já a conhecia há vários anos e sabia que ela era uma moça muito espiritual, mas queria ver se ela realmente daria certo com ele. Ele também começou a pedir conselhos do seu discipulador e de um dos pastores da igreja com muita experiência. Depois ele pediu o conselho dos seus pais. Tudo Escola Ministerial
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estava indicando que era da vontade de Deus que ele se casasse com ela. Um dia, ele estava orando sobre isso e pensou o seguinte: "Eu creio que Deus quer que eu me case com a Terezinha. Tem base Bíblica; nós dois somos crentes espirituais e estamos preparados para casar — Os meus pais e outros líderes espirituais estão todos de pleno acordo (Efésios 6.1-3, Hebreus 13.17, Provérbios 11.14). Temos idade, estudos, e situação financeira suficiente. Eu, sinceramente, sinto uma paz completa no meu espírito quando penso em casarme com ela (Colossenses 3.15). Glória a Jesus! Agora vou orar para que Deus mostre como devo explicar tudo isso a ela". Até agora, Paulinho não tinha falado nada com Terezinha, mas continuava tratando -a com amor fraternal igual a todas as jovens. Finalmente chegou o grande dia! Paulinho conversou com a Terezinha em particular e explicou-lhe tudo que ele estava pensando e sentindo. Ele ficou maravilhado quando escutou a Terezinha dizer que já por algum tempo ela gostava dele também. O seu respeito pela Terezinha aumentou quando ela explicou-lhe que gostaria de tomar algum tempo para orar e procurar a vontade de Deus antes de começar a "amizade especial". Ele concordou e falou para a Terezinha que ela não precisava apressar-se, mas que devia tomar o tempo que fosse necessário. Terezinha, então, levou tempo orando e jejuando e também procurando conselhos dos pais e dos lideres espirituais. Depois de algumas semanas, ela disse a Paulinho que também cria que era da vontade de Deus que se casassem. Eles então começaram uma amizade especial para confirmar a vontade de Deus. Logo depois, eles noivaram e casaram-se. Hoje, vivem MUITO felizes com JESUS!
E.
MAIS ALGUNS CONSELHOS PRÁTICOS
Nunca case com alguém que não seja cristão (II Coríntios 6.14-18; Amós 3.3).
Ore para saber a escolha de Deus (Salmo 37.5; Provérbios 3.6).
Evite casar sob pressão (Romanos 12.1-2). Não case pensando que sua vida se endireitará depois do casamento. Não case com alguém pelo qual não tenha respeito.
Não case cedo demais ou de repente (Tiago 1.4-5). Procure ver sua relação com Deus, os hábitos da pessoa, os pais, o modo de vida.
Não case tendo uma perspectiva errada do sexo (Gaiatas 5.16-25). Alguns casam para desfrutar do sexo, mas casamento não é apenas sexo; muito mais está envolvido.
Casamento é para sempre, ou seja, "até que a morte os separe" (Gênesis 2.24; Romanos 7.1-3; Mateus 19.6).
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CONCLUSÃO ROMANCE REAL Concluindo esse assunto, por enquanto, é bom dizer que muitos jovens cristãos estão sofrendo com a solidão e o medo de ficarem sozinhos. É uma barra, porém, o Pai sabe que você sofre, e com amor quer tratar isto na sua vida. A sua necessidade de um relacionamento precisa ser suprida primeiramente com Jesus. O Pai providenciou um meio da união do Filho com você através da sua morte na cruz para que você tivesse vida Nele. Nós nascemos separados de Deus, solitários no mundo e capazes de somente seguir a onda das coisas mundanas, e ao Pai agradou nos levar à inclusão no corpo de Cristo para nos fazer um com Ele na sua morte e depois ressurreição, como diz Romanos 6:4: " D e s o r t e q u e f o m o s sepultados c om Ele pelo batismo n a morte; para que, como Cristo ressusc itou dos mortos pela glória do Pai, assim andemo s em vid a nova" .
O primeiro relacionamento que você precisa é com o nosso amado Jesus, com Ele sendo sua vida nova. Você não precisa andar às cegas, pois Ele vai dirigir sua vida a um relacionamento legal. Saiba que com Jesus não ha furo, Ele sabe o melhor para você. Espere na graça do Senhor. E seja feliz!
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A FAMÍLIA É A BASE DA SOCIEDADE A. O QUE É A FAMÍLIA? 1. A família é a primeira comunidade da raça humana. Ela surgiu antes de todas as instituições. Antes que se formassem os povos e as nações. Ela é o núcleo básico da sociedade. " Criou Deus, pois, o h om em a su a imagem , àimagem de Deus o criou ; hom em e mulher os criou. E Deus os abençoo u..." (Gênesis 1.27-28).
2. Deus é o criador da família. Portanto ele é o único que tem a autoridade e o direito de dizer o que é a família, para que existe e como deve funcionar. " Por is so deixa o hom em p ai e mãe, e se un e a sua m ulher, tomando -se os dois u ma só carne".
(Gênesis 2.24)
3. Qual a Situação Atual da Sociedade? A crise da sociedade de hoje está principalmente nas famílias. Nos lares existem tensões, contendas, discussões, iras, gritarias, ofensas, ressentimentos, amarguras e até separações e divórcios.
A fam íli a éo alv o d o s m aio res ataq u es ásatan ás A destruição da família acontece porque o homem abandonou o conselho de Deus e adotou os critérios e idéias humanas. Tem a igreja solução para os problemas da família? Pode Jesus Cristo salvar a família? Certamente que SIM.
Objetivo desse estudo Transmitir o conselho de Deus sobre a família, para que se possa viver e ensinar a outros.
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Ensinar a proteger nossas esposas, maridos e filhos dos ataques de satanás e de corrente mundana que destrói as famílias. Edificar a igreja com base em famílias sólidas. Se as famílias são santas e sólidas, a igreja é santa e sólida. Preparar famílias para serem exemplos para a sociedade (Mateus 5.13,14).
Recursos para a Reconstrução da Família " Se o Sen ho r n ão edi fic ar a cas a, em vão trabalham o s qu e a edificam" .
(Salmo 127.1)
Temos instruções claras da palavra de Deus — Salmo 19.7-9.
Temos o poder do Espírito Santo — Gálatas 5.22-23.
Temos a valiosa ajuda do corpo de Cristo. Existem muitos irmãos no corpo de Cristo, maduros e com famílias bem formadas, que são exemplos e podem aconselhar e orientar a outros — Mateus 28.20; Efésios 4.15,16.
Qual é a Nossa Esperança e Fé para as Famílias da Igreja? Esperamos ter famílias que vivam a realidade do reino de Deus. Lares que O agradem. Cremos que Ele nos aperfeiçoará até sermos:
Um povo formado por famílias sólidas e estáveis.
Solteiros que mantenham sua santidade.
Casais que convivam em harmonia e fidelidade.
Filhos obedientes e que respeitem seus pais.
Esposas submissas, maridos amorosos e responsáveis.
Um povo que saiba trabalhar, estudar, progredir, casar, criar filhos, cuidar de suas casas com disciplina e ordem.
Um povo de discípulos diligentes, responsáveis, generosos e que saibam servir.
Um povo formado por famílias sadias e felizes, onde haja amor, paz e alegria.
MEDITAÇÃO E ESTUDO 1. 2. 3. 4.
Qual a verdade básica e fundamental que precisamos saber sobre a família? Faça uma lista dos motivos que levam a destruição das famílias. Como a palavra de Deus vai nos ajudar na reconstrução das famílias? De que maneira o Espírit o Santo vai nos ajudar a superar os problemas familiares?
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6ª AULA
PARA QUE EXISTE A FAMÍLIA? Muitos que se casam nunca perguntaram: Para que existe a família? Casam-se, trabalham, se esforçam, compram coisas, têm filhos, mas não sabem por quê. Esta falta de definição leva a maioria das pessoas a crerem que são bons pais, apenas por darem a seus filhos a comida, roupa, casa, escola etc. Tudo isto é necessário, mas não é o fundamental. Qual é o propósito da família?
A. OBJETIVOS ERRADOS 1. Alguns têm como principal objetivo da vida o progresso material. Vivem desejando e trabalhando para alcançar o progresso desejado (Lucas 12.15). 2. Outros casam para ter felicidade pessoal. São egoístas. Pensam só em receber e nunca em dar. Querem ser servidos e não servem. O fracasso é certo. 3. Outros fazem da família um fim em si mesmo. É a idolatria da família. A família se torna mais importante que Deus. 4. Há aqueles que se casam para terem os benefícios da vida de família, tais como: a alegria de viver em companhia, o dar e o receber afeto, o deleite das relações sexuais, cobertura e proteção, a alegria de ter filhos, etc. Todos estes benefícios são legítimos, mas não podemos fazer deles o objetivo e propósito para a família.
B. QUAL É O PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA? Deus é o criador da família. Ele é o dono da família. A família existe para ele (Romanos 11.36). Ele tem um propósito para a família. Por que Deus instituiu o casamento? Por que deu uma esposa para Adão? Porque Deus tem um propósito eterno. A Família existe para cooperar com o propósito de Deus: ter uma família de muitos Filhos Semelhantes a Jesus. C.
COMO A FAMÍLIA COOPERA COM O PROPÓSITO DE DEUS?
1. Na Cr iação d e Filh os p ara D eu s É emocionante pensar que podemos ter filhos a quem Deus pode adotar como seus filhos. Com este propósito em vista, todo trabalho e esforço da família se transforma em um serviço para Deus. Cozinhar, lavar, passar, trabalhar para o sustento diário, ter filhos, criá-los, instruí-los, educá-los, tudo isto deve ser para Deus. Somos seus colaboradores. Aleluia! Os que se casam com o propósito de ter os benefícios do casamento, dificilmente serão felizes. Logo descobrirão que além dos benefícios, há trabalho, responsabilidades, dificuldades, lutas e sofrimentos.
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Deus não forma uma família para si mesmo à custa da nossa felicidade. Ele quer que sejamos felizes e que desfrutemos os benefícios que a família oferece. Mas os benefícios são secundários. O importante é o seu propósito eterno.
Como ficam os casais que não podem ter filhos? A verdade é que todos podem ter filhos, quer seja gerando quer seja adotando-os. Há tantos filhos que precisam de pais! Como ficam os que não se casam? Podem dedicar-se a outros aspectos do serviço na obra do Senhor. Jesus não se casou, Paulo não teve família, mas ambos se entregaram totalmente ao propósito de Deus.
2. Na For m ação e Desen vo lvi m ento do Ser Hu m ano A convivência f amiliar nos coloca nas circunstâncias ideais para nosso aperfeiçoamento. É na família que se forma o nosso caráter. Nela, aprendemos a praticar o amor, a humildade, a paciência, a bondade e a mansidão. Também aprendemos responsabilidade, disciplina, sujeição, serviço, respeito e tolerância. Assim como aprendemos a perdoar, confessar, suportar, negar a nós mesmos, exercer autoridade com amor, corrigir com graça, sofrer, orar e confiar em Deus. O lar é a escola de formação tanto para os pais quanto para os filhos. Deus vai utilizar a convivência familiar, mais do que qualquer outra coisa, para transformar o nosso caráter à semelhança de Jesus Cristo (Romanos 8.28-29).
3. Com o B ase p ara o Cresc im ento e a Edif icação da Igr eja Isto acontece quando abrimos os nossos lares para que os perdidos possam encontrar a vida de Cristo e o ensino da palavra de Deus. "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa.
Eis como será abençoado o Homem que teme ao Senhor! O Senhor te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém, durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!"(Salmo 128). ________________________________________________________________________ 1. 2. 3. 4. 5. 6.
MEDITAÇÃ O E ESTUDO O que acontece com a família que vive sem um propósito claro ou com objetivos errados? O que se pode fazer para corrigir este erro? Reescreva o primeiro parágrafo do ponto 2 (Qual O Propósito de Deus para a Família),com as suas próprias palavras. Por que Deus quer adotar nossos filhos como SEUS filhos? O que muda na nossa atitude quando vemos que nossa vida em família deve cooperar com o propósito de Deus? Quais são os benefícios de se viver em família?
Busque compreensão de tudo que foi estudado até aqui.
Medite sobre seus objetivos e atitudes. Faça ascorreçõesnecessárias. Escola Ministerial
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7ªA UL A
PREPARANDO PARA O LAR CRISTÃO? 1. Deus
é o grande idealizador do casamento
Vamos pensar juntos sobre o casamento cristão. O casamento foi ideia de Deus. Vamos olhar o que compõe um casamento cristão e um lar cristão. O que significa ser casado do ponto de vista de Deus? Qual a função de cada membro da família? De acordo com a Bíblia, o que cada membro deve fazer para manter uma visão correta e a responsabilidade como parte da família? Vamos começar de onde Deus iniciou tudo. Chamamos este lugar de casamento. O casamento é a única instituição que desceu para nós antes da queda do homem no Jardim do Éden (Gênesis 2.21-25). Deus ordenou o casamento antes de o pecado entrar no mundo e queria que este fosse parte da mais profunda, mais rica e mais alegre experiência da vida humana na terra. Se assim não acontece, não é por culpa da instituição em si, mas daqueles que adentram nela descuidadamente e falham ao cumprir suas exigências. De fato, o casamento é tão importante nos planos de Deus que Ele compara o casamento à Igreja no livro de Efésios: "Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo. assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. Vos, maridos amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo." (Efésios 5.23-25; 28). A igreja deveria ser um reflexo do lar, e o lar, um reflexo da igreja. 2.
Checando a lista Pré-nupcial
As expectativas do casamento são muitas e variam de muitas maneiras. Alguns se casam pelos motivos errados como: atração física, segurança financeira, segurança física, estabilidade emocional, compatibilidade sexual, fuga da casa dos pais, fuga de um lar desestruturado, baixa auto-imagem, acordos e assim vai. Cedo ou tarde estes motivos aparecem e comprometem o casamento. Cada pessoa deveria ser absolutamente honesta e sincera uma com a outra antes do casamento. Deveria haver liberdade para se abordar quaisquer questões, sejam espirituais, sociais, físicas ou qualquer aspecto que pertença ao passado um do outro. Honestamente, isto poderá prevenir futuros embates e até salvar um casamento. De fato, cada relacionamento requer um teste de tempo, como também de um teste de separação ocasional. Esta é uma prática fundamental que determina a vontade de Deus. Um tempo longe fará o coração crescer em afinidade, tanto para com aquele (a) que você planeja se casar, quanto para outras pessoas. Certifique-se de que seu relacionamento já passou pelo teste do tempo. Deus planejou que muitas de nossas necessidades pessoais fossem satisfeitas no casamento. A necessidade de companheirismo, família, aceitação social, intimidade sexual, e muitas outras são satisfeitas dentro do casamento. "Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois uma só carne" (Efésios 5.31). Escola Ministerial
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Deus ordenou o casamento para o conforto, felicidade e bem estar da humanidade. É parte do plano original de Deus. Não se trata de um relacionamento que evoluiu nem um costume criado pelo homem nos dias mais antigos. Também não é um mero acordo ou relacionamento temporário criado pelo homem. Ele tem origem divina como parte da criação de Deus que ordenou um compromisso vitalício um para com o outro. "Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem" (Marcos 10.9). O casamento é uma instituição ordenada ao homem e mulher para que se unam emocional e fisicamente e tenham o privilégio de trazer filhos ao mundo. Não há relacionamento na terra que se aproxime deste relacionamento tão sagrado como o do casamento. Ele excede ao relacionamento de um filho com sua mãe ou pai. O próprio Salvador indicou que o homem deveria deixar seu pai e mãe e unir-se à sua esposa (Gênesis 2.24). Aqui, Ele não está dizendo que se deva negligenciar aos pais — longe disso. Significa que as obrigações conjugais vêm primeiro, então desde o momento que um homem e uma mulher chegam ao altar, seu mais alto dever é um para com o outro. Um ministro do evangelho é quem deve realizar um casamento cristão. É uma cerimônia tão solene, tão carregada de possibilidades de bem e de mal, tão ligada ao destino eterno das vidas das pessoas que entrar de qualquer jeito nessa união não deveria ser tolerado. No casamento, dois corações e vidas são unidos tornando-se um por toda a vida. Este era o plano original de Deus para o casamento antes da queda do homem no pecado. "Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne" (Gênesis 2.24). Um é o único número indivisível. Aqui está uma famosa citação que nos dá uma visão divina do casamento.
"Se Deus quisesse que a mulher governasse o homem, Ele a teria tirado da cabeça de Adão. Tivesse Ele desejado que fosse sua escrava, Ele a teria tirado de seus pés.Mas Deus tirou a mulher do seu lado, de suas costelas, pois a criou para ser sua companheira e uma igual com ele". (Santo Agostinho) 3. Comprometimento
O casamento é um laço que somente pode ser desfeito pela morte. A cerimônia é centrada numa aliança entre duas pessoas que trocam votos e declaram um ao outro se "amar, respeitar e confortar-se até que a morte os separe". A cerimônia antecipa um compromisso exclusivo para os eventos futuros independentemente do que aconteça. "No melhor ou pior, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza." Estas duas pessoas se colocam diante de Deus e formam uma aliança que somente a morte poderá anular. Não é difícil imaginar que até os anjos dos céus param de cantar e ficam em silêncio enquanto os votos santos são proclamados, e dois corações e vidas são unidos por um divino encontro. Uma cerimônia tão santa, tão especial, envolvendo o destino de muitos cristãos, só poderia ser feita na presença de cristãos que entendem a santidade da ocasião. Que não sejamos culpados de tratar com descaso este plano divino, O que se espera dessas pessoas para que o casamento venha cumprir seu propósito de benção segundo os planos de Deus? O que devem ter em seus corações? O que vai sustentar este novo relacionamento? Haverá alguns ajustes ou conflitos? Vamos considerar alguns destes pontos. Escola Ministerial
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CURSO DE FUNDA MENTOS 4. Flexibilidade
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e Compreensão
Todo pastor à frente de uma igreja sabe o quanto isso é verdade. Quando duas vidas se unem, tem de haver necessariamente, por um tempo, uma colisão de duas vidas. Nós todos somos frutos de diferentes origens, famílias, temperamentos e personalidades. Muitos ajustes precisam ser feitos, e cada um deve ter um coração compreensivo e desejar abençoar juntos este relacionamento. Eles começam a entender que há uma grande diferença na maneira de pensar de um homem e de uma mulher. As coisas que para a mulher são importantes são insignificantes para o homem e as que para o homem são importantes são insignificantes para a mulher. A descoberta, quando é feita, logo revela que os gostos, preferências e inclinações são muito diferentes daqueles dos maravilhosos dias de namoro! Se ambos fossem bem parecidos, o casamento logo seria entediante. Deus nos fez diferente para que pudéssemos nos complementar uns aos outros à medida que amadurecemos. A melhor maneira de fazer estes ajustes é freqüentemente usar estas sete palavras: "Sinto muito, perdoe-me e eu te amo". Aqui está um verso que reforça isto. "Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem" (Tiago 2.19). Ao se descobrir muitas diferenças, os casais às vezes ficam desanimados e concluem que seu casamento foi um terrível erro. Entenda novamente, o casamento requer sacrifícios e ajustes de ambas as partes. É fácil esquecer-se o quão maravilhoso foi e o quanto se estava apaixonado antes do casamento. De novo, o casamento é o plano divino que funde duas vidas em uma, e isto acontece um dia de cada vez, então vocês começarão a amadurecer e elogiar-se mutuamente em tudo que fizerem. Como alguém já disse: "Você jamais conhecerá alguém a não ser que conviva com ele(a), e começar a se conhecer é a alegria da vida conjugal. Deixe-me ilustrar como isto funciona. Você já observou dois rios que se fundem tornandose apenas um? Um pode ser um riacho lamacento e outro de águas claras. No ponto onde eles se encontram há um claro divisor de águas. A água barrenta se destaca mais que as águas limpas. Ao seguir o rio, você ficará surpreso que depois de alguns quilômetros todos os sinais distintivos de ambos desapareceram. Os rios já se fundiram completamente. Assim são duas vidas que se fundem no casamento. União e perfeita fusão nunca acontecerão pela força. Ela chega em silêncio e gradualmente — mas chega — e suas vidas juntas serão melhor, mais nobres e mais fortes quando já não houver nenhuma diferença a ser vencida. Cada um terá vencido uma batalha moral com sua própria alma e uma vida em comunhão com Jesus Cristo trará calma e águas tranqüilas para um relacionamento maravilhoso. Às ve ze s, no meio de sua frus traçã o e ego ísm o, o diab o ten tar á de strui r o relacionamento. Uma palavra que um casal cristão deveria concordar em nunca discutir é "divórcio". Isto nunca é a resposta. É uma mentira diabólica fazendo as pessoas acharem que todos os seus problemas serão resolvidos. Se você buscou a vontade de Deus e Ele os colocou juntos, com Sua Graça e orientação e sua perseverança você pode fazê-lo funcionar. Quando você olhar para trás daqui a alguns anos você entenderá os laços do amor verdadeiro no casamento e se alegrará no maravilhoso relacionamento que terá. Tudo que se precisa é de um pouco mais de paciência. Se ambos forem pacientes e solícitos um para com o outro, os ajustes ocorrerão muito rapidamente, e você descobrirá que o casamento, quando se está no centro da vontade de Deus, é o mais maravilhoso relacionamento da terra.
5. Determinação Construir um relacionamento conjugal não é fácil. Há poucos pensamentos de felicidade e muitos dias simples sem atividades atraentes na vida de casado. Quando um cientista se fecha no laboratório para anos de pesquisa, quando uma criança nasce deficiente, e o coração da mãe fica preso à pequena cama de sofrimento, nós não os pressionamos com insinuações estúpidas se Escola Ministerial
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eles são ou não felizes. Tal pergunta seria um insulto. O casamento é um compromisso que temos que cumprir. Temos que olhar antes de assumir e, uma vez assumido o compromisso, devemos permanecer firmes ao nosso posto. Nunca houve um casamento que poderia ter sido um sucesso ou um que poderia ter sido um fracasso. Ninguém tem direito à felicidade a não ser que a conquiste com devoção, coragem e autosacrifício. Estas três qualidades trazem felicidade e alegria, e Deus deseja que os dois se tornem um Nele através do casamento. "sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" (Efésios 5.21). A felicidade não é um alvo motivacional. Muda como o vento. A felicidade é resultado da obediência à vontade de Deus de acordo com sua palavra. "...porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas" (Filipenses 2.13-14). Para o casal cristão, o casamento deveria ser uma nova vida existente em duas pessoas. Quando a felicidade é buscada em primeiro lugar e se torna o carro chefe e alvo do casamento, ela ilude essa busca desenfreada e foge. Se, no entanto, homens e mulheres entram no casamento dispostos a um gesto sacrifical, paciente, perdoando-se e determinados a serem bem sucedidos a qualquer preço, então acharão a felicidade! O casamento é um meio de graça, não de uma felicidade humana superficial. Lembre-se, o casamento é como um triângulo. A parte de baixo são os dois ângulos inferiores que representam você e seu cônjuge. No topo do triângulo está Deus. Quanto mais você se aproxima de Deus, mais se aproximarão um do outro, quanto mais próximos um do outro, mais próximos de Deus estarão e verão, ''pois a alegria do Senhor é a vossa força" (Neemias 8.10). 6. Gentileza
e Cortesia
Se você é casado, você se lembra como era antes de se casarem, quão gentil seu parceiro era antes de se casar! Vocês não se cansavam de tentar agradar um ao outro. Depois de casados quão econômicos somos em expressar as pequenas amenidades da vida. As palavras "Eu te amo", "Agradeço a Deus por você", "Você é especial" e outras palavras de ânimo se tornam mais escassas. As pequenas e significantes cortesias que significam tanto ao coração e felicidade do outro vão se tornando mais raras. É claro que a moeda tem dois lados e a esposa negligencia estes gestos tanto quanto o marido. A questão é que estas palavras de ânimo são muito importantes para o sucesso da vida de casado. Certifique-se que estes modos gentis no tratamento mútuo não morram. Nossos corações são amorosos, mas nem tanto para suportar um tratamento de grosserias constantes. O próprio fato de serem corações de dentro do lar já os torna mais sensíveis a tais esquecimentos. O coração do lar é leal como plantas firmes, mas não tão firmes que não precise de orvalho e do brilho do sol, que são as ações de ternura e cortesia. O fato é que os corações de muitos casais estão famintos de bondade, afeição e cortesia. Muitos casais já foram destruídos neste ponto: "Filhinhos. não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade- (I João 3.18). 7. União
de Interesses
É muito fácil, mesmo para casais que se amam muito, distanciarem-se. Antes do casamento, vocês faziam de tudo para agradar a pessoa amada. Naquele tempo, você fazia de tudo para providenciar todo o necessário para o outro. Depois do casamento, o marido tem o escritório, responsabilidades, atividades profissionais e os desafios diários. A esposa tem seus deveres domésticos, filhos e compromissos sociais. Frequentemente, sem se darem conta, estão distanciados, e os mal-entendidos começam a ocorrer com facilidade, porque os interesses mútuos são bem diferentes. Escola Ministerial
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Agora temos excelentes maneiras de resolver esta dificuldade. Existem homens fabulosos que, junto com suas esposas, sempre estão lotados de trabalho cada um na sua área. No entanto, eles não permitem que isto os distancie. Eles lêem juntos, sempre compartilham as preocupações e esperanças. Eles adoram a Deus juntos e oram juntos. Os anos os conduzem a uma união consolidada dentro do amor conjugal.
Nenhum homem é tão grande que possa ter preocupações acima dos interesses de sua esposa. Se ele não se preocupa com isso, sua grandeza já não é tão evidente, mas na verdade ele está sendo tolo e falhando em cuidar do maior tesouro, sem preço, que Deus poderia ter-lhe dado. O casamento é mais que encontrar a pessoa certa; é ser a pessoa certa e assim ambos poderão ter o relacionamento correto com Jesus Cristo. Então terão o relacionamento mútuo correto (Colossenses 3.12-17).
8. Visão para se evitar os mal-entendidos A vida de casado não é lugar para se calcular de quem é a obrigação de dar o primeiro passo para a reconciliação e pedir desculpas primeiro. O verdadeiro amor não conhece esta decisão! Ninguém a não ser um tolo faria isto. Se palavras ofensivas foram ditas durante o dia, que elas sejam resolvidas o mais rápido possível. Aqui está uma boa prática, se foram palavras ofensivas ou ódio que foram ditas vejam se este verso se aplica: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira" (Efésios 4.26). Antes de fechar os olhos e dormir, certifique-se que houve uma completa restauração da comunhão entre você e seu companheiro(a). Palavras como "sinto muito" trarão paz no coração e uma boa noite de sono. O verdadeiro amor tem prazer em ser o primeiro a dar o perdão. Não há lugar para o orgulho na vida conjugal. Antes de estar casado não havia lugar para isto, e não o permita agora.
9. Jesus Cristo no Lar Deixar Jesus Cristo e a Bíblia fora de suas conversas diárias é um erro fatal. Jesus nunca teve um lar dele próprio, mas Ele era um admirador de lares e passou muito tempo em lares diferentes. Ele ama seu lar e quer ser um convidado bem-vindo em qualquer hora. Sua presença no lar é indispensável. Nunca crie uma situação em sua casa que você possa se sentir desconfortável em ter Jesus em seu lar como convidado. Não pode haver amor perene e profundo sem Ele. Pode haver acordo, de algum tipo. Homens e mulheres podem até viver juntos em paz, mas não haverá um lar verdadeiro sem a presença de Jesus, o Filho de Deus. O coração de cada lar é a esposa; o cabeça de cada lar é o marido; e o cabeça de cada marido é Cristo; e o cabeça de Cristo é Deus. "Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo" (I Coríntios 11.3).
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O CASAMENTO A. O CASAMENTO FOI INSTITUÍDO POR DEUS " Por is so deixaráo h om em a seu pai e a su a mãe, e unir-se-áa su a mulher, e serão o s dois uma só carne. De modo que jánão são m ais dois, mas um a só carne. Po rtanto o qu e Deus ajun tou não o separe o h om em" Marcos 10:7-9.
O casamento não foi estabelecido por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a cultura, tradição, povo ou nação. É uma instituição divina. O casamento não é uma sociedade entre duas partes, onde cada uma coloca as suas condições. Deus é quem estabelece as condições, não o homem ou a mulher. Nem os dois de comum acordo. Nem as leis do país. Quem se casa deve aceitar as condições estabelecidas por Deus. E não há nada o que temer, porque Deus é amor e é infinitamente sábio.
1. O Fundamento do Casamento A base do casamento éa von tade com pro metida pelo p acto m útuo e não o amo r sen timen tal
2. O Amor Em nossos dias, existe o conceito generalizado de que o amor sentimental é a base do casamento. Isto por causa do romantismo e do erotismo na literatura, cinema e televisão. Certamente que o amor sentimental é um ingrediente importante do casamento, mas não é a sua base. Deus não poderia estabelecer algo tão importante sobre uma base tão instável como os sentimentos. Na realidade, muito do que se chama de "amor" é egoísmo disfarçado. O amor erótico, ou romântico, busca a satisfação própria ou o beneficio que pode ter através do outro. Diversas razões podem modificar os nossos sentimentos: problemas de convivência, maus tratos, falhas de caráter do cônjuge, o surgimento de alguém mais interessante, etc. Depois de algum tempo, muitos casamentos chegam a esta triste conclusão: "Não nos amamos mais. Devemos nos separar". 3. A V o n t ad e C o m p r o m e ti d a
Quando um homem e uma mulher se casam, os dois fazem um pacto, uma aliança. Comprometem a sua vontade para viverem unidos até que a morte os separe. Deus os responsabiliza pela decisão (Eclesiastes 5.4-5; Malaquias 2.14; Mateus 5.37). Escola Ministerial
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Nem sempre podemos controlar os nossos sentimentos, mas a nossa vontade, sim. Quando os sentimentos "balançarem", o casamento se manterá firme pela fidelidade ao pacto matrimonial. Cristo é o nosso Senhor e nossa vontade está sujeita à Dele. Desta maneira, ainda que atravessemos momentos difíceis, a unidade matrimonial não estará em perigo. 4. O C a s a m e n t o É q u e S u s t e n t a o A m o r
Há um conceito errado que diz: "acabou o amor, acabou o casamento!" Mas a verdade de Deus é que todos os casados devem se amar. É um mandamento. Deus não diz que o casamento subsiste enquanto durar o amor. Os cônjuges podem desobedecer a Deus e não se amarem, todavia isto não invalida a união. Deus diz que eles devem amar-se porque estão unidos em casamento (Colossenses 3.19: Tito 2.4). O verdadeiro amor (ágape) existe quando alguém pensa no bem do outro, quer fazê-lo feliz, negase a si mesmo, se dá, suporta, perdoa, etc. Com este entendimento, o verdadeiro amor aflora, cresce e se torna estável. Este tipo de amor não anula o amor romântico, mas santifica, embeleza e o faz durável (Colossenses 4.10).
B. O CASAMENTO É SAGRADO E INDISSOLÚVEL 1. O Vínculo Matrimonial "De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. (Mateus 19.6 11). "A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver, contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor". (I Coríntios 7.39). Estes textos nos mostram claramente que:
O vínculo matrimonial é fortíssimo: são " u m a s ó c a r n e" .
O vínculo é realizado pelo próprio Deus. "O que Deus ajuntou".
É um vinculo indissolúvel enquanto os dois cônjuges estão vivos. " A m ul her está ligada ao marido enq uanto ele viver" . Somente a morte de um dos dois pode dissolvê-lo. Nenhum homem ou lei humana pode dissolver este vínculo. Quem o fizer estará se rebelando diretamente contra Deus.
2. Separação, Divórcio e Recasamento 2.1. Separação “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. Se,
porém, ela vier a separar-se, que não se case, ou que se reconcilie com seu marido; e que o marido não se aparte de sua mulher” (I Coríntios 7.10-11).
Deus claramente diz NÃO para a separação.
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2.2. Divórcio "Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejasse espírito? E porque somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o d ivórcio, diz o Senhor Deus de Israel" (Malaquias 2.14-16). Deus exige lealdade ao pacto matrimonial, pois ele aborrece o divórcio.
2.3. Recasamento "Quem repudiar sua mulher e casar com outra, comete adultério contra aquela, e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete A DUL TÉRIO" . (Marcos 10.11-12). "De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei, e não será ADÚLTERA se contrair novas núpcias" (Romanos 7.3). "Quem repudiar sua mulher e casar com outra, comete A DUL TÉRIO; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido, também comete AD ULT ÉRIO" . (Lucas 16.18) Quando alguém se divorcia e se casa de novo, Deus não considera isto casamento, mas sim ADULTÉRIO. Se um solteiro se casa com uma mulher repudiada, também ADULTERA, e viceversa.
De acordo com a Bíblia, o novo casamento só é permitido nos casos abaixo:
1. Adultério – A traição tem que ser comprovada! O divórcio neste caso é uma opção, não uma obrigação. (Se você se casar de novo sem ter como motivo o adultério, você estará pecando diante de Deus.). Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério. (Mateus 19:9)
2. Se o cônjuge for abandonado. Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte, em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz.(I Co.7:12-15)
3. Morte do cônjuge. Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias.(Romanos 7:2-3)
4. Conversão - Se uma pessoa tiver se separado antes de conhecer a Cristo e houver se casado novamente, antes de sua conversão, então não há problema . E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (II Escola Ministerial
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Coríntios 5:17). O divórcio é sempre pecado independente das circunstâncias. Quando ambos os cônjuges são cristãos, nascidos de novo na época do casamento, parece não haver dúvidas a respeito. Os votos que fizeram foram uma aliança que só pode ser quebrada pela morte. Eles foram unidos por Deus pelos laços sagrados do matrimônio, como vemos na declaração do Senhor: " Ele, poré m, res po nd endo , diss e-lhes: Não t end es lid o q ue aqu ele qu e os fez no pr in cípi o m ach o e fêm ea o s fez, e d is se: Po rtan to , deix aráo ho m em pai e m ãe e s e u ni rá a sua m ulh er, e serão d ois nu ma s ó carn e? A ss im não s ão m ais d ois , mas u m a só carne. Portanto, o qu e Deus ajunto u n ão o separe o ho mem ." (Mateus 19:4)
O adultério é pecado e não deve ser encarado com leviandade. O casamento é uma instituição estabelecida por Deus e objetiva que um homem e uma mulher vivam em amor e harmonia por toda a vida. Quando uma sociedade começa a degenerar-se, é perceptível como ela vai se desintegrando com a dissolução dos casamentos e das famílias, causando grande sofrimento a todos os envolvidos. Assim, se você estiver pensando em se casar, faça a si mesmo um grande favor e certifique-se que a pessoa que é objeto do seu amor é realmente sua melhor amiga. Se seu romance real é tempestuoso, a probabilidade de que o casamento venha a acalmar o vento e amansar a força das ondas é pequena ou nenhuma! O casamento sempre pressiona um relacionamento porque duas vontades precisam ser fundidas em uma a fim de que ele funcione como deve para que ambos estejam felizes, contentes e satisfeitos. As expectativas irrealistas e a lascívia são as principais responsáveis pelo fracasso dos casamentos. Olhe muito bem antes de dar o mergulho, pois pode ser que não haja água na piscina.
ESTUDO E MEDITAÇÃO 1. Porque razão Deus quis estabelecer o casamento como uma unidade firme e permanente? 2. O que Deus fez para dar estabilidade ao casamento? 3. Conversar juntos sobre a importância de cada um dos três elementos que determinam o casamento. 4. Explicar a relação que existe entre o amor e o compromisso da vontade dentro do casamento. 5. Qual o efeito que terá dentro do casamento a decisão firme dos cônjuges de nunca considerar o divórcio como uma solução para os problemas matrimoniais?
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O PAPEL DE CADA CÔNJUGE Muitos problemas no casamento são causados pela falta de conhecimento do papel de cada cônjuge. Deus deu uma função a cada um. Para que haja harmonia na vida familiar, é necessário que marido e mulher conheçam e aceitem seu próprio papel e o de seu cônjuge.
"Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o CABEÇA de todo homem, e o homem o CABEÇA da mulher, e Deus o cabeça de Cristo". (I Coríntios 11 .31) "Porque o marido é o CAB EÇA da mulher, como também Cristo é o CABEÇA da igreja". (Efésios 5.23). "Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma AJUDADORA que lhe seja IDÔNEA". (Gêneses 2.18). Homem e mulher são diferentes em muitas coisas, e por isso se complementam. Não devemos ignorar as diferenças, nem competir, mas admirar a graça, o encanto e a capacidade que Deus deu à mulher, e a visão, fortaleza e atitudes que deu ao homem. Cada cônjuge d eve conhecer assum ir e desempenhar o seu papel. Tamb é m deve conh ecer e aceitar o papel do outro, dando lug ar para que o ex erça.
A. O PAPEL DOS CÔNJUGES E O PROPÓSITO DE DEUS Já vimos que o propósito da família é o de cooperar com o propósito de Deus: o de ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. O papel que Deus deu ao homem e a mulher aponta para este objetivo. Foi por este motivo que Deus deu ao homem uma ajudadora idônea com capacidades distintas para auxiliá-lo. Não é uma "companheira" apenas. Muito menos uma "servente". É uma AJUDADORA IDÔNEA, para que juntos cooperem para com o propósito de Deus, cada um no seu papel.
B. SIGNIFICADO E RESPONSABILIDADE DO CABEÇA Ser cabeça significa assumir a responsabilidade geral da família. Ele deve buscar, com a ajuda de sua esposa, que a família se encaminhe para o propósito de Deus, O homem é responsável por:
GOVERNAR O LAR (1Timóteo 3.4,12). Governar com graça e amor. Ser o representante de Jesus para a família. Expressar o caráter de Cristo com a sua conduta. Não usar de sua autoridade para impor sobre a família os seus próprios caprichos (Marcos 10.43)
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TRABALHAR PARA PROVER O SUSTENTO FAMILIAR (Gêneses 3.19; I Tessalonicenses 4.11.12: I Timóteo 5.8). AMPARAR, CUIDAR E PROTEGER A FAMÍLIA (Efésios 5.29), Solucionar todas as dificuldades que surjam, com a ajuda do Senhor. Guiar a família a uma convivência amorosa e feliz, onde todos possam se desenvolver física, mental e espiritualmente. SER SACERDOTE PARA A FAMÍLIA (Gêneses 18.19). Ensinar a palavra de Deus, instruir, animar, edificar, repreender e corrigir. Ensinar principalmente com o exemplo. ASSUMIR A RESPONSABILIDADE PRINCIPAL NA DISCIPLINA DOS FILHOS (I Samuel 3.12- 13; Hebreus 12.7-9). TER O PAPEL PRINCIPAL NA FORMAÇÃO DOS FILHOS HOMENS. Especialmente depois dos 8 ou 10 anos. Afirmar os valores de sua masculinidade. Ensinar-lhes habilidades e trabalhos manuais. lniciá-los nos negócios. Praticar esportes. Dar educação sexual, etc. OCUPAR FUNÇÕES DE LIDERANÇA NA IGREJA (I Timóteo 2.11-14).
C. SIGNIFICADO E RESPONSABILIDADE DA AJUDADORA IDÔNEA Deus concedeu ao homem um complemento inteligente e eficaz. Sozinho, o homem é incompleto para cumprir o propósito de Deus. Homem e mulher formam juntos uma unidade completa para multiplicar-se e encher a terra. A mulher deve usar sua inteligência, capacidade e experiência buscando um objetivo comum com o marido. Ser unida e solidária a ele, sem atitudes independentes. Ela deve reconhecer que o marido tem a autoridade principal. Não competir com ele, mas sim complementar-lhe. Precisa entender que o marido necessita ser ajudado em sua sensibilidade. Precisa de ânimo, compreensão, sorriso, aprovação e cooperação em tudo quanto faz. A mulher é responsável por:
SE OCUPAR MAIS NA CRIAÇÃO DOS FILHOS (1Tmóteo 2.15; 5.14). Ser mãe é a sua maior missão ATENDER A FAMÍLIA E CUIDAR DA ALIMENTAÇÃO (Provérbios 31.21-22). CUIDAR DO VESTUÁRIO (Provérbios 31.21-22). CUIDAR DA CASA (Tito 2.5). AJUDAR COM A CARGA FINANCEIRA (Provérbios 31.16-18.24). Isto na medida em que seja necessário e possível, evitando ao máximo sair do lar. CUIDAR DA FORMAÇÃO INTEGRAL DAS FILHAS. Ensinar-lhes sobre: educação sexual, modos, comportamento social, tarefas domésticas, habilidades manuais, conduta frente ao sexo oposto e, principalmente, a serem femininas. ENSINAR AS SAGRADAS ESCRITURAS AOS FILHOS (II Timóteo 1.5; 3.14-15). INSTRUIR AS MULHERES JOVENS COMO DESEMPENHAREM SEU PAPEL DE ESPOSA E MÃE (Tito 2.3-5).
D. ATITUDES ERRADAS DO HOMEM 1. NÃO ASSUMIR SEU PAPEL COMO CABEÇA. Quando é assim, a esposa fica
sobrecarregada pelo peso de tantas obrigações familiares. Há homens que pensam que sua função se limita a trabalhar fora de casa e trazer o salário no final do mês. A sua esposa deve cuidar do resto (concertos, finanças, saúde, disciplina dos filhos, vida espiritual. etc.) isto traz um grande desajuste na família e deve ser corrigido.
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2. ANULAR A MULHER. Alguns querem fazer tudo sozinhos. Não conversam com suas
esposas nem buscam a opinião delas. Não delegam responsabilidade, absorvem tudo. Pensam que são com pletos. A mulher f ica f rustrada e amargurada. O homem deve dar lugar para que a mulher desempenhe sua função com critério próprio, criatividade, gosto e o "quase mágico" toque feminino.
E. ATITUDES ERRADAS DA MULHER 1) TOMAR O LUGAR DO MARIDO. Algumas mulheres querem assumir a liderança da família e anulam o marido. Querem dirigir tudo, ter sempre a última palavra. Não dão valor à opinião do marido.A mulher não foi feita por Deus para levar esta carga. Assim, ela arruína o marido e quebra a ordem de Deus. Também sobrecarrega a si mesma. Fica alterada, nervosa e não conhece o descanso da sujeição. Tudo isto produz uma família infeliz e filhos criados com mau exemplo, que vão repetir os mesmos erros quando tiverem seus próprios lares. 2) SER INDEPENDENTE DO MARIDO. Algumas buscam independência pessoal. Tem seus próprios objetivos, suas próprias amizades, seu próprio dinheiro. Buscam sua própria realização e dão prioridade a sua profissão. Não compartilham certas áreas de sua vida fazendo seus próprios programas. Não se interessam muito pelos projetos, atividades e amizades do marido. Quando isto acontece, é óbvio que o casamento está no caminho errado. PERIGO! É necessário revisar a fundo, procurar as causas, corrigi-las com a ajuda de Deus. O casamento é uma unidade total. Os dois são "uma só carne".
F . RE S P O N S A B I L I D AD E S C O N J U N T A S Muitas das responsabilidades devem ser compartilhadas pelos dois, tais como: planejamento, administração das finanças, compra de novos bens, educação espiritual e de caráter dos filhos, apoio e controle dos estudos, cuidado com a saúde, lazer, realização da obra do Senhor, etc.
G.OCUPAÇÕES Geralmente, o homem ocupa a maior parte do tempo no trabalho e a mulher com a casa e os filhos. Se não tiverem filhos, a mulher terá mais liberdade para sair, trabalhar e ajudar economicamente. Mas quando ela for mãe, seu lugar é no lar. A maternidade é a grande missão que Deus lhe deu, e ela deve consagrar-se à tarefa de criar filhos. Há situações extremas. Caso a mulher precise sair para trabalhar, ISTO DEVE SER VISTO Como Um MAL NECESSÁRIO, e nunca como um ideal. A ausência da mãe é muito prejudicial para o desenvolvimento dos filhos e do bem estar da família.
Qualquer profissão que a mulher tenha, precisa priorizar o seu papel de m ãe em prim eiro lugar. MEDITAÇÃ O E ESTUDO
1. Por que o cristão deve rejeitar as idéias que confundem a diferença entre os sexos e o papel particular do marido e da esposa dentro do casamento? 2. Resuma com as suas próprias palavras a responsabilidade particular do marido no casamento. 3. Resuma com as suas próprias palavras a responsabilidade particular da esposa no casamento. 4. Por que a família é prejudicada quando o homem não assume o seu papel de cabeça? 5. Que acontece quando a mulher não assume o seu papel de auxiliadora?
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COMO A MULHER DESEMPENHA O SEU PAPEL A palavra do Senhor é muito clara quanto a conduta que Deus espera de cada cônjuge. Não são deveres opcionais. São mandamentos claros do Senhor. Só podemos cumprir estes mandamentos quando andamos no Espírito (Romanos 8.7). Muitos cônjuges anotam os deveres do outro, vivem cobrando o seu comprimento, porém não cumprem com os seus próprios deveres. Dentro do casamento, cada um deve assumir a sua responsabilidade independentemente do comportamento do outro. Se o marido trata mal a mulher, isto não livra a mulher de sua responsabilidade, e vice-versa. Se colocarmos em prática os princípios do reino de Deus no lar, há paz e bom exemplo para os filhos, que também terão famílias estáveis, bom exemplo para as outras famílias da igreja e testemunho para o mundo (Mateus 5.16).
A Submissão Ao Marido
1.
mulheres
sejam s u b m i s s a s a seus próprios maridos, c o m o a o S e n h o r : porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam e m t u d o s u b m i s s as a seus maridos”. (Efésios 5.22-24. Ver também Colossenses 3.18 e I Pedro 3.1-2). “As
A submissão está relacionada ao princípio de autoridade que Deus estabeleceu em todas as ordens da vida social. O propósito da autoridade é estabelecer ordem e harmonia. Não é uma hierarquia, apenas mais uma função. 2.
O que a mulher precisa entender sobre a submissão?
DEUS MANDA QUE A MULHER SE SUBMETA AO MARIDO . Não é o marido que impõe autoridade sobre ela. No reino de Deus, toda a autoridade é reconhecida, e não imposta. SUBMISSÃO É O RECONHECIMENTO DA AUTORIDADE ESTABELECIDA. Significa obediência humilde e com boa disposição. Não é apenas uma obediência externa, mas uma atitude interior de submissão e respeito. A SUBMISSÃO NÃO ANULA A MULHER, mas, lhe dá condições para cumprir o seu papel.
A SUBMISSÃO NÃO REBAIXA A MULHER, mas sim a protege. Deus é bom. Ele quer que a mulher esteja coberta e protegida sob a autoridade do marido. Não deseja que a mulher esteja sobrecarregada e nervosa, mas tranquila e feliz. A SUBMISSÃO DA MULHER NÃO A FAZ INFERIOR. Jesus, sendo igual ao Pai, se submeteu a ele em tudo. A mulher não é menor, nem o homem maior. São iguais, mas em funções diferentes segundo o plano de Deus. A MULHER DEVE SER SUBMISSA EM TUDO (Efésios 5.24). O marido é o
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responsável geral por todas as áreas da vida familiar. A mulher só deve desobedecer ao marido se ele lhe der uma ordem claramente contrária à vontade de Deus conhecida nas escrituras. Se ele a obrigar a pecar, ou a deixar o Senhor, nesse caso, ela deve obedecer a Deus, e não ao marido (Atos 4.19).
As IRMÃS COM MARIDOS INCRÉDULOS DEVEM SER SUBMISSAS A ELES. Devem se comportar de tal maneira que, vendo eles o comportamento delas, se converta (I Pedro 3.1-2). A SUBMISSÃO NÃO IMPLICA EM QUE A MULHER NÃO FALE, NÃO OPINE E NÃO TENHA INFLUÊNCIA NAS DECISÕES DA FAMÍLIA. Ela não tem que dizer sim para tudo. Ela é a ajudadora. Portanto deve opinar, concordar, discordar, etc. Mas sempre deve mostrar uma atitude de submissão ao marido, e ter a disposição de deixar as decisões finais em suas mãos, sem amargura nem rebelião interior.
Quando uma esposa considera que seu marido (crente) está abusando da autoridade, deve falarlhe a sós, com respeito e mansidão. Se ele não escuta, deve falar-lhe novamente, diante dos discipuladores (Mateus 18.15-17).
3. O Respeito Ao Marido "...e a esposa respeite a seu marido" (Efésios 5.33).
A atitude de respeito reveste a mulher de dignidade e elegância. Mas a arrogância e grosseria a rebaixa e a faz vulgar. O respeito se manifesta na forma de falar, no tom de voz, nos modos, gestos e olhar. Também na maneira de atender ao marido, de escutá-lo e obedecê-lo. Também implica em não diminuí-lo, nem a sós, nem diante dos filhos e muito menos diante de outras pessoas. Jamais falar na sua ausência, depreciando ou ridicularizando-o na presença de outros.
A mulher é responsável por ensinar aos filhos, pelo seu exemplo, a honrar e respeitar o pai.
Não há nada que irrite tanto um homem como o desrespeito e arrogância da mulher.
A mulher respeitosa é a alegria do marido. Ela o engrandece e o faz como um príncipe diante dos demais.
4. A Beleza Interior e Exterior da Mulher " Não seja o adorn o d as espos as o q ue é exterior, com o frisado de cabelos, ader eços de ou ro , aparat o de ves tuário ; s eja, p or é m , o ho m em in terio r do co ração, u ni do ao in co rru ptível d e um esp írito m ans o e tran qüilo, qu e éde g ran de v alo r d ian te de Deu s" . (I
Pedro 3.3-4)
A mulher se arrumar para ser atraente e bem aceita não é pecado. Pelo contrário. Deus mesmo vestiu a criação de beleza e formosura. A mulher casada deve procurar ser atraente para o seu marido. É bom manter-se jovem e bonita, tanto quanto possa. Cuidar o corpo, fazer ginástica, cuidar dos cabelos e vestir-se bem com simplicidade. Entretanto, para ser atraente, a mulher não necessita de exageros, como penteados chamativos, jóias de ouro e vestidos luxuosos. Também não devem adotar um estilo mundano e "sexy". O melhor atrativo que o homem pode encontrar na mulher é o caráter. Que ela tenha um espírito Escola Ministerial
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manso. Que seja doce e amável, seja suave e serena. Se a mulher for assim, o marido ficará enamorado novamente a cada dia (Provérbios 31.10). Que atrativo terá para o marido, uma mulher bonita, bem arrumada, porém nervosa, rixosa, gritona, briguenta, rancorosa, amargurada, queixosa e resmungona? (Provérbios 11.22; 31.30) Todavia quando o marido tem uma mulher amável, seu lar é um oásis para onde ele quer voltar logo. Mas se a mulher é rixosa, ele prefere ficar em qualquer outro lugar (Provérbios 25.24). Qualquer mulher pode ser mansa e tranquila, mas é necessário andar no Espírito a cada dia (Gálatas 5.22-23).
MEDITAÇÃO E ESTUDO 1. Qual a importância da submissão à autoridade do marido para manter a ordem no lar? 2. Quais são os benefícios desta submissão? 3. Qual a diferença entre a imposição de autoridade e o seu reconhecimento voluntário? 4. Como uma mulher inteligente, ativa, criativa e espiritual pode contribuir com o desenvolvimento do lar, quando seu marido tem um temperamento oposto ao seu? 5. Descreva o que a mulher pode fazer de prático para demonstrar respeito pelo marido. Quais são as atitudes que deve evitar?
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COMO O MARIDO DESEMPENHA O SEU PAPEL Já vimos que o homem é o cabeça da mulher. Esta função não pode ser exercida de qualquer maneira, mas sob a graça e o amor de Jesus Cristo. Alguns maridos são autoritários, egoístas, duros e soberbos. Querem dominar a mulher. O que Deus diz? "Maridos, amai voss as mulheres, como també m Cristo amo u a igreja, e a si mesm o se entregou por ela, para que a santificasse, tendo -a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem m ácula, nem ruga, nem c ous a semelhante, poré m santa e sem d efeito. Assim també m o s m aridos devem am ar a suas mulheres co mo a seus p róprios co rpos. Quem ama a sua esposa, a si m esmo se ama. Porq ue nin gué m jam ais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, com o també m Cristo o faz com a i greja"
(Efésios 5.25-29. Ver também I Pedro 3.7)
A. O MARIDO DEVE AMAR SUA ESPOSA A palavra grega que aparece em Efésios 5 é "ágape". Refere-se ao amor de Deus. É um amor puro, sacrifical, perfeito e permanente. Por isso Paulo usa Cristo como exemplo. Cristo não é apenas o modelo, mas também é a fonte do amor. Somente através do seu amor em nós é possível amar como ele amou. O homem que trata a sua esposa com amor faz um bem a si mesmo e fortalece a unidade do casamento. Aquele que trata mal a sua esposa destrói a si mesmo. O verdadeiro amor não é apenas um sentimento, mas uma conduta. Por isto queremos assinalar cinco expressões práticas do amor do marido para com a esposa. 1. Am abilidade
Esta é a primeira expressão prática do amor. A amabilidade, doçura, afabilidade, benignidade. " ...não as t rateis c om amar gu ra." (Colossenses 3.19); "...tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, dignidade" (I Pedro 3.7).
―tratai-a
com
Devemos ser amáveis com todos, principalmente com as mulheres, respeitando sua feminilidade. Mas muito mais com nossa própria esposa. Há homens que são amáveis com outras mulheres e descuidados e duros com sua esposa. A mulher é como um vaso frágil: mais sensível e delicada. Seus sentimentos estão mais à flor da pele. Isto não é uma debilidade, mas uma característica dada por Deus para desempenhar sua nobre função de mãe, a fim de criar os filhos com ternura e sensibilidade. Por isso Deus quer que o marido a trate com ternura, respeito, suavidade, paciência, carinho, doçura, delicadeza, bondade e amor. Por ser mais sensível emocionalmente, a mulher está mais sujeita Escola Ministerial
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a ficar ressentida pelo maltrato do marido. Ser amável não quer dizer ser frouxo. Muitas vezes, o homem deve ser firme. Mas com uma firmeza amável e compreensiva. Quando o marido percebe que tratou mal a sua esposa, deve consertar imediatamente, confessando com humildade e arrependimento. 2. A b n eg ação É o sacrifício que alguém faz em favor do outro. ―.... a si mesmo se entregou por ela” (Efésios
5.25). É o negar a si mesmo, abrir mão da tranqüilidade, da comodidade e do prazer em favor da pessoa amada. Isto é amar. Foi isto que Cristo fez pela igreja. O contrário disto é o egoísmo. O marido egoísta busca sua própria comodidade. Usa a autoridade para seu próprio bem e sempre espera ser servido. Sua atitude é de "senhor", não de "servo". Nunca renuncia à comodidade para ajudar a mulher. Este marido está longe da vontade de Deus. Deus quer que o marido seja abnegado, pareça com Jesus e aj a como ele. Deve sacrificar-se a si mesmo pela esposa. Buscar a felicidade e bem-estar dela, tanto no físico como no emocional e no espiritual. O marido deve dizer como Jesus: "eu não vim para ser servido, mas para servir". 3 . C o m p r e e n s ão
O marido deve conhecer profundamente a sua mulher, para compreendê-la, amá-la e ajudá-la. Esta é uma das maiores necessidades da mulher. Para isto é necessário escutar com atenção o que ela diz. Saber escutar é uma das qualidades mais valiosas que se pode ter. Quando o marido entender o que a mulher pensa e sente poderá conduzi-la e protegê-la com sabedoria. Muitas mulheres são tristes e angustiadas por não conseguir compreensão e apoio de seus maridos. Uma mulher que se sente apreciada e atendida pelo marido dificilmente será rebelde e antagônica. É necessário que o marido converse com a esposa. Procure entender como ela se sente e quais são suas cargas, para poder animá-la e confortá-la. O marido precisa abraçá-la e beijá-la com freqüência, quando está preocupada e nervosa. Um abraço e uma palavra amável e terna mostram a mulher que ela tem ao seu lado alguém que a compreende e a ama. Um gesto de carinho renova as forças e libera a mente de pensamentos negativos. Alguns homens têm dificuldade de serem afetuosos porque não tem este costume, ou porque nunca receberam carinho na infância. É tempo de romper com toda a timidez e vergonha. Devem ver a importância disto no relacionamento com a mulher. Pode-se conseguir muito mais com um beijo do que com críticas ou autoritarismo. s io s 5.2 9) 4. Proteção e Cobertura (E f é
Quando o homem não dá uma cobertura real e prática, a mulher se vê desprotegida. Ela precisa sentir-se segura e confiante em seu marido. O desamparo e as preocupações sobrecarregam e oprimem a mulher. O homem deve assumir seu papel, atender os assuntos do governo familiar, resolver todos os problemas que lhe competem, e não passá-los para sua esposa. A mulher se desgasta quando tem que resolver assuntos que vão além de suas possibilidades e não correspondem ao caráter feminino. A mulher deve poder dizer: "meu marido é o meu pastor, nada me faltará", como a igreja diz de Escola Ministerial
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Cristo: "O Senhor é meu Pastor..."
5. Romance e Afeto Conjugal
(Cantares 7.10-13)
O amor sentimental também deve estar presente no casamento. Tudo que dissemos anteriormente estabelece bases sólidas para que este amor se desenvolva e cresça. O romance não é apenas para a lua de mel, mas para toda a vida. Os discípulos do Senhor devem ser os maridos mais apaixonados por suas esposas. O amor dos mundanos se perverteu em egoísmo. Entretanto, o amor sentimental de um marido cristão nasce do verdadeiro amor de Deus que vive nele. Por isso, os discípulos de Jesus deveriam ser os melhores maridos: os melhores amantes de suas esposas. Cultive em seu coração este amor. Enamore-se de sua esposa, valorizando, apreciando e elogiandoa. Seja expressivo com ela. Demonstre seus sentimentos, mandando-lhe flores. Procure aprender a maravilhosa arte do amor e afeto conjugal. Assim fará sua esposa feliz e a você mesmo também! E Deus participará desta alegria.
B. O HOMEM DEVE REPRESENTAR A JESUS NO LAR 1. O HOMEM É RESPONSÁVEL POR: 1.1. Estab elec er a Pres ença de Jes us na Fam ília (I coríntios11.3)
Assim como Cristo é a imagem de Deus, o homem deve ser a imagem da presença de Jesus no lar. Deve andar no Espírito, manifestar a alegria constante, dar graças por tudo, deixar fluir o amor, a graça e a paz do Senhor. 1.2. Estabelecer o Gov erno d e Cristo
O homem não é o cabeça do lar, mas sim Cristo — o homem é o cabeça da mulher. Portanto deve estabelecer a autoridade de Cristo e não a sua. Se um homem não está sujeito a Cristo, como vai governar sobre sua mulher e filhos? Quando o Senhor delega autoridade ao homem, não lhe dá "carta branca'' para fazer o que quer, mas estabelece critérios específicos e concretos. Todo governo que está debaixo de Cristo deve agir com firmeza, mas com amabilidade e flexibilidade. Sem fazer concessões indevidas, mas com disposição para dialogar e escutar. É importante que saiba discernir a vontade de Deus e que cuide para que ela se cumpra no seu lar.
1.3. Minis trar a Graça Salvad ora de Cr isto
O homem deve exercer o sacerdócio em sua família. Não basta abençoá-los com orações superficiais. Deve se interessar por cada um. Dar tempo a cada um, conhecer suas necessidades, lutas e aflições. Dar a cada um dos filhos uma atenção particular. Constantemente ajudar a esposa a ver a dimensão eterna e grandiosa de sua função como esposa e mãe. Cuidar para que ela não se desanime com suas tarefas que às vezes parecem triviais e insignificantes.
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1.4. Do ut rin ar e Edi fic ar su a Fam ília
É importante usar as circunstâncias ocasionais da vida para ensinar, mas isto não é suficiente. O homem é responsável por ensinar toda a verdade de Deus, de forma ordenada e metódica a sua esposa e filhos. São seus primeiros discípulos. Deve determinar horários concretos para sentar com eles e compartilhar a palavra. Deve haver lugar para a participação de todos e tudo deve ser intercalado com oração. O homem deve considerar a esposa como ajudadora para isto. Não deve anulá-la, mas tampouco deve passar para ela toda a responsabilidade. Devem trabalhar juntos.
Meditação e Estudo 1)
Quais as maneiras práticas para o homem demonstrar o amor por sua mulher?
2)
Em quais destas expressões práticas você necessita superar?
3)
Quais são as responsabilidades do marido como representante de Jesus no lar?
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12ª AULA
O RELACIONAMENTO CONJUGAL Não há nada mais belo do que a intimidade do casal quando há amor e respeito. Quando cada um dá a sua vida pelo outro e há um entendimento entre eles, isto é maior do que as próprias palavras. Quando existe confiança íntima se refletindo em todas as outras áreas da vida, isto produz uma profunda harmonia. Uma relação assim fortalece e prepara o casal para enfrentar as lutas da vida, porque forma em cada um o vigor, ânimo e fé que os fazem se sentirem quase invencíveis. Mas também podemos dizer o quanto é horrível a intimidade conjugal quando a relação se deteriora. Quando a doçura se torna em amargura, e a devoção em abuso e egoísmo. Quando a estima é trocada pelo menosprezo. Quando os sonhos se convertem em pesadelos e a convivência se torna insuportável. Para considerar este tema, veremos dois aspectos: 1 — A HARMONIA NO CASAMENTO E 2 — A UNIÃO SEXUAL. Cremos de todo coração que nas escrituras encontramos a orientação para vivermos uma vida matrimonial feliz e termos um lar cheio de amor e paz.
A. A HARMONIA NO CASAMENTO Nossa sociedade exagerou tanto o valor do amor romântico, erótico e sentimental, que muitos, depois de se casarem, se decepcionam quando descobrem que o casamento não é uma contínua lua-de-mel. Devemos considerar que: 1. Con sid erações Imp or tantes 1.1. É NECESSÁRIO TRABALHO E DEDICAÇÃO. Um casamento feliz não surge do nada, por magia, como nos sonhos ou nos filmes. São necessárias dedicação e sabedoria, que se adquirem com a experiência e dependência de Deus. Também é necessário ter maturidade, respeito e compreensão mútua. Nada disto se consegue facilmente. Mas isto é plenamente possível para um casamento fundamentado na palavra de Deus. Devemos edificar com fé e estar atentos às dificuldades que surgem. 1.2.
Isto é normal, porque somos humanos e falhamos. Nenhum casamento é perfeito no seu início. É importante ter este entendimento, para que ninguém se assuste quando as dificuldades surgirem, e para que haja fé e solução. Podem surgir diferenças quanto ao uso do dinheiro, reações diferentes diante das várias situações da vida, gostos sobre a comida, hábitos, horários, maneira de vestir, educação dos filhos, disciplina, etc. PROBLEMAS E DIFICULDADES SEMPRE EXISTIRÃO.
2. Prob lemas e Soluções do Relacion amen to Escola Ministerial
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2.1. EXISTEM REAÇÕES QUE SÃO INÚTEIS:
Fugir do problema. Supor que se resolverá sozinho. A covardia não resolve nada.
Isolar-se. Deter a comunicação. Levantar de uma barreira de silêncio. Sem diálogo é impossível chegar a qualquer solução.
Irar-se. A intenção é assustar ou intimidar o outro. É esconder-se atrás das emoções quando confrontado com as próprias faltas. Responder, "jogando na cara" do outro as faltas dele (a).
Deprimir-se ou ter um ataque de nervos. Dar-se por vencido(a). A intenção é provocar a compaixão, para ter mais atenção e consolo, fugindo do problema real.
2.2. HÁ UMA CONDUTA CORRETA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS.
Entender e afirmar que todo o problema tem solução. Não ser pessimista nem derrotista (João 14.1: 16.33; Filipenses 4.11-13). Enfrentar todo problema com calma e fé. Num ambiente de nervosismo não se pode ser ousado. É necessário ser objetivo, olhar a situação do ponto de vista do outro e reconhecer as próprias faltas (I Coríntios 13.4- 7; Hebreus 11.6). Levar a carga ao Senhor. Sem Deus, nenhuma solução é permanente. É necessário buscá-lo em oração, com ações de graça. Aplicar seus mandamentos e reclamar suas promessas. Ele tem todo o poder e sabedoria, e nos ama profundamente. Tratar um problema de cada vez. Algumas questões são complicadas e podem gerar outras. Não se pode resolver tudo ao mesmo tempo. É melhor analisar cada situação e determinar por onde se vai começar. Ser pacientes e aguardar os resultados, porque muitas vezes a solução não é imediata (Hebreus 12.1-14). Aprender de experiências anteriores. Isto ajuda a não passar novamente pelos mesmos problemas. Não deixar que se acumulem problemas. Quando vários probleminhas se juntam, transformam-se num "problemão" (Efésios 4.26). Recorrer à ajuda de alguém mais experiente (Provérbios 11.14). A maior responsabilidade é do homem. Deus pedirá contas de todas as coisas ao homem. Ele deve ter uma conduta terna, compassiva, sábia, não caprichosa, porém firme dentro da vontade revelada de Deus. Deve determinar-se a fazer de sua esposa a mulher mais feliz do mundo (Efésios 5.25-29).
A boa solução dos problemas fortalece o casamento. Encontrar juntos as soluções efetivas acrescenta confiança e mostra maturidade.
B. A UNIÃO SEXUAL Alguns se surpreendem quando descobrem que a bíblia tem muitas referências à relação sexual. Estão acostumados a escutar conversas torpes ou piadas obscenas que rebaixam esta bela relação. Não percebem que esta uma área que Deus quer encher de sua santidade e beleza. Alguns até se escandalizam quando se trata deste assunto na igreja, como se este fosse Escola Ministerial
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um tema impróprio para vida cristã. Mas não é assim. Nosso compromisso com Cristo inclui todas as áreas de nossa vida. Vejamos, então, o que a bíblia fala sobre a relação sexual. 1. Deus éo A ut or do Sexo
Deus criou o homem e a mulher. Portanto, ele é o autor do sexo e da relação sexual. Ele determinou as diferenças entre homem e mulher, e estabeleceu a atração mútua. Mas ele reservou a relação sexual como uma experiência unicamente para o casamento. Para que se cumpra o propósito divino através do ato sexual, é indispensável que haja um compromisso total e uma entrega completa de um para o outro. Isto só e possível dentro do casamento. O fato de duas pessoas se amarem não lhes dá o direito de manterem relações sexuais. A intimidade sexual contém certos riscos e pode acarretar conseqüências para as quais somente o casamento oferece garantias e segurança. A Bíblia diz que:
Adão e Eva, quando ainda eram inocentes, tinham uma intimidade total (Gêneses 2.2425). Paulo adverte aos solteiros contra a fornicação. E aos casados, ensina sobre uma relação com santidade e honra, e com o desejo de satisfazer um ao outro (I Coríntios 7.2-5; I Tessalonicenses 4.3-5; Hebreus 13.4). Temos um belo texto poético em Provérbios, que fala da pureza e das delícias do amor conjugal (Provérbios 5.15-19). Há uma passagem curiosa na lei de Moises, quanto aos recém-casados (Deuteronômio 24.5). Leia!
2. O Pr o p ós it o d a Rela ção Sex u al
O propósito de Deus ao instituir a relação sexual, divide-se em três aspectos:
SELAR A UNIÃO MATRIMONIAL - A relação sexual é que consuma o casamento.
A PROCRIAÇÃO DA ESPÉCIE - Isto está diretamente relacionado com o sexo, porque é pela relação sexual que nos procriamos. Existem duas atitudes errôneas entre os que ignoram a vontade de Deus:
Procurar evitar a procriação por motivos egoístas e, Procriar muitos filhos irresponsavelm ente (sem levar em conta os recursos que se tem, nem a saúde da mulher). Ter filhos é uma benção de Deus (Salmo 127.3-5; I Timóteo 2.15).
PARA EXPERIMENTAR A MAIS PROFUNDA EXPRESSÃO DE INTIMIDADE, AMOR E FELICIDADE DO CASAL - O ato conjugal, além de físico envolve o mental, o emocional e o espiritual. Ajuda a superar desacordos, alivia tensões nervosas e contribui para a boa saúde. A relação sexual é uma dádiva de Deus que abençoa o casamento.
C. ATÉ A MATURIDADE Os que já são casados há bastante tempo compreendem que a felicidade matrimonial não é uma "obra do acaso". É fruto da dedicação, trabalho, esmero, amor, paciência, disposição de Escola Ministerial
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aprender e o firme desejo de superar todas as dificuldades. Para que duas pessoas possam conviver em harmonia e amor, apesar de serem completamente diferentes no caráter e na personalidade, com debilidades e maus hábitos arraigados por anos, é necessário esf orço e fé. Deus realizará isto guiando, orientando, guardando, apoiando, corrigindo e abençoando (Filipenses 1.6). Bendito é o Seu nome. Uma relação matrimonial madura e equilibrada não se consegue da noite para o dia. Todavia, se o marido e a mulher se dedicam a buscar entendimento e a fazer as mudanças necessárias, serão recompensados com muitos anos de felicidade. Seu lar brilhará com a graça daquele que prometeu abençoar a todas as famílias da terra (Atos 3.25).
MEDITAÇÃO E ESTUDO 1. Quais são as áreas que geralmente provocam mais problemas no casamento? 2. Que testemunho você pode dar de situações práticas e da maneira com que você venceu certos problemas que são comuns a todos os casamentos? 3. Analisar o valor de cada um dos pontos considerados no subtítulo: "Há uma conduta correta para resolver os problemas". 4. O que pode tornar a relação íntima deteriorada e insuportável? 5. Porque Deus limitou a relação sexual exclusivamente ao casamento e a proibiu terminantemente fora dele? 6. Qual é o propósito da relação sexual? Fale dos 3 aspectos. 7. Quais são os benefícios de uma boa relação sexual no casamento?
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13ªAUL A
FILHOS O FRUTO DO LAR Que ninguém pense que uma criança é muito pequena para participar da construção de um lar. As engrenagens de meu relógio são pequenas - algumas muito pequenas -, porém todas são muito importantes para manter meu relógio na hora exata. Uma criança pequena pode ser tão malcriada e bagunceira que perturba todos na casa ou tão amável e atenciosa que traz paz e alegria para todo o lar.
A. OBEDIÊNCIA Há três coisas que os pais devem fazer: Amar, Disciplinar e Ensinar, mas quais são as tarefas das crianças em casa? Qual é a parte delas no desenvolvimento do lar? A Bíblia não diz: "Crianças obedeçam a seus pais quando eles estiverem certos". Ela diz: "Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo."... mesmo se estiverem errados (Efésios 6.1). Alguns até diriam que não há registros da vida infantil de nosso Salvador. Somente algu mas linhas foram registradas sobre sua vida de criança, mas estas são reveladoras. Não há palavras mais bonitas que estas sobre Ele: "Ele foi para Nazaré e em tudo lhes era sujeito" (isto é para sua mãe e para seu padrasto). E quem era Jesus? Quem era esta Criança que obedecia? Ele era o eterno Filho de Deus. Era o Criador de todo o Universo: "por Ele foram feitas todas as coisas e sem Ele nada do que foi feito se fez". Ele era Senhor e Mestre de todos os anjos no céu. Que lição de obediência! "E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Efésios 6.4). Muitos jovens têm a idéia de que obedecer e serem submissos a seus pais é humilhante, um tipo de restrição auto-imposta que os limita. Será que era assim que Jesus via? Sabemos que não. A vida de um jovem não será atrapalhada nem dificultada se seguirem os conselhos de pais cristãos fiéis. Nenhum jovem já ficou desnorteado, podado ou ferido por obedecer às instruções implícitas de pais piedosos. Jesus obedeceu a seus pais terrenos até os trinta anos de idade — até o dia que deixou sua casa para cumprir a missão que lhe foi dada por Deus. A obediência deve ser absoluta; ela inclui coisas que são ao mesmo tempo agradáveis e desagradáveis. Somente uma condição é mencionada, "no Senhor". Os filhos devem obedecer no Senhor. Um pai cristão pode exigir algo que pareça errado, mas cabe ao filho obedecer: "Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor‖ (Colossenses 3.20). No entanto, devemos nos lembrar de que os pais são falíveis. Nenhuma autoridade humana, de qualquer tipo, estará certa se pedir a alguém que quebre a lei de Deus. Se um pai ou uma mãe obrigar que um filho ou uma filha desobedeça a Palavra de Deus, a conseqüência cairá sobre este pai ou mãe, e não sobre a criança. A Bíblia diz: "Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado no mar‖ (Marcos 9.42). Escola Ministerial
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B. AMOR E RESPEITO DOS PAIS Em tudo isso, temos como certo que os pais têm diante de si a combinação que se segue: "filhos, obedecei a vossos pais no Senhor" que se combina com: "pais, não provoqueis a ira em vossos filhos". O relacionamento é definitivamente de mão-dupla. Se um pai não cristão exigir que seu filho abandone a fé, ele trará sobre si as conseqüências, e não sobre seus filhos. Não há palavra mais oportuna do que esta a ser dita aos nossos jovens. Há uma jovem que tem vergonha de sua mãe. Ela vê que a beleza de sua mãe já se foi, seu vestido não é belo como deveria, suas mãos estão vermelhas e mais grossas. A jovenzinha tem vergonha de sua mãe e não deseja que suas coleguinhas venham a sua casa vê-la. Ou a vergonha é por causa de seu pai, cujos ombros arqueados, pele queimada do sol e mãos endurecidas falam por si sós dos anos duros de trabalho para propiciar uma vida melhor para seus filhos. A jovenzinha, ou um jovenzinho, às vezes, se envergonha de ter que receber seus colegas com roupas elegantes na frente de "seu velho". Estes casos não são fruto de nossa imaginação. Todos nós conhecemos muitos deles. Você sabia que estas marcas de trabalho duro, idade, cuidado, e privação falam em alta voz do amor deles por você? Sua mãe e pai receberam estas marcas ao derramar suas vidas e sangue por você. Você teria vergonha de um homem que só tivesse um olho, tendo perdido o outro na defesa de sua vida? Bem, seu pai e mãe fizeram mais que isso por sua vida. Eles já passaram noites e dias ansiosos. Eles cuidaram de você quando você estava doente. Eles não consideraram seu próprio conforto e prazer, mas, ao invés disso, negaram a si mesmos certas necessidades pessoais para que você tivesse mais conforto. Eles levantaram cedo e dormiram tarde para que você tivesse a oportunidade de estudar e preparar-se para uma grande obra no mundo. É de lá que vieram suas marcas, e são marcas santas. Você tem vergonha delas? Um comerciante em uma de nossas cidades mandou seu filho para escola. Ele teve que hipotecar seu negócio para fazê-lo. Ele poupou e se sacrificou, ele e a esposa usavam roupas mais velhas para que o menino tivesse uma roupa melhor no meio daqueles outros meninos, e provê-lo de dinheiro. Alguns meses se passaram, uma vontade incontrolável de ver seu filho invadiu seus corações. Eles atrelaram o velho cavalo à carroça (eles já teriam um carro se não tivessem investido no menino) e saíram para a cidade onde ficava o colégio, a 28 quilômetros. Eles chegaram na hora do encerramento das aulas e viram seu filho, Harry, com um grupo de amigos atravessando o campus. Ao se aproximarem dele, um dos coleguinhas começou a ridicularizar a carroça e o cavalo e as roupas surradas do velho casal. Harry parou, olhou atentamente por um momento para sua mãe e seu pai, ficou vermelho e rapidamente virou as costas e correu, fingindo não conhecê-los. Com o coração partido, o casal começou a difícil jornada de volta, e morreram naquela mesma noite. Se estas palavras caíram nas mãos ou nos ouvidos de algum menino ou menina que é tentado a agir como Harry agiu, nós imploramos, não faça isso. Enquanto sua mãe e seu pai estão vivendo, vá até eles, ponha seus braços em volta de seu pescoço e diga o quanto você os ama e aprecia tudo que eles têm feito por você. Se eles não estão ao alcance de seus braços, escrevalhes de vez em quando, ou pelo menos uma vez! Escreva uma longa carta de amor, apreciação e encorajamento. Uma criança nunca envelhece demais a ponto de não ser mais criança para seus pais. Portanto, esse amor e respeito devem ser -lhes dados enquanto viverem . Poucas coisas na vida são tão boas quanto uma atenção devotada aos pais já velhos pelos filhos crescidos. Isto é muito agradável aos olhos de Deus. Quando nossos pais envelhecem, eles trocam de lugar conosco. Um dia eles cuidaram de nós e agora é uma alta honra cuidar deles. Um dia eles enfrentaram tempestades para nos proteger. Devemos agora enfrentar tempestades para protegê-los. Somos fortes agora e eles são Escola Ministerial
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frágeis. Que oportunidade nós temos de amorosamente retribuir parte deste débito. Será, no entanto, apenas em parte! Nenhum filho jamais poderá pagar completamente o amor e o cuidado de pais piedosos. A vida tem poucas satisfações mais intensas que o fato de alguém ter sido verdadeiro, bom e gentil para com seus pais no tempo de dependência e necessidade. Isto traz paz ao coração e à alma e fará a reunião celeste mais gloriosa por antecipação. Ser capaz de dizer "adeus" para os pais sem nenhum remorso ou oportunidades perdidas é de fato uma bênção.
C. FILHOS NO LAR: CONSTRUINDO LAÇOS " Eis q ue o s filh os são h erança da p arte do Senh or, e o fru to d o ven tre o s eu galar dão" . (Salmos 127.3)
Nada é mais animador que olhar para um bebê recém-nascido que Deus confiou a você. É uma tremenda responsabilidade que Deus coloca nas mãos do casal. Esta é uma pessoa que você ensinará e moldará através do exemplo. Nada é mais prazeroso que ouvi-los rindo, cantando e, às vezes, chorando quando aprendem as lições da vida. Estudos já mostraram que 85% das influências na vida da criança vêm de casa. Eles serão o que é seu lar. Serão apresentados a Deus e sua Palavra, ambos ensinados por você e sua vida. Muito de seu destino físico e espiritual depende de você. Há também angústias no coração, pois as crianças têm vontade própria. Elas podem fazer escolhas claramente erradas. Isto pode partir seu coração. Certamente o pai passou muitas noites sem sono, orando e se perguntando sobre seu filho. Ele olhava no final do caminho de volta para sua casa. Quando o filho voltou, o perdão estava de tal forma no coração do pai que nem mesmo deixou seu filho acabar de falar o quanto se arrependia. Eis o coração de um verdadeiro pai cristão. Conta-se a história de um homem que demoliu um dos celeiros de sua fazenda que havia sido construída há mais de 20 anos. Ficou um espaço vazio e feio, mas chegou a primavera, quando o sol e a chuva caíram sobre o lugar, o dono ficou surpreso ao ver as inúmeras flores brotando. Estas sementes certamente sempre estiveram lá, mas a falta de chuva e sol impediu o crescimento e o florescimento. Muitos lares têm em si exatamente as mesmas possibilidades de grande beleza que ainda não foram desenvolvidas.
1. Af eição e Unidade Uma boa regra a se cultivar numa família cristã é a das crianças poderem perguntar o que quiserem, a qualquer hora que quiserem. Podemos encorajá-las a compartilhar de tudo, até ter o direito de discordar do que dissermos. No entanto, também é bom definir a seguinte regra: "Tudo é discutível, mas nem tudo negociável”. É bom usar a hora de dormir como um bom momento para que eles façam perguntas e recebam uma resposta antes de dormir. Esse é um bom tempo para pais e filhos orarem juntos mais uma vez, no fechar do dia. Uma de nossas maiores falhas no lar é quando os pais não se comunicam com os filhos. Freqüentemente, os filhos vão buscar conselhos de um amigo mais próximo. Às vezes, fazem perguntas que não são bem respondidas em casa, ou têm medo de perguntar em casa. O amigo pode não ser o irmão ou irmã, mas um vizinho com respostas não tão apropriadas. A razão para que isto aconteça pode ser óbvia. Com freqüência a vida familiar, pelo próprio caráter de proximidade e associação, pode trazer um pouco de desinteresse pela novidade. As crianças precisam entender que seus melhores amigos são seus irmãos e irmãs. Os amigos vêm e vão, mas a família é para sempre. Podemos estar certos que independentemente de nossas relações fora do lar, jamais serão verdadeiros e próximos em relacionamentos como entre irmãos e irmãs. " O san gu e ém ais g ro ss o q ue a águ a" , fala o velho provérbio. Muitos pais podem pensar que o amor na família é meio que instintivo, e não precisa ser cultivado. Mas quem pensa assim está mui to e rrado. Os p ais pr ecisam demonstrá -lo abertamente. Escola Ministerial
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O mesmo processo de sacrifício, disciplina, altruísmo e consideração em amor pelos outros unem os corações no lar. O fato de corações estarem juntos não significa necessariamente que se amam, a não ser que haja claras demonstrações e exemplos claramente ensinados e vividos em casa. Ouvir as palavras do pai e mãe dizendo: "sinto muito" "perdoe-me" e "eu te amo" são lições que eles nunca esquecerão.
2. Um irmão deveria ser um guardião e defensor de sua irmã A história de Charles e Mary Lamb é uma história familiar sempre contada. Num ataque repentino de loucura, a irmã matou a própria mãe. Daí por diante, ela sempre tinha ataques de loucura e violência. Havia alguns sintomas que antecipavam a crise e, quando eles chegavam, Charles e Mary iam, de mãos dadas, ao sanatório onde, por algum tempo, ela ficava internada. Um de seus amigos conta como os conheceu e como eles choravam amargamente de mãos dadas enquanto caminhavam por um bosque em direção ao sanatório. Este foi um fardo que Charles Lamb suportou, não por um ou dois anos, mas por 35 anos — todo o tempo com amor e paciência. Sim, um irmão é o protetor de sua irmã! Mas existe ainda outra forma de protegê-la. Todo rapaz conhece outros rapazes que são impuros e ímpios. Ele não vai ficar parado vendo tal moço se aproximar de sua irmã pura. Ele se for um irmão de verdade, a avisará sobre o caráter do outro homem. Uma irmã fará bem se seguir os conselhos de seu irmão sobre rapazes cuja companhia ela deve evitar. Da mesma forma, um irmão fará bem se conversar abertamente sobre as jovens que ele considera interessantes para futuro namoro. As moças conhecem outras moças e os rapazes outros rapazes. Uma irmã certamente saberá se uma moça é verdadeira e se merece a consideração de seu irmão, ou se está fingindo um caráter que ela não possui. Uma irmã de verdade saberá e dirá ao seu irmão sobre estas coisas, e o irmão fará o mesmo.
3. Um irmão e uma irmã serão exemplos de pureza e de virtude um para o outro O maior desafio para os jovens de hoje é manterem-se puros. Eles ouvem: "todo mundo faz‖. Que mentira! Vamos supor que digam que todo mundo está usando drogas! Acaso isto faz o uso de drogas certo? Não! É difícil para o jovem manter uma vida moral pura, no entanto, é uma escolha que precisa ser feita. Há pressão de todos os lados para que ele se renda! Deus diz: "Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça" (Romanos 6.13). As tentações testam os jovens sempre bem mais sutilmente e poderosamente que as jovens. No entanto, um grande verso para ser memorizado é I Coríntios 10.13: ―Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana: mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar‖. Cada irmã tem uma oportunidade de ser muito útil aqui! Ela pode ser exemplo de atitude e ações, numa atitude de pureza tão profunda que seu exemplo acompanhará seu irmão no mundo como um escudo de defesa. Quando o mal tentá-lo, as lembranças de sua irmã se levantarão como um exemplo diante dele e trarão um claro nojo e desprezo pela tentadora. Claramente vale a pena para toda moça buscar ter esta influência na vida de seu irmão. Ela pode tornar a virtude algo atraente de tal forma que o vício será repelido imediatamente por ele. Nenhum elogio poderia ser maior para ela, que um irmão dizendo que quer se casar com alguém com o caráter parecido com o de sua irmã. "Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas" (Provérbios 31.10). Todo irmão deveria ser um exemplo de fineza, cavalheirismo e pureza para sua irmã. Seu caráter e linguagem, juntamente com seu testemunho cristão, deveriam ser claramente um guia para o padrão que ela busca em um homem. "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, Escola Ministerial
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disso fala a boca" (Lucas 6.45). Portanto, seu exemplo a guiará quando chegar a hora dela escolher seu marido. Por causa da vida e caráter de seu irmão, seus ideais serão tão altos que ninguém, a não ser o mais valoroso, deve t er espera nças de conquistá -la; assim ela est ará em salva-guarda. A palavra ―salva -guarda‖ é grandemente necessária hoje. Os padrões de muitos canais de
comunicação, tais como a TV, revistas e internet, estão recheados de pornografia. Muitos outros meios são desastrosamente baixos em seus padrões morais. "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai" (Filipenses 4.8). Muitas outras meninas fracassaram em entender sua grande responsabilidade e oportunidade. Uma nação nunca se eleva mais que suas mulheres, e os homens serão tão bons quanto as mulheres os compelirem a ser. Não queremos colocar um peso indevido nos ombros femininos, no entanto, como irmãs no lar, é fato que as mulheres têm em suas mãos o destino de seus irmãos, e dos homens em geral, mais do que elas pensam. Irmãos e irmãs deveriam preservar seu amor mútuo e laços familiares através dos anos. É fácil se distanciar. Mudança de residência para outra parte do país, juntamente com o crescimento da família, interesses e responsabilidades diferentes tornam difícil manter os laços próximos, calorosos e firmes. No entanto, isto pode ser feito. Temos meios de comunicação instantâneos como em nenhuma outra época da história: e-mails, telefone e mensagem instantânea. Se há uma dúvida, poderiam se consultar e buscar conselhos. Ambos devem sentir vontade de fazê-lo. Em muitas famílias cristãs, os irmãos e irmãs fazem isto. Irmãos e irmãs, com herança comum, deveriam ter suas bênçãos e memórias de casa como laços comuns. A família foi ordenada como uma unidade, não somente neste mundo, mas por toda a eternidade. Vamos então viver num senso de responsabilidade e amor com paciência e ajuda mútua, para que possamos estar mais bem preparados para a vida lá fora. Se seus laços familiares se tornarem frouxos, se a frieza, indiferença, mal-entendidos, e críticas penetraram em suas relações e provocaram um esfriamento, nós lhe admoestamos fortemente a fazer seu melhor para restabelecer o relacionamento. Uma ligação telefônica, uma carta ou e-mail poderá ser o primeiro passo em direção à restauração de velhos laços. Pense nisto!
D. AS MEMÓRIAS DE CASA Ao vivermos cada dia, estamos formando memórias. Isto acontece quando os avós cristãos se sentam por horas com seus filhos e netos e conversam sobre seu lar e refletem sobre o passado. Quando estão juntos, quando riem, choram, e louvam a Deus pelo maravilhoso lar que Ele lhes deu. Inevitavelmente, alguém diz: "Lembra quando...?" Constantemente estamos formando memórias, e o processo desta formação determinará a maneira como vivemos. Nossas memórias farão nossa velhice feliz ou infeliz. Nossas memórias mais agradáveis deveriam estar na vida diária de um lar cristão, tanto as nossas, quanto de nossos filhos. As memór ias de casa deveriam inc luir as ref eições , oraçõe s, e jogo s que compartilhamos. As viagens que fizemos os animais que tivemos e a diversão e batalhas que travamos. Sempre houve conflitos, e deles também compartilhamos. Como família, formamos memórias a cada dia da semana, pois você nunca sabe quando será a última. A vida é tão incerta que nunca sabemos quando faremos nossa última refeição, última conversa, ou quando faremos o último passeio juntos. Nunca saia de manhã com um mal entendido, palavras feias ou amargas ou um silêncio malhumorado, pois estas coisas podem se cristalizar na memória para o resto da vida. A melhor defesa para o lar são aquelas sete palavras especiais que estão mencionadas lá atrás: "sinto muito", "me perdoe", e "eu te amo". "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15.1). Escola Ministerial
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Conta-se a historia de um jovem que tinha uma natureza dócil e gentil que saiu de casa para ir para o trabalho. Nem uma hora se passou e seu corpo foi levado para casa. O andaime sobre o qual ele trabalhava caiu e ele morreu. Uma de suas irmãs estava mais arrasada que as outras. Ela parecia ter uma tristeza peculiar. Ela dizia apenas: "eu não fui boa para ele nesta manhã". Memórias! Uma vez feitas, são eternas e não podem ser mudadas!
Os filhos também têm memórias Se você andar pelas grandes e pequenas cidades, e observar as grandes e pequenas multidões movendo-se para cima e para baixo nas ruas, entrando e saindo de grandes prédios, você observará que são pessoas correndo em todas as direções. No entanto, é bom lembrar que cada uma dessas pessoas carrega em seu coração e vida a impressão de um lar do qual vieram. Que tipo de memórias seus filhos terão de casa? Serão memórias de pais que amavam a Jesus Cristo e buscavam continuamente a Bíblia como direção para suas vidas? Serão memórias de conforto, inspiração, encorajamento e bênçãos, ou haverá memórias de amargura, sofrimento e maldição? Podemos encarar o assunto de frente, tendo certeza que os filhos que colocamos no mundo jamais escaparão das memórias e influência do lar. Se a infância no lar foi boa e doce, sua benção o acompanhará por toda a vida. "O pecado pode varrer a alma como fogo devastador; a tristeza pode apagar toda alegria e esperança;
mas a memória de um lar doce e abençoado vive como uma estrela solitária brilhando no profundo da noite. E mesmo em meio ao pecado, sua imagem flutua diante da mente como um sonho passageiro." Aqui está o testemunho de um homem: "Muitas vezes, à noite, me lembro de estar deitado na câmara superior antes do sono chegar. Um passo suave pisava no degrau, a porta se abria quase sem ruído, uma silhueta bem conhecida aparecia, atravessando com leveza a escuridão, chegando até minha cama. Primeiro, havia algumas boas perguntas de afeição, que gradualmente se tornavam em conselhos. Então, se ajoelhando com sua cabeça perto da minha, suas esperanças mais sinceras eram expressas em oração. Quão profundamente uma mãe pode desejar o bem para seu filho! Suas lágrimas falavam de seu sincero desejo. Ainda parece que sinto as lágrimas que caiam em minha face. Ao se levantar, com um beijo de boa noite, ela se ia". Uma memória como esta é o maior presente que um pai ou uma mãe pode deixar para seu filho. Será um farol para guardar contra a tentação e o pecado. Uma corrente dourada conduzindo a criança aos pés de Deus. Vale a pena preencher a vida de uma criança com memórias assim? Quão descuidados como pais podemos ser! Deus nos ajude e perdoe! Às vezes, a tristeza não é tratada apropriadamente. Quando um lar é cristão de verdade, a tristeza não apaga todas as luzes. Às vezes torna o lar mais terno e amoroso. Aproxima o lar de Deus. Uma tristeza santificada transfigura um lar, e traz mais de Deus para ele. Assim, muitas vezes, memórias tristes se transformam em laços mais ternos e firmes, que unem o lar e seus corações. Já quase concluindo esta parte, há ainda algumas coisas que jamais podemos esquecer. Temos que ter Cristo em nossos lares para que todas as nossas memórias sejam como deveriam ser. Deve haver um altar da família onde por um momento todo dia a família se reúna para ouvir a palavra de Deus e orarem juntos. Neste século XXI, estamos velozmente nos movendo mais rápido no mundo. Brevemente, tudo que vivemos não passará de memórias. A fundação mais forte que Escola Ministerial
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dará estabilidade, direção e propósito às nossas vidas é um lar cristão (I Coríntios 3.11-13).
Uma bela história é a de Mozart. Sua última composição musical foi seu Réquiem. Depois de dias de doença e trabalho infatigável, estava acabado. Sua bela filha Emily entrou no quarto justo na hora em que escrevia as últimas notas, e Mozart deu-lhe um manuscrito dizendo: "Minha bonita Emily, está tudo acabado; meu réquiem está acabado e eu também estou". "Não diga isto, querido papai," dizia a gentil Emily. "O senhor até parece mais forte hoje." "Eu nunca mais vou ficar bem de novo", respondeu o pai. "Mas aqui, Emily, sente-se ao piano e toque aquelas notas e cante-as com os hinos de sua santa mãe". Emily obedeceu, cantando com a voz enriquecida por uma terna emoção. Então, quando acabou, ela saiu do piano, esperando o sorriso de aprovação de seu pai; mas viu somente o olhar de paz em suas feições e o selo da morte. Ele tinha ido para casa ao som de seu próprio Réquiem. Aqui está algo muito importante: não haverá réquiem tão doce ao coração na última hora da vida terrena como o réquiem de memórias abençoadas e santas. A música do coração será mais doce que as canções dos anjos. Que Deus nos ajude a viver num lar tão agradável. Uma das maiores recompensas serão nossos filhos, netos, e gerações futuras que seguiram nosso exemplo, enquanto construímos um lar cristão onde Jesus Cristo era continuamente bem-vindo e sua preciosa palavra tenha sido nosso padrão e guia. Vamos tornar nosso lar um lugar onde estaremos "entesourando para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a verdadeira vida" (I Timóteo 6.19). Que a nossa vida como família dê demonstração viva destas verdades e princípios. E que sejamos a família que o Senhor planejou para que fôssemos. Lembrando que o lugar mais próximo do céu é o lar cristão!
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14ªA UL A
A CRIAÇÃO DOS FILHOS A. PARA QUE DEUS NOS DÁ FILHOS? Deus poderia ter feito uma multidão de seres humanos, mas fez apenas um homem e uma mulher. E os encarregou de gerarem uma raça. Entre as muitas razões, três são as mais importantes:
1. PARA NOS MOSTRAR O SEU FAVOR, (SALMO 127.3-5). Deus nos ama. Seu coração paterno desejava compartilhar conosco a linda experiência de criar filhos. Eles não nos são dados para nos sobrecarregar ou nos fazer sofrer inutilmente, mas para formar-nos à semelhança de Deus, o Pai Eterno. 2. PARA CRIÁ-LOS EM DEUS (Efésios 6.1-4; Colossenses 3.20-21). Devemos ter uma atitude de seriedade e fé diante do privilegio de criar filhos no Senhor. Temos apenas uns 18 ou 20 anos para completar em cada filho a etapa de formação. Não podemos perder nenhum desses anos. 3. PARA ENCAMINHARMOS A GERAÇÃO SEGUINTE NA VONTADE DE DEUS (GÊNESES 18.17-19; SALMO 128). O homem se projeta para o futuro através dos filhos e dos filhos de seus filhos. A maior obra que podemos fazer nesta vida é a de criar filhos para que honrem ao Senhor e abram caminho para a extensão de seu reino. Deus não intervém diretamente na criação de nossos filhos. Nós é que devemos assumir esta responsabilidade. Não podemos ignorá-la, porque um dia vamos ter que prestar contas do que fizermos nesta área. Deus manifestou a sua confiança em Abraão quanto a isto (Gêneses 18.17-19). Entretanto, revelou seu profundo desagrado com o sacerdote Eli por sua irresponsabilidade na disciplina e formação de seus filhos (I Samuel 2.12,27- 30; 3.11-13).
B. DETERMINANDO OBJETIVOS NA FORMAÇÃO DOS FILHOS "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele". (Provérbios 22.6). Esta tarefa não é fácil. Requer uma dedicação séria durante muitos anos. Mas Deus nos assegura a sua graça e sabedoria.
1. COMPREENDENDO A NATUREZA DA CRIANÇA (Provérbios 22.15; Salmo 51.5). Elas não se inclinam naturalmente para o bem. Por isso devemos ensiná-las, formá-las e discipliná-las. 2. As METAS IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA SÃO: Uma relação Pessoal com Deus — consciência de que é parte da família de Deus e devem se relacionar diretamente com ele.
A formação do caráter — capacidade para enfrentar as responsabilidades da vida, trabalho, casamento, sólida base moral, auto-disciplina, auto-estima, domínio próprio, controle sobre os sentimentos, gostos etc.
Formação social — clara consciência de sua identidade, capacidade de se relacionar
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com outros, de assumir compromissos, e sujeição às autoridades. Formação Física — hábitos alimentares e higiene.
C. QUAIS SÃO AS RESPONSABILIDADES DOS PAIS? Há quatro áreas específicas de responsabilidade dos pais, exemplo: instrução, disciplina e carinho. Tudo isto são expressões práticas do amor. Além de aceitarmos os filhos como eles são, com seu próprio sexo, virtudes e debilidades, cor dos cabelos e da pele e personalidade, devemos também considerar que são herança do Senhor. Temos, portanto a responsabilidade diante de Deus de criálos para a Sua glória. 1.
Exemplo
Os filhos aprendem tudo com o comportamento de seus pais. Ensinamos mais com o exemplo do que com palavras, ordens ou ameaças. O exemplo é a base fundamental para formação do caráter dos filhos. Eles procurarão imitar seus pais na linguagem e no que fazem. Não adianta cobrar ações de graça em toda e qualquer ocasião se os pais não agem assim. 2.
In s t r u ção (Provérbios 22.6)
Enquanto o exemplo é a base fundamental para a formação da vida dos filhos, a instrução direciona e ordena essa formação. Instruir significa: ensinar, doutrinar, formar, capacitar, comunicar. As crianças não aprendem somente por ver e imitar, elas necessitam ser instruídas na: honestidade, justiça, perdão, generosidade, respeito pelos outros, pudor e asseio, modéstia, diligência e etc. Também é responsabilidade dos pais incentivarem seus filhos a desenvolverem uma sensibilidade espiritual, docilidade e uma boa disposição diante de Deus.
Áreas que merece mais atenção dos pais:
Realizar trabalhos e cumprir ordens; Ajudar outras pessoas; Concentrar-se nos estudos. Resolver problemas e discórdias sociais. Formar amizades; Vencer a tentação; Desenvolver um sentido de dignidade moral; Usar bem o dinheiro e o tempo; Encontrar e permanecer no emprego; Desenvolver um bom comportamento com o sexo oposto; Descobrir sua vocação.
Os pais devem elogiar, felicitar e aprovar tudo aquilo que os filhos fazem de bem ou quando mostram interesse de acertar. Isto ajudará a firmar os valores positivos do caráter. Faz com que os filhos se sintam reconhecidos e apreciados reforçando a autoestima. Os filhos, por outro lado, devem conhecer os limites de sua liberdade. Isso se faz com pequenas regras de funcionamento da casa. Essas regras devem ser poucas e razoáveis, e se exigirá o cumprimento. Quanto aos adolescentes, é necessário explicar-lhes bem as coisas. Não é bom agir com uma atitude simplesmente impositiva. Quando se explica, isso ajuda na formação de critério e bom Escola Ministerial
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juízo, ainda que eles resistam diante de normas estabelecidas. Entretanto, apesar das boas e devidas instruções que os pais possam dar nada substitui o exemplo dos pais. Muitos não seguem este principio e acabam "apagando com o cotovelo o que escrevem com as mãos". 3. Discip lina
COLOSSENSES 3.20,21; PROVÉRBIOS 3.12; PROVÉRBIOS 13.24; PROVÉRBIOS 19.18; PROVÉRBIOS 20.30; PROVÉRBIOS 22.15; PROVÉRBIOS 23.13,14; PROVÉRBIOS 29.15. A relação de uma criança com Cristo prospera na medida em que obedece a seus pais. Jesus Cristo vive e trabalha na vida de um filho obediente. A obediência não é opcional nem se limita no que o filho considera justo. A obediência deve ser a tudo. A autoridade dos pais foi dada por Deus para formar e disciplinar os seus filhos e tem dele todo o respaldo. Os pais podem se enganar muitas vezes, mas, quando isso ocorrer, devem admitir logo seus erros. Ao admitir que estão errados, demonstram ser pessoas a quem Deus pode respaldar. Sua autoridade não vem do fato de estarem certos, mas sim do Deus de quem eles a receberam. 4 . O U s o d a V ar a
Os textos citados acima mencionam o termo ― vara‖ repetidamente. Isso sugere um castigo físico, que é praticado com um instrumento e uso exclusivo para representar correção e disciplina. Por exemplo: chinelo, cinto, varinha de madeira. O uso das mãos foge do princípio e dos objetivos. As mãos servem para acariciar, proteger e afagar. Também, a área adequada para aplicar a disciplina são as nádegas, por ser uma região carnosa e sem nenhum órgão vital. Disciplinar não é torturar, ferir ou espancar. É um ato de amor ordenando o futuro dos filhos.
5. Quando
usar a “Vara”
a. Quando houver uma rebelião clara, quando a criança não acata uma ordem ou por qualquer outra ofensa séria. b. Não se usa para faltas menores ou para corrigir erros nas crianças (como deixar cair coisas por descuido). c. Deve-se aplicar a disciplina sobriamente e sem ira. Os pais que disciplinam seus filhos irados, transmitem seus sentimentos negativos. d. É necessário acalmar-se antes de aplicar qualquer disciplina. A disciplina tem como objetivo corrigir a criança e não descarr egar sobre elas nossos desagrados. e. O objetivo principal na disciplina é ensinar os filhos a obedecerem a seus pais quando a eles se dirigem. É assim que Deus deseja: "filhos, obedecei a vossos pais..." f. As crianças sofrem muito quando seus pais não as disciplinam corretamente. A disciplina justa alivia o sofrimento e os libera do sentimento de culpa e do peso da consciência. Escola Ministerial
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g. O maior problema no ser humano é a rebelião contra a autoridade legítima. Os pais não devem permitir rebelião em seu lar. É responsabilidade dos pais livrar seus filhos de atitudes de rebelião.
D. ASPECTOS IMPORTANTES DA DISCIPLINA Deus estabeleceu os pais como responsáveis diretos pela conduta de seus filhos (Provérbios 4:1-9; I Samuel 3.13,14). O pai é a figura principal quanto à disciplina. Ainda que a mãe tenha que disciplinar, o filho deve saber que ela conta com o apoio de seu marido. Isto facilita a tarefa da mãe. Os pais têm que mostrar unanimidade na disciplina. A mulher deve ter o cuidado para não contradizer a seu marido, e o homem deve respaldar a sua esposa, especialmente na presença dos filhos. Os pais não devem proferir ameaças nem expressões de ódio. A disciplina deve ser administrada imediatamente após a ofensa ou desobediência... " Vis to não s e ex ec u ta lo g o a s en ten ça s o b re a m áo br a, o c o ração d o s f i l h o s d o s h o m e n s e s t ái n t e i r am e n t e d i s p o s t o a p r a t i c a r o m a l ."
(Eclesiastes 8.11)
A disciplina deve ser:
Com firmeza e decisão. Se prometer correção, cumpra! Sem ira ou amargura. Deixe a raiva passar, não aja segundo suas emoções. A correção deve ser proporcional à ofensa.
E. O QUE DEVE OCORRER ANTES E DEPOIS DA DISCIPLINA A disciplina correta tem como objetivo treinar, educar e corrigir. Esse processo deve incluir:
1. Explicação: Antes de receber a disciplina a criança precisa saber o porquê. Leve-a para um lugar reservado, só você e ela. Não a exponha publicamente. Explique porque ela será corrigida. Deixe claro que você a ama, por isso irá discipliná-la. 2. Castigo: Sem ira, deixe a raiva passar antes da correção. 3. Perdão: A criança deve saber que a partir da disciplina não há mais culpa pelo ocorrido, e que ela é amada pelos seus pais. Depois de alguns minutos da correção, vá até ela e ofereça consolo (verbalize o seu amor). A pessoa que corrigiu deve ser a que oferece consolo posteriormente. 4. Reconciliação ou Restituição: isso significa reparar ofensas, pedir perdão. Restituir coisas roubadas, voltar a amizades rompidas, etc.
F. PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS NO EXERCÍCIO DA DISCIPLINA 1. Condicionar a obediência à compreensão da criança: a criança não obedece, apenas concorda. Não há reconhecimento de autoridade, mas uma negociação. Escola Ministerial
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2. Ajudar na "obediência" para evitar confronto: dar uma ordem e auxiliar na execução quando a criança oferece resistência. Quando isto se torna um hábito (vicio) doméstico, provoca sérios vexames em ambientes estranhos ou públicos. 3. Achar desculpas e justificativas para as manias: Ex.: "É o gênio". "são os dentes nascendo", "está com sono", etc. Nada disso justifica a rebeldia. A criança, mesmo indisposta, pode e deve obedecer aos pais em tudo e prontamente. 4. Diferenciar ordens (mais ou menos importantes): ordens são ordens e devem ser obedecidas prontamente, quaisquer que sejam. Estabelecendo-se diferenças, confunde-se a cri ança. Ela não entende por que há mais severidade para umas ordens do que para outras. Ela só sabe que às vezes, exige-se obediência e outras não. Exemplos: 1 — "Não toque na tesoura" x "Vá escovar os dentes"; e.— "Não suba na janela" (quarto andar) x "Não toque na televisão. 5. Deixar-se manipular: "Só essa vez", -ó mãe, me perdoe", "eu prometo que não faço mais", "estou tão cansado". "você nunca me deu isto ou aquilo", etc. 6. Deixar-se levar pela desculpa da memória, desobediência cor-de-rosa: "oh! esqueci'. A vara é um bom remédio para a memória! 7. Compensação por sentimento de culpa: os pais se sentem culpados por não poderem atender algumas necessidades e desejos, ou até caprichos dos filhos, por não terem recursos, e querem compensar tornando -se muito tolerantes. 8. Não exigir obediência total, irrestrita e imediata: não entender ou não concordar com Deus quanto à autoridade delegada aos pais. A base da relação pais x filhos é a autoridade. Pais inseguros apelidam frouxidão de "amor" ou compreensão. 9. Não exigir obediência na ausência dos pais: "você não é meu pai nem minha mãe". Filhos desaforados e desrespeitosos para com os mais velhos e adultos em geral. 10. Contentar-se com uma obediência circunstancial: Não buscar uma disposição de submissão nos filhos nem levá-los a ter uma cerviz dobrada. Quem acha muita explicação para os erros dos filhos, também achará para os seus, diante de Deus. 11. Não entender que a disciplina é corretiva e formativa, e não punitiva: As Escrituras dizem: "vara da disciplina" — o castigo imposto pela vara, ao contrário de tentar punir, visa, antes, corrigir defeitos e formar o caráter da criança. 12. Falta de perseverança: hoje disciplina, amanhã não, ainda que pelo mesmo motivo. Isto confunde a criança. 13. Papai "Esquecido": sempre esquece as advertências que fez e volta a advertir. Ridiculariza-se a si mesmo e aos filhos. 14. Papai "Gamaliel" é o super-mestre: sempre explica muito e não age nunca. Esquece que é a vara e não o sermão que afasta a estultícia do coração da criança. 15. Papai "Eli" é o super espiritual: quer transmitir uma imagem forte do "Papai do Céu", sendo ele próprio um molenga. Os filhos não aprenderão a temer o Papai do Céu" se não aprenderem a obedecer ao "papai da casa" (Êxodo 32.21,25 x Gêneses 18.19). O Deus de Abraão ficou conhecido, depois dele, como "O temor de Isaque". 16. Papai "Fariseu" exige tudo e não faz nada. Os filhos não são estimulados e desafiados pelo exemplo, além de perderem o respeito pelos pais diante da hipocrisia destes.
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G. CARINHO Ser o exemplo, dar instrução e disciplinar, são expressões de amor que muitas vezes não são compreendidas ou consideradas como tal. Nossos filhos têm sentimentos e carências afetivas. É necessário que se some muito carinho a todas essas ações.
CARINHO é o mesmo que afeto, meiguice, docilidade, atenção e cuidado. São maneiras de tratamento que expressam sensibilidade para com aqueles a quem amamos. Nossos filhos sabem quando somos sensíveis a eles e às suas necessidades.
Existem algumas maneiras de se demonstrar isso: 1.
Expressão Verbal. Esta é a mais simples de todas, mas não menos importante. Dizer aos
nossos filhos que os amamos é o mínimo que podemos fazer. Expressões como: "Eu amo você", "você é muito importante para mim", “sou grato a Deus por tua vida”, "você é um presente de Deus para nós", são simples, mas produzem um resultado maravilhoso.Todos nos gostamos de saber que somos amados. Os que têm telefone devem ligar especialmente para os filhos, mandando-lhes cartões e presentinhos significativos. Apesar de todas as parafernálias do mundo virtual, eles certamente adorarão receber algo do seu próprio punho. Gestos carinhosos As palavras muitas vezes não conseguem expressar tudo. São precisos gestos! Um afago, uma carícia, passar a mão pela cabeça, segurar as mãos com carinho, beijar, carregar nos braços, carregar nas costas, rolar pelo chão, correr juntos, brincar de pega-pega e esconde-esconde, podem ser expressões mais fortes que as palavras. Juntas, produzem uma revolução de amor. 2. Presentes Criativos. Nesta época em que o consumismo e a moda nos levam a comprar brinquedos industrializados, diminuiu muito a criatividade dos pais. Presentes criativos, feitos pelos próprios pais (carrinhos de sucata, pipas, barracas, aviões, cavalinhos, etc...) têm um valor muito maior. As crianças são sensíveis a isso.Também é necessário que os pais saibam ensinar o valor de cada presente. Eles devem ter um significado pessoal. Hoje em dia se dá presentes em épocas determinadas e não por significados pessoais. Temos que presentear nossos filhos com coisas simples, porém significativas. Cuidado para não trocar CARINHO POR PRESENTES CAROS. O carinho é insubstituível! 3. Valorizar Suas Idéias e Coisas. Ouvir os filhos: suas idéias e ideais. Interessar-se pelo que eles se interessam. Buscar suas opiniões e sugestões. Dar oportunidade para que eles se expressem e participem das decisões. Tudo isso são formas de dizer: "O que vocês são e dizem são importantes para nós". Respeitando seus gostos e desejos, e levando-os a alcançarem seus alvos, ajudaremos na formação da autoestima deles. Nossos filhos precisam saber que são capazes e aceitos, respeitados como indivíduos. AMAR = EXEMPLO + INSTRUÇÃO + DISCIPLINA + CARINHO
MEDITAÇÃO E ESTUDO 1 . Até que ponto Deus responsabiliza os pais pela próxima geração? 2. Que diferença as Escrituras assinalam entre a formação dos filhos de Abarão e dos filhos do sacerdote Eli? 3. Com respeito à natureza humana que está toda torcida, o que nos ensina a própria experiência como pais? 4. Converse sobre a importância de cada uma das áreas que merecem m ais atenção dos pais. 5. Compartilhe experiências pessoais no exercício da responsabilidade dos pais. Anote os erros cometidos e as lições aprendidas.
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RELACIONAMENTO COM FILHOS ADOLESCENTES A adolescência é uma etapa de muitas mudanças, tanto no corpo como na mente. É nessa época que o jovem começa a descobrir a sua independência. Isto demonstra seu progresso rumo à maturidade. Mas, nessa época, começam os conflitos de rebelião contra todo tipo de autoridade, sobretudo a dos pais. Salomão aconselha os pais de adolescentes que orientem a seus filhos sobre a vaidade da adolescência e juventude. Para que cuidem do coração e dos olhos, pois deverão prestar contas a Deus acerca das decisões que tomam. Também sobre as conseqüências que essas decisões acarretam. Aconselha aos jovens para que lembrem- se de Deus na juventude, ao invés de desenvolver a vida em vaidade (Eclesiastes 11.9 e 1 2.1).
A. COMO É A ADOLESCÊNCIA? Dos 12 aos 16 anos, o adolescente começa a descobrir a sua própria identidade. Adquire uma consciência de si mesmo e do sexo oposto. Tem noção das diferenças sociais. As amizades são m ais duradouras. Valorizam a lealdade e a confiabilidade. Há um maior desenvolvimento da independência. Os filhos desta idade precisam estabilidade em seu lar e muita paciência e compreensão por parte de seus pais. A partir dos 17 anos, o jovem continua debaixo do cuidado paternal, mas leva uma vida mais independente. Estes podem ser anos de grande companheirismo com os pais, ou de maior distanciamento. Os pais têm que saber "soltar as rédeas" aos poucos e confiar na formação que deu a seus filhos durante os anos anteriores. Esta etapa pode ser de profunda relação com Deus, mas, justamente por ser assim, deve ser orientada pelos pais. É indispensável, nessa fase, haver uma boa comunicação entre pais e filhos. É um tempo de idealismo, ilusões, sonhos e fantasias. O jovem precisa de modelos dignos, e com alvos definidos para a vida. É um tempo para fixar metas, estabelecer relações e determinar o nível de compromisso onde irá desenvolver sua vida:
B. METAS A SEREM ESTABELECIDAS Os pais devem levar seus filhos a:
1. NO LAR. Assumir responsabilidade pessoal quanto ao uso do tempo, nas tarefas domésticas, no cuidado e conservação da propriedade familiar. bem com o des envol ver bons hábitos e estabelecer uma forma correta de relacionamento com os demais membros da família. 2. NA ESCOLA. Dedicar-se aos estudos, fazendo o melhor possível para aprender a controlarse e vencer o desânimo que leva muitos a abandonar os estudos. Ter em mente que está se preparando para o futuro. Escola Ministerial
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3.
NO TRABALHO. Aprender a cuidar dos interesses do patrão e que seja diligente, esforçado e cumpridor, bem como a ser pontual, honesto, disposto e manter uma atitude correta para com os colegas de trabalho.
4.
identificando- se NA IGREJA. Aprender a respeitar os líderes e os demais irmãos, claramente com eles. Participar de todos os eventos e cooperar com o avanço do Reino de Deus. E, acima de tudo, criar uma profunda relação com Deus.
5
NA SOCIEDADE. Respeitar as autoridades e as leis e cultivar uma boa atitude para com elas. Escolher suas amizades com cuidado.
C. DISCIPLINA DOS FILHOS ADOLESCENTES Um dos piores sentimentos que um adolescente pode sentir é a culpa causada pela desobediência. Isto é produzido pela ação do Espírito Santo (João 16.8). A culpa produz dor na alma, mas a disciplina e o castigo irão libertá-lo dela. Por esta razão, o adolescente espera e necessita ser disciplinado quando desobedece. Faz parte da ordem de Deus na formação dos filhos. A disciplina e o castigo educam e reforçam a vontade. Ajudam o jovem a afirmar sua consciência e a atuar com resolução diante das pressões e influências externas. São duas as influências sobre os adolescentes: o satânico (todas as formas mundanas de pressão) e o divino. Diante delas, ele terá que decidir. " O temor do Senh or éo p rincipio da sabedoria"
(Salmo 11 10)
Os filhos devem saber que a desobediência sempre será castigada segundo o que Deus determinou. Se os filhos não forem disciplinados, Deus disciplinará os pais (I Samuel 3.13-14).
O USO DA VARA. Este é o método estabelecido pelo Senhor. Até uma determinada idade é plenamente eficaz e suficiente, podendo ser usada em casos graves ou repetitivos. Entretanto, com filhos que nunca foram disciplinados anteriormente, as opções abaixo são mais adequadas. Deve-se, no entanto, buscar orientações dos mais experientes.
ADMOESTAÇÃO VERBAL SOMENTE. Não é gritar ou "jogar na cara" o erro do adolescente. Mas levá-lo a entender a gravidade do seu erro. Pode ser um sólido conselho até uma dura repreensão. Apele para a razão e para a sua própria autoestima. ADMOESTAÇÃO COM PRIVAÇÃO DE ALGO QUE LHE AGRADE tem como objetivo provocar dor. A privação deve estar relacionada com o mal que o filho tenha cometido. CUIDADO: Não cortar algo que envolva sua formação intelectual ou espiritual (ex.: proibir de ir ao colégio ou de ir aos compromissos da igreja). Bem como não obrigar a fazer um trabalho para não incutir que trabalho é castigo.
D. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS DEPENDER DO ESPÍRITO SANTO EM TUDO (João 16.13). BUSCAR DE DEUS SABEDORIA (Tiago 1.5-6). É importante anotar que um filho sábio será, em grande parte, resultado de ter tido um pai e/ou uma mãe sábia. "PRODUZIR UM FILHO PRUDENTE E SÁBIO VALE MIL VEZES Escola Ministerial
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MAI S QUE UM FIL HO SIMP LESM ENTE DÓCI L PO R ES TAR SUBJUGADO PELA FORÇA PATERNA" (Keith Bentson). NUNCA PERDER A COMUNICAÇÃO COM OS FILHOS. Falar a verdade em amor (Efésios 4.25). Conversar com eles. Deve-se escutar os filhos com calma, atenção e compreensão e juntos buscarem as soluções. Responda sempre a todas as perguntas sem meias verdades. Sendo sempre sinceros para que eles aprendam a sinceridade. AMIZADE SINCERA. Serem realmente amigos dos filhos. A comunicação, a educação e o relacionamento serão bem mais proveitosos dentro de uma amizade sincera. RESPEITAR SEMPRE AS ÁREAS MAIS SENSÍVEIS DO ADOLESCENTE:
Sua Aparência. Animá-los constantemente, pois todos já passaram por isso. Mas, cuidado, não usar de falsos elogios. Seus Gostos e Opiniões (roupas, modas, comportamento), nada se refere a pecado ou aparência do mal, só gostos e opiniões.
ELOGIAR SEMPRE, CRITICAR SÓ QUANDO REALMENTE FOR INDISPENSÁVEL. Quando os filhos atuarem bem, deve-se elogiar e estimulá-los. Felicitá-los por seu esforço e pelos seus resultados alcançados. Isso os animará a prosseguirem. SER FIEL AOS FILHOS. Em se tratando de adolescentes ainda mais. Não se deve contar o que foi revelado no íntimo. É importante não expor a intimidade, os sentimentos, as paixões e opiniões, só quando permitido por eles.
COLOCAR ALVOS E METAS (Salmo 127.3-5). Como os adolescentes estão muito preocupados em viver o presente, em sentirem-se participantes, não sabem colocar metas de longo prazo. Isto cabe aos pais. É necessário tratá-los em áreas específicas da sua vida: no lar, na escola, na Igreja e na vida social. Deve-se tratar uma área de cada vez. COLOCAR DESAFIOS: Mostrar diversas profissões, diversas atividades, prepará-los para a vida. Eles são com o fle chas nas mãos d os guerr eiros (pais ). A responsabilidade de dar a direção é dos pais e não deles. Todavia sempre respeitando seus gostos. Desafiem os adolescentes para:
Pregação da palavra;
Ser e fazer discípulos na escola:
A influenciar a outros e não serem influenciados;
Boas músicas;
Boas leituras.
SER EXEMPLO de conduta para os filhos. Eles tendem a ser como seus pais mesmo quando resistem a eles. APLICAR A DISCIPLINA COM FIRMEZA e de forma razoável, mesmo que ameacem sair do lar. Os pais não podem permitir que a rebelião destrua a integridade do lar. Se admitir a atitude rebelde do filho em casa, perderá o controle e a autoridade. CONFIAR EM DEUS. O Senhor é fiel. Escola Ministerial
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Conclusão A criação dos filhos implica numa enorme responsabilidade. Muitas vezes vai além da capacidade natural dos pais para fazê-la. Mas, se esta tarefa é aceita com fé e na dependência de Deus, encontraremos graça do Senhor para realizá-la. Sempre deve ser lembrado que criar filhos é para Deus. Criá-los para que sejam participantes responsáveis em sua grande família. Assim, os pais desempenharão sua tarefa com eficiência e fé, contando com a presença e bênção do Senhor.
MEDITAÇÃO E ESTUDO 1. Que elementos importantes ajudam o jovem a descobrir sua própria identidade? 2. Que medidas práticas e efetivas devem tomar os pais para aplicar a disciplina? 3. O que os pais devem fazer quando tomam consciência que se equivocaram no trato com seus filhos adolescentes? 4. O que os pais podem fazer para promover em seus filhos adolescentes um maior interesse nas coisas de Deus?
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COMPORTAMENTO DOS FILHOS A Bíblia tem instruções para todas as áreas da vida familiar. Instrui aos pais como devem se comportar com seus filhos, e aos filhos como obedecer aos pais. Neste capítulo vamos considerar o que Deus espera dos filhos em relação aos seus pais (Provérbios 10.1: 15.20; 17.25). O jovem tem duas atitudes para obedecer aos pais: ou por princípio e amor, ou por necessidade. A atitude correta nasce do conhecimento de Deus e da direção do Espírito Santo. Por outro lado, a atitude de necessidade leva o jovem a desprezar os conselhos dos pais e se rebelar contra sua autoridade. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo acerca desse tema e disse que nos últimos dias o diabo induziria os filhos à desobediência aos pais (I Timóteo 3.2). Hoje é comum essa franca rebeldia às autoridades. A maneira como os jovens pensam e atuam tem muito a ver com a influência deste mundo. Mas Deus quer reverter essa situação na vida familiar de Seu povo. Os jovens devem conhecer seu papel como filho dentro do propósito de Deus para a família.
A. DIREITOS E PRIVILÉGIOS Enquanto o filho estiver debaixo do cuidado paterno, ele desfrutará de benefícios e privilégios. Al guns são obri gatórios, ou seja, se us pais não podem deixar de providenciar. Outros, entretanto, são outorgados aos filhos por uma atitude de amor, carinho e graça dos pais. Na verdade, os filhos recebem muito mais do que realmente necessitam. Entretanto, muitos filhos não sabem reconhecer a diferença que existe nisso. Os pais têm a obrigação de prover alimento, roupa, educação e residência enquanto os filhos não possam conseguir isso por si mesmos. Tudo o que vai além disso, é privilégio. Seria muito bom que os filhos sustentados por seus pais depois dos 18 anos de idade, e ajudados a cursar universidade ou qualquer outro curso, soubessem reconhecer e agradecerlhes pelo favor recebido. Quando isso ocorre, traz grande alegria e satisfação aos pais. Esta é uma atitude sábia: reconhecer e valorizar os benefícios recebidos dos pais quer sejam por direito ou por privilégio.
B. RESPONSABILIDADES 2.
Ob ed iên c ia e Su b m is s ão (Efésios 6.1: Colossenses 3.20; Levítico 19.3)
A obediência aos pais não é opcional, porque é um mandamento do Senhor. Deve haver submissão voluntária. SUBMISSÃO é um ato da própria vontade através da qual nos sujeitamos ao governo de outra pessoa. Não é humilhação nem rebaixamento. Não é uma desvalorização própria, mas sim o reconhecimento da autoridade de alguém, considerando uma maior capacidade para conduzir ou guiar sua vida. Naturalmente, a sabedoria e experiência dos pais é superior a dos filhos. Deus declara que é justo os filhos obedecerem a seus pais (Efésios 6.1), e por isso é agradável a Ele (Colossenses 3.20). Jesus, quando jovem, foi obediente e submisso aos pais. Ele é o nosso Escola Ministerial
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exemplo (Lucas 2.51). A rebeldia e insubmissão tem origem no coração de Satanás, portanto, nada de bom pode produzir. Diante de Deus, a rebeldia é uma falta grave porque conduz a uma degradação do caminho e leva o jovem a uma vida de pecado. (Dt 21.18-21). 3.
H o n r a e R e s p e i t o (Efésios 6.2.3,- Êxodo 20.12)
A vontade de Deus é que os fi lhos tenham uma alta estima pela sabedori a e experiência de seus pais. Devem considerar que a sabedoria não se adquire na escola, mas sim num longo aprendizado da vida. A experiência de errar e acertar, meditar e avaliar, ganhar e perder vão formando uma base para conduzir outros na vida. Quando os filhos apreciam seus pais, é fácil respeitá-los e honrá-los. O respeito brota de uma atitude interior de reconhecimento e apreço pela função dos pais. Esse respeito se manifesta pelo trato cordial, amável, cuidadoso. O contrário, ou seja, faltar de respeito se manifesta por gestos e palavrões, prepotência, altivez e desprezo. Isto é muito comum no mundo. Ao se converter, o jovem terá que aprender como tratar seus pais. Será como que remar contra a correnteza deste mundo e não se deixar influenciar pelos exemplos negativos tão abundantes hoje em dia. Muitos pais, quando atingem uma idade avançada, são abandonados e considerados como algo pesado. Sobretudo quando ficam enfermos e precisam de cuidados especiais. São deixados de lado, ignorados e muitos são levados aos asilos para que morram. Isso é fruto da rebelião e do menosprezo. Honrar os pais é o primeiro mandamento com promessa. Quem o fizer pode ter a segurança de que será próspero e terá longa vida. (I Timóteo 5.4,8; Levítico 19.32). Honrar é um ato de amor, por exemplo: dizer a eles o quanto são importantes, falar deles a outros, presenteá-los fora das datas especiais, passar tempo com eles e conversar sobre o que eles gostam, etc. 3 . A m o r e A m i z ad e
É preciso desenvolver um relacionamento afetuoso entre pais e filhos, expressando o amor em gestos e palavras. É bom para um pai receber expressões de amor por parte de um filho. Muitas vezes os filhos deixam passar oportunidades para demonstrarem seu afeto e carinho. Uma palavra, uma flor, um beijo, um gesto, um cartãozinho, um chocolate, são meios sensíveis de transmitir amor, gratidão e apreço. Para que se crie amizade, é necessário que os filhos se determinem a se aproximarem de seus pais. Criem situações em que possam estar juntos para desenvolver companheirismo e amizade. O tempo do jovem em casa é muito curto. Portanto, o jovem discípulo deve aproveitar esses anos da juventude para firmar bem a sua amizade com seus pais. 4.
OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS 4.1. Nas Tar efa s D o m é st ic as . Desde pequenos, os filhos são orientados a assumirem obrigações específicas. Por isso, é necessário que os filhos atentem para as orientações dos pais e façam exatamente o que eles pedem. Com o tempo, essas obrigações devem
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passar a ser mais voluntárias.É agradável aos pais que os filhos façam mais do que se espera deles. Não só a deixar o quarto arrumado como também ajudar no trabalho da mãe. Há muitas maneiras de fazê-lo, como por exemplo: ajudar a lavar a roupa, limpar a casa, fazer compras, e até mesmo ajudar na cozinha. Numa emergência em que ela não possa fazê-lo, os filhos não sentirão dificuldade em substituí-Ia.O importante é que assumam essas obrigações com responsabilidade e atenção. Devem saber que não estão fazendo isso por favor a sua mãe ou pai, mas sim por terem a responsabilidade de compartilhar do trabalho doméstico.Quando os filhos são pequenos, a mãe faz tudo. Mas é uma injustiça permitir que ela continue a fazer tudo. Os filhos podem e devem assumir a responsabilidade de tarefas comuns no lar.Todo trabalho deve ser realizado com esmero, dedicação e da melhor forma possível, não razoavelmente. É nesta etapa da vida que se adquirem hábitos de trabalho. Quem se acomoda com desorganização e desordem, se acostuma a este estilo de vida e depois é difícil mudar. Em tudo se deve buscar a excelência. 4.2. Nos Estudos. O estudo é o trabalho fundamental dos filhos, portanto devem fazê-lo com esmero. Devem dedicar tempo e esforço suficientes não para concluir estágios, mas sim para aprender bem a matéria.A linha de pensamento corrente entre a maioria dos jovens é fazer o mínimo necessário para passar de ano. Isso é mediocridade. O jovem deve se esforçar para atingir o máximo de sua capacidade e extrair tudo o que for possível do conhecimento.É preciso que todo jovem se capacite intelectualmente e em trabalhos manuais, a fim de ser apto para desempenhar qualquer atividade diante de qualquer necessidade. 4.3. No Trabalho. Muito embora alguns jovens fiquem debaixo do cuidado dos pais até terminarem seus estudos, é necessário que os rapazes e as moças comecem a trabalhar desde cedo. Ainda que sejam algumas horas por dia e que aprendam a ganhar algum sustento. Se conseguirem suprir seus próprios gastos, será de grande ajuda aos pais e trarão um sentido de dignidade e autoestima. O trabalho traz maturidade. D.
A RELAÇÃ O ENTRE OS IRMÃ OS
A boa relação entre os irmãos é uma das maiores riquezas que a família pode ter. Fortalecem os laços familiares e desenvolve vínculos de amizade que perduram por toda a vida. Por isso é importante que os irmãos procurem conviver onde o bom trato seja a nota dominante. Há atitudes e condutas que contribuem para isso:
1. O que Destrói A indiferença e o isolamento são atitudes que dificultam o bom relacionamento. Quando alguém se fecha em si mesmo, automaticamente deixa outros de fora. Fora de seus pensamentos, de seus interesses e de suas emoções. Quem se isola não pode compartilhar nem as alegrias nem as tristezas de seu semelhante. O resultado é que se torna egocêntrico e individualista. Deus nos tem chamado para vivermos em família e com necessidades da presença, contato e afeto dos demais. O isolamento obedece às maquinações de Satanás cujo objetivo é a destruição da família. Deus quer restaurar nossa sensibilidade para com o outro. Assim, é preciso quebrar a barreira da indiferença e sair ao seu encontro. Devemos fugir das pelejas, dos gritos e ofensas. Essas coisas provocam o ressentimento nas relações. Precisamos evitar a todo custo às divisões dentro da família (Tiago 3.2-10). 2. O qu e Edifica O tratamento afetuoso ao expressarmos o amor que sentimos uns pelos outros. Também depende de como damos lugar ao companheirismo e a comunhão espiritual. A presença do Senhor em nossos relacionamentos produzirá mudança, profundidade e enriquecimento dessa relação. Assim se cria um ambiente onde pode ser praticado o perdão e a restauração de comunhão, caso ocorra algum conflito. Escola Ministerial
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Os irmãos devem ser amigos e ajudarem-se mutuamente. Devem demonstrar o genuíno interesse um pelo outro e jamais trair ou defraudar a confiança.
E. RELAÇÃO COM PAIS INCRÉDULOS Dentro deste aspecto destacamos dois pontos básicos: 1. A Su jeição . A sujeição que o filho deve a seus pais incrédulos é a mesma daquele que tem pai convertido. A única exceção é quando o pai ou a mãe exige que seus filhos pratiquem aquilo que vá contra as orientações de Deus. Nesse caso é importante consultar seus líderes e avaliar se realmente a exigência dos pais está ou não contra a palavra de Deus.Muitos jovens tomam essa exceção com a atitude de não serem obedientes naquilo em que devem ser. Por isso é necessário que os irmãos que o aconselham sejam maduros e responsáveis. 2. O T e s t e m u n h o . Os pais recebem um maior impacto pela vida transformada de seus filhos do que por suas palavras. Por isso é importante que o filho viva de conformidade e obediência a cada palavra do Evangelho do Reino. Uma vida santa, sensível, comprometida e humilde é a maior pregação que um pai incrédulo pode receber. _________________________________________________________________
MEDITAÇÃO E ESTUDO
1. Quais são as coisas que um pai está obrigado a prover? Que atitude um filho deve mostrar ao receber mais do que isso? 2. Como se define a submissão e obediência que os filhos devem a seus pais? 3. Que significa honrar aos pais? Por que Deus exige isso de todos os filhos? 4. Como criar a amizade e uma relação mais afetuosa entre pais e filhos? O que os filhos podem fazer? O que os pais podem fazer? 5. Quais são as atitudes que os filhos devem desenvolver para o trabalho e o estudo? Enumere algumas medidas práticas para melhorar uma má atitude.
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17ªA UL A
A PRESENÇA DE CRISTO NO LAR Um lar cristão é o lugar onde a presença de Cristo é a característica mais forte e a principal atração. Cada membro da família tem consciência de Sua presença governo e orientação. Tudo o que falamos nos capítulos anteriores são importantes para colocar em ordem a família, mas não é o suficiente. O que faz com que a família seja dinâmica, vital e espiritual é a presença de Cristo agindo em nosso interior, transformando-nos à sua semelhança. " Se o Senh or n ão ed ificar a c asa, em vão tr abalh am o s q ue a edifi cam ; se o Senh or não gu ardar a cid ade, em vão v igia a sen tinela" .
(Salmo 127 1)
Tal como expressa o salmista, sem a presença de Cristo no lar, todas as ações, aspirações e esperanças se frustram. Como podemos ter a presença de Deus no lar diariamente? Qual é a nossa responsabilidade para que isso ocorra?
1. Os Pais São Os Sacerdotes Do Lar Antes de Deus estabelecer uma ordem sacerdotal em Israel, os pais atuavam como sacerdotes de seu lar. Notemos alguns exemplos:
Noé (Gêneses 8.20-22); Abraão (Gêneses 12.7,8; 13.4,18; 15.1-8; 17.1-22; 18.20-33); Jó (Jó 1.5). A função específica do sacerdote é vincular Deus com os homens. Os pais (marido e m ulher) têm uma responsabili dade sacerdot al di ante de seus filhos. Deus os comissionou para formá-los e criá-los, a fim de que sejam integrados na grande família de Deus. Também devem interceder por eles diante do Senhor, comunicar as instruções da parte de Deus, ser o exemplo de conduta e orientar a respeito do culto que devemos prestar ao Senhor.
Todo esse ministério se fundamenta na pessoa e obra de Jesus Cristo, a quem os pais se sujeitam e em nome de quem ministram (Gêneses 18.17-19; Efésios 6.4; Números 30; Lucas 2.21-38).
2. JESUS CRISTO: Uma Realidade Gloriosa na Vida Familiar Esta realidade se alcança quando a presença de Cristo é notória na vida dos pais. Entretanto, Deus quer se revelar de uma f orma pessoal e íntima a cada membro da família. As crianças têm uma grande capacidade para perceber a presença de Deus, crer e confiar nele. Encontram-se nas escrituras muitos exemplos disso: a) Samuel conheceu a Deus quando pequeno (I Samuel 3); b) Davi foi testemunha da presença de Deus em sua infância (Salmo 22.9,10); c) Timóteo foi instruído na fé e no conhecimento de Deus por sua mãe e avó desde a infância (II Timóteo 3.15); Escola Ministerial
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d) Jesus exorta para não subestimar a fé de uma criança (Mateus 18.6). O Senhor usa as orações e os testemunhos (especialmente dos pais) para conduzir outros membros da família à fé (Ver o caso da mulher samaritana — João 4.39-42). Observar alguns casos bíblicos em que a fé dos pais envolveu o resto da família:
Josué (Josué 24.15); Cornélio (Atos 11.12-15); Lídia (Atos 16.14,15); Carcereiro de Filipos (Atos 16.30-34).
Existem dois indicadores claros na vida familiar que evidenciam a presença de Cristo: 1. O bom uso do tempo. Dedicar-se diariamente para orar, ler e meditar na palavra, conversar com a família sobre os interesses do Senhor e o discipulado, indica que a família reconhece a gloriosa presença de Cristo. 2. O bom uso do dinheiro e de todos os bens materiais da família mostra que ela reconhece Deus como o provedor e dono de tudo. A generosidade é a maior evidência disso. Todos devem ser ensinados quanto a ser generosos e a repartir com outros suas necessidades. Os filhos imitam naturalmente os seus pais. Por isso devem eles ser o exemplo prático de tudo o que Deus espera deles. 3. Como
Apresentar Jesus Cristo a Nossos Filhos. É imprescindível viver diante de
nossos filhos em total integridade, buscando a presença e direção do Senhor em toda situação. Seja em momentos de tensão ou tranqüilidade, de alegria ou dificuldade, tanto nas boas como nas más. Há certos elementos que devem ser levados em conta: 3.1. Nosso Exem plo - Gênesis 18.17-19. O fundamento do sacerdócio dos pais é o amor e a devoção a Deus. Se os pais querem que seus filhos amem a Deus e o sigam, devem antes dar o exemplo. Esse amor e devoção estão expressos numa vida de oração e dependência de Deus. Sua fé será conhecida pela maneira como vive. Caso contrário, será notória a hipocrisia. 3.2. A Palavra de Deus - Deuteronômio 6.6-9; 11.1,19-21; Josué 1.8. Na medida em que os filhos crescem, devemos comunicar-lhes a palavra de Deus. Eles devem amá-la, obedecê-la com reverência e apreciá-la como o maior valor que eles possuem. Para isso, deve-se usar tudo o que for possível: ler e contar histórias das sagradas escrituras para os filhos, fazer referências a ela, cantar porções da palavra, memorizar e citar textos. 3.3. Rep res ent ações Sim bóli cas - Josué 4.20-24. Os quadros, fotos, textos, mapas, desenhos e demais expressões gráficas que adornam a casa, e especialmente o quarto dos filhos, exercem muita influência sobre seus pensamentos e desenvolvimento espiritual. 3.4. Músi ca - Colossenses 3.16. É extraordinária a influência que a música exerce sobre o ser humano! O Senhor deseja que seus filhos O louvem e o adorem com cânticos e hinos espirituais. Cantar a palavra é uma forma não só de louvar, mas de memorizar e proclamar as verdades do Senhor. Por isso é bom que o papai e a mamãe cantem para seus filhos desde o nascimento e que essa prática sempre esteja presente na vida da família. 3.5. No s s a B ên ção - Marcos 10.13-16. A imposição de mãos e a oração abençoam, protegem, liberam, acalmam e saram a nossos filhos. Em virtude da autoridade paterna (e materna) e do nome do Senhor Jesus Cristo invocado sobre eles, a família é abençoada. É uma viva e poderosa expressão de nosso sacerdócio como pais. 4.
Discipulado da Família Longe de tornar algo mecânico e frio, o discipulado da família é uma oportunidade gr andiosa
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de poder demonstrar a presença de Jesus no lar. Dentre muitas coisas, sugerem-se algumas que podem fazer parte desse ministério sacerdotal na família.
A. LEITURA DA PALAVRA. Buscando sempre aplicar a palavra ao momento em que vive a família, quer seja de alegria ou de tristeza, de prosperidade ou de dificuldade, dificuldade, etc. E que seja sempre sempre inspirativo, inspirativo, ou seja, apli cado com fé f é e ardor. Nunca como algo enfadonho. Para as crianças pequenas, sugere-se a leitura própria para a idade, i dade, com figuras figuras e ilustraç ilustrações. ões. B. MEMORIZAÇÃO DE TEXTOS BÍBLICOS . O melhor é acompanhar o que a igreja já pratica, usando a catequese c atequese das apostilas. Entretanto, textos que estejam estejam relac relaciona ionados dos à vida familiar também também podem ser repetidos e memorizados. memor izados. C. TESTEMUNHOS E TRANSPARÊNCIA . Este é algo bom de se fazer. Abre-se um espaço para comunhão onde todos podem se inteirar das necessidades uns dos out ros e podem cooper ar em c onselhos onse lhos e suge sugest stõe ões. s. D. ORAÇÃO. Este é um bom momento para ensinar pelo exemplo. Orações com objetivos específicos ajudam a ordenar a vida de oração. Que a família tenha uma lista comum de oração e que todos orem. É uma boa oportunidade para ensinar sobre ter fé e depender de Deus. 5.
Testemunho do Lar: Uma Luz Entre os Vizinhos
A presença de Jesus Cristo na na vida cotidiana da família é o melhor testemunho testemunho que se pode dar do lar. Esta característica se constitui numa grande atração para os vizinhos que, ao verem a vida que levam, desejarão conhecer o Senhor da família. A presença de Jesus na família faz a diferença entre o amor e a discórdia, entre a obediência e a rebelião, entre a ordem e a confusão, entre a disciplina e a desordem. É o mesmo que dizer: o reino de Deus é um reino de amor e poder. Todos os membros da família devem manter sua disposição de compartilhar o amor com seus vizinhos e estar atentos às situações especiais quando se permite uma expressão maior de amor e de serviço. Deste modo se estendeu a Igreja no começo e, da mesma maneira, deve-se estender melhor em nossos dias.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E O CULTO DOMÉSTICO Há muitos pais que criam filhos sem se preocuparem nem com o futuro material nem com a vida espiritual deles. Há outros que se dedicam ao bem material dos filhos, mas ignoram a parte infinitamente mais importante, a vida espiritual. E ainda existem alguns pais que se preocupam tanto com a vida material como com a vida espiritual dos filhos. Porém o ideal da Bíblia é que os pais se preocupem mil vezes mais com a salvação dos filhos do que com o bem-estar durante os dias desta vida passageira. Esta verdade é pouco conhecida e, portanto, raramente posta em prática. Mas, o que dizem as Escrituras? 1. Deus escolheu Abraão para ser fundador da grande nação de Israel porque sabia que ele treinaria seus filhos para serem tementes a Deus (Gênesis 12.1-3: Gênesis 18.19). 2. Os mandamentos de Deus que mandam os pais cuidarem do bem-estar espiritual dos filhos são muito mais fortes e incisivos do que aqueles que ordenam cuidar do bem-estar material (Deuteronômio 6.1-9). 3. Os pais, através de exemplo e ensinos bíblicos, devem se dedicar a procurar em primeiro lugar a salvação de todos da família famíl ia (Mateus 6.25-33).
A. O QUE É "CULTO DOMÉSTICO" QUE DURA O DIA INTEIRO? 1. Todos os pais devem sempre levar toda a f amília para a igreja e para a célula (Hebreus (Heb reus 10.25). Entretanto, as poucas horas gastas na igreja, ou na Escola Ministerial Graça, não é suficiente para a instrução adequada dos filhos. A convivência e a influência das pessoas do mundo é tão péssima que os pais precisam constantemente, em casa, cuidar da vida espiritual dos filhos. O "culto doméstico", então deve ser feito o dia inteiro (Deuteronômio 6.1-9). 2. Importa que tudo no lar exalte a Cristo. C risto. Calendários mundanos, imagens e retratos retratos de santos ou de artistas populares, etc., devem ser tirados das paredes. No lugar de tudo isto, devem colocar versículos bíblicos que ensinam as grandes verdades de Deus e o caminho da salvação (Deuteronômio 6.9). 3. Os pais devem de vem corrigir com respeito, para gerar, no lar, uma atmosfera atmosf era constan constante te de de amor, paz e alegria no Senhor (Efésios 4.31-32). 4. O amor de Deus precisa reinar, evitando, assim, irritações, palavrões, maus entendimentos, reclamações, etc. Enfim, o Espírito Santo deve prevalecer toda a hora (Gálatas 5.22-24). 5. Um passeio periódico incluindo toda a família, mas somente os membros da própria família, são importantes para criar amor, confiança e dedicação uns para com os outros da família, e para com Jesus. 6. Acima de tudo, os pais precisam procurar, procur ar, ou seja, se esforçar esfor çar para refletir Jesus nas suas vidas a todo o momento. Isto deve ser feito perante os seus filhos em tudo o que pensam, falam ou fazem. É assim também que Deus faz com seus filhos (I Pedro 1.16). Escola Ministerial
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B. EXISTE OUTRO CULTO DOMÉSTICO QUE DURA O DIA INTEIRO? Além do "culto doméstico" que dura o dia inteiro, ainda existe um caminho maravilhoso que é indispensável para todos os lares. Este é o culto doméstico, o qual a família deve realizar no mínimo uma vez por semana. O culto doméstico deve ser convocado periodicamente pelo pai (ou pela mãe, caso o pai não seja crente), e deve incluir toda a família, com o pai dirigindo. Deve-se escolher uma hora propícia, quando todos estiverem disponíveis; todos devem participar tanto os pais quanto os filhos. Pode-se variar de muitas maneiras a realização do culto doméstico, para fazer desta hora (ou meia hora), o momento mais atrativo e precioso do dia. O alvo é que através de cada um orando, cada um lendo ou ouvindo a Palavra de Deus, cada um cantando e louvando a Deus, a família f amília se torne mais m ais unida e mais achegada achegada a Deus. Deus.
PERGUNTAS 1. Responda SIM ou NÃO: ( ( ( ( ( ( (
) Os pais devem garantir garantir o futuro material dos filhos, mas a parte parte espiritual espirit ual depende depend e das misericórdias de Deus. ) Os filhos devem ser criados com toda a Liberdad Liberdade e para para escolhere escolherem, m, quando forem adultos ad ultos,, sua própria religião. ) A classe na Igreja Igreja não não é suficiente para a instrução instrução adequada adequada dos filhos. filhos. ) Se os pais tiverem um culto doméstico de uma hora por por dia, então os os filhos receberão uma instrução espiritual adequada. ) O seu exemplo, como verdadeiro crente, tem mais influência na vida do seu filho do que os sermões do pastor aos domingos. ) O culto doméstico doméstico deve ser feito pelo menos uma uma vez na semana. ) Deus Se preocupa preocupa tanto com a parte espiritual espiritual dos filhos filhos que que nos nos deu mandamentos mandam entos sobre s obre isto na Sua palavra.
s ua fam ília íli a real r ealiz iza a cult c ult o dom d omést éstico ico? ? 2. A sua ______ ___ ______ _____ _____ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ _____ __
3. Compartilhe alguma bênção que a sua família tenha recebido, durante o culto doméstico. _____________________ _______________________________ ______________________ ______________________ _____________________ _____________________ _______________ _____ _____________________ _______________________________ ______________________ ______________________ _____________________ _____________________ _______________ _____ _____________________ _______________________________ ______________________ ______________________ _____________________ _____________________ _______________ _____ ______________________ ________________________________ ______________________ ______________________ ____________________ _______________________ _______________ __ ______________ ______________ Escola Ministerial
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C. O CULTO DOMÉSTICO
Dois tipos de culto doméstico para todo lar cristão
O primeiro tipo de culto doméstico é o mais importante. É o tipo que você cultua todo o tempo. O pai e a mãe falam e cantam a Palavra de Deus para os filhos, desde a hora que levantam até a hora que se deitam (Deuteronômio 6.6-7). Tudo que os pais falarem e fizerem precisa refletir o AMOR e a PUREZA de Jesus! Que tal lar abençoado! Que poder! O segundo tipo de culto doméstico também é muitas vezes negligenciado. Esse é aquele onde o pai convoca a família uma vez por semana, num tempo específico, para juntos aprenderem da Bíblia e adorar a Deus.
Agora, vejamos algumas idéias criativas sobre esse segundo tipo de culto doméstico.
Quando devemos realizar o culto doméstico?
É importante escolher uma hora em que todos estão livres.
SUGESTÕES: Depois de uma refeição. Para muitas famílias, após o almoço seria um tempo bom. (É bom criar o hábito em que todos os membros da família tomem todas as três refeições juntos. Assim podem ter mais comunhão uns com os outros. criando mais união e amor). Para algumas famílias, antes de se deitar seria melhor, ou possivelmente ao se levantar, pela manhã.
1. Como devemos realizar o culto doméstico? É muito importante que o culto doméstico seja um tempo agradável e interessante para todos. Os pequenos e os grandes devem GOSTAR desse tempo. Não deve ser pregação, mas cânticos e instruções bem práticas. O culto doméstico varia de acordo com a idade dos filhos. 2. Quando todos os filhos são pequenos: Corinhos simples e com gestos.
É preferível contar uma história do Velho ou Novo Testamento em vez de ler trechos compridos de doutrinas. Pode também usar um livro de histórias bíblicas para crianças. Decorar Salmos e versículos. Tem crianças de menos de três anos de idade que já decoram salmos inteiros. Exemplos: Salmo 23, João 3.16, João 14.6, Filipenses 4.13, Efésios 2.8-9. As orações dos pais devem ser simples, curtas e muito práticas. Inicialmente as crianças podem repetir oraçõezinhas e aos poucos vão aprendendo a orar sozinhas. Dramatização das histórias bíblicas pelas crianças, também ajuda a ensiná-las e animá-las. O pai e a mãe e cada criança assume um papel nos dramas.
3. Quando têm filhos pequenos e grandes. Quando a idade dos filhos varia muito, é importante ser bem criativo no culto doméstico, para que nem os pequenos nem os grandes fiquem desanimados. Algumas sugestões: Cante alguns carinhos para as crianças pequenas e também alguns para os filhos maiores. Pode usar a Bíblia, lendo trechos curtos e dando explicações com palavras simples para que as criancinhas compreendam. Os jovens podem participar lendo e explicando; assim eles ganham experiência e ficam mais atentos ao que está sendo feito.
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Se tiver muitos filhos é preferível que se façam orações curtas. Cada filho grande pode escolher uma criança e ajudar aquela criança a decorar versículos, orar ou fazer um drama.
Brincadeiras simples são boas:
ESPADAS — cada filho que souber ler fica com uma Bíblia. O pai fala a referência de um versículo e quem achá-lo primeiro pode lê-lo, e assim ganha um ponto. As criancinhas que não sabem ler vão gostar de assistir e torcer por um outro. DRAMA — alguns podem fazer um drama sem palavras, só com gestos e deixar o resto da família adivinhar qual é a história. PERGUNTAS — o pai pode fazer perguntas da Bíblia. Conforme a família, ela pode ser dividida em dois times: os rapazes e as moças, ou um filho grande com uma criancinha, e o time que responder mais perguntas certas ganha. VERSICULOS — uma brincadeiras excelente é ver quem lembra mais versículos inteiros, com o pai apenas dizendo a referência. LIVROS DA BÍBLIA — depois que a família decorar a ordem dos livros da Bíblia, pode fazer um círculo e cada um vai falando em seguida o próximo livro. O que errar sai do círculo, e o último a errar ganha.
4. Quando todos os filhos são grandes: Agora pode usar só a Bíblia. Qualquer tradução. A Bíblia na Linguagem de Hoje é muit o boa. Todo dia pode ser uma pessoa diferente para ler e talvez fazer perguntas para os demais. Os pais devem incentivar todos a comentarem e discutirem sobre o trecho lido. É bom escolher um livro da Bíblia, e antes do culto doméstico o pai e a mãe devem estudar o trecho para aquele dia, preparando perguntas e aplicações práticas. Se tiver um filho músico, devem incentivá-lo a fazer corinhos, mesmo usando versículos bíblicos. Quando cada pessoa orar, deve incluir os planos para o dia ou o dia seguinte, e pedir direção para ganhar almas para Cristo. Também é bom incentivar todos a repartirem experiências espirituais e de todo o tipo, assim unindo mais a família.
Ó Jes us , ajud e c ada f am ília a ter o seu cu lto domé st ic o di ariam en te!!!
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