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A arte indígena depois da chegada dos portugueses ao portugueses ao Brasil Posted 4 years ago
Embora tenham existido muitas e diferentes culturas indígenas, podemos identificar ainda hoje duas grandes modalidades culturais: a dos silvícolas, que vivem nas áreas florestais, e a dos ilvícolas as praticam uma agricultura campineiros, que vivem nos cerrados e nas savanas. Os s ilvícol desenvolvida e diversificada que, associada às atividades de caça e pesca, lhes permite ter moradia fixa. Suas atividades de produção de objetos para uso da comunidade também são diversificas: cerâmica, tecelagem, trançado de cestos e balaios, entre outras. Os c am ampineiros pineiros têm uma cultura menos complexa e uma agricultura menos variada que a dos silvícolas. Seus artefatos comunitários são menos diversificados, mas seus cestos e esteiras estão entre os mais cuidadosamente trançados entre os indígenas. Como matéria-prima, ambos os grupos usam: Madeiras, cortiças, fibras, palmas, palhas, cipós, sementes, cocos, resinas, couros, ossos, dentes, conchas, garras e belíssimas plumas das mais diversas aves, entre outras matérias-primas: com um material tão variado, as possibilidades de criação de objetos indígenas são muito amplas. O empenho indígena em fazer belos objetos utilitários, para uso na vida comunitária, pode ser apreciado principalmente na cerâmic cerâmica, a, no trançado e na tecela tecelagg em. Mas, além dessa arte plumária plumári a e a pin pintura tura produção, duas expressões da arte indígena merecem destaque: a arte corporal, que examinaremos mais adiante.
Ceramica: Na modelagem de cerâmicas, os índios também se mostram
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utilidade. A variedade de plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria-prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma grande variedade de utensílios, como cestos para uso doméstico, para transporte de objetos, alimentos, crianças, trançados para ajudar nos preparos dos alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas, pulseiras, etc.), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em rituais religiosos, etc. Atualmente, as tribos indígenas que têm contato com os centros urbanos produzem seus trançados com a finalidade de comércio.
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utilidade. A variedade de plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria-prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma grande variedade de utensílios, como cestos para uso doméstico, para transporte de objetos, alimentos, crianças, trançados para ajudar nos preparos dos alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas, pulseiras, etc.), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em rituais religiosos, etc. Atualmente, as tribos indígenas que têm contato com os centros urbanos produzem seus trançados com a finalidade de comércio.
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materiais, e em sua maioria usados como ornamento corpóreo, seja de uso cotidiano seja em funções solenes e ritualizadas. A definição também inclui a fixação de penas diretamente sobre o corpo humano, em geral com os mesmos objetivos e significados, e a confecção de objetos emplumados para outros usos além do adorno do corpo.
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Máscaras: Para os indígenas, as máscaras têm um caráter duplo: ao
mesmo tempo que são um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. Feitas com cascas de árvores, cabaças de palhas de buriti, geralmente são usadas em danças cerimoniais, representando personagens da mitologia indígena. Com seu simbolismo, as máscaras aproximam estas forças sobrenaturais ao indivíduo e materializam todos os códigos inscritos nos rituais e mitos, facilitando a leitura que cada um dos índios fará destes códigos.
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usada nas crianças são diferentes das usadas por adultos, ou ainda etnias que os homens têm uma pintura distintas das mulheres.
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- Vasos de Gargalo: Apresentam um corpo central - gargalo - e abas, ou asas laterais constituídas de animais - cabeças de aves ou jacarés, por exemplo, e sobre os quais estão assentados outros animais.
- Estatuetas: Apresentam grandes variedades de formas antropomorfas ou zoomorfas,
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Além de vasos, a cultura Santarém produziu ainda cachimbos, cuja decoração por vezes já sugere a influência dos primeiros colonizadores europeus, e estatuetas de formas variadas. Diferentemente das estatuetas marajoaras, as da cultura Santarém apresentam maior realismo, pois reproduzem mais fielmente os seres humanos ou animais que representam. A cerâmica santarena refinadamente decorada com elementos em relevo perdurou até a chegada dos colonizadores portugueses. Mas, por volta do século XVII, os povos que a realizavam foram perdendo suas peculiaridades culturais e sua produção acabou por desaparecer.
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Fase Marajoara
Posted 4 years ago
Os povos dessa fase (a quarta na sucessão das culturas da ilha) vieram do noroeste da América do Sul e chegaram à Ilha de Marajó, por volta de 400 d.C.. Na região centro-oeste do local, a qual ocuparam, construíram habitações, cemitérios e locais de ritualísticos. Nessa fase destacamos as cerâmicas, que podiam ser de uso doméstico, cerimonial ou funeral e se diferem entre si quanto suas característica Cerâmica doméstica: como serviam apenas para guardar mantimentos, eram simples e não apresentavam a superfície decorada.
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Além da cerâmica, os marajoaras produziam bancos, colheres, apitos, adornos para orelha e lábios e estatuetas humanas, que chamam a atenção por serem pouco realistas e mais estilizadas, ou seja, sem preocupação com a fidelidade à realidade. Até hoje se discute a função dessas obras, se eram decorativas ou cerimoniais. Essa fase acabou
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VOCÊ SABIA…
Posted 4 years ago
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Posted 4 years ago
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Cerâmica Marajoara: a riqueza do artesanato da Região Norte do Brasil
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Origem A fase mais estudada e conhecida da produção da cerâmica marajoara compreende os anos entre 600 e 1200 depois de Cristo. Estudos arqueológicos mostram que a região da Ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, localizada no Pará, foi ocupada há cerca de dois mil anos por agricultores e ceramistas oriundos dos Andes. A fase marajoara, marcada pela presença de objetos com acabamento muito detalhado em baixo ou alto-relevo, leva a crer que a região foi ocupada por grupos com razoável grau de organização e diferentes camadas sociais, agrupadas a partir de suas relações e valores culturais.
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INTRODUÇÃO A técnica no contexto social de seu surgimento O trançado A cerâmica saramenha Papel Artesanal A origem da cerâmica Entrevista com Maximo Soalheiro Minas do Ouro Projeto de Pesquisa Arte e Artesanato - Projeto Completo Agradecimento aos Artistas
Coeva do fogo, a cerâmica — do grego "kéramos" , ou "terra queimada" - é um material de imensa resistência, sendo freqüentemente encontrado em escavações arqueológicas. Assim, a cerâmica vem acompanhando a história do homem, deixando pistas sobre civilizações e culturas que existiram há milhares de anos antes da Era Cristã. Hoje, além de sua utilização como matéria-prima de diversos instrumentos domésticos, da construção civil e como material plástico nas mãos dos artistas, a cerâmica é também utilizada na tecnologia de ponta, mais especificamente na fabricação de componentes de foguetes espaciais, justamente devido a sua durabilidade.
Grupo: Marina Paulino Bylaardt Marcela da Costa Ferreira Xavier Beve Regeane Lopes de Carvalho Ana Virgínia Cândio Audrey Melgaço Teixeira
A ORIGEM DA CERÂMICA "O primeiro artesão foi Deus que, depois de criar o mundo, pegou o barro e fez Adão." (ditado popular
paraibano)
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técnica passou a haver maior simetria na forma, acabamento mais perfeito e menor tempo de trabalho. Quando os populares santeiros, que invadiram Portugal no século XVIII, introduziram a moda dos presépios, surgiu a multidão de bonecos de barro de nossas feiras. Imagens de Cristo, da Virgem, Abades, de santos e de anjos começaram a aparecer. Os artistas viviam à sombra e em função da Igreja ou dos seus motivos. O mais célebre artista dessa fase foi Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Pouco a pouco — da mesma forma que aconteceu com o teatro católico medieval que foi transformado no Brasil em espetáculos populares como as pastorinhas, o bumbameu-boi e os mamulengos — a arte do barro foi se tornando profana. Ao final, era o seu meio que os artistas começaram a retratar: simplificaram as formas que passaram apresentar, sem nenhum artifício, tipos, bichos, costumes e folguedos.
ORIGEM NO BRASIL No Brasil, a cerâmica tem seus primórdios na Ilha de Marajó. Na segunda metade do Oitocentos, a ciência arqueológica voltou-se para territórios e continentes além de Grécia e Roma; assim, ocorreram escavações na Amazônia,
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impressão de superação dos estágios primitivos da Idade da pedra e do bronze. Foram identificadas várias fases da cerâmica brasileira , que foram divididas em: o
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Ananatuba: a mais generalizada e provavelmente atribuível às primeiras sedimentações datáveis entre o séc. VII e o X a.C. , apresentando uma técnica plenamente desenvolvida, povo dividido em tribos, cada um ocupando uma única maloca e abrigando uma centena de moradores; Mangueiras: pertencente ao grupo que sucessivamente prevaleceu sobre o primitivo Ananatuba, sua duração estimada entre o séc. IX e o XII;
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colheres, tangas, bancos, estatuetas e adornos) , as técnicas de brunimento (alguns feitos com conchas) foram perdendo qualidade com o tempo. Os grandes aterros de louçaria e estatuetas encontrados na ilha de Marajó mostram bem esta falência. Hoje, o que existe de cerâmica marajoara pode ser visto no Museu Goeldi, em Belém. Não tem nada haver com as peças que encontram-se nas feiras de artesanato ou nas lojas dos grandes centros que dizem vender peças folclóricas. Na maioria, esses objetos são industrializados e não passam de tentativas grosseiras de cópias, sem maior significado cultural.
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As argilas são rochas normalmente de origem sedimentares e provenientes da alteração de rochas silicadas. Os minerais que as constituem são fundamentalmente a caulinite, a ilite ou a montemorilonite. Do ponto de vista químico, as argilas são aluminosilicatos hidratados apresentando espécies muito variadas de fórmula genérica O3, al quatro . SiO2. H2O. Encontra-se na natureza em estado de relativa pureza ou associadas aos mais diversos materiais, podendo adquirir, neste caso, propriedades e designações específicas. As Margas, por exemplo, são argilas com um elevado teor de calcário. Geologicamente e quanto ao modo de formação das suas azidas, as argilas classificam-se nos dois seguintes grupos:
- Argilas primárias: são as argilas que se mantiveram no seu local de formação. Apresentam-se por vezes associadas a restos da rocha de origem (granitos, gneisses ou feldspatos) com um grão relativamente grosso e em massas de cor branca, devida à pureza do ou dos minerais que a constituem. Há jazidas de caulino cujo teor em caulinite chega a atingir 98% .
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O barro é uma designação genérica na qual foram agrupadas um sem- número de misturas de argilas com as mais variadas espécies de impurezas. Os diversos minerais, os óxidos metálicos e as matérias orgânicas, associados às argilas em variadíssimas proporções, fazem com que as variedades de barros sejam inumeráveis e apresentem características muito distintas, quer em cru quer depois de cozidas. Note que na mesma extração é freqüente encontrar tipos de barros muito diferentes consoante, por exemplo, a profundidade a que se escava. Os barros podem ser classificados
Segundo à plasticidade em: - BARROS GORDOS - barros excessivamente plásticos, devido à forma, ao arranjo e às pequeníssimas dimensões das partículas que os constituem e por incorporarem percentagens relativamente elevadas de produtos orgânicos. Apresentam problemas à secagem: elevado índice de retração (encolhem demasiado) tendência para o aparecimento de deformações e de fendas. - BARROS MAGROS - barros muito menos plásticos, devido ao maior tamanho das partículas
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Os mais freqüentes na natureza são designados, genericamente, por barro vermelho, sua cor característica, depois de cozido. Sua utilização se dá com a telha, o tijolo e e quase toda a olaria popular e deve-se sobretudo à presença de óxidos de ferro e de manganês. Quando cru, pode apresentar cores que vão desde o cinzento ao esverdeado, ao azulado, ao amarelo-ocre e até a cores muito próximas das que terá depois de cozido.
A pasta é o material já preparado com que vamos produzir as nossas peças de cerâmica. Diríamos que, só excepcionalmente, ela poderá ser constituída por um único tipo de barro. Normalmente ela é constituída, no mínimo,por duas qualidades de barro diferentes, de modo a assegurar à mistura as qualidades que cada um dos barros, por si só, não possui e por produtos que lhe podem ser incorporados com objetivos muito precisos: emagrecedores, corantes, agentes plásticos, refratários, fundentes, etc. Esta mistura é amassada com água até se obter um material perfeitamente homogêneo, mole e plástico: uma pasta de fato. A composição das pastas cerâmicas tem que ter
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- Grés (que recebe ambos os revestimentos acima citados); - Produtos de olaria e de uso caseiro; - Porcelana (translúcida, biscuit, vitrificada, caolínica ou dura) ;
A Terracota é mais empregada como tijolos, ladrilhos, ornamentos para arquitetura, vasos de jardins, etc. A Faiança compreende as cerâmicas clássicas, de figuras em preto e vermelho; podem ser citadas a cerâmica mulçumana, a grafita italiana, a maiólica. A palavra ´faience´ deriva do nome da cidade de Faenza, centro italiano de cerâmica do período renascentista (séc. XV e XVI ), é de origem francesa. Ela designa produto cerâmico em geral, quando de pasta tenra, envernizada ou de esmalte opaco, revestimento dito de ´vernizes estaníferos´ ou ´ esmalte estanífero´. Outra derivação da cerâmica é a maiólica, possível derivação de Maiorca (ilha do arquipélago das Baleares no Mediterrâneo, e importante centro de comércio medieval. É uma cerâmica geralmente esmaltada em branco, que teve maior desenvolvimento nas cidades penisulares de Casteldurante, Castelli, Deruta,
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INFLUÊNCIA INDÍGENA NO ARTESANATO BRASILEIRO INTRODUÇÃO
O artesanato, técnica de trabalho manual artístico não industrializado, é utilizado pelo homem desde o início da sua história. O artesanato, apesar de ser comercializado, não é considerado uma mercadoria, pois carrega valores, crenças e culturas. O instinto de sobrevivência induziu o homem a produzir bens para proteger-se dos excessos da natureza, para auxiliá-lo na busca de seus alimentos, para sua defesa e, até mesmo para expressar a beleza, elemento primário e intrínseco às criaturas. Assim, o homem expressou sua capacidade criativa e produtiva com o trabalho. No Brasil, estima-se que o artesanato surgiu na mesma época dos primeiros artesãos, 6000 a.C , período neolítico. Os índios são os mais antigos artesãos e se
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forma, na festa mais conhecida internacionalmente do Brasil, o Carnaval, muitas de suas fantasias e adereços desfilam a presença indígena. A arte plumária indígena que influenciou nosso artesanato não foi a colagem das penas sobre o corpo, mas a confecção de artefatos com penas para serem utilizados como cocares, colares, brincos, braceletes, diademas, toucas, caudas e mantas. Quem conhece Belém, capital do Pará, estado da região Norte do Brasil, encontra grande variedade desse artesanato: brincos, leques, ventarolas e outros adornos, em algumas lojas voltadas para o turismo. ARTESANMATO EM MADEIRA Nas tribos indígenas, com grande habilidade no trabalho com a madeira, como os índios do alto Xingu encontram-se as influências para os artesanatos de algumas regiões do Brasil. As motivações para o artesanato do índio brasileiro eram ou o registro de figuras humanas, de mamíferos, aves e peixes, ou a necessidade de instrumentos para o
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esculturas em madeira e sem pinturas de santos e animais; e em Pernambuco, em Ibimirim, município do sertão localizado a 380 km de Recife, fazem as imagens religiosas em madeira, feitas de troncos de umburana. ARTESANATO EM TRANÇADO O artesanato em palha indígena variava conforme a região e as tribos artesãs. As formas, os tipos de palha, o estilo e cuidados na execução eram tão variáveis, que estudiosos podem identificar a região e, em alguns casos, até a tribo artesã. Os índios utilizam os recipientes de palha como cestos e paneiros, para transporte de víveres e guarda de objetos. Já as esteiras têm as mais diversas utilidades: forrar o leito; como mesa de trabalhos culinários; cobrir alimentos e, até na confecção de máscaras. A maior ilustração sobre a influência indígena no artesanato trançado brasileiro é o paraense. A tradição de trançar fibras foi herdada dos índios e está impregnada em quase todos os municípios do Pará. Artesanato muito popular na região, as técnicas da
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trançados de palha, cestarias feitas com trançado de carnaúba, bambu e cipó. ARTESANATO EM CERÃMICA O trabalho em cerâmica não foi nem é comum a todos os índios. Mas, toda cerâmica indígena é feita sem a ajuda da roda de oleiro. Pra ilustrar a influência indígena no artesanato brasileiro, nada melhor do que as duas mais conhecidas: a Marajoara; e a Tapajônica. Nos dois casos os índios artesãos dessas cerâmicas não foram encontrados nem conhecidos pelos colonizadores. A cerâmica de Santarém, também conhecida como Tapajônica é uma das mais belas expressões da arte da pré-história brasileira e talvez, a mais antiga da Amazônia. De acordo com os estudos da arqueóloga Anna Roosevelt, a cerâmica tapajônica é de fato o artesanato mais antigo do povo da região do Tapajós, pois vários testes realizados pela pesquisadora nos EUA comprovaram que as peças foram produzidas há mais de seis mil anos.
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Muito sofisticadas, as peças em cerâmica marajoara são altamente elaboradas, acabamento detalhado em baixo ou alto-relevo, e técnica de ornamentação variada. Os objetos utilitários ou decorativos possuíam formas semelhantes ao homem ou eram representações de animais. Os índios da Ilha de Marajó utilizavam o barro para a confecção e, para aumentar a resistência das peças, misturavam o barro com outras substâncias minerais ou vegetais, como pó de pedras ou conchas, cinzas de cascas de árvores ou de ossos e o cauixi (esponja gelatinosa que recobre as raízes submersas de árvores). No caso de dar cores às cerâmicas utilizavam o englobe (barro em estado líquido) com pigmentos extraídos de alguns vegetais. A decoração das cerâmicas marajoara era composta por traços gráficos harmoniosos e simétricos, cortes, aplicações, dentre outras técnicas. Depois de prontas, as peças eram queimadas em fogueiras ou buracos e eram finalizadas com breu do Jutaí, material que proporcionava um efeito brilhoso semelhante ao do verniz.
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FONTES: basilio.fundaj.gov.br brasil.gov.br catolicadigital.ucg.br csartecapimdourado.com.br hak.com.br handcraftbrazil.com programaartebrasil.com.br J Coelho
Enviado por J Coelho em 29/04/2014
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4787473
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http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/odiabaixada/2016-05-28/um-pouco-de-historia-aceramica-no-funeral-indigena.html
28/05/2016 23:40:26
Um Pouco de História: A cerâmica no funeral indígena Urna era objeto fundamental no ritual de sepultamento GENESIS TORRES
Na visão do arqueólogo Lewis Binford a complexidade do ritual funerário pode ser relacionada com a complexidade da organização social, é preciso entendê-las lhes dando
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Urna Tupi-Guarani de cerâmica usada nos rituais funerários
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Cerâmicas Marajoara e Tapajônica
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Cerâmica Marajoara: Estatueta de mulher com pintura vermelha e preta com fundo branco. Foto : Renato Soares
A cultura marajoara Durante muito tempo as cerâmicas da Ilha de Marajó (PA) despertaram grande curiosidade entre os arqueólogos e os etnólogos. Os achados mais antigos revelaram que os primeiros habitantes da região ali chegaram por volta de 1500 a.C. e que conheciam uma cerâmica ornamental, porém simples. Mais de um milênio depois chegaram outros povos agricultores que possuíam uma cerâmica mais elaborada, pois confeccionaram cachimbos, estatuetas de barro e tembetás (objetos cilíndricos ornamentais colocados no lábio inferior). Só por volta do ano 400 surgiu o que se denomina de fase marajoara, com objetos mais artísticos e coloridos. As cerâmicas dessa cultura até hoje são admiradas por seus desenhos geométricos, em preto, branco e vermelho. Os vasos são adornados com faces humanas estilizadas e
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eram usados como urnas funerárias. Além disso, foram encontrados fusos, apitos, enfeites para os lábios, bacias, tangas de barro e estatuetas de divindades. Esses objetos culturais demonstram que esse povo havia criado uma sociedade bastante complexa. Veja também: Cerâmica Marajoara
Os marajoaras assim como chegaram também desapareceram, pouco influenciando outros povos da região. O estilo da cerâmica marajoara apresenta muita semelhança aos artefatos. em cerâmica das populações do rio Napo, no Equador, e de algumas regiões da Venezuela, o que permite levantar a hipótese de um possível parentesco entre esses grupos. Entretanto, sua origem ainda está para ser melhor pesquisada. Uma das questões a ser averiguada é se a ilha de Marajó não teria sido o centro cultural do qual se irradiou a técnica da cerâmica para outras regiões fora do Brasil. Cerâmica Tapajônica
Veja também: Cerâmica Tapajônica
A cultura de Santarém - Cerâmica Tapajônica Ao longo dos rios Tapajós e Curuá Una, tendo por centro a atual cidade de Santarém, desenvolveu-se no início de nosso milênio uma cultura igualmente avançada. Também nesse caso as pesquisas ainda não nos permitem identificar melhor esses povos. Alguns acreditam que sejam antepassados dos indígenas Tapajó, sobre os quais existem relatos de viajantes do século XVII. As aldeias eram verdadeiras cidades com cerca de 10 mil habitantes. Famosos
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eram seus mercados, onde se encontrava de tudo, desde cestaria até animais domesticados, como patos e perus. A cerâmica foi a marca dessa cultura, com seus vasos em forma de taça com gargalo, em cujas bordas estão representadas figuras humanas e de animais estilizados. Há estatuetas mostrando atividades diárias. Em algumas notam-se a orelha furada, característica de povos não só do Brasil central, como também da região andina. Costumavam conservar o corpo de seus chefes mumificado, e era exposto à veneração pública em determinadas festas. As demais pessoas, após a morte, tinham seus ossos moídos e misturados em bebidas, tomadas pela comunidade em ocasiões especiais. Segundo cronistas europeus que os conheceram, os sacerdotes eram sustentados pela comunidade e a décima parte da colheita do milho era oferecida à divindade, o que revela um culto organizado.
Fontes: Brasil I ndígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000.
http://www.terrabrasileira.com.br/indigena/cotidiano/451marajo.html