8 regras simples para ensinar português para estrangeiros Regra 1 Saiba para quem você está ensinando. Antes de qualquer aula, conheça o perfil profissional, social, nacionalidade, hobbies etc, do seu cliente. Regra 2 Saiba o objetivo do seu cliente. Por que ele quer aprender português? Quais são as principais situações em que ele vai ter que usar o português? Regra 3 Saiba inglês, no mínimo. E pesquise sobre a língua do seu aluno, para que quando você precise de modelos para comparação, tenha- os à mão (ou à cabeça… haha). Português é uma língua difícil, cheio de frescurinhas e muitas coisas sem sentido. Por exemplo, por que falamos: “uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes…”? Por que não “um vez, dois vezes”? Explicar por comparação é mais prático do que pela gramática.
Regra 4 Fale português. Bastante. Se você não falar, ele não vai se acostumar com a língua. Reserve a língua estrangeira para situações extremamente necessárias, como explicar a gramática. Regra 5 Comece pelos verbos. Eles são difíceis, mas são a alma da conversação. conversação. Ninguém faz nada sem verbos, mas pode fazer sem vocabulário, o que nos leva à próxima regra. Regra 6 Use mímica. Use mímica, associação, desenho, dança, qualquer coisa para que o aluno seja obrigado a fazer ligações! Dê a resposta só em último caso. Regra 7 A pronúncia é sagrada. Você nunca deve partir para o próximo passo enquanto seu aluno tiver uma pronúncia meia-boca. Do que adianta ele saber usar palavras bonitinhas, “excetos”, “possíveis”, “orçamentos”, “orçamentos”, se ele fala “lalanja”? Trabalhe com pronúncia todos os
dias, faça-o gravar sua própria voz, faça-o ouvir música, cantar, perceber perceber..
Regra 8 Represente o seu país sem ser piegas. Saiba sobre o seu país, conte histórias, notícias,curiosidades. Isso ajuda a manter a curiosidade durante a aula e também dá uma leveza ao estudo.
Links com materiais didácticos para o ensino do português para estrangeiros:
http://lab-portugues.blogspot.com/2005_11_01_archive.html http://cartierzinho.no.sapo.pt/ficha%205.pdf http://www.laboport2.blogspot.com/ http://www.paulacruz.com http://gramaticaportuguesa.blogs.sapo.pt/tag/ficha+de+exerc%C3%ADcios+-+adjectivos+2 http://11k-sempre-na-lua.blogspot.com/2006_03_01_archive.html http://linguistica.insite.com.br/cgi-bin/conjugue http://www.ac-versailles.fr/etabliss/clg-curielepecq/Section%20Portugaise/Trabalhos%20Dirigidos/O%20VERBO.htm#C http://www.algosobre.com.br/gramatica/verbo-preterito.html http://www.colegioweb.com.br/portugues-infantil/o-modo-indicativo_2 http://cidadela.com.sapo.pt/fichas.htm http://cidadela.com.sapo.pt/materialvariado.htm http://deog.net/cidadela.htm http://www.univab.pt/PINTAC/carta_normas.htm http://aulaportuguesonline.no.sapo.pt/cartas.htm http://portuguesembadajoz.wordpress.com/2008/04/15/as-refeicoes-em-portugal/ (refeições em Portugal - power point e testes formato pdf.) http://portugueslinguaestrangeiraespanha.blogspot.com/search/label/Gram%C3%A1tica
http://portugueslinguaestrangeiraespanha.blogspot.com/search/label/Teatro (Teatro Almada Negreiros) Actualizado 14/Dezembro: http://sitio.dgidc.minedu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/375/cadactividades_prescolar.pd f (livro de fichas para Português Iniciação Adultos) http://portuguesembadajoz.wordpress.com/2008/06/01/diversidade-linguistica-na-escola/ http://profteresa.net/Os%20Verbos.pdf (esquema verbos) http://meusdocs.files.wordpress.com/2008/04/verbos_exerc.pdf b(fichas exercicios verbos) http://profteresa.net/mat_aulas8.htm (materiais diversos - textos e verbos) http://www.cocimperatriz.com.br/2007/downloads/exercicios_rec/1/PORTUGUES.doc (ficha de revisão verbos - necessário adaptar para português uma vez que tem a construção brasileira) Actualizado 15/Dezembro: http://www.esec-garcia-orta.rcts.pt/exercicios_Portug.html (exercicios vários gramática - nivel iniciação, intermédio, avançado) http://label2.ist.utl.pt/emr/aulas/Efp/exercicio_diagnostico.PDF (nivel avançado interpretação texto e gramática) http://label2.ist.utl.pt/emr/aulas/Efp/Efp_exerc.html Actualizado 17/Dezembro: http://alunos_do_8_a.blogs.sapo.pt/3607.html (palavras homófonas, homógrafas...) http://www.deemo.com.pt/exercicios/pt/2ciclo/lp2c_tempverb.htm (exercicio verbos) http://www.deemo.com.pt/exercicios/pt/2ciclo/lp2c_ortografia.htm (exercício ortografia) http://odecimoprimeirodofilipe.blogspot.com/ (ficha interpretação texto) http://luacomsal.blogspot.com/2006/04/ficha-de-trabalho_114572468911224134.html (ficha trabalho) http://luacomsal.blogspot.com/2006/04/questionrio_114572129507800854.html
(interpretação texto) http://www.geocities.com/arroio2005/index_20053.htm (Conectores do discurso) http://www.geocities.com/arroio2005/index_20051.htm (léxico) http://www.geocities.com/arroio2005/index_200512.htm (mensagem publicitária) http://www.abec.ch/Portugues/subsidios-educadores/Fichas-detrabalho/fichas_de_trabalho.htm (fichas vários temas para crianças - inicio aprendizagem lingua portuguesa) Actualizado 18/Dezembro: http://didacticadoportugues.blogspot.com/2008_02_01_archive.html
O melhor material que conheço é o livro “Muito Prazer”. Ele vem com dois CD’s. Seu conteúdo é atual,
real e prático. No site tem alguns exercícios para baixar. Dê uma o lhada: http://www.muitoprazerlivro.com.br/ Tenho um outro blog com atividades didáticas: http://paraosmeusalunos.tumblr.com/
LIVRO Português do Brasil Profª Leonila Zago
[email protected] [email protected]
ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS* Cristina Alves Pereira* Iliane Luza Roberta B. Martins **
Resumo: A questão do ensino da Língua Portuguesa para estrangeiros. As universidades pioneiras. Os métodos adotados, as dificuldades encontradas pelo estudante e as avaliações. Palavras-Chave: português, ensino, estrangeiros. O Português como língua estrangeira, até recentemente no Brasil, não se constituía como idioma de valor internacional, mas ao longo da última década, vem crescendo progressivamente a procura pelo ensino da língua para estrangeiros. Através de busca em vários sites da internet, encontramos apenas nomes de escolas e professores que atuam nesta área. Mediante isso agendamos com uma professora do Departamento de Letras da Universidade de Caxias do Sul – UCS – que nos orientou e forneceu material para darmos início à pesquisa. Com esse material em mãos, foi feita a seleção dos itens que responderão as perguntas da nossa pesquisa que são as seguintes: -Como ensinar a Língua Portuguesa para estrangeiros? -Quais as dificuldades encontradas pelos estrangeiros na aprendizagem ? Quais os materiais disponíveis para essa aprendizagem ? -Existe reconhecimento por algum órgão público do certificado ? O ensino do português como língua estrangeira começou a ter um desenvolvimento a partir da década de 60, nos Estados Unidos. Em Austin capital do Texas, reunia-se uma equipe binacional (norteamericana/brasileira) para elaborar um manuscrito para uma edição experimental chamada Modern Portuguese. Entre o preparo do texto experimental de Modern Portuguese e a elaboração do manuscrito passou-se uma década. (Matos apud . Filho, 1989:11). O ensino da Língua Portuguesa como segunda língua tem uma história de quase cinco séculos, quando os jesuítas portugueses ensinavam os índios que habitavam as terras brasileiras. (Paes apud . Filho ,1992:12). A partir de 1988, profissionais de línguas pesquisavam a respeito do ensino e da aprendizagem do português para estrangeiros. Mas o programa de língua estrangeira iniciou-se oficialmente no Brasil na década de 90. Inicialmente na Universidade de Brasília, posteriormente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul de Porto Alegre e no final da década na Universidade de Caxias do Sul, a qual vem aplicando provas, na Argentina e no Urugauai, há aproximadamente três anos .
As pioneiras no programa de ensino do português para estrangeiros são: A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - RJ), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade de Brasília (UNB), a Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC – RS). (Paes apud . Filho ,1992:18). Vendo isso o ministério da educação e o Itamaraty incentivaram o ingresso de alunos estrangeiros nas Universidades de Brasília e de Porto Alegre através de matrículas cortesia, intercâmbios e acordos internacionais. ( Cunha & Santos ,1999:16). Na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), todos os cursos foram criados nos últimos 15 anos (os da UNICAMP e USP são mais antigos) e 2/3 deles nos últimos 10 anos. Os professores das Universidades citados acima apontam algumas deficiências do programa: a) oficialização desse programa de ensino do português para estrangeiros está lento. b) Não há exames padronizados de avaliação de proficiência (embora haja pesquisa oficial em andamento);
c) Não há pessoal docente suficiente, com formação e treinamento adequado. (Paes apud . Filho ,1992:13). Nessas universidades os níveis de institucionalização dos programas de português para estrangeiros são desiguais.
A procura pelo ensino do português para estrangeiros no Brasil, veio da necessidade de pessoas que vinham de outros países, em sua grande maioria, executivos e intercambistas, na faixa etária de 16 a 50 anos de idade. A grande maioria de estrangeiros que vêm para o Brasil preferem aprender a Língua Portuguesa apenas pela convivência com os brasileiros. Esses em suas residências com os seus familiares falam somente a língua materna e somente falam o português nos cursinhos, nas escolas ou na empresa. Tornando assim, mais difícil o aprendizado da língua . Isso não ocorre com os intercambistas, pois esses convivem com famílias brasileiras e fazem uma imersão na língua , ou seja, falam o português nas vinte e quatro horas do dia e conseqüentemente o aprendizado será mais rápido. Normalmente os cursos são fr eqüentados por um pequeno número de pessoas geralmente as que possuem uma certa cultura e poder aquisitivo. Em geral , os cursos proporcionam ao estudante estrangeiro uma linguagem coloquial, não fornecendo uma visão geral da língua. A maioria dos aprendizes estão interessados em uma ou mais variedades específicas. Por exemplo: os empresários precisam elaborar circulares, cartas e necessitam da linguagem técnica .Já para os estudantes intercambistas o objetivo é comunicar-se, então a linguagem coloquial é suficiente.
Com relação ao programa de línguas esse é dividido em semestres ou bimestres de acordo com cada Universidade. Na Universidade de Brasília o curso acontece bimestralmente com carga horária de 60 horas, com duração de 2 horas por dia. Os regentes são alunos do curso de Letras, orientados e acompanhados pelos professores coordenadores do programa. Já na Universidade de Porto Alegre (UFRGS) os cursos são oferecidos semestralmente sendo que o nível 1- básico, possui 120 horas/aula, o nível 2 – intermediário tem duração de 90 horas/aula. O curso de cultura brasileira, através do som e da música com 60 horas/aula; leitura e produção de texto com 60 horas/aula e o curso de conversação, também com 60 horas/aula. A Universidade de Caxias do Sul (UCS) a pedido da comunidade empresarial implantou no curso de extensão o programa de português para estrangeiros. A carga horária é de 50 a 60horas/aula. As turmas não são regulares, são formadas mediante solicitação do público interessado. A língua portuguesa devido as influências sofridas por outras línguas em sua origem, não ocasiona dúvidas somente ao nativo da língua, mas também, e, em especial ao não nativo. Diante disso, e segundo Kunzendorff apud.(1989:28), exemplificaremos algumas dificuldades encontradas pelos estudantes de língua materna inglesa e alemã, em aprender o português. Se o aluno tem como língua materna o inglês, encontrará dificuldades em: a) pronúncia das vogais abertas e fechadas; b) ditongos nasais decrescentes/ão/mão/ escrevam. c) Acento tônico d) /t/ - "folhas" por / fóias/ e) /u/ e /l/ - "restaurante" f) /x/ e /z/ "examinar/ks/
g) /r / "carro" por /r/
O aluno de língua materna alemã encontrará no campo fonológico as seguintes dificuldades:
a. b. c. d.
/s/ por /z/: "senhor", "pescoço" acento tônico /ãu/ por /õ/ : "mão" /~z/ por /~s/ : "já", "juízo"
No campo da semântica, independentemente da língua materna, os alunos , apresentam dificuldades com o significado das palavras, principalmente com as expressões idiomáticas e falsos cognatos, pois recorrem aos dicionários e nem sempre encontram o significado que se adapte ao contexto.
Na parte mortológica a dificuldade está na: a. b. c. d.
flexão de gênero e número; preposição, principalmente por/para; emprego dos comparativos e superlativos; flexões verbais. ( fonte idem).
Na sintática os alunos apresentam dificuldades na estruturação da sentença, geralmente eles entendem o que os outros falam, porém não conseguem formular orações devido as dificuldades morfológicas que refletem no sintático como : concordância verbal e nominal. Difícil é o emprego dos tempos verbais no perfeito e no imperfeito, do subjuntivo e dos pronomes oblíquos. (ibidem). Quanto a seleção para docentes no programa de português para estrangeiros em algumas instituições, o requisito é que o professor tenha qualquer graduação e seja nativo da língua portuguesa. Por isso muitos psicólogos, geólogos, estudantes de teologia, jornalistas ou até mesmo normalistas estão desempenhando a função de professores de português para estrangeiros. (Chacon apud . Filho ,1992:57). Devido a isso o principal problema dos alunos estrangeiros é o despreparo dos professores, pois muitas vezes os mesmos não possuem domínio operacional dos padrões fônicos e estruturais do português, que se constituiria no mínimo exigido como qualificação para o seu desempenho profissional. Na Universidade de Brasília, os regentes de português para est rangeiros, são necessariamente alunos do Curso de Letras da Instituição. As aulas são ministradas por professores-alunos coordenados por professorespesquisadores. Com relação ao material didático cada instituição utiliza o que melhor lhes convêm. Por exemplo a Universidade de Brasília utiliza os materiais elaborados pela professora Percilia Santos, e também os livros "Tudo Bem" de Ramalhete (1984), "Curso Ático de Português" de Silva Gomes (1987), "Falando ... lendo...e escrevendo português: um curso para estrangeiros", de Lima e Lumes (1981). (Cunha & Santos, 1999:18-19) Nas Livrarias é possível encontrarmos outros títulos destinados ao ensino do português para estrangeiros com o "Fala Brasil" de Coudry e Fondão (1991) e "Bem Vindo" de Maria Harumi Otuki de Ponce, Silvia R. B. Andrade Burin e Susanna Flarissi. (2000), entre outros.
Quanto à avaliação, cada universidade adota um critério. Por exemplo na UNICAMP a avaliação é global por tarefa, isto é, envolve todos os aspectos de precisão e de adequação da linguagem em seis níveis. Na UFRGS os critérios usados são de competência e desempenho do candidato, segundo os objetivos comunicativos a serem atingidos em cada tarefa.(Idem). Tivemos como preocupação e curiosidade nesse artigo responder algumas questões sobre o ensino do português para estrangeiros. Apesar dos obstáculos encontrados conseguimos responder ,em parte algumas questões são elas: contexto histórico, as universidades pioneiras no estudo do ensino, as dificuldades encontradas pelos estudantes estrangeiros. Isso ocorreu pela insuficiência de material e o desencontro de informações. Futuramente pretendemos dar seguimento à pesquisa, pois é um assunto novo e muito ainda a ser explorado e pesquisado.
Referências Bibliográficas: CUNHA, Maria Jandira & SANTOS, Percilia. Ensino e pesquisa em português para estrangeiros. Brasília: 1999. FILHO, José Carlos P. De Almeida & LOMBELLO, Leonor C. Ensino de português para estrangeiros. São Paulo: Pontes, 1989. ______________. Identidades e caminhos no ensino de português para estrangeiros. São Paulo: Pontes, 1992.
_______________________________________________________________ __________ *Artigo apresentado à disciplina de Iniciação à Pesquisa , da Universidade de Caxias do Sul, ministrada pela professora Dra. Eliana Soares. * *Acadêmicas do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul.