5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
1/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
RIMBAUD LIVRE
I '
L http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
2/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
3/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
I
lG
ill http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
RE
4/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Col~ao Signos Dirigida por Haroldo de Campos
Equipe de realizacao
- Programacao
visual: Augusto
de Campos & Arnaldo Antunes;
Capa:
Profilograma (Rimbaud Wave) - detalhe - por Augusto de Campos & Arnaldo Antunes, a partir de "A Grande Onda" de Hokusai e "Mascara de Rimbaud"
de Valloton, 4ACapa: Rimb a u d
Rainbow (Soneto d a s Vogais), por Augusto de Campos &Arnaldo Antunes; Producso:
Ricardo
W. Neves e Heda Maria Lopes.
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
5/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
RIMBAUD
LIVRE
e traducces de AUGUSTO DE CAMPOS
introducao
com "Iluminacoes"
AUGUSTO DE CAMPOS
&
computadorizadas
de
ARNALDO ANTUNES
~\I/~ ~
~
EDITORA PERSPECTIVA
~I\\~
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
6/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
2' edi~ao -- I" reimpressao
Direitos reservados
a
E D IT O RA P ER SP EC T IV A S .A . Avenida Brigadeiro Lufs Antonio, 3025 01401-000 Telefax.:
- Sao Paulo - SP - Brasil (11) 3885-8388
www.editoraperspectiva.com.br 2002
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
7/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
SUMARIO
INTRODU<;AO:
•• . . •• ••• ••• . . .
11
. ••. . •. ••. . •. •. . •. •. . . •. . •
23
Venus Anadyomene. . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . . .
24
POEMAS
ALGUNS
DE RIMBAt.:D.
RIMBAUDS.
Venus Anadiomene
Au
C a ba ret- Ven. • • • . . • • . • • . . • . . • • . • • . • • • • • • • • • • • •.
26
No Cabare Verde
Le Bateau Ivre. . . . . • . • . . • . . . . • . . . . • . . . . . . . • . • • . . •
o Barco
28
Bebado
Vo yelles , . . • . . • • • • • • . . . . . . . . . . . . . . . • • . • • • • • • • . • •
36
Vogais
L'itoile a Pleure Rose. . . . • . . . . . • . . • • . • . . . . . . . • . • . . .
38
A Estrela Chorou Rosa
C ocher Ivre. • • . • • • • • . • . • . . . . • • . . • • . • • . • • • . • • • • . • •
4C
Chanson de la Plus Haute Tour. . . . . . . . . . . . . . . . . • . . • . . .
42
Cocheiro Bebado Can~o
da Mais Alta Torre
Les
Corbeaux.................................... as Corvos
46
L 'itemite. . • . . . . . . • • . • . . • . . . . • . . . . • . • . • • . • • . • • . .
50
A Eternidade
{; Saisons, {; Chateaux. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . .
54
Castelos, Esta~6es APENDICE
zG'TICO.
•. •. . •. •. . •. •. . •. ••••. ••. ••. •
59
Propos du Circle (Uon
Valade, J. Keck). • • . • • . • • • • • . • • . •
60
••.. . . .. .. . .. •.. . . .. .. . . .. ..
62
Papo do Cfrculo Nota Sobre
0
"Cfrculo".
9
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
8/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
VARIAC;6ES
RIMBAUD
"Iluminacocs" computadorizadas Arnaldo Antunes I. R im ba udg ra fites
de Augusto de Campos e
. . • • • . . • • . . . . . . . . . . . . . . . . . • . ..
5 e 85
II. Rimbaudticelli
Fontes: Autografo de "Venus Anadyomene" + "Nascimento - de Venus" de Botticelli. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . III.
12
P ro filo gra m a (R im ba ud W ave) Fontes: "A Grande Onda" de Hokusai + "Mascara de Rimbaud" por Vallotton • • • • . . • • • . . . • . . . • . . . . . . • • •. 22/23
IV. P ro filo gra m a (R im ba ud W ake) Fontes: "A Grande Onda" de Hokusai + "Rimbaud", agua-forte de Valentine Hugo. . . . . . . . . • . . . . . . . .. 58/59 V. R im b a u d Black o r W h ite Fontes: Rimbaud jovem - Esboco a guache de Fantin-Latour para 0 quadro a 6leo "Coin de Table" (1872) + Rimbaud em Harrat; na A frica - Blow-up de uma foto nao retocada de 1883 e de urn descnho de autoria de Isabelle Rimbaud, irma do poeta, da mesma epoca .•••...•••.... 67 a 82 VI.
Rimbaud Rainbow
(Soneto das Vogais) . . • . . • . . . . • • . . . . • • . . . . . ..
4a Capa
10
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
9/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
"""
INTRODUCAO: ALGUNS
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
RIMBAUDS
10/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
11/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Hi rnuitos Rirnbauds
em Rimbaud,
"EU
e
urn ou-
tro", disse a poeta. "Desde Rimbaud a arte da poesia avancou pouco ou nada", escrevia Pound em 1918. Mas 0 Rimbaud que interessava a Pound nao era 0 poeta vidente - como 0 queria o pr6prio Rimbaud ("Je dis qu'il faut etre voyant, se faire vo ya nt") -, muito menos 0 "mfstico em esta do selva g em " , reivindicado par Paul Claudel, o Rimbaud de Pound era, nao 0 visionario, mas 0 visualista, 0 fanopaico, das imagens concretas e precis as, 0 Rimbaud "quase sinonimo de Catulo", Nesse Rimbaud 0 imagista Pound via "qualidade" e "solidez" catulianas, "clareza de expressao", "objetividade", Traces que a legenda do voyant obscurecera, mas que ate certo ponto baviam sido ja detectados par Verlaine, quando afirmara, em P o ete s M a ud its, sobre a poesia de Rimbaud: "a lingua e clara e se mantern Ifmpida mesmo quando a ideia se turva au 0 sentido se torna obscure", Traces, porern, nunca antes privilegiados com tanta enfase. 13
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
12/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Poemas como "Venus Anadyomene", "Au Cabaret Vert", "Comedic en Trois Baisers (Premiere Soiree)", "Les Chercheuses de Poux", "Roman", "Les Assis" sao os que Pound prefere (chegou a traduzir os quatro primeiros). Todos da extremajuventude (dos i5 aos 17 anos) do pceta precoce, que abandonaria a poesia aos 19, legando, desdenhosamente, a humanidade uma obra curta, mas tao revolucionaria que ainda hoje "espanta 0 seculo". Poemas que, nao por acaso, parecem incitar a analogia com a pintura. Verlaine lembra Goya a prop6sito de "Les Chercheuses de Poux" ("As Catadoras de Piolhos"); Pound traz a baila Cezanne ao comentar algumas linhas de "Les Assis" ("Os Sentados"). 0 que Pound quer dizer - acentua Marjorie Perloff ern The Poetics of Indeterminacy (Rimbaud to Cage) - e que as imagens de Rirnbaud, como as de Cezanne, sao organizadas nao como sfrnbolos que remetem para alern delas pr6prias, mas como deslocamentos metonfmicos". Em seus Cahiers, Valery anotaria, em 1912: R(imbaud) tern urn sentido a mais que M(ailarme), Mas Mfallarrne) e mais organizado que R(imbaud). Urn tern mais cores, 0 outro mais combinacoes Qua! e 0 mais rico? Estao nas antipodes urn do outre". Em outro passo (correspondencia com Andre Gide, julho de 1914) afirma, no entanto, ter-se convencido de que "0 Mallarme de 186... e 0 Rimbaud de 69-70 estavam bern pouco distantes. Houve urn memento em que eles se cruzaram". Pense-se no Mallarrne colorista de "L'Azur", ou no erctico-satfrico de "Une Negresse", soneto que fraterniza com 0 grotesco feminine de "Venus Anadyomene". Mas nao hi como circunscrever a complexidade do voo inventive de Rimbaud a [anopeia, por mais que se re14
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
13/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
conheca a pertinencia do giro crftico proposto pela pragmatica poundiana e a sua necessidade para a implementacao do "prose kinerna" do Irnagismo, ou por mais desaforados e desconcertantes que nos parecam os anticromos da Indole de "No Cabare Verde" ou "As Catadoras de Piolhos". Deixemos de lado, por ora, as notaveis incursoes prosa-poesia de "Illuminations" e "Une Saison. en Enfer", matrizes do surrealismo e seus subrogados, pelo vies do irracionalismo, mas muito mais e melhor, pre-manifestos da Modernidade, embutidos no desarrazoado conflituoso do jovem rebelde: "il [aut etre'absolument modeme", Para ficar so na poesia-poesia, ha, desde logo, 0 Rimbaud incontornavel do "Bateau Ivre". A evidencia de sua explosao criativa deu margem tanto aos delfrios dos aficionados inconseqiientes como a arrogancia de alguns detratores professorais que quiseram, em vao, reduzir 0 poema a urn lugar-comum parnasiano. Uma obra-prima para os que realmente entendem de poesia, como Mallarme, Verlaine e Valery, ele sobreviveu tanto aos louvores faceis como aos falsos menosprezos. Pode-se ve-lo, hoje, mais nitidamente, como a melhor sfntese da poesia de Rimbaud. Urn texto-Icone que funde 0 visionario e 0 visualista, sobrepondo a precisao imagfstica 0 "desregramento de todos os sentidos" preconizado pelo po eta. Pois, como observa Marjorie Perloff, ao abordar a "lucida indeterminacao" do "Bateau Ivre", sao "altamente concretas mas fundamentalmente cambiantes e enigmaticas" as suas imagens. Escrito, por incrivel que pareca, aos 16 ou 17 anos, este e urn biopoema, varado por urn sopro cosmico e premonitorio, que infunde uma dramaticidade implacavel 15
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
14/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
a holovisao do navio-poeta. Como negar a congruencia do
poema com os futuros pass os da vida de Rimbaud - suas viagens disparatadas, sua ruptura com 0 mundo civilizado da Europa, seu isolamento final, sua remincia a poesia, seu silencio - projetados na alegoria do barco anarquico, videncia ratificada pela vivencia? Uma dramaticidade que o grande periplo dos Cantos poundianos - iniciados, alias, com uma "saison aux enfers" e urn barco a deriva, na revisitacao de Ulisses-Pound ao mundo subterraneo s6 iria conhecer no crepusculo dos "Pisanos", p6s-"gorilla cage": "As a lone ant from a broken ant-hill / from the wreckage of Europe, ego scriptor" (Formiga solitaria de urn formigueiro destrufdo / cos escombros da Europa, ego scriptor"). Por outros caminhos, Pound tambern chegaria a urn obstinado silencio, nos ultimos anos: "Sei que nada sei". Ha 0 Rimbaud hipercromatico das sinestesias programadas e arbitrarias do "Soneto das Vogais", como a sugerir que, em materia de imagens, a poeta pode tudo. Como na a Rimbaud minimalista e tatil-cromatico da quadra "A estreia chorou rosa ...", antecipador das correspondencias indeterminadas de Khliebnikov ("Bobe6bi cantar de labios / Lheemi cantar de olhos" etc., na versao de Haroldo de Campos). Ha 0 Rimbaud, puro sarcasmo, do "Album Zutique", de onde emerge aquele "Cocheiro Bebado", que eu ja defini como urn "miniantisoneto, para acabar com os sonetos". 0 Rimbaud tenebrosamente auto-ironico, cortante e implacavel de "Les Corbeaux", E hi o inesperado Rimbaud angelical de "L'Eternite", de "Chanson de la Plus Haute Tour", de "0 Saisons, 0 Chateaux", de uma fase em que, segundo Verlaine, 0 poeta 16
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
15/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
"se pas a trabalhar (ele!) numa pauta ingenua, com 0 deliberadamente rnuito simples, nao usando mais do que assonancias, palavras vagas, frases infantis e populares", chegando a "prodigies de tenuidade, de verdadeira delicadeza". Ouase-cancoes, Enigmas de urn Rimbaud antiRimbaud, que, "por delicadeza", perdeu sua vida. As minhas incursoes-hornenagens na seara rirnbaldiana buscam dar de todos esses Rimbaud aJguma amostra significativa. Ja verti ha muitos anos "Venus Anadiornene" e "Cocher Ivre", inseridos no capitulo "A Antipoesia do Simbolisma" do meu livro Verso Reverso Controverso. "No Cabare Verde", "0 Soneto das Vogais", "A Estrela Chorou Rosa", "Os Corvos", "Cancao da Mais Alta Torre", "A Eternidade", "Castelos, Estacoes" se incorporam agora aquelas traducoes, juntamente com a versao do "Bateau Ivre". Dificflimo de traduzir criativamente, a poerna foi objeto, entre n6s, de urn bela e abrangente estudo de Augusto Meyer (Le Bateau lvre - Analise e Interpretacao, Rio de Janeiro, Livraria Sao Jose, 1955 - repraduzido em Textos Ctiticos, Sao Paulo, Perspectiva, 1986). A distorcao sintatica na estrutura perfeita, 0 ritmo dissonante mas compacto em dodecassilabos assimetricos, as rimas nobres, as aliteracoes e assonancias, os converte neologismos, urn conjunto de virtuosismos tecnicos essa todo dificuldade numa quase impossibilidade. Retornando de uma similar aventura translingiiistica, a de verter as 35 estrofes do "bateau ivre" de Gerard Manley Hopkins, "The Wreck of the Deutschland" - urn prodigio de imagens, ritmos e sons (a traducao foi publicada no nO4 da Revista da USP, dezembra 89/janeira 90) -, ouso assumir esse novo risco. Pro17
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
16/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
curo, ainda uma vez, de acordo com os principios que norteiam esses trabalhos, reeriar, acima de tudo, a beleza estetica do original; ehegar a urn texto eursivo, nao torturado, que resulte em belos versos, versos que eu gostaria de ter eserito. Buseo manter ao maximo os aehados formais do original, respondendo as assonancias com assonancias, as aliteracoes com aliteracoes, aos neologismos com neoiogismos. Ortodoxo quanto ao ritmo, para nao facilitar 0 diffcil, mantenho os dodecassflabos, e evito 0 rimario facil ou pobre, lembrando que em Rimbaud as rimas sao, quase sempre, "tres honorables", na expressao de Verlaine. Detalhes tecnicos que 0 leitor paciente podera esmiucar, se quiser fazer 0 cotejo com 0 texto original. Alem da inventividade e da surpresa das imagens, e a sua precisao que faz Rimbaud tao diffcil e a s vezes impossfvel de traduzir, Uma pequena refracao lingtifstica poe tudo a perder. "0 lnconsciente
sera urn poeta sirnbolista?" - indagava Pedro Kilkerry, em 1911. E respondia, ele proprio: "0 lnconsciente e urn Rimbaud admiravel, trabalha todo esse inanimado universal". "Harpa Esquisita", de Kilkerry, e - como assinalou Carlos Chiacchio - 0 seu "Bateau lvre": "Pairas ... Em frente, 0 mar, polvos de luz - estrelas ..." ( 0 0 ' ) E em f6sforo incendeia / Na praia a onda do mar, ri com dentes de espuma. (...) E es naufrago de ti, a harpa cafda agora". Como Sousandrade, no easo de Hopkins, Kilkerry me inspirou, com urn poueo de Cesario e outro tanto de Pessoa, nas transposicoes do "Barco Bebado". Em 1924, no auge da arraneada modernista, Mario de Andrade viu em Rimbaud urn "precursor" e ehegou a 18
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
17/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
proclamar: "Nao imitamos Rimbaud. Nos desenvolvernos Rimbaud. ESTUDAMOS A L I C A o RIMBAUD". (A Escrava que N iio e Isauray: Uma decada depois, em 1935, num artigo descartavel, publicado por sinal na fraca revisa parlapatice ta subrnodernista "Festa", cometeria de afirmar, a guisa de explicacao sabre "0 caso do abandono da poesia por Rimbaud", que tudo nao passava de urn "medo nacional" (frances) de "reconhecer que Rirnbaud nao era, absolutamente, uma inteligencia literaria. Nao era nem mesmo poeta. Nao era nada disso que, em ultima analise, e regular e normal". Segundo ele, Rimbaud "teve lirismo, coisa do domfnio do subconsciente e comum a todos as homens. Mas nao foi poeta, que e, alem de 0 realizar periodicamente, rnetodizar, permanentemente, esse lirismo interior". Com esta ressalva: "0 que nao impede que tenha deixado algumas poesias geniais, esta claro". Esse psicologismo vulgar, que nao explica nada, 56 evidencia a desorientacao que se apossara do grande autor de Macunaima, em frase de descornpressao modernista. Com maior sutileza e mais percuciente visao critica, Paul Valery escreveu (Carta a lean-Marie Carre, 23-2-43): "Rimbaud inventou ou descobriu 0 poder da 'incocrencia harmonica'. Tendo chegado a esse ponto extrema, paroxfstico, da irritacao voluntaria da funcao da linguagem, nao podia fazer outra coisa a nao ser 0 que fez - fugir". De outra perspectlva, lean-Pierre Richard aproxima a ideologia do "Livre" irrealizado de Mallarrne (do qual "Urn Lance. de Dados" nao seria mais que 0 pre facio ) a remincia rimbaldiana: u ...Eis 0 grande paradoxo mallarmeano: em nome de uma obra essencial, mas nao escrita, Mallarrne acaba por negligenciar toda a. sua obra realiza19
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
18/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
da, a (mica que n6s conhecemos, e a (mica, portanto, de que podemos examinar 0 sentido. Este Livro nao escrito tern, em suma, no destino de Mallarrne (e em sua crltica...) 0 mesmo papel aterrorizante que desempenharam na vida, ou antes, na p6s-vida de Rimbaud, a fuga e 0 silencio: vazio ultimo que podera ser entendido quer como 0 inefavel prolongamento de todas as palavras que 0 precederam, quer como a sua negacao, ou mais precisamente, no caso de Mallarrne, como 0 fracasso do movimenta que queria ultrapassa-las e funda-las numa linguagem indubitavel", 1961).
(L 'Univers Imaginaire de Mallarme,
Rimbaud e , sem duvida, urn dos grandes inovadores da linguagem poetica, na rafz da Modernidade. Se nao elude au desestrutura a sintaxe tao fundamente como Mallarrne, se nao confiita, no mesmo grau, palavra e significado, desestabiliza a semantica pcetica com as associacoes ins6litas de sua imaginacao e a violencia do seu vocabulario, carr6i os limites entre prosa e poesia, consciente e inconsciente, e prepara as investidas da parataxe que caracterizarao 0 discurso poetico moderno. Ao seu modo, vai, como Mallarrne, a s iiltimas consequencias, Em suma, se a poesia de Mallarme e implosiva, a de Rimbaud e explosiva. Duas taticas para urn firn comum: 0 de questionar 0 hornem, pondo em xeque a criacao que mais 0 caracteriza - a linguagem. A peripecia vital de Rirnbaud, unica, pela radicalidade - a do adolescente genial que, em tres au quatro anos, queimau todas as etapas do fazer numa obra minima (e maxima), tao densa e tao intensa que levau a renuncia e ao silencio 0 poeta superdotado -, merece urn tributo 20
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
19/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
especial e uma reflexao permanente. Quando 0 escrever e mero degrau para os assornos da vaidade au do poder, quando se publicam tantos livros de poesia antes de se ter feito os poemas, sera iitil rernemorar 0 caso-limite Rimbaud, a perfeicao do que eIe fez, tao jovem, e 0 despreendirnento com que deixou de fazer, tao cedo. Valery, ainda uma vez, afirmava que 0 trabalho de urn escritor deveria ser mensurado pelo rigor de suas recusas. Aqui - dizia a literatura atinge 0 dornfnio da etica. Mallarrne. Rimbaud.
21
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
20/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
21/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
22/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
23/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
24/100
5/9/2018
•
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
.
•
.
.
...
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
25/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
I
'"
t
J
-
\. L
\,
\
';:'
f
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
26/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
27/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
POEMAS
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
DE RIMBAUD
28/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
AL,,{THUR RIMBAUD
(1854-1891)
VENUSANADYOMENE
Comme d'un cercueil vert en fer blanc, une tete D e fem m e a ch eveux brun s fo rtem en t pommades D 'un e v ie ille baignoire em erge, fem e et bete, Avec des deficits assez m al ravaudes; P uis le col gras et gris, le s [ ar ge s o m o pla te s Q ui sa ille nt; le dos court qui rentre et qui ressort; P uis les rondeurs des reins sem blent prende l'essor; La graisse sous la peau parait en [euilles plates; L 'echine est un peu rouge, et ie tout sent un goat H orrible etrangem ente; on rem arque surtout D es singularites qu'il faut voir a la loupe ... Les reins portent deux m ots graves: Clara Venus; _. E t tout ce corps rem ue et tend sa large croupe B e ll e h id eu se m e nt d'un ulcere a l'anus. 27 juiller 1870.
24
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
29/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
ARTHUR,IRIMBAUD
(1854-1891)
VENUS ANADrOMENE 11
Como de urn verde tumulo em latao 0 vulto De uma mulher, cabelos brunos ernpastados, De uma velha banheira emerge, lento e estulto, Com deficits bastante mal dissimulados; Do colo graxo e gris saltam as ornoplatas Amplas. o dorso curto que entra e sai no ar; Sob a pele a gordura cai em folhas chatas, E a redorido dos rins como a querer voar ...
o dorsa ~ avermelhado e em tudo
ha urn sabor Estranharnente horrfvel; notam-se, a rigor, II Particularidades que demandam lupa ...
Nos rins dois names s6 gravados: CLARA VENUS; - E todo 0 corpo move'e estende a ampla garupa Bela horrorosamente, uma ulcera no anus. 27 de jufllo
de 1870.
25
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
30/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
AU CABARET-VERT cin q h eures du soir
D epuis huit [o urs, ['a va is dec/zire m es bo ttin es A ux ca illo ux des ch em in s.T 'en tra ls a Charleroi - Au Cabaret-Vert: je dem andai des tartines D e beurre et du jam bon que fat a m o itie fr oid . Bienheureux; j'allongeai les ja m bes sous fa table V erte: je contem plai les sujets tres naifs D e la tapisserie. - E t ce [ut adorable, Q uand la fllle aux tetons enorm es, aux yeux vifs, - C elle-lti, ce n'est pas un baiser que l'epeurel Rieuse, m 'apporta des tartines de beurre, D u jam bo n tiede, dans un pla t calorie,
-
D u [am bon ro se et bla nc parfum e d'une g ousse D 'ail, - et m 'em pllt la cho pe im m ense, avec sa m ousse Q ue dorait un rayon de so lei! artiere. Octobre70 26
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
31/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
NO CA B ARE
VERDE
as cinco da tarde
Oito dias de estrada, as botas esfoladas De tanto caminhar. Em Charleroi, desvio: - Entro no Cabare Verde: pec;o torradas Na manteiga e presunto; que nao seja frio. Despreocupado estiro as pernas sob a mesa Verde e me esqueco a olhar os temas primitivos Sabre a tapecaria. - Adoravel surpresa, A garota de enormes tetas, olhos vivos, - Essa, m 10 ha de ser urn beijo que a afugente! Rindo, vern me trazer 0 meu pedido numa Bandeja multicor: pao com presunto quente, Presunto rosa e branco aromado de urn dente De alho, e 0 chope bern gelado, boa espuma, Que uma restea de sol doura tardiamente. Outubro 1870
27
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
32/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
LE BATEAU lYRE
Comme je descendais des Eleuves impassibles,
Je ne m e sem is plus guide par les haleurs: D es P eaux-Rouges criards les avaient pris pour cibles, Les ayant cloues nus aux poteaux de couleurs. J'eta is inso ucieux de ta us les equipa ges, P orteur de bles flam ands au de c oto ns a ng la is. Q uand avec m es haleurs ant fini ces tapages, Les F leuves m 'ant laisse descendre ou [ e v ou la is . D ans les clapotem ents furieux des maries, Moi, l'autre hiver; plus sourd que les cerveaux d'enfants, Je courus! E t les P eninsules dem arrees N 'ont pas subi tohu-bohus plus triom phants. La tem pete a beni m es eveils m aritim es. P lus liger qu'un bouchon j'ai danse sur les flats Q u 'on a pp elle r ou leu rs ete m els de victimes, D ix nuits, sa ns reg retter l'o eil nia is des fa lo ts! 28
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
33/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
o BARCO
BEBADO
Quando eu atravessava os Rios impassfveis, Senti-me libertar dos meus rebocadores. Crueis peles-vermelhas com uivos terriveis Os espetaram nus em postes multicores. Eu era indiferente a carga que trazia, Gente, trigo flarnengo ou algodao Ingles. Merta a tripulacao e finda a algaravia, Os Rios para mim se abriram de uma vez. Imerso no furor do marulho oceanico, No inverno, eu, surdo como urn cerebro infantil, Deslizava, enquanto as Peninsulas em panico Viam turbilhonar mares de verde e anil.
o vento
abencoou minhas manhas mantimas. Mais leve que uma rolha eu dancei nos lencois Das ondas a rolar arras de suas vitimas, Dez noites, sem pensar nos olhos dos far6is! 29
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
34/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
P lus douce qu 'aux enfants la chair des ponunes L 'eau vene penetra m a coque de sapin E t des taches de vins bleus et des vom issures M e lava, dispersant gouvem aii
sures,
et grappin.
E t des lars, je m e suls baigne dans le P oem e D e la M er, infuse d'astres, et lactescent, D evo ra nt les azurs v er ts; a u, flo tta iso n blem e Et ravie, un noye pensif 'parfois descend;
O U , teignant tout
a
coup le s b le ulte s, d elir es
Et rhythmes lents sous les rutilements du jo ur , P lus fortes que l'alcool, plus vastes que nos lyres, F er m en ten t les tousseurs ameres de l'amourl Ie sals les cieux crevant en eclairs, et les trombes E t les ressacs et les courants: je sais le soir;
L'Aube exa ltee ainsi qu 'un peuple de colom bes, E t fai vu quelquefois ce que i'hom m e
a ern voir!
J'ai vu le soleil bas, tache d'hotreurs m ystiques. Illum inant de longs figem ents violets, Pareils a des acteurs de dram es tres antiques Les flats roulant au loin leurs frissons de valets! J'ai reve fa nuit verte aux neiges eblouies, B alser m ontant aux yeux des m ers avec lenteurs, La circulation des seves inouies, Et l'eveil [aune et bleu des phosphores chanteurs!
J'a i suivi, .des m o is pleins, pa reille a ux va cheries H ysteriques, la houle a l'assaut des recifs, Sans songer que les pieds lum ineux des M aries P ussent forcer le m ufle aux O ceans poussifst 30
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
35/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Mais doce que as ma<;as parecem aos pequenos, A agua verde infiltrou-se no meu casco ao leu E das manchas azulejantes dos venenos E vinhos me lavou, livre de Ierne e arpeu,
.
Entao eu mergulhei nas aguas do Poema Do Mar, sarcofago de estrelas, latescente, Devorando os azuis, onde as vezes - dilerna Livido
- urn afcgado afunda lentamente;
Onde, tingindo azulidades com quebrantos E ritmos lentos sob a rutilante albor, Mais fortes que 0 alcool, mais vastas que os nossos prantos, Fermentam de amargura as rubeolas do amor! Conheco as ceus crivados de clar6es, as trombas, Ressacas e mares: conheco 0 entardecer, A Aurora em explosao como urn banda de pombas, E algumas vezes vi 0 que 0 homem quis ver! Eu vi a sol baixar, sujo de horrores misticos, Iluminando os longos tumulos glaciais; Como atrizes senis em palcos caballsticos, Ondas rolando ao lange as frernitos de umbrais! Sonhei que a noite verde em neves alvacentas Beijava, lenta, 0 olhar dos mares com mil coros, Soube a circulaeao suculentas E 0 acordar laura edas azulseivas dos f6sforos canoros! Par meses eu segui, tropel de vacarias Histericas, 'o-mar estuprando as areias, Sern esperar que aos pes de ouro das Marias Esmorecesse 0 ardor dos Oceanos sem peias!
31
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
36/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
J'ai h eurte, sa vez-v ous, d'in cr oy ables F lo ride s Mtlant aux fleurs des yeux de pantheres a peaux D'hommesl D e s a r cs -e ll- de l tendus comme de s br ides
Sous l'horizon des mers, a de glauques troupeauxl J'ai vu [erm enter les m arais enom ies, nasses O U po urrit da ns l es jones tout un Leviathan! D es ecroulem erus d'eaux au m ilieu des bo naces, E t les lo inta ins vers les g ouffres ca ta ra cta nt!
G l ac ie rs , s ole ils d 'a r ge nt, flots nacreux; deux de bra ises! E cho uag es hideux au fond des g olfes bruns O U le s serpents g eants devotes des punaises C ho ient, des arbres tordus, avec de noirs parfum s! J'aurais voulu m ontrer aux enfants ces dorades D u flot bleu, c es po isso ns d 'o r; c es pO isS O IlS c ha nta nts. - D es ecum es de fleurs ont berce m es derades E t d'ine/fa bles vents m'ont a ile p ar in sta nts.
Parjols, martyr lasse des poles et des zones. La m er dont le sanglot [alsait mon roulis doux M ontait vers m ol se s fieu rs d 'o m bre . a ux v ento uses ja unes E t je restais, ainsi qu'une f e m m e a g en ou x: .. P resque fie, ballotta nt sur m es bords les querelles E t les fientes d'oiseaux cla baudeurs aux yeux blonds. E t je voguais, lorsqu 'a tra vers m es liens freles D es noyes descendaient dorm ir; a reculons! O r m oi, batea u perdu sous les cheveux des a nses, Jete pa r l'o ura ga n dam l'eth er sa ns o isea u; M o i do nt les M onitors et les vo iliers des H a nses N 'auraient pa s repeche fa carcasse ivre d'eau; 32
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
37/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Cheguei a visitar as Floridas perdidas Com olhos.de jaguar florindo em epiderrnes De hornens! AJco-iris tensos como bridus No horizonte damar de glaucos paquidermes.
V i fermentarern,
pantanos imensos, ansas On de apodrecerrr Leviatas distantes! o desmoronarnenro-dai agua nas bonancas E abismos a seabrirr neieaos, cataratantes! Geleiras, sois de prara..ondus e ceus cadentes! Naufnrgios na rumba dosasnegrumes, Onde, pasto abissais de insetos, tornbarn serpentes Dos curvos cipoais, com perfidos perfumes! Ah! se as criancas vissern 0 dourar das ondas, Aureos peixes do mar azul. peixes cantantes ... - As espumas em flor ninaram minhas rondas E as brisas da ilusao me alaram por instantes.
Martir de p610s e de zonas misteriosas,
o maira.solucan
cobria os meus artelhos
Com flores fantasmais de palidas ventosas E eu, como uma mulher, me punha de joelhos ... Quase ilha De gralhas Eu vogava, Passavam,
a baloucar entre borras e brados tagarelas com olhar de gelo, e par minha rede os afogados a dormir, descendo a contrapelo.
Mas eu, barco perdido em bafas e dancas, Lancado no ar sem passaros peia torrente, be quem os Monitores e as arpoes das Hansas Nao teriam pescado a cascade agua ardente; 33
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
38/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
L ibre, [um ant, m onte de brum es vio lettes, M ol qui tro ua is /e ciel ro ug eo ya nt co nune un m ur Q ui po rte, co nfiture exquise a ux bo ns poetes, D es lichens de so /ell et des nto rves d'a zur; Q ui co ura is, ta ch e de lu nu le s e le ctr iq ue s, Planche [olle, escorte des h ippo ca m pes no irs, Q ua nd le s j uillets [a isa ien t cro ule r a co ups de triques Les deux ultra m arins a ux a rdents ento nno irs; M o l qui trem b la is, sen ta nt g ein dr e
a
cin qua nte lleues
L e rut des B ehem ots et les Maelstroms epais, Fi/eur etemel des immobilites bleues, J e r eg re tte l'Europe aux a n cie ns p a ra p ets ! J'ai vu des archipels sideraux! et des ties D a M le s c ieu x d eli ra n ts so nt o uverts a u vogueur: - Est-ce en ces nuits sans fo nds que tu dots et t'exiles, M illio n d'o isea ux d'o r, (}future V ig ueur? Mais, vrai, j'ai trop pleurel Les Aubes SOIlI navrantes. Toute lune est a tro ce et to ut so leil amer: L 'a cre a m our m 'a g o nfle de to rpeurs enivra ntes. o que m a quille ecla tel 0 q u e j 'a i ll e a fa m er!
Si je desire une ea u d'E uro pe, c'est fa fla che Noire et froide ou vers le crepuscule em baum e U n enfa nt accroupi plein. de tristesses, M elle Un ba te au fr ele c am ille un papillon de mai. Je ne p uis p lu s, baigne de vo s la ng ueurs, (} la mes, Enlever leur sillage a ux porteurs de co to ns, N i tra verser l'o rg ueil des dra pea ux et des fkunmes, N i na ger so us les yeux h orribles des po nto ns. 34
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
39/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Livre, fumando em meio as viracoes inquietas, Eu que furava 0 ceu violaceo como urn muro Que mancharn, acepipe raro aos bons poet as, Lfquens de sol e vornitos de azul escuro; Prancha Iouca a correr com hinulas e faiscas E hipocampos de breu, nurna escolta de espuma, Quando os s6is estivais estilhacarn em riscas o ceu ultra marino e seus funis de bruma; Eu que trernia ouvindo, ao longe, a estertorar, e dos Maelstroms febris, o cia dos Behemots Fiandeiro sem fim dos marasmos do mar, Anseio pela Europa e os velhos peitoris! Eu vi os arquipelagos astrais! e as ilhas Que 0 delirio dos ceus desvela ao viajor: - E nas noites sem cor que te esqueces e te ilhas, Milhao de aves de ouro, 6 futuro Vigor? Sim, chorar eu chorei! Sao mornas as Auroras! Toda lua e cruel e todo sol, engano: o amargo amor opiou de ocios minhas horas. Ah! que esta quilha rompa! Ah! que me.engula
0
oceano!
Da Europa a agua que eu quero e s6 0 charco Negro e gelado onde, ao crepusculo violeta, Urn roenino tristonho arremesse 0 seu.barco Trernulo como a asa de uma borboleta. No meu torpor, nao posso, 6 vagas, as esteiras Ultrapassar das naves cheias de algodoes, Nem veneer a altivez das velas e bandeiras, Nero navegar sob 0 olho torvo dos pontoes, 35
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
40/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
VOYELLES
A nair, E blanc, I rouge, U vert, 0 bleu: voyelles, Je dira i quelque jour vos naissances latentes: A, nair corsetvelu des mouches eclatantes Qui botnblnent autour des puanteurs cruelles, Galfes d'om bre; E, candeurs des vapeurs et d es te nte s, Lances des glaciers fiers, ro is bla nc s, frisso ns d'ombelles; 1,pourpres, sang c re ch e, tir e des l ev re s b ell es D ans la colere au les ivresses penitentes;
U , c yc le s, vibrements divins des mers virides, Paix des patis sem is d'animaux; paix des rides Que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux; 0, supreme C la ir on p le in des strideurs etranges, Silences traverses des Mondes et des Anges: - 0 i'Omega, rayon violet de Ses Yeuxl
36
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
41/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
VOGAIS
A negro, E branco, I rubro, U verde, 0 Ainda desvendarei seus misterios latentes: A, velado voar de moscas reluzentes Que zumbem ao redor dos acres Iodacais;
azul. vogais,
E, nivea candidez de tendas e areais, Lancas de gelo, reis brancos, flores trementes; I, esearro earmim, rubis a rir nos dentes Da ira au da ilusao em tristes baeanais; U, curvas, vibracoes verdes dos oeeanos, paz de verduras, paz dos pastos, paz dos anos Que as rugas vao urdindo entre brumas e escolhos; 0, supremo Clamor eheio de estranhos versos, Silencios assombrados de anjos e universos: - 6! Omega, 0 sol violeta dos Seus olhos!
37
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
42/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
"
,
L'ETOILE A PLEURE ROSE ...
L 'etoile a pleure rose au coeur de tes oreilles, L'infini ro ute bla nc de ta nuque ii tes reins; La m er a perle rousse ii tes m am mes vetm eilles Et l'H om m e saiglie nair ii ton flanc souverain:
38
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
43/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
A ESTRELA CHOROU ROSA...
A estrela chorou rosa ao ceu de tua orelha. o infinito rolou branco, da nuca aos rins. o mar perolou ruivo em tua teta vermelha. E 0 Hornem sangrou negro 0 altar dos teus quadris.
39
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
44/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
COCHERIVRE
Pouacre Boit: N acr e Voit;
Acre
t»; Fiacre Chait!
Femme
T o m be : Lambe Saigne: Geigne. - Clame! 40
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
45/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
COCHEIRO BEBADO
A.lacre Vai: Nacre Rei;
Acre Lei, Fiacre Cai!
Dama: Tombo. Lombo
D6i. Clarna: A'I1. 41
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
46/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
CHANSON DE LA PLUS HAUTE TOUR
Oi si ve jeunesse A tout asservie,
Par aelicatesse J'ai perdu rna vie. All! Que le temps vie/me O U les c ce ur s s'e pr en ne nt:
Je m e suis dit: laisse, Et qu 'on ne te voie: Et sans La prom esse D e plus ha utes joies. Q ue rien n e "a rr ete , Auguste retraite. J'ai tant fa it p a tie nc e Q u 'a ja m a is j'o ub lie; C r ain te s e t so uffr an ce s Aux deux sont parties. Et la so if malsaine O bscurcit m es veines. 42
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
47/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
CAN<;AO DA MAIS ALTA TORRE
Imitil beleza
A tudo rendida, Por delicadeza Perdi minha vida. Ah! que venha 0 instante Que as almas encante. Eu me digo: cessa, Que ninguem te veja: E sem a promessa Do que quer que seja. N ao te impeca nada, Excelsa morada. De tanta paciencia Para sempre esqueco: Temor e dolencia Aos ceus ofereco, E a sede sem peias Me escurece as veias. 43
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
48/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Ainsi fa P rairie A l'oubli livree, G ra ndie , e t fle ur ie D 'enc ens et d'ivra ies Au bourdon farouche D e cent sa les mouches. AM M ille veuva ges D e fa si pauvre tune Q ui n 'a que l'im age D e fa Notre-Dame! Est-ce que l'on prie La Vierg e M arie?
Olsive [eunesse A tout asservie, P a r d elic a tess e J'ai perdu ma vie. Ah! Q ue le tem ps vienne Ou les coeurs s'eprennentl M ai 1872.
44
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
49/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Assim esquecidas Viio-se as Primaveras Plenas e floridas De incenso e de heras Sob as notus foscas De cem feias moscas, Ah! M il viuvezas D a alma que chora E s6 tem tristezas De Nossa Senhora! Alguem oraria Virgern Maria?
A
Irnitil beleza A tudo rendida, Por delicadeza Perdi minha vida. Ah! que venha 0 instante Que as almas encante! Maio 1872
45
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
50/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
LES CORBEAUX
Seig neur, qua nd [roide est la pra irie, Quand dans les hameaux abbattus, Les lo ng s a ng elu s se sont tus... Sur la n atu re d efleu rie Faites s'abattre des grands cieux Les chers eo rbea ux delicieux:
Arm ee etrang e aux cris severes, Les vent froids attaquent vas nids! Vous, le long des fleuves jaunis, Sur les routes aux vieux calvaires, Sur les fosses et sur les trous Disper se z- vous, r allie z- vousl P ar m illiers, sur les cham ps de France. O u dotment des morts d'avant-hier; Toumoyez, n'est-ce pas, l'hiver, P our que chaque passant repense! Sols done le crieur du devoir, o notre [unebre oiseau nair! 46
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
51/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
OSCORVOS
Senhor, quando os campos sao frios Enos povoados desnudos Os longos angelus sao mudos ... Sobre os arvoredos vazios Fazei descer dos ceus preciosos Os caros corvos deliciosos. Hoste estranha de gritos secos, Ventos frios varrem vossos ninhos! Vos, ao longo dos rios maninhos, Sobre os calvaries e seus becos, Sobre as fossas, sobre os canais, Dispersais-vos e ali restais. Aos milhares, nos campos ermos, Onde ha mortos recem-sepultos, Girai, no inverno, vossos vultos Para cada urn de nos vos vermes, Sede a consciencia que nos leva, 6 funerais aves da treva! 47
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
52/100
I .
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
M ais, sa ints du ciel, en ha ut du chelle, Mal perdu dans le soir charme, L aissez les fa uvettes de mai
P our ceux qu 'a u fond du bois enchaine, D a ns l'h erbe d'oi: l'o n ne peut fuir; La de/a ile sans avenir:
48
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
53/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Mas, anjos do ar, no alto da fronde, Mastro sern fim que os ceus encantam, Deixai os passaros que cantam Aos que no breu do bosque esconde, L a , onde 0 escuro e mais escuro, Uma derrota sern futuro.
49
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
54/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
L'ETERNITE
E lle e st r etro uve e. Q uoi? - L'Etemite. C'est la m er allee Avec le soleil: A m e sentinelle, M urm uro ns l'aveu D e fa nuit si nulle E t du jo ur en feu. D es humains suffrages, D es co m m uns ela ns, La tu.te degages E I vo les selo n. P uisque de vo us seules, B ra ises de sa tin, Le D evo ir s'exha le Sans qu'o n dise: enfin. 50
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
55/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
A ETERNIDADE
De novo me invade. Quem? - A Eternidade. E a mar que se vai Com a sol que cai. Alma sentinela, Ensina-rne 0 jogo Da noite que gela E do dia em fogo. Das Iides humanas, Das palmas e vaias,
Jii te desenganas E no ar te espraias. De outra nenhuma, Brasas de cetim, o Dever se esfuma Sem dizer: enfim. 51
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
56/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
La p as d 'e sp er an ce , N ul o rietur. S cien ce a vec pa tie nce , Le supplice est sur. E lle e st r etr ou ve e. Q uoi? - L'ttem ite. C 'e st fa m er allee Avec le so leil: M ai 1 87 2.
52
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
57/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
La nao ha esperanca E nao ha futuro. Ciencia e paciencia, Suplfcio segura. De novo me invade. Quem? - A Eternidade. E a mar que se vai Com a sol que cai. Maio 1872
53
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
58/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
6 SAISONS, 6 cHATEAUX
6 saisons,
IJ
6 saisons,
IJ
chateaux Q uelle am e est sa ns de fa uts? chateaux,
J'ai fa it la magique etude D u Bonheur; que nul n 'elude.
6 vive lui; chaque fois Q ue chante so n coq gaulois. Maisl je n 'a ur ai plus d'envie,
Il s'est charge de rna vie. Ce Channel if prit ame e t c or ps,
E t dispersa to us effo rts. Q u e c om p re nd re a m a pa ro le? II fait qu 'ell [uie et vole! 54
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
59/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
CASTELOS, ESTA<;OES
Castelos, estacces, Que alma e sem sen6es? Castelos, estacoes, Eu fiz 0 rnagico estudo Da Felicidade, eis tudo. Que eu possa ouvir outra vez Cantar seu galo gaules. Desejos? Dores? Olvida. Ela
e a luz da
minha vida.
o Encanto
entrou em minha alma. Doravante tudo e calma.
o que
esperar do meu verso? Que voe pelo universo. 55
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
60/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
6 saisons,
{j
chateaux!
E I, si le m a lh eur m 'en tra in e, Sa disg ra ce m 'est certa ine. II [a ut que so n deda in, las!
M e livre a u plus pro m pt trepas!
- 6 Saisons,
{j
Chateaux!
56
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
61/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Castelos, estacoest E se me arrastar 0 mal, Seu fel me sera fatal. Que a morte com seu desprezo Me liberte desse peso! - Castelos,
Estacoesl
57
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
62/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
63/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
64/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
65/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
66/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
67/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
68/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
69/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
APENDICE ZUTICO
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
70/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
PROPOS DU CIRCLE
(Merat) C inq so us! C 'est ruineuxl M e dem ander cinq so us? T as d 'i ns ole n ts i (Penoutet) M on vieux, je viens du cafe R iche, J'a i vu C atulle (Keck) M ol je vo udra i etre riche. (Verlaine) C a b an er , d e l'e au D 'A ff! (A. Cros) M o nsieur, v ous etes sa ouls! (Valade) Morbleu; pa s ta nt de bruit! La fem m e d'en desso us A cco uch e ... (Merat) A vez-vo us v u l'a rtic le sur l'A utrich e D a ns m a revue? .. (Mercier) H o rreur! M o nsieurs, C a ba ner tric he S ur la ca ntine! (Cabaner) Je... ne pu. .. is repondre a tous!
(Gill) Je ne bo is rien, je paye! Allez chercher a boire, V oila dix so usl (Ant. Cros) Sit Si! M era t, veuil/ez m 'en cro ire, Zutism e est le vra i no m du circle. (Ch. Cros) E n virite, L'a uto rite c'est m o i! C 'est m o i l'a uto rite ... (Jacquet) P erso nne au pia no ! C 'est fa cheux que l'on perde SOil tem ps. M ercier, jo uez le Jo yeux Yin... (Rimbaud) A ll! m erde! Leon Valade, J. Kcck 60
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
71/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
PAPO DO CfRCULO
[Merat} Cineo sous!
E demais! Me pedir tanta grana?
Cambada de ladr6es!... (Penoutet) Eu venho do Cafe Riche, encontrei CatuUe... (Keck) E, ser rico e que e1 (Verlaine} Cabaner, agua D'Aff! (A. eros) Que bebado saeana! (Valade) PO,chega de barulho! A mulher la de baixo 'Ta dando a luz... (Menu] Ja leu a nota na revista. Sobre a Austria? ... (Mercier) Ah, Cabaner, seu grande vigarista,
Trapaeeando, hein? (Cabaner) Nunea vi tan ...to bor ...raeho! (Gill) Eu nao bebo, eu s6 pago, agora. Mais bebida, Aqui estao dezsous! (Ant. Cros) Sim! Sim! Merat, duvida?
Zutisma
e 0 nome
deste circulo. (Ch. Cros) Em verdade,
sou a autoridadel A unica autoridade ... (Jacquet) Ninguem toea piano, aqui? Ora, que perda De tempo. Mercier, toque o Joyeux Yin... (Rimbaud) Ah! rnerdal Eu
Leon Valade, 1. Keck 61
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
72/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
Nota sobre
0
"Cfrculo"
"Cercle Zutique" (neologismo derivado de zutl, interjei~ao popular de desprezo ou indiferenca) - assim Antoine Cros denominou 0 grupo boemio de intelectuais freqiientado por Verlaine e Rimbaud em 1871, e composto, entre outros, por Albert Merat, Ernest Cabaner, Antoine e Charles eros, Leon Valade, Andre Gill. Eles se reuniam numa cantina instalada no terceiro andar do Hotel des Etrangers, entre 0 Boulevard SaintMichel e a Rue Racine. 0 musico Ernest Cabaner era 0 gerente e fazia as vezes de barman, ajudado por Rimbaud. No Album Zutique (manuscrito 56 revelado em 1936), entre desenhos e tiradas humorfsticas, encontram-se as proliterarias do grupo. Era comum 0 poema-par6dia, ducoes que satirizava os parnasianos mais conhecidos, como Banville, e os pr6prios membros do Cfrculo. Do Album Zutique e 0 anti-soneto "Cocheiro Bebado", de Rimbaud. E tambem a peca. assinada por Leon Valade e J. Keck, que ilustra bern 0 ambiente do Cfrculo e 0 seu nao-convencionalismo, na liberdade e no desernbaraco com que tumultua, em muitas vozes, os catorze versos classicos, 62
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
73/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
74/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
75/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
RIMBAUD BLACK
augusta de campos
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
OR WHITE
&
arnaldo antunes
76/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
77/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
78/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
79/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
80/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
81/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
82/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
83/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
84/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
85/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
86/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
87/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
88/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
89/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
90/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
91/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
92/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
93/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
.'
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
94/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
95/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
96/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
"
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
97/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
98/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
e_-'ilQirIrroW~~
us
EiRAF1cA
Rua
IE'ftllcio
CEP
On1&.A5O
F ., u: .. : { 0: I0 l1 1J
http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
E
EDITORA
rVil.DIiD
-
"""es,
Gv.u~
6 43 B- 15 ao .
Ll1lA.
310
-
Jd
- Sf' -
E -M aI :
T ri un I! ;l I
FQr.(..
-
B oo 5u c: s5 .s a
itlQ;111
-liA~'oOOCI
I ls gr ll UI Ir iw I. -c or n. .b !"
99/100
5/9/2018
46771377 CAMPOS Augusto Rimba ud Livre - slide pdf.c om
~'
o
Ib ~_~\11t.~ E OIT
=
ORA PEASP~CT VA
~I~ http://slide pdf.c om/re a de r/full/46771377-c a mpos-a ugusto-r imba ud-livre
100/100