FARMÁCIA HOMEOPATICA MIASMAS .................................. 14
8º SEMESTRE 2015
Hipocrates e a similitude ........ 2 Hahnemann ............................ 2
Psora ..................................... 14 Sicose .................................... 14 Sífilis ...................................... 14
Método de trituração ........... 25 Escala cinquenta milesimal... 26 Técnica.................... ............... 26 Dispensação................... ........ 26
ORGANOM .................................. 2
PROCESSO DE CURA .................. 15
MÉTODO KORSAKOVIANO ........ 27
HISTÓRIA ....................................... 2
Brasil ....................................... 2
DEFINIÇÃO ..................................... 3 CONCEITOS .................................... 3 FUNDAMENTOS ............................. 4 Lei dos semelhantes ................ 4 Experimentação no homem sadio ....................................... 4 Doses mínimas ........................ 4 Remédio único ........................ 4
ESCOLAS HOMEOPATICAS .............. 5 Unicismo ................................. 5 Kentismo ................................. 5 Pluralismo ............................... 5 Complexismos ......................... 5 Organismo .............................. 5
MEDICAMENTOS HOMEOPATICOS .6 ORGANOM .................................. 6 Medicamento vegetal ............. 6 Medicamento animal.............. 7 Medicamentos minerais ......... 8 Minerais naturais .............. Erro! Indicador não definido. Medicamentos policrestor ...... 8 Medicamentos incompatíveis . 8 Medicamentos complementares ..................... 8
NOMENCLATURA ........................ 8 SINONIMIAS .............................. 10 SAUDE-DOENÇA ........................... 11 ORGANOM ................................ 11 NÍVEIS DINÂMICOS.................... 11 DOENÇAS .................................. 12 Doença aguda a guda....................... 13 Doença crônica ..................... 13 Doenças medicamentosas..... 13 Doenças crônicas falsas......... 13 Doenças crônicas verdadeiras, ou miasmas ........................... 13
FARMACOLOGIA .......................... 16 AÇÃO PRIMARIA E REAÇÃO SECUNDÁRIA ............................. 17 Ação primária ....................... 17 Reação secundária................ 17
FARMACOLOGIA DOS CONTRÁRIOS ............................. 17 ENERGIA MEDICAMENTOSA ..... 18 BIOTERÁPICOS E ISOTERAPICOS .... 8 Bioterápicos ............................ 8 Isoterápicos ............................ 8 Autoisoterápicos ..................... 8 Heteroisoterápicos .................. 9
Técnica .................................. 27
MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO (FC) ............................................ 27 Técnica .................................. 27
FORMAS FARMACEUTICAS .......... 28 FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO INTERNO ................................... 28 Dose única líquida................. 28 Preparação líquida (gotas) ..... 28 Forma liqui da........................ 28 Formas sólidas ...................... 28 Glóbulos................................. 28 Pós ........................................ . 29 Tabletes ................................ . 29 Comprimidos ......................... 30
RDC 67 .........................................19
VALIDADE.................................. 31
ANEXO 5 .................................... 19
Boas práticas de manipulação e preparação homeopática (BPMH) ................................. 20
Formulações líquidas ............ 31 Formulações sólidas ............. 31 FORMAS FARMACEUTICAS DE USO EXTERNO ....................... 32 Formas liquida ...................... 32 Liniamento..................... ........ 32 Preparações nasais ................ 32 Preparações oftálmicas ......... 32 Preparações otológicas o tológicas.......... 32 Formulações semissólidas .... 32 Cremes.................... ............... 32 Géis-Cremes ...................... .... 33 Pomadas ................................ 33
ALCOOMETRIA .......................... 21
PREPARAÇÕES ........................... 34
Determinação de título alcoometrico ......................... 21 Preparo de álcool etílico diluído ............................................... 21
Arnica Montana 6CH líquida 34 Procedimento ........................ 34 Chamomilla 6CH (V/X/20) e 31CH ..................................... 34 Procedimentos ..................... . 34 Sulphur 12LM........................ 35 Procedimento ........................ 35 Sulphur .................................. 35 Do sólido para o líquido......... 35 Calcarea carbônica ............... 35 Procedimento ........................ 35
Objetivo ................................ 19 Infraestrutura ....................... 19 Limpeza e sanitização ........... 19 Manipulação ......................... 19 Rotulagem e embalagem ..... 19
FARMACOTÉCNICA HOMEOPATICA .....................................................21
TINTURA MÃE (TM) ................... 22 Preparação ........................... 22 Maceração.................... ......... 22 Percolação .................... ......... 22 Determinação do resíduo sólido .............................................. 22
MÉTODO HAHNEMANNIANO ... 24 Método de frascos múltiplos 24 Técnica de obtenção ........... .. 24
HISTÓRIA
da maneira exata de sua preparação e quantidade, e do período apropriado de sua repetição; se, finalmente, conhece os obstáculos ao restabelecimento em cada caso, e sabe removê-los de modo que a cura seja durável: então ele saberá agir de maneira racional e profunda , e então ele
Hipocrates e a similitude Na Grécia, para Hipocrates a cura tinha por base o poder curativo da natureza a Vis Medicatrix Naturae, que mantinha a pessoa em harmonia será um verdadeiro médico. consigo mesmo e com a natureza. A doença é uma Organom §5: no auxilio da cura servem ao médico, perturbação do equilíbrio dessa harmonia. os dados detalhados da causa ocasional mais Hahnemann Em 1790, Hahnemann ficou indignado quando traduziu a matéria médica, do médico escocês Willian Cullen, onde dizia que a quina tinha eficiência terapêutica sobre o estomago de pacientes acometidos pela malaria. A partir disso ele resolveu fazer experiências ingerindo, por vários dias, certa quantidade de quina. Para sua surpresa ele passou a apresentar uma série de sintomas parecidos aos da malaria. Ao suspender o uso da droga, sua saúde voltou ao normal. Em seguida experimentou a quina em seus familiares e amigos, notando que o fenômeno se repetia, passou assim a realizar experimentos com outras substâncias, catalogando seus efeitos no organismo sadio. A partir da compilação dos sinais e sintomas que essas substâncias provocaram no homem sadio, ele decidiu fazer novas observações agora no homem doente, para confirmar o principio da similitude. Como a maioria dos resultados foi positivo, a hipótese de Hahnemann foi confirmada. Em 1805, publicou a primeira edição de seu livro, Organon d a arte arte da cura , no qual se encontram a doutrina homeopática e seus sintomas, regras para exame, entrevistas e tratamento.
provável da doença aguda, bem como os momentos mais significativos na historia inteira da doença crônica, para encontrar a sua causa fundamental, na maioria dos casos devido a um miasma crônico. Ele deve considerar a constituição física do paciente, seu caráter normal e intelectual, suas ocupações, seu modo de vida e hábitos suas condições sociais e domésticas, sua idade e função sexual etc.
Brasil Foi introduzido no Brasil em 1840, pelo médico Frances Dr. Benoit Jules Mure. As TM eram trazidas da Europa e os próprios médicos a manipulavam, devido à falta de farmácias especializadas. Em 1851 a escola homeopática do Brasil, por pressão dos farmacêuticos, aprovou a separação da prática médica da pratica farmacêutica em 1886, com decreto nº 9.554, surgiu uma lei que dava direito de manipulação apenas aos farmacêuticos. A partir de 1965, surgiram leis especificas para a farmácia homeopática até que, por meio do decreto nº. 78.841 de 25/11/1976 foi aprovado a primeira edição da FHB. Em 1980 com a resolução nº 1000/80. A homeopatia foi reconhecida pelo conselho federal de medicina como especialidade médica.
Figura 1: Chris tian Friedrich Samu el Hahnemann (1755- (1755- 1843) 1843) alemão nasc ido em Meissem , filho d e um p into r de por celana, falava v árias língu as. Est udo u m edicin a em Leipzig, Viena e Erlanger. Teve 11 filhos no primeiro casamento. Largou a medicina pois, estava insatisfeito com seus resultados.
ORGANOM
Organom §1: a mais alta e única missão do médico é restabelecer a saúde nos doentes, que é o que se chama curar. Organom §3: se o médico percebe o que há para ser curado nas doenças, isto é, em cada caso individual, individual, de doença, se ele também percebe o que é curativo nos medicamento, ao que considerou sem duvida patológico no paciente, se sabe adaptálo, tanto a respeito da conveniência do medicamento mais apropriado quanto ao seu modo de ação no caso de que se trata, como a respeito
Figura 2: Benoit Jules Mure (1809-1858) filho de ricos com erciantes de seda, seda, pegou tuberculose, e foi salvo por um mé dico hom eopata, após su a cura, dedic ou s e ao estudo da hom eopatia, teve contato com Hahnemann em paris e com ele mant eve cor respo ndência.
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DEFINIÇÃO A homeopatia é uma especialidade especialidade médicofarmacêutico que consiste na administração de doses mínimas da substancia, de acordo com a lei dos semelhantes (similia similibu s curantur) , para evitar piora dos sintomas e estimular a reação orgânica na direção da cura. A homeopatia é baseada no principio da similitude, apoiada na observação experimental de que toda substância capaz de provocar determinados sintomas num individuo saudável é capaz de curar, desde que em doses adequadas, o doente que apresente sintomas semelhantes. Ex.: uma substância que causa tosse, diarreia e provoque vômitos, curam doenças que apresentam sintomas semelhantes, desde que usadas em doses menores.
CONCEITOS Patogenesias: É o conjunto de sintomas apresentadas por um indivíduo sadio e sensível, durante a experimentação de uma droga. Alopatia: Usam-se remédios de ação diferentes da doença que precisa ser tratada. Isopatia: usa o mesmo fator que é a causa da doença, por exemplo, temos as vacinas e os soros. Dinamizações: processo de diluição, sucussões ou triturações sucessivas do PA e do VI; Escala: é a proporção entre VI e PA usada na preparação das dinamizações. As formas farmacêuticas derivadas são preparadas segundo as escalas centesimal ( CH), decimal ( DH) e cinquenta milesimal ( LM). CH: preparada na proporção de 1/100 (1 parte do PA em 99 partes de VI: total de 100 partes); DH: preparada na proporção de 1/10 (1 parte do PA em 9 partes de VI:total de 10 partes); LM: preparada na proporção de 1/50000. Formas farmacêuticas derivadas (FFD): são preparações vindas do PA obtidos por diluições em VI´s adequados seguidos de sucussões ou triturações sucessivas, conforme a FHB. Medicamento homeopático: forma farmacêutica de dispensação ministrada segundo princípio da semelhança, com objetivo curativo ou preventivo; Medicamento composto: é preparado de componente único mais PA; Medicamento de componente único: é preparado a partir de um só PA; Sucussões: processo manual que consiste no movimento vigoroso e ritmado do antebraço, contra anteparo semirrígido, do PA, dissolvido em VI adequado. Tintura mãe (TM): É a forma farmacêutica líquida que origina as diferentes formas, e diluições de medicamentos homeopáticos, sendo preparada para extração de substância vegetal ou animais
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dissolvidos ou extraídos por maceração ou percolação numa solução hidroalcoolica. Insumo ativo: principio ativo, tintura mãe, trituração mãe; Insumo inerte: excipiente ou veiculo álcool 96, 70, 30 e 20% e outras diluições, água destilada, glicerina, lactose, glóbulos inertes, comprimidos inertes; Potencial: energia adquirida pelo medicamento após a dinamização. Matriz: insumo ativo de estoque para preparação de medicamentos homeopáticos ou formas farmacêuticas derivadas; Trituração: consiste na redução do insumo ativo a partículas menores por meio de processo automatizado ou manual, usando lactose como insumo inerte, visando dinamizar o mesmo. Repertórios homeopáticos: é um índice de sintomas coletados, a partir de registros toxicológicos, experimentações em indivíduos saudáveis e curas praticadas na clinica, que são reproduzidos e arranjado de forma prática, auxiliando-nos a encontrar os sintomas requeridos juntamente ao medicamento ou grupo deles, os quais são citados em diferentes graus, com a intenção de facilitar a rápida seleção do Simillimum .
FUNDAMENTOS Essa ciência tem por fundamento quatro princípios: Lei dos semelhantes; Experimentação no homem sadio; Doses mínimas; Remédio único.
Lei dos semelhantes Qualquer substância que provoque determinados sintomas em humanos saudáveis e sensíveis, com doses adequadas e especialmente preparadas, é capaz de curar um doente que apresente quadro de sintomas parecidos, exceto lesões irreversíveis. Ex.: um doente com úlcera gástrica, durante uma visita ao homeopata, afirma sangrar com frequência, têm diarreias eventuais e explosivas, gosto amargo na boca, sensação de sufocamento com falta de ar à noite, grande inquietude de espírito, ansiedade e muito medo da morte, diminuição da memória, além de queimação no estomago, que acalmam com o calor e pioram com o frio. Por serem sintomas parecidos com os da ingestão de arsênio, tais sintomas sugerem a indicação de Arsenicum álbum, que será prescrito em doses diminutas. Experimentação no homem sadio Torna possível o conhecimento do poder farmacodinâmico de cada droga, como artifício para evidenciar o desvio da força vital ou do mecanismo de homeostase frente a um estímulo perturbador. A provocação experimental aciona um encadeamento de fenômenos, traduzidos em sintomas, e que num circuito de medição ou de Feedback, acabam sendo autorreguláveis, reconduzindo o organismo ao equilíbrio inicial. Sendo assim, a substância experimental, suas consequências se extinguem sem deixar sequelas. Hahnemann foi o primeiro a experimentar substancias no homem saudável. Este tipo de prova representa recurso indispensável e válido para o conhecimento dos efeitos puros e peculiares das drogas sobre a saúde humana, pois somente as transformações constatadas desta forma permitem reconhecer estados mórbidos correspondentes, que as mesmas têm a propriedade de curar. De modo geral, o homem saudável é mais sensível para doença artificial do que para a doença natural. Por sua vez, o homem doente é mais sensível do que o sadio à administração de uma droga.
Doses mínimas Dentro do raciocínio da semelhança adotou-se a aplicação de substancias em doses reduzidas, subtóxicas, embora em nível ponderável, ocorrendo cura sempre que a correlação da semelhança fosse obedecida. A experimentação diária mostrou agravamento inicial, atribuído à soma da doença já existente, com aquela artificial provocada pelo Similimum em doses ponderáveis. Para contornar este inconveniente, Hahnemann procedeu à redução das doses numa técnica de diluição em água e álcool, em CH progressiva, tendo o cuidado de homogeneizar cada diluição através do procedimento de sucussões, ele receava que tal conduta prejudicasse o efeito terapêutico, mas acabou-se surpreendendo ao constatar que as diluições sucessivas além de conservarem os efeitos terapêuticos, adquiriram maior potencial curativo.
Fig ur a 3: din ami zações. ( a ) in su m o ati v o; ( b ) 1C H; ( c ) 2C H; ( d ) 3C H.
Assim, quanto maior a potencia ou dinamização do medicamento menor a probabilidade de encontrar moléculas da droga original na solução.
Remédio único Durante a experimentação testa-se apenas uma substância por vez, obtendo as características farmacodinâmicas das substâncias. Hahnemann administrava as substâncias isoladamente, uma por vez, por ser mais racional e para impedir as interações entre diferentes medicamentos. Para isso, pesquisa-se a patogenesias capaz de cobrir a totalidade dos sintomas do momento. A homeopatia procura individualizar o quadro sintomático do paciente para encontrar o simillimum. Se usarmos num mesmo paciente, de uma vez, mais de um medicamento, estes mobilizarão juntos os mecanismos de defesa do organismo, numa competição. Pelo principio da similitude apenas um deve cobrir a totalidade dos sintomas apresentados pelo doente. Além disso, com uso simultâneo de dois ou mais medicamento, é impossível determinar, qual foi o responsável pela cura.
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ESCOLAS HOMEOPATICAS Os motivos para serem criadas diferentes escolas homeopáticas são: a complexidade da doença observada, a imprecisão dos sintomas, o desconhecimento dos princípios homeopáticos, o processo de industrialização do medicamento homeopático, a inexistência de patogenesias capazes de produzir a totalidade dos sintomas observados no doente. As principais escolas homeopáticas são o unicismo, o pluralismo, o complexismo e o organismo.
Pluralismo São chamados de alternistas ou pluralistas os profissionais que prescrevem sistematicamente dois ou três medicamentos no mesmo caso atual, em momentos separados. O homeopata prescreve dois ou mais medicamentos para ser administrada em horas distintas, alternadamente, com a finalidade de um complementar a ação do outro, atingindo, assim, a totalidade dos sintomas do paciente. Exemplo de receita pluralista: Barium carbonicum 6CH, 20ml, 1frasco; Phytolocca decandra 6CH, 20ml, 1 frasco; Pingar 5 gts decandra medicamento, na boca, a cada 2h, alternando-os a cada tomada. As desvantagens do pluralismo são: Desconhecimento da lei da semelhança; Tendência à polifarmacia, impedindo a avaliação correta da atividade de cada droga; Indução de segundo estimulo diferente antes de haver-se esgotado a ação farmacodinâmica anterior
Unicismo O mais forte argumento sobre a necessidade de prescrição do remédio único está no fato da totalidade dos sintomas representar a expressão da doença como única indicação, única guia capaz de identificar o Simillimum. O uso do remédio único representa segurança na resolução do quadro clinico porque permite: Verdadeira cura, com base na totalidade Complexismos sintomática; Nessa escola o homeopata prescreve dois ou mais Seguimento detalhado; medicamentos para serem administrado juntos no Domínio da matéria médica; paciente. Exemplos de receitas complexistas: Documentação; Hydrastis canadensis 6CH, 20ml, 1 frasco; Registro de transformação inerente ao Kalium sulfur 6CH, 20ml, 1 frasco; Simillimum; Pingar 5 gts de cada um dos medicamentos, na Interrupção do medicamento mal escolhido; Melhor avaliação evolutiva das manifestações boca, a cada 2h. Fuparpium 5CH; patognomonicas da doença; Bryonia Alba 6CH; - ãã – q.s.p 30ml No unicismo, é prescrito apenas um único Allium cepa 6CH. medicamento, com base na totalidade dos sintomas Tomar 5 gts 4 vezes ao dia. do doente. Exemplos de receitas unicista: O complexismo representa a prescrição simultânea Pulsatilla nigricans 6LM; de vários medicamentos homeopáticos. Esta Tomar uma colher de chá a cada 2h. conduta, após aparente vantagem inicial, complicaSépia 12CH; se por dificuldades mediatas: Pingar 10 gts na boca, 2 vezes ao dia. Impossibilidade de distinguir o medicamento que realmente atuou; Kentismo É uma variante do unicismo de Hahnemann. Os Impossibilidade de identificar no complexo medicamento a droga eventualmente prejudicial; seguidores de Kent, responsáveis por fazer experiências com altíssimas potencias, além do Pelas possíveis combinações químicas e dissociações iônicas, imprevisíveis e não remédio único, usam uma única dose, geralmente cogitadas no momento da prescrição. em potencia superior a 1.000 FC. Exemplo de receitas Kentiana: Organismo Phosphorus 10.000 FC líquida; Tomar todo o conteúdo do frasco, de uma vez, A preparação do medicamento é visando os órgãos do doente, considerando as queixas mais imediatas em jejum. do paciente. Essa conduta é bem próxima da medicina alopática, que fragmenta o ser humano em órgão e sistemas. Exemplo de receita organicista: Urtica urens 6CH, 20ml, 1 frasco. 5 gts a cada hora.
Figur a 4: James Tyler Kent (1849-1916) americano , pratican te da alopatia, atésua esp osa ficar enf erma e ser cur ada por um medico homeopata. Estudou profundamente as obras de Hahnem ann, f oi pro fesso r em várias esco las mé dic as hom eopáticas e publicou livros impo rtantes para aperfeiçoamen to da ho meop atia.
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MEDICAMENTOS HOMEOPATICOS É toda forma farmacêutica de dispensação segundo o principio da semelhança, com fim curativo ou preventivo. Obtido pela dinamização, e usado para uso externo ou interno, sendo obtido de vegetais, animais e substâncias naturais e também da indústria e dos laboratórios. Os medicamentos homeopáticos têm origem nos diferentes reinos da natureza, assim como nos produtos químicofarmacêuticos, substâncias ou materiais biológicos, patológicos ou não. A homeopatia qualifica de medicamentos quaisquer substâncias capaz de provocar no homem sadio sintomas ou quadro artificiais da doença chamado patogenesias. Um medicamento se converte em remédio homeopático de determinado doente quando apresentar coincidência de manifestações patogenéticas.
ORGANOM Organom
§20:
o poder do medicamento pode ser descoberto pela
homeopático só experimentação. Organom §21: o principio curativo dos medicamentos não é em si perceptível, nada pode ser observado, a não ser o poder de curar alterações distintas no estado de saúde do corpo humano, e especialmente no individuo saudável, e de nele excitar vários sintomas mórbidos definidos. Os medicamentos, só podem manifestar, a sua capacidade curativa mediante seu poder de alterar o estado de saúde dos homens. Os fenômenos mórbidos produzidos pelos medicamentos no corpo sadio são a única indicação possível de seu poder curativo. Organom §22: o remédio produz um estado mórbido artificial em pessoas sadias e remove o estado mórbido natural dos enfermos. Outra forma de tratamento é com os remédios alopáticos, cujos sintomas não têm relação patológica direta com o estado mórbido, nem semelhante nem oposta, mas diferente dos sintomas da doença. Organom §23: a doença não pode ser tratada com remédios que tenha sintomas opostos aos seus. Como se dá com o tratamento enantiopático, antipático ou paliativo, que após alivio transitório retorna mais intensamente. Organom §24: não resta, assim, nenhum outro método de uso de medicamento a não ser, o homeopático pelo qual procuramos para a totalidade dos sintomas do caso de doença, um remédio que dentre todos os outros, tenha o poder de produzir um estado mórbido artificial o mais semelhante ao caso da doença em questão. Organom §25: todos os remédios curam, sem exceções, aquelas moléstias cujos sintomas mais se assemelham aos seus, sem deixar de curar nenhuma.
Organom §27: o poder curativo dos medicamentos depende de seus sintomas, semelhantes aos da doença, mas superiores em força, de modo que cada caso individual de doença é eliminado apenas por um remédio capaz de produzir no organismo humano, da maneira mais completa e semelhante, a totalidade dos seus sintomas, que são, ao mesmo tempo, mais fortes que a doença; Organom §29: ao ser administrado o remédio homeopático, desaparece a sensibilidade da doença dinâmica natural. A doença não mais existe para o princípio vital agora ocupado e governado somente pela afecção da doença artificial, mais forte. O remédio tendo uma ação mais curta, logo será eliminado, diferentemente da doença natural que é mais longa. Organom §30: o corpo humano parece ser muito mais afetado em seu estado de saúde por meio de medicamentos do que por estímulos mórbidos naturais. Organom §32: os medicamentos agem de forma diferente: eles agem sempre, em todas as circunstancias e em todos os homens, produzindo os seus sintomas peculiares, podendo ser percebido distintamente em cada caso. Organom §34: a cura de moléstias naturais, pela capacidade dos medicamentos em produzir uma moléstia artificial no homem é semelhante à da moléstia natural, porém em maior intensidade, restaurando assim a força vital alterada e extinguindo a moléstia natural. Organom §36: quando duas doenças não semelhantes existem ao mesmo tempo no ser humano e forem de força igual, ou ainda, se a mais antiga for mais forte, a nova moléstia será repelida do corpo pela anterior. Organom §38: quando a nova doença não semelhante for mais forte, a doença mais antiga, sendo mais fraca, será suspensa, temporariamente, até a mais forte ser curada, quando então a mais antiga volta a se manifestar. Organom §42: as complicações da associação de moléstias ocorrem apenas quando elas não apresentam semelhança entre si.
Medicamento vegetal É o que fornece maior número de medicamentos, de plantas inteiras ou as suas partes. É comum encontrarmos extratos, cápsulas e chás à base de plantas nas farmácias homeopáticas. As partes usadas para a preparação da TM e medicamentos são: Raízes, rizomas e bulbos, são coletados no inicio do inverno, quando os talos murcham, ou no inicio da primavera; O lenho, é obtido no inicio da primavera. é a madeira principal tecido de sustentação e condução; As cascas são retiradas no período do desenvolvimento das folhas; O caule é colhido entre o desenvolvimento das folhas e a floração.
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Nosodios vegetais Chamamos de nosódios vegetais os provenientes de produtos patológicos. Entre os nosodios mais destacados são Secale cornutum e Ustilago maidis, de importância ginecológica. O Secale cornutum provêm do centeio espigado parasitado por micélios de Claviceps purpúrea, cujos principais alcaloides presentes nos esporos são a ergotinina e a ergotoxina. O Ustilago maidis é um produto dos esporos do milho afetado por fungos da família dos Ustiginaceas, e Urstilargotoxina.
Para a preparação das TM´s, o vegetal passa a relação rigorosa em que são retiradas as partes deterioradas e as contaminações grosseiras. Em seguida, a planta é lavada em água corrente, por ultimo, em água purificada. Constituem exemplos de medicamentos vegetais, os oriundos de plantas inteiras: Arnica Montana; Hyosciamus higer.
Medicamento animal Não são tão numerosos, quanto os dos vegetais e minerais, ele fornece importantes drogas usadas com frequência em homeopatia. Também, pode ser usado o animal inteiro, suas partes, seus produtos patológicos. Os animais podem estar vivos ou não, recentemente sacrificados ou dessecados, ou sob a forma de produto de extração ou transformação. Entre os medicamentos oriundos do animal inteiro temos: Apis mellifera; Cantharis.
Figura 5: plantas inteiras. ( a ) A rn i c a m ontan a; ( b ) Hy o s c ia m u s higer.
Constituem exemplos de medicamentos vegetais, oriundos de partes da planta: Raiz: Actea racemosa; Podophyllum peltatum. Bulbo: Allium cepa; Colchicum autumnale. Folhas: Cactus grandi florus; Sambucos. Semente: Ignatia amara; Croton tigliun.
Figura 6: animais (insetos) inteiros. ( a ) A pis me ll if er a; ( b ) Ca nth ar is .
Entre os medicamentos oriundos de partes do animal temos: Thyroidinum; Calcarea ostrearum. Medicamentos sarcódios temos: Sepia soccus; Folliculinum. Medicamentos animais nosódios temos: Secreções patológicas: Medorrhinum; Bacillinum.
Sarcodio vegetal Chamamos de sarcodios vegetais os provenientes de produtos fisiológicos da planta. Algumas patogênesias foram elaboradas a partir de produtos ativos isolados, a exemplo do Strychninum, a maioria das experimentações foi processada com plantas inteiras ou suas partes, atribuindo-se as propriedades farmacodinâmicas ao componente dominante. Na TM predomina alcaloides: Strammonium; Sanguinária canadensis. Glucosides: Strophantus hispidus; Jalapa. Bálsamos: Copaiva balsamus; Resinas: Podophyllum peltatum; Terenbenthinae. Óleos: Croton tiglium; Ricins comunis.
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Nosodios homeopáticos O termo nosodio homeopático designa patologia da doença em forma dinamizada, dispondo obrigatoriamente da perspectiva patogênesia e sendo aplicada sob critério da semelhança sintomática. Psorium, Hering designou o primeiro nosodio a partir do material da vesícula escabióticas submetido à experimentação no homem sadio, dispondo de patogenesias. O quadro patogenético cutâneo do Psorium é manifestações de ansiedade, hipersensibilidade ao frio, tendência a supurações, tristeza, alternância mórbidas e periodicidade. Pyrogenium, nosodio preparado a partir da carne bovina em decomposição, introduzido em 1880 por Drysdale, igualmente dispõe de patogenesias.
Medicamentos minerais Medicamentos incompatíveis Além dos minerais obtidos em seu estado natural, Quando dois ou mais medicamentos, não se consideramos pertencentes ao reino mineral, os justificam na mesma prescrição ou em sequência produtos extraídos, purificados e produzidos pelos imediata, são qualificados de incompatíveis ou laboratórios, bem como os preparados obtidos inimigos a incompatibilidade depende da segundo formas magistrais de Hahnemann. O reino manifestação opostas importantes, especialmente mineral fornece grande variedade de substâncias da astenicidade e estenicidade da sensibilidade para a preparação dos medicamentos ao frio ou ao calor, das modalidades relacionadas à homeopáticos, que podem ser simples, como menstruação e dos sintomas mentais. Devido a Aurum metallicum, Chlorum e Bromum, ou estes aspectos diz-se que Apis metilifera não compostas, como Natrium chloratum, Acidum combina com Rhustoxico dendron que Pux vomica Phosphoricum e Kalium bichcomicum. Depois do é incompatível com pulsatilla. vegetal, o reino mineral é o que mais fornece o Medicamentos complementares maior numero de drogas, sendo alguns medicamentos minerais usados, como Sulfur, Suprem a deficiência de outros, no uso de Phosphorus e Causticum. Os minerais naturais são medicamento incapaz de cobrir um quadro mórbido assim chamados por serem usados na forma que excepcionalmente se justifica a prescrição de um são encontradas na natureza. segundo complemento para compensar as deficiências patogenéticas do primeiro, quando um medicamento corresponde a determinado terreno susceptível a crises agudas que requerem repetidamente um segundo medicamento crônico, também chamado medicamento de terreno, ou medicamento de fundo. Figura 7: medicamentos min erais. ( a ) A uru m m et al li c u m ; ( b ) Acidum phospho ricum.
Bioterapicos Bioterapicos são produtos quimicamente não definidos (secreções, excreções patológicas ou não, certos produtos de origem microbiana, alérgeno) que servem de matéria-prima para as preparações homeopáticas. O termo bioterápico, foi proposto por P. Vanneir, para substituir o termo nosodio. Consideramos os bioterapicos liberados a partir da 3CH, para uso oral distinguimos três categorias: Bioterapicos códex: preparados a partir de soros, vacinas, toxinas e anatoxinas; Bioterapicos simples: preparados a partir de culturas microbianas; oriundos de Bioterapicos complexos: substâncias quimicamente indefinidas, a partir de secreções ou excreções, que obedecem a métodos definido de preparação.
Medicamentos policrestor O termo policrestor do grego poli=mitos e krestor=benefício, favorável, ou a forma latina polychrestus significando que tem muitas aplicações. Hahnemann estabeleceu uma primeira lista de 24 policrestor: Aconitum napellus; Arnica mo ntana; A rsenicum álbum ; B elladona; China officinallis; Bryo nia; calcarea estrerum; c arbol vegetabilis; Chamomilla; toxicodendron; serp iua; s ilicea; súlfur e veratru m álbum .
BIOTERÁPICOS E ISOTERAPICOS Bioterápicos São preparações medicamentosas, obtidas a partir de produtos biológicos como: secreções, excreções, tecidos, órgãos, produtos de origem microbiana e alérgenos. Essas preparações podem ser de origem patológica (nosódios) ou não patológica (sarcodios), elaborada conforme a FHB. Os bioterápicos de estoque são produtos cujo insumo ativo é constituído por amostras preparadas e fornecidas por laboratórios especializados. Isoterápicos A preparação de heteroisoterápicos substâncias de especialidade farmacêutica que com substâncias sujeitas a controle especial deve ser realizada a partir do estabelecimento ou proveniente do próprio paciente. Porem, a preparação e dispensação de dinamizações igual ou acima de 6CH ou 12DH, com matrizes obtidas de laboratórios indústriais, não precisam de autorização especial emitida pelo órgão sanitário responsável. São preparações medicamentosas obtidas a partir de insumos relacionados com a patologia do paciente, elaboradas conforme a FHB, sendo classificadas como autoisoterapicos e heteroisoterapicos. Autoisoterápicos São isoterápicos cujos insumos ativos são obtidos do próprio paciente (fragmentos de órgãos e tecidos, sangue, secreções, excreções, cálculos, fezes, urina, culturas microbianas e outras) e destinadas somente a este paciente. 8
Heteroisoterápicos São isoterápicos cujos insumos ativos são externos ao paciente (alergenos, alimentos, cosméticos, medicamentos, toxinas, poeira, pólen, solventes e outros, que de alguma forma o sensibiliza). Preparação: Por ser materiais contaminados com microrganismos, pode apresentar patogenicidade, o preparo dos bioterápicos e isoterápicos deve obedecer, técnicas homeopáticas e ser realizado em laboratório que garanta segurança biológica. Quando comprovada a inatividade microbiana, a preparação pode ser realizada em área comum de manipulação homeopática. No caso de materiais de origem microbiana, animal ou humana, medidas apropriadas devem ser tomadas a fim de reduzir riscos relacionados à presença de agentes infecciosos nas preparações homeopáticas. Para tal, o método de preparação deve possuir uma ou várias etapas, que demonstrem a eliminação ou a inativação dos agentes infecciosos na matriz. Coleta: A coleta deve ser feita sob a orientação de profissional habilitado, em local apropriado, segundo legislação em vigor. Quando for material microbiano, a coleta deve ser realizada de modo a garantir a presença do agente etiológico, evitando que seja contaminado com outros microrganismos não desejados. Os aspectos mais importantes nos procedimentos de coleta são: Toda amostra de origem biológica deve ser tratada como se fosse patogênica; Observar e seguir as normas técnicas de segurança individual e EPI; Descontaminar a parte externa do recipiente da coleta, quando se tratar de material patogênico; Colher o material, sempre que possível, antes do início de qualquer tratamento; O material utilizado na coleta deve ser descartável, sendo necessário para o seu descarte aplicar o PGRSS, de acordo com o material coletado e outras normas vigentes para segurança do manipulador; O material reutilizavel deve ser descontaminado, de forma que a biossegurança seja garantida. Ponto de partida: os principais pontos de partidas para os bioterapicos e isoterapicos são: alergenos, cálculos, culturas microbianas, escarros, fezes, fragmentos de órgão ou de tecido, pelos e poeira, pus, raspado de pele ou de unha, saliva sangue, secreções, excreções, soro sanguíneo e urina. Escala: CH, DH e LM. Requisitos mínimos: quando comprovada a inatividade microbiana, a preparação poderá ser feita em área comum de manipulação homeopática. O método de preparação deve possuir uma ou varias etapas, que demonstrem a eliminação ou inativação dos agentes infecciosas na matriz. 9
NOMENCLATURA As regras de nomenclatura ajudam os clínicos a prescrever certo, o farmacêutico a identificar na receita o medicamento homeopático a ser aviado. Essas regras são: 1. Escreve-se o nome do primeiro componente com a primeira letra maiúscula e os demais componentes em letra minúscula: Ferrum phosphoricum; Natrium muriaticum natronatum; Bryona. 2. Quando usamos em homeopatia apenas uma espécie de determinado gênero, é facultado omitir a espécie identificando o medicamento apenas pelo gênero: Ruta (Ruta graveolens); Lycopodium (Lycopodium clavatum); Collisonia (Collinsonia canadensis). 3. Quando usamos nomes tradicionais em homeopatia, mesmo que tenha varias espécies, podemos omitir a espécie, desde que não gere duvidas. Eupatorio: é o Eupatorium perfoliatum, pois os outros são pouco usado. 4. Para os nomes tradicionais faculta-se ainda usar somente o nome da espécie, omitindo-se o gênero: Chamomilla (Matricaria camomila); Belladona (Atropa belladona); Mezereum (Daphne mezerum); Nux vomica (Strychnys nux vomica). 5. Nos casos de substâncias químicas, ácidos e sais, escrevemos o nome do elemento ou íon de valência positiva, primeiro e em seguida, o de valência negativa, garantindo-se o uso de nomes homeopáticos tradicionais, além da denominação oficial: Acidum sulfuricum (sulfuris acidum); Acidum nitricum (nitric acidum). 6. Podemos usar o nome abreviado do medicamento, desde que não gere duvidas durante a interpretação do receituário medico. acon. ou aconit, no lugar de aconitum ou aconitum napellus.
SINONIMIAS O uso de sinônimo deve ficar restrito a constante nas obras cientifica. Para homeopatia é valido apenas o nomes científicos homeopáticos. Para a homeopatia também é valido o uso de sinônimos, nos casos de continuidade do medicamento inicial no tratamento do doente, mesmo apresentando uma evolução no caminho da cura, com a prescrição do sinônimo, evita-se que o paciente fique ansioso. Actae racemosa = Cimicífuga; Agaricus muscarius = amanita muscarius; Antimorium tartaricum = tartarus emeticus; Arsenicum álbum = metallum álbum; Bryonua Alba = Vitis Alba; Calcarea carbônica = calcarea ostreorum, calcarea osthreuca; Chamomilla = matricaria; Glanoinum = trinitrinum; Graphitos = carbo mineralis; Hydrastis canadensis = warneria canadensis; Ipeca ou radix = cephaelis ipecacuanha; Lycopodium = muscus clavatus; Nux vomica = colubrina; Pulsatilla = anemone pratensis; Rustoxico condendron = vitis canadensis; Secalecornutum = clavicep purpúrea; Sterculla acuminata = kola, cola; Sulphur = flaum depuratum; Thuya occidentalis = arbas vitae.
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SAUDE-DOENÇA Para Hahnemann a força vital mantinha o equilíbrio do corpo. Nessa perspectiva as doenças são manifestações deletérias da força vital modificada. O organismo humano saudável está em equilíbrio nos seus aspectos, emocional, físico e mental. Quando a força vital está perturbada, os mecanismos de defesa do corpo são acionados (sistema imunológico e endócrino). A força vital pode ser influenciada negativamente por fatores exógenos, como vítimas de vias insalubres, alimentação de má qualidade, drogas etc. E por fatores endógenos, como tristeza, irritabilidade, ódio etc. A força vital impede que o corpo físico de seguir as leis físico-químicas da natureza. O corpo físico, após o abandono da força vital, na morte fica exposto, e entra em decomposição, retornando ao campo da ação física. À força vital é favorecida por atividades físicas, artísticas, sono, alimentação e ritmo de vida saudável.
ORGANOM Organom §7: Nas doenças nada se pode perceber alem de sinais mórbidos. Deve se afastar a causa que a provoque ou sustente; achando-se na presença de um possível miasma, e em circunstâncias acessórias, somente os sintomas devem orientar na escolha dos meios para a cura. A totalidade dos sintomas, deve ser o principal e único meio pelo qual a enfermidade mostra o medicamento de que precisa e é o único meio que determina a escolha do medicamento mais apropriado, a totalidade dos sintomas deve ser a única coisa que ele deve ver em cada caso de doença, é afastar pela sua arte. Organom §9: No estado de saúde, a força vital mantém todas as atividades em estado de harmonia e o espírito pode alcançar os mais altos fins da existência. Organom §10: O organismo sem a força vital, não é capaz de ter sensações, funções, nem autoconservação. Organom §11: Na doença a força vital é inicialmente afetada de forma dinâmica, permitindo ao corpo manifestar as sensações desagradáveis em forma de sintomas. A ação é dinâmica e não material, e quanto menor a matéria e melhor dinamizada, maior será o seu efeito. Organom §12: As doenças são o resultado de alterações na força vital, e sinais e sintomas expressam ao mesmo tempo, toda a mudança interna. Além disso, o desaparecimento, pelo tratamento, de todos os fenômenos mórbidos que diferem das funções vitais no estado de saúde, necessariamente acarreta o restabelecimento do principio vital e, portanto, a recuperação da saúde de todo o organismo.
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NÍVEIS DINÂMICOS A homeopatia reconhece a interdependência entre os processos psicomentais, o corpo e o papel integrador da força vital. Nesse contexto, concebemos, a doença como processo que pode ter inicio nos níveis emocionais e mentais dos indivíduos suscetíveis, e posteriormente se manifestam sob a forma de lesão orgânica. Na alopatia o corpo físico é a única dimensão do organismo humano, o ponto inicial da doença é revelado quando identificamos essas lesões. Para a medicina alopática ela situa-se no componente celular, para a homeopatia a causa primária dos desequilíbrios pode advir de diferentes níveis da realidade humana. Como consequência, a homeopatia pode privilegiar a prevenção ao atuar sobre os níveis emocionais e mentais alterados por meio do fortalecimento da força vital. O ser humano apresenta três níveis dinâmicos: 1. Físico; 2. Mental; 3. Emocional. Sobre eles age a força vital, mantendo-os equilibrados. O homem pensa por meio do seu nível mental, sente por seu nível emocional, age pelo seu nível físico e encontram-se coesos em seus três níveis pela ação integrada da força vital. Existe uma hierarquia na constituição do ser humano: Nível mental: mais importante; Nível físico: menos importante; Nível emocional: menos importante que o mental, mas mais importante que o físico. Cada um desses níveis apresenta uma hierarquia: Nível físico: os órgãos respiratórios são mais importantes que a pele; Nível emocional: uma irritabilidade é menos importante que uma depressão; Nível mental: a falta de concentração ou uma letargia são menos importantes que um delírio ou paranóia. Quando um órgão nobre é atingido por uma doença, a força vital transfere o problema para um nível mais periférico para aliviar a agressão. Como exemplo, na bronquite asmática, o paciente poderá alternar crises de tosse e eczema. A força vital, não sendo forte o suficiente para eliminar a bronquite, transfere o problema para a pele, ela passa a ser a válvula de escape do organismo. Um indivíduo com pouca vitalidade, acometido de crise emocional prolongada, poderá ter uma piora no seu estado mental. Como exemplo, uma angustia que se transforma em depressão, o problema foi deslocado do nível emocional para o mental, uma vez que a força vital não estava fortalecida o suficiente para transferi-la para o nível físico. Nesse caso, a homeopatia, com seus medicamentos, ao fortalecer a vitalidade do individuo doente, restabelece o equilíbrio entre os três níveis. A pele é muito importante no contexto geral para o organismo.
Não devemos usar medicamentos de uso tópico de forma paliativa, pois assim criamos um enorme obstáculo à tentativa de cura da força vital. Ao remover a totalidade dos sintomas antes da cura do problema original (estado de profunda tristeza), além de não curar, impedimos a identificação do simillimum . A supressão decorre da ação medicamentosa paliativa, que acarretará inibição ou remoção de sintomas antes da cura do problema original, fazendo que ocorra seu retorno ou de outros problemas mais graves depois de certo tempo. Metástase mórbida são perturbações causadas pela supressão, que, ao eliminar os sintomas, faz uma reversão de ação mórbida a níveis mais profundos e perigosos. Como exemplo, ao eliminarmos uma diarreia com antiespasmódicos e antidiarreicos, tomando-se os sintomas como doença, sem considerar os diferentes níveis dinâmicos, provavelmente faremos uma supressão. Esta poderá gerar como metástase mórbida uma úlcera gástrica ou outro problema mais grave que a diarreia. Outro exemplo, um indivíduo apresenta amigdalite com certa frequência. Embora muitas pessoas tenham bactérias supostamente causadoras de amigdalite, nem todas desenvolvem a doença. O paciente poderá tomar antibióticos para exterminar as bactérias. Se o fator que desencadeou a enfermidade foi um problema emocional, responsável pelo enfraquecimento da vitalidade, ocorrerá apenas inibição dos sintomas, que retornarão mais tarde quando a flora bucal for restabelecida.
Plano mental O nível mais alto e mais importante em que o ser humano funciona é o mental e espiritual. É no nível mental que um indivíduo pensa, critica, compara, calcula, classifica, cria, sintetiza conjectura, visualiza, planeja, descreve, comunica-se, etc. As perturbações dessas funções constituem sintomas de doença mental. Plano emocional Nele incluímos todos os graus e nuanças das emoções, desde as mais primitivas até mais sublime. Esse da existência age como receptor do mecanismo de defesa dos estímulos emocionais do meio ambiente. E funciona como veiculo de expressão para os sentimentos, as ações e as perturbações emocionais que ocorrem no individuo.
DOENÇAS Para os homeopatas as doenças são toda e qualquer alteração da energia vital, levando um individuo ao desequilíbrio, o que resulta num novo mal estar, que se manifesta por uma moléstia. De um modo geral, poderíamos dividir as doenças em agudas e crônicas. Para Hahnemann toda doença, aguda ou crônica, é de natureza dinâmica, na dependência da força vital. Cujos fenômenos expressam comportamento defensivo no sentido do reequilíbrio.
Noxas Vem do latim noxa, e significa dano. Para homeopatia, noxa significa causa ou etiologia, ou seja, o termo visa designar um estimulo um desencadeante. As noxas podem ser classificadas de acordo com: 1. Natureza: Naturais: frio, calor, umidade, etc.; Artificiais: queimaduras, eletricidade, medicamentos, etc. 2. Reação: Especificas: microbiana, virótica, parasitária; Inespecíficos: meteorológicas, alimentícias, psíquicas, etc.; 3. Imunidade: Imunizantes: sarampos, coqueluche, rubéola, etc. Não imunizantes: diversos, outros, inclusive microbianas. 4. Duração: Ação aguda: pouco tempo, microbianas agudas; Ação crônica: sífilis, Chagas, poeira, etc. 5. Terreno: Todas as pessoas: traumas, tóxicos e medicamentosos; Só os susceptíveis: microbianos, viróticas, psíquicas. O individuo uma vez atingido pelo noxa, reage de acordo com sua natureza e suscetibilidade. Observa-se que em pacientes que tiveram estímulos noxas, após períodos de reatividade próprios à circunstancias, superam o evento, sem que o noxa determina qualquer sintomatologia. Toda uma sintomalogia ou dinâmica aparente.
Hereditariedades Domina os fatores do terreno e a patologia começa e termina nos cromossomos, cabendo ao médico auxiliar a homeostase. A terapêutica homeopática propícia recursos específicos exclusivos adaptados as diferentes pré-disposições do terreno. Idiossincrasia: resposta excepcional, genética, caracterizada por sensibilidade exógena da substância que são inofensivas e bem toleradas pela maioria quase absoluta dos indivíduos, não influenciado por nenhuma terapêutica.
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Doença aguda São as que se desenvolvem num prazo mais ou menos determinado e sua evolução é para a cura ou a morte. As doenças agudas podem ser agrupadas em: 1. Doenças agudas de natureza não dinâmica: Indisposições simples; Doenças cirúrgicas e doenças; Traumáticos e locais provocados por causas externas. 2. Doenças agudas dinâmicas: Doenças agudas individuais = episódios miasmáticos; Doenças agudas coletivas esporádicos = sofrimento de condições ambientais adversos; Doença aguda coletivas especifica = sarampo, varicela; Doença aguda epidérmicas = gripes, dengue e febre amarela.
Doenças individuais agudas Constituem episódios dependentes de abiotrofia, Locus minoris resitentiae e da hereditariedade que se exterioriza em padrão reacional determinado pelos componentes do terreno como causas essenciais ou fundamentais da doença, e tornada evidente por influencia desencadeante. Este episódio que afeta o organismo por inteiros ou apenas parte dele, aquelas mais vulneráveis, comprometendo repentinamente mesmos tecidos ou órgãos num determinado individuo. A própria causa corrente de ar frio que, inofensiva para uns, torna-se agressiva para outros organismos, na dependência de situações de estresse e da suscetibilidade. Doença crônica São as que se arrastam por um prazo indefinido. As doenças crônicas podem ser divididas em três tipos principais: Doenças medicamentosas; Doenças crônicas falsas; Doenças crônicas verdadeiras ou miasmas.
Doenças medicamentosas São doenças iatrogênicas de alteração patológica provocada no paciente por tratamento médico errados ou inadvertidos, ou causada pelos medicamentos e seus efeitos nocivos e colaterais. Doenças crônicas falsas Cabe aqui apontar a grande responsabilidade do meio ambiente que nos rodeia, bem como as doenças anti-higiênicas, como as profissionais, bem vistos pelos estudiosos da medicina de trabalho, e ao modo insalubre do homem adquirir certos confortos, ficando claro que certas doenças podem vir a curar-se, por si, uma vez adequadas as condições de vida, acarretando, como consequência, a cura das falsas doenças crônicas. 13
Doenças crônicas verdadeiras, ou miasmas As verdadeiras doenças crônicas naturais são oriundas de um miasma crônico que, quando entregue à própria sorte, e não combatidas pelo uso de remédio especifico para elas, continuam sempre aumentando e, piorando, não obstante os melhores regimes mentais e físicos atordoam o paciente até o fim de sua vida, com sofrimentos sempre crescentes. Esses, exceto os produzidos mediante tratamento médico errôneo são os mais numerosos e maiores flagelos da raça humana; mesmo uma constituição física muito robusta, o modo de vida mais normal e a energia mais vigorosa da força vital, são insuficientes para sua erradicação.
MIASMAS Em 1828, depois de 11 anos de estudo Hahnemann publicou a teoria miasmática ou teoria dos miasmas crônicos. Ele distinguiu três tipos de miasmas: Psora, Sífilis e Sicose. O termo miasma foi adotado por analogia ao miasma das emanações dos pântanos ou algo contagioso no ar, que transmite doenças. Os miasmas constituem etapas fisiopatológicas de um mesmo desequilíbrio inicial que progride devido à persistência do ambiente hostil, de sobrecargas internas e de agressões diversas. Saturados em sua capacidade de tolerância e esgotados nas possibilidades defensivas, o organismo procura alivio para a tensão interna através de fenômenos episódicos e alternantes de descarga de toxinas, a maneira de válvulas de escape, servindo-se para este fim dos emunctórios naturais. Este conjunto de circunstancia e fenômenos, causas e efeitos, constituem a Psora. Na insuficiência de liberação dos fatores nocivos mediante hiperfunção dos órgãos e das vias excretoras, o organismo se mobiliza em nível celular, alterando a quantidade e a qualidade das eliminações, ou ainda, em grau mais avançado, bloqueia as toxinas em regiões circunscritas, dando origem a neoformação em decorrências desses mecanismos instala-se o estado de sicose. Se esta frente de defesa for novamente ultrapassada, o organismo tenta se desvencilhar da toxina ou se adaptar ao estado de estresse persistente, mediante sacrifício dos próprios tecidos, instalando o estado miasmático da sífilis. Inicialmente foi atribuída a cada miasma uma etiologia definida: escabiótica para a psora, blenorrágica para a sicose e luetismos para sífilis. A diátese significa a predisposição congênita ou adquirida, essencial e invariavelmente crônica, em virtude da qual se produzem alterações múltiplas na forma, porém, única na essência. A diátese representa o estado orgânico que faz os tecidos reagirem de modo especial a certos estímulos extrínsecos, como expressão das suscetibilidades. O reconhecimento dos miasmas dominantes oferece subsídios para interpretações praticas: Contribui para evitar fracassos do plano terapêutico, quando o alivio conseguido com o similimum é parcial ou transitório; Esclarece a profundidade do problema a ser enfrentado, permitindo instruir o paciente no sentido de um programa terapêutico assíduo e prolongado; Possibilita melhor diagnóstico, não apenas com base no diagnóstico nosológico, mas também por possibilitar defensivas do doente, orientando para eventuais medidas higiênicas ou acessórias; Permite justificar as eventuais delongas nas resoluções da queixa principal que motivou a primeira consulta.
Psora É a perturbação primordial da energia vital. É ela que predispõe o organismo para todas as enfermidades, pois coloca a energia vital num estado de hipersensibilidade aos agentes agressores de qualquer natureza. O termo Psora significa sarna; na época de Hahnemann essa palavra tinha um quadro mais amplo do que o de hoje, ela englobava várias patologias que possuíam sintomas da pele, como as pústulas, exantemas e o prurido. A Psora existe porque o caminho da cura normal foi, contrariado. A capacidade de defesa do organismo encontrou um obstáculo. Essa transgressão do curso natural de liberação da energia pode ocorrer objetivamente ou subjetivamente. Os sintomas na pele, que surgem numa pessoa afetada pela Psora, mostram o esforço espontâneo da energia vital em restabelecer o caminho da cura previamente desrespeitado. Os sintomas psóricos melhoram com o aparecimento e erupção na pele. São exemplos de manifestações da psora: crise de bronco espasmo, crises pruriginosas, inflamações repetidas, erupções nas mucosas etc. A cura da Psora é, ao mesmo tempo, verdadeiro tratamento e verdadeira profilaxia. Sicose O miasma crônico chamado sicose predispõe o organismo às manifestações proliferativas. Surge em algumas pessoas anteriormente afetadas pelo miasma crônico fundamental, a psora. A palavra sicose se refere a tumor, pois a manifestações externas principais desses miasmas crônicos são as tumorações, além das secreções patológicas. Hahnemann associou o surgimento da sicose com supressão de infecções genitais. O transtorno dos doentes sicóticos melhora com a liberação de secreções patológicas como catarros, pús e corrimentos, na pele, a exoneração mais comum são as verrugas. A sicose representa uma modificação patológica da capacidade reativa do organismo. A energia vital passa a produzir na sicose sintomas proliferativos (físicos e mentais) que expressam uma disfunção. São sintomas mentais: perversão dos sentimentos, agressividades, exacerbação da sexualidade e egoísmo. São sintomas físicos: tumores, verrugas, catarro e supurações.
Sífilis O miasma crônico chamado sífilis predispõe o organismo às manifestações destrutivas. A sífilis surge em algumas pessoas previamente afetadas pelo miasma crônico primordial, a psora. A psora possibilita, então, o aparecimento de outros miasmas a sicose e a sífilis. Um doente cujo miasma crônico predominante é sífilis apresentará sintomas com tendência destrutiva desde mental até o físico. Na sífilis, a destruição da mente refletese na destruição dos tecidos. 14
São manifestações mentais do miasma sifilítico: A agressividade, o desejo de vingança, a tendência ao suicídio, sentimentos de ódio, etc. O transtorno do paciente sifilítico se alivia com o surgimento de úlceras na pele e mucosas e com as secreções purulentas. Já o miasma da sífilis leva a deficiência ou falta de reação natural do organismo. Enquanto a sicose perverte a psora, o miasma sífilis inibe a psora.
PROCESSO DE CURA Diarreia e vômito são tentativas do organismo de eliminar toxinas, na inflamação temos vários fatores que combatem agentes estranhos ao organismo. A febre também é um sintoma que reflete as expressões do mecanismo de defesa do corpo na luta contra a doença. Durante uma infecção quando substâncias estranhas chegam à corrente sanguínea, o pirogênio endógeno liberado pelos leucócitos, produzem altas temperaturas causando a febre, substâncias relacionadas ao sistema imunológico são produzidas numa escala mais elevada para combater os microrganismos. Além disso, o pirogênio retém ferro no plasma sanguíneo, evitando, a sua disponibilidade para as bactérias, que a usam para sua multiplicação. A temperatura ideal para o crescimento de microrganismo está entorno de 37,5 ºC. Com o aumento da temperatura, o ambiente torna-se inadequado para esse desenvolvimento. Cortar a febre, por meio do uso antitérmico é dificultar o trabalho orgânico em direção a cura. Os homeopatas, em vez de impedir a elevação da temperatura corporal, procuram atuar na causa que originou o problema e, por isso, estimulam os mecanismos de defesa do organismo, apenas o suficiente para a cura. A febre sumirá por não ser mais necessária. Na terapia homeopática, caso o medicamento seja adequadamente selecionado, o sintoma desaparecerá com a eliminação da sua causa fundamental e a recuperação progressiva do paciente. O homeopata procura reforçar os mecanismos de defesa natural ao agir na mesma direção da força vital, o ele procura não suprimir os sintomas. Sintomas observados na patogenesia da beladona: Sintomas físicos: olho vermelho, pupilas dilatadas, latejos na cabeça com cefalalgia intensa, rubor facial, boca seca, com aversão à água, extremidades frias, insônia etc. Sintomas emocionais: angustia irritabilidade excessiva etc. Sintomas mentais: super-excitação mental, embotamento da mente, delírios com alucinações visuais etc. Se um indivíduo com faringite e outro com intoxicação alimentar apresentarem sintomas observados nas patogenesias, da beladona, o homeopata prescreverá para ambos o mesmo medicamento preparado a partir dessa planta. Os homeopatas observam tendências dominantes que expressam os processos de cura das doenças crônicas. Elas foram sistematizadas por Constantine Hering, que ajudou a estabelecer a homeopatia nos EUA, depois de ter sido incumbido de escrever um trabalho critico a homeopatia, ao pesquisá-la tornou-se um dos grandes homeopatas do séc. 19.
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Fenômenos de cura de Hering Os fenômenos de cura debatidas por Hering não representa uma lei, e sim probabilidade ou tendência dominantes. Direção centrífuga dos sintomas; Desaparecimento dos sintomas de cima para baixo; Cura a partir dos órgãos mais nobres para os menos nobres. Desaparecimento dos sintomas na ordem inversa do seu aparecimento; Reaparecimento de sintomas antigos. A constatação de uma destas eventualidades representa indicio seguro de evolução favorável no sentido da cura, recomentado abstenção ou moderação do remédio.
Fig ura 8: Con stan tin e Hering (1800-1880) alem ão, estudante de medicina em Leipzig. Quando jovem recebeu a mi ss ão de u m m é dic o qu e era co nt ra a ho meo pati a, de escrev er um liv ro cr itic o a homeo patia. Nessa é poc a ficou doente e foi curado por um tratamento hom eopático. De perseguidor passou a ser admirador e pesquisador da homeopatia.
Ele elaborou vários experimentos, até mesmo com veneno de cobras. Afirmou que à medida que a doença torna-se crônica, existe uma progressão dos sintomas e o seu desaparecimento na ordem inversa do seu aparecimento, indica que a doença está evoluindo para a cura. Esses processos de cura, chamados de leis de Hering, na verdade não é uma lei, apenas probabilidade que ajudam o homeopata a acompanhar a evolução da doença. Nesse contexto, um indivíduo com enxaqueca, apresenta inicialmente tontura e, por ultimo, depressão, após a administração do simillimum , desaparecerá primeiro a depressão e depois a tontura. Com essa evolução o médico assegurará, desse modo, que o individuo está em processo de cura. Com a continuidade do tratamento, a enxaqueca, queixa principal do doente, desaparecerá em seguida.
Tendência centrifuga Esforço de cura desloca a sede de atuação do fator noxio no sentido do órgão menos nobre ou menos vital. Nas hierarquizações apresentadas o cérebro figura como órgão mais importante, seguido pelo coração, fígado, pulmões, rins e pele. Desaparecimento inverso dos sintomas O desaparecimento dos sintomas de um caso crônico ocorrer na ordem inversa do seu aparecimento. Em quadro de cefaleia de longa evolução, inicialmente acompanhadas de vertigens e depois seguidas de depressão, após o simillimum adequado desaparecerá prioritariamente a depressão, depois a vertigem e por ultimo cefaleia. Cura de cima para baixo A melhora dos sintomas, especialmente das afecções dolorosas e eruptivas agudas, se processa de cima para baixo: da cabeça em direção às extremidades tal sequencia acontece de forma nítida no sarampo.
Figura 9: lei da cura. Os sintom as devem desaparecer na ordem inv ersa do seu aparecimento; A cu ra progride do alto do corpo para baixo; O corpo proc ura exteriorizar os sintom as, mantendo-os em suas partes m ais exteriores (mucos as e pele); a cura p rogride dos órgãos mais n obres para os me nos nob res; Antigo s sintomas podem reaparecer.
A constatação de uma dessas eventualidades ajuda o homeopata a conduzir o tratamento homeopático. Ele poderá suspender o medicamento ou até mesmo substituí-los, dependendo da evolução do quadro. 16
FARMACOLOGIA A farmacologia permite esclarecer os mecanismos de ação das drogas responsáveis pela ação primária e a reação secundária. A farmacodinâmica estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos das drogas e seus mecanismos de ação. Segundo Goodmann e Gilman, os objetivos da análise de ação das drogas são identificar a ação primária que elas provocam no organismo, esclarecer suas interações, a sequência, o campo de ação e os efeitos completos.
AÇÃO PRIMARIA E REAÇÃO SECUNDÁRIA O modelo homeopático apresenta aspectos filosóficos e científicos. Ele é filosófico quando considera a força vital, é científico quando recomenda a experimentação e análises criteriosas nas pesquisas patogenéticas e clinicas. A cafeína, por exemplo, em dose usual, apresenta ação primária estimulante. À medida que ela é eliminada do organismo, a reação secundaria passa a ser notada por um estado de sonolência e desânimo. Desse modo, indivíduos viciados em café apresentam mais sonolência com o passar do tempo, pois, apesar da cafeína tirar o sono por seu efeito estimulante (primário), estimula-o por seu efeito depressor (secundário). Ou seja, quanto mais o indivíduo é estimulado pela ingestão de café, mais sonolento ficará quando a cafeína não exercer mais sua ação direta e primaria do organismo após sua eliminação. Para manter o estado de vigília, o indivíduo tem de ingerir mais café, num circulo vicioso.
Ação primária Toda a força que atue sobre a vida, todo medicamento, afeta, a força vital, causando alteração no estado de saúde do homem por um período maior ou menor. Ação primária é a modificação de maior ou menor duração provocada por toda substância na saúde do indivíduo. O efeito primário resulta da interação das drogas com os componentes celulares (receptores e células-alvo), alterando as suas funções orgânicas, estimulandoos (efeito primário agonista) ou inibindo-as (efeito primário antagonista). Por esse meio as drogas são potencialmente capazes de despertar ou modificar as funções orgânicas, toda via são incapazes de criá-las. A ação primária é rapidamente sentida em altas doses.
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Reação secundária Nossa força vital se esforça para opor sua própria energia a esta ação. Tal ação oposta faz parte da nossa força de conservação, constituindo uma atividade automática dela. Reação secundária é a reação do próprio organismo ao estimulo que o altera. O efeito secundário, chamado pela farmacologia de a efeito rebote ou supersensibilidade aos agonistas e antagonistas de receptores após diminuição do nível, crônico de estimulação do receptor pelo fármaco ou sua completa metabolização dos receptores, provocando fenômeno de falência das drogas. Nesse caso, o efeito que acompanha a exposição contínua da droga fica reduzido ou é totalmente anulada. Quando a droga atinge baixo limiar sanguíneo ou é eliminada, a reação secundaria é manifestada.
FARMACOLOGIA DOS CONTRÁRIOS Com base na constatação de que uma droga é capaz de despertar dois efeitos no organismo, Hipocrates assumiu duas linhas especificas de tratamento: a lei dos contrários e a lei dos semelhantes. Para ele, era conveniente sempre tratar pelos contrários ou pelos semelhantes, qualquer que fosse o mal, e de onde ele viesse. Hahnemann faz referência a quatro diferentes maneiras medicas: 1. Método alopático: tende a desenvolver no homem saudável sintomas diferentes em relação àqueles apresentados pela doença a ser curada; 2. Método enantiopático: sofrimento produz no homem sadio efeitos contrários àqueles apresentados pelo doente; 3. Método homeopático: faz uso de substâncias que produzam no homem saudável sintomas semelhantes aqueles apresentados pelo doente; 4. Método isopático: é o método terapêutico que promove o tratamento da doença pelo mesmo principio infeccioso que a produziu. De acordo com Hahnemann, se um médico prescrever antibióticos ou antiparasitários, estará seguindo a alopatia, ao prescrever antitérmicos ou antiácidos, prática a enantiopatias, ao tratar cardiopatias com digitalinas e metrorragias com ergotina, exerce a homeopatia; ao indicar vacinas ou agentes sensibilizantes, prática a isopatia. Num exemplo, de tratamento pela lei dos contrários de paciente que apresenta indisposição, sonolência, fadiga bradicardia como sintomas. Ele receberá uma droga causadora de efeitos estimulantes primários para neutralizar os sintomas. Enquanto, a concentração da droga permanecer alta no sangue, o paciente se sentirá curado. Entretanto, para retornar à homeostase inicial, o organismo reagirá ao estimulo que a droga provocou, produzindo efeitos opostos, depressores, secundários.
Quando essa droga for eliminada do organismo, o paciente voltará a sentir aqueles sintomas, porem mais forte, pois o organismo produziu efeitos depressores contra ação estimulante que a droga proporcionou em seu efeito primário. Para evitar esse feito rebote e manter a concentração sanguínea da droga num patamar suficiente para produzir o efeito estimulante, o paciente receberá, periodicamente, novas doses da droga.
ENERGIA MEDICAMENTOSA Para evitar agravações dos sintomas a homeopatia usa medicamentos diluídos e potencializados por meio de processos de dinamização. O medicamento dinamizado é o estimulo necessário para despertar a reação vital. Com a diluição da droga, a agravação é controlada, e com a potencialização, a reação orgânica é estimulada ainda mais no sentido da cura. O medicamento dinamizado, semelhante à enfermidade potencializada, faz o efeito primário passar despercebido, a não ser nos indivíduos suscetíveis. Essa é a reação de seu uso. A concentração de um medicamento homeopático é proporcional a 100 -n molar, sendo n o grau de dinamização (diluições sucessivas, seguidas de agitações). O limite de avogrado é superado quando n > 12 a partir de uma diluição 100 -12 não há mais moléculas da droga original. Desse modo, a ação do medicamento homeopático não depende da presença de moléculas da droga. A energia produzida pelas agitações deve ser a responsável pela transferência das informações medicamentosas à solução.
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RDC 67/2007 ANEXO 5 Boas práticas de manipulação de preparação homeopáticas (BPMH) em farmácias.
Organizacional e pessoal Saúde, higiene, vestuário e conduta: Os funcionários envolvidos nos processos de manipulação devem estar devidamente higienizados e não odorizados.
Objetivo Traz os requisitos mínimos relativos à manipulação de preparação homeopática em farmácias. Infraestrutura A farmácia para executar a manipulação de preparação homeopática deve possuir: Sala exclusiva para a manipulação de preparação homeopática; Área ou local de lavagem e inativação; Sala exclusiva para coleta de material para o preparo de quando auto-isoterapicos, aplicável. A sala de manipulação, quando aplicável, deve ser dotada dos seguintes equipamentos específicos: Balança Gay-Lussac; Balança de uso exclusivo. A farmácia que realizar o preparo de autoisoterápico deve possuir sala especifica para coleta e manipulação até 12CH ou 24DH, seguindo os preceitos da FHB. Para garantir a efetiva inativação microbiana, deve ser realizado monitoramento periódico do processo de inativação, mantendo-se os registros. Devem existir procedimentos escritos de biossegurança, de forma a garantir a segurança microbiológica da sala de coleta e manipulação de material para preparo de auto-isoterápico, contemplando os seguintes itens: Normas e condutas de segurança biológica, ocupacional e ambiental; Instruções de uso dos equipamentos de proteção individual (EPI); Procedimento em caso de acidentes; Manuseio do material.
Limpeza e sanitização Para a limpeza e sanitização de piso, parede e mobiliário da sala de manipulação de preparações homeopáticas, devem ser usados produtos que não deixem resíduos ou possuam odores, sendo indicado o uso de sabão, água e soluções sanitizantes. As bancadas de trabalho devem ser limpas com solução hidroalcoólica a 70%.
Manipulação A identificação do medicamento homeopático prescrito deve ser realizada conforme nomenclatura específica e ainda apresentar potencia, escala método, forma farmacêutica, quantidades e unidade. A preparação de heteroisoterápicos provenientes de especialidade farmacêuticas sujeitas à prescrição deve estar acompanhada da respectiva receita. A preparação de heteroisoterapicos usando especialidades farmacêuticas que contenham substância sujeitas a controle especial, deve ser realizada a partir do estoque do estabelecimento ou proveniente do próprio paciente. A preparação e dispensação de heteroisoterápicos de potencia igual ou acima de 6CH ou 12DH com matrizes obtidas de laboratórios industriais não precisam da autorização especial emitida pela ANVISA. O local de trabalho e os equipamentos devem ser limpos periodicamente, de forma a garantir a higiene da área de manipulação. Os utensílios, acessórios e recipientes usados nas preparações homeopáticas devem ser descartados. Na possibilidade de sua reutilização, os mesmos devem ser submetidos a procedimentos adequados de higienização e inativação, atendendo às recomendações técnicas nacionais ou internacionais. Após a inativação e higienização dos utensílios, recipientes e acessórios, estes devem ser guardados ao abrigo de sujidades e odores. Rotulagem e embalagem Devem atender os seguintes requisitos: Insumo ativo: A TM deve ser identificada por rótulo interno ou do fornecedor, contendo os seguintes dados: Nome científico da droga; Data de fabricação; Prazo de validade; Parte usada; Conservação; Grau alcoólico; Classificação toxicológica, quando for o caso; Número de lote. A matriz deve ser identificada por meio do rótulo interno ou do fornecedor, de acordo com normas internacionais, contendo os seguintes dados: Dinamização escala e método; Insumo inerte e grau alcoólico, quando for o caso; Data da manipulação; Prazo de validade (mês/ano); Origem. Formas farmacêuticas de dispensação: Preparação para ser dispensado deve ser identificada por meio de rótulo contendo: Nome da preparação; Dinamização escala e método; Forma farmacêutica;
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Quantidade e unidade; Data da manipulação; Prazo de validade (mês/ano); Identificação da farmácia com CNPJ. Endereço, nome do farmacêutico responsável com o CRF. Nas preparações homeopáticas magistrais deve constar no rótulo do paciente e do prescritor.
Boas práticas de manipulação e preparação homeopática (BPMH) As farmácias homeopáticas devem seguir as BPMH em farmácias presente na RDC 67. Nas BPMH podemos destacar as seguintes regras: As manipulações de preparações homeopáticas devem ser realizadas por funcionários higienizados e não odorizados; As preparações devem ser realizadas em sala exclusiva para manipulação de preparações homeopáticas, e que esteja localizada em área de baixa incidência de radiações e de odores fortes; A lavagem e inativação dos utensílios, acessórios e recipientes usados nas preparações homeopáticas devem ser executadas, em local com estufa para secagem inativação dos materiais com termômetro e registro das temperaturas e tempo de processo de inativação; Não devem ser usados produtos que dê resíduos ou possuam odores na limpeza do ambiente, e mobiliário da sala de manipulação de preparações homeopáticas.
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FARMACOTÉCNICA HOMEOPATICA A farmacotécnica homeopática é baseada em diluições seguidas de sucussões ou triturações e dinamizações seguidas. Os medicamentos homeopáticos são, quase sempre, dinamizados, isto é, a substância natural é diluída e agitada. Para isso, partindo de uma substância, com a qual preparemos um medicamento, temos que considerar se ela é solúvel ou não. Os solventes que podem ser usados são: a água, o álcool etílico e a glicerina. Quando a substância não for solúvel nestes solventes, usaremos a trituração. Na dinamização, usamos uma solução hidroalcoolica para diluir, geralmente álcool a 30%, e sucussionamos. Se a substância é solúvel em água ou álcool etílico, puros ou combinados, ela será dissolvida, na proporção de 1%, agitada 100 vezes. O processo de trituração é aplicado para substâncias insolúveis. Neste caso, usaremos a lactose para diluir, para agitar, usando o movimento de triturar a substância entre o pistilo de porcelana, contra as paredes dos recipientes, um gral de porcelana. A trituração é feita na proporção de 1% da substância ativa em lactose. As diluições podem ser feitas em diferentes diluições ou escalas as mais usadas são na proporção de 1/100 (CH), Hering introduziu à escala decimal (DH), preparada na proporção de 1/10. Para chegarmos a potências superiores, usamos outras possibilidades. O russo Korsakov criou um método prático. Ele propôs diluir a substância, sucussionar e depois, verter o conteúdo do frasco aberto, deixando que escorra todo o conteúdo. Desta forma, resta no frasco 1% da dinamização anterior. Depois disso enchemos novamente o frasco, sucussionamos e esvaziamos, fazendo isso, até a potência K desejada. O método de fluxo contínuo (FC) trata-se de um equipamento mecânico, com uma câmara de vidro, onde ocorre à dinamização, ai é colocado à dinamização 30CH da substância a ser dinamizada, nesse método a diluição é contínua. Métodos de preparação das formas farmacêuticas derivadas: As formas farmacêuticas derivadas são preparadas nas escalas: Decimal (DH); Centesimal (CH); Cinquenta milesimal ( LM). A preparação deve seguir os métodos Hahnemannianos, Korsakoviano ou FC como não há correspondência entre as escalas e métodos, ficam proibidos qualquer interconversão.
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ALCOOMETRIA Alcoometria é a determinação do grau alcoólico das misturas de água e álcool etílico. O título alcoometrico, volumétrico ou grau alcoólico volumétrico de uma mistura de água e etanol é expresso pelo número em 100 volumes dessa mistura a mesma temperatura, é expressa em % (v/v). O título alcoometrico ponderal é expresso pela relação entre a massa de etanol contida numa mistura de água e etanol e a massa total desta é expresso em % ( p/p).
Determinação de título alcoometrico O alcoômetro centesimal é um, densímetro destinado à determinação do grau alcoólico das misturas de água e etanol, indicando somente a concentração do etanol em volume. É expresso em grau Gay-Lussac (GL). Preparo de álcool etílico diluído Para a preparação do álcool etílico, diluído no teor desejado, calcular a quantidade de álcool etílico de partida a ser usado segundo a expressão: Tp= teor alcoólico desejado (% v/v). O volume de água purificado a ser adicionado para obtenção do álcool etílico diluído desejado pode ser encontrado segundo a expressão: Va= Vd - Vp Em que Va= volume de água purificada ser usada (ml); Vd= volume do álcool etílico diluído desejado (ml); Vp= volume de álcool etílico de partida a ser usado (ml). Para preparar o álcool etílico, diluído, devemos seguir as seguintes instruções: Medir o volume de álcool etílico e água separadamente; Fazer a mistura dos dois líquidos; Deixar em repouso até acomodação das moléculas; Fazer a conferencia do álcool etílico obtido, usando o alcoômetro; Fazer os ajustes necessários adicionando água ou álcool etílico. Técnicas para determinação do teor alcoólico: 1. Colocar 1L do etanol neutro numa proveta de mesma capacidade; 2. O menisco, inferior do líquido deve ficar acima da linha (divisão); 3. Deixar o etanol por alguns minutos para que haja acomodação das moléculas; 4. Colocar a ponta no interior do termômetro e anotar a temperatura; 5. Mergulhar no líquido o alcoômetro previamente molhado no etanol em ensaio enxugado. Imprimir uma rotação de 360º, sentido antihorário no alcoômetro que deverá flutuar livremente na proveta, sem aderir às paredes;
6. Quando o alcoômetro deixar de oscilar, fixar o olhar abaixo do plano da superfície do líquido.
7.
Fig ur a 10: m é to do de det erm in ação di títu lo alc oo m é tr ic o. ( a ) pr o v et a de 500 m l co m a lc oôme tr o já inserido; ( b ) c om p le ta m os c om al c ool et íli c o at éo funcion amento do alcoômetro; ( c ) 94G L (G ay Lu s s ac ).
Critérios volumétricos: V/V = volume do álcool por volume de água; P/P = peso do álcool por peso de água; V/P ou P/V. Ci x Pi = Cf x Pf Ci = Concentração inicial do álcool; Pi = Peso inicial do álcool; Cf = Concentração final da solução; Pf = Peso final da solução. Exemplo: 1. Preparar 100g de solução com concentração ponderal de etanol a [ ]: 70%, 30% e 45%. 2. Procedimento experimental: Para concentração de álcool solicitada proceda da seguinte forma: Separe 3 frascos de Erlenmeyer de 250ml e identifique como: a. Frasco 1 álcool; b. Frasco 2 água destilada; c. Frasco 3 álcool a x%. 3. Tarar os frascos 1 e 2; 4. Fazer cálculos para quantidades de álcool e água necessárias para a preparação; 5. No frasco 1 pesar a quantidade de álcool 96% encontrada no calculo realizado; 6. No frasco 2 pesar a quantidade de água necessária para atingir o valor final da solução; 7. Verter os líquidos dos frascos 1 e 2 no frasco 3; 8. Repetir os passos anteriores para as outras concentrações de álcool.
TINTURA MÃE (TM) São preparações alcoólicas ou hidroalcoólicas resultantes da extração de drogas vegetais, animais ou da diluição dos respectivos extratos.
Preparação Droga vegetal fresca ou seca Parte usada: vegetal inteiro, parte ou secreção. Líquido extrator : etanol em diferentes graduações, o teor alcoólico no inicio da extração deve ser de 60% no final da extração deverá ser de 55% a 65%. Método de extração: maceração ou percolação. Relação resíduo sólido/volume final de TM: 1/10 p/v 10%. Preparação a parti de plantas secas: Podem ser preparadas por maceração ou percolação. Maceração Consiste deixar o vegetal dessecado, devidamente dividido, por pelo menos 15 dias, em contato com o volume total do líquido extrator apropriado, em ambiente protegido da ação direta da luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado. Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação aquele anteriormente filtrado. Deixar em repouso por 48h, filtrar e armazenar adequadamente. Para TM cujas monografias determinem o teor de marcador especificado, um ajuste de concentração desse marcador pode ser realizado por adição de etanol de mesmo teor que o usado para a preparação da TM. Percolação Consiste em colocar a droga vegetal seca, finamente dividida e tamisada, em recipiente adequado. Adicionar o líquido extrator em quantidade suficiente para umedecer o pó e deixar em contato por 4h. Transferir cuidadosamente para o percolador de capacidade ideal, de forma a se evitar a formação de canais preferenciais para o escoamento do solvente. Colocar volume suficiente de líquido extrator para cobrir toda a droga e para a obtenção da quantidade desejada de TM. Deixar em contato por 24h. Percolar à velocidade de 8gts/m para cada 100g da droga, repondo o solvente de forma a manter a droga imersa, até obter o volume previsto de TM. Deixar em repouso por 48h, filtrar e armazenar adequadamente. Determinação do resíduo sólido Tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco fracioná-la em fragmentos reduzidos, deixando-a em estufa à temperatura entre 100-105 ºC, até peso constante. Calcular a porcentagem do resíduo sólido (Rs) na amostra. Calcular o peso total do Rs contido no vegetal fresco. Para se calcular o Vtm a ser obtido, multiplica-se o valor do Rs contido no vegetal fresco por 10. O volume do liquido extrator (V vi) a ser adicionado será equivalente ao V tm a ser obtido menos o V H2O contido no vegetal fresco. 22
Vtm= 10 x Rs; Vtm= Vvi - VH2O A graduação alcoólica final do líquido extrator deve ser a especificada na monografia resultante da mistura alcoólica acrescida do teor de água contido na planta. Caso não haja especificação em monografias, o teor alcoólico no inicio da extração deverá ser de 60% e ao final da extração deverá ser de 55% a 65% , obedecendo a seguinte orientação: Resíduo sólido Até 25% Entre 30 e 35% Entre 35 e 50%
Teor hidroalcoólico Álcool 90% (p/p). lcool 80% (p/p). Álcool 70% (p/p).
Tabela 1: o ins um o inert e usado na TM depend eráda % do RS encontrado.
Exemplo 1: Vegetal fresco = 1 Kg; Resíduo sólido = 20%; Resíduo sólido total do vegetal= 200g; Quantidade de água contida no vegetal= 800ml; Teor alcoólico do líquido extrator a ser usado= 90% (v/v); Volume de TM a ser obtida= 2000ml (10 vezes o resíduo sólido total); Volume de álcool 90 (v/v) a ser adicionado: 2000ml800ml = 1200ml Relação resíduo sólido/volume final da TM 1/10 (p/v) (10%). Exemplo 2: Vegetal fresco = 1kg; Resíduo sólido = 32% Resíduo sólido total do vegetal = 320g Quantidade do líquido extrator a ser usado = 80% (v/v); Volume da TM a ser obtida = 3200ml (10 vezes o resíduo sólido total); Volume do álcool 80% a ser adicionado: 3200ml680ml = 2520ml; Relação resíduo sólido/volume final da TM 1/10 (p/v) (10%). Exemplo 3: Vegetal fresco = 2Kg; Resíduo sólido = 30%; 30% de 2Kg = 600g; 600g do vegetal fresco é resíduo sólido e 1400g de teor de água. A quantidade de TM a obter será 600g x 10 = 6Kg. Calculo do liquido extrator Como é 30% de RS usaremos solução hidroalcoolica 80% (p/p); Vegetal fresco disponível = 2kg (600g de RS e 1400g de água), TM seria preparada com 6kg (600g x 10). Para calcularmos a quantidade de álcool 80% (p/p) que será usado no preparo da TM; 6kg da TM-1,4kg de água do vegetal = 4,6kg de álcool 80%; Ci x Pi = Cf x Pf 80% x 4600= Cf x 6kg Cf = 61,33% A FHB 2ª edição: permite RS 25 quando inferior a 25%. 23
MÉTODO HAHNEMANNIANO Para drogas insolúveis, triturações para a fase sólida, diluições e sucussões para a fase líquida. Para drogas solúveis, diluição e sucussão, manual ou mecânica. É assim chamado por ter sido criado por Hahnemann, pode ser dividido em três outros métodos:
Método de frascos múltiplos Desenvolvido para preparar formas farmacêuticas derivadas nas escalas DH e CH, a partir da TM e drogas solúveis.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
Ponto de partida: Tintura-mãe, droga solúvel em água ou etanol de diferentes graduações com solubilidade igual ou superior a 10% (DH) ou 1% (CH). Droga solúvel: Dinamização anterior a que se deseja. Insumo inerte: Etanol em diferentes graduações. Na 3CH e na 6DH, será usado o VI abaixo. TM usar VI com o mesmo título hidroetanólico da TM (até à 3CH ou 6DH). O mesmo VI usado na solução da droga (até 3CH ou 6DH). Número de frascos: Um frasco para cada etapa da dinamização. Volume: Líquidos a ser sucussionado deverá ocupar no mínimo a metade e no máximo 2/3 da capacidade do frasco usado na preparação. Numero de sucussões: 100 sucussões: Processo para sucussões: a. Manual : a sucussão deverá ser executada através de movimento vertical feito com o antebraço, contra um anteparo semirrígido. O movimento deverá ser contínuo e ritmado, com força e deslocamento apenas do antebraço. b. Mecânico : a sucussão deverá ser feita com maquina que imprima ao frasco movimentos verticais, contínuos e ritmados.
Técnica de obtenção Dispor sobre a bancada, tantos frascos quantos forem precisos, para preparar a dinamização desejada; Ordená-los e identificá-los; Colocar no frasco a quantidade de VI necessária, usando DH ou CH; Com a micropipeta retirar uma parte do VI e adicionar uma parte do ponto de partida (PA) a 1 frasco; Fechar o frasco e proceder as 100 sucussões, manuais ou mecânicas; Supondo como ponto de partida a TM, obtém assim 1DH ou 1CH, de acordo com a escala usada; Transferir 1 parte da 1DH ou 1CH, para o segundo frasco, onde deve estar a quantidade de VI necessário; Fechar o frasco e proceder as 100 sucussões. Obtém assim a 2DH ou 2CH. Proceder de forma idêntica para as preparações subsequentes, até atingir a dinamização desejada.
Fig ur a 12: esqu ema d e din amização Han eman iana. ( 1 ) 1m l do PA; ( a ) 100 m l de PA ; ( b ) 99 m l d e VI + 1m l de PA ; ( 2 ) 100 sucu ssões; ( 3 ) 1m l da 1C H l; ( a ) 1C H 100 m l; ( b ) 99m l de VI + 1ml da 1CH; 100 suc uss ões; ( 4 ) 2C H.
Dispensação: Para potências intermediárias e para os de estoque usamos etanol 70%; Dispensação (forma farmacêutica líquida) etanol 30%; Dispensação (forma farmacêutica sólida) etanol igual ou superior a 70%; Conservação : guardar em frasco, bem fechado ao abrigo da luz e devidamente rotulado com nome completo do medicamento e o grau de potencia da DH ou CH.
Figura 11: processos d e sucuss ões. ( a ) s uc us s ões m an u ai s ; ( b ) suc uss ões mec ânic as.
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Método de trituração Para escalas DH e CH. Ponto de partida: drogas insolúveis; quando sua solubilidade for inferior a 10% (DH) ou 1% (CH) em água ou etanol em diferentes graduações. Processo: Trituração anterior à dinamização desejada. Insumo inerte: Lactose nas 3 primeiras triturações para a escala CH e nas 6 primeiras para a escala DH. a partir da 4CH ou 7DH, usar como insumo inerte etanol em diferentes graduações.
Fig ur a 13: Té cn ic a. ( 1 ) Di v i di r a q uan ti dad e to ta l de la c to s e a ser ut ilizada em t rês p artes igu ais. 1 º Um a terça par te de lactos e serácolo cada em g ral de por celana e tritur ada para tapar os poros do m esmo. 2º Sobre es se terço d e lacto se, coloca-se o insum o ativo a ser triturado obedecendo à escala decimal ou centesimal. Homogeneizar com espátula; Trit urar, vig oros amente, dur ante 6 mi nuto s;Rasp ar, com espátula, o triturad o aderido ao gral e ao pistilo, durante 4 minut os, homo geneizando-o;Triturar, vig oro samen te, durante 6 minu tos , sem acré scim o de lactose; Raspar o triturado durante 4 minutos; 3º Acrescentar a 2ª terça parte de lactose;Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos. Raspar o triturado durante 4 minutos;Triturar, vigorosamente, durante 6 mi nuto s, sem acré scim o de lactose;Ras par o tritu rado durante 4 minutos; 4º Acr escentar o último terço de lactose;Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos;Raspar o triturado durante 4 minutos;Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos;Raspar o triturado d urante 4 minutos.
Para obtenção do segundo triturado, 20DH ou 2CH, usar como insumo ativo 1 parte do primeiro triturado, para 9 ou 99 partes de lactose repetindose o procedimento anterior. Esse triturado será acondicionado em recipiente fechado e protegido da luz, recebendo o nome da droga e a designação de segundo triturado. Ex.: Petroleum 2DH trit., Petroleum 2CH trit. Para obtenção do terceiro triturado, 3DH ou 3CH, usar como insumo ativo 1 parte do segundo triturado para 9 ou 99 partes de lactose repetindose o procedimento anterior. Esse triturado será acondicionado em frasco em recipiente fechado e protegido da luz, recebendo o nome da droga e a designação de terceiro triturado. Ex.: Petroleum 3DH trit., Petroleum 3CH trit. No caso de trituração na DH, para obtenção das triturações subsequentes, repetir o procedimento anterior até a obtenção da 6ª trituração (itens 3 a 17). Solubilizar o triturado: Para solubilizar a 6DH trit, aquecer água purificada a temperatura entre 40°C e 45°C. Adicionar 10 partes dessa água aquecida sobre 1 parte da 6DH trit. Em seguida, sucussionar 100 vezes para obter a 7DH. Essa preparação intermediária não pode ser estocada.
Figur a 16: passagem da fase sólid a para a fase líquid a na escala CH. ( a ) 1 par te d a 6D H tr it ; ( b ) dis s olv er em 9 pa rt es d e ág ua puri fi c ad a e ag uar dar c o m p le ta dis s o lu ção; ( c ) sucu ssionar 100 vezes; ( d ) 7D H, at en ção não es to c ar .
Figur a 14: tr itur ação. di nam ização em lac to se.
Insu mo s
ati vo s
i nso lúveis,
Para solubilizar a 3CH trit. Dissolver 1 parte dessa trituração em 80 partes de água purificada, completar com 20 partes de etanol a 96% (v/v) e sucussionar 100 vezes, para obter a 4CH. Essa preparação intermediária não pode ser estocada.
Esse triturado será acondicionado em recipiente fechado e protegido da luz, recebendo o respectivo nome homeopático e a designação de 1º triturado. 1/10 ou 1/100. Ex.: Petroleum 1DH trit. ou Petroleum 1CH trit.
Figur a 17: passagem da fase s ólida para a fase líqui da na escala CH. ( a ) 1 par te da 3C H tr it ; ( b ) dis s o lv er em 80 par te s de água p urif icada, c om pletar c om 20 partes de álcoo l 96%; ( c ) s uc u s s io nar 100 ve ze s ; ( d ) 4C H, so lu ção hi d ro al c oo li c a a 20%.
Figura 15: acondic ionamento do tr iturado. Petroleum 1CH trit.
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As demais dinamizações serão preparadas em etanol de graduação igual ou superior a 77% (v/v) para estocar e etanol a 30% (v/v) para dispensar.
Escala cinquenta milesimal Ponto de partida: Poderá ser usada a TM, tendo sua força medicamentosa corrigida com posterior evaporação. Logo após tapar os poros do gral, a TM será adicionada ao primeiro terço da lactose. Após evaporação, em temperatura inferior a 50 ºC, seguir com a técnica de trituração. Ex.: uma TM de origem vegetal (10%) tem força medicamentosa de 1/10. Para a 1ª trituração CH, colocar 10 partes da TM para 100 partes de lactose. Para TM de origem animal (5%) a força medicamentosa é de 1/20, ou seja, colocar 20 partes da TM para 100 partes de lactose. Insumo inerte: água purificada, lactose, Microglóbulos e etanol em diferentes graduações. Volume: para a fase líquida a ser dinamizada deverá ocupar entre ½ e 2/3 da capacidade do frasco usado na preparação. Número de sucussões: 100. Processo: para a fase sólida, trituração; para a fase líquida diluição e sucussões, manual ou mecânica. Técnica 1ª etapa: Trituração da droga até 3CH trit. 2ª etapa: Dissolução do 3º triturado: Pesar 63mg do 3º triturado e dissolver em quinhentas gotas de etanol a 20%. 3ª etapa: Preparação da 1ª dinamização LM (1 LM): Em frasco de capacidade adequada, colocar uma gota da solução anterior em 100 gotas de etanol a 96% (v/v); Aplicar 100 sucussões. Umedecer 500 microglóbulos com uma gota desta solução; Deixar secar a temperatura ambiente. Essa é a matriz na potência 1 LM. 4ª etapa: Preparação da 2ª potência LM (2 LM): Em frasco de capacidade adequada, dissolver um microglóbulo da 1 LM em uma gota de água purificada; Acrescentar 100 gotas de etanol a 96%; Aplicar 100 sucussões; Umedecer 500 microglóbulos com uma gota da solução intermediária anterior; Separá-los, rapidamente, sobre papel de filtro, deixar secar a temperatura ambiente. Essa é a matriz na potência 2 LM. 5ª etapa: Preparação das demais potências LM: Em frasco de capacidade adequada, dissolver um microglóbulo da LM imediatamente anterior, em uma gota de água purificada. Acrescentar 100 gotas de etanol a 96%. Aplicar 100 sucussões. Umedecer 500 microglóbulos com uma gota da solução intermediária anterior. Deixar secar a temperatura ambiente.
Figur a 18: esquem a de prep aração p ela escala cin quen ta miles im al (LM). ( 1 ) 1ªeta pa: tr i tu ra r a drog a até3C H, co nfo rm e a té c ni c a de tr it ur ação; ( a ) ponto de par ti da. ( 2 ) 2ªet ap a: p re par ação da s olu ção a partir do triturado 3CH; ( a ) 500 go ta s (4 par te s de água, 1 pa rt e de álc oo l). ( 3 ) 3ªe ta p a: prep ar o d o m ed i c am en to no 1 º grau de di na m iz ação ; ( a ) 100 g ts d e álc o ol 96 %. ( 4 ) 4ªet ap a: p rep ar o d o m edic amen to n o 2º gr au d e di nam ização.
Dispensação Na escala LM, o volume dispensado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco. Dissolver 1µglob do medicamento em etanol 30%, de acordo com o volume relatado na receita. Quando a receita não informar o volume a ser dispensado, dispensar 20ml num frasco de 30ml. Orientar o paciente a sucussionar de 10 a 15 vezes o medicamento na palma da mão, antes de tomar o mesmo.
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MÉTODO KORSAKOVIANO Esse método também é conhecido como frasco único. No Brasil é usado para preparações a partir da diluição de 30CH em etanol 77%. Para esse método usamos os seguintes materiais e procedimentos:
Tabela 2: materiais e proc edim entos usad os p elo m é tod o Korsakoviano.
Técnica Colocar num frasco quantidade suficiente da matriz na potência 30CH de modo que ocupe de ½ a 2/3 de sua respectiva capacidade. Emborcar o frasco, deixando o líquido escorrer livremente por 5 segundos. Adicionar o insumo inerte na quantidade previamente estabelecida e sucussionar por 100 vezes. A resultante dessa sequência de operações corresponde a 31 K Repetir esse procedimento para obter as dinamizações subsequentes. A dispensação do medicamento preparado segundo método Korsakoviano deve se dar a partir de 31 K. Até a 100000 K Como limite máximo. É vedada a estocagem de medicamentos preparados por esse método.
MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO (FC) Por esse método são obtidos medicamentos em altas diluições. O preparo exige um aparelho de FC para a sua execução. O método segue o principio do FU, usando uma câmara de diluição com alimentação de VI em FC e constante, e simultânea agitação promovida por uma palheta que gira em torno do seu próprio eixo. Ponto de partida: matriz na potência 30CH em etanol 77%; Insumo inerte: água purificada; Número de frascos: câmara de dinamização única; Controle da vazão: deve garantir que um fluxo contínuo e constante de insumo inerte passe através da câmara de dinamização de forma controlada para que no final de 100 rotações, o conteúdo da câmara seja completamente renovado. Número de rotações: nesse método considera-se 100 sucussões, pois cada 100 rotações obtém-se uma nova potência; Processo: diluição e turbilhonamento continuo mecânico. É usado um aparelho dinamizador.
Figur a 20: característic a do equ ipam ento d e FC. ( a ) reserv atório de água p urifi cada q ue alim entará o s istem a; ( b ) en tr ad a d e água p urif ic ad a; ( c ) c ontro le da v az ão de água pu ri fi c ad a; ( d ) pal het a de v i dr o ou in o x ; ( e ) escoamento; ( ) f c âm ar a d e d i nam iz ação c om c ap ac id ad e vo lum é tri ca co nh ecid a; ( g ) h as te li gad a ao mo to r qu e gi ra em torno de seu próprio eixo; ( h ) m oto r c o m v el oc id ad e conhecida.
Fig ur a 19: Mé to do K or sak ov iano . ( 1 ) ta ra o FU; ( 2 ) ad ic io nar 30C H no FU; ( 3 ) d ei x ar o líqu id o esc orrer ; ( 4 ) v al id ar 1 par te na bal an ça; ( 5 ) us ar 2/3 do fr as c o co m 99 p ar te s do VI; ( 6 ) dei x ar es c orrer no A2; ( 7 ) v al i dar 1 p ar te na bal an ça; ( 8 ) 99 p ar te s d o VI.
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Técnica Adicionar o volume da matriz de partida em etanol a 77% ou superior, equivalente à capacidade volumétrica da câmara do aparelho. A entrada de água purificada e a rotação do motor serão acionadas simultaneamente. A dinamização iniciase sempre com a câmara cheia. O processo será reiniciado com a última potência FC em que ele foi interrompido, adicionando o volume da matriz de partida equivalente à capacidade volumétrica da câmara do aparelho. Acionar, então, a entrada da água purificada e o motor, simultaneamente. Interromper o processo sempre duas potências antes da desejada. Para o preparo das duas últimas potências será seguido o método Hahnemanniano em escala centesimal, usando como insumo inerte etanol a 77% ou superior. Somente as potências em etanol a 77% poderão ser estocadas. A dispensação do medicamento preparado segundo o Método FC deve se dar a partir da 200FC até a 100,000 FC, como limite máximo.
FORMAS FARMACEUTICAS Podem ser definidas como estado final de apresentação dos PAs farmacêuticos após manufatoramento ou manipulação, com ou sem adição de excipientes. Na farmacotécnica homeopática usam-se: Formas farmacêuticas de uso interno; Formas farmacêuticas de uso externo.
FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO INTERNO As formas farmacêuticas homeopáticas de uso interno podem ser: Dose única líquida; Preparação líquida administrada sob a forma de gotas.
Dose única líquida É uma forma de administração que permite uma quantidade limitada de medicamento líquido a ser ingerida de uma única vez. Para a forma de dose única líquida o veículo usado é uma solução hidroalcoólica de até 5% ou água purificada. Usa-se o volume de acordo com o desejado, prescrito. Porem se não for especificado pode se dispensar de acordo com a FHB duas gts do medicamento na dinamização desejada, em até no máximo 10 ml de insumo inerte. Os medicamentos de dose única líquida podem ser preparados por dissolução e através dos métodos: hahnemanniano, korsakoviano ou FC. Exemplo: Nux vomica 30CH, o volume não foi especificado. Preparar Nux vomica 30CH em etanol 30%. Diluir 4 gts do mesmo em 2ml de água purificada, homogeneizar e dispensar. Exemplo: Nux vomica 30CH XX/20. O número romano identifica o número de gts do medicamento a se diluído. O numero arábico após a barra, identifica a quantidade de água purificada, em ml, que diluirá as gts do medicamento Preparar Nux vomica na potencia 30CH, em etanol a 30%; pelo método Hahnemanniano dos frascos múltiplos. Transferir 20 gts de 30CH para um frasco com 20ml de água purificada, homogeneizar e dispensar.
Exemplo: Nux vomica 30Ch X/V/20 Preparar Nux vomica 30CH em etanol a 30%; transferir 10 gts de Nux vomica num vidro de 20ml. Acrescentar 5 gts de álcool 96%; completar para 20ml com água destilada e homogeneizar.
Preparação líquida (gotas) Preparação líquida administrada sob a forma de gotas, tendo como insumo inerte preparações hidroalcoolicas a 30%, contendo medicamento dinamizado a ser administrado sob a forma de gotas pode ser preparado por dissolução e através dos métodos: hahnemanniano, korsakoviano ou FC. Para a escala LM devemos: Dissolver um microglóbulo do medicamento na potencia desejada, em uma gta de água purificada e acrescentar etanol a 30%; O dispensado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco. Quando não determinado poderá ser preparado no volume padronizado pela farmácia 15ml ou 20ml. Exemplo: Belladonna 6CH 20ml. Com uma pipeta calibrada, adicionar 20ml de VI (álcool 30%) num frasco de 30ml. Com a micropipeta, retirar deste mesmo frasco 0,2ml do VI. Com a micropipeta, retirar do estoque 0,2ml do ponto de partida Belladonna 5CH adicionar no frasco que contém o VI; sucussionar 100 vezes e transferir para o frasco de dispensação. Forma liquida São preparações farmacêuticas que apresentam, numa composição, um ou mais ponto de partida, obtidas por meio dos métodos Hahnemannianos, korsakoviano e de FC. Técnica de preparo: Para as formulações líquidas que apresentarem apenas um PA, preparar os diferentes medicamentos, em separados, em etanol a 30%. misturar os medicamentos em partes iguais e suficientes ou conforme as preparações de acordo com as normas técnicas legais. Exemplo: Silicia 5CH 1% 30ml. preparar Silicia 5CH em etanol a 30% retirar 0,3ml (1%), contemplar para 30ml de solução hidroalcoolica a 30% e homogeneizar. Exemplo: Silicia 5CH 1% 30ml, Nux vomica 6CH 5%. Misturar 0,3ml (1%) de Silicia 5CH com 1,5ml (5%) do Nux vomica 6CH (preparados em etanol a 30%). Completar e homogeneizar. Formas sólidas Glóbulos Apresentam-se sob a forma de pequenas esferas com peso de 30mg (nº 3), 50mg (nº 5), 70mg (nº 7), constituídos de sacarose ou misturas de sacarose e lactose. Exemplo: sulfur 30CH-15g µglob. Preparação: Técnica de impregnação: preparar o PA liquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoolica com graduação igual ou superior a 70%. Impregnar pelo método da tríplice impregnação, com insumo ativo, os glóbulos inertes, na proporção de 10%.
Figur a 21: ( a ) Imp reg nan do o s g lób ulo s ; ( b ) Tra ns fe rên c ia dos glóbulos im pregnados para o vidro âmbar; ( c ) Tableteiro.
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Pós Os pós de uso interno serão constituídos de PA, na dinamização desejada, veiculada em lactose, com peso unitário de 300 a 500mg. Acondicionamento: em papel de forma adequada, o invólucro mais usado é o papel vegetal ou papel manteiga. O papel representa uma dose individual que se administra o medicamento já dividido em doses adequadas. Com dois ou mais insumos ativos líquidos Técnica Preparar, separadamente, os insumos ativos constantes das formulações, nas potencias desejadas, em etanol a 77% ou superior; Misturar essas proporções em partes iguais e suficientes; homogeneizar; Impregnar a lactose com esta mistura nas proporções de no mínimo 10%; Repartir em porções de 300 a 500mg e acondicionar em papel, sachês ou flaconetes.
Tabletes Os tabletes se apresentam com peso entre 75 e 150mg, sendo preparados por moldagem da lactose em tableteiro, sem adição de coadjuvantes. Com dois ou mais insumos ativos líquidos Impregnação Preparar tabletes inertes, por moldagem da lactose, em tableteiro, dando o ponto de moldagem com quantidade suficiente de etanol a 77% ou superior; Misturar estas preparações em partes iguais e suficiente e homogeneizar; Proceder segundo a técnica de impregnação em tabletes. Moldagem Preparar, separadamente, os insumos ativos da formulação, nas potencias desejáveis, em etanol a 77% ou superior. Misturar essas preparações em partes iguais, suficientes e homogeneizar lactose, homogeneizar e dar ponto de moldagem com quantidade suficiente de etanol a 77% ou superior. Levar ao tableteiro e moldes; Proceder à extrusão e secar em temperatura não superior a 50 ºC. Exemplo .
Exemplo:
6
6
ãã-qsp 6 papeis,
Com dois ou mais insumos ativos sólidos Técnicas Preparar por trituração, separadamente insumos ativos constantes da formulação, na potencias desejadas; Misturar essas proporções formuladas e homogeneizar; Misturar essa preparação na proporção de no mínimo 10 ºC com lactose; Repartir em porções de 300 a 500mg e acondicionar em papeis sachês ou flaconetes.
Exemplos:
3
3
sachês ou flaconetes.
.
.
sachês ou flaconetes.
ãã-qsp ℎℎ
ãã.... qsp 30g tabl. 6
6
Com dois ou mais insumos ativos sólidos Moldagem Preparar por trituração, separadamente, nas potencias desejados, os insumos ativos constantes da formulação; Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogeneizar; Misturar esta preparação na proporção de no mínimo 10% com lactose; Proceder à moldagem. Exemplo. Calcarea carbônica 3CH trit. Ferrum metallicom 3CH trit. Calcarea carb. 3DH trit. -5% Baryta carb. 3dh trit.- 5% Lactose –qsp- 100g. etanol a 77% ou superior - qs Preparação Peso total da formulação = 100g. Peso de cada insumo ativo sólido (5%)= 5g Peso total do insumo ativo sólido (5% x 2) = 10g. Misturar e homogeneizar a fase sólida. Peso total de lactose e excipiente 100g-10g = 90g. Em seguida adicionar a fase sólida à lactose e homogeneizar; Dar o ponto de moldagem com quantidade suficiente de etanol 77% ou superior; Levar ao tableteiro e proceder à moldagem; Proceder à extrusão, se necessário, secar em temperatura não superior a 50 ºC.
6 papeis,
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Comprimidos Estes devem ter peso entre 100 e 300mg não é permitido usar lubrificantes. Somente é permitida a adição de coadjuvantes, se os mesmos forem inócuos nas quantidades adicionadas, e não prejudicarem a eficácia terapêutica do medicamento.
Impregnação Preparar, separadamente, os insumos ativos da formulação nas potencias desejadas, em etanol a 77% ou superior; Misturar essas proporções em partes iguais e suficientes; homogeneizar; Impregnar os comprimidos inertes com essa mistura, na proporção de no mínimo 10% e homogeneizar; A secagem será executada, separadamente, medicamentos em temperatura não superior a 50 ºC.
Exemplo:
ãã-qsp 20 comprimidos. ℎ 6
6
Figur a 22: form as farmac êutic as sólidas d e uso intern o. ( a ) comprimi dos; ( b ) gló bu lo s ; ( c ) pó s .
Com insumos ativos sólidos e líquidos Exemplo: .3 . ãã-qsp 5% .3 .
ℎℎ ℎ ãã-qsp 5% 3
3
Lactose -qsp- 80 comprimidos
Preparação Peso total da formulação: 80 x 0,300g = 24g; Volume total dos insumos ativos líquidos (5%) = 1,2ml Volume de cada insumo ativo liquida (2,5%) = 0,6ml; Peso total de insumo ativo sólido (2,5%) = 0,6g; Peso total da lactose e excipiente 24,0 – 1,2 = 22,8g Misturar e homogeneizar a fase sólida 0,6g x 2 = 1,2g Adicionar a fase liquida à lactose e excipientes (22,8g) e homogeneizar; Em seguida adicionar a fase sólida a esta preparação e homogeneizar; Levar à compressão com ou sem granulação prévia; Se necessário granular, umedecer com quantidade suficiente de etanol a 77% ou superior; Tamisar e secar em estufa à temperatura não superior a 50ºC.
Figur a 23: a disp osi ção do s di zeres po de vari ar, mas o rótulo deve s er sem pre legível e co nter: ( a ) n om e do estabelecim ento, ender eço, cidad e e estado, CNPJ; ( b ) farm acêutic o r espon sável, com seu número do CRF; ( c ) nom e do m edicam ento e po tencia m é todo e escala; ( d ) form a farm acêutic a, veículo , peso e vo lum e; ( e ) d at a d e m ani pu lação e vali dad e; ( ) f v i a de ad m in i s tr ação (u s o interno ou externo); ( g ) FH B .
Com dois ou mais insumos ativos líquidos Compressão Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas potencias desejadas, em etanol a 77% ou superior; Misturar essas proporções em partes iguais e suficiente, homogeneizar; Impregnar essa preparação, na proporção de no mínimo 10%, em lactose ou mistura de lactose e sacarose; Levar à compressão, com ou sem granulação prévia; Para grânulos, umedecer com quantidade suficiente de etanol a 77% ou superior; Tamisar e secar em estufa à temperatura não superior a 50 ºC.
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VALIDADE
Formulações sólidas Comprimidos homeopáticos, glóbulos, doses Formulações líquidas únicas homeopáticas sólidas e demais formulações 1. Água destilada: é sugerido um prazo de 7 dias sólidas homeopáticas: conservam-se bem quando (o álcool contido na matriz propícia um aumento armazenados ao abrigo da umidade, da luz e do no prazo, da validade). Obs. para as potencias calor. É sugerido um prazo de validade de 2 anos 7DH, preparadas a partir da 6CH trituração, é nessas condições. Em relação aos glóbulos, sugerido um prazo de validade de 24h. devemos considerar o fato de serem porosos. O paciente deve ser orientado a manter as Álcool 5%: 3 meses; medicações nos frascos originais. Álcool 30%: dois anos; 1. Pós: devem ser armazenados ao abrigo da luz, Álcool 70%: 5 anos. em potes bem fechados e em local seco. 2. Doses únicas homeopáticas líquidas: Nessas condições é sugerido um prazo de possuem tempo de validade curta, uma vez que, validade de 2 anos. Devem ser dissolvidas em em geral, são preparadas em água destilada. O água no momento de sua administração. prazo de validade sugerido é 7 dias. 3. Liniamento: é sugerido um prazo de validade de 2. Tabletes: conserva-se bem se protegidos da umidade, do calor e da luz. Devem ser seis meses. Para formas farmacêuticas de uso dispensados em frascos de boca larga e com externo não se deve usar TM ou baixas algodão entre a tampa e os tabletes, pois são potencias que contenham fármacos tóxicos ou extremamente friáveis. Sugerimos um prazo de irritantes para a pele e mucosas. validade de 2 anos, nestas condições. 4. Soluções nasais: são acondicionadas em frascos de vidro ou plásticos ou em frascos 3. Bioterápicos: são preparados a partir de produtos quimicamente indefinidos, tais como nebulizadores, em pequenas quantidades devem secreções, excreções, tecidos patológicos ou possuir uma estabilidade longa é desejável que não, bem como produtos de origem microbianas sejam estéreis. e alergenos. Os bioterápicos de estoque (5CH) 5. Preparações oftálmicas: sã preparadas em são armazenados da mesma forma que os água e soluções fisiológicas. Os padrões de demais medicamentos homeopáticos. qualidade para estas preparações são rigorosas Os heteroisoterápicos integram o estoque e, portanto, seria recomendável que fossem da farmácia, pois podem ser usados por adquiridas na indústria homeopática, que possui vários pacientes; recursos adequados para a sua produção. Os autoisoterapicos devem ser mantidos 6. Preparações otológicas: estas preparações na farmácia, um arquivo com os dados do deveriam ser estéreis, no entanto, são aceitáveis paciente, da coleta e do preparo da as que apresentam um nível de contaminação formulação. A matriz deste medicamento menor do que 100 organismos por mililitro, é pode ser estocada de 6 meses a 1 ano. recomendado um prazo de validade de três meses para as formulações preparadas com 4. Supositórios retais e óvulos vaginais: os supositórios retais devem ser envolvidos em glicerina ou óleo, e de uma semana, sobpapel alumínio ou acondicionados em moldes de refrigeração, para as preparadas com água. polietileno, poliestireno ou outros materiais. Quando guardados sob-refrigeração, pode ser conferido um prazo de validade de seis meses, efetuando-se periodicamente o controle de estoques. Os óvulos vaginais devem ser acondicionados nos mesmos tipos de embalagens citados para os supositórios retais. Os manipulados em gelatinas glicerinadas e sem conservantes podem ser armazenados sob refrigeração por até 30 dias. Para os preparados com o uso de conservantes e outros excipientes, o prazo de validade pode ser de até 12 meses; é também citada que o prazo de validade é indeterminado para óvulos preparados com conservantes e armazenamentos a temperatura ambiente.
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FORMAS FARMACEUTICAS DE USO EXTERNO
Essa preparação deverá apresentar pH próximo ao fisiológico e atender aos requisitos de tonicidade e esterilidade. Para tanto são indicados os isotonizantes, tampões e conservantes preconizados na literatura; Na esterilização das preparações oftálmicas homeopáticas não serão permitidos os seguintes métodos: calor úmido, calor seco, radiação ionizante e gás esterilizante. Além dessas, especificações, as preparações oftálmicas homeopáticas devem atender às exigências gerais para preparações oftálmicas.
Formas liquida Liniamento São preparações farmacêuticas que contém em sua composição insumo ativo dissolvido em óleo, podendo ser incorporados em soluções alcoólicas ou emulsões. Insumo inerte: soluções alcoólicas, óleos e bases emulsionavam. Técnica: Preparar o insumo ativo na potencia desejada e incorporá-los separadamente, nas potencias desejadas; Misturá-los em partes iguais e homogeneizar; Incorporar esta preparação ao insumo inerte na proporção de 10%.
Preparações otológicas São preparações destinadas à aplicação na cavidade auricular apresentada sob a forma liquida ou semissólida. Insumo inerte: soluções alcoólicas, água purificadas, óleos, solução de NaCl a 0,9% soluções hidroglicerinadas e bases para proporções semissólidas. Técnica: Preparar o insumo ativo na potencia desejada e incorporá-los ao insumo inerte na proporção de 10%; Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, nas potencias desejadas; Misturá-los em partes iguais e homogeneizar. Incorporar estas preparações ao insumo inerte na proporção de 10%. É facultado o uso de conservante.
Preparações nasais São preparações destinadas à aplicação na mucosa nasal sendo apresentada sob a forma líquida ou semi-sólidas. Insumo inerte: água purificada, solução de NaCl 0,9%, soluções hidroglicerinada e bases para preparações semissolidas. Técnica: Preparar o insumo ativo na potencia desejada e incorporá-los ao insumo inerte na proporção de 1% a 5%; Quando for mais de um insumo ativo, preparálos separadamente nas potencias desejada, misturá-los em partes iguais e homogeneizar; Incorporar esta preparação ao insumo inerte na proporção de 1% a 5%; Essa preparação deve apresentar pH próximo ao fisiológico. Para tanto, é permitido o uso de tampões. é facultado o uso de conservantes.
Preparações oftálmicas São preparações destinadas a aplicação na mucosa ocular sendo apresentada sob forma líquidas ou semissolidas. Insumo inerte: solução de NaCl 0,9%. água purificada, derivada de celulose e base para preparações semissólidas. Técnica: Preparar o insumo ativo na potencia desejada e incorporá-lo ao insumo inerte na proporção de 0,5%a 1%; Quando for mais de um insumo ativo, preparálos, separadamente nas potencias desejada. Misturá-los em partes iguais e homogeneizar, incorporar essa proporção ao insumo inerte na proporção de 0,5 a 1%;
Formulações semissólidas Cremes, géis, géis-cremes e pomadas: Antes de preparadas, deve-se observar a compatibilidade dos insumos com as bases. Em potes bem fechados, adequados e longe da luz e do calor, é recomendado um prazo de validade de 6 meses. Cremes São preparações emulsionadas constituídas por uma fase aquosa, uma oleosa e um agente emulsivo. Insumo inerte: bases emulsionáveis ou autoemulsionáveis. Com um ou mais insumo ativo liquido Técnica: Preparar o insumo ativo na potencia desejada. Quando for mais de um insumo ativo, preparálos, separadamente, mistura-las em partes iguais e homogeneizar. Incorporar, em temperatura não superior a 50 ºC, o insumo ativo, na proporção de 10%, ao insumo inerte e homogeneizar. Com um ou mais insumos ativos sólidos Técnica Preparar, por trituração o insumo ativo na potencia desejada.
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Quando for mais de um insumo ativo, preparálo, separadamente, misturá-los em partes iguais e homogeneizar. Incorporar, em temperatura não superior a 50 ºC, o insumo ativo, na proporção de 10%, ao insumo inerte e homogeneizar. Com insumos ativos líquidos e sólidos Técnica Os insumos ativos da fase sólida serão preparadas por trituração, separadamente, nas potencias desejadas; Misturar os insumos ativos da fase solida, em partes iguais e suficientes, nas proporções da formulação e homogeneizar para comporem essa fase; O insumo ativo da fase liquida, em partes iguais e suficientes, nas proporções de formulação e homogeneizar para comporem essa fase; Os insumos ativos da fase liquida serão preparadas separadamente desejadas. Misturar os insumos ativos da fase liquida, em partes igual e suficiente, nas proporções da formulação e homogeneizar para comporem essa fase; A soma dos insumos ativos deve corresponder a 10% do produto final; Em temperatura não superior a 50ºC, incorporar a fase liquida ao insumo inerte e homogeneizar, depois incorporar a fase solida e homogeneizar.
Os insumos ativos da fase sólida serão preparados por trituração, separadamente, nas potencias desejados; Misturar os insumos ativos da fase sólida, em partes iguais e suficientes, nas proporções da formulação e homogeneizar para comporem essa fase; Os insumos ativos da fase líquida serão preparados separadamente, nas potencias desejadas; Misturar os insumos ativos da fase líquida em partes iguais e suficientes, nas proporções da formulação e homogeneizar para comporem essa fase. A soma dos insumos ativos deve corresponder a 10% do produto final; Incorporar em temperatura não superior a 50%, a fase líquida ao insumo inerte e homogeneizar. Em seguida, incorporar a fase sólida e homogeneizar.
Pomadas São preparações monofásicas de caráter oleoso ou não. Insumo inerte: substâncias graxas, alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinilico e outras bases. Com um ou mais insumo ativo líquido Técnica Preparar o insumo ativo nas potencias desejadas; Quando for mais de um insumo ativo, preparálos, separadamente, misturá-los em partes iguais e homogeneizar. .Com um ou mais insumos ativos sólidos Técnica Preparar por trituração, o insumo ativo, preparálos, separadamente, mistura-los em partes iguais e homogeneizar; Incorporar, em temperatura não superior a 50 ºC, o insumo ativo ao insumo inerte na proporção de 10% e homogeneizar. Com insumos ativos líquidos e sólidos Técnica Os insumos ativos da fase sólida serão preparados em partes iguais e suficiente, nas proporções da formulação e homogeneizar para comporem essa fase. O insumo ativo da fase liquida serão preparadas, nas potencias desejadas; Misturar os insumos ativos da fase liquida, em partes iguais e suficientes, nas proporções da formulação e homogeneizar para comporem essa fase; A soma dos insumos ativos deve corresponder a 10% do produto final; Incorporar, em temperatura não superior a 50 ºC, a fase liquida ao insumo inerte e homogeneizar em seguida, incorporar a fase sólida e homogeneizar.
Géis-Cremes São preparações de aspectos homogêneos que apresentam características comuns aos géis e cremes. Insumo inerte: bases emulsionáveis ou autoemulsionáveis, alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinilicos e outras bases. Com um insumo ativo líquido Técnica Preparar o insumo ativo na potencia desejada. Quando for mais de um insumo ativo, preparálos, separadamente, misturá-los em partes iguais e homogeneizar; Incorporar, em temperatura não superior a 50%, o insumo ativo ao insumo inerte, na proporção de 10% e homogeneizar. Com um ou mais insumos ativos sólidos Técnica Preparar, por trituração, o insumo ativo na potencia desejada; Quando for mais de um insumo ativo, preparalos, separadamente, misturá-los em partes iguais e homogeneizar; Incorporar, em temperatura não superior a 50 ºc, ao insumo inerte o insumo ativo, na proporção de 10% e homogeneizar. Com insumos ativos líquidos e sólidos Técnicas
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Chamomilla 6CH (V/X/20) e 31CH Procedimentos
PREPARAÇÕES 1. 2. 3. 4.
5.
Parte A Arnica Montana 6CH líquida 1. 0,2ml de Chamomilla TM + 19,8ml de álcool Procedimento 45% + ↕= Chamomilla 1CH; Colocar sobre a bancada quantidade suficiente 2. 0,2ml de Chamomilla 1CH+19,8ml de álcool de frascos dinamizadores para preparar a 45% + ↕ = Chamomilla 2CH; potência desejada; 3. Realizar este procedimento até a obtenção de Ordenar os frascos e identificá-los; Chamomilla 6CH em álcool 30%; Nos 3 primeiros frascos, acrescentar, 99 partes 4. Retirar da Chamomilla 6CH cinco GTS e colocar do insumo inerte de mesmo título da TM (neste num frasco de vidro âmbar de 30ml; caso 45%); 5. Adicionar ao frasco 10gts de álcool 96%; Para potências seguintes, assim como 6. Completar com 20ml de água destilada e para as potências de estoques, adicionar 99 homogeneizar. partes de álcool 70%. Na ultima potencia usar álcool 30% para as formas farmacêuticas Parte B líquidas ou álcool igual ou superior a 70%, para 1. 0,2ml de Chamomilla 30CH+19,8ml de álcool as formas farmacêuticas sólidas; (70% ou superior)+ ↕= Chamomilla 31CH; Acrescentar ao frasco designado pela primeira 2. Retirar 1ml de Chamomilla 31CH; potencia uma parte da TM com uma 3. Impregnar os glóbulos (10g) segundo a técnica micropipeta e executar 100 sucussões, batendo abaixo: o fundo do frasco fortemente contra um Dividir em 3 partes iguais o insumo ativo (1ml anteparo semirrígido, num momento continuo e de Chamomilla 30CH); ritmado. Está pronta a 1CH; Impregnar os glóbulos inertes contidos em Com a micropipeta, transferir uma parte da 1ª frasco de vidro âmbar com uma parte de o dinamização centesimal (1CH) para o segundo insumo ativo transferir para uma placa de petri frasco executar 100 sucussões. Está pronta a e secá-la em temperatura inferior a 50ºC; 2CH; Impregnar os mesmos glóbulos com a segunda Com a micropipeta, transferir uma parte da 2ª parte do insumo ativo, e transferir para a placa dinamização centesimal (2CH) para o 3º frasco de petri secá-los em temperatura inferior a e executar 100 sucussões, estará pronta a 50ºC, está pronta a Chamomilla 30CH 3CH; glóbulos; Para as demais dinamizações, proceder da Transferir os glóbulos impregnados e secos mesma forma, até atingir a potência desejada. para um frasco de boca larga para dispensação e rotular.
6.
7.
8.
Figur a 24: ( a ) 0,2 m L d e A rn ic a m on ta na TM + 19 ,8m L d e álc o ol 45 % + ↕ = Arnic a montana 1CH; ( b ) 0,2 m L de Ar nic a mo ntan a 1CH + 19,8mL de álco ol 45% + ↕ = Arnica mon tana 2CH ( c )0, 2m L d e Ar n ic a mo ntan a 2CH + 19, 8m L d e álc ool 45% + ↕ = Arnica montana 3CH;( d ) 0,2 m L de A rni c a mo ntan a 3CH + 19,8mL de álc oo l 70% + ↕= Arnica mon tana 4CH; ( e ) 0,2 mL de Ar ni c a m onta na 4C H + 19, 8m L de álc ool 70% + ↕ = Arnica montana 5CH; ( ) f 0,2 m L d e A rnic a mo ntan a 5CH + 19,8mL de álco ol 30% + ↕ = Arnica mo ntana 6CH.
Figur a 25: ( a ) m é to do Ha h nem an ni an o na es c al a C H; ( b ) mé to do Hah nem anni ano n a escala DH.
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