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Hi s t ó r i a s d e S u c e s s o E xp e riê nc ia s E m p r e e nd e d o r a s

COPYRIGHT CO PYRIGHT © 20 04 , SEBR SEBRA AE – SER SERVIÇO DE APO POIO IO ÀS MICRO MICRO E PEQUENAS PEQUENAS EMPRES EMPRESA AS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas President Presidentee d o Conselho Deliberativ Deliberativoo Nacional Nacional Armando Monteiro Neto Diretor-Presidente Silvano Gianni Diretor de Administração e Finanças Paulo Tarciso Okamotto Diretor Diretor Técnico Luiz Carlos Barboza Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes Gustavo Henrique de Faria Morelli Coordenação d o Projeto Desenvolvendo Desenvolvendo Casos de Sucesso Renata Barbosa de Araújo Duarte Comitê Gestor do Projeto Desenvolvendo Desenvolvendo Casos Casos de Sucesso Cezar Ceza r Kirsz Kirszen enbb latt, lat t, SEBR SEBRA AE/R E/ RJ; Dan Da niela Almeid Alme idaa Teixeira, Teixe ira, SEBR SEBRAE/ AE/ MG; Mara Mara Regin Reg inaa Ve Ve it, SEBR SEBRA AE/M E/ MG; Renata Maurício Macedo Cabral, SEBRAE/RJ; Rosana Carla de Figueiredo Lima, SEBRAE Nacional Orientação Metodo lógi lógica ca Daniela Abrantes Serpa – M.Sc., Sandra Regina H. Mariano – D.Sc., Verônica Feder Mayer – M.Sc. Diagramação Adesign Produção Editorial Buscato Informação Corporativa

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Hist Históri órias as de suces sucesso: so: experiênci experiências as empreendedoras empreendedoras / Organi Organizado zado por Renata Barbosa de Araújo Duarte – Brasília: Sebrae, 2004. 412 p. : il. – (Casos de Sucesso, v.2) Publicação originada do projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso do Sistema Sebrae. ISBN 85-7333-386-3 1. Empreendedorismo 2. Estudo de caso 3. Agronegócio 4. Extrativismo 5. Indústria, comércio e serviço I. Duarte, Renata Barbosa de Araújo II. Série CDU 65.016:001.87

BRASÍLIA SEPN – Quadra 515, Bloco C, Loja 32 – Asa Norte 70.770-900 – Brasília Tel.: (61) 348-7100 – Fax: (61) 347-4120 www.sebrae.com.br

PROJETO DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO OBJETIVO O Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso foi concebido em 2002 a partir das prioridades estratégicas do Sist Sistema ema SEBR SEBRA AE com a finalidad finalidadee de d e diss d issemina eminarr na próp p rópria ria organização, nas instituições de ensino e na sociedade as melhores práticas de empreendedorismo individual e coletivo observadas no âmbito de atuação do SEBRAE e de seus parceiros, estimulando sua multiplicação e fortalecendo a Gestão do Conhecimento do SEBRAE. METODOLOGIA “DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO” A metodologia adotada pelo projeto é uma adaptação do consagrado método de estudos de caso aplicado em Babson College e Harvard Business School, que se baseia na história real de um protagonista, que, em dado contexto, se encontra diante de um problema ou de um dilema que precisa ser solucionado. Esse método estimula o empreendedor, o aluno ou a instituição parceira a vivenciar uma situação real, convidando-o a assumir a perspectiva do protagonista. O LIVRO HISTÓRIAS DE SUCESSO – Edição 2004 Esse trabalho é o resultado de uma das ações do projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso, elaborado por po r colaboradores colaborado res do Sistema Sistema SE SEBRAE, consultores e pro fessores de instituições de ensino parceiras. Esta edição é composta por três volumes, em que se descrevem 76 estudos de casos de empreendedorismo, divididos por área temática: • Volume 1 – Artesanato, Artesanato, Turismo Turismo e Cultura, Emp Empreend reend edo rismo rismo Social Social e Cidadania. idadan ia. • Volume olum e 2 – Agron Agronegó egócios cios e Extrativi Extrativismo, smo, Indústria, Ind ústria, Com Comércio ércio e Serviço. Serviço. • Volume 3 – Dif Difusão Tecnológi ecno lógica, ca, Soluçõe Soluçõess Tecno Tecnológi lógicas, cas, Inovação Inovação,, Empre Empreend end edo rismo rismo e Inovação. DISSEMINAÇÃO DOS CASOS DE SUCESSO DO SEBRAE O site Casos de Sucesso do SEBRAE (www.casosdesucesso.sebrae.com.br) visa divulgar as experiências geradas a partir das diversas situações apresentadas nos casos, bem como suas soluções, tornando-as ao alcance dos meios empresariais e acadêmicos. O site apresenta todos os estudos de caso das edições 2003 e 2004, organizados por área de conhecimento, região, municípios, palavras-chave e contém, ainda, vídeos, fotos, artigos de jornal, que ajudam a compreender o cenário onde os casos se passam. Oferece também um manual com orientações para instrutores, professores e alunos de como utilizar o estudo de caso na sala de aula. As experiências relatadas ilustram iniciativas criativas e empreendedoras no enfrentamento de problemas tipicamente brasileiros, podendo inspirar a disseminação e aplicação dessas soluções em contextos similares. Esses estudos estão em sintonia com a crescente importância que os pequeno peq uenoss negócios negócios vêm adquirindo adquirindo como promotor p romotores es do desenvol d esenvolvi vimento mento e da geração de emprego e renda no Brasil. Boa leitura e aprendizado! Gustavo Morelli Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes Renata Barbosa de Araújo Duarte Coordenadora do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso

HISTÓRIAS DE SUCE SUCESSO SSO – EXPERIÊNC EXPERIÊNCIAS IAS EMPREE EMPREENDEDORAS NDEDORAS

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QUANDO OS INGREDIENTES TÊM QUALIDADE, TUDO VIRA RECEITA DE SUCESSO MATO GROSSO DO SUL MUNICÍPIO: CAMPO GRANDE

INTRODUÇÃO

T

udo começou em uma conversa animada durante a caravana para a maior feira de alimentos da América Latina, a Fispal 2002, em São Paulo. Eram empresários atentos e bem-sucedidos, mas inquietos por causa das inúmeras possibilidades que haviam visto e experimentado no evento. Esse grupo, formado por empresários do setor de bares e restaurantes de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, decidiu procurar o SEBRAE/MS em busca de informações sobre linhas de crédito e sobre o Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica (Sebraetec) 1. Logo no primeiro encontro, em outubro de 2002, ficou evidente que eles queriam muito mais. O envolvimento e a expectativa deles durante a reunião demonstraram seu desejo de crescer. Só não sabiam como fazê-lo. Encontrar os meios para enfrentar esse problema era o desafio que se colocava.

Mariste Maristela la de d e Oliveir Oliveiraa Fran Fran ça, gerente, e Liss Lissan an dra Dau dt Baron Ba ron,, consultor con sultora, a, d a Un idad e de Gestão Gestão de Aten dim ento Setorial Setorial do SEBR SEBRAE AE/M /MS, S, elaboraram elaboraram o estud estud o de ca so sob sob a orien orien tação d a pro fessora Liane dos Santos Pereira, da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal, integrando as atividades do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso do SEBRAE. 1

Programa que objetiva elevar a inovação e o patamar tecnológico das pequenas empresas.

HISTÓRIAS DE SUCES SUCESSO SO – EXPERIÊNCI EXPERIÊNCIAS AS EMPREE EMPREENDEDORAS NDEDORAS

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s o t n a S s o d o t s e d o M a n a i c u L

s o t n a S s o d o t s e d o M a n a i c u L

PRATO PRA TO À ME MESA SA:: IN INGREDI GREDIENT ENTES ES DE QU QUALIDADE

SOBREMESA

QUANDO OS INGREDIENTES TÊM QUALIDADE, TUDO VIRA RECEITA DE SUCESSO – SEBRAE/MS

CONHECENDO OS INGREDIENTES

C

ampo Grande já foi a segunda cidade mais importante de Mato Grosso antes da divisão. Hoje, capital do jovem Estado de Mato Grosso do Sul, tem aproximadamente 700 mil habitantes, conforme dados do IBGE. Fundada em 1899 pelo mineiro José Antonio Pereira, Campo Grande foi colonizada por portugueses, italianos, espanhóis, japoneses, sírios, libaneses, árabes e armênios, além dos mineiros, paulistas e gaúchos. Os índios, primeiros habitantes desta terra, também influenciaram os hábitos e fazeres do povo campo-grandense. Sua principal atividade econômica é o comércio varejista, cujo segmento de bares e restaurantes representa 20% do número de estabelecimentos da capital. Este setor, intimamente ligado ao turismo, tem na gastronomia o elo cultural, pois mistura a diversidade dos ingredientes da terra com as especiarias trazidas pelos imigrantes, satisfazendo uma variedade de paladares. “Assim Assim é a gastron gastron om omia ia su l-m l-m ato-grosse ato-grossenn se. se. Sabores e valores de povos diversos, adaptados com gosto e criatividade ao clima e à gen gen eros erosidad idadee da n atureza atu reza local. local. Ger Geralm almente ente com com a simpl im plici icida dade, de, a leveza e a sustança de quem acostumou a comer na estrada, parando aqui e ali, desbravando lugares por esse mundão de Deus. Do peixe ensopado à carne-de-sol, da mandioca com shoyu à ‘sopa’ par paraguaia aguaia,, a culinária culin ária gua icuru destaca-s destaca-see mais m ais pel peloo con con jun to de seus atrativos do que por um prato em especial. Mais pela maneira particular de selecionar e combinar sabores do que pela originalidade da criação culinária. É uma riqueza ensejada notadamente pela simplicidade e pelas sutilezas da diversidade. Fronteiriça com certeza, cosmopolita certamente, brasileiríssima sem d ú vida al a lgu m a”. a”. 2

Parte do segmento de bares e restaurantes foi organizada pela Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento de Mato Grosso do Sul (Abrasel/MS), que contava, em 2002, com 54 afiliados e 1.080 empregos diretos e cerca de 3.240 indiretos. SAMPAIO, Iracema. Cheiros e sabores de Mato Grosso do Sul. Saber Sampaio de Barros Editora. Campo Grande, MS, 2002. 2


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COMÉRCIO E SERVIÇO

A Abrasel seccional MS foi criada em julho de 1999 por iniciativa dos empresários Amaury Martins Ribeiro e Paulo Hans. Em 1996 o empresário Paulo Hans, a convite do presidente da Abrasel Nacional, participou do congresso da entidade que aconteceu em Natal, no Rio Grande do Norte. No ano seguinte foi a vez de Amauri, que esteve no congresso da Abrasel em Salvador, na Bahia. Entusiasmados com os resultados que viram durante os eventos, iniciaram um movimento, de forma individual, para a criação da Abrasel/MS. Em um desses contatos, um empresário do setor sinalizou a Paulo Hans que havia uma ação paralela com o mesmo objetivo. Em 1998 houve o encontro das iniciativas. Alguns meses depois, o SEBRAE/MS foi procurado para assessorar no processo de constituição da associação. Em março de 1999, aconteceu a primeira reunião com a presença de 15 proprietários de bares e restaurantes para a estruturação da seccional. Em 27 de julho do mesmo ano foi fundada a Abrasel/MS, com 22 associados tendo como seu primeiro presidente Amaury Martins Ribeiro e Paulo Hans na vice-presidência. A primeira atividade da Abrasel/MS foi a participação, com uma caravana de empresários, do congresso da Abrasel em Florianópolis, Santa Catarina, em agosto de 1999. Nessa ocasião foi articulada a realização do Congresso Nacional Abrasel/2001 em Campo Grande. Do evento, que contou com o apoio institucional de 15 organizações, participaram 560 pessoas, em caravanas de 15 Estados brasileiros e de 11 municípios de Mato Grosso do Sul. Os resultados obtidos com a organização do congresso em Mato Grosso do Sul, somando a efetiva participação nos demais congressos e em eventos de interesse do setor, conferiram a indicação da Abrasel/MS ao Conselho Municipal de Turismo de Campo Grande e Convention Visitors Bureau. Por meio dessa associação, um grupo composto por 20 empresários procurou o SEBRAE/MS para conversar sobre como trabalhar o setor de forma organizada e continuada. Era um grupo heterogêneo formado por empreendimentos de diferentes especialidades e conceitos, mas com objetivos comuns: profissionalismo, crescimento e fortalecimento do setor. Entre os problemas vivenciados no final de 2002 por esses empresários destacavam-se: • equi equ ipes pe s com baixa baixa capacit capacitação; ação; • baixo baixo nível de comp rometimento rometimento dos d os funcionári funcionários os com o negóci ne gócio; o; • alto alto índice índice de despe rdíci rdício; o; • indef nde finição nição do p apel ape l do empresári em presárioo na gerência do negóci n egócio; o; • recei receioo de perda de mercado mercado p ara ara a concorrênci concorrência. a. 4

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Os empresários relatavam que os profissionais contratados chegavam a seus restaurantes sem treinamento e sem experiências anteriores na atividade, o que afetava diretamente o desenvolvimento das tarefas diárias do negócio. Além disso, a falta de capacitação adequada e a visão limitada quanto às suas perspectivas de crescimento na empresa faziam com que esses profissionais não demonstrassem comprometimento com o fortalecimento do negócio. A questão do desperdício dentro de suas empresas envolvia desde matéria-prima, energia elétrica, material de limpeza até o cuidado com os utensílios e equipamentos. Os empresários não tinham clara a definição das suas tarefas e responsabilidades e precisavam definir seu real papel no gerenciamento do negócio. Além disso, questionavam-se se estavam gerenciando de maneira correta. Também demonstravam preocupação com a suposta condição superior de outras outras empresas empresas do segmento segmento e também também com as novas empresas qu quee estae stavam começando a disputar o mercado.

DESENVOLVENDO O CARDÁPIO DE SOLUÇÕES

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o primeiro encontro do grupo com o SEBRAE/MS, em outubro de 2002, foram repassadas informações sobre linhas de crédito, Sebraetec e a metodologia de desenvolvimento setorial. O SEBRAE/MS já vinha atuando em outros setores com um projeto similar e com resultados significativos, o que atendia às expectativas dos empresários quanto a um trabalho estruturado, contínuo e construído dentro da singularidade do grupo e do setor. O programa de desenvolvimento setorial tem como objetivo principal propor soluções integradas que venham ao encontro das necessidades reais das empresas de determinado setor. Essas soluções passam por gestão, gestã o, tecnologia e mercado, me rcado, isto isto é, é , ações nas n as áreas administrati administrativa, va, finanfinanceira, de gestão de pessoas, marketing, relacionamento com clientes, gerenciamento de produção, padronização de processos, acesso a eventos de mercado, e outras. A partir da apresentação do programa, o grupo, junto com a equipe técnica do SEBRAE/MS, decidiu pela realização de um trabalho para levantar os problemas enfrentados pelo setor, que serviria de base para a definição de um plano de ação.


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ENTRADAS • • • •

Organizar Organizar a categori categoria. a. Criar riar um progr p rograma ama de capacitaç capacitação ão p ara os emp resári resários. Fomentar omen tar a troca troca de experi exp eriência. ência. Desenvolver Desenvolver o espíri espírito de equi equ ipe. pe .

No início de dezembro de 2002, o grupo participou do seminário de Metodologia de Resolução de Problemas (MRP), ocasião em que foram identificadas as dificuldades e definidos os possíveis caminhos para solucioná-las. A principal preocupação apontada pelo grupo foi o “desenvolvimento insuficiente do setor”, ou seja, falta de organização da categoria, necessidade de profissionalização dos empresários, pouca troca de experiência, assessoria comportamental, entre tantas outras. Como objetivo primordial foi relacionada a “elevação do nível de desenvolvimento do setor”, o que significava organizar a categoria, criar um programa de capacitação para os empresários, fomentar a troca de experiência e desenvolver o espírito de equipe. Ainda no mês de dezembro, foi realizado um diagnóstico individual, identificando a situação das empresas com relação à gestão empresarial, tecnológica e produtiva. O trabalho foi desenvolvido por uma consultoria especializada em gestão de bares e restaurantes com acompanhamento técnico do SEBRAE/MS, que, a partir da visita nas empresas, coletou informações e analisou os dados necessários para conhecer a realidade e sugerir soluções. Em fevereiro de 2003 foi apresentado o diagnóstico para o grupo e entregue o relatório de cada empresa. Com base na MRP e no diagnóstico, elaborou-se uma proposta de plano de ação para discussão, ajustes e definição com os empresários. Das 20 empresas que iniciaram o p rocesso, 14 aderiram aderiram ao projeto de Desenvolvimen Desenvolvimen to Setori Setorial al de Bares e Restaurantes. PRATO PRINCIPAL • Seminário eminário de d e ética. ética. • Desenvolvi Desenvolvimento mento interpessoal: nterpessoal: seminári seminárioo e encontr encon tros os mensai me nsais. s. • Programa Programa de efici eficiência ência energ ene rgéti ética: ca: como como economi econo mizar zar e racionalizar custos. 6

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• Programa de Alimen limentos tos Seguro Seguross (PA (PAS): saúd saúdee p ara o consum co nsumidor idor e para o bolso do empresário. • MS faz tecnologia: no novos vos produtos, prod utos, novas no vas técnicas, técnicas, novos caminhos. • Treinamen reinamentos: tos: relações relações humanas human as no trabalho, trabalho, qual qu aliidade do atendimento, motivação. • Segurança egu rança para p ara todos: todo s: convênio convên io com a polí p olíci ciaa milit militar ar.. • Por dentro de ntro das d as regras do jogo: legisl legislação ação tribu tributári táriaa e trabalhista. trabalhista. De março a dezembro de 2002, foram 320 horas de atividades incluindo seminários, treinamentos e consultorias abordando: ética, gestão comportamental baseada nos conceitos da Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo (SBDG), desenvolvimento de equipes, plano de cargos, gerenciamento e planejamento, relacionamento com cliente, gestão tributária e trabalhista, produção e padronização de processos, implantação do PAS, eficiência energética e mercado. O caminho teve como alicerces os seminários de ética e de desenvolvimento interpessoal. Nesses momentos, foram tratadas e vivenciadas questões referentes às relações de confiança, transparência, fortalecimento de grupo e “como lidar com a concorrência”. Ao final do seminário de desenvolvimento interpessoal, os participantes sentiram a necessidade de aprofundar o processo de autoconhecimento e, conseqüentemente, de fortalecimento do grupo. Por isso ficou determinado que o grupo se encontraria uma vez por mês para conversar sobre suas necessidades profissionais e pessoais, realizar autocrítica, construir feedback , avaliar o comprometimento em cada fase do projeto. “Foi m u ito impor im portan tan te es este traba trabalho. lho. Sem Sem ele ele n ão teríam teríam os fin finaliz alizad adoo o programa com a lealdade e o comprometimento do grupo. Esse trabalho em grupo proporcionou o cultivo de grandes amizades e o conhecimento de outros empresários. Além disso, o autoconhecimento faz com que a gente perceba que somos um retrato da equipe. Nossas atitudes, nossos exemplos são praticados pela equipe.”3

Com enfoque em tecnologia, foram realizadas ações em eficiência energética, gestão em produção e consultorias tecnológicas. O PAS foi

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Depoimento da empresária Magda Ortiz, proprietária do restaurante Fogo Caipira.


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desenvolvido para garantir a produção de alimentos seguros à saúde do consumidor. Foram identificados os perigos potenciais à segurança do ali alimento, desde a obtenção ob tenção das matéri matérias-pri as-primas mas até até o consumo, estabeestabelecendo, em determinadas etapas, medidas de controle e monitoração que garantem, ao final do processo, a obtenção de um alimento seguro e com qualidade. A implantação desse programa foi considerada um dos destaques de toda a consultoria de produção. O curso de higiene e manipulação de alimentos, por exemplo, atende a uma exigência da legislação municipal da Vigilância Sanitária, que exige que todos os colaboradores estejam capacitados nas boas práticas no processamento de alimentos. Nesse caso, 100% dos funcionários envolvidos no processo de produção estiveram presentes no treinamento. Apresentar as tendências e novidades da gastronomia – foi pensando nisso que o SEBRAE/MS organizou o MS Faz Tecnologia – Bares e Restaurantes. O evento reuniu empresas do setor e profissionais renomados nacionalmente, que, por meio de clínicas e consultorias tecnológicas, apresentações teatrais e palestras, demonstraram e incentivaram a utilização de produtos e ingredientes regionais na elaboração de pratos diferenciados e diversificação de cardápio. O pequi, a mandioca, o vitelo pantaneiro e o carneiro foram os principais atores desse evento. O plano de ação contemplava também a participação e a inclusão da equipe no processo. Para isso, foram oferecidos treinamentos com enfoque nas relações humanas, no trabalho e na qualidade do atendimento, e contou com cerca de 250 colaboradores. Durante o treinamento, os empresários perceberam os ganhos dessa atividade e manifestaram a vontade de manter esse nível de motivação no dia-a-dia. Foi promovido então um bate-papo entre eles e a facilitadora do curso Garantindo a Qualidade no Atendimento para a troca de idéias. “O que nós vimos neste, não vamos falar curso, mas encontro, foi o quanto nós podemos melhorar o nosso dia-a-dia... descobrir a pessoa bonita que há dentro de nós e conhecer pessoas com alto potencial para fazer o que quiserem. Muito obrigado por esta oportunidade”.4

Devido Devido a uma um a on da de d e assal assaltos tos direci direcionad onados os a bares e restaurantes restaurantes em Campo Grande, o grupo se mobilizou para realizar um encontro com o 4

Dep Depoimento oimento de participante participante do treina treina m ento Motiv Motivacional, acional, realizado em julho de 2003, turm a I.

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secretário de Estado de Segurança Pública. Como resultado, foi assinado um p rotocolo rotocolo com o governo do Estado stado para colocar à dispo disposi sição ção dos do s empresários um sistema de monitoramento dos estabelecimentos ligado diretamente à central da Polícia Militar e, ainda, a utilização de uma placa da Secretaria de Segurança Pública para identificar a proteção do local. As empresas que fizeram a adesão ao protocolo investiram na compra dos equipamentos necessários. As ações aconteciam conforme o planejado. Para tratar dos temas relacionados à área trabalhista e tributária houve a utilização de uma metodologia diferenciada para desvendar e entender as exigências da legislação vigente. Era preciso saber como adequar cada empresa respeitando a sua forma de trabalho. Primeiramente, foi realizado o seminário de atualização com a distribuição de uma cartilha elaborada especialmen te para esse e sse públi pú blico. co. Outra ação en caminhad caminhadaa foi a reali realização zação de uma consultoria individual, da qual não só o empresário participava, mas também o seu contador. Como em anos anteriores, o SEBRAE/MS apoiou a participação do setor de bares e restaurantes no Congresso Nacional da Abrasel, que aconteceu em Recife, Pernambuco, em agosto de 2003. A diferença dessa vez foi na forma de apresentar-se no evento. O SEBRAE/MS, em parceria com o governo do Estado e com a Abrasel/MS, criou um conceito para identificar o regionalismo de Mato Grosso do Sul: sua gastronomia, turismo e artesanato que foram expostos em um estande temático. REVENDO O CARDÁPIO • • • •

Necessidade ecessidade urgente: consultori consultoriaa em gestão gestão e mercado. Novo plano indivi individual. dual. Um nome, nome , uma iden identi tidade dade:: G14. G14. Resultados esultados obtidos: obtidos: redu redução ção de desperdí despe rdíci cioo e aumento aumen to do faturamento. aturamento.

Conforme o plano de ação, no mês de agosto aconteceu o treinamento em padronização e planejamento de produção para o grupo de empresários. No entanto, quando do início da consultoria in loco loco, ficou evidente uma insatisfação por parte de algumas das empresas visitadas, pois havia uma expectativa diferente, naquele momento, do que o oferecido pelo programa: os empresários queriam uma consultoria em gestão e mercado. Esse movimento provocou uma reavaliação do processo.


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Nesse momento, o SEBRAE/MS e o grupo fizeram uma retrospectiva de todo o processo até então construído: diagnóstico, plano de ação, ações implementadas e ações futuras. O grupo teve a oportunidade de visualizar o seu próprio crescimento, demonstrando surpresa e satisfação. Os diálogos que se seguiram foram intensos e comprometidos, o que mostrava a evolução e o amadurecimento do grupo: os integrantes já se sentiam protagonistas dessa história. O grupo finalmente criou uma identidade e se autodenominou G14. Durante a reunião, o SEBRAE/MS apresentou uma alternativa para atender à solicitação dos empresários. A proposta de realizar uma consultoria em gestão e mercado foi prontamente aceita. “Naquele momento [...] foi como um avião que estava em pleno vôo, houve um vento de cauda e o piloto sentiu que era necessário ajustar o manche, mudar o rumo, alterar o plano inicial do vôo para que o destino desejado e planejado fosse alcançado com sucesso. Foi fundamental rever [...] grande virtude do SEBRAE em ouvir, aceitar e construir uma nova alternativa; caso contrário n ão teríam teríam os o su su cess cesso que qu e tivem tivemos os ao fin al do program program a.”5

A consultoria contratada fez uma análise geral de cada empresa, verificando a aplicação prática dos conhecimentos até então adquiridos. Ficou claro que ainda havia muitas tarefas não concluídas e que era necessário implementá-las para garantir o sucesso do programa. Por isso, foi elaborado um novo plano de ação individual que seria cumprido no decorrer de 30 dias. Feito isso e contando com maior comprometimento das empresas, o trabalho foi concluído com os seguintes indicadores: redução de desperdício em torno de 40% e aumento do faturamento em cerca de 30%. EXPERIMENTANDO NOVOS SABORES • Pri Primeiro meiro evento públi pú blico co do grupo. • Consultori onsultoriaa em gestão gestão de p essoas. • Festa esta de encerr e ncerramento. amento.

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Depoimento do empresário Alfredo Barbosa de Souza Filho, proprietário do restaurante Viva a Vida.

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O G14, confirmando o fortalecimento de sua identidade, organizou o primeiro evento público do grupo. O motivo era comemorar os resultados alcançados e divulgar, para a sociedade, que esse grupo de empresas havia conquistado um diferencial de mercado ao participar do I Desenvolvimento Setorial de Bares e Restaurantes. “Além Além de obter qu qu alidade alida de n o geren gerenciam ciam ento dos d os n eg egócio ócioss, o gru gru po desej desejaa m ostrar ostrar a seriedad seriedadee com qu quee o set setor or tem tem atu ad adoo em Cam po Gran Gran de e solidificar solidificar a im agem de qu e é pos possível ível ter ter restaurantes, bares e casas noturnas com refeições e atendimento que não deixam a desejar em relação a outros estabelecimentos do ramo em outros centros.”6

A Noite Gastronômica foi um evento temático em que cada empresa mostrou a sua singularidade: seu prato especial, sua maneira de receber, seus resultados. O evento reuniu formadores de opinião, jornalistas e clientes especiais em uma noite recheada de surpresas e detalhes, desde o convite até a recepção dos convidados. A comida era o show apresentado pela performance de um grupo teatral que, de forma descontraída, contava a história do programa e a importância da qualificação para garantir o sucesso na administração desses negócios. Como última etapa do programa, foi realizada a consultoria em gestão de pessoas composta pelos seguintes itens: seleção e admissão de pessoal, treinamento inicial, definição do perfil dos cargos, programa de análise de desempenho, de capacitação e qualificação continuada e de desligamento da empresa. No decorrer da consultoria, foram efetuados encontros individuais em cada empresa para um diagnóstico desses processos. Conforme a situação encontrada, foram definidos quais os procedimentos que deveriam ser ajustados e que práticas seriam adotadas. Nesse caso, a consultoria confirmou a realidade do processo de gestão de pessoas nesse segmento, tanto na importância de gerenciá-lo com o cuidado que requer, como na pouca atenção dispensada para esse assunto por algumas empresas. As que já praticavam uma gestão de pessoas diferenciada das demais envolveram-se de modo mais efetivo, tivo, o qu e con tri tribuiu p ara melhorar a comunicação comunicação interna qu anto aos aspectos de remuneração, requisitos de cada cargo, qualificação neces6

Trecho do projeto do evento Noite Gastronômica, ocorrido em novembro de 2003.


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sária para o desempenho de cada função e definição do papel dos componentes da equipe. Parte das empresas do grupo, não obteve resultados significativos pela não aplicação de todas as ações propostas. Para conclusão dos trabalhos do 1º Desenvolvimento Setorial de Bares e Restaurantes, estau rantes, o SEBRA BRAE/ MS p rogramou rogramo u um en cerramento cerrame nto formal orma l para pa ra apresentação dos resultados do grupo e fez um balanço da trajetória percorrida no período de outubro de 2002 a dezembro de 2003. Os empresários receberam um certificado de participação pelas 320 horas de consultoria e uma peça de cerâmica artesanal com a iconografia de Mato Grosso do Sul para simbolizar a concretização do trabalho. Na ocasião, foram convidados outros empresários do setor para conhecer o programa e visualizar os ganhos das empresas participantes. Estiveram presentes também organizações parceiras como o Senac e o Senai e, ainda, formadores de opinião ligados ao segmento.

CONCLUSÃO

O

s resultados resultados alcançado alcançado s em Campo Grande mo stram stram uma redução de desperdícios por volta de 40% e um aumento do faturamento em torno de 30%. Em termos qualitativos, as empresas alcançaram melhoria e diferenciação na qualidade de produtos e serviços, além de melhorias em práticas de gestão, qualificação e motivação da equipe. Investir em ações com enfoque comportamental foi o principal ingrediente p ara a con qu quiista alcançada alcançada p elos emp resários. resários. Foram Foram dir d irecioecionadas 25% das horas do programa para temas como integração, união, cooperação e para a formação de espírito de grupo. Com a integração do grupo e com os ganhos obtidos, começaram a acontecer ações para garantir a continuidade do projeto, entre elas consultorias nas áreas de gestão, marketing e desenvolvimento interpessoal. O desafio do grupo é manter um estado permanente de busca por melhorias pessoais e para o seu empreendimento, garantindo a constante capacitação da equipe e o acompanhamento das tendências de mercado. Em virtude dos benefícios alcançados, o SEBRAE/MS definiu como meta para 2004 a formação de novos grupos participantes do programa Desenvolvimento Setorial de Bares e Restaurantes em Campo Grande e no interior do Estado. 12

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Pela atuação conjunta, Abrasel/MS e SEBRAE/MS cumpriram a missão de promover o desenvolvimento do setor de forma estruturada, contínua e construída dentro da singularidade do grupo e do setor. Mais do que números, o programa propiciou uma mudança de comportamento e atitudes. Empresários e instituições tomaram consciência do seu papel na constante busca de soluções para seus negócios e para o setor em que atuam.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO • Como se dá d á a relação relação de concorr con corrência ência e cooperaç coope ração ão entr en tree emp resári resários de um mesmo segmento? Estes empresários são ou não concorrentes? • Como levar levar este trabalho trabalho para as a s principa principaiis cidad cidades es turísti turísticas cas do Estado stado?? • O que q ue deverá ser feit feitoo p ara garanti garantirr a continuidade continuidade e sustentabil sustentabilidade do projeto? • Como utiliz utilizar ar os resultados resultados deste de ste grup grupoo para p ara sensibili sensibilizar zar maior maior número nú mero de empresas do segmento para participar de um programa como esse? • Que ações açõe s poderi pode riam am ser implementadas mplemen tadas para difusão difusão de um u m programa como este em outros segmentos?

AGRADECIMENTOS Diretoria Executiva do SEBR EBRAE/MS: E/MS: André Simões, Cláudio George Mendonça, Vagner Simone Martins. Coordenação Técnica: Maristela de Oliveira Franca. A todos que tornaram possível a realização deste trabalho.


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BIBLIOGRAFIA Guia turístico de Campo Grande/MS, A capital do ecoturismo. Free Produções e Publicidade, 2001. MARINHO, Marcelo, COELHO NETO, Paulo Renato. Campo Grande: imagens de um século. Campo Grande: UCDB/Funcesp, 1999. ROSA, Maria da Glória Sá. Deus quer, o homem sonha, a cidade nasce: Campo Grande 100 anos de história . Campo Grande: Funcesp, 1999. SAMPAIO, Iracema. Cheiros e sabores de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: Saber Sampaio de Barros Editora, 2002.

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