ILÉ ASÈ OMO ODÈ
ILÉ ASÈ OMO ODÈ
Lógún Edé gbogbo òrìsà yóò bá o gbé làyè!
Lógún Edé gbogbo òrìsà yóò bá o gbé làyè!
Odù Òbàrà
Òbàrà criou o ar e por extensão os ventos. Dele depende a existência dos bosques cheios de ramagens, das forquilhas e de todo tipo de bifurcações.
Caída: É representado por 6 búzios abertos e 10 fechados. Òrìsá: Sàngó, Odé, Lògún Ède, Òya, Àbìkú, Òsàlá e todos Òrìsà Funfun. Saúde: Rins, Dores de cabeça, Sistema Linfático, infecções no sangue e problemas respiratórios. Caminhos: 4 Caminhos Números de Sorte: 06, 15, 16, 17, 22, 26, 46,54 Cor: azul claro e prata Dia de sorte: quinta-feira. Síntese: “Quem come e guarda, tem mesa duas vezes”. Òbàrà é o 6º Odù no jogo de búzios e o 7 º na ordem de chegada do sistema de Ifá, onde é conhecido pelo mesmo nome. Em Ifá é conhecido entre os Fon (Jejê), como “Abla Meji”. Os nagôs o chamam também, de Obala Meji (Dois Reis). O sétimo signo é por origem, o rei dos ventos, através do qual, costuma comunicar-se com outra freqüência e o Criador lhe deu muitas atribuições e honrarias. É encarregado de representar os próprios reis. É símbolo representativo do rei dos Hausa (Zowgo-Xosu).
Deste Odù nasceram as riquezas, o costume de usar jóias, os mestres o ensino. Aqui surgiu o adultério e neste Odù o ser humano aprendeu a mentir e a ser enganoso. É um Odù de prenúncios quase sempre positivos, muito embora o seu aspecto negativo seja terrível e traga fatalidades como loucura, miséria total, traição e calúnia. Saudação à Òbàrà Em Nagô: Aka emon a l´owo dudu gbe toko Bori shia-shia botoko bo bi ko ri Unkã je n´wen abaje A difá fun Liokpo um ti o lo oko Ajamo de tan, oloun kpo liokpo nunje. Tradução: Quando não está comendo, sente-se infeliz. Ifá ordenou que Liokpo defenda a fazenda. O cão pode caçar muito bem, ele caça muitas coisas, Até aquelas que Liokpo não pode envenenar.
Corresponde, na geomancia Européia, a figura denominada “Laetitia”. Esse Odù é composto pelos elementos Ar sobre a Terra, com predominância do primeiro, o que indica evolução através da experiência adquirida na busca do objetivo pretendido.
Em Fon:
Corresponde ao ponto cardeal Sul-Sudeste.
Tradução:
Corresponde à carta de número 4 do Tarô (O Imperador) e seu valor numérico é o 8.
Saudemos Obara Meji, Ele é o abano que faz Secar o nosso suor!
Suas cores são o Azul Claro e o Violeta. É um Odù masculino, representado esotericamente por uma corda, em referência ao poder que possui de tudo levantar. Exprime a força, o poder e a possibilidade de realização humana.
Mi Kan Obara Meji Afafa we nõ kõ dehawã
Em Vodum (Jejê), a fala neste Odù são das seguintes divindades: Dã, Lisa, Hoho e Tovodum. Em Nagô: Sàngó, Yansá, Yemonjá, Obá, Ewá e Ipori.
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Lógún Edé gbogbo òrìsà yóò bá o gbé làyè!
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Interdições de Òbàrà
gravidez ou no parto. Não vestir roupas rasgadas. Deslealdade. Orgulho. Mania de grandeza. Gastos desnecessários. Perdas de caso na justiça. Rompimento amoroso. Problemas para realizar as coisas. Acomodação. Angustia. Desânimo. As pessoas lhe tiram o que é direito.
Òbàrà proíbe seus filhos de comer peixe defumado, bolos de acaçá que tenham sido enrolados em folhas de bananeira, farinha de milho, carne de tartaruga, de cobra, de crocodilo, de antílope, de macaco, de galo, de elefante e de hiena. São proibidos também, de usarem roupas feitas com uma espécie de ráfia denominada “devo”, de ajudarem a outras pessoas a levantar qualquer coisa do chão, para colocar sobre os ombros ou cabeça, de relatar fatos que tenha assistido e que não lhe digam respeito.
Significado Positivo: Aquisição de bens. Boa fase de vida. Auxílio inesperado. Equilíbrio. Escolha entre dois caminhos. Mudança de casa ou de cargo. Sociedade lucrativa. Início de um novo projeto. Recuperação de bens perdidos, basta se organizarem-se melhor.
Sentenças de Òbàrà I – “O porco-espinho espetou a fêmea do leopardo e leopardo não pode fazer nada contra”. Significado: Se o consulente sofreu algum dano por alguém mais poderoso que ele, é melhor deixar com está, pois qualquer atitude que venha a tomar, só agravará a situação de forma desfavorável para ele. II – “O bem estar que encontramos na água fresca, é o peixe Xwa que vem buscar fora dela para nela depositar”. Significado: A casa do consulente é pobre, mas se tornará rica pelo seu esforço e merecimento. Se o consulente for rico, deverá oferecer sacrifício para que a sua fortuna não o abandone. III – “Sem a lama estar misturada à água do rio, o peixe Zoken, que tem olhos claros, verá o que se passa no fundo”. Significado: O consulente descobrirá coisas que se passam em sua casa e que lhe são ocultas. IV – “A mulher que come de duas mãos, acabará encontrando a morte”. Significado: Se a mulher do consulente estiver enganando-o, morrerá praticando adultério. Energia que Trás o Odù Normalmente essas pessoas apresentam problemas de rins, são dadas ao comércio; muito falantes e agradáveis; meio paranóicas e com tendência a depressão. Significado Negativo: Deve pedir ajuda e será ajudada. Pessoa com condição de liderança; Não se envolver com assuntos que não lhe dizem respeito. Falar menos de seus interesses. Ter calma para evitar falsidade. Problemas com filho. Vida com muitos altos e baixos. Problemas de
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Personalidade: pessoas com temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com habito de contar tudo o que irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO Este Odù representa a riqueza, foi gerado de um bloco de ouro. As suas arestas representam as riquezas. O Odù Òbàrà fez a fecundação com Ejílàsegbora, de Òbàrà veio Agé, e de Ejílàsegbora nasceu Araiun, que por sua vez não vem na cabeça de ninguém e gerou doze Sàngó. Agé nada gerou. Lendas Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 Odù seguiram todos à casa do oluô, a fim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo oluô. Òbàrà um dos dezesseis Odù existentes, não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o oluô. Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o oluô determinara. E que os demais Odù não fizeram por simples capricho da sorte. Òbàrà com afinco fez o máximo que pode para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza). Como era de costume, os 15 Odù de cinco em cinco dias iam à casa de olofim, e nunca convidavam Òbàrà, por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo. Pois, então, foram a casa de olofim, jogaram e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que olofim adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade. Olofim,
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com desprezo, ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas. No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de Òbàrà, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a Òbàrà, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada. Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar Òbàrà-meji com estas palavras: -- Òbàrà, bom dia! Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem? Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de olofim. A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram à vontade. Depois, Òbàrà convidou todos para que se deitasse para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram: -fica com estas abóboras para ti... E lá se foram satisfeitos com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia. Mais tarde, quando Òbàrà procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega. Porém as palavras de Òbàrà eram simples e decisivas. -Eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares, estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea. Finda explicação, Òbàrà pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que havia dentro dela. Surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de Odù mais rico, porém logo percebeu que havia mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas havia outras riquezas em igual quantidade. Òbàrà comprou tudo que precisava palácio e até cavalos de várias cores. Daí que estava marcado o dia para todos os Odù irem novamente a conferencia no palácio de olofim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a olofim.
Quando Òbàrà veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, Òbàrà mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza. Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era Òbàrà. Então perguntou olofim aos demais odù o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles. Responderam todos que haviam jogado no quintal de Òbàrà. Disse então olofim que a sorte estava destinada a serem do rico e próspero Òbàrà. O mais rico de todos os odù.
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