PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Olá, concurseiro! Que tal começar agora mesmo a estudar para um grande concurso? Saiu a autorização para o concurso do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, TERRITÓRIOS , e você não pode deixar tudo para a última hora. Você precisa de uma injeção de ânimo? Então saiba que, no último concurso (em 2007), o TJDFT convocou mais de 1.800 técnicos e 700 analistas. É ou não é um número bastante expressivo? É ou não é um bom motivo para você se animar? Pensando em ajudá-lo, eu estou aqui para ministrar um curso de teoria e exercícios comentados. comentados. Ah, você não me conhece ainda? Então, permita que eu faça uma breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e redação oficial. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Integro o quadro de instrutores da Esaf e de outras instituições. No Ponto dos Concursos, já participei dos seguintes trabalhos, por exemplo: CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU, Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Ministério do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª Região, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, CEF e Banco do Brasil. Meu endereço eletrônico é
[email protected] [email protected].. Sempre que precisar, faça contato comigo. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Você agora deve querer saber como este curso está estruturado, certo? Tudo bem, eu vou explicar. Nossas aulas serão desenvolvidas com base no edital do concurso anterior. anterior. Na ocasião, o Cespe foi contratado para elaborar as provas e estabeleceu o seguinte conteúdo programático: 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regência nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais. Você estudará todos esses assuntos em nove aulas; aulas; cada uma delas será disponibilizada a você semanalmente. Eis a distribuição do conteúdo: Aula 1 – Ortografia, seleção vocabular e acentuação gráfica; Aula 2 – Emprego das classes de palavras; Aula 3 – Regência e crase; Aula 4 – Sintaxe da oração e do período – parte I; Aula 5 – Sintaxe da oração e do período – parte II; Aula 6 – Pontuação; Aula 7 – Sintaxe de concordância; Aula 8 – Texto: tipologia, compreensão co mpreensão e interpretação Aula 9 – Redação de correspondências oficiais. Utilizarei questões de provas elaboradas anteriormente pelo Cespe/UnB para incrementar os nossos estudos. Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original dos enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula. Como a instituição tem o costume de usar um mesmo texto para, a partir dele, apresentar várias assertivas, é possível que eu repita o mesmo texto (ou fragmento dele) na explicação do conteúdo de outras aulas. Portanto, não estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA didático. Dessa forma, pretendo aproximar você – futuro servidor do Tribunal – daquilo que vem sendo exigido pelo Cespe acerca de determinado assunto da Língua Portuguesa em concursos públicos. Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental para o bom rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa, pois já existe muita gente estudando enquanto nós estamos aqui conversando. Apresentação da Matéria Matéria
A partir de agora, começo a ministrar o primeiro conteúdo deste curso. Acredito que você obterá uma noção de como as explicações serão transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei em nossos próximos encontros. Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental para o bom rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa! Ortografia
No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de escrever as palavras. Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e as atuais estarão em vigor até 31 de dezembro 2012. Por quê? Porque o então presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008, além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 –, também estabeleceu um período de transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012,
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida”. Você e eu sabemos que é humanamente impossível decorar a grafia de todas as palavras da nossa Língua. Só para você ter uma ideia da dificuldade que é isso, saiba que a nova edição do VOLP, lançada oficialmente pela ABL em 19 de março de 2009, tem 976 páginas, 381 mil verbetes e outras coisas mais. Você se atreve a decorar tudo isso?! Entretanto podemos sistematizar a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do seu radical. É isso que você verá aqui. A experiência nos permite dizer que esse processo é muito útil no momento de resolver uma questão de concurso. Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas poucas linhas. O que você precisa entender é que a prática de leitura de livros, jornais, revistas e dicionários deve ser somada à minha explicação. Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que for preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras ortográficas •
Usa-se, normalmente, a letra X: QUANDO
1 – depois de ditongos
EXEMPLO amei ameixa, xa, frou frouxo, xo, pei peixe xe
CUIDADO Recau Recauchutar chutar encher, encher,
2 – depois da sílaba EN
enxame, enxame, enxergar enxergar
encharcar, encharcar,
enchova, enchova, enchumaçar enchumaçar e derivados dessas palavras
3 – depois da sílaba ME, quando “fechada” •
mexa mexa (verbo), mexerico mexerico
mecha mecha (substantivo) = pronúncia “aberta”
Usa-se, normalmente, a letra G: QUANDO
EXEMPLO
1 – nos sufixos AGEM, viagem viagem Prof. Albert Iglésia
CUIDADO
(substantivo), pajem pajem,,
lajem, ajem,
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA IGEM e UGEM
vertigem vertigem,, ferrugem ferrugem
2 – nos sufixos AGIO, pedágio pedágio,,
colégio colégio,,
EGIO, IGIO, OGIO e prestígio prestígio,,
relógio relógio,,
UGIO 3
–
lambujem lambujem
ref úgio úgio nas
palavras margem/margear,
monge/monja, eu dirijo
derivadas daquelas que homenagem/homenagear (flexão do verbo dirigir ). ). possuem G no radical Imaginem se (você perceberá que mantivéssemos a letra esse
princípio
“g” nas derivadas...
vale
também para o emprego
palavras
de outras letras)
•
Usa-se, normalmente, a letra J: QUANDO
EXEMPLO
1 – nas palavras de origem indígena, pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló, africana e árabe cafajeste, jerico, jequitibá 2 – nas flexões dos verbos que viajar (verbo) – que eles viajem; possuem J no radical
bocejar – eu bocejei
3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem J no radical 4 – nas palavras de origem latina
•
gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado jeito, hoje, majestade, injetar, objeto, ultraje
Usa-se, normalmente, a letra Ç: QUANDO
EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas exceto – exceção, setor – seção, cantar que possuem T no radical
– canção
2 – nas palavras de origem indígena, miçanga, paçoca, muriçoca, árabe e africana muçulmano, açougue, açoite Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA babaçu babaçu,,
3 – nos sufixos AÇU e AÇO
Nova
Iguaçu Iguaçu,,
golaço golaço,, poetaço poetaço,, atrevidaço atrevidaço
4 – depois de ditongo •
Paraguaçu Paraguaçu,,
complei compleição, ção, f eição, eição, bei beiço ço
Usa-se, normalmente, a letra S: QUANDO
EXEMPLO
1 – nos substantivos que designam chinês, japonês, baronesa, duquesa, origem, título honorífico e feminino
sacerdotisa, poetisa
2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE
f ase, ase, ascese ascese,, eletrólise eletrólise,, apoteose apoteose
3 – nos sufixos OSO e OSA
formoso formoso,, formosa formosa,, gostoso gostoso,, gostosa gostosa
iludir – ilusão, defender – defesa; 4 – nas palavras derivadas daquelas divertir – diversão, inverter – inversão; que possuem D, RT ou RG no seu imergir – imersão, submergir – radical submersão 5 – no prefixo TRANS e nos seus transatlântico, transatlântico,
trasladar trasladar
derivados
transladar)
6 – após os ditongos
maisena, aisena, Sou Sousa, sa, coi coisa sa
7 – nas formas verbais derivadas dos
quis, quisera, pusera, compusera
verbos QUERER e PÔR •
Usa-se, normalmente, SS SS:: QUANDO
1
(ou
–
nas
EXEMPLO suceder
–
sucessão,
palavras regredir
–
regressão,
CUIDADO
derivadas daquelas que comprimir – possuem as expressões compressão, demitir – CED, GRED, PRIM, MIT, demissão, intrometer – MET e CUT no radical intromissão, discutir – discussão Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 2 – prefixo terminado pre + sentir = pressentir em vogal + palavra (repare que o “s” foi começada por S duplicado”) •
Usa-se, normalmente, a letra Z: QUANDO
EXEMPLO
CUIDADO
1 – nas terminações EZ e
EZA,
formando insensato – insensatez insensatez,,
substantivos
nu – nudez nudez;; claro –
abstratos derivados de clareza clareza,, belo – beleza beleza adjetivos a) se a palavra possuir S em sua parte final, o infinitivo verbal também levará
S:
analis analisar,
anális análise
–
paralis paralisia
–
paralis paralisar; 2 – nas terminações sintonia – sintonizar sinton izar,, b) Hipnos ipnose – hipnotiz hipnotizar; IZAR, formando real – realizar realizar,, visual – Síntes íntese – sintetiz sintetizar; infinitivos verbais
visualizar visualizar
Batis atismo – batiz batizar; Cateques atequese – catequiz catequizar; Ênfas nfase – enfatiz enfatizar. (Lembre-se da sigla de um famoso banco, só que com E no final: HSBCE).
3 – como consoante de pé + udo = pez pe zudo; guri ligação •
+ ada = guriz gurizada
Usa-se, normalmente, a letra H:
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA QUANDO
EXEMPLO
CUIDADO
1 – nas palavras ligadas por hífen em que o anti-higiênico,
pré-
segundo elemento histórico, super-homem começa com H
as palavras derivadas
2 – na palavra Bahia
•
desarmonia, lobisomem
não possuem H: baiano
Verbos terminados em EAR EAR e e IAR :
1 – são irregulares os verbos terminados em
passear: passear: EAR; eles recebem a passeias, letra I nas formas passeamos, rizotônicas (eu, tu, ele, passeiam eles – a sílaba tônica
passeio, passeia, passeais,
integra o radical) Mediar, R emediar, emediar,
2 – são regulares os
premiar: premiar:
premias, verbos terminados em premiamos, IAR premiam
Ansiar, Incendiar,
Odiar (MARIO (MARIO): ): apesar premio, de terminarem em IAR, premia, são irregulares e premiais, recebem a letra E nas formas rizotônicas (eu, tu, ele, eles): odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam
Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que, certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são. MAL x MAU
•
a)
Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem, bem,
refere-se a um verbo) b)
Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa
adverbial, equivale-se a assim que, que, quando, quando, indica circunstância de tempo) c)
Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,
contrário de bom) bom) ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque a banca examinadora pode sugerir o contrário. O Cespe/UnB, por exemplo, pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem, destacá-los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade. Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão nos próximos exemplos. POR QUE x POR QUÊ
•
a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início da oração, equivale-se a por qual motivo, motivo, o “que” é átono) b)
Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase
interrogativa é indireta) c) Você não veio por quê? quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e o “que” é tônico) Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual) qual) ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração, oração, antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual , sendo tônico. Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. quê. (Sem saber por quê, quê, o cantor estava inquieto. Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê. quê. Ninguém lhe dava atenção. Por quê? quê? PORQUE x PORQUÊ
•
a)
Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,
indica circunstância de causa) b)
Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa
explicativa) c)
Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é
substantivo, equivale-se a motivo, motivo, razão, razão, causa) causa) ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), use a expressão separada. SENÃO x SE NÃO
•
a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, ou, indica alternância de ideias que se excluem mutuamente) b)
Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, sim, porém, porém,
a não ser) ser) c) Essa pessoa só tem um senão. senão. (significa defeito, defeito, mácula, mácula, mancha; mancha; é substantivo)
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação) ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional. ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE
•
a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de + os –, equivale-se a sobre, sobre, a respeito de) de) b)
Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.
(refere-se a acontecimento passado) c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a aproximadamente)
AFIM x A FIM DE
•
a)
Temos ideias afins. afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
número para com ele concordar) b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva, denota finalidade, objetivo, intenção) DEMAIS x DE MAIS
•
a)
Estudei demais. demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo,
equivale-se a muito, bastante, demasiadamente , em excesso) b) Eu estudo muito; os demais, demais, pouco. (pronome indefinido, equivale-se a outros, outros, restantes, restantes, vem precedido de artigo) c)
Surgiram candidatos de mais. mais. (locução que se contrapõe a de menos) menos)
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ATENÇÃO! Com relação a de menos, menos, a professora Maria Tereza de Queiroz Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como oposto de mais. mais. De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos") e verbo ("saber de menos"), segundo a autora do livro Português para redação (edição esgotada). Moral da história: junto a substantivo, use de mais e de menos; menos; junto a verbo, use demais e pode usar de menos também. ONDE x DONDE x AONDE
•
a)
Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a
preposição em, em, na língua portuguesa não existe a suposta contração nonde, nonde, indicada por em + onde; onde; é errada sua utilização para substituir nomes que não indicam lugar: Na reunião onde estávamos, houve muita discussão. Nesse caso, prefira a locução em que.) b)
Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em
razão sua regência, a preposição de, de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de + onde) c)
Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também
por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”: “Aonde” = a + onde)
MAS x MAIS
•
a)
Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa
adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas) b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade, refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo) c)
Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a
substantivo) Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA HÁ x A
•
a)
Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)
b)
Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro) DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE
•
a) O ônibus foi de encontro ao ao carro, causando a morte de duas pessoas. (indica posição contrária, colisão, confronto) A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários. b)
O filho foi ao encontro do do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,
concordância) À TOA (o novo Acordo retirou o hífen, a diferença se dará pelo
•
contexto) contexto) a) Ele era uma pessoa à toa. toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante) b)
Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem
rumo certo, a esmo, sem fazer nada) DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen, a diferença se dará pelo contexto) contexto)
•
a)
O dia a dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, precedido
por artigo, equivale-se a cotidiano) cotidiano) b)
Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. dia. (locução adverbial de
tempo, equivale-se a diariamente) diariamente)
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA TAMPOUCO x TÃO POUCO
•
a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa. (advérbio de negação, equivale-se a também não) não) b)
Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de
intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo) c) Estudamos tão pouco. pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo) A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico. Resumirei aqui os casos importantes. importantes. Prefixos
Usa-se hífen
Não se usa hífen a) Em todos os demais casos:
autorr autorretrato, etrato,
autoss autossustentável, ustentável, autoanálise, Quando
a
palavra
seguinte começa com h Agro, ante, anti, arqui, auto, ou com vogal igual à contra, extra, infra, intra, última do prefixo: automacro, mega, micro, maxi, -hipnose, automini, semi, sobre, supra, -observação, anti-herói, tele, ultra... anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel
autocontrole, antirr antirracista, acista, antiss antissocial, ocial, antivírus, minidicionário, miniss minissaia, aia, minirr minirreforma, eforma, ultrass ultrassom... om...
(perceba (perceba
que as letras R e S são duplicadas). duplicadas). b) Quando se usam os prefixos des- e in-, caem o h e o hífen: desumano,
inabitável,
desonra, inábil. c) Prof. Albert Iglésia
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Também
com
os 14
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA prefixos co- e re- caem o h e o hífen: coordenar, coerdeiro, coabitar, reabilitar, reeleição. Quando Hiper, inter, super
palavra
seguinte começa com h
Em todos os demais
casos: hiperinflação, ou com r: super-homem, supersônico inter-regional Quando
Sub, sob, ob, ab
a
reeditar,
a
palavra
seguinte começa com b, Em todos os demais h ou r: sub-base, sub- casos: subsecretário, -reino, sub-humano (ou subeditor subumano)) subumano Sempre:
vice-rei,
vice-presidente,
além-mar,
além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, Vice, ex, sem, além, aquém, ex-hospedeiro, recém, pós, pré, pró pós-graduação,
Pan, circum, mal
ex-prefeito, pré-história,
ex-presidente, pré-vestibular,
pró-europeu, sem-terra
recém-casado,
recém-nascido,
Quando
palavra
a
seguinte começa com h, Em todos os demais m, n ou vogais: pan- casos: pansexual, americano,
circum- circuncisão
hospitalar Quero enfatizar as seguintes mudanças: 1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, semiesférico, semiopaco.
plurianual,
semiaberto,
semianalfabeto,
3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico. 4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, superexigente, superinteressante, superotimismo.
supereconômico,
Acentuação Gráfica
A partir de agora, vamos falar sobre acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa. Novamente, enfatizarei as regras novas. Tudo da forma mais clara e objetiva possível. Comecemos assim: REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos vocábulos:
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS terminados por A(S), E(S) ou O(S)
o acento é empregado naqueles
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só. CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles serão acentuados: pré-técnico, pró-labore. Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir , prosseguir .
Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os = pô-los; fez fez + a = fê-la.
2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última)
usa-se o acento
quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS: Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão acentuados, salvo se estiverem em hiato. Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo 3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima)
são acentuados aqueles
que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO ORAL. Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável, abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio. CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou pólenes)
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão acentuados: semi-histórico, semi-histórico, super-homem. 4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima)
todos são
acentuados. Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes. REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note (note as mudanças introduzidas pelas novas regras) regras) 1 – HIATOS a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE. Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem . (3ª pessoa do plural dos verbos crer , dar , ler e ver ) ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, o acento circunflexo deixa de existir, mas até 31/12/2012 é possível usá-lo (vôo, crêem etc.). b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S. Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo. Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica. CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz, ra-i-nha.
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba su-cu-u-ba (nome de uma planta). O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura. Ressalto que até 31/12/2012 você decidirá se quer ou não usar o acento: baiúca, feiúra. Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo Piauí . Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é
oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas. 2 – DITONGOS a) EU, EI, OI: deixam de receber acento agudo agudo quanto quanto tônicos, abertos e como sílabas tônicas de palavras paroxítonas; paroxítonas; mas o recebem quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica. tônica. Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói . ATENÇÃO! Ressalto que até 31/12/2012 é facultativo recorrer ao novo Acordo Ortográfico. Portanto até lá ainda é possível escrever jibóia, assembléia etc. 3 – GUE GUE,, GUI e QUE QUE,, QUI a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI GUI e QUE, QUI receberá trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois, semivogal. Ex.: agüentar, pingüim, lingüiça, eloqüente, qüinqüênio. b) A letra U receberá acento agudo quando quando for pronunciada fortemente; sendo, pois, vogal. Ex.: averigúe, apazigúe, argúi, obliqúes. CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá trema nem acento agudo: quilo, quente, guerra, guincho. O que temos aqui é simplesmente um dígrafo representado pelas letras “qu” e “gu”. Diante de A e O, a letra U não receberá trema: água, quota (ou cota), mesmo sendo semivogal. Mas receberá acento agudo, sendo vogal, em flexões dos verbos aguar (agúo), apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar (averigúo), (averigúo), desaguar, enxaguar, obliquar, delinqüir e afins. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ATENÇÃO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento agudo no U tônico dos grupos verbais mencionados acima ( averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar e afins). Exemplos: argu arguo, argu arguis,
argu argui, argu arguem, argu argua, argu arguas, argu arguam, redargu redarguo, averigu averiguo, enxagu enxague, obliqu oblique. Repito: até 31/12/2012 estaremos no período de transição, transição, sendo aceitas as duas formas. 4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; todavia o período de transição – que vai até 31/12/2012 – dá-nos a faculdade quanto ao uso) uso) Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S) recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo, um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique atento para esse detalhe. Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial) não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. derivados . Portanto, continue a usá-lo. Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o motivo do acento nos pares detém/detêm, detém/detêm, mantém/mantêm, mantém/mantêm, provém/provêm, todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular. Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve usá-lo. Pôr (verbo) Por (preposição) ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. Você deve usá-lo. Fôrma (substantivo = molde) Forma (substantivo = disposição exterior de algo) ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Significação Contextual das Palavras
Para você compreender melhor a mensagem transmitida por meio de um texto, às vezes não é suficiente conhecer o significado isolado das Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA palavras nele utilizadas. Há momentos em que a interpretação só é possível se você considerar o contexto em que as palavras estão inseridas. Tenho percebido que as bancas examinadoras também exploram esse fato em provas de concursos públicos. Por isso é importante que você estude um pouco de semântica na sua preparação. Semântica é a parte da linguística que estuda a significação das palavras, que pode variar de acordo com o contexto. A palavra GATO, por exemplo, apresenta diversos significados em um dicionário (considerada isoladamente): animal mamífero da família dos felídeos; indivíduo esperto; erro, engano; etc. Ex.: O cão correu atrás do gato. O ladrão foi muito ligeiro, e a polícia não conseguiu pegar o gatuno. A fiscalização flagrou um gato na instalação telefônica do prédio. Trarei à sua memória alguns conceitos sobre semântica que, acredite, serão muito úteis na hora de resolvermos questões de prova, principalmente quando elas tratarem de interpretação de texto. •
Antônimos São palavras de sentido contrário. Assim como é difícil encontrar um par perfeito de sinônimos, o mesmo ocorre com os antônimos. Em alguns casos, é mais adequado falar em graus de antonímia. Ex.: velho – novo / bom – mau Um objeto velho, em princípio pode ser o oposto de um objeto novo. Porém, dizer que um objeto é menos velho, em certos casos, pode ser equivalente a dizer que ele é mais novo. O que torna relativa a antonímia entre novo e velho. O mesmo ocorre com o par bom/mau. O par emigrante – imigrante, aparentemente são antônimos perfeitos, já que a primeira palavra se refere àqueles que saem de determinado lugar (cidade, estado, país); e a segunda, àqueles que entram. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Contudo, o emigrante, no momento em que chega a outro lugar, não passa a ser também, obrigatoriamente, um imigrante? Sinônimos
•
São palavras de sentidos idênticos ou aproximados, que podem ser substituídas uma pela outra em diferentes contextos. Embora se fale em palavras sinônimas, também existem frases sinônimas. Ex.: Você já vacinou seu cão? / Você já vacinou seu cachorro. Joana é a mulher de Marcelo. / Marcelo é o marido de Joana. “O uso de palavras sinonímias pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.” (Cipro & Neto, 1999:565) Ex.: Alguns segundos depois, apareceu um menino. Era um garoto magro, de pernas compridas e finas. Um típico moleque. Polissemia É a propriedade de uma palavra apresentar vários sentidos.
•
Compare este par de enunciados: a)
Não consigo prender o fio de lã na agulha de tricô.
b)
Enrosquei minha pipa no fio daquele poste. Observe que, nas duas ocorrências da palavra fio, fio, ela apresenta
sentidos diferentes: “fibra”, no primeiro enunciado, e “cabo de metal” no segundo. Apesar disso, há um sentido comum entre elas: sequência, fiada, eixo, alinhamento, encadeamento. •
Campo semântico, semântico, hiponímia e hiperonímia Leia o enunciado abaixo:
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comprou um computador, um monitor, um teclado e uma impressora para o escritório, pois, sem esse equipamento, não conseguiria dar conta do trabalho.
Palavras como “computador”, “monitor”, “impressora” e “teclado” apresentam certa familiaridade de sentido pelo fato de pertencerem ao mesmo campo semântico, ou seja, ao universo da informática. Já a palavra “equipamento” possui um sentido mais amplo, que engloba todas as outras. Nesse caso, dizemos que “computador”, “monitor”, “impressora” e “teclado” são hipônimos de “equipamento”. Por sua vez, “equipamento” é um hiperônimo das outras palavras.
•
Homônimos São palavras diferentes no sentido, tendo a mesma escrita ou a mesma pronúncia. Ex.: são (verbo ser – eles são) / são (saudável) / são (santo); como (advérbio interrogativo) / como (verbo)
homônimos perfeitos;
caçar (apanhar) / cassar (anular); concerto (harmonia) / conserto (remendo) homônimos homófonos Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ele (pronome pessoal) / ele (substantivo, nome da letra L); almoço (verbo) / almoço (substantivo); sede (vontade de beber) / sede (residência) homônimos homógrafos •
Parônimos São palavras diferentes no sentido, na escrita e na pronúncia, apesar de se assemelharem nos dois últimos aspectos. Ex.: flagrante (evidente) / fragrante (perfumado) arrear (por arreios) / arriar (abaixar) mandado (ordem judicial) / mandato (procuração) inflação (alta dos preços) / infração (violação) eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer) comprimento (extensão) / cumprimento (saudação)
•
Denotação Em semântica, a denotação de um termo é o objeto ao qual o mesmo se refere. A palavra tem valor referencial ou denotativo quando é tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à realidade re alidade palpável. Ex.: O papel foi rabiscado por todos. (papel: ( papel: sentido próprio, literal) A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não produz emoção ao leitor. É informação bruta com o único objetivo de informar. É a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remédios, em um manual de instruções etc.
•
Conotação Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, evocando outras ideias associadas, de ordem abstrata, subjetiva. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Conotação é, pois, o emprego de uma palavra tomada em um sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre de contexto. A linguagem conotativa não é exclusiva da literatura, ela é empregada em letras de música, anúncios publicitários, conversas do dia-a-dia, etc. Ex.: “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais jamais terá sede”. (João 6:35) Pois bem, prezado aluno, que tal você colocar em prática tudo isso que aprendeu e resolver algumas questões de provas anteriores? Lembre-se sempre de que o novo Acordo Ortográfico está em vigor e que a Academia Brasileira de Letras já lançou oficialmente o novo VOLP. Portanto nada impede que a banca examinadora exija de você conhecimentos a respeito dele. [...]
1.
(Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).
Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA qual, qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante uma prova. Resposta – Item errado. 2.
(Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) [...]
[...] No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que. que. Comentário – A forma porque serve para introduzir uma explicação ou causa de um acontecimento. No texto sob análise, o enunciador apresenta uma justificativa para se considerar importante o que foi declarado anteriormente. Já a forma por que, que, associada a um ponto de interrogação e no início de orações interrogativas diretas ou indiretas, deve ser escrita separadamente e sem acento. No entanto, estaria prejudicada à coerência textual. No trecho não cabe uma pergunta, mas sim a apresentação de um motivo que justifique aquela importância. Resposta – Item errado. [...] Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 22
Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em
25
28
modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira tradicional, deixando as externalidades para a sociedade. s ociedade. E mais, não são apenas os grandes líderes
do
privado
manchete
que
demonstram
essa
dificuldade.
Uma
setor
recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores 31
e jornalistas também não entenderam as oportunidades que estão surgindo a partir das transformações que estamos vivendo. Eis o título da matéria: “Só pode reduzir aquecimento global, diz estudo”. e studo”.
estagnação
econômica
[...] Ricardo Young. Mudanças no consumo. consumo . In: CartaCapital, CartaCapital, 26/2/2010. Internet:
(com adaptações).
3.
(Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho “a partir das” (l.31) poderia ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por um dos termos a seguir: por razão das, em consequência consequência das, das, com as.
Comentário – De acordo com o texto, “as oportunidades” (l. 30) são o efeito das “transformações que estamos vivendo” (l. 31-32). Essa ideia é corroborada pela expressão “a partir das”, que ajuda a expressar essa noção de causa (ou motivo, razão) e consequência (ou efeito). Não há prejuízo sintático ou semântico ao texto devido às mudanças propostas. Vamos reescrever a passagem e tirar a dúvida: – “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as oportunidades que estão surgindo por razão das transformações que estamos vivendo.” – “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as oportunidades que estão surgindo em consequência das transformações que estamos vivendo.” Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as oportunidades que estão surgindo com as transformações que estamos vivendo.” Resposta – Item certo.
4.
(Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento do vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” — ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que passaria a significar também.
Comentário – O significado do vocábulo “ainda” é o mesmo; ele não se altera por causa da mudança proposta pela banca. A ideia, já presente no texto original, é de continuidade (noção de tempo), e não de inclusão. O período seguinte fortalece essa ideia: “O discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira tradicional, deixando as externalidades para a sociedade” (l. 23-26). Resposta – Item errado.
[...]
5.
(Cespe/STJ/Analista Judiciário/Área Judiciária/2012) O vocábulo “epígrafe” (L.2) significa inscrição sobre a lápide de túmulos ou sobre monumentos funerários e é usado no texto como metáfora tanto da
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA materialidade tumular da biblioteca de Alexandria, quanto do tempo decorrido desde sua existência até o presente. Comentário – A palavra “epígrafe” pode ser entendida metaforicamente no contexto como algo que, à semelhança de um título, frase ou texto no início de um livro, conto, capítulo ou poema, resume seu sentido, expressa sua motivação, apresenta sua temática.
O que o examinador disse tem a ver com a palavra epitáfio. epitáfio. Resposta – Item errado.
6.
(Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical. O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos decretos que criassem os Correios Interiores.
Comentário – Repara na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade, propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: se parada: a fim de. de. Resposta – Item errado.
[...] O 16
caiu
em
descrédito
com
a
queda
do
Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que se
19
planejamento
autorregulam.
Seria
ingênuo
pensar
que
esse
mito
desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas,
está.
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Chegou,
portanto,
o
momento
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de
reabilitar
e 30
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22
25
atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e conselheiro
do
pronuncia-se
em
prazo, voltado simultâneos da
secretário-geral favor
de
para o segurança
um
das
Nações
planejamento
Unidas
flexível
a
— longo
enfrentamento dos três desafios energética, segurança alimentar e
redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre 28
os setores público e privado e a sociedade civil. [...] O
34
fenomenal
crescimento
da
economia
mundial
no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias fósseis, provocou um aquecimento global de consequências 37
deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40
43
indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis, 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para plantar. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. planejamento . Internet: (com adaptações).
7.
(Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau. mau.
Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o mesmo efeito, sua sustentabilidade s ustentabilidade está abalada, enfraquecida. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem (advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo). Resposta – Item certo.
8.
(Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O termo “consequências deletérias” (l.36-37) significa resultados que não podem ser apagados, alterados. alterados .
Comentário – Não adianta resmungar. Tem hora que o examinador abre o dicionário e de lá retira uma palavra (que quase ninguém usa) para montar uma questão de prova. Literalmente, o adjetivo deletério significa algo que prejudica a saúde, é insalubre; que destrói, causa dano. Figuradamente, indica aquilo que corrompe, que é degradante .
Resposta – Item errado.
1
O
poder
político
é
produto
de
uma
convenção,
não
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de
7
10
sociedade,
o
homem
não
contato
com
outras
pessoas.
conjugal
tem
o
espécie.
De
outro
escopo lado,
é de
um
ente
De
um
possibilitar a
sociedade
isolado, lado, a
avesso a
sociedade
perpetuação política
ao
visa
da à
preservação da propriedade. [...] Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. voto . In: Filosofia, ciência & vida. vida . Ano III, nº 27, p. 40-1 (com adaptações).
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32
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 9.
(Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, convivência, sem prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção gramatical.
Comentário – A palavra “contato” foi empregada figuradamente para indicar relação de proximidade, relacionamento contínuo, coexistência, mesmo significado que “convivência”. Resposta – Item certo.
10. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca de posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção gramatical do texto. Comentário – Não se deixe levar pelo “canto da sereia”. Esse jogo de palavras tem a finalidade de distraí-lo. Vá ao texto e troque os dois termos de posição: “...e nasce juntamente com os homens, quando a sociedade decidem...”. Apesar de os dois termos serem sinônimos textuais e de estarem empregados em sentido conotativo (a “sociedade” não nasce literalmente e “homens” não representa apenas seres do sexo masculino), a troca causa prejuízo à correção gramatical do texto, pois desfaz-se a concordância entre o verbo “decidem” e o sujeito correspondente. Resposta – Item errado.
1
Com
um
apresenta cerca como advertem
Prof. Albert Iglésia
alto
grau
de
urbanização,
o
Brasil
já
de 80% da população nas cidades, mas, estudiosos do assunto, o país ainda tem
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 4
muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos. [...] o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28
casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois quarteirões, no mínimo movimentadas. [...]
—
das
ruas
e
avenidas
mais
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período. Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre. sobre. Resposta – Item errado.
12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29). Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto que indicaria a existência de dois quarteirões . Não é isso o que se pretende dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”. Resposta – Item errado.
[...] 13
Tendo
interligação
das
constituição unificada, 16
país
como distantes de
esses
explicitavam
Prof. Albert Iglésia
principal e
isoladas
uma pioneiros
propósito
a
com
à
províncias
nação-Estado da
firmemente
promoção a
sua
vistas
verdadeiramente dos
crença
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transportes de
que
no o 34
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA crescimento era enormemente inibido pela ausência de sistema nacional de comunicações e de que 19
desenvolvimento
dos
transportes
constituía
um
fator
um o
crucial
para o alargamento da base econômica do país. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: (com adaptações).
13. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo empregada com o sentido de árduo, árduo, difícil. difícil. Comentário – Cuidado com as aparências. Em se tratando de significação contextual de palavras e expressões, a melhor coisa que você deve fazer é ir ao texto. O adjetivo crucial pode realmente ser utilizado para caracterizar algo árduo, difícil, espinhoso: Deixar a casa paterna foi uma decisão crucial . Mas, no texto em que surge, ele expressa a importância para que algo aconteça, ocorra, ou exista; é o mesmo que capita; essência; fundamental . Resposta – Item errado.
1
No
mundo
moderno
em
que
vivemos,
é
certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. [...] José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. matéria . In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
14. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto. Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, onde, que é usado com verbo estático (“vivem”) que pede a preposição em; em; na língua portuguesa não existe a suposta contração nonde, nonde, supostamente indicada por em + onde. onde. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual. qual. Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, qual, conforme o caso. Resposta – Item certo.
Nossos
1
projetos
de
vida
dependem
muito
do
futuro
do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é obra 4
7
do
acaso
ou
da
fatalidade.
Uma
nação
se
constrói.
E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro, concepções conflitantes.
de
desenvolvimento
e
interesses
distintos
e
[...] Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. construção . In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. debate . São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
15. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”. Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e como o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos. Resposta – Item certo.
[...] A 10
coisa
é
mais
complicada
na
modernidade,
em
que
os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda autoridade jurídica e moral. [...]
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 16. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à opinião pública. pública. Comentário – O que pretendo demonstrar com esta questão é o uso inadequado do vocábulo onde. onde. Ele deve ser empregado para substituir termo que designe lugar, não uma situação, um conceito etc. Observe que na reescritura o termo substituído é “modernidade”, que não expressão sentido de lugar. Resposta – Item errado.
17. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009)
As
palavras
“líderes”,
“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base na mesma justificativa gramatical. Comentário – Sim, todas são proparoxítonas. Resposta – Item certo.
18. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras “catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais diferentes. Comentário – A justificativa é uma só. Ambas são palavras proparoxítonas e devem ser acentuadas por isso. Resposta – Item errado.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006, ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7
Os
congressos
Venezuela 10
já
do
Uruguai,
da
votaram
pela
entrada
Apenas o Paraguai acordo. [...]
e
o
Brasil
Argentina
e
da
própria
do
país
no
MERCOSUL.
ainda
não
chancelaram
o
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008. S.Paulo ,18/12/2008.
19. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está sendo empregada com o sentido de sancionaram. sancionaram. Comentário – Sim, ela significa dar aprovação ou aceitação a; confirmar, ratificar; aprovar; sancionar : O presidente chancelou a proposta do ministro. Resposta – Item certo.
Canção do Ver (fragmento) 1
4
Por viver muitos anos dentro do mato Moda ave O menino pegou um olhar de pássaro – Contraiu visão fontana.
7
Por forma que ele enxergava as coisas Por igual
10
como os pássaros enxergam. As coisas todas inominadas. Água não era ainda a palavra água.
13
Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. As palavras eram livres de gramáticas e
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38
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
16
Podiam ficar em qualquer posição. Por forma que o menino podia inaugurar. Podia dar às pedras costumes de flor. Podia dar ao canto formato de sol.
19
E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a [palavra abelha e entrar dentro dela. Como se fosse infância da língua. Manoel de Barros. Poemas rupestres. rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
20. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto acima, assinale a opção incorreta. incorreta. a) “Moda” (v .3) .3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas, assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por determinado grupo humano em um dado momento histórico. b)
O sentido do vocábulo “Contraiu” ( v .6) .6) restringe as possibilidades semânticas de “pegou” ( v .4). .4).
c)
Na expressão “visão fontana” ( v .6), .6), o vocábulo sublinhado, adjetivo derivado de fonte, fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de
d)
originário, gerador, causal, seminal. Em “As palavras eram livres de gramáticas” ( v .14), .14), o vocábulo sublinhado
e)
alude a regras gramaticais. O vocábulo “posição” ( v .15) .15) refere-se à sintaxe, entendida como disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.
Comentário – Mais uma vez quero frisar que o contexto não deve ser desprezado durante a resolução de questões sobre o significado de palavras. No texto, a expressão “Moda ave” significa maneira ou modo distinto e peculiar como o menino vivia: de acordo com os hábitos de uma ave. O contato com vários alunos me fez perceber que muitos ficaram com dúvida em relação ao item “b”. Esclareço que o verbo pegar admite a ideia de um agente desencadeador da ação, sendo ele mesmo o Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA responsável por ela. O verbo contrair sugere um sujeito paciente, alguém que é acometido de algo (independentemente da sua vontade). Este é o sentido no texto. Resposta – A
A diferença na linguagem 1
“Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4
algum
equívoco
para
os
olhos
mas
não
para
os
ouvidos.”
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso prestar 7
ouvidos
à
voz
original,
adivinhar
as
diferenças
de
acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido
10
13
atento à melodia que dá vida aos signos: estar surdo à modulação da voz significa estar cego às modalidades do sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da desqualificação também
16
a
da
concepção
indicação
do
gramatical
estatuto
que
da
linguagem,
Rousseau
mas
confere
à
linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que
19
desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos signos visuais. Se a essência da linguagem escapa à Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento
22
essencialmente homogêneo. Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 21. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3, julgue (C ou E) o item a seguir. A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento” (l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação. Comentário – Esta questão é para você constatar como o Cespe recentemente cobrou noções de polissemia em uma de suas provas. Creio que não é difícil perceber os sentidos das palavras destacadas, mas é bom ficar atento e não se deixar levar pelas “aparências”. Na linha 3, a palavra “acentos” se refere a sinais gráficos (como acento circunflexo, agudo, til, grave etc.) usados para marcar, por exemplo, nasalização, diferença entre plural e singular (têm/tem) entre classes de palavras (preposição por , verbo pôr ), ), fusão de sons iguais etc. Na linha 7, a palavra "acento" se refere ao timbre, à pronúncia tônica ou átona, à melodia e ao ritmo, aspectos que não são visuais, e sim audíveis, não se identificam por meio dos sinais gráficos. Resposta – Item certo.
22. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009 – adaptada) Com relação às ideias e aos aspectos gramaticais do texto, julgue as opções abaixo. a)
O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.
b)
É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático” (l.9) e em Gramática (l.21).
Comentário – Alternativa A: é o contrário! Pela afinidade de sentidos existente entre elas, as palavras do mesmo campo semântico contribuem com a coerência e a coesão do texto.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Alternativa B: os motivos são diferentes. Na linha 9, o termo designa o profissional; na linha 21; designa o nome de uma disciplina, uma área do conhecimento. Lemos
em
Cegalla
( Novíssima
gramática
da
Língua
Portuguesa , 2008, página 66) que o emprego de iniciais maiúsculas é
facultativo nos dois casos (repare como a mesma palavra surgiu na linha 1). O autor nos dá os seguintes exemplos: Doutor Paulo ou doutor Paulo; Professor Renato ou professor Renato; Matemática ou matemática. Resposta – Itens errados.
Receita – 96:924$985 No
1
várias 4
orçamento taxas
que
do
ano
existiam
em
passado 1928.
houve A
supressão
receita,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985. E não empreguei rigores excessivos.
de
entretanto,
Fiz
apenas
isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam 7
os matutos de pequeno valor, escorchados, esbrugados pelos exatores.
ordinariamente
raspados,
[...] Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios . In: Relatórios Graciliano Ramos. Ramos . Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
23. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo. A expressão explorados pelos cobradores de impostos, impostos, embora menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados, escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8). Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Para acertar esta questão, você precisa saber (ou pelo menos “perceber”) o significado das seguintes palavras: palavras: a) “raspados” a) “raspados” – deixados sem nada, furtados, roubados; b) “escorchados” b) “escorchados” – diz-se de quem foi explorado ( O fiscal corrupto
tinha
até
uma
lista
dos
comerciantes
escorchados.);
c) “esbrugados” – que está sem carnes, descarnado ( Osso esbrugado.); figuradamente, diz-se de quem ficou sem
nada, sem nenhum recurso, foi exposto totalmente; d) “exatores” d) “exatores” – cobrador de impostos. Resposta – Item certo.
[...] 10
13
A declaração não previu que o desenvolvimento capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente nas economias periféricas. [...] Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. homem . In: Francisco Alencar (Org.). Direitos mais humanos. humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
24. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) Preservam-se a correção gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “sem controle” (l. 12) por aleatoriamente. aleatoriamente. Comentário – Não, pois aleatoriamente tem a ver com o acaso, com fatores incertos ou acidentais; que ocorrem fortuita ou casualmente . Essa ideia afasta-se do sentido original, que transmite a noção de uma situação repetitiva, sistemática, mas sem sofrer qualquer tipo de controle co ntrole ou gerência. Resposta – Item errado. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 25. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”, “trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por serem proparoxítonas. Comentário – São proparoxítonas apenas “últimas”, “trânsito” e “econômica”. A palavra “contribuírem” é paroxítona e é acentuada porque: a)
a letra I representa a segunda vogal do hiato formado com a vogal representada pela letra U,
b) c)
ela (a letra I) representa represe nta a sílaba tônica da palavra e está só na sílaba.
Resposta – Item errado.
26. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação
de
Computadores/2011)
Em
“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença pres ença de ditongo em sílaba tônica. Comentário – Então, o que achou? A explicação da acentuação da palavra “contribuírem” (questão acima) serve perfeitamente para a acentuação da palavra contribuíram. contribuíram. Resposta – Item errado.
27. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras “metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais diferentes. Comentário – Todas as palavras são proparoxítonas, sendo acentuadas por esse motivo. Resposta – Item errado.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 28. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei nº 8.888/1998. Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é convencionalmente usada na grafia de substantivos singulares para indicar deferência e, ainda, nos casos abaixo: •
nomes, sobrenomes (José Ferreira) e cognomes (Ivan, o Terrível) das pessoas;
•
alcunhas (Sete Dedos); pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes dinásticos (os Médici);
•
topônimos (Brasília, Paris); regiões (Nordeste, Sul);
•
nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação
•
Getúlio Vargas, Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas Americanas); •
nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia
•
Militar); nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo);
•
•
nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de Novembro); designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo);
•
•
nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste); nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro);
•
nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário Alvim);
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA •
nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da Sé);
•
nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda);
•
nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira
•
em torno do Sol”); nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei Afonso Arinos).
Resposta – Item certo.
29. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e “carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de acentuação. Comentário – O vocábulo “políticas” é acentuado por ser proparoxítono; mas “desperdício” e “carcerária” recebem acento por serem palavras paroxítonas finalizadas em ditongo oral. Resposta – Item errado.
30. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no emprego de acento em “caleidoscópio”. Comentário – Sim, o emprego do acento em ambas as palavras justifica-se porque elas são paroxítonas terminadas em ditongo oral. Resposta – Item certo.
31. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que justifica o emprego do acento em “meteorológica”. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Não. A primeira palavra é paroxítona terminada em ditongo oral: a-e-ro-por-tu-á-ria; a-e-ro-por-tu-á-ria; a segunda é proparoxítona: me-te-o-ro-ló-gi-ca. me-te-o-ro-ló-gi-ca . Resposta – Item errado.
32. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies", "difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Comentário – As duas primeiras são paroxítonas terminadas em ditongo oral: es-pé-cies, es-pé-cies, di-fí-ceis. di-fí-ceis. A última, entretanto, é proparoxítona: his-tó-ri-cas. his-tó-ri-cas. Resposta – Item errado.
33. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil, pênsil, é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo que segue o padrão do vocábulo ciência, ciência, no que se refere ao emprego de sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18) também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular. Comentário – Vamos com calma! Os vocábulos têxtil e pênsil pluralizam-se assim, respectivamente: têxteis e pênseis. pênseis. A terminação átona –il dá lugar à terminação –eis. –eis. Não confunda com a terminação tônica: funil > funis, funis, em que o –l dá lugar ao –s. –s. No singular, o acento circunflexo em têxtil e pênsil ocorre porque as palavras são paroxítonas terminadas em L. No plural, o acento permanece porque as palavras são paroxítonas terminadas em ditongo oral. As palavras obsolescência e ciência também recebem acento porque são paroxítonas terminadas em ditongo oral: ob-so-les-cên-cia, ob-so-les-cên-cia, ci-ên-cia. ci-ên-cia. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Déspota(s) recebe acento por ser proparoxítona (todas são acentuadas, independentemente de estarem no singular ou no plural). Resposta – Item certo.
34. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. cheque. Nesse caso, seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original. Comentário – Também existe no léxico da nossa Língua a palavra cheque, o seu significado nada tem a ver com xeque. Entenda: – cheque: documento fornecido por um banco a quem nele
tem conta, que equivale a dinheiro, uma vez preenchido com determinada quantia e assinado pelo titular da conta. c onta. – xeque (conforme usado no trecho): situação que representa ameaça, perigo, risco, contratempo, transtorno: A paz está em xeque xeque. Resposta – Item errado.
35. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010) [...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo recorde [...] O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com acento – récorde. récorde. Comentário – Existem inúmeras palavras que são proferidas erroneamente por pessoas menos familiarizadas com a norma linguística – são casos de silabadas. O conhecimento do que está na tabela abaixo evitará que esses
equívocos aconteçam.
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48
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Oxítonas
Paroxítonas
Proparoxítonas
Cateter
austero
ádvena
Cister
avaro
aeródromo
Condor
aziago
aerólito
Gibraltar
batavo
édito (ordem judicial)
Hangar
ciclope
elétrodo
Masseter
edito (lei, decreto)
ínterim
Mister
filantropo
lêvedo
Negus
fortuito
arquétipo
Nobel
gratuito
aríete
Novel
ibero
crisântemo
Obus
látex
hieróglifo
Oximel
maquinaria
ímprobo
Ureter
misantropo
lúgubre
necromancia
munícipe
rubrica
notívago (ou noctívago)
nenúfar
protótipo
pudico
recôndito
recorde
trânsfuga vermífugo zênite
Resposta – Item errado.
36. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) [...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de idade e 80 mil gestantes [...]
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de” por acerca de. de. Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre e à locução prepositiva a respeito de. de. Resposta – Item errado.
37. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”, “críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na antepenúltima sílaba. Comentário – Sim, a sílaba tônica delas é a antepenúltima, outra maneira de dizer que são proparoxítonas. Resposta – Item certo.
38. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e “viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Comentário – Não. A primeira é acentuada porque é uma proparoxítona; a segunda se enquadra na regra do hiato: letra I o U representando a segunda vogal do hiato, constituindo a sílaba tônica da palavra e estando só ou acompanhada de S ( país, saúde, Grajaú etc.). Resposta – Item errado.
39. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da
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50
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão “dali para a frente” por dali pra frente. frente. Comentário – A forma pra representa uma variação linguística conhecida como linguagem informal ou popular, que não tem aceitação em documentos oficiais, justamente por se distanciar da norma gramatical. Abaixo há um quadro que assinala a diferença entre a variação padrão (formal, culta) e a não padrão (informal ou popular) por meio de outros exemplos: FORMAL
INFORMAL
Está
Tá
Falar
Falá
Queijo
Quejo
Vamos
Vamo
Vou
Vô
Regência do verbo visar
Ele visa o bem público. (deveria ser ao)
Resposta – Item errado
40. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e “invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Comentário – A primeira recebe acento por ser proparoxítona ( ô-ni-bus ); a segunda, por ser paroxítona terminada em ditongo oral ( -eis). Resposta – Item errado.
41. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos “quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
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51
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Os dois primeiros são acentuados por serem proparoxítonos (qui-lô-me-tro / em-ble-má-ti-co); “picolé” é oxítona terminada em E. Resposta – Item errado.
42. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos “analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra de acentuação. Comentário – Sim, os dois acentos são usados porque as palavras são proparoxítonas (todas são acentuadas): a-na-lí-ti-ca / te-rí-a-mos. Resposta – Item certo. [...] 19
Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora. [...]
43. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório. Comentário – Sim, o acento é obrigatório. Este acento serve para diferenciar a terceira pessoa do plural (“os alunos de ótimo boletim” = eles) da terceira pessoa do singular ( ele). Nem mesmo a vigência do novo Acordo o aboliu. Resposta – Item certo.
44. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e “áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Negativo. O acento agudo em países justifica-se pela regra dos hiatos. A vogal I é a segunda do hiato ( pa-í pa-í -ses -ses), está sozinha na sílaba e constitui a sílaba tônica da palavra. Em áreas, áreas, o acento ocorre porque a palavra é paroxítona terminada em ditongo ( á-reas). Resposta – Item errado.
45. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9) e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos, obedecem à mesma regra de acentuação gráfica. Comentário – Sim, pois ambas são palavras proparoxítonas ( pú-bli-co, pú-bli-co, ca-ó ca-ó-ti-co ). Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Resposta – Item certo. 46. (Cespe/EBC/Gestor de Atividade Jornalística/2011)
No texto 2, o vocábulo “joça” poderia ser substituído por coisa, coisa, sem prejuízo para o sentido original e para a correção gramatical do texto. Prof. Albert Iglésia
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Leia como o dicionário eletrônico Aulete apresenta um dos significados da palavra “joça”: “Aquilo que não se consegue definir com precisão, por desconhecimento ou por esquecimento momentâneo do seu nome: Nunca soube para que servia aquela joça!”. O mesmo dicionário apresenta um dos significados da palavra “coisa”: “objetos indeterminados ou que se não querem especificar: Contou-me coisas e loisas . O negócio tem suas .”. Portanto a substituição proposta mencionada pelo coisas, é intricado, difícil .”. examinador é adequada. Resposta – Item certo.
[...]
[...] 47. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a substituição do vocábulo “senão” por se não, não, embora gramaticalmente correta, prejudicaria o sentido do texto. Comentário – O sentido realmente estaria prejudicado, passaria pass aria a indicar uma condição em vez de uma ressalva, equivalente a mas sim, sim, porém, porém, a não ser. ser. Em relação à gramaticalidade, o segredo é você analisar a oração subordinada “embora gramaticalmente correta” depois da principal. Assim, percebemos que a utilização da forma se não constitui erro de ortografia no contexto. Resposta – Item errado. Então, o que você achou? Posso esperá-lo e sperá-lo na próxima aula? Prof. Albert Iglésia
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54
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Lembre-se de que o êxito deste curso também depende do diálogo entre nós dois. Portanto participe dos fóruns, esclareça suas dúvidas e mande suas sugestões. Um grande abraço e que Deus o abençoe! abençoe !
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55
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Lista das Questões Comentadas
[...]
1.
(Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).
2.
(Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) [...]
[...] No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que. que.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA [...] Os
22
grandes
líderes
de
mercado
parecem
ainda
ter
dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em 25
28
modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira tradicional, deixando as externalidades para a sociedade. s ociedade. E
mais,
privado
que
não
são
apenas
demonstram
essa
os
grandes
líderes
dificuldade.
Uma
do
setor
manchete
recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores e jornalistas também não entenderam as oportunidades que 31
estão surgindo vivendo. Eis o
a partir das transformações que estamos título da matéria: “Só estagnação econômica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo”. e studo”. [...] Ricardo Young. Mudanças no consumo. consumo . In: CartaCapital, CartaCapital, 26/2/2010. Internet: (com adaptações).
3.
(Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho “a partir das” (l.31) poderia ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por um dos termos a seguir: por razão das, em consequência consequência das, das, com as.
4.
(Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento do vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” — ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que passaria a significar também.
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57
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[...]
5.
(Cespe/STJ/Analista Judiciário/Área Judiciária/2012) O vocábulo “epígrafe” (L.2) significa inscrição sobre a lápide de túmulos ou sobre monumentos funerários e é usado no texto como metáfora tanto da materialidade tumular da biblioteca de Alexandria, quanto do tempo decorrido desde sua existência até o presente.
6.
(Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical. O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos decretos que criassem os Correios Interiores.
[...] O 16
19
planejamento
caiu
em
descrédito
com
a
queda
do
Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas,
está.
Chegou,
portanto,
o
momento
de
reabilitar
e
atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth Prof. Albert Iglésia
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58
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 22
Institute, da Columbia University, em Nova conselheiro do secretário-geral das Nações pronuncia-se
25
prazo,
em
voltado
favor
de
um
planejamento
para
o
enfrentamento
Iorque, Unidas
flexível
dos
três
a
e —
longo
desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre 28
os setores público e privado e a sociedade civil. [...]
34
37
O fenomenal crescimento da economia mundial no decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias fósseis, provocou um aquecimento global de consequências deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40
indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43
4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para plantar. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: (com adaptações).
7.
(Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau. mau.
8.
(Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O termo “consequências deletérias” (l.36-37) significa apagados, alterados. alterados .
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resultados que não podem ser
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 1
da
O poder político é produto de uma convenção, não natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de
7
10
sociedade,
o
homem
não
é
contato
com
outras
pessoas.
conjugal espécie.
tem De
um
ente
De
um
isolado, lado,
avesso a
ao
sociedade
o escopo de possibilitar a perpetuação da outro lado, a sociedade política visa à
preservação da propriedade. [...] Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. voto . In: Filosofia, ciência & vida. vida . Ano III, nº 27, p. 40-1 (com adaptações).
9.
(Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, convivência, sem prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção gramatical.
10. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca de posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção gramatical do texto.
1
Com
um
apresenta cerca como advertem Prof. Albert Iglésia
alto
grau
de
urbanização,
o
Brasil
já
de 80% da população nas cidades, mas, estudiosos do assunto, o país ainda tem www.pontodosconcursos.com.br
60
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 4
muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos. [...] o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28
casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois quarteirões, no mínimo movimentadas. [...]
—
das
ruas
e
avenidas
mais
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período.
12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29).
13
[...] Tendo como interligação das distantes e
principal propósito isoladas províncias com vistas
constituição de uma nação-Estado unificada, esses pioneiros da promoção dos 16
país
explicitavam
crescimento 19
era
firmemente enormemente
a
sua
inibido
crença pela
a à
verdadeiramente transportes no de
ausência
que de
o um
sistema nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do país. [...] Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: (com adaptações).
13. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo empregada com o sentido de árduo, árduo, difícil. difícil.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 1
No mundo moderno em que vivemos, é certamente difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. [...] José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. matéria . In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
14. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.
Nossos
1
projetos
de
vida
dependem
muito
do
futuro
do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é obra 4
7
do
acaso
ou
da
fatalidade.
Uma
nação
se
constrói.
E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro, concepções conflitantes.
de
desenvolvimento
e
interesses
distintos
e
[...] Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. construção . In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. debate . São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
15. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”.
[...]
10
A coisa é mais complicada na modernidade, em que os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda autoridade jurídica e moral. [...]
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62
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 16. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à opinião pública. pública.
17. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”, “empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base na mesma justificativa gramatical.
18. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras “catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais diferentes.
O
protocolo
de
adesão,
assinado
em
julho
de
2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7
10
Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL. Apenas o Paraguai acordo. [...]
e
o
Brasil
ainda
não
chancelaram
o
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008. S.Paulo ,18/12/2008.
19. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está sendo empregada com o sentido de sancionaram. sancionaram. Canção do Ver (fragmento) Prof. Albert Iglésia
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Por viver muitos anos dentro do mato Moda ave
4
O menino pegou um olhar de pássaro – Contraiu visão fontana.
7
Por forma que ele enxergava as coisas
10
Por igual como os pássaros enxergam. As coisas todas inominadas. Água não era ainda a palavra água.
13
Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. As palavras eram livres de gramáticas e Podiam ficar em qualquer posição.
16
19
Por forma que o menino podia inaugurar. Podia dar às pedras costumes de flor. Podia dar ao canto formato de sol. E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a [palavra abelha e entrar dentro dela. Como se fosse infância da língua. Manoel de Barros. Poemas rupestres. rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
20. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto acima, assinale a opção incorreta. incorreta. a) “Moda” (v .3) .3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas, assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por determinado grupo humano em um dado momento histórico. b)
O sentido do vocábulo “Contraiu” ( v .6) .6) restringe as possibilidades semânticas de “pegou” ( v .4). .4).
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64
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA c)
Na expressão “visão fontana” ( v .6), .6), o vocábulo sublinhado, adjetivo derivado de fonte, fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de originário, gerador, causal, seminal.
d)
Em “As palavras eram livres de gramáticas” ( v .14), .14), o vocábulo sublinhado
e)
alude a regras gramaticais. O vocábulo “posição” ( v .15) .15) refere-se à sintaxe, entendida como disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.
A diferença na linguagem 1
“Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4
algum
equívoco
para
os
olhos
mas
não
para
os
ouvidos.”
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso prestar ouvidos à voz original, adivinhar as diferenças de 7
10
acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do Gramático atento à
ou do Lógico deve subordinar-se melodia que dá vida aos signos:
modulação
da
voz
significa
estar
cego
às
a um ouvido estar surdo à modalidades
do
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 13
arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da desqualificação também
16
a
da
concepção
indicação
do
gramatical
estatuto
que
da
linguagem,
Rousseau
mas
confere
à
linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que
19
desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos signos
visuais.
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Se
a
essência
da
linguagem
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escapa
à 65
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
22
Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento essencialmente homogêneo. Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
21. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3, julgue (C ou E) o item a seguir. A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento” (l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação.
22. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009 – adaptada) Com relação às ideias e aos aspectos gramaticais do texto, julgue as opções abaixo. a)
O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.
b)
É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático” (l.9) e em Gramática (l.21).
Receita – 96:924$985 1
No orçamento do ano passado houve supressão de várias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto, calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985.
4
E
não
empreguei
rigores
excessivos.
Fiz
apenas
isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam 7
os
matutos
de
pequeno
valor,
ordinariamente
raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores. [...] Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios . In: Relatórios Graciliano Ramos. Ramos . Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
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66
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 23. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo. A expressão explorados pelos cobradores de impostos, impostos, embora menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados, escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8).
[...] 10
A
declaração
não
previu
que
o
desenvolvimento
capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e 13
saem de diferentes países, nas economias periféricas. [...]
gerando
instabilidade
permanente
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. homem . In: Francisco Alencar (Org.). Direitos mais humanos. humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
24. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) Preservam-se a correção gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “sem controle” (l. 12) por aleatoriamente. aleatoriamente.
25. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”, “trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por serem proparoxítonas.
26. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras “metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais diferentes.
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67
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 27. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em “contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença prese nça de ditongo em sílaba tônica.
28. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei nº 8.888/1998.
29. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e “carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de acentuação.
30. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no emprego de acento em “caleidoscópio”.
31. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que justifica o emprego do acento em “meteorológica”.
32. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies", "difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 33. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil, pênsil, é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo que segue o padrão do vocábulo ciência, ciência, no que se refere ao emprego de sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18) também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.
34. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. cheque. Nesse caso, seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.
35. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010) [...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo recorde [...] O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com acento – récorde. récorde.
36. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) [...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de idade e 80 mil gestantes [...]
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de” por acerca de. de.
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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 37. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”, “críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na antepenúltima sílaba.
38. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e “viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
39. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão “dali para a frente” por dali pra frente. frente.
40. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e “invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
41. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos “quilômetros”, “emblemático” “e mblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
42. (Cespe/TJ-ES/Analista
Judiciário/Taquigrafia/2011)
Os
vocábulos
“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na n a mesma regra de acentuação.
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Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora. [...]
43. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.
44. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e “áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
45. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9) e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos, obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.
46. (Cespe/EBC/Gestor de Atividade Jornalística/2011)
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No texto 2, o vocábulo “joça” poderia ser substituído por coisa, coisa, sem prejuízo para o sentido original e para a correção gramatical do texto.
[...]
[...] 47. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a substituição do vocábulo “senão” por se não, não, embora gramaticalmente correta, prejudicaria o sentido do texto.
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1.
Item errado
30. Item certo
2.
Item errado
31. Item errado
3. 4.
Item certo Item errado
32. Item errado 33. Item certo
5.
Item errado
34. Item errado
6.
Item errado
35. Item errado
7. 8.
Item certo Item errado
36. Item errado 37. Item certo
9. Item certo 10. Item errado
38. Item errado 39. Item errado
11. Item errado
40. Item errado
12. Item errado
41. Item errado
13. Item errado
42. Item certo
14. Item certo 15. Item certo
43. Item certo 44. Item errado
16. Item errado 17. Item certo
45. Item certo 46. Item certo
18. Item errado
47. Item errado
19. Item certo 20. A 21. Item certo 22. Item errado 23. Item certo 24. Item errado 25. Item errado 26. Item certo 27. Item errado 28. Item certo 29. Item errado Prof. Albert Iglésia
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