Capí tulo 1 1 O CCÍR CULO DDO CENTR O (Capítulo 1 do livro “O prisma psicológico e a dimensão humana”, por Rosa Solè. Tradução de Zilá. P. Saldanha.)
ue é energia? Não a podemos ver, mas sabemos existe por sua manifestação nas formas físicas. Utilizando uma singela analogia, podemos dizer que, apesar de no ssos olhos físicos não poderem ver a eletricidade, notamos seus efeitos no momento em que acionamos o interruptor da luz ou o forno elétri co. A lâmpada ou o forno são objetos inanimados, se não permitimos que flua a corrente elétrica através deles. Podemos considerar o corpo humano da mesma maneira, como matéria através da qual a energia se manifesta por meio de um propósito específico, cuja finalidade última é a expressão da alma. A energia, através dos distintos níveis da carta, manifesta-se em seu estado mais puro, a partir do centro – Self, Eu Superior, Mônada. É a energia universal que relaciona todos os seres humanos com a origem primordial. Podemos experimenta-la através do Eu da personalidade, e também podemos conectar com essa energia, tentando ser conscientes de sua expressão transpessoal em nossa vida diária. diári a. Como mencionamos antes, e na ordem estabelecida, observamos que o potencial de energia de uma carta natal origina-se nesse centro, e relaciona-se de diversas formas geométricas formadas pelos aspectos ou estrutura de aspectos, ativando sua energia aos planetas. O conjunto formado por essas figuras é a estrutura da consciência do ser humano ou corpo causal, símbolo ou mandala vibratório onde reside a manifestação única para cada pessoa 1. Neste nível onde reside a causa de todos os acontecimentos que criamos em nossa vida, Cirlot2 observa que “todo símbolo ressoa em cada um dos planos da realidade, e que o âmbito espiritual da pessoa é um dos planos da realidade, e que o âmbito espiritual da pessoa é um dos planos essenciais pela relação reconhecida tradicionalmen tr adicionalmente te entre macrocosmo e microcosmo”. Os planetas, nossos órgãos de expressão e experimentação, recebem a energia do centro, a qual se manifesta como motivação interna através da cor e da forma da estrutura de aspectos. Esta recepção cria importantes circuitos de energia que influenciam nosso comportamento no âmbito inconsciente. Parte de nosso caminho é o explorar esses labirintos internos para descobrir nossa conexão com a energia universal. Os planetas se nutrem da energia dos signos nos quais se encontram, mas esta energia pertence ao inconsciente coletivo contendo, em suma, toda a experiência da humanidade. humanidade. Semelhante como a raiz de uma árvore extrai a seiva do fundo da terra, assim também nós experimentamos esta energia mediante a convivência com a família onde crescemos, e arraigamos com ela os níveis mais profundos do passado histórico. Por sua vez, os planetas são os receptores da energia que emitimos ao contatar com o mundo, isto é, expressam-se expressam-se nos diversos campos de ação representados representados pelas casas. c asas. Tudo o que nos rodeia possui a sua própria energia, e aprendemos a trabalhar com ela tanto interna quanto externamente, ou melhor, acostumamo-nos a levantar barreiras para nos protegermos daquilo que
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“Este é o terceiro dos 3 Corpos Superiores, é o corpo da Causa e Efeito, é o corpo relativo ao carma positivo. (...) É o poder do indivíduo acumulado de todas as suas vidas passadas. Este é o corpo das causas e dos efeitos positivos do indivíduo, pois só a perfeição pode subir através do Cristo Mediador. A imperfeição fica na terra até que seja transmutada pelo indivíduo em energia positiva e aceitável ao Pai/Presença Divina. (...) Seu objetivo principal é: Dar a alegria, bem estar a Alma através do Chakra da 3ª Visão. Isto significa que só devemos visualizar imagens alegres e positivas para magnetizarmos as energias positivas deste corpo.” (www.grande fraternidadebranca.com.br fraternidadebranca.com.br – N.T.) 2 Juan Eduardo Cirlot Laporta (Barcelona, 9 de abril de 1916 - 11 de maio de 1973): poeta, crítico literário, de arte e de cinema, tradutor, hermeneuta, mitologista e músico catalão, considerado um dos mais importantes poetas do período pós Guerra Civil Espanhola. Espanhola. (N.T.) (N. T.)
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nos desagrada. Se limitamos a entrado do fluxo elétrico também limitamos sua utilidade. Um forno sem alimentação elétrica muito pouco nos poderá útil, portanto, se criamos barreiras no ambiente também estamos limitando nossa realização interna. Elevando nosso nível de consciência, poderemos perceber como flui a nossa energia. A consciência de quem somos realmente é o primeiro passo a dar se desejamos viver no sentido mais amplo e mais interno para alcançar a plenitude, e a carta natal é uma ferramenta que podemos utilizar para este processo. A Psicossíntese Astrológica
Roberto Assagioli foi o criador da Psicossíntese3 nos anos posteriores a 1910 e este é um sistema que ainda que se atenha parcialmente aos delineamentos marcados por Jung, vai muito mais além deles em muitos aspectos. Em 1926, Assagioli abriu um instituto na Itália e em 1927 publicou um livro em inglês, intitulado “A New Method of Treatment Psychossynthesis”. Em 1934, apareceu no Hibber Journal, da Inglaterra, um artigo intitulado “Psicologia dinâmica e Psicosíntese”, no qual apresentava seu conhecido diagrama oval que explicaremos a seguir. Em outras palavras, Assagioli foi o primeiro autor a diferenciar entre o transpessoal e o inconsciente coletivo, um conceito muito mais amplo e inclusivo. Quis distinguir entre os conteúdos primitivos arcaicos do inconsciente e os conteúdos supraconscientes. A seguir vamos descrever brevemente o diagrama de Assagioli, como base da Psicossíntese, u m diagrama que utilizamos para explicar o funcionamento do indivíduo, refletido na carta natal. A Psicossíntese sugere que o indivíduo está composto de muitos níveis ou substratos diferentes e que a divisão entre esses estratos é permeável. O Diagrama de Assagioli sobre a psique do indivíduo se representa em forma de “ovo”, tal como se pode ver.
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Psicossíntese é uma escola de Psicologia fundada pelo psiquiatra italiano Roberto Assagioli. Auxilia ao entendimento e ao controle dos problemas, à melhoria dos relacionamentos, à compreensão das potencialidades criativas, à contribuição interior para um amplo contexto social e planetário e, ainda, à busca do significado e finalidade da vida. Isso leva ao reconhecimento daquilo que é básico na natureza transpessoal ou espiritual de cada ser humano, sugerindo que esse auto-controle começa com o auto-conhecimento e a auto-compreensão. A Psicossíntese utiliza princípios e técnicas relevantes da consciência pessoal de forma a proporcionar uma abordagem holística centrada no crescimento e desenvolvimento humanos. A Psicossíntese não utiliza a palavra espiritual conectada com assuntos religiosos ou de espiritualidade mas, sim, no sentido de atividades que conduzem a progressão dos seres humanos em direção ao seu desenvolvimento. Um princípio elementar da Psicossíntese é aquele de que somos dominados por tudo aquilo com que nos identificamos; e que podemos dominar, controlar e utilizar tudo aquilo com que nos desidentificamos. (www.wikipedia.org – N.T.)
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Diagrama de Assagioli A parte inferior do diagrama alude ao inconsciente inferior, dentro do qual existe muito material reprimido, não digerido nem assimilado, e corresponde ao que Freud denominou o “inconsciente”.
No inconsciente médio localiza-se uma área na qual normalmente não somos conscientes das motivações internas, mas na qual podemos mover-nos psicologicamente, recuperar danos e extrair informação por meio da memória, sem nenhuma dificuldade.
No inconsciente superior, indica-se a região da qual recebemos nossas inspirações e intuições – artísticas, filosóficas, científicas. É o lugar onde residem os “imperativos éticos” que nos incitam para as ações corretas, humanitárias ou heróicas. A diferença entre o inconsciente inferior e o inconsciente superior é o desenvolvimento da consciência, pois no inconsciente inferior está a parte mais primitiva de nós mesmos, é como um principiante dentro de nós, enquanto que o inconsciente superior representa o que podemos chegar a alcançar em nossa evolução como potencial a desenvolver, do qual todos dispomos.
O campo de conhecimento consciente e objetivo à luz da realidade prática, nossa área de saber quotidiano.
A compreensão do nosso Eu pessoal.
O Eu transpessoal, é aquela parte de nós que ao mesmo tempo que dispõe do sentido de individualidade, vive no nível da universalidade onde as expectativas e assuntos pessoais passam para um segundo plano, a raiz de uma visão mais ampla.
O inconsciente coletivo como energia que existe no ambiente em que vivemos e que é global para todos, do qual recebemos e emitimos constantemente sem ser demasiado conscientes disso. Trata-se do “inconsciente coletivo” tal como o descreveu Jung.
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Na carta natal, o Eu pessoal e o Eu transpessoal estão simbolizados pelo círculo situado no centro da carta. Este Eu, Psique ou qualquer nome que se queira utilizar para descrever esta área única, tem contato com a energia universal, a qual se dirige através da figura de aspectos, para a personalidade representada pelos planetas. Os três níveis da personalidade – mente, emoção e corpo – refletem-se nos três planetas pessoais: Sol, Lua, Saturno. Uma parte do trabalho de todo ser humano é a integração da personalidade, isto é, a tarefa de alcançar o estado no qual convivam juntos, tanto o Eu pessoal como o Eu transpessoal, já que este último é puro “Ser” e necessita de um instrumento que o contenha a fim de que ambos possam realizar sua síntese. Do ponto de vista astrológico/psicológico, é importante levar em conta a diferença que existe no interior do indivíduo entre o Eu (ser) e a personalidade (estar). Grande parte do trabalho relacionado com o assessoramento astrológico efetua-se unicamente a nível da personalidade; entretanto, sabemos que não corresponde à realidade tal como é ou como vive aquela pessoa, mas sim unicamente se observa sua forma de estar. É necessário, pois, manter o horóscopo dentro de um contexto mais amplo, já que quando nos encontramos nele, começamos a ver na estrutura de aspectos e na posição dos planetas, potencialidades que existem no centro do Eu assim como características específicas da personalidade, mas será preciso saber distinguir entre elas desde o mais profundo, tanto consciente como inconsciente. Chamamos algumas dessas características de Sub-personalidades, e são funções, máscaras ou papéis com os quais costumamos nos identificar, sabendo de que não são nossa verdadeira essência natural. Na realidade representam partes muito profundas de nós mesmos com as quais podemos conectar de diferentes maneiras, uma das quais é através da Astrologia de consulta. O fato de começar a compreender nossa estrutura psicológica ajuda-nos a reconhecer a conduta e a resposta que oferecemos ao mundo exterior e, ao mesmo tempo, permite-nos observar a verdadeira motivação interna que prevalece no fundo de toda justificativa. Esta análise do horóscopo apresenta-nos uma poderosa ferramenta de autodescoberta e evolução pessoal já que somente através da compreensão de nós próprios podemos desenvolver todo nosso potencial. Deixamos aqui o capítulo do circulo do Centro que, como comentamos anteriormente, é um espaço a ser explorado com a ajuda da Psicologia Transpessoal.
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