fevereiro 200 6 :: ano 3 :: nº 26 :: www.arteccom.com.br/webdesign
a voz em fOrmA dE imageM EntreviSTa: josé Bessa (elEsbão e HaroldinhO)
nal absorve e ion “O verdadeiro profissio compartilha, para que o mercado cresça”
Estudo de caSo:
bondfaro.com
Redesenho para facilitar a navegação dos usuários
Portfólio agência:
Euro RsCG 4D
L ibe iberdade como estímulo no processo de criação
R $ 8 , ,9 90
s i a r o t u a s o t i e r i d
4 :: quem somos
Editorial
Do meu vô Luiz...
Equipe Direção Dire ção Geral Adria Ad riana na Me Melo lo
[email protected]
Direção de Redação Luis Rocha
“Quem passou pela vida em brancas nuvens E em plácido repouso adormeceu Quem não sentiu o frio da geada Quem passou pela vida e não sofreu Foi espectro de homem, não foi homem Só passou pela vida, não viveu.”
[email protected]
Criação e Diagramação Camila Oliveira
[email protected]
Leandro Camacho
[email protected]
Saudades do meu vovô Luiz... essa poesia decorei de tanto ler o livro que ele nos deixou. Meu avô era um fazendeiro do interio r de Minas e, cheio de amigos, tinha um caderno onde estes escreviam suas poesias ou de terceiros, enfim, deixavam ali uma recordação para ele. Em cada letra, desenhada à nanquim e bico de pena, dava praticamente para imaginar cada amigo do meu avô. “Este gostava muito dele, como caprichou nas capitulares... como dispôs de seu tempo”. Depois lia outra, com um tipo mais corrido, uma escrita mais rápida, e imaginava: este deve ser um daqueles amigos políticos políticos dele... seria um dos Canedo? Fora o conteúdo das poesias, que tam bém dizem muito das pessoas que as escrevem. Talvez digam até mais do que elas mesmas sobre si. Bem, de volta a 2006. É... as pessoas não escrevem mais poesias, não enviam cartas, não desenham mais letras. Mas continuamos interpretando interpretando o que é escrito da mesma forma. Já que não temos mais o prazer de desenhar cada tipo e cuidar para que não caia uma só gota de tinta no papel, vamos utilizar esse tempo para escolher muito cuidadosamente a fonte para que conteúdo seja transmitido eficazmente. Com certeza, ela vai te ajudar a transmitir sua me nsagem e a atingir o objetivo de seu projeto.
Ilustração Beto Be to Vi Viei eira ra
[email protected]
Assinaturas Jane Costa
[email protected]
Gerência de Tecnologia Fabio Fab io Pin Pinhe heir iro o
[email protected]
Desenvolvimento Web Eric Nas Nascim cimento ento
[email protected]
Financeiro Cristiane Dalmati
[email protected] A Arteccom é uma empresa de design, especializada na criação de sites e responsável pelos seguintes projetos: Revista Webdesign :: www.arteccom.com.br/webdesign Curso Web para Designers :: www.arteccom.com.br/curso Encontro de Web Design :: www.arteccom.com.br/encontro Portal Banana Design :: www.bananadesign.com.br Projeto Social Magê-Malien :: www.arteccom.com.br/ong
Criação e edição
www.arteccom.com.br Produção gráfica
Boa leitura e um grande abraço!
www.prolgrafica.com.br
Adriana Melo
Distribuição www.chinaglia.com.br
. a r o t i d e a d o ã ç a z i r o t u a m e s s n e g a m i u o s o t x e t e d o ã ç u d o r p e r a a d i t i m r e p é o ã N : : . s o i r á t i c i l b u p s o i c n ú n a s o d r o e t o l e p o m o c m e b , s o d a n i s s a s o g i t r a s o n s a d i t n o c s e õ i n i p o e s e õ ç a m r o f n i r o p a z i l i b a s n o p s e r e s o ã n m o c c e t r A A : :
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fique por dentro den tro
pág. 8 direito na web pág. 10 bloguices
portfólio
pág. 12 agência: Euro RSCG 4D pág. 18 freelancer: Alex Leão
matéria de capa
pág. 20 entrevista: José Bessa pág. 28 tipografia na web: como garantir o sucesso estético e funcional de seu projeto e-mais
pág. 39 debate: o poder das comunidades pag. 46 como administrar o tempo
com a palavra
pág. 58 pág. 60 pág. 62 pág. 64
experience design: Claudio Toyama Toyama marketing: René de Paula Jr. Jr. bula da Catunda: Marcela Catunda webdesign: Luli Radfahrer
6 :: emails
Assunto: Novidades para março
Assunto: Segurança na web Gostaria muito que vocês explicassem como fazer para sabermos se o site em que estamos é realmente seguro ou não. Sei que quando nós clicamos no cadeado que aparece no canto direito da página, há informações de certificados de segurança. Mas acabei de ler uma matéria sobre isso e já estão falsificando as informações bem como os cadeados que aparecem (“Curiosidades: Golpistas usam certificados digitais para phishing”, site Infoexame). Ah, já ia esquecendo: sou leitora da Webdesign Webdes ign faz pouco tempo, acho que seis meses. Gosto muito da revista, mas às vezes não entendo nada de programas e de certas palavras. É, eu sei que tenho que fazer um curso bom de webdesign, mas não tenho condições de “bancar” com as mensalidades. Aqui, os cursos são caros. Vocês não teriam uma dica para me dar? Sou iniciante. Juliana de Souza
[email protected]
Olá, Juliana. Na edição 21 (setembro), fizemos uma longa abordagem sobre o tema “Segurança”. Inclusive, há dicas de como identificar os sites “seguros”. Como você está iniciando, uma boa pedida é ler a “Cartilha de Segurança para Internet” (http://cartilha.cert.br/), preparada pelo CERT.br. Sobre cursos, você pode conferir os anúncios publicados nesta edição.
Parabéns pela organização do evento e pela maravilhosa revista. Gostei muito da estética da última edição, estava mais bonita que o habitual. Tenho uma sugestão: por que vocês não deixam uma página como mural de empregos, onde as empresas divulgam que tipo de profissionais estão precisando e informações para contato? Estou com uma dificuldade tremenda para encontrar algum profissional com conhecimento em WebStandards em Ribeirão Preto. Se essa seção existisse, seria muito mais fácil para as pessoas que passam pela mesma situação. Sucesso a vocês e até a próxima edição :-) Caio Vinícius
[email protected]
Olá pessoal, com certeza não tem como se lembrar das pessoas que mandam sugestões, pois creio que sejam muitas. Mas já enviei “algumas”, rsrsrsrs. A de hoje não é específica sobre webdesign, nem programação, e acho que pode chamar as pessoas a comprar a revista. A idéia é manter uma lista de empregos na revista, se possível os tão falados empregos à distância, porém quase nunca vistos. A maioria dos profissionais (isto inclui eu) procura este tipo de emprego. Portanto, seria uma boa para os leitores e para a revista ter algo do tipo. Valeu e até mais. []’s Juliano Nunes
[email protected]
Caio e Juliano, a participação de vocês sempre é fundamental para que nosso trabalho evolua. Depois do Bloguices (páginas 10 e 11) e da nova diagramação, vamos trazer em março mais uma novidade: uma seção chamada
“Métricas e Mercado”, onde publicaremos novidades sobre emprego e estatísticas atualizadas sobre e-commerce, hospedagem, segurança, navegadores, domínios etc. Qualquer sugestão adicional, fale conosco pelo site da Webdesign. Assunto: Cadastro de portfólio Na edição 24, havia um pequeno comentário sobre uma “divisão” feita no cadastro de portfólios. Mas não encontrei essa divisão no site. Fiz o cadastro, mas até agora nunca recebi um informativo sequer da revista, até para confirmar o cadastro. Tenho interesse em participar na parte de portfólio calouro! Um forte abraço, Roberto Fernandes
[email protected]
Estou enviando esse e-mail por uma dúvida. Sou novo na profissão de webdesigner e não tenho um portfólio grande. Então, gostaria de saber melhor como funciona o cadastro de portfólio do site. Espero respostas, Danilo Carvalho
[email protected]
Olá, Roberto. Implementamos essa “divisão” em janeiro. Por favor, visite o site da revista (www.arteccom.com.br/ webdesign) e confira as mudanças. Seu portfólio foi cadastrado com sucesso. Essa área gera uma grande demanda e mensalmente vamos analisando os profissionais e as agências cadastradas. Aguarde! Danilo, para cadastrar seu portfólio, basta entrar no site da revista e preencher seus dados no formulário localizado no lado esquerdo. Boa sorte!
fale conosco pelo site www.arteccom.com.br/webdesign :: Os emails são apresentados resumidamente. :: Sugestões dadas através dos emails enviados à revista passam a ser de propriedade da Arteccom.
Assunto: Freelancer organizado Adorei a seção de downloads! Minha vida de “freela” ficou muito mais organizada. Parabéns a toda equipe ‘Webdesign’. Cosme
[email protected]
Oi, Cosme. A idéia é essa: ajudar nosso leitor em sua caminhada profissional. Lembrando que na seção “Downloads”, do site da revista, é possível obter os seguintes modelos: tabela referencial de custos de site, modelo de briefing, contrato de prestação de serviços de desenvolvimento de site, proposta e pesquisa de satisfação. Assunto: 11º EWD Parabéns pelo excelente EWDSP! O mercado de webdesign realmente carece de ótimas iniciativas como esta. Isso só fortalece nossa profissão. O evento estava muito bem organizado, desde o local, stands e palestras. Aliás, excelentes palestras. Para terminar com chave de ouro, as premiações mostraram o que está sendo feito de bom neste mercado. Mais uma vez parabéns e muito sucesso a Arteccom! Tercio Strutzel
[email protected]
Oi, Tercio. Muito bom receber esse tipo de feedback, pois assim temos um parâmetro sobre a qualidade dos eventos. Aproveitamos para anunciar que a 11ª edição do EWD começará em maio. O novo site do evento já está quase pronto.
8 :: direito na web
Plágio Acho que a revista deveria falar sobre plágio na internet. Salve os criadores e diga não à pirataria. Bruno Neves -
[email protected]
Marianna Furtado é advogada com pós-graduação em Direito da Propriedade Intelectual pela PUC-Rio. Atualmente, pertence à equipe do escritório Montaury Pimenta, Machado & Lioce Advogados. Envie sua dúvida para:
[email protected]
Muitas pessoas confundem a prática de plágio com a de reprodução ou cópia desautorizada de uma determinada obra. De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2000), Plagiar significa: “1. apresentar como da própria autoria (obra artística, científica etc. que pertence a outrem); 2. fazer imitação de (trabalho alheio)”. Assim é preciso esclarecer que plágio não é necessariamente uma cópia servil, idêntica de obra alheia. O plágio é uma prática de caráter ofensivo maior do que a cópia, vez que, ardilosamente, o plagiador apodera-se da criatividade da obra de um terceiro, disfarçando-a para que aparente ser uma obra nova. Por isso, a diferenciação entre as modalidades de infração em “usurpação” e “contrafação”. Na usurpação, o infrator apresenta como sua obra de outrem, furtando do verdadeiro criador a sua autoria. Na contrafação a obra não é simplesmente copiada e sim recomposta de maneira a aparentar ser obra nova autônoma daquela em que serviu de origem para o plágio. Entretanto, há que se destacar que não constitui prática de plágio os casos em que ambas as obras - mesmo possuindo semelhanças oriundas das características comuns daquele determinado objeto - possuam cada uma criatividade própria.
Certo é que o elemento determinante na identificação da ocorrência da prática de plágio é o fato de que nenhuma criatividade oriunda do intelecto do então plagiador é acrescentado àquela criação a que se recorreu para criar a “obra-plágio”, aproveitando-se a própria estruturação ou apresentação do tema da obra original.
Caçando os e-plagiadores "Vasculhar a internet em busca de conteúdos semelhantes ou copiados sem autorização prévia é o ob jetivo principal do Copyscape ( www. copyscape.com). Trata-se de uma ferramenta de busca que pode ser utilizada para acompanhar os caminhos de um conteúdo publicado e descobrir se foi plagiado por algum website. O sistema também pode ser usado para localizar citações legítimas de conteúdo online." Fonte: InfoGuerra (www.infoguer (www.infoguerra.com.br) ra.com.br)
10 :: blog
Bloguices
By Margarida Flores
[email protected]
E como diria Jorge Benjor em Fevereiro tem carnaval. Janeiro é um mês que nasce morto. Nada pra fazer senão esperar o mundo voltar de férias enquanto o sol brilha para quase todos. Mas, ao contrário do lado daqui, o mundo Nasdaq não descansa, e quem vive a rotina digital não pode deixar de ler e saber que, deu pau na Nasd aq, o mundo www explode. E toma tabela. Pior que decorar ta buada. Quem vive a rotina digital não pode de ixar de ler e conhecer o site mãe do mundo virtual, uma bolsa de valores em corre tores. http:// www.nasdaq.com/ - Fonte - By my self
Luzes! Câmera! Google!?! Como se não bastasse mandare m em um bom pedaço da internet, agora o Google vai entr ar com pipoca nas salas de cinema bancando um filme independente. Serão dados US$ 500 mil a Reid Gershbein para que o cineasta possa terminar Broken Arrows. O roteiro narra a trágica história de um homem que perde sua mulher em um ataque terrorista e por conta disso resolve sair por aí fazend o justiça com as próprias mãos. - Fonte by Magnet
Portas e Windows Escancaradas para 2006 Dizem que se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Mas os caras do Internet Storm Center (ISC), do SANS Institute, não pensaram assim e lançaram um SOS:Se você é um feliz ou infeliz usuário do sistema operacional Windows, corra para instalar a correção de segurança não oficial imediatamente, tipo agora. A coisa toda é pra proteger você de ataques como os via e-mail compost os por títulos como “happy new year” (feliz ano novo) , com um arquivo “HappyNewYear.jpeg”, “HappyNewYear.jpeg”, que ao contrár io de um voto de felicidades pra 2006 se trata de um arquivo WMF corrompido . A história agor a é a seguinte , nem os JPEG estão li vres do WMF. WMF. Resumindo, que se lixem os cartõezinhos de natal bonitinhos, deleta essas porcarias. Telefone tá aí é pra ser usado. Leia e entenda você mesmo o boletim da Microsoft: http://www.microsoft.com/technet/security/ advisory/912840.mspx advisory/912 840.mspx . - Fonte by IDG Now
Tem uma Boquinha aí pra mim? E não é que na Chin a jogar virou emprego? Em turnos de doze horas os sortudos chamados de “Fazendeiros do Ouro” se revezam enquanto brincam com jogos. A nova modalidade de mão-de-obra nada mais faz do que queimar etapas e vender personagens de games. São os mercenários do “start”. Eles enfrentam as mais sangrentas batalhas, sofrem nas mãos impiedosas de monstros, caçam os mais valiosos tesouros e depois vendem pra você. É isso mesmo, senhoras e senhores, é a terceirização chegando ao mundo dos games, inclusive os multi players. Se esse trabalho dá dinheiro? Por lá os caras tão tirando unsUS$ 250 por mês. Tô dentro. Fonte by Folha Online
blog :: 11
Nova seção!
LINKS BRINDES
A partir desta edição as notícias da seção clipping serão dadas por
Tá com sono? Tá com fome? Tá c om dengue?
Margarida Flores!
Links brinde, em 2006 mais entretenimento pra vocês.
Todos os links estão no site da revista.
Prêmio Selo RIOfazDESIGN 2006. O Selo RIOfazDESIGN é um prêmio conced ido a empresas e instituições instaladas no Estado do Rio de Janeiro que utilizam com regularidade o design como ferramenta em seus diversos setores e níveis de atuação: impressos e meios de comunicação, equipamentos e veículos, uniformes, embalagens, produtos e tudo mais que der pra fazer design. O Prêmio se divide em 7 categorias categorias.. Quem ganhar terá o direito de utilização do Selo RIOfazDESIGN 2006, um atestado de diferencial de qualidade e o direito de participar da III Exposição RIOfazDESIGN. As inscrições vão de 4 de janeiro a 4 de fevereiro de 2006. Pra saber mais:
[email protected]
Time elege as melhores fotografias de 2005
Esse é bisonho: plástico bolha. Estoure as bolhinhas e é só. Ploct! http://www. bossmonster.com/games/bubblepop.html A pirataria tá comendo solta por aí, mas um seleto grupo de artistas nem deveria se preocupar com isso. http://www.zonicweb. net/badalbmcvrs/index.htm Vai dizer que não lembra daquelas baladas Vai que os Scorpions faziam nos anos 80? Pode confessar, fala baixinho, ninguém vai ouvir. Músicas que embalaram namoros, violentos rompimentos, aquela profunda sensação de que ninguém te ama, ninguém te quer quer.. Aqui uma versão acústica. http://crass.on.ru/ flash/bbird.html Alô? Alô? Alô? De onde falam? Em vez de atender o telefone normalmente, as pessoas levam à orelha os objetos mais variados e incomuns do planeta como animais, monitores de computador, cestos de lixo e muito mais. Área especial para brasileiros. Cheque pra rir. http://www.sidetalkin.com/ photos.html
FLASH BACK
Veja você mesmo e não se choque. Nem tudo são flores no mundo.
DOCES LINKS DO PASSADO.
Uma dica, lencinhos de papel em mãos porque a coisa não vai ser fáci l.
Dificuldade em se expressar? As pessoas dizem que você é insensível demais? Não se preocupe. Isso tudo pode simplesmente ser dificuldade em demonstrar emoção nas suas expressões faciais. Emotion Eric demonstra exemplos práticos para você. Entre nesse link pré-histórico e aprenda com o mestre:
Vale a digitação http://www.time.com/time/yip/2005/
Previsões de Michel L ent para o Web New Year Year 1. Os salários dos publicitários com conhecimento de internet vão inflacionar. Nas grandes agências, estes salários irão se equiparar ou passar os salários dos publicitários ‘tradicionais’. 2. Veremos um movimento migratório de contas online indo para agências especializadas. especializ adas. Grandes clientes, deixando grandes agências tradicionais sem expertise em interactive, buscando agências focadas neste ferramental. 3. Até o final de 2006, 2 ou 3 novas agências especializadas especializadas em online ganharão grande destaque no mercado brasileiro. Se transformarão em ‘hot shops’ queridinho s do mercado, num movimento parecido com o que já acontece nos Estados Unidos e Europa. E tem mais previsões. A fonte é do próprio. Digite e leia em http://www.lent.com.br/viu/
Dê olho nas prateleiras. Chega ao Brasil o Manual do Estil ista Tá na moda ler. ler. Aliás, sempre esteve . Não esqueça então (se o assunto te interessar) de ler Fashion Design - Manual do estilista, da britânica Sue Jenky Jones, uma bíblia para estudantes e interessados no tema. Completíssimo.
http://www.emotioneric.com
RÁDIO DO MÊS O papa é pop. O pop é caribenho. http://www.more94fm.com/
NOTA IMPORTANTE Margarida Flores sofre ataque de amnésia. Margarida Flores sofre ataque de amnésia. Perdi a cabeça e minha senha do Hotmail. E quem consegue decorar tanta senha? Eu não. Cadastrei e esqueci mesmo. Isso que dizer que, o
[email protected] já era. Quer mandar uma email com dicas, elogios, elogios, elogios, elogios ou divulgar o seu evento, se for legal eu falo dele. Mande para:
[email protected]
Teu Blog é le gal?
Manda o link. Dose dupla de prediletos. http://catarro.blogspot.com/ http://www.gardenal.org/ressacamoral/
12 :: portfólio agência - Euro RSCG 4D
O RECONHECIM RECONHECIMENTO ENTO INTERNACIO INTERNACIONAL NAL DO TALENTO TALENTO BRASILEIRO BRASI LEIRO
Eles estão de olho em nosso talento. Não, a redação da revista Webdesign não foi contaminada pela mania de perseguição. É apenas uma constatação do crescente sucesso que os profissionais de internet no país vem fazendo no mercado grin go. Um bom exemplo desse cenário faz parte da história da Euro RSCG 4D (www (www.eurorscg4d. .eurorscg4d. com.br) no Brasil. “A agência surgiu em 1999 . Eu e minha sócia, a Roberta Raduan, tínhamos uma produtora de web (WBD) e prestávamos serviço para alguns clientes, entre eles a Intel. Foi por causa de uma promoção na internet que desenvolvemos para eles que o grupo Euro RSCG nos conheceu, gostou do nosso trabalho e nos convidou para fazermos parte da rede. Na época, chamamos Euro RSCG Interactive, depois Interaction e, há dois anos, somos 4D”, revela Alon Sochaczewski, sócio-diretor de criação da agência. A inclusão do termo “4D” foi uma estratégia ocorrida globalmente. “Ela representa mais do que uma troca de nome. Os 4D falam de quatro disciplinas que atuamos hoje em dia: Digital, Direct (Marketing Direto), Drive (promoções, ações no ponto de venda, eventos) e Data (trabalho inteligente com banco de dados). Ou seja, hoje nossa agência e as outras 44 do grupo Euro RSCG 4D fazem Marketing Services, integrando essas disciplinas e entregando um trabalho coeso e sempre muito criativo”, define.
portfólio agência - Euro Euro RSCG 4D :: 13
“(A bolha da internet) foi uma overdose de desinformação, apostas despropositadas na web, tudo totalmente fora de controle, o que prejudicou demais o desenvolvimento da internet no país” Furando a bolha
O ano de 2001 deixou marcas profundas em alguns profissionais que trabalhavam com internet na época. Esse período ficou conhecido como “ bolha da internet ”, quando a supervalorização das empresas pontocom acabou se tornando um grande desastre comercial, após o boom ocorrido entre 1999 e 2000.
Bolha da internet
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A entrada do século XXI foi um momento de força na Internet. O bug do milênio não gerou prejuízos e grandes empresas da era virtua l que nasceram de pequenas idéias como Hotmail, Google, Yahoo e Amazon contabilizaram lucros antes impensáveis. Ao mesmo tempo, teve início o tempo das grandes fusões de empresas, como a reunião dos g rupos AOL e Time-Warner. A chamada “Bolha da Internet” estava inflando e não demoraria muito a esto urar. Fonte: Terra Tecnologia (http://tinyurl.com/cx76q)
“Enfrentamos a bolha da internet e, nessa época, as pessoas não tinham noção alguma de como a tecnologia podia trabalhar para as suas marcas. Foi uma overdose de desinformação, apostas despropositadas na web, tudo totalmente fora de controle, o que prejudicou demais o desenvolvimento da internet no país. Mas sempre fomos muito sérios e comprometidos com o negócio dos nossos clientes, por isso passamos por aquele período e estamos aqui hoje, fortes e crescendo e, melhor, ganhamos o respeito respeit o e a admiração do mercado” mercado”,, afirma Alon. 2005: o ano das premiações
Dentre as principais realizações já alcançadas pela agência, Alon diz que manter um crescimento constante
durante os seis anos de existência é uma grande conquista. Ele destaca também as importantes premiações recebidas ao longo desse tempo. “O ano de 2005 foi, particularmente, um período de grandes conquistas, com mais de 60 prêmios ganhos em festivais nacionais e internacionais. Em Cannes, que é o Oscar do nosso mercado, levamos cinco leões e fomos a terceira agência interativa mais premiada do mundo. No Brasil, também fomos a agência do ano no Prêmio About, e a mais premiada no A BANET BANET,, que reconhece cases e não peças isoladas. Destaco também os dois prêmios AMAUT AMAUTA A que recebemos, o mais importante festival de marketing direto da América Latina”. Mas nem só de prêmios vive uma agência. “Outro destaque importante foi a conquista da conta das cervejarias Kaiser, um cliente muito aberto, maduro, que nos possibilitou colocarmos no ar grandes campanhas e projetos”, diz. Liberdade para se atingir a criatividade Uma dúvida muito comum de quem inicia na profissão envolve a formação de uma agênci a web. Na Euro, o perfil é bem variado. “Temos “T emos vários perfis dentro da a gência. Desde o fera em tecnologia, ao expert em mídia, passa ndo pelo profissional de atendimento, planejamento, pelos criativos - diretor de arte, redator redator.. Sempre oferecemos palestras e possibilidades para nossa equipe reciclar seus conhecimentos conhecimen tos e incentivamos isso o tempo todo. No mais, nosso time também trabalha integrado, ou seja, buscamos quebrar a divisão de trabalho on e off-line e incentivamos a todos trabalharem em todos os jobs da casa”, explica Alon. Um aspecto fundamental para estimular a criatividade/ produção dos profissionais que trabalham na agência
14 :: portfólio agên cia - Euro RSCG 4D
“Sempre oferecemos palestras e possibilidades para nossa equipe reciclar seus conhecimentos e incentivamos isso o tempo todo” CASES
Kaiser - Videokast www.kaiser.com.br
www.eurorscg4d.com.br
envolve o planejamento do ambiente físico (estrutura, decoração, computadores etc). “O que damos aos nossos profissiona is é liberdade. Liberdade para colocar pôsteres pela agência, para decorar seu ambiente de trabalho, para fazer suas pesquisas e dividir com o grupo as novidades que descobriu. Acredito que isso é motivador e ajuda a turbinar sua criatividade. criatividade. Também propiciamos um a mbiente alegre, jovial, um ambiente de equipe mesmo”, revela. Segundo Alon, o estímulo à criatividade representa o segredo para uma agência sobreviver no disputado mercado de internet. “Criatividade é a palavra-chave, é o nosso ‘segredo’ e o motivo pelo qual estamos aqui, crescendo, conquistando prêmios e clientes”, completa. E tudo isso vai ajudar também na consolidação dos diferenciais diferenc iais da agência. “Somos uma agência que faz Marketing Services, ou seja, não temos uma solução pronta para nossos clientes. Eles nos trazem seus problema s de comunicação, nós olhamos para ele e levamos a solução ideal, que pode ser na internet, ou uma promoção, uma ação no ponto de venda, um evento, ou tudo isso junto, integrado. Temos diversas ferramentas e as usamos conforme a necessidade do cliente naquele momento. Trabalhamos comunicação integrada, sempre de forma muito criativa e ousada”, aponta.
Dando continuidade as inovações realizadas, em agosto de 2005, no site sit e da cervejaria Kaiser, Ka iser, a Euro RSCG 4D implementou, no começo de janeiro, a tecnologia videocast, rebatizando-a de videoK ast, com “K” de Kaiser. Para quem ainda não sabe, videocast são arquivos de imagens transmit idos pela web. No caso do site da Kaiser, a tecnologia permite que as pessoas transformem fotos em um vídeo dinâmico, editando-o com efeitos especiais, trilhas e outros recursos.
portfólio agência agência - Euro Euro RSCG 4D :: 15
A ferramenta para edição do videocast foi desenvolvida pela agência. Entre as vantagens, o usuário pode salvar seu videocast durante a produção, inserir frases (letterings), fazer quantos videocasts quiser e enviá-los por e-mail para os amigos, dividindo com eles seus melhores momentos.
Garota Veet www.veetbrasil.com.br/garotaveet
A Reckitt Benckiser tinha como objetivo rejuvenescer o posicionamento dos seus produtos depilatórios Veet no mercado brasileiro. O objetivo da empresa era modernizar o produto, a partir de uma campanha que falass e, principalmente, com garotas a partir dos 13 anos, época em que se inicia a depilação juntamente com a primeira menstruação.
Diante disso, a Euro RSCG 4D recebeu a missão de desenvolver o site do “Concurso Garota Veet”, criado para ser a principal ferramenta de votação no concurso e principal mídia para as candidatas buscarem votos. O planejamento de mídia não poderia ter sido melhor: o site atingiu cerca de 70 mil cadastrados que vo taram nas garotas participantes do concurso. O site contou com 69 mil votos via internet e 750 votos por celular (SMS), além da inscrição de 700 garotas, das mais diversas cidades do Brasil.
16 :: portfólio agência - Euro RSCG 4D
CASES
Nokia Trends www.nokiatrends.com.br O Nokia Trends Trends é uma plataforma de marketing baseada na música e na arte multimídia, criada em 2004 para estimular as novas formas de consumo de informação por meios eletrônicos, não só tradicionais, mas, sobretudo, os móveis. A Euro vem cuidando do desenvolvimento do site desde sua primeira edição (2004). Criado para ser um elemento complementar na divulgação do evento, o site fez tanto sucesso que acabou se tornando a principal ferramenta de comunicação entre o Nokia Trends e seu público-alvo, justamente pelo fato de ilustrar, de maneira ampla, o conceito do evento. Os números refletem esse sucesso: no mês da última edição do evento, em setembro de 2005, o número de page views saltou de 200 mil para 718 mil (um crescimento de 257%) . No mesmo período, o número de visitas teve um acrés cimo de 235%. Numericamente, o valor de visitas subiu de 37 mil para 125 mil. Em números de visitantes únicos, compreendido entre agosto e setembro, o aumento fo i de 32 mil para 110 mil, representando alta de 245%.
18 :: portfólio freelancer - Alex Leão
Site: www.aldesig www.aldesigner.com.br ner.com.br Email: info@aldesigner
[email protected] .com.br
Colocando a Bahia no mapa do design na web A expansão do acesso à internet pelo país com eça a colher seus frutos. Um deles vem de Salvador, Bahia, e envolve o design na web. “Meu interesse pela área surgiu quando a internet chegou lá em casa. Lembro bem quando vi a web pela primeira vez, por vo lta dos 12 anos, em um curso de informática avançado. Pensei ‘que negócio é esse, coisa de maluco...’, mas fascinava. Mal sabia que pouco tempo depois ia começar a brincar de fazer sites”, relata Alex Leão.
www.aldesigner.com.br
A brincadeira se tornou algo sério e o baiano iniciou sua caminhada neste mercado tão disputado. “Em 2003, consegui um estágio no SERPRO, onde aprendi o famoso Flash, que até então era quase uma incógnita para mim, e me aperfeiçoei no Fireworks, Dreamweaver e programação ASP com SQL Server”, lembra. Além disso, Leão resolveu investir em alguns trabalhos não remunerados para tornar seu trabalho conhecido. “Dentre os que fiz, posso citar o Style Host, ScriptBrasil e F1 Mania. Com isso, comecei a ter mais visibilidade e contatos. O resultado foi a conquista de projetos remunerados. O Esporte Clube Bahia (http://www.ecbahia.com.br) foi o mais importante pela alta visibilidade aqui no Estado”. Mas o melhor ainda estaria por vir vir.. Em 2005, seria
www.meligeni.com.br
a vez do desenvolvimento da nova versão do site do tenista Fernando Meligeni. “O contato surgiu com a pessoa que atualizava o site (Thiago). Ele tinha sido um cliente meu, através da criação de um layout para um portal de tênis, que gostou do meu trabalho e me indicou para a empresária do Meligeni”, revela. Para chegar no modelo atual do site, ele precisou desenvolverr três esboços de layout. “Tivemos uma constante desenvolve troca de idéias (através de Messenger e e-mail) para definir qual seria a estrutura e o orçament o final. A princípio pensei em um site com as cores do tênis e Brasil (verde, amarelo e um pouco de azul), que retratasse a nacionalização do Fernando. Mas a empresária e sua equipe queriam algo diferente e sugeriram um azul. Segui a linha de um site ‘flutuante’ com bordas arredondadas e tons fortes”, conta. O esforço de Leão seria reconhecido: o projeto foi vencedor da categoria Pessoa Física do prêmio Plugin Website Websi te Awards 2005 (http://concurso.pl (http://concurso.plugin.com.br). ugin.com.br). “Uma das grandes sacadas foi a criação do Espaço dos Tenistas, que funciona como um pequeno portal de informações sobre o universo do tênis e procura atrair usuários de forma permanente”, diz. Para o futuro, Alex diz que pretende investir cada vez mais em sua formação profissional. “Estudar, praticar e demonstrar que ser webdesigner é uma profissão importante que requer muita preparação e estudo. Passei para o último semestre do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Ruy Barbosa. Depois, pretendo ingressar em outro curso, Design ou Publicidade, ainda não sei qual, até lá decido, pois creio que ainda sou novo e tenho muito que aprender”.
20 :: entrevista - José Bessa
Os mais antigos não devem esquecer do Design de Bolso (http:// tinyurl.com/d7n4k), famoso manifesto experimental experimental - em forma de fanzine - produzido por Elesbão (José Bessa) e Haroldinho (Cláudio Reston), entre os idos de 1997 e 2001. Mas a quantas anda a produção da dupla? A curiosidade é tamanha e a resposta você confere a seguir. Isso porque conversam os com Bessa, que fala sobre a evolução do trabalho da dupla (atualmente, eles lapidam suas idéias no Visorama Diversões Eletrônicas - www.visorama.tv), analisa o atual momento do mercado de design, desmistifica o processo de criação e revela os novos desafios que virão. Boa leitura!
entrevista - José Bessa :: 21
“Passados esses dois primeiros anos do novo escritório, a percepção é de uma fase de amadurecimento, afinando a expressão do conjunto” Wd :: Em algum momento, o uso dos personagens “Elesbão e Haroldinho” prejudicou a conqui sta de pro jetos/clientes? Bessa :: Excetuando uma ou duas situações pontuais
no primeiro ano, creio que não tenhamos passado por qualquer impedimento, ou pelo menos algo que nos te nha sido externado. Se houve incompreensão ou má vontade, ela provavelmente partiu de minorias conservadoras dentre os próprios designers, procuran do isolar-nos em um nicho pitoresco, humorado, como galhofeiros sem a devida conotação profissional. Essa ignorância também pode advir do nosso afastamento das chamadas “panelas”. Um aspecto delicado, cuja percepção nos escapou nos primeiros anos, foi a compreensão do risco da apresentação de um escritório multifacetado, cuja proposta, pela amplitude, poderia facilmente ser vista como pretensiosa. Entendemos que era necessário setorizar a abordagem, com o foco inicial na solicitação do cliente, deixando para
capas das edições do Design de bolso
uma segunda etapa o esclarecimento de outras áreas de trabalho, facilitando assim a “digestão”. Wd :: De 2000, quando vocês se apresentaram no 1º Encontro de Web Design, para os dias atuais, quais foram as principais modificações ocorridas no trabalho da dupla? Bessa :: Entre 1997 e 2001, atravessamos um período de intensa produção e exposição, principalmente a experimental, e, a partir de 2002, um platô que apontava para a necessidade de repensar e reforçar a geração de c aixa, historicamente prejudic ada pela nossa indisposição para com os segmentos de prospecçã prospecção o e atendimento. Trabalhávamos apenas os dois desde o início, com a breve passagem de uma estagiária que nos fez perceber, perceber, por exemplo, o quão difícil era delegar den tro daquela realidade. Entretanto, era nec essário expandir para sobreviver sobreviver.. O ano particularmente fraco acel erou a busca de uma saída, encontrando caminho na proposta de uma produ-
22 :: entrevista - José Bessa
tora com a qual trabalhávamos, desejosa por nos unir ao departamento de arte para a composiç ão de uma empresa de design para mídia eletrônica. Assim surgiu, no início de 2003, a Visorama Diversões Eletrônicas. A despeito dos descumprimentos do proponente que prejudicaram sobremaneira esse início, o natural rompimento com a empresa, meses depois, nos deu a chance de caminhar por conta própria e abandonar definitivamente um jogo de interesses onde vale mais rebol ar para o mercado aplaudir. Não é o que pretendemos pretendemos.. Passados esses dois primeiros anos do novo escritório, a percepção é de uma fase de amadurecimento, afinando a expressão do conjunto. O portfólio ain da não é de nosso agrado, e é importante que essa percepção real, pragmática, sirva de objeto para extrairmos aquilo que trará brevemente a verdadeira cara da Visorama.
"A dinâmica do pixel permite abordagens estáticas e interativas, sem que isso necessariamente aponte para a similitude do impresso ou a pirotecnia computacional" Wd :: Nesta mesma apresentação, vocês enfatizaram que “...celulose é celulose, pixel é pixel...”. Apesar de não trabalhar com web, você podia apontar as principai s diferenças entre o design impresso e o online? Bessa : : É um bom momento para rever e destrinçar a
Pôster do Design de Bolso 8
afirmativa, aí um tanto resumida e ortodoxa. A dinâmic a do pixel permite abordagens estáticas e interativas, sem que isso necessariamente aponte para a similitude do impresso ou a pirotecnia computacional. computacional. O “papel eletrônico” já é uma realidade, cujo advento aproxima cada vez mais o byte ao pigmento. O ápice da tecnologia é não percebê-la. É importante o domínio técnico e conceitual do meio, precisan do a abordagem para um público e uma linguagem não necessariamente óbvias. Não somos extratos de estatísticas, mas usuários individualizados que dispensam a falsa intimidade automatizada.
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“A ‘travada’ funciona como o resfriado ou a ressaca: não há fórmula, apesar das receitas” Wd :: Em seu blog (www (www.bricabraque.com/blog), .bricabraque.com/blog), retiramos o seguinte pensam ento: “Criar é sofrer. Não criar,, é sofrer mais”. Como é o processo de criação de criar vocês? O que fazem quando ocorre uma “travada” no momento da criação? Bessa :: Não utilizamos conscientemente um método,
uma fórmula de criação. Trabalhamos em cima das sensações imediatas a partir do briefing, e discutimos a seguir os primeiros resultados para avaliar a participação da equipe, ou mesmo a mudança de responsá responsável vel ou de rumo. A “travada” funciona como o resfriado ou a ressaca: não há fórmula, apesar das receitas. Procuramo s nos afastar do ambiente para dei xar a cabeça despressurizar. Muitas vezes pode haver obsessão por um caminho sem potencial, bloqueando o pensamento para outras propostas. Wd :: Quais são as principais referências no trabalho da dupla? Bessa :: Nunca procurei identificar minhas influências, e não vejo relevância. Temo que alguma indicação, apontar um profissional ou processo histórico, teime por engessar ou preconceituar a percepção sobre o que eu produzo. Ousaria dizer que a identificação tende a acontecer com um design de exploração tipográf ica e da forma. Por certo já flertei com outros caminhos, mas, no apanh ado, é isso que sobressai sobressai.. Wd :: Ainda no seu blog (http://tinyurl.com/92ul5), há uma passagem que diz: “A tipografia é um feudo por natureza, e o potencial arrog ante entre seus entusiastas, enorme”. A interpretação de determinados tipos de fontes é a mesma de pessoa para pessoa? Como a tipografia influencia na transmissão da mensagem? Bessa :: Há uma consciência coletiva na sociedade contemporânea, mas a interpretação há de ser pessoal, ainda que determinadas convenções e preconceitos, muitas vezes travestidos como um ensino tipográfico, possam pas-
Página de Junho do calendário promocional da V.ROM, feito com o número “6”
Página-dupla para a centésima edição da revista francesa de design gráfico Étapes
24 :: entrevista - José Bessa
teurizar a percepção do designer. Nesse aspecto, curiosamente, o usuário leigo pode apresentar maior autonomia. É um dado para demonstrar o quanto devemos nos ater à pesquisa pessoal, à importância de nossa própria opinião, historicamente fragilizada por dogmas estrangeiros ou tantos professores-profissionaisfrustrados. É natural que se respeite a experiência alheia, mas é fundamental que o designer experimente e procure entender por conta própria como a tipografia funciona. A prática é fundamental para a consistência.
“A prática é fundamental para a consistência” Wd :: Falando ainda sobre esse assunto, você acha que a tipografia afeta o significado de uma palavra? Bessa :: Sobremaneira. A leitura não-verbal trabalha em paralelo,
e uma escolha impensada pode retardar a mensagem escrita. Ler Ler,, todos continuarão, mas o impacto será influenciado pela tipografia.
Cartaz-proposta para a 25ª Bienal de Artes de São Paulo
“O verdadeiro profissional absorve e compartilha, para que o mercado cresça, o nível melhore e todos sejamos mais respeitados” Wd :: Nos projetos Design de Bolso e Tipopótamo, vocês colocaram em prática a busca por “novos caminhos de expressão”. Como você analisa a atual produção de design no Brasil? Bessa :: Não acompanho a produção nacional como um todo, mas
tenho a felicidade de conhecer novas e vigorosas expressões como o Buraco de Bala (www.buracodebala.com ) - e a Família, Colleti vo (www. colletivodesign.com.br), Nitrocorpz (www.nitrocorpz.com) - entre outros, gente cujo talento e consciência profissional são proporcionais. Os próprios eventos estudantis aumentaram qualita e quantitativamente, gerando mais discussão e promovendo um intercâmbio necessário a um país continental e fragmentado. Há muita gente competen te, mas é importante observar que rotineiramente o vigor acaba encapsulado pela reprodução de linguagens e tendências abraçadas pelo mercado publicitário. Mais e melhores profissionais surgem à medida que a profissão e a infor mação se expandem, mas o resultado ainda é tímido para o usuário final. É algo que leva tempo.
Vinheta de abertura do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, o Curta Cinema 2005
entrevista - José Bessa :: 25
É fundamental que o designer ou qualquer outro profissional tenha postura para negociar, relutar e saber onde dói o próprio calo, e que, acima de tudo, deixe a informação circular: de nada adianta proteger seus processos atrás de mecânicas obscuras e feudos intelec tuais para a masturbação dos colegas. Repasse o aprendizado, compartilhe soluções. Ninguém é melhor por conta de um programa ou macete, isso é bobagem. O verdadeiro profissional absorve e compartilha, para que o mercado cresça, o nível melhore e tod os sejamos mais respeitados. E aquilo que você ensina hoje pode ser reprocessado e retornado amanhã. Todos gan ham.
“Não quero viver de passado, mas permanecer produtivo para que o meu discurso di scurso represente um momento atual e sincero” Uma das três paredes feitas para o ambiente (corredor) da arquiteta Vera Rupp no Casa Cor 99, utilizando poesias do Antônio Cícero
Wd :: Quais são os projetos futuros da dupla? Bessa :: Queremos lançar a última edição do Design de Bolso, fe-
chando o ciclo, e um livro-portfólio que abrace toda a produção entre 1997 e 2002, fechando aquela tampa. É importante pontuar e entender o presente, e o que pretendemos daqui em diante. Não quero viver de passado, mas permanecer produtivo para que o meu discurso represente um momento atual e sincero. Estudar é preciso.
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28 :: tipografia na web
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Como sabemos, o desenvolvimento de um projeto de internet envolve algumas etapas (planejamento, c onteúdo, design, tecnologia, entre outras). Na fase do design, é comum o foco dos debates entre os profissionais recair sobre temas como cores, layouts, imagens, arquitetura da informação e usabilidade. E a tipografia? Qual seria sua importância dentro deste contexto, ou seja, como ela ajudaria a alcançar o objetivo do site? “Ela é um dos fatores determinantes da personalidade de um projeto gráfico, independente em que mídia ele seja executado: impressa, eletrônica. A escolha da tipografia é determinante, tanto pelo aspecto estético, quanto pelo aspecto funcional”, diz Michel Lent Schwartzman, designer gráfico e sócio-diretor da agência 10’Minutos (www.10minutos.com.br). Ou seja, uma boa tipografia vai garantir unidade gráfica, determinando legibilidade, estilo e originalidade a uma peça gráfica. “Por isso, é importante estudar e conhecer tipografia tão a fundo. Antes do computador, desenhar uma família tipográfica era um processo meticuloso e detalhista, o que contribuía para a qualidade geral
“Tipografia: um dos fatores determinantes da personalidade de um projeto gráfico”
Michel Lent (10’Minutos) da tipografia. Hoje, com a facilidade oferecida pela tecnologia e a distribuição em massa pela internet, é comum se encontrar fontes com péssimo design e erros grosseiros. grosseiros. É claro que ainda existem, e sempre irão existir, diversas fontes modernas muito bem desenhadas e de alta qualidade, afinal o computador não impede de forma alguma que o processo tipográfico continue sendo meticuloso, detalhista e bem trabalhado, mas é preciso saber identificar as verdadeiras obras tipográficas em meio a tantas opções dos mais variados estilos e padrões estéticos”, alerta Gui Borchert, diretor de arte da agência R/GA (www.rga.com). Outro fator a ser considerado envolve a influência que a tipografia exerce na transmissão da mensagem. “A tipografia é voz em forma de imagem. Não só influencia como também determina o tom e a própria forma
tipografia na web :: 29
Como garantir o sucesso estético e funcional de seu projeto
de se comunicar uma mensagem. A tipografia é um dos elementos mais importantes em um projeto gráfico, quase um projeto à parte, se considerarmos que antes de ser uma fonte, cada letra de cada família tipográfica foi criada e desenhada individualmente, dentro de um padrão estético definido pelo tipógrafo, em um processo que pode levar meses e até mesmo anos para ser completo”, explica Borchert. Lembrando ainda que a interpretação dos tipos leva em conta a bagagem cultural da pessoa. “A interpretação varia de acordo com o contexto no qual ela está inserida e com a carga de informação que o receptor da mensagem tem para associar a fonte a alguma ‘lembrança’. Fontes handscript ou handwrite remetem a coisas infantis. Ao encontrar um texto escrito com esse tipo de f onte, a pessoa ‘lembra’ da época em que estava na escola, aprendendo a ler, dos livros infantis que usam esse tipo de fonte etc. Mas, para que ocorra a associação, é necessário que o visitante do site já tenha e ntrado em contato com determinada família de fonte, por isso a interpretação pode variar. Mesmo variando, é possível ter uma garan-
tia de interpretação, pois as ‘lembranças’ do cérebro não vem de um único lugar”, analisa Rafael Apocalypse, designer gráfico e sócio-fundador do ideiadigital (www.ideiadigital.ppg.br). Fonte mais indicada: com ou sem serifa? Uma pergunta muito comum é se existe um tipo ideal para uso na internet. A escolha vai depender do projeto a ser desenvolvido. “Qual é a finalidade dessa fonte? Texto? Título? Subtítulo? Legenda? É para leitura rápida ou lenta? São estas e muitas outras perguntas que devem ser feitas para se escolher uma fonte mais adequada”, argumenta Marcio Shimabukuro, criador do laboratório digital tipográfico experimental Tipograma Fontes (www. tipograma.com.br). As dúvidas se tornam mais freqüentes quando falamos de fontes com ou sem serifa. “Existem estudos que indicam a tipografia sem serifa para web, pois muitas serifadas, em um tamanho reduzido, geram manchas desagradáveis em suas letras. Não acredito que isso seja uma regra e nem que haja algo mais ou menos indicado para esta mídia. Tudo vai depender da finalidade do site”, exp lica Marcio. Marci o.
30 :: tipografia na web
"A tipoGrafia e v o z em forma de imagem "
Gui Borchert (R/GA) A visão é compartilhada por Michel Lent, que aponta ainda que o ideal é que a fonte tenha sido desenhada para a tela. “Estas fontes já foram planejadas prevendo seu comportamento quando representada em pixels, que têm uma resolução muito menor do que a mídia impressa. O padrão de resolução em PCs é de 72 pontos por polegada, contra 150 pontos na impressão de jornal e 300 em revistas”, relata.
“Já existem tipos com serifa de boa leitura em tela, mesmo sem anti-aliasing”
Gui Borchert (R/GA) Porém, novos tipos estão surgindo para tornar a visualização da serifa melhor em monitores. “Já existem tipos com serifa de boa leitura em tela, mesmo sem anti-aliasing. É o caso da Georgia, do tipógrafo Matthew Carter, por exemplo, desenhada para a Microsoft especificamente para leitura em tela. A exibição de fontes na tela vem evoluindo gradativamente. As técnicas de anti-aliasing estão se desenvolvendo significantemente significantemente e a qualidade do texto em tela vem de certa forma se aproximando cada vez mais da tipografia impressa. Por isso, acho que o que irá determinar a tipografia escolhida, assim como em outras mídias, será justamente o projeto em si, e não o fato de ser ou não para web”, afirma Gui Borchert. No tutorial “Web Typography Tutorial”, Nadav Savio aborda justamente esta questão e explica que o problema envolvendo a tipografia online não envolve a web em si, mas a forma como elas são dispostas em diferentes telas. Então, como resolver esta situação? “O designer não deve pensar apenas na mensagem
e em como transmiti-la, mas também nas limitações específicas desse meio. Toda fonte usada no site deve estar instalada no computador do visitante. Caso contrário, o browser irá usar a fonte default para exibir o texto e o efeito planejado pelo designer será perdido. Quer dizer que estamos limitados ao escolher tipos para web? De uma certa forma, sim, mas a tecnologia nos permite diversas outras maneiras de conseguir os efeitos desejados e usar a fonte que quisermos. Técnicas de image-replacement , via CSS, ajudam muito na hora de usar uma fonte diferente em um título. Outra alternativa, por exemplo, são os scripts server-side para gerar uma imagem, a partir de um texto dinâmico, usando uma determinada fonte disponível no servidor do site”, explica Rafael. Dessa forma, Borchert reforça a importância de se testar o projeto em diferentes monitores e resoluções, para ver qual será o resultado, e assim fazer os ajustes necessários. “Tenho uma visão otimista com relação ao
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Anti-aliasinG
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Técnica que adiciona pontos sombreados ao contorno da fonte (ou qualquer outra figura vetorial), de forma a borrar a imagem e tornar seu contorno mais suave. Fonte: Dicas-l (www.dicas-l.com.br)
Web TypoGraphy Tutorial
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Confira o tutorial do WebMonkey, em inglês, no link: http:// hotwired.lycos.com/webmonkey/01/45/index4a.html
mImaGe-replacement a e-re acement
Técnica, em CSS, muito usada para substituir textos por imagem, servindo tanto para facilitar o trabalho do desenvolvedor quanto para aumentar acessibilidade dos usuários. Fonte: Porão da Taberna (www.pdt.2ss.com.br)
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tipografia na web :: 31
assunto. Temos observado uma constante evolução da qualidade de exibição de tipografia em tela. A tendência é uma evolução gradativa que irá contribuir para a melhora da qualidade na exibição do design digital”, diz. Legibilidade e alinhamento do texto Além da fonte, outras questões influenciam o processo de escolha da melhor tipografia de um site. A primeira seria a legibilidade. “Não só na web, mas em qualquer mídia, existem inúmeros fatores que podem influenciar na legibilidade. O segredo é saber balancear padrão estético com legibilidade, para que o projeto, além de visualmente bem resolvido, seja também eficiente na comunicação”, aponta Borchert.
“Elabore um plano cromático que evite um mau contraste entre letra e fundo”
Marcio Shimabukuro (Tipograma Fontes) Para que isso aconteça, Michel recomenda que sejam respeitados os tamanhos para os quais as famílias foram desenhadas e evitar o uso de letras mui to pequenas e cores de fundo que ofereçam pouco contraste em relação à cor do texto. “Elabore um plano cromático que evite um mau contraste entre letra e fundo. Tanto o alto quanto o baixo contraste devem ser evitados”, acrescenta Shimabukuro. Outro aspecto envolve a definição do alinhamento dos elementos do site. “Ele costuma influenciar em muito a leitura. O ideal é que o texto seja desenhado de forma que permita uma leitura cadenciada e linear. Para isso é importante escolher um tipo de alinhamento e mantê-lo ao longo do texto, sem grandes variações”, relata Michel. “O ideal é utilizar o alinhamento à e squerda porque, além
tipos de alinhamento
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- À esquerda: visualmente mais confortável, pois resulta em comprimentos diferentes para cada linha e facilita o usuário a não se perder na leitura. - À direita: recomendado para parágrafos bem curtos, por alguma opção estética e não aleatoriamente. - Justificado: utilizado se o projeto pedir uma massa de texto quadrada ou retangular. - Centralizado: deve ser evitado para textos longos, pois dificulta bastante a leitura. Fonte: Curso Web para Designers
de representar a forma natural da escrita ocidental, forma um bloco consistente, marcando bem o começo e o fim do parágrafo”, completa Rafael. Combinando fontes no site Um dos recursos para tornar a leitura de uma página agradável está na combinação de fontes. Porém, é preciso tomar cuidado para que essa combinação não prejudique o projeto estético do site.
“Procuro não trabalhar com mais do que q ue três tipos de fonte em um projeto gráfico”
Michel Lent (10’Minutos) “Como a escolha das fontes ajuda a determinar a identidade do projeto gráfico, o ideal é que se determine um grupo de fontes que será respeitado durante o projeto. Novamente, não há uma regra específica, mas eu procuro não trabalhar com mais do que três tipos de fonte em um projeto gráfico. Geralmente, é uma para títulos, outra para texto corrido e uma terceira para detalhes especiais. Ao combinar fontes diferentes, procuro também alternar serifas e não serifas. Mas este é um pensamento
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mais clássico. Não dá para tomar como regra. Há projetos editorais brilhantes que fogem completamente a essa padrão”, revela Michel. “Em alguns casos, é preferível usar variações tipográficas dentro da mesma família ao invés de se introduzir uma nova tipografia que poderia afetar a coesão visual do projeto gráfico”, acrescenta B orchert. Ferramentas e dicas para se trabalhar com tipografia na web Algumas ferramentas podem ajudar o designer na hora de definir qual será a tipografia utilizada em seu pro jeto. Uma boa opção é o Typetester, criado pelo croata Marko Dugonjic (confira, no Box abaixo, detalhes sobre o Typetester), um aplicativo online que permite a comparação de fontes na tela. Mas as opções não param por aí. “Para a criação de fontes, existem programas específicos como Fontographer, TypeTool e Fontlab, por exemplo, que permitem a criação de fontes. Já no desenvolvimento de layouts usando tipografia, cada programa tem sua forma de lidar com as fontes, mas que de uma forma geral acaba sendo
T e e s s t t a a n n d o d o s e e u ( u w e w e b ) b ) t t B a te - p ap o: M i i p p o o ar ko Du
semelhante, como é o caso do Photoshop, Illustrator, Flash etc. Em relação ao gerenciamento de fontes, existem diversos programas, como o Suitcase, por exemplo, que permite testar testar,, visualizar, ativar e desativar diversas fontes sem sobrecarr sobrecarregar egar o sistema”, relata Borchert. Já para quem pretende se aprofundar no assunto, o especialista ressalta a necessidade do estudo contínuo. “Conhecimento tipográfico nunca é demais. Estude tipografia extensivamente. Desde a origem da escrita até tipografia moderna; da caligrafia as fontes bitmap; tipógrafos tradicionais a type foundries modernas. Procure estar por dentro de novas técnicas e novas famílias tipográficas, conheça as melhores type foundries, estude as diferenças de estilos tipográficos, analise cada letra profundamente, suas diferenças, variações, formas e detalhes. Não se limite a buscar somente fontes de graça na web. O preço que se paga ao comprar uma família tipográfica é um investimento justo, que além de garantir o tratamento gráfico ideal para o seu projeto, significa também apoio ao desenvolvimento contínuo de fontes cada vez melhores para todos”, afirma.
gon j jiic , pr of is s iona l de w eb # lef t Col) e c r r iador do T y da a gênc ia w y pet ester ( ht eb. bur za ( ht t t p: / p: / / / ty pet ester . m / / w w eb. bur za .hr ar atz.c om / ) / en / w w ho / is / mar a t z / W d : : C omo sur gi u a i déi a do T y pet est er ? ? M ar k o : : O T y y pet es t er f oi a e v o l uç ã o na t ur a l ne r s da a gên da f e r r c ia em que t r r a ment a de t aba lh o ( w ipos des env o w e b . bu r za) . T odo l v ida int er na m c oisa nov a. F s q e nt e pa r a os ui m e e mp o lg ue ex per imen de si gando c onside ta v a m o pr im r a v elment e n eir o model o, As sim, ac abe a p q e u d i a m ma i s a l g ela époc a pa r i f ic a ndo c om a atender tod uma u ma l o n ga l i s a c at iv o. Qu an s a t s a s d u ge st õe s. e f unc ionalida do ti nha c er c des e c omec e c a de 80% da i a pensa r ma s f unc ion ali d t o do mu n do . is ser iament e a d e s i m pl e m e sobr e o aplint ada s , dec i d i of er ec er o T W d :: C omo y y pet es t er de g o T y pet est er po r aç a pa r a de a j udar o t M a r k o : : T i p o r abal ho do w r g r a f i a p a r a a ebdesi gner ? ? w e b t e m m u e x i s t e nt e s i n s i t a s l i m i t a ç õe s . D e n t ta l ada s e m se r e ou t r a s : n e u c omput ado m t o do u s u á r e os nav ega r i o t e m t o da dor es não “r e s a s f o n t e s nder izam” as f ontes da me sma f or ma .
u r r i i o o s i i d d a d d e s
tipografia na web :: 33
C u r u r i i o s o s i d i d a a d d e e s s
P l la nt a P a a p i aqu á ir r o : o át t i ic : c a d a m e s s m d a T i ir a f amí l li i a r i i r ri i c c a ( C C y pe r ru s u s r ot u E r ra u t u nd u t i il l i i z u s z a d a pr s) ) . i i n pr od u c i i p al me nt u ç çã ã o d e e e e pape n a l l no E gi F ont e to t ant i ig e : ht t o. t p / : / / pt .w i ik k i i pe d di i a .or g / w i i k k / i i P Pa pi r ro
L e e t tr r a a s s e et t : : C onhe c ci i d as t am d bé m c o t r ra ns f mo l e fe r e rí í v e t tr v e i is r a s e s . S ã ã o l e e t tr r a s pr o par a s e e r nt as r t r ra ns f fe r e ri i d as pa d d e e s se nho, r a o e d e e v á á r r i i o s t aman mod e e l lo hos e s . F ont e e: ht t tp / : / / t ti i n y u ur r l l .c om / e y e e eh 5
L i in o n ot t i i p o p : o : I nv e e nt ad a e m 18 9 9 0 0 por O f az i ia a tt t t m ar M c o m N o O c pos i i ç T ip i o e r e p rg e nt ha o ç s s ã ã ci i d M á m o e d áq u ó v ó m en t e q i ve i at r e l e u e e r c c r in a e , afi r i a â r, s s n v n : : a d e é s é i c ca d os s d a f u r ma- s e e s d e s c e i mpr e s cr u e e r e v n t e e e e d q v r x x i i u e ç ç t t e e o e s ã ã S r: : s s o s e e o pr oc e sã g d ã o f oi i l u i i e e n n h c d a a o e s r s s a o n t s s c i i v o p t t h Gu t e e e e o i s s n r r g e e t t te nbe r t o e a r s s á á r , d i i fi fi a f o o c c d as . O s r mand o por J oh rg . E m o m r á M i i c q n s u ch ae l l A u t i ip i in a d e ma c al d os e r 14 5 anne s 5 5 5 , e l le e e s s d l le c hu mb ra m f u d e r s c e c r e i ir e cr r, a pr i im r a c om r e e v ri i o u nd i id ve r u as l e o c onhe r p e i ir d d o o c o r c h f s u m nob u me nt a u r a e t e or mand u mbo d tr ci i d c r a s d e da s c om e r d o e e e e a r r qu e a r r i t t f e e a o l o i i t t e d e nha d e l i i id o, i i d “ t a f a ti i p n e r os m b o v ra m or i i r o c i i e c c h l t ad a ta d e J á mat r amad o á r e óv e e 18 0 ge m às e s ri i z ei i s s f z e m u m fr s” r i i a d as , ” , P e 0 8 8 . E l le el l l l e eg r i in pr i im f abr i i e a s ó ba e i ir as l i in o T u has e u ma am r a s gr á u c c r r o r b r i i , por r r r u a a áfi c n . u r r d fi a m i ga, c e ca s . e j a, s e e m r e ar t e u te f e u ni d eg a, pu e gu i in f at o pa F ont e da s nu m d o ap e : I B F ont e d e d r e a s s BG E T e q s s i a m ó e e u e s e e : p s ht t par a a e c or r e r e e s ee n tp / ss e s ã ão . :/ re s / t e t i in má qu i i n y u sp ond e ur r l l. c om / e a d e r r c o F ont e e m d d 8 phk 8 e l le e : ht t . e t p / : / / t ti i n y u u r rl l . c om / d3 d l l9 3 5 9 5
F r r e qüe n t e me n t
e, me us ami g os de s i gn er s r i z a da s ” n os / i l us t r a d or e s n a v e g a d o r e s f ic a m s u r pr e , I s s o p o r q u e e nd id os s o br , à s v e z e s , os P h ot os hop. e c omo a s f o l a y o u t s f i c a m n t e s s ã o “ r e n c o m p l e t a m e d en t e d i f e r e n t e D e s s a f o r ma s d o q u e f o i f e i t o , o T y y pet es t e r po no de a j ju ud á -l os a v i s u ti l i za da. A ss u a li z a r f on t e s im , el e s c a pt e m u m br ow s u r a m a t el a c er e dec i di r q om os a j ju Des sa maneir u s t e s d e s e j jaa ua l t ip o de f o a , e le s tê m u d os e c ol a m n t e s e r á m c enár io me e l a c o m l h a o r n par a inic iar o ov a di s p os iç ã O aplic ativ o v desenv olv ime o n o P h ot os h em sendo mu nt o . o p. ito útil em c o ( line-height n m par ar pequen o C S S ) ou t e s o s d e t al h e s , m o s t an do a l e gi b tr ando a distâ i l i d a de d o t e x d i at a - n ã o h á nc ia entr e linh t o. F i nalment nec essidade d a s d e um t ip o e, o ger ador e saber c omo de CSS c r c odific ar c om W d : : Q uai s r ia o c ódigo d o CSS, v oc ê p são os pr o j e e f or ma imeode a j ju t os f ut ur os d u s t á l o no painel de v o T y pet est e r ? M ar ko :: At ua isualizaç ão pr ? l m en t e , e s t a m év ia. o s t e s t a n d o o s i st e m ç ã o. A id éia é a de us uá r io qu e o us u á r io c om um hist ó p ossa se l oga r ic o e alguma c ias, v er s eu r - c om um n s opç ões de c hist ór ic o de a ome d e u suá u st om i z at iv idades no s r i o e um a s en it e et c . ha - pa r a pr e s e r v v a r s ua s pr e f e r ên -
34 :: tipografia na web
Eu sou "BrasilEro" Bate-papo: Crystian Cruz, designer criador da tipografia "Brasilêro" (www.promodesign.com.br/tipografia) Wd :: Como surgiu a idéia de criar a “Brasilêro”? Crystian :: A riqueza da escrita popular brasileira foi algo que sempre me fascinou,
do desenho das letras à forma como elas estão dispostas. Afinal, como não apreciar uma placa com letras invertidas ou textos exprimidos no final por falta de espaço? Desta admiração nasceu a vontade de criar uma tipografia digital que fosse um retrato deste tipo de expressão visual genuinamente brasileiro. A inocência dos anônimos autores dos escritos populares merecia ser registrada. Dois anos depois dos primeiros estudos foi publicada a primeira versão da "Brasilêro", uma tipografia que busc a mostrar a essência da nossa escrita popular. Wd :: Que tipo de estudo você realizou durante o processo de criação? Crystian :: Tudo começou com uma extensa pesquisa fotográfica. Para desenvolver a tipografia, precisava analisar um grande número de placas e muros que utilizassem em seus textos uma escrita feita à mão, a fim de identificar as principais características do desenho das letras e a forma com que estas estavam dispostas. Após ter tirado centenas de fotos em várias cidades do Brasil, comecei a identificar o que era pertinente para a criação da "Brasilêro" "Brasilêro".. Como resultado da pesquisa, cheguei a importantes conclusões que me guiaram no desenvolvimento do alfabeto. Quase sempre os textos estão dispostos somente em maiúsculas, porém as letras ‘g’, ‘i’ e ‘j’ geralmente aparecem em minúsculas (é curioso ver como o autor destas placas não consegue imaginar como seriam estas letras em caixa alta). Outra constatação foi de que as letras ‘s’ e ‘n’, em muitos c asos, aparecem invertidas. Por se tratar de uma tipografia estilo script (manuscrita), desde o início tive uma grande preocupação em fazer com que a fonte, ao ser digitada nu m computador, não ficasse com uma aparência artificial, um problema comum em fontes deste estilo. Tendo tudo isso em mente, parti para a fase de desenvolvimento do alfabeto. A primeira meia-dúzia de letras foi extraída de algumas placas. Já as demais foram desenhadas diretamente no computador. Wd :: A “Brasilêro” já foi utilizada em diferentes lugares (livros, anúncios, revistas, cinema, outdoors, websites etc.). Existe algum segredo no processo de criação para que uma determinada fonte seja legível, mesmo sendo utilizada em meios diversos? Crystian :: O sucesso da utilização de uma tipografia numa peça de design depende mais do designer que está utilizando a fonte do que de seu criador. Hoje em dia a maioria das tipografias comerciais são projetadas para usos específicos. As fontes Verdana e Trebuchet, por exemplo, foram desenvolvidas para uso em telas de computador, e não mostram
tipografia na web :: 35
abcdefghijklmn opqrstuvwxyz
1234567890 parte da família tipográfica "Brasilêro"
a mesma boa performance de leitura em tela quando aplicadas em materiais impressos. Outro exemplo interessante é a famosa fonte Times New Roman, que aparece como default em alguns softwares de texto. Ela foi desenvolvida para o jornal londrino “The Times”, em 1932, com a preocupação de se adequar aos padrões de impressão dos jornais da década de 30. Apesar disso, hoje ela aparece também como fonte serifada default de browsers como o Internet Explorer, Explorer, para ser lida massivamente na tela de um computador, meio para qual não f oi projetada. Portanto, antes de utilizar uma fonte em algum pro jeto, vale a pena uma consulta no site do autor da fonte (ou ler os textos e PDFs que acompanham os arquivos digitais das fontes) para ver se a fonte desejada se adequa ao tipo de projeto que você está desenvolvendo. Hoje, com os vários portais de fontes que existem na web (como o www.myfonts.com), fica fácil procurar fontes que se adequem às necessidades de seu projeto. A “Brasilêro” é uma fonte display, ou seja, não foi projetada para ser usada em textos longos, mas sim para pequenas frases, de preferência num tamanho de corpo grande. Acredito que o sucesso massivo do uso da fonte em mídias tão distintas (capas de livros, aberturas de filmes, outdoors, websites, revistas, identidade visual etc.)
se deve ao bom uso da fonte nestes projetos. A tipografia por si só não resolve nenhuma peça gráfica, ela precisa estar em perfeita harmonia com os demais elementos que compõem o layout para atingir o resultado esperado. Um exemplo de um bom resultado é o site do filme brasileiro “A Pessoa É Para o Que Nasce” (www. apessoa.com.br), onde a fonte está em perfeita harmonia com a linguagem visual do site. Wd :: A “Brasilêro” está disponível gratuitamente na internet (observação: utilizamos ela na capa da revista). O que você acha da comercialização de fontes na web? Crystian :: Particularmente não confio em fontes grátis que são distribuídas pela internet. A grande maioria delas não reúne as qualidades técnicas necessárias para ser usada em projetos de design, além de que quase nunca são distribuídas com o "character set" completo (geralmente faltam os acentos e vários sinais de pontuação). Só decidi distribuir a “Brasilêro” gratuitamente pela internet, porque o propósito desta fonte é fazer as pessoas refletirem sobre a cultura visual brasileira. Quero atingir o maior número possível de pessoas.
36 :: tipografia na web
Glossário GLOSSARIO Família: termo utilizado para definir um conjunto de tipos com as
mesmas características. Fonte: conjunto de todos caracteres tipográficos compostos pelo alfabeto, sinais de pontuação, números e outros elementos. Serifa: linhas ou curvas que complementam o desenho de uma letra, nas suas extremidades extremidades.. Tipo: caracter tipográfico. Tipografia: arte de compor um texto, visando torná-lo facilmente legível, adaptado ao contexto em que é lido e aos objetivos com que foi publicado. Tipologia: estudo da formação dos tipos. Fontes: Dicionário Publicitário Online, Wikipedia, LightSeed, UnB
Como você especifica o tamanho das fontes de seu site?
Total de votos: 331 Por pontos - 27% Em pixel - 64% Percentagem (%) - 9% acessa e participe! www.arteccom.com.br/webdesign
web 2.0:: 37
dicas de sites www.typophile.com www.promodesign.com.br/tipografia www.fontana-d.com www.tupigrafia.com.br www.fabrikadetypos.com.br www.tiposdoacaso.com.br misprintedtype.com/v3 www.emigre.com www.typography.com www.houseindustries.com www.t26.com www.linotype.com www.miniml.com studio.adobe.com/us/type/main.jsp www.p22.com www.korhoen.net/css_typeviewer.html www.stcassociates.com/lab/fontbrowser.html webtypography.net www.dsg4.com/04/extra www. dsg4.com/04/extra/bitmap/index.htm /bitmap/index.htmll www.1001freefonts.com www.acidfonts.com www.fontfreak.com www.larabiefonts.com www.fontfile.com www.free-fonts.com www.coolarchive.com www.007fonts.com www.webfxmall.com/fonts www.fontshop.com www.fontface.com www.fontparadise.com simplythebest.net/fonts www.abstractfonts.com www.highfonts.com www.downloadfreefonts.com Fontes: Gui Borchert, Sobresites - Design, Curso Web para designers
38 :: tipografia na web
Participação dos assinantes Qual é a importância da escolha correta da tipografia para um site?
Éric Coutinho
[email protected]
Do ponto de vista estético, a tipografia é uma extensão ou parte do design. Assim como cores e formas devem estar equilibradas, o uso de fontes pode contribuir ou inviabil izar esse equilíbrio visual. Com relação à usabilidade, a escolha das fontes vai permitir ou prejudicar uma fácil e rápida leitura, deixando o usuário confortável para navegar ou simplesmente “expulsando-o” de seu website.
Daniel Soares
[email protected]
O tipo vai ser responsável, em grande parte, pela apresentação do conteúdo de um site. Então, se a escolha do tamanho, forma e até cor do tipo não f or feita com cuidado, o desinteresse pelo conteúdo do site será latente, pois dificultar á na busca pela informação.
Mauro Cesar
[email protected]
Acho um fator básico e essencial para o conteúdo de um website. A relação entre ‘tipografia x usuário-alvo” e “tipografia x design” deve ter uma atenção redobrada e refinada para que a principal meta de todo desenvolvim desenvolvimento ento web seja alcançada: resultados!
Miriam Fernandes
[email protected]
A escolha da tipografia para um site vai depender muit o do tipo de informação que se deseja passar e para que tipo de público se destina. Mas é fundament al que a escolha seja correta, pois a organização cl ara da tipografia em um sit e garante a legibilidade da informação e a identidade visual deste site.
Rafael Lopes
[email protected]
A tipografia está atrelada de certa forma à identidade do site. O processo de escolha passa por decidir desde se a fonte será aplicada diretamente no HTML ou se será renderizada em imagem ou mesmo flash. A escolha adequada da tipografia também importa para uma melhor legibilidade e leitura do site. Finalizando, a escolha de um tipo que complemente o design é importante, mas é preciso levar em conta também a acessibilidade, como, por exemplo, sites que disponibilizam o aumento da fonte dinamicamente.
Rodrigo Warzak
[email protected]
A importância está relacionada ao processo de composição composição da tipografia que será disponibilizada ao usuário. Acredito que a tipografia correta deve ser legível, de fácil compreensão, padronizada e atingir os objetivos da publicação.
Se você é assinante, participe desta seção pelo site www.arteccom.com.br/webdesign/clube
debate - o poder das comunidades :: 39
O poder das
comunidades Qual é a dimensão dos bits e bytes gerados pel as comunidades virtuais no Brasil? A primeira constatação vem de um estudo do Ibope, divulgado em maio de 2005 (http://tinyurl.com/a3tcd), no qual ficamos sabendo que, “no final de 2004, os sites de comunidades respondiam por 19,5% do temp o total de uso da web nas residências brasileiras”. Mas as evidências não param por aí. Para se ter uma idéia, o Orkut, um dos principais responsáveis pela dissemin ação das comunidades / redes sociais no país, é visto pelo internauta s brasileiros como uma poderosa ferramenta para “dividir interesses comuns em comunidade”, aponta pesquisa feita pelo Instituto QualiBest (http://tinyurl.com/ (http://tinyurl.com/ e36by). Dessa forma, fomos perguntar a alguns profissionais de internet se a opinião das comunidades / redes sociais já é capaz de transformar um produto ou serviço na web. Confira a se guir.
40 :: debate - o poder das comunidades
“As comunidades e redes sociais são atualmente o grande termômetro das marcas e da aceitação do público por determinado produto ou temas” “Sim, é capaz. Se não transforma é porque os ‘donos’ dos produtos não querem. E isso é uma grande chance desperdiçada. As comunidades e redes sociais são atualmente o grande termômetro das marcas e da aceitação do público por determinado produto ou temas. É importante que os departamentos de marketing das empresas tenham sempre alguém de olho nas comunidades que envolvem suas marcas e transforme isso em um levantamento sistemático. Quando encontrar alguma opinião negativa, crítica ou sugestão, responda imediatamente. Não tente se defender, mas sim se colocar à disposição do internau ta. São pequenos gestos como esse que transformam o crítico em aliado e em um multiplicador da sua marca. Vejam o exemplo da comunidade Sushi em São Paulo, criada pelo meu me u amigo Sergio Teixeira Jr., em abril de 2004. Em quase dois anos, o grupo soma mais de 11 mil pessoas que dão suas opiniões como consumidores e freqüentadores de restaurantes de comida japonesa. Muita polêmica surgiu desde então: vale restaurante rodízio? Para os puristas, não. Fico pensando sempre quando e stou de olho nessas comunidades é se os donos também estão por dentro do que se passa na cabeça dos seus clientes. Alguns estabelecimentos são absolutamente desancados pelos consumidores. consumidore s. Alguém faz alguma coisa para melhorar? Outro exemplo é a lanchonete Memphis Burger, de São Paulo. Com uma comunidade criada pelo próprio dono, todos os consumidores são respondidos em tempo real e a sugestões, anotadas e, muitas vezes, adotadas. Faço parte
de um sem número de comunidades e vejo que a web dá as ferramentas para cada um poder melhorar seu produto e serviço. Já vi grandes lojas virtuai s mudarem seus procedimentos quando são alertadas por funcionários que participam de comunidade s. Acho que falta agora as marcas ganharem mais atenção na web, tal como fossem uma loja de rua ou de shopping.” :: Aline Sordili Gerente - Portal Abril www.abril.com.br
debate - o poder das comunidades :: 41
“Sou amigo de um economista cujo chefe recebe visitas da equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI). O chefe da equipe americana, por sua vez, ao chegar em seu país, tem reuniões periódicas com... o presidente dos Estados Unidos. Ou seja: estou a quatro pessoas do, teoricamente, homem mais poderoso do mundo. Esta teoria dos ‘sete-passos-de-qualquer-pessoa-no-mundo’, que se não me engano surgiu de um experimento científico numa universidade dos EUA, é a base das redes sociais hoje em destaque. Sobre ela foram construídos mecanism os que nos colocam em contato com pessoas distantes, opiniões diversas, outras comunidades etc. Portanto, é verdade. A correta gestão de comunidades pode alterar um produto ou serviço na web. Podemos oferecer uma corrente de opiniões mais ou menos igual sobre uma idéia ou produto e, através dela, obter resultados qualitativos no que se diz respeito a este grupo. Essa é a opinião mais corriqueira. Está nas revistas, nos papos de bar,, nos planos de negócio. Mas podemos olhar a questão bar por um outro ângulo. E se a própria c omunidade fosse o produto da vez? E se este mesmo flux o de opiniões fosse o grande capital do momento? A partir daí o que conta não é mais o novo CD da Madonna, mas o que EU ACHEI, ou QUE PALAVRAS (emoções, interpretações, avaliações) avaliações) eu associei a faixa de trabalho. Não importa se o espremedor faz suco mais rápido, mas sim que em meu Orkut existe a comunidade ‘Eu gosto de laran jada com biscoito maisena’. Enfim, saber surfar no fluxo de opiniões será o grande diferencial de profissionais de comunicação e áreas afins.
Em um recente artigo que publiqu ei no www.carreirasolo.org, falei sobre o que, para alguns, é o Éden deste tipo de visão: as tecnologias e filosofias de desenvolvimento / trabalho que estão sendo c hamadas de Web 2.0. Na minha opinião, o grande barato de tudo o que vem por aí, e é sempre muita coisa, é e ste novo olhar. Menos sistemas e mais interações. Menos tecnologia e mais empatia. Menos códigos e mais linguagens comuns. Enfim, o poder às pessoas. Ou você pode escolher a pílula azul.”
:: Mauro Amaral Editor, Arquiteto de Informação e Estrategista de Conteúdo www.carreirasolo.org
“ .....ssaber r su su r rf f ar r nno flflu u xo de opiniõiõees ser á o g gr r and e d if if ere renncia iall d e pr of iss issioionnais d e comu nicicaação e ár eas af ins ins”
42 :: debate - o poder das comunidades
:: Alexandre Magalhães Coordenador de Análise do IBOPE Inteligência www.ibope.com.br
“A resposta é simples: sim. As comunidade s são a concretização de uma série de tendências que foram identificadas em um estudo realizado com pré-adolescentes em sete países, inclusive o Brasil, pela e mpresa inglesa Millward Brown. Esse estudo tornou-se um interessan te livro em 2003, chamado Brand Child, assinado por Martin Lindstrom. Entre as principais tendências apontadas no estudo, algumas explicam o sucesso das comunidades, especialmente em países com internet jovem (63% dos internautas residenciais brasileiros têm menos de 35 anos - fonte: Nielsen//NetRatings), sen//NetRatings ), caso do Brasil. A primeira delas aponta que a língua formal de um país já não é o principal instrumento de comunicação entre os jovens. Quem freqüenta uma comunidade, sabe que muitas vezes é difícil entender o que está sendo escrito. Uma segunda tendência importante é o fato de os jovens necessitarem pertencer a um grupo. A corrida para fazer parte dessas redes sociais indica qu e as pessoas querem ver e serem vistas pelos amigos. Talvez, Talvez, a tendência tendênc ia mais importante para explicar porque as comunidades são mecanismos capazes de transformar um produto ou serviço na i nternet é o uso de líderes de grupos para divulgação de novos produtos e marcas. Empresas já descobriram que, em muitos casos, é mais eficaz realizar ações via pessoas conhecidas e
respeitadas por seus pares, do que partir para uma grande comunicação de massa. Essa abordagem está sendo utilizada institucionalmente, funcionando como uma comunicação entre amigos. Alguém de uma comunidade faz um comentário sobre um produto, que através das conexões estabelecidas entre os membros da comunidade, ganha força e torna-se um movimento fora de controle de quem o criou . Tal abordagem institucion al nasceu da observação do poder das comunidades como fórum de com entários e rei-
“A corrida para fazer parte dessas redes sociais indica que as pessoas querem ver e serem vistas pelos amigos” vindicações espontâneas. Como sempre, as empresas tentam capitalizar esses movimentos espontâneos para seu interesse. No Brasil, particularmente, as comunidades têm uma força enorme, pois os internautas brasileiros se caracterizam por usar todas as formas de comuni cação online, proporcionalmente acima dos outros países. O exemplo do Orkut talvez represente bem a maneira como o brasileiro é apaixonado por comunicar-se. No Brasil, em outubro de 2005, 6,2 milhões de pessoas visitaram a comunidade Orkut, o que representou 52,7% do total de brasileiros que navegaram a partir de suas residências. O segundo paí s com mais visitantes foi a Itália, com 68 mil ou 0,39% do total (fonte: Nielsen/NetRatings). Mas o sim definitivo à pergunta título está relacionado ao tamanho das comunidades no Brasil e nos outros países. Nove milhões de internautas residenciai s, ou 72% do total de usuários domiciliares em novembro de 2005, visitaram ao menos uma comunidade no período, passando nelas 3 horas e 20 minutos, em média por pessoa (fonte: Nielsen// NetRatings). É inegável que esses mecani smos de rede social podem modificar um produto. Afinal, é muito mais fácil mobilizar pessoas online que fora da web.”
debate - o poder das comunidades :: 43
“ ......as r ecomend ações d e consu mid or es são f u u nd amentais na f or mação d e opipininiãão sobr e detter mininaad o pr od u de u to e ser viço”
:: Marcelo Sant’Iago Presidente da AMI (Associação de Mídia Interativa) www.ami.org.br
“Graças à internet a informação trafega a uma velocidade espantosa e pode atingir pessoas ou pontos que jamais poderíamos prever. prever. E esse é o grande desaf io que o marketing boca a boca e as redes sociais propõem às empresas: nesse tipo de ambiente não há um elo central controlando as informações, além de como e a quem ela será distribuída. Desde sempre a publicidade utiliza-se de testemunhal de pessoas famosas com enorme sucesso, basta ver a longevidade das campanhas de Lux, que já foi chamado de ‘o sabonete das estrelas’. Mas, nesse mundo globalizado, nem só os famosos são formadores de opinião: uma pesquisa realizada pela Forrester e a Intelliseek mostra que as recomendações de consumidores são fundamentais na formação de opinião sobre dete rminado produto e serviço. Ou seja, as pessoas tendem a confiar cada vez mais na opinião de um estranho que ele conheceu na internet do que em um anúnc io ou comercial de TV. Pensando nisso, algumas empresas já oferecem serviços de criação de comunidades virtuais ou ‘aluguel’ de formadores de opinião para gera r interesse sobre determinados produtos e serviços. Mas é preciso muita atenç ão com essas ações, para não ultrapassa r os limites da ética e enganar o consumidor. A Federal Trade Comission, agência reguladora norte-americana, está atenta para abusos e já recebeu protestos contra a Procter&Gamble, por exemplo, que contratou 250 mil jovens para elogiar ‘espontaneamente’ alguns de seus produtos.
Em resumo: aquela história de ‘falem mal, mas falem de mim’ não funciona mais nos dias de hoje, onde a mídia está fragmentada, o mundo está conectado e o consumidor tem o poder de deci são em suas mãos. Como controlar os influenciadores? Como acompanhar o que está sendo dito sobre seu produto nos milhões de sites da rede? Essas são as dúvidas que nós, profissionais profissionais de marketing e publicidade, teremos que conviver a partir de agora.”
saiba mais sobre comunidades, na edição de março
44 :: como administrar o tempo
PLANEJAMENTO, PLANILHAS, AGENDAS ETC. A difícil tarefa de administrar adm inistrar o tempo (moderno). Reportagem sugerida pelo leitor Disnay Batista (
[email protected])
Em mundo cada vez mais tecnológico, no qual as fronteiras se tor nam quase inexistentes, saber administrar os 60 minutos de uma hora, 24 horas de um dia, os sete dias da semana, os 365 dias do ano, é imprescindível p ara garantir o sucesso no trabalho e tranqüilidade na vida p essoal.
Segundo Laert Yamazaki, diretor da Idéia 3 Digital, a questão da administração do tempo assemelha-se à administração financeira pessoal. “Se você não tem u m controle de sua vida financeira e não sabe onde gasta seu dinheiro, provavelmente você terá grandes prejuízos ou, no mínim o, não saberá aproveitar ao máximo tudo o que o dinheiro pode fazer por você. Com o tempo é a mesma coisa. Se você não sabe onde, nem como gasta o seu tempo, a probabilidade de você reclamar que nunca tem tempo para nada é muito grande”, argumenta.
“Se você não sabe onde, nem como gasta o seu tempo, a probabilidade de você reclamar que nunca tem tempo para nada é muito grande” Laert Yamazaki (Idéia 3 Digital) Os aliados para se administrar o tempo
Diante da quantidade de trabalho que recebe por mês, Laert procura dividir suas tarefas de acordo com a hierarquia de importância e urgência em que aparecem. “Na agência, fazemos reuniões para identificar essas prioridades. A partir daí, cada um planeja sua age nda da forma que se sente mais confortável em gerenciar o próprio tempo. Porém, a pauta nunca pode ser extremamente rígida, até porque a própria dinâmica da internet exige que haja espaços para trabalhos que chegam de última hora. Ser objetivo é fator determinante para a boa produtividade”, diz. Agenda e planejamento são outros aliados na administraçã o do tempo e na organização de tarefas. “Trabalho “T rabalho com um planejamento mensal, onde as viagens são agendadas com algumas semanas de antecedência. Na rotina diária, utilizo o início das manhãs para responder e-mails, acompanhar e me reunir com os gestores da empresa. Dedico as tardes e início das noites para trabalhar em projetos específicos ou seguir uma agenda
46 :: como administrar o tempo
“Tento “T ento ser produtivo o tempo todo, me cobro muito isso pelo respeito que tenho ao meu tempo e das pessoas que interagem comigo” Cesar Paz (AG2) de reuniões com clientes . No final do dia volto aos emails. Utilizo como apoio o Palm desktop que eu mesm o administro para agenda, contatos, tarefas e anotações”, revela Cesar Paz, diretor da AG2 (Agência de Inteligência Digital). Além desses fatores, podemos citar a definição de prioridades. No entanto, como definir prioridades diante de tantas tarefas importantes, por exemplo? “Priorizar é ordenar. Ordem associa-se à noção de n úmero e priorizar tarefas requer necessariamente um esquema de numeração. Entretanto, recomenda-se a priorização em duas etapas. Primeiro classificar as ações em três categorias. Depois, dentro de cada categoria, numerar as tarefas de acordo com a sua prioridade. A recomendação adicional é de que se use apenas três categorias (vitais/ necessários; importantes; importantes; triviais) para classificar todas as tarefas que se tem a fazer, independente do assunto ou do tipo de ação”, orien ta Jaime Wagner, diretor da PowerSelf e autor do livro “A Arte de Planejar o Tempo”. Os empecilhos Email, MSN Messenger, Orkut, telefone, celular etc. Seriam estes alguns dos principais agentes que ocasionam o desperdício de tempo do profissional do mundo moderno? “As ferramentas não são boas nem más em si. A questão está em saber usar as ferramentas e não se deixar usar por elas. Muitas pessoas reagem ao celular como se não pudessem desligá-lo. Ora, o fato de hoje termos muito mais opções de contato, e de que podemos dar respostas mais rápidas, é bom. Mas se formos tentar ler e responder imediatamente a todas as demandas que nos chegam pelos ´n` canais que nos conectam aos outros, deixaremos de levar a cabo qualquer tarefa, e deixaremos inclusive de dar respostas eficazes. Nem sempre a resposta mais rápida é a melhor”, diz Jaime. Uma das grandes dificuldades na batalha do tempo envolve justamente o fato de não podermos fazer tudo
aquilo que desejamos. Esse cenário se materializa na experiência vivida por Laert. “Uma das grandes dificuldades que encontrei foi saber dizer ‘não’. Muitas vezes, aceitamos tarefas que seriam impossíveis de serem realizadas sem um planejamento e um prazo bem definido. Mas, no impulso em querer resolver todos os problemas, você acaba prejudicando outras atividades de grande importância em sua vida”, revela. No caso de Cesar Paz, os problemas são a quantidade de reuniões. “A maior dificuldade é fazer apenas as reuniões efetivamente necessárias que, uma vez marcadas, devem ser produtivas. Tento ser produtivo o tempo todo, me cobro muito isso pelo respeito que tenho ao meu tempo e das pessoas que interagem comigo. É uma cobrança diária e necessária”, afirma. O controle do tempo em suas mãos B u s c a r o e q u i l í b r i o . Ta Ta l v e z e s s a s e j a u m a d a s principais lições para quem ainda não descobriu a fórmula correta de gerenciar seu tempo. “O profissional hoje te m várias demandas sobre si. Não há maneira de responder perfeitamente a tudo. Então, a chave é saber escolher de maneira equilibrada. Mas é muito difícil manter o equilíbrio. Geralmente, as pessoas cedem às demandas mais exigentes (às que mais gritam) e não necessariamente às mais importantes para si, para a sua saúde mental e equilíbrio emocional. Para escolher melhor, é preciso desenvolver a consciência de si, que se lapida pela prática sistemática da reflexão, do planejamento e da atenção. Escolher é decidir o que vai esquecer, esquecer, para poder se concentrar no que é mais importante”, afirma Jaime.
"As ferramentas não são boas nem más em si. A questão está em saber usar as ferramentas e não se deixar usar por elas"
Jaime Wagner (PowerSelf)
Nessa caminhada, a experiência será vital para determinar o que será feito. “Faço uma planilha d e administração do tempo, não só para o trabalho, mas para o meu dia inteiro (isso pode ser feito também utilizando as tarefas do trabalho somente). Essa planilha me ajuda a identificar quanto tempo eu gasto em cada atividade que faço diariamente, como devo administrar o tempo para cada atividade e para melhorar minha qualidade de vida”, diz Laert.
A planilha do Laert “Na primeira coluna, relaciono as categorias de tempo na minha vida (profissional, desenvolvimento, sono, afetividade, alimentação, entretenimento, entre outras). Na segunda, estarão as horas que gasto em cada categoria relacionada na primeira coluna, perfazendo um total de 24 hor as (ciclo de um dia). Na coluna seguinte, coloco a porcentagem que aquela categoria representa no dia (por exemplo: se você dorme oito horas por dia, você consome aproximadamente 33% do seu tempo com sono). Na coluna seguinte, descrevo o que devo fazer com a categoria em questão: aumentar, reduzir ou manter, de acordo com as minhas prioridades.”
48 :: como administrar o tempo
“Escolher é decidir o que vai va i esquecer, esquecer, para poder se concentrar no que é mais importante”
Jaime Wagner (PowerSelf)
Alguns ‘economizadores’ de tempo -Utilize uma agenda ou um calendário de reuniões. -Crie listas de afazeres. -Defina metas e prioridades prioridades.. -Organize as tarefas. -Organize as informações usadas com freqüência. Fonte: Sebrae (http://tinyurl.com/cm3nn)
Alguns ‘desperdiçadores’ de tempo -Falta de planejamento. -Indisciplina. -Indefinição de objetivos na execução das tarefas. -Menosprezo ou ênfase inadequada em certas atividades. -Indefinição de prioridades. -Excesso de reuniões e burocracia interna. -Má utilização dos recursos (telefone, fax, xerox, computador). computador). -Centralização de poder. -Resistências às mudanças. Fonte: Sebrae (http://tinyurl.com/cm3nn)
Soluções práticas para economizar tempo -Estabeleça metas: anuais, mensais, semanais e diárias. -Programe suas tarefas e atividade s da semana e do dia, em função dessas metas. -Identifique as atividades que levem aos resultados e concentre-se nelas. -Faça as coisas em ordem de prioridade. -Controle, diariamente, as atividades realizadas e os resultados alcançados; -Saiba onde seu tempo é realmente empregado. empregado. -Estabeleça data e hora para início e fim de cada atividade. -Elimine desperdiçadores de tempo. -Melhore suas rotinas e hábitos de trabalho. Fonte: Sebrae (http://tinyurl.com/cm3nn )
estudo de caso - Bondfaro :: 49
EM BUSCA DO
PREÇO PERFEITO Estudo de caso do site: É tudo na casa dos milhões: 11 em pesquisas de usuários, 7,5 de page views, 5 em visitas e 1,7 de visitantes únicos. Esses números são mensais, impressionam e comprovam a eficácia no modelo adotado pelo Bondfaro.com (www.bondfaro.com. (www .bondfaro.com.br), br), site de pesquisas de preços. Em outubro do ano passado, o serviço completou cinco anos de existência e trouxe algumas novidades em seu site. Para conhecermos todos os detalhes envolvendo o projeto e esse mercado, entrevistamos Gustavo Gui da, diretor de produto da empresa.
50 :: estudo de caso - Bondfaro
Wd :: Como surgiu a idéia de criar o Bondfaro? Gustavo :: A idéia surgiu na observação o processo
de compra online compartilhava as mesmas deficiências do offline. A saber: dificuldade de sabermos se estamos fazendo um bom negócio e alto custo de pesquisar preços de loja em loja, sendo necessário ir de estabelecimento em estabelecimento para obter estas informações. O Bondfaro procura solucionar este problema ao oferecer ao consumidor a possibilidade de pesquisar preços em centenas de lojas simultaneamente, em apenas um site. Nossa missão é gerenciar de forma inteligente informações, conectando compradores e vendedores. Wd :: Quais fatores influenciaram a decisão para que fosse feita uma remodelagem do si te? O desenvolvimento foi feito internamente ou uma agência foi contratada? Gustavo :: O último redesenho durou três meses e foi feito internamente envolvendo cinco profissionais das áreas de design e tecnologia. Além disso, formamos um
Redesenho do site Bondfaro: o antes e o depois.
painel consultivo com experientes designers e profissionais de usabilidade externos, que serviu para corroborarmos as soluções que tínhamos concebido internamente. Internet Archive
Nesta página (http://www.archive.org), você poderá conferir as antigas versões de determinados sites de internet. Por exemplo: digitando www.bondfaro.com.br no campo “The Wayback Machine”, teremos uma lista das versões de 2000 a 2005.
Wd :: Em relação às antigas versões do site, hoje podemos destacar o uso de caixas para se dividir as informações, um visual bem limpo e a valorização das imagens dos produtos, além da utilização de menos textos para se destacar as seções. Podemos considerar essas as principais modificações feitas no redesen redesenho ho do site do Bondfaro.com? Gustavo :: Buscamos oferecer uma página leve e
organizada, de forma a facilitar a navegação dos usuários. organizada, Nesse sentido, a eliminação de c ertos textos e o uso maior
estudo de caso - Bondfaro :: 51
"Nosso mascote foi pensado juntamente com a marca para quebrar um pouco a idéia fria que um serviço de tecnologia avançado como o nosso poderia passar" o Bondvídeo, uma seção em Flash apresentando os produtos mais buscados)? Gustavo :: Acompanhamos a demanda de todo e
de imagens é fundamental. Optamos por um layout líquido também, de forma a permitir que usuários com resoluções maiores possam aproveitar melhor sua tela, já que o site se ajusta automaticamente à tela do usuário. Wd :: Ainda sobre as seções, é possível reparar que o logo do site fica estilizado conforme o usuário vai escolhendo qual caminho segui r. Como surgiu tal idéia e qual a sua importância para a navegação do usuário? Gustavo :: Nosso mascote foi pensado juntamente com a marca para quebrar um pouco a i déia fria que um serviço de tecnologia avançado como o nosso poderia passar.. A personalização dele nas páginas internas foi um passar passo além, pois também ajuda a situar o usuário em que seção está. Adaptamos o mascote nas datas especiais de varejo, colocando-o com roupa de Papai Noel no Natal, por exemplo. Wd :: Quais fatores influenciaram no processo de Arquitetura da Informação dos elementos no site? Gustavo :: A Arquitetura de Informações é voltada para poupar tempo no processo de pesquisa de preços. Nosso interesse é que o usuário encontre o mais rápido possível o que deseja compr ar ar.. Wd :: Como é feita a escolha dos destaques da página principal do site (por exemplo, vocês utili zam
qualquer clique e pesquisa fe itos no site. Com base nessas informações, podemos criar conteúdos que atendam especificamente ao que o usuário tem interesse. O Bondvídeo, uma iniciativa inédita no segmento de pesquisa de preços, tem o objetivo de explicar um pouco o funcionamento e as características de produtos de tecnologia avançada como câmeras digitais e mp3 players. Escolhemos para o Bondvídeo os modelos mais procurados ou os que mais apresentaram crescimento crescimento em buscas. Wd :: O Bondfaro está na internet des de 2000. Ao longo desses seis anos, quais foram as principais modificações no perfil do usuário que acessa o site (qual o principal interesse, por exemplo)? Como estes dados influenciaram o desenvolvimento da nova versão da página? Foram feitos testes de usabilidade? Gustavo :: Como ferramenta de pesquisa de preços, presenciamos ao longo desses seis anos muitas mudanças no comportamento do usuário, especialmente no que diz respeito ao comportamento de compra. Em 2000, os livros e CDs, nesta ordem, dominavam a preferência dos usuári os. No ano seguinte, o DVD se popularizou e alcançou a terceira posição do ranking dos 10 mais buscados, para não mais sair. O mesmo fenômeno ocorreu com os DVDs players. A categoria de livros, apesar de ainda muito procurada, vem apresentando uma queda lenta e gradual, dando espaço para produtos tecnológicos como câmeras digitais e celulares, na medida em que os usuários brasileiros ganharam mais confiança e passaram a se in teressar pela compra de produtos mais caros que os tradicionais livros e CDs. Os celulares, por exemplo, são muito buscados desde 2003, reflexo da expansão da tel efonia celular. A obsolescência de alguns produtos também foi observada ao longo dos anos, como as câmeras fotográficas.
52 :: estudo de caso - Bondfaro
Apesar da internet ser pouco difundida no Brasil, provavelmente devido à barreira de penetração de computadores, o usuário brasileiro navega muito tempo por dia. Ainda assim, o padrão de navegação apresen tado não é tão sofisticado quanto o de alguns outros países. Por isso, temos que sempre antecipar os possíveis erros e vícios na navegação que nossos usuários possam comete r. Nesse sentido, trabalhamos de forma contínua no aprimoramento da nossa busca e no desenvolvimento de produtos novos que facilitem o processo de pesquisa de preços. Somos auxiliados por testes de usabilidade, nos quais solicitamos que alguns usuários cumpram determinadas tarefas. A análise da forma com que conseguem ou não cumprir tais tarefas nos fornece material para modifi carmos e até criarmos novas áreas no site. Publicidade
Segundo Gustavo, os formatos de publicidade mais vendidos no Bondfaro são o superbanner e o floater em DHTML. “Percebemos a tendência dos anunciantes em buscar formatos alternativos, diferentes do fullbanner padrão”, revela.
Wd :: Como o Bondfaro ganha mais dinheiro: com serviço pago ou com publicidade? E com o foi o processo de expansão para outros países da América Lati na (México, Argentina e Chile)? Gustavo :: O principal negócio é a exposição dos
lojistas no resultado de busca. Apesar disso, a área d e p u b l i c i d a d e vem apresentando crescimento em importância. A expansão para a América Latina ocorreu quando percebemos que havia a necessidade de um serviço de pesquisa de preços em países como México, Argentina e Chile. Iniciamos pelo México (www.bondfaro.com.mx), em outubro de 2004. Em seguida, lançamos o site na Argentina (www.ar (www. ar.bondfaro.com), .bondfaro.com), em dezembro de 2004, e, por último, no Chile (www.cl.bondfaro.com), em julho de 2005. A aceitação do serviço nestes países tem sido muito boa, apesar do comércio eletrônico ainda não ter atingido o nível de maturidade que temos no Brasil. Wd :: Como é feita a divulgação do site (Assessoria
“Presenciamos ao longo desses cinco anos muitas mudanças no comportamento do usuário, especialmente no que diz respeito ao comportamento de compra” de Imprensa, publicidade em outros sites, parcerias etc)? Gustavo :: Atuamos em várias frentes de divulgação:
contamos com uma assessoria para dar suporte ao relacionamento com os veículos de imprensa, anunciamos nos principais portais da internet brasileira como IG, MSN, BOL e investimos em links patrocinados tanto do Google quanto do Overture. Além disso, possuíamos uma rede de centenas de sites afiliados que publicam peças servidas e atualizadas dinamicamente por nós. Outro serviço oferecido pelo Bondfaro é a administração do canal de Shopping de outros sites. Atualmente, adminis tramos uma rede de mais de 20 shoppings de dife rentes parceiros como Yahoo Brasil, Yahoo Y ahoo México, Yahoo Argentina, Click 21, G lobo Online, POP,, O Di a, Telelistas, entre outros. POP Wd :: Em termos de linguagem técnica para construção da infra-estrutura do site, vocês escolheram o Java Server Pages (JSP). Por que a escolha do JSP e não do ASP ou PHP, PHP, por exempl o? Gustavo : : A escolha pela plataforma Java se de veu principalmente ao fato dela ser multiplataforma e de que na época em que o projeto do site começou a ser elaborado (meados de 2000), ela constituía a melhor opção para desenvolvimento orientado a objetos, o que, na nossa opinião, representa o melhor paradi gma para desenvolvimento de médio e grandes sistemas. Java é uma linguagem poderosa, flexível e com um amplo suporte de bibliotecas com as mais variadas funções. Wd :: Falando aind a sobre tecnologia, dent re os principais números, o site recebe mensalmente dois milhões de visitantes únicos, 11 milhões de pesquisas, 25 milhões de page views e 5 milhões de visitas. Qual a importância da escolha do provedor para hospedagem
estudo de caso - Bondfaro :: 53
“A análise da forma com que os usuários conseguem ou não cumprir tais tarefas nos fornece material para modificarmos e até criarmos novas áreas no site” do site? E quais riscos a indisponibilidade de acesso pode trazer para quem mantém um negóci o na internet? Gustavo :: Nosso site tem que estar disponível 24x7.
Não podemos correr o risco de termos interrupções em nosso serviço, porque, com apenas um clique, podemos perder nosso usuár io para um serviço simila r. Por isso, tomamos o cuidado de escolher uma e mpresa de renome e com total redundância para hospedar nossas máquinas. máquinas. Wd :: O site funciona normalmente no Internet Explorer como no Mozilla Firefox. Qual a import ância de se desenvolver sites compatíveis com os padrões web? Gustavo :: De fato, um dos nossos focos é a Acessibilidade. Procuramos atender aos Web Standards e deixá-lo acessível a diversas plataformas e sistemas operacionais, inclusive leitores de tela (importante para deficientes visuais). Desenvolvemos até uma ferramenta de pesquisa específica p ara o Firefox (www.bondfaro.com. br/firefox). Hoje em dia, Acessibilidade é um dif erencial, dado à quantidade de sites que funcionam apenas no Internet
Explorer. Achamos que quem usa navegadores fora Explorer. do padrão tendem a ser heavy-users e formadores de opinião. Portanto, propagam o Bondfaro a seu círculo de contatos. Wd :: Qual o retorno que o Bondfaro obteve apó s a finalização desse projeto? Já foi possível mensurar os resultados obtidos pela remodelação do site? Gustavo :: Realizamos três grandes mudanças no site (layout, tecnologia e navegação). A eficiência do site foi impactada positivamente com as alterações. Para nós, a eficiência é medida através da taxa de redirecionamentos a lojas sobre pesquisas realizadas. Comparando os dois meses antes da última reformulação do site com os dois primeiros meses de layout novo, ele apresentou um crescimento de 54,15% de cliques nas lojas.
54 :: tutorial
AJAX - Parte 2
Elcio Ferreira Desenvolvedor e instrutor em padrões web http://elcio.com.br/
Cons Co nstr trui uind nd um ex exem empl pl si simp mple le Construindo exemplo simples
Para demonstrar como funci ona o AJAX, vamos construir um exemplo bastante simples. É um formulário de cadastro, onde o usuário preenche o login e a senha dese jados. Vamos Vamos fazer com que, ao sair do campo de login, o sistema confira a disponibilidade daquele nome de usuário no servidor e, se o nome já tiver sido escolhido por outra pessoa, avise o usuário.
Quando o usuário submete o formulário, a página cadastra. php verifica se o login existe. Se estiver disponível, cadastra o usuário e o envia para a tela de confirmação. Caso contrário, o manda de volta à tela de cadastro, com algum texto dentro do div “mensagem”, assim:
O login zeh não está disponível.
A solução convencional
Nossa aplicação HTML comum é garantia de acessibilidade
O primeiro passo para a construção de uma aplicação AJAX acessível é a construção de uma aplicação convencional, sem AJAX. Ter Ter uma aplicação HTML funcional é a etapa fundamental para a construção de uma aplicação AJAX. Não vamos explicar aqui a construção de uma validação de login convencional, porque isso é tarefa trivial. Mas veja como fica nosso formulário:
É uma aplicação comum, sem AJAX, que vai funcionar em absolutamente qualquer n avegador avegador,, inclusive leitores de tela e navegador navegadores es de texto. Importante: você precis a validar seus dados no servidor,, mesmo que não tenha preocupação com a acessibilidor dade. Validar no servidor é obrigação do de senvolvedor. Vamos V amos falar mais sobre isso nu m posterior artigo sobre segurança em AJAX. Tendo nossa aplicação funcionando, estamos prontos para fazer a mesma validação acontecer sem o refresh da página. AJAX nela! AJAX no servidor Vamos agora à construção da página que será requisitada pelo AJAX. Há duas características que sempre recomendamos no projeto de código serve r-side para AJAX: 1) Simples Na verdade, um pouco mais do que isso. Nossa página será muito, muito simples. Mas a forma de alcançar essa simplicidade é que representa a verdadeira vantagem na construção de aplicações AJ AX. Vamos reusar código. Projetar para o reuso aqui é o segredo. Vamos Vamos chamá-la de ajax.php. Ao criar a solução convencional, o desenvolvedor criou um arquivo de funções, chamado funcoes.php, que continha, entre outras, uma função verificalogin, que re-
tutorial :: 55
na cadastra.php para verificar a disponibilidade do login escolhido. Vamos reaproveitar esta função, o que tornará nossa página ajax.php muito simples: //Incluímos o arquivo de funções include(“funcoes.php”); //Testamos o login e imprimimos o resultado if(verificalogin($_GET[“login”])) echo “true”; else echo “false”; ?>
Veja como seria a mesma coisa em ASP:
falar mais sobre JSON em breve. Ao usar um formato padronizado você tem menos trabalho. Há uma porção de bibliotecas prontas que convertem dados nativos da sua linguagem nos formatos padronizados. Assim, é muito fácil converter arrays ou objetos PHP em XMLRPC ou J SON. A mesma coisa vale para ASP, ASP, .NET,, Java, Python, ColdFusion e praticam ente qualquer .NET linguagem usada hoje. Outra grande vantagem é o fato de outras pessoas poderem acessar sua interface server-side. Isso torna sua aplicação disponível para a criação de mash -ups e outros usos Web 2.0. Isso sem nenhum trabalho extra. Criando o XMLHttpRequest Vamos agora partir para o código clie nt. Para come Vamos çar,, vamos criar o objeto XMLHttpRequest, com o seguinte çar código javascript:
<%
try{
‘Testamos o login e imprimimos o resultado if verificalogin(RequestQueryString(“login” )) then
xmlhttp = new XMLHttpRequest(); }catch(ee){
Response.Write “true”
try{
else
xmlhttp = new ActiveXObject(“Msxml2.XMLHTTP”); ActiveXObject(“Msxml2.XMLHTTP”);
Response.Write “false”
}catch(e){ try{
%>
xmlhttp = new ActiveXObject(“Microsoft.XMLHTTP”); }catch(E){ xmlhttp = false;
Naturalmente, as coisas são mais simples se o programador está acostumado a projetar ante s de codificar, escrever pensando em reuso, documentar suas funções e todas aquelas boas práticas de desenvolvimento que são tão recomendadas e que tanta gente esquece. 2) Reaproveitável Você V ocê pode trabalhar com AJAX usando qualquer formato de dados que possa ser transferido pela web. Naturalmente, pode invent ar ou usar soluções como texto com layout, separado por pipes (|), CSV (separado por vírgulas) ou qualquer outro formato que sua cria tividade quiser. Sugerimos, porém, que você use um formato padronizado de troca de dados, como XML (pode usar XMLRPC, SOAP,, REST ou mesmo RSS) ou JSON (http://www.json. SOAP org), o formato que estamos usando neste tuto rial. Vamos
} } }
Como esta é apenas uma introdução ao assunto, não vamos estudar este código linha a linha. Basta para nós agora saber que ele cria um objeto XMLHttpRequest na variável xmlhttp. A complexidade do código é por conta de querermos que ele funci one em Internet Explorer, versões 5 e 6, e qu e, em navegadores sem suporte a XMLHttpRequest, nosso script falhe sem exibir um erro na tela.
56 :: tutorial
Usando o XMLHttpRequest
O código para usar o objeto XMLHttpRequest não é muito complexo. Vamos analisá-lo linha a linha em um próximo artigo, por hora ele serve apenas como exemplo:
function validalogin(){ tlogin=document.getElementB tlogin=docume nt.getElementById(“login”).v yId(“login”).value alue
xmlhttp.open(“GET”, xmlhttp.open( “GET”, “ajax.php?login=”+tlogin,true); xmlhttp.onreadystatechange= xmlhttp.onrea dystatechange=function() function() { if (xmlhttp.read (xmlhttp.readyState==4){ yState==4){ msg=eval(xmlhttp.responseText)?””:”O login
”+ tlogin+” não está disponível.” document.getElementById(“mensagem”).innerHTML=msg
} } xmlhttp.send(null) }
Este código não é nada original. Os trechos em negrito são os que mudam de aplicação para aplicação, o resto é sempre igual. Como o código para c riação do objeto XMLHttpRequest, embora complexo, também é sempre igual, na verdade escrevemos apenas quatro linhas de código javascript java script para que nossa aplicação funcionasse.
A mensagem é exibida enquanto o usuário ainda está na página
A mensagem é exibida enquanto o usuário ainda está na página. Falta apenas fazer com que a função que criamos seja executada quando o campo de login pe rder o foco. Para isso basta: onblur=”if(xmlhttp)validalogin()”
Certamente há maneiras mais elegantes de se fazer isso, mas é assunto para outro artigo. Com isso, já temos nossa aplicação funcionando. Quando o usuário sai do campo de login, o navegador verifica em segundo plano se
aquele login está disponível no servidor e, se não estiver estiver,, exibe a mensagem de aviso enquanto o usuário ainda está na página. Com isso já temos uma boa idéia do que é AJAX, como se faz e para que serve. No próximo artigo , vamos nos aprofundar no assunto, olhando em detalhes o código que já temos e acrescentando alguns detalhes a essa aplicação.
usabilidade :: 57
"A reunião inicial com o cliente pode ser considerada um dos passos mais importantes de um projeto e o nível d e sucesso de um projeto pode ser definido nesta etapa."
58 :: experience design
Claudio Clau dio Toyam Toyama a Sócio da Bright Skies (www.brightskies.net), em Londres. A tua há mais de 14 anos em consultoria embasada em pesquisa nas áreas de internet, branding e experiênci a do cliente. É co-representante do Grupo AIGA Experience Desi gn no Brasil e coordenador do MBA em Customer Experience do ITAE (Faculdades Rio Branco). Mestre em interati vidade e multimídia pela London College of Communication, formou-se pela FGV, com pós-graduações pós-graduações em Marketing (CEAG) e Comunicação e Artes ( Mackenzie).
[email protected]
Tecnologia: conectando ou desconectando as pessoas? Entro em uma danceteria em Londres e, quando chego na pista de dança, noto uma garota dançando completamente fora do ritmo. Começo a reparar um pouco mais e percebo que ela está dançando ao ritmo da música que toca em seu iPod e não ao ritmo da música do local. Estranho? Não necessariamente. Esta é uma das mais novas tendências que ocorrem nas cidades mais “trendy”: de se isolar totalmente do seu ambiente seja este o ponto de ônibus, o metrô, ou, como no caso acima, a pista de dança. Londres é uma cidade onde as pessoas evitam conversar entre si e até mesmo se encontrarem com os próprios vizinhos no corredor para não terem que falar com ninguém. O ponto deste artigo é que tenho notado que as tecnologias têm ajudado a aproximação de pessoas distantes, mas contribuído também para o distanciamento de pessoas fisicamente próximas. Explico melhor a seguir. Sob a ótica positiva Pouco mais de uma década atrás, quando me mudei para a Europa, a comuni cação com meus amigos e familiares que haviam ficado no Brasil não era tão fácil como é agora. Imagine uma comunicação via correio, telefone e fax. Naquela época, em várias partes do mundo, a internet ainda era chamada de auto-estrada da informação e restrita a poucas empresas e universidades,, não tendo conquistado os domicílios. universidades Desde então, passei a usar e-mails, ICQ, Messenger, Yahoo! Messenger e, nos últimos anos, o Skype, que usa a tecnologia VoIP (Voice (Voice over IP) e faz c om que a comunicação com meus amigos e parentes no Brasil seja efetuada instantaneamente instantaneamente e de graça. Isto sem mencionar o fenôme no das redes sociais online no Brasi l, como é o caso do Orkut (do Google), que fez com que eu encontrasse algumas pessoas que não via há pelo menos 20 anos! Estas redes ajudam não somente a reencontrar pessoas que você não vê há décadas, mas também a conhecê-las melhor e a manter um contato muito mais freqüent e. E o mais legal disto tudo é quando você encontra um amigo seu e pe rcebe que vocês têm muito mais pontos em comum do que achavam. E no lado negativo No lado negativo, a tecnologia tem sido usada como uma desculpa para as pessoas realmente se desconectarem dos ambientes nos quais estão vivendo. Como é o caso mencionado no começo deste artigo. Mas há diversas outras situações no qual iss o têm acontecido como, por exempl o, a cena hilária de vários executivos no coffee-break de qualquer congresso e/ou seminário, conversando em seus telefones celulares ou verificando e-mails em seus B lackberrys (aparel-
experience design :: 59
"...cabe a cada um utilizar a tecnologia de forma apropriada e que faça com que você não vire um alienado e desconectado de seu ambiente imediato." hos próprios para receber e-mai ls), em vez de estarem trocando cartões de visita e/ou aproveitando a oportunidade para conversarem com pessoa s ligadas à área. Ou a cena de uma garota em um ônibus descrevendo detalhes minuciosos de sua última relação sexual com um cara com quem ela fic ou na noite anterior, detalhes estes que ela não teria coragem sequer de me ncionar diretamente para qualquer pessoa no ônibus, mas que, como é uma amiga dela que está do outro lado da linha, ela não se importa e, na verdade, até ignora totalmente as pesso as a seu redo r. Em algumas partes do mundo, o nível de individualidade e desconexão com a realidade chegou a tal ponto que, já que é estranho uma pessoa começar a conversar com outra pessoa no meio da rua , então elas acabam assinando um serviço de SMS no qual descrevem todas suas característic as e deixam bem explicitado qual tipo de pessoa que elas gostam: homo ou heterossexuai s, loiro(a), moreno(a), alto(a), baixo(a) etc. Quando uma pessoa com as características mencionadas estiver próxima à ela, seu telefone lhe enviará um SMS lhe avisando. Eu sei que estes fenômenos sociais guiados pela tecnologia não são nada recentes, pois tecnologias introduzidas décadas atrás, como a televisão, os vídeo games e várias outras já contribuíam para esta dicotomia, mas o que percebo é que a cada dia presencio fatos totalmente inéditos e inimagináveis. Em resposta à pergunta inicial, na verdade acho que cabe a cada um utilizar a tecnologia de forma apropriada e que faça com que você não vire um alienado e desconectado de seu ambiente imediato.
60 :: marketing
René de Paula Jr. Jr. Diretor de conteúdo do Yahoo Yahoo Brasil. É profissional de internet desde 1996, passou pelas maiores agências e empresas do país: Wunderman, AlmapBBDO, Agência Click, Banco Real ABN AMRO. É criador da “usina.com”, portal focado no mundo online, e do “radinho de pilha” (www.radinhodepilha.co (www .radinhodepilha.com), m), comunidade de profissionais da área.
[email protected]
Pecado muito pouco original Onde quer que você olhe, a mensagem é uma só: você está frito. Melhor nem ouvir a caixa postal. A caixa de e ntrada, então... pior ainda. E só de pe nsar na gritaria que te aguarda, nem dá vontade de sair da cama, isto é, se é que você ainda consegue pregar o olho e dormi r. Bem-vindo à InFernet, onde demônios sem piedade te assam em fogo e enxofre. Com o tempo você acostuma. Teu Teu pai te pergunta: como vai o trabalho, meu filho? Você responde: responde: uma correria dana da. E ambos sorriem, porque sofrer é bom sinal. Será que é? Eu acho qu e não. Tenho Tenho duas notí cias, uma boa e outra dol orida: Comecemos pela dolorosa: se você foi pro inferno, a culpa é sua e o pecado é grave. Doeu? Lamento. Onde foi que você pecou? Well, posso arriscar? O pecado mais vergonhoso é a Preguiça. Você sabe que um bom briefing é importante, que documentar o que o cliente quer e espera é fundamental, que você deve validar ponto por ponto o que foi combinad o, que deveria ter aprovado todos os detalhes do layout antes de por a mão n a massa, que deveria testar tu do antes de colocar n o ar... ar... mas aí bateu a preguiça. “Para que perder tempo com essas chatices?” “Eu sou um profissional de talento, não um burocrata...” “Vamos queimar etapas!” E aí você se qu eima. Você que teve preguiça de fazer a lição de casa vai arder por semanas nas chamas da refação. Posso arriscar outra vez? Orgulho. Você que sabe tuuuudo de internet, um cara antenado, descolado, geek, vai dar ouvidos a esse clie nte sem glamour? Quem é ele, afinal, para dizer se ficou bom ou não? Resposta: ele é o cara que paga as tuas contas. Ele é o cara, é o dono do negócio e entende disso como ninguém. Se alguém deveria enfiar o rabo no meio das pernas e aprender com humildade... é você. Ou então sua conta bancária vai atravessar desertos tórridos implorando por uma gota salobra de dinheiro. Gula é outra desgraça. Confesse : você não resistiu e aceitou três frilas ao mesmo tempo. A grana era tão boa! O cliente tão amigável! “Eu me viro”, você imaginou, e acabou virando num espeto sobre as línguas de fogo dos clientes que você deixou na mão. Avareza engana. Você faz as contas e parece lógico: por que perder dinhe iro com isso? “Eu faço isso sair de graça”. Faltou um S aí: sai deSgraça. deSgraça. Você não quis contratar contratar um auxiliar, não quis licenciar um software, não quis con tratar um hosting dece nte? O dinheiro que você economizou não paga o festival de dores de cabeça que te espera: noites mal dormidas e o medo perpétuo de que alguém descubra que o pecado maior foi a economia porca que você fez.
marketing :: 61
"Perder a confiança de um cliente é quase irreversível. O estrago que você provoca nos negócios alheios não tem volta. A mancha na tua reputação não sai tão fácil." Ok, tudo bem, você não é um mão-de-vaca mesquinho. Você é generoso, grandioso. Luxúria tem seu encanto, convenhamos. É charmoso viver à larga. Até a hora em que o cliente te larga porque você estourou o orçamento no meio do projeto. Como já dizia João Bosco, dinheiro na mão é vendaval na vida de um sonh ador, sobretudo se ele achar que fazer contas é coisa de pobre. Faltam dois pecados ainda, a inveja e a ira, mas vamos deixar isso de lado, já estamos bem-servidos de tentações nesse jardim de delícias do digimundo, onde tudo parece fácil, onde tudo dá para resolver com um bom CTRL+Z. Dá mesmo? Não, não dá. Perder a confiança de um cliente é quase irrevers irreversível. ível. O estrago que você provoca nos negócio s alheios não tem volta. A mancha na tua reputação não sai tão fácil. E aquela precaução que você não tomou não tem remédio. Lamento, mas no mundo do trabalho não há perdão. Perguntei a uma colega gringa como andava o trabalho. “Acabamos o projeto e estamos fazendo o postmortem”, disse ela. Post-mortem é um jargão para uma análise de tudo o que deu err ado em um projeto e poderia ter sido evitado. Um bom post-mortem traz à luz um monte
de descuidos, vícios, acidentes, distorções. Dói, mas fica claríssimo onde não errar da próxima vez. Recomendo. Eu prometi uma boa notícia, não? Lá vai: exi ste uma saída do Inferno. Não entrar nele.
62 :: bula da Catunda
Marcela Catunda Trabalhou na TV Globo, TV Bandeir antes, TV Gazeta, Manchete e SBT. Foi redatora da DM9DDB e Supervisora de Criação de Mídia Interativa da Publicis Salles Norton. É sócia do site Banheiro Feminino, está no Orkut e trabalha como autônoma. blog - http://pirei.catunda.org
[email protected]
Eu dei! eu dei! Eu dei uma palestra E eu que sempre fui a bagunceira quieta/a tímida falante, enfrentei os palcos de todo um Maksoud e palestrei no 10ºEWD em São Paulo. Passei um medo danado, fiquei desesperadamente nervosa, mas saiu.
Aqui vai um modesto pout pourri dos melhores momentos da palestra, sem nenhuma pretensão, please. Antes de falarmos no que consiste o ofíci o freelar, é preciso dividir os freelas em dois gêneros: O primeiro é aquele QUE QUER SER FREELA, mas só até ser contratado: - Um dia ainda trabalho aqui. O segundo é o QUE QUER SER FREELA e pronto: - Adoro trabalhar trabalhar aqui, lá e acolá. E o que é ser freela? Freela é aquele profissional que, assim como outro qualquer, rala pra ganhar seu dinheirinho. A diferença básica do freela pros outros profissionais é que o freela tem como endereço comercial o residencial. Parece p ouco, mas não é. É preciso ter nervos de aço pra ser f reela, tem mês que o telefone não toca, ou porque cortaram a conta da gente, ou porque ninguém lembrou da nossa existência, e se lembrou desistiu antes de fechar negócio. Um freela sabe que propostas voando não são um pássaro na mão. Sabe que tem que correr atrás, disparar e-mails, falar com os amigos e botar a carroça pra and ar ar.. Quando o desespero bater, bater, ou um oficial de justiça, erga a cabeça e pense: DIAS MELHORES VIRÃO. E quem diabos chama um freela? Cada caso é um caso. No meu, por exemplo, agências de publicidade, produtoras de internet, de vídeo, animação, televisões e quem mais quiser experimentar. Se a coisa for legal, eu topo. Mas como se vender como freela? Taí uma coisa que estou constante mente aprendend o. Passei a vez. Mas posso dizer que sorte é um treco que conta. E quanto ganha um freela? Eu costumo ver quantas horas vou passar me dedicando ao job e multiplico pelo meu custo mulher/hora. Não gosto de trabalhar chutando preço. Sempre que isso me acontece me dou mal, muito mal. Mas, às vezes, eu chuto e me dou bem, muito bem. Porém, o mais seguro é calcular seu preço e mul tiplicar pelas horas dedicadas ao job
bula da Catunda :: 63
“Não pode ser refação pokemon, aquela que vira job do mar, mar, job do fogo, job da terra, vinte e nove jobs num só. É duro, mas é importante lembrar que você é um freela e não funcionário do cara” em questão. "Refações" são ossos do ofício, mas tudo tem que ter limite. Não pode ser "refação" pokemon, aquela que vira job do mar, mar, job do fogo, job da terra, vinte e nove jobs num só. É duro, mas é importante lembrar que você é um freela e não funcionário do cara, e está ganhando por trabalho e não por mês. E aí, quer pagar QUANDO? A diferença básica de um freela para o contratado é a pergunta: e eu vou receber quando? Exemplo: você vai lá, pega o job, faz direitinho e quando entrega o cara diz: “Manda a nota”. Nesse meio tempo você, que já tá ralando. Há pelo menos duas semanas, vai ter que espe rar os tais 30 dias fora a nota, ou seja, vai demorar na melhor das hipó teses, uns 50 dias pra ter a grana na conta. Por isso, combine se mpre QUANDO. Ele é tão importante quanto o QUANTO. Fluxo de Trabalho Quando se trabalha em casa às veze s a coisa fica desesperadora. A gente precisa do material pra começar começar,, o cara fica de mandar dia tal, não manda e também não altera a data de entrega, ou seja, ele tá transformando você no único incompete nte da coisa e isso não é justo. Deixe bem claro que, se o materi al não chegar, você não vai contratar uma vidente pra te b rifar. VANTAGENS VANT AGENS E DESVANT DESVANTAGENS AGENS DE SER FREELA Vantagens - Eu sou meu chefe. (oba) - Eu faço minha hora. (delícia) - Eu trabalho em casa. (coisa boa) - Eu ganho grana numa tacada. (me dei bem) - Minhas Bics são minhas Bics. (ninguém me rouba) Desvantagens - Eu sou meu chefe. (que medo) - Eu faço minha hora. (socorro)
- Eu trabalho em casa. (folgada) - Eu ganho grana numa tacada. (pena que a grana não entra sempre) - Minhas Bics são minhas Bics. (ningué m pra conversar) E para encerrar aqui vão Os 10 Mandamentos do Freela by Marcela Catunda:
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Luli Radfahrer PhD em Comunicação Digital, já dirigiu a divisão de inter net de algumas das maiores agências de propaganda e de alguns dos maiores portais do Brasil. Hoje, é Professor-Doutor da ECA-USP, ECA-USP, Diretor Associado do Museu de Arte Contemporânea e consultor independente. Autor do li vro ‘design/web/ design:2’, administr a uma comunidade de difusão do conhecimento digital pelo País.
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A pergunta de 1MUS$ Você está no emprego que sempre sonhou? Conquistou a mulher dos seus sonhos? Isso é só o começo Existe, em terras gringas, uma expressão diretamente ligada à relação deles com o dinheiro. Me refiro à tal “pergunta de um milhão de dólares” – um problema tão difícil e/ou insolúvel que sua resposta valeria US$ 106. Mesmo montante, aliás, oferecido aos ganhadores do prêmio Nobel. Honestamente, acho meio besta a motivação que leve alguém a se embrenhar em uma pesquisa de porte – científica ou não – seja algo tão ridículo quanto dinheiro. Não acredito que pesquisadores dedicados, dedicados, que devotam 40 anos ou mais de suas vidas / carreiras na busca por respostas a problemas que afligem a humanidade (a cura do C âncer âncer,, por exemplo) o façam com a perspectiva, mesmo que remota, de ganhar uma polpuda quan tia. Isso me parece a cenoura para outro tipo de burro. É só ver o que esses cientistas / literatos / políticos fazem logo depois de ganhar tais prêmios. Alguns até tiram un s poucos dias de merecidas férias , só para depois voltar a seus laboratórios e escritórios como se nada tivesse acontecido. Não se sabe de nenhum deles que tenha comprado um veleiro para navegar pelas ilhas gregas. Até porque eles já estão velhos demais para isso. O velho aqui também tem, como mu itos, sua pergunta de um megadól ar ar.. Antes que você comece a reclamar, saiba que ela tem basta nte a ver com a sua profissão. Com vár ias, aliás: — O que você faria DEPOIS de ganhar um milhão de dólares? Sim. Imagine que, por acaso, herança, presente, golpe-do-baú, falcatrua, mensalão, stock options, Google AdSense ou simplesmente por ter trabalhado duro na vida, você tenha acesso a uma quantidade de dinheiro que faz com que nu nca mais tenha que trabalhar. Trocando em miúdos, um rendimen to mensal de mais de 12 mi l doletas sem risco. Sem esforço. Garanti do para sempre. E agora, o que faria? Antes de pensar no óbvio, lembre-se que o óbvio nem sempre é sábio. As histórias daqueles que ganharam na loteria não têm sempre final feliz. Muitos deles, aliás, terminam mais pobres ou mais infelizes do que eram antes de montar na bolada. Diz-se por aí que dinheiro não traz a felicidade (manda buscar, diriam alguns). Diz-se também que ele é a raiz de todos os males (o ditado correto é o amor ao dinheiro). Acho que isso é dar importância demais para ele. Por mais que seja supervalorizado nesses tempos de freakonomics, ele é só um agente intermediário. Como tal, não tem vontade ou ideologia. O que se faz com ele (ou por ele) é que demanda avaliação.
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"...por que você faz o que faz? Qual legado pretende deixar? Como imagina ser reconhecido?"
Muitos detestam o trabalho que fazem e a empresa em que estão e só justificam sua permanência por causa do tão necessário dinheiro. Por isso, volto à minha pergunta: se você conseguisse atingir seu sonho, o que faria depois? Por não ter resposta a essa pergunta que muita gente se escraviza e se perde. Acho patéticos os pobres-diabos que dizem às massas estarem “no emprego que sempre sonharam”. Isso é politicagem ou ingenuidade. Se você chegou aonde semp re quis, está na hora de se aposentar. Em outras palavras: por que você faz o que faz? Qual
legado pretende deixar? Como imagina ser reconhecido? “Um escroto rico” não me parece algo atraente, por mais que a TV esteja c heia de exemplos em seus apresentadores de programas de auditório. Mas nem é preciso ir tão longe, com seu chefe por perto para servir de exemplo. O carnaval está chegando. Goste ou não dele, sugiro que você o utilize como metáfora de seus objetivos profissionais. Depois de uns dias de euforia, sonho e fantasia, a quarta-feira de cinzas é a única certe za indiscutível.