Ubieto, Ag.- Leyendas para una historia paralela del Aragón Medieval

Agustín UBIETO ARTETA. Originario de Ayerbe, nacido en plena guerra civil, a su inequívoca vocación docente (fue profesor ayudante de universidad, catedrático de instituto y de escuela universitaria e inspector de bachillerato antes de convertirse en el primer profesor titular hispano de universidad de didáctica de la historia) une la investigadora, siendo autor de más de treinta libros y medio centenar de artículos, tanto de historia medieval (varios cartularios y crónicas; El real monasterio de Sigena (1188-1300): Toponimia medieval aragonesa; Los tenentes de Aragón y Navarra en los siglos XI y XII; Historia de Aragón en la Edad Media: bibliografía para su estudio; Aproximación al estudio de la nobleza aragonesa (siglos XI y XII): aspectos genealógicos; La documentación eclesial aragonesa de los siglos XI al XIII, dentro del contexto socioeconómico de la época, etc.) como de didáctica de la historia (Ideas para comentar textos históricos, Los mapas históricos: análisis y comentario; Lecturas para comprender Aragón; Aragón, comunidad histórica (Atlas histórico-didáctico); Cómo se formó Aragón; El entorno, lo que nos rodea, como fuente histórica y materia de estudio; Archivos locales y didáctica de la Historia: utilización de fuentes de acceso fácil para el estudio de la localidad; etc.), además de la faceta divulgadora a través de la serie de cortometrajes didácticos titulada «Comprender Aragón» (El porqué de los despoblados; El lenguaje de los castillos; Los nombres de nuestros pueblos; La sal, instrumento del poder; El debe y el haber de los monasterios; El Derecho aragonés, indultado; El lino y el cáñamo; etc.).

M O T I V O DE CUBIERTA:

San Jorge. Talla en madera de Ramírez de Arellano. Diputación de Zaragoza. F O T O : Pomarón

Agustín Ubieto Arteta L E Y E N D A S PARA U N A HISTORIA P A R A L E L A D E L ARAGÓN M E D I E V A L

AGUSTÍN

UBIETO

ARTETA

LEYENDAS PARA UNA HISTORIA PARALELA DEL ARAGÓN MEDIEVAL

I N S T I T U C I Ó N « F E R N A N D O EL C A T Ó L I C O » (C. S. I. O

Excma.

Diputación

de

Zaragoza

Zaragoza , 1 9 9 9

P u b l i c a c i ó n n ú m e r o 2.037 de la Institución «Fernando el Católico» ( E x c m a . Diputación de Zaragoza) P l a z a de E s p a ñ a , 2 50071 Z A R A G O Z A T l f . : [34] 9 7 6 288 8 7 8 / 9 . F a x : [34] 9 7 6 288 869 [email protected]

F I C H A CATALOGRÀFICA U B I E T O A R T E T A , Agustín Leyendas para

una historia paralela

tín U b i e t o A r t c t a . - I

a

del Aragón medieval / A g u s -

R e i m p r e s i ó n . - Z a r a g o z a : l n s t k u c i ó n «Fer-

n a n d o e l C a t ó l i c o » , 1999. 132 p . : 24 c m B i b l i o g r a f í a : p . 369-379 ISBN:

84-7820-426-1

1. T í t u l o . 11. I n s t i t u c i ó n « F e r n a n d o el C a t ó l i c o » e d .

V

REIMPRESION

© Agustín U b i e t o A r t c t a © De la presente edición: Institución « P e i n a n d o el Católico» I . S . B . N . : 84-7K20-426-1 Depósito L e g a l : Z-191S/99 Impresión: Litocian. Zaragoza

I M P R E S O E N ESPAÑA - UNIÓN E U R O P E A

I. INTRODUCCIÓN

1. ALGUNAS CUESTIONES PREVIAS

La r e c o n s t r u c c i ó n histórica se ha basado f u n d a m e n t a l m e n t e en las f u e n tes d o c u m e n t a l e s escritas (en g e n e r a l , las emanadas d e l p o d e r establecido) y en las arqueológicas, p e r o c a d a vez v a n a d q u i r i e n d o m a y o r e m p u j e o t r o tipo de fuentes y ayudas, c o m o las q u e p r o p o r c i o n a n la a r q u e o l o g í a i n d u s t r i a l , la e l a b o r a c i ó n seriada y estadística de datos, la fotografía, los exvotos, la cartografía histórica, etc. E n t r e las q u e ú l t i m a m e n t e h a n a d q u i r i d o u n fuerte v i g o r en Aragón están las leyendas, transmitidas o r a l m e n t e , en p r i n c i p i o , p e r o recogidas y a l a m a y o r parte p o r escrito e n u n m o m e n t o d e t e r m i n a d o , a u n q u e en los m e d i o s de difusión más v a r i o p i n t o s , dispersos o inalcanzables. A u n q u e todavía q u e d a n bastantes p o r p l a s m a r e n l e t r a i m p r e s a , e s hab i t u a l h a l l a r leyendas escritas sueltas en p r o g r a m a s de Fiesta, hojas p a r r o q u i a l e s , revistas escolares, b o l e t i n e s m u n i c i p a l e s , novelas, c u a d e r n o s c u l t u rales, p r e n s a e i n c l u s o i n t e r c a l a d a s en l i b r o s de temática diversa. A l g u n o s medios de información incorporan de cuando en cuando colaboraciones sueltas en las q u e a p a r e c e n f i r m a s habituales, c o m o las de S a l v a d o r Ciisbert (siglo X I X ) , R a f a e l A n d o l z , V í c t o r A z a g r a , M a n u e l Iglesias, etc. P o r o t r a p a r t e , si en los c i n c u e n t a y siete a ñ o s q u e m e d i a n e n t r e 1929 y 1986 a p a r e c i e r o n a l m e n o s c i n c o l i b r o s m o n o g r á f i c o s sobre leyendas (José B e l t r á n , Tradiciones y leyendas de Daraca, 1929; César T o m á s , Leyendas y tradiciones de la sierra de

Albarracín,

1954; J a i m e de C a r u a n a , Relatos y tradiciones

de Teruel, 1965; L u c í a D u e s o , Leyendas de l ' A l t o Aragón, 1985; y J u a n D o m í n g u e z L a s i e r r a , Aragón legendario, 1984-86), en los siete últimos a ñ o s —19901 9 9 6 — h a n visto l a l u z n o m e n o s d e siete m o n o g r a f í a s ( A n t o n i o B e l t r á n , Leyendas aragonesas, leyendas ruel,

turolenses,

1990; F r a n c i s c o 1992;

Alberto

L á z a r o , El bardo de la memoria. Serrano,

Guía

mágica

de

Historias y

la provincia

1993; R a f a e l A n d o l z , Leyendas del Pirineo para niños v adultos,

de

Te-

1994; A l -

b e r t o S e r r a n o , Historia fantástica, del viejo Aragón, 1994; J o s é R a m ó n M a r c u e l l o , Mitos, leyendas y tradiciones del Ebro, 1996; y A l b e r t o S e r r a n o , El Moncayo, fantástico, legendario y misterioso, 1996), c u y a l e c t u r a r e c o m i e n d o p o r e l atractivo q u e e n c i e r r a n . E s e n este c o n t e x t o e n e l q u e h e m o s i n t e n t a d o a p o r t a r u n a a n t o l o g í a d e leyendas históricas aragonesas d e t e m á t i c a m e d i e v a l -—trescientas c i n 7

Agustín L/bieto Arteta

c u e n t a y n u e v e c o n c r e t a m e n t e — , q u e n o s p u e d e n p e r m i t i r esbozar u n a j u gosa h i s t o r i a p a r a l e l a d e l A r a g ó n m e d i e v a l a través d e l a l e y e n d a , p u e s t o q u e las hay d e s d e las q u e e x p l i c a n a su m a n e r a la c o n q u i s t a m u s u l m a n a o el posterior proceso reconquistador y repoblador cristiano, pasando p o r n u e s t r o s reyes, la n o b l e z a y los s e ñ o r í o s , la v i d a c o r t e s a n a , las p u g n a s fam i l i a r e s , las g u e r r a s e n t r e c r i s t i a n o s , los a m o r e s y d e s a m o r e s . T a m b i é n retratan el m u n d o m u s u l m á n y el j u d í o , así c o m o las r e l a c i o n e s e n t r e cristianos y m o r o s , sin o l v i d a r los aspectos r e l i g i o s o s (los m o n a s t e r i o s , los p e r e g r i n o s , los santos, los p o r t e n t o s y las r e l i q u i a s ) y los s o c i o - c u l t u r a l e s (la j u s t i c i a , la c u l t u r a , las plagas y e p i d e m i a s , los aragoneses a l l e n d e las f r o n teras y los a r a g o n e s e s c o n p e r s o n a l i d a d ) , t o d o e l l o e n e l m a r c o c r o n o l ó g i c o q u e v a d e l siglo V I I I a l X V . P o r o t r a parte, el presente trabajo n a c i ó c o n vocación didáctica y, a pesar d e las vicisitudes sufridas, p r e t e n d e tener t a m b i é n u n a aplicación d i dáctica, pues gracias a las c o n c l u s i o n e s extraídas h o y c r e e m o s estar en c o n d i c i o n e s d e a p o r t a r resultados, a u n q u e sea e n o t r o m o m e n t o y e n o t r o lugar, p a r a su aplicación en el a u l a . O r i g i n a r i a m e n t e , e l trabajo consistía e n l o g r a r q u e a l g u n o s p r o f e s o r e s , en varios c o l e g i o s e institutos, r e c o g i e r a n c o n sus a l u m n o s leyendas de sus respectivas c o m a r c a s p a r a trabajarlas en clase, y no f u e r o n p o c a s las a p o r taciones r e c i b i d a s allá p o r e l a ñ o 1982, p e r o los resultados o b t e n i d o s , i n d i v i d u a l m e n t e c o n s i d e r a d o s , f u e r o n escasos. Se i n v o l u c r a r o n bastantes c e n t r o s e d u c a t i v o s —a cuyos p r o f e s o r e s y a l u m n o s a g r a d e z c o s u i n e s t i m a b l e c o l a b o r a c i ó n — , q u e n o sé>lo h i c i e r o n u n a i m p o r t a n t e tarea r e c o p i l a d o r a s i n o q u e , a d e m á s , t r a b a j a r o n e n las a u las c o n e l m a t e r i a l c o n s e g u i d o . Sus a p o r t a c i o n e s q u e d a n patentes e n c a d a l e y e n d a l o g r a d a p o r esta vía, q u e v i e n e n a s u p o n e r u n 4 , 8 % d e l t o t a l d e las r e f e r e n c i a s , p u e s otras m u c h a s p r o p u e s t a s n o e r a n leyendas, s e salían d e l m a r c o t e m p o r a l d e l a E d a d M e d i a o y a h a b í a n s i d o fijadas e n algún t i p o de texto escrito. A este g r u p o de n a r r a c i o n e s r e c o g i d a s p o r vía o r a l en los c e n t r o s hay q u e a ñ a d i r las c o n s e g u i d a s p e r s o n a l m e n t e q u e n o e s t u v i e r a n p u b l i c a d a s o n o tuviera c o n s t a n c i a d e e l l o , l o q u e s u p o n e o t r o 8,6%, d e m o d o q u e las 5 9 a p o r t a c i o n e s m e r a m e n t e orales a l a o b r a s u p o n e n u n 13,4% d e l total. T o d o esto s i g n i f i c a q u e el 86,6%) de las n a r r a c i o n e s q u e p r e s e n t a m o s (antes o después, desde el siglo XIII hasta el X X ) y a se h a b í a n fijado e n textos escritos, a u n q u e m u c h a s veces h a y a n s i d o difíciles d e detectar. L a p l u r a l i d a d de fuentes es e n o r m e , lo q u e nos o b l i g a a r e a g r u p a r l a s : — De libros específicos sobre leyendas se h a n t o m a d o 55 r e f e r e n c i a s , lo q u e

s u p o n e u n 1 2 , 5 % d e l total. — Un 0,4% (2 referencias) h a n s i d o t o m a d a s de manuscritos de los siglos XII y XIII.

— Un 0 , 9 % (4) s o n leyendas i n c r u s t a d a s en canciones de gesta.

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Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval

— Un 3 , 5 % (16) h a n s i d o l o c a l i z a d a s en crónicas medievales de los siglos x m ( 5 ) , X I V (9) y X V (2). — El romancero ha a p o r t a d o un 1,4%

(6 r e f e r e n c i a s ) .

— En diversas historias generales de España h e m o s h a l l a d o un total, 2 d e l siglo X V I I I y 10 d e l X X .

10,4% d e l

— Diversos l i b r o s de historia sobre Aragón h a n a p o r t a d o el 18,2% d e l total d e referencias: siglo x v i (7), x v i i (3), x v i i i (44), X I X (8) y d e l X X (18). — L a s historias de comarcas h a n c o n t r i b u i d o en un 6,5%, d i s t r i b u i d a s así: siglo X V I I (2), siglo X I X (23) y siglo X X (4). — L a s historias locales h a n supuesto un 11,1 % de a p o r t a c i o n e s : d e l siglo XVIII

(3), d e l

xix

(8)

y del XX

(38).

— En l i b r o s sobre historias personales o familiares se ha r e c o g i d o un 6,3%;: d e l siglo X V I I (2), d e l x v i l l (10), d e l X X (16). — En libros de temática general sobre Aragón se h a n t o m a d o 21 r e f e r e n cias, l o q u e s i g n i f i c a u n 4 , 7 % d e l a t o t a l i d a d . — De litros generales atípicos, 2

(un 0,4%).

— Las revistas, a pesar d e l e n o r m e esfuerzo de b ú s q u e d a , sólo h a n sign i f i c a d o u n 8,6%,, 7 d e l siglo X I X y 3 1 d e l X X . — U n a f u e n t e q u e a p r i o r i se v i s l u m b r a b a i m p o r t a n t e era el periódico, pero la r e a l i d a d ha sido b i e n d i s t i n t a , pues la m a y o r parte de las leyendas presentadas ya h a b í a n a p a r e c i d o escritas c o n a n t e r i o r i d a d en otros d e los m e d i o s e n u m e r a d o s . A l siglo X I X p e r t e n e c e n 3 ( u n 0,7%) y al x x , 31 ( u n 7%) d e l total. — C o m o en el caso anterior, los programas de fiestas h a n sido parcos en resultados, pues ú n i c a m e n t e se h a n t o m a d o 3 referencias, un 0,7%. — E x a c t a m e n t e i g u a l se p u e d e d e c i r de los periódicos escolares, q u e h a n a p o r t a d o 3 r e f e r e n c i a s ( u n 0,7%). — P o r ú l t i m o , p e r m í t a s e m e a b r i r un capítulo de varios, c o n 11 r e f e r e n cias o, lo q u e lo m i s m o , un 2,4%; de a p o r t a c i ó n . Está c l a r o , p o r l o tanto, q u e u n e n o r m e porcentaje d e las leyendas aragonesas de t e m á t i c a m e d i e v a l , o al m e n o s las q u e en esta o b r a q u e d a n recogidas — c e r c a d e u n 9 0 % , u n 86,6%; e x a c t a m e n t e — h a n a l c a n z a d o antes o después la l e t r a i m p r e s a . E l l o q u i e r e d e c i r q u e , si p r e t e n d e m o s a m p l i a r el 13,4% de las q u e no lo h a n s i d o , a este esfuerzo, q u e ha s i d o g r a n d e , se debe s u m a r el de todos, pues d o n d e m e n o s se espera p u e d e a p a r e c e r u n a j o y a i g n o r a d a . E n este s e n t i d o , esta a p o r t a c i ó n q u e d a a b i e r t a p o r i n a c a b a d a . T o d o s y c a d a u n o de los textos o f r e c i d o s — u n o s c o n o c i d o s , otros noved o s o s — son i g u a l m e n t e q u e r i d o s p a r a e l r e c o p i l a d o r , q u e h a t e n i d o q u e m e d i t a r sobre c a d a u n o d e ellos (tarea e n l a q u e , e n parte, h a n c o l a b o r a d o

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Agustín Ubieto Arteta

Teresa Sas, d e l Instituto de E s t u d i o s A l t o a r a g o n e s e s , y mi h i j a M a r í a ) y p r o p o n e r u n a r e d a c c i ó n c u i d a d a p a r a n o p e r d e r datos e i n t e n c i o n e s y ajusfarlos todos a u n a m e d i d a estándar, l o c u a l h a s u p u e s t o n o pocas d i f i c u l t a d e s . P e r o n o todas las leyendas h a n t e n i d o l a m i s m a f o r t u n a e n s u d e v e n i r . U n a s h a n pasado d e p u n t i l l a s e n l i b r o s apenas leídos, otras y a c e n enmascaradas e n c r ó n i c a s d e los siglos X I I I a l X V ( « C r ó n i c a d e los Estados P e n i n sulares», « C h r o n i c a A d e f o n s i imperatoris», « C r ó n i c a d e los Reyes d e N a v a r r a » , « C r ó n i c a d e P e d r o Valencia», « C r ó n i c a d e Desclot», « C r ó n i c a d e M u n t a n e r » , « C r ó n i c a l a t i n a de los Reyes de Castilla», « C r ó n i c a s A n ó n i m a s d e S a h a g ú n » , « P r i m e r a C r ó n i c a G e n e r a l » y «De rebus H i s p a n i a e » d e X i m e n e z d e R a d a , entre otras), textos d e d o n d e h a h a b i d o q u e a r r a n c a r l a s . U n a s s o n casi c o e t á n e a s a l m o m e n t o a l q u e s e r e f i e r e n , otras s o n m u y posteriores, i n c l u s o d e p l e n o R o m a n t i c i s m o ; unas s o n cultas, otras p o p u l a r e s . No obstante, todas p r e t e n d e n d a r s e n t i d o a h e c h o s y situaciones c o n c r e t o s . U n b u e n p u ñ a d o d e l e y e n d a s d e b i e r o n ser cantadas o glosadas p o r trovadores y juglares, puesto que, al menos c o n certeza cuatro, d i e r o n o r i g e n a c a n c i o n e s d e gesta, y otras tres c o n m u c h a p r o b a b i l i d a d . D e u n a c a n c i ó n d e gesta d e l siglo X I V n a c e , o e l l a m i s m a d a o r i g e n a l a c a n c i ó n , l a t o m a d e Z a r a g o z a p o r C a r l o m a g n o y R o l d a n [ l e y e n d a 4 ] — a l o l a r g o d e los 1.410 versos c o n s e r v a d o s — , c o n u n a r g u m e n t o a b s o l u t a m e n t e fantástico. E l c o n d e B e r n a r d o d e R i b a g o r z a , q u e g o b e r n ó a p r i n c i p i o s d e l siglo X , d i o o r i g e n , a s i m i s m o , a u n r e l a t o é p i c o [21, 231, c o m o l o o r i g i n a r o n e l sitio d e B a r b a s t r o p o r los c r u z a d o s e n 1064 ( c a n c i ó n d e 7.392 versos, d e f i n a l e s d e l s i g l o X I I o c o m i e n z o s d e l X I I I , n a r r a c i ó n fantástica d o n d e las haya) [28], y l a m u e r t e d e S a n c h o R a m í r e z ante los m u r o s d e H u e s c a [95]. P r o s i f i c a d a nos h a l l e g a d o l a c a n c i ó n d e gesta q u e n a r r a l a e l e c c i ó n d e R a m i r o I I como rey de Aragón [106J, m i e n t r a s a l c a n z a b a más f o r t u n a a través de los siglos, e n c a n c i ó n d e gesta r e d a c t a d a h a c i a 1224-1227, l a f a m o s a « C a m p a n a d e H u e s c a » [110]. P o r ú l t i m o , u n p o s i b l e c a n t a r d e gesta n a r r ó e l e n f r e n t a m i e n t o d e P e d r o d e A h o n e s c o n e l rey j a i m e I y l a m u e r t e d e a q u e l n o ble [125]. O t r a s l e y e n d a s a l c a n z a r o n tal n o t o r i e d a d q u e d i e r o n o r i g e n n a d a m e n o s q u e a los c u a r t e l e s d e l e s c u d o d e A r a g ó n . L a v i c t o r i a d e las t r o p a s d e G a r c í a J i m é n e z e n A í n s a , e s t i m u l a d a s p o r l a a p a r i c i ó n d e u n a c r u z r o j a sob r e u n a e n c i n a [17], e s u n a d e ellas, c o m o t a m b i é n l o e s l a c r u z b l a n c a sobre f o n d o a z u l , c r u z q u e a l e n t ó y g u i ó a los g u e r r e r o s d e I ñ i g o A r i s t a e n Araguás [22], m i e n t r a s q u e las c u a t r o cabezas d e l t e r c e r c u a r t e l rep r e s e n t a n a las de los j e f e s m o r o s q u e q u e d a r o n segadas tras la b a t a l l a de A l c o r a z [37]. E n t o r n o a l a religión, h o y p o d e m o s r e c o g e r n o s e n l a iglesia d e S a n M i g u e l d e los N a v a r r o s z a r a g o z a n a , q u e r e c u e r d a l a a y u d a d e l santo e n l a rec o n q u i s t a de Z a r a g o z a [48], o p o d e m o s v e n e r a r a santo D o m i n g u i t o de V a l , asesinado p o r los j u d í o s , p o r q u e u n a l u z c e g a d o r a d e l a t ó dónele estaba e n t e r r a d o s u c u e r p o [212]. P o r o t r o l a d o , a u n q u e n o f u e r o n los ú n i c o s q u e s e 10

leyendas para una historia paralela del Aragón medieval

o r i g i n a r o n , los C o r p o r a l e s d e D a r o c a s e basan e n u n a b e l l a tradición leg e n d a r i a [301], c o m o e l i m p o r t a n t e «voto» q u e múltiples p u e b l o s d e A r a gón o f r e c i e r o n a los restos de san I n d a l e c i o traído desde a l - A n d a l u s hasta S a n J u a n d e l a P e ñ a [320], m i e n t r a s q u e e l S a n t o G r i a l todavía s e p u e d e ven e r a r h o y e n l a seo v a l e n c i a n a , tras h a b e r p e r m a n e c i d o e n e l m o n a s t e r i o p i n a t e n s e y en la Aljafería [324, 3 2 5 ] , y h a b e r d a d o o r i g e n a la c é l e b r e ó p e r a P a r s i f a l . P o r f i n , c e l e b r a d o fue e n t o d a l a P e n í n s u l a , p e r o sobre t o d o e n P o r t u g a l y e n A r a g ó n , e l p o r t e n t o o b r a d o p o r santa Isabel d e P o r t u g a l , l a r e i n a q u e n a c i e r a e n e l p a l a c i o d e l a Aljafería, a l trocar e n rosas las m o n e das q u e n o q u i s o q u e v i e r a s u m a r i d o [350]. I m p o r t a n t e p a r a los aragoneses f u e r o n sus F u e r o s y el Justicia de A r a g ó n , a m b o s f u n d a m e n t a d o s e n u n a n a r r a c i ó n l e g e n d a r i a [326], c o m o l o e s e l fam o s o «Torico» t u r o l e n s e [70], o el «Primer viernes de mayo» j a c e t a n o , q u e c o n m e m o r a a n u a l m e n t e l a v i c t o r i a d e l c o n d e A z n a r sobre los m u s u l m a n e s , a y u d a d o p o r las mujeres jacetanas y p o r l a V i r g e n d e l a V i c t o r i a [19]. P o r ú l t i m o , los a m o r e s d e M a n r i q u e d e L a r a , e l «Trovador» p r i s i o n e r o d e l a Aljafería, inspirarían a l i t a l i a n o V e r d i s u ó p e r a «II T r o v a t o r e » , r e p r e sentada e n l o d o e l m u n d o [162], m i e n t r a s q u e otros e n a m o r a d o s , los «Amantes d e T e r u e l » s e h a n c o n v e r t i d o e n espejo m u n d i a l d o n d e s e m i r a n q u i e n e s v i v e n a m o r e s a t o r m e n t a d o s [167]. P e r o si estas y a l g u n a s otras leyendas h a n a l c a n z a d o f o r t u n a y f a m a , c o n l a s u m a d e todas las d e m á s , i n c l u i d a l a más m o d e s t a , e s p o s i b l e e n s a m b l a r u n a h i s t o r i a p a r a l e l a , a u n q u e l e g e n d a r i a , d e l A r a g ó n m e d i e v a l , u n a histor i a m e n o s f i e l q u e l a t r a m a d a p o r o t r o t i p o d e fuentes, sobre t o d o las escritas, p e r o m u c h o más jugosa, la h i s t o r i a q u e esbozamos a c o n t i n u a c i ó n .

2. UNA HISTORIA PARALELA A TRAVÉS DE LAS LEYENDAS

1. LA C O N Q U I S T A M U S U L M A N A L a presente h i s t o r i a c o m i e n z a c u a n d o u n g r u p o a r m a d o d e m u s u l m a nes atraviesa el e s t r e c h o de G i b r a l t a r p a r a a p o y a r a u n o de los dos b a n d o s políticos q u e s e d i s p u t a b a n e l t r o n o h i s p a n o g o d o . E n m e n o s d e diez años, la a d m i n i s t r a c i ó n c a m b i ó p o r c o m p l e t o y los m u s u l m a n e s se e x t e n d i e r o n c o m o u n r e g u e r o d e pólvora p o r t o d a l a P e n í n s u l a . P u e s b i e n , n u e s t r a hist o r i a , la tejida c o n las trescientas c i n c u e n t a y n u e v e leyendas q u e s i g u e n , ya nos reserva u n a de ellas p a r a estos m o m e n t o s i n i c i a l e s y no p e q u e ñ a : el c o n d e v i s i g o d o d o n J u l i á n , a q u i e n se le a c h a c a el h e c h o de h a b e r l l e v a d o las c o n v e r s a c i o n e s q u e f a c i l i t a r o n la e n t r a d a de los m o r o s , estuvo preso de éstos e n L o a r r e , d o n d e m u r i ó y fue e n t e r r a d o e n t e r r e n o n o sacro p o r los cristianos e n castigo d e l o q u e p a r a ellos f u e u n a traición [1]. L o c i e r t o e s q u e l a a v a l a n c h a m o r a fue i m p a r a b l e y t o d o l o q u e a h o r a e s Aragón capituló o cayó en sus m a n o s p o r las armas en m e n o s de d i e z años. D e estos m o m e n t o s , n o existen m u c h o s t e s t i m o n i o s escritos, n i s i q u i e r a d e los cronistas árabes, p o r eso son de a g r a d e c e r a l g u n o s reíalos l e g e n d a r i o s q u e v a n desde l a p r o f e c í a d e san V a l e r o , e n e l siglo I V , d e q u e C a s t e l n o u n u n c a sería i n v a d i d o p o r los m u s u l m a n e s , c u a n d o éstos todavía n o existían, hasta los actos h e r o i c o s más diversos. S a b e m o s , p o r las leyendas, n a t u r a l m e n t e , q u e B e s t u é , al n o r t e de A t u s a , n o fue c o n q u i s t a d o n u n c a p o r los m o r o s [3]; c o n o c e m o s c ó m o s e p r o d u j o el d e s p o b l a m i e n t o y la h u i d a de las gentes de N o v i l l a s antes de q u e llegar a n los s o l d a d o s [5] o el d e s p o b l a d o de Saz, d e s c u b i e r t o en el siglo XI1 [15] |; o el traslado de los habitantes de C e n t e n e r o b u s c a n d o s e g u r i d a d así c o m o la h u i d a a las m o n t a ñ a s d e l o b i s p o de Z a r a g o z a , B e n c i o , c o n todas las r e l i q u i a s y objetos de v a l o r de la sede, pocas horas antes de q u e e n t r a r a n en l a c i u d a d los islamitas [8]. A l g u n a s p o b l a c i o n e s resistieron d e n o d a d a m e n te y los cristianos d i e r o n g r a n d e s p r u e b a s de v a l o r y astucia colectiva e i n d i v i d u a l , cuales son los casos de Trasobares [4], B e l m o n t e [6], B o r j a |7| o D a r o c a [9], a u n q u e a l f i n a l a c a b a r o n s u c u m b i e n d o .

1.")

Agustín Ubieto Arleta

Capítulo aparte l o c o n s t i t u y e n las n a r r a c i o n e s sobre l a c o n q u i s t a d e l a Sarakusta m o r a p o r los ejércitos d e C a r l o m a g n o — e p i s o d i o b é l i c o e n e l q u e l l e g a a i n t e r v e n i r hasta el p r o p i o e m i r de B a b i l o n i a B a l i g a n t e [2J—, y de la r e c u p e r a c i ó n d e l a levantisca Z a r a g o z a p o r e l c a l i f a A b d e r r a h m á n III, q u i e n n o m b r ó walí suyo a A b e n A i r e , c u y a f a m a y a p r e c i o l l e g a r o n a ser tales q u e c u a n d o Sarakusta pasó a m a n o s de los cristianos, la Z a r a g o z a c r i s t i a n a le d e dicaría u n a calle, l a d e B o n a i r e [12], q u e h a l l e g a d o hasta nuestros días.

2. R E C O N Q U I S T A Y R E P O B L A C I Ó N 2.1. R E C O N Q U I S T A E l p r o c e s o d e r e c u p e r a c i ó n p o r los cristianos d e las tierras q u e los m o ros les habían a r r e b a t a d o fue l e n t o y l l e n o de d i f i c u l t a d e s . Si las fuentes escritas son r e l a t i v a m e n t e a b u n d a n t e s en datos y n o m b r e s , las leyendas al resp e c t o s o n t a m b i é n m u c h a s y bastante más j u g o s a s en su i n f o r m a c i ó n . Sólo a través de la leyenda tenemos c o n o c i m i e n t o del n o m b r e d e l p r i m e r almogávar que se e c h ó al m o n t e para resistir y hostigar al m o r o : F o r t u n o de V i z carra, en las tierras quebradas de R o d a [13]; o c ó m o el monasterio de San Ped r o de Tabernas — d o n d e fueron a parar varios obispos a cuya cabeza estaba el zaragozano B e n c i o — se convirtió en el p r i m e r núcleo organizado de resistencia, desde d o n d e se c o n e c t ó c o n el m u n d o carolingio [16] en busca de ayuda. Las p r i m e r a s y e s t i m u l a d o r a s victorias de los cristianos se c e n t r a n en A n i s a , J a c a y P u e y o d e Araguás. E n Aínsa, l a p o r t e n t o s a aparición d e u n a c r u z r o j a sobre u n a e n c i n a d i o bríos a los h o m b r e s d e l rey d e S o b r a r b e , G a r c í a J i m é n e z , y al o r i g e n p o s t e r i o r de u n o de los cuarteles d e l e s c u d o actual d e Aragón [17]. E n Jaca, l a l u c h a p o r l a r e c o n q u i s t a s e f r a g u a e n t r e a m o r e s i m p o s i b l e s [18] — l o s d e W a l d o y Z a i d a — , c o n l a i n t e r v e n c i ó n arm a d a d e las m u j e r e s jacetanas, así c o m o l a c o l a b o r a c i ó n d e l a V i r g e n q u e f u e decisiva p a r a asegurar l a c i u d a d [19], más l a a y u d a q u e p r e s t a r a e l c o n d e B e r n a r d o d e R i b a g o r z a a l j a c e t a n o G a l i n d o [21]. M u y c e r c a , e n Araguás, c u a n d o t o d o p a r e c í a p e r d i d o p a r a los cristianos sitiados, u n a c r u z d i b u j a d a e n e l c i e l o p e r m i t i ó a l rey I ñ i g o A r i s t a llegar c o n los r e f u e r z o s precisos p a r a v e n c e r a los m o r o s [22], p r o p o r c i o n a n d o así m o t i v o p a r a u n n u e v o cuartel d e l e s c u d o a r a g o n é s d e h o y : u n a c r u z e n c a m p o a z u l celeste. S e s u b l e v a r o n los m o z á r a b e s d e T o r r a l b a e n p l e n o siglo I X y r e c o n q u i s t a r o n s u t e r r u ñ o , a u n q u e e f í m e r a m e n t e [20], m i e n t r a s B e r n a r d o d e R i b a g o r z a c o n t i n u a b a c o n sus gestas d e fábula t o m a n d o e l enclave d e C a l a s a n z y e n s a n c h a n d o su c o n d a d o p o r el sur [23]. P o r el oeste, R a m i r o I y su h e r m a n o , el castellano F e r n a n d o I, p u g n a b a n p o r l a estratégica p l a z a d e C a l a h o r r a , d e c i d i e n d o jugársela e n l u c h a perso14


n a l e n t r e e l C i d y e l a r a g o n é s Martín González, q u e p e r d i ó [24]. P o c o desp u é s c a e r í a e n m a n o s cristianas Alquézar, d o n d e f u e r o n decisivos tanto l a valentía d e u n a m u c h a c h a d e B u e r a q u e d i o m u e r t e a l walí [25] c o m o e l a r r o j o de los h e r m a n o s Isarre, a los q u e distinguió S a n c h o R a m í r e z [26], a q u i e n , p o r cierto, vemos reconquistando transitoriamente Ejea c o n ayuda de g u e r r e r o s franceses [27]. L a t o m a y o c u p a c i ó n d e B a r b a s t r o , e n 1064, c u y a c a m p a ñ a m o t i v a r a l a p r e d i c a c i ó n d e l a p r i m e r a c r u z a d a c o n o c i d a , nos h a l e g a d o v a r i o s r e l a t o s legendarios, algunos de ellos e n c u m b r a d o s a la categoría de canción de gesta, c o m o a q u e l q u e trajo a los n a r b o n e n s e s y a l p r o p i o rey L u i s d e F r a n c i a a l p u e r t o m a r í t i m o b a r b a s t r e n s e [28]; o l a t e r r i b l e m a t a n z a d e m o r o s m i e n t r a s b u s c a b a n e l a g u a v i v i f i c a d o r a d e l V e r o [29]; o e l r e l a t o q u e n a r r a c ó m o u n m o r o t r a i d o r d e b i ó d e l a t a r a l e n e m i g o c r i s t i a n o dé>nd e estaban las f u e n t e s d e a g u a d e l a c i u d a d , l o c u a l s i g n i f i c a b a e n t r e g a r l a [30], o , p o r ú l t i m o , e l rasgo h u m a n i t a r i o d e l c a b a l l e r o c r i s t i a n o l i b e r a n do a u n a esclava [ 3 1 ] . S i s i n g u l a r e s l a h u i d a d e l s e ñ o r m o r o d e M o m a g a s t r e , q u e q u e d ó sep u l t a d o bajo u n a e n o r m e losa c u a n d o p r e t e n d í a llevar c o n s i g o l a i m a g e n de la V i r g e n [32], c u r i o s a es la s o l i c i t u d de a y u d a de S a n c h o R a m í r e z a la V i r g e n e n B i s c a r r u é s q u e l e c o n d u j o a l a v i c t o r i a e n l a i n e x i s t e n t e batalla d e P i e d r a t a j a d a [33], o l a t o m a d e M o n t e M a y o r q u e , p o r h a b e r o c u r r i d o e n u n a n o c h e d e l u n a l l e n a , pasó a d e n o m i n a r s e L u n a [38], M i e n t r a s , e l C i d , q u e dejaba h u e l l a s q u e l l e g a n hasta h o y e n C a l a n d a d o n d e s e refugió [40|, e r a a y u d a d o p o r S a n t i a g o e n l a c o n q u i s t a d e T o r r e n u b l o s , j u n t o a L a Iglesuela d e l C i d [41], o p o r P e d r o R u i z d e A z a g r a , e l a l b a r r a c i n e n s e , e n l a t o m a de V a l e n c i a [45], o sus tropas se p e l e a b a n c o n las de P e d r o 1 de A r a gón c e r c a d e P e r a l t a d e A l c o f e a [39]. E l c e r c o d e H u e s c a , p o r s u p a r t e , f u e p r o l í f i c o e n detalles l e g e n d a r i o s , e n c a b e z a d o s p o r l a m u e r t e d e S a n c h o R a m í r e z [95] y l a a y u d a p r e s t a d a p o r e l c a b a l l e r o san J o r g e e n l a b a t a l l a d e A l c o r a z [36], p e r o n o son m e nos i n t e r e s a n t e s los relatos q u e n o s h a b l a n d e l r e c u e n t o d e g u e r r e r o s famosos que había en cada b a n d o , lo que permitió a P e d r o I predecir el t r i u n f o de los suyos al c o n t a r c o n u n o más [35]; o las gestas de los h e r manos M u d i e l l o a lo largo de la m u r a l l a oséense, que d i e r o n origen al l i naje de los L ó p e z de G u r r e a [34], y la a p o r t a c i ó n de los bravos c a s p o l i nos, e n c u y o t e r r i t o r i o q u e d a r o n las cabezas segadas d e tres d e los c u a t r o reyes m o r o s q u e p e r e c i e r o n e n l a b a t a l l a y q u e q u e d a r í a n i n m o r t a l i z a d o s en las tres y c u a t r o cabezas de los e s c u d o s de C a s p e y de A r a g ó n [37], respectivamente. Además de tomar Monzón, al parecer con la ayuda traicionera de algun o d e sus habitantes m o r o s q u e d i e r o n l a señal d e ataque c o n u n a c a m p a n a [44], los p r o l e g ó m e n o s d e l c e r c o d e Sarakusta a d q u i e r e n f o r m a l e g e n d a r i a e n G a l l u r , R u e d a d e J a l ó n y Ejea. E n l a taifa d e R u e d a , tuvo l u g a r u n a alevosa traición d e l m o r o G l a f a r [43], m i e n t r a s l a taifa d e G a l l u r , g o b e r n á is


d a p o r u n a mujer, caía e n m a n o s cristianas [421, e n tanto q u e E j e a era gan a d a p o r A l f o n s o 1 el B a t a l l a d o r , c o n la a y u d a de la V i r g e n y de los franceses [46], v i c t o r i a tan i m p o r t a n t e q u e le h i z o m e r e c e r la r e c o n c i l i a c i ó n c o n su esposa U r r a c a L98]. P o r fin, le t o c a b a el t u r n o a Z a r a g o z a , en cuyo asedio y p o s t e r i o r ataque A l f o n s o I se v i o s o c o r r i d o p o r los n a v a r r o s y éstos p o r san M i g u e l , lo q u e daría o r i g e n a l a iglesia d e S a n M i g u e l d e los N a v a r r o s a c t u a l [48]. E l m o n a r c a a r a g o n é s capituló las c o n d i c i o n e s d e l a r e n d i c i ó n c o n los m o r o s zar a g o z a n o s d a n d o muestras d e m a g n a n i m i d a d [49], a u n q u e tuvo q u e sop o r t a r e l l e v a n t a m i e n t o d e los m u d e j a r e s q u e q u e d a r o n e n l a c i u d a d q u e a p u n t o e s t u v i e r o n d e r e c u p e r a r l a p a r a e l Islam, l o q u e n o c o n s i n t i ó l a virg e n d e l P o r t i l l o , q u e avisó d e l p e l i g r o a los g u a r d i a n e s c r i s t i a n o s q u e estab a n d o r m i d o s [47]. Tras la caída de Z a r a g o z a , el B a t a l l a d o r asedió y t o m ó Alagón g u i a d o d u rante la n o c h e p o r la l u z i n t e n s a q u e les p r o d u c í a la V i r g e n [50] y, p o c o después, B o r j a , q u e cayó en sus m a n o s a pesar d e l pacto q u e el a l c a i d e m o r o h a b í a h e c h o c o n el d i a b l o [51, 5 2 ] . En Bijuesca, los islamitas a p u n t o estuv i e r o n de r e c u p e r a r el castillo, p e r o lo impidió la V i r g e n c o n sus á n i m o s a los exhaustos cristianos [53]. L u e g o sitió C a l a t a y u d , t o m ó T i e r g a — d o n d e todavía a g u a r d a un e n o r m e t e s o r o — 162], r e c o n q u i s t ó M a l u e n d a [56] y se e n c a m i n ó a D a r o c a , e n cuyo asedio y t o m a destacó J a i m e D i e z d e A u x [57], p o b l a c i ó n ésta q u e estuvo a p u n t o de perderse c u a n d o , d o r m i d o s los c e n tinelas cristianos, los m o r o s f u e r o n d e s c u b i e r t o s a l despertarse aquéllos p o r los r u i d o s p r o d u c i d o s p o r u n a b a n d a d a d e ocas [58]. C o m o p u e d e verse, r o d e a d o p o r las tierras r e c i é n ganadas p o r A l f o n s o I , q u e d a b a Z a f a d o l a e n s u r e i n e c i l l o taifal d e R u e d a , d e m o d o q u e t r a m ó y l o g r ó u n a espectacular h u i d a a C a s t i l l a [59]. E l Batallador, s a b e d o r d e los r e f u e r z o s almorávides q u e l l e g a b a n d e l L e vante, les p r e p a r ó c o n c i e n z u d a m e n t e u n a c e l a d a en C u t a n d a [54] y c o n su v i c t o r i a n o sólo a s e g u r ó las tierras q u e h a b í a g a n a d o s i n o q u e p u d o proseg u i r s u c a m i n o t r i u n f a n t e . Así e n t r a r o n los cristianos e n L a n a j a , d o n d e l a h i j a d e l alcaide se convirtió en t o r o al ser p e r s e g u i d a p o r el c r i s t i a n o q u e la a m a b a [55], s e a d u e ñ ó d e b u e n a parte d e L o s M o n e g r o s — d e s t a c a n d o e l valor de los g u e r r e r o s de R o b r e s gracias al q u i t a m i e d o s q u e ingerían antes de cada c o m b a t e — [346], y se a p o d e r ó de Alcañiz, de d o n d e h u y e r o n al e x i l i o m u c h o s m o r o s [60]. Y l l e g a así e l m o m e n t o c u l m i n a n t e d e l a l u c h a p o r l a i m p o r t a n t e p l a z a d e F r a g a , d o n d e , e n p r i n c i p i o , A l f o n s o I o b t u v o u n a v i c t o r i a p a r c i a l gracias a l i n f l u j o d e las singulares r e l i q u i a s q u e atesoraba e n u n a a r q u e t a q u e s i e m p r e llevaba c o n s i g o [64], p e r o no a c e p t ó la r e n d i c i ó n de los fragatinos, a los q u e p r e t e n d í a v e n c e r p o r c o m p l e t o p o r las armas o p o r las i m p r e c a c i o n e s de un m o n j e [63]. Lo c i e r t o es q u e , tras ser d e r r o t a d o y h e r i d o de m u e r t e , tuvo todavía fuerzas p a r a v e n c e r a sus e n e m i g o s en u n a batalla naval [104], y s u m u e r t e fue c o n s i d e r a d a p o r m u c h o s c o m o u n castigo d e D i o s [99]. 16


A f o r t u n a d a m e n t e p a r a los cristianos aragoneses, l a c a p i t a l d e l E b r o resistió l a c o n t r a o f e n s i v a almorávide e i n c l u s o R a m ó n B e r e n g u e r I V r e c o n q u i s t a b a M o n r e a l d e l C a m p o , d o n d e brilló c o n l u z p r o p i a e l d a r o c e n s e Sanc h o de R a v a n e r a [65]. A p a r t i r de ahí, ya en é p o c a de A l f o n s o II, se i n c o r p o r a n A g u i l a r d e A l f a m b r a — v a l i é n d o s e d e u n r e b a ñ o d e cabras c o n teas e n c e n d i d a s q u e p u s i e r o n e n f u g a a l e n e m i g o — [66], C a m a ñ a s — c o n s e g u i d a p o r e l s e ñ o r d e A l f a m b r a c o m o v e n g a n z a a las r e l a c i o n e s d e l alcaide m o r o c o n su p r o p i a m u j e r — [67] y Cretas, cuyos habitantes e l i g i e r o n a santa P e l a g i a c o m o p a t r o n a p o r ser este e l día d e l a liberación [68]. P a r a e n t o n c e s se h a b í a n h e c h o famosos los g u e r r e r o s de A l c o r i s a [69]. L a t o m a d e T e r u e l y s u u b i c a c i ó n a c t u a l , e n e l m o n t í c u l o d o n d e aparec i ó u n t o r o e n t r e cuyas astas b r i l l a b a u n a estrella [70], constituyó o t r o h i t o i m p o r t a n t e e n e l p r o c e s o r e c o n q u i s t a d o r a r a g o n é s , a u n q u e l a c i u d a d estuvo a p u n t o de p e r d e r s e p o r la traición de u n o de sus jueces [71], pues se a s e g u r a b a u n p u n t o estratégico. Así, p o r e j e m p l o , c a y e r o n a c o n t i n u a c i ó n V i l l e l — g r a c i a s a l a a c t u a c i ó n h e r o i c a d e u n a m u j e r — [72] y M o r a d e R u b i e l o s , c a b i e n d o l a d u d a s i tras u n asedio p r o l o n g a d o [74] o p o r e l m a t r i m o n i o de la señora m u s u l m a n a de M o r a de Rubielos y del señor cristiano d e R u b i e l o s d e M o r a , a m b o s p r o f u n d a m e n t e e n a m o r a d o s [73J. Las últimas a c t u a c i o n e s r e c o n q u i s t a d o r a s de los cristianos aragoneses t u v i e r o n l u g a r e n t i e m p o s d e J a i m e I , q u e c e r c ó M o r e s d u r a n t e meses, pues n o s u p o c o r t a r e l a p r o v i s i o n a m i e n t o d e a g u a y p e s c a d o d e los m o r o s sitiados [75], y l a t o m a d e l castillo d e M a l l o , j u n t o a M o s q u e r u e l a , a p r o v e c h a n d o l a estratagema u r d i d a e n t o r n o a l a b e l l a m u c h a c h a G r a c i a [76]. Todavía, sin e m b a r g o , c o n t i n u ó l a p u g n a d e los aragoneses c o n t r a los m u s u l m a n e s f u e r a d e los límites d e Aragón, c o m o e n I b i z a — d e c u y o fracaso se c u l p ó I ñ i g o Zaidín, q u e se retiró a p e s a d u m b r a d o a M o n t e P e r d i d o [77], o e n V a l e n c i a , d o n d e brilló e l v a l o r d e l d a r o c e n s e H e r n a n d o D i e z d e A u x [79], sin o l v i d a r a l g u e r r e r o d e V i l l a f e l i c h e q u e c a d a a ñ o i b a a l u c h a r al S u r y q u e p r o m e t i ó c o n s t r u i r , c o m o h i z o , un s a n t u a r i o a la V i r g e n si regresaba ileso [80]. Las a c c i o n e s bélicas y r e c o n q u i s t a d o r a s de los aragoneses, c o m o acabam o s de ver, están s u f i c i e n t e m e n t e representadas en este Corpus l e g e n d a r i o , e x p l i c a n d o , a su m a n e r a , a l g u n o de los h e c h o s acaecidos q u e son callados u omitidos p o r otro tipo de documentación.

2.2. LA R E P O B L A C I Ó N Iras l a c o n q u i s t a d e l t e r r i t o r i o q u e d a b a u n a i n g e n t e tarea p o r h a c e r : rep o b l a r , r e c o n s t r u i r , o r g a n i z a r , a d m i n i s t r a r . . . E s c i e r t o q u e e n este t e r r e n o existen m u c h a s m e n o s noticias, p e r o algunas hay. 17


S a b e m o s , p o r e j e m p l o , c ó m o los cristianos q u e h u y e r o n a las m o n t a ñ a s p i r e n a i c a s e n e l m o m e n t o d e l a invasión c o n s t r u y e r o n , c e r c a d e d o n d e lueg o surgiría e l m o n a s t e r i o p i n a t e n s e , u n a c i u d a d d e n u e v a p l a n t a , l a d e P a ñ o , a u n q u e n o p u d o a g u a n t a r e l p r i m e r ataque m o r o y fue a r r a s a d a hasta n o q u e d a r vestigio a l g u n o [81]. A s i m i s m o , c o n o c e m o s los p o r m e n o r e s d e l a f u n d a c i ó n d e l a v i l l a d e A c u m u e r , e n e l siglo I X , a c u y o m u n i c i p i o s e asignó el r e c i é n f u n d a d o m o n a s t e r i o de San Martín de C e r c i t o [82]. Y los casos de la r e p o b l a c i ó n de Suelves, c u y o s e ñ o r r e p a r t i ó e n t r e sus vasallos t i e r r a p a r a su s u p e r v i v e n c i a [84] y la r e c o n s t r u c c i ó n de O l i e t e tras su r e c o n q u i s ta, c o n e l h a l l a z g o bajo u n a p i e d r a d e u n a i m a g e n d e l a V i r g e n , q u e p o r eso se l l a m ó d e l C a n t a l [85]. S i l o q u e serían l u e g o los t é r m i n o s m u n i c i p a l e s f u e r o n g e n e r a l m e n t e pactados p o r aquellos q u e estaban e n c o n d i c i o n e s d e h a c e r l o , g e n e r a l m e n te reyes y señores, c o n o c e m o s un p r o c e d i m i e n t o m u c h o más c e r c a n o al p u e b l o y c o n i n t e r v e n c i ó n d e l p u e b l o , c u a l es el caso de la delimitación de los t é r m i n o s de M o n z ó n y B i n é f a r e n c o m e n d a d a a dos ancianas mujeres [83]. También tenemos un ejemplo de legado territorial, el de la señora M a r t i n a Pérez, q u i e n , u n a vez r e c h a z a d o p o r e l c o n c e j o d e B i n a c e d e n t r e g ó s u e x t e n s o p a t r i m o n i o a los frailes sanjuanistas [87]. P o r último, l a l e y e n d a nos h a d e j a d o t e s t i m o n i o d e l a c o n s t r u c c i ó n d e u n a i m p o r t a n t e o b r a d e u t i l i d a d pública q u e h a l l e g a d o hasta nosotros, l a p r e s a d e A l m o n a c i d d e l a C u b a e n e l cauce d e l r í o A g u a s , f r u t o d e l a a y u d a m i l i t a r p a c t a d a p o r los h o m b r e s d e A l m o n a c i d y d e B e l c h i t e c o n J a i m e i e l C o n q u i s t a d o r a c a m b i o de su c o n s t r u c c i ó n [86].

3. EL M U N D O CRISTIANO 3.1. L O S REYES E n t r e los reyes a r a g o n e s e s hay a l g u n o s a b s o l u t a m e n t e l e g e n d a r i o s , i n e x i s t e n t e s , p e r o s o b r e casi t o d o s los m o n a r c a s reales e x i s t e n l e y e n d a s m á s o m e n o s v e r o s í m i l e s . L o s d o s t i p o s están r e p r e s e n t a d o s e n los r e l a t o s reunidos. — E n t r e los reyes fabulosos, nos e n c o n t r a m o s a un p r i m e r rey de Sob r a r b e , l l a m a d o G a r c í a j i m é n e z , a l crear e l p r i m e r c e n o b i o pinatense [253] y v e n c e r a los m o r o s a las puertas de Aínsa tras a p a r e c é r s e l e u n a c r u z r o j a sobre u n a e n c i n a [17] y a I ñ i g o A r i s t a e n a c c i ó n semejante ante e l P u e y o d e Araguás [22]. T a m b i é n nos d i c e l a l e y e n d a q u e m u e r t o e l rey s o b r a r b e n s e S a n c h o G a r c í a los n o b l e s se r e u n i e r o n p a r a n o m b r a r n u e v o m o n a r c a y pact a r o n c o n él [136], o q u e G a r c í a S á n c h e z II o t o r g ó a San J u a n de la P e ñ a la h e r e d a d d e A b e t i t o [88], m i e n t r a s q u e d e S a n c h o G a r c í a , l l a m a d o A b a r c a ,

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t e n e m o s dos versiones d e c ó m o f u e a r r a n c a d o d e l v i e n t r e d e s u m a d r e , l a r e i n a , u n a vez q u e ésta f u e r a asesinada p o r u n o s d e s a l m a d o s [89, 9 0 ] . — S o b r e R a m i r o I t e n e m o s varias n o t i c i a s l e g e n d a r i a s , e n c a b e z a d a s p o r l a q u e nos n a r r a c ó m o d e b i ó e l r e i n o a l a d e f e n s a q u e h i c i e r a d e s u m a d r e , a c u s a d a d e a d u l t e r i o p o r s u p r o p i o h e r m a n o , a l n e g a r l e ésta l a m o n t u r a d e u n c a b a l l o [91]. L u e g o l e v e r e m o s h u i r d e s n u d o d e T a f a l l a c u a n d o e l c a m p a m e n t o a r a g o n é s f u e asaltado p o r los h o m b r e s d e l rey d e P a m p l o n a , s u h e r m a n o [92], y p e l e a r á c o n t r a e l h e r m a n o castellano, F e r n a n d o I , p o r l a posesión d e C a l a h o r r a [24]. T a m b i é n nos aparece n o m b r a n d o o b i s p o d e los m o z á r a b e s z a r a g o z a n o s a l a b a d p i n a t e n s e P a t e r n o [93], p a r a acabar m u r i e n d o a m a n o s de S a n c h o II de C a s t i l l a p o r h a b e r d a d o c o b i j o a la esposa de éste [94]. — A su h i j o y sucesor, S a n c h o Ramírez, lo h a l l a m o s varias veces: distingue a los h e r m a n o s Isuerre p o r sus acciones bélicas en la t o m a de Alquézar [26], es a p o y a d o p o r g u e r r e r o s franceses en la e f í m e r a r e c o n q u i s t a de E j e a [27], se a d e n t r a en s o l i t a r i o en t e r r e n o e n e m i g o y rescata la v i r g e n de T r a s o b a res q u e llevará a Siresa [255], s o l i c i t a a y u d a a la V i r g e n p a r a q u e le valga en la b a t a l l a de P i e d r a t a j a d a [33] o asedia y c o n q u i s t a la p l a z a de M o n t e M a yor, o sea, L u n a [38] y de M o n z ó n [44], d e s t e r r a n d o de N a v a r r a a los Esp a r z a [141] y de A r a g ó n al n o b l e G a r c í a Aznárez p o r h a b e r asesinado a C é n t u l o de B i g o r r a [138], a u n q u e éste se g a n a r á su p e r d ó n c u a n d o llevó a S a n J u a n de la P e ñ a los restos de san I n d a l e c i o [320]; o p a r a acabar m u r i e n d o f r e n t e a los m u r o s de H u e s c a [95], ante los cuales hace j u r a r a los suyos de q u e a c a t a r á n a su h i j o P e d r o I. — A P e d r o I lo v e m o s ante las m u r a l l a s de H u e s c a c u a n d o m a n d a h a c e r r e c u e n t o d e efectivos [35], p r e m i a e l v a l o r d e m o s t r a d o p o r los h e r m a n o s M u d i e l o [34], o l e v a n t a el d e s t i e r r o a M a z a q u e a c u d e a a y u d a r l e c o n u n a n u e v a a r m a [140]. S a b e m o s d e é l e n l a b a t a l l a d e A l c o r a z , c u a n d o r e c i b i e ra la a y u d a de san J o r g e [36] o r e c o m p e n s a r a a los c a s p o l i n o s p o r su a r r o j o [37]. C a m b i a n d o d e e s c e n a r i o , l o h a l l a m o s e n e l asedio y t o m a d e M o n zón [44] y , c e r c a d e allí, e n P e r a l t a d e A l c o f e a , e n f r e n t á n d o s e e n u n a e s c a r a m u z a a l C i d [39]. P e r o t a m b i é n e s h u m a n o c u a n d o a c u d e a S a n M i g u e l i n Excelsis p a r a ser c u r a d o d e u n a grave d o l e n c i a [96]. — La r i q u e z a l e g e n d a r i a sobre A l f o n s o I el B a t a l l a d o r es v a r i a d a y r i c a e n matices, p u e s n o e n v a n o f u e u n o d e los personajes más p o p u l a r e s d e l a E u r o p a d e l m o m e n t o . Y a s i e n d o n i ñ o s e h i z o r o d e a r d e u n a escolta person a l d e chesos q u e l e a c o m p a ñ a r á n t o d a l a v i d a [97]. C o m o s o l d a d o , q u e con o c e las características d e todos sus h o m b r e s [346], l o v e m o s e n l a c o n quista de E j e a [46], de Z a r a g o z a [47, 48, 4 9 ] , de A l a g ó n [50], de B o r j a [52], de M a l u e n d a [56], de D a r o c a [57], de T i e r g a [62] y de Alcañiz [60], y p r e para concienzudamente la celada que le c o n d u j o a la importante victoria de C u t a n d a f r e n t e a los almorávides [54], e i n c l u s o a u n a p r i m e r a v i c t o r i a sobre los fragatinos [64], ante q u i e n e s fue d e r r o t a d o [63], a u n q u e l u e g o , h e r i d o d e m u e r t e , v e n c e r í a e n u n a fantástica b a t a l l a naval [104].

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A u n q u e se r e c o n c i l i ó c o n su mujer, U r r a c a , tras la t o m a de E j e a [98], la e n c e r r ó en El C a s t e l l a r [156] y en S o r i a [100] y a c a b ó divorciándose de e l l a [103], v e n g a n d o s u p r o p i o h o n o r e n C a n d e s p i n a [102], p e r o n a d a tuvo q u e ver e l fracaso d e s u m a t r i m o n i o e n l a p r e t e n d i d a h o m o s e x u a l i d a d q u e le a c h a c a r o n sus e n e m i g o s [105]. A n t e s de su m u e r t e , q u e fue c o n s i d e r a d a p o r a l g u n o s c o m o u n castigo d e D i o s p o r h a b e r sido n e g l i g e n t e c o n é l [99], tuvo q u e s u f r i r e l o p r o b i o d e verse v e n c i d o e n S o r i a p o r l a V a r o n a [101J. L o c i e r t o e s q u e s u f a m a h i z o q u e m u c h o s años después d e s u m u e r t e apar e c i e r a u n falso A l f o n s o I , d u r a n t e l a m i n o r í a d e e d a d d e A l f o n s o II, q u e c r e ó no p o c o s p r o b l e m a s sociales y políticos [113]. — La t r a m a l e g e n d a r i a n o s p r e s e n t a a R a m i r o II s i e n d o e l e g i d o rey en M o n z ó n p o r los n o b l e s frente a P e d r o Taresa [106] y o b l i g a d o a casarse c o n d o ñ a A g n e s p a r a d o t a r a l r e i n o d e u n h e r e d e r o [107]; u n o s n o b l e s y guer r e r o s q u e se b u r l a n de él c u a n d o m o n t a a r m a d o a c a b a l l o [ 109J y de los q u e se t o m a c u m p l i d a v e n g a n z a , d a n d o o r i g e n a u n a de las más famosas leyendas d e l a h i s t o r i a , l a d e l a C a m p a n a d e H u e s c a [110]. P u d o h u i r ileso d e la t r a m p a q u e le t e n d i e r a en P a m p l o n a G a r c í a Ramírez. [108| y llegó a e n frentarse c o n éxito a R o l d a n , u n d e s c e n d i e n t e d e l f a m o s o R o l a n d o carol i n g i o [111], antes d e m o r i r e n E c h o d e m a n e r a a c c i d e n t a l d u r a n t e u n a cac e r í a [112]. — A la r e i n a P e t r o n i l a , s i e n d o todavía m e n o r de e d a d , la e n c o n t r a m o s d a n d o su c o n f o r m i d a d a doña T o d a Ramírez para que fundara el monaster i o de Trasobares [257], y a su m a r i d o , el c o n d e b a r c e l o n é s R a m ó n B e r e n g u e r I V , e n l a r e c o n q u i s t a d e M o n r e a l d e l C a m p o [65]. — El escenario en el q u e vemos a A l f o n s o II es, n a t u r a l m e n t e , el de la actual p r o v i n c i a d e T e r u e l . Está e n e l asedio d e A g u i l a r d e A l f a m b r a , e n cuya fortaleza e n t r a tras un r e b a ñ o de cabras c o n los c u e r n o s en llamas [66], y entra t r i u n f a d o r en Cretas el día de santa Pelagia |68|, p e r o su acción más i m portante se d e s a r r o l l a ante T e r u e l [70], d o n d e tuvo q u e actuar c o n c e l e r i d a d para castigar al j u e z q u e estuvo a p u n t o de entregar la c i u d a d al e n e m i g o [71]. P o r o t r o lado, los defensores d e l castillo sarraceno de M o r a a p u n t o estuvieron de d i s u a d i r l e p a r a q u e levantara el c e r c o c u a n d o a r r o j a r o n p o r los m u r o s tod o t i p o d e vituallas, c o m o i n d i c a n d o q u e podrían resistir i n d e f i n i d a m e n t e [74], a u n q u e no les sirvió la estratagema y la p l a z a pasó a p o d e r d e l m o n a r c a aragonés. P o r último, l o h a l l a m o s n o m b r a n d o b a r ó n d e E s c r i c h e a l valiente q u e logró l i b r a r a la c o m a r c a de u n a t e r r i b l e fiera q u e tenía a t e m o r i zados a todos [ 144|. En c u a n t o a su mujer, la r e i n a S a n c h a , de q u i e n se decía q u e estaba e n a m o r a d a e n secreto d e l rey castellano A l f o n s o V I I I [155], la hal l a m o s f u n d a n d o e l m o n a s t e r i o d e S i g e n a [259]. — P e d r o II no ha sido excesivamente a f o r t u n a d o c o n las leyendas, p e r o conservamos u n a que muestra el carácter del monarca, c u a n d o urdió u n a estratagema p a r a n o ser c o r o n a d o p o r e l P a p a c o n los pies, pues h i z o a m a sar u n a c o r o n a c o n m i g a d e p a n l o q u e o b l i g o a l p o n t í f i c e a t o m a r l a c o n las m a n o s [114].

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Leyendas para una historia paralela, del Aragón medieval

— S i n e m b a r g o , J a i m e I e l C o n q u i s t a d o r h a visto e n r i q u e c e r s u y a b i e n d o c u m e n t a d a biografía c o n a b u n d a n t e s relatos l e g e n d a r i o s q u e c o m i e n z a n antes i n c l u s o de su n a c i m i e n t o , p u e s t o q u e , según la tradición, fue c o n c e b i d o m e r c e d a u n a treta p a l a c i e g a [115]. S i e n d o todavía n i ñ o , r e c i b e s u p r i m e r a e s p a d a en M o n z ó n [118], a la q u e l u e g o añadiría las espadas V i l l a r d e l l [120] y T i z o n a , h e r e d a d a ésta d e l p r o p i o C i d [119]. H o m b r e c u l t i v a d o p o r sus p r e c e p t o r e s t e m p l a r i o s tanto en las artes m a r c i a l e s c o m o en las letras, p r o n t o asistimos a su e s t r e n o c o n las a r m a s l u c h a n d o c o n t r a R o d r i g o d e L i z a n a e n favor d e d o n L o p e d e A l b e r o , desde e n t o n c e s i n c o n d i c i o n a l a p o y o [165], o i m p o n i e n d o s u a u t o r i d a d ante e l díscolo P e d r o A h o n e s [125], a la p a r q u e o b s e r v a m o s las b u e n a s r e l a c i o n e s c o n el d u q u e de H í j a r d e q u i e n será h u é s p e d s u h i j a M a r í a [157). Se distinguió d o n J a i m e I en c o m p l e t a r la r e c o n q u i s t a a r a g o n e s a y a u n en s u m a r a su c o r o n a otras tierras, de m o d o q u e t e n e m o s noticias l e g e n darias de la i n c o r p o r a c i ó n de los r e i n o s de M o n z ó n y P o m a r al vencer a sus s o b r i n o s [116], o g a n a n d o M o r e s tras larguísimo asedio [75] y el castillo d e l M a l l o [76], c e r c a n o a M o s q u e r u e l a , v i l l a ésta a la q u e convirtió en sede ver a n i e g a d e l a c o r o n a [124J. L u e g o l e v e r e m o s i n t e n t a n d o r e c u p e r a r Ibiza, d o n d e su í n t i m o a m i g o de la niñez Iñigo Zaidín fracasó c o m o jefe de la exp e d i c i ó n [77], y r e c i b i e n d o a l rey m o r o v a l e n c i a n o A b u Zeyt c o m o a l i a d o [78], p a r a acabar c o n q u i s t a n d o V a l e n c i a [79]. P o r c i e r t o q u e , antes de esta i m p o r t a n t e e x p e d i c i ó n , a p u n t o estuvo de m o r i r a causa de u n a m i s t e r i o s a e n f e r m e d a d en T e r u e l , de la q u e se salvó gracias a unas sopas de ajo [117], P e r o n o sólo g u e r r e ó , sino q u e también r e p o b l ó l a t i e r r a a d e n t r o , c u a l e s e l caso d e l a c o n s t r u c c i ó n d e l a presa sobre e l río A g u a s e n A l m o n a c i d [86] a cambio de ayuda militar en la huerta levantina. F u e h o m b r e c u l t i v a d o y sensible — p o r eso castigó a su t r o v a d o r q u e había d e s t r o z a d o las vasijas de un c e r a m i s t a q u e tarareaba u n a c a n c i ó n suya [ 1 5 8 ] — y bastante r e l i g i o s o , p o r l o q u e p o d e m o s verle r e g a l a n d o u n a prec i a d a e s p i n a de la c o r o n a de C r i s t o al m o n a s t e r i o de S a m p e r [322] o un rel i c a r i o p e r s o n a l a l a v i r g e n d e l a H u e r t a d e Magallón [321J. A s i m i s m o , hace d o n a c i ó n de la i m a g e n de la V i r g e n q u e l l e v a b a s i e m p r e en su silla de m o n t a r a las gentes de L a g u e r u e l a [121] o se hace c o f r a d e de la de los A n g e l e s e n A l b e n t o s a [123], p e r o s u p r i n c i p a l devoción m a r i a n a era, sin d u d a a l g u n a , l a v i r g e n d e l a Alegría d e l M o n z ó n d e s u niñez, d e m a n e r a q u e h i z o c o l o c a r u n a réplica exacta e n l a c a t e d r a l d e B a r c e l o n a [122]. P o r t o d o eso n o encaja m u c h o e l h e c h o d e haberse j u g a d o l a p l a z a d e P e t i l l a c o n el rey n a v a r r o [126]. — P e d r o III — h i j o de d o n J a i m e I y d o ñ a V i o l a n t e de H u n g r í a y p a d r e d e santa Isabel d e P o r t u g a l — nos e s m o s t r a d o c o m o u n valiente tanto c u a n d o desafía a u n d r a g ó n e n s o l i t a r i o e n e l m o n t e C a n i g ó [127], c o m o c u a n do acepta el reto de vengar a C o n r a d i n o de S i c i l i a [128] y a c u d e r o d e a d o de p e l i g r o s y e n e m i g o s a la j u s t a de B u r d e o s [129]. P e r o también es magn á n i m o a l p e r d o n a r a P e d r o Martínez d e B o l e a , q u i e n , a c t u a n d o p o r s u ctienta, p a c t ó c o n e l rey d e C a s t i l l a e v i t a n d o u n a g u e r r a segura [349]. D e 21

Agustín Ubielo Arlela

c u a n d o en c u a n d o i b a a su p a l a c i o de T a r a z o n a q u e tanto gustaba a su m u jer, l a r e i n a C o n s t a n z a , d o n d e tuvo l u g a r e l d r a m a a m o r o s o e n t r e l a t u r i a sonense C l a r a y M a n f r e d o , el paje s i c i l i a n o de ésta [180]. De sus hijos A l f o n s o III y J a i m e II no a b u n d a n las n o t i c i a s l e g e n d a r i a s , pues sólo c o n o c e m o s lo a c o n t e c i d o en C h i p r e a los e m b a j a d o r e s d e l seg u n d o c u a n d o f u e r o n a p r o c u r a r l e u n a esposa [130]. — S i l a l e y e n d a pasa d e p u n t i l l a s sobre A l f o n s o IV, n o o c u r r e l o m i s m o c o n su hijo P e d r o IV el C e r e m o n i o s o , a q u i e n vemos n o m b r a r c o m o p r i m e r c o n d e de L u n a a d o n L o p e de L u n a , que le había ayudado a luchar c o n t r a los u n i o n i s t a s [146], i n t e r v e n i r e n l a p u g n a e n t a b l a d a e n t r e los U r r e a y los C o r n e l e n Z a r a g o z a [169], o a b o l i r los f u e r o s turolenses tras l a traición d e l j u e z q u e p e r m i t i ó l a e n t r a d a d e los ejércitos castellanos e n T e r u e l [178]. P e ro t a m b i é n sabe r e c o m p e n s a r a los h e r e d e r o s de los h e r m a n o s G o m b a l t e , q u e f u e r o n i n m o l a d o s p o r e l a l c a i d e d e B u e ñ a antes q u e e n t r e g a r l a p l a z a a P e d r o I e l C r u e l d e C a s t i l l a [177], e n l a l u c h a q u e d u r a n t e a ñ o s m a n t u v o c o n éste. D e los hijos d e l C e r e m o n i o s o , d o n Juán I pasa d e s a p e r c i b i d o p o r nuestras páginas y Martín I el H u m a n o nos aparece c o m o responsable d e l traslado d e l Santo G r i a l de San J u a n de la P e ñ a a la Aljafería z a r a g o z a n a [324] y d e l a g u a q u e se convirtió en sangre en C i m b a l l a al m o n a s t e r i o de P i e d r a [309]. — E l p r i m e r m o n a r c a d e l a casa castellana, F e r n a n d o I d e A n t e q u e r a , n o sólo tuvo q u e l u c h a r d i r e c t a m e n t e e n e l c a m p o d e b a t a l l a c o n t r a s u o p o sitor, e l c o n d e d e U r g e l l , s i n o q u e estuvo a p u n t o d e ser e n v e n e n a d o p o r l a c o n d e s a [131]. No f u e así, y le v e m o s n o m b r a n d o c o n f e s o r suyo a fray V i cente F e r r e r , s u g r a n v a l e d o r e n C a s p e , tras enterarse d e c ó m o h a b í a log r a d o i m p e d i r q u e los d i a b l o s se a c e r c a r a n a esa c i u d a d d u r a n t e las d e l i b e r a c i o n e s d e los c o m p r o m i s a r i o s [288]. — De A l f o n s o V sabemos q u e n a c i ó entre t e r r e m o t o s y espanto [132] o c ó m o s u mujer, l a r e i n a M a r í a , l l o r a b a s u p r o l o n g a d a a u s e n c i a i t a l i a n a [161], p e r o t a m b i é n l o v e m o s e n T e r u e l i n t e r v i n i e n d o p a r a p o n e r f i n a las s e m p i t e r n a s l u c h a s e n t r e los M u ñ o z y los M a r c i l l a [173, 3 3 0 ] , i n c l u s o rec o r t a n d o los f u e r o s turolenses, o a c c e d i e n d o a q u e se t r a s l a d a r a el cadáver de B e n e d i c t o XIII desde P e ñ í s c o l a a su v i l l a n a t a l , I l l u e c a [316]. — N o tuvo m u c h a más suerte J u a n II, p e r o aún l e p o d e m o s ver encer r a n d o e n Mallén a s u h i j o C a r l o s , e l P r í n c i p e d e V i a n a , q u e l o g r ó evadirse de la prisión [163], y c o n o c e m o s al s o l d a d o J u a n M i g u e l , q u e m a r c h ó a la g u e r r a c o n e l rey [186] y todavía l e espera e n A c u m u e r M a r t i n a , s u p r o m e t i d a . P e r o m a y o r r e p e r c u s i ó n t u v i e r o n dos m i l a g r o s a s c u r a c i o n e s d e l a v i r g e n d e l P i l a r , l a d e s u mujer, l a r e i n a d o ñ a B l a n c a [160] — e n c u y o h o n o r instituyó l a O r d e n d e l a B a n d a — y l a d e s u n i e t o , h i j o d e d o n A l o n s o d e A r a g ó n , c o n d e d e R i b a g o r z a [153]. — P o r fin, de F e r n a n d o II el C a t ó l i c o sabemos, p o r e j e m p l o , q u e f u e e n g e n d r a d o e n E l F r a s n o [ 133], a r m a d o c a b a l l e r o d e M a r í a , p o c o antes d e d i 22

Leyendas pura una historia paralela del Aragón medieval

r i g i r s e a la c o n q u i s t a de G r a n a d a , en Castejón de las A r m a s [134], y salvad o d e l a m u e r t e p o r l a v i r g e n d e l P i l a r [135]. A través de este r e p a s o de u r g e n c i a , v e m o s c ó m o la i m a g i n a c i ó n p o p u l a r h a tratado d e e x p l i c a r a l g u n a s s i n r a z o n e s y n o p o c o s h e c h o s q u e carec í a n d e s e n t i d o d e s d e l a i g n o r a n c i a . P e r o t a m b i é n o b s e r v a m o s , e n ocasiones, n o t i c i a s p r e m e d i t a d a s d e cronistas d e l b a n d o c o n t r a r i o q u e p r o n t o s e c o n v i r t i e r o n e n l e y e n d a , p u e s m u c h a s d e las i n v e n c i o n e s s e e s c r i b i e r o n e n c r ó n i c a s c o e t á n e a s c o n claras i n t e n c i o n e s , g e n e r a l m e n t e d e s c a l i f i c a d o r a s . N o obstante, p o r ser leyendas n o dejan d e tener s u p o r q u é y s u p a r a q u é .

3.2. LA N O B L E Z A Y L O S S E Ñ O R Í O S P e r o no sólo los reyes aragoneses d i e r o n o r i g e n a esta t r a m a l e g e n d a r i a , e n o r m e m e n t e j u g o s a , d i v e r t i d a unas veces o c r u e l otras. T a m b i é n l a n o b l e za y sus s e ñ o r í o s , t o d o un r é g i m e n social y político característico d e l a n t i g u o r é g i m e n , d e s e m p e ñ a r o n u n p a p e l estelar. S a b e m o s , p o r e j e m p l o , c u á n d o tiene l u g a r s u n a c i m i e n t o , tras l a m u e r t e d e l c u a r t o rey d e S o b r a r b e , S a n c h o García, y d e l q u i n t o c o n d e d e A r a gón, G a r c í a A z n a r . E n t o r n o a S a n J u a n d e l a P e ñ a , d o n d e estaban r e f u g i a dos, los g u e r r e r o s más i n f l u y e n t e s c r e y e r o n l l e g a d o e l m o m e n t o d e c a m b i a r e l r u m b o d e los a c o n t e c i m i e n t o s y p a r a e l l o d e c i d i e r o n n o m b r a r d e entre ellos a d o c e b a r o n e s , e n q u i e n e s recayó e l g o b i e r n o d e l t e r r i t o r i o , c o n l o q u e d i e r o n o r i g e n a los «séniores», p o c o después l l a m a d o s «ricos-hombres», g e r m e n d e l a n o b l e z a a r a g o n e s a [136]. C o n o c e m o s , a s i m i s m o , el o r i g e n de algunas de las casas y familias de nobles aragoneses, c o m o la de los Aysa, en las m o n t a ñ a s de J a c a [137]; la de los E s p a r z a navarros, e n t i e m p o s d e S a n c h o R a m í r e z [141]; o e l i n f l u y e n t e l i naje d e los M a z a , n a c i d o j u n t o a los m u r o s d e l a H u e s c a s i t i a d a p o r Ped r o I [140]. Asistimos al nacimiento de la baronía de Escriche, c u a n d o A l fonso I I n o m b r ó p r i m e r b a r ó n a l valiente q u e libró a l a c o m a r c a d e u n a t e r r i b l e f i e r a [144], y a l a l u m b r a m i e n t o d e l c o n d a d o d e L u n a , m e r c e d d e P e d r o I V a d o n L o p e d e L u n a p o r l a a y u d a q u e l e prestara c o n sus s o l d a d o s frente a los c o a l i g a d o s u n i o n i s t a s [146]. S o m o s testigos d e l vasallaje q u e P e d r o R u i z d e A z a g r a h i c i e r a d e l l i b e r a d o f e u d o de Albarracín a S a n t a M a r í a [143], y t a m b i é n de algunas actuaciones negativas, c o m o e l asesinato q u e G a r c í a Aznárez c o m e t i e r a e n l a persona d e C é n t u l o d e B i g o r r a , q u e l e valió ser d e s t e r r a d o p o r S a n c h o Ramírez [138], o la c r u e n t a m u e r t e d e l b a r ó n de Espés d u r a n t e u n o de sus frecuentes viajes a O b a r r a [139]. T e r r i b l e f u e , a s i m i s m o , el c o m p o r t a m i e n t o d e l s e ñ o r d e Sástago c u a n d o asesinó a l a b a d d e l m o n a s t e r i o d e R u e d a para solventar las d i f e r e n c i a s existentes entre a m b o s [147], y trágica la m u e r te d e l c o n d e A r t a l , a la sazón s e ñ o r de M e q u i n e n z a , p o r tratar de abusar de u n a m u c h a c h a [149]. N o t i c i a s t e n e m o s d e l m a r q u é s d e A y e r b e y d e s u pa23


l a c i o [150], así c o m o de la b u r l a q u e vivió el p r o c e r p o r p a r t e de las gentes d e l a v i l l a p o r s u v i l c o m p o r t a m i e n t o [151]. Y es q u e los p r o b l e m a s de a l g u n o s s e ñ o r e s c o n sus subditos f u e r o n frecuentes, c u a l e s e l caso d e l e n f r e n l a m i e n t o d e l d e N o n a s p e c o n los suyos [142], o la b e l l a h i s t o r i a de a m o r q u e se teje al c a l o r de u n a r e v u e l t a c a m p e s i n a q u e d i o o r i g e n a l n o m b r e d e l a v i l l a d e M a e l l a [148], así c o m o l a prec i p i t a d a h u i d a d e l s e ñ o r d e F a b a r a ante las protestas d e l p u e b l o p o r sus constantes vejaciones y tiranía [152]. L o s relatos l e g e n d a r i o s nos h a b l a n t a m b i é n d e a l g u n o s h e c h o s s i n g u l a res c o m o , p o r e j e m p l o , l a m i l a g r o s a salvación d e d o n P e d r o F e r n á n d e z d e A z a g r a , s e ñ o r d e A l b a r r a c í n , q u e salió i n d e m n e tras p e r d e r s e d u r a n t e u n a n o c h e t o r m e n t o s a p o r las cercanías d e l m o n a s t e r i o de P i e d r a [145]; o lo suc e d i d o a l hijo d e l c o n d e r i b a g o r z a n o A l o n s o d e A r a g ó n , h i j o d e l rey Juan II, q u e fue salvado i n e x t r e m i s p o r l a p r o p i a v i r g e n d e l P i l a r c u a n d o y a los m é d i c o s l o h a b í a n d a d o p o r m u e r t o [153]. P o d e m o s seguir, p o r f i n , l a actuación d e u n t r o v a d o r e n B a r b a s t r o e n l a p e q u e ñ a corte d e l c o n d e d e E n t e n z a [164].

3.3. L A V I D A C O R T E S A N A P o s e e m o s interesantes i n f o r m a c i o n e s tanto d e l a c o r t e r e a l c o m o d e los salones d e a l g u n o s señoríos, e n los q u e las m u j e r e s c o n s t i t u y e r o n u n f o c o de a t e n c i ó n p r i m o r d i a l . Ese es el caso de la c o n d e s a r i b a g o r z a n a A v a , a la q u e h a l l a m o s en C a s t i l l a d o n d e , tras apasionadas escenas de a m o r e s y desamores, e n t r a en c o n n i v e n c i a c o n el p r o p i o A l m a n z o r [ 154]; o sabemos de l a amistosa a c o g i d a q u e e l d u q u e d e Híjar d i s p e n s a r a e n s u p a l a c i o a María, hija d e Jaime I [157]. T a m b i é n c o n o c e m o s c o n c i e r t o detalle e l e x i l i o d e l a p r i n c e s a a r a g o n e s a d o ñ a B l a n c a e n l a c o r t e a l b a r r a c i n e n s e , d o n d e n o sólo fue m u y q u e r i d a s i n o d o n d e h a d e j a d o u n a i m p e r e c e d e r a h u e l l a l e g e n d a r i a q u e l l e g a hasta hoy, puesto q u e todavía se p u e d e ver su leve figura en las n o c h e s l i m p i a s d e p l e n i l u n i o [159]. Varias reinas se a s o m a n t a m b i é n a las páginas l e g e n d a r i a s . La q u e más h u e l l a h a d e j a d o es, sin d u d a a l g u n a , l a castellana y c o n t r o v e r t i d a d o ñ a U r r a c a , esposa de A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , a la q u e vemos c o n f i n a d a p o r ést e e n E l Castellar, desde d o n d e c a m i n a b a a E j e a p o r u n larguísimo t ú n e l [156] y d o n d e se r e c o n c i l i ó c o n su esposo tras t o m a r el rey la v i l l a [98], par a e n c o n t r a r l a d e n u e v o e n c l a u s t r a d a e n S o r i a [100] antes d e solicitar e l d i v o r c i o [103]. C o n o c e m o s , a s i m i s m o , las desventuras d e d o ñ a S a n c h a , m u j e r de A l f o n s o II y f u n d a d o r a d e l real m o n a s t e r i o de S i g e n a , a la q u e m u c h o s c r e í a n e n a m o r a d a e n s i l e n c i o d e l rey castellano A l f o n s o V I I I , a u n q u e j a m á s l e d e c l a r ó s u a m o r [155]. Más tarde advertirnos l a grave enferm e d a d y curación milagrosa de doña B l a n c a de Navarra, q u i e n peregrinó a Z a r a g o z a p a r a d a r gracias a la v i r g e n d e l P i l a r p o r h a b e r l e salvado la v i d a y 24


d o n d e instituyó e n s u h o n o r l a O r d e n d e l a B a n d a [160]. V e m o s , p o r f i n , a l a q u e r i d í s i m a r e i n a M a r í a l l o r a n d o l a p r o l o n g a d a a u s e n c i a d e s u esposo, e l rey A l f o n s o V [161]. D e s d e la l e y e n d a , p o d e m o s asistir a las desventuras y v i c i s i t u d e s a m o r o sas d e l n o b l e M a n r i q u e d e L a r a , e l f a m o s o t r o v a d o r p r i s i o n e r o e n l a A l j a f e ría, q u e llegaría a su c o n s a g r a c i ó n d e f i n i t i v a a través de u n a f a m o s a ó p e r a L162J, a l a p a r q u e v e m o s e n c a r c e l a d o p o r s u p a d r e J u a n n , e n M a l l é n , a l P r í n c i p e d e V i a n a , s i b i e n l o g r ó fugarse c o n sus b i e n e s m e r c e d a l a a y u d a de sus i n c o n d i c i o n a l e s [163J. P o d e m o s oír, p o r f i n , las m e l o d í a s d e los trovadores q u e v a n d e c o r t e e n c o r t e , d e m o d o q u e a l f a m o s o j u g l a r d e l a Aljafería s e l e u n i r á e l q u e e n B a r bastro actúa p a r a e l c o n d e d e E n t e n z a , d e c u y a h i j a s e e n a m o r a l o c a m e n t e hasta m o r i r [164]. E i n c l u s o asistimos al castigo i m p u e s t o p o r J a i m e I a su t r o v a d o r p o r h a b e r d e s t r o z a d o éste las vasijas d e u n c e r a m i s t a p o r q u e e n t e n d í a q u e t a r a r e a b a m a l sus tonadas [158].

3.4. I A S P U G N A S FAMILIARES E n este m u n d o cortesano, f u e r o n frecuentes las p u g n a s entre f a m i l i a s d e a b o l e n g o , d e m o d o q u e e l m o n a r c a s e vio o b l i g a d o a i n t e r v e n i r e n múltiples ocasiones p a r a tratar d e i m p o n e r l a paz entre ellas. N o e s e x t r a ñ o , p o r l o tanto, q u e J a i m e I h i c i e r a sus p r i m e r a s armas l u c h a n d o c o n t r a R o d r i g o d e L i z a n a q u e h a b í a atacado i n j u s t i f i c a d a m e n t e a d o n L o p e d e A l b e r o [165]. L o s A l b i r y los F r a g o d i r i m i e r o n c o n las armas sus d i f e r e n c i a s e n M a g a llón hasta t e r m i n a r s u c o n t i e n d a e n d r a m a , c u a n d o J u a n A l b i r f u e m u e r t o e n l a m i s m a e r m i t a d e l a V i r g e n , q u e a c a b ó h u y e n d o a los m o n t e s d e L e c i ñ e n a , d o n d e se aparecié) a un pastor [166]. L o s S e g u r a y los M a r c i l l a , dos i m p o r t a n t e s f a m i l i a s turolenses, t u r b a r o n l a paz d e l a c i u d a d d u r a n t e a ñ o s , finalizando en t r a g e d i a los a m o r e s de Isabel y D i e g o , i n m o r t a l i z a d o s p a r a s i e m p r e p o r l a l e y e n d a c o m o los «Amantes d e T e r u e l » [167]. T a m b i é n e n T e r u e l l u c h a r o n los M a r c i l l a c o n t r a los M u ñ o z , l o q u e d i o o r i g e n a u n o s seg u n d o s « a m a n t e s » , a la p a r q u e p a r a sofocar el c o n f l i c t o se v i e r a o b l i g a d o a i n t e r v e n i r el p r o p i o rey A l f o n s o V [173]. E x i s t e n todavía más casos de e n e m i s t a d e s , y así p o d e m o s ver a los L u n a y los U r r c a , e n f r e n t a d o s p o r l a cuestión s u c e s o r i a a l t r o n o , e n s a n g r e n t a n d o e l solar a r a g o n é s , c o m o c u a n d o A n t ó n d e L u n a c o r t ó l a m a n o a l obisp o G a r c í a d e Z a r a g o z a [171] o c u a n d o tras m a t a r e l m i s m o d o n A n t ó n —defensor del conde de U r g e l l — al arzobispo de Zaragoza, Pedro de U r r e a l e p r e s e n t ó b a t a l l a c a m p a l j u n t o a l a Z u d a c e s a r a u g u s t a n a [172] obligándole a huir. L o s U r r e a , u n a vez más, y los C o r n e l l u c h a r o n a m u e r t e en Z a r a g o z a y sus a l r e d e d o r e s d e b i d o a l a f u g a p e r p e t r a d a p o r los amantes B r i a n d a d e L u 25


n a y L u i s C o r n e l , hasta q u e P e d r o I V llevó e l caso ante las mismas C o r t e s d e l reino [l69]. C o n . f i n a l más feliz a c a b a r o n las desavenencias d e d o s m u c h a c h o s d e fam i l i a s rivales d e P e d r o l a pues, tras p e r d o n a r l a v i d a u n o d e ellos a l o t r o , fuer o n a d a r gracias a la V i r g e n [168], h e c h o q u e todavía se c o n m e m o r a h o y e n l a l o c a l i d a d , c o m o s e r e c u e r d a c o n simpatía e n M o n t a l b á n e l e n l a c e d e u n a m u c h a c h a y u n j o v e n d e f a m i l i a s a n t a g ó n i c a s , tras f i n g i r e l l a q u e estab a l o c a [170].

3.5. L A G U E R R A E N T R E CRISTIANOS P e r o a d e m á s d e las p u g n a s i n t e r n a s e n t r e f a m i l i a s rivales, las l e y e n d a s nos h a n t r a n s m i t i d o a b u n d a n t e s e i m p r e s i o n a n t e s t e s t i m o n i o s d e l e n f r e n t a m i e n t o e n t r e los castellanos y los aragoneses e n l a l l a m a d a « g u e r r a d e los dos P e d r o s » , P e d r o I V e l C e r e m o n i o s o d e A r a g ó n y P e d r o I e l C r u e l de Castilla. A l o l a r g o d e l r e c o r r i d o d e l e j é r c i t o castellano — q u e s e a d u e ñ ó d e parte de las C o m u n i d a d e s de C a l a t a y u d , D a r o c a , A l b a r r a c í n y T e r u e l — , e n c o n t r a m o s hitos señalados, c o m o , p o r e j e m p l o , l a v i c t o r i a a r a g o n e s a e n F u e n t e s d e J i l o c a , d o n d e las m u j e r e s d e l a l o c a l i d a d s o r p r e n d i e r o n a los i n vasores [174]. L u e g o asistiremos a l asedio d e D a r o c a , e n c u y a d e f e n s a tuvo u n a participación destacada M i g u e l d e B e r n a b é [175], e l a l c a i d e d e Bág u e n á , q u e p o c o después prefirió m o r i r abrasado entre los m u r o s d e s u cast i l l o antes q u e r e n d i r s e al i n v a s o r [176]. E n e l c a m i n o h a c i a T e r u e l , las tropas d e P e d r o I e l C r u e l h a l l a r o n resist e n c i a i n u s i t a d a ante la f o r t a l e z a de B u e ñ a , a cuyos pies m u r i e r o n los h e r m a n o s G o m b a l t e p o r negarse s u a l c a i d e a e n t r e g a r l a p l a z a , l o q u e motivó e l r e c o n o c i m i e n t o d e P e d r o I V a los h e r e d e r o s d e los h e r m a n o s sacrificados [177]. P o c o después, el j u e z de T e r u e l a b r i ó el «Portal de la T r a i c i ó n » a los castellanos q u e d o m i n a r í a n l a c i u d a d d u r a n t e varios a ñ o s [178].

3.6. A M O R E S Y D E S A M O R E S P a r a finalizar este repaso de u r g e n c i a a las vivencias l e g e n d a r i a s d e l m u n d o c r i s t i a n o m e d i e v a l a r a g o n é s , antes d e a d e n t r a r n o s e n e l m u s u l m á n y el j u d í o , s e ñ a l a r e m o s unas historias de a m o r e s y d e s a m o r e s , a l g u n a de las cuales, finalizó b i e n , c o m o les o c u r r i e r a a los e n a m o r a d o s de M o n t a l b á n [170], e i n c l u s o otras están todavía p o r t e r m i n a r , c o m o e n e l caso d e M a r t i n a , q u e todavía espera e n A c u m u e r a q u e regrese s u J u a n M i g u e l , q u e s e f u e a l a g u e r r a a l u c h a r a l l a d o d e J u a n I I [186], p e r o , p o r r e g l a g e n e r a l , l a tragedia fue el d e n o m i n a d o r c o m ú n .

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Leyenda.': para una historia paralela del Aragón medieval

R e c o r d e m o s los d r a m a s a m o r o s o s e n los q u e e s t u v i e r o n m e z c l a d a s las fam i l i a s t u r o l c n s e s d e los M a r c i l l a c o n los S e g u r a [167] y c o n los M u ñ o z [173] y las t o r m e n t o s a s r e l a c i o n e s p o r cuestión semejante e n t r e los U r r e a y los C o r n e l e n Z a r a g o z a [169]. P e r o t a m b i é n asistimos a l d e s e n l a c e b o r r a s c o s o p r o v o c a d o p o r los celos de A l f o n s o de B a r b a s t r o q u e le l l e v a r o n a la cárcel [179], o a la m u e r t e d e l paje s i c i l i a n o M a n f r e d o q u e m u r i ó en T a r a z o n a a m a n o s d e s u d e s p e c h a d a e n a m o r a d a , l a t u r i a s o n e n s e C l a r a [180]. E n T e r u e l , l a j o v e n d o ñ a E l v i r a c o s t e ó las obras d e u n n u e v o p u e n t e sob r e e l r í o G u a d a l a v i a r , q u e todavía está h o y e n p i e , p a r a n o t e n e r q u e atravesar e l e n t o n c e s existente e n e l q u e f u e asesinado s u m a r i d o p o r u n enam o r a d o c e l o s o [181]. C o n s t a n c i a q u e d a e n u n a o q u e d a d d e l m o n a s t e r i o d e P i e d r a d e los c u e r p o s inertes d e F l o r y s u a m a n t e , m u e r t o s p o r e l m a r i d o d e aquélla, e l s e ñ o r d e C a s t r o d e M a l a v e l l a , d o n A r n a l d o [182]. S a b e m o s , a s i m i s m o , d e las desventuras amorosas d e B e r e n g u e r d e A z l o r y A l d o n z a d e E n t e n z a q u e , c o m o e n e l caso d e los amantes turolenses, fuer o n e n t e r r a d o s j u n t o s e n l a iglesia d e M o n t a l b á n [183]. T a m b i é n m u r i ó p o r a m o r l a h i j a d e l a l c a i d e d e l castillo d e L a F r e s n e d a a m a n o s d e los a r q u e r o s de su p a d r e [185]. P o r o t r a p a r t e , l a h i j a d e l s e ñ o r d e Sos d e l R e y C a t ó l i c o todavía vaga p o r los c o n t o r n o s d e l a v i l l a p o r h a b e r f a l t a d o a l j u r a m e n t o d e f i d e l i d a d a s u p r o m e t i d o m i e n t r a s éste l u c h a b a c o n t r a los m o r o s p a r a tratar d e h a c e r f o r t u n a [184], m i e n t r a s e n B l e c u a t e n í a l u g a r u n s i n g u l a r d r a m a f r u t o d e l a c o s t u m b r e d e los p a d r e s d e c o m p r o m e t e r e l m a t r i m o n i o d e sus hijos. E n efecto, u n a m u c h a c h a d e l a l o c a l i d a d n o a c e p t ó c o m o m a r i d o a l j o v e n q u e sus p a d r e s le h a b í a n d e s t i n a d o e n a m o r á n d o s e de o t r o y, tras a p a r e c e r m u e r t o s p o r e l c a n d i d a t o d e s p e c h a d o , f u e r o n e n t e r r a d o s e n t u m b a s cercanas, e n t r e l a z á n d o s e p o c o d e s p u é s las ramas d e los rosales q u e n a c i e r o n en sus c a b e c e r a s [ 1 8 7 ] .

4. EL M U N D O MUSULMÁN A u n q u e n o c o n tanta a b u n d a n c i a c o m o e n e l caso d e los aragoneses cristianos, t a m b i é n n o s h a q u e d a d o c o n s t a n c i a l e g e n d a r i a d e los aragoneses m u s u l m a n e s , a q u i e n e s p o c o después de la c o n q u i s t a ya los v e m o s b u s c a r los tesoros e s c o n d i d o s p o r los cristianos e n s u p r e c i p i t a d a h u i d a , c u a l e s e l caso d e l a M u e l a d e S a n J u a n , j u n t o a l a c t u a l p u e b l o t u r o l e n s e d e G r i e g o s [188]. Y e s q u e e l d e los tesoros e s u n t e m a r e c u r r e n t e e n las r e l a c i o n e s e n tre ambas c o m u n i d a d e s . Así, p o r e j e m p l o , antes de pasar a m a n o s cristianas el castillo de A y e r b e , los sarracenos e s c o n d i e r o n u n tesoro p a r a e l día q u e r e g r e s a r a n [194], com o h i c i e r a Alí M o h a l , q u e p e r e g r i n ó c o n e l suyo desde V a l e n c i a hasta M o n 27


r e a l , q u e d a n d o e n t e r r a d o e o n é l [197]. E x a c t a m e n t e i g u a l h i c i e r o n los m o ros de C a s t c l l o t e q u i e n e s , ante la i n m i n e n c i a de la c o n q u i s t a c r i s t i a n a , esc o n d i e r o n sus r i q u e z a s e n l a m o n t a ñ a C a ñ a r d a [199], tal c o m o h i c i e r a n l a r e i n a m o r a d e C a ñ a r t [201] y los habitantes d e E l Castellar e n s u h u i d a hac i a Castejón d e Valdejasa [209]. T a m b i é n sabemos d e l a m o r a c o d i c i o s a d e Siresa q u e vagaba p o r los bosques a t e s o r a n d o r i q u e z a s [207] o c ó m o M u s tafá d e M o n r e a l q u e , a u n q u e s e q u e d ó a v i v i r c o m o m u d e j a r e s p e r a n d o t i e m p o s mejores, j a m á s reveló d ó n d e h a b í a e s c o n d i d o e l suyo [230]. C o m e n t a r i o a p a r t e m e r e c e n a l g u n a s m u j e r e s agarenas q u e s e r e t i r a r o n en s o l e d a d a e s p e r a r el regreso de los suyos, r e g r e s o q u e n u n c a se p r o d u jo, c o m o l e o c u r r i e r a a l a m o r a d e G u a d a l a v i a r q u e aún c o n f í a e n l a v u e l ta de su g u e r r e r o [200], o la m u j e r m u s u l m a n a q u e vagó de v a l l e en valle b u s c a n d o a s u e n a m o r a d o hasta d a r c o n s u c u e r p o m u e r t o [206], o l a r e i n a m o r a d e Rasal q u e todavía c o n f í a e n e l r e t o r n o d e s u m a r i d o [208]. P o r otra parle, es n o r m a l hallar noticias legendarias de moras encantadas q u e s u e l e n n a r r a r h i s t o r i a s d e c o n v i v e n c i a pacífica, s i e n d o casi s i e m p r e aceptadas c o n c a r i ñ o y a s o m b r o p o r los c r i s t i a n o s q u e las c o n t e m p l a n , e x c e p t o e n e l caso d e l a m o r a d e Bastarás, q u e t e n í a a t e m o r i z a d o s a t o d o s los pastores d e l a c o m a r c a [203]. P r e c i o s a e s l a h i s t o r i a d e l a j o v e n y b e l l a i s l a m i t a q u e d e c i d i ó v i v i r s o l a e n l a a c t u a l B a s a d e l a M o r a , c e r c a d e Sarav i l l o , h a s t i a d a p o r las c o n t i n u a s l u c h a s e n t r e los h o m b r e s [202] y q u e m u c h o s d i c e n v e r l a aún e n e l f o n d o d e aguas l i m p i a s d e l i b ó n , c o m o e n t e r n e c e d o r a es la historia de la m o r a encantada de Sallaón, en El G r a d o , que se u n i ó a un c r i s t i a n o y a m b o s todavía m a n t i e n e n l i m p i o s los p o z o s de a g u a [204], Aún r e c u e r d a n e n S e n a l a s i e m p r e j o v e n m o r a q u e t e n d í a l a r o p a l i m p i a a l s o l , a u n q u e n u n c a e r a vista d e día [236]. C o m o e n e l l a d o c r i s t i a n o , n o e s difícil h a l l a r r e f e r e n c i a s l e g e n d a r i a s a c e r c a d e p r o b l e m a s c o r t e s a n o s , c u a l e s e l caso d e l g o b e r n a d o r m o r o d e Zaragoza p e r m a n e n t e m e n t e rechazado por la daroecnse Salima, a la que m a n d ó e n t e r r a r v i v a p o r d e s p e c h o y a ú n p i d e v e n g a n z a e n o c a s i o n e s desde la m u r a l l a [189], V e m o s , a s i m i s m o , a la i n m e n s a m e n t e r i c a r e i n a m o r a d e G u a r r i n z a , p e r o a i s l a d a d e los suyos e n p l e n o P i r i n e o [ 1 9 0 ] . S a b e m o s c o n c i e r t o d e t a l l e , p o r o t r o l a d o , d e las tres hijas d e l rey m o r o d e Sarakusta q u e h u y e r o n a F r a n c i a p a r a l i b r a r s e d e s u p a d r e , s i b i e n m u r i e r o n heladas bajo l a nieve, s i e n d o delatadas h o y p o r l a m o n t a ñ a d e las Tres S ó r o r e s [191]. T a m b i é n huyó A i x a , s u b y u g a d a p o r s u p a d r e , e l rey d e A l b a r r a c í n , q u e b u s c ó l a l i b e r t a d , a u n q u e u n a h e c h i c e r a l a convirtió e n f u e n t e c e r c a de Frías [193]. E n t r a ñ a b l e es la h i s t o r i a de a m o r e n t r e el joven p r í n c i p e A b e n r a c í n y Z a i d a , h i j a d e l s e ñ o r m o r o d e C e l i a , d e c u y o r o m a n c e nos q u e d a hoy, según l a l e y e n d a , e l a c u e d u c t o q u e t o m a sus aguas e n e l G u a d a l a v i a r [ 192]. C o m o fruto de la p u g n a amorosa p o r la hermosa Z o r a i d a podemos a d m i r a r ahora las torres de S a n M a r t í n y S a n S a l v a d o r de T e r u e l levantadas p o r sus d o s pretendientes [205].

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P o r fin, noticias tenemos de A b d e l m e l i c , señor de la taifa de Albarracín, q u e sufrió un atentado en casa d e l alcaide de Alacón, su c u ñ a d o y vasallo, p o r lo que recibió un castigo ejemplar [196], c o m o poseemos datos acerca de las revueltas internas que tuvieron lugar en Zaragoza p o c o antes de su reconquista, entre los que destaca la que protagonizó u n o de sus p r o h o m b r e s , Z i l a [198].

5. EL M U N D O JUDÍO R e s p e c t o a l m u n d o j u d í o , s o n f r e c u e n t e s los i n t e n t o s d e conversión a l a fe católica, f u n d a m e n t a l m e n t e p o r parte de fray V i c e n t e F e r r e r , a q u i e n e n c o n t r a m o s e n s u tarea e v a n g e l i z a d o r a e n D a r o c a [216] o e n Z a r a g o z a , d o n d e l o g r ó c o n v e n c e r a u n a f a m a d o r a b i n o [217], s i b i e n e n C a l a t a y u d f u e a p e d r e a d o p o r t o d a l a p o b l a c i ó n , i n c l u i d a l a cristiana, l o q u e l e c o n d u j o a p r e d e c i r q u e l a c i u d a d sería i n u n d a d a p o r los ríos q u e allí s e j u n t a n , e l J a lón y el Jiloca, a u n q u e san I ñ i g o salió en d e f e n s a de los b i l b i l i t a n o s [215]. Las relaciones entre católicos y hebreos no f u e r o n excesivamente c o r d i a les a j u z g a r p o r las leyendas q u e nos son c o n o c i d a s . Así, p o r e j e m p l o , J u a n , h e r r e r o q u e trabajaba en la construcción d e l m o n a s t e r i o de V e r u e l a , se v i o r e c h a z a d o p o r u n a b e l l a j u d í a de T r a s m o z , lo q u e le llevó a quitarse la v i d a [211], p e r o más grave fue el i n c i d e n t e o c u r r i d o en la aljama zaragozana, c u a n d o los hebreos asesinaron a D o m i n g u i t o de V a l , c u y o c u e r p o , o c u l t a d o p o r aquéllos, fue delatado p o r u n a luz fantástica [212]. A s i m i s m o , e l monasterio d e San M i g u e l d e Foces f u e totalmente arrasado p o r m a n d a t o d e u n judío d e s p e c h a d o p o r q u e los monjes no q u i s i e r o n a c u d i r en a y u d a de su hija [213, 214]. No es e x t r a ñ o , pues, q u e los m i e m b r o s de esta m i n o r í a religiosa f u e r a n e x p u l s a d o s d e algunas p o b l a c i o n e s , c o m o o c u r r i e r a e n T a m a r i t e , d o n d e s e r e c l a m ó l a p r e s e n c i a p a r a e l l o d e l p r o p i o C i d [210].

6. R E L A C I O N E S E N T R E CRISTIANOS Y M U S U L M A N E S 6.1. R E L A C I O N E S A M I S T O S A S E n t r e las c o m u n i d a d e s cristiana y m u s u l m a n a h u b o trato constante, siendo abundantes los casos de tolerancia y c o m p r e n s i ó n m u t u a . Así, p o r ejemplo, vemos al alcaide m o r o de Peralta de la Sal p e r m i t i e n d o q u e los mozárabes de la l o c a l i d a d siguieran v e n e r a n d o a la V i r g e n , a la q u e i n c l u s o invocó su p r o p i a mujer en más de u n a ocasión [218]. P o r su parte, los cristianos de G r a u s facilitaron que el a n t i g u o alcaide musulmán y su hija Z o r a i d a siguieran viviendo entre ellos, l l o r a n d o a m a r g a m e n t e la m u e r t e de ambos [221], a u n q u e más

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s o r p r e n d e n t e parece el h e c h o de q u e el p r o p i o A l m a n z o r c o n s i n t i e r a q u e los cristianos d e L a A l m u n i a d e D o ñ a G o d i n a v e n e r a r a n públicamente a l a V i r g e n [223] o que, en L a n g a , la i m a g e n de la V i r g e n en cuya e r m i t a se había com e t i d o u n c r i m e n eligiera l a casa d e l m o r o T o c ó n p a r a buscar r e f u g i o [229]. P e r o todavía es más llamativo el h e c h o de q u e u n a m o r a de Borja, p r e o c u p a da p o r la i n c u r a b l e e n f e r m e d a d de su hijo, d e c i d i e r a p e r e g r i n a r hasta la erm i t a de la v i r g e n de Salas de H u e s c a , d o n d e alcanzó la curación [232]. E j e m p l o s d e r e l a c i o n e s amistosas existen varios, c o m o e l d e l a m o r a e n c a n t a d a de Aquilué q u e p e i n a b a todos los días a u n a s e ñ o r a c r i s t i a n a [233] o e l c o n t r a r i o , e l d e l a m u j e r c r i s t i a n a d e Rasal q u e h a c í a l o p r o p i o c o n l a esposa d e u n g a n a d e r o m u d e j a r [234], a u n q u e más s i n g u l a r e s l a a c t i t u d d e l pastor c r i s t i a n o d e L u e s i a q u e llevaba todos los días l e c h e a u n a m o r a s o l i t a r i a [238]. E n este c l i m a n o e s d e extrañar, p o r l o tanto, a l g u n a c o n versión, c o m o le o c u r r i e r a a un alfaquí z a r a g o z a n o [235]. A b u n d a n t e s s o n , p o r o t r a p a r t e , las r e l a c i o n e s amorosas entre m i e m b r o s d e ambas c o m u n i d a d e s , r e l a c i o n e s q u e n o s i e m p r e t u v i e r o n e l r e s u l t a d o feliz d e Z o m a , e l alcaide m o r o d e D a r o c a , c o n l a c r i s t i a n a María [219], d e Z a i d a d e ("ella c o n e l c o n d e c r i s t i a n o H e r n a n d o L224], d e l j o v e n c r i s t i a n o d e T a r a z o n a q u e se fue a vivir c o n u n a m o r a e n c a n t a d a [225], o de la b e l l a m o ra de R i e l a y su e n a m o r a d o c r i s t i a n o q u e d e c i d i e r o n o l v i d a r de sus respectivas r e l i g i o n e s a q u e l l o q u e les separaba y m a n t e n e r lo q u e les u n í a [228]. E n otras ocasiones, las cosas n o r e s u l t a r o n tan positivas. Y a s í , l a h i j a d e l rey m o r o d e A l b a r r a c í n , q u e estaba e n a m o r a d a d e l C i d , fue e n c a n t a d a p o r u n a b r u j a p a r a i m p e d i r q u e e l a m o r p r o s p e r a r a [220]. Más d r a m á t i c o fue e l f i n a l d e Z u l i m a , l a hija d e l alcaide s a r r a c e n o d e L a P u e b l a d e C a s t r o , q u i e n tras e n a m o r a r s e y u n i r s e al r e c o n q u i s t a d o r de la p l a z a , R o d e r i c o de M u r , fue asesinada e n G r a u s p o r m o r o s e n e m i g o s d e s u p a d r e [222]. F i n a l dramático tuvieron, asimismo, el j o v e n guerrero cristiano que, u n a vez l i b e r a d a G a l l u r , regresó p a r a u n i r s e a u n a m u c h a c h a m u s u l m a n a [226], y e l tenente d e l a m i s m a l o c a l i d a d , d o n A r t a l d e Alagón, q u i e n e n a m o r a d o d e l e s p e c t r o d e A l m a S e r e n a , e n l o q u e c i ó d e a m o r [227], m i e n t r a s q u e A l b a , l a m u j e r d e l R e y L o b o , s e e n a m o r ó d e d o n P e d r o d e A z a g r a , a u n q u e falleció llevándose s u secreto [231]. P o r f i n , r e c o r d e m o s l a b e l l a h i s t o r i a d e las tres d o n c e l l a s m o r a s de S a b i ñ á n q u e f u e r o n encantadas y c o n v e r t i d a s en tres p a l o m a s p o r q u e r e r a tres m u c h a c h o s cristianos, a los q u e todavía esp e r a n r e v o l o t e a n d o en t o r n o a las torres d e l viejo castillo [237].

6.2.

RELACIONES PROBLEMÁTICAS

P e r o n o s i e m p r e las r e l a c i o n e s entre m o r o s y cristianos f u e r o n amistosas, pues en o c a s i o n e s privó la i n t r a n s i g e n c i a r e l i g i o s a , c o m o le o c u r r i e r a a l a j o v e n O r o s i a , q u e fue h e c h a p r i s i o n e r a y s e n t e n c i a d a a m u e r t e [239], l o m i s m o q u e les sucedió a las m u c h a c h a s N u n i l o y A l o d i a , q u e p r e f i r i e r o n 30


m o r i r antes q u e r e n u n c i a r a su fe [240]. O la a c t i t u d d e l c o n d e c r i s t i a n o q u e se n e g ó , u n a vez r e c o n q u i s t a d a B a r b a s t r o , a p r o p i c i a r el rescate de d o s j ó v e n e s agarenas [245], m i e n t r a s q u e u n m u d e j a r t u r i a s o n e n s e fue e n g u l l i d o p o r l a t i e r r a p o r trabajar e n d o m i n g o [249]. Existieron persecuciones enconadas y encarnizadas, c o m o la que termin ó c o n l a v i d a d e l j o v e n V i s o r i o , asesinado p o r u n a p a r t i d a d e m o r o s [241], o la q u e p u s o en aprietos a E l e n a de Biescas, q u e se salvó de m a n e r a m i l a grosa [242], a u n q u e más e s p e c t a c u l a r f u e l a h u i d a d e u n e s c u d e r o d e l C i d , q u i e n , a c o r r a l a d o p o r varios s o l d a d o s m u s u l m a n e s , d i o u n salto inverosímil c o n su m o n t u r a en la foz d e l G u a d a l a v i a r y b u r l ó a sus p e r s e g u i d o r e s [246]. H u b o a p r e s a m i e n t o s i n h u m a n o s , c u a l e s e l caso d e u n m o z á r a b e d e Tar a z o n a , q u e l o fue p o r q u e d e s c u b r i ó d e d ó n d e p r o c e d í a e l a g u a q u e m a n a b a e n las fuentes d e l a c i u d a d , c i r c u n s t a n c i a q u e las a u t o r i d a d e s m u s u l m a n a s q u e r í a n m a n t e n e r e n secreto p a r a q u e n a d i e p u d i e r a e n v e n e n a r l a [244], o el a p r e s a m i e n t o de un ¡oven c r i s t i a n o de M u n i e s a q u e se salvó gracias a la i n t e r v e n c i ó n p r o d i g i o s a de la V i r g e n [247]. También tenemos noticias legendarias de robos cometidos entre ambas com u n i d a d e s , c o m o el caso protagonizado p o r un cristiano de Chía, q u i e n sustrajo un cáliz a los m o r o s de Sos y p u d o salvarse de su persecución al p r o d u c i r se u n a avenida r e p e n t i n a d e l río Esera u n a vez que él lo había c r u z a d o [248J. N o e s d e extrañar, p o r l o tanto, q u e s e p r o d u j e r a n e x p u l s i o n e s p o r u n o y o t r o l a d o . Así v e m o s c ó m o los m o z á r a b e s de Sarakusta f u e r o n e c h a d o s de l a c i u d a d y c o n f i n a d o s e n l o q u e desde e n t o n c e s s e llamaría E l B u r g o d e E b r o , a c u d i e n d o allí l a i m a g e n d e l a V i r g e n q u e v e n e r a b a n [243], p e r o t a m b i é n asistimos a l e x i l i o d e los m u d é j a r e s d e P i n a m e r c e d a u n a estratag e m a d e los cristianos d e l a l o c a l i d a d [250].

7. A S P E C T O S R E L I G I O S O S E n l a s o c i e d a d m e d i e v a l aragonesa, t o d o l o r e l a c i o n a d o c o n l a religión tuvo u n a g r a n i m p o r t a n c i a , p o r eso n o e s d e e x t r a ñ a r q u e sean a b u n d a n t e s las leyendas q u e t i e n e n c o m o f o n d o a l g u n a motivación r e l i g i o s a . D e entre l a v a r i a d a g a m a d e este tipo d e leyendas, nos d e t e n d r e m o s f u n d a m e n t a l m e n t e e n aquellas q u e h a b l a n d e los m o n a s t e r i o s , los p e r e g r i n o s , los santos, los m i l a g r o s o p o r t e n t o s y las r e l i q u i a s .

7.1. L O S M O N A S T E R I O S L o s m o n a s t e r i o s d e s e m p e ñ a r o n u n p a p e l p r i m o r d i a l e n e l sistema r e l i gioso, político, e c o n ó m i c o y s o c i a l de la é p o c a , y s o n m u c h o s los relatos leg e n d a r i o s q u e n o s d i c e n cosas d e ellos. 31


E n t r e los viejos c e n o b i o s p i r e n a i c o s , t e n e m o s n o t i c i a s d e S a n M a r t í n d e C e r c i t o — q u e f u e a s i g n a d o a l a r e c i é n n a c i d a v i l l a d e A c u m u e r [821 tras h a b e r s i d o f u n d a d o p o r e l c o n d e G a l i n d o [ 2 5 4 ] — ; d e A l a ó n , c u y o a b a d f u e c o n d e n a d o a m u e r t e p o r e l rey p o r h a b e r l e d e s o b e d e c i d o [ 3 2 7 ] ; d e San P e d r o d e T a b e r n a s , c o n v e r t i d o e n e l p r i m e r n ú c l e o d e l a resistenc i a c r i s t i a n a tras l a invasión m u s u l m a n a [16]; d e S a n P e d r o d e Siresa, d o n d e f u e a p a r a r u n b r a z o d e l apóstol san P a b l o [319]; y , s o b r e t o d o , d e S a n J u a n d e l a P e ñ a . D e éste s a b e m o s d e s u p r i m e r e r e m i t a , J u a n d e A t a res [251], d e l a c o n s t r u c c i ó n d e l p r i m e r c e n o b i o p o r p a r t e d e l rey G a r c í a J i m é n e z [253], d e l a instalación d e l a p r i m e r a c o m u n i d a d c e n o b í t i c a c o n V o t o y F é l i x [252], d e l a d o n a c i ó n d e A b e t i t o q u e r e c i b i ó d e G a r c í a Sánc h e z I I [88], así c o m o d e l a a r q u e t a q u e c o n t e n í a e l S a n t í s i m o S a c r a m e n to y q u e d ó i n t a c t a tras un p a v o r o s o i n c e n d i o de su i g l e s i a [313] y d e l S a n to G r i a l hasta q u e M a r t í n I lo m a n d ó a la A l j a f e r í a [324] o P a r s i f a l se lo llevó a O r i e n t e [325]. H a l l a m o s l u e g o los c e n o b i o s d e l S o m o n t a n o y a l e d a ñ o s , c o m o e l lev a n t a d o e n h o n o r d e l a V i r g e n d e l P u e y o d e B a r b a s t r o d e s p u é s d e aparecerse a B a l a n d r á n [256], el de S a n M i g u e l de Foces, j u n t o a I b i e c a , d o n d e t u v i e r o n l u g a r d o s l u c t u o s o s h e c h o s p r o t a g o n i z a d o s p o r los j u d í o s L213, 214], y el de Montearagón, en el que se declaró un gran i n c e n d i o del que quedó i n d e m n e el fragmento de pan de la U l t i m a C e n a que en él se conservaba [323]. P o r último, t e n e m o s n o t i c i a s d e los m o n a s t e r i o s q u e n a c i e r o n c o n l a expansión t e r r i t o r i a l d e l r e i n o . Así sabemos d e las f u n d a c i o n e s d e l c o n v e n t o d e T r a s o b a r e s p o r d o ñ a T o d a R a m í r e z [255, 2 5 7 ] , d e l d e V e r u e l a p o r P e d r o A t a r e s [258] y d e S i g e n a p o r l a r e i n a d o ñ a S a n c h a [259]. L o s c o n d e s d e Sástago p r o p i c i a r o n tanto e l n a c i m i e n t o d e M o n l e r [260] c o m o d e l a C a r t u j a d e las F u e n t e s [263], y d o n G i l d e A t r o s i l l o , s e ñ o r d e E s t e r c u e l , l e v a n t a b a e l d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l O l i v a r [261]. D e l d e R u e d a t e n e m o s d o s n o t i c i a s : el asesinato de su a b a d a m a n o s d e l s e ñ o r de Sástago [147] y el d e s c u b r i m i e n t o d e l p a s a d i z o q u e p o r d e b a j o d e l E b r o u n í a e l m o n a s t e r i o c o n Escatrón [264]. P o r s u p a r t e , los m o n j e s d e E u e n c l a r a , m o l e s t a d o s p o r los h o m bres d e l c o n d e d e U r g e l l , d e c i d i e r o n instalarse e n S a n t a F e , l e v a n t a d o s u n u e v a casa c e r c a de Z a r a g o z a , a la v e r a d e l H u e r v a [262]. P o r último, ten e m o s n o t i c i a s tanto d e l m o n a s t e r i o de S a m p e r , al q u e Jaime I doné) u n a esp i n a d e l a c o r o n a d e C r i s t o [322], c o m o d e l q u e f u n d a r o n los m o n j e s f r a n ceses d e S a n C a p r a s i o , e n l a S i e r r a d e A l c u b i e r r e [343], q u e f u e f a m o s o p o r las m e d i c i n a s q u e ellos m i s m o s e l a b o r a b a n .

7.2. L O S P E R E G R I N O S N o son ajenos a l m u n d o l e g e n d a r i o los p e r e g r i n o s q u e i b a n y v e n í a n d e u n c o n f í n a o t r o . A l g u n o s d e ellos e r a n santos q u e t o m a b a n esta caracteriz a c i ó n , c o m o s u c e d i e r a e n B e n a s q u e c o n san M a r c i a l [265], o e l viaje c o n -

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Leyendas para una historia paralelei del Aragón medieval

j u n t o q u e e m p r e n d i e r o n los santos L i c e r , J u a n , G r e g o r i o y P a n t a l e ó n ![269Ji que f u e r o n quedándose en Zuera, San J u a n de Mozarrifar, montes aledaños a Zaragoza yjuslibol, respectivamente. En Alcolea se recuerda todavía al peregrino anónima que después de tallar u n m a g n í f i c o c r u c i f i j o , d e s a p a r e c i ó sin dejar rastro [ 2 6 6 ] t a l c o m o s u c e d i e r a c o n otros dos r o m e r o s escultores e n l a v i l l a d e B o l t a ñ a [ 2 6 7 ] J P o r su parte, en C a s t i e l l o de J a c a se c o n s e r v a n todavía las r e l i q u i a s que trans p o r t a r a u n r o m e r o q u e i b a a S a n t i a g o y a l q u e fuerzas ocultas nodejaban salir de la población [268].

7.3 DE LOS SANTOS A b u n d a n t e s s o n las noticias l e g e n d a r i a s referentes a, diversos santos en t o d o A r a g ó n . M u c h a s d e ellas e x p l i c a n p o r q u é algunos,.pueblos l o s e l i g i e r o n c o m o p a t r o n e s . Si san L i c e r lo es de Z u e r a se d e b e a que al pasó, de sus r e l i q u i a s p o r allí, llevadas p o r s o l d a d o s franceses, las c a m p a n a s c o m e n z a r o n a r e p i c a r solas [274]. San P e d r o Arbués, p a t r ó n d e A g u i l ó n t u v o p r o blemas c u a n d o i n t e n t ó cortejar a santa B á r b a r a , p a t r o n a d é T o s o s ' [294]: San Blas eligió T o r r e c i l l a d e Alcañiz p a r a q u e d a r s e [296] s a n t a T é c l a f u é n o m b r a d a p a t r o n a d e C e r v e r a d e l a C a ñ a d a después d e s a l i r repetidamen te su n o m b r e de e n t r e las bolas i n t r o d u c i d a s en un saquete [297], Por su parte, san G i l y san Ginés, q u e p r e d i c a r o n j u n t o s p o r tierras d é l a H o y a d e H u e s c a , s e v i e r o n s o r p r e n d i d o s p o r u n a a v e n i d a d e l r i o Sotón', q u e d a n d o u n o a cada o r i l l a , de m o d o que u n o se refugió en Ortillá y el otro en Lupiñ é n , cuyos h a b i t a n t e s a c a b a r o n p r o c l a m á n d o l o s patrones respectivoss [295]. L o s habitantes d e Cretas, p o r o t r o l a d o , tal c o m ó h a b í a n d e c i d i d o c o n a n t e l a c i ó n , n o m b r a r o n p a t r o n a a l a santa d e l día d e l s l i b e r a c i ó n p o r p a r t e d e A l f o n s o I I , santa P e l a g i a [68]. E n G r a u s , p o r último, sus habitantes. eligier o n c o m o p a t r ó n a san V i c e n t e F e r r e r , p o b l a c i ó n en la que vivió dutrante allgún t i e m p o y d o n d e instituyó l a p r o c e s i ó n d e l a d i s c i p l i n a [290], ;

vy

!

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V e m o s en nuestras páginas a varios santos aragoneses comenzando por el c i t a d o san P e d r o A r b u é s [294]. Así h a l l a m o s a san R a m ó n cuando huyé d e s u diócesis barbastrense h a c i a R o d a , p r e s i o n a d o p o r e l o b i s p o d e H u e s ca, o b r a n d o m i l a g r o s p o r los p u e b l o s q u e pasa [271] y, más c o n c r e t a m e n te, r e s u c i t a a u n a j o v e n d e s a h u c i a d a e n R o d a [272], l i b e r a a distancia-de l a cárcel a dos s o l d a d o s c a r g a d o s de grilletes a q u i e n e s vmos en R o d a para o r a r ante l a t u m b a d e su l i b e r t a d o r [273] o p r o v o c a l a l l u v i a q u e tan nece saria e r a p a r a las gentes de C a p e l l a [299]. S a n B a l a n d r á n , un joven pastor de Ilche a q u i e n se le a p a r e c e la v i r g e n d e l P u e y o , será su heraldo ante los barbastrenses [256]. En san V o t o y su h e r m a n o Félix está! el germen de la p r i m e r a c o m u n i d a d d e San J u a n d e l a P e ñ a [252]. Santa's N u n i l o y A l o d i a morirían c o m o mártires e n H u e s c a p o r n o r e n u n c i a r a s u f e c r i s t i a n a ¡[240]:, c o m o l e sucedió a san V i s o r i o , asesinado p o r u n a p a r t i d a d e moros i n c o n trolados [241]. Y , p o r ú l t i m o , nos e n c o n t r a m o s c o n s a n t a Isahel, hija d e Pe38


d r o III de A r a g ó n y r e i n a de P o r t u g a l , c o n v i r t i e n d o en rosas las m o n e d a s q u e l l e v a b a p a r a r e p a r t i r e n t r e los p o b r e s c u a n d o f u e d e s c u b i e r t a p o r s u m a r i d o , e l rey p o r t u g u é s [350]. H a l l a m o s , asimismo, nombres tradicionales en el santoral cristiano. San V a l e r o , u n h o m b r e d e l siglo IV, p o r e j e m p l o , a l pasar p o r C a s t e l n o u h a c i a s u d e s t i e r r o , p r o n o s t i c ó q u e d i c h a p o b l a c i ó n n o sería i n v a d i d a p o r los m u s u l m a n e s c u a n d o éstos todavía n o existían [270]; san G r e g o r i o s e instala e n las p r o x i m i d a d e s d e Z a r a g o z a [269]; san R o q u e visita e l h o s p i t a l d e V a l d e a l g o r f a d o n d e todavía q u e d a n p e r t e n e n c i a s suyas [278]; san Blas eligió a T o r r e c i l l a d e Alcañiz p a r a q u e d a r s e [296]; san M i g u e l v e n c e a l a p l a g a d e l a l a n g o s t a e n tierras d e Tauste [334]; san Sebastián n o sólo libró d e l a l e p r a a las gentes de Fayón [335], s i n o q u e t a m b i é n d e t u v o la peste en A z a n u y [338]; san M a r c i a l f u e p e r e g r i n o p o r tierras d e B e n a s q u e [265]; san M a c a r i o salvó d e l a m u e r t e a u n m u c h a c h o d e A n d o r r a [318]; y santa O r o s i a e r a s e n t e n c i a d a a m u e r t e en tierras jacetanas [239], m i e n t r a s los beatos p r e d i c a d o r e s G r e g o r i o y D o m i n g o m o r í a n e n Besiáns d a n d o o r i g e n a u n h e c h o p o r t e n t o s o [279]. C o n s i d e r a c i ó n a p a r t e m e r e c e n santo D o m i n g o , san I n d a l e c i o y san V i c e n t e F e r r e r . S a n t o D o m i n g o , q u e f u e a m a m a n t a d o d e n i ñ o p o r u n a vaca e n tierras d e L o b e r a d e O n s e l l a [277], l o h a l l a m o s e n Z a r a g o z a p r e d i c a n d o l a d e v o c i ó n d e l R o s a r i o [275] e i n t e r c e d i e n d o p o r l a n o b l e y p e c a d o r a A l e j a n d r a , d e m o d o q u e l o g r ó q u e s u a l m a n o s e e s c a p a r a d e s u c a b e z a sep a r a d a d e l c u e r p o antes d e q u e p u d i e r a c o n f e s a r [276]. L o s restos m o r t a les de san I n d a l e c i o , p o r su p a r t e , f u e r o n traídos desde A n d a l u c í a a S a n J u a n d e l a P e ñ a p o r e l p r o s c r i t o G a r c í a Aznárez, l o q u e l e valió e l p e r d ó n d e S a n c h o R a m í r e z [320], p e r o l o más i m p o r t a n t e f u e e l m u l t i t u d i n a r i o vot o a l q u e s e s u m a r o n m u l t i t u d d e p u e b l o s d e A r a g ó n . P o r último, e s d e destacar l a g r a n c a n t i d a d d e leyendas p r o p i c i a d a s p o r san V i c e n t e F e r r e r . E l d o m i n i c o valenciano, que desempeñara tan i m p o r t a n t e p a p e l e n l a crisis dinástica q u e s e resolvió e n C a s p e , h a d e j a d o a b u n d a n t e c o n s t a n c i a l e g e n d a r i a d e s u paso p o r t o d o A r a g ó n e n s u i n t e n t o d e c o n v e r t i r a los j u díos. A u n q u e e n a l g u n a o c a s i ó n t u v i e r a p r o b l e m a s , c u a l e s e l caso d e C a l a t a y u d , d o n d e f u e a p e d r e a d o [215], o d e T e r u e l , c u y a d e s t r u c c i ó n vaticinó tras m a r c h a r d e l a c i u d a d sin h a b e r l o g r a d o c o n v e r t i r a n i n g ú n h e b r e o [285], l o n o r m a l e s h a l l a r leyendas positivas d e s u p e r e g r i n a r . L o v e m o s p r e d i c a n d o c o n é x i t o ante los j u d í o s d e D a r o c a [216], d e C a l a t a y u d , d o n d e salv ó d e l a m u e r t e a u n m u c h a c h o d e s p e ñ a d o [286], y d e Z a r a g o z a , d o n d e f u e capaz d e c o n v e r t i r a u n i n f l u y e n t e r a b i n o [217]. P r e d i c a e n M o r a [280], M a e l l a [284], B a r b a s t r o [289], G r a u s [290], Aínsa [291], B e n a b a r r e [292], lugares t o d o s ellos e n los q u e q u e d a c o n s t a n c i a d e los m i l a g r o s r e a l i z a d o s . A d e m á s , e n P i e d r a , s a n ó a u n a e n d e m o n i a d a [281], l o g r ó salvar s u p r o p i a v i d a e n C a s p e ante los sicarios d e l c o n d e d e U r g e l l [283] e i m p i d e q u e los d e m o n i o s e n t r e n e n l a c i u d a d d e l C o m p r o m i s o d u r a n t e las d e l i b e r a c i o n e s [288]; d e s c u b r e a los falsos frailes q u e t i m a b a n a los c o m e r c i a n t e s de D a r o c a [287]; e n e l c o n v e n t o d e H u e s c a , c u a n d o y a h a b í a f a l l e c i d o , h i z o q u e

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s e d e s p r e n d i e r a u n c u a d r o sobre l a c a b e z a d e l p r i o r d o m i n i c o p o r negarse a festejar s u a n i v e r s a r i o p o r c o i n c i d i r c o n l a S e m a n a S a n t a [293]. Y s i M u n é b r e g a c o n s e r v a u n c r u c i f i j o t a l l a d o p o r e l p r o p i o f r a i l e [282], G r a u s s e salvó de la i n u n d a c i ó n p r o v o c a d a p o r los ríos E s e r a e I s á b e n a gracias al c r u cifijo q u e l e g a r a a l p u e b l o e l f r a i l e p r e d i c a d o r [315].

7.4. L O S P O R T E N T O S Las páginas legendarias están repletas de n a r r a c i o n e s milagrosas o p o r tentosas, de h e c h o s y circunstancias i n e x p l i c a b l e s a la l u z de la razón: victorias militares casi i m p o s i b l e s , c u r a c i o n e s inverosímiles, castigos e j e m p l a r i z a n tes, favores especiales, victorias c o n t r a los e l e m e n t o s naturales desatados, etc. U n a b u e n a p a r t e d e este t i p o d e relatos l e g e n d a r i o s s e c e n t r a n e n l a a y u d a p o r t e n t o s a , m i l a g r o s a p r o d r í a m o s decir, q u e los g u e r r e r o s cristianos r e c i b i e r o n e n e l m o m e n t o m e n o s e s p e r a d o . L a aparición d e u n a c r u z r o j a sobre u n a e n c i n a d i o á n i m o s a los h o m b r e s d e G a r c í a J i m é n e z p a r a r e c o n quistar Aínsa [17] y o t r a c r u z r e c o r t a d a en el c i e l o a z u l posibilitó la v i c t o r i a d e I ñ i g o A r i s t a e n Araguás [22]. L a i n t e r c e s i ó n d e l a V i r g e n f u e d e t e r m i nante e n l a r e c o n q u i s t a d e E j e a [46], Z a r a g o z a [47], Alagón [50], B i j u e s c a [53] y C a l a n d a [61] o en la l i b e r a c i ó n de p r i s i o n e r o s [247]. S a n J o r g e i n t e r v i n o e n l a r e c o n q u i s t a d e H u e s c a [36], S a n t i a g o ayudó a l C i d e n T o r r e n u b l o s [41] y san M i g u e l en Z a r a g o z a [48], m i e n t r a s san R a m ó n a y u d a b a a evadirse a d o s s o l d a d o s [273]. P o r fin, A l f o n s o I v e n c i ó a los m u s u l m a n e s e n F r a g a c o n l a a y u d a d e las r e l i q u i a s q u e p o r t a b a c o n s i g o [64]. L l e n a s están las páginas legendarias, a s i m i s m o , de c u r a c i o n e s portentosas. P e d r o I fue c u r a d o p o r san M i g u e l in Excelsis [96]; la virgen d e l P i l a r sanó a F e r n a n d o II [135], al h i j o d e l c o n d e r i b a g o r z a n o [153] y a la r e i n a d o ñ a B l a n ca de N a v a r r a [160]; san R a m ó n a r r a n c ó de la m u e r t e a u n a j o v e n de R o d a [272], san V i c e n t e F e r r e r a un m u c h a c h o en C a l a t a y u d [286] y san M a c a r i o a otro d e A n d o r r a [318]. L a peste fue d e t e n i d a e n A z a n u y p o r san Sebastián [338] y este m i s m o santo libró a Fayón de la l e p r a [335]. P o r último, diversas e n d e m o n i a d a s f u e r o n sanadas p o r san V i c e n t e F e r r e r en P i e d r a [281] y en Aínsa [291], y p o r la intercesión de la v i r g e n B l a n c a en P i e d r a [317]. A s i s t i m o s a castigos ejemplares, c o m o e l caso d e l m u d e j a r d e que v i o abrirse l a t i e r r a bajo sus pies p o r h a b e r trabajado e n [249], l a p e t r i f i c a c i ó n d e u n pastor y sus reses c e r c a d e B o n o p o r B e n c i o d e Z a r a g o z a [298], o l a conversión e n estatua d e p i e d r a cense Martín V i s a g r a p o r p e r j u r o [306].

Tarazona domingo el obispo del daro-

V a r i o s s o n los casos en los q u e los e l e m e n t o s naturales desatados (riadas, tempestades, plagas, etc.) f u e r o n a p l a c a d o s m i l a g r o s a m e n t e , c o m o e l caso d e l a t e m p e s t a d q u e c o n j u r ó san V i c e n t e F e r r e r e n B a r b a s t r o [289], l a aven i d a d e l E b r o e n M o n z a l b a r b a c o n t e n i d a p o r l a V i r g e n [305] o l a r i a d a p a d e c i d a e n G r a u s q u e r e m i t i ó gracias a l c r u c i f i j o q u e allí h a b í a d e j a d o san 35

Agustín Ubieto Art/>tn

V i c e n t e F e F e r r e r [ 3 1 5 ] ] , m i e n t r a s q u e san R a m ó n , p o r e l c o n t r a r i o , h i z o 11ov e r e n Capéllá! q u e p a d e c í a u n a p e r t i n a z s e q u í a [2991. L a p l a g a d e l a l a n gosta fué a b o r t a d a d e m a n e r a p o r t e n t o s a e n sitios tan dispares c o m o Tauste :[384-J,.Arandiga^337] o F u e n t e s de E b r o [341]. P o r o t r a p a r t e , varias f u e r o n las p o b l a c i o n e s aragonesas, a d e m á s d e D a r o c a [301], e n las q u e s e p r o d u j e r o n C o r p o r a l e s — A n i ñ ó n [307], A n d o r r a [308], F r a g a [311], A g u a v i v a [312] y S a n J u a n d e l a P e ñ a [313], e n t r e o t r a s — l o q u e d i o o r i g e n a L o d o u n r e g u e r o d e fervorosas p e r e g r i n a c i o n e s , m i e n t r a s e n C i m b a l l a e l a g u a u t i l i z a d a e n m i s a , ante l a d u d a d e l sacerdote que¡ la celebrában se convirtió en sangre, r e l i q u i a q u e el rey M a r t í n I h i z o llevar, al monasterio de P i e d r a [309]. E l f e r v o r d e a l g u n o s f í e l e s c o n s i g u i ó favores especiales a l a h o r a d e l a m u e r t e , c o m o los casos d e l a n o b l e A l e j a n d r a , q u e c o n s e r v ó e l a l m a e n l a c a b e z a q u e t e n í a s e p a r a d a d e l c u e r p o hasta q u e logró ser c o n f e s a d a [276] y d e l h o m b r e d e c a p i t a d o e n V i l l a r r o y a d e l a S i e r r a qtie, e n idénticas circ u n s t a n c i a s ; f u e ¡confesado p o r e l a r z o b i s p o d e Z a r a g o z a [310]. . H a l l a m o s n a r r a c i o n e s curiosas, c o m o l a a y u d a q u e Gallinás r e c i b i ó d e l a V i r g e n t r a s h a b e r r o b a d o u n cáliz a los m o r o s [248], l a d e l a i m a g e n d e l a vír gen que viajó varias veces e n t r e S o r i a y Z a r a g o z a [300], el caso d e l past o r c i l l o . q u e v i ó t r a n s f o r m a d o s e n rosas m i l a g r o s a m e n t e los n u d o s q u e h a cía e n u n j u n c o , c o n l o q u e inventó e l r o s a r i o [302], l a p a l i d e z q u e l e h a q u e d a d o a la vírgen de Salas de H u e s c a tras h a b e r s i d o p r o f a n a d o su temp l o , [ 3 0 4 ] o ,el o l o r a n é c t a r q u e despidió e l s e p u l c r o d e l P a p a L u n a e n Peñ í s c o l a antes de ser t r a l a d a d o a I l l u e c a [316]. En o t r o caso, u n a f u l g u r a n t e l u z m o s t r ó d ó n d e h a b í a s i d o e n t e r r a d o santo D o m i n g u i t o d e V a l tras ser a s e s i n a d o p o r l o s j u d í o s [212], o s o n ó u n a c a m p a n a s i n q u e n a d i e l a tañer a c o m o o c u r r i e r a c u a n d o los restos d e san L i c e r p a s a b a n p o r las calles d e Z u e r a ' [274]' o las varias veces q u e l a c a m p a n a d e V e l i l l a d e E b r o h a presag i a d o a c o n t e c i m i e n t o s diversos [314]. ;

!

?

P o r ú l t i m o n o faltan casos d e r e l a c i ó n c o n e l p r o p i o D i a b l o , c o m o e l p a c t o q u e s e l l a r a ,el walí m o r o d e B o r j a p a r a d e f e n d e r l a p l a z a d e los cristianos ![5]; 52];, o c o m o c u a n d o san V i c e n t e F e r r e r i m p i d i ó q u e s e a c e r c a r a a Caspe d u r a n t e l a c e l e b r a c i ó n d e las d e l i b e r a c i o n e s d e l C o m p r o m i s o [288] o e l p a c t o q u e h i c i e r a c o n é l e l b a r ó n A r t a l d e M u r , e n h o n o r d e l c u a l llegó a ínstittnr.en A i n s a la «misa d e l Diablo» [303].

7.5. LAS R E L I Q U I A S

P a r a f i n a l i z a r este s o m e r o r e p a s o a c e r c a d e l s a c r a l i z a d o m u n d o m e d i e v a l a r a g o n é s h a r e m o s r e f e r e n c i a a las r e l i q u i a s , q u e d i e r o n l u g a r a u n c u r i o s o m o v i m e i n t o c r i s t i a n o e n t o d o e l m u n d o c r i s t i a n o , r i v a l i z a n d o iglesias, m o n a s terios; réyes y nobles 36

Leyendas para una historia paratela del Aragón medieval

Y a h e m o s visto a l o b i s p o B e n c i o d e Z a r a g o z a , e n s u h u i d a h a c i a e l P i r i n e o p o c o antes de t o m a r los m o r o s la c i u d a d , t r a n s p o r t a n d o los tesoros y las r e l i q u i a s de la sede cesaraugustana p a r a p o n e r l o s a salvo [8], c ó m o A l f o n s o I l o g r ó v e n c e r a los m u s u l m a n e s gracias a las r e l i q u i a s q u e s i e m p r e le a c o m p a ñ a b a n 164] o lo q u e le sucedió en C a s t i e l l o de J a c a al r o m e r o q u e t r a n s p o r t a b a u n saco l l e n o d e ellas [268], Sabemos, p o r o t r a parte, q u e J a i m e l el C o n q u i s t a d o r h i z o entrega del preciado r e l i c a r i o q u e siempre llevaba consigo a la v i r g e n de la H u e r t a de M a g a llón en r e c o n o c i m i e n t o a la ayuda q u e ésta le prestara en la g u e r r a [321] y d o nó u n a e s p i n a de la c o r o n a de C r i s t o al m o n a s t e r i o de S a m p e r [322]; o c ó m o el rey S a n c h o G a r c é s sólo l o g r ó sanar de la grave e n f e r m e d a d q u e p a d e c í a ante e l b r a z o d e l apóstol san P e d r o c u s t o d i a d o e n Siresa [319]. T a m b i é n nos ha l l e g a d o n o t i c i a l e g e n d a r i a d e l traslado de los restos de san I n d a l e c i o a l m o n a s t e r i o d e San J u a n d e l a P e ñ a [320], c e n o b i o e n e l q u e estuvo d u rante m u c h o t i e m p o u n a d e las r e l i q u i a s más i m p o r t a n t e s q u e p u e d a n existir, el Santo G r i a l [324, 325]. P o r último, r e c o r d e m o s c ó m o e l m o n a s t e r i o d e M o n t e a r a g ó n p u d o van a g l o r i a r s e de c u s t o d i a r p a n de la Ú l t i m a C e n a , q u e se salvó m i l a g r o s a m e n t e d e u n p a v o r o s o i n c e n d i o [323].

8. A S P E C T O S S O C I O - C U L T U R A L E S 8.1. L A J U S T I C I A Si otras fuentes h a n s i d o i n c a p a c e s de p r e c i s a r el n a c i m i e n t o exacto de la institución d e l J u s t i c i a de A r a g ó n , la l e y e n d a p r e c i s a c u á n d o y en q u é circunstancias, justamente c u a n d o a l u m b r a n los n o m e n o s l e g e n d a r i o s fueros d e S o b r a r b e [326], u n Justicia a l q u e v e m o s a l f i n a l d e n u e s t r o rec o r r i d o e n l a Seo z a r a g o z a n a d a n d o o r i g e n a s u e s c u d o d e a r m a s ante e l P a p a L u n a [331]. Por otra parte, hallamos algunas leyendas referidas a la administración d e j u s t i c i a , s o b r e t o d o l a r e a l . E n u n a o c a s i ó n , c o n m o t i v o d e l a c o n dena a m u e r t e d e l abad de Alaón, q u e d ó en e n t r e d i c h o [327]; en otra, l a v e m o s a c t u a r c o n c o n t u n d e n c i a , c u a l e s e l caso d e los f a l s i f i c a d o r e s d e m o n e d a d e T r a s m o z [ 3 2 8 ] . E n T e r u e l , d o s s o n las o c a s i o n e s q u e m o t i v a r o n e n f r e n t a m i e n t o e n t r e l a j u s t i c i a r e a l y los j u e c e s t u r o l e n s e s a p e g a d o s a l F u e r o , u n a c o n m o t i v o d e l a visita a l a c i u d a d d e l i n f a n t e d o n J a i m e , hijo de J a i m e II [ 3 2 9 ] , y o t r a c u a n d o A l f o n s o V se v i o o b l i g a d o a i n t e r v e n i r e n l a s e c u l a r b i c h a e n t r e los M a r c i l l a y los M u ñ o z , r e c o r t a n d o las l i bertades d e l f u e r o t u r o l e n s e , l o q u e m o t i v ó u n g r a n d e s c o n t e n t o p o p u lar [ 3 3 0 ] .


8.2. P L A G A S Y EPIDEMIAS A b u n d a n t e s s o n , a s i m i s m o , las n o t i c i a s l e g e n d a r i a s referentes a plagas y e p i d e m i a s , v e r d a d e r o azote d e u n a s o c i e d a d q u e n o d i s p o n í a d e m e d i o s técnicos ni médicos para combatirlas. La peste, p o r ejemplo, originó el d e s p o b l a m i e n t o de Lascasas de Sevil [332] y de Niablas —cuyos supervivientes f u e r o n a parar a O t o [ 3 4 2 ] — y, si no sucedió lo m i s m o en Azanuy, fue d e b i d o a la intercesión protectora de san Sebastián [338]. P o r otro lado, tras perecer ahogados en el río C i n c a casi todos los habitantes de Daymús, la peste afectó a los escasos supervivientes, m u y pocos de los cuales p u d i e r o n buscar nuevo a c o m o d o f u n d a n d o el p o b l a d o de V e l i l l a de C i n c a [340]. P o r su parte, el j u e z de Bujaraloz d i o órdenes de aislar toda la calle Baja para q u e la terrible e n f e r m e d a d no contagiara al resto de la p o b l a ción [336]. F i n a l m e n t e , tenemos noticias de las siete m u c h a c h a s de Peñarroya de Tastavíns que a c c e d i e r o n a casarse c o n siete j ó v e n e s supervivientes de la e n f e r m e d a d en V a l l i b o n a , gracias a lo cual se salvó de la desaparición este p u e b l o [339], h e c h o que todavía se c o n m e m o r a actualmente cada siete años. T e n e m o s n o t i c i a s d e l a g r a n m o r t a n d a d q u e causó e l c ó l e r a e n V i l l a q u e q u e d ó d e s p o b l a d a pues los p o c o s s u p e r v i v i e n t e s a b a n d o n a r o n sus casas y d i e r o n l u g a r a l n a c i m i e n t o d e Salinas d e H o z [333], a u n q u e m e j o r suerte c o r r i ó Fayón, a la v e r a d e l E b r o , p u e s san Sebastián libró m i l a g r o s a m e n t e a sus gentes d e l c o n t a g i o d e l a l e p r a [335]. P o r ú l t i m o , v e a m o s tres e j e m p l o s d e l a d e m o l e d o r a p l a g a d e l a langosta. Tauste se v i o l i b r e m e r c e d a la l u c h a titánica de san M i g u e l [334] y Aránd i g a gracias a l a i n t e r c e s i ó n d e l a V i r g e n [337], tal c o m o s u c e d i e r a e n F u e n tes de E b r o , c u y a feraz h u e r t a se v i o c u b i e r t a p o r estos voraces insectos, a u n q u e Nuestra Señora de Zaragoza la Vieja, trasladada desde El B u r g o de E b r o p a r a l a o c a s i ó n , les h i z o levantar e l v u e l o y d e s a p a r e c e r s a l v a n d o las cosechas de la s u p e r v i v e n c i a [341].

8.3. L A C U L T U R A D e s a f o r t u n a d a m e n t e n o nos h a n l l e g a d o m u c h a s las leyendas d e t i p o c u l t u r a l y las existentes lo s o n de t e m á t i c a v a r i a d a y d i s p e r s a , lo c u a l no perm i t e h a c e r síntesis c o h e r e n t e , a u n q u e u n aspecto destaca d e los d e m á s , l a e x i s t e n c i a y p r o l i f e r a c i ó n de trovadores, c o m o a q u e l al q u e J a i m e I castigó p o r h a b e r d e s t r o z a d o las vasijas d e u n c e r a m i s t a p o r e l h e c h o d e q u e éste t a r a r e a b a c o n e n t o n a c i ó n d e f i c i e n t e u n a d e sus trovas [158]. F a m o s o f u e e l t r o v a d o r M a n r i q u e d e L a r a , e n c a r c e l a d o e n l a t o r r e d e l a Aljafería e i n m o r t a l i z a d o p o r V e r d i [162]. T a m b i é n sabemos d e los a m o r e s y d e s v e n t u ras d e l j u g l a r q u e a c t u ó e n B a r b a s t r o p a r a e l c o n d e d e E n t e n z a y s u f a m i l i a [164] y p o d e m o s asistir a u n a c o n t i e n d a de j u g l a r e s en Z a r a g o z a q u e fue s o l v e n t a d a p o r e l p r o p i o rey [345].

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A p a r t e d e esto, s o n d e d e s t a c a r las m e d i c i n a s q u e h i c i e r o n f a m o s o s a los m o n j e s franceses d e san C a p r a s i o , a s e n t a d o s e n l a S i e r r a d e A l c u b i e r r e [ 3 4 3 ] , y e l q u i t a m i e d o s q u e e l a b o r a b a n e i n g e r í a n los s o l d a d o s d e R o bres q u e l u c h a r o n j u n t o a A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , q u e les h a c í a ser s u p e r i o res a t o d o s los d e m á s , a u n q u e g u a r d a r o n en secreto su c o m p o s i c i ó n [346]. P o r ú l t i m o , cabe destacar l a l l e g a d a a l r e i n o d e u n m o r o v a l e n c i a n o e x i l i a d o q u e s e a s e n t ó e n B o r j a o C a l a t a y u d , n o q u e d a c l a r o , y q u e trajo c o n sigo u n o s n u e v o s a c o r d e s m u s i c a l e s q u e d a r í a n o r i g e n a l a j o t a [347].

8.4. A R A G O N E S E S A L L E N D E LAS F R O N T E R A S T e n e m o s c o n s t a n c i a l e g e n d a r i a d e a l g u n o s aragoneses q u e v i v i e r o n f u e r a d e s u t i e r r a d e s i g u a l e s aventuras. H a l l a m o s así e n l a c o r t e p o r t u g u e sa a santa Isabel, la p r i n c e s a h i j a de P e d r o III, n a c i d a en la Aljafería, y r e i n a d e l país v e c i n o , c o n v i r t i e n d o e n rosas las m o n e d a s q u e a p u n t o estuvo de d e s c u b r i r l e su m a r i d o c u a n d o las i b a a d a r a los p o b r e s [350]. S a b e m o s d e las a n d a n z a s e n C a s t i l l a d e P e d r o M a r t í n e z d e B o l e a q u i e n , a r r i e s g a n d o s u v i d a y h a c i e n d a , l o g r ó q u e P e d r o III n o e n t r a r a e n g u e r r a c o n e l m o n a r c a c a s t e l l a n o [ 3 4 9 ] . H a l l a m o s a S a n c h o F e r n á n d e z d e H e r e d i a regres a n d o a s u B u r b á g u e n a n a t a l y t r a y e n d o c o n s i g o u n a i m a g e n d e santa A n a q u e aún s e v e n e r a e n l a l o c a l i d a d [353]. C o n o c e m o s n o t i c i a s d e u n a r a g o nés q u e estuvo c a u t i v o en C o n s t a n t i n o p l a y trajo a Z a r a g o z a , tras v i v i r varias p e r i p e c i a s , u n a h e r m o s a i m a g e n d e l a V i r g e n q u e h a l l ó e n t e r r a d a j u n t o a los m u r o s d e l a c i u d a d o r i e n t a l [351]. L a l e y e n d a nos c u e n t a , e n f i n , las v i c i s i t u d e s q u e p a d e c i ó o t r o a r a g o n é s q u e vivió c o m o esclavo e n J e r u salén y q u e , tras l o g r a r su l i b e r a c i ó n , trajo c o n s i g o a su p u e b l o de I n o g é s o t r a talla m a r i a n a [352].

8.5. A R A G O N E S E S C O N P E R S O N A L I D A D P a r a finalizar este r e c o r r i d o t e m á t i c o a través de las n a r r a c i o n e s l e g e n darias q u e c o n s t i t u y e n esta a n t o l o g í a , n o s d e t e n d r e m o s m o m e n t á n e a m e n te en la c o n s i d e r a c i ó n de dos personajes reales y l e g e n d a r i o s a la vez. P o r u n a parte, h a l l a m o s a J u a n F e r n á n d e z de H e r e d i a q u i e n , tras v e n c e r a los turcos e n los Santos L u g a r e s , r e c a l ó e n s u p u e b l o , M u n é b r e g a , d o n a n d o una bella imagen de la V i r g e n que había a d q u i r i d o c o m o botín de guerra [354]. P e r o e l p e r s o n a j e q u e h a o r i g i n a d o más relatos l e g e n d a r i o s , n o p o día ser d e o t r a m a n e r a , e s d o n P e d r o d e L u n a , a q u i e n e l p r o p i o m a r recon o c i ó c o m o a u t é n t i c o p a p a [355], s e salvó d e m o r i r p o r e n v e n e n a m i e n t o gracias a l aviso q u e l e h i z o llegar u n a b r u j a [357], h i z o u n viaje d e incógn i t o a R o m a sobre su p r o p i a c a p a [358] y r e c i b i ó a los e m i s a r i o s d e l C o n c i l i o d e C o n s t a n z a [359].

39

Agustín l/kieto Arteta

Terne en no abdicar c o m o pontífice, c u a n d o toda E u r o p a — i n c l u s o su r e y — estaba en su c o n t r a , nos l a n z a su f a m o s a frase de «estoy en mis t r e c e » , r e f i r i é n d o s e a B e n e d i c t o XlII, n a t u r a l m e n t e [356], y es capaz, en p l e n a c r i sis, c o n s u p e r s o n a l i d a d a r r o l l a d o r a , d e d a r o r i g e n a l e s c u d o d e a r m a s d e l J u s t i c i a de Aragón en la seo de S a n S a l v a d o r de Z a r a g o z a [331 ]. P o r eso no es e x t r a ñ o q u e de su t u m b a de P e ñ í s c o l a i r r a d i a r a o l o r a néctar, p o c o antes de ser trasladados sus restos m o r t a l e s a su v i l l a natal, I l l u e c a [316], p o r decisión de A l f o n s o V.

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II. ANTOLOGÍA DE LEYENDAS

1. LA CONQUISTA MUSULMANA

1. EL C O N D E D O N JULIÁN, PRISIONERO Y M U E R T O EN LOARRE ( S I G L O VIII. L O A R R E )

E s s o b r a d a m e n t e c o n o c i d o c ó m o , e n s u i n i c i o , l a e n t r a d a d e las tropas m u s u l m a n a s e n l a P e n í n s u l a n o f u e más q u e l a respuesta a u n p r o b l e m a m e ramente político. L o s dos b a n d o s q u e s e d i s p u t a b a n l a c o r o n a d e l r e i n o hisp a n o g o d o — c o m o y a o c u r r i e r a e n ocasiones a n t e r i o r e s — s e p r o c u r a r o n sus p r o p i o s aliados. E n este caso, W i t i z a — e n f r e n t a d o p o l í t i c a m e n t e a d o n R o d r i g o , el último rey v i s i g o d o — buscó y halló la c o l a b o r a c i ó n interesada de los m o r o s q u e h a b í a n l o g r a d o extenderse e n p o c o t i e m p o desde e l corazón d e A r a b i a , a lo largo de t o d o el n o r t e de África, hasta el estrecho de Gibraltar. L a c a r e n c i a d e fuentes f i d e d i g n a s q u e n a r r e n l o q u e d e v e r d a d o c u r r i ó en a q u e l a ñ o 711 y en los i n m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r e s y posteriores ha d a d o pie a q u e sea la l e y e n d a y la i m a g i n a c i ó n p o p u l a r q u i e n e s h a y a n tratado de e x p l i c a r l o q u e r e a l m e n t e sucedió. A l parecer, e n l a invasión m u s u l m a n a d e s e m p e ñ ó u n p a p e l i m p o r t a n t e un c o n d e v i s i g o d o , d o n J u l i á n , p a r t i d a r i o de W i t i z a , y a q u i e n se le a c h a c a l a traición d e h a b e r f a v o r e c i d o l a e n t r a d a d e los m u s u l m a n e s p o r e l Estrec h o p a r a v e n g a r e l p r e t e n d i d o ultraje q u e e l rey d o n R o d r i g o l e h i c i e r a e n sus r e l a c i o n e s c o n s u h i j a F l o r i n d a , más c o n o c i d a c o m o l a C a b a . P a r a a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s , d o n J u l i á n m u r i ó e n a q u e l l o s instantes, b i e n a m a n o s d e los p a r t i d a r i o s d e l c o n d e d o n R o d r i g o b i e n d e los p r o p i o s musulmanes; para el p u e b l o y la leyenda, el c o n d e d o n Julián fue h e c h o p r i s i o n e r o p o r los p r o p i o s m o r o s p a r a ser e n c a r c e l a d o e n e l p u e b l e c i t o d e L o a r r e , d o n d e fue f é r r e a m e n t e e n c a d e n a d o y a t r o z m e n t e m a l t r a t a d o hast a m o r i r , p a r a acabar, p o r f i n , s i e n d o e n t e r r a d o n o c o m o c r i s t i a n o q u e e r a sino f u e r a d e l s e n o d e l a iglesia m o z á r a b e d e L o a r r e . L a l e y e n d a s e c o m p l i c a todavía más c u a n d o e l P a d r e H u e s c a , a f i n a l e s d e l siglo X V I I I , nos relata q u e él p e r s o n a l m e n t e tuvo ocasión de ver su se43

Agustín í 'birlo Arlela

p u l c r o — q u e h a b í a s i d o p r o f a n a d o p o r b u s c a d o r e s d e tesoros—, e n l o alto d e l a escalera d e l castillo, u n a f o r t a l e z a c o n s t r u i d a , sin d u d a a l g u n a , e n fec h a m u y p o s t e r i o r a los h e c h o s n a r r a d o s . [ B e l t r á n M a r l i n e / . , A n t o n i o , Leyendas aragonesas, págs. 52-54.]

2. LA C O N Q U I S T A DE SARAKUSTA POR C A R L O M A G N O ( S I G L O VIII. Z A R A G O Z A )

L a H i s t o r i a nos c u e n t a q u e varios p r o h o m b r e s d e l a Sarakusta m u s u l m a n a , entre ellos e l i n f l u y e n t e S u l a y i n a n b e n Y a q z a n b e n al-Arabí, d e c i d i e r o n solicitar a y u d a y e n t r e g a r la c i u d a d y su d i s t r i t o (en r e a l i d a d la p a r t e c e n t r a l y más r i c a d e l valle d e l E b r o ) a las tropas de C a r l o m a g n o , en el a ñ o 777. P e r o lo c i e r t o es q u e c u a n d o l l e g a r o n a sus puertas éstas no se abrier o n , t e n i e n d o q u e retirarse a F r a n c i a , a u n q u e n o sin antes ser h u m i l l a d o s e n e l valle d e Siresa, d o n d e m o r i r í a e l c a b a l l e r o R o l d a n . S i n e m b a r g o , l a leyenda que recoge la «Canción de Roldan» es b i e n distinta. C a r l o m a g n o n o sólo c r e ó u n i m p e r i o h i s t ó r i c a m e n t e c i e r t o basado e n toda la G a l i a y parte de G e r m a n i a , sino que la mente h u m a n a le hizo dueñ o d e t o d o e l valle d e l E b r o , e n H i s p a n i a . L a Z a r a g o z a m o r a n o p u d o i m p e d i r s u paseo t r i u n f a l a u n q u e l o i n t e n t ó . E n efecto, Sarakusta — u n a u t é n t i c o vergel p a r a los sitiadores f r a n c o s — e r a g o b e r n a d a p o r el walí (rey p a r a los francos) M a r s i l i o , q u e se n e g ó a e n tregar las llaves d e l a c i u d a d , p o r l o q u e C a r l o m a g n o tuvo q u e sitiarla, cerco en el que moriría el legendario R o l d a n . A n t e l a a m e n a z a d e l g r a n C a r l o m a g n o , e l rey M a r s i l i o fue capaz d e rec l u l a r más d e c u a t r o c i e n t o s m i l h o m b r e s a r m a d o s , a u n q u e u n a b u e n a parte se v i o p r o n t o a c o r r a l a d a e n t r e las filas francas y un c a u d a l o s o E b r o q u e n o p u d i e r o n atravesar, m u r i e n d o a h o g a d o s o c a y e n d o p r i s i o n e r o s . E l p r o p i o M a r s i l i o era h e r i d o e n e l c o m b a t e y t e n í a q u e g u a r e c e r s e e n l a c i u d a d , q u e estaba a p u n t o de s u c u m b i r . Ú n i c a m e n t e l a l l e g a d a d e los r e f u e r z o s d e l e m i r d e B a b i l o n i a , B a l i g a n t e , c o n sus tropas q u e r e m o n t a r o n e l E b r o e n c h a l a n a s y galeras retrasó l a r e n d i c i ó n , p e r o s ó l o f u e u n a s i m p l e d e m o r a , p u e s C a r l o m a g n o m a t a b a a B a l i g a n t e y sus h o m b r e s d e r r i b a b a n l a p u e r t a p r i n c i p a l d e l a ciudad. Sarakusta fue s a q u e a d a , las m e z q u i t a s v sinagogas d e s t r u i d a s y los i n f i e les q u e se n e g a b a n a r e c i b i r el b a u t i s m o e r a n ajusticiados, a u n q u e se c o n v i r t i e r o n más d e c i e n m i l . C a r l o m a g n o h a b í a salvado a l a C r i s t i a n d a d o c c i d e n tal c o n l a t o m a d e Sarakusta. [ U b i e t o A r t e t a , A n t o n i o , La Chanson de Raland..., págs. 9-16.]

44


3. B E S T U É , L I B R A D A DE L O S M O R O S : i < ; i : • •;. : » - •>. «. : • ¡ ¡ :V, « (SIGLO vin. BESTUÉ)

. o h w i b • ;.¿;¡:
L o s m u s u l m a n e s d o m i n a r o n l a parte l l a n a d e l E b r o cqç, r g l ^ i y a rap.idje.z; sin e m b a r g o , e n las partes alias, t u v i e r o n m a y o r e s p r o b l e m a s , p a r a e ; l l o ^ N p obstante, p o c o s r i n c o n e s se e s c a p a r o n a su p r e s e n c i a y,sprrieíimif?n,to.;, ¡> ,t L i n o de los lugares más d i c h o s o s y q u e se u f a n a n más'¿té no l l á b é r ' S i d o c o n q u i s t a d o s n u n c a p o r las armas islámicas es B e s t u é , ya s ó b r c p á s á d q el Iffr p o r t a n t e enclave d e Aínsa, e n p l e n o valle d e Puértolas. Yestáí c i r c u n s t a n c i a insólita se d e b e a la i n t e r c e s i ó n de u n a V i r g e n v e n e r a d a a f K d e s d e fjejiipos de los v i s i g o d o s bajo la advocación de N u e s t r a S e ñ o r a deJ3ario¡v>¡: >i,:í )¡¡! O c u p a d a l a v i l l a d e Aínsa y s u c o m a r c a p o r los s a r r a c e n o s h á c i a ' e l ' a n p 716, p r o f u n d i z a r o n C i n c a a r r i b a y s e a p o d e r a r o n e n i i n a m i s m a j o r n a d a d e Laspuña, E s c a l o n a , B e l s i e r r e , P u y a r r u e g o y Puértolas, q u e a p e n a s , p u d i e r o n ofrecer resistencia: el p u e b l e c i t o de B e s t u é , sin ningún t i p o dé defensa, estaba así s e n t e n c i a d o n a d a más q u e d e s p u n t a r a el a l b a d e l • día siguientéi ;

( A l a n d o d e s a p a r e c i e r o n las últimas luces de a q u e l aciago, dïa — s a b i e n do que estaban aislados y sin p o s i b i l i d a d a l g u n a de recibir'ay,u.da.eí¿tejna— a c u d i e r o n todos los p o b l a d o r e s de Bestué a i m p l o r a r a la cajpi))a eje N ue s tra S e ñ o r a d e B a r i o . N a d i e d u r m i ó e n a q u e l l a n o c h e d e . f e r y p i ; y d e i m p o tente d e s e s p e r a n z a a la vez. ;

f

7

E l día s i g u i e n t e a m a n e c i ó n u b o s o y l l e n o d e b r u m a s . A u n q u e np.se..divisaban, se intuía la p r e s e n c i a de los sarracenos. H o m b r e s •y,tyiujeres.,cp m e n z a r o n a d a r voces y a transmitirse ó r d e n e s p a r a la defe nsa ..qrd.ene$.quc difícilmente n a d i e p o d r í a c u m p l i r . D e m a n e r a m i s t e r i o s a , a q u e l l a táctica logró c o n f u n d i r al e n e m i g o , h a c i é n d o l e creer, sin d u d a , 'etí• ñnív c o n c e n t r a ción excesiva de gente a r m a d a , m u y s u p e r i o r en n ú m e r o a su escasa a u n que b i e n p e r t r e c h a d a d o t a c i ó n .

r

)

y

T r a n s c u r r i d o un lapso i m p o r t a n t e de t i e m p o , dejaron de oírse las idas y venidas de los presuntos atacantes. La p r u d e n c i a h i z o esperar inri/pócó más y llegaron las primeras noticias de los vigías: los m o r o s habían retrocedido. Nuestra Señora de Bario había conseguido n u b l a r también las mentes de los invasores. Lo cierto es que Bestué no fue conquistado y libre continuó sjernpre. [Fací, R o q u e A . , Aragón..., I. págs. 494-495.]

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4. LA RESISTENCIA DE TRASOBARES A LOS M O R O S (SIGLO vili. TRASOBARES)

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L a c o n q u i s t a d e l valle d e l E b r o p o r los m u s u l m a n e s u n a vez. que¡atravesaron e l estrecho d e G i b r a l t a r fue m e t e ò r i c a , e n b u e n a p a r t e d e b i d o ; a las 45


múltiples c a p i t u l a c i o n e s q u e l o g r a r o n , e s decir, sin q u e m e d i a r a resistencia a r m a d a y sí p a c t o . P e r o este n o f u e , n i m u c h o m e n o s , e l caso d e l p o b l a d o q u e p r o n t o sería l l a m a d o Trasobares, cuyos habitantes d e c i d i e r o n a t r i n c h e r a r s e tras las defensas d e a d o b e y p i e d r a q u e r o d e a b a n a l castillo, p r e f i r i e n d o l a l u c h a y l a resistencia hasta la m u e r t e antes q u e e n t r e g a r las llaves de su p u e b l o a los invasores. H i c i e r o n a c o p i o de g r a n o , aceite y a n i m a l e s p a r a el s a c r i f i c i o y rep a r a r o n las c o n d u c c i o n e s d e a g u a d e las calles p a r a q u e l a r e c o g i d a d e l a l l u v i a f u e r a a p a r a r t o d a a los aljibes sin q u e se p e r d i e r a ni u n a sola gota. La defensa de aquellos hombres y mujeres — p u e s participaron t o d o s — fue h e r o i c a , m a n t e n i e n d o a raya a los asaltantes. Y p e r f e c t a m e n t e o r g a n i z a d a , p u e s c a d a u n o , i n c l u i d o s los n i ñ o s y a n c i a n o s , t e n í a a s i g n a d a u n a m i sión c o n c r e t a . P e r o d e entre todos los defensores destacaba l a p e r s o n a l i d a d y e l a r r o j o d e tres a u t é n t i c o s capitanes d e l p o b l a d o cuyos n o m b r e s c o n o c e mos: H e r n a n d o Sánchez, García A z n a r y Beltrán Gascón. P a r a los c o m b a t i e n t e s m o r o s — a c o s t u m b r a d o s a v e n c e r c o n r a p i d e z allí p o r d o n d e pasaban y q u e a q u í t u v i e r o n q u e p r e p a r a r s e p a r a m a n t e n e r u n a s e d i o q u e n o e s p e r a b a n ante alcázar tan p e q u e ñ o — a q u e l l o s tres valientes — « t r i u m o b a n t i u m » les d e n o m i n a b a n los cristianos e n s u l a t í n — s e c o n v i r t i e r o n e n u n e s c o l l o d e difícil s u p e r a c i ó n q u e p r o l o n g ó e n d e m a s í a l a c a í d a d e l castillo d u r a n t e a l g u n a s semanas. P o c o a p o c o , a la f o r t a l e z a y al p u e b l o — c u y o n o m b r e d e s c o n o c í a n los s i t i a d o r e s — s e les f u e l l a m a n d o c o m o los d e «trium o b a n t i u m » — e l d e los «tres v a l i e n t e s » — , d e n o m i n a c i ó n q u e c o n e l paso d e l t i e m p o f u e transform á n d o s e hasta d e r i v a r e n Trasobares, tal c o m o s e l e c o n o c e hoy. [Recogida

oralmente.]

5 . L A PÉRDIDA Y D E S P O B L A M I E N T O D E N O V I L L A S (SIGLO viii. M A L L É N )

A n t e las n o t i c i a s q u e l l e g a b a n c o n i n s i s t e n c i a c a d a vez mayor, los h a b i tantes d e l p e q u e ñ o p u e b l o d e N o v i l l a s , s i t u a d o e n l a o r i l l a d e r e c h a d e l r í o E b r o , d u d a b a n a c e r c a d e q u é d e t e r m i n a c i ó n tomar. U n a tarde, llegó p r e s u r o s o y a l a r m a n t e e l a n u n c i o d e q u e las b a n d e r a s d e l a m e d i a l u n a , victoriosas ante e l i m p o r t a n t e enclave d e T u d e l a , s e p r e p a r a b a n p a r a m a r c h a r c o n t r a Z a r a g o z a , c o n s i d e r a d a c o m o l a llave d e l valle d e l E b r o . E n rápida a s a m b l e a r e u n i d a f r e n t e a l a iglesia, d e c i d i e r o n e n c o m ú n a b a n d o n a r sus casas a q u e l l a m i s m a n o c h e , d i r i g i é n d o s e h a c i a l a p o b l a c i ó n d e Tauste, d o n de esperaban encontrar cobijo. Novillas quedó totalmente desierto. A la m a ñ a n a s i g u i e n t e , c o n o c e d o r e s de esta h u i d a m a s i v a y p r e c i p i t a d a los cristianos d e Mallén, p o b l a c i ó n q u e todavía p e r m a n e c í a l i b r e , o r g a n i z a 46


r o n u n a expedición compuesta p o r veinticuatro vecinos, quienes — c o n el sacerdote al f r e n t e y sin m o s t r a r n i n g ú n m i e d o a los m o r o s q u e estaban ya a c a m p a d o s ante su v i s t a — se d i r i g i e r o n a N o v i l l a s . N a t u r a l m e n t e , las calles estaban a b s o l u t a m e n t e desiertas y las casas vacías. C o n s i g i l o , s e d i r i g i e r o n a l a iglesia. D e n t r o , e n u n a h o r n a c i n a d e l altar mayor, v i e r o n l o q u e b u s c a b a n . E r a l a talla d e u n a v e n e r a d a i m a g e n d e l a V i r g e n . L a c o g i e r o n , l a e n v o l v i e r o n e n t r e u n o s p a ñ o s y c o m e n z a r o n e l cam i n o d e regreso a Mallén s i n q u e t u v i e r a n c o n t r a t i e m p o a l g u n o . E n previsión d e q u e los m u s u l m a n e s p u d i e r a n atentar c o n t r a l a i m a g e n s i e n t r a b a n y t o m a b a n Mallén, l a e s c o n d i e r o n hasta q u e l l e g a r a n t i e m p o s mejores. E n efecto, Mallén f u e c o n q u i s t a d o y d u r a n t e c u a t r o siglos estuvo en p o d e r m o r o . B u e n a parte de la población cristiana, al contrario que en e l caso d e N o v i l l a s , q u e f u e a r r a s a d o , p e r m a n e c i ó e n sus h o g a r e s . C u a n d o A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r r e c o n q u i s t ó tanto Mallén c o m o N o v i l l a s , los l i b e r a d o s cristianos de M a l l é n d e s e n t e r r a r o n la i m a g e n y no t e n i e n d o a quién devolvérsela, p u e s t o q u e N o v i l l a s h a b í a q u e d a d o t o t a l m e n t e d e s i e r t a y así p e r m a n e c i ó d u r a n t e c u a t r o c i e n t o s a ñ o s , d e c i d i e r o n d e p o s i t a r l a en su iglesia p a r r o q u i a l , d o n d e todavía se v e n e r a c a d a día 8 de s e p t i e m b r e . [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r G e m m a L a l a g u n a , C o l e g i o «Manlia». Mallén. C ó r d o b a y F r a n c o , F r a n c i s c o J.,

Manlia y Mallén..., págs.

35-37.]

6. LA PÉRDIDA DE B E L M O N T E (SIGLO VIII. B E L M O N T E )

A c o m i e n z o s d e l siglo V I I I , c o m o o c u r r i e r a en todos los p u e b l o s de la comarca, B e l m o n t e h a b í a s u c u m b i d o a las armas m u s u l m a n a s . U n a n u e v a administración g o b e r n ó el m u n i c i p i o , en el q u e trataron de convivir m o r o s y cristianos separados en dos núcleos distintos. L o s p r i m e r o s habitaban la parte baja de casco u r b a n o ; los cristianos, la parte alta d e l p u e b l o , en el castillo, de m o d o q u e n u n c a podrían h u i r sin pasar p o r l a parte d o m i n a d a p o r los m o r o s . E n u n m o m e n t o e n e l q u e las r e l a c i o n e s e n t r e ambas c o m u n i d a d e s s e c r i s p a r o n , los m u s u l m a n e s a c o r r a l a r o n a los cristianos, q u e se h i c i e r o n fuertes e n e l castillo. L a situación s e h i z o tan i n s o s t e n i b l e p a r a éstos q u e p e n s a r o n s e r i a m e n t e e n l a r e n d i c i ó n . S i t a r d a r o n algún t i e m p o más d e l o que cabía esperar, dadas las c i r c u n s t a n c i a s precarias en las q u e se h a l l a b a n , s e d e b i ó a u n h e c h o e x t r a o r d i n a r i o q u e o c u r r i ó u n a tarde. E n efecto, m i e n t r a s los h o m b r e s v e l a b a n e n las troneras d e l a m u r a l l a , las mujeres cosían y r e p a s a b a n la r o p a en l u g a r aparte a p r o v e c h a n d o los rayos d e l sol. F u e e n t o n c e s c u a n d o l a V i r g e n s e les a p a r e c i ó , r e c o m e n d á n d o les q u e a c o n s e j a r a n a sus m a r i d o s e hijos q u e no se e n t r e g a r a n . En testi47

Agustín Ubifito Arlela

i b o j a i o - d e - a q u e l j a a p a r i c i ó n , y p a r a q u e los h o m b r e s n o t u v i e r a n d u d a d e ciiaTardde&dejtpaFii, les d e j ó el r e c u e r d o de u n a talla de su i m a g e n . ' " T r a s ' c o m e n t a r l o o c u r r i d o , d e c i d i e r o n e n t r e todos n o entregarse y resistir, hasta q u e l a e v i d e n c i a d e l a s u p e r i o r i d a d m u s u l m a n a les a c o n s e j ó dej a n last afamas,;tras p a c t a r q u e serían respetadas sus vidas. No obstante, antes d e rjendjrjse; p e n s a r o n q u é h a c e r c o n l a talla d e l a V i r g e n , c u y a i n t e g r i d a d eoriiía ipchgEüy Y d e c i d i e r o n c o n s t r u i r u n a p e q u e ñ a c á m a r a e n u n l i e n z o d e l m u r o , e m p a i i e d a n d o l a i m a g e n hasta q u e l l e g a r a e l m o m e n t o d e l a l i b e r t a d . , i ^ a s á r d n l o f i í a ñ o s c i n c l u s o los siglos. B c l m o n t c f u e l i b e r a d o p o r las tropa»,
, l IsRicarciq ¡Bla^q, Francisco Jurado, Jesús Pablo, Silvia Pablo y Yolanda Rodrigo, „, en, Ijp.Vpfr¿(e,la Comarca (coord. de M Gloria Magaña y L i n o de Miguel), Colegio «Au^n^ta^ílbilis». Calatayud.] f

;

A

7. IA DEFENSA CRISTIANA DE BORJA ( S I G L O VIII. B O R J A )

L o s e j é r c i t o s m u s u l m a n e s , tras atravesar e l e s t r e c h o d e G i b r a l t a r p a r a a p o y a r a u n a f a c c i ó n d e los g o b e r n a n t e s visigodos, c o n u n a r a p i d e z insosp e c h a d a p a r a los m e d i o s d e l a é p o c a , c o n q u i s t a r o n p r á c t i c a m e n t e t o d a l a P é ñ m s í i l a ifiériéá e n n o más d e tres o c u a t r o a ñ o s . E l valle d e l E b r o , sobre CÓdó MJDafté-más l l a n a y accesible, n o f u e u n a e x c e p c i ó n . ;

y ' i ' ' ' K u n "i;/:/;•<> i 1

.

.,-jEs jsabjdp .eónro la m a y o r parte de las p o b l a c i o n e s h i s p a n a s c a p i t u l a r o n y.jen^e^jarpjci. sus llaves a los nuevos políticos y a d m i n i s t r a d o r e s , si b i e n se dje/rpn.eje/mnjos h e r o i c o s d e resistencia, a u n q u e ésta s i r v i e r a d e p o c o . E l d e B o r j a e s u n o d e esos e j e m p l o s . E n efecto, l l e g a d o e l m o m e n t o , e l s o b e r b i o cB(stíllí>>rtoqttfero d e B o r j a , d e f e n d i d o p o r los cristianos q u e p u d i e r o n a m p a r a r s e ' d e n t r o de; sus m u r o s d e p i e d r a , f u e u n o b s t á c u l o r e l a t i v a m e n t e m o l&s't© árá el avance i m p e t u o s o de las tropas m o r a s , a u n q u e la p o b l a c i ó n que'be-'asentuba a sus pies h u b i e r a c a í d o ya en sus m a n o s . L o s m u s u l m a n e s sitiaron la fortaleza y, sin presentar batalla, se l i m i t a r o n a m a n t e n e r b i e n c e r r a d o el c e r c o en espera de q u e se acabasen los a l i m e n t o s dd sus dffifehsores, lo q u e , sin d u d a a l g u n a , les llevaría a r e n d i r s e . P e r o los cristianos! nó se d i e r o n p o r v e n c i d o s y, a u n q u e apenas les q u e d a b a n casi víveres eohílok-qufiimantenerse vivos, i d e a r o n u n a estratagema q u e i n m e d i a t a m e n t e p'ittsterori en práctica y q u e surtió su efecto a u n q u e f u e r a e f í m e r o . 48


T o m a r o n l a última vaca q u e q u e d a b a c o n v i d a e n e l f o r t í n y l e d i e r o n d e c o m e r t o d o c u a n t o t u v i e r o n a su a l c a n c e , i n c l u i d a la c o m i d a d e s t i n a d a a los p r o p i o s d e f e n s o r e s . U n a vez q u e estuvo b i e n c e b a d a y , p o r l o tanto, lustros a y rebosante, l a s a c a r o n d e l castillo c o n á n i m o d e q u e l l e g a r a a l c a m p o e n e m i g o . L o s m u s u l m a n e s , ante a q u e l l a r e a l i d a d q u e n o e s p e r a b a n , creyer o n q u e todavía les q u e d a b a n víveres p a r a m u c h o s meses, d e c i d i e n d o afloj a r el c e r c o y d e d i c a r sus esfuerzos en la c o n q u i s t a de p o b l a c i o n e s aledañas. E s c i e r t o q u e l a f o r t a l e z a a c a b ó c a y e n d o e n m a n o s m o r a s , p e r o l a estratagema p e r m i t i ó h u i r a m u c h o s s o l d a d o s cristianos, bastantes de los cuales f u e r o n a e n g r o s a r la resistencia q u e , p o c o a p o c o , f u e f r a g u á n d o s e en las montañas pirenaicas. [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r E n r i q u e L a c l e t a , Javier S á n c h e z y D a n i e l S a n c h o . Instituto de B a c h i l l e r a t o de Borja.]

8. EL OBISPO DE Z A R A G O Z A ANTE LA CONQUISTA MUSULMANA (SIGI.O viii. Z A R A G O Z A )

Discurría el a ñ o 714, c u a n d o el cerco de los h o m b r e s de armas q u e capitaneaba T a r i q a p u n t o estaba ya de c o n s e g u i r la v i c t o r i a sobre la i m p o r t a n t e c i u d a d de Cesaraugusta. (como q u i e r a q u e ésta — a m p a r a d a tras las gruesas murallas q u e c o n s t r u y e r a n los r o m a n o s — se d e f e n d í a c o n b r a v u r a i n u s i t a d a , aún se le u n i e r o n a aquél las tropas de M u z a llegadas desde T o l e d o , de m o do que el o b i s p o zaragozano B e n c i o , ante la gravedad de la situación, reunió en la iglesia de Santa María la M a y o r a los personajes más destacados de la c i u d a d p a r a aconsejarles qtie a b a n d o n a r a n r á p i d a m e n t e la c i u d a d p a r a ir a refugiarse en zonas más inaccesibles y seguras de las m o n t a ñ a s pirenaicas. M i e n t r a s s e l u c h a b a d e n o d a d a m e n t e e n los m u r o s , e n l a iglesia, e n m e d i o d e a q u e l l a plática, u n n o b l e h i s p a n o g o d o i n t e r r u m p i ó a l o b i s p o e n s u arenga p a r a a d v e r t i r l e q u e e r a él q u i e n d e b í a h u i r y p o n e r a salvo las sagradas r e l i q u i a s y el tesoro de la iglesia, no así los caballeros cristianos, q u e debían aprestarse a d e f e n d e r la c i u d a d hasta el final j u n t o a sus h o m b r e s . S i n e x c e p c i ó n , todos los allí presentes a p o y a r o n c o n r o t u n d i d a d l a p r o puesta d e a q u e l n o b l e . Así fue c o m o e l o b i s p o B e n c i o , a c o m p a ñ a d o p o r dos d e sus f a m i l i a r e s , r e c o g i e r o n todos los b i e n e s de valor, lo c a r g a r o n a l o m o s de varias muías, y salieron p o r l a p u e r t a d e O r i e n t e e n d i r e c c i ó n a las m o n t a ñ a s d e l n o r t e , hacia H u e s c a , a m p a r a d o s p o r la escolta de los h o m b r e s de dos de los n o b l e s presentes en la r e u n i ó n . A q u e l l a fue u n a decisión q u e reflejaba p e r f e c t a m e n t e e l á n i m o d e los cristianos, c o n o c e d o r e s de lo q u e estaba s u c e d i e n d o en todas las p o b l a c i o 49

Agustín Ubieto Atleta

nes q u e , u n a tras o t r a , caían e n m a n o s sarracenas. L o c i e r t o e s q u e — s e g ú n l a l e y e n d a — aún n o h a b í a n t r a n s c u r r i d o tres h o r a s d e l a h u i d a d e l a c o m i tiva d e l o b i s p o B e n c i o , c u a n d o los m u s u l m a n e s c o n s i g u i e r o n d e r r i b a r l a p u e r t a C i n e g i a y , e n t r a n d o c o m o u n a a u t é n t i c a a v a l a n c h a p o r sus calles y plazas, o b l i g a r o n a las a u t o r i d a d e s de C e s a r a u g u s t a a c a p i t u l a r . [ S á n c h e z P é r e z , J o s é A . , El Reino de Aragón, p á g s . 81-82.]

9 . L A C O N Q U I S T A M U S U L M A N A D E AGIRIA ( D A R O C A ) (SlGI.O VIII

DAROCA)

L a s huestes m u s u l m a n a s d e T a r i k a v a n z a b a n h a c i a C e s a r a u g u s t a . T r a s s u paso, t o d o e r a desolación y r e n c o r ; p o r d e l a n t e , t e m o r y h u i d a s p r e c i p i t a das. E n Agiría ( l u e g o D a r o c a ) , ante las n o t i c i a s d e q u e los m o r o s estaban y a en las fuentes d e l Tajo, u n o s h u í a n t e m e r o s o s y otros se a p r e s t a b a n a la l u c h a . E n m e d i o d e este c u a d r o d a n t e s c o , llegó a D a r o c a , sobre u n a g o t a d o c a b a l l o , u n j o v e n , d e s c o n o c i d o e n p r i n c i p i o p o r e l l a m e n t a b l e estado e n e l que encontraba, aunque era darocense. P r o n t o se le reconoció c o m o a Juan de Luna. N a r r ó J u a n l o o c u r r i d o e n G u a d a l e t e , d o n d e estuvo e n l a i n f a u s t a j o r n a d a d e l a d e r r o t a c r i s t i a n a ; d e s p u é s r e l a t ó las c a l a m i d a d e s d e s u cautiver i o e n C ó r d o b a y T o l e d o . P o r f i n , r e f i r i ó las p e n a l i d a d e s d e s u h u i d a d u r a n t e más d e q u i n c e días hasta l l e g a r a D a r o c a . M u c h o s , los q u e v e n í a n e r a n m u c h o s y b u e n o s j i n e t e s s o b r e c a b a l l o s i n i m a g i n a b l e s , fieros e i n d ó m i t o s . T r a s descansar m i e n t r a s n a r r a b a l o s u c e d i d o , J u a n d e L u n a f u e a buscar a Matilde, su joven amada, q u i e n ya le había dado p o r muerto cuando supo lo de Guadalete y le lloraba. El sol se ocultó en el h o r i z o n t e m i e n tras e l a m o r r e n a c í a . A l día s i g u i e n t e , ante las n o t i c i a s q u e l l e g a b a n d e las t o r r e s d e señales, los d a r o c e n s e s y las gentes q u e a c u d í a n de las aldeas c e r c a n a s p r e p a r a r o n l a resistencia. P o r f i n , los m o r o s s e p r e s e n t a r o n a n t e sus m u r o s e x i g i e n d o l a r e n d i c i ó n . E m b i s t i e r o n hasta d i e z veces antes d e a b r i r b r e c h a , p e r o a l f i n a l t o d o a c a b ó . N o obstante, a pesar d e h a b e r c a í d o e l castillo y t o d a l a p o b l a c i ó n , l o s a g a r e n o s s e e n c o n t r a r o n c o n l a r e s i s t e n c i a i n u s i t a d a q u e desd e u n a d e las t o r r e s o f r e c í a J u a n d e L u n a c o n u n p u ñ a d o d e h o m b r e s . E l jefe m o r o , que pretendía proseguir la m a r c h a hacia Zaragoza, dejó u n a g u a r n i c i ó n c o n o r d e n e x p r e s a d e atacar a l «Jaque» (al v a l i e n t e ) hasta q u e se r i n d i e r a . P e r o J u a n de L u n a , el J a q u e , resistió y a b a t i ó a varios adversarios. Estos, ante el p e l i g r o que suponía a p r o x i m a r s e a la torre, d e c i d i e r o n cercarla, d e j a n d o q u e l a f a l t a d e a l i m e n t o s h i c i e r a m e l l a e n t r e sus d e f e n s o r e s . Pasar o n los días y e n l a t o r r e c e s ó t o d o m o v i m i e n t o . Así e s q u e d e c i d i e r o n de50


r r i b a r l a p u e r t a y entrar. E n e l c e n t r o d e l a e s t a n c i a yacía e l cadáver d e J u a n de L u n a , m u e r t o de h a m b r e . Su cabeza fue expuesta en el m u r o , m i e n t r a s s u c u e r p o e r a a r r o j a d o a u n b a r r a n c o . M a t i l d e cayó m u e r t a c u a n d o s e e n t e r ó d e l a trágica n o t i c i a . H o y , l a t o r r e d e J a q u e e s testigo m u d o de t a n g r a n d e gesta. [Beltrán, J o s é ,

Tradiciones..., p á g s . 43-47.]

10. E L O R I G E N D E C E N T E N E R O ( S I G L O VIII. C E N T E N E R O )

C u a n d o M u z a s e a d u e ñ ó d e t o d a l a p a r t e l l a n a d e l E b r o , u n b u e n núm e r o d e f a m i l i a s cristianas d e c i d i ó e m i g r a r p r e c i p i t a d a m e n t e h a c i a las tierras d e l n o r t e antes q u e someterse a la n u e v a a d m i n i s t r a c i ó n , b u s c a n d o el a m p a r o de las m o n t a ñ a s y la d i f i c u l t a d de los c a m i n o s p a r a hallarse seguros y pensar en el p o r v e n i r . Se c o n s t i t u y e r o n así diversas y minúsculas c o m u n i dades q u e vivían aisladas u n a s de otras. U n o se estos p e q u e ñ o s g r u p o s de h u i d o s halló a c o m o d o a l a v e r a d e l Gallego d e aguas d e n i e v e , a l q u e c o n í m p r o b o s trabajos a r r a n c a r o n h u e r t a s p a r a l a subsistencia. N o obstante, esta táctica vital d e m e r a subsistencia e n l i b e r t a d n o s i e m pre aseguró la t r a n q u i l i d a d a estas p e q u e ñ a s a g r u p a c i o n e s de cristianos, puesto q u e los ríos s i e m p r e h a n f a v o r e c i d o e l paso, d e m o d o q u e , d e c u a n d o e n c u a n d o , los m u s u l m a n e s d e l l l a n o s e a d e n t r a b a n belicosos p o r estos valles c a u s a n d o l a d e s o l a c i ó n d e sus habitantes, q u e apenas p o d í a n o p o nerse. Así le o c u r r i ó a n u e s t r a p e q u e ñ a c o m u n i d a d . A u n q u e l a m e d i d a q u e s e v i e r o n o b l i g a d o s a a d o p t a r d i f i c u l t a b a sus m e dios d e v i d a , los habitantes d e l p u e b l e c i t o q u e h a b í a s u r g i d o j u n t o a l r í o t u v i e r o n q u e asentarse e n l a s i e r r a d e Santa Isabel b u s c a n d o u n a m e j o r defensa. E l l o les o b l i g ó a c a m b i a r t a m b i é n sus cultivos y sus g a n a d o s . En a q u e l m e d i o físico c i e r t a m e n t e más h o s t i l , se a d a p t a r o n tan p e r f e c t a m e n t e las semillas de c e n t e n o q u e este c e r e a l se convirtió p a r a ellos en su p r i n c i p a l m e d i o d e v i d a y m o n e d a d e t r u e q u e . P o c o a p o c o , e l p o b l a d o fue c o n o c i d o p o r los cristianos c o n e l n o m b r e d e C e n t e n e r o . C u a n d o todos los h o m b r e s d e estos valles, a g l u t i n a d o s e n u n a o r g a n i z a ción político-militar c a d a vez más estable — p r i m e r o c o n d a d o y l u e g o r e i n o — , f u e r o n capaces d e d e f e n d e r e l p o r t i l l o q u e e l Gállego abre j u n t o a Santa María, y l e v a n t a r o n c o n g r a n e s f u e r z o el castillo de C a c a b i e l l o , la com a r c a g a n ó e n t r a n q u i l i d a d y paz. E s o posibilitó q u e los habitantes d e l C e n tenero alto p u d i e r a n a b a n d o n a r las tierras altas y bajar de n u e v o , a c e r c á n dose a la v e r a d e l r í o , p e r o el t o p ó n i m o y el r e c u e r d o q u e d a r o n p a r a siempre. [Brufau, M

s

P i l a r , « D e las l e y e n d a s a l t o - a r a g o n e s a s » , Aragón, 270 ( 1 9 6 4 ) , 4-5.]

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Agustín Ubieto Arlela

11. L A T O M A D E C A L A N D A P O R L O S M U S U L M A N E S ( S I G L O VIII. C A L A N D A )

L a p o b l a c i ó n d e C a l a n d a , c o m o todos los n ú c l e o s d e l actual bajo A r a g ó n , pasó m u y p r o n t o a p o d e r d e los m o r o s u n a vez q u e capituló l a c i u d a d d e Z a r a g o z a , llave d e l E b r o . D u r a n t e e l asedio, asalto y c o n q u i s t a p o r los m u s u l m a n e s tuvo l u g a r e n l a v i l l a , según r e z a l a tradición, u n p o r t e n t o s o suceso r e l a c i o n a d o c o n u n c o n v e n t o d e religiosas benitas q u e allí b a b í a , e n e l q u e se c o n g r e g a b a n en t o r n o a trescientas monjas o más. En efecto, temerosas las religiosas de caer en m a n o s de los invasores, de cuyo c o m p o r t a m i e n t o habían oído verdaderas atrocidades, se c o n g r e g a r o n todas en el c o r o p a r a rezar, r o g a n d o a D i o s q u e las salvase de a q u e l p e l i g r o q u e sobre ellas s e c e r n í a . M i e n t r a s los h o m b r e s d e a r m a s l u c h a b a n p o r l a suerte de C a l a n d a , las religiosas e n t o n a b a n c á n t i c o s de súplica al c i e l o . S i n d u d a a l g u n a , s u p l e g a r i a fue e s c u c h a d a pues, d e i m p r o v i s o , tras u n est r u e n d o q u e s e oyó p o r t o d a l a c o m a r c a , s e h u n d i ó c o m p l e t a m e n t e e l m o nasterio bajo sus pies, q u e d a n d o sepultadas sin s u f r i r d a ñ o a l g u n o sus m o radoras. L a a c t i v i d a d c o n t i n u ó bajo t i e r r a , y m i e n t r a s v i v i e r o n las religiosas q u e h a b í a n q u e d a d o sepultadas, parece ser q u e a m e n u d o se oían el ó r g a n o y las c a m p a n a s , i n d i c a d o r e s d e q u e l a v i d a d e l a c o m u n i d a d c o n t i n u a b a , e n t e r r a d a bajo l a t i e r r a , m i e n t r a s q u e l a f i r m e z a d e l t e r r e n o p r o p o r c i o n a b a en la s u p e r f i c i e paso seguro a los m u s u l m a n e s y sus caballerías. C u a n d o t r a n s c u r r i ó e l t i e m p o y era i m p o s i b l e q u e n i n g u n a d e las r e l i giosas p u d i e r a v i v i r ya, f á c i l m e n t e c o m e n z a r o n a abrirse simas d o n d e se p r e c i p i t a b a n las aguas de la a c e q u i a p a r a r e a p a r e c e r a g r a n d i s t a n c i a ; m u c h a s personas a p r o v e c h a r o n estas aberturas p a r a c u r i o s e a r e l c o n t e n i d o d e los s u b t e r r á n e o s misteriosos, d o n d e a f i r m a b a n h a b e r visto b o d e g a s , bóvedas y m u c h o s maderajes. [ V i d i e l l a . S a n t i a g o . « C a l a n d a y F o z C a l a n d a » . . . 13HGBA, H I ( l - X I - 1 0 0 9 ) , 23.|

12. A R E N AIRE, E L B U E N VALI D E S A R A K U S T A (SIGLO X. ZARAGOZA)

A b d a l - R a h m á n III a l N a s i r — e l p r i m e r g r a n c a l i f a d e C ó r d o b a , q u e gob e r n ó e n t r e 912 y 9 6 1 — d i o u n i d a d a l m u n d o m u s u l m á n h i s p a n o , e l i m i n a n d o p a r a e l l o a los distintos focos d i s g r e g a d o r e s existentes en la P e n í n sula c u a n d o é l s e h i z o c a r g o d e l e m i r a t o . E l valle d e l E b r o constituía u n o d e esos focos d e disensión d e m o d o q u e d e c i d i ó acabar c o n e l l a , p a r a l o cual organizó un poderoso ejército c o n el que acudió a Zaragoza alarmado p o r las n o t i c i a s d e q u e u n m u s u l m á n , c o n ansias d e i n d e p e n d e n c i a , c o n o -

Leyendas pam una historia paralela del Aragón medieval

cido como M u h a m m a d ben M a x i n , pretendía gobernar c o m o independ i e n t e en la c i u d a d y sus tierras aledañas. La expedición del gran califa cordobés fue absolutamente victoriosa, d e m o d o q u e tras a p o d e r a r s e s u c e s i v a m e n t e d e C a l a t a y u d , Alcañiz, I l í j a r , B e l c h i t e y F u e n t e s de E b r o , e n t r e otras plazas i m p o r t a n t e s , e n t r ó t a m b i é n e n Sarakusta, t o m a n d o posesión s o l e m n e ( d i c e l a l e y e n d a ) d e l p a l a c i o d e la Aljafería, d o n d e o r d e n ó c e l e b r a r e x t r a o r d i n a r i a s fiestas, en las q u e «se c o r r i e r o n c a ñ a s y sortijas, se l a n c e a r o n toros y se o r g a n i z a r o n z a m b r a s p o pulares». Tras c o n q u i s t a r , p a c i f i c a r y r e o r g a n i z a r la c o m a r c a , y antes de regresar victorioso a C ó r d o b a , el c a l i f a A b d a l - R a h m á n III decidió» n o m b r a r valí de Sarakusta a A b e n A i r e , u n capitán d e s u e j é r c i t o y h o m b r e d e s u e n t e r a c o n f i a n z a , q u i e n , c o n s u a c e r t a d o y p o n d e r a d o g o b i e r n o , d e j ó u n gratísimo rec u e r d o en la c i u d a d . En efecto, a él se atribuye, p o r e j e m p l o , la c o n s t r u c ción d e l q u e sería g r a n p a l a c i o d e l a Z u d a , así c o m o i m p o r t a n t e s mejoras urbanísticas, a l a p a r q u e fue m u y t o l e r a n t e tanto c o n los judíos c o m o c o n los cristianos, a q u i e n e s p e r m i t i ó vivir aislados en b a r r i o s p r o p i o s , estos últimos c o n g r e g a d o s a la vera de la iglesia de Santa María la M a y o r . La f a m a y el a p r e c i o de A b e n A i r e a l c a n z a r o n a ser tales, q u e c u a n d o Sarakusta pasó a m a n o s de los cristianos, la Z a r a g o z a c r i s t i a n a le d e d i c a r í a u n a calle, a la q u e v u l g a r m e n t e se le d e n o m i n ó de B o n a i r e o B u e n a i r e . [ S á n c h e z P é r e z , J o s é A u g u s t o , El Reino tle Aragón, pág. 99.]

2. RECONQUISTA Y REPOBLACIÓN

2.1. R E C O N Q U I S T A

13. E L PRIMER ALMOGÁVAR A R A G O N É S ( S I G L O VIII. R I G U A I A )

A p e n a s h a c í a o c h o a ñ o s q u e los m u s u l m a n e s s e h a b í a n a p o d e r a d o d e l valle d e l E b r o , pues discurría e l a ñ o 7 2 1 , c u a n d o u n a b a n d a i n c o n t r o l a d a , a c u y o f r e n t e estaba el t e r r i b l e B e n - A w a r r e , t e n í a a t e m o r i z a d o s a los cristianos d e R i b a g o r z a . U n atardecer, c u a n d o F o r t u ñ o d e V i z c a r r a — q u e h a b í a c a z a d o tres j a balíes p a r a r e p o n e r s u d e s p e n s a — s e p r e p a r a b a p a r a pasar l a n o c h e e n e l m o n t e , divisó u n a g r a n h u m a r e d a e n R i g u a i a , d o n d e vivían y l e e s p e r a b a n su esposa G i s b e r t a y su h i j o M a r t í n . T e m e r o s o p o r ellos, d e j ó a b u e n r e c a u d o las piezas e h i z o c o r r i e n d o a l g a l o p e e l l a r g o c a m i n o q u e l e separaba d e s u p u e b l o , q u e h a b í a s i d o i n c e n d i a d o y s a q u e a d o p o r los h o m b r e s d e B e n Awarre. C o m o p u d o , llegó a s u casa. G i s b e r t a y M a r t í n , f u n d i d o s e n u n a b r a z o , temían m o r i r e n c u a l q u i e r instante. L o s sacó c o m o p u d o F o r t u ñ o d e R i guaia p a r a llevarlos a R o d a d e I s á b e n a , d o n d e l a situación era, a s i m i s m o , dantesca. D e j ó a su m u j e r e h i j o en la iglesia, l u g a r en el q u e se h a b í a n ref u g i a d o los cristianos, y c o r r i ó a b u s c a r a su m a d r e y h e r m a n a q u e vivían allí. A p e n a d o p o r l a m u e r t e d e s u m a d r e , r e g r e s ó a l a iglesia, d o n d e y a n o q u e d a b a n a d i e . P r e g u n t ó a un v e c i n o y s u p o p o r él q u e a G i s b e r t a la llevab a n a rastras, calle abajo, dos m o r o s . C o r r i ó d e s e s p e r a d o y, al d o b l a r u n a esq u i n a , t r o p e z ó c o n e l cadáver d e u n o d e ellos, y , u n p o c o más lejos, c o n e l c u e r p o de G i s b e r t a , h e r i d a de m u e r t e y d e l i r a n d o . E n l o q u e c i d a y exhausta, l a esposa d e F o r t u ñ o a m e n a z a b a c o n m a t a r c o n s u p r o p i o alfanje a l o t r o m o r o q u e h a b í a d e s p e ñ a d o a s u h i j o . S i n fuerzas, G i s b e r t a m u r i ó e n brazos de su m a r i d o .

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Agustín Ubi el o Arteta

A n t e los i n f o r t u n i o s p r o v o c a d o s p o r B e n - A w a r r e , sin q u e las a u t o r i d a d e s m u s u l m a n a s a c e r t a r a n a p o n e r f i n , F o r t u n o d e V i z c a r r a t o m ó u n a f i r m e det e r m i n a c i ó n y, antes de q u e finalizara tan a c i a g a n o c h e , d e s a p a r e c i ó . Desde e n t o n c e s , u n i d o a otros cristianos de la c o m a r c a , h a c i e n d o de las sierras de Sil y de Olsón su bastión, no c e j ó en atacar y saquear a c u a n t o s viajeros y c a m i n a n t e s m o r o s se atrevían a r e c o r r e r sus c a m i n o s . C o n t ó c o n e l a p o y o d e los cristianos m o z á r a b e s , y n a d i e p u d o apresarle. L o s m o r o s , al referirse a él, le l l a m a b a n el «almogávar», el p r i m e r o q u e en A r a g ó n se lanzó al m o n t e p a r a l u c h a r , c u a l g u e r r i l l e r o , c o n t r a los invasores. [ A n d o l z , Rafael, «Leyendas d e l Altoaragón. El p r i m e r alrnogábar», (nov. 1989), 44-45.]

4 Esquinas

14. L A D E F E N S A D E M E D I A N O (SIGLO vm.

MEDIANO)

En cierta ocasión, en tiempos de la reconquista, el p u e b l o de M e d i a n o f u e c e r c a d o p o r los m u s u l m a n e s , m i e n t r a s d o n P e d r o , s u señor, h o m b r e m a l v a d o c o m o p o c o s , h a b í a s a l i d o p a r a b u s c a r ayuda a r m a d a . U n a f e n o m e n a l t o r m e n t a r e t a r d ó e l asalto, p e r o , p o r o t r a p a r t e , elevó tanto e l n i v e l de las aguas d e l C i n c a , q u e d o n P e d r o se v i o i m p o s i b i l i t a d o de s o c o r r e r a sus c o n v e c i n o s sitiados. Pensé) d o n P e d r o e n c o n s t r u i r u n p u e n t e , p e r o l a e m p r e s a e r a p o c o m e nos q u e i m p o s i b l e . D e s e s p e r a d o , se d e c i d i ó a b u s c a r la a l i a n z a d e l d i a b l o , al que encontró en la cueva del E n t r e m ó n . Si construía — l e d i j o — un p u e n t e sobre e l C i n c a antes d e q u e c a n t a r a e l p r i m e r g a l l o d e M e d i a n o , l e o f r e c í a s u a l m a a c a m b i o . E l p r o b l e m a e s q u e Satanás r e c h a z ó l a o f e r t a , puesto que no tenía ningún valor para él dada la m a l d a d que caracterizaba a d o n P e d r o . S i n e m b a r g o , lo c o n s t r u i r í a si le e n t r e g a b a a las tres d o n c e l l a s más h e r m o s a s d e l p u e b l o , a c c e d i e n d o e l g u e r r e r o sin p e n s a r e n las consecuencias. A d v e r t i d o p o r su mujer de que el pacto suponía la pérdida de su p r o p i a h i j a , q u i s o r o m p e r l o , p e r o n o p u d o h a l l a r a l d i a b l o . E n t o n c e s , d i o voces a los de M e d i a n o p a r a q u e d e s p e r t a r a n antes d e l a l b a a todos los gallos, pues, a u n q u e el p u e n t e q u e d a r í a sin t e r m i n a r , salvaría a su hija, ( a t a n d o así se fue a hacer, e n c o n t r a r o n m u e r t o s a todos los gallos, f u l m i n a d o s p o r el p r o p i o Satanás. Mientras el puente iba tomando f o r m a construido por miles de diablos, l a h o r a d e l alba s e a c e r c a b a y , c o n e l l a . e l p l a z o m a r c a d o . E l m a l v a d o P e d r o , a r r e p e n t i d o , invocó d e s e s p e r a d o a l a V i r g e n y d e m o m e n t o n a d a sucedía. Sin embargo, a p u n t o de expirar el plazo, rompió la t r a n q u i l i d a d de la noche u n kikirikí d e s g a r r a d o r . E n t o r n o a l « p u e n t e d e l diablo» s e a r m ó u n a

Legendas para una historia paralela del Aragón medieval

algarabía de m i l d e m o n i o s y Satanás, v e n c i d o , se s u m e r g i ó en las aguas d e l río, d e j a n d o p r á c t i c a m e n t e c o n s t r u i d o e l p u e n t e . E n d e f i n i t i v a , u n h o m b r e viejo d e l p u e b l o , p a r a salvar a s u n i e t a — q u e era u n a d e las tres d o n c e l l a s c o n d e n a d a s — imitó tan b i e n e l c a c a r e o d e l gal l o q u e pasó p o r n a t u r a l . V, c u a n d o se le p r e g u n t ó p o r q u é h a b í a t a r d a d o tanto en h a c e r la imitación, c o n t e s t ó q u e así se e n c o n t r a r í a n el p u e n t e p r á c t i c a m e n t e a c a b a d o y gratis. C o n l a a y u d a d e l p u e n t e , a l q u e s i e m p r e l e f a l t a r o n a l g u n o s sillares, los r e f u e r z o s l l e g a r o n a M e d i a n o , q u e p u d o r o m p e r así e l asedio q u e padecía. [ O r ú s , M a r i a n o , «El p u e n t e d e l D i a b l o » , El Cruzado Aragonés, 43, 45, 47, 49- 51.]

15. LA L O C A L I Z A C I Ó N DE SAZ (SIGLOS VIII/XII. A T E A Y M U R E R O )

En r i o de tía en quilo vitales

e l t é r m i n o d e M i n e r o , e n e l l u g a r q u e a c t u a l m e n t e o c u p a e l santuaN u e s t r a S e ñ o r a de los Mártires, a u n o s tres k i l ó m e t r o s de A t e a , exist i e m p o s a n t e r i o r e s a la d o m i n a c i ó n m u s u l m a n a un p e q u e ñ o y trann ú c l e o r u r a l l l a m a d o Saz, cuyos habitantes d e d i c a b a n sus afanes al c u l t i v o d e l c a m p o y a la g a n a d e r í a .

La i m p a r a b l e a v a l a n c h a m o r a llegó hasta estas tierras y e m p l e ó en Saz tal d u r e z a q u e a b s o l u t a m e n t e todos sus habitantes, sin e x c e p c i ó n a l g u n a , m u r i e r o n abrasados entre las cenizas de sus casas, sus c o r r a l i z a s , sus g r a n e ros y s u iglesia. A u n c u a n d o s e d e s c o n o c e c o n certeza c ó m o p u d o h a b e r o c u r r i d o tal catástrofe c o l e c t i v a , se i n t u y e q u e tuvo q u e ser p o r sorpresa y d u r a n t e l a n o c h e , puesto q u e n a d i e , a b s o l u t a m e n t e n a d i e , p u d o n i siquier a i n t e n t a r d e f e n d e r s e n i p o n e r s e a salvo. T o d o q u e d ó d e s t r u i d o , a r r a s a d o . D u r a n t e a l g o más d e c u a t r o c i e n t o s a ñ o s — e n o r m e paréntesis d u r a n t e e l c u a l d o m i n a r o n los m o r o s e n estas t i e r r a s — , las r u i n a s apenas i n s i n u a d a s y calcinadas de Saz p e r m a n e c i e r o n p r á c t i c a m e n t e i g n o r a d a s , a u n q u e o c u p a b a n u n p e q u e ñ o r i n c ó n e n l a m e m o r i a colectiva d e los m o z á r a b e s d e l a z o n a , d e m o d o q u e , c u a n d o t o d a l a c o m a r c a fue r e c o n q u i s t a d a p o r las tropas de A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , los cristianos de A t e a , m o v i d o s p o r ese rem o t o y vago r e c u e r d o , t r a t a r o n de l o c a l i z a r los restos. N o q u e d a b a n i n g ú n rastro d e n a d a , pues e l f u e g o , l a erosión y e l t i e m p o habían b o r r a d o t o d o vestigio d e v i d a , p e r o , entre las p a r e d e s a r r u m b a das de lo q u e f u e r a la iglesia de Saz, r e m o v i e n d o aquí y allí, h a l l a r o n u n a imagen de la V i r g e n . La l i m p i a r o n y, c o n fervor inusitado, la llevaron a A t e a para p o n e r l a a b u e n recaudo. N a t u r a l m e n t e , t a m p o c o sabían bajo q u é a d v o c a c i ó n h a b í a s i d o venerada, de m o d o que de común acuerdo d e c i d i e r o n llamarla en adelante

Agustín Ubielo Arteta

N u e s t r a S e ñ o r a de los Mártires, en h o m e n a j e a todos los habitantes d e l p e q u e ñ o p o b l a d o q u e m u r i e r o n c o m o m á r t i r e s i n d e f e n s o s p o r sus creencias. [ B e r n a l , José,

Tradiciones...,

págs. 146-147.]

16. S A N P E D R O D E T A B E R N A S , PRIMER N Ú C L E O D E R E S I S T E N C I A ( S I G L O VIII. SEIRA)

C u a n d o l l e g a r o n a Z a r a g o z a las l a m e n t a b l e s n o t i c i a s de la rápida y f e r o z invasión m u s u l m a n a p o r t o d a l a P e n í n s u l a , s u o b i s p o B e n c i o r e u n i ó todas las r e l i q u i a s y las j o c a l í a s de las iglesias de su diócesis y se trasladó c o n u n a c o m i t i v a a R i b a g o r z a . U n a vez allí, d e a c u e r d o c o n e l c o n d e A r m e n t a r i o , v i e n d o l a i m p o s i b i l i d a d d e p o d e r d e f e n d e r s e d e t a n avasallador e m p u j e , dec i d i e r o n refugiarse t o d o s e n e l m o n a s t e r i o d e S a n P e d r o d e T a b e r n a s , d o n d e les d i o asilo s u a b a d D o n a t o . N o sólo llegó a estas tierras e l o b i s p o z a r a g o z a n o , s i n o q u e a c a b a r o n ref u g i á n d o s e allí t a m b i é n otros siete p r e l a d o s más, d e m o d o q u e esta r e u n i ó n e p i s c o p a l p r á c t i c a m e n t e p u d i e r a c o n s i d e r a r s e c o m o e l p r i m e r c o n c i l i o o sínodo regional. E n t o r n o a l c e n o b i o d e S a n P e d r o d e T a b e r n a s , a m p a r a d o p o r las d i f i cultades q u e p r e s e n t a b a e l t e r r e n o , s e o r g a n i z ó e l p r i m e r n ú c l e o c o n o c i d o d e resistencia c r i s t i a n a , bajo l a a u t o r i d a d d e l ú l t i m o c o n d e g ó t i c o , A r m e n tario, y d o n d e el p r o p i o o b i s p o z a r a g o z a n o B e n c i o , p o r ser r e p r e s e n t a n t e y c a b e z a de la más i m p o r t a n t e diócesis a b a n d o n a d a a los m o r o s , f u e c o n s i derado como obispo de Ribagorza. E l p r o p i o B e n c i o e n c a b e z ó l a e m b a j a d a e n v i a d a a l o t r o l a d o d e los P i r i neos p a r a d e m a n d a r s o c o r r o s a C a r l o s , rey de los f r a n c o s , q u e p r o m e t i ó su a y u d a a los r i b a g o r z a n o s , de m a n e r a q u e , s i n d u d a , se p u e d e c o n s i d e r a r ést e c o m o e l p r i m e r m o v i m i e n t o r e c o n q u i s t a d o r n o sólo d e A r a g ó n , s i n o d e t o d a l a P e n í n s u l a , i n i c i á n d o s e así u n a c o l a b o r a c i ó n q u e d u r a r í a varios siglos y q u e sería vital p a r a el f u t u r o de la r e c o n q u i s t a . L a s i t u a c i ó n s e a g r a v a r í a p o c o d e s p u é s , c u a n d o las t r o p a s m u s u l m a nas o c u p a r o n s i s t e m á t i c a m e n t e b u e n a p a r t e d e l a R i b a g o r z a , l l e g a n d o i n c l u s o h a s t a este r e d u c t o q u e s e c r e í a s e g u r o , d o n d e d i e r o n m u e r t e a l p r o p i o o b i s p o B e n c i o . T o d o p a r e c í a v e n i r s e abajo, p e r o p a r a e n t o n c e s e l g e r m e n r e c o n q u i s t a d o r y de resistencia estaba s e m b r a d o y p r o n t o f r u c t i ficaría. [ M o n e r , J o a q u í n M . , Historia de Ribagorza, II, p á g s . 160-165.]

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17. L A R E C O N Q U I S T A D E AÍNSA (SIGLO viii. AÍNSA)

Según la leyenda que e x p l i c a el n a c i m i e n t o d e l monasterio de San J u a n d e l a P e ñ a , G a r c í a J i m é n e z fue e l e g i d o y n o m b r a d o allí c o m o p r i m e r rey d e l r e i n o d e S o b r a r b e . U n a vez i n v e s t i d o s o l e m n e m e n t e d e l a a u t o r i d a d r e a l y a p o y a d o p o r t o d o s los suyos, d e c i d i ó atacar a los m o r o s q u e d o m i n a b a n e n l a i m p o r t a n t e p l a z a d e Aínsa, d a n d o l u g a r a s u p r i m e r a g r a n a c c i ó n b é l i c a , de e n o r m e resonancia en el menguado b a n d o cristiano. Lo cierto es que, p u e s t o a l f r e n t e d e n o más d e trescientos h o m b r e s a r m a d o s y escogidos, cayó p o r s o r p r e s a sobre la v i l l a y, a p r o v e c h a n d o las s o m b r a s de la n o c h e , der r o t ó a los m u s u l m a n e s tras e n c a r n i z a d a y s a n g r i e n t a b a t a l l a . C u a n d o a m a n e c i ó e l d í a s i g u i e n t e , p a r a r e a f i r m a r todavía más los ánim o s e n a r d e c i d o s d e sus v i c t o r i o s o s g u e r r e r o s , e n m e d i o d e l a e n o r m e p l a z a m a y o r d e l a v i l l a , a r e n g ó a sus tropas, a s e g u r á n d o l e s q u e l a D i v i n a P r o v i d e n c i a estaba d e s u p a r t e , d e l o q u e e r a g a r a n t í a l a s o r p r e n d e n t e visión q u e h a b í a t e n i d o d e u n a c r u z i l u m i n a d a s i t u a d a sobre u n a e n c i n a d e l m o n t e a l e d a ñ o , señal i n e q u í v o c a d e l a a y u d a d e l c i e l o . C o n los á n i m o s r e n o v a d o s , o r d e n ó a sus h o m b r e s q u e i m p l o r a s e n ayuda a D i o s y a san J u a n B a u t i s t a , y realizó c o n ellos nuevas i n c u r s i o n e s victoriosas p o r los p o b l a d o s v e c i n o s d e l A r a y d e l C i n c a , a l a vez q u e s e d i s p u s o a f o r t i f i c a r la v i l l a de Aínsa, a la q u e , p o r deseo p e r s o n a l y e x p r e s o , d e c l a r ó capital del naciente reino de Sobrarbe. A esta tradición se d e b e el q u e en el e s c u d o de S o b r a r b e exista u n a c r u z r o j a sobre u n a e n c i n a y q u e sea éste u n o de los cuarteles d e l histórico esc u d o de Aragón. Esta cruz de Sobrarbe se ofrece hoy en f o r m a de m o n u m e n t o a d o s k i l ó m e t r o s d e l a v i l l a d e Aínsa. [ L a R i p a , D o m i n g o , Defensa histórica... Z a r a g o z a , 1675. F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I, p á g s . 1-2. Sas, A n t o n i o , Compendio histórico..., i, p á g s . 2-3. M a r t í n e z y H e r r e r o , B a r t o l o m é , Sobrarbe y Aragón, I, p á g s . 65-73.]

18. L A R E C O N Q U I S T A D E J A C A ( S I G L O VIII. J A C A )

Tras l a c o n q u i s t a m u s u l m a n a , e n e l siglo VIII, J a c a estaba g o b e r n a d a p o r A b e l e l M a l e k b e n O m a r , p a r i e n t e d e l p r o p i o M u z a . Vivía e n e l lujoso castillo d e A p r i z , a c o m p a ñ a d o p o r s u hija, l a h e r m o s a Z a i d a , c o n q u i e n llegar a desde A f r i c a h a c í a a l g u n o s a ñ o s . U n a tarde d e l mes d e a b r i l , m i e n t r a s l a j o v e n o r a b a a s u d i o s , s e e s c u c h ó u n r u m o r l e j a n o q u e p o c o a p o c o s e i b a a c e r c a n d o : e r a e l walí q u e regre59


saba d e l último c o m b a t e c o n t r a los cristianos. V e n í a é l d e l a n t e , o r g u l l o s o d e su n u e v o t r i u n f o , s e g u i d o de los s o l d a d o s , q u e traían un m a g n í f i c o b o t í n y m u c h o s cautivos. Z a i d a , i n u n d a d a p o r l a alegría d e saber q u e s u p a d r e estaba a salvo, c o r r i ó a e s p e r a r l o en la p u e r t a d e l castillo. L o s s o l d a d o s m i r a b a n c o m p l a c i d o s a la b e l l a m u c h a c h a , y las penas de los cautivos p a r e c í a n atenuarse ante ella. U n o d e los cristianos p r i s i o n e r o s no p u d o c o n t e n e r s e y gritó: «¡Aragón p o r san J o r g e y las h e m b r a s s a n d u n gueras!». Este a t r e v i d o p r i s i o n e r o n o e r a o t r o q u e e l c o n d e W a l d o , h i j o d e d o n R o d r i g o , a q u i e n e l walí, e n l u g a r d e d a r l e m u e r t e , l o h i z o p r i s i o n e r o c o n l a e s p e r a n z a d e o b t e n e r u n b u e n rescate p o r él. Z a i d a había q u e d a d o p r e n d a d a del caballero cristiano y de la lisonja que se atreviera a p r o n u n c i a r . P o r eso, salvando múltiples p e l i g r o s , la j o v e n se d e c i d i ó a visitar al cautivo en las m a z m o r r a s . Allí, a m b o s se d e c l a r a r o n su m u t u o a m o r , y, tras o c h o días de visitas clandestinas, Z a i d a a n u n c i ó a su pad r e q u e W a l d o se convertiría al I s l a m i s m o y se casaría c o n e l l a . Y así acaeció. P e r o p o c o d u r ó l a f e l i c i d a d d e l a pareja, pues l a m i s m a n o c h e d e l a boda e n t r ó en J a c a el e j é r c i t o c r i s t i a n o y t o m ó el castillo y la c i u d a d , a c u c h i l l a n d o a todos los infieles, i n c l u i d o A b e l e l M a l e k . Z a i d a fue h e c h a p r i s i o nera y destinada al servicio de la mujer del conde d o n Aznar. W a l d o , q u e h a b í a s o b r e v i v i d o a l ataque, r e o r g a n i z ó e l e j é r c i t o m o r o e i n t e n t ó r e c o b r a r l a c i u d a d , p e r o fue d e r r o t a d o p o r los cristianos, q u i e n e s , j u n t o c o n algunas otras, e x p u s i e r o n s u cabeza e n s a r t a d a e n u n a l a n z a p a r a e s c a r m i e n t o de los infieles. Z a i d a se desvaneció ante tan c r u e l e s p e c t á c u l o . Así castigaba D i o s la apostasía de un c r i s t i a n o . [ X . X . , « E n e l c a s t i l l o " A p r i z " d e f a c a » , Aragón, 166 ( 1 9 4 0 ) , pág. 59.]

19. L A S M U J E R E S E N I A R E C O N Q U I S T A D E JACA (SIGLO VIII.JACA)

J a c a , c o m o el resto d e l actual Aragón, h a b í a pasado r á p i d a m e n t e a p o d e r de los m u s u l m a n e s a c o m i e n z o s d e l siglo VIII. y la m a y o r parte de sus h a b i t a n t e s h a b í a n h u i d o h a c i a las altas m o n t a ñ a s en e s p e r a de mejores t i e m p o s . P o c o d e s p u é s , e n San J u a n d e l a P e ñ a , u n p u ñ a d o d e n o más d e trescientos cristianos h a b í a n o m b r a d o c o m o p r i m e r rey d e S o b r a r b e a G a r c í a Iñigiiez, q u e n o sólo r e c o b r ó A i n s a y P a m p l o n a , s i n o q u e llegó hasta A l a v a . N o obstante, J a c a , a p o c a d i s t a n c i a d e l c e n o b i o p i n a t e n s e , c o n t i n u a ba en manos moras. M i e n t r a s G a r c í a I ñ i g u c z r e c o r r í a v i c t o r i o s o tierras alavesas, c a p i t a n e a b a en su n o m b r e las tropas cristianas q u e v i v a q u e a b a n p o r las sierras de S a n

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Leyendas para una historia paralel/i del Aragón medieval

J u a n y O r o e l , hasta l l e g a r a l a v e r a d e l r í o A r a g ó n , u n g u e r r e r o v a l i e n t e l l a m a d o A z n a r . Este, sintiéndose c o n fuerzas suficientes, d e c i d i ó sitiar J a c a hasta g a n a r l a p o r las a r m a s y r e p o b l a r l a , r e p a r a n d o sus m u r a l l a s , restituy e n d o sus iglesias y p o n i e n d o en e x p l o t a c i ó n las tierras c i r c u n d a n t e s q u e r e g a b a n los r í o s Aragón y Gas. E l rey G a r c í a Iñiguez, a l e n t a d o p o r l a r e c u peración de Jaca, creó — c o r r í a entonces el año 7 5 9 — el c o n d a d o de A r a gé>n, d e s i g n a n d o , c o m o n o p o d í a ser m e n o s , a l v a l i e n t e A z n a r c o m o p r i m e r conde del territorio. A l a ñ o s i g u i e n t e , e l p r i m e r v i e r n e s d e l mes d e m a y o , n o m e n o s d e n o v e n t a m i l m o r o s , a las ó r d e n e s d e c u a t r o e x p e r i m e n t a d o s a d a l i d e s , l l e g a r o n desde N a v a r r a p a r a tratar d e r e t o m a r J a c a , d a d a s u i m p o r t a n c i a estratégica. E l c o n d e A z n a r les salió presto a l e n c u e n t r o e n las tierras o n d u l a d a s d e G u a s o , d o n d e e l río Gas c o n f l u y e e n e l Aragón. E n l a batalla, q u e f u e t r e m e n d a m e n t e s a n g r i e n t a y r e ñ i d a , e l m e n o r núm e r o d e c o m b a t i e n t e s cristianos f u e c o n t r a r r e s t a d o p o r s u m a y o r a r r o j o y p o r el a p o y o m o r a l de la v i r g e n de la V i c t o r i a , q u e se a p a r e c i ó a las tropas para i n f u n d i r l e s á n i m o . N o obstante, fue d e f i n i t i v a l a a y u d a i n e s p e r a d a d e las m u j e r e s j a q u e s a s q u e , a r m a d a s y vestidas c o m p l e t a m e n t e de b l a n c o , a c u d i e r o n e n s o c o r r o d e sus h o m b r e s . S o r p r e n d i d o s , los m u s u l m a n e s sufrier o n u n a h u m i l l a n t e d e r r o t a , q u e d a n d o t e n d i d o s e n e l c a m p o d e batalla los c u a t r o a d a l i d e s , r e p r e s e n t a d o s desde e n t o n c e s e n e l e s c u d o d e a u n a s d e l a c i u d a d de Jaca. [Anónimo, «Conquista de Jaca», en Eco del Pirineo Central, i (jaca, 1881). Lustono, E. de, «La conquista de Jaca», El Pirineo Aragonés, 3 (Jaca, 1882). Léante García, Rafael, Santuarios..., págs. 101-105. Olivera, Gonzalo, Condado de Aragón..., págs. 26-29.]

20. V I C T O R I A CRISTIANA F R E N L E A L R E Y M O R O DE ZARAGOZA (SIGLO IX. T O R R A L B A )

C o m o es s a b i d o , t o d o Aragón fue d o m i n a d o p o r los m u s u l m a n e s a com i e n z o s d e l siglo V I H , a u n q u e u n a b u e n a p a r t e d e los h i s p a n o g o d o s q u e vivían en sus p u e b l o s p e r m a n e c i e r o n en los m i s m o s , b i e n c o n v e r t i d o s a la religión de los nuevos g o b e r n a n t e s , b i e n c o n t i n u a n d o fieles al c r i s t i a n i s m o , c o n el estatuto de m o z á r a b e s . En algún caso, las r e l a c i o n e s entre ambas c o m u n i d a d e s d i e r o n l u g a r a e n f r e n t a m i e n t o s más o m e n o s sangrientos, c o m o o c u r r i e r a e n T o r r a l b a , e n t o r n o al a ñ o 800, es decir, casi un siglo después de la invasión. E r a n los t i e m p o s e n los q u e g o b e r n a b a e n Sarakusta e l rey m o r o M a r s i l i o , c u a n d o los m o z á r a b e s d e T o r r a l b a , d e s c o n t e n t o s p o r e l trato q u e reci61


bían p o r p a r t e d e sus d o m i n a d o r e s m u s u l m a n e s , t o m a r o n l a f i r m e decisión d e h a c e r l e s f r e n t e p a r a l o g r a r u n trato más j u s t o . C u a n d o u n a n o c h e estaban d e l i b e r a n d o q u é hacer, e n u n l u g a r s i t u a d o e n t r e los ríos C l a r e s y J a l ó n , n a t u r a l m e n t e a espaldas de sus o p r e s o r e s , en e l m i s m o l u g a r q u e esto o c u r r í a f u e r o n i l u m i n a d o s p o r u n i n t e n s o resp l a n d o r q u e p r o c e d í a d e l c i e l o , o y e n d o a l a vez u n a d u l c e voz q u e les decía: «Esforzaos cristianos e n e l S e ñ o r , q u e habéis d e v e n c e r » . C o n f i a d o s y a n i m a d o s p o r e l a n u n c i o celestial d e s u v i c t o r i a , los cristian o s d e T o r r a l b a l u c h a r o n c o n tanto á n i m o y v a l o r q u e l o g r a r o n l o q u e p a r e c í a i m p o s i b l e , v e n c e r a los p o d e r o s o s m o r o s . T r a s l a b a t a l l a , c o m o m u e s tra de su v i c t o r i a , o f r e c i e r o n a los pies de la celestial c a p i t a n a las cabezas de los i n f i e l e s d e r r o t a d o s , cuyos cadáveres f u e r o n e n t e r r a d o s e n e l valle c o n t i guo, l l a m a d o desde entonces «barranco de Matamoros». D e s d e e n t o n c e s , el paraje q u e está e n t r e los ríos C l a r e s y J a l ó n se c o n virtió en l u g a r sagrado, y allí se v e n e r a r í a en a d e l a n t e la i m a g e n de la v i r g e n d e Cigüela, a l a q u e los cristianos d e b i e r o n s u v i c t o r i a c u a n d o e l d o m i n i o d e los s a r r a c e n o s e r a total e n t o d o e l valle d e l E b r o . [Faci, Roque A . , Aragón..., II, pág. 158.]

21- L A S G E S T A S D E L C O N D E B E R N A R D O D E R I B A G O R Z A (SIGLOS IX-X. JACA)

E n e l valle d e l N o g u e r a R i b a g o r z a n a , e n u n a p e q u e ñ a e r m i t a , s e d e d i caba a Dios el fraile V i c m a r . U n a noche, en m e d i o de u n a gran tormenta, l l a m a r o n a s u p u e r t a s o l i t a r i a d o s c a b a l l e r o s agotados, a n c i a n o u n o , j o v e n e l o t r o . L o s a c o g i ó a l c a l o r d e s u f u e g o , p e r o p o c o t a r d ó e l p r i m e r o , exhausto y e n f e r m o , e n m o r i r . E r a B e l t r á n , f i e l e s c u d e r o d e l p a d r e d e l m á s j o v e n , B e r n a r d o , h i j o d e l c o n d e R a m ó n . A r d í a B e r n a r d o e n deseos d e batirs e c o n e l m o r o , d e m o d o q u e , tras e n t e r r a r a B e l t r á n , s u guía, l e p r e g u n t ó a l e r e m i t a d ó n d e e n c a m i n a r s e p a r a h a c e r l o . Este l e dirigió h a c i a las tierras de Jaca, d o n d e gobernaba G a l i n d o , hijo de Aznar. Llegó justo en el m o m e n t o en el que A c m e t , un auténtico gigantón mor o , atacaba c o n sus huestes a los cristianos, p a r a tratar d e r e c u p e r a r J a c a . E l conde G a l i n d o y A c m e t l u c h a r o n cuerpo a cuerpo, cayendo heridos ambos, a u n q u e este ú l t i m o , d e m o s t r a n d o s u b r a v u r a , aún tuvo fuerzas p a r a d e r r i b a r y m a t a r al vasco Zaldívar, q u e h a b í a a c u d i d o a s o c o r r e r al j a c e t a n o . L u e go se r e t i r ó m o m e n t á n e a m e n t e p a r a r e p o n e r s e y v o l v e r a atacar. B e r n a r d o creyó l l e g a d o e l m o m e n t o y n o l o d u d ó : b l a n d i e n d o s u e s p a d a «Preclara» — q u e h a b í a g a n a d o e n c o m b a t e a l e m i r á r a b e O t o d e P o i t i e r s y l u e g o h e r e d a d o su a b u e l o y su p a d r e — e n t r ó en batalla y desafió a A c m e t , q u e m e n o s p r e c i ó s u v a l o r a l verle tan j o v e n . P e r o , m a n e j a n d o e l acero c o m o 62

/^yendas para una historia paralela del Aragón medieval

u n g u e r r e r o avezado, d e r r i b ó y d i o m u e r t e a l g i g a n t e m o r o , s i e n d o a c l a m a d o e n las calles d e J a c a y o b s e q u i a d o e n e l p a l a c i o d e G a l i n d o . Q u i s o el c o n d e j a q u é s e n t r e g a r a B e r n a r d o tierras y h o n o r e s si le d a b a s u espada, p e r o éste s e n e g ó . N o obstante, a c c e d e r í a a c a m b i o d e l a m a n o d e T o d a ( o T e u d a ) , s u h i j a , d e q u i e n s e e n a m o r ó n a d a más v e r l a . E x p l i c ó B e r n a r d o que su padre era c o n d e y que su m a d r e fue hija de C a r l o m a g n o , a u n q u e u n a i n t r i g a p a l a c i e g a les o b l i g ó a h u i r , a c a b a n d o él y su e s c u d e r o B e l t r á n e n l a e r m i t a d e V i c m a r , d e d o n d e a c a b a b a d e llegar. H u b o m a t r i m o n i o . G a l i n d o se ciñó la espada «Preclara» y el c o n d e Bern a r d o , a c o m p a ñ a d o d e T o d a , s u esposa, r e c o r r i ó v i c t o r i o s o las tierras q u e r i e g a n los d o s ríos N o g u e r a y e l I s á b e n a . R i b a g o r z a c o m e n z ó a s a c u d i r s e e l y u g o m u s u l m á n , m i e n t r a s los c r i s t i a n o s q u e l u c h a b a n c o n él, e n a r d e c i d o s p o r su v a l e n t í a y c a u d i l l a j e , c a n t a b a n y e x t e n d í a n p o r d o q u i e r las gestas de B e r n a r d o , que fundó el monasterio de Santa María de O b a r r a . [Iglesias C o s t a , M a n u e l , « L e y e n d a s y t r a d i c i o n e s r i b a g o r z a n a s . L a c a n c i ó n d e l c o n d e B e r n a r d o » , Cuadernos Altoaragoneses (13-111-1988), p á g . V I . ]

22. L A S A N T A C R U Z GUÍA E L C A M I N O (SIGLO X. PUEYO DE ARAGUÁS)

A l a m u e r t e d e l rey S a n c h o G a r c í a , e l r e i n o d e S o b r a r b e q u e d ó d e b i l i tado y d i v i d i d o e n múltiples b a n d e r í a s , c i r c u n s t a n c i a q u e a p r o v e c h a r o n r á p i d a m e n t e los m u s u l m a n e s p a r a v o l v e r a a p o d e r a r s e de las sierras de P a n i l l o , P a ñ o y T r o n c e d o q u e h a b í a n p e r d i d o , así c o m o d e las tierras r i b a g o r z a n a s situadas e n t r e los ríos C i n c a y E s e r a . E n esta l u c h a sin c u a r t e l e n t a b l a d a , u n o d e los p u n t o s d e m a y o r resist e n c i a c r i s t i a n a lo constituía el P u e y o de A r a h u e s t o Araguás, a cuyas p u e r tas a c a m p a r o n los m u s u l m a n e s , c o n á n i m o d e t o m a r l o . A n t e e l i n m i n e n t e p e l i g r o q u e e l l o s u p o n í a , I ñ i g o A r i s t a a c u d i ó c o n s u e j é r c i t o e n a y u d a d e los sobrarbenses, c o n u n o s seis m i l h o m b r e s a r m a d o s , q u e se a s e n t a r o n a la esp e r a e n e l l u e g o d e n o m i n a d o « c a m p o d e l rey». L o s d e f e n s o r e s d e l P u e y o d e Araguás i m p i d i e r o n atravesar e l r í o a los m u s u l m a n e s , p e r o a l salir d e sus m u r o s p a r a u n i r s e a l e j é r c i t o d e I ñ i g o A r i s t a f u e r o n r e c h a z a d o s p o r los m o r o s , q u e d a n d o c e r c a d o s y sin p o s i b i l i d a d d e u n i r s e n i d e p o n e r s e e n c o n t a c t o c o n aquél, e s t a n d o c o n d e n a d o s i r r e m i s i blemente a la rendición. Mientras, Iñigo Arista esperaba noticias que, dadas las c i r c u n s t a n c i a s , n u n c a p o d r í a n llegar. D e p r o n t o , c o n g r a n s o r p r e s a p o r p a r t e d e todos, s e d i b u j ó u n a c r u z e n e l c i e l o i n d i c a n d o a I ñ i g o A r i s t a l a d i r e c c i ó n e n q u e los defensores d e l P u e y o d e Araguás estaban cercados. P u e s t o e n m a r c h a c o n sus h o m b r e s , c o g i ó 63

Agustín Vbieto Artcta

a los m u s u l m a n e s d e s p r e v e n i d o s entre los dos ejércitos, de m a n e r a q u e no q u e d ó n i u n o solo c o n v i d a . I n m e d i a t a m e n t e , I ñ i g o A r i s t a s e convirtió, p o r a c l a m a c i ó n u n á n i m e , e n e l q u i n t o rey d e S o b r a r b e , l o g r a n d o t e r m i n a r c o n las b a n d e r í a s q u e asolab a n y dividían el t e r r i t o r i o c r i s t i a n o . I.a p r o d i g i o s a aparición d e l a C r u z b i z o q u e I ñ i g o A r i s t a i n c o r p o r a r a est e s í m b o l o , e n c o l o r p l a t a sobre c a m p o a z u l , e n s u e s c u d o d e armas, d e d o n de lo t o m a r í a n algún t i e m p o después los reyes aragoneses, m o s t r á n d o s e s i e m p r e a l l a d o d e u n a carrasca. [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I, pág. 3. Sas, A n t o n i o , Compendio histórico..., I, p á g s . 16-19.]

23. E L C O N D E B E R N A R D O D E R I B A G O R Z A , RECONQUISTADORDECALASANZ (StGI.O X. C A I J V S A N Z )

C u a n d o apenas h a b í a c o m e n z a d o l a d é c i m a c e n t u r i a , e s u n h e c h o históricamente cierto que el conde B e r n a r d o gobernó Ribagorza, j u n t a m e n t e c o n s u mujer, l a c o n d e s a d o ñ a T o d a , q u e a p o r t ó c o m o d o t e a l m a t r i m o n i o las q u e b r a d a s tierras de S o b r a r b e . E n t r e los a ñ o s 908 y 929, c o n a r d u o s esf u e r z o s d a d o s los escasos recursos h u m a n o s y materiales c o n los q u e c o n t a b a , el c o n d e B e r n a r d o l o g r ó l i b e r a r el valle de S o p e r ú n y llevó a c a b o u n a v i c t o r i o s a y c e l e b r a d a e x p e d i c i ó n c o n t r a los m u s u l m a n e s d e l sur h a c i a 914. Tras estos datos ciertos, la l e y e n d a c o n s t r u y e y a d o r n a el resto, d á n d o l e , i n c l u s o , f o r m a d e c a n c i ó n d e gesta. E n efecto, e l c o n d e B e r n a r d o , h i j o d e l c o n d e d o n R a m ó n , h a b í a v i v i d o e n t i e m p o s d e l e m p e r a d o r C a r l o m a g n o d e q u i e n era p a r i e n t e d i r e c t o y , p o r o r d e n d e éste, v i n o desde París y l o g r ó l i b e r a r las tierras d e O b a r r a d e l p o d e r m u s u l m á n , f u n d a n d o allí e l m o n a s t e r i o d e d i c a d o a Santa M a r í a , i m p o r t a n t e n ú c l e o sobre e l q u e basó l a r e p o b l a c i ó n d e las tierras r e c o n q u i s tadas. A la vez q u e su h e r m a n o , el c o n o c i d o o b i s p o A t ó n , e x p u l s a b a a los m o r o s d e las tierras d e Pallas, B e r n a r d o l o h i z o d e las d e R i b a g o r z a , e x t e n d i e n d o l a f r o n t e r a d e sus d o m i n i o s p o r e l sur hasta e l p u e b l o d e C a l a s a n z . E l saber p o p u l a r l e a c h a c a , a s i m i s m o , l a c o n q u i s t a y d o m i n i o d e l a fortaleza de J a c a y todas las tierras de la c a n a l de B e r d ú n q u e le c i r c u n d a n , así c o m o l a g a n a n c i a , m e d i a n t e las a u n a s , d e l a m p l i o y o n d u l a d o espacio c o n t e n i d o desde Aínsa hasta B e r b e g a l , i n c l u y e n d o e l p o p u l o s o , b i e n d e f e n d i do e i m p o r t a n t e enclave m u s u l m á n de B a r b a s t r o . F u e l l a m a d o M a c a b e o p o r s u trabajo e n e l e j e r c i c i o d e l a v i r t u d y m a r q u é s p o r q u e c o n q u i s t ó y g o b e r n ó u n a m a r c a , a l a u s a n z a d e l país f r a n c o d e l que era originario.

64

Leyendas para una historia, paralela del Aragón medieval [D'Abadal i Vinyals, R., «El comte B e r n â t de R i b a g o r ç a i la llegenda de B e r n a r do d e l C a r p i o » , en Esludios dedicados a Menéndez Pillai, 3 ( 1 9 5 2 ) , p á g s . 463-487.]

24. R A M I R O I L U C H A P O R C A L A H O R R A (SIGLO XI. C A L A H O R R A )

C u e n t a l a l e y e n d a , q u e f u e r a r e c o g i d a e n f o r m a d e r o m a n c e , c ó m o res o l v i e r o n los h e r m a n o s F e r n a n d o i, rey de C a s t i l l a y L e ó n , y R a m i r o I, rey d e Aragón, l a c o n t i e n d a e n t a b l a d a e n t r e a m b o s p o r l a posesión d e C a l a h o r r a , i m p o r t a n t e enclave d e l c u r s o mecho d e l E b r o e n tierras riojanas. «Por q u i t a r m u e r t e s y g u e r r a s » , a c o r d a r o n q u e l i d i a s e n s o l a m e n t e dos caballeros, u n o d e c a d a b a n d o , d e m o d o q u e e l v e n c e d o r o b t e n d r í a l a p l a z a p a r a s u señor, q u i e n l a d o m i n a r í a e n a d e l a n t e . F e r n a n d o , el m o n a r c a castellanolconés, n o m b r ó para que le representara e n l a l i d a l f a m o s o g u e r r e r o R o d r i g o d e Vivar, m i e n t r a s R a m i r o , e l arag o n é s , d e p o s i t a b a s u c o n f i a n z a e n Martín González. A m b o s p a l a d i n e s acud i e r o n c o n v e n i e n t e m e n t e p e r t r e c h a d o s a l c a m p o d e batalla c o n v e n i d o a l efecto, e n t a b l a n d o u n d u r o y c r u e n t o c o m b a t e c u e r p o a c u e r p o . C u a n d o y a estaban q u e b r a d a s las lanzas y h e r i d o s a m b o s c o n t e n d i e n t e s , Martín grité) b r a v u c o n a m e n t e a l C i d q u e «non volveréis a C a s t i l l a . . . / n i J i m e n a , vuestra esposa,/jamás vos verá a su lado». R o d r i g o , e n f u r e c i d o p o r aquellas p a l a bras, se e n c o m e n d ó a D i o s y c o m e n z ó a c o m b a t i r a Martín c o n tales fuerzas, q u e lo d e r r i b ó al suelo, s e g á n d o l e la cabeza c o n su espada. Tras l i m p i a r p a r s i m o n i o s a m e n t e de sangre el a r m a y d a r gracias a D i o s p o r la v i c t o r i a q u e acababa de l o g r a r p a r a su rey y su r e i n o , se dirigió el C i d C a m p e a d o r a los j u e c e s de la c o n t i e n d a p r e g u n t á n d o l e s si d e b í a h a c e r a l g o más p a r a g a n a r d e f i n i t i v a m e n t e l a c i u d a d , c o n c l u y e n d o éstos q u e , según e l trato p a c t a d o , el rey a r a g o n é s R a m i r o 1 h a b í a p e r d i d o l o d o s sus posibles derechos sobre l a m i s m a . E l rey F e r n a n d o s e dirigió r a u d o h a c i a é l p a r a abrazarlo y f e l i c i l a r l o . C a l a h o r r a sería en a d e l a n t e castellana. [Gella,José.

Romancero Aragonés, p á g s . 48-49.]

25. L A R E C O N Q U I S T A D E A L Q U É Z A R (SIGLO XI. ALQUEZAR)

Alquézar, d u r a n t e l a d o m i n a c i ó n m u s u l m a n a , e r a c a b e c e r a a d m i n i s t r a tiva de la c o m a r c a . Su g o b e r n a d o r residía en el castillo y su p o d e r era o m n í m o d o no sólo ante sus c o r r e l i g i o n a r i o s s i n o , y sobre t o d o , ante la p o b l a ción c r i s t i a n a m o z á r a b e q u e se q u e d ó tras la c o n q u i s t a .


E r a c o s t u m b r e d e l g o b e r n a d o r , l l a m a d o B a n u J a l a f e l , e x i g i r a los cristianos un t r i b u t o consistente en la e n t r e g a de las más bellas d o n c e l l a s de los p o b l a d o s c i r c u n d a n t e s c o n d e s t i n o a su h a r é n . T o d o s los días se h a c í a llevar a p a l a c i o u n a m u c h a c h a d i s t i n t a , c o n g r a n disgusto d e los cristianos, q u e n o veían l a f o r m a d e t e r m i n a r c o n a q u e l o p r o b i o . P o r f i n i d e a r o n l a m a n e r a . P o r a q u e l t i e m p o , la presión de los ejércitos cristianos f r e n t e a los d o m i n a d o r e s m u s u l m a n e s era ya ostensible, lo q u e d a b a á n i m o s a los s o m e t i d o s m o z á r a b e s . E n tales c i r c u n s t a n c i a s , éstos c r e y e r o n l l e g a d o e l m o m e n t o d e actuar i d e a n d o u n p l a n q u e m a n t u v i e r o n e n secreto. U n a m a ñ a n a , p a r a c u m p l i r c o n e l t r i b u t o , tenía q u e i r a l castillo u n a bel l a m u c h a c h a d e B u e r a , l l a m a d a María, p o b l a c i ó n q u e estaba c e r c a n a a A l quézar. A p a r e n t e m e n t e , s e resistió c u a n d o p u d o , p e r o a c a b ó a c c e d i e n d o , a u n q u e , eso sí, c o n u n p l a n p r e m e d i t a d o q u e c u m p l i r . U n a vez e n p r e s e n c i a d e l g o b e r n a d o r , c u a n d o estaban a solas, l a m u c h a c h a l e clavó e l c o r t a p l u m a s q u e h a b í a i n t r o d u c i d o o c u l t o e n t r e sus t r e n zas, d á n d o l e m u e r t e . L u e g o , c o n g r a n a p l o m o , e m p a p ó s u p r o p i o p a ñ u e l o c o n la sangre d e l j e f e m o r o , se a s o m ó a la v e n t a n a de la estancia e h i z o la señal c o n v e n i d a c o n los cabecillas cristianos. T o d o s , a r m a d o s c o m o p u d i e r o n , se d i r i g i e r o n al castillo. C u a n d o s e c o r r i ó l a n o t i c i a d e l a desaparición d e l g o b e r n a d o r e n t r e l a g u a r n i c i ó n m u s u l m a n a , a t e m o r i z a d o s c o m o estaban p o r l a presión d e los e j é r c i t o s cristianos en fortalezas c o n t i g u a s a Alquézar, c u n d i ó el p á n i c o y, antes q u e verse d e s a m p a r a d o s y sin guía p a r a a f r o n t a r la l u c h a q u e se avec i n a b a , los s o l d a d o s d e c i d i e r o n arrojarse al río desde las rocas altas d e l castillo y huir. L a f o r t a l e z a fue t o m a d a e n n o m b r e d e l rey d e A r a g ó n , a q u i e n e n v i a r o n emisarios con la buena nueva. [ P r o p o r c i o n a d a p o r A d o l f o Castán. C o l e g i o «San V i a t o r » . H u e s c a , así c o m o p o r P i l a r Bailarín, M C a r m e n C a b r e r o , Eva G i l a b c r t e , E l e n a H u g u e t y S i l v i a L a s c o r z . ] a

26. L O S H E R M A N O S ISARRE, EN LA RECONQUISTA DE ALQUÉZAR (SIGLO XI. A L Q U É Z A R )

E r a n los t i e m p o s d e l rey a r a g o n é s S a n c h o R a m í r e z , a cuyas ó r d e n e s c o m b a t í a n d o s h e r m a n o s d e a p e l l i d o Isarre, o r i u n d o s d e A b i e g o . S u valor, su destreza c o n t o d o t i p o de armas y su d e s p r e c i o al p e l i g r o les h i c i e r o n famosos, tanto e n t r e los cristianos c o m o e n t r e los m u s u l m a n e s . E n t r e estos últ i m o s , e l más p r e o c u p a d o e r a e l g o b e r n a d o r d e Alquézar, q u i e n t e m í a q u e l l e g a r a el día en q u e se v i e r a ante ellos y p r o c u r ó evitarlo a t o d a costa. 66


C u a n d o e l muslín s e e n t e r ó q u e e r a n d e A b i e g o , p o b l a c i ó n tan c e r c a n a a A l q u é z a r y bajo su j u r i s d i c c i ó n , i n t e n t ó q u e sus p a d r e s f u e r a n a r e s i d i r a la s o m b r a de su castillo, pues e r a la f o r m a de atraer a sus hijos, p e r o la est r a t a g e m a fracasó. P r o c u r ó e n t o n c e s e l g o b e r n a d o r q u e e l m a t r i m o n i o Isar r e c o n v e n c i e r a a sus hijos p a r a q u e a b a n d o n a r a n las a r m a s a c a m b i o d e l d i n e r o s u f i c i e n t e p a r a q u e les a t e n d i e r a n sin t e n e r q u e l u c h a r p e r m a n e n t e m e n t e p a r a ganarse l a v i d a , p e r o los a n c i a n o s d e c l i n a r o n t a m b i é n c u m plir el encargo. A i r a d o e l j e f e m o r o p o r e l desacato s u f r i d o , o r d e n ó q u e f u e r a n apresados y a h o r c a d o s en u n o de los c e r r o s c e r c a n o s al p u e b l o , en el «Tozal de las Forcas» c o m o s e l e llamaría desde e n t o n c e s . P r o n t o s u p i e r o n los h e r m a n o s Isarre la d e s g r a c i a de sus p r o g e n i t o r e s y j u r a r o n vengarse p o r e l l o , llevánd o l e s a s o l i c i t a r p e r m i s o a S a n c h o R a m í r e z p a r a atacar l a f o r t a l e z a d e A l quézar. A u n q u e el rey a r a g o n é s comprendié) las r a z o n e s de sus d o s subditos, les pidió q u e c o n s e r v a r a n l a c a l m a d e m o m e n t o , pues n o era todavía l l e g a d o e l instante d e a c o m e t e r l a r e c o n q u i s t a d e p l a z a tan b i e n d e f e n d i d a . A n t e s d e b í a n ser t o m a d o s otros lugares p a r a evitar q u e p u d i e r a n l l e g a r r e f u e r z o s a Alquézar, c o m o así se h i z o de m a n e r a c a l c u l a d a . P r o n t o , no obstante, le t o c ó la h o r a a A l q u é z a r y los h e r m a n o s Isarre t u v i e r o n l a o p o r t u n i d a d d e e n t r a r e n sus calles e l día d e s u l i b e r a c i ó n , a u n q u e p a r a e n t o n c e s e l walí yacía m u e r t o . D o n S a n c h o R a m í r e z , c o m p r e n s i v o , r e c o m p e n s ó a los d o s h e r m a n o s elevándolos a la c a t e g o r í a de i n f a n z o nes, y , a d e m á s d e d o t a r l e s c o n tierras e n s u A b i e g o n a t a l , les c o n c e d i ó e l h o n o r d e p o d e r usar e s c u d o d e a r m a s , consistente e n tres cabezas d e m o ro en triángulo. [ C o n t é Oliveros, J., Historia de Abiego, pág. 28.]

27. L A R E C O N Q U I S T A D E EJEA P O R L O S S O L D A D O S F R A N C E S E S (1095) (SIGLO XI. EJEA DE LOS CABALLEROS)

E n t i e m p o s e n los q u e regía los destinos d e Aragón e l rey S a n c h o R a mírez, el e j é r c i t o c r i s t i a n o a r a g o n é s trató u n a y o t r a vez de c o n q u i s t a r p o r l a f u e r z a d e las a r m a s l a c i u d a d d e E j e a sin é x i t o a l g u n o , pues tanto l a e n o r me valía y la bizarría de los s o l d a d o s m u s u l m a n e s c o m o la situación p r i v i l e g i a d a d e l a q u e g o z a b a e l enclave d e l a m u r a d a p l a z a i m p e d í a n u n asalto d e f i n i t i v o c o n ciertas garantías. A f o r t u n a d a m e n t e , c u a n d o los s o l d a d o s aragoneses estaban a p u n t o de perder toda esperanza de victoria, llegaron de Gascuña el conde de Bigor r a , d o n Gastón de Espés y otros m u c h o s n o b l e s y caballeros franceses c o n 67

Agustín {Meto Arteta

sus p r o p i a s huestes p e r f e c t a m e n t e a r m a d a s . Éstos, u n a vez se h u b i e r o n percatado d e l a situación real — m u y difícil p o r c i e r t o — , a c o n s e j a r o n h u m i l d e y s a b i a m e n t e al rey q u e h i c i e r a u n a p r o m e s a a san G e r a l d o , santo d e l q u e e r a n m u y devotos los g u e r r e r o s franceses. D e esta m a n e r a , l e h a b l a r o n p o r m e n o r i z a d a m e n t e al rey a r a g o n é s d e l m o n a s t e r i o de Selvamayor, s i t u a d o e n p l e n a G a s c u ñ a , d o n d e s e g u a r d a n los restos d e t a n v e n e r a d o santo, b i e n c o n o c i d o y aclamado p o r su demostrado poder milagroso. S a n c h o R a m í r e z , deseoso de t o m a r E j e a a t o d a costa p a r a p r o s e g u i r el avance r e c o n q u i s t a d o r e n otros frentes, p r o m e t i ó q u e , e n caso d e o b t e n e r l a f o r t a l e z a , e n t r e g a r í a a l santo las p r i m i c i a s d e p a n , v i n o , olivas, l i n o y d e todas las r i q u e z a s de la t i e r r a . Así es q u e el e j é r c i t o a r a g o n é s , c o n f i a d o en el p o d e r i n t e r c e s o r de san G e r a l d o ante D i o s y en el a p o y o de los franceses, s e d i s p u s o p a r a l a batalla f i n a l l l e n o d e f e e n l a v i c t o r i a . L a l u c h a p o r l a hast a e n t o n c e s i n e x p u g n a b l e E j e a — q u e sin d u d a h u b o d e ser m u y i n t e n s a — t e r m i n ó c o n l a m u e r t e d e todos los i n f i e l e s a m a n o s cristianas, c o n l o q u e l a p o b l a c i ó n cayó y q u e d ó e n p o d e r d e l m o n a r c a a r a g o n é s . L a c a l m a s e h i z o e n e l c a m p a m e n t o d e l gozoso rey S a n c h o R a m í r e z , q u i e n , fiel a la p a l a b r a q u e h a b í a e m p e ñ a d o ante los m u r o s ejeanos, satisfiz o l a p r o m e s a q u e l e h i c i e r a a l santo y p a r a e l l o m a n d ó c o n s t r u i r d e n t r o y a de la c i u d a d t o m a d a u n a iglesia, casa y c e m e n t e r i o (lo q u e se d e n o m i n ó en adelante c o m o «Abadía de E j e a » ) , d o n d e se r e c o g e r í a n y g u a r d a r í a n desde e n t o n c e s los f r u t o s de las p r i m i c i a s p r o m e t i d a s . [Ferrer y R a c a x , J o s e p h F , Idea de Exea, págs. 62-66.]

28. EL SITIO DE B A R B A S T R O DE 1064 (SIGLO XI. BARBASTRO)

Históricamente es bien c o n o c i d o c ó m o la reconquista de Barbastro d i o origen a la predicación de la p r i m e r a cruzada, de m o d o que la c i u d a d del V e r o fue c o n o c i d a en t o d a E u r o p a y, j u n t o a los h e c h o s históricos ciertos, p r o n t o s e construyó t o d a u n a l e y e n d a a c e r c a d e l sitio d e B a r b a s t r o , q u e tom ó f o r m a d e c a n c i ó n d e gesta. S e g ú n l a l e y e n d a , h a l l á b a s e A i m e r i c o d e N a r b o n a c e l e b r a n d o u n torneo c u a n d o le llegaron noticias de que el e m i r musulmán pretendía conq u i s t a r F r a n c i a , c o r o n a r s e e n e l p r o p i o San D e n í s d e París y a p r e s a r a A i m e r i c o p a r a c o r t a r l e l a c a b e z a . A n t e s d e l o e s p e r a d o , los m u s u l m a n e s avistaron N a r b o n a , c o g i e n d o p r i s i o n e r a a la p r o p i a condesa H e r m e n j a r t . L a v i c t o r i a , tras r e ñ i d a y s a n g r i e n t a b a t a l l a , s o n r i ó a los m u s u l m a n e s , q u e h i c i e r o n m u c h o s p r i s i o n e r o s , e n t r e los q u e s e e n c o n t r a b a n e l h i j o d e l p r o p i o A i m e r i c o , l l a m a d o Buvés d e G o m a r e i s , y d o s hijos d e éste, G u i r a r t y Guileín.

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Leyendas para una historia paralela del Atagón medieval

O r d e n ó el rey m u s u l m á n q u e l l e v a r a n a los p r i s i o n e r o s a la f o r t a l e z a de B a r b a s t r o , s i e n d o e n c e r r a d o s j u n t o a la t e r r i b l e s e r p i e n t e «Belinais», a la q u e a f o r t u n a d a m e n t e l o g r a r o n m a t a r c o n las a r m a s q u e les p r o p o r c i o n ó Clarión d e V a u d u n e , m u s u l m á n d u e ñ o d e l a m i t a d d e B a r b a s t r o , q u e e r a d e s p r e c i a d o p o r e l resto d e sus c o r r e l i g i o n a r i o s . Buvés d e G o m a r e i s , c o n l a a y u d a de C l a r i ó n , se h i z o c o n la p l a z a y c o n s i g u i ó b a u t i z a r a los m u s u l m a nes q u e allí q u e d a b a n . E l m o r o C o r s o u t d e T a b a r i e l o g r ó escapar d e B a r b a s t r o e i r a N a r b o n a , d o n d e a n u n c i ó a l e m i r l a p é r d i d a d e l a c i u d a d . E l l o h i z o q u e las tropas m u s u l m a n a s a b a n d o n a r a n N a r b o n a p a r a trasladarse a B a r b a s t r o . B u vés d e G o m a r e i s y e l e m i r a c a b a r o n e n f r e n t á n d o s e , c a y e n d o h e r i d o e l jefe moro. A n t e e l cariz q u e t o m a b a n los a c o n t e c i m i e n t o s , los m u s u l m a n e s d e Barbastro p i d i e r o n a y u d a a los c o r d o b e s e s , de m o d o q u e las naves de C ó r d o b a , tras c u a t r o días d e navegación, l l e g a r o n a l p u e r t o d e B a r b a s t r o . L a situación p a r a Buvés de G o m a r e i s y los suyos e r a d e s e s p e r a d a . G r a c i a s a la llegad a d e u n e j é r c i t o m a n d a d o p o r A i m e r i c o d e N a r b o n a y p o r e l p r o p i o rey L u i s de F r a n c i a , los sitiados cristianos f u e r o n l i b e r a d o s y el v i c t o r i o s o rey f r a n c é s p u d o d e d i c a r s e a r e c o n q u i s t a r España, a r r o j a n d o de e l l a a los m u sulmanes. [ P e r r i e r , J . L . , Le siége. de Barhastre. París, 1926. U b i e t o , A n t o n i o , Historia de Aragón. Literatura medieval, I, págs. 359-360.]

29. LA DRAMÁTICA R E N D I C I Ó N DE B A R B A S T R O ( 1 0 6 4 ) (SIGLO XI BARBASTRO)

S e g ú n e l f a m o s o h i s t o r i a d o r á r a b e I b n T I a y y a n , a m e d i a d o s d e agosto d e l a ñ o 1 0 6 4 llegó a l a c i u d a d d e C ó r d o b a — e n e l c o r a z ó n d e a l - A n d a l u s — l a d e s g r a c i a d a n o t i c i a d e l a caída d e B a r b a s t r o , c i u d a d q u e los m u s u l m a nes h a b í a n c r e a d o d e l a n a d a , a m a n o s d e los cristianos. C o m o los m u s u l m a n e s sitiados sufrían u n a sed t r e m e n d a , esta d e s e s p e r a d a situación les h a b í a o b l i g a d o a o f r e c e r su r e n d i c i ó n al e n e m i g o , a c a m b i o de q u e se resp e t a r a n sus vidas. A c c e d i ó a p a r e n t e m e n t e e l g e n e r a l c r i s t i a n o , p e r o , u n a vez r e n d i d a la p l a z a , o r d e n ó a sus s o l d a d o s q u e m a t a r a n a los v e n c i d o s c o n sus espadas, v i o l a n d o así su p r o m e s a , m u r i e n d o c e r c a de seis m i l m o r o s barbas trenses. Iras a q u e l l a d e s l e a l c i g n o m i n i o s a m a t a n z a , aún o r d e n ó e l g e n e r a l c r i s t i a n o a los h a b i t a n t e s m o r o s q u e a b a n d o n a r a n la a l c a z a b a d o n d e se habían r e f u g i a d o d u r a n t e tantos días d e a s e d i o . T a n s e d i e n t o s estaban todos q u e m u c h o s a n c i a n o s y n i ñ o s a c a b a r o n c o n sus vidas a t r o p e l l a d o s al c o r r e r l a m u l t i t u d e n m a s a h a c i a las aguas d e l r í o V e r o , m i e n t r a s los más

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hábiles y fuertes se deslizaban p o r m e d i o de cuerdas desde lo alto de la m u r a l l a . G r a n n ú m e r o de mujeres musulmanas perecieron también al llegar al río, pues se e c h a r o n al agua b e b i e n d o de m a n e r a i n m o d e r a d a . La c i u d a d b a r b a s t r e n s e e r a u n a u t é n t i c o y d a n t e s c o caos, d o n d e i m p e r a b a l a muerte. E l g u e r r e r o v e n c e d o r i m p u s o s u p r o p i a ley y los s o l d a d o s c r i s t i a n o s rec i b i e r o n e n r e c o m p e n s a las casas y h a c i e n d a s d e los m o r o s v e n c i d o s , i n c l u i d a s las f a m i l i a s q u e e n ellas m o r a b a n . M u c h o s , ávidos d e c o d i c i a , som e t i e r o n a sus m i e m b r o s a t r e m e n d a s t o r t u r a s p a r a t r a t a r de e n c o n t r a r las p r e c i a d a s r i q u e z a s q u e c r e í a n e s c o n d i d a s , a la vez q u e v i o l a b a n a las m u j e r e s e hijas de sus p r i s i o n e r o s , m i e n t r a s éstos asistían e n c a d e n a d o s a tan b r u t a l e s escenas c o n l á g r i m a s e n los ojos y c o n los c o r a z o n e s d e s t r o zados. E n C ó r d o b a , l a triste n o t i c i a c o r r i ó r a u d a , a b r i e n d o u n a t r e m e n d a h e r i d a e n e l a l m a c o l e c t i v a d e l p u e b l o andalusí. [Turk, Afif, El Reino de Zaragoza en el siglo XI de Cristo (V de la Hegira), págs. 90-91.]

3 0 . B A R B A S T R O , T O M A D A G R A C I A S A U N A TRAICIÓN (SIGLO XI. BARBASTRO)

T r a s c a b a l g a r varias j o r n a d a s p o r t i e r r a s resecas d e H u e s c a e n p e r m a n e n t e estado de g u e r r a , el relativamente n u m e r o s o ejército c r u z a d o - a r a g o n é s q u e c a p i t a n e a b a e l p r o p i o rey S a n c h o R a m í r e z s e d i r i g i ó p o r los terrenos quebrados d e l sornontano hacia el enclave de Barbastro, i m p o r tante y p o p u l o s o c e n t r o c o m e r c i a l y a g r a r i o m u s u l m á n , s o m e t i d o a la j u risdicción d e l señor de Lérida, entonces al-Muzaffar, q u i e n , c o g i d o c o m p l e t a m e n t e p o r s o r p r e s a , n o p u d o r e a c c i o n a r ante e l ataque c r i s t i a n o . L a c i u d a d d e l V e r o trate» d e resistir e n e s p e r a d e a y u d a e x t e r i o r , p e r o tras c u a r e n t a largos y a g o t a d o r e s días d e a s e d i o c o n t i n u a d o , l a p l a z a a c a b ó p o r rendirse. C o m o e n tantas otras o c a s i o n e s , los c r o n i s t a s á r a b e s , a l tratar d e j u s t i f i c a r tan r o t u n d o y l a m e n t a b l e fracaso — d e l q u e p r o n t o t u v i e r o n n o t i c i a en la p r o p i a capital cordobesa—, c u l p a n d e l mismo a un m o r o traidor, cuy o n o m b r e s i l e n c i a n , q u e h a b r í a m o s t r a d o a l e n e m i g o c r i s t i a n o , n o s e sab e p o r q u é m o t i v o s , las f u e n t e s q u e a b a s t e c í a n d e a g u a d e l a c i u d a d , d a t o f u n d a m e n t a l p a r a o r g a n i z a r l a estrategia d e l c e r c o ; a u n q u e o t r o s c r o n i s t a s m á s cautos h a b l a n d e u n a e n o r m e p i e d r a q u e las c e g ó p o r a z a r tras u n a t o r m e n t a , d e j a n d o d e s a b a s t e c i d a d e a g u a a l a p o b l a c i ó n b a r b a s trense. A los v e n c i d o s , q u e f u e r o n t r a t a d o s c o n m u c h o r i g o r tras l a r e n d i c i ó n , se les r e q u i s a r o n todas sus r i q u e z a s , f u e r o n c o n s i d e r a d o s c a u t i v o s , y u n o s 70


seis m i l d e e l l o s f u e r o n e j e c u t a d o s . E l b o t í n d e l g e n e r a l c r i s t i a n o q u e h a b í a d i r i g i d o e l a s e d i o c o n s i s t i ó e n más d e u n m i l l a r d e d o n c e l l a s , a d e m á s de las siete m i l q u e r e g a l ó a su rey, más de q u i n i e n t a s cargas de objetos d i versos. « N u n c a —se d u e l e t r i s t e m e n t e e l c r o n i s t a — h a b í a n a c t u a d o así c o n t r a l o s m u s u l m a n e s » los c r i s t i a n o s , l a m e n t a n d o q u e , d e c a r a a l f u t u r o , este p u d i e r a ser e l espíritu d e l a t a n a n u n c i a d a c r u z a d a . [ V i g u e r a , M . - J e s ú s , Aragón musulmán, p á g . 150.]

31. L A ESCIAVA LIBERADA E N BARBASTRO (SIGLO XI. BARBASIRO)

Las armas finalizaron su luctuoso quehacer y pareció recobrarse la c a l m a . T r a s l a c o n q u i s t a c r u e n t a d e l a c i u d a d p o r las t r o p a s c r i s t i a n a s que capitaneaba el c o n d e A r m e n g o l , Barbastro se convirtió en un aut é n t i c o c e n t r o d e l u j o , d e p l a c e r e s sin l í m i t e y d e v i d a d i s i p a d a . L o s v e n c e d o r e s c a b a l l e r o s c r i s t i a n o s se h a b í a n a d u e ñ a d o de las casas, las r o p a s , los enseres y los tesoros de sus a n t i g u o s m o r a d o r e s m u s u l m a n e s y, s e r v i d o s p o r h e r m o s a s esclavas m o r a s , s e e n t r e g a b a n a l o c i o y a l d i s f r u t e s i n fin. C u e n t a la l e y e n d a q u e , en u n a de estas casas, h a b í a v i v i d o y vivía todavía u n a d o n c e l l a — a h o r a h e c h a esclava p o r u n g u e r r e r o c r i s t i a n o — f a m o s a e n t o d a l a c o m a r c a p o r s u f o r m a t a n h e r m o s a c o m o triste d e cantar, d e l a t a n d o sus ojos l a a m a r g u r a d e u n a p e n a i n f i n i t a . LJn día llegó a la casa d e l c r i s t i a n o un m e r c a d e r j u d í o r e c l a m a n d o a la m u c h a c h a e n n o m b r e d e u n j o v e n m o r o , q u e estaba d i s p u e s t o a e n t r e g a r p o r e l rescate d e e l l a hasta c u a t r o c i e n t o s caballos cargados c o n hatos repletos de p e r f u m e s , joyas y sedas. El n o b l e cristiano despreció todas aquellas riquezas q u e le e r a n ofrec i d a s , y a u n m o s t r ó a m o n t o n a d a s e n u n p a t i o las suyas p r o p i a s a l e m i s a rio j u d í o , d á n d o l e a e n t e n d e r q u e no era d i n e r o lo q u e necesitaba. Pero ante la auténtica f o r t u n a q u e se le ofrecía, valoró c o m o no lo h a b í a h e c h o hasta entonces a la joven m o r a , q u e esperaba ansiosa la decisión. E l s e ñ o r c r i s t i a n o n o p u d o r e s i s t i r l a m i r a d a c a r g a d a d e tristeza d e l a joven y s e a p i a d ó d e e l l a , t a n t o q u e l a d e j ó l i b r e s i n q u e r e r p e r c i b i r n a d a a cambio. L a m u c h a c h a m o r a f u e c o n d u c i d a y c u s t o d i a d a hasta l a c e r c a n a F r a g a p o r g u a r d i a n e s g u e r r e r o s d e l s e ñ o r c r i s t i a n o y, a o r i l l a s d e l C h i c a , q u e e n tonces c o r r í a b r a v i o , fue e n t r e g a d a a su a m a n t e m o r o . Y c u e n t a el p o e t a q u e , a su regreso, u n o de aquéllos g u e r r e r o s l l o r a b a . [Turk, Afif, El Reino de Zaragoza..., p á g s . 94-95.]

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32. I A M U E R T E D E L Ú L T I M O S E Ñ O R M O R O DE MOMAGASTRE ( S I G L O X I . P E R A L T A D E L A SAI.)

A l o l a r g o d e l siglo X I , l a r e c o n q u i s t a c r i s t i a n a d e l t e r r i t o r i o a r a g o n é s , a u n q u e d e m a n e r a l e n t a y c o n altibajos, fue p r o g r e s a n d o h a c i a e l sur, e m p u j a n d o p o c o a p o c o a los m u s u l m a n e s h a c i a el río E b r o , q u e c o n s t i t u í a u n a auténtica b a r r e r a n a t u r a l . N o obstante, tanto e n tierras d e l S o b r a r b e c o m o d e l a R i b a g o r z a todavía q u e d a b a n a l g u n o s p e q u e ñ o s enclaves m o r o s q u e se resistían de m a n e r a e n c o n a d a , c u a l e r a el caso, e n t r e otros varios, d e l señor musulmán de la fortaleza de Momagastre. No obstante, t a m b i é n este c a u d i l l o a g a r e n o , c a d a vez más aislado de sus c o r r e l i g i o n a r i o s , se v i o f o r z a d o c o m o tantos otros a desalojar su f o r t i f i c a d o y estratégico enclave, desde el q u e sus antecesores h a b í a n d o m i n a d o d u r a n t e más d e trescientos c i n c u e n t a a ñ o s l a c o m a r c a c i r c u n d a n t e . P o r l o tanto, n o e s d e e x t r a ñ a r q u e l o h i c i e r a n o sólo e n t r i s t e c i d o sino t a m b i é n m a l h u m o r a d o , lo q u e le llevó a a p o d e r a r s e p o r i r a y d e s p e c h o , d u r a n t e la h u i d a , d e l a i m a g e n d e l a V i r g e n q u e presidía e l altar p r i n c i p a l d e l a cercan a e r m i t a d e P e r a l t a d e l a Sal. E n s u f o r z a d o c a m i n o h a c í a e l e x i l i o , aún n o s e h a b í a d i s t a n c i a d o m u c h o d e l a e r m i t a q u e acababa d e e x p o l i a r c u a n d o u n a e n o r m e p i e d r a d e s p r e n d i da de la m o n t a ñ a , no se sabe si e m p u j a d a o no p o r los cristianos, lo derribé) de su c a b a l g a d u r a , q u e d a n d o s e p u l t a d o bajo su e n o r m e m o l e y causándole l a m u e r t e e n e l acto; o t r a p i e d r a algo m e n o r d e t a m a ñ o h i z o l o p r o p i o c o n s u h e r m o s o caballo. L a i m a g e n d e l a V i r g e n , sin e m b a r g o , d e m a n e r a inexp l i c a b l e q u e d ó absolutamente intacta y fue devuelta a su p r o p i a e r m i t a p o r los cristianos que, desde entonces, d i e r o n en l l a m a r l a «Virgen de la M o r a » . Las d o s p i e d r a s — l a g r a n d e c o n o c i d a todavía h o y c o m o l a «Piedra d e l M o r o » — p u e d e n verse a ú n , y es c o s t u m b r e viva q u e q u i e n e s pasan j u n t o a ambas, e n señal d e d e s a p r o b a c i ó n , l a n c e n u n a p i e d r a c o n t r a l a mayor, a q u e l l a q u e a c a b ó c o n l a v i d a d e l ú l t i m o s e ñ o r m o r o d e l castillo d e M o m a gastre, q u e no se r e s i g n a b a a tener q u e a b a n d o n a r la t i e r r a de sus ancestros. [ A n d o l z , R a f a e l , « L a p i e d r a d e l M o r o » , Cuadernos Alloaragoneses, 103 (1989).]

33. L A V I R G E N C O L A B O R A E N L A B A T A L L A DE PIEDRATAJADA (SIGLO XI. BISCARRUÉS)

E n s u d i a r i o , s o l i t a r i o y m o n ó t o n o d e a m b u l a r p o r los c a m p o s y rastrojeras q u e r o d e a n a l p u e b l o , u n joven pastor d e B i s c a r r u é s venía o b s e r v a n d o d e s d e h a c í a c i e r t o t i e m p o q u e todos los días, sin e x c e p c i ó n a l g u n a , u n a d e 72

¡pendas para una historia paralela del Aragón medieval

las cabras de su r e b a ñ o se alejaba sola de las d e m á s , r e g r e s a n d o de n u e v o a l seno d e l a m a n a d a t r a n s c u r r i d o u n c i e r t o t i e m p o , q u e n o e r a m u c h o . M o v i d o p o r l a c u r i o s i d a d q u e l e causaba a q u e l p r o c e d e r d e l a c a b r a , decidió s e g u i r l a u n día, d e j a n d o e l r e b a ñ o a l c u i d a d o d e sus dos p e r r o s pastores. C a m i n a n d o tras e l l a a p r u d e n t e d i s t a n c i a p a r a n o asustarla, v i o q u e se adentraba d e c i d i d a en u n a cueva natural excavada en la roca caliza de un montículo. No dudó entonces en penetrar también él en la o q u e d a d , d o n d e , c o n g r a n sorpresa, halló u n a b e l l a i m a g e n d e l a V i r g e n — l u e g o l l a mada de M i r a m o n t e — y una campana de mediano tamaño. C u a n d o , tras p o n e r a b u e n r e c a u d o s u g a n a d o , llevó l a n o t i c i a d e l hal l a z g o a l p u e b l o , s e o r g a n i z ó u n a procesión c o n e l p á r r o c o a l f r e n t e , d e c i d i e n d o trasladar a la i m a g e n y la c a m p a n a a la iglesia. A l g u n o s años después, c u a n d o e l rey S a n c h o R a m í r e z d e A r a g ó n d e c i dió enfrentarse a los m u s u l m a n e s en batalla c a m p a l p a r a i n t e n t a r e l i m i n a r los obstáculos q u e s e o p o n í a n e n s u c a m i n o h a c i a e l E b r o , pasó p o r Biscar r u é s p a r a p o n e r s e h u m i l d e m e n t e bajo e l a m p a r o y p e d i r l a intercesión d e la V i r g e n , q u e le i n f u n d i ó los á n i m o s y valentía necesarios p a r a v e n c e r a los m o r o s e n l a b a t a l l a d e P i e d r a t a j a d a . Estaba t e r m i n a n d o e l siglo X I . A g r a d e c i d o e l m o n a r c a p o r l a a y u d a celestial, d e c i d i ó crear u n a c o f r a d í a c o m puesta p o r t r e i n t a h i d a l g o s y seis sacerdotes. L a c a m p a n a e s tan m i l a g r o s a c o m o l a p r o p i a i m a g e n d e l a V i r g e n , pues a h u y e n t a las tempestades y las malas n u b e s q u e a m e n a z a n las cosechas, a la vez q u e r e m e d i a e l d o l o r d e las p a r t u r i e n t a s . [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r J .

Esporrín.]

34. E L O R I G E N D E L O S L Ó P E Z D E G U R R E A (SIGLO XI. H U E S C A )

N o s h a l l a m o s e n los últimos años d e l siglo XI, e n e l c e r c o d e l a i m p o r tante c i u d a d m o r a d e H u e s c a . E l rey d o n S a n c h o R a m í r e z acaba d e m o r i r ante sus m u r o s , c u a n d o u n a saeta d i s p a r a d a desde u n a a l m e n a se i n t r o d u jo p o r la m a n g a de su l o r i g ó n y se clavé) en su p e c h o . A n t e s de e x p i r a r el rey, a r r a n c a a su h i j o P e d r o , desde e n t o n c e s P e d r o I, la p r o m e s a de q u e no a b a n d o n a r á el asedio hasta q u e la c i u d a d se r i n d a . En el c a m p o c r i s t i a n o , se c o n g r e g a n varios caballeros famosos p o r sus hazañas bélicas. I n c l u s o el p r o p i o san J o r g e va a h a c e r acto de p r e s e n c i a en la batalla. E n t r e los s i m p l e s g u e r r e r o s , se h a l l a n dos h e r m a n o s , d e s c o n o c i dos p a r a los más, l l a m a d o s M u d i e l o s . Estos, c u a n d o estaba ya a v a n z a d a la n o c h e , s o r p r e n d i e r o n a u n g r u p o d e m o r o s q u e p r e t e n d í a salir d e H u e s c a a m p a r a d o e n l a o s c u r i d a d . S i n p e n s a r l o y sin a y u d a d e n a d i e más, a m b o s

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h e r m a n o s d e t u v i e r o n y m a t a r o n a todos los i n f i e l e s , q u e d a n d o c o n todas sus vestiduras destrozadas y teñidas c o n la sangre de los e n e m i g o s . E l día d e s p u n t a b a . P e d r o I , q u e p e n s a b a l a n z a r u n n u e v o ataque c o n t r a l a c i u d a d , h a b í a m a d r u g a d o p a r a r e c o r r e r e l e x t e r i o r d e l m u r o . Así e s como e n c o n t r ó a los h e r m a n o s M u d i e l o s y q u i s o c o n o c e r la causa de su l a m e n t a b l e estado. C u a n d o s e e n t e r ó d e l a h a z a ñ a q u e h a b í a n p r o t a g o n i z a d o , les llamó a d m i r a d o «lupi», es decir, l o b o s . Y ellos, t e n i e n d o a g r a n h o n r a este a p o d o , s u p l i c a r o n a l n u e v o rey q u e les p e r m i t i e r a c a m b i a r s u a p e l l i d o de M ú d e l o s p o r el de L ó p e z , a lo q u e a c c e d i ó gustoso y c o m p l a c i d o P e d r o I , c o n c e d i é n d o l e s , además, q u e p u d i e r a n usar p o r a r m a s d o s lobos de o r o en p a l o , c o n las lenguas y uñas de n e g r o en c a m p o de gules. L o s h e r m a n o s L ó p e z t o m a r o n parte n o sólo e n l a batalla d e A l c o r a z , sino t a m b i é n en cuantas c o n t i e n d a s c o n t r a los m u s u l m a n e s libró su rey. Y c u a n d o P e d r o I m u r i ó , p e l e a r o n a las ó r d e n e s de A l f o n s o I, d e s t a c a n d o en l a r e c o n q u i s t a d e G u r r e a d e 1 1 1 5 . T a n decisiva f u e a q u í s u a c t u a c i ó n q u e e l B a t a l l a d o r e n t r e g ó la p l a z a a estos dos intrépidos h e r m a n o s , q u i e n e s d e s d e e n t o n c e s se a p e l l i d a r o n L ó p e z de G u r r e a , t o m a n d o esta v i l l a las m i s m a s armas de sus s e ñ o r e s , es decir, los dos l o b o s en c a m p o de gules. [ G a r c í a C i p r é s , G . , « R i c o s h o m b r e s d e A r a g ó n . L o s L ó p e z d e G u r r e a » , Linajes d e Aragón, II ( 1 9 1 1 ) , 405.]

35. U N D E T A L L E D E L Ú L T I M O A S E D I O D E H U E S C A ( 1 0 9 6 ) (SIGLO XI. H U E S C A )

E s e l 1 2 d e m a y o y h a c o m e n z a d o e l asedio d e H u e s c a p o r P e d r o I d e A r a g ó n . E l g o b e r n a d o r m u s u l m á n oséense h a s o l i c i t a d o r e f u e r z o s a a l - M o s tain d e Z a r a g o z a , q u e n o sólo a p o r t a g u e r r e r o s m o r o s , s i n o q u e h a conseg u i d o l a a y u d a d e l c o n d e G a r c í a O r d ó ñ e z d e Nájera. E l e j é r c i t o q u e a c u d e en a y u d a de a l - M o s t a i n es tan n u m e r o s o q u e , al d e c i r de las c r ó n i c a s , los p r i m e r o s m u s u l m a n e s l l e g a b a n a Z u e r a c u a n d o los últimos todavía estaban en Altabas, arrabal zaragozano. P o r s u parte, e n e l c a m p o c r i s t i a n o h a b í a r e c a l a d o , l l e g a d o desde Gasc u ñ a , el d e s t e r r a d o F o r t ú n , c o n trescientos p e o n e s y d i e z cargas de mazas, q u e l u e g o serían decisivas e n l a b a t a l l a . L o s c o n t e n d i e n t e s , p o r fin, e s t u v i e r o n f r e n t e a f r e n t e . Las fuerzas estaban m u y igualadas, c o n t a n d o cada ejército c o n unos veinte m i l guerreros, según u n c r o n i s t a á r a b e . E l d e s e n l a c e d e l a i n m i n e n t e b a t a l l a e r a , p u e s , i n cierto. Fue entonces c u a n d o —según el m i s m o cronista m o r o — P e d r o I envió u n e s p í a a l c a m p o e n e m i g o p a r a q u e i n d a g a s e e l n ú m e r o d e g u e r r e r o s es74

I'¿yendas para una historia paralela del Aragón medieval

f o r z a d o s y d e f a m a c o n los q u e c o n t a b a e l e j é r c i t o m u s u l m á n y q u e f u e sen r e c o n o c i d o s c o m o tales p o r los c r i s t i a n o s p o r sus p r o e z a s . A l a vez, d e b í a a v e r i g u a r c u á n t o s c a u d i l l o s a r a g o n e s e s e r a n c o n o c i d o s p o r los m u s u l manes y cuántos de ellos estaban en el c a m p a m e n t o cristiano en a q u e l momento. C u a n d o r e g r e s ó e l espía, c o m u n i c ó a l rey q u e e l n ú m e r o d e c a b a l l e r o s s a r r a c e n o s famosos a s c e n d í a a siete. Así es q u e h i z o c o n t a r los h o m b r e s cristianos d e v a l o r q u e estaban e n s u c a m p a m e n t o e n a q u e l l o s instantes, alc a n z a n d o e l n ú m e r o d e o c h o . L a n o t i c i a h i z o feliz a l rey P e d r o I , a q u i e n s e le oyó e x c l a m a r : « ¡ O h , q u é d í a tan fausto»! E l p r o p i o c r o n i s t a m u s u l m á n nos relata e l s e n t i d o d e aquellas p a l a b r a s , p u e s e r a c r e e n c i a c i e r t a q u e las batallas s e g a n a b a n n o p o r e l n ú m e r o total d e c o n t e n d i e n t e s q u e , p o r c i e r t o , e r a semejante, s i n o p o r e l n ú m e r o d e g u e r r e r o s sobresalientes c o n los q u e c o n t a b a c a d a e j é r c i t o , d e m o d o q u e a q u e l q u e aventajase a l o t r o a u n q u e s o l a m e n t e f u e r a e n u n o g a n a r í a l a c o n t i e n d a , c o m o en este caso así s u c e d i ó . [ U b i e t o , A n t o n i o , Historia de Aragón: IM formación territorial, p á g s .

122-124.]

36. S A N J O R G E P E L E A E N E L C E R C O D E H U E S C A (SIGLO XI. HUESCA.)

Estaba casi f i n a l i z a n d o e l siglo X I . A b d e r r a h m á n , rey m o r o d e l a fortaleza de H u e s c a , decidió solicitar ayuda a su c o r r e l i g i o n a r i o zaragozano t e m i e n d o q u e e l n u e v o rey cristiano d e los aragoneses, P e d r o i , p u d i e r a atacar l a c i u d a d d e n u e v o e n c u a l q u i e r m o m e n t o , tal c o m o l e habían a n u n c i a d o sus espías. E l rey de Sarakusta, a su vez, solicitó p a r a la ocasión la c o l a b o r a c i ó n de los c o n des cristianos castellanos García O r d ó ñ e z y G o n z a l v o . El p r i m e r o de estos, a c o m p a ñ a d o de n u m e r o s o s p e o n e s a r m a d o s y trescientos h o m b r e s a caballo, acudió a la l l a m a d a y, j u n t o c o n las huestes d e l m o n a r c a de Sarakusta, f u e r o n a s o c o r r e r al m o r o oscense. A n t e tan i m p o r t a n t e y n u m e r o s a c o a l i c i ó n m i l i t a r d e l e n e m i g o , e l rey P e d r o I , p a r a tratar d e f o r t a l e c e r l a m o r a l d e los suyos — a l g o m i n a d a pollas noticias adversas q u e c o r r í a n p o r e l c a m p a m e n t o — , h i z o trasladar e l c u e r p o d e san Victorián, v e n e r a d o mártir q u e yacía e n e l n u e v o c o n v e n t o castillo d e l c e r c a n o M o n t c a r a g ó n , hasta e l l u g a r d e l a l u c h a , q u e tuvo c o m o escenario los c a m p o s cercanos d e l A l c o r a z . Al fin se e n t a b l ó la p e l e a q u e h a b r í a de ser d e f i n i t i v a . Y o c u r r i ó q u e esem i s m o día y casi a la m i s m a h o r a , san J o r g e estaba a y u d a n d o en la batalla de A n t i o q u í a , l i b r a d a en O r i e n t e , al c a b a l l e r o A l a m a ñ a c , s u b i é n d o l o a la g r u p a de su c a b a l l o y p o n i é n d o l o a salvo. M u y p o c o después, en la m i s m a j o r n a d a , a m b o s , c o m o p o r arte d e m a g i a , a p a r e c i e r o n j u n t o s e n los l l a n o s

Agustín Utneto ArMa

d e A l c o r a z p a r a apoyar c o n s u a r r o j o a l e j é r c i t o c r i s t i a n o d e P e d r o I , q u e venció v p u d o p o r fin tomar la plaza de Huesca. E l c a b a l l e r o A l a m a ñ a c , q u e e r a h o m b r e l e t r a d o , e n p r i n c i p i o creyó q u e s e trataba d e u n a sola b a t a l l a , p e r o l u e g o d i o t e s t i m o n i o d e q u e e n l a mism a j o r n a d a h a b í a i n t e r v e n i d o e n dos b i e n distintas y alejadas u n a d e l a o t r a j u n t o a san J o r g e : en A n t i o q u í a , allá en el O r i e n t e lejano, y en los c a m p o s de Alcoraz, j u n t o a Huesca. [ Z u r i t a , J e r ó n i m o , Anales, I, p á g s . 132-133. Ubieto, A n t o n i o , Crónica de los Estados Peninsulares, págs. 121-123.]

37. L O S C A S P O L I N O S , E N L A B A T A L L A D E A L C O R A Z ( S I G L O X I . CASPF.)

El escenario es el asedio de la plaza fuerte de H u e s c a . C u a n d o P e d r o I , rey d e A r a g ó n — a y u d a d o , e n t r e o t r o s , p o r c a b a l l e r o s d e l o t r o l a d o d e los P i r i n e o s y n a v a r r o s — , se e n f r e n t ó en la b a t a l l a f i n a l a la p o t e n t e c o a l i c i ó n m u s u l m a n a ( i n c l u i d a u n a i m p o r t a n t e c o l a b o r a c i ó n c r i s t i a n a castellana) que defendía la plaza de H u e s c a , el m o n a r c a aragonés c o n t ó también c o n u n a aportación no m u y n u m e r o s a p e r o sí selecta y a g u e r r i d a d e c r i s t i a n o s l l e g a d o s d e C a s p e , q u e s e h i c i e r o n n o t a r d e m a n e r a ostensible p o r su valor en la j o r n a d a m e m o r a b l e del v e i n t i c i n c o de noviembre. S a b i d o es q u e esta b a t a l l a d e f i n i t i v a sobre la p l a z a oscen.se se libró en la p l a n i c i e d e A l c o r a z , d e s p o b l a d o c e r c a n o a l a c i u d a d , y t o d o e l m u n d o con o c e , a s i m i s m o , l a decisiva i n t e r v e n c i ó n q u e e n l a c o n f r o n t a c i ó n b é l i c a tuvo el c a b a l l e r o san Jorge, l l e g a d o a q u e l m i s m o día tras h a b e r p a r t i c i p a d o a c t i v a m e n t e e n l a batalla d e A n t i o q u í a , e n O r i e n t e . L a r e a l i d a d e s q u e b u e n a p a r t e d e las t r o p a s a g a r e n a s , a n t e e l p é s i m o cariz que iba t o m a n d o poco a p o c o la cruenta pelea, emprendió la h u i da p r e c i p i t a d a y d e s o r d e n a d a hacia Sarakusta tratando de evitar la m u e r t e , m i e n t r a s l a c i u d a d o s é e n s e s e veía o b l i g a d a a r e n d i r s e . E l extenso c a m p o de batalla de A l c o r a z presentaba un aspecto d e s o l a d o r pues quedó totalmente sembrado de h o m b r e s heridos, mutilados y cuerp o s s i n v i d a . E n t r e estos ú l t i m o s , s e p u d i e r o n c o n t a r l o s c a d á v e r e s d e c u a t r o reyes m o r o s , tres d e los c u a l e s f u e r o n h a l l a d o s p r e c i s a m e n t e e n e l t e r r e n o q u e h a b í a n d e f e n d i d o c o n a r r o j o y v a l e n t í a s i n i g u a l los caballeros caspolinos. A q u e l h e c h o s i n g u l a r d i o l u g a r a u n a d o b l e decisión d e e n o r m e s i m b o logía. P o r u n a p a r t e , a l a i n c o r p o r a c i ó n d e c u a t r o cabezas d e m o r o s e n u n o d e los c u a t r o cuarteles q u e c o n f o r m a n e l e s c u d o d e A r a g ó n , y , p o r o t r a , p o r 76

Leyendas para una historia, paralela del. Aragón medieual

decisión d e l p r o p i o rey a r a g o n é s , P e d r o I, de tres de d i c h a s cabezas en el q u e sería e s c u d o d e l a v i l l a c a s p o l i n a . [ R . L . , « L o s A n a l e s d e C a s p e , p o r V a l i m a ñ a » , BHGBA, T I H V ( 1 9 0 9 ) , p á g . 64. Salas P é r e z , A n t o n i o , Caspe y la historia del Compromiso. C a s p e . ( 2 e d . ) , 49-50.] B

38. L A R E C O N Q U I S T A D E L U N A (SIGLO XI. L U N A )

E n l a m e n t e y e n e l deseo d e los cristianos aragoneses estaba l a t o m a d e l enclave d e H u e s c a , u n a d e las llaves q u e p o d r í a n a b r i r e l c a m i n o h a c i a Z a r a g o z a . P e r o p a r a e l l o era p r e c i s o i r e l i m i n a n d o p a u l a t i n a m e n t e otros obstáculos m e n o r e s , c o m o e l q u e s i g n i f i c a b a l a h o y v i l l a z a r a g o z a n a d e L u n a , situada a l p i e d e l a s i e r r a d e s u n o m b r e , j u n t o a l río A r b a d e B i e l . P r e p a r a d a l a c o r r e s p o n d i e n t e c a m p a ñ a , L u n a fue r e c o n q u i s t a d a a los m u s u l m a n e s , e n 1 0 9 2 , p o r S a n c h o R a m í r e z , rey d e Aragón y N a v a r r a , a l q u e s o r p r e n d e ría a c c i d e n t a l m e n t e l a m u e r t e d o s a ñ o s después e n e l sitio d e H u e s c a . C o m o e n tantas otras ocasiones, l a c o n f i g u r a c i ó n d e l t e r r e n o sobre e l q u e se asentaba el c a s e r í o h a b í a d a d o el n o m b r e a la v i l l a , q u e e n t o n c e s era el de M o n t e M a y o r , m e r c e d a su estratégica situación, y ante M o n t e M a y o r se a p o s t a r o n los g u e r r e r o s de S a n c h o R a m í r e z . D a d a la t o p o g r a f í a d e l enclave, no e r a fácil a p o d e r a r s e de la v i l l a , a la q u e se c o r t ó t o d a p o s i b i l i d a d de r e c i b i r r e f u e r z o s e x t e r n o s . Se estudió det e n i d a m e n t e la estrategia a seguir y se c o n v i n o en esperar a q u e l u c i e r a en l o alto d e l c i e l o l a l u n a l l e n a p a r a atacar d e n o c h e , c o m o así s e h i z o . Tras l a c o n q u i s t a d e M o n t e M a y o r t o d o f u e r o n n o v e d a d e s , e i n c l u s o sus nuevos d u e ñ o s c a m b i a r o n s u a n t e r i o r d e n o m i n a c i ó n p o r l a d e L u n a , e n rec u e r d o d e a q u e l l a l u n a l l e n a q u e i l u m i n a r a desde e l f i r m a m e n t o los e d i f i cios, las calles y las plazas de la v i l l a , c o n v i r t i é n d o s e así en el m e j o r a l i a d o d e l rey c r i s t i a n o y de sus tropas. | Zapatee, A l f o n s o , Aragón pueblo a pueblo, t o m o X, pág. 1.543.]

39. P E D R O I D E ARAGÓN L U C H A C O N T R A E L CID (SIGLO XI. PERALTA)

Después de h a b e r c o m e t i d o v e r d a d e r o s estragos a los m o r o s levantinos en la c o m a r c a de O n d a y A l m e n a r y s o p o r t a d a u n a larga y fatigosa cabalgada de varias j o r n a d a s , llegó el C i d C a m p e a d o r c o n sus h o m b r e s a las puertas d e l a m u s u l m a n a c i u d a d d e Z a r a g o z a . T a l c o m o era h a b i t u a l , e l 77


g u e r r e r o castellano f u e h u é s p e d e n e l p a l a c i o d e l rey m o r o d e l a Aljafería, d o n d e r e c u p e r ó fuerzas y r e c o m p u s o su hueste. Tras descansar u n o s días e n l a c i u d a d d e l E b r o , partió d e n u e v o c o n sus h o m b r e s en d i r e c c i ó n a H u e s c a , p r i m e r o , y más tarde h a c i a M o n z ó n . L o s vigías d e P e d r o I p u s i e r o n a l m o n a r c a a r a g o n é s a l c o r r i e n t e d e las a n d a n zas d e l C i d , d e m o d o q u e , s a b i e n d o q u e s e acercaba, s e a p r o x i m ó c o n sus c a b a l l e r o s hasta P i e d r a A l t a , d o n d e d e c i d i ó e l e g i r u n paraje a d e c u a d o y p l a n t ó sus tiendas de c a m p a ñ a p a r a e s p e r a r l e . L l e g a d o e l C i d a M o n z ó n , d e t e r m i n ó pasar allí u n o s días, u n o d e los cuales salió a r e c o r r e r la c o m a r c a a c o m p a ñ a d o p o r d o c e c a b a l l e r o s de su c o n f i a n z a «a holgarse p o r el c a m p o , / a r m a d o s de b u e n a guisa», o sea, a d i vertirse u n p o c o c o n u n s i m p l e e j e r c i c i o . E n t e r a d o s los aragoneses a través de su r e d de espías de los m o v i m i e n t o s de esta p a r t i d a , les s a l i e r o n al paso desde s u i m p r o v i s a d o c a m p a m e n t o c o n c i e n t o c i n c u e n t a g u e r r e r o s , entab l a n d o u n l u c h a d e s i g u a l c o n t r a e l C i d y sus h o m b r e s , e n u n a especie d e i m p r o v i s a d a j u s t a o t o r n e o , pues, d e c o m ú n a c u e r d o , d e c i d i e r o n l u c h a r u n o c o n t r a u n o sucesivamente. A pesar d e ser m u c h o s m e n o s e n n ú m e r o , e l g r u p o d e l C i d v e n c i ó a los c a b a l l e r o s a r a g o n e s e s , a p r e s a n d o a siete de e l l o s c o n sus c a b a l l o s y armas, m i e n t r a s los d e m á s h u í a n t e m e r o s o s d e l c a m p o d e b a t a l l a . L a s h o ras q u e s i g u i e r o n a l a r e f r i e g a f u e r o n tensas, p e r o , tras s u p l i c a r los v e n c i d o s c l e m e n c i a a l C a m p e a d o r p a r a q u e los d e j a r a e n l i b e r t a d , d o n R o d r i g o , « c o m o e s m u y h o n r a d o » , d i c e e l l e g e n d a r i o r o m a n c e , accedié) a su p e t i c i ó n . [ C e l i a , J o s é , Romancero Aragonés, págs. 53-55.]

40. E L CID, E N C A L A N D A (SIGLO XI. C A L A N D A )

R o d r i g o Díaz d e V i v a r — u n o d e los mayores estrategas, g u e r r e r o s y p o líticos d e s u t i e m p o — f u e u n viajero d e constante c a m i n a r , a p a r e c i e n d o s i e m p r e m e z c l a d o e n a c c i o n e s bélicas d e t o d o t i p o o e n foros políticos d i versos, tanto e n t e r r i t o r i o bajo d o m i n i o c r i s t i a n o c o m o m u s u l m á n , c o n v i r t i é n d o s e , sin n i n g ú n g é n e r o d e d u d a s , e n u n personaje d e c i s i v o e n l a c o n figuración geopolítica peninsular del m o m e n t o . E n ese c o n s t a n t e i r y v e n i r d e u n l a d o a o t r o , e l C i d C a m p e a d o r vivaqueó en varias o c a s i o n e s p o r las tierras altas y q u e b r a d a s d e l B a j o A r a g ó n y, sobre t o d o , p o r las d e l M a e s t r a z g o , l l e g a n d o i n c l u s o a f u n d a r , s e g ú n l a l e g e n d a r i a tradición, u n a n u e v a p o b l a c i ó n p a r a q u e l e s i r v i e r a d e a p o y o logístico en sus a c c i o n e s g u e r r e r a s .

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M u c h a s s o n las evidencias d e l paso d e l C i d e n varios p u e b l o s d e tan a m plias c o m a r c a s , c u a l e s e l caso d e C a l a n d a , p o b l a c i ó n e n l a q u e , e n c i e r t a o c a s i ó n , tuvo q u e r e f u g i a r s e a t o d o g a l o p e d a d a l a p e r s e c u c i ó n d e q u e e r a objeto, s a l t a n d o c o n s u c a b a l l o e l a r r o y o q u e las lluvias t o r r e n c i a l e s h a b í a n c r e c i d o , c é l e b r e y r e c o r d a d o salto d e l q u e todavía q u e d a h o y u n a h u e l l a v i sible e n l a r o c a , l a l l a m a d a «Pota d e l C a b a l l o » . Las prisas d e l a a c c i ó n n o l e p e r m i t i e r o n e n t r a r n o r m a l m e n t e n i p o r e l « p u e n t e Cil» n i p o r e l «arco d e l C i d » , n o m b r e s q u e los c a l a n d i n o s les p u s i e r o n e n h o n o r d e tan f a m o s o personaje. [ A n ó n i m o , « P u e n t e y P o r t a l d e l C i d » , en Variedades, til IGRA, I-tl ( 1 9 0 8 ) , 35.]

4 1 . S A N T I A G O A Y U D A A L CID E N T O R R E N U B L O S (SIGLO XI. LA IGLESUELA DEL CID)

D u r a n t e u n a d e las varias e x p e d i c i o n e s q u e realizó R o d r i g o Díaz d e V i v a r p o r las altas y h e r m o s a s tierras d e l M a e s t r a z g o , c a m i n o d e sus d o m i n i o s l e v a n t i n o s , i n t e n t a n d o d e b i l i t a r las f u e r z a s m u s u l m a n a s d e s u retaguardia, se vio en la necesidad de entablar batalla con un potente contingente a r m a d o musulmán, e n c u e n t r o que tuvo c o m o escenario concreto la llanada que da entrada a la actual e r m i t a del C i d , d o n d e se d i ce que había f u n d a d o el p o b l a d o de T o r r e n u b l o s , cerca de La Iglesuela del Cid. L a s huestes cristianas d e d o n R o d r i g o , h a b i t u a d a s a v e n c e r e n m i l escar a m u z a s y batallas, se v i e r o n en esta ocasión a c o r r a l a d a s p o r un e j é r c i t o m u c h o m a y o r e n n ú m e r o y más descansado. L a d e r r o t a estaba a p u n t o d e c o n sumarse sin r e m e d i o , l o c u a l p o d í a h a b e r t e n i d o c o n s e c u e n c i a s negativas i m p o r t a n t e s e n las tierras d e L e v a n t e . Sin embargo, al grito habitual de g u e r r a de «¡Santiago y cierra España!» d e los d e s e s p e r a d o s s o l d a d o s d e l C i d , a p a r e c i ó m i l a g r o s a e i n m e d i a tamente e l A p ó s t o l , c a b a l g a n d o sobre u n h e r m o s o c a b a l l o , m o s t r a n d o l a c r u z d e san Jorge sobre s u estandarte b l a n c o . S u silueta s e r e c o r t ó e n h i e s t a e n e l c i e l o , sobre l a P e ñ a d e l M o r r ó n . E l j i n e t e , e s p o l e a n d o a l a bestia, logró d e ésta u n fantástico salto, d e m o d o q u e s e p r e s e n t ó e n l a e x p l a n a d a e n l a q u e t e n í a l u g a r l a d e s i g u a l p e l e a . D e b i d o a l peso d e l c a b a l l o y d e l j i n e t e , c a í d o s d e s d e tan l a r g a d i s t a n c i a , l a p a t a i z q u i e r d a d e l c o r c e l q u e d ó m a r c a d a en la r o c a d u r a , señal q u e todavía p u e d e verse hoy, a pesar d e l tiempo transcurrido. N i q u e d e c i r tiene q u e esta a y u d a i n e s p e r a d a d i o bríos n u e v o s a los guer r e r o s cristianos, a la vez q u e los c o m b a t i e n t e s m o r o s q u e d a r o n atónitos y asustados, a c a b a n d o p o r p e r d e r u n a b a t a l l a q u e sólo u n o s m i n u t o s antes creían t e n e r g a n a d a .

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C u a n d o t o d o a c a b ó , u n a vez a t e n d i d o s los h e r i d o s y e n t e r r a d o s los m u e r t o s , tras p o n e r a b u e n r e c a u d o los cautivos m o r o s y h a b i e n d o s i d o rep a r t i d o e l b o t í n , e l C i d d i o descanso a los suyos. M i e n t r a s , j u n t o a l a h u e l l a q u e d e j a r a l a p a t a d e l c a b a l l o , s e levantó u n h e r m o s o p e i r ó n , a l a m a n e r a de estas tierras turolenses, d e d i c a d o al Apóstol, al q u e p o r a q u í se le l l a m a b a n o S a n t i a g o s i n o san J a i m e . Q u i s o e l C i d r e c o r d a r así l a v i c t o r i a q u e c o n s i g u i e r a m e r c e d a su i n t e r v e n c i ó n m i l a g r o s a . [Faci, Roque A . , Aragón..., II, págs. 44-45. Alejos Puig-Izquierdo, Fidel, La. Iglesuela del Cid..., pág. 62.|

42. I A H U I D A D E U N A R E I N A T A I F A L (SIGLO XI. G A L L U R )

C o n l a l l e g a d a d e los m u s u l m a n e s a l valle d e l E b r o , l a c a í d a d e Z a r a g o z a — S a r a k u s t a desde e n t o n c e s — p r o v o c ó l a t o m a rápida d e todas las p o b l a c i o n e s d e s u e n t o r n o , entre ellas G a l l u r . E l c a m b i o d e a d m i n i s t r a c i ó n sup u s o l a islamización d e l a m a y o r parte d e sus habitantes, a u n q u e a l g u n o s c o n t i n u a r o n fieles a su religión c r i s t i a n a : e r a n los m o z á r a b e s . ( a t a n d o e n e l siglo X I e l C a l i f a t o c o r d o b é s s e f r a c c i o n ó e n m u l t i t u d d e r e i n o s taifales — p e q u e ñ o s f e u d o s r e g i d o s p o r reyes p r o p i o s , entre los q u e d e s t a c a r o n los d e Sevilla, B a d a j o z , T o l e d o o Z a r a g o z a — , G a l l u r f o r m ó parte de esta c o n s t e l a c i ó n y, desde su atalaya, d o m i n ó un p e q u e ñ o t e r r i t o r i o i n t e g r a d o p o r siete p o b l a c i o n e s . E r a d e los p o c o s , quizás e l ú n i c o , d e los r e i nos d e taifa g o b e r n a d o p o r u n a m u j e r . L a v i d a d e l a m a y o r parte d e estos p e q u e ñ o s f e u d o s m u s u l m a n e s fue efím e r a , b i e n p o r ser a b s o r b i d o s por otros más p o d e r o s o s , c o m o e l d e Sarakusta, b i e n p o r s u c u m b i r a m a n o s de los ejércitos cristianos. L o c i e r t o e s q u e e l r e i n o d e G a l l u r s e d e r r u m b ó e n l a p r á c t i c a sin o p o sición. B a s t ó tan sólo p a r a e l l o q u e los asaltantes c r i s t i a n o s s u p e r a r a n las b a r r e r a s artificiales q u e d e f e n d í a n a la p o b l a c i ó n p o r el sur y el este. P o r el n o r t e , e l asalto era casi i m p o s i b l e , p u e s t o q u e existía l a d o b l e defensa natural del río E b r o y de la cantera. A n t e a q u e l ataque, l a r e i n a , qire i b a a c o m p a ñ a d a p o r varios d e sus subd i t o s — c a r g a d o s c o n a r m a s , enseres y t e s o r o s — se dirigió a la e n t r a d a de u n e n o r m e p a s a d i z o , d e más d e seiscientos m e t r o s d e l o n g i t u d , q u e i b a a p a r a r a la c a n t e r a y al r í o , en la parte n o r t e , desde d o n d e se p o d í a h u i r . E r a l o q u e s e c o n o c e c o m o « c a ñ o d e los m o r o s » . P e r o l o c i e r t o e s n u n c a llegar o n a la s a l i d a , pues un a c c i d e n t e les d e b i ó dejar a t r a p a d o s en las e n t r a ñ a s d e l a t i e r r a j u n t o c o n tan e x t r a o r d i n a r i o b o t í n . 80

Leyendas pura una historia paralela del Aragón medieval D u r a n t e siglos, a l e c o d e esta n o t i c i a , h a n s i d o m u c h o s los q u e h a n trat a d o d e p r o f u n d i z a r e n e l « c a ñ o d e los m o r o s » , p e r o n a d i e h a p o d i d o d a r c o n el tesoro q u e la r e i n a p r e t e n d í a llevarse. [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r J. R a m ó n Belsué, J o s é A. N a v a r r o y Agustín Sierra, I n s t i t u t o de B a c h i l l e r a t o de B o r j a . |

43. L A T R A I C I Ó N D E L M O R O G I A F A R (SIGLO XI. R U E D A DE ¡ALÓN)

A m e d i a d o s d e l siglo XI, t o d o A l - A n d a l u s se h a b í a c u a r t e a d o en más de c i e n f e u d o s m u s u l m a n e s más o m e n o s g r a n d e s — l o s l l a m a d o s r e i n o s d e taifas—, d e s t a c a n d o e n t r e todos ellos la taifa sarakustí, q u e t e n í a su c o r t e en el b e l l o p a l a c i o de la Aljafería, todavía en p i e , y c u y a c o n s t r u c c i ó n tuvo l u gar a la vez q u e se l e v a n t a b a la c a t e d r a l jaquesa. No obstante, los i m p o r t a n t e s reyes taifales zaragozanos e d i f i c a r o n y m a n t u v i e r o n otras residencias, c u a l es el caso d e l entonces i n e x p u g n a b l e castillo de R u e d a , elevado a la vera d e l río J a l ó n , fortaleza q u e fue corte de G i n f a r A m a d , hijo de rey de Sarakusla A b d e T M e c h , hasta q u e tuvo q u e e n t r e g a r l o a A l f o n s o I el Batallador, en 1118, c o m o c o n s e c u e n c i a de la caída de Z a r a g o z a . P o c o s a ñ o s antes, e n 1084, e l m o r o G i a f a r — q u e y a tenía p r o b l e m a s d e s u p e r v i v e n c i a p a r a m a n t e n e r i n d e p e n d i e n t e s u f e u d o — f i n g i ó q u e estaba d i s p u e s t o a h a c e r e n t r e g a d e l castillo a los cristianos a c a m b i o d e l c u m p l i miento de determinadas condiciones, cuando, en realidad, lo que pretendía era g a n a r t i e m p o y a p o d e r a r s e d e l m i s m o m o n a r c a a r a g o n é s . A u n q u e n o logró s u propósito, puesto q u e fue d e s c u b i e r t o c o n suficiente antelación, h i z o q u e sus secuaces apresaran y asesinaran a los infantes p a m ploneses S a n c h o y R a m i r o Garcés, hijos d e l rey, así c o m o al c o n d e N u ñ o A l v a rez de L a r a y al c o n d e González Salvadórez, «Cuatro m a n o s » , entre otros caballeros. L a v e n g a n z a d e l a traición q u e d ó p e n d i e n t e p o r e l m o m e n t o . [Bemal, José,Tradiciones..., pág. 222.]

44.

LA RECONQUISTA DE

M O N Z Ó N

(SIGLO XI. M O N Z Ó N )

P a r a los m o n t i s o n e n s e s , e l día d e san J u a n d e l a ñ o 1089 a m a n e c i ó c o m o c u a l q u i e r o t r o d e l r e c i é n e s t r e n a d o v e r a n o , bajo e l p o d e r y l a a d m i n i s t r a ción d e los m u s u l m a n e s . E n r e a l i d a d , p o c o podía sospechar n a d i e d e n t r o

81

Agustín Utneío Arfóla

d e sus m u r o s q u e , e n tan señalada f e c h a p a r a los cristianos, p o d r í a c a m b i a r e l signo d e l a h i s t o r i a p a r a ellos. N o obstante, h a c í a y a u n o s días q u e l a p o b l a c i ó n s e resistía a l c e r c o d e l ejercito c r i s t i a n o , a c a m p a d o a las ó r d e n e s d e l rey a r a g o n é s S a n c h o R a m í r e z y de su h i j o , el i n f a n t e P e d r o . De p r o n t o , se oyó desde el i n t e r i o r de la c i u d a d u n r u m o r d e voces y g a l o p a r d e caballos q u e p o c o a p o c o fue transform á n d o s e e n estrépito i n s o p o r t a b l e y , casi s i n q u e h u b i e r a r e a c c i ó n p o r parte de los defensores, s o r p r e n d i d o s ante tan i m p o r t a n t e ataque, el ejercito a r a g o n é s t o m ó e l castillo y recuperé) l a c i u d a d p a r a l a c r i s t i a n d a d , d e s p u é s d e más d e trescientos setenta a ñ o s d e d o m i n i o m o r o . Aún no se sabe c o n c e r t e z a si la f a c i l i d a d c o n q u e las tropas aragonesas t o m a r o n e l m a g n í f i c o c a s t i l l o f u e f r u t o d e l a traición d e a l g u n o s m u s u l m a n e s m o n t i s o n e n s e s o si la s o r p r e s a facilitó la v i c t o r i a . Lo q u e sí se rec u e r d a c o n c l a r i d a d e s c ó m o , e n e l m o m e n t o d e l asalto, s e oyó s o n a r e n e l c a m p a m e n t o c r i s t i a n o u n a c a m p a n a a m o d o d e c o n t r a s e ñ a . T a n t o e s así q u e , e n r e c u e r d o d e esa c a m p a n a , l a c i u d a d r e c i b i ó a p a r t i r d e ese m o m e n t o el n o m b r e de Mon-só, que en lenguaje lemosín significa «monte» y «sonido». E n l a m e m o r i a c o l e c t i v a d e los m o n t i s o n e n s e s a n i d ó l a c o n v i c c i ó n d e q u e l a traición d e a l g u n o s m u s u l m a n e s , cansados d e l l a r g o asedio q u e p a d e c í a n y sin visos de q u e les l l e g a r a r e f u e r z o e x t e r i o r a l g u n o , f u e la causa d e s e n c a d e n a n t e d e l a e n t r a d a s o r p r e n d e n t e d e las tropas cristianas. S i n d u d a a l g u n a , l a a ñ e j a calle d e l a «Traición» e s t e s t i m o n i o d e l o s u c e d i d o . E l rey a r a g o n é s , n a d a más t o m a r posesión d e l a p l a z a , c o n objeto d e rec o n o c e r l a e n e l f u t u r o , d e s i g n ó c o m o e s c u d o d e armas d e Mon-só — M o n z ó n — , u n a c a m p a n a y u n castillo, e n m e m o r i a d e tan f a b u l o s a hazaña. [Castillón Cortada, Francisco, El castillo de. Monzón, pág. 16.]

45. L A A Y U D A D E P E D R O R U I Z D E A Z A G R A A L CID (SIGLO XI. ALBARRACÍN)

La conquista de Valencia, c i u d a d situada dentro del territorio m u s u l m á n y c o n u n a p o b l a c i ó n e n s u mayoría i n f i e l , constituía u n a u t é n t i c o r e t o para toda la Cristiandad. Era, en realidad, un sueño inalcanzable p o r el mom e n t o y n i s i q u i e r a e l rey d e C a s t i l l a , u n o d e los más p o d e r o s o s d e s u m o m e n t o , h u b i e r a p o d i d o llevar a c a b o semejante e m p r e s a , a u n r e u n i e n d o a todas sus fuerzas, p u e s V a l e n c i a estaba d e n s a m e n t e p o b l a d a y d e m a s i a d o a l e j a d a d e l t e r r i t o r i o c r i s t i a n o c o m o p a r a aventurarse e n s u r e c o n q u i s t a . S i n e m b a r g o , e l m u n d o c r i s t i a n o c o n t a b a e n esos m o m e n t o s c o n u n val e r o s o c a b a l l e r o , e l C i d C a m p e a d o r , a q u i e n r e c u r r í a n u n o s y otros p a r a e n -

82


c o m c n d a r l e las más arduas e m p r e s a s de a r m a s y batallas. T a m b i é n en esta ocasión f u e n e c e s a r i a l a i n t e r v e n c i ó n d e R o d r i g o Díaz d e V i v a r , e l v e r d a d e r o n o m b r e d e l C i d , q u i e n , c o n s u á n i m o y valentía, a d e m á s d e u n g r a n esf u e r z o , m a n t u v o c e r c a d a a la c i u d a d de V a l e n c i a d u r a n t e n u e v e meses seg u i d o s , hasta q u e , finalmente, l o g r ó c a p t u r a r l a y t o m a r posesión de e l l a . L o s m o r o s v a l e n c i a n o s c o n t a r o n c o n l a i m p o r t a n t e c o l a b o r a c i ó n d e l rey B ú c a r y d e los almorávides, p o r eso era más i n c o n c e b i b l e l a v i c t o r i a d e l C i d Campeador. Tan increíble parecía la empresa cidiana que algunos se emp e ñ a r o n e n d e c i r q u e d o n R o d r i g o conté) c o n l a a y u d a i n e s t i m a b l e d e d o n P e d r o R u i z d e A z a g r a , s e ñ o r d e A l b a r r a c í n , h e c h o q u e todavía c o n f i e r e a l a reconquista de V a l e n c i a un mayor c o n t e n i d o legendario, puesto que d o n P e d r o , e l s e ñ o r d e S a n t a M a r í a d e A l b a r r a c í n — s i n d u d a u n m a g n í f i c o estadista y un e s f o r z a d o y valeroso h o m b r e de a r m a s — , vivió m u c h o s a ñ o s después d e l a h a z a ñ a p r o t a g o n i z a d a p o r d o n R o d r i g o Díaz d e V i v a r . E n efecto, a d o n P e d r o s e l e r e c o n o c e s u estrecha r e l a c i ó n c o n V a l e n c i a , e n t i e m p o s d e l rey L o b o , d e q u i e n era a m i g o , p e r o e l p u e b l o e s l i m a q u e s u inclinación p o r l a c i u d a d l e v a n t i n a s e basaba e n h a b e r l a c o n o c i d o c u a n d o ayudó c o n sus tropas a l C i d . [Zurita, Jerónimo, Anales..., libro I, pág. 137.]

46. N U E S T R A S E Ñ O R A D E L A O L I V A , E N L A C O N Q U I S T A D E EJEA (SIGLO X I L EJEA DE LOS CABALLEROS)

P a r a atacar Z a r a g o z a c o n ciertas garantías de éxito y a s p i r a r a p o d e r rec o n q u i s t a r l a , el rey a r a g o n é s A l f o n s o I el B a t a l l a d o r d e b í a t o m a r y asegurar antes otras p o b l a c i o n e s m u s u l m a n a s situadas e n l a m a r g e n i z q u i e r d a d e l E b r o , p r o c u r a n d o evitar así c u a l q u i e r s o c o r r o a r e t a g u a r d i a . Este era el caso de E j e a y sus feraces tierras aledañas, i m p o r t a n t e enclave s a r r a c e n o al que e l B a t a l l a d o r p u s o sitio, c o n t a n d o c o n l a c o l a b o r a c i ó n d e i m p o r t a n t e s contingentes militares navarros y del otro lado del P i r i n e o . N o e r a , n i m u c h o m e n o s , tarea fácil l a r e c o n q u i s t a d e Ejea, p l a z a b i e n amurallada por todo su perímetro y m u y densamente poblada, por lo que el rey tuvo q u e i d e a r u n a táctica q u e le llevara a un asedio eficaz, sin posib i l i d a d e s d e q u e los m o r o s ejeanos p u d i e r a n r e c i b i r a y u d a e x t e r n a , d e m a n e r a q u e situó c o n t i n g e n t e s a r m a d o s a lo l a r g o de t o d o su l a r g o de la m u r a l l a y en todos los c a m i n o s q u e c o n d u c í a n a Ejea. Las tiendas de c a m p a ñ a f o r m a b a n d o s filas en t o r n o a los m u r o s , y m i e n t r a s los c o m p o n e n t e s de u n a g u a r d i a v i g i l a b a n los otros podían descansar. C u a l q u i e r c o l a b o r a c i ó n , p o r p e q u e ñ a q u e fuese, e r a b i e n r e c i b i d a pero i n s u f i c i e n t e en este t r a n c e . De e n t r e las varias ayudas y a p o r t a c i o n e s 83

Agustín Ubieto Arti'ta

r e c i b i d a s , l a q u e más satisfizo y a n i m ó a d o n A l f o n s o fue l a d e l a N u e s t r a S e ñ o r a d e l a O l i v a . E n e f e c t o , e n m e d i o d e las c a v i l a c i o n e s d e l m o n a r c a a r a g o n é s , c u a n d o y a casi d e s e s p e r a b a d e l é x i t o d e l a o p e r a c i ó n q u e l e tenía i n m o v i l i z a d o c o n u n a parle m u y i m p o r t a n t e de su ejército, se le apar e c i ó l a V i r g e n p a r a a n u n c i a r l e y g a r a n t i z a r l e e l é x i t o s i persistía e n e l empeño. El B a t a l l a d o r y sus h o m b r e s no salían de su a s o m b r o ante a q u e l p r o d i g i o , v el rey, a n i m a d o p o r tan i n e s p e r a d a e i n c r e í b l e revelación de la V i r g e n , e n d u r e c i ó todavía más t e n a z m e n t e si cabe en el c e r c o y a c a b ó t o m a n d o Ejea, c o n l o c u a l tuvo m u c h o más e x p e d i t o e l c a m i n o q u e c o n d u c í a a Sarakusta, l a v e r d a d e r a llave d e l E b r o . [Ferrer y Recax, Joseph F, Idea de Exea, págs. 138-141.]

47. N U E S T R A S E Ñ O R A D E L P O R T I L L O , DEFENSORA DE ZARAGOZA (SIGLO XII. Z A R A G O Z A )

R e c i é n l o m a d a Z a r a g o z a a los m u s u l m a n e s , e n d i c i e m b r e d e 1118, e l rey A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , su l i b e r t a d o r , o r g a n i z ó su d e f e n s a , t o m ó m e d i das p a r a g a r a n t i z a r la p e r m a n e n c i a v o l u n t a r i a y pacífica de los m u d e j a r e s \ judíos en b a r r i o s separados y d e c i d i ó ausentarse de la c i u d a d c o n su e j é r c i t o p a r a p r o s e g u i r la l u c h a q u e le llevaría a r e c o n q u i s t a r casi t o d o el valle del Ebro. A n t e l a a u s e n c i a d e l rey. a l g u n o s d e los m o r o s v e n c i d o s q u i s i e r o n a p r o v e c h a r la c i r c u n s t a n c i a e i n t e n t a r v o l v e r a t o m a r la c i u d a d p a t a sí. A m p a r a d o s e n l a o s c u r i d a d d e l a n o c h e , t r a b a j a n d o c o n g r a n s i g i l o , comenzaron a abrir una brecha en el m u r o exterior de tierra que la rodeab a . P o c o a p o c o i b a n l l e g a n d o a l l u g a r t o d o s los m o r o s v a r o n e s p e r t r e c h a d o s c o n las a r m a s q u e h a b í a n o c u l t a d o e l día d e l a r e n d i c i ó n . T o d o estaba p r e p a r a d o . C u a n d o ya se aprestaban a c o g e r p o r sorpresa a los cristianos, cuyos c e n tinelas se habían c o n f i a d o , en m e d i o de la o s c u r i d a d se p r o d u j o un e n o r me r e s p l a n d o r y el c i e l o se i l u m i n ó c o m p l e t a m e n t e . P u d o verse e n t o n c e s a l a V i r g e n María c o m o c a p i t a n a d e u n a u t é n t i c o ejército f o r m a d o p o r á n g e les y mártires y santos zaragozanos, q u e d e f e n d i e r o n la b r e c h a o p o r t i l l o q u e los m o r o s h a b í a n a b i e r t o e n e l m u r o d e f i e r r a . D e s p e r t a d o s los centinelas cristianos, c o r r i e r o n la voz al o t r o l a d o de la m u r a l l a i n t e r i o r , ésta c o n s t r u i d a d e p i e d r a , s a l i e n d o todos a d e f e n d e r l a c i u d a d , l o q u e fue i n n e c e s a r i o p u e s t o q u e e l ejército celestial, d i r i g i d o p o r l a V i r g e n , fue suficiente p a r a s o m e t e r a los asaltantes, q u e f u e r o n r e d u c i d o s de n u e v o a la m o r e r í a . 84


C u a n d o volvió l a c a l m a , a l i n s p e c c i o n a r e l lugar, e l a d a l i d c r i s t i a n o desc u b r i ó , e n u n h u e c o d e l p o r t i l l o a b i e r t o p o r los m u s u l m a n e s , u n a p e q u e ñ a i m a g e n d e l a V i r g e n María. E n acción d e gracias p o r e l favor r e c i b i d o , const r u y e r o n c o n c e l e r i d a d u n a e r m i t a d o n d e , desde e n t o n c e s , e s v e n e r a d a como Nuestra Señora del P o r t i l l o . [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I , 2 p a r t e , págs. l f i - 1 9 . Lamr/.a, Historia eclesiástica de Aragón, I, l i b . 2. B e l t r á n , A n t o n i o , De nuestras tierras..., I, p á g . 67.] a

48. S A N M I G U E L , EN IA RECONQUISTA DE ZARAGOZA (SIGLO X I L ZARAGOZA)

H a c í a más de c u a t r o c i e n t o s a ñ o s q u e la c i u d a d de Sarakusta se h a l l a b a bajo e l p o d e r d e los m u s u l m a n e s c u a n d o e l g r a n c o n q u i s t a d o r , e l rey arag o n é s A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , llegó ante sus puertas y d e c i d i ó su c e r c o c o n objeto de r e c u p e r a r l a p a r a los cristianos. E l rey, c o r n o estratega e x p e r i m e n t a d o q u e e r a , h i z o d i v i d i r y organizó) sus huestes en varios e s c u a d r o n e s , c o n sus respectivas estancias fortificadas c e r c a de c a d a u n a de las puertas de acceso a la c i u d a d p a r a q u e ni los sitiados p u d i e r a n salir n i t a m p o c o p u d i e r a n r e c i b i r a y u d a d e l exterior', d e m o do q u e e l l o , sin d u d a , provocaría y aceleraría su r e n d i c i ó n . C u m p l i e n d o las órdenes d e l rey es p o r lo q u e se u b i c ó frente a la p u e r t a d e V a l e n c i a e l e s c u a d r ó n c o m p u e s t o p o r los g u e r r e r o s n a v a r r o s q u i e n e s , a las ó r d e n e s d e d o n G u i l l e r m o , o b i s p o d e P a m p l o n a , h a b í a n a c u d i d o para ayudar' al rey a r a g o n é s . F u e el p r o p i o o b i s p o q u i e n , el día en q u e se i b a a d a r el asalto d e f i n i t i vo a la c i u d a d , v i o sobre su m u r a l l a al m i s i n o arcángel san M i g u e l , capitán de la m i l i c i a angélica. Su figura, envuelta en u n a cegadora luz, empuñaba u n a espada d e s n u d a q u e i n d i c a b a a los cristianos allí apostados q u e era vol u n t a d d e D i o s q u e d i e r a c o m i e n z o e l ataque p o r a q u e l l a p u e r t a . El o b i s p o , tras i n f o r m a r al rey de tan e x t r a o r d i n a r i o suceso, a r e n g ó \ animé) c o n sus p a l a b r a s a sus tropas, q u e e r a n m u y devotas d e l santo, instándoles a c o m e n z a r la b a t a l l a p o r el l u g a r i n d i c a d o . Así, c o n la m e d i a c i ó n y ayuda d e san M i g u e l , e l e s c u a d r ó n n a v a r r o l o g r ó a b r i r e l m u r o valiéndos e d e u n g r a n ariete y p u d o p e n e t r a r p o r f i n e n l a c i u d a d , r e s c a t á n d o l a d e los i n f i e l e s , d e s p u é s de h a b e r estado en sus m a n o s a l g o más de c u a t r o cientos a ñ o s . L o s cristianos, a g r a d e c i d o s al santo p o r la a y u d a prestada, e d i f i c a r o n un t e m p l o en el l u g a r d o n d e fue visto el arcángel y se dedicé) a San M i g u e l de 85


los N a v a r r o s , en h o n o r y r e c u e r d o d e l v a l i e n t e y p i a d o s o e j é r c i t o d e l obispo pamplonés G u i l l e r m o . [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., II, p á g s . 183-184. D o r m e r , D . J . , Disertaciones del martirio de Santo Dominguito, d e d i c a t o r i a 80.]

49. I A ( A P I T U L A C I Ó N D E L O S M O R O S Z A R A G O Z A N O S (SIGLO xii. ZARAGOZA)

A l f o n s o I el B a t a l l a d o r se h a b í a a d u e ñ a d o de Z a r a g o z a y se aprestó a org a n i z a r l a v i d a d e l a c i u d a d , e n l a q u e todavía p e r m a n e c í a l a m a y o r p a r t e d e los m u s u l m a n e s v e n c i d o s . D i o f a c i l i d a d e s p a r a q u e s e q u e d a r a n q u i e n e s q u i s i e r a n p a g a n d o los m i s m o s i m p u e s t o s q u e antes a b o n a b a n a las a u t o r i dades m o r a s . A d e m á s , c o n s e r v a r í a n sus p r o p i a s a u t o r i d a d e s , legislación y religión, a u n q u e r e g l a m e n t a b a el p r o c e d i m i e n t o a seguir en las causas e n tre a m b o s p u e b l o s . Estas y otras c o n d i c i o n e s de a m p a r o tan b e n e v o l e n t e s constituían u n a c l a r a política d e captación d e los v e n c i d o s p a r a q u e n o a b a n d o n a r a n sus casas, si b i e n les obligaría a c o n c e n t r a r s e en un b a r r i o aparte, e l d e l a m o r e r í a , p a r a evitar c u a l q u i e r t i p o d e p r o b l e m a . N o obstante, aún n o h a b í a n e n t r a d o los cristianos e n l a c i u d a d c u a n d o h a b í a c o m e n z a d o e l é x o d o . A l f o n s o I , p r e o c u p a d o p o r l a sangría h u m a n a q u e este h e c h o s u p o n í a , a d e m á s d e las m e d i d a s i n d i c a d a s , q u i s o t e n e r u n rasgo h u m a n o q u e p u d i e r a c o n v e n c e r l e s p a r a n o h u i r . N a d a más t o m a r la c i u d a d , salió de e l l a y o r d e n ó detenerse a la l a r g a com i t i v a de m o r o s , o b l i g a n d o a todos a q u e m o s t r a r a n los b i e n e s q u e c a d a u n o llevaba c o n s i g o . A p a r t e d e enseres útiles, a p a r e c i e r o n n u m e r o s o s tesoros d e t o d o t i p o , p e r o e l rey n o c o g i ó n i u n s o l o a n i l l o o c o p a d e o r o , siend o c o n s c i e n t e d e q u e a q u e l l a r i q u e z a d e s a p a r e c e r í a c o n sus d u e ñ o s . N o sólo n o utilizó l a f u e r z a q u e l e p r o p o r c i o n a b a s u v i c t o r i a i n a p e l a b l e , s i n o q u e les d i j o : «Si n o h u b i e r a p e d i d o q u e m e enseñaseis las r i q u e z a s q u e c a d a c u a l lleva c o n s i g o , h u b i e r a i s p o d i d o d e c i r : «El rey n o sabía l o q u e ten í a m o s ; e n o t r o caso, n o n o s h u b i e r a d e j a d o i r tan f á c i l m e n t e » . A h o r a p o déis ir a d o n d e os p l a z c a , en c o m p l e t a seguridad». Y les p u s o u n a escolta esp e c i a l p a r a g a r a n t i z a r s u i n t e g r i d a d hasta los c o n f i n e s d e sus d o m i n i o s , c o b r á n d o l e s sólo el «miqal» q u e c a d a p e r s o n a estaba o b l i g a d a a p a g a r antes de salir. E l c r o n i s t a m o r o q u e n a r r a estos h e c h o s , e n los q u e r e c o n o c e g e n e r o s i d a d y c a b a l l e r o s i d a d p o r parte d e A l f o n s o I , a d m i t e q u e m u c h o s d e los q u e p r e t e n d í a n a b a n d o n a r Z a r a g o z a , ante a q u e l gesto d e l rey c r i s t i a n o , d e c i d i e r o n q u e d a r s e en las casas q u e sus f a m i l i a s h a b í a n p o b l a d o d u r a n t e siglos, a c o g i é n d o s e al estatuto de m u d e j a r e s . [ L a c a r r a , J o s é M a r í a , Vida de Alfonso el Batallador, p á g . 67.]

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Leyendas para una historia paralela del Aragón mediei'al

50. LA R E C O N Q U I S T A DE A L A G Ó N (SIGLO XII. A I A G Ó N )

La c i u d a d de Zaragoza había caído en manos de A l f o n s o I el Batallador, p e r o d e n a d a h u b i e r a s e r v i d o l a gesta s i n o aseguraba, a s i m i s m o , las p o b l a c i o n e s aledañas, todavía e n m a n o s d e los m u s u l m a n e s , c u a l e r a e l caso d e A l a g ó n , u b i c a d a entre los ríos E b r o y J a l ó n . Si el e j é r c i t o c r i s t i a n o h a b í a s i d o capaz de acabar c o n la resistencia tenaz d e Z a r a g o z a , p a r e c í a p o c o p r o b a b l e q u e e l castillo d e Alagón p u d i e r a c o n s t i t u i r un o b s t á c u l o insalvable y h a c i a allí se dirigió el B a t a l l a d o r c o n sus huestes. R o d e ó l a f o r t a l e z a p a r a q u e n o p u d i e r a r e c i b i r a y u d a e x t e r n a e h i z o i n t e n t o s d e f o r z a r l a , p e r o f r a c a s a r o n . S e v i s l u m b r a b a , quizás, u n asedio más l a r g o d e l o p r e v i s t o , l o c u a l c h o c a b a c o n los intereses d e l rey a r a g o n é s , q u e q u e r í a y necesitaba asegurar l a c a p i t a l e n e l m e n o r t i e m p o p o s i b l e . N o obstante, u n h e c h o s i n g u l a r p r e c i p i t ó los a c o n t e c i m i e n t o s c u a n d o cayó a q u e l l a n o c h e . Linas luces misteriosas, sólo visibles desde el c a m p o a r a g o n é s , g u i a r o n a los c o n q u i s t a d o r e s hasta l a p u e r t a d e l castillo. A u n q u e la a p r o x i m a c i ó n se h i z o c o n s i g i l o , c a b í a esperar q u e los c e n t i n e l a s estuvier a n alerta, p e r o n a d i e p a r e c i ó darse c u e n t a : estaban d o r m i d o s . S i n o p o s i c i ó n a l g u n a , atravesaron el foso c i r c u n d a n t e , se escalé) el m u r o , f u e r o n abiertas las p u e r t a s y se t o m ó la f o r t a l e z a t o d o e l l o en un a b r i r y c e r r a r d e ojos, d e g o l l a n d o a los p o c o s m o r o s q u e p o r f i n o f r e c i e r o n resist e n c i a . L a t o r r e d e l h o m e n a j e n o tardó e n s u c u m b i r t a m b i é n . E n u n o s instantes, s e h i z o e l s i l e n c i o . L o s s o l d a d o s cristianos, j a d e a n t e s todavía, n o d a b a n c r é d i t o a sus ojos, pues e n u n a adaraja d e l l i e n z o p r i n c i p a l d e l castillo se destacaba majestuosa y e n v u e l t a en luces intensas u n a talla de m a d e r a de la V i r g e n , la que había i l u m i n a d o su marcha en la noche o s c u r a . N o d u d a r o n e n l l a m a r l a desde ese instante N u e s t r a S e ñ o r a d e l Cast i l l o , tal c o m o la h a n c o n o c i d o y v e n e r a d o los siglos posteriores. El rey A l f o n s o , tras d a r gracias a D i o s p o r la a y u d a r e c i b i d a y d e j a n d o al m a n d o d e l a f o r t a l e z a r e c i é n t o m a d a a u n tenente d e s u c o n f i a n z a , p r o s i guió l a l u c h a c o n t r a los i n f i e l e s . [Faci, Roque A . , Aragón..., I, pág. 35.]

51. LA R E C O N Q U I S T A DE BORJA (SIGLO XII. BORJA)

E l j e f e m u s u l m á n d e B o r j a , a m p a r a d o e n l o i n e x p u g n a b l e d e s u castillo, realizaba constantes razzias e n los t e r r i t o r i o s cristianos d e l n o r t e , l o q u e l e p r o p o r c i o n a b a pingües beneficios. 87


En c i e r t a ocasión, se a d e n t r ó c o n sus huestes en N a v a r r a y, j u n t o c o n la captura de un gran botín, raptó a la hija de un noble cristiano c o n ánimo de c o n v e r t i r l a en su esposa, c o m o así h i z o . Llevó a la j o v e n a B o r j a , se casó c o n e l l a y la c o n f i n ó entre las paredes d e l castillo, p r o h i b i é n d o l e r e a l i z a r prácticas de su religión c r i s t i a n a y m u c h o m e n o s q u e se las e n s e ñ a r a al h i jo que esperaban. En realidad, nació u n a niña, mientras la desdichada madre moría en el parto. La niña fue c o n f i a d a a u n a n o d r i z a . Las cosas se c o m p l i c a r o n p a r a el jeque b o r j a r i o , pues sus e n e m i g o s cristianos l e a t a c a r o n e n varias ocasiones c o n e v i d e n t e p e l i g r o . R e d o b l ó l a v i g i l a n c i a y m e j o r ó las defensas, p e r o t o d o e r a p o c o , así es q u e , t o t a l m e n t e e n secreto, p a c t ó c o n e l d i a b l o . A la vez q u e el j e f e m o r o b u s c a b a apoyos tan e x t r a o r d i n a r i o s , el a m a n o driza — n o sabiendo nada del hechizo y temiendo por el futuro de la n i ñ a — l a bautizó, m i e n t r a s los asaltantes cristianos a r r e c i a b a n e n l a p e l e a . F u e e n tonces c u a n d o tuvo l u g a r e l c a t a c l i s m o , pues l a n i ñ a q u e d ó c o n v e r t i d a e n u n a estatua d e p i e d r a . E l d i a b l o , c u a n d o v i o r o t o e l pacto s e l l a d o y e l p o c o p r o v e c h o q u e p o día sacar de la situación, pues no se p o d í a llevar el a l m a de u n a i n o c e n t e , d e s h i z o e l s o r t i l e g i o y los cristianos e n t r a r o n e n l a f o r t a l e z a . E l j e q u e m u r i ó y el d i a b l o , h u y e n d o a la vez q u e l a n z a b a e n o r m e s a l a r i d o s , se e s c o n d i ó p o r A m b e l , d o n d e p u e d e oírsele e n d e t e r m i n a d a s ocasiones. E l a m a n o d r i z a , e n l o q u e c i d a p o r l a p e n a , e s c o n d i ó l a estatuilla d e l a n i ña (que todavía no ha s i d o hallada) y se m a r c h ó a T r a s m o z , d o n d e se u n i ó a las brujas de su castillo, d e j a n d o o í r de c u a n d o en c u a n d o sus b u f i d o s y l a m e n t o s sin límite. [ B o r d e j é , F e d e r i c o , «La m o r a encantada», en Aragón, (¡9 ( 1 9 3 1 ) , p á g s . 120-122.]

52. BORJA, E N M A N O S D E L B A T A L L A D O R (SIGLO XII. BORJA)

A f i n a l e s d e l siglo x i , d e p e n d i e n t e d e l a taifa sarakustí, s e h i z o f a m o s o el alcaide de Borja, A b e n A m e d Mutamín, tanto p o r su férrea oposición a los c r i s t i a n o s , c o m o p o r su g r a n afición a la astrología y a la n i g r o m a n c i a . T a n t a e r a s u pasión p o r las c i e n c i a s o c u l t a s q u e e m p e z ó a c i r c u l a r e l r u m o r de que Mutamín tenía relaciones con el diablo, pues de otra m a n e r a no se podía e x p l i c a r c ó m o consiguió levantar el castillo de T r a s m o z en un solo día. El p u e b l o no se equivocaba, a u n q u e sí ignoraba el c o n t e n i d o del pacto. L a r e a l i d a d era q u e e l g o b e r n a d o r , h a b i e n d o i n v o c a d o a l m a l i g n o , llegó a u n a c u e r d o c o n é l d e m o d o q u e e l d i a b l o c o n s t r u i r í a e l castillo e n u n s o l o 88

Leyendas para una historia pándela del Aragón medieval

día s i M u t a m í n a c e p t a b a q u e e l p r i m e r m i e m b r o d e s u f a m i l i a q u e v i e r a o n d e a r l a c r u z d e los cristianos e n B o r j a d e s c e n d i e r a a l a v e r n o c o n él. E l gob e r n a d o r , s e d i e n t o d e p o d e r , a c e p t ó sin d u d a r l o . P a s a r o n los a ñ o s y u n d í a llegó a l a c i u d a d u n e s c u a d r ó n q u e traía c o m o p r i s i o n e r a a u n a h e r m o s a d o n c e l l a c r i s t i a n a , Isabel, d e q u i e n M u t a m í n q u e dó p r e n d a d o y, pese a la o p o s i c i ó n de la j o v e n y d e l c o n s e j o de a n c i a n o s , se casó c o n e l l a . Isabel t o m ó e l n o m b r e m u s u l m á n d e Z a i d a , p e r o s u corazém permaneció cristiano. Zaida d i o a luz u n a hermosa niña, a q u i e n llamaron Z u l e y a , q u e s i g n i f i c a b a « h o r a triste», b i e n p o r q u e l a n i ñ a n a c i ó e l día d e l a d e r r o t a m o r a e n A l c o r a z , b i e n p o r q u e s u m a d r e perdiéj l a v i d a e n e l p a r t o . L a n i ñ a c r e c i ó a l c u i d a d o d e u n a esclava c r i s t i a n a d e B e n a s q u e , q u i e n l e i n c u l c ó s e n t i m i e n t o s cristianos. L a n i ñ e r a , q u e c o n o c í a e l p a c t o d e l p a d r e , c r e í a q u e así l a p r o t e g í a d e l m a l . E l g o b e r n a d o r , c o n e l paso d e l t i e m p o , tenía tanto a m o r p o r su h i j i t a q u e se alejé) d e l o s c u r a n t i s m o hasta tal p u n t o q u e se olvidó de su p r o m e s a al d i a b l o . E l t i e m p o pasó y e l avance d e A l f o n s o I h a c i a Z a r a g o z a e r a i m p a r a b l e , l l e g a n d o p r o n t o a B o r j a , a la q u e cercé) en s e p t i e m b r e de 1118, y, e n t r a n d o e n l a c i u d a d , planté) s u e n s e ñ a c o n l a c r u z d e S a n J o r g e e n l o alto d e l castil l o . P e r o c u a l n o sería s u s o r p r e s a a l e n c o n t r a r l a p l a z a desierta. Y e s q u e fue Z u l e y a la p r i m e r a en ver la c r u z y el d i a b l o , q u e no o l v i d a , se la r e c l a m ó a Mutamín. Pero el gobernador, dándose cuenta del peligro que corría su hij a , prefirió h a c e r u s o p o r ú l t i m a vez d e s u m a g i a , c o n v i r t i e n d o e n p i e d r a a su b i j a y a t o d o s sus s e r v i d o r e s . Y p a r a satisfacer su p r o m e s a , él m i s m o se e n tregó a l d i a b l o . [Domínguez, Juan, «La Zuleya de Borja», Aragón legendario, II, págs. 95-97.]

53. I A V I R G E N D E L C A S T I L L O , DEFENSORA DE BIJUESCA (SlGI.O XII. B I J U E S C A )

E l rey a r a g o n é s A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r , q u e p o c o antes acababa d e t o m a r p o r l a f u e r z a d e las armas l a i m p o r t a n t e c i u d a d d e Z a r a g o z a — t r a s r e c o r r e r v i c t o r i o s o c o n s u hueste t o d a l a c o m a r c a , j u n t o c o n otras p o b l a c i o n e s c o m o las de T o r r i j o , B e r d e j o , T o r r e l a p a j a , M a l a n q u i l l a o C a r a b a n t e s — , se p r o p u so c o n q u i s t a r y así lo h i z o la p l a z a fuerte de Bijuesca, d e f e n d i d a p o r un cas i i n e x p u g n a b l e castillo m o r o . A p e n a s tuvo t i e m p o d e saborear e l é x i t o a l c a n z a d o , p u e s e l Batallador, c o n o c e d o r d e l a d e b i l i d a d m u s u l m a n a d e l m o m e n t o , trató d e e x p l o t a r l a d e m o d o q u e a b a n d o n ó l a z o n a n o sin antes e n c o m e n d a r l a d e f e n s a d e las tierras recién r e c o n q u i s t a d a s a r e d u c i d a s g u a r n i c i o n e s q u e se h i c i e r o n fuertes en los alcázares y castillos q u e acababa de t o m a r al e n e m i g o . 89

Agustín Ubietn Arte.ta

S i n e m b a r g o , e n e l caso c o n c r e t o d e Bijuesca, v i e n d o e l escaso c o n t i n gente d e l r e t é n , los m u s u l m a n e s s o m e t i d o s i n t e n t a r o n volver a t o m a r l a p l a za q u e a p u n t o estuvo de p e r d e r s e . F u e tal el e m p u j e de los m o r o s sublevad o s q u e l a desmoralización y e l d e s á n i m o c u n d i e r o n p r o n t o e n t r e los defensores cristianos, q u e a p u n t o e s t u v i e r o n de verse o b l i g a d o s a e n t r e g a r la fortaleza. C u a n d o l a suerte p a r e c í a estar e c h a d a sin r e m e d i o , u n o d e los centinelas q u e estaban d e vela descubrió — e r g u i d a sobre l a m u r a l l a e x t e r i o r d e l castillo y envuelta en un intenso halo de l u z — u n a imagen de la V i r g e n . A q u e l l a p o r t e n t o s a aparición infundió a los soldados sitiados los á n i m o s suficientes c o m o para rechazar de manera contundente al enemigo, que no alcanzaba a e n t e n d e r la causa de a q u e l l a r e a c c i ó n tan i n e s p e r a d a y a g u e r r i d a . L o s m o r o s , q u e c a d a vez estaban más aislados m e r c e d a las victorias de A l f o n s o I p o r toda la e x t r e m a d u r a soriana, no comprendían c ó m o u n a pret e n d i d a aparición — p l a s m a d a e n u n a s i m p l e y p e q u e ñ a talla d e m a d e r a q u e los defensores d e n o m i n a r o n «virgen d e l c a s t i l l o » — h a b í a l o g r a d o i n f u n d i r l e s tanta f u e r z a y a r r o j o . P e r o lo c i e r t o es q u e B i j u e s c a pasó de m a n e r a d e f i n i t i v a a ser a r a g o n e s a hasta h o y p u e s los habitantes m o r o s f u e r o n definitivamente sometidos. [ P r o p o r c i o n a d a p o r Concepción García. Fací, R o q u e A.., Aragón..., II, p á g . 457.]

54. L A CAÑADA D E L A C E L A D A (SIGLO XII C U T A N D A )

Tras más de c u a t r o siglos de espera, el rey a r a g o n é s A l f o n s o I el B a t a l l a d o r a c a b a b a d e r e c o n q u i s t a r p a r a los cristianos l a c i u d a d d e Z a r a g o z a , q u e e r a l a llave d e t o d o e l valle d e l E b r o . N o obstante, s u posesión todavía n o estaba a s e g u r a d a , p u e s c a b í a p e n s a r u n a lógica r e a c c i ó n d e los almorávides q u e , e n efecto, n o s e dilató m u c h o , tras r e u n i r u n i m p o r t a n t e c o n t i n g e n t e de h o m b r e s y a n i m a l e s en a l - A n d a l u s . A l e r t a d o d e l i m p o n e n t e e j é r c i t o almorávide q u e s e a v e c i n a b a d e s d e L e vante, e l rey A l f o n s o I p r e p a r ó d e m a n e r a c o n c i e n z u d a l a b a t a l l a q u e s e p r e s u m í a d e f i n i t i v a , de m o d o q u e o r d e n ó a sus vigías y o j e a d o r e s q u e l o c a l i z a r a n posibles escenarios favorables. L u e g o , e n s u t i e n d a d e c a m p a ñ a , r o d e a d o p o r todos sus capitanes, el rey eligió de entre los lugares seleccion a d o s u n a c a ñ a d a — u n valle estrecho p e r o p o c o e m p i n a d o — q u e estaba c e r c a d e l a p o b l a c i ó n d e C u t a n d a , z o n a m u y a p r o p i a d a p a r a p o n e r tropas en c e l a d a , es d e c i r , o c u l t a s y a m p a r a d a s p o r el t e r r e n o . U n a vez q u e s e aseguró d e q u e n o h a b í a espías e n e m i g o s q u e p u d i e r a n d e s c u b r i r su táctica, dirigió y c o n c e n t r ó en la c a ñ a d a e l e g i d a a sus huestes, 90


o r d e n a n d o destacar en d i r e c c i ó n a la m a r c h a de los almorávides a l g u n a s p a r t i d a s p o c o n u m e r o s a s d e h o m b r e s a r m a d o s . C u a n d o estos g r u p o s fuer o n avistados p o r los m o r o s , s i m u l a r o n q u e r e h u í a n l a l u c h a p o r m i e d o , y f u e r o n retrocediendo hacia la «cañada de la celada». Al-Tamín, el j e f e almorávide, se c e b ó en a q u e l l a s p a r t i d a s a las q u e trató de p e r s e g u i r y, sin darse c u e n t a de la estratagema d e l B a t a l l a d o r , se e n c o n t r ó c o n l a s o r p r e s a q u e n i e s p e r a b a n i deseaba. L a c e l a d a u r d i d a e n l a c a ñ a d a h a b í a d a d o su f r u t o y el l u g a r q u e d ó s e m b r a d o de cadáveres, restos de los cuales se p u e d e n d e s c u b r i r todavía hoy. A p a r t e d e l s i g n i f i c a d o m o r a l y d e las c o n s e c u e n c i a s q u e l a v i c t o r i a tuvo p a r a l a s e g u r i d a d d e las tierras q u e A l f o n s o I h a b í a r e c o n q u i s t a d o , i n c l u i d a Z a r a g o z a , e l b o t í n t o m a d o a l e n e m i g o fue i m p r e s i o n a n t e , d e s t a c a n d o más de dos m i l camellos. [Esteban, Rafael, Estudio histórico-polilico..., págs. 43-44.]

55. I A PÉRDIDA M U S U L M A N A D E L A N A J A ( S I G L O XII L A N A J A )

Tras l a d e r r o t a d e F r a g a s u f r i d a p o r A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r , a l g u n a s d e las tierras t a n trabajosamente ganadas a los m u s u l m a n e s en los valles d e l C i n c a y d e l A l c a n a d r e v o l v i e r o n a p e r d e r s e , l o q u e significó u n m o m e n t á n e o retroceso y h u b o q u e v o l v e r a e m p e z a r . P o r eso, u n o s a ñ o s después, en 1142, u n a vez repuestos de la d e r r o t a , los cristianos se disponían a r e c o n quistar varias de estas plazas, entre ellas L a n a j a , en p l e n o s M o n e g r o s . En estos m o m e n t o s , las escaramuzas a r m a d a s entre cristianos y m o r o s e r a n constantes, p e r o t a m b i é n se d a b a n ciertas r e l a c i o n e s amistosas p r o d u cidas p o r e l trato casi c o n t i n u o q u e m a n t e n í a n e n los últimos años. P o r l o tanto, n o e s d e e x t r a ñ a r e n a b s o l u t o q u e u n o d e los c a b a l l e r o s cristianos aragoneses s e e n a m o r a r a p e r d i d a m e n t e d e l a h i j a d e l a l c a i d e m u s u l m á n d e L a n a j a , a u n q u e ésta n o c o m p a r t i e r a c o n é l e l m i s m o s e n t i m i e n t o . U n a vez d e c i d i d a l a r e c o n q u i s t a d e L a n a j a , las tropas cristianas e n t r a r o n en la poblaciórr, q u e apenas se p u d o d e f e n d e r , y n u e s t r o c a b a l l e r o se lanzó a l a b t i s q u e d a d e l a joven a g a r e n a . L a e n c o n t r ó d o n d e sospechaba, o r a n d o e n l a m e z q u i t a , p e r o e l l a n o sólo volvió a r e c h a z a r l e u n a vez más, s i n o q u e huyó p r e c i p i t a d a m e n t e a través de los pasadizos s u b t e r r á n e o s q u e l l e v a b a n desde l a m e z q u i t a a l p a l a c i o . E l j o v e n l a persiguió. C u a n d o e l g u e r r e r o c r i s t i a n o estaba a p u n t o d e alcanzar a l a b e l l a m o ra, sucedió a l g o i n c r e í b l e : ésta s e convirtió r e p e n t i n a m e n t e e n u n t o r o amenazante y f e r o z , q u e pasó a p e r s e g u i r l e de m a n e r a e n c o n a d a hasta q u e , a duras penas, se p u d o p o n e r a salvo. 91

Agustín [Uñeta Artt'ta

M i e n t r a s l a situación e n l a calle e r a y a d e s e s p e r a d a p a r a los m o r o s , s u a l c a i d e , e n r o c a d o en su p a l a c i o , b u s c a b a a su h i j a d e s e s p e r a d a m e n t e sin hal l a r l a . D e p r o n t o , oyó u n o s m u g i d o s q u e l e c o n d u j e r o n hasta e l l o r o , c o m p r e n d i e n d o e l e n c a n t a m i e n t o d e s u hija. C u a n d o i n t e n t a b a n e n c o n t r a r l a m a n e r a d e d e s e n c a n t a r l a , volvió a s u c e d e r o t r o p r o d i g i o : e l t o r o n o sólo q u e d ó p a r a l i z a d o , s i n o q u e se convirtió r e p e n t i n a m e n t e en o r o . .Antes de c a p i t u l a r y e n t r e g a r l a plaza, e l a l c a i d e e s c o n d i ó e l t o r o d o r a d o e n l u g a r tan seguro q u e , a u n a sabiendas de q u e existe, n a d i e ha p o d i d o e n c o n t r a r l o todavía. [ A n d o l z , R a f a e l , « D i c h o s y h e c h o s d e l A l t o a r a g ó n . L a l e y e n d a d e L a n a j a » , Folletón del Altoamgón, .59 (28 de m a r z o de 1982), pág. VIII.]

56. L A R E C O N Q U I S T A D E M A L U E N D A (SIGLO XII. M A L U E N D A )

A l o l a r g o y a n c h o d e l valle d e l E b r o , algunas p o b l a c i o n e s c o m o B e l c h i te, p o r e j e m p l o , d e c i d i e r o n c a p i t u l a r sin l u c h a n a d a más caer Z a r a g o z a e n m a n o s d e A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r , p e r o n o o c u r r i ó así e n otros n ú c l e o s i m p o r t a n t e s d e l r e i n o m o r o sarakustí, c o m o son los c o n o c i d o s casos d e C a l a t a y u d , D a r o c a o T a r a z o n a q u e , d a d a la tenaz e i m p o r t a n t e resistencia q u e o p u s i e r o n , t u v i e r o n q u e ser t o m a d a s p o r la f u e r z a de las armas. E n efecto, e l rey a r a g o n é s , c r e c i d o p o r e l é x i t o l o g r a d o ante los i m p o nentes m u r o s d e Z a r a g o z a y a u x i l i a d o p o r varios c a b a l l e r o s franceses, c o m o e l c o n d e G u i l l e r m o d e P o i t i e r s , s e dirigió h a c i a C a l a t a y u d — a m p a r a d a e n su m a g n í f i c o castillo v c o n s i d e r a d a c o m o la a u t é n t i c a llave d e l J a l ó n — y la sitió. L u e g o , u n a vez a s e g u r a d o s u c e r c o , partió i n m e d i a t a m e n t e s i g u i e n d o el c u r s o d e l r í o J i l o c a p a r a tratar de salir al paso de los almorávides, q u i e nes, p o r fin, se d e c i d i e r o n a s o c o r r e r a sus c o r r e l i g i o n a r i o s d e l valle d e l E b r o , y a los q u e A l f o n s o I v e n c e r í a en C u t a n d a en 1120. P e r o el c a m i n o de los e x p e d i c i o n a r i o s desde C a l a t a y u d a D a r o c a y C u t a n d a n o fue n a d a fácil, p u e s t o q u e c e r c a d e l a p r i m e r a , e n e l l u g a r d e M a l u e n d a — d o n d e s e h a b í a n c o n c e n t r a d o m o r o s d e otras p o b l a c i o n e s aledañ a s — tuvo l u g a r u n e n c a r n i z a d o e i n e s p e r a d o c o m b a t e c a m p a l e n e l límite c o n las casas d e l p o b l a d o , c i r c u n s t a n c i a q u e n o sólo retrasó l a e x p e d i c i ó n h a c i a s u p r i n c i p a l objetivo s i n o q u e , según l a l e y e n d a , o r i g i n ó i m p o r t a n t e s pérdidas h u m a n a s e n l a hueste d e los cristianos aragoneses. A u n q u e acabó saliendo victorioso A l f o n s o el Batallador de la contienda y la g u a r n i c i ó n m o r a de M a l u e n d a tuvo q u e e n t r e g a r al fin las llaves (lo c u a l s i g n i f i c a b a u n p r o b l e m a m e n o s p a r a C a l a t a y u d q u e seguía sitiada), u n a part i d a d e s o l d a d o s aragoneses tuvo q u e retrasarse d e l resto d e e x p e d i c i o n a r i o s p a r a e n t e r r a r a sus m u e r t o s , asistir a los h e r i d o s y hacerse c a r g o de los

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p r i s i o n e r o s . F u e e n t o n c e s c u a n d o los canteros q u e f o r m a b a n parte d e l a exp e d i c i ó n l a b r a r o n y e r i g i e r o n l a C r u z B l a n c a — t o d a v í a existente c o m o testigo d e a q u e l s u c e s o — y l a c o l o c a r o n e n h i e s t a e n e l m i s m o sitio e n e l q u e tuvo l u g a r l a batalla, e n c o n m e m o r a c i ó n y r e c u e r d o d e q u i e n e s c a y e r o n allí. [Recogida oralmente. |

57. I A R E C O N Q U I S T A D E D A R O C A ( S I G L O XJI. D A R O C A )

H a b i e n d o llegado el gobernador de Daroca, A b e n - G a m a , al esplendor de su p o d e r , se d i o c u e n t a de q u e sólo le faltaba u n a cosa p a r a a l c a n z a r la d i c h a c o m p l e t a : casarse c o n la p r i n c e s a más b e l l a q u e existiera y c o n s t r u i r p a r a e l l a e l más h e r m o s o p a l a c i o c o n o c i d o . U n g o l p e d e suerte h i z o q u e Z u l e i k a , e l m e r c a d e r , trajera e n u n o d e sus viajes a M e l i l a h , l a p r i n c e s a más h e r m o s a d e t o d a A r a b i a . E l g o b e r n a d o r q u e d ó c a u t i v a d o p o r s u b e l l e z a e , i n m e d i a t a m e n t e , m a n d ó c o n s t r u i r u n pal a c i o y se casó c o n e l l a . P e r o M e l i l a h , q u e no a m a b a al g o b e r n a d o r , cayó en u n a i n f i n i t a tristeza. T a m b i é n A b é n - G a m a se sintió d e s d i c h a d o y se volcó en la l u c h a c o n t r a A l f o n s o I el B a t a l l a d o r . Y fue en u n a de sus múltiples batallas d o n d e h i z o p r i s i o n e r o a l c a b a l l e r o c r i s t i a n o Jaime D i e z d e A u x y l o c o n d u j o a D a r o c a . A l e n t r a r p o r l a p u e r t a , los ojos d e l j o v e n c r i s t i a n o s e c r u z a r o n c o n los de la h e r m o s a M e l i l a h y a m b o s se e n a m o r a r o n , y desde a q u e l día la p r i n c e s a fue a visitarlo todas las n o c h e s en secreto a la m a z m o r r a . Cuál sería e l h o r r o r d e l a b e l l a e n a m o r a d a a l enterarse u n día d e q u e e l g o b e r n a d o r p e n s a b a c o l g a r a d o n J a i m e c o m o e s c a r m i e n t o , a la m a ñ a n a sig u i e n t e . R á p i d a m e n t e se e n c a m i n ó a las m a z m o r r a s y p r o p u s o a d o n Jaime u n p l a n d e f u g a , n o sin antes o b t e n e r l a p r o m e s a d e q u e volvería p a r a liber a r l a de A b é n - G a m a y se casaría c o n e l l a . Así es q u e , l l e g a d a la n o c h e , y a p r o v e c h a n d o l a confusión q u e h a b í a p r o v o c a d o e l c e r c o d e l a c i u d a d p o r A l f o n s o e l B a t a l l a d o r , M e l i l a h l i b e r ó a d o n J a i m e . P e r o , cegada p o r e l t e m o r d e q u e m u r i e r a s u a m a d o , l a b e l l a p r i n c e s a m o r a n o fue l o s u f i c i e n t e m e n t e discreta. Q u i s o , pues, l a c a s u a l i d a d q u e M u r i d O m e d , u n m o r o e n a m o r a d o en secreto de M e l i l a h , d e s c u b r i e r a el p l a n y, sintiéndose d e s p e c h a d o , i n f o r m ó de la traición al g o b e r n a d o r . A b é n - G a m a , e n f u r e c i d o p o r los celos, m a n d ó q u e a r r o j a r a n a la p r i n c e s a al p o z o . Pocos días después e n t r a b a d o n J a i m e e n D a r o c a entre las tropas d e l rey A l f o n s o 1 y c o r r i ó a buscar a su a m a d a . Su desesperación fue i n f i n i t a c u a n do se e n t e r ó de la m u e r t e trágica de M e l i l a h . Se d i c e q u e , desde el día de su m u e r t e , M e l i l a h sale l o d o s las n o c h e s d e l p o z o vestida d e b l a n c o , c o n u n a l u z e n l a m a n o , y vaga p o r las m u r a l l a s d e l

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castillo en b u s c a de su a m a d o , a q u i e n todavía e s p e r a p a r a q u e la l i b r e de su e n c a n t o . [Beltrán, José, Tradiciones..., págs. 55-62.]

58. U N I N T E N T O D E R E C U P E R A C I Ó N MORA DE DAROCA (SIGLO XII. D A R O C A )

D e s p u é s d e h a b e r r e c o n q u i s t a d o Z a r a g o z a , A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r tuvo que hacer frente a un importante ejército musulmán en C u t a n d a , d o n d e v e n c i ó . A q u e l l a v i c t o r i a significó l a p o s i b i l i d a d d e c o n q u i s t a r D a r o c a , p r i n c i p a l enclave m u r a d o a la vera d e l río J i l o c a , p l a z a q u e , en efecto, pasó a sus m a n o s e n 1122. A u n q u e u n a parte i m p o r t a n t e d e los m o r o s d a r o c e n s e s decidió q u e d a r s e en sus casas, otros o p t a r o n p o r el e x i l i o , r e f u g i á n d o s e en tierras d e M o l i n a , C u e n c a o V a l e n c i a , e n espera d e u n a r e a c c i ó n q u e n u n c a llegó. A l g u n o s , p o r f i n , m e r o d e a r o n p o r l a c o m a r c a f o r m a n d o g r u p o s d e b a n d o l e r o s q u e d i f i c u l t a b a n e l tránsito p o r sus c a m i n o s . E l l o h i z o q u e A l fonso I, c o m o m e d i d a de precaución, ordenara u n a vigilancia permanente de Daroca. E n t r e los m o r o s q u e s e h a l l a b a n a l a c e c h o estaba, c a p i t a n e a n d o u n i m p o r t a n t e g r u p o d e h o m b r e s d e g u e r r a , e l jerife O m a r b e n A h m e d , h i j o d e A h m e d ben Ibrain, derrotado por A l f o n s o I en Cutanda. C u a n d o se consid e r ó c o n fuerzas suficientes, s e p r o p u s o l a r e c u p e r a c i ó n d e D a r o c a p r o c u r á n d o s e c o m o a l i a d o s a los m o r o s y j u d í o s darocenses. Envió a D a r o c a a u n alfaquí l l a m a d o J a h y b e n J a l d u m c o n i n s t r u c c i o n e s p a r a , u n a vez en K a l ' a t D a r a w k a , soliviantar a sus c o r r e l i g i o n a r i o s , a los q u e c o n o c í a p o r h a b e r v i v i d o e n e l l a d u r a n t e b u e n a parte d e s u v i d a , c o n v i n i e n d o e n l a f e c h a e n l a q u e O m a r b e n A h m e d atacaría las m u r a l l a s d a r o censes. P e r o J a h y b e n J a l d u m fue i n t e r c e p t a d o vestido d e c r i s t i a n o p o r u n a p a r t i d a d e j i n e t e s darocenses q u i e n e s , tras r e c o n o c e r l e , l o c o n f i n a r o n e n l a z u d a , d e m o d o q u e n o p u d o llevar a c a b o u n a parte d e l p l a n u r d i d o p o r O m a r b e n A h m e d , d e s c o n o c e d o r d e l o q u e h a b í a o c u r r i d o . P o r eso, éste siguió c o n sus p l a n e s y , a m p a r a d o e n l a o s c u r i d a d d e l a n o c h e , c a b a l g ó p o r los l l a n o s d e G a l l o c a n t a c o n l a i n t e n c i ó n d e asaltar los m u r o s d e D a r o c a aquella misma noche. E n l a v i l l a d a r o c e n s e , los c e n t i n e l a s s e h a b í a n d o r m i d o . P e r o q u i s o l a f o r t u n a q u e , ante el e s t r u e n d o de las c a b a l g a d u r a s m o r a s , las ocas levantar a n el v u e l o asustadas, d e s p e r t a n d o c o n sus g r a z n i d o s a los c e n t i n e l a s . D a d a l a alerta, los j i n e t e s m u s u l m a n e s — q u e n o p u d i e r o n c o n t a r t a m p o c o c o n l a e s p e r a d a a y u d a d e sus c o r r e l i g i o n a r i o s — f u e r o n v e n c i d o s y h e c h o s p r i s i o n e r o s , d e s c u b r i é n d o s e a d e m á s l a misión d e J a h y b e n J a d u m , q u e fue 94


ahorcado en la plaza. En r e c o n o c i m i e n t o a su inesperada y providencial a y u d a , los d a r o c e n s e s i n c o r p o r a r o n a su e s c u d o seis ocas, en sustitución de otros tantos l i r i o s . [ B e l t r á n , J o s é , Tradiciones y leyendas de Daroca, p á g s . 63-66.]

59. E L E X I L I O D E Z A F A D O L A (SIGLO XII. R U E D A D E J A L Ó N )

L a r e c i e n t e r e c o n q u i s t a d e Z a r a g o z a p o r A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r y l a ráp i d a a n e x i ó n d e los t e r r i t o r i o s c i r c u n d a n t e s , p o r u n l a d o , y l a presión d e los castellanos de A l f o n s o V I I , p o r o t r o , c o l o c ó en p r e c a r i a situación a los peq u e ñ o s r é g u l o s m u s u l m a n e s , restos taifales f r o n t e r i z o s , q u e temían tanto a los c r i s t i a n o s , sus e n e m i g o s de r e l i g i ó n , c o m o a los p r o p i o s almorávides c o r r e l i g i o n a r i o s suyos. E n t r e esos m i n ú s c u l o s r e i n o s m o r o s estaba e l g o b e r n a d o p o r A h m e d b e n A b d a l - M a l i k , d e s c e n d i e n t e d i r e c t o d e los B a n u H u d d e Sarakusta, q u e sobrevivía a d u r a s penas e n s u estado-fortaleza d e R u e d a d e J a l ó n , d o n d e tuvo q u e refugiarse e x i l i a d o d e Z a r a g o z a d o n d e sus s u b d i t o s n o l e aceptab a n . D e s d e allí r e f o r z ó las g u a r n i c i o n e s de la r i b e r a , e n t r e las q u e se e n c o n t r a b a n U r r e a , C a u l o r y B a r d a l l u r , y fue rey d e l J a l ó n d u r a n t e veinte años, a u n q u e a s f i x i a d o p o r l a presión d e A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r . E n este m i n ú s c u l o r e i n o , s u c e d i ó a A b d a l - M a l i k s u h i j o C h a f a r A m a d b e n H u d , más c o n o c i d o p o r l a H i s t o r i a c o m o Z a f a d o l a (Saif a l - D a w l a ) , q u i e n viéndose p e r d i d o d e c i d i ó echarse e n m a n o s d e l m o n a r c a castellano, pues la situación de R u e d a era ya i n s o s t e n i b l e . Así es q u e r e u n i ó a sus fieles y les c o m u n i c ó su decisión de e n v i a r u n a e m b a j a d a a A l f o n s o V I I p a r a o f r e c e r l e s u vasallaje, solicitándole, e n caso d e q u e f u e r a a c e p t a d o , q u e fuer a n a rescatarles. E l castellano o r g a n i z ó u n a p a r t i d a c a p i t a n e a d a p o r e l c o n d e R o d r i g o Martínez y G u t i e r r e F e r n á n d e z , q u i e n e s e n t r a r o n y r e c o r r i e r o n i m p u n e m e n t e A r a g ó n al f r e n t e de u n a fantástica e x p e d i c i ó n , l o g r a n d o llevarse a Z a f a d o l a y los suyos. M u j e r e s , hijos, alcaides, alguaciles y d e u d o s , cargados c o n g r a n e q u i p a j e y riquezas, r e c o r r i e r o n tierras e n e m i g a s aragonesas sin que nadie entorpeciera el c a m i n o de Zafadola hacia su voluntario exilio, mientras e n s u f u e r o i n t e r n o e s p e r a b a volver a r e i n a r n o sólo e n R u e d a sin o t a m b i é n e n Z a r a g o z a , d o n d e n o l e q u e r í a n n i m o r o s n i cristianos. E l espíritu a v e n t u r e r o d e Z a f a d o l a l e llevó a E x t r e m a d u r a , T o l e d o . A n dalucía y M u r c i a , c o n v i r t i é n d o s e en u n o de los personajes más c u r i o s o s y legendarios de su tiempo. [ L a s a r t e , J o s é A . , Urrea de Jalón..., págs. 43-44.]

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6 0 . LA R E C O N Q U I S T A DE ALCAÑIZ (SIGLO XII. A L C A Ñ I Z )

L o s ejércitos de A l f o n s o I el B a t a l l a d o r — q u e p a r a entonces ya se h a b í a apoderado de la ciudad de Zaragoza—, c o n una fuerza incontenible fueron r e c o n q u i s t a n d o u n a tras o t r a todas las poblaciones d e l Bajo Aragón, q u e estab a n fuertemente arabizadas y pobladas p o r m u s u l m a n e s , a u n q u e pervivían en ellas p e q u e ñ o s g r u p o s de mozárabes q u e veían llegar la h o r a de su liberación. N o obstante, e n a l g u n a d e estas plazas bajoaragonesas e l rey a r a g o n é s n o tuvo n i s i q u i e r a l a n e c e s i d a d d e usar las armas n i d e d e r r a m a r n i u n a sola g o t a de sangre, puesto q u e se p a c t a r o n c a p i t u l a c i o n e s . Ese f u e el caso, p o r e j e m p l o , d e Alcañiz c u a n d o l e l o c ó s u h o r a . C u a n d o d o n A l f o n s o llegó a tierras alcañizanas, l a p o b l a c i ó n m u s u l m a n a , q u e n a t u r a l m e n t e e r a m a y o r i t a r i a e n l a c i u d a d , s e c o n c e n t r a b a e n las q u e b r a d a s y estrechas callejuelas d e l l l a m a d o Alcañiz V i e j o , al a m p a r o de u n a c i u d a d e l a m u y b i e n d e f e n d i d a y casi i n e x p u g n a b l e . Deseoso e l rey arag o n é s d e r e c o n q u i s t a r tan i m p o r t a n t e enclave, p e r o c o n o c e d o r , a s i m i s m o , de la d i f i c u l t a d q u e e n t r a ñ a b a la e m p r e s a si sus d e f e n s o r e s o p o n í a n resist e n c i a , a c a m p ó c o n sus huestes y, en l u g a r de i n t e n t a r el asalto, c o m e n z ó a c o n s t r u i r d e m a n e r a a c e l e r a d a u n castillo f r e n t e p o r f r e n t e d e l a p o b l a c i ó n m o r a , c o n e l f i n d e d e j a r l a aislada d e sus c o r r e l i g i o n a r i o s d e l alcázar m o r o . L o s sarracenos, q u e veían crecer, allá e n l o alto, d e m a n e r a a c e l e r a d a los m u r o s de u n a n u e v a y m a g n í f i c a f o r t a l e z a c r i s t i a n a , se s i n t i e r o n a m e n a z a dos. P o r eso, m u e r t o e n t r e tanto su a l c a i d e , y antes de p r o c e d e r al n o m b r a m i e n t o d e u n sucesor, c o m o e r a c o s t u m b r e , d e c i d i e r o n , p o r e l c o n t r a r i o , d e s t r u i r o e s c o n d e r sus tesoros y d e r r i b a r sus p r o p i a s casas, q u e d a n d o t o d o a b s o l u t a m e n t e a r r a s a d o . L u e g o , f o r m a n d o i n t e r m i n a b l e s colas y cargados sus c a r r o s y a c é m i l a s c o n los enseres más i m p r e s c i n d i b l e s , f u e r o n sal i e n d o t o d o s p o r l a p u e r t a p r i n c i p a l d e los m u r o s d e l Alcañiz V i e j o , desap a r e c i e n d o d e l lugar, a u n q u e llevándose las llaves de las casas q u e a c a b a b a n d e d e s t r u i r , a n i d a n d o l a e s p e r a n z a d e r e t o r n a r u n día n o m u y l e j a n o q u e n u n c a llegó. A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r , q u e h a b í a l o g r a d o n o d e r r a m a r n i u n a sola g o t a d e sangre, t o m ó posesión d e Alcañiz e n n o m b r e d e l a c r i s t i a n d a d . [Caruana, Jaime de, «El castillo de Alcañiz», 'Teruel, 13 ( 1 9 5 5 ) , págs. 13-14.]

61. L A RESISTENCIA D E LOS MOZÁRABES D E C A L A N D A ( S I G L O XII. C A L A N D A )

L a r i c a tradiciém c a l a n d i n a r e c u e r d a c o n e v i d e n t e o r g u l l o e l p o r t e n t o s o suceso l l a m a d o d e l Humilladero, favor q u e h i z o D i o s a los hijos cristianos de l a v i l l a , sin d u d a p o r l a i n t e r c e s i ó n d e s u a m a d a v i r g e n d e l P i l a r , p a r a l i b r a r l o s d e las c r u e l d a d e s m o r a s , según r e z a l a l e y e n d a .

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L a p e q u e ñ a p e r o c o h e s i o n a d a c o m u n i d a d d e cristianos q u e p e r m a n e c i ó e n C a l a n d a d u r a n t e l a larga d o m i n a c i ó n d e los m o r o s p r o c u r ó m a n t e n e r y a l e n t a r u n a c o n s t a n t e resistencia activa f r e n t e a las a u t o r i d a d e s m u s u l m a n a s , d e m o d o q u e n o p u e d e e x t r a ñ a r l a a c t i t u d c o n t r a r i a d e estos m o z á r a b e s a satisfacer el t r i b u t o p e r s o n a l i m p u e s t o p o r los g o b e r n a n t e s de la v i l l a p u e s t o q u e ellos se c o n s i d e r a b a n d e s c e n d i e n t e s d i r e c t o s de los f u n dadores del poblado. L l e g ó u n m o m e n t o e n e l q u e l a situación h a b í a a l c a n z a d o límites alarmantes, d e m a n e r a q u e , p a r a acabar c o n a q u e l l a insistente resistencia d e los cristianos c a l a n d i n o s , un n u m e r o s o g r u p o de jinetes m o r o s se dirigió a las c e r c a n í a s d e l a p u e r t a l l a m a d a d e V a l e n c i a , u n a d e las entradas d e l bar r i o m o z á r a b e , p a r a tratar d e ejecutar l a c o n d e n a d e e x t e r m i n i o total d e los cristianos q u e acababa de d i c t a r y f i r m a r el rey m u s u l m á n de Sarakusta, de q u i e n d e p e n d í a e n última i n s t a n c i a l a p o b l a c i ó n . S e o r g a n i z ó l a p a r t i d a d e h o m b r e s m o r o s q u e t e n í a q u e ejecutar l a sent e n c i a y se e n c a m i n ó h a c i a el p o r t a l de V a l e n c i a , en cuyos m u r o s , d e n t r o de u n a p e q u e ñ a h o r n a c i n a , p o d í a verse u n a i m a g e n d e l a v i r g e n d e l P i l a r , a l a q u e i n v o c a b a n t o d o s los vecinos cristianos p i d i é n d o l e a m p a r o y p r o t e c c i ó n frente a sus e n e m i g o s de religión. A l l l e g a r f r e n t e a l a p u e r t a , los j i n e t e s m o r o s — c o n s t i t u i d o s e n v e r d u g o s para la o c a s i ó n — caían u n o tras o t r o de f o r m a estrepitosa y hasta grotesca al suelo, pues, de m a n e r a r e p e n t i n a e i n e s p e r a d a , los caballos h u m i l l a b a n sus patas d e l a n t e r a s ante la sagrada i m a g e n , o r i g i n a n d o la f o r z o s a descabalgadura. A n t e tan i n e x p l i c a b l e y p o r t e n t o s o h e c h o p a r a e l c u a l n o e n c o n t r a b a n explicación lógica, las a u t o r i d a d e s m o r a s d e c i d i e r o n p o s p o n e r l a aplicación de u n a s e n t e n c i a q u e n u n c a se llevó a efecto, pues la p o b l a c i ó n sería l i b e r a d a p o c o después. L o c i e r t o e s q u e desde e n t o n c e s l a i m a g e n d e l a p u e r t a de V a l e n c i a f u e a c l a m a d a y c a n t a d a c o n generales h i m n o s y l l a m a d a , en adelante,

Nuestra

Señora

del

Humilladero.

[Vidiclla, S a n t i a g o , « C a l a n d a y F o z Calanda...», BHCHA, 1-11 (l-XI-1909), 24. |

62. L A C A B R A D E O R O I N A L C A N Z A B L E (SIGLO xn. TIERGA)

Es tradición s e c u l a r m e n t e t r a n s m i t i d a q u e T i e r g a — e m p l a z a d o a la ver a d e l m i n ú s c u l o r í o Isuela q u e nace d e las nieves d e l M o n c a y o — , c o m o tantos otros fue f u n d a d o p o r los m u s u l m a n e s d u r a n t e s u secular estancia e n nuestra P e n í n s u l a . Sus casas, blancas y p e q u e ñ a s , se a p i ñ a b a n en las faldas

97

Agustín Ubíeto Arteta

d e l castillo a l o l a r g o d e calles tortuosas pensadas p a r a r o m p e r e l v i e n t o hel a d o r d e l i n v i e r n o . E n a q u e l l a e n o r m e f o r t a l e z a , s o l i t a r i o y a p a r t a d o d e l rest o d e l a p o b l a c i ó n , t e n í a s u r e s i d e n c i a e l s e ñ o r d e l lugar, g e n e r a l m e n t e d e p e n d i e n t e d e l g o b e r n a d o r o , c o m o e n estos m o m e n t o s , d e l rey d e l a taifa sarakustí. A m p a r a d a en su privilegiada ubicación, su fortaleza era prácticamente i n e x p u g n a b l e p a r a las a r m a s ofensivas d e a q u e l l o s t i e m p o s , p o r l o q u e resistió n u m e r o s o s embates de los ejércitos cristianos aragoneses, hasta q u e A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , el r e c o n q u i s t a d o r de Sarakusta, tras asediar y t o m a r p o r las a r m a s las cercanas y más i m p o r t a n t e s p o b l a c i o n e s m u s u l m a n a s de T a r a z o n a y C a l a t a y u d , o r d e n ó p o n e r c e r c o a l castillo d e T i e r g a , s i n p o s i b i l i d a d e s reales d e q u e p u d i e r a r e c i b i r s o c o r r o a l g u n o desde e l e x t e r i o r d a d a l a situación. L a suerte d e T i e r g a estaba e c h a d a y sus defensores, c o n s c i e n t e s d e e l l o , d e c i d i e r o n a d o p t a r algunas p r e c a u c i o n e s . D e m o d o q u e , a l a vista d e l sitio q u e p a d e c í a n y antes de e n t r e g a r las llaves de la f o r t a l e z a al p r o p i o B a t a l l a d o r , los m o r o s t i e r g a n o s d e c i d i e r o n e s c o n d e r s u más p r e c i a d o tesoro ( u n a c a b r a f u n d i d a e n o r o ) e n u n p a s a d i z o s u b t e r r á n e o q u e , a l parecer, c o m u n i c a b a e l i n t e r i o r d e l castillo c o n u n l u g a r p r ó x i m o a l r í o Isuela. L u e g o tap o n a r o n c u i d a d o s a m e n t e las d o s entradas p a r a q u e l a d o r a d a c a b r a n o p u d i e r a ser h a l l a d a p o r los cristianos, c o n l a o c u l t a y r e m o t a e s p e r a n z a d e p o d e r r e c u p e r a r l a s i l a suerte d e las armas les e r a f a v o r a b l e e n algún m o mento. T i e r g a , e n efecto, n o p u d o resistir e l p r o l o n g a d o asedio d e las huestes d e A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r y cayó p o r f i n e n m a n o s cristianas. C o m o o c u r r i e r a en tantos otros lugares, u n a b u e n a parte de los m u s u l m a n e s v e n c i d o s se quedó y c o n t i n u ó v i v i e n d o en las viejas casas en las q u e h a b í a n n a c i d o y c u l t i v a n d o las h u e r t a s d e s i e m p r e . C o m o j a m á s r e t o r n ó a p o d e r m u s u l m á n , s u secreto c o n t i n ú a s i n ser desvelado, a u n q u e los cristianos, g e n e r a c i ó n tras g e n e r a c i ó n , h a n b u s c a d o e l túnel q u e les c o n d u z c a a l a c a b r a d e o r o . [Recogida

oralmente.]

63. U N D E T A L L E D E L A B A T A L L A D E F R A G A (1134) (SIGLO XII. F R A G A )

L a batalla d e F r a g a constituye u n o d e los hitos más i m p o r t a n t e s d e l a rec o n q u i s t a , y la d e r r o t a de A l f o n s o I el B a t a l l a d o r estuvo a p u n t o de d a r al traste c o n las ganancias o b t e n i d a s , i n c l u i d a l a c i u d a d d e Z a r a g o z a . E s r i g u r o s a m e n t e c i e r t o q u e l a a c t i t u d d e A l f o n s o I ante F r a g a posibilitó n o sólo l a resistencia d e los fragatinos s i n o t a m b i é n l a l l e g a d a d e s o c o r r o s d e C ó r d o b a , d e L é r i d a , d e V a l e n c i a y M u r c i a ( d i r i g i d o s estos últimos p o r A b e n G a n y a ) . 98

Leyendas para una historia paralela del Aragón, medieval

L a táctica m o r a fue l a m i s m a q u e e m p l e a r o n e n Z a l a c a y l a q u e u t i l i z a r í a n e n A l a r c o s a l g o después: m i e n t r a s los m o r o s q u e atacaban d e f r e n t e c o n escasas fuerzas e r a n d e r r o t a d o s , l a p a r t e más g r u e s a d e s u e j é r c i t o atac a b a p o r la e s p a l d a y asaltaba los c a m p a m e n t o s cristianos, s e m b r a n d o el pán i c o y p r o v o c a n d o s u d e r r o t a . E n F r a g a , f u e A b e n G a n y a q u i e n encabezó) las tropas de refresco y q u i e n se p r e s e n t ó c o m o a u t é n t i c o v e n c e d o r . N a t u r a l m e n t e existe u n a p a r t e l e g e n d a r i a según la c u a l los o b i s p o s y clér i g o s , m i e n t r a s los g u e r r e r o s p e l e a b a n , e l e v a b a n preces a l c i e l o q u e n o les oyó, pues, c o m o d i c e l a « C r ó n i c a d e A l f o n s o Vil», n i e l a r c á n g e l G a b r i e l n i M i g u e l , p r í n c i p e d e l a m i l i c i a celestial, a c u d i e r o n e n a y u d a d e A l f o n s o I , que fue d e r r o t a d o en toda regla. U n a c r ó n i c a m u s u l m a n a n a r r a q u e , antes d e q u e a p a r e c i e r a A b e n G a n y a c o n sus g u e r r e r o s , s e p r e s e n t ó a l rey a r a g o n é s u n m o n j e f r a n c é s d i c i é n d o le q u e , a n t e u n a i n v o c a c i ó n suya a D i o s , los m o r o s se r e n d i r í a n . O b t u v o el m o n j e p e r m i s o , a s c e n d i ó a l a c o l i n a más c e r c a n a a l m u r o d e F r a g a y comenzó su imprecación. L o s defensores, que tenían noticia de aquella i n t e r v e n c i ó n , u b i c a r o n e n a q u e l l a d o d e l m u r o u n a l m a j a n e q u e potentísim o , c o l o c a n d o e n l a b a l a n z a u n a e n o r m e p i e d r a i z a d a p o r más d e v e i n t e hombres. C u a n d o el fraile se hallaba en p l e n a invocación, a c c i o n a r o n el a l m a j a n e q u e y l a p i e d r a i m p a c t ó d e l l e n o e n é l llevándose l a m i t a d d e s u cuerpo. A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r — q u e estaba p r e p a r a d o p a r a atacar c o n sus g u e r r e r o s , a los q u e h a b í a f o r m a d o detrás d e l m o n j e — q u e d ó t o t a l m e n t e d e s c o n c e r t a d o y, c o n un susto de m u e r t e en su c u e r p o , se retiró a su c a m p a m e n t o t o t a l m e n t e a b a t i d o . Allí f u e d o n d e l e s o r p r e n d e r í a A b e n G a n y a c o n sus s o l d a d o s v a l e n c i a n o s y m u r c i a n o s c a u s á n d o l e la d e r r o t a . [Lacarra, José María, Vida de Alfonso el Batallador, págs. 128-129.]

64. A L F O N S O I EL B A T A L L A D O R , C A S T I G A D O P O R DIOS E N F R A G A (SIGLO XII. F R A G A )

A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , tras r e c o r r e r de f o r m a v i c t o r i o s a casi t o d o el actual Aragón c e n t r a l , se d i s p u s o a asediar F r a g a , i m p o r t a n t e p o b l a c i ó n m u s u l m a n a e n c l a v a d a a o r i l l a s d e l r í o C i n c a . A n t e los p r e p a r a t i v o s llevados a cabo, A b e n G a n y a , d e l a t r i b u d e los m o a b i t a s , g r a n p r í n c i p e d e V a l e n c i a y M u r c i a , o r g a n i z ó un g r a n e j é r c i t o y a c u d i ó a tierras fragatinas p a r a s o c o r r e r a sus c o r r e l i g i o n a r i o s . P e r o , a pesar de su n u m e r o s a y a g u e r r i d a hueste, f u e v e n c i d o dos veces consecutivas p o r e l B a t a l l a d o r , d e j a n d o a los cristianos u n e n o r m e botín p a r a r e p a r t i r s e c o r n o era c o s t u m b r e . 99

Agustín I 'hielo Arteta

La d o b l e v i c t o r i a de A l f o n s o I se d e b i ó , sin d u d a a l g u n a , a q u e l l e v a b a c o n s i g o u n a b e l l a arca d e o r o , a d o r n a d a c o n múltiples p i e d r a s preciosas. D e n t r o d e e l l a g u a r d a b a varias r e l i q u i a s , e n t r e las q u e destacaba u n l e ñ o d e l a c r u z e n l a q u e m u r i ó J e s ú s . E l rey a r a g o n é s h a b í a c o n s e g u i d o e l a r c a e n el transcurso de u n a de sus n u m e r o s a s guerras, en casa de los m á r t i r e s P r i m i t i v o y F a c u n d o , allá p o r tierras d e l río C e a , e n L e ó n . A d e m á s d e esta caja-relicario, q u e era l a más p r e c i a d a p o r él, poseía otras de m a r f i l , o r o , p l a t a y p i e d r a s preciosas, en las q u e g u a r d a b a r e l i q u i a s múltiples y variadas de la V i r g e n María; d e l l e ñ o d e l S e ñ o r ; de apóstoles, mártires y confesores; de vírgenes; de patriarcas y profetas. T o d a s esas arquetas e r a n c u s t o d i a d a s p o r s o l d a d o s y sacerdotes en la c a p i l l a a m b u l a n t e q u e e l rey llevaba c o n s i g o s i e m p r e q u e e n t r a b a e n c a m p a ñ a . Tras l a d o b l e v i c t o r i a d e los aragoneses sobre A b e n G a n y a , los m o r o s d e F r a g a q u i s i e r o n pactar y entregarse, p e r o e l B a t a l l a d o r n o q u i s o aceptar l a r e n d i c i ó n q u e se le o f r e c í a si no era c o n un b a ñ o de sangre, p o r q u e D i o s h a b í a e n d u r e c i d o s u c o r a z ó n , e n castigo, sin d u d a a l g u n a , p o r los m a l e s q u e h i z o a los cristianos de L e ó n y ("astilla, tierras q u e r e c o r r i ó en varias ocasiones c o n sus huestes. Al fin, A b e n Ganya, que recibió refuerzos extraordinarios de al-Andalus, v e n c i ó a A l f o n s o I, a p o d e r á n d o s e de las arcas. [Hnici, Ambrosio, «Chronica Adeíonsi impcratoiis», en Las crónicas latinas de la reconquista, t. II, pág. 228.]

65. L A R E C O N Q U I S T A D E M O N R E A L D E L C A M P O (SIGLO xn. D A R O C A )

U n a tarde, B e a t r i z l l o r a b a d e s c o n s o l a d a m e n t e . J u n t o c o n S a n c h o d e R a vanera, su h e r m a n o , escuchaba p r e o c u p a d a al pregonero. En n o m b r e del s e ñ o r d a r o c e n s e , A l v a r Pérez d e A z a g r a , estaba h a c i e n d o u n l l a m a m i e n t o p a r a ir a la g u e r r a c o n t r a el m o r o . S a n c h o , q u e d e c i d i ó a c u d i r p a r a ir a tierras de M o n r e a l , llevó a B e a t r i z a la g r u p a de su c a b a l l o hasta B á g u e n a , d o n de se q u e d a r í a en casa de su tío Martín de R a v a n e r a . L u e g o se u n i ó a la expedición. D u r a n t e m u c h o t i e m p o , S a n c h o g u e r r e ó c o n t r a los m u s u l m a n e s p o r tierras de T e r u e l hasta llegar a S a g u n t o s i e n d o u n o de los más d i s t i n g u i d o s : tomó un castillo, d i o m u e r t e a su a l c a i d e y varios s e r v i d o r e s y c o g i ó p r i s i o n e r a a u n a h e r m o s a joven m o r a q u e , según a v e r i g u a c i o n e s posteriores, resultó ser h i j a d e A b é n - G a m a , a n t i g u o r é g u l o d e D a r o c a . S e e n a m o r ó d e l a m u c h a c h a y c a l l a n d o el secreto de q u e r e r casarse c o n e l l a , la llevó a Bág u e n a p a r a q u e s u h e r m a n a l a i n s t r u y e r a e n l a religión c r i s t i a n a . E l resultado f u e l a fijación d e l día d e l b a u t i s m o p a r a c u a n d o r e g r e s a r a S a n c h o . 100

Leyendas para una historia paralela del Aragón med'wval

E n t e r a d o A b é n - G a m a d e l p a r a d e r o d e s u hija, h i z o u n a incursión p o r tierras de B á g u e n a , lo q u e obligó a R a m ó n B e r e n g u e r IV a r e t i r a r la f r o n tera de M o n r e a l y retrasarla a D a r o c a . El c a u d i l l o m o r o t o m ó B á g u e n a y, tras d a r m u e r t e a sus h e r o i c o s defensores, se llevó a su hija y a B e a t r i z . A ésta la m a t ó y a su hija, q u e le c o n f e s ó el deseo de c o n v e r t i r s e al c r i s t i a n i s m o , l a e n c e r r ó e n u n a m a z m o r r a , e n c a r g a n d o d e s u c u s t o d i a a u n feroz sarrac e n o , q u e l a forzó. N o obstante, antes d e m o r i r , u n ángel l e administré) las aguas d e l b a u t i s m o . C o n la paz, D a r o c a e r a un ir y v e n i r de gentes. Se c o n s t r u í a n iglesias, se e m p e d r a b a n calles, se r e p a r a b a n las m u r a l l a s . S a n c h o r e p o s a b a d e l f r a g o r de la b a t a l l a sin saber n a d a de B e a t r i z ni de la m o r a . I n d a g ó entre las g e n tes, mas n a d i e sabía n a d a . P e r o a l llegar a u n a p l a z a , u n juglar r e c i t a b a u n a h i s t o r i a q u e l l a m a b a «el r o m a n c e d e l a m o r a » . A l c o n t a r l a . S a n c h o r e c o n o ció a su h e r m a n a y a su a m a d a . Le p r e g u n t ó al j u g l a r d ó n d e h a b í a o í d o a q u e l l a h i s t o r i a y éste le d i j o q u e lo n a r r a b a n a l d e a n o s t u r o l e n s r s f r o n t e r i zos c o n los m o r o s . S a n c h o d e R a v a n e r a ingresó e n l a O r d e n d e l T e m p l e y , j u n t o a R a m ó B e r e n g u e r IV, estuvo e n l a r e c o n q u i s t a d e M o n r e a l . H a s t a q u e , e n u n a d e sus c o r r e r í a s , tuvo la o p o r t u n i d a d de apresar a A b é n - G a m a , a q u i e n d i o m u e r t e p a r a v e n g a r a las dos mujeres de su v i d a . [Beltrán, José, «El Templario», en Tradiciones y leyendas de Daroca. Daroca, 1929.]

66. L A R E C O N Q U I S T A D E A G U I L A R D E A L F A M B R A (SIGLO XII. A G U I I A R D E A L F A M B R A )

Tras c r u e n t a s y reiteradas escaramuzas y auténticas batallas c o n t r a los m u s u l m a n e s p o r toda la a l t i p l a n i c i e t u r o l e n s e , el rey A l f o n s o II de A r a g ó n , el reconquistador de T e r u e l , p u d o por fin apoderarse de A g u i i a r de A l f a m b r a e n 1170. C u e n t a l a l e y e n d a c ó m o s u castillo, hoy l l a m a d o d e l a V i r gen de la P e ñ a , sirvió de b a l u a r t e casi i n e x p u g n a b l e d u r a n t e algún t i e m p o a todos los m o r o s q u e a n d a b a n h u i d o s y dispersos p o r la c o m a r c a y tras sus m u r o s se h i c i e r o n fuertes, sin q u e los g u e r r e r o s cristianos l o g r a r a n r e n d i r los, p o r más d e n o d a d o s esfuerzos q u e r e a l i z a b a n . S i n e m b a r g o , l a t o m a d e A g u i i a r s e m o s t r a b a t o t a l m e n t e n e c e s a r i a para p o d e r p r o s e g u i r la tarea r e c o n q u i s t a d o r a . Así es q u e los capitanes d e l ejército c r i s t i a n o , al ver q u e no p o d í a n v e n c e r m e d i a n t e las a r m a s a los a g u e r r i d o s m u s u l m a n e s e m p l e a n d o l a táctica h a b i t u a l , d a d a l a d i f i c u l t a d existente p a r a entrar en el castillo, d e c i d i e r o n u t i l i z a r o t r a estrategia, c o n cibiendo un ingenioso plan para rendirlos. El p l a n a seguir era s e n c i l l o y consistía en r e u n i r — c o n el m a y o r de los sigilos p a r a l o c u a l t u v i e r o n q u e atarles los h o c i c o s — u n e n o r m e r e b a ñ o d e 101

Agustín libido Arteta

cabras traídas d e t o d a l a c o m a r c a q u e f u e r o n c o n c e n t r a d a s e n u n a p a r i d e r a c e r c a n a . L u e g o e s p e r a r o n u n a n o c h e s i n l u n a , m u y o s c u r a , y les c o l o c a r o n teas e n c e n d i d a s a m a r r a d a s a los c u e r n o s , l a n z a n d o a las bestias de esta g u i s a y p o r sorpresa h a c i a e l castillo. L o s m u s u l m a n e s , m u c h o s d e los c u a les d o r m í a n al a b r i g o de los m u r o s de la i n a l c a n z a b l e f o r t a l e z a , despertar o n asustados p o r tan e x t r a ñ o y d e s m e d i d o ejército, s a l i e r o n d e l alcázar y h u y e r o n d e s p a v o r i d o s e n t r e a u l l i d o s , hasta t e r m i n a r l a m a y o r p a r t e d e ellos c o m o cautivos. D e l e m p l e o d e esta c u r i o s a estratagema q u e los cristianos u t i l i z a r o n c o n tra los m u s u l m a n e s p r o c e d e el apelativo de chotos c o n q u e todavía se design a h o y a los habitantes d e A g u i l a r d e A l f a m b r a . [Zapater, A l f o n s o , Aragón pueblo a pueblo, t o m o I, pág. 60.]

67. L A R E C O N Q U I S T A D E CAMAÑAS (SIGLO XII. CAMAÑAS)

E n t r e e l alcaide m o r o d e C a m a ñ a s y e l c o n d e c r i s t i a n o d e A l f a m b r a existía u n a e n c o n a d a r i v a l i d a d c o m o jefes de p o b l a c i o n e s fronterizas y e n e m i g a s q u e e r a n . P e r o e n casa d e l s e ñ o r d e A l f a m b r a s e h a b l a b a tanto d e l alcaide sarraceno q u e la m u j e r de aquél a c a b ó e n a m o r á n d o s e a d i s t a n c i a de éste hasta tal e x t r e m o q u e logró c o n v e n i r u n a cita secreta p a r a verse a solas. A c e p t ó el e n c u e n t r o Yusuf, q u e sabía de las dotes y b e l l e z a de la c o n d e sa, e i d e ó de q u é m a n e r a p o d r í a u n i r s e a e l l a sin levantar las sospechas de d o n R o d r i g o , s u e n e m i g o . D e ahí q u e h i c i e r a p r e p a r a r a s u h e c h i c e r o u n brebaje q u e , horas después d e ser i n g e r i d o , l a m a n t e n d r í a c o m o m u e r t a d u r a n t e o c h o días, t i e m p o suficiente p a r a q u e e l d e A l f a m b r a s e h i c i e r a a l a i d e a d e s u desaparición. E l a l c a i d e m o r o y l a d a m a c r i s t i a n a m a n t u v i e r o n l a c i t a c o n v e n i d a , s e dec l a r a r o n m u t u o a m o r y d e c i d i e r o n p o n e r e n práctica e l p l a n i d e a d o p o r a q u é l . Así es q u e se a m a r o n , t o m ó la p ó c i m a la e n a m o r a d a y l u e g o r e c o r r i ó c o n s i g i l o los escasos k i l ó m e t r o s q u e s e p a r a n a ambas p o b l a c i o n e s . «Murió» l a c o n d e s a e n s u p r o p i a casa c o m o estaba previsto, p e r o e l cal o r n o h u í a d e s u c u e r p o . D o n R o d r i g o , d u b i t a t i v o , vertió p l o m o c a l i e n t e e n l a m a n o d e s u mujer, q u e q u e d ó p e r f o r a d a , p e r o s u c u e r p o n o s e movió. N o c a b í a d u d a , p u e s : estaba m u e r t a y fue e n t e r r a d a e n t r e s o l l o z o s . D e s e n t e r r a d a p o r los h o m b r e s de Y u s u f y «resucitada», se h i z o pasar p o r u n a m u j e r v e n i d a d e lejos, y s e convirtió e n l a s e ñ o r a d e C a m a ñ a s . M a s c o n e l t i e m p o , u n m e n d i g o l a identificó p o r l a m a n o h o r a d a d a y d i o aviso a d o n R o d r i g o , q u i e n , d i s f r a z a d o t a m b i é n d e p o r d i o s e r o , s e p r e s e n t ó e n s u casa, r e c o n o c i é n d o s e m u t u a m e n t e , s i b i e n l e a s e g u r ó e l l a q u e estaba allí f o r z a d a .

102

Ijyendas para una historia paralela del Aragón, medieval

L l e g ó entre tanto Y u s u f y l a d a m a e s c o n d i ó a s u e x m a r i d o e n u n a r c a . L e p r e g u n t ó a l a l c a i d e c u á n t o d a r í a p o r apresar a d o n R o d r i g o y a l d e c i r l e q u e l a m i t a d d e sus bienes, l a m u j e r levantó l a c u b i e r t a d e l a r c a e i n t e n t ó e n t r e g a r a d o n R o d r i g o , p e r o éste h i z o s o n a r u n a f l a u t a q u e l l e v a b a e s c o n d i d a y al m o m e n t o sus h o m b r e s , q u e estaban o c u l t o s , a t a c a r o n y v e n c i e r o n a los d e s p r e v e n i d o s m o r o s . D e esta m a n e r a C a m a ñ a s a c a b a b a d e ser r e c o n q u i s t a d a , m i e n t r a s Y u s u f y s u e n a m o r a d a e r a n q u e m a d o s vivos e n S i e r r a P a lomera. [Lázaro Polo, Francisco, El bardo de la memoria..., págs. 195-197.]

68. C R E T A S , R E C O N Q U I S T A D A E L DÍA D E S A N T A P E L A G I A (SIGLO XII. CRETAS)

C u a n d o A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r s e d e c i d i ó a sitiar e l i m p o r t a n t e enclave de F r a g a , en 1133, el rey estaba en c o n d i c i o n e s de e n c o m e n d a r a varios de sus tenentes o s é n i o r e s los castillos y villas de N o n a s p e , Algás, B a t e a , Fayón, H o r t a d e S a n J u a n y tal vez L l e d ó , e s decir, los t r a m o s f i n a l e s d e los ríos M a t a r r a ñ a y Algás e n e l B a j o A r a g ó n . N o e s d e extrañar, p o r l o tanto, q u e los n o m u y n u m e r o s o s m o z á r a b e s q u e sobrevivían aún bajo d o m i n i o m u s u l m á n e n p o b l a c i o n e s tan cercanas a aquéllas — c o m o V a l d e r r o b r e s , B e c e i t e o C r e t a s — e s p e r a r a n ansiosos su p r o p i a l i b e r a c i ó n . Así las cosas, los p o c o s m o z á r a b e s q u e aún vivían en Gretas, q u e estaban a l c o r r i e n t e d e l a situación, c o n e l c u i d a d o q u e l a o c a s i ó n r e q u e r í a p a r a n o soliviantar a los m u s u l m a n e s , h a c í a n cálculos y p l a n e s p a r a un f u t u r o q u e p r e s u m í a n i n m e d i a t o , s e q u e d a r a n o n o los m o r o s q u e d e m o m e n t o regían e l p u e b l o e n c o n d i c i o n e s m u y precarias. S i n d u d a a l g u n a , e l rey les asignaría u n tenente d e s u c o n f i a n z a p a r a q u e g a r a n t i z a r a l a s e g u r i d a d y l a administración d e l t e r r i t o r i o — t a l vez u n a d e las ó r d e n e s m i l i t a r e s de C a l a t r a v a o san J u a n — , p e r o h a b í a otras m u c h a s cosas q u e d e p e n d í a n de sí m i s m o s . Sus sueños, no obstante, t u v i e r o n q u e p r o l o n g a r s e p a r a verse h e c h o s real i d a d más de t r e i n t a a ñ o s todavía, pues la i n e s p e r a d a d e r r o t a de A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r e n F r a g a , q u e significó u n l a m e n t a b l e retroceso p a r a l a rec o n q u i s t a , f u e t a m b i é n u n d u r o g o l p e p a r a los m o z á r a b e s d e Cretas. D e e n tre esos sueños pospuestos, u n o m u y i m p o r t a n t e p a r a ellos y q u e les o r i g i nó prolijas d i s c u s i o n e s e r a la decisión a c e r c a de la advocación a la q u e dedicarían e l p u e b l o tras l a r e c o n q u i s t a . C o m o n o l l e g a r o n a u n a c u e r d o u n á n i m e , pues c a d a u n o p r o p o n í a u n santo d i s t i n t o , c o n v i n i e r o n n o m b r a r al santo o santa q u e la Iglesia c e l e b r a r a el día en q u e tuviera l u g a r la esperada liberación. 103

Agustín l/bieto Arteta

C u a n d o , p o r f i n , a l m e d i o d í a d e u n o c h o d e o c t u b r e las llaves d e Cretas e r a n entregadas a l r e p r e s e n t a n t e d e l rey A l f o n s o I I d e A r a g ó n p o r e l alcaid e m o r o , P e l a g i a , l a santa d e A n t i o q u í a , q u e h a b í a m u e r t o tal día c o m o a q u e l d e l a ñ o 2 9 0 , s e convertía e n s u v a l e d o r a ante e l c i e l o . [Recogida

oralmente.]

69. E L O R I G E N D E A L C O R I S A (SIGLO XII. A L C O R I S A )

Parece ser q u e la actual v i l l a de A l c o r i s a se d e b i ó l l a m a r a n t i g u a m e n t e A c o l , d e m a n e r a q u e , e n a l g u n o s a n t i g u o s e d i f i c i o s d e l a m i s m a , p o d í a verse en el e s c u d o de armas, j u n t o a las t r a d i c i o n a l e s barras de A r a g ó n , un g r u m o d e c o l , d e l q u e derivaría e l t o p ó n i m o a c t u a l . S i n e m b a r g o , voces s e lev a n t a n p a r a d e f e n d e r q u e e l n o m b r e i n i c i a l d e l a v i l l a f u e e l d e «Alcoriza» y m a n t i e n e n , p o r l o tanto, u n o r i g e n t o p o n í m i c o a l g o d i s t i n t o . E s b i e n s a b i d o c ó m o los n ú c l e o s d e p o b l a c i ó n d e todas estas t i e r r a s b a j o a r a g o n e s a s , c o m o tantos o t r o s d e l r e i n o d e A r a g ó n , e s t u v i e r o n h a b i tados y r e g i d o s p o r m u s u l m a n e s , q u i e n e s , p o r c i e r t o , e n b u e n a p a r t e , p e r m a n e c i e r o n e n sus casas d e s i e m p r e tras l a r e c o n q u i s t a , q u e t u v o l u g a r e n e l s i g l o X I I . Y , a u n q u e tras l a v i c t o r i a e l g o b i e r n o d e estas p o b l a c i o n e s p a s ó a las n u e v a s a u t o r i d a d e s c r i s t i a n a s , l a i n f l u e n c i a m o r a p e r m a n e c i ó d u r a n t e siglos e n las c o s t u m b r e s y m o d o s d e v i d a d e l o s n u e v o s dominadores. U n a vez r e c o n q u i s t a d a l a z o n a b a j o a r a g o n e s a , o c u r r i ó q u e u n v a l i e n t e c r i s t i a n o , h i j o de la v i l l a , o r g a n i z ó a sus expensas un n u t r i d o y selecto g r u po de g u e r r e r o s p a r a p o n e r s e c o n ellos a disposición de su rey. Este auténtico capitán adiestró a sus h o m b r e s , hasta rayar en la p e r f e c c i ó n , en el m a nejo d e l a ballesta, d e m o d o q u e m u y p r o n t o s e c o n v i r t i e r o n e n u n g r u p o de élite y destacado d e n t r o d e l e j é r c i t o a r a g o n é s . Tanto e n sus ejercicios d e a d i e s t r a m i e n t o c o m o e n e l c a m p o d e b a t a l l a , los ballesteros d e A c o l r e s p o n d í a n c o m o u n solo h o m b r e a l a voz d e m a n d o d e «al-cor hiza» d a d a p o r s u jefe, v o c a b l o , s i n d u d a a l g u n a , d e o r i g e n m o r o . M u y p r o n t o , a q u e l l o s g u e r r e r o s singulares, r e c l u t a d o s t o d o s ellos e n u n a v i l l a d e l Bajo A r a g ó n , n o sólo c o m e n z a r o n a ser c o n o c i d o s c o m o los ballesteros d e «Alcoriza» — c o m o J u s l i b o l derivaría d e «Deus l o v o l » — , s i n o q u e s u j e f e f u e a r m a d o c a b a l l e r o p o r e l rey a r a g o n é s , c o n c e d i é n d o l e e l der e c h o a u t i l i z a r en su e s c u d o de a r m a s u n a ballesta. Y p r o n t o se e x t e n d i ó p o r todas partes e l n o m b r e d e «Alcoriza» c o m o e l d e l a v i l l a d e l a q u e e r a n o r i u n d o s a q u e l l o s a d m i r a d o s g u e r r e r o s q u e o b e d e c í a n a l a voz d e m a n d o de «al-cor hiza». [ G i l A t r i o , C e s á r e o , Alcorisa y sus tradiciones, págs. 4-5. |

104


70. L A F U N D A C I Ó N D E T E R U E L (SIGLO

XII

TERUEL)

O c t u b r e d e l a ñ o 1171. L o s cristianos, a c a u d i l l a d o s p o r A l f o n s o II, l l e g a r o n a C e l i a y p r o s i g u i e r o n su m a r c h a hasta a c a m p a r en las c e r c a n í a s de lo q u e h o y s e l l a m a V i l l a V i e j a , e n T e r u e l . E r a tarde y e l m o n a r c a d e c i d i ó esp e r a r a l n u e v o día. M a s c u a n d o s e h a l l a b a n d e s c a n s a n d o d e l a d u r a j o r n a d a , llegó a l c a m p a m e n t o u n m e n s a j e r o . S e g ú n sus n o t i c i a s , s e r e q u e r í a c o n u r g e n c i a a l rey e n otros lugares d e l R e i n o , d e m o d o q u e éste o r d e n ó replegarse a sus tropas p a r a q u e e s p e r a r a n su regreso, n e g a n d o a varios de los s é n i o r e s l a p o s i b i l i d a d d e c o n t i n u a r ellos solos l a e x p e d i c i ó n . S i n e m b a r g o , a c a b ó a t e n d i e n d o l a p r o p u e s t a d e dos c a b a l l e r o s — B l a s c o Garcés de Marcilla y Sancho Sánchez M u ñ o z — quienes proponían la fundación d e u n a v i l l a a l a q u e e l rey c o n c e d e r í a e l f u e r o q u e e s t i m a r a conven i e n t e , d e m a n e r a q u e s u a u t o r i d a d sobre e l l a n o q u e d a r a m e n g u a d a . A c c e d i ó A l f o n s o II y avió m o n t u r a s y p e r t r e c h o s p a r a regresar R e i n o a d e n t r o . E n t r e los s e ñ o r e s y a d a l i d e s q u e i b a n a a c o m e t e r lo c o n v e n i d o c o n el rey s u r g i e r o n las d u d a s a c e r c a d e d ó n d e u b i c a r l a v i l l a n u e v a . C o m o n o l o g r a ban ponerse de acuerdo, al final d e c i d i e r o n que el emplazamiento se ubic a r í a allí d o n d e a l g u n a señal d e l a p r o v i d e n c i a les m a r c a r a . H a l l á n d o s e e n estas d i s q u i s i c i o n e s , s u p i e r o n d e l a e m b o s c a d a q u e les p r e p a r a b a n las tropas m o r a s q u e m e r o d e a b a n p o r los c o n t o r n o s y d e c i d i e r o n hacerles f r e n t e . L o s m u s u l m a n e s h a b í a n r e u n i d o u n a g r a n c a n t i d a d d e toros a los q u e les c o l o c a r o n en las astas y en el testuz materias i n f l a m a b l e s y los l a n z a r o n c o n t r a el e j é r c i t o c r i s t i a n o , al q u e c r e í a n d e s c u i d a d o . Per o no fue así, y l a n c e r o s , a r q u e r o s , ballesteros e infantes se p a r a p e t a r o n en t r i n cheras. Más lejos e s p e r a b a p a r a actuar la caballería. L o s toros f u e r o n dispersados y los m o r o s acosados y p e r s e g u i d o s hasta vencerles, de m a n e r a q u e las m u e l a s , c e r r o s y barros de la m a r g e n i z q u i e r d a d e l río q u e d a r o n libres d e e n e m i g o s . F u e e n t o n c e s , a l amanecer, c u a n d o , s o r p r e n d i d o s , los cristianos v i e r o n e n l o alto d e l a M u e l a u n m a g n í f i c o t o r o s u p e r v i v i e n t e d e l a m a n a d a . E n t r e s u c o r n a m e n t a , lucía u n a l u c e c i l l a , restos, sin d u d a , d e l a m a t e r i a i n f l a m a d a q u e e n c e n d i e r o n los m o r o s , p e r o q u e desde lejos p a r e c í a u n a estrella. E r a l a señal q u e e s p e r a b a n . A q u e l sería e l l u g a r d e l a s e n t a m i e n t o d e l a n u e v a v i l l a , l a d e T e r u e l . ICaruana, Jaime de, «Alfonso II y la conquista de Teruel», Teruel, 7 (1952), 97-140.]

71. E L J U E Z T R A I D O R ( S I G L O XII T E R U E L )

U n a vez q u e y a h a b í a s i d o r e c o n q u i s t a d a T e r u e l p o r e l rey a r a g o n é s A l f o n s o II, y d a d a l a i m p o r t a n c i a e s t r a t é g i c a q u e esta c i u d a d t e n í a , los

Agustín Ubieto ArteXa

musulmanes i n t e n t a r o n recuperarla en reiteradas ocasiones o, c u a n d o m e n o s , d e p r e d a b a n sus c a m p o s y h u e r t a s o h a c í a n c a u t i v o s a los l a b r a d o r e s q u e s o r p r e n d í a n e n los c a m p o s e n p l e n a f a e n a , p a r a ser l u e g o v e n d i d o s c o m o esclavos e n e l m e r c a d o d e V a l e n c i a , c i u d a d q u e todavía e r a sarracena. U n a de estas molestas y peligrosas a c c i o n e s tuvo l u g a r entre 1183-1184, c u a n d o l a c i u d a d era r e g i d a p o r u n j u e z l l a m a d o I b á ñ e z D o m i n g o d e M o r tón q u i e n , b i e n p o r m i e d o a las amenazas r e c i b i d a s , c a d a vez más serias, b i e n presa d e l a c o d i c i a , i n t e n t ó v e n d e r T e r u e l a l e n e m i g o a c a m b i o d e los n u m e r o s o s tesoros q u e le h a b í a n s i d o p r o m e t i d o s y q u e e s p e r a b a d i s f r u t a r tras su p l a n e a d a h u i d a a t i e r r a de m o r o s . P e r o la traición fue d e s c u b i e r t a a t i e m p o p o r los turolenses y el j u e z D o m i n g o d e M o r t ó n fue j u z g a d o d e a c u e r d o c o n e l F u e r o c o n c e d i d o h a c í a b i e n p o c o s a ñ o s p o r e l rey A l f o n s o II. T r a s e l j u i c i o , e n e l q u e fue c o n d e n a d o a m o r i r a h o r c a d o , fue ejecutado e n u n viejo o l m o s o l i t a r i o q u e c r e c í a e n u n a z o n a p r ó x i m a a l a c i u d a d d e n o m i n a d a d e S a n L á z a r o , d e b a j o d e l act u a l v i a d u c t o , d o n d e se c o n f i n a b a a los l e p r o s o s . L a c i u d a d s e salvó p a r a s i e m p r e d e ser r e c u p e r a d a p o r los m u s u l m a n e s y el h e c h o sirvió de e s c a r m i e n t o . [ C a r u a n a , J a i m e d e , Relatos y tradiciones de Teruel, págs. 33-35.] * S e g ú n C a r u a n á , este h e c h o e s h i s t ó r i c o , p u e s t o q u e e n e l L i b r o d e las Crónicas d e T e r u e l , c o n s e r v a d o e n e l A y u n t a m i e n t o , tras e l n o m b r e d e este j u e z s e s e ñ a l a q u e «fue e n f o r c a d o e n e l o l m o d e S a n L á z a r o p o r q u e q u i s o v e n d e r a los m o r o s T e r u e l » , y p r o s i g u e d i c i e n d o q u e u n a m a n o p o s t e r i o r a ñ a d i ó : «de C a s t i e l y d e Villel», a p o s t i l l a d o e l p r o p i o C a r u a n a q u e V i l l e l e r a c r i s t i a n a desd e 1180, p e r o C a s t i e l — h o y C a s t i e l f a b i b — e f e c t i v a m e n t e c o n t i n u a b a s i e n d o m u s u l m a n a y n o l a c o n q u i s t a r o n los c r i s t i a n o s h a s t a e l a ñ o 1210.

72. L A R E C O N Q U I S T A D E V I L L E L (SIGLO XII. V I L L E L )

D e s d e h a c í a d i e z a ñ o s , l a r e c o n q u i s t a d e T e r u e l p o r las tropas cristianas e r a y a u n h e c h o , c o m o l o e r a l a a m e n a z a q u e tal enclave s u p o n í a p a r a las p o b l a c i o n e s todavía m u s u l m a n a s aguas abajo d e l G u a d a l a v i a r . E n t r e estos enclaves m o r o s a m e n a z a d o s s e e n c o n t r a b a V i l l e l , c u y o a l c a i d e , Setí M a h o m a t , s e e s f o r z a b a e n h o s t i g a r los a l r e d e d o r e s d e T e r u e l i n t e n t a n d o d e b i l i tar las fuerzas e n e m i g a s . No obstante, t o d o e r a en v a n o , pues a aquellas alturas e l d e s e q u i l i b r i o d e fuerzas e r a y a u n h e c h o i n c o n t e s t a b l e . D e p r o n t o , los a c o n t e c i m i e n t o s s e p r e c i p i t a r o n c o n r a p i d e z . E l v a l i e n t e S e t í M a h o m a t t e n í a u n a esclava c r i s t i a n a , a l a q u e h a b í a h e c h o p r i s i o n e r a en u n a de sus c o r r e r í a s , y de c u y a b e l l e z a se h a b í a e n a m o r a d o . S i n s a b e r l o 106


Setí, t a m b i é n h a b í a h e c h o p r i s i o n e r o a u n h e r m a n o d e l a m u c h a c h a o , m e j o r d i c h o , se había dejado capturar para tramar la caída de V i l l e l . E l joven, u n a vez d e n t r o d e l a p o b l a c i ó n , s e p u s o e n c o n t a c t o c o n s u h e r m a n a y t r a m a r o n el f u t u r o p l a n a seguir. A d e m á s , la j o v e n c o n s i g u i ó de Setí M a h o m a t la liberación de su h e r m a n o , que regresó a T e r u e l c o n la m i sión c u m p l i d a . E r a n o v i e m b r e d e 1181 y los m o r o s d e V i l l e l s e h a l l a b a n e n e l c e r r o d e l a H o r c a c e l e b r a n d o l a b o d a d e u n capitán. A l m e d i o d í a , e n e l castillo, l a esclava c r i s t i a n a , a p r o v e c h a n d o l a s o l e d a d e n q u e s e e n c o n t r a b a n , c o n f i a d o en su regazo Setí M a h o m a t , le clavó u n a l a r g a aguja de s a l m a r q u e llevaba o c u l t a entre las trenzas, c a u s á n d o l e l a m u e r t e . C o n s u m a d o e l c r i m e n , l a esclava s e h i z o visible e n u n a d e las a l m e n a s d e l castillo, y a g i t a n d o u n p a ñ u e l o , tal c o m o h a b í a c o n v e n i d o c o n s u h e r m a n o , avisó a los cristianos, q u e estaban apostados en las cuevas y c e r r o s i n m e d i a t o s . D i r i g i d o s p o r M a r t í n P é r e z , s e ñ o r d e E s c o n d i l l a , las huestes cristianas t o m a r o n el castillo y la p o b l a c i ó n , p a s a n d o a c u c h i l l o a c u a n t o s se r e s i s t i e r o n . Las m u j e r e s m o r a s , antes q u e caer c o m o esclavas de los cristianos, c u b r i é r o n s e la c a b e z a c o n el v e l o y se l a n z a r o n a las aguas d e l río, l i b r á n d o s e así d e l a d e s h o n r a . Martín P é r e z f u e n o m b r a d o s e ñ o r d e V i l l e l p o r e l rey, q u e s e reservaba e l castillo, e l h o r n o y e l m o l i n o . [Gisbert, Salvador, « T r a d i c i o n e s turolenses...». Heraldo de Teruel, 2 (1896), págs. 3-4.]

73. M A T R I M O N I O D E A L O N S O D E R U B I E L O S Y FÁTIMA D E M O R A (SIGLO XII. R U B I E L O S DE M O R A )

Tras l a r e c o n q u i s t a d e T e r u e l , e n e l ú l t i m o t e r c i o d e l siglo X I I , f u e r o n cay e n d o e n m a n o s d e l e j é r c i t o a r a g o n é s algunas plazas d e l sur d e l a a c t u a l p r o v i n c i a d e T e r u e l , c u a l era e l caso d e R u b i e l o s , c u s t o d i a d a , según n a r r a l a l e y e n d a , p o r e l c a b a l l e r o c r i s t i a n o d o n A l o n s o d e R u b i e l o s , capitán q u e h a b í a i n t e n t a d o sin é x i t o l a t o m a d e l a c e r c a n a p o b l a c i ó n d e M o r a , todavía en m a n o s m u s u l m a n a s , y a c u y o f r e n t e estaba la j o v e n y b e l l a p r i n c e s a m o r a Fátima. En períodos de tregua, en ambos bandos era costumbre de la época o r g a n i z a r t o r n e o s y justas, e n los q u e r i v a l i z a b a n los m e j o r e s c a b a l l e r o s d e l m o m e n t o , t a n t o e n e l m a n e j o d e las a r m a s c o m o e n e l d o m i n i o d e los corceles. A p u n t o de f l o r e c e r la p r i m a v e r a , se c o n v o c ó u n o de estos t o r n e o s en la población m u s u l m a n a de M o r a , de m a n e r a que f u e r o n a c u d i e n d o de todo 107

Agustín tlhieto Arteta

e l m u n d o islámico jinetes sarracenos a c o m p a ñ a d o s p o r n u m e r o s a s escoltas y fastuosas comitivas. A l l l e g a r e l día s e ñ a l a d o , c o m e n z ó e l t o r n e o q u e f u e m u y c o m p e t i d o . A l c a n z ó l a v i c t o r i a u n e n i g m á t i c o c a b a l l e r o , q u e h a b í a lleg a d o solo y o c u l t a b a s u rostro bajo u n a i m p e n e t r a b l e c e l a d a . U n o tras o t r o fue d o b l e g a n d o a todos sus rivales, m e r e c i e n d o , p o r lo tanto, el t r o f e o c o n venido. C u a n d o s e d e s c u b r i ó l a i d e n t i d a d d e l e n i g m á t i c o c a b a l l e r o v e n c e d o r , resultó ser d o n A l o n s o , s e ñ o r d e R u b i e l o s , e n a m o r a d o e n secreto d e l a p r i n cesa m o r a . E n l a palestra y las gradas c u n d i ó e l d e s c o n c i e r t o . L a i n t r e p i d e z y el m o d o de actuar d e l jinete c r i s t i a n o , tan s o l i t a r i o e n t r e t o d o s los m u s u l m a n e s , motivó q u e Fátima, s e ñ o r a de M o r a , se e n a m o r a r a t a m b i é n rápidam e n t e d e él. D e s d e este m o m e n t o , se m u l t i p l i c a r o n los i n c o n v e n i e n t e s y p r o b l e m a s . N o obstante, l a d i s t i n t a religión y c o s t u m b r e s d e los e n a m o r a d o s n o f u e r o n o b s t á c u l o p a r a q u e , p o c o después, Fátima y A l o n s o c o n t r a j e r a n m a t r i m o n i o , n o sin antes h a b e r a c e p t a d o éste las c o n d i c i o n e s i m p u e s t a s p o r los m o ros notables de M o r a , celosos de su i n d e p e n d e n c i a , q u i e n e s , antes de aceptarlo c o m o a su señor, e x i g i e r o n a d o n A l o n s o q u e n o m b r a s e a F á t i m a c o m o s e ñ o r a d e R u b i e l o s , d e f o r m a q u e ambas p o b l a c i o n e s y d o m i n i o s — M o r a y R u b i e l o s — dependiesen de ambos p o r igual. A p a r t i r de ese m o m e n t o , c o m e n z a r o n a d e n o m i n a r s e M o r a de R u b i e los y R u b i e l o s de M o r a . [Recogida oralmente. |

74. A S E D I O Y R E C O N Q U I S T A DE M O R A DE RUBIELOS (SIGLO XII. M O R A M : RUBIELOS)

Después d e l a t o m a y r e p o b l a c i ó n d e l a c i u d a d d e T e r u e l p o r A l f o n s o II, rey de A r a g ó n , el e j é r c i t o c r i s t i a n o prosiguió su avance c o n i n t e n c i ó n de a p o d e r a r s e de las tierras levantinas. P o r la h i s t o r i a q u e n o s es c o n o c i d a , sabemos q u e este i n t e n t o quedé) fal l i d o d e m o m e n t o , a u n q u e e s c i e r t o q u e s e l o g r a r o n r e c u p e r a r a l g u n a s pob l a c i o n e s situadas al sur de la actual p r o v i n c i a t u r ó l e n s e . P o r estas tierras p r e c i s a m e n t e , e l e j é r c i t o a r a g o n é s sitió e l castillo m u s u l m á n d e M o r a d e R u b i e l o s (quizás s e p u l t a d o bajo e l a c t u a l ) , d o n d e e l e n e m i g o s e h a b í a c o n c e n t r a d o y h e c h o f u e r t e tras la c a í d a de T e r u e l . V e m o s , p u e s , a los c r i s t i a n o s r o d e a n d o e l alcázar d e M o r a . D e s p u é s d e v a r i o s días d e a s e d i o , y c u a n d o los c r i s t i a n o s c r e í a n q u e los m o r o s estab a n a p u n t o d e r e n d i r s e p o r h a m b r e , o b s e r v a r o n c o n a s o m b r o q u e los si-

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Leyendas para una historia páratela del Aragón medieval

f i a d o s les a r r o j a b a n p o r e l m u r o t o d a clase d e v i t u a l l a s , d a n d o l a sensac i ó n d e q u e les s o b r a b a n todavía los a l i m e n t o s y q u e , p o r e l l o , p o d r í a n r e s i s t i r d u r a n t e m u c h o t i e m p o l a p r e s i ó n c r i s t i a n a e i n c l u s o r e c i b i r ayud a e x t e r i o r . T a n t o e s así q u e los c a p i t a n e s d e l rey A l f o n s o I I d e A r a g ó n , descorazonados y de m u t u o acuerdo, d i e r o n la o r d e n de retirarse a pos i c i o n e s m á s retrasadas, c o n c r e t a m e n t e a l m o n t e d e «El C a s t e l l a r » , d o n de acamparon. N o obstante, m e d i a d a a q u e l l a m i s m a n o c h e , s e a p a r e c i ó a los c e n t i n e l a s aragoneses q u e v e l a b a n e l c a m p a m e n t o e l m i s m o san M i g u e l A r c á n g e l , d i c i é n d o l e s q u e v o l v i e r a n y r o d e a r a n d e n u e v o l a p l a z a d e M o r a , puesto q u e los víveres q u e , en efecto, habían visto a r r o j a r p o r las m u r a l l a s d e l castillo e r a n c o n t o d a s e g u r i d a d los últimos q u e les q u e d a b a n a los m o r o s , tratand o d e e n g a ñ a r l e s , c o m o así h a b í a s u c e d i d o . I n f o r m a d o s los jefes cristianos p o r los c e n t i n e l a s de a q u e l l a revelación d e l c i e l o , e l p r o p i o rey o r d e n ó sitiar d e n u e v o l a fortaleza c o n las p r i m e r a s luces d e l a l b a , lo q u e motivó q u e los m o r o s , al ver q u e su estratagema no había d a d o e l r e s u l t a d o a p e t e c i d o , p r e f i r i e r o n entregarse antes q u e l u c h a r sin esperanzas de é x i t o . M o r a de R u b i e l o s pasó así a p o d e r de los cristianos, que c o m e n z a r o n la repoblación de la zona. [Recogida

oralmente.]

75. I A R E C O N Q U I S T A D E M O R E S ( S I G L O XIII. M O R E S )

J a i m e I el C o n q u i s t a d o r , rey de Aragón — s e g ú n la tradición, pues no p u e d e ser d e o t r a m a n e r a — , d e c i d i ó sitiar varias l o c a l i d a d e s m u s u l m a n a s de las q u e f e s t o n e a n la r i b e r a d e l río Jalón. T o d a s ellas se resistieron a las armas cristianas, a u n q u e f i n a l m e n t e f u e r o n c a y e n d o u n a tras o t r a . En el caso de M o r é s , el rey a r a g o n é s , q u e h a b í a s i d o capaz de c o n q u i s tar la p o p u l o s a c i u d a d de V a l e n c i a , se encontré) c o n u n a tenaz resistencia, i m p r o p i a de p o b l a c i ó n tan p e q u e ñ a y desvalida. El a l c a i d e s a r r a c e n o había o r g a n i z a d o de tal m a n e r a su d e f e n s a q u e el sitio al q u e le sometían las tropas cristianas se p r o l o n g ó d u r a n t e varios meses. A n t e tales d i f i c u l t a d e s , Jaime I p u s o en práctica u n a estratagema q u e le había d a d o excelentes resultados en ocasiones similares: d e s m o r a l i z a r a los sitiados, a los q u e creía al límite de sus fuerzas. D o m i n a n d o el río c o m o d o m i n a b a , p e n s ó q u e los habitantes m u s u l m a n e s d e M o r é s apenas tendrían agua p a r a beber, p o r lo q u e envió al a l c a i d e unas ánforas llenas de agua, c r e y e n d o q u e no la p o d r í a n t o m a r d e l Jalón, y q u e la f u e n t e , d a d o el r i g o r d e l c a l u r o s o v e r a n o q u e p a d e c í a n , estaba seca, tal c o m o le h a b í a n i n d i c a d o sus espías. 109


Aún n o h a b í a n t r a n s c u r r i d o d o s horas c u a n d o e l a l c a i d e m o r o envió a l c a m p a m e n t o cristiano u n a comitiva, encabezada p o r u n a bandera blanca, p a r a a g r a d e c e r l e el presente y e n t r e g a r l e , p o r su p a r t e , varias cestas c h o r r e a n d o a g u a p o r e n t r e sus m i m b r e s , repletas d e peces r e c i é n pescados. R e g r e s a r o n a M o r é s los e m b a j a d o r e s . Su o r g u l l o y h o n o r seguían intactos, a u n q u e no tanto sus despensas, tal c o m o s o s p e c h a b a el rey c r i s t i a n o . Este siguió e s p e r a n d o , a c a m p a d o c o n sus tropas a la vera d e l r í o , no d e j a n d o e n t r a r n i salir a n a d i e d e l a p o b l a c i ó n . L a h u e r t a y los c a m i n o s p o r d o n d e p o d í a n llegar los s o c o r r o s necesarios p a r a l a subsistencia e r a n suyos. A l f i n a l , s e i m p u s o l a capitulación c o n h o n o r , r e s a l t a n d o J a i m e I , e n e l m o m e n to de la e n t r e g a de las llaves, la e n t e r e z a y el i n g e n i o d e l a l c a i d e y sus subditos. N o obstante, n u n c a llegó a saber c ó m o h a b í a n b u r l a d o los habitantes d e M o r e s l a v i g i l a n c i a q u e les p e r m i t i ó b e b e r a g u a y c o m e r peces d u r a n t e e l l a r g o asedio. [ U n a c o p l i l l a a l u s i v a r e c u e r d a todavía h o y t a n f a n t á s t i c o h e c h o : «¡Ay, M o r é s , el de los peces...! / Te q u i s i e r o n c o n q u i s t a r / c o n á n f o r a s de a g u a f r e s c a / p a r a tu s e d apagar, / y les d e v o l v i s t e cestas / d e s p u é s de ir a p e s c a r » . ] [ S e b a s t i á n , F., Mores. Fiestas de San Félix. P r o g r a m a de Fiestas, 1982.]

76. R E C O N Q U I S T A D E L C A S T I L L O D E L M A L L O (SIGLO xiii. MOSQUERUELA)

A l f o n s o 11, al r e c o n q u i s t a r T e r u e l , c o m e n z ó a a b r i r la r u t a q u e permitiría a los cristianos d e s c e n d e r a la h u e r t a levantina, c o m o así haría, f u n d a m e n talmente, J a i m e I S i n e m b a r g o , a los lados de este c a m i n o , q u e d a r o n todavía m u c h a s f o r t i f i c a c i o n e s en m a n o s de los m u s u l m a n e s . Ese e r a el caso de la fortaleza m o r a d e l M a l l o , situada a escasos kilómetros de M o s q u e r u e i a . E s t a b a y a J a i m e I e n V a l e n c i a c u a n d o e l M a l l o todavía o b e d e c í a a los m u sulmanes. Lo inexpugnable de la fortaleza, el avituallamiento abundante de la guarnición y lo i n h ó s p i t o de la región h i c i e r o n q u e los cristianos no distrajeran fuerzas e n s u asedio, p u e s t o q u e e s t i m a b a n q u e y a llegaría e l m o m e n t o e n q u e e l castillo s e r e n d i r í a p o r s í solo. S i n e m b a r g o , los habitantes d e M o s q u e r u e i a , c u a n d o p r o m e d i a b a e l a ñ o 1234, d e c i d i e r o n acabar c o n u n enclave q u e , d e c u a n d o e n c u a n d o , c r e a b a p r o b l e m a s a sus g a n a d e r o s . P e r o c o m o n o c o n t a b a n c o n fuerzas suficientes, i d e a r o n l a m a n e r a d e h a c e r l o m e d i a n t e l a astucia. El alcaide m o r o de la fortaleza tenía al servicio de su favorita a dos esclavas cristianas, u n a de las cuales, G r a c i a , estaba e n a m o r a d a de R a m i r o . Este, c o n o c e d o r c o m o n a d i e d e l t e r r e n o , se aventuraba c a d a n o c h e a ir al castillo y, entre las sombras, llegaba al l a d o de G r a c i a . E n t r e los dos e n a m o r a d o s , además de a m o r c o m e n z ó a hablarse de fuga, de l i b e r t a d y de b o d a .

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B u s c ó R a m i r o y e n c o n t r ó l a c o m p r e n s i ó n d e los d e M o s q u e r u e l a q u e d e c i d i e r o n a y u d a r a los e n a m o r a d o s y, de paso, t o m a r la p l a z a . Así es q u e i d e a r o n e l p l a n . D e b í a n a p r o v e c h a r e l m o m e n t o e n e l q u e los m o r o s salían d e l a f o r t a l e z a p a r a h a c e r las a b l u c i o n e s e n u n b a r r a n c o c e r c a n o . R a m i r o y u n a m i g o suyo, o c u l t o s d e s d e l a n o c h e a n t e r i o r e n u n o s m a t o r r a l e s , e n t r a rían e n t o n c e s e n e l castillo, c e r r a n d o l a p u e r t a . T o d o s u c e d i ó c o m o estaba p r e v i s t o , d e m o d o q u e , c u a n d o r e g r e s a r o n d e s a r m a d o s los m o r o s d e sus rezos, s e e n c o n t r a r o n e n t r e l a p u e r t a c e r r a d a y las a r m a s d e los c r i s t i a n o s q u e e s p e r a b a n apostados e l m o m e n t o . E r a el 24 de j u n i o de 1234 y los v e n c i d o s f u e r o n llevados c o m o p r i s i o n e r o s a M o s q u e r u e l a . S ó l o s e p e r m i t i ó l a l i b e r t a d a u n a n c i a n o , q u e pasó e l resto de su vida viviendo en u n a o q u e d a d cercana. [García, Mariano, «El castillo del Mallo», Miscelánea Turolense, 9 (1892), 150-151.]

77. E L F R A C A S O D E L A R E C O N Q U I S T A D E IBIZA (SIGLO XIII T O R L A Y B R O T O )

J a i m e I f u e t u t e l a d o d e n i ñ o p o r los T e m p l a r i o s e n e l c a s t i l l o d e M o n zón, c o m p a r t i e n d o e d u c a c i ó n y j u e g o s c o n u n m u c h a c h o d e s u e d a d , Iñig o Zaidín, d e s c e n d i e n t e d e i n f a n z o n e s s o b r a r b e n s e s . C u a n d o J a i m e I d e jó Monzón y accedió al trono, Iñigo marchó c o n él siendo n o m b r a d o alférez r e a l . Pasó el t i e m p o y, tras r e c o n q u i s t a r V a l e n c i a , J a i m e I p l a n e ó la t o m a de M a l l o r c a y se lanzó al M e d i t e r r á n e o . C o n él se e m b a r c ó I ñ i g o Zaidín, q u e participó e n l a l u c h a y t o m ó c o n sus h o m b r e s l a t o r r e d e l h o m e n a j e d e l cast i l l o m a l l o r q u í n . E l rey i n c o r p o r ó M a l l o r c a , e I ñ i g o g a n ó f a m a , u n a grave h e r i d a y a la p r i n c e s a Z o r a i d a , h i j a d e l rey m o r o d e s t r o n a d o , de la q u e se e n a m o r ó p e r d i d a m e n t e y a la q u e d e b i ó la v i d a m e r c e d a los c u i d a d o s q u e le d i s p e n s a r a . M e s e s d e s p u é s , el r e y e z u e l o m o r o de I b i z a desafió a J a i m e i al n e g a r s e a p a g a r e l t r i b u t o q u e d e b í a a l rey a r a g o n é s , q u i e n e n o j a d o d e c i d i ó t o m a r l a isla. P a r a e l l o — a s u n t o s u r g e n t e s l e r e q u e r í a n e n tierras v a l e n c i a n a s — e n c o m e n d ó la e x p e d i c i ó n a I ñ i g o Zaidín, ya r e p u e s t o de sus h e r i d a s . Tras p r e p a r a r la acción bélica, el ejército aragonés atacó, esperando para ello la oscuridad absoluta que p r o p o r c i o n a siempre la l u n a nueva. P e r o u n a vez c o m e n z a d o e l asalto, d e r e p e n t e , e l c i e l o s e i l u m i n ó c o n m i les de a n t o r c h a s , a la vez q u e e n o r m e s c u b o s de aceite c a í a n s o b r e los sold a d o s c r i s t i a n o s , q u e a d u r a s p e n a s p u d i e r o n h u i r h a c i a sus b a r c o s . E l ataq u e f u e u n t o t a l fracaso y d e l alférez I ñ i g o Zaidín j a m á s s e s u p o n a d a , pues d e s a p a r e c i ó . 111


Meses más tarde, e n M o n t e P e r d i d o , g u a r e c i d o e n u n a rústica c h o z a , a p a r e c i ó u n e r e m i t a s o l i t a r i o , p r o n t o c o n o c i d o e n l a c o m a r c a tanto p o r e l autocastigo q u e se a p l i c a b a c o m o p o r sus ayes lastimeros p i d i e n d o p e r d ó n p o r u n a traición c o m e t i d a en el p a s a d o . Así vivió d u r a n t e más de veinte a ñ o s , hasta q u e u n a m a ñ a n a u n pastor l o e n c o n t r ó m u e r t o . P e r o t a m b i é n halló, escrita c o n s u p r o p i a sangre e n l a p i e l b l a n c a d e u n c o r d e r o , esta frase: «Don J a i m e , p e r d ó n a m e . Yo os t r a i c i o n é y a m i s c o m p a ñ e r o s t a m b i é n en l a c o n q u i s t a d e Ibiza». E n t e r a d o el rey de la m u e r t e de su a m i g o lloró p o r él, y construye) en su m e m o r i a u n a e r m i t a e n M o n t e P e r d i d o , m i e n t r a s todavía s e p u e d e n o í r h o y los ecos d e voces q u e d a s p i d i e n d o p e r d ó n p o r u n a traición q u e n a d i e reconoce. [ D e Salas,Javier, «La l e y e n d a de M o n t e P e r d i d o » , Folletón AÜoaragón, 50, pág. x v . ]

78. A B U ZEYT, R E Y D E V A L E N C I A , A L SERVICIO D E J A I M E I (SIGLO xiii. D A R O C A )

E r a A b u Z e y t rey m o r o d e V a l e n c i a , e l s u e ñ o i n a l c a n z a b l e d e l o s reyes cristianos. N o obstante, e l musulmán n o era feliz. E l p r o p i o d o n H u r t a d o , u n r e n e g a d o c r i s t i a n o q u e a l c a n z ó a ser v a l i d o d e A b u Zeyt, s e n t í a g r a n p r e o c u p a c i ó n p o r e l estado d e a b a t i m i e n t o e n e l q u e h a b í a c a í d o s u señor. U n día e l rey v a l e n c i a n o c o n f e s ó e l o r i g e n d e s u tristeza a s u v a l i d o : h a b í a c o n o c i d o e n casa d e l m o z á r a b e P e d r o C a r d o n a a l a m u j e r más h e r m o s a q u e jamás h a b í a visto: e r a A l d a , s u hija. E n a m o r a d o d e tal m a n e r a , daría i n c l u s o s u r e i n o p o r e l l a , p e r o l a religión s e i n t e r p o n í a e n t r e a m b o s , pues A l d a sólo a c c e d e r í a al m a t r i m o n i o si el rey se c o n v e r t í a a la fe de los cristianos. A c o n s e j ó H u r t a d o a l rey q u e p r o c u r a r a l a m e d i a c i ó n d e los f r a n c i s c a n o s q u e f r e c u e n t a b a n l a casa d e P e d r o C a r d o n a , e l r i c o m o z á r a b e , y así l o h i z o . P e r o n i fray P e d r o n i fray J u a n s e c o m p r o m e t i e r o n a m e d i a r s i A b u Zeyt n o a b r a z a b a la fe de C r i s t o . El rey m o r o , p r e s o de i r a , despidió a los m o n j e s de mala manera. M i e n t r a s , e n l a c i u d a d d e V a l e n c i a , e l descontento c o n t r a A b u Zeyt a u m e n t a b a . S u a n t a g o n i s t a , G i o m a i l b e n Zeyán, q u e a n h e l a b a h a c e r s e c o n el p o d e r , i n s t i g ó a los v a l e n c i a n o s a r e b e l a r s e c o n t r a su rey, de q u i e n d e c í a s e h a b í a c o n v e r t i d o e n secreto a l c r i s t i a n i s m o y , c o m o p r u e b a , a p o r t a b a l a p r e s e n c i a d e los d o s f r a n c i s c a n o s e n s u casa. L a s i t u a c i ó n s e agravó t a n t o q u e A b u Z e y t n o tuvo más r e m e d i o q u e a b a n d o n a r l a c i u d a d y el r e i n o .

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Leyendas para una historia parakla del Aragón medieval

Tras largas etapas, l l e g a r o n a T e r u e l , d o n d e J a i m e I p r e p a r a b a u n a n u e va c a m p a ñ a m i l i t a r . A b u Zeyt se o f r e c i ó y se e n t r e g ó a j a i m e 1 c o m o vasallo suyo, y le solicitó q u e l i b e r a r a a V a l e n c i a de la tiranía de G i o m a i l , d á n d o l e i n f o r m e s de c ó m o h a c e r l o . Se estudió e n t r e a m b o s la estrategia y se a c o r d ó q u e , a u n q u e J a i m e I n o p o d r í a d e v o l v e r l e e l r e i n o , pues V a l e n c i a t e n d r í a q u e ser c r i s t i a n a , le p r o m e t i ó su p r o p i o p a l a c i o y parte de sus tierras, además de c e d e r l e R i e l a y Magallón. C o n el paso d e l t i e m p o , A b u Zeyt se convirtió al c r i s t i a n i s m o y se bautiz ó c o m o V i c e n t e Belbís, c a s á n d o s e c o n l a ilustre d a m a a r a g o n e s a D o m i n g a L ó p e z , d e q u i e n tuvo u n a hija, a l a q u e llamó A l d a , e n r e c u e r d o d e l a m o zárabe v a l e n c i a n a . [Beltrán, José, Tradiciones..., págs. 70-75.]

79. L O S D A R O C E N S E S E N I A R E C O N Q U I S T A DE VALENCIA ( S I G L O XIII D A R O C A )

J a i m e I p r e p a r a b a el ataque d e f i n i t i v o a V a l e n c i a . N e c e s i t a b a p a r a e l l o u n g r a n e j é r c i t o , pues l a e m p r e s a e r a d e e n o r m e e n v e r g a d u r a , d e m o d o q u e m u c h o s c a b a l l e r o s aragoneses a c u d i e r o n a s u l l a m a d a . U n o d e e l l o s fue e l d a r o c e n s e H e r n a n d o D i e z d e A u x , q u e partió a l a l u c h a c o n t e n t o p o r pod e r s e r v i r a su rey, p e r o i n m e n s a m e n t e triste, pues d e j a b a en D a r o c a a su amada, M a r t i n a , que le vio partir c o n gran dolor, d a n d o c o m i e n z o a u n a l a r g a espera. El avance de las tropas cristianas e r a l e n t o , hasta q u e . finalmente, se e s t a b l e c i ó a las p u e r t a s d e V a l e n c i a u n g r a n c a m p a m e n t o d e s d e d o n d e , e n el m o m e n t o o p o r t u n o , se iniciaría el ataque definitivo. Las escaramuzas entre ambos ejércitos eran frecuentes y sangrientas, m u r i e n d o m u c h o s g u e r r e r o s p o r a m b a s partes. A D a r o c a l l e g a b a n n o t i c i a s t a n t o d e las g r a n des hazañas d e a l g u n o s c a b a l l e r o s c o m o d e l a triste suerte d e otros q u e m o r í a n p o r s u rey. P e r o n a d i e p o d í a i n f o r m a r a M a r t i n a s o b r e l a suerte de su H e r n a n d o . T a l fue s u desesperación q u e , v e n c i d a p o r l a i m p a c i e n c i a , t o m ó l a resolución de disfrazarse de c a b a l l e r o , p a r a lo q u e se a p r o p i ó de las armas de su p a d r e , d o n Juán M o r e n o , y se u n i ó a las huestes d e l o b i s p o de N a r b o n a , que pasaba p o r D a r o c a r u m b o a V a l e n c i a , hasta cuyas puertas llegó. U n a vez e n e l c a m p a m e n t o c r i s t i a n o , los esfuerzos d e l a j o v e n disfrazada p o r e n c o n t r a r a su a m a d o f u e r o n vanos: n a d i e sabía de él ni lo h a b í a visto. E l t i e m p o transcurrió e n l a b ú s q u e d a y u n día, sin p r e v i o aviso, s o n a r o n las trompetas en señal de ataque. R á p i d a m e n t e se organizó t o d o el e j é r c i t o para tratar de e n t r a r en la c i u d a d . M a r t i n a se aprestó t a m b i é n .

Agustíyi Ubieto Arteta

L o s g u e r r e r o s cristianos i n t e n t a b a n sobrepasar e l m u r o , p e r o los m u s u l m a n e s s e d e f e n d í a n c o n d e n u e d o . E n u n m o m e n t o d e l a batalla, M a r t i n a creyó v e r a H e r n a n d o e n a r b o l a n d o u n a b a n d e r a a r a g o n e s a y l u c h a n d o c o n varios m o r o s a la vez. Su alegría se t o r n ó r á p i d a m e n t e en d e s e s p e r a c i ó n c u a n d o u n o d e los infieles l o hirió, c e r c e n á n d o l e e l b r a z o . C o r r i ó M a r t i n a e n s u a y u d a p a r a g r a n sorpresa d e l j o v e n , q u i e n s e d e j ó s o c o r r e r m u y gustosamente p o r s u a m a d a . J a i m e I e n t r ó en V a l e n c i a y c o n c e d i ó a los d a r o c e n s c s dos b a n d e r a s q u e todavía s e c o n s e r v a n e n D a r o c a , p o r h a b e r sido los p r i m e r o s e n levantar s u pendón en la Valencia reconquistada. [ B e l t r á n , J o s é , Tradiciones y leyendas de Daroca, p á g s . 89-94. E s t e b a n A b a d , R a f a e l , Estudio histórico-político..., p á g s . 71-72.]

80. LA P R O M E S A D E L G U E R R E R O (SIGLO XV. C U B E L )

E n l a E d a d M e d i a , p a r a m u c h o s h o m b r e s — s o b r e t o d o p a r a los q u e n o tenían f o r t u n a — l a g u e r r a e r a u n m o d o d e v i d a o i n c l u s o u n a m a n e r a d e realizarse, sobre t o d o c u a n d o n o s e trataba d e d e f e n d e r i m p e r i o s a m e n t e l o p r o p i o . M a r c h a r a la g u e r r a c o n t r a el m o r o , c u a n d o éste se h a l l a b a a c i e n tos d e kilómetros, p o d í a s u p o n e r u n m e d i o d e m e d r a r , puesto q u e e l rep a r t o d e l b o t í n , tras la finalización de u n a «hueste» o u n a «cabalgada», e r a ocasión de atesorar ingresos y r i q u e z a s a veces i m p o r t a n t e s . C u a n d o e l v e r a n o apenas d e s p u n t a b a , u n o d e esos h o m b r e s q u e vivían de la g u e r r a , un joven desheredado y a g u e r r i d o de V i l l a f e l i c h e , decidió a q u e l a ñ o e n r o l a r s e d e n u e v o c o n c u a l q u i e r s e ñ o r o m u n i c i p i o d e l sur d e S i e r r a M o r e n a q u e l e a c e p t a r a e n t r e sus f i l a s p a r a a d e n t r a r s e e n t i e r r a d e m o r o s e n l a t á c t i c a d e desgaste q u e a n u a l m e n t e s e r e i n i c i a b a . Y e n d o de camino, llegado el m o m e n t o de finalizar su p r i m e r a j o r n a d a , decidió acampar al amparo de la sencilla ermita levantada en h o n o r de Nuestra S e ñ o r a d e los Á n g e l e s , q u e s e l e v a n t a b a a p o c o s kilé)metros d e l p u e b l o d e Cubel. D u r m i ó c o n f i a d o d u r a n t e la cálida n o c h e y, al d e s p u n t a r el alba, tras p r e p a r a r s u c a b a l l o p a r a l a n u e v a a n d a d u r a d e l día n u e v o , p e r o t e m e r o s o d e l o q u e p u d i e r a o c u r r i r l e e n l a n u e v a a v e n t u r a , q u e s e preveía l l e n a d e riesgos, p r o m e t i ó a la V i r g e n q u e elevaría un s a n t u a r i o m a y o r y más herm o s o s i regresaba c o n b i e n d e l c o m b a t e . P o c o , más b i e n n a d a , s e sabe d e las a n d a n z a s d e l j o v e n g u e r r e r o d e C u b e l d u r a n t e a q u e l v e r a n o y d u r a n t e e l o t o ñ o s i g u i e n t e , p e r o parece q u e deb i e r o n ser fructíferas. El caso es q u e regresó sano y salvo a su p u e b l o , y disp u e s t o a c u m p l i r l a p r o m e s a q u e h i c i e r a e n s u día. E n p o c o s meses, s e

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Jjyendas para una historia paralela del Aragón medieval

levantó u n n u e v o t e m p l o , d e m e j o r f á b r i c a y más capaz q u e e l a n t e r i o r , dispuesto para acoger a quienes necesitaran de su a m p a r o . E n r e c u e r d o d e s u benefactor, l a p r i m i t i v a advocación d e l a e r m i t a d e N u e s t r a S e ñ o r a d e los Á n g e l e s fue c a m b i a d a p o r l a d e l a V i r g e n d e G u í a a l G u e r r e r o , c u y a i m a g e n sedente presidía e l altar mayor. [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., i , p á g s . 452-453. S á n c h e z P é r e z , f o s é A . , El culto mañano..., pág. 212.]

2.2. REPOBLACIÓN

81. F U N D A C I Ó N Y D E S T R U C C I Ó N DE LA CIUDAD DE PANO ( S I G L O VIII. S A N J U A N D E L A P E Ñ A )

E n los m o m e n t o s i n m e d i a t a m e n t e posteriores a l a c o n q u i s t a m u s u l m a n a d e Z a r a g o z a , l a p r i n c i p a l c i u d a d d e l valle m e d i o d e l E b r o , n o e r a e x t r a ñ o advertir l a p r e s e n c i a d e p e q u e ñ o s g r u p o s d e cristianos h u i d o s y e s c o n d i d o s e n bosques, cuevas y m o n t e s q u e e s p e r a b a n a ver c ó m o se d e s a r r o l l a b a n los a c o n t e c i m i e n t o s p o r si p o d í a n regresar a los hogares q u e h a b í a n a b a n d o n a do de m a n e r a p r e c i p i t a d a . Estos fugitivos solían r e u n i r s e p a r a l l o r a r sus penas, s o l i c i t a r la a y u d a de D i o s y ayudarse u n o s a otros. F u e en u n a de estas r e u n i o n e s c u a n d o , ante l a p e r m a n e n c i a d e los m o r o s e n l a c i u d a d , surgió la i d e a de r e c o n q u i s t a r las tierras p e r d i d a s y tratar de f u n d a r u n a c i t i d a d cristiana. A n i m a d o s p o r esta i l u s i o n a n t e i d e a , los c r i s t i a n o s h u i d o s — q u e c o n o cían p e r f e c t a m e n t e l a z o n a , p u e s n o e n v a n o e r a s u c a s a — e s c o g i e r o n u n a cumbre inaccesible, la cima del monte Pano, c o m o lugar de asentamient o d e s u p r i m e r a c i u d a d tras l a invasión a g a r e n a . D i c h o m o n t e , q u e situad o e n t r e S a n t a C r u z d e l a Serós y B o t a y a , está c o r o n a d o e n s u c i m a p o r u n a e x t e n s a l l a n u r a , p o r l o q u e e l t r a z a d o y l a c o n s t r u c c i ó n f u e r o n fáciles, m á x i m e c u a n d o a ú n h o y p o r allí a b u n d a n l a p i e d r a y l a m a d e r a . S e d i e r o n c i t a e n a q u e l l u g a r f a m i l i a s enteras q u e s e r i g i e r o n p o r los a n t i guos usos y c o s t u m b r e s bajo l a p r o t e c c i ó n d e l a C r u z , e l a u t é n t i c o s í m b o l o d e su fe. N o tardó m u c h o e n l l e g a r l a n o t i c i a d e l a e x i s t e n c i a d e esta n u e v a y peq u e ñ a c o m u n i d a d a oídos d e A b d e l a z i z , g o b e r n a d o r m u s u l m á n d e Z a r a g o za, q u i e n , t e m e r o s o d e q u e a q u e l i n t e n t o p u d i e r a c o n s t i t u i r algún p e l i g r o , dispuso i n m e d i a t a m e n t e u n e j é r c i t o , c a p i t a n e a d o p o r A b d e m e l i c , p a r a tratar de s o m e t e r a la c i u d a d de P a n o .

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Agustín l 'hielo Arteta

( A l a n d o los cristianos a d v i r t i e r o n la p r e s e n c i a d e l e j é r c i t o m u s u l m á n se a p r e s t a r o n a d e f e n d e r sus casas. En p r i n c i p i o , las d i f i c u l t a d e s p a r a acceder al l u g a r e s c o g i d o p u d i e r o n m a n t e n e r a salvo sus casas y enseres p o r un ciert o espacio d e t i e m p o , p e r o f i n a l m e n t e a c a b ó i m p o n i é n d o s e e l m a y o r p o d e r í o h u m a n o y b é l i c o d e l e j é r c i t o atacante, q u e p e n e t r ó en la c i u d a d y la arrasé) p o r c o m p l e t o , f r u s t r a n d o así e l s u e ñ o d e aquellas familias. N a d a quedó en la c i u d a d de P a ñ o , salvo esta h i s t o r i a . [Martínez y Herrero, B., Solmirbe y Aragón..., I, págs. 46-48.]

82. F U N D A C I Ó N D E I A V I C I A D E A C U M U E R ( S I G L O IX. A C U M U E R )

M u e r t o e l c o n d e d o n A z n a r , e l p r i m e r g r a n c o n d e d e los ¡acétanos, l e sucedió en el g o b i e r n o del territorio su hijo primogénito d o n G a l i n d o , h o m b r e valeroso, a g u e r r i d o y r e l i g i o s o a la vez. En efecto, si j u n t o al rey de Sob r a r b e c o n c u r r i ó c o n t r a los m o r o s en múltiples y variadas a c c i o n e s bélicas, d i o t a m b i é n muestras d e s u g r a n devoción r e l i g i o s a , e n g r a n d e c i e n d o c o n sus d o n a c i o n e s piadosas al m o n a s t e r i o de San P e d r o de Siresa o f u n d a n d o e l c e n o b i o d e S a n Martín d e C e r c h o . P r e c i s a m e n t e l a f u n d a c i ó n d e este ú l t i m o c e n o b i o d i o o r i g e n a u n a i m p o r t a n t e c o n t r o v e r s i a , pues e l l u g a r d o n d e fue h a l l a d a l a vieja c a p i l l a q u e d i o o r i g e n a l m o n a s t e r i o e r i g i d o p o r e l p r o p i o d o n G a l i n d o estaba u b i c a d o f u e r a d e los límites d e l c o n d a d o . L a p r o n t a f a m a a l c a n z a d a p o r e l n u e v o m o n a s t e r i o motivó q u e varios p u e b l o s c e r c a n o s r e c l a m a r a n para sí la u b i c a c i ó n d e l m i s m o e n s u respectivo t é r m i n o j u r i s d i c c i o n a l , c o n t r o v e r s i a q u e les llevó i n c l u s o , en varias y r e p e t i d a s ocasiones, al uso de las armas p a r a tratar de d i r i m i r la cuestión, a c t i t u d q u e disguste» e n o r m e m e n t e al c o n d e , q u i e n se d i s p u s o a i n t e r v e n i r de m a n e r a d e c i d i d a y d e f i n i t i v a . E n t r e los c o n t e n d i e n t e s , d e s t a c a r o n los p u e b l o s d e Santa M a r í a d e E r u s o n , q u e c o n t a b a e n t o n c e s c o n un m a g n í f i c o castillo, y C e r c h o , q u e también a l a r d e a b a d e o t r o n o m e n o s i m p o r t a n t e , e l l l a m a d o d e P a n i f i c o . L l e gadas hasta este e x t r e m o las cosas, el c o n d e G a l i n d o d e c i d i ó p o n e r fin a tales desavenencias m a n d a n d o f u n d a r y c o n s t r u i r la v i l l a de A c u m u e r , a la c u a l q u e d a r o n adscritos a m b o s p u e b l o s e n l i t i g i o , a l a vez q u e d e c l a r a b a corresponder al territorio de la misma el monasterio f u n d a d o por el prop i o G a l i n d o , d e m o d o q u e , desde a q u e l instante, pasó a c o n o c e r s e d e m a n e r a i n d i s t i n t a c o m o m o n a s t e r i o d e San Martín d e C e r c h o o d e A c u m u e r . E n r e a l i d a d , l a decisión a d o p t a d a p o r e l j o v e n c o n d e jaeetano n o era sin o u n a m u e s t r a más d e l a tarea r e p o b l a d o r a e m p r e n d i d a e n u n t e r r i t o r i o p r á c t i c a m e n t e vacío d e gente. [ B l a s c o , C o s m e , Historia de Jara, p á g s . 56-61.]

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Leyendas para una historia paralela del Aragón, medieval

83. D E L I M I T A C I Ó N D E L T É R M I N O M U N I C I P A L D E BINÉFAR (SIGLO XI. BINÉFAR)

M o n z ó n , tras varios i n t e n t o s d e l e j é r c i t o a r a g o n é s , cayó e n m a n o s cristianas y c o n la t o m a de su castillo t o d a la z o n a se aprestó a la tarea de la rep o b l a c i ó n y o r g a n i z a c i ó n d e l t e r r i t o r i o . E n a q u e l l o s m o m e n t o s , B i n é f a r form a b a parte d e l t é r m i n o d e M o n z c i n , p e r o e l r á p i d o c r e c i m i e n t o d e s u c a s e r í o a n i m ó a sus p o b l a d o r e s a r e c l a m a r su p r o p i o t e r r i t o r i o m u n i c i p a l . Tras largas c o n v e r s a c i o n e s y p r o p u e s t a s d e t o d o t i p o , p u d o llegarse, p o r f i n , a u n a c u e r d o d e solución. Consistía éste e n q u e a l a l b a d e u n d e t e r m i n a d o día saldrían dos ancianas, u n a d e B i n é f a r y o t r a d e M o n z ó n , a n d a n d o p o r el c a m i n o q u e u n í a a a m b a s p o b l a c i o n e s : d o n d e se e n c o n t r a r a n , allí estaría la g ü e g a o m u g a . N a t u r a l m e n t e , en a m b o s lugares e l i g i e r o n a las abuelas más ágiles y rápidas, a las q u e n a d i e p o d r í a ayudar. P o r parte de Binéfar, la c o m u n i d a d de vecinos designó a u n a a n c i a n a de la calle M o n z ó n . P e r o o c u r r i ó q u e estaba resfriada y, p e n s a n d o en el c o m p r o m i s o q u e tenía a l día siguiente, decidió superar l a e n f e r m e d a d p o r e l p r o c e d i m i e n t o más e x p e d i t i v o d e l a é p o c a : s u d a n d o b i e n a r r o p a d a e n l a c a m a . Así es q u e la a b u e l a binefarense, c u a n d o se e c h ó la n o c h e , t o m ó unas peras q u e tenía colgadas en la falsa y se preparé) un b u e n p o n c h e caliente. U n a vez cocidas las peras c o n m i e l , les añadió e l p r e c e p t i v o v i n o tinto d e l a tierra, l o do h u b i e r a s i d o ñor m a l a no ser p o r q u e se pasó en la dosis r e c o m e n d a d a p o r la receta, de m o d o q u e se acostó a la c a m a realmente « c o n t e n t a » . A l despertar, e l c a t a r r o estaba m u c h o mejor, p e r o e l sol e n t r a b a y a p o r la v e n t a n a . M u y a p u r a d a , sin lavarse apenas, se vistió r á p i d a m e n t e , se calzó unas zapatillas c ó m o d a s , c o g i ó u n a l a b o r p a r a el c a m i n o y se d i s p u s o a p l a n tarse l o más c e r c a p o s i b l e d e M o n z ó n . P e r o c u a l n o sería s u a s o m b r o c u a n d o , n a d a rrrás dejar las últimas casas de Binéfar, se t o p ó c o n la «cabezuda» m o n t i s o n e n s e q u e , l i g e r a y, sobre t o d o , m a d r u g a d o r a , h a b í a r e c o r r i d o ya las dos leguas q u e s e p a r a n a a m b o s p u e b l o s . C o m o les seguían a d i s t a n c i a varios v e c i n o s de Binéfar' y de M o n z ó n , resp e c t i v a m e n t e , justamente allí d o n d e s e e n c o n t r a r o n c o l o c a r o n u n a m u g a d e p i e d r a p a r a señalar l a l i n d e , h a c i e n d o q u e e l n o t a r i o d i e r a f e d e l o o c u r r i d o . P o r eso el t é r m i n o de B i n é f a r ha sido y es tan r e d u c i d o . [ D a t o s p r o p o r c i o n a d o s p o r fosé P c y r ó n G i n i e n o . ]

84.

IA R E P O B L A C I Ó N

DE

SUELVES

(SIGLO X I L SULI.VES)

L o s m u s u l m a n e s h a b í a n p a s a d o de ser d o m i n a d o r e s a d o m i n a d o s en las tierras p i r e n a i c a s , a u n q u e m u c h o s de ellos p e r m a n e c i e r o n en sus hogares. 117


S i n e m b a r g o , a l g u n o s espacios h a b í a n q u e d a d o vacíos y e r a p r e c i s o r e p o b l a r l o s , p o n e r l o s e n e x p l o t a c i ó n , l o c u a l e r a tarea difícil d a d a l a e x i g u a p o blación a r a g o n e s a c r i s t i a n a . U n c a b a l l e r o , c o n o c i d o c o m o m a r q u é s d e Suelves, a d q u i r i ó e l castillo d e esta p o b l a c i ó n y las tierras q u e le r o d e a b a n c o n i d e a de r e p o b l a r l a s y o r g a n i z a r l a v i d a d e l t e r r i t o r i o . E l día q u e t o m ó posesión d e l castillo r e u n i ó a los catorce h o m b r e s q u e le servían y les d i j o q u e a la m a ñ a n a s i g u i e n t e , al desp u n t a r el a l b a , p o d í a n salir en la d i r e c c i ó n q u e desearan y b u s c a r el l u g a r q u e p r e f i r i e r a n p a r a c o n s t r u i r allí s u casa, j u n t o c o n tierras suficientes p a ra cultivar. N o obstante, e l m a r q u é s o r g a n i z ó a q u e l l a n o c h e u n a f i e s t a e n e l castillo, a l a q u e a c u d i e r o n c o m o i n v i t a d o s los catorce h o m b r e s . L o c i e r t o e s q u e n o sé)lo se h i z o m u y tarde, s i n o q u e t a m b i é n b e b i e r o n en exceso hasta e m b o r r a c h a r s e . C o m o casi n o p o d í a n tenerse e n p i e , d e c i d i e r o n todos j u n t o s d a r u n paseo p o r e l c a m p o p a r a t o m a r u n p o c o e l aire y refrescarse. S a l i e r o n a l exterior. C o m o estaban tan m a r e a d o s p o r los efectos d e l a l c o h o l , c a d a u n o e n c a m i n ó sus pasos h a c i a d o n d e l e l l e v a b a n b u e n a m e n t e sus pies. L o s q u e h a b í a n a b u s a d o más c a y e r o n p r o n t o al s u e l o y se q u e d a r o n allí d u r m i e n d o ; otros, q u e i b a n j u n t o s , c a m i n a r o n u n p o c o más hasta caer t a m b i é n . L o s más s o b r i o s a n d u v i e r o n u n p o c o más, hasta alejarse casi dos k i l ó m e t r o s y m e d i o , d e s p l o m á n d o s e a s i m i s m o . A l d e s p u n t a r e l a l b a , todos d o r m í a n e n e l m i s m o l u g a r e n e l q u e h a b í a n c a í d o e x t e n u a d o s h o r a s antes y allí d e s p e r t a r o n . A s o m b r a d o s de e n c o n trarse e n m e d i o d e l m o n t e , c a d a u n o d e los catorce h o m b r e s d e c i d i ó const r u i r s u casa e n e l l u g a r e x a c t o d o n d e h a b í a p e r n o c t a d o . El s e ñ o r c u m p l i ó su p a l a b r a , y este es el m o t i v o q u e e x p l i c a p o r q u é en Suelves se c o n s t r u y e r o n las casas separadas entre sí a g r a n d i s t a n c i a u n a s de otras, y q u e en a l g u n o s lugares h u b i e r a tres o c u a t r o m u y cercanas e n t r e sí. [ D a t o s p r o p o r c i o n a d o s p o r .VI C a r m e n l . a s c o r z . ] a

Hr>. T R A S I A R E C O N Q U I S T A D E O L I E T E (SIGLO X I L OLIETF.)

E l t r a m o m e d i o y f i n a l d e l a r i b e r a d e l r í o Martín h a b í a i d o c a y e n d o p a u l a t i n a m e n t e e n m a n o s d e los ejércitos cristianos aragoneses, d e s e m p e ñ a n d o u n p a p e l f u n d a m e n t a l e n esta tarea las ó r d e n e s m i l i t a r e s , q u e p r o n t o s e convertirían en agentes r e p o b l a d o r e s de las nuevas tierras. E n t r e las l o c a l i d a d e s q u e s e v i e r o n l i b r e s d e l a a d m i n i s t r a c i ó n m u s u l m a n a , los cristianos de O l i e t e se a p r e s t a r o n a la r e c o n s t r u c c i ó n de lo p o c o q u e q u e d a b a e n p i e , pues e l p o b l a d o h a b í a q u e d a d o c o m p l e t a m e n t e a r r a 118


sado p o r l a acción devastadora d e l a c r u e n t a g u e r r a . S e l e v a n t a r o n casas, c o r r a l i z a s , pajares; se r e c o n s t r u y e r o n la iglesia, el h o r n o y la f e r r e r í a . Al toq u e de v e c i n a l , en fin, se a d e c e n t a r o n las calles y la p l a z a . D u r a n t e varios meses, la a c t i v i d a d f u e f r e n é t i c a , p u e s a la vez h a b í a q u e volver a p o n e r en e x p l o t a c i ó n los c a m p o s arrasados p o r la l u c h a y r e c u p e rar e l g a n a d o d e l a subsistencia. U n a tarde, a l r e m o v e r los e s c o m b r o s d e u n a v i v i e n d a d e l a q u e apenas q u e d a b a s u p l a n t a , e l trabajo s e h i z o p e n o s o a l e n c o n t r a r s e c o n u n a e n o r m e m o l e d e p i e d r a . C o m o s e e c h a b a l a n o c h e e n c i m a , los v e c i n o s d e O l i e te, cansados p o r la tarea, d e c i d i e r o n r e e m p r e n d e r los trabajos a la m a ñ a n a siguiente. C o n las p r i m e r a s luces, p e r t r e c h a d o s c o n e n o r m e s t r o n c o s p a r a q u e sirv i e r a n d e p a l a n c a , s e r e u n i e r o n más d e veinte h o m b r e s e n t o r n o a l «cantal» q u e les h a b í a d i f i c u l t a d o los trabajos la tarde a n t e r i o r . A p l i c a n d o m a ñ a y f u e r z a , l o g r a r o n m o v e r l o . S u s o r p r e s a fue g r a n d e a l ver q u e servía d e c u bierta a un hoyo, en cuyo interior — c u b i e r t a c o n telas— apareció u n a imag e n d e l a V i r g e n . S i n d u d a , h a b í a s i d o e s c o n d i d a p r e c i p i t a d a m e n t e p o r los antiguos p o b l a d o r e s cristianos p o c o antes d e s u h u i d a . Tras más d e c u a t r o siglos d e a b a n d o n o d e l p u e b l o , n a d i e t e n í a n o t i c i a de a q u e l l a i m a g e n a la h o r a d e l regreso, a la q u e b u s c a r o n a c o m o d o hasta resolver q u é h a c e r c o n e l l a , y n o s a b i e n d o s u n o m b r e , a c o r d a r o n p o n e r l e e l d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l «Cantal», e n r e c u e r d o d e l a p i e d r a q u e l a h a b í a o c u l t a d o y salvado de los m o r o s . C u a n d o los trabajos de r e c o n s t r u c c i ó n d i e ron fin, determinaron construirle a la imagen una ermita. [Faci, Roque A . , Aragón..., II, 104-105. Bernal, José, 'l'radieiones..., 183.]

86. L A P R E S A D E A L M O N A C I D ( S I G L O XIII. A L M O N A C I D DE I A C U B A )

E n u n p e q u e ñ o y c a p r i c h o s o río q u e r e c o r r e las tierras resecas d e A l m o n a c i d d e l a C u b a , e l pasado nos h a d e j a d o u n a d e las obras más i m p o r tantes d e l a i n g e n i e r í a a n t i g u a , sin d u d a d e é p o c a r o m a n a . S i n e m b a r g o , l a l e y e n d a retrasa a p l e n o siglo X l l i su c o n s t r u c c i ó n . E l r í o Aguasvivas e s g e n e r a l m e n t e tan m a g r o e n c a u d a l c o m o t e m i b l e c u a n d o sus aguas se d e s b o r d a n r u m o r o s a s en las é p o c a s de l l u v i a o tras u n a t o r m e n t a de v e r a n o . Y así ha sido a h o r a y s i e m p r e , i n c l u s o en los t i e m p o s e n q u e e r a rey d e Aragón d o n J a i m e I e l C o n q u i s t a d o r , q u i e n , segtm l a ley e n d a , mandé) c o n s t r u i r a sus expensas la presa de c i e n varas de l a r g o p o r diez de espesor q u e todavía v e m o s y nos a s o m b r a hoy. 119

Agustín IJbifto Arteta

C ó m o l o g r a r o n los v e c i n o s d e A l m o n a c i d c o n v e n c e r a l rey p a r a q u e r e a l i z a r a p r e c i s a m e n t e allí e s f u e r z o tan c o n s i d e r a b l e e s c o s a p o c o p r o b a d a , p e r o tiene q u e ver, sin d u d a a l g u n a , c o n l a a y u d a q u e a q u é l l o s y los vec i n o s d e B e l c h i t e p r e s t a r o n a d o n J a i m e I e l C o n q u i s t a d o r e n sus m i l batallas y a n d a n z a s p o r tierras l e v a n t i n a s . S i u n o s p r e c i s a b a n l a p r e s a p a r a p r e s e r v a r su h u e r t a y sus c a m p o s de las avenidas devastadoras, los otros la n e c e s i t a b a n p a r a p o d e r elevar el n i v e l d e l a g u a y d a r n a c i m i e n t o a la aceq u i a v i v i f i c a d o r a q u e a s e g u r a r a sus cosechas e n l a b u e n a t i e r r a reseca d e su llanada. L o c i e r t o e s q u e p r e c i s a d o e l rey d e brazos a r m a d o s p a r a asegurar l a h u e r t a v a l e n c i a n a q u e h a b í a c o n q u i s t a d o , c o n v o c ó hueste y p r o m e t i ó rec o m p e n s a s a q u i e n e s le a y u d a r a n . S e ñ o r e s y m u n i c i p i o s e n v i a r o n c a b a l l e r o s y p e o n e s , y e n d o los más p o r c o n s e g u i r tierras en tan feraz r e g i ó n . P e r o los h o m b r e s d e A l m o n a c i d y B e l c h i t e — c u y a tradición d e excelentes g u e r r e r o s se r e m o n t a b a a la é p o c a en la q u e se c o n s t i t u y e r a allí un siglo antes la fam o s a c o f r a d í a d e B e l c h i t e — sólo a c c e d i e r o n a c o l a b o r a r ante l a p r o m e s a real d e c o n s t r u i r u n a p r e s a p a r a sujetar y d o m i n a r a l río Aguasvivas. L a a y u d a d e l a p a r t i d a m i x t a o r g a n i z a d a f u e tan i m p o r t a n t e y decisiva e n la batalla que el m o n a r c a decidió c u m p l i r c o n la palabra que había empeñ a d o , d e s t i n a n d o a l a c o n s t r u c c i ó n d e l i n g e n i o u n a b u e n a parte d e l b o t í n c a p t u r a d o a los m o r o s v a l e n c i a n o s . [Tradición recogida oralmente.]

87. E L L E G A D O D E M A R T I N A P É R E Z (SIGLO XIV. B I N A C K D )

D o ñ a M a r t i n a P é r e z d e L o z a n o h a b í a f u n d a d o e n B i n a c e d , c u a n d o corría e l a ñ o 1336, l a c o f r a d í a d e S a n M a r c o s , d e d i c a d a a l s o c o r r o d e enferm o s y necesitados, en un a u t é n t i c o c l i m a de h e r m a n d a d , r e l i g i o s i d a d y ayud a m u t u a d i g n o d e e n c o m i o . H a b i t a b a d o ñ a M a r t i n a , r o d e a d a d e sus sirvientes, e n e l castillo d e C a r b o n e r a s (hoy d e l a M o r a ) , y e r a s e ñ o r a d e M o m b n i n , F u e n c l a r a , L a s Facenas y Casasnovas, cuyas tierras, d e g r a n r i q u e z a agrícola, a d m i n i s t r a b a y e x p l o t a b a e c o n ó m i c a m e n t e . L a d a m a h a b í a a l c a n z a d o y a u n a e d a d bastante a v a n z a d a p a r a l a é p o c a y no t e n i e n d o descendencia directa a q u i e n legar su i m p o r t a n t e patrimon i o , d e c i d i ó o f r e c e r éste a l c o n c e j o d e B i n a c e d , c o n l a ú n i c a c o n d i c i ó n d e que, por el tiempo que le quedara de vida, la c o m u n i d a d se encargara de su a l i m e n t a c i ó n , d á n d o l e p a r a c o m e r , ese e r a su deseo, t u é t a n o o m é d u l a de buey. M i e n t r a s e l l a se d e d i c a r í a al s o c o r r o de necesitados y e n f e r m o s , p i a d o s a i n c l i n a c i ó n p e r s o n a l q u e le h a b í a l l e v a d o a crear la p r e c i t a d a cofradía d e S a n M a r c o s , d e efectos tan b e n e f i c i o s o s p a r a l a v i l l a . 120


Las a u t o r i d a d e s m u n i c i p a l e s d e R i n a c e d , ante l a p r o p u e s t a c o n c r e t a d e la d a m a , r e u n i e r o n al c o n c e j o , e s t u d i a n d o y s o p e s a n d o todos los p r o s y los c o n t r a s d e l a o f e r t a r e c i b i d a . A q u e l l o llevó u n t i e m p o , p e r o a l f i n a l , tras largas y acaloradas d e l i b e r a c i o n e s , la c o n t e s t a c i ó n d a d a a la s e ñ o r a fue totalm e n t e n e g a t i v a , e s t i m a n d o q u e los a l i m e n t o s e x i g i d o s p o d í a n resultar exc e s i v a m e n t e gravosos p a r a las arcas d e l m u n i c i p i o . A l g o desalentada p o r e l contratiempo, doña M a r t i n a — q u e n o deseaba e n a j e n a r e n t o d o n i e n parte e l p a t r i m o n i o q u e h e r e d a r a d e sus m a y o r e s — h i z o i d é n t i c a p r o p u e s t a a los c a b a l l e r o s sanjuanistas, tan a r r a i g a d o s en estas tierras, q u e sí a c e p t a r o n gustosos las m i s m a s c o n d i c i o n e s q u e los h a b i tantes d e B i n a c e d , p o r m e d i o d e s u c o n s i s t o r i o , h a b í a n r e c h a z a d o . S e f i r m a r o n las escrituras d e l m u t u o c o m p r o m i s o , d e m o d o q u e a l m o r i r d o ñ a M a r t i n a P é r e z d e L o z a n o sus posesiones p a s a r o n íntegras a l a O r d e n d e l H o s p i t a l , p e r d i e n d o la villa de B i n a c e d la p o s i b i l i d a d de haber eng r o s a d o su t é r m i n o y p a t r i m o n i o . [ E s p a ñ o l , I g n a c i o , Historia, de Binaced, pág. 42.]

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3. EL MUNDO CRISTIANO

3.1. L O S R E Y E S

88. L A D O N A C I Ó N D E A B E T I T O A S A N J U A N D E I A PEÑA (SIGLO X. S A N J U A N DE I A PEÑA)

D u r a n t e e l l a r g o r e i n a d o d e d o n G a r c í a S á n c h e z I I (934-970), e n c i e r t a ocasión visitó y p e r m a n e c i ó d u r a n t e varias j o r n a d a s e n e l m o n a s t e r i o d e San J u a n d e l a P e ñ a e l c o n d e d e A r a g ó n F o r t ú n J i m é n e z , s i e n d o m u y b i e n r e c i b i d o y a c o g i d o p o r l a c o n g r e g a c i ó n d e frailes q u e e n t o n c e s e n c a b e z a b a con r e c o n o c i d o acierto el abad J i m e n o . S i n d u d a a l g u n a — p o r las n a t u r a l e s d i f i c u l t a d e s q u e p a r a e l d e s a r r o l l o d e l a a g r i c u l t u r a p r e s e n t a b a e l t e r r e n o e n e l q u e estaba a s e n t a d o — , l a base e n l a q u e s u s t e n t a b a s u e c o n o m í a e l c e n o b i o p i n a t e n s e e r a e m i n e n t e m e n t e ganadera, l o c u a l significaba, sin d u d a a l g u n a , u n a cierta colisión d e i n t e r e s e s c o n l o s r e b a ñ o s d e l c e r c a n o p o b l a d o d e A t a r e s , d e m o do que el abad J i m e n o debió convencer al c o n d e p a r a que tratara de d e l i m i t a r c o n c l a r i d a d y l e g a l m e n t e los t é r m i n o s d o n d e p o d í a n p a c e r s i n i m p e d i m e n t o s l o s g a n a d o s de su s u b s i s t e n c i a y evitar así e n f r e n t a m i e n t o s que no deseaban. P o c o t i e m p o d e s p u é s d e a q u e l l a visita, c o m u n i c ó e l c o n d e F o r t ú n J i m é nez a l rey e l p r o y e c t o y , a c o m p a ñ a d o s p o r e l o b i s p o j a q u é s F o r t ú n , d e c i d i e r o n trasladarse a m b o s a l m o n a s t e r i o n o sólo p a r a r e d a c t a r y f i r m a r e l d o c u m e n t o d e d e l i m i t a c i ó n , s i n o t a m b i é n p a r a r e c o r t a r a l c o n d e d e Atares algunas de sus i m p o r t a n t e s p r e r r o g a t i v a s y d o n a r al c e n o b i o q u i n i e n t o s sid o s d e p l a t a , u n a a n t i g u a m o n e d a bíblica. A d e m á s , e l m o n a r c a d e c i d i ó c o n f i r m a r a los m o n j e s la l i c e n c i a p a r a llevar a p a c e r sus g a n a d o s y c o r t a r leña e n e l m o n t e A b e t i t o .

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Años después, ya en 9 5 9 , según la tradición, r e g r e s ó en c i e r t a ocasión a S a n J u a n de la P e ñ a el rey G a r c í a S á n c h e z II y, v i e n d o q u e , a pesar de sus ó r d e n e s concretas, los m o n j e s se sentían c o m p l e t a m e n t e i n e r m e s ante el p o d e r o s o s e ñ o r d e Atares, o r d e n ó q u e los t é r m i n o s pinatenses n o p u d i e s e n ser atravesados p o r n a d i e a no ser c o n el p e r m i s o e x p r e s o d e l a b a d o, en cas o c o n t r a r i o , los m o n j e s tenían potestad desde a q u e l m o m e n t o p a r a m a t a r vacas, p u e r c o s y c a r n e r o s sin q u e e l l o p u d i e r a d a r o r i g e n a n i n g ú n t i p o de p l e i t o r e a l . D e s d e a q u e l instante, e l m o n a s t e r i o d e San J u a n d e l a P e ñ a com e n z a b a a c i m e n t a r así el q u e sería c o n el t i e m p o su i m p o r t a n t e s e ñ o r í o . [ R i s c o , 1'., España Sagrada, 30, págs. 409-113. U b i e t o , A n t o n i o , Historia de Aragón: Literatura medieval, I, págs. 45-46. J

8 9 . U N N O B L E ARAGONÉS S A L V A D E L A M U E R T E A SANCHO ABARCA (SIGLO X. AIRAR)

C u a n d o murié) el rey García Iñiguez, la r e i n a d o ñ a U r r a c a , su mujer, se h a l l a b a e s p e r a n d o u n h i j o . U n día e n q u e ésta transitaba p o r e l valle d e A i bar a c o m p a ñ a d a de un c o r t o séquito, u n o s m o r o s asaltaron c h i r i e r o n a la d a m a hasta h a l l a r l a m u e r t e j u n t o a los d e m á s caballeros q u e l a a c o m p a ñ a b a n , d e m o d o q u e n o q u e d ó vivo n i n g u n o . A l c a b o d e u n rato d e h a b e r s u c e d i d o tan l u c t u o s o h e c h o , pasó p o r a q u e l paraje un n o b l e c a b a l l e r o a r a g o n é s a q u i e n , a través de la h e r i d a m o r tal q u e la r e i n a p r e s e n t a b a , le p a r e c i ó ver la m a n o de un n i ñ o q u e se agitab a . T r a b a j o s a m e n t e l o sacó d e l v i e n t r e d e l a r e i n a m u e r t a y l o llevó c o n s i g o p a r a c r i a r l o , p o n i é n d o l e p o r n o m b r e e l d e S a n c h o (Jarcia. Pasó l e n t a m e n t e el t i e m p o y al cabo de a l g u n o s años, c o n ocasión de hallarse las gentes d e l r e i n o r e u n i d a s p a r a tratar de h a l l a r y n o m b r a r un n u e vo rey, a q u e l b o n d a d o s o n o b l e vistió al n i ñ o c o n r o p a s de pastor y abarcas y se e n c a m i n ó c o n él h a c i a el p a l a c i o real de P a m p l o n a , d o n d e se h a b í a n c o n g r e g a d o . U n a vez allí e x p l i c ó a todos los presentes los tristes avalares y c i r c u n s t a n c i a s q u e h a b í a n r o d e a d o s u n a c i m i e n t o así c o m o e l o r i g e n real de aquel niño que le acompañaba. Tras e s c u c h a r en s i l e n c i o y c o n a s o m b r o las e x p l i c a c i o n e s dadas p o r el n o b l e a r a g o n é s , todos los allí c o n g r e g a d o s c o m e n z a r o n a v i t o r e a r y a aclam a r al n i ñ o , todavía de c o r t a e d a d , c o m o a su n u e v o rey S a n c h o II de N a v a r r a y , q u i t á n d o l e l a r o p a v u l g a r c o n l a q u e i b a vestido, l o i n v i s t i e r o n c o n los hábitos distintivos de la r e a l e z a . C o m o h e c h o c i e r t a m e n t e c u r i o s o y e n r e c u e r d o d e h a b e r l o h a l l a d o calz a d o c o n abarcas, d e c i d i e r o n l l a m a r l e desde e n t o n c e s S a n c h o A b a r c a , sob r e n o m b r e p o r el que se le conoce en la Historia. |Príncipe de V i a n a , Carlos, Crónica de los Reyes de Navarra, págs. 47-50.] 124

Leyendas pam una historia paralela del Aragón medieval

90. I A C O R O N A C I Ó N D E S A N C H O G A R C É S (SIGLO X)

M i e n t r a s a n d a b a e l rey G a r c í a I ñ i g u e z , h i j o d e I ñ i g o A r i s t a , p o r tierras navarras, s u esposa, l a r e i n a U r r a c a , s e e n c o n t r a b a d e i n c ó g n i t o e n e l valle d e Gistaín y , más c o n c r e t a m e n t e , e n e l m o n a s t e r i o d e S a n t a C r u z . H a b í a a c u d i d o a l c e n o b i o e n b u s c a d e l r e p o s o q u e l e h a b í a s i d o p r e s c r i t o p o r los m é d i c o s . D u r a n t e su r e t i r o , s u p o q u e i b a a ser m a d r e y, en c o n t r a de los consejos r e c i b i d o s , vestida c o n h á b i t o d e m o n j a p a r a s e g u i r g u a r d a n d o e l a n o n i m a t o , se puso en c a m i n o para intentar llegar a Señes, d o n d e quería d a r l e l a n o t i c i a p e r s o n a l m e n t e a l f i e l P e d r o d e Sesé, q u i e n l a transmitiría al rey. E n e l c a m i n o , d o ñ a U r r a c a padecici u n r e p e n t i n o d e s m a y o q u e l a h i z o caer. A f o r t u n a d a m e n t e , de m a n e r a i n c r e í b l e , la r o c a sobre la q u e cayó se a b l a n d ó y , e n l u g a r d e d e s p e d i r l a a l a b i s m o , l e sujetó e l p i e , d e j a n d o u n a h u e l l a q u e aún h o y se p u e d e ver, el l l a m a d o «Pie de la m o n j a » . L u e g o , rec u p e r a d a y a n i m a d a p o r e l p r o d i g i o , siguié) c a m i n o hasta S e ñ e s , d o n d e c o n té) a P e d r o de Sesé la n o t i c i a de su e m b a r a z o p a r a q u e éste se la t r a n s m i t i e ra al rey. P o c o s días después, G a r c í a Iñiguez fue p e r s o n a l m e n t e a b u s c a r a su esposa p a r a l l e v a r l a a P a m p l o n a . Tras descansar en el m o n a s t e r i o de Tabernas — d o n d e el santo abad P e d r o b e n d i j o a m a d r e e h i j o — , p u s i e r o n r u m b o a N a v a r r a . A la altura d e L e c u m b e r r i , f r u t o d e u n a e m b o s c a d a , m u r i e r o n e l rey, l a r e i n a y casi toda la comitiva, excepto P e d r o de Sesé, Antón G u i l l e n y Fortún de Garde. C u a n d o estos últimos s e r e p u s i e r o n d e l a r e f r i e g a , v o l v i e r o n a l l u g a r d e l a t e n t a d o y , a l ver m u e r t a a l a r e i n a , n o d u d a r o n e n a r r a n c a r l e d e l v i e n t r e a l n i ñ o q u e gestaba, l l e v á n d o l o c o n s u m o c u i d a d o a S e ñ e s , d o n d e fue c r i a d o . P a s ó e l t i e m p o y , v a c a n t e e l t r o n o , s e r e u n i e r o n las C o r t e s p a r a elegir n u e v o rey p a r a P a m p l o n a y Aragón. C u a n d o los b a r o n e s se h a l l a b a n d e l i b e r a n d o , se presentaron P e d r o de Sesé y Antón G u i l l e n e x p l i c a n d o lo q u e s u c e d i e r a h a c í a catorce años, d a n d o t o d a suerte de e x p l i c a c i o n e s y t e s t i m o n i o s a c e r c a d e q u i é n e r a e l m u c h a c h o q u e les a c o m p a ñ a b a , c a l z a d o c o n r ú s t i c a s a b a r c a s . A n t e las p r u e b a s a p o r t a d a s , las C o r t e s p r o c l a m a r o n rey a S a n c h o G a r c é s , a l q u e c a r i ñ o s a m e n t e s e l e a p o d ó Abarca. [ O l i v e i a , G o n z a l o , «Reyes de A r a g ó n . S a n c h o Garcés», en ¡.¡najes de Aragón, II ( 1 9 1 1 ) , p á g s . 61-62 D u e s o L a s c o r z , L u c í a , « L e y e n d a d e l p e u d e l a m o n c h a ( B a l d e C h i s t a u ) » , e n Leyendas del Alto Aragón, p á g s . 71-110. A n d o l z , R a f a e l , « L a p e ñ a de S a n Martín». inuidernos Altoaragoneses, í>6 ( 1 9 8 7 ) , IV.]


91. C Ó M O ACCEDIÓ R A M I R O I A L T R O N O D E ARAGÓN (SIGLO XI. NÁJERA)

T r a n s c u r r í a e l siglo X I y nos h a l l a m o s e n l a c o r t e p a m p l o n e s a d e l p a l a c i o real d e Nájera. E l rey S a n c h o III e l M a y o r , r e q u e r i d o p o r diversos e i m p o r t a n t e s asuntos, tuvo q u e a b a n d o n a r el p a l a c i o r e a l d e j a n d o allí a los i n fantes y a la r e i n a , a la q u e e n c o m e n d ó p e r s o n a l y e x p r e s a m e n t e , e n t r e otras cosas, la c u s t o d i a de su c a b a l l o p r e f e r i d o . H a b í a n t r a n s c u r r i d o p o c o s días c u a n d o d o n García, e l h i j o p r i m o g é n i t o de los reyes, pidió p e r m i s o a la r e i n a , su m a d r e , p a r a q u e le dejase m o n t a r el c a b a l l o favorito d e l rey. Insistió tanto el i n f a n t e q u e , a pesar de las recom e n d a c i o n e s al respecto d e l p r o p i o S a n c h o III, a p u n t o estuvo de acceder, p e r o s e l o d e s a c o n s e j ó u n c a b a l l e r o d e l a corte. Q u e d ó e n o j a d o García p o r la negativa m a t e r n a y p a r a vengarse, c o n t a n d o c o n el beneplácito de su h e r m a n o F e r n a n d o , acusó a la r e i n a de a d u l t e r i o c o n el caballero q u e la h a b í a asesorado, j u r a n d o ante el rey q u e era v e r d a d c u a n to decía, p a r a lo c u a l p o n í a p o r testigo a d o n F e r n a n d o , su h e r m a n o . S a n c h o III el M a y o r , tras d a r c r é d i t o a la gravísima a c u s a c i ó n de sus h i j o s , c o n d e n ó a l a r e i n a , c o n m i n á n d o l e a q u e buscase u n c a b a l l e r o q u e l u c h a r a p o r e l l a y l a salvase, c o m o e r a c o s t u m b r e d e l a é p o c a . N a d i e q u i s o i n d i s p o n e r s e c o n t r a los i n f a n t e s y l a r e i n a q u e d ó t o t a l m e n t e desvalida, p e r o ante semejante situación, o f r e c i ó s e a l i d i a r en su n o m b r e su hijastro, d o n R a m i r o , que creía en la inocencia de su madrastra. C a s i a l m i s m o t i e m p o q u e s u c e d í a n estos h e c h o s , los infantes, apesad u m b r a d o s p o r e l cariz q u e h a b í a t o m a d o e l a s u n t o , c o n f e s a r o n a u n m o n je najerense la t r a m a u r d i d a , y éste se lo c o n t ó al rey, q u e i n m e d i a t a m e n t e e x c u l p ó a su esposa. Esta, a g r a d e c i d a a R a m i r o p o r su valentía y fidelidad, l o g r ó q u e S a n c b o m e l M a y o r l e n o m b r a r a h e r e d e r o d e sus tierras d e A r a g ó n . Así f u e c o m o R a m i r o s e convirtió e n e l p r i m e r rey d e A r a g ó n , d o n d e g o b e r n a r í a c o n e l n o m b r e d e R a m i r o I , d e s t a c a n d o e n s u l u c h a c o n t r a los m o r o s , i n c l u i d o e l rey d e H u e s c a , a l q u e v e n c i ó e n dos batallas. [Zurita, Jerónimo, Anales..., libro I, págs. 73-74. Ubieto, A n t o n i o , Crónica de los Estados Peninsulares, págs. 118-119.]

92. R A M I R O I H U Y E D E S N U D O D E T A F A L L A (SIGLO XI. TAFALIA)

G a r c í a III, rey d e P a m p l o n a , o f r e c i ó sellar l a paz c o n s u h e r m a n o d o n R a m i r o I , rey d e A r a g ó n , c u a n d o éste e n t r ó c o n s u e j é r c i t o p o r tierras n a varras, c o n t e s t a n d o a l a p r o v o c a c i ó n q u e h a b í a r e c i b i d o d e l p a m p l o n é s . P a 126


ra atestiguar el cese amistoso de sus d i f e r e n c i a s , i n v o c a b a a sus h e r m a n o s F e r n a n d o I , rey d e C a s t i l l a , y S a n c h o , c o n d e d e R i b a g o r z a , q u i e n e s p a r t i c i p a r í a n c o m o garantes d e l a paz e n t r e a m b o s . E n r e a l i d a d , c o n esta m e d i d a e l rey p a m p l o n é s sólo p r e t e n d í a g a n a r t i e m p o a l t i e m p o y t r a m a r c o n m a y o r r e p o s o l a m a n e r a d e v e n c e r a l aragonés, i n t e n t a n d o , i n c l u s o , a p r e s a r l o p e r s o n a l m e n t e . Así es q u e r e u n i ó a sus capitanes, p l a n e ó la estrategia a s e g u i r y les d i o c o n s i g n a s de estar p r e v e n i d o s c o n sus tropas en e s p e r a de sus ó r d e n e s . E n efecto, a p r o v e c h a n d o l a o s c u r i d a d d e l a n o c h e y e l d e s c u i d o d e los c o n f i a d o s c e n t i n e l a s aragoneses, lanzó a sus s o l d a d o s c o n t r a el r e a l d e l rey d o n R a m i r o , q u e h a b í a c o n f i a d o p l e n a m e n t e e n l a p a l a b r a d a d a p o r s u herm a n o . L o s aragoneses, c o n s u rey a l f r e n t e , apenas s e p u d i e r o n d e f e n d e r , p o r q u e u n o s estaban d u r m i e n d o y otros d e s a r m a d o s , d e m a n e r a q u e buen a p a r t e d e sus h o m b r e s cayó m u e r t a o f u e h e c h a p r i s i o n e r a . L o s p o c o s q u e p u d i e r o n escapar d e l a e n c e r r o n a l o h i c i e r o n d e s n u d o s y descalzos, a b a n d o n a n d o sus armas, sus tiendas y t o d o c u a n t o en ellas h a b í a . El p r o p i o rey R a m i r o I se v i o en tanta n e c e s i d a d y p e l i g r o q u e se e s c a p ó d e s n u d o y d e s c a l z o sobre un c a b a l l o s i n s i l l a y s i n f r e n o , hasta l l e g a r a sitio s e g u r o , gracias a la o s c u r i d a d r e i n a n t e y al c o n o c i m i e n t o q u e t e n í a d e l ter r e n o . A d u r a s p e n a s h a b í a p o d i d o salvar l a v i d a . G a r c í a III d e P a m p l o n a n o sólo r e c u p e r ó las tierras q u e l e h a b í a t o m a d o e l a r a g o n é s , s i n o q u e , tras r e p a r t i r e l b o t í n e n t r e los suyos, c o m o e r a cost u m b r e tras u n a hueste o c a b a l g a d a , q u e d ó i n m e n s a m e n t e r i c o . E n r e c u e r d o d e a q u e l l a d e s h o n r o s a v i c t o r i a , f r u t o d e u n a estratagema p o co caballerosa, m a n d ó c o l o c a r dos sillares artísticamente labrados, c o n sendas i n s c r i p c i o n e s , a un tiro de ballesta u n a de la otra, en la h u e r t a de Tafalla. [Ubieto, Agustín, Pedro de Valencia. Crónica, págs. 67-68.]

93. R A M I R O I N O M B R A O B I S P O D E L O S M O Z Á R A B E S ZARAGOZANOS AL ABAD PATERNO (SIGLO XI. ZARAGOZA)

La a c t i v i d a d política, d i p l o m á t i c a y de persuasión más q u e g u e r r e r a y rec o n q u i s t a d o r a d e R a m i r o I , p r i m e r rey d e A r a g ó n , f u e bastante i n t e n s a . I n t e n t ó solventar p a c í f i c a m e n t e sus d i f e r e n c i a s c o n los p a m p l o n e s e s , d i r i g i dos p o r s u p r o p i o h e r m a n o García; i n t i m i d ó a los m o r o s d e L é r i d a — a c u y o walí i m p u s o u n t r i b u t o a c a m b i o d e l a p a z — ; llegó ante H u e s c a c o n objeto de a t e m o r i z a r a su walí, al q u e h i z o t r i b u t a r i o ; y e n t a b l ó b u e n a s r e l a c i o n e s c o n e l rey taifal A l m u g d a v i r d e Sarakusta, e n q u i e n más q u e a u n e n e m i g o a l q u e c o m b a t i r e n c o n t r ó u n a m i g o c o n q u i e n tratar.

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Agustín Vhieto Arteta

E n c u a n t o a l caso z a r a g o z a n o , e l rey d e l a Aljafería s e d e c l a r ó t r i b u t a r i o d e l a r a g o n é s y a m b o s a c o r d a r o n q u e A l m u g d a v i r no prestaría más favor y s o c o r r o a sus c o r r e l i g i o n a r i o s f r o n t e r i z o s de Aragón y S o b r a r b e y, p o r últim o , los dos m o n a r c a s se d e c l a r a r o n p ú b l i c a m e n t e c o m o a m i g o s y c o n f e d e r a d o s c o n d e n a n d o l a a c c i ó n a r m a d a p a r a d i r i m i r sus posibles d i f e r e n c i a s futuras. N a t u r a l m e n t e , durante el pacífico e n c u e n t r o R a m i r o I no podía olvid a r las c o n d i c i o n e s p r e c a r i a s en las q u e , d e s d e h a c í a siglos, se d e s e n v o l vían los m o z á r a b e s z a r a g o z a n o s , c o n g r e g a d o s en t o r n o a la i g l e s i a de S a n t a M a r í a l a M a y o r , q u i e n e s h a b í a n s o s t e n i d o c o n f i r m e z a y c o n s t a n c i a sus c r e e n c i a s , a pesar d e t o d o s los i n c o n v e n i e n t e s . P o r e j e m p l o , h a c í a y a más d e d o s c i e n t o s a ñ o s q u e esta c i u d a d s e e n c o n t r a b a sin o b i s p o , tras e l e x i l i o d e B e n c i o a R i b a g o r z a , m o m e n t o s antes d e l a c o n q u i s t a m u s u l m a n a déla ciudad. Así es q u e R a m i r o i e x p u s o el p r o b l e m a y exigió y o b t u v o d e l rey A l m u g d a v i r e l r e s t a b l e c i m i e n t o d e los o b i s p o s e n Z a r a g o z a , n o m b r a n d o a u n f r a i l e d e s u c o n f i a n z a , P a t e r n o , q u e era a b a d d e S a n J u a n d e l a P e ñ a . Eos cristianos d e l a c i u d a d r e c i b i e r o n así u n g r a n c o n s u e l o , a b r i g a n d o l a esper a n z a de q u e este suceso h a b r í a de i n f l u i r p o d e r o s a m e n t e y ser un m o t i v o p a r a i n t e n t a r l i b e r a r Z a r a g o z a e n u n día n o l e j a n o . E n a d e l a n t e , l a serie e p i s c o p a l c o n t i n u ó , c o n l a c i r c u n s t a n c i a d e q u e los sucesores d e P a t e r n o f u e r o n c o m o é l abades d e l m o n a s t e r i o p i n a t e n s e . [ M a r t í n e z Herrero, Bartolomé, Sobrarte y Aragón, II, págs. 81-84.]

94. S A N C H O I I D E C A S T I L L A M A T A A R A M I R O I DE ARAGÓN (SIGLO XI. GRAUS)

M u c h a s veces los m a t r i m o n i o s c o n c e r t a d o s e n t r e f a m i l i a s s u e l e n ser f u e n t e de desgracias. Así le s u c e d i ó al rey d o n S a n c h o II de C a s t i l l a , q u i e n s e h a b í a casado p o r p o d e r e s c o n u n a h i j a d e l a r e i n a E s t e f a n í a d e P a m p l o n a sin c o n o c e r l a p r e v i a m e n t e . Tras la b o d a — c u a n d o la joven p r i n c e s a partía a c o m p a ñ a d a p o r su cortejo n u p c i a l hacia tierras de Castilla para encontrarse c o n su m a r i d o — f u e r a p t a d a p o r e l i n f a n t e d o n S a n c h o , h i j o i l e g í t i m o d e l rey (Jarc í a d e P a m p l o n a . L o s d o s j ó v e n e s e s t a b a n e n a m o r a d o s u n o d e l o t r o desde hacía t i e m p o y el infante, ante la i d e a de p e r d e r a su e n a m o r a d a , d e c i d i ó r a p t a r a l a p r i n c e s a p o r s o r p r e s a y tratar d e h u i r a m b o s j u n t o s a l r e i n o d e A r a g ó n , d o n d e c r e í a n q u e , c o n t o d a s e g u r i d a d , s u tío, e l rey R a m i r o I , les d a r í a c o b i j o . Y así o c u r r i ó : d o n R a m i r o los r e c i b i ó c o n los b r a zos a b i e r t o s .

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Ij^yendas para una historia paralela del Aragón mediei'al

N a t u r a l m e n t e , e l rey S a n c h o I I d e C a s t i l l a , v i é n d o s e b u r l a d o y a g r a v i a d o d e tal g u i s a , n o p u d o p e r m a n e c e r i m p a s i b l e , d e m o d o q u e , m o v i d o p o r l a i n d i g n a c i ó n y e l s e n t i m i e n t o d e v e n g a n z a , a r m ó c o n presteza u n f o r m i d a b l e e j é r c i t o y se e n c a m i n ó a t o d a p r i s a h a c i a tierras de A r a g ó n . D i c e n a l g u n o s q u e e l m i s m í s i m o C i d C a m p e a d o r s e e n c o n t r a b a c o n los suyos e n t r e las filas d e l m o n a r c a c a s t e l l a n o a g r a v i a d o . R a m i r o I f u e a d v e r t i d o p o r los suyos a c e r c a de las i n t e n c i o n e s belicosas de S a n c h o II y d e c i d i ó salir a su e n c u e n t r o , e n f r e n t á n d o s e a m b o s ejércitos j u n t o a G r a u s , en p l e n o P i r i n e o . I,a b a t a l l a f u e d u r a y l a r g a v, al final, el rey c a s t e l l a n o r e c u p e r ó s u h o n o r a l d a r m u e r t e a l rey a r a g o n é s , c u y a tínica c u l pa había consistido en querer al infante d o n Sancho c o m o a un hijo p r o p i o y, p o r lo tanto, acogerle en m o m e n t o s de d i f i c u l t a d . L o s g u e r r e r o s castellanos r e g r e s a r o n a su t i e r r a de n u e v o llevándose c o n s i g o u n a m a r g o sabor d e v i c t o r i a tras e l d r a m a v i v i d o . E l rey R a m i r o I , p o r s u p a r l e , f u e e n t e r r a d o p o r los suyos j u n t o a s u m u j e r e n S a n P e d r o d e T o r r e c i l l a . Y S a n c h o R a m í r e z , su h i j o , se v i o p r e c i s a d o a hacerse c a r g o d e l g o b i e r n o d e l r e i n o a r a g o n é s , e n u n m o m e n t o c r u c i a l p a r a l a suerte d e los cristianos aragoneses e n e l valle d e l E b r o . [Ubieto, A m o n i o , « U n a leyenda d e l "Camino"... »,I rin.áf>e de Via na, 90-91 (1963), x

págs. 5-27.]

95. I A M U E R T E D E S A N C H O R A M Í R E Z (SIGLO XI. H U E S C A )

S e estaba d i l u c i d a n d o e n a q u e l l o s m o m e n t o s e l f u t u r o d e l valle d e l E b r o , p o r eso e l rey S a n c h o R a m í r e z salié) a l e n c u e n t r o d e l c o n d e castellan o S a n c h o , p u e s t e n í a n o t i c i a s d e q u e p r e t e n d í a a d e n t r a r s e río abajo. E l m o n a r c a a r a g o n é s p u s o r u m b o h a c i a V i t o r i a , a c o m p a ñ a d o d e sus hijos Ped r o ( l u e g o P e d r o i) y A l f o n s o ( l u e g o A l f o n s o I), p e r o el c a s t e l l a n o opté) p o r retirarse. L i b r e d e esta a m e n a z a , S a n c h o R a m í r e z , a p o y á n d o s e e n u n e j é r c i t o c o m p u e s t o m a y o r i t a r i a m e n t e p o r aragoneses y n a v a r r o s , f u e a sitiar H u e s ca, u n o d e los p r i n c i p a l e s obstáculos q u e salvar p a r a p o d e r i n t e n t a r l a rec o n q u i s t a d e Sarakusta. A n t e l a c i u d a d o s é e n s e , r e c o r r i ó S a n c h o R a m í r e z p o r e l e x t e r i o r e l per í m e t r o de sus m u r o s p a r a estudiar p o r d ó n d e p o d r í a ser m á s fácil su asalto. Creyó ver un l u g a r a d e c u a d o y mandé) d e t e n e r s e a su c a b a l l o . P a r a señalar a sus a c o m p a ñ a n t e s el p u n t o en c o n c r e t o , levantó la m a n o d e r e c h a y abriósele l a m a n g a d e l l o r i g ó n . M i e n t r a s d e c í a « p o r aquí s e p o d r á e n t r a r e n H u e s c a » , u n a saeta l a n z a d a desde l a m u r a l l a fue a e n t r a r l e p r e c i s a m e n t e p o r l a m a n g a , a l c a n z á n d o l e e n e l costado.

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Agustín Vbieto Arteta

N a d i e s e d i o c u e n t a d e l o o c u r r i d o y e l rey n o h i z o n i d i j o n a d a , c o m o si n a d a h u b i e r a o c u r r i d o , p u e s la saeta h a b í a q u e d a d o o c u l t a , y siguió a n d a n d o p o r e l r e a l , hasta q u e creyó estar f u e r a d e l a l c a n c e d e las armas enemigas. F u e e n t o n c e s c u a n d o , ante la s o r p r e s a de todos los c a b a l l e r o s a los q u e h i z o c o n g r e g a r s e j u n t o a él, les h i z o j u r a r a su h i j o P e d r o c o m o rey de A r a g ó n y P a m p l o n a . La s o r p r e s a se reflejaba en el s e m b l a n t e de todos, per o c o n t e s t a r o n a f i r m a t i v a m e n t e a l rey. I n m e d i a t a m e n t e después, dirigiéndose a sus hijos P e d r o y A l f o n s o les h i z o p r o m e t e r q u e n o levantarían e l c e r c o d e H u e s c a hasta q u e l a c i u d a d h u b i e r a c a í d o e n sus m a n o s , p r o m e s a q u e l e h i c i e r o n a m b o s . Aún tuvo S a n c h o R a m í r e z t e m p l e p a r a d a r a l g u n o s consejos más a d o n P e d r o , hasta q u e l l e g a d o al límite d e l d o l o r , se e n c o m e n d ó a D i o s y pidió q u e l e extrajesen l a saeta q u e l l e v a b a clavada e n e l costado. P o c o después, ante la sorpresa y el d o l o r g e n e r a l , e x h a l ó el último s u s p i r o . [Sas, A . , Compendio histórico..., I, págs. 50-51. F o z , B . , Historia de Aragón, T, p á g s . 127-129. B a l a g u e r , F e d e r i c o , « L a m u e r t e . . . » , Argensola, 15 ( 1 9 5 3 ) , 197-216. Ubieto, A g u s t í n , Pedro de Valencia: Crómica, págs. 104-106.]

96. P E D R O I , C U R A D O P O R S A N M I G U E L IN EXCELSIS (SIGLO XI. S A N M I G U E L DE A R A I A R )

A p u n t o de finalizar el siglo X I , entre los m u c h o s p r o d i g i o s q u e se atrib u y e n a san M i g u e l In Excelsis destaca la e x t r a o r d i n a r i a c u r a c i ó n d e l rey P e d r o I de A r a g ó n de u n a m o l e s t a y grave e n f e r m e d a d q u e , desde h a c í a bastante t i e m p o , sufría en sus ó r g a n o s genitales. A n t e l a p e r s i s t e n c i a d e l a e n f e r m e d a d , d e sobras c o n o c i d a e n l a c o r t e , y c o n la p r u d e n c i a q u e el caso r e q u e r í a , el rey h a b í a l l a m a d o a p a l a c i o y s o l i c i t a d o c o n s e j o a los m á s a f a m a d o s m é d i c o s j u d í o s y c r i s t i a n o s de sus tierras, q u i e n e s n o v i e r o n m a n e r a a l g u n a d e atajar e l m a l d e l m o n a r c a . D e cidió, pues, P e d r o I a c u d i r e n p e r e g r i n a c i ó n a R o m a , d o n d e t a m p o c o e n c o n t r ó r e m e d i o p a r a s u d o l e n c i a , d e m o d o q u e , tras descansar d e l a fatiga, prosiguió viaje a S a l e r n o , sede e n t o n c e s d e l más a f a m a d o e s t u d i o de m e d i c i n a de la E u r o p a d e l m o m e n t o . Se h i z o visitar y c o n s u l t ó allí a los prestigiosos m é d i c o s d e s u c l a u s t r o , p e r o t o d o f u e e n v a n o , d e m o d o q u e d e c i d i ó regresar a A r a g ó n sin h a b e r r e c i b i d o n i n g ú n d i a g n ó s t i c o c e r t e r o y m u c h o menos remedio. U n a vez e n p a l a c i o , c o m o d e s e s p e r a d o y ú l t i m o i n t e n t o , a t r a í d o p o r l a f a m a c o b r a d a p o r san M i g u e l I n Excelsis, d e c i d i ó viajar a sus d o m i n i o s p a m ploneses con la intención de acudir devota y h u m i l d e m e n t e en peregrina-

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c i ó n a l s a n t u a r i o n a v a r r o . A l l l e g a r a l p i e d e l agreste m o n t e A r a l a r , e n c u y a c i m a s e asienta e l s a n t u a r i o , d e s c e n d i ó d e l c a r r u a j e q u e l o h a b í a c o n d u c i do hasta allí y, l l e n a n d o de a r e n a u n a s alforjas p r e p a r a d a s al efecto, ascendió sin a y u d a d e n a d i e c a r g a d o c o n ellas p o r e l t o r t u o s o c a m i n o q u e c o n d u c e hasta l a p r o p i a e r m i t a . C u a n d o e l rey c o r o n ó l a c i m a , u n a vez a r r i b a , a u n q u e e x h a u s t o p o r e l e s f u e r z o r e a l i z a d o , estuvo e l rey o r a n d o a san M i g u e l hasta q u e l o v e n c i ó e l s u e ñ o . A l d e s p e r t a r a l d í a s i g u i e n t e y l l e v a r sus m a n o s a las p a r t e s e n f e r m a s , advirtió, e n t r e e m o c i o n a d o e i n c r é d u l o , q u e estaba t o t a l m e n t e c u r a d o . A g r a d e c i d o a l santo p o r e l f a v o r r e c i b i d o , o r d e n ó e n s e g u i d a a l a b a d q u e t a ñ e s e n todas las c a m p a n a s e n señal d e j ú b i l o p o r e l v e n t u r o s o milagro. [Gómez de Valenzuela, Manuel, La vida cotidiana en Aragón..., pág. 29.]

97. L A E S C O L T A C H E S A D E A L F O N S O I (SIGLO xi. E C H O )

A u n q u e n a c i d o e n E c h o , e l q u e l u e g o sería A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r fue e d u c a d o e n e l m o n a s t e r i o d e S a n P e d r o d e Siresa n o sólo e n e l d o m i n i o d e las letras, s i n o t a m b i é n en el arte de la caza. D e s d e allí, c o n apenas d o c e a ñ o s , d e c i d i ó un día salir de caza, e n c a m i n a n d o sus pasos h a c i a los r o q u e d o s d e l a B o c a d e l I n f i e r n o , d e s f i l a d e r o q u e h a b í a r e c o r r i d o e n varias ocasiones. P e r o a q u e l l a m a ñ a n a a p u n t o estuvo d e m o r i r . A u n q u e atentos, e l j o v e n A l f o n s o y sus a c o m p a ñ a n t e s i b a n c o n f i a d o s c u a n d o u n e n o r m e oso les c o r t ó e l paso c o n gesto a m e n a z a d o r . L o s servid o r e s , a t e r r a d o s , r e t r o c e d i e r o n d e j a n d o solo a l i n f a n t e , q u i e n , c o n serenid a d i m p r o p i a de su corta edad, apuntó c o n el arco al animal hiriéndole c o n u n a f l e c h a y l o g r a n d o d e t e n e r l e e n u n p r i m e r instante. L a h e r i d a n o fue s u f i c i e n t e y e l oso, r e c u p e r a d o , s e a b a l a n z ó sobre d o n A l f o n s o , q u e r e t r o c e d i ó u n o s pasos p a r a d e f e n d e r s e , hasta caer d e espaldas p o r e l p r e c i p i c i o , a u n q u e p u d o asirse m i l a g r o s a m e n t e a u n boj, m i e n t r a s u n a p i e d r a l a n z a d a desde lejos abatía a l a f i e r a . A l a vez, u n f o r n i d o m o z o , que no f o r m a b a parte de la expedición, p u d o coger al infante p o r la cintura y lo elevó al c a m i n o , m i e n t r a s los integrantes de la c o m i t i v a estaban todavía o c u l t o s . P r e g u n t ó A l f o n s o q u i é n e s e r a n su salvador y los otros jóvenes qtie a c o m p a ñ a b a n , r e s u l t a n d o ser pastores q u e h a b í a n visto l a escena desde otro lado d e l río, d e c i d i e n d o intervenir. También el mocetón preguntó j o v e n c a z a d o r q u i é n era, q u e d a n d o s o r p r e n d i d o c u a n d o l e d i j o q u e era h i j o d e l rey.

le el al el

LSI

Agustín Ubieta Artel a

D o n A l f o n s o , g r a t a m e n t e s o r p r e n d i d o p o r e l a r r o j o d e sus salvadores, pidió al m a y o r a l q u e e n t r a r a n a su s e r v i c i o , p e r o éste, antes de d a r u n a c o n testación, le p r e g u n t ó q u e en c a l i d a d de q u é se les r e q u e r í a . Y el i n f a n t e , sin d u d a r l o n i u n m o m e n t o , les dijo q u e c o m o m o n t e r o s reales, y , c o m o tales, le a c o m p a ñ a r í a n s i e m p r e no sólo en la caza s i n o t a m b i é n en las c a m pañas m i l i t a r e s q u e sin d u d a h a b r í a d e e m p r e n d e r . D e c i d i ó f o r m a r así u n a escolta p e r s o n a l d e m o n t e r o s reales c o m p u e s t a p o r chesos, a los q u e la h i s t o r i a r e c u e r d a c o m o valerosos y a b n e g a d o s , s i e m pre al servicio d e l Batallador. [Celma, Enrique, «Los monteros reales...», en Aragón, 229 (1953), 8-9.]

98. I A R E C O N Q U I S T A D E E J E A R E C O N C I L I Ó A ALFONSO I Y URRACA ( S I G L O X I I . E J E A D-E L O S C A B A L L E R O S )

L a s cosas entre A l f o n s o I el B a t a l l a d o r y d o ñ a U r r a c a , su m u j e r y r e i n a d e C a s t i l l a , n o i b a n b i e n , c o m o e r a n o t o r i o y s a b i d o . Las desavenencias e n tre a m b o s e r a n constantes, motivadas f u n d a m e n t a l m e n t e p o r las i n d e c e n tes satisfacciones q u e la r e i n a u s a b a c o n a l g u n o s de sus ricos h o m b r e s castellanos y p o r los recelos q u e l e v a n t a b a n los s o l d a d o s aragoneses y n a v a r r o s e n sus constantes a n d a n z a s p o r tierras d e C a s t i l l a . S i n e m b a r g o , t a m b i é n e x i s t i e r o n m o m e n t o s d e c a l m a entre d o n A l f o n s o y d o ñ a U r r a c a , l o g r a d o s a veces de m a n e r a s o r p r e n d e n t e , c o m o en el caso q u e a h o r a nos o c u p a . E r a E j e a u n enclave tan i m p o r t a n t e y t a n b i e n g u a r d a d o d e n t r o d e l sistema d e f e n s i v o m u s u l m á n q u e su r e c o n q u i s t a causé) sensación no sólo e n tre los aragoneses, a los q u e l l e n ó de g o z o la n o t i c i a , s i n o t a m b i é n entre los castellanos, d e m o d o q u e esta i m p o r t a n t e v i c t o r i a d e l rey a r a g o n é s surtió mejores efectos e n las r e l a c i o n e s t u r b u l e n t a s d e l m a t r i m o n i o q u e c u a n t o s o f i c i o s p a c i f i c a d o r e s se h a b í a n i n t e n t a d o hasta e n t o n c e s . A n t e los ojos d e d o ñ a U r r a c a , l a f i g u r a d e s u m a r i d o , A l f o n s o I , s e a g r a n dó y llegó la paz de m o m e n t o a la pareja, q u e se r e c o n c i l i ó , c a u s a n d o e n o r m e disgusto e n a l g u n o s n o b l e s castellanos q u e d e s e a b a n e l fracaso d e f i n i t i v o d e l m a t r i m o n i o . A u n q u e q u e d a b a p o r d e l a n t e todavía m u c h a t i e r r a d e m o r o s p o r r e c o n q u i s t a r , c o m o l u e g o h a r í a e l rey a r a g o n é s , l a f i e s t a i n u n d ó al c a m p a m e n t o c r i s t i a n o y el B a t a l l a d o r , en u n a s e n c i l l a p e r o e m o t i v a cerem o n i a , d e c i d i ó t o m a r p a r a s í e l título d e E m p e r a d o r d e E s p a ñ a . P o r esta razón, l o m i s m o q u e l a c i u d a d d e T o l e d o h a b í a r e c i b i d o e n s u m o m e n t o el calificativo de I m p e r i a l , b i e n p u d i e r a Ejea haber p r e t e n d i d o igual tratamiento y honor. [Ferrery Recax, Joseph Felipe, Idea de Exea, págs. 67-69.] 132

Leyendas para uva historia parale/a del Aragón medieval

99. L A M U E R T E D E A L F O N S O I , U N C A S T I G O D E D I O S (SIGLO

xn)

A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , rey de los aragoneses, h a b í a l o g r a d o r e c o n q u i s tar p r á c t i c a m e n t e todas las tierras q u e v i e r t e n sus aguas al río E b r o , e i n c l u s o s e h u b i e r a p o d i d o a d e l a n t a r e n varios siglos l a r e c o n q u i s t a p e n i n s u lar si el m a t r i m o n i o c o n la reina Urraca de Castilla no h u b i e r a t e r m i n a d o p r i m e r o en separación y l u e g o en d i v o r c i o , p e r o el caso es q u e le llegó su h o r a en F r a g a , c u a n d o se aprestaba a t o m a r u n a de las pocas llaves q u e aún le q u e d a b a n p o r a d q u i r i r en su c a m i n o h a c i a L é r i d a y el m a r de T o r t o s a , sal i d a a l M e d i t e r r á n e o tan a n h e l a d a p o r e l rey. C o n cada victoria lograda, su fama en toda la E u r o p a cristiana había ido en a u m e n t o y su prestigio era considerable; el m u n d o musulmán lo tenía c o m o a su p r i n c i p a l e n e m i g o y m a y o r escollo p a r a p e r p e t u a r s e en la Península. P a r a los p r i m e r o s , s u m u e r t e tras l a d e r r o t a d e F r a g a fue u n a pérd i d a i r r e p a r a b l e ; p a r a los otros, u n a b e n d i c i ó n d e Alá. El caso es q u e , a la h o r a de buscar el p o r q u é d e l desastre f r a g a t i n o , la r e a l i d a d y la fantasía se h e r m a n a r o n . E n t r e no p o c o s , sobre t o d o entre sus m u c h o s o p o s i t o r e s castellanos, la causa de la d e r r o t a v d e l s u b s i g u i e n t e desastre h a b í a s i d o u n v e r d a d e r o castigo d e D i o s . E r a n g e n e r a l m e n t e a d m i t i d a s su m a g n a n i m i d a d y su b e l i c o s i d a d p e r o , a d e c i r v e r d a d , en las cosas tocantes a D i o s y a la h o n r a de la religión cristian a , e s t i m a b a n m u c h o s q u e h a b í a s i d o n e g l i g e n t e , f a m a q u e , sin d u d a , l e venía p o r q u e m u c h a s veces, c u a n d o estaban e n p l e n a c a m p a ñ a g u e r r e r a , había c o n s e n t i d o q u e los caballos f u e r a n g u a r e c i d o s en las iglesias y t e m p l o s , o c u p a n d o é l m i s m o , e n ocasiones, lugares sagrados p a r a acampar. Esta fue p a r a m u c h o s , sin d u d a a l g u n a , l a causa d e l j u i c i o s u m a r i o d e D i o s h a c i a A l f o n s o l , d e m o d o q u e cayó f u l m i n a d o ante F r a g a , d o n d e , según a l g u n o s , n o a p a r e c i ó n i vivo n i m u e r t o , a u n q u e otros d i c e n q u e l o hal l a r o n t e n d i d o e n e l suelo y q u e l o e n t e r r a r o n ellos m i s m o s e n e l monaster i o d e Montearagém. |Ubieto, Agustín, Pedro de Valencia: Crónica, pág. 113.]

100. E L E X I L I O S O R L V N O D E D O Ñ A U R R A C A (SIGLO XII. SORIA)

E l m a t r i m o n i o d e A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r y U r r a c a d e C a s t i l l a h a b í a hec h o crisis u n a vez más, y el rey a r a g o n é s , q u e ya c o n f i n a r a a n t e r i o r m e n t e a s u m u j e r e n E l Castellar, l o h i z o a h o r a e n l a recién r e c o n q u i s t a d a plaza d e S o r i a , cabeza d e l a n u e v a « e x t r e m a d u r a » , e n u n p a l a c i o d e l q u e todavía q u e d a h o y e l torreé>n c o n o c i d o corno d e « d o ñ a U r r a c a » .

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S i e l m o n a r c a p u d o d a r o r i g e n a c i e r t o s r u m o r e s a c e r c a d e sus i n c l i n a c i o n e s sexuales, l a r e i n a a d q u i r i ó f a m a p o r sus c o n s t a n t e s d e v a n e o s a m o r o s o s , u n o d e los cuales d e b i ó d e s a r r o l l a r s e , según l a l e y e n d a , e n s u d e s t i e r r o s o r i a n o . E l caso e s q u e , e n u n a d e las estancias d e l p a l a c i o , vem o s a d o ñ a U r r a c a t e n d i d a e n u n e s c a ñ o d e n o g a l , a cuyos pies r e p o s a P e d r o , un d o n c e l , un trovador, un apuesto m u c h a c h o d e l que se ha p r e n d a d o l a d a m a . E n t r e t r o v a y trova, l a r e i n a c o m p r o m e t e c o n l a a c t i t u d y c o n sus p a l a b r a s a l j o v e n q u e m a n i f i e s t a s e n t i r s o l a m e n t e a d m i r a c i ó n p o r l a r e i n a , q u i e n n o e n t i e n d e l a f a l t a d e deseo d e l j o v e n p o r e l l a , l o c u a l l e solivianta. L a escena í n t i m a e n t r e l a r e i n a y e l t r o v a d o r h a b í a l l e g a d o a u n p u n t o crucial cuando, de repente, sonó hiriente el sonido de un c u e r n o que a n u n c i a b a l a l l e g a d a d e gente a r m a d a a l p a l a c i o . T r a n s c u r r e n u n o s i n s t a n tes y hace acto de p r e s e n c i a en la estancia d o n A t o G a r c é s , s e ñ o r de B a r bastro y alférez m a y o r d e l r e i n o , y, a la sazón, p a d r e d e l d o n c e l P e d r o . A t o Garcés había sido enviado p o r A l f o n s o 1 el Batallador a tierras de T a r a z o n a , A g r e d a , S o r i a y Almazán p a r a r e c l u t a r c a b a l l e r o s y p e o n e s c o n los q u e e n f r e n t a r s e c o n g a r a n t í a s d e é x i t o a los m o r o s d e F r a g a , M o r e l l a y T o r t o s a y, c o n su l l e g a d a a S o r i a , p r e t e n d í a q u e su h i j o P e d r o f u e r a arm a d o c a b a l l e r o p a r a i r a c u m p l i r c o n s u señor, c o m o h a c í a n los j ó v e n e s de su edad. D o ñ a U r r a c a , todavía disgustada y a c a l o r a d a p o r l a e s c e n a q u e a c a b a b a d e vivir c o n e l j o v e n P e d r o , sin d e c i r p a l a b r a s e l o e n t r e g ó a A t o , d e s p i d i é n d o s e d e s d e ñ o s a m e n t e c o n u n gesto. U n a vez sola, l a r e i n a cayó sobre l a a l f o m b r a presa d e u n ataque d e h i s t e r i s m o s e g u i d o d e l l a n t o , m i e n t r a s e l r u i d o d e los caballos q u e s e alejaban i b a n p e r d i e n d o i n t e n s i d a d . [Zamora Lucas, Florentino, Leyendas de Soria, págs. 197-202.]

101. E L R E T O D E L A V A R O N A A A L F O N S O I EL B A T A L I A L J O R (SIGLO XII. SORIA)

A l f o n s o i el B a t a l l a d o r , c a m p a l e s f r e n t e a los m o r o s gar a l m a r M e d i t e r r á n e o , s e lla de que ningún caballero famoso C i d Campeador.

el rey q u e saliera v i c t o r i o s o de tantas batallas e n s a n c h a n d o el r e i n o de A r a g ó n hasta casi llej a c t a b a u n día ante e l rey A l f o n s o v i d e C a s t i castellano sería capaz d e v e n c e r l e , i n c l u i d o e l

E l m o n a r c a castellano r e c o n o c í a e l valor, l a f o r t a l e z a y l a t é c n i c a d e l B a t a l l a d o r e n l a l u c h a p e r s o n a l , p e r o t a m b i é n estaba s e g u r o d e l coraje d e los suyos, d e m o d o q u e i d e ó l a m a n e r a d e h a c e r c a m b i a r d e c r i t e r i o a l rey arag o n é s h u m i l l á n d o l e c o n u n a d e r r o t a , h u m i l l a n t e a p o d e r ser.

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P a r a e l l o h i z o l l a m a r a M a r í a Pérez, u n a m u j e r d e tierras d e S o r i a y d e valor temerario, que había salido victoriosa en muchas lides personales f r e n t e a los h o m b r e s más a g u e r r i d o s , invitándola a p e l e a r c o n t r a A l f o n s o I de Aragón. C u a n d o l a s o r i a n a a c e p t ó , h a b l ó e l rey c a s t e l l a n o c o n e l C i d y l e e x p l i c ó l a t r a m a q u e h a b í a u r d i d o . Este r e t a r í a a l B a t a l l a d o r , p e r o q u i e n r e a l m e n t e vestiría s u a r m a d u r a sería M a r í a P é r e z , d e m a n e r a q u e s i v e n c í a e n l a p e l e a l a d e r r o t a sería más v e r g o n z a n t e . L a p e l e a fue d u r a , c o m o t e ó r i c a m e n t e c o r r e s p o n d í a a d o s b u e n o s glad i a d o r e s , d e m o d o q u e fue l a f o r t u n a q u i e n d e c i d i ó , y d e c i d i ó q u e e l v e n c e d o r f u e r a e l t e ó r i c o C i d , q u e a c a b ó d e s a r m a n d o a l rey a r a g o n é s . S i e l o r g u l l o d e A l f o n s o i e l B a t a l l a d o r s e sintió p r o f u n d a m e n t e h e r i d o p o r ser v e n c i d o p o r u n c a b a l l e r o c a s t e l l a n o , hay q u e i m a g i n a r q u é pasó p o r su mente c u a n d o se descubrió que, en realidad, había sido vencido p o r u n a m u j e r , p u e s c u a n d o aún estaba t e n d i d o e n e l s u e l o v i o l l e g a r a l Cid. A l f o n s o V I d e C a s t i l l a n o sé>lo regaló u n a n i l l o a l a d a m a v e n c e d o r a , s i n o q u e a d e m á s l e o t o r g ó e l título d e V a r o n a , d e d o n d e p a r e c e d e r i v a r e l n o m bre d e B a r a h o n a , l u g a r d o n d e a l p a r e c e r tuvo l u g a r e l s i n g u l a r c o m b a t e . [Zamora Lucas, Florentino, Leyendas de Soria, págs. 205-207.]

102. A L F O N S O I V E N G A S U H O N O R EN CANDESPINA (SIGLO XII. SORIA)

E l m a t r i m o n i o e n t r e e l rey A l f o n s o i e l B a t a l l a d o r y U r r a c a d e C a s t i l l a e r a u n a u t é n t i c o fracaso, h a b i é n d o s e l l e g a d o , i n c l u s o , a l a reclusión d e l a r e i n a e n l a f o r t a l e z a d e E l Castellar, j u n t o a l E b r o , c o m o e s s a b i d o . M a s tem e r o s o d e q u e escapara d a d a s las escasas m e d i d a s d e s e g u r i d a d q u e o f r e c í a este castillo, e l m o n a r c a a r a g o n é s d e c i d i ó c o n f i n a r a d o ñ a U r r a c a e n S o r i a , p l a z a r e c i é n r e c o n q u i s t a d a p o r el a r a g o n é s , c o n f i a n d o a varios n o b l e s de esla c i u d a d la c u s t o d i a y c a u t i v e r i o de su esposa. A u n q u e l a r e i n a , e n a p a r i e n c i a , p a r e c i ó resignarse a s u triste suerte, l o c i e r t o es q u e en secreto m a n d ó sendas misivas s o l i c i t a n d o a y u d a t a n t o a d o n P e d r o González d e L a r a c o m o a l c o n d e d o n Gómez d e C a n d e s p i n a , a m b o s p r o h o m b r e s castellanos e n a m o r a d o s d e e l l a , q u e n o d u d a r o n e n a c u d i r en su s o c o r r o y, a u n q u e e n e m i g o s , a u n a r o n sus esfuerzos c o n la esp e r a n z a d e m e r e c e r c a d a u n o los favores d e d o ñ a U r r a c a . D e m o d o e s q u e c o n v i n i e r o n e n t r a r j u n t o s e n l a f o r t a l e z a y c o n f i a r l a decisión ú l t i m a a la d a m a .

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Agustín l'hiato Arteta

U n a n o c h e sin l u n a d e o c t u b r e , sin q u e los c e n t i n e l a s l o a d v i r t i e r a n , dos s o m b r a s escalaban s i g i l o s a m e n t e el m u r o d e l p a l a c i o hasta a l c a n z a r la estancia d o n d e e s p e r a b a p r e p a r a d a la r e i n a . Pasados u n o s instantes, y tras c e r c i o r a r s e d e q u e n o h a b í a n s i d o d e s c u b i e r t o s p o r l a g u a r d i a , los dos cab a l l e r o s y d o ñ a U r r a c a b u r l a b a n j u n t o s t o d a v i g i l a n c i a p a r a salir g a l o p a n d o e n dirección a Sepúlvcda. C u a n d o c l a r e a b a e l día, e n c a b e z a b a l a c o m i t i v a d o n P e d r o González d e L a r a , q u i e n , p o r deseo d e ésta, llevaba a l a g r u p a de su c a b a l g a d u r a a la h e r m o s a s o b e r a n a de C a s t i l l a , m i e n t r a s al f i n a l d e l c o r t e j o , m a l h u m o r a d o y pensativo, c a b a l g a b a d e r r o t a d o d e a m o r e l c o n d e d o n Gómez. E n t e r a d o A l f o n s o I de la evasión de su esposa, organizó hueste en los p r i m e r o s días de n o v i e m b r e , a l c a n z a n d o a los fugitivos en el c a m p o de Esp i n a , e n tierras aledañas d e Sepéilveda. D o n P e d r o G o n z á l e z d e L a r a , adv e r t i d o a t i e m p o d e l a p r e s e n c i a d e l B a t a l l a d o r , c o n f o r t u n a l o g r ó h u i r cam i n o d e L e ó n y p o n e r s e a salvo c o n l a r e i n a castellana, p e r o e l c o n d e d o n G ó m e z de C a n d e s p i n a se v i o o b l i g a d o a p r e s e n t a r b a t a l l a . J u n t o a sus h o m bres, luché) de m a n e r a v a l e r o s a y d e n o d a d a hasta q u e f u e h e r i d o de m u e r te p o r u n a l a n z a q u e le atravesé) el p e c h o y le partió el c o r a z ó n , p a r a e n tonces m a l h e r i d o t a m b i é n d e a m o r . [ Z a m o r a L u c a s . F l o r e n t i n o . leyendas de Soria, págs. 202-205.]

1 0 3 . DOÑA U R R A C A S O L I C I T A E L D I V O R C I O A ALFONSO I ( S I G L O XII. M O N T E R R O S O )

A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , rey de A r a g ó n , y d o ñ a U r r a c a , r e i n a de C a s t i l l a , habían convenido y contraído m a t r i m o n i o , un enlace p r o m o v i d o c o n fines políticos, q u e se p r o y e c t ó no sin g r a n d e s resistencias p o r parte de sus respectivos vasallos, tanto en C a s t i l l a c o m o en A r a g ó n , y q u e finalizó de m a l a m a n e r a , tras vivir m o m e n t o s y e n f r e n t a m i e n t o s m u y tensos, i n c l u i d o s varios c o n f i n a m i e n t o s d e l a r e i n a castellana. E n G a l i c i a , p o r r a z o n e s d e í n d o l e política q u e n o v i e n e n a h o r a a l caso, l a resistencia c o n t r a l a celebraciém d e l m a t r i m o n i o f u e constante y e n o r m e , d e m a n e r a q u e a m b o s m o n a r c a s d e c i d i e r o n a c u d i r allí c o n sus ejércitos para tratar de p a c i f i c a r a sus n o b l e s . C o m e n z a b a el v e r a n o d e l a ñ o 1 1 1 0 y la e x p e d i c i ó n p r i m e r a , tras d u r a y s a n g r i e n t a batalla, s u p u s o la t o m a y c a p t u r a d e l i m p o r t a n t e castillo d e M o n t e r r o s o , d e n t r o d e cuyas defensas fue h a l l a d o y a p r e s a d o u n o d e los r e b e l d e s , e l n o b l e P r a d o . A l p o c o d e l o m a r l a f o r t a l e z a , tuvo l u g a r allí u n a tensa y d r a m á t i c a esc e n a , pues P r a d o s e a c l a m ó a d o ñ a U r r a c a , s u s e ñ o r a n a t u r a l , d e m o d o q u e s e refugió m a t e r i a l m e n t e bajo s u m a n t o . L a r e i n a l o c u b r i ó p o r c o m p l e t o e

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Leyendas para una historia, paralela del Aragón medieval

i n c l u s o e x t e n d i ó los brazos sobre é l p a r a d e m o s t r a r q u e l o t o m a b a bajo s u p r o t e c c i ó n y a m p a r o . A q u e l l a situación, a la q u e asistían c o m o testigos varios n o b l e s tanto castellanos c o m o aragoneses, se h i z o e m b a r a z o s a e i n t e r m i n a b l e , m i r á n d o s e a los ojos fijamente los d o s esposos en son de reto. A los p o c o s instantes, el rey A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , s i n t e n e r n i n g ú n t i p o d e c o n s i d e r a c i ó n h a c i a l a r e i n a , s u esposa, s e g ú n l a versión d e l a c r ó n i c a q u e n o s r e l a t a l o s u c e d i d o , t o m ó u n v e n a b l o y l o lanzó c o n t r a P r a d o h i r i é n d o l e d e m u e r t e . L a situación s e h i z o e n t o n c e s i n s o s t e n i b l e y d o ñ a U r r a c a , a c o n s e j a d a p o r sus n o b l e s y m u y m o l e s t a p e r s o n a l m e n t e p o r l o s u c e d i d o , p l a n t e ó a l rey a r a g o n é s l a d i s o l u c i ó n d e l m a t r i m o n i o solicitánd o l e e l d i v o r c i o . L u e g o , s i n m e d i a r más p a l a b r a s , t o m ó sus enseres y e m prendió el regreso hacia León, mientras A l f o n s o I el Batallador continuaba en Galicia. [Ubieto, A n t o n i o , Crómicas anónimas de Sahagiín, págs. 30-35.]

104. I A V I C T O R I A N A V A L DE ALFONSO I EL B A T A L L A D O R (SIGLO XIL AMPOSTA)

Tras l a d e r r o t a d e A l f o n s o l e l B a t a l l a d o r e n F r a g a después d e h a b e r rec o n q u i s t a d o casi t o d o e l valle d e l E b r o , las n o t i c i a s d e s u suerte f u e r o n c o n fusas. U n o s l e d a b a n p o r m u e r t o e n Z a r a g o z a ; otros, e n San J u a n d e l a Peñ a o H u e s c a . P o r eso, a l g u n o s c r e y e r o n q u e estaba vivo c u a n d o c u a r e n t a a ñ o s después se p r e s e n t a b a un falso A l f o n s o I. Lo cierto es que u n a narración legendaria, debida al monje n o r m a n d o O r d e r i c V i t a l , l o m a n t i e n e vivo tras e l desastre d e F r a g a pues, u n a vez repuesto de sus h e r i d a s aparece de n u e v o , sus g u e r r e r o s se p u s i e r o n gozosos i n m e d i a t a m e n t e a su disposición. R e h í z o c o m o p u d o sus tropas, h i z o acop i o de vituallas p a r a varios días y, p o r c a m i n o s r e c ó n d i t o s , se p r e s e n t ó en la o r i l l a d e l M e d i t e r r á n e o , d o n d e n u m e r o s o s sarracenos estaban c a r g a n d o todavía las naves c o n el b o t í n q u e h a b í a n g a n a d o tras su v i c t o r i a en tierras fragatinas. A la vista de las fuerzas e n e m i g a s , desde su p u e s t o de observación estudió A l f o n s o I el B a t a l l a d o r la m e j o r táctica a e m p l e a r en a q u e l l a ocasión especial y se lanzó p o r s o r p r e s a sobre los m o r o s en el m o m e n t o p r e c i s o , causándoles u n a g r a n m o r t a n d a d . U n a de las naves i b a c a r g a d a c o n las cabezas de los s o l d a d o s cristianos d e r r o t a d o s , c o m o presente q u e B u c h a r ( T e x u f i n b e n Alí b e n Yusuf) enviaba a África a su p a d r e en t e s t i m o n i o de la v i c t o r i a . T a m b i é n h a l l a r o n los h o m b r e s de A l f o n s o 1 a más de setecientos p r i s i o n e r o s , h a c i n a d o s c o m o a n i males en las b o d e g a s de varias naves, y c u a n t i o s o b o t í n c a p t u r a d o en F r a g a y d u r a n t e el c a m i n o v i c t o r i o s o de regreso. 137


L o s p r i s i o n e r o s cristianos —tras l a sorpresa q u e s u p u s o l a l l e g a d a inesp e r a d a de los s o l d a d o s aragoneses, y a p r o v e c h a n d o q u e sus g u a r d i a n e s i n t e n t a b a n r e p e l e r e l ataque d e A l f o n s o i e l B a t a l l a d o r — f u e r o n s o l t a n d o sus cadenas en sus respectivas naves y, p o c o a p o c o , se i n c o r p o r a r o n a la p e l e a . L a d e r r o t a d e los m o r o s f u e total. P u d o A l f o n s o I e n t e r r a r c r i s t i a n a m e n t e las cabezas de los m u e r t o s en F r a g a , c o n t r o l ó a los p r i s i o n e r o s m o r o s p a r a llevarlos a Z a r a g o z a y r e c u p e r ó m u l t i p l i c a d o e l b o t í n . P e r o l a alegría p o r l a v i c t o r i a naval q u e a c a b a b a d e c o n s e g u i r s e v i o e m p a ñ a d a p o r l a e n f e r m e d a d d e l p r o p i o rey q u e , fatig a d o y e x h a u s t o , a c a b ó p o r m o r i r o c h o días después. [Lacarra, José María, Vida d£ Alfonso el. Batallador, pág. 132.]

105. A L F O N S O I Y SU PRETENDIDA H O M O S E X U A L I D A D (SIGLO XII)

A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , a pesar de los escasos m e d i o s p r o p a g a n d í s t i c o s y d e c o m u n i c a c i ó n d e l a é p o c a e n q u e l e c o r r e s p o n d i ó vivir, fue u n o d e los personajes más c o n o c i d o s d e l siglo X I I n o sólo e n l a P e n í n s u l a — t a n t o e n tre los cristianos c o m o entre los m o r o s — , s i n o e n t o d a l a E u r o p a c r i s t i a n a y e n e l m u n d o islámico. S e p o d r í a d e c i r q u e f u e u n h o m b r e d e talla u n i versal, c o m o q u e d a c o n s t a n c i a e n m t i l t i p l c s d o c u m e n t o s . E s o s i g n i f i c a q u e , c o m o t o d a p e r s o n a p ú b l i c a q u e destaca sobre los demás, tuvo d e f e n s o r e s a c é r r i m o s y t a m b i é n detractores i r r e c o n c i l i a b l e s . E n salzadores y d e n i g r a d o r e s a veces hasta r o z a r a lo i r r a c i o n a l en a m b o s casos. P u e s b i e n , aparte d e sus m u c h o s defensores, los e n e m i g o s d e c l a r a d o s q u e le c a l u m n i a r o n j a m á s lograron hallar mácula que achacarle en su v i d a pers o n a l e í n t i m a y, d e n t r o de e l l a , en el aspecto s e x u a l . N o d e j ó e l rey A l f o n s o I , e l r e c o n q u i s t a d o r d e Z a r a g o z a , n i n g t t n h i j o b a s t a r d o n i t a m p o c o l e g í t i m o , p e r o eso n o c o n s t i t u y e n i n g u n a p r u e b a d e n a d a . Se casó c o n d o ñ a U r r a c a de C a s t i l l a y ésta, a pesar de t o d o s los p r o b l e m a s c o n y u g a l e s q u e les c o n d u j e r o n a l d i v o r c i o , jamás l e acusó d e i m p o t e n c i a n i d e perversión a l g u n a . ¿Por q u é , e n t o n c e s , c u p o a l g u n a s o m b r a hacia la c o n d u c t a sexual d e l Batallador? L a s o m b r a d e d u d a , q u e n o l a e v i d e n c i a d e m o s t r a d a , sólo p o d í a v e n i r d e l l a d o d e sus e n e m i g o s i r r e c o n c i l i a b l e s , los m o r o s . Y e n efecto, u n escrit o r á r a b e , u n tal B e n A l - A f l i i r , h a b l a n d o d e A l f o n s o I — a l q u e c i t a c o m o B e n - R a d m i r , e s d e c i r e l «hijo d e R a m i r o » — l e describía c o m o «el más fuerte de los reyes de los f r a n c o s en valor, y el más solícito de ellos en h a c e r guer r a a los m u s l i m e s y en sufrir. En sus e x p e d i c i o n e s d o r m í a sin c a m a . Dijér o n l e u n a vez: — ¿ P o r q u é n o tienes o c u l t a m e n t e p o r c o n c u b i n a a l g u n a d e 138

¡¿yendas para una historia paralela del Aragón, medieval

las hijas de los m a g n a t e s m u s u l m a n e s de los q u e tienes cautivos? M a s él resp o n d i ó : — A l g u e r r e r o l e c o n v i e n e más a m a r a los h o m b r e s q u e a las m u j e res. A l l a h c o n c e d i ó descanso de él y libró a los m u s l i m e s de su m a l d a d » . U n a frase, d e d o b l e s e n t i d o sin d u d a , f u e más q u e s u f i c i e n t e p a r a c r e a r u n a o p i n i ó n latente, a u n q u e a c a l l a d a p o r l a e n o r m e talla d e l g u e r r e r o y d e l estratega. [Fuente, Vicente de la, Estudios críticos..., i, pág. 177.]

106. L A E L E C C I Ó N D E R A M I R O I I C O M O R E Y D E ARAGÓN (SIGLO XII)

Tras la m u e r t e sucesiva de los h e r m a n o s P e d r o i y A l f o n s o i, a m b o s reyes d e A r a g ó n , tuvo l u g a r u n a crisis política agravada p o r e l h e c h o d e q u e u n tercer h e r m a n o , R a m i r o , e l d e s c e n d i e n t e más d i r e c t o , e r a m o n j e , l o c u a l d i f i c u l t a b a l a sucesión. E l r e i n o f u e u n h e r v i d e r o p o l í t i c o , b u s c a n d o s o l u c i o n e s a l a crisis. E n tre ellas t o m ó c u e r p o l a d e f e n s a q u e varios n o b l e s h i c i e r o n d e P e d r o T a resa o Atares, s e ñ o r d e B o r j a , e m p a r e n t a d o c o n l a m o n a r q u í a r e i n a n t e . Pero d o n P e d r o mostraba un carácter altanero y soberbio y menos prudente de lo necesario c o m o para p r o m o v e r la adhesión de toda la nobleza. A n t e e l d e s c o n t e n t o q u e tal a c t i t u d d e s p e r t a b a , los s é n i o r e s P e d r o T i z ó n y P e r e g r i n o d e C a s t i l l a z u e l o c o m e n z a r o n a d e f e n d e r l a causa d e l m o n j e d o n R a m i r o q u i e n , d e n o estar d e d i c a d o a l a Iglesia, h u b i e r a s i d o e l d e s c e n diente natural. U n o s y otros se r e u n i e r o n t o d o s en B o r j a , d a n d o l u g a r a la p r i m e r a r e u n i ó n d e C o r t e s d e l R e i n o c o n o c i d a , c o n e l objeto d e d i s c u t i r cuál d e los d o s p r e t e n d i e n t e s d e b í a ser e l e v a d o a la d i g n i d a d r e a l . L l e g a r o n varios séniores n a v a r r o s dispuestos a votar a P e d r o Taresa, y P e d r o T i z ó n , ante l a a c t i t u d h o s t i l d e a l g u n o s n o b l e s aragoneses, s e c o n v i r tió en su anfitrión y valedor, t r a t a n d o de atraerlos a su causa, q u e no e r a o t r a q u e l a d e d o n R a m i r o . P e d r o Tizón, q u e d e b í a g o z a r d e g r a n d e s dotes de psicólogo, s a b i e n d o q u e el c a n d i d a t o P e d r o Taresa se h a l l a b a solazándose en el b a ñ o , i g n o r a n d o y d e s p r e c i a n d o a todos los d e m á s n o b l e s , p r e tendió q u e les r e c i b i e r a , m á x i m e c u a n d o e r a n d e f e n s o r e s d e s u causa. C o mo el arisco s e ñ o r de B o r j a les n e g a r a la entrevista, se e n f a d a r o n c o n él y decidieron cambiar de candidato. L l e g a d o el m o m e n t o de las d i s c u s i o n e s y s u b s i g u i e n t e votación, la actit u d de d i c h o s magnates navarros d e s e q u i l i b r ó las fuerzas, y d o n P e d r o Taresa n o c o n t ó c o n los apoyos necesarios. Y , s i d e m o m e n t o n o s e a d o p t ó u n a

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Agustín Uhieto Arteta

decisión d e f i n i t i v a , e n l a s i g u i e n t e a s a m b l e a , c e l e b r a d a e n M o n z ó n , s e i m p u s o l a tesis d e q u e d o n R a m i r o saliera d e l c o n v e n t o p a r a s u c e d e r c o m o rey a su h e r m a n o A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , c o m o así se h i z o . P o c o después, R a m i r o I I e l M o n j e s e casaba c o n u n a h e r m a n a d e l c o n d e d e P o i t o n , p u e s debía asegurar la d e s c e n d e n c i a . [Ximénez de Rada, Rodrigo, De relrus Hispaniae, pág. 118. Ubieto, A n t o n i o , Historia, de Aragón: Literatura medieval, I, págs. 249-253.]

107. EL M A T R I M O N I O DE R A M I R O II EL M O N J E ( S I G L O XJI. H U E S C A )

L í a s las r e u n i o n e s de B o r j a y M o n z ó n , en las q u e los n o b l e s aragoneses y parte de los n a v a r r o s t r a t a r o n la sucesión de A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , fue e l e g i d o R a m i r o , h e r m a n o d e éste, q u e p r o f e s a b a c o m o m o n j e e n u n m o n a s t e r i o c e r c a n o a H u e s c a , d e p e n d i e n t e d e l d e san P o n c e d e Torneras, e n F r a n c i a . P r e c i s a m e n t e e n l a c i u d a d d e H u e s c a , segttn l a l e y e n d a , l e a l z a r o n todos c o m o n u e v o rey de los aragoneses. C o m o era p r e c e p t i v o , e l rey d e b í a dejar d e s c e n d e n c i a , p e r o p a r a e l l o s e t e n í a q u e casar. Así es q u e , p o c o s días después de su e l e c c i ó n y h a b i e n d o sal i d o d e l c o n v e n t o , le i m p u s i e r o n p o r esposa a d o ñ a Agnés (que ya h a b í a dem o s t r a d o q u e p o d í a ser m a d r e ) , y q u e e r a h e r m a n a d e l c o n d e d e P o i t o u , d e l a q u e tuvo c o m o f r u t o d e l a u n i ó n u n h i j o varón, p o r l o q u e , u n a vez c u m p l i d a sti funciém t r a n s m i s o r a , d o n R a m i r o abandoné) d e n u e v o e l siglo y el r e i n o y r e g r e s ó al m o n a s t e r i o . P e r o a q u e l h i j o varón d e l rey-monje m u r i ó a l p o c o t i e m p o , d e m a n e r a q u e los n o b l e s — p r e o c u p a d o s p o r el p r o b l e m a strcesorio q u e se volvía a p l a n t e a r — acudieron de nuevo al cenobio para que d o n R a m i r o , el único descendiente directo de la monarquía, procurara engendrar en doña A g nés, su mujer, o t r o d e s c e n d i e n t e . C u a n d o l a r e i n a q u e d ó d e n u e v o e m b a r a z a d a , retorné) d o n R a m i r o a l convento, pero la naturaleza quiso que el fruto ahora nacido fuera una h e m b r a , a l a q u e l e p u s i e r o n e l n o m b r e d e P e t r o n i l a , a u n q u e p o c o después l e fue c a m b i a d o p o r el de U r r a c a , y a la q u e , s i e n d o todavía u n a n i ñ a , c a s a r o n — p o r razones d e E s t a d o — c o n e l c o n d e R a m ó n B e r e r r g u e r d e B a r c e l o n a . E l rev m o n j e d o n R a m i r o , tras e l n a c i m i e n t o d e s u hija, r e u n i ó a los n o bles y h o m b r e s b u e n o s y les d i j o : « G u a r d a d b i e n a esta h i j a q u e os d e j o , p u e s , s i m u r i e r e , n u n c a tendréis d e m í h i j o n i hija». Después, volvióse d o n R a m i r o a la m o n j í a y todos los días c e l e b r a b a m i s a ante el p u e b l o . [Menéndez. Pidal, Ramón, Primera Crónica General, págs. 177-478. Vajav, Szabolcs de, «Ramire II le \loine, roi d'Aragon, et Agnés de Poitou...», en Mélanges o/jer/s a R. Crozet, págs. 727-75(1. |

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I¿yendas para una historia paralela, del Aragón medieval

108. R A M I R O II, R E Y D E A R A G Ó N , H U Y E ILESO DE P A M P L O N A ( S I G L O X I I. J A C A )

C o r r í a el a ñ o 1135. Tras la m u e r t e de A l f o n s o I el B a t a l l a d o r h a b í a ten i d o l u g a r u n a u t é n t i c o d r a m a político e i n s t i t u c i o n a l d e a l c a n c e p e n i n s u lar q u e se saldó c o n el n o m b r a m i e n t o de R a m i r o II c o m o rey de A r a g ó n y la s e p a r a c i ó n de las tierras p a m p l o n e s a s , q u e p a s a r o n a d e p e n d e r de G a r cía R a m í r e z e l R e s t a u r a d o r , a u n q u e s o m e t i d o e n vasallaje p o r ellas. L o s n u e v o s m o n a r c a s a c a b a b a n d e pactar o f i c i a l m e n t e l a n u e v a f r o n t e ra n a v a r r o - a r a g o n e s a y e n d o a descansar a c o n t i n u a c i ó n a P a m p l o n a . P e r o , aquella m i s m a noche, el m o n a r c a pamplonés intentó apoderarse p o r la f u e r z a de la p e r s o n a d e l a r a g o n é s p a r a r e t e n e r l e y o b l i g a r l e no sólo a levantar e l vasallaje q u e h a b í a n p a c t a d o d e c o m ú n a c u e r d o , s i n o t a m b i é n par a a r r a n c a r l e l a e n t r e g a d e l p r o p i o r e i n o d e A r a g ó n , pues e l p a m p l o n é s estimaba que no le pertenecía dada su calidad de monje. C u a n d o estaba a p u n t o de c o n s u m a r s e el secuestro p r o y e c t a d o p o r los secuaces de G a r c í a R a m í r e z el R e s t a u r a d o r , R a m i r o II el M o n j e fue a d v e r t i do del peligro que corría p o r Iñigo de A x u a r . El m o n a r c a aragonés convoc ó sin p é r d i d a d e t i e m p o a d o n C a j a l , d o n Eérriz y d o n P e d r o d e A t a r e s par a e s t u d i a r l a situación, c o n v i n i e n d o todos e n q u e e l m o n a r c a d e b í a salir d e m a n e r a u r g e n t e y a e s c o n d i d a s de P a m p l o n a . C u a n d o c o m e n z a b a a a n o c h e c e r , salían d e l a c i u d a d , c o n t o d o e l sigilo p o s i b l e , c i n c o caballerías, entre ellas l a q u e m o n t a b a e l rey R a m i r o II. C a m i n a r o n c o n c e l e r i d a d y sin apenas descansos, en dirección a la c i u d a d de Jaca, hasta llegar al m o n a s t e r i o de L c i r e , q u e estaba a m i t a d d e l c a m i n o , y d o n d e la c o m i t i v a real se d e t u v o d u r a n t e tres días a la espera de todos los suyos. Allí fue r e c i b i d o no sé>lo c o n fiestas, s i n o c o m o a su rey n a t u r a l . P a r a d e m o s t r a r l e a R a m i r o II su r e c o n o c i m i e n t o y fidelidad, los monjes, c o n el a b a d G a r c í a al f r e n t e , le o b s e q u i a r o n c o n u n o de sus más p r e c i a d o s tesoros, l a c o n o c i d a c o m o espada d e d o n L o p e J u a n . [Zurita, Jerónimo, Anales de la Corona de Aragón, libro I, págs. 20-221.]

109. I A B U R L A D E R A M I R O I I (SIGLO X U . H L E S C A )

E l h e c h o d e q u e R a m i r o I I h u b i e r a p r o f e s a d o c o m o fraile c o n a n t e r i o r i d a d a su c o r o n a c i ó n c o m o rey de los aragoneses d i o o r i g e n a no pocas c o n troversias de t o d o t i p o , sobre t o d o p o r parte de sus detractores, qtte aprov e c h a r o n cuantas ocasiones t u v i e r o n p a r a satirizarlo y r i d i c u l i z a r l o , hasta 141

Agustín Vbielo Arleta

que el escarmiento de Huesca, cuando quiso fabricar u n a campana que se o y e r a e n t o d o e l r e i n o , acalló c u a l q u i e r o t r o i n t e n t o . En c i e r t a ocasión, c u a n d o se h a l l a b a c o n sus huestes d i s p u e s t o a e n t r a r e n batalla c o n t r a los m o r o s , h i z o q u e l e e n t r e g a r a n las armas p a r a p o n e r s e a l f r e n t e d e los suyos, p e r o s i l a o p e r a c i ó n e n t r a ñ a b a , sin d u d a , a l g u n a s d i f i c u l t a d e s i n c l u s o p a r a los más avezados g u e r r e r o s , c u a n t o m á s p a r a é l puest o q u e , s i e n d o h o m b r e d e iglesia c o m o e r a , p a r e c e q u e apenas c o n o c í a los distintos c o m p o n e n t e s d e l Uaje g u e r r e r o y m e n o s c ó m o moverse c o n ellos encima. C u a n d o s e h u b o m o n t a d o sobre u n h e r m o s o c a b a l l o bayo, sus a y u d a n tes l e p u s i e r o n e l e s c u d o e n s u m a n o i z q u i e r d a , c o m o e r a c o s t u m b r e , y l a e s p a d a e n l a d e r e c h a . U n a vez c o g i d o s a m b o s c o m o l e i n d i c a r o n , a u n q u e sin m u c h a d e s e n v o l t u r a p o r c i e r t o , p r e g u n t ó e n t o n c e s e l m o n a r c a d ó n d e d e b e r í a llevar l a r i e n d a d e l a m o n t u r a q u e h a b í a q u e d a d o c o l g a d a . C o m o le dijeran que en la m a n o izquierda, que ya tenía o c u p a d a naturalmente c o n e l e s c u d o , pidió q u e s e l a p u s i e r a n e n l a b o c a . A n t e a q u e l l a situación tan grotesca, y más tratándose d e l p r o p i o rey, p r o v o c ó e n t r e las f i l a s d e l c a m p o c r i s t i a n o , i n c l u i d o s los p r o p i o s séniores, risas más o m e n o s c o n t e n i d a s y b u r l a s d i s i m u l a d a s , a u n q u e n o tanto c o m o p a r a q u e d o n R a m i r o n o s e p e r c a t a r a d e e l l o , cosa q u e n o l e gustó e n a b s o l u t o . Así es q u e se h i z o el p r o p ó s i t o de i d e a r el e s c a r m i e n t o a d e c u a d o a a q u e l l a falta de respeto, sobre t o d o e n t r e sus séniores y r i c o s h o m b r e s . F u e así com o s e fue f r a g u a n d o e n s u m e n t e u n a b r o m a a u t é n t i c a m e n t e d i g n a d e u n rey, l o c u a l p a r e c e q u e d e s e m b o c ó e n l a c o n o c i d a « C a m p a n a d e H u e s c a » . [Celia, José, Romancero..., págs. 68-69.]

110. E L E S C A R M I E N T O D E L O S N O B L E S E N H U E S C A (SIGLO XIL HUESCA)

L a m u e r t e d e A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r tras e l desastre s u f r i d o e n F r a g a d i o o r i g e n a u n a grave crisis política e i n s t i t u c i o n a l de c o n s e c u e n c i a s variadas, e n t r e ellas l a d e s u p r o p i a sucesión c o m o rey. E n esta faceta, l a solución f u e la entronización de su h e r m a n o R a m i r o II que era monje. C o n s u c o r o n a c i ó n c o m o rey d e A r a g ó n , n o f i n a l i z a r o n t o d o s los p r o b l e m a s p l a n t e a d o s , s i e n d o u n o d e los más i m p o r t a n t e s e l d e s c o n t e n t o e n tre u n a b u e n a p a r t e d e los s é n i o r e s o tenentes d e l r e i n o , q u i e n e s h a b í a n def e n d i d o o t r a solución dinástica. R a m i r o II el M o n j e , sin e m b a r g o , estaba más q u e resuelto a restablecer e l o r d e n y p a c i f i c a r e l r e i n o p a r a p o d e r a t e n d e r a los d e m á s p r o b l e m a s , a u n q u e n o t e n í a o p i n i ó n f o r m a d a sobre c ó m o h a c e r l o , p o r l o q u e q u i s o co-

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n o c e r e l p a r e c e r d e l a b a d d e S a n P o n c e d e Torneras, m o n a s t e r i o f r a n c é s a l q u e R a m i r o h a b í a estado l i g a d o c o m o m o n j e . P a r a e l l o envió a l c e n o b i o francés un mensajero, encargándole que le pidiese consejo acerca de lo q u e p r o c e d í a h a c e r e n aquellas c o n d i c i o n e s . E l a b a d , c u i d á n d o s e d e d a r e l consejo p o r escrito, e n t r ó c o n e l e m i s a r i o en la h u e r t a del monasterio y, en presencia d e l mensajero, fue c o r t a n d o u n a a u n a las cabezas de las plantas q u e más sobresalían y e r a n más lozanas. Y u n a vez q u e h u b o h e c h o esto le d i j o q u e r e g r e s a r a a H u e s c a y r e l a t a r a a d o n R a m i r o I I l o q u e a c a b a b a d e ver. E n t e n d i ó el rey el mensaje y se d i s p u s o a p o n e r l o en práctica. Así es q u e c o n v o c ó en H u e s c a a los r i c o s h o m b r e s y p r o c u r a d o r e s de las c i u d a d e s y v i llas d e l r e i n o p a r a c e l e b r a r cortes, h a c i e n d o c o r r e r l a voz d e q u e , c o n tal m o t i v o , p r e t e n d í a f u n d i r u n a c a m p a n a q u e s e oyese e n t o d o s u r e i n o . S e c o n g r e g a r o n e n H u e s c a t o d o s los c o n v o c a d o s y , l l e g a d o e l m o m e n t o , h i z o e n t r a r u n o a u n o a los n o b l e s a la c á m a r a d o n d e i b a a m o s t r a r la c a m p a n a , h a c i e n d o pasar p r i m e r o a a q u e l l o s a los q u e q u e r í a escarmentar. L o s q u i n c e e l e g i d o s f u e r o n d e c a p i t a d o s u n o tras o t r o , h a c i e n d o p e n d e r sus cabezas d e l a soga q u e u n í a a l b a d a j o . C u a n d o los d e m á s n o b l e s v i e r o n l a esc e n a , c o m p r e n d i e r o n el mensaje y la a d v e r t e n c i a , a c a t a n d o a R a m i r o II como su soberano. [ Z u r i t a , J e r ó n i m o , Anales de la Corona de Aragón, l i b r o II, págs. 222-223.]

111. R A M I R O I I S E E N F R E N T A A R O L D A N (SIGLO X H . H U E S C A )

D e t o d o s e s c o n o c i d o c ó m o R a m i r o I I e l M o n j e , n o m b r a d o rey d e A r a g ó n tras la crisis política y dinástica p r o d u c i d a p o r la m u e r t e de su h e r m a n o A l f o n s o I , tuvo e n f r e n t a m i e n t o s c o n b u e n a parte d e l a n o b l e z a d e l r e i n o , a l g u n o s d e los cuales d e s e m b o c a r o n e n l a trágica j o r n a d a d e l a « C a m p a n a de H u e s c a » . E n t r e los más e n c a r n i z a d o s e n e m i g o s d e l rey se e n contraba un descendiente del famoso R o l d a n , el compañero de Carlomagn o , a q u e l q u e e n e l siglo V I I I a b r i ó c o n su espada l a h o n d a « b r e c h a d e R o l dan» e n n u e s t r o p r e - P i r i n e o . E l R o l d a n d e l siglo X I I , e n e m i g o p e r s o n a l d e R a m i r o I I y d e s u política, e x t e n d í a s u i n f l u e n c i a e n b u e n a parte d e l a S i e r r a d e G u a r a , cuyas q u e b r a das tierras c o n o c í a c o m o n a d i e . S i n e m b a r g o , f u e e n este e s c e n a r i o e n e l q u e e l rey m o n j e h i z o q u e l e p e r s i g u i e r a e l n o b l e L i z a n a , a l f r e n t e d e sus almogávares. L a p e r s e c u c i ó n f u e a r d u a , a g o t a d o r a , sin tregua. A c o s a d o p o r varios flancos, R o l d a n b u s c ó l a h u i d a a s c e n d i e n d o p o r l a p e ñ a d e A m a n , e n c u y o 143

Agustín Um'eto Arteta

e x t r e m o se llalla l a foz q u e r e c o r r e e l F l u m e n . D e r e p e n t e , pues, se e n c o n tró entre la foz q u e se a b r í a a sus pies y el g r u p o de almogávares q u e c a p i t a n e a b a el n o b l e L i z a n a y le perseguía. L o s p e r s e g u i d o r e s , seguros de tener la p r e s a deseada a su a l c a n c e , y antes de p r e n d e r l a , se e n t r e g a r o n a su h a b i t u a l r i t o g u e r r e r o : c r u z a r o n espadas e n t r e sí, d i e r o n m a n d o b l e s al aire, s o l i c i t a r o n cabriolas a sus corceles... P o r fin, se d e c i d i e r o n a apresar a R o l d a n . C a m i n a r o n h a c i a él. En este m o m e n t o , el p e r s e g u i d o , p i c a n d o las espuelas de su c a b a l l o , se lanzó al vacío. P e r o su salto f u e tan l a r g o y p r o d i g i o s o q u e , en l u g a r de p r e cipitarse a l f o n d o d e l a foz, cayó a l o t r o l a d o d e l corte, sobre l a p e ñ a d e S a n M i g u e l , d o n d e s u c a b a l l o e s t a m p ó sus h u e l l a s . Sus p e r s e g u i d o r e s no d a b a n c r é d i t o a sus ojos, p e r o el caso es q u e el f u gitivo huyó h a c i a l a l i b e r t a d . A l L i z a n a y sus almogávares n o les q u e d ó más c o n s u e l o q u e e l d e n a r r a r e l salto inverosímil q u e d i e r a R o l d a n c o m o excusa a su fracaso. [ A n d o l z , R a f a e l , «Dichos y h e c h o s d e l A l t o a r a g ó n . F l salto d e l R o l d a n » , e n Folletón Alloaragón, 20 (1981), pág. M U ; I d e m , en 4Esquinas ( v m / 1 9 8 9 ) , págs. 110-111.]

112. L A M U E R T E D E R A M I R O I I (SIGLO XII.

ECHO)

R a m i r o II el M o n j e , rey de A r a g ó n , p a r a liberarse de las múltiples tensiones diarias q u e l e p r o d u c í a e l g o b i e r n o d e l r e i n o , tenía l a c o s t u m b r e d e i r a cazar a l m o n t e a c o m p a ñ a d o s i e m p r e p o r s u p r i m e r m i n i s t r o y p o r a l g u n o s m o n t e r o s q u e les servían de g u í a y a y u d a . L i n o d e a q u e l l o s días d e o t o ñ o , h a l l á n d o s e p o r las i n m e d i a c i o n e s d e Siresa q u e tanto le gustaban al rey, f u e r o n a m b o s a cazar p o r la c e r c a n a selva d e O z a . S e p u s i e r o n e n c a m i n o y , p o c o después d e i n i c i a r e l ascenso p o r l a ladera, escucharon repetidamente unos gemidos. Alentados por la posibilid a d d e h a l l a r u n a b u e n a p i e z a , s o r t e a n d o las m u c h a s d i f i c u l t a d e s d e l ter r e n o , se e n c a m i n a r o n hacia el lugar de d o n d e provenían. D e r e p e n t e , e n m e d i o d e u n o d e los p e q u e ñ o s claros d e l b o s q u e , d i v i s a r o n u n o s e z n o a g a z a p a d o q u e h a b í a s i d o a b a n d o n a d o a s u suerte p o r s u m a d r e . I n m e d i a t a m e n t e , tanto e l rey c o m o s u a c o m p a ñ a n t e t e n s a r o n los arcos y d i s p u s i e r o n las flechas p a r a ser lanzadas. C u a n d o a m b o s estaban ya a p u n t a n d o a l a d e s v a l i d a cría, ésta les suplicó c o n voz h u m a n a q u e n o l a m a t a r a n , pues, a r g u m e n t a b a , n o e r a n los osos q u i e n e s p e r s e g u í a n los rebañ o s y se c o m í a n el g a n a d o , s i n o los l o b o s y los z o r r o s . R a m i r o II r e c o n o c i ó o creyó r e c o n o c e r i n m e d i a t a m e n t e en a q u e l l a voz los l a m e n t o s q u e e s c u c h a r a e n u n s u e ñ o q u e h a b í a t e n i d o l a n o c h e ante144


r i o r , a u n q u e n a d a h a b í a d i c h o de e l l o a n a d i e , y trató de evitar a t o d a costa que su acompañante disparara la flecha que tenía dispuesta, interpon i é n d o s e d e m a n e r a i n s t i n t i v a entre e l p r i m e r m i n i s t r o y e l a n i m a l p a r a tratar d e p r o t e g e r a éste. T o d o e l l o s u c e d i ó e n u n instante, d e m o d o q u e l a f l e c h a d e l a r c o d e l p r i m e r m i n i s t r o salié) r a u d a e i m p a r a b l e c o n tan m a l a f o r t u n a q u e fue a clavarse e n e l p e c h o d e s p r o t e g i d o d e l m o n a r c a , q u e cayó gravemente h e r i d o . A u n q u e e l rey f u e a t e n d i d o e n e l acto p o r e l p r i m e r m i n i s t r o y los m o n teros q u e les a c o m p a ñ a b a n , n a d a p u d i e r o n h a c e r p r á c t i c a m e n t e . R a m i r o I I e l M o n j e , e l rey d e los aragoneses, h a b í a m u e r t o . [Serrano Dolader, Alberto, Historias fantásticas..., pág. 94.]

1 1 3 . APARICIÓN D E U N F A L S O A L F O N S O I (SIGLO XII. Z A R A G O Z A )

C o r r í a n t i e m p o s e n los q u e e l r e i n o d e A r a g ó n s e h a l l a b a i n m e r s o e n u n a p a c í f i c a m i n o r í a d e e d a d d e s u rey A l f o n s o II, t u t e l a d o p o r s u m a d r e d o ñ a P e t r o n i l a — l a h i j a d e l rey m o n j e — , c u a n d o u n h e c h o v e r d a d e r a m e n t e s i n g u l a r v i n o a t u r b a r ese sosiego sobre t o d o e n t r e el p u e b l o , p o r o t r a parte bastante c r é d u l o y ávido de n o t i c i a s sobre los c o m p o n e n t e s de la m o n a r q u í a , institución s i e m p r e a l g o distante e i n a c c e s i b l e . Lo c i e r t o es q u e p o c o a p o c o se f u e c o r r i e n d o la d e s c o n c e r t a n t e n o t i c i a de que A l f o n s o I el Batallador — q u e para todo el m u n d o había fallecido tras la triste d e r r o t a de F r a g a ante los m u s u l m a n e s — no sólo estaba vivo sin o q u e h a b í a s i d o visto e n p ú b l i c o e n r e p e t i d a s ocasiones y e n lugares d i versos. E n efecto, u n h o m b r e d e s c o n o c i d o c o m e n z ó a a p a r e c e r a los ojos d e todos d i c i e n d o q u e e r a e l m i s m í s i m o B a t a l l a d o r . E n t r e e l p u e b l o h u b o q u i e n e s , p o r razones e intereses m u y diversos, q u i s i e r o n d a r c r é d i t o a u n personaje q u e , c o n ciertos a r t i f i c i o s , l o g r ó a l g u n o s adeptos. C o m o l a m e m o r i a d e l a ñ o r a d o B a t a l l a d o r era todavía v e n e r a d a e n tre los aragoneses, sobre t o d o e n t r e los más a n c i a n o s , todos q u i s i e r o n ver en él a a q u e l q u e d e c í a ser, m á x i m e c u a n d o e r a capaz de h a b l a r de h e c h o s c o n c r e t o s y hazañas q u e los oyentes r e c o r d a b a n p e r f e c t a m e n t e e i n c l u s o d a r razones c o n v i n c e n t e s de ciertos linajes y f a m i l i a s . S i n e m b a r g o , e n t r e los séniores y ricos h o m b r e s n a d i e c r e í a q u e a q u e l a n c i a n o p u d i e r a ser e l m i s m o B a t a l l a d o r , p o r m u c h o q u e q u i s i e r a j u s t i f i c a r su ausencia del reino por haber m a r c h a d o a A s i a c o m o peregrino, intervin i e n d o allí e n múltiples batallas c o n t r a los turcos. B u e n a p a r t e d e esta n o bleza, sobre t o d o la q u e estaba más p r ó x i m a al p a l a c i o r e a l , instó a q u e d o ñ a P e t r o n i l a p u s i e r a f i n a a q u e l l a situación, p r o p i c i a p a r a q u i e n e s deseaban nuevas a l t e r a c i o n e s de las q u e sacar p r o v e c h o . 145


H a b i é n d o s e l l e g a d o a o r i g i n a r ya a l g u n o s d i s t u r b i o s , y h a l l á n d o s e en Z a r a g o z a d o ñ a P e t r o n i l a y s u h i j o , q u e p r o n t o sería A l f o n s o II, c i u d a d d o n d e e l e c o e r a mayor, s e o r d e n ó p r e n d e r a l i m p o s t o r , q u e a c a b ó s i e n d o a h o r c a d o , c o n l o c u a l d e n u e v o llegó e l sosiego n e c e s a r i o . [ Z u r i t a , J e r ó n i m o , Anales de la Corona de Aragón, l i b r o II, págs. 71-73. U b i e t o , A n t o n i o , « L a a p a r i c i ó n d e l falso A l f o n s o I...», Argensola, 3 3 (1958), 29-33. B a l a g u e r , F e d e r i c o , «Alusiones d e los t r o v a d o r e s a l p s e u d o A l f o n s o e l B a t a l l a d o r » , Argensola, 33 ( 1 9 5 9 ) , 39-47.]

114. L A CORONACIÓN D E P E D R O I I E N R O M A ( S I G L O XIII. R O M A )

P e d r o II, rey d e A r a g ó n , h i z o u n viaje q u e h o y l l a m a r í a m o s d e E s t a d o a R o m a , c u a n d o y a llevaba g o b e r n a n d o los destinos d e l r e i n o d e s d e h a c í a o c h o a ñ o s . Allí, ante e l P a p a y c o n l a i n t e r v e n c i ó n d e éste, f u e c o r o n a d o sol e m n e m e n t e rey de los aragoneses. D e l o q u e o c u r r i ó e n R o m a , así c o m o d e l acto d e l a c o r o n a c i ó n efect u a d a p o r I n o c e n c i o III, p r o n t o c o m e n z a r o n a c o r r e r versiones y n o t i c i a s de t o d o t i p o , algunas n o exentas d e c i e r t a v e r o s i m i l i t u d . Parece ser q u e , según l a l e y e n d a n a t u r a l m e n t e , e r a c o s t u m b r e q u e e l p a p a , p a r a p o n e r d e m a y o r relieve l a d i g n i d a d p o n t i f i c i a , c o l o c a b a l a c o r o n a sobre l a cabeza d e los reyes c o r o n a d o s c o n los pies, e n l u g a r d e h a c e r l o , c o m o p a r e c e l ó g i c o , c o n las m a n o s . P e d r o II, q u e se e n t e r ó de esta c u r i o s a c o s t u m b r e p r o t o c o l a r i a c u a n d o s e h a l l a b a e n R o m a , l a estimó a l g o vejatoria y h u m i l l a n t e p a r a c u a l q u i e r a u t o r i d a d secular, p o r m o d e s t a q u e f u e r a , p e r o sobre t o d o p a r a e l r e p r e s e n tante d e u n r e i n o tan i m p o r t a n t e c o m o e l a r a g o n é s . I d e ó e n t o n c e s c ó m o evitar pasar p o r e l t r a n c e sin q u e e l l o m o l e s t a r a a l p o n t í f i c e . Tras barajar varias alternativas c o n sus asesores, P e d r o II se d e c i d i ó fin a l m e n t e p o r l a d e c o n f e c c i o n a r u n a c o r o n a d e p a n b l a n d o , c o n escasa corteza, q u e h i z o e l a b o r a r y c o c e r el m i s m o día en q u e i b a a t e n e r l u g a r el acto de la solemne coronación. Se preparó c o n todo detalle la c e r e m o n i a , a la que a c u d i e r o n , aparte d e los r e p r e s e n t a n t e s v a t i c a n o s , n o sc>lo l a d e l e g a c i ó n a r a g o n e s a , s i n o t a m b i é n e m b a j a d o r e s d e o t r o s E s t a d o s . T r a s e l rey P e d r o I I , u n c a m a r l e n g o p o r t a b a u n a b a n d e j a c o n l a c o r o n a d e p a n e n c i m a . E l salón e r a t o d o luz. C u a n d o l l e g a d o e l m o m e n t o d e l a c o r o n a c i ó n I n o c e n c i o III s e d e s c a l z ó y q u i s o t o m a r e l p a n c o n los p i e s p a r a p r o c e d e r c o m o e r a c o s t u m b r e , se vio imposibilitado para manejar la corona de p a n blando, de m o d o

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q u e s e v i o o b l i g a d o a t o m a r l a c o n las m a n o s p a r a c o l o c a r l a e n l a c a b e z a d e P e d r o II. [ B l a n c a s , J e r ó n i m o , Comentarios a las cosas ele Aragón, p á g . 5. P a l a c i o s , B o n i f a c i o , La coronación, de los Reyes de Aragón, 1204-1410,

p á g . 23.]

115. J A I M E I , C O N C E B I D O G R A C I A S A U N A TRETA PAIACIEGA (SIGLO xm.

MONTPELLIER)

[ E l m a t r i m o n i o d e M a r í a d e M o n t p e l l i e r c o n P e d r o I I e l C a t ó l i c o , rey d e A r a g ó n , a p u n t o estuvo d e o r i g i n a r a a q u é l l a s u s e g u n d o d i v o r c i o , l o q u e n o o c u r r i ó g r a cias a l a o p o s i c i ó n d e l p a p a I n o c e n c i o m . E l f r a c a s o m a t r i m o n i a l e r a p ú b l i c o , y s ó l o c o m o c o n s e c u e n c i a d e u n a d e las treguas d e l a p a r e j a n a c i ó e l i n f a n t e J a i m e , luego J a i m e I el C o n q u i s t a d o r . C ó m o llegó a nacer J a i m e I de unos padres separados es u n a p r e g u n t a que d i o r i e n d a suelta a la imaginación y a la leyenda. Desclot nos p r o p o r c i o n a u n a explicación legendaria:]

P e d r o II se había e n a m o r a d o de u n a b e r sus s e n t i m i e n t o s , c i r c u n s t a n c i a q u e q u i e n solicitó a l m a y o r d o m o r e a l q u e l e rante u n a noche, a fin de que p u d i e r a marido.

d a m a a l a q u e e l m o n a r c a h i z o safue c o n o c i d a p o r la r e i n a María, ayudara a suplantar a la d a m a d u tener descendencia de su p r o p i o

E l m a y o r d o m o i n t e r m e d i a r i o d i j o a l rey q u e l a d a m a a c c e d í a a sus deseos a m o r o s o s s i e m p r e y c u a n d o n o h u b i e r a l u z e n l a c á m a r a . E l m o n a r c a , s i n s o s p e c h a r l o , pasó t o d a l a n o c h e c o n s u p r o p i a esposa, a u n q u e , antes d e l a m a n e c e r , la r e i n a se d e s c u b r i ó y el rey, d i s i m u l a n d o su c o n t r a r i e d a d , siguió c o n e l l a hasta b i e n e n t r a d a l a m a ñ a n a . [ M u n t a n e r n o s p r o p o r c i o n a o t r a versión d e los h e c h o s , m á s e l a b o r a d a y c o m pleta, c o n matices distintos. C o m o extracta Soldcvila:]

L a i n i c i a t i v a d e l a estratagema n o partió d e l a r e i n a , s i n o d e los b a r o n e s d e M o n t p e l l i e r , q u e deseaban u n h e r e d e r o p a r a e l s e ñ o r í o . E l l o s f u e r o n los q u e c o n v e n c i e r o n a l p r i v a d o d e l rey y los q u e p r o p u s i e r o n l a suplantación; son ellos los q u e v a n a ver a la r e i n a y le e x p o n e n el p r o y e c t o ; los q u e ord e n a n p l e g a r i a s p o r e l éxito d e l e n g a ñ o . S o n ellos — j u n t o c o n abades y p r i o r e s , c o n e l r e p r e s e n t a n t e d e l o b i s p o y religiosos, c o n d o c e d a m a s y d o n cellas, todos c o n c i r i o s e n l a m a n o — los q u e a c o m p a ñ a r o n p o r l a n o c h e a la r e i n a a p a l a c i o , hasta la a n t e c á m a r a r e a l . La r e i n a entró en la cámara y todos q u e d a r o n en oración. Al despuntar e l a l b a , e n t r a r o n e n l a e s t a n c i a . E l rey, asustado, saltó d e l l e c h o y tomó su e s p a d a . T o d o s se a r r o d i l l a r o n y le r o g a r o n q u e m i r a r a a q u i é n ten í a a s u l a d o . L a r e i n a s e i n c o r p o r ó y e l rey l a r e c o n o c i ó . T r a s e x p l i c a r l e h u m i l d e m e n t e la trama u r d i d a , el monarca, resignado, acabó diciéndo-

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Agustín Llbieto Arlela

les q u e , ya q u e así h a b í a s u c e d i d o , « r o g a r a n a D i o s q u e se c u m p l i e r a su deseo». [ D e s c l o t , Crónica, c a p . IV. M u n t a n e r , Crónica, c a p . III y IV. S o l d e v i l a , F e r n a n d o , « U n p o e m a j o g l a r e c s . . . » , e n Estudias dedicados a Metiendo. Pidal, v i l , i ( 1 9 5 7 ) , 71-80.]

116. L O S R F I N O S DE MONZÓN Y P O M A R , EN P O D E R DE JAIME I ( S I G L O XIII. M O N Z Ó N )

E l rey d e M o n z ó n , q u e e r a h e r m a n o d e J a i m e I e l C o n q u i s t a d o r , t e n í a d o s hijos, u n o d e los cuales e r a i l e g í t i m o . L a r e l a c i ó n e n t r e estos d o s h e r m a n o s e r a bastante p r e c a r i a , d e m o d o q u e , c u a n d o e l h i j o l e g í t i m o a l canzó la mayoría de e d a d y h e r e d ó el r e i n o montisonense, el otro decidió h u i r p o r m i e d o a las r e p r e s a l i a s , s i e n d o a c o g i d o , c o n e l título d e rey, e n e l c e r c a n o p u e b l o d e P o m a r d e C h i c a , d o n d e g o b e r n ó d u r a n t e bastantes años. E l j o v e n rey d e M o n z ó n , q u e n o p o d í a ver c o n b u e n o s ojos l a i n d e p e n d e n c i a de u n a parte de su t e r r i t o r i o , i d e ó la m a n e r a de d e r r o c a r a su herm a n o , p r e p a r á n d o s e p a r a llevar l a g u e r r a aguas abajo d e l C h i c a y t o m a r P o mar. A n t e tal a m e n a z a , los p o n í a n n o s h a l l a r o n l a a l i a n z a d e l s e ñ o r d e S e l g u a , i m p o r t a n t e enclave e n a q u e l l o s m o m e n t o s . A pesar de c o n o c e r la a l i a n z a c o n t r a él, el rey de M o n z ó n a c u d i ó c o n sus huestes a P o m a r , s i t i a n d o la p l a z a y a b r i e n d o b r e c h a en los m u r o s q u e la g u a r d a b a n . A n t e e l cariz q u e t o m a b a n los a c o n t e c i m i e n t o s , e l m o n a r c a p o m a r i n o , vestido a l a m a n e r a c a m p e s i n a , l o g r ó h u i r p o r e l p a s a d i z o secreto q u e llevaba desde el castillo — c u y a s r u i n a s todavía se p u e d e n o b s e r v a r h o y — hasta e l o t r o l a d o d e l río C h i c a . E l m o n t i s o n e n s e , a l enterarse d e l r u m b o q u e h a b í a t o m a d o s u h e r m a n o , l e persiguió p o r e l p a s a d i z o hasta alcanzarle. A la vera d e l río, tuvo l u g a r e n t o n c e s u n a l u c h a f r a t r i c i d a c u e r p o a cuerp o , c o n alternativas diversas, a u n q u e l a m a y o r destreza d e l rey d e M o n z ó n acabó p o r d e c i d i r la pelea, si bien f u e r o n dos hombres de su guardia quienes m a t a r o n p o r l a e s p a l d a a l p o m a r i n o , q u e ftie e n t e r r a d o e n l a e r m i t a d e S a n Salvador, e n e l t é r m i n o d e S e l g u a . N o obstante, e l rey d e M o n z ó n , c o m p u n g i d o p o r e l m a l q u e h a b í a hec h o y a p e n a d o , en d e f i n i t i v a , p o i h a b e r d a d o m u e r t e a su h e r m a n o , se atravesó e l c o r a z ó n c o n s u p r o p i a espada, r e g a n d o c o n s u sangre l a t u m b a d e su h e r m a n o . 148

Leyendas para ana historia paralela del Aragón medieval

J a i m e I el C o n q u i s t a d o r , d o m i n a d o r de tantas batallas c o n t r a los m o r o s , a s u m i ó e i n c o r p o r ó a la c o r o n a a r a g o n e s a estas tierras tan q u e r i d a s p o r él, pues n o e n v a n o fue e d u c a d o d e n i ñ o e n e l castillo d e M o n z ó n . [ D a t o s p r o p o r c i o n a d o s p o r K l e n a Nasarre, S a r a R i c o y M a r i b e l V i d a l . C " d e «Santa Ana». Monzón. |

117. J A I M E I S A L V A D O D E L A M U E R T E P O R U N A S SOPAS DE AJO (SIGLO XHI. T L R U L L )

J a i m e 1, rey de Aragém, h a b í a d e c i d i d o r e c o n q u i s t a r V a l e n c i a , c u y o cerc o era c a d a vez más a p r e t a d o . A h o r a , c r e y e n d o q u e h a b í a l l e g a d o e l m o m e n t o , o r g a n i z ó l a hueste y p u s o r u m b o a l a c i u d a d d e l T u r i a . A l l l e g a r a T e r u e l , d o n d e p e n s a b a a c a m p a r y esperar r e f u e r z o s , cayó e n f e r m o d e u n a m i s t e r i o s a y grave d o l e n c i a q u e le d e j ó i n m o v i l i z a d o . La n o t i c i a de la e n f e r m e d a d d e l rey se e x t e n d i ó c o n r a p i d e z , p e r o los más afamados médicos v e n i d o s de todos los c o n f i n e s no acertaban a diagnosticar y m u c h o m e n o s c u r a r el m a l q u e le aquejaba. Se llegó a creer en la existenc i a de un posible e n c a n t a m i e n t o de los m o r o s levantinos, sus adversarios, del i b e r a n d o los e n t e n d i d o s en el m o d o de c o m b a t i r l o sin resultado positivo. L a situación llegó a l límite, p e n s a n d o , i n c l u s o , e n e x p o n e r a l m o n a r c a e n u n a t i e n d a d e c a m p a ñ a a l a e n t r a d a d e l a c i u d a d e n espera d e q u e algún c a m i n a n t e c o n o c i e r a l a terapéutica a d e c u a d a , p e r o e l p r o c e d i m i e n t o pareció p o c o d i g n o d e l rey y se d e s e c h ó . P o r fin, se r e c u r r i ó al saber p o p u l a r , a u t o r i z a n d o a la desesperada a cuantas personas c r e y e r a n c o n o c e r el rem e d i o a ensayarlo: se probé) c o n hierbas, músicas, c o n j u r o s , etc., p e r o t o d o fue en vano, hasta q u e un b u e n día, c i n c o jé>venes turolenses h i c i e r o n c r e e r q u e la solución estaba en h a c e r c o m e r al rey unas sopas de ajo. E l p r o b l e m a fue q u e , c o n tanta gente c o m o h a b í a a c u d i d o a l a c i u d a d , se habían a g o t a d o los ajos y la ú n i c a m a n e r a de c o n s e g u i r l o s era y e n d o a buscarlos a l a h u e r t a v a l e n c i a n a , c o r r i e n d o riesgos sin n ú m e r o . N o obstante, los c i n c o jéncries, seguros de la b o n d a d de su m é t o d o , se p r e s t a r o n pers o n a l m e n t e a e l l o i n i c i a n d o u n viaje p e l i g r o s o d e l q u e séilo p u d o regresar u n o d e ellos. Se h i c i e r o n las sopas a la m a n e r a de T e r u e l c o n los ajos tan costosam e n t e c o n s e g u i d o s , c o m i é n d o l a s el rey d u r a n t e varios días. P o c o a p o c o fue m e j o r a n d o s u s a l u d , hasta sanar p o r c o m p l e t o . L a c i u d a d estalló e n fiestas, e n las q u e p a r t i c i p ó t o d a l a p o b l a c i ó n , p e r o J a i m e I , i n q u i e t o p o r e l retraso q u e su e n f e r m e d a d había p r o v o c a d o , c o m e n z ó a o r g a n i z a r la hueste tpie h a b r í a de llevarle a V a l e n c i a . I C a r u a n a , Jaime d e . Relatos,,., p á g s . 43-50.]

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Agustín (Meto Arlela

118. LA PRIMERA ESPADA DE JAIME I ( S I G L O XIII. M O N Z Ó N )

El p a d r e d e l rey J a i m e i el C o n q u i s t a d o r , P e d r o II de A r a g ó n , vivió los últ i m o s días de su v i d a e n s o m b r e c i d o s p o r las insidias y la traición de sus p r o p i o s h e r m a n o s , hasta q u e l o g r a r o n m a t a r l o j u n t o c o n s u mujer, l a r e i n a . N o c o n t e n t o s c o n e l l o , q u i s i e r o n y p l a n e a r o n acabar, a s i m i s m o , c o n todos sus d e s c e n d i e n t e s , p e r o u n o d e sus hijos, q u e todavía e r a m u y p e q u e ñ o , l o g r ó h u i r c a m u f l a d o entre los c a r r o m a t o s d e u n o s m e r c a d e r e s , q u e l o d e j a r o n e n e l castillo d e M o n z ó n , a l c u i d a d o d e los t e m p l a r i o s . Estos m o n j e s g u e r r e r o s t r a t a r o n d e e d u c a r a l j o v e n i n f a n t e , q u e estab a l l a m a d o a ser rey d e A r a g ó n c o m o h i j o d e l m o n a r c a f a l l e c i d o , p e r o n o s a b i e n d o a c i e n c i a c i e r t a cuál p o d r í a ser s u v e r d a d e r a v o c a c i ó n , i n t e n t a r o n f a v o r e c e r p o r i g u a l s u c o n t a c t o t a n t o c o n e l m u n d o d e las letras y e l r e l i g i o s o y c o m o c o n e l castrense. F u e r o n o b s e r v a n d o a t e n t a m e n t e las i n c l i n a c i o n e s n a t u r a l e s y los p r o g r e s o s d e l m u c h a c h o y p r o n t o d e s c u b r i e r o n l a pasión d e l p e q u e ñ o J a i m e p o r las armas c u a n d o j u g a b a c o n otros n i ñ o s de su edad, de m o d o que acabaron procurándole u n a espada c o n la que ejercitarse. E l i n f a n t e J a i m e h a b í a i d o a p r e n d i e n d o los m o v i m i e n t o s c o r r e c t o s d e l a m a n o y d e l c u e r p o c o n l a e s p a d a e m p u ñ a d a . Así e s q u e u n día, c u a n d o p r e tendía acostumbrarse a la nueva a r m a que acababan de entregarle, yendo c a m i n o d e l a f u e n t e d e l Saso, e n las afueras d e M o n z ó n , s e e n c o n t r ó c o n un peregrino. N o c o n o c í a d e n a d a a a q u e l h o m b r e , p e r o s e d e t u v o c o n é l p a r a charlar, a l a vez q u e seguía h a c i e n d o ejercicios c o n s u espada n u e v a . E l p e r e g r i n o , q u e no dejaba de m i r a r l e , le dijo al i n f a n t e : «Jaime, lava tu espada en este a g u a y tus batallas serán ganadas en todos los lugares q u e desees c o n q u i s tar». El n i ñ o p a r ó en su j u e g o y, h a c i e n d o caso a invitación tan sugestiva, sum e r g i ó e l a r m a e n las aguas cristalinas d e l m a n a d e r o , acto q u e repitió e n varias ocasiones antes de regresar al castillo p a r a seguir r e c i b i e n d o l e c c i o n e s . El agua de la fuente, al conjuro del desconocido peregrino, dio a Jaime e n e r g í a p a r a ser u n b u e n g u e r r e r o y sabiduría p a r a g o b e r n a r c o n j u s t i c i a . [ D a t o s p r o p o r c i o n a d o s p o r M Paz, A u r u s a y O l g a G u a l l a r t e , C " d e « S a n t a A n a » . a

Monzón.]

119. JAIME I H E R E D A LA ESPADA T I Z O N A ( S I G L O XIII. M O N Z Ó N )

U n día c o m o tantos otros, p a s e a b a n p o r los a l r e d e d o r e s d e M o n z ó n u n g r u p o d e t e m p l a r i o s y dos n i ñ o s . E r a n éstos e l p r í n c i p e J a i m e — h u é r f a n o 150


y h e r e d e r o d e l rey P e d r o II, q u e h a b í a m u e r t o e n M u r e t — y s u p r i m o R a món, conde de Provenza. E l p a p a I n o c e n c i o n i , p a r a evitar q u e S i m ó n d e M o n f o r t (el g r a n enem i g o d e P e d r o II) p u d i e r a h a c e r d a ñ o a Jaime, e n c o m e n d ó a l i n f a n t e - n i ñ o a d o n G u i l l e n d e M o n t r o d ó , maestre d e l T e m p l e , e n c a r g á n d o l e d e s u e d u c a c i ó n t a n t o e n las letras c o m o e n los secretos d e las a r m a s . E l c a s t i l l o d e M o n z ó n s e c o n v i r t i ó así e n l a a u t é n t i c a e s c u e l a d e l f u t u r o J a i m e I e l C o n quistador. A n d u v i e r o n hasta l l e g a r a l a e r m i t a d e l a v i r g e n d e l a A l e g r í a y a l regres o s e d e t u v i e r o n a b e b e r a g u a e n l a f u e n t e d e l Saso, c e r c a d e l a e r m i t a d e san V i c e n t e y santa Q u i t e ñ a , d o n d e u n m o n j e h a c í a v i d a e r e m í t i c a . A l verlos, e l e r e m i t a s e a c e r c ó a l a c o m i t i v a y , d i r i g i é n d o s e a J a i m e , l e d i j o q u e s e fijara e n l a e s p a d a q u e l l e v a b a c o l g a d a e l maestre M o n t r o d ó . E r a l a e s p a d a T i z o n a q u e b l a n d i e r a e n s u día e l C i d , y q u e h a b í a l l e v a d o a M o n zón l a h i j a d e éste, C r i s t i n a , c u a n d o e n 1098 s e h a b í a casado c o n e l s e ñ o r de Monzón, R a m i r o Sánchez. H i z o e l m o n j e q u e J a i m e t o m a r a l a e s p a d a y q u e l a i n t r o d u j e r a e n e l remanso acuoso de la fuente c o m o para templarla. L u e g o le dijo que se la o f r e c i e r a a santa M a r í a d e Lascellas. C o n s u p a t r o c i n i o , a q u e l l a e s p a d a sería f u e n t e de m u c h a s v e n t u r a s y valentía. J a i m e c r e c i ó e n e d a d y f u e c o r o n a d o c o m o J a i m e I , rey d e A r a g ó n . A b a n d o n ó M o n z ó n e inició su r e i n a d o . P e r o c u a n d o c o m e n z ó la reconquista de V a l e n c i a , a c o r d á n d o s e d e las p a l a b r a s d e l e r e m i t a , m a n d ó mensajeros a l castillo m o n t i s o n e n s e p a r a q u e l e e n v i a r a n , j u n t o c o n sus joyas, l a f a m o s a e s p a d a T i z o n a , q u e a l t e r n ó c o n las espadas V i l l a r d e l l y S a n M a r t í n . [Castillón, Francisco, El santuario de leí Virgen de, la Alegría de Monzón, págs. 79-81.]

120. L A E S P A D A D E V I L L A R D E L L (SlGl.O X I I I . V A L D E A L G O R F A )

D u r a n t e toda la E d a d M e d i a , fue muy corriente y ciertamente p o p u l a r la c r e e n c i a en la e x i s t e n c i a de mágicas espadas o dotadas de m a r a v i l l o s o s p o d e r e s , forjadas las u n a s bajo u n a d e t e r m i n a d a c o m b i n a c i ó n y c o n j u n c i ó n de p l a n e t a s o c o n s t e l a c i o n e s , m i e n t r a s q u e las otras d e b í a n sus v i r t u d e s especiales a algún h e c h o de c a r á c t e r m á s o m e n o s p o r t e n t o s o a c a e c i d o en t o r n o a ellas o a q u i e n e s las b l a n d í a n en sus m a n o s . N o e s d e e x t r a ñ a r , p o r l o tanto, e l e x t r a o r d i n a r i o relato d e l o a c a e c i d o u n b u e n día a u n tal V i l l a r d e l l , q u i e n s e e n c o n t r ó a l salir d e s u casa c o n u n a n c i a n o m e n d i g o q u e , c o m o tantos otros, l e pidió l i m o s n a , h e c h o a b s o l u tamente n o r m a l . C o m p a d e c i d o V i l l a r d e l l de aquel p o r d i o s e r o , depositó su


e s p a d a en el q u i c i o de la p u e r t a y subió a las h a b i t a c i o n e s s u p e r i o r e s de la casa a b u s c a r algo de c o m i d a c o n q u e s o c o r r e r al i n d i g e n t e . C u a n d o b a j ó , apenas t r a n s c u r r i d o s u n o s instantes, e n l u g a r d e s u a r m a vulgar encontró otra de gran hermosura, circunstancia que le dejó entre i n c r é d u l o y m a r a v i l l a d o . No obstante, la t o m ó entre sus m a n o s y f u e a p r o barla en el tronco de árbol cercano que, al p r i m e r golpe, quedó partido p o r e l m e d i o c o m o s i l u c r a u n a frágil r a m a . R á p i d a m e n t e p e n s ó q u e se trataba de u n a señal especial o de un d o n deD i o s p a r a l i b r a r a l a c o m a r c a d e l t e r r i b l e dragón q u e desde h a c í a algún t i e m p o l a asolaba. Así e s q u e , c i e r t a m e n t e e n v a l e n t o n a d o p o r t o d o l o suced i d o , c o r r i ó a su e n c u e n t r o y logré) d a r l e m u e r t e de un seco y c e r t e r o m a n d o b l e , p e r o c o m o algunas gotas d e sangre d e l a f i e r a l e s a l p i c a r a n e n l a m a n o y e l valiente V i l l a r d e l l , sin q u e n a d i e p u d i e r a h a c e r n a d a p o r él, m u r i ó en el acto. N a t u r a l m e n t e , u n a espada c o m o l a d e V i l l a r d e l l , q u e c o n sus m á g i c o s p o d e r e s g a r a n t i z a b a e l é x i t o a q u i e n l a m a n e j a r a , sólo p o d í a estar e n m a nos de un rey, y a e l l a aludiría J a i m e I el C o n q u i s t a d o r , en 1 2 7 4 . Y s a b i d o es, a s i m i s m o , c ó m o fue a p a r a r p o s t e r i o r m e n t e a P e d r o III, q u i e n , a su vez, se la d e j ó en h e r e n c i a a su h i j o , A l f o n s o 111 el L i b e r a l . | Pardo y Sastrón, Salvador, Apuntes históricos..., pág. 20 Gómez de Valenzuela, Manuel, La vida cotidiana en Aragón..., págs. 188-139.]

121. J A I M E 1 Y N U E S T R A S E Ñ O R A D E L A S I L L A ( S I G L O XIII. U ^ G U E R U F . L A )

L a r e c o n q u i s t a d e l a i m p o r t a n t e p l a z a m u s u l m a n a d e V a l e n c i a , tan costosa en todos los sentidos, colmé), a u n q u e p o r p o c o t i e m p o , las ansias rec o n q u i s t a d o r a s d e l rey J a i m e 1 el C o n q u i s t a d o r , q u e apenas si se t o m ó un r e s p i r o e n s u l u c h a c o n t r a los agarenos. Lo c i e r t o es q u e , u n a vez r e c o b r a d a V a l e n c i a y su t i e r r a de m a n o s de los m u s u l m a n e s , p e r m a n e c i ó allí un c i e r t o t i e m p o q u e d e d i c ó a diseñar su defensa, a trazar el p l a n a seguir p a r a la o c u p a c i ó n y e x p l o t a c i ó n d e l n u e v o ter r i t o r i o y a o r d e n a r las m e d i d a s e n c a m i n a d a s al b u e n g o b i e r n o de las tierras o c u p a d a s . C u a n d o h u b o l l e v a d o a cabo t o d o esto, J a i m e I el C o n q u i s t a d o r pensé) en regresar h a c i a sus tierras aragonesas d o n d e varios asuntos i m p o r tantes r e q u e r í a n su p r e s e n c i a y actuación. D u r a n t e e l regreso h a c i a Z a r a g o z a , tal c o m o solía a h a c e r s i e m p r e q u e iba de c a m i n o , llevaba consigo, a c o m o d a d a con m i m o y esmero en la silla de su cabalgadura, u n a imagen no m u y grande de la V i r g e n , a la que es b i e n s a b i d o c ó m o el rey a r a g o n é s p r o f e s a b a u n a g r a n devoción y a c u y a ayu-


da y a m p a r o d e c í a d e b e r l e la r e c o n q u i s t a de tres r e i n o s g a n a d o s a los m u s u l m a n e s en más de t r e i n t a batallas c a m p a l e s . Tras a l g u n a s j o r n a d a s de a n d a d u r a p o r las altas tierras t u r o l e n s e s , al llegar c o n sus huestes y séquito a la a l t u r a de B e a y L a g u e r u e l a , f u e a c o g i d o c o n g r a n d e s muestras d e respeto y c a r i ñ o p o r los p o b l a d o r e s d e a m b o s l u gares, d e m o d o q u e s e v i o o b l i g a d o , ante e l c a l o r d e m o s t r a d o p o r aquéllos, a h a c e r u n alto e n e l c a m i n o . A g r a d e c i d o p o r las a t e n c i o n e s y agasajos r e c i b i d o s , d e c i d i ó regalarles la i m a g e n q u e l l e v a b a a c o m o d a d a e n l a silla d e s u c a b a l l o y q u e t a n t o estimab a . Sus s u b d i t o s de B e a y L a g u e r u e l a , s u m a m e n t e a g r a d e c i d o s y e m o c i o n a dos p o r e l rasgo d e l m o n a r c a , p r o m e t i e r o n q u e l a convertirían e n a d e l a n t e e n s u guía y p a t r o n a , d á n d o l e e l n o m b r e d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a S i l l a , e n r e c u e r d o d e tan o r i g i n a l c a p i l l a a n d a n t e . [Bernal, José, Tradiciones..., pág. 94.]

122. I A R É P L I C A D E I A V I R G E N D E L A A L E G R Í A EN BARCELONA (SIGLO xm.

MONZÓN)

E s b i e n c o n o c i d o p o r todos c ó m o e l rey a r a g o n é s d o n J a i m e l e l C o n q u i s t a d o r — e d u c a d o en las armas y en las letras p o r los T e m p l a r i o s en el castillo de M o n z ó n tras la m u e r t e de su p a d r e P e d r o II— sentía p o r estas tierras u n a e s p e c i a l p r e d i l e c c i ó n , l o c u a l e s m u y n a t u r a l , p u e s t o q u e s i e n d o n i ñ o h a b í a r e c o r r i d o y j u g a d o p o r todos los a l r e d e d o r e s . R e c o r d a b a perfect a m e n t e el castillo, el Saso y su f u e n t e ; r e c o r d a b a los parajes refrescantes a l a v e r a d e l c a u d a l o s o C i n c a y d e l Sosa e x i g u o ; r e m e m o r a b a d e c u a n d o e n c u a n d o al viejo e r e m i t a de san V i c e n t e y santa Q u i t e r i a ; e v o c a b a d u r a n t e alg u n o de sus c o n t i n u o s y largos viajes la e r m i t a de N u e s t r a S e ñ o r a de la A l e gría, d o n d e i b a m o n t a d o sobre u n e n o r m e c a b a l l o ... A s i m i s m o , e r a y es de sobras c o n o c i d a la g r a n d e y p r o f u n d a devoción q u e J a i m e I e l C o n q u i s t a d o r tuvo s i e m p r e p o r l a f i g u r a d e l a V i r g e n , p r e d i l e c c i ó n d e l a q u e e x i s t e n m u l t i t u d d e p r u e b a s tanto reales c o m o l e g e n d a rias. N o e s e x t r a ñ o , p o r l o tanto, q u e s i n t i e r a algo m u y especial e n s u inter i o r c u a n d o se trataba de cosas referentes a la v i r g e n de la Alegría, a cuyos pies h a b í a o r a d o y j u g a d o tantas veces. C o m o es n a t u r a l , su i n t e n s a a c t i v i d a d política y m i l i t a r c o m o rey y s e ñ o r de tantos t e r r i t o r i o s c o m o alcanzó a g o b e r n a r no le p e r m i t í a desplazarse, c o m o sin d u d a e r a s u deseo, a M o n z ó n p a r a d e a m b u l a r sosegadamente p o r sus a l r e d e d o r e s . P o r lo tanto, o r d e n ó tallar a un e x c e l e n t e escultor de la c o r t e u n a r é p l i c a casi exacta d e s u a m a d a v i r g e n d e l a Alegría m o n t i s o n e n se y, c u a n d o estuvo f i n a l i z a d a y a su gusto, la h i z o llevar a B a r c e l o n a , c i u d a d


a l a q u e solía a c u d i r m u y a m e n u d o . U n a vez e n l a c i u d a d c o n d a l , l a herm o s a talla f u e c o l o c a d a e n l a c a t e d r a l , j u n t o a l a p u e r t a d e san Ibo. C u a n d o J a i m e I estaba e n B a r c e l o n a , d o n d e los asuntos d e l a C o r o n a l e l l e v a b a n c o n u n a c i e r t a f r e c u e n c i a , solía a c u d i r a la c a t e d r a l y visitar la i m a g e n réplica d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a Alegría, c o m o l o h a n h e c h o y h a c e n tantos m o n t i s o n e n s e s d e s a r r a i g a d o s de su t i e r r a , sirviéndoles de vínculo, c o m o a l m i s m o rey, c o n sus p r o p i o s r e c u e r d o s d e n i ñ o . [Castillón, Francisco, El santuario de la virgen de la Alegría de Monzón, pág. 81.]

123. J A I M E I, C O F R A D E D E I A V I R G E N D E L O S ÁNGELES (SIGLO X H L ALBENTOSA)

U n a vez r e c o n q u i s t a d a la aldea de A l b e n t o s a p o r las huestes d e l rey aragonés J a i m e I el C o n q u i s t a d o r , en p l e n o siglo x m , el lugar, situado en el límite c o n las tierras levantinas, fue r e p o b l a d o p o r cristianos llegados d e l r e i n o a d e n tro para p o n e r en explotación sus tierras situadas a casi m i l metros de a l t i t u d . T r a n s c u r r i d o s a l g u n o s a ñ o s desde a q u e l m e m o r a b l e día d e l a c o n q u i s ta, el rey volvió a pasar p o r A l b e n t o s a , c i e r t a m e n t e h a m b r i e n t o y c a n s a d o , a c o m p a ñ a d o tan sólo p o r u n p u ñ a d o d e escogidos g u e r r e r o s . E l p u e b l o , sit u a d o c o m o tantos otros e n l a f a l d a d e l m o n t e , estaba d e s i e r t o c u a n d o e n tró el rey en él, e n c o n t r a n d o en sus calles tan sólo a un n i ñ o al q u e J a i m e I l e p r e g u n t ó d ó n d e estaban los d e m á s vecinos. R e s p o n d i ó e l m u c h a c h o q u e todos estaban e n e l castillo, h a c i a e l c u a l dirigió e l m o n a r c a s u m o n t u r a s i e n d o s e g u i d o a c i e r t a d i s t a n c i a p o r sus a c o m p a ñ a n t e s . C o n f o r m e se i b a n a c e r c a n d o a las m u r a l l a s d e l alcázar, se o í a n más nítid a m e n t e l a algarabía y e l b u l l i c i o d e l i n t e r i o r . D e s d e l a p u e r t a , p u d o observar el rey q u e se estaba p r e p a r a n d o u n a apetitosa y a b u n d a n t e c o m i d a , c i r c u n s t a n c i a q u e aún p r o v o c ó más a su e s t ó m a g o d e s f a l l e c i d o . A n t e sus i n sistentes l l a m a d a s , a c u d i ó a l a p u e r t a u n a m u j e r a n c i a n a q u e n o r e c o n o c i ó e n e l c a b a l l e r o a l m o n a r c a y , sin m e d i a r p a l a b r a a l g u n a p o r p a r t e d e éste, l e d i j o q u e n a d i e q u e n o f u e r a c o f r a d e d e l a v i r g e n d e los Ángeles p o d í a e n trar a q u e l día en el c a s t i l l o , ni s i q u i e r a el rey, a no ser q u e se h i c i e r a m i e m b r o de la cofradía. J a i m e I, tras a q u e l l a i n f o r m a c i ó n tan escueta y tajante, p r e g u n t ó a la a n c i a n a q u é era n e c e s a r i o p a r a ser a d m i t i d o c o m o c o f r a d e , pues é l estaba disp u e s t o a hacerse, r e s p o n d i é n d o l e la m u j e r q u e bastaba c o n pagar u n a peq u e ñ a c u o t a y t e n e r deseo de serlo. E n t o n c e s , el rey l l a m ó a su e s c r i b a n o y sobre u n p e r g a m i n o h i z o d o n a c i ó n a l a V i r g e n d e múltiples bienes, destac a n d o e l l l a m a d o M o l i n o d e A r r i b a , todavía e n f u n c i o n a m i e n t o hasta hace pocos años. 154


C u m p l i d o s c o n creces los requisitos precisos, e l rey y s u hueste p u d i e r o n p e n e t r a r e n e l castillo, d o n d e f u e r o n r e c i b i d o s c o m o c o f r a d e s d e N u e s t r a S e ñ o r a d e los A n g e l e s y p u d i e r o n saciar, p o r f i n , s u h a m b r e . [Proporcionada por Josep Martínez Rondan.]

124. M O S Q U E R U E I A , SEDE V E R A N I E G A DE JAIME I ( S I G L O XIII. M O S Q U E R U E I A )

El rey Jaime i de Aragón r e c o r r i ó f r e c u e n t e m e n t e c o n sus huestes y séq u i t o de s é n i o r e s las q u e b r a d a s y altas tierras d e l a c t u a l sur t u r o l e n s e , pues n o e n v a n o p a s a b a n y pasan p o r ellas varios d e los c a m i n o s q u e c o n d u c e n a las feraces vegas d e l a franja l i t o r a l l e v a n t i n a , c u y a p r i n c i p a l c i u d a d m u s u l m a n a y c e n t r o n a t u r a l d e l a regicjn, V a l e n c i a , a c a b ó p o r c o n q u i s t a r p a r a convertirla en capital de un nuevo reino. E a tradición n o s c u e n t a y d a c o m o c i e r t o q u e J a i m e I , e n p e r m a n e n t e caminar guerrero — n o en vano se le d e n o m i n ó el «Conquistador»—, se vio o b l i g a d o , c o m o c u a l q u i e r o t r o ser h u m a n o , a b u s c a r m o m e n t o s , m o t i v o s y lugares p a r a e l o c i o y e l descanso, d e m o d o q u e s e h i z o c o n s t r u i r u n o d e sus p a l a c i o s d e d i c a d o s a l r e p o s o v e r a n i e g o e n l a todavía e n t o n c e s a l d e a d e M o s q u e r u e i a , b u s c a n d o e l f r e s c o r d e sus casi m i l q u i n i e n t o s m e t r o s d e altit u d y la p r o x i m i d a d a las tierras r e c i é n c o n q u i s t a d a s . L a a l d e a d e M o s q u e r u e i a s e c o n v e r t í a así, a u n q u e sólo l o f u e r a d e m a n e r a e s p o r á d i c a y t r a n s i t o r i a , en c a p i t a l d e l r e i n o de A r a g ó n y, a p a r t e d e l rey, t o d a u n a pléyade de c a b a l l e r o s , n o b l e s , i n f a n z o n e s , s o l d a d o s y s e r v i dores daban c o n su presencia durante u n a t e m p o r a d a v i d a y c o l o r i d o a la aldea. N a t u r a l m e n t e , d e n t r o d e los límites d e l r e c i n t o m u r a d o d e este l u g a r d e r e a l e n g o , p e r t e n e c i e n t e a l a C o m u n i d a d d e T e r u e l , n o sólo s e construyó u n p a l a c i o r e a l d i g n o s i n o q u e s u r g i e r o n t a m b i é n u n a c a p i l l a y unas cuantas casas u b i c a d a s en t o r n o al p a l a c i o p a r a a c o m o d a r a los s e ñ o r e s y n o b l e s q u e le a c o m p a ñ a b a n , así c o m o a los s e r v i d o r e s . La mayoría de las m a n s i o n e s q u e se c o n s t r u y e r o n p a r a a c o m o d a r a los m i e m b r o s de la comitiva real se dispusieron a todo lo largo de u n a nueva calle a la q u e d a b a n sus fachadas de p i e d r a c o n sus blasones l a b r a d o s c o m o signo d i s t i n t i v o de su d u e ñ o . E r a u n a rúa i m p o r t a n t e e i n m e d i a t a m e n t e los habitantes d e M o s q u e r u e i a d i e r o n e n d e n o m i n a r l a rúa o c a r r e r d e los «Ricos h o m b r e s » , tal c o m o todavía se le c o n o c e a t i n , a u n q u e h a y a n p a s a d o siete siglos desde e n t o n c e s . [Recogida oralmente.] 155


125. J A I M E I I M P O N E S U A U T O R I D A D ANTE PEDRO AHONES ( S I G L O XIII. D A R O C A )

J a i m e I apenas h a b í a c u m p l i d o los diecisiete años y e r a ya de á n i m o tan esforzado y n o b l e c o m o alto de p o r t e pues, c o m o d i c e n sus cronistas, era un p a l m o más alto q u e los demás h o m b r e s . El valor y entereza que le h a b r í a n de caracterizar d u r a n t e toda su v i d a se p u s i e r o n de manifiesto, a pesar de su cort a e d a d , c o n m o t i v o d e l e n f r e n t a m i e n t o q u e sostuvo c o n d o n P e d r o A h o n e s . En efecto, J a i m e l había c i t a d o en T e r u e l a todos los ricos h o m b r e s de su r e i n o , c o n la p r e t e n s i ó n de o r g a n i z a r u n a c a b a l g a d a a tierras de los m o ros levantinos, p e r o lo c i e r t o es q u e no llegó n i n g u n o a pesar de estar esp e r á n d o l e s d u r a n t e tres semanas. P o r e l c o n t r a r i o , q u i e n llegó fue u n a e m bajada d e l rey m o r o d e V a l e n c i a , Zeyt A b u z e y l , q u e l e solicitaba u n a t r e g u a a c a m b i o d e l p a g o de un tributo. J a i m e 1, c o n gran disgusto, p e r o ante la real i d a d de los h e c h o s , pactó c o n el m o r o y d e c i d i ó regresar a Z a r a g o z a . E n e l c a m i n o d e v u e l t a , a l a a l t u r a d e C a l a m o c h a , tropezó c o n d o n Ped r o A h o n e s — h e r m a n o d e l o b i s p o d e Z a r a g o z a — y sus h o m b r e s , c o n s i d e r a d o e l c a b e c i l l a d e l e n f r e n t a m i e n t o n o b i l i a r i o c o n t r a e l rey, q u e p r e t e n d í a i r a t i e r r a d e los m o r o s l e v a n t i n o s p o r s u c u e n t a . L e pidió e l m o n a r c a q u e regresara c o n é l pues p r e c i s a b a h a b l a r l e j u n t o c o n los d e m á s n o b l e s d e l r e i n o , p e r o apenas consiguié) q u e l l e g a r a a B u r b á g u e n a . R e c o n v i n o el rey a P e d r o A l i o n e s p o r su actitud y le prohibié) ir contra Valencia, puesto que ello significaría la r u p t u r a de la tregua firmada c o n Zeyt A b u zeyt. El noble le contestó que había invertido m u c h o d i n e r o en preparar la expedición y que no estaba dispuesto a obedecerle, lo cual obligó a J a i m e I a arrestarle. P e r o P e d r o A h o n e s desafió al rey, llegando a l u c h a r c u e r p o a cuerpo, hasta que el sublevado logró escapar para ir a refugiarse al castillo de C u t a n d a . Le persiguió Jaime I l l e g a n d o a e n t a b l a r batalla. Y a n t e s de q u e el rey lo p u d i e r a r e m e d i a r , d o n P e d r o A h o n e s f u e h e r i d o d e m u e r t e p o r Martín Pérez d e L u n a . D o n J a i m e I , v i e n d o q u e P e d r o A h o n e s m o r í a , n o p u d o c o n t e n e r las lágrimas. P u s i e r o n al h e r i d o en un c a b a l l o , p e r o antes de llegar a B u r b á g u e n a m u r i ó . E l rey l o h i z o llevar a D a r o c a , d o n d e l e d i o s e p u l t u r a , c o n g r a n s o l e m n i d a d , e n l a iglesia d e S a n t a María l a M a y o r , bajo u n epitafio q u e d e c í a y d i c e : «Aquí yace D. P e d r o A h o n e s . Año 1 2 2 5 » . [Beltrán, J o s é , «Muerte trágica de 1). Pedio Ahones», en Tradiciimesy leyendas ele Daroca].

126. I A P É R D I D A D E P I T I L L A ( S I G L O XIII. S O S D E L R E Y C A I Ó L I G O )

Es históricamente cierto q u e , a c o m i e n z o s d e l siglo X I I I , los reyes P e d r o II de Aragém y S a n c h o el F u e r t e de N a v a r r a , q u e e r a n p a r i e n t e s , habían fir-

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Leyendas /mm una historia paralela del Aragón medieval

m a d o u n pacto d e paz y a m i s t a d . T a m b i é n l o e s q u e e l m o n a r c a a r a g o n é s tenía d i f i c u l t a d e s e c o n ó m i c a s , d e m a n e r a q u e pidié) u n p r é s t a m o a l n a v a r r o q u e a s c e n d í a a v e i n t e m i l m o r a b e t i n o s y, c o m o e r a c o s t u m b r e , le e n t r e g ó e n p r e n d a los castillos d e P e ñ a , P i t i l l a , E s c ó y G a l l u r . E n n o m b r e d e a m b o s , los t e n d r í a e l s e ñ o r J i m e n o d e R a d a , hasta l a f e c h a e n l a q u e e x p i r a b a e l p l a z o d e d e v o l u c i ó n . N o obstante, s i e l a r a g o n é s n o devolvía e l d i n e r o d e l prést a m o en la f e c h a fijada, los castillos pasarían al n a v a r r o hasta q u e se h i c i e se efectivo a q u é l . S a b e m o s q u e las m o n e d a s entregadas e r a n diversas, c o m o m o r a b e t i n o s a l f o n s i n o s y m a z m u d i n a s , p e r o el n a v a r r o estaba d i s p u e s t o a aceptar la devolución en c u a l q u i e r t i p o de m o r a b e t i n o s ( a l f o n s i n o s , l u p i n o s o aisars), o de m a z m u d i n a s ( b i e n nuevas o viejas, d o b l e s o c o n t r a h e c h a s ) , s i e m p r e q u e s u e q u i v a l e n c i a f u e r a d e veinte m i l m o r a b e t i n o s a l f o n s i n o s . S a b e m o s , asim i s m o , q u e e l p r é s t a m o n o lite d e v u e l t o e n e l p l a z o previsto, p o r l o q u e los c u a t r o castillos p a s a r o n a d e p e n d e r p r o v i s i o n a l m e n t e d e l rey n a v a r r o , q u e i n c o r p o r ó , a d e m á s , l a f o r t a l e z a d e T r a s m o z c o m o c o n s e c u e n c i a d e u n nuevo préstamo. C u a n d o m u r i ó P e d r o II (1213) y se p l a n t e ó el p r o b l e m a s u c e s o r i o q u e d i o c o n su hijo Jaime en Monzón, el pretendiente a la corona, su h e r m a n o d o n F e r n a n d o , r e n u n c i ó a los d e r e c h o s q u e p u d i e r a tener sobre los p i g n o r a d o s c u a t r o castillos, r e n u n c i a q u e h i z o efectiva s u s o b r i n o J a i m e I e l C o n quistador. Aquí es d o n d e la l e y e n d a hace su a p a r i c i ó n para d a r u n a explicaciém m u c h o más p r o s a i c a y c e r c a n a a l p u e b l o , q u i e n a f i r m a b a q u e e l castillo d e P i t i l l a fue p e r d i d o e n u n a p a r t i d a , a l p a r e c e r d e ajedrez, a u n q u e m u y p r o b a b l e m e n t e f u e r a d e d a d o s , según otros. E l rey d e N a v a r r a y e l d e A r a g ó n se a p o s t a r o n G a l l i p i e n z o y P i t i l l a , respectivamente, p e r d i e n d o el a r a g o n é s , q u e c u m p l i ó s u p a l a b r a , d e m o d o q u e , desde e n t o n c e s , P i t i l l a p e r t e n e c e efectivamente a Navarra. N o obstante, l a h i s t o r i a nos d i c e q u e los aragoneses p r e t e n d i e r o n c o n quistar P i t i l l a en 1312 v, si b i e n su castillo fue c e r c a d o , los habitantes rechazaron el intento. [Recogida oralmente. U b i e t o A r t e r a , A n t o n i o , Historia de Aragón: La formación territorial, págs. 208-209.]

127.

PEDRO

III

DESAFIÓ A UN

D R A G Ó N

( S I G L O III)

En u n a de las múltiples estancias de P e d r o III. rey de A r a g ó n , en tierras catalanas, q u i s o c u m p l i r p o r f i n u n día s u deseo d e a s c e n d e r a l a c u m b r e d e l p i r e n a i c o m o n t e Canigé), q u e s i e m p r e , y más p o r a q u e l l o s t i e m p o s , h a


t e n i d o f a m a de m i s t e r i o s o . P r e p a r ó las cosas y se h i z o a c o m p a ñ a r p o r dos d e sus caballeros, c o n o c e d o r e s d e l t e r r e n o . H a s t a m e d i a m o n t a ñ a l a ascensión f u e t r a n q u i l a , p e r o , c u a n d o h a b í a n c o m e n z a d o l a s e g u n d a p a r t e d e l a m i s m a , les s o r p r e n d i ó u n a t o r m e n t a d e p r o p o r c i o n e s d e s a c o s t u m b r a d a s . L o s t r u e n o s , e n s o r d e c e d o r e s , se e n l a z a b a n u n o s c o n otros; múltiples r e l á m p a g o s d e s l u m h r a b a n sus ojos; varios rayos l l e g a r o n a d e r r i b a r a l g u n o s árboles; la t r o m b a de a g u a apenas si les dejaba r e s p i r a r ; el v i e n t o se volvía h u r a c a n a d o p o r m o m e n t o s . E l c a n s a n c i o y e l m i e d o h i c i e r o n p r e s a e n los d o s a c o m p a ñ a n t e s d e d o n P e d r o n i , lo q u e no pasó d e s a p e r c i b i d o a éste. Así q u e les instó a q u e se qued a r a n e n l a o q u e d a d q u e e n a q u e l m o m e n t o les servía d e c o b i j o , pidiénd o l e s q u e le e s p e r a r a n allí hasta el día s i g u i e n t e , pues él i b a a c o n t i n u a r la ascensión. S i n o regresaba, d e b í a n v o l v e r a l valle. C o n t i n u ó e n s o l i t a r i o e l rey, d a n d o muestras d e u n v a l o r sin i g u a l , hasta l l e g a r c o n g r a n e s f u e r z o a l a p a r t e alta d e l m o n t e d o n d e e n c o n t r ó u n peq u e ñ o p e r o bello lago. La t o r m e n t a había a m a i n a d o . Se detuvo en la o r i l l a d e l espejo y lanzó u n a p i e d r e c i l l a al a g u a . H a c e r esto y salir d e l f o n d o vol a n d o c o n estrépito u n e n o r m e d r a g ó n fue t o d o u n o . C o n s u i m p r e s i o n a n te cuerpo, nubló el cielo, yendo amenazador de un lado para otro. E l a l i e n t o d e l m o n s t r u o l l e g a b a a l a c a r a d e l rey, p e r o éste, f i j a n d o sus ojos e n los d e l a f i e r a y c o n l a e s p a d a c o r t a e n s u m a n o diestra, l e h i z o f r e n te. E l a n i m a l , a m a n s a d o , s e z a m b u l l ó d e n u e v o e n e l f o n d o . E l rey h a b í a d e m o s t r a d o s u g r a n valor. C u m p l i d o s u deseo d e s u b i r a l a c i m a d e l C a n i g ó , P e d r o III inició e l cam i n o d e v u e l t a c o n l a satisfacción í n t i m a d e sentirse f u e r t e . [ D o m í n g u e z L a s i e r r a , J u a n , Aragón legendario, I, p á g s . 97-98.]

128. E L G U A N T E D E C O N R A D I N O P A R A P E D R O III (SIGLO XIIL P A L E R M O )

E s t a m o s en p l e n a e f e r v e s c e n c i a de las t e r r i b l e s y asoladoras p u g n a s en las q u e los gúelfos ( p a r t i d a r i o s de los Papas) y los g i b e l i n o s ( p a r t i d a r i o s d e l E m p e r a d o r ) d i v i d e n y e n s a n g r i e n t a n a l a E u r o p a d e l siglo x i i l . E n t r e los g i b e l i n o s más activos y c o m p r o m e t i d o s , destacaba el rey M a n f r e d o de S i c i l i a , q u e a la sazón e r a s u e g r o d e l rey P e d r o III de A r a g ó n desde dieciséis a ñ o s antes de a c c e d e r éste a la c o r o n a aragonesa, p u e s t o q u e se h a b í a casado c o n la hija de M a n f r e d o , Constanza. E l P a p a — c o m o m á x i m o r e p r e s e n t a n t e d e los güelfos y deseoso d e ten e r a S i c i l i a c o m o f e u d o d e l a I g l e s i a — persiguió c o n e n c o n o a M a n f r e d o , destituyéndolo c o m o rey y d a n d o S i c i l i a a C a r l o s d e A n j o u , h e r m a n o m e -

158

Jjyendas para, una historia paralela del, Aragón medieval

ñ o r d e S a n L u i s d e F r a n c i a . P e r o C a r l o s d e A n j o u sólo p o s e í a S i c i l i a teóric a m e n t e , de m o d o q u e se v i o o b l i g a d o a ir a g a n á r s e l a de m a n e r a efectiva p o r las a r m a s . Así es q u e o r g a n i z ó un e j é r c i t o e invadió la isla, d e r r o t a n d o y m a t a n d o a M a n f r e d o . P o c o t i e m p o después, C o n r a d i n o , s u s o b r i n o , q u e se p r e s e n t ó c o m o h e r e d e r o l e g í t i m o , siguió i d é n t i c a suerte. S i n e m b a r g o , C o n r a d i n o , antes d e m o r i r ajusticiado e n e l p a t í b u l o , p r o tagonizó u n a escena q u e , s i d e m o m e n t o n o tuvo c o n s e c u e n c i a s p a l p a b l e s , s í d i o f r u t o s m a d u r o s a l g u n o s a ñ o s más tarde. C o n e l p o r t e m u y d i g n o , com o u n a u t é n t i c o c a b a l l e r o q u e e r a , antes d e e n t r e g a r s u cabeza a l v e r d u g o , p a s e ó r e t a d o r l a m i r a d a e n t r e l a m u l t i t u d q u e estaba presente e n l a ejecuc i ó n y , q u i t á n d o s e e l g u a n t e q u e c u b r í a s u m a n o diestra, l o a r r o j ó c o n fuerza hacia gentío c o m o en d e m a n d a de un vengador. L a tradición y las c r ó n i c a s sicilianas aseguran q u e r e c o g i ó e l g u a n t e l a n zado p o r C o n r a d i n o u n c o n o c i d o caballero siciliano l l a m a d o J u a n d e Próc i d a y q u e éste, p e n s a n d o e n q u i é n p u d i e r a ser capaz d e p o d e r h a c e r efectivo el reto, no d u d ó q u e ese e r a el rey de A r a g ó n , así es q u e fue a e n t r e g á r s e l o a P e d r o III, y e r n o d e l rey ajusticiado p o r C a r l o s de A n j o u , h a c i é n d o l e d e esta m a n e r a h e r e d e r o d e l a v e n g a n z a s i c i l i a n a . [ B a l a g u c r , V í c t o r , Instituciones y reyes de Aragón..., págs. 100-104. J

129. P E D R O III, E N L A S J U S T A S D E B U R D E O S (SIGLO xiii. BURDEOS)

Es h i s t ó r i c a m e n t e c o n o c i d o c ó m o P e d r o III, rey de Aragém, y e r n o d e l d e s p o s e í d o y m u e r t o M a n f r e d o , rey de S i c i l i a , a c a b ó t o m a n d o esta isla, v e n g a n d o a su s u e g r o e i n c o r p o r á n d o l a a sus d e m á s Estados. H a b í a r e c o g i d o e l g u a n t e r e t a d o r d e C o n r a d i n o . L e q u e d a b a p e n d i e n t e todavía e l p e r s o n a l ajuste d e cuentas c o n C a r l o s d e A n j o u , e l güelfo a l q u e e x p u l s a r a d e S i c i l i a . E l d u e l o e n t r e P e d r o III ( e x c o m u l g a d o p o r e l P a p a ) y C a r l o s d e A n j o u ( h i jo carísimo de la Iglesia) estaba previsto q u e se c e l e b r a r a en B u r d e o s , en tierras d e l rey de I n g l a t e r r a , a q u i e n el p a p a Martín IV le r o g ó q u e no lo permitiese, c o m o U a t ó d e hacer. No obstante, P e d r o III no q u i s o faltar a a q u e l l a cita de h o n o r , p e r o sabía q u e E d u a r d o d e I n g l a t e r r a c o n t r o l a r í a todos los c a m i n o s q u e l l e v a b a n a B u r d e o s y q u e , a d e m á s , t e n í a q u e a ü a v e s a r F r a n c i a , dos p e l i g r o s a sortear. L o d e B u r d e o s , e n d e f i n i t i v a , era u n a t r a m p a , p e r o s u h o n o r l e llevaba a ella. S i n e m b a r g o , e n B u r d e o s t o d o s e h a b í a p r e p a r a d o . L a c r i s t i a n d a d enter a estaba p e n d i e n t e d e l o q u e allí p u d i e r a o c u r r i r . E n t r e las m u c h a s c o m i tivas q u e se dirigían a B u r d e o s estaba la d e l f a m o s o m e r c a d e r y tratante de caballos D o m i n g o d e l a F i g u e r a , c o n o c i d o e n t o d a E u r o p a . C o m o s i e m p r e , 159


s u c o m i t i v a era n u m e r o s a . A l c a r g o d e m e r c a n c í a s y c a b a l g a d u r a s i b a n tres c r i a d o s p o b r e m e n t e vestidos, aparte d e s u m a y o r d o m o . E n r e a l i d a d , e l m a y o r d o m o era P e d r o III y los tres c r i a d o s B l a s c o de A l a g ó n , B e r e n g u e r de Peratallada y C o n r a d o de L i a n z a . Bajo el disfraz, la c o m i t i v a a r a g o n e s a llegó a B u r d e o s , d o n d e e r a b i e n sab i d o q u e n o acudiría ("arlos d e A n j o u , p o r h a b é r s e l o p r o h i b i d o e l P a p a . E l senescal d e B u r d e o s r e c i b i ó aviso d e q u e l e a g u a r d a b a u n m e n s a j e r o d e l rey d e A r a g ó n , u n e n c a p u c h a d o q u e l e d i j o s i estaba e n c o n d i c i o n e s d e g a r a n tizar l a s e g u r i d a d d e l rey a r a g o n é s , q u i e n s e p o d r í a p r e s e n t a r allí e n p o c o tiempo. El senescal inglés indicó al m e n s a j e r o q u e bajo n i n g ú n c o n c e p t o se p r e sentara P e d r o III, pues sería p r e s o , ya q u e los h o m b r e s d e l rey de F r a n c i a y d e C a r l o s d e A n j o u estaban p o r todas partes. E n t o n c e s , e l m e n s a j e r o l e d i j o a l senescal s i c o n o c í a p e r s o n a l m e n t e a l rey a r a g o n é s . C o m o d i j e r a q u e sí, el i n t e r l o c u t o r le m o s t r ó su rostro y, sin p e n s a r l o más, f u e a t o m a r posesión d e s u sitio e n e l p a l e n q u e . S ó l o l e p u d i e r o n h a c e r desistir tras r e c i b i r u n d o c u m e n t o a c r e d i t a t i v o de haberse p r e s e n t a d o a la j u s t a . [Balaguer, Víctor, histüurumes y reyes de Aragón..., págs. 115-123.]

130. JAIME II ELIGE ESPOSA (1314) (SIGLO XIV)

J a i m e II, q u e h a b í a s i d o rey d e S i c i l i a antes d e a c c e d e r a l t r o n o d e A r a g ó n , se h a b í a casado c o n B l a n c a de A n j o u , h i j a m a y o r de C a r l o s II de Ñapóles, c o n l a q u e h a b í a t e n i d o varios hijos, e n t r e ellos q u i e n sería e l hered e r o d e l a c o r o n a , A l f o n s o IV. P e r o m u e r t a d o ñ a B l a n c a e n 1 3 1 0 , p a r e c e q u e e l rey J a i m e I I estuvo disp u e s t o a c o n s o l a r s e p r o n t o de su v i u d e z , pues al a ñ o s i g u i e n t e envió e m b a jadores suyos a p e d i r la m a n o de u n a c u a l q u i e r a de las d o s hijas, M a r í a o Eloísa, d e l rey d e C h i p r e , H u g o d e L u s i g n a n . L o s dos e m i s a r i o s , u n a vez puestos e n c a m i n o p a r a tratar d e c u m p l i r e n c a r g o tan d e l i c a d o p o r parte d e l rey, p e n s a r o n q u e e n l u g a r d e s o l i c i t a r l a m a n o d e « u n a c u a l q u i e r a » d e las dos h e r m a n a s era p r e f e r i b l e c o n o c e r l a s p r i m e r o y e l e g i r d e s p u é s a q u e l l a q u e m e j o r les p a r e c i e r a . P a r a e l l o t u v i e r o n q u e pasar a l g u n o s días en t o r n o a la corte c h i p r i o t a y c o n el m a y o r d i s i m u l o f u e r o n e s t u d i a n d o , hasta d o n d e p o d í a n llegar sin levantar sospechas, e l c o m p o r t a m i e n t o d e a m b a s infantas, a c a b a n d o p o r d e c i d i r s e p o r l a más peq u e ñ a , l l a m a d a Eloísa. U n a vez a d o p t a d a l a decisión, s o l i c i t a r o n a u d i e n c i a a l rey c h i p r i o t a a l q u e c o n f e s a r o n sus v e r d a d e r a s i n t e n c i o n e s y le p i d i e r o n la m a n o de Eloísa, 160


l a h e r m a n a m e n o r , p a r a u n i r l a e n m a t r i m o n i o n a d a m e n o s q u e a Jaime 1 1 d e A r a g ó n , s e ñ o r d e l M e d i t e r r á n e o . H u g o , a l saber q u e e r a p a r a c e ñ i r l a cor o n a de Aragón, les c o n v e n c i ó p a r a q u e se d e c a n t a r a n por' la mayor, M a r r a , q u e era la h e r e d e r a d e l t r o n o de C h i p r e y de J e r u s a l é n , y a la q u e no le faltaban virtudes. C a m b i a r o n i m p r e s i o n e s los dos e m b a j a d o r e s aragoneses entre sí y, ante las r a z o n e s tanto p e r s o n a l e s c o m o políticas a r g u m e n t a d a s p o r e l rey c h i p r i o t a , a c c e d i e r o n gustosos a l c a m b i o , r e g r e s a n d o a B a r c e l o n a e n j u n i o d e 1 3 1 3 . U n a ñ o después llegó a G e r o n a p r o c e d e n t e d e C h i p r e María d e L u signán, tras varios días de navegación. Allí m i s m o se verificó el e i d a c e y la cor onacióm d e l a n u e v a r e i n a d e A r a g ó n , q u e d e s g r a c i a d a m e n t e h a b r í a d e m o r i r , sin h a b e r l e d a d o sucesión a d o n J a i m e , e n T o r t o s a , p o c o s a ñ o s más tarde, e n 1 3 2 1 , fatal d e s e n l a c e q u e motivó aún u n tercer m a t r i m o n i o d e l monarca, entonces con doña Elisenda de M o n e a d a . [ S á n c h e z P é r e z , J o s é A u g u s t o , El Reino de Aragón, págs. 193-194. |

131. A L F O N S O V N A C E E N T R E T E R R E M O T O S Y ESPANTO ( S I G L O xiv. V A L E N C I A )

En casi todas las c u l t u r a s y p u e b l o s , se h a y a n d e s a r r o l l a d o más o m e n o s , es bastante h a b i t u a l buscar señales e x t r a o r d i n a r i a s — g e n e r a l m e n t e de car á c t e r s i d e r a l , s o b r e h u m a n o o s o b r e n a t u r a l — p a r a tratar de s i g n i f i c a r ante los d e m á s m o r t a l e s a d e t e r m i n a d a s personas. El f u t u r o A l f o n s o V el M a g n á n i m o — h i j o d e l T r a s t á m a r a c o n e l q u e s e instauró esta dinastía e n A r a gón tras e l C o m p r o m i s o d e C a s p e — tuvo, sin d u d a , las suyas. Un dietario redactado en Valencia, repleto de innumerables noticias de t o d a í n d o l e , nos d e s c r i b e d e m a n e r a s u c i n t a c ó m o e n e l a ñ o d e l a N a t i v i d a d d e 1 3 9 6 , l u n e s , día 1 8 d e l mes d e d i c i e m b r e , c o n m e m o r a c i ó n d e l a E x pectación! de la g l o r i o s a V i r g e n M a r í a , a la h o r a en la q u e las c a m p a n a s toc a b a n a m i s a e n l a seo v a l e n c i a n a , tuvo l u g a r u n i m p r e s i o n a n t e t e r r e m o t o y u n g r a n espanto e n t o d o e l r e i n o d e V a l e n c i a . T a l d e b i ó ser la i n t e n s i d a d d e l seísmo q u e se d e r r u m b a r o n tanto iglesias de c i m i e n t o s p r o f u n d o s c o r n o p e q u e ñ a s ermitas; se a b a t i e r o n e n o r m e s castillos r o q u e r o s y se h u n d i e r o n casas modestas h e c h a s de a d o b e p o r d o q u i e r . F u e tanto y tan g r a n d e e l d a ñ o p r o d u c i d o p o r e l t e r r e m o t o e n t o d o e l r e i n o q u e fue causa d e g r a n d í s i m o d o l o r . L u e g o se s u p o y se r e l a c i o n a r o n a m b o s h e c h o s q u e , a m u c h o s kilómetros de d i s t a n c i a , en a q u e l a ñ o , en el m i s m o día y a i d é n t i c a h o r a , n a c í a eir C a s t i l l a e l i n f a n t e d o n A l f o n s o , p r i m o g é n i t o d e clon F e r n a n d o — h e r m a n o d e l rey d e C a s t i l l a — , e l c u a l d o i r F e r n a n d o fue rey d e A r a g ó n , c o n e l n o m -

161


b r e de F e r n a n d o I de A n t e q u e r a . L u e g o , a la m u e r t e de este ú l t i m o , f u e rey d e Aragón e l d i c h o d o n A l f o n s o — A l f o n s o V — , autor d e grandes y maravillosos actos. [Gabanes, M Desamparados, Dietari..., pág. 105.] a

132. I A C O N D E S A D E U R G E L L PRETENDE ENVENENAR A FERNANDO I (SIGLO XV. ZARAGOZA)

C o r r í a el mes de n o v i e m b r e de 1414 c u a n d o l l e g a b a u n a vez más a Z a r a g o z a , p r o c e d e n t e d e M o r e l l a , e l fraile p r e d i c a d o r V i c e n t e F e r r e r , p e r s o n a q u e g o z a b a d e u n g r a n p r e s t i g i o e n t o d o e l o c c i d e n t e e u r o p e o y , sobre tod o , e n los Estados d e l a C o r o n a d e A r a g ó n . E l p r í n c i p e A l f o n s o , q u e l u e g o sería A l f o n s o V de A r a g ó n , le r e c i b i ó c o n singulares muestras de afecto y le c o n s i d e r ó c o m o a h u é s p e d destacado. P o c o después d e llegar a Z a r a g o z a , estaba e l p r í n c i p e o y e n d o u n s e r m ó n d e l fraile d o m i n i c o c u a n d o recibió d e s u p a d r e , e l rey a r a g o n é s F e r n a n d o I d e A n t e q u e r a , u n a c a r t a e n l a q u e l e a n u n c i a b a — a u n q u e l l e g a b a c o n evidente retraso— que el d o m i n i c o valenciano iba a ir a la c i u d a d del E b r o , r o g á n d o l e q u e le r e c i b i e r a c o m o se m e r e c í a y q u e p r o c u r a r a p o r todos los m e d i o s a su a l c a n c e q u e los judíos zaragozanos a c u d i e r a n a e s c u c h a r sus s e r m o n e s . S i n d a r l e excesiva i m p o r t a n c i a , l e c o m u n i c a b a , a s i m i s m o , c ó m o p o r a q u e l l o s días l a c o n d e s a d e U r g e l l h a b í a tratado d e e n v e n e n a r l e . C u a n d o finalizó e l s e r m ó n , e l príncipe A l f o n s o c o m u n i c ó a l fraile l a n o t i c i a d e l f a l l i d o e n v e n e n a m i e n t o y le r o g ó que al día siguiente celebrase u n a m i sa de acción de gracias, c o m o así se h i z o . La iglesia de San Salvador se llenó de gente y d u r a n t e el s e r m ó n , V i c e n t e F e r r e r d i o a c o n o c e r p ú b l i c a m e n t e la r e p r o b a b l e acción d e l a c o n d e s a d e U r g e l l , m a d r e d e d o n J a i m e d e U r g e l l , c a n d i d a t o , c o m o es sabido, a la c o r o n a de Aragón frente a d o n F e r n a n d o I. [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida..., págs. 225-226.]

133. F E R N A N D O E L C A T Ó L I C O , ENGENDRADO EN EL FRASNO (SIGLO XV. EL FRASNO)

N o s r e l a t a l a tradición q u e c o r r í a e l mes d e m a r z o d e 1452, c u a n d o e l rey J u a n II de A r a g ó n y su s e g u n d a esposa, d o ñ a J u a n a E n r í q u e z , a c o m p a ñ a d o s p o r u n a n u m e r o s a y vistosa c o m i t i v a , atravesaban las difíciles tierras 162


d e l sistema I b é r i c o , c a m i n o d e C a s t i l l a , c u a n d o p o r l o a d e l a n t a d o d e l d í a s e vieron obligados a pernoctar en El Frasno. C o m o es l ó g i c o , h o r a s antes se h a b í a n a d e l a n t a d o varios s e r v i d o r e s de l a casa r e a l p a r a tratar d e b u s c a r a c o m o d o d o n d e pasar l a n o c h e y , tras v i sitar u n a tras o t r a todas las casas d e l p u e b l o , d e c i d i e r o n q u e los m o n a r c a s f u e r a n a p o s e n t a d o s , c o m o m e j o r s e p u d o , e n l a v i v i e n d a d e u n p o b r e lab r a d o r , u n tal J u a n d e l a P i e d a d , q u e disponía d e u n a c á m a r a a m p l i a y adecuada a j u i c i o del camarlengo real. L l e g ó la c o m i t i v a al p u e b l o , c o n los reyes al f r e n t e , y t o d o p a r e c e h a berse d e s a r r o l l a d o c o n n o r m a l i d a d p a r a los reyes y su séquito, p e r o p a r a los habitantes d e E l F r a s n o a q u e l f u e u n día m u y e s p e c i a l . Sin embargo, cuando ya había transcurrido algtin tiempo, confesaron los reyes en p a l a c i o a sus más allegados, al n a r r a r las i n c i d e n c i a s de a q u e l viaje, a l g o q u e sólo ellos sabían, q u e d o n F e r n a n d o , q u e c o n e l t i e m p o sería F e r n a n d o II el C a t ó l i c o , y q u e n a c e r í a en Sos d e l Rey C a t ó l i c o , f u e e n gendrado aquella noche en el pueblo de El Frasno. P o r eso, c u a n d o e l R e y C a t ó l i c o a n d a b a p o r estas tierras c a m i n o d e l a C a s t i l l a o d e Z a r a g o z a , s i e m p r e p r o c u r a b a pasar p o r E l F r a s n o , d o n d e solía h a c e r u n alto p a r a visitar l a casa d e J u a n d e l a P i e d a d y los suyos, m o s t r a n do a d o ñ a Isabel, la r e i n a de C a s t i l l a , el b e l l o p a n o r a m a q u e se divisa d e s d e su c a s e r í o . Y, según c o n t a b a n q u i e n e s c o n ellos i b a n , c a d a vez q u e esto o c u rría le r e p e t í a a la r e i n a : «Esta es la t i e r r a y esta es la casa d o n d e m i s padres m e e n g e n d r a r o n » . F e r n a n d o e l Católico, a l d e c i r d e sus allegados, j a m á s o l vidó sus raíces. [ V á z q u e z , J o s é M a r í a , El Frasno y su colonia, veraniega de Pietas. Z a r a g o z a , s.d.]

1 3 4 . F E R N A N D O II, A R M A D O C A B A L L E R O D E MARÍA ( S I G L O X V . C A S T E J Ó N D E LAS A R M A S )

L a r e c o n q u i s t a d e l r e i n o d e G r a n a d a s e f r a g u ó l e n t a m e n t e , a pesar d e ser e l último r e d u c t o m u s u l m á n q u e q u e d a b a e n l a P e n í n s u l a I b é r i c a . P o co a p o c o f u e r o n c a y e n d o las p r i n c i p a l e s plazas q u e r o d e a b a n a la c a p i t a l hasta q u e , p o r f i n , l e t o c ó e l t u r n o a l a c i u d a d d e l a A l h a m b r a . E n A r a g ó n , l a g u e r r a g r a n a d i n a tuvo s u reflejo, pues n o e n v a n o F e r n a n d o I I e l Católico f u e p a r t í c i p e d i r e c t o en estos últimos instantes. C u e n t a l a tradición q u e d o n F e r n a n d o s e h a l l a b a e n Z a r a g o z a acabando de r e a l i z a r los p r e p a r a t i v o s q u e le llevarían a a c o m e t e r el último asalto a la c i u d a d g r a n a d i n a , cuyas huertas y a l r e d e d o r e s estaban ya en m a n o s de los cristianos. C u a n d o tuvo t o d o o r g a n i z a d o , partió c o n s u séquito desde 163


Z a r a g o z a — d o n d e h a b í a r e n d i d o u n a de sus escasas visitas a la c i u d a d — y, c o m o era h a b i t u a l , siguió l a r u t a n a t u r a l d e l r í o J a l ó n p a r a e n c a m i n a r s e hac i a la M e s e t a . E s t a b a n previstas las etapas a realizar p o r la c o m i t i v a , u n a délas cuales les llevó a levantar su c a m p a m e n t o p a r a p e r n o c t a r en Castejón, p o b l a c i ó n c e r c a n a a A t e c a , ya casi en los c o n f i n e s d e l r e i n o de A r a g ó n , a u n q u e el rey pasó la n o c h e en su castillo. A la m a ñ a n a s i g u i e n t e , F e r n a n d o II asistió a la c e l e b r a c i ó n de la M i s a , y antes de a b a n d o n a r tierras aragonesas, m a n i f e s t ó su deseo de ser a r m a d o ante l a i m a g e n d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l C e r r o , v e n e r a d a e n u n a p e q u e ñ a erm i t a d e esa l o c a l i d a d . E l c e r e m o n i a l f u e m u y s e n c i l l o p o r deseo e x p r e s o d e l m o n a r c a y en m e d i o de un g r a n s i l e n c i o se c o n s a g r ó ante sus capitanes y g u e r r e r o s c o m o c a b a l l e r o de María, a la q u e solicitó p i a d o s a m e n t e su i n tercesión y a y u d a p a r a la g u e r r a f i n a l q u e i b a a e m p r e n d e r . Pasó e l t i e m p o , los Reyes C a t ó l i c o s r e c o n q u i s t a r o n G r a n a d a y F e r n a n d o II, v i c t o r i o s o , se v i o p r e c i s a d o a v o l v e r a A r a g ó n , h a c i é n d o l o u n a vez más p o r l a r u t a d e l J a l ó n . A l pasar d e n u e v o p o r Castejém — p u e b l o d e n o m i n a d o d e s d e e n t o n c e s C a s t e j ó n d e las A r m a s p o r h a b e r s e a r m a d o c a b a l l e r o d e M a r í a e n é l — s e d e t u v o m e d i a j o r n a d a y o r d e n ó — e n rec u e r d o y a g r a d e c i m i e n t o de la ayuda d i v i n a r e c i b i d a — no sólo c o n s t r u i r u n a capilla dedicada a la Purísima Concepción, sino también la colocac i ó n d e los e s c u d o s d e A r a g ó n y C a s t i l l a e n e l altar d e l a i m a g e n d e l a v i r g e n d e l C e r r o , s u v a l e d o r a e n l a b a t a l l a . H e c h o t o d o esto, p r o s i g u i ó v i a je a Z a r a g o z a . [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., II, pág. 470.]

1 3 5 . L A V I R G E N D E L P I L A R SAI A A A F E R N A N D O II (SIGLO XV. ZARAGOZA)

Al rey F e r n a n d o II el C a t ó l i c o se le r e c o n o c e u n a f e r v o r o s a y p r o f u n d a devoción p o r l a V i r g e n , d e s t a c a n d o s u p r e d i l e c c i ó n p o r l a d e l P i l a r , d e l a q u e c r e í a y d e c í a h a b e r r e c i b i d o favores especiales en m u l t i t u d de ocasiones, a u n h a l l á n d o s e f u e r a d e A r a g ó n . Es b i e n s a b i d o y n o t o r i o q u e F e r n a n d o II no f r e c u e n t ó e x c e s i v a m e n t e el t e r r i t o r i o a r a g o n é s y q u e , c u a n d o lo h i z o , la m a y o r parte de las veces e r a de paso entre C a s t i l l a y Cataluña. N o obstante, l a c i u d a d d e Z a r a g o z a o c u p ó l a m a y o r parte de sus visitas a A r a g ó n , atraído e s p e c i a l m e n t e p o r la p r e s e n c i a allí de la v i r g e n d e l P i l a r a la q u e v e n e r a b a desde n i ñ o . E n t r e los n u m e r o s o s favores q u e d e b í a a la v i r g e n d e l P i l a r , y q u e solía r e c o r d a r d e c u a n d o e n c u a n d o a sus más í n t i m o s c o l a b o r a d o r e s , u n o tuvo l u g a r c u a n d o s e e n c o n t r a b a e n c i e r t a ocasión e n l a c i u d a d d e B a r c e l o n a .

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Leyendas para una historia paralela. de/Aragón medieval

E r a d i c i e m b r e d e 1492 y q u i s o asistir c o m o rey a l t r a d i c i o n a l T r i b u n a l abierto, e n e l q u e s e i m p a r t í a justicia. C u a n d o finalizó l a m a ñ a n a , a l pasar p o r l a p l a z a d e l P a l a c i o , u n h o m b r e d e a p a r i e n c i a n o r m a l , p e r o d e p r a v a d o rnor a l m e n t e , p r e t e n d i ó atentar c o n t r a s u v i d a e n p l e n a calle. S i n d u d a a l g u n a , s u e x i s t e n c i a h u b i e r a q u e d a d o segada p o r e l puñal asesino a n o ser p o r e l c o l l a r d e o r o q u e llevaba p r e n d i d o d e l c u e l l o , q u e d e t u v o e l g o l p e , d e m o d o q u e t o d o q u e d ó e n u n susto. F e r n a n d o t í r e c o n o c i ó i n m e d i a t a m e n t e l a i n t e r c e s i ó n de la v i r g e n d e l P i l a r , su v a l e d o r a en tantas otras ocasiones de peligro. C o n v e n c i d o c o m o estaba d e e l l o , s e d e s p o j ó d e l collar, a l q u e tenía e n g r a n estima, y , c o l o c á n d o l o e n u n a h e r m o s a a r q u e t a d e m a d e r a , l o h i z o llevar a Z a r a g o z a p a r a q u e f u e r a d e p o s i t a d o a los pies de la v i r g e n d e l P i l a r , e n t r a n d o a f o r m a r p a r t e de los n u m e r o s o s exvotos de ésta. [ A z a g r a , V í c t o r , Cosas nuevas de la Zaragoza vieja, II, p á g . 3 2 . A n s ó n , F r a n c i s c o , Los milagros de la Virgen del l'i/ar..., p á g s . 127-137.]

3.2. L A N O B L E Z A Y L O S S E Ñ O R Í O S

136. E L N A C I M I E N T O D E 1 A N O B L E Z A A R A G O N E S A ( S I G L O IX. S A N J U A N D E L A PEÑA)

C o r r í a e l a ñ o 832, c u a n d o e l c u a r t o rey d e S o b r a r b e , d o n S a n c h o G a r cía, fue m u e r t o e n batalla c a m p a l c o n t r a los m u s u l m a n e s , c a y e n d o t a m b i é n j u n t o a é l G a r c í a A z n a r , q u i n t o c o n d e d e A r a g ó n . E l desastre p e r s o n a l , m a terial y m o r a l en las filas cristianas fue c o n s i d e r a b l e , p e r o unos seiscientos de los s u p e r v i v i e n t e s cristianos, a m p a r a d o s p o r lo escabroso d e l t e r r e n o , se r e f u g i a r o n eir e l m o n a s t e r i o d e S a n J u a n d e l a P e ñ a , desde d o n d e hostigar o n c u a n t o les f u e p o s i b l e a sus e n e m i g o s . V i v i e r o n al c a l o r d e l m o n a s t e r i o pinatense en t o r n o a d i e z a ñ o s sin q u e s e p r o d u j e r a avance a l g u n o e n n i n g ú n s e n t i d o , n i m i l i t a r , n i econé)mico, n i o r g a n i z a t i v o . Así e s q u e c r e y e r o n l l e g a d o e l m o m e n t o d e c a m b i a r e l r u m b o d e los a c o n t e c i m i e n t o s , p o r l o q u e d e t e r m i n a r o n , c o m o p r i m e r a m e d i d a , e l e g i r de entre ellos a d o c e b a r o n e s , en q u i e n e s recavé) el g o b i e r n o d e l ter r i t o r i o y d i e r o n o r i g e n a los «séniores», p o c o después l l a m a d o s «ricosh o m b r e s d e natura», g e r m e n d e l a n o b l e z a aragonesa. Estos d o c e séniores e l i g i e r o n al n u e v o rey s o b r a r b e n s e y le d i e r o n lo p o co q u e h a b í a n g a n a d o a los m o r o s , mas a c a m b i o le o b l i g a r o n a j u r a r q u e los m a n t e n d r í a s i e m p r e en d e r e c h o , q u e p r o c u r a r í a m e j o r a r los fueros, y q u e n o p o d r í a r e u n i r cortes n i j u z g a r sin consejo d e ellos, c o m o t a m p o c o m o v e r paz, g u e r r a , t r e g u a n i n e g o c i o i m p o r t a n t e sin a c u e r d o d e los d o c e


r i c o s - h o m b r e s allí c o n s t i t u i d o s . L a m o n a r q u í a c u y a a n d a d u r a s e revitalizab a estaría, p o r l o tanto, m e d i a t i z a d a e n a d e l a n t e . E r a tan g r a n d e l a a u t o r i d a d q u e c o n c e n t r a b a n e n sus m a n o s estos d o c e r i c o s - h o m b r e s q u e e l rey n o p o d í a actuar n i t o m a r d e t e r m i n a c i ó n a l g u n a sin su consejo y parecer, de m o d o q u e ante el m o n a r c a p a r e c í a n ser sus iguales, c o n q u i e n e s repartía las rentas de los lugares q u e se i b a n g a n a n d o , lo q u e les servía p a r a m a n t e n e r caballeros y vasallos a su s e r v i c i o . [ f u e n t e , V i c e n t e de l a , Estudios críticos..., t. 2, p á g s . 189-171. O l i v e r a , G o n z a l o , «Reyes de S o b r a r b e » , Linajes de Aragón, i ( 1 9 1 0 ) , 146.]

137. E L O R I G E N D E L O S AYSA (SIGLO IX. AÍSA)

("orno tantas otras, la q u e l u e g o sería i m p o r t a n t e e i n f l u y e n t e f a m i l i a de los A y s a era u n c l a n h i s p a n o g o d o q u e , e n e l m o m e n t o d e l a c o n q u i s t a m u s u l m a n a , prefirió, antes q u e pasar a ser m o z á r a b e v i v i e n d o en u n a p o b l a ción g o b e r n a d a p o r m o r o s , lanzarse a las altas m o n t a ñ a s p i r e n a i c a s p a r a llevar, e n p r i n c i p i o , u n a v i d a e r r a n t e hasta buscar r e f u g i o más o m e n o s d e f i n i t i v o entre las s i n u o s i d a d e s d e l P i r i n e o jaqués. En a q u e l l o s escabrosos y b e l l o s parajes, a los q u e los i n v a s o r e s agaren o s l l e g a r o n t a n sólo e n c o n t a d a s o c a s i o n e s p o r l o caras q u e solían p a g a r tales c o r r e r í a s , esta f a m i l i a h i s p a n o g o d a d e c i d i ó l e v a n t a r u n c a s t i l l o m o desto d o n d e h a c e r s e f u e r t e e n caso d e p e l i g r o , c o n v i r t i é n d o s e e n d e f e n sores y o r g a n i z a d o r e s de las vidas de q u i e n e s vivían en la p e q u e ñ a c o marca circundante. C u a n d o c o m e n z ó e l p r o c e s o r e c o n q u i s t a d o r , los c a b a l l e r o s d e l a p e l l i d o A y s a e m p e z a r o n a a l c a n z a r n o m b r a d l a , s i e n d o f a m o s o su castillo y su valle, q u e t o m a r o n e l n o m b r e d e sus señores, y d i o o r i g e n a l n a c i m i e n t o d e t o d a u n a v i l l a e n t o r n o a los sencillos m u r o s d e l a f o r t a l e z a . P o c o a p o c o f u e r o n f o r m a n d o parte de la c o r t e y se les ve h a c i é n d o s e sitio e n t r e los d e m á s a p e l l i d o s aragoneses, d e m o d o q u e e n e l siglo x i u s o n a b u n d a n t e s los h e c h o s históricos p r o t a g o n i z a d o s p o r l a f a m i l i a Aysa, e n p e r m a n e n t e p u g n a c o n e l c o n c e j o d e Jaca. S u e s p a l d a r a z o d e f i n i t i v o tuvo l u g a r c u a n d o u n M a r t í n d e A y s a y sus h i j o s a c o m p a ñ a r o n a l rey a r a g o n é s e n l a m e m o r a b l e j o r n a d a d e las N a vas d e T o l o s a , e n j u l i o d e 1212, d e m o d o q u e e l m o n a r c a , e n p r e m i o a l v a l o r y a r r o j o q u e d e s p l e g a r o n e n a q u e l l a b a t a l l a , les c o n f i r m ó e l s e ñ o río d e l valle de Aysa, dándoles, además, tierras y m o n t e en Las Tiesas, d o n d e l e v a n t a r o n o t r o c a s t i l l o . P e r o s o b r e t o d o les c o n c e d i ó q u e p u d i e ran añadir al escudo de armas que hasta entonces usaban u n a c r u z grie-

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g a s o b r e u n b r a z o a r m a d o q u e b l a n d í a u n a p o r r a , h a c i e n d o alusión a l a c r u z r o j a q u e , s e m e j a n t e a l a q u e utilizarían l u e g o los m o n j e s g u e r r e r o s de Calatrava, había a p a r e c i d o en el h o r i z o n t e d u r a n t e la c o n o c i d a y célebre batalla. [García Ciprés, G . , «Infanzones de Aragón. Los Aysa», Linajes de Aragón, 1 (1910), 56-59.]

138. G A R C Í A A Z N Á R E Z , A S E S I N O D E CÉNTLJLO D E B I G O R R A (SIGLO XI. SAI.LENT DE G A L L E G O )

S a n c h o R a m í r e z , rey d e A r a g ó n , e n u n a s e n t e n c i a d a t a d a p r o b a b l e m e n t e e n 1090, nos relata u n h e c h o q u e a l p a r e c e r o c u r r i ó e n e l valle d e T e n a d u r a n t e s u r e i n a d o , a l q u e l u e g o e l t i e m p o h a a d o r n a d o c o n tintes legendarios. U n o d e sus más i m p o r t a n t e s vasallos y c o l a b o r a d o r e s e n l a l u c h a c o n t r a los m u s u l m a n e s , e l c o n d e C é n t u l o d e B i g o r r a — s i n d u d a u n p r e d e c e s o r d e l c o n d e d e l m i s m o n o m b r e q u e a c o m p a ñ a r a e n e l siglo X I I a A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r — pasaba h a c i a A r a g c t n p o r e l valle r e c i é n l l e g a d o d e l o t r o l a d o d e los P i r i n e o s (de d o n d e e r a o r i g i n a r i o ) c o n escaso a c o m p a ñ a m i e n t o p a r a entrevistarse c o n e l p r o p i o rey e n J a c a . G a r c í a Aznárez, hijo d e A z n a r Atónez, tal vez t c n e n t e d e l c e r c a n o p u e b l o de Latrás, al sur de S a b i ñ á n i g o , le r e c i b i ó e n s u casa c o n aparentes muestras d e a m i s t a d , p e r o , p o r razones d e s c o n o c i d a s y a b u s a n d o de su h o s p i t a l i d a d , a c a b ó a s e s i n á n d o l o «con e n g a ñ o y c o n m a l a traición, j u n t o c o n sus h o m b r e s » . A t e r r a d o p o r e l castigo, s i n o e r a e l d e s u p r o p i a v i d a , q u e a b u e n seguro i b a el rey a i n f l i g i r l e , G a r c í a Aznárez a b a n d o n ó el valle h u y e n d o a t i e r r a d e m o r o s c o n sus c ó m p l i c e s . E l rey, e n efecto, r e a c c i o n ó c o n e x t r e m a d u r e z a y o r d e n ó q u e n a d i e h a b i t a r a más en las casas d o n d e se h a b í a c o m e t i do el crimen y, de acuerdo con Galindo, hermano del homicida, ordenó q u e su m a d r e y t o d a su f a m i l i a salieran d e l valle y q u e n u n c a más v i v i e r a n i n g u n o de ellos allí, s i n o q u e p u s i e r a n en sus tierras c o l o n o s q u e las p o b l a r a n y les e n t r e g a r a n las rentas de los c a m p o s . S e d e s c o n o c e n las r a z o n e s q u e p u d i e r o n m o v e r a G a r c í a A z n á r e z a c o m e t e r tal c r i m e n , p e r o p u d i e r a p e n s a r s e q u e quizás f u e r a n los etern o s p r o b l e m a s d e pastos e n e l p u e r t o d e l P ó r t a l e e n t r e l o s b i g o r r e s e s y los h a b i t a n t e s d e l v a l l e d e T e n a l o s q u e d e s e n c a d e n a r a n t a n h o r r e n d o crimen. [Gómez de Valenzuela, Manuel, La vida cotidiana e/u Aragón..., pág. 151.] 167

Agustín LJbieto Arteta

139. L A C R U E N T A M U E R T E D E L BARÓN D E ESPÉS (SIGLO X L SOPEIRA)

E l b a r ó n d e Espés, f a m o s o p o r s u l u c h a c o n t r a los m o r o s , r e c o r r í a queb r a d o s c a m i n o s , a través d e l p u e r t o d e Las A r a s , p a r a i r desde Espés a l m o nasterio d e O b a r r a , e n S o p e i r a , pues era f e r v o r o s o d e v o t o d e s u V i r g e n . Solía h a c e r el viaje — a r m a d o de e s p a d a y de u n a h e r m o s a a l a b a r d a , q u e d e c í a h a b e r g a n a d o en b a t a l l a — sin más escolta q u e la de sus tres g r a n d e s mastines y, a u n q u e fue atacado varias veces p o r salteadores, en todas f u e r o n a h u y e n t a d o s p o r los p e r r o s . U n día, a l pasar j u n t o a l t o r r e ó n d e l a R o c a d e l Cast e l l , oyó u n a voz q u e le decía: « S e ñ o r de Espés, s e ñ o r de Espés: si vas de O b a r r a a Espés n u n c a volverás», aviso q u e se repitió), a u n q u e no le h i c i e r a caso. U n a tarde, l a a m e n a z a s e c u m p l i ó . Sus p r o p i o s p e r r o s , aquejados d e r a b i a , según se d i j o , le d e r r i b a r o n d e l c a b a l l o y le d i e r o n m u e r t e a d e n t e lladas. E n c o n t r a d o s u cadáver p o r u n o s l a b r a d o r e s , l o c o n d u j e r o n a O b a r r a , d o n d e fue e n t e r r a d o . Así se e x p l i c ó su m u e r t e , p e r o , pasados a l g u n o s años, llegó al c e n o b i o u n a n c i a n o q u e solicitó ser a d m i t i d o c o m o d o n a d o . B u e n a p a r t e d e l t i e m p o l a pasaba r e z a n d o , e n t r e sollozos, ante l a t u m b a d e l b a r ó n d e Espés. Tal a c t i t u d e x t r a ñ a b a a los monjes, p e r o no se atrevían a p r e g u n t a r la causa. Un día, e n f e r m o de m u e r t e , el a n c i a n o solicitó la p r e s e n c i a d e l a b a d y de los m o n j e s d e l m o n a s t e r i o ante s u l e c h o : «Me l l a m o F o r t t i n — l e s d i j o — y soy o r i u n d o d e tierras d e l bajo C i n c a . Y o m a t é a l b a r ó n d e Espés». C o n voz q u e d a , fue r e l a t a n d o el resto de su h i s t o r i a . Ocurrió» — d e c l a r ó — q u e e l b a r ó n , e n e l f r a g o r d e u n a b a t a l l a , h a b í a d e r r i b a d o al anciano, entonces j o v e n , y le había arrebatado su alabarda. D e c i d i ó vengarse y p r e p a r ó la estrategia. Le espió en sus constantes viajes a O b a r r a — i n c l u s o e n varias ocasiones fue p e r s e g u i d o p o r los m a s t i n e s — , hasta q u e un día soltó u n a l i e b r e ante ellos y, al p e r s e g u i r l a , d e j a r o n s o l o al b a r ó n . F u e e n t o n c e s c u a n d o l e m a t ó y r e c u p e r ó s u a r m a . L a sangre l e p o r i n a e n l a b o c a d e los mastines i n d u j o a p e n s a r q u e era l a d e l b a r ó n , aparec i e n d o así c o m o los autores d e l a m a t a n z a . L e i m p l o r ó F o r t ú n q u e l e perd o n a r a cuando moría en m e d i o del camino y luego, arrepentido p o r el c r i m e n , d e c i d i ó i n g r e s a r e n O b a r r a p a r a rezar p e r m a n e n t e m e n t e ante s u tumba. Otras lenguas m e n o s piadosas h i c i e r o n c o r r e r u n a explicación b i e n d i s t i n t a d e l h o r r e n d o c r i m e n , p r e s e n t a d o c o m o u n ajuste d e c u e n t a s a c a u s a d e las r e l a c i o n e s p o c o e d i f i c a n t e s d e l b a r ó n c o n u n a d a m a d e los c o n t o r n o s , visitas q u e d i s i m u l a b a c o n sus c o n s t a n t e s idas y v e n i d a s a l m o nasterio. [Iglesias, M a n u e l , « L e y e n d a s y t r a d i c i o n e s r i b a g o r z a n a s . L a l e y e n d a d e l b a r ó n de E s p é s » , Cuadernos Alioaragoneses ( 1 2 / V I / 1 9 8 8 ) , p á g . V i . ]

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Leyendas para una historia, paralela del Aragón medieval

140. E L O R I G E N D E L O S M A Z A (SIGLO XI. HUESCA)

E l a s e d i o d e las t r o p a s c r i s t i a n a s a l a i m p o r t a n t e c i u d a d m o r a d e H u e s c a e r a u n a r e a l i d a d . P o c o a p o c o i b a n l l e g a n d o a l c a m p a m e n t o los ref u e r z o s s o l i c i t a d o s a c a d a u n o d e los s é n i o r e s y p u e b l o s d e l r e i n o , a c u d i e n d o a la l l a m a d a i n c l u s o v a r i o s n o b l e s y s o l d a d o s a c a b a l l o d e l o t r o l a d o d e los P i r i n e o s . E r a s a b i d o , n o o b s t a n t e , q u e los m u s u l m a n e s o s c e n ses t a m b i é n e s p e r a b a n a y u d a de sus a l i a d o s z a r a g o z a n o s e i n c l u s o de cristianos de Castilla. De las m o n t a ñ a s pirenaicas llegó al c a m p a m e n t o cristiano d e l rey P e d r o I u n c a b a l l e r o l l a m a d o F o r t ú n d e L i z a n a . S e trataba d e a q u e l a l q u e S a n c h o R a m í r e z , su p a d r e , h a b í a s e n t e n c i a d o a m u e r t e a ñ o s atrás y q u e , p a r a e l u d i r el trágico castigo, huyó a las m o n t a ñ a s , e s p e r a n d o h a c e r m é r i t o s p a r a o b t e n e r e l p e r d ó n r e a l y p o d e r integrarse e n l a v i d a d e l r e i n o . E n t e r a d o F o r t ú n d e L i z a n a e n s u v o l u n t a r i o y a p a r t a d o r e t i r o d e l a desg r a c i a d a y f o r t u i t a m u e r t e d e S a n c h o R a m í r e z ante los m u r o s d e H u e s c a , creyó l l e g a d o el m o m e n t o de hacerse p e r d o n a r y de a p o r t a r a la i m p o r t a n te e m p r e s a b é l i c a q u e se p r e t e n d í a sus p r o p i o s brazos, los de sus g u e r r e r o s y unas armas, hasta e n t o n c e s no u t i l i z a d a s p o r n a d i e , q u e d e m o s t r a r o n ser d e u n a t e r r i b l e c o n t u n d e n c i a y eficacia. E x p l i c ó F o r t t i n d e L i z a n a a l rey P e d r o I c ó m o f u n c i o n a b a n aquellas pesadas mazas q u e estaban u n i d a s a gruesas cadenas de h i e r r o , y ordené) a sus s o l d a d o s q u e h i c i e r a n u n a d e m o s t r a c i ó n práctica. E l efecto f u e i n m e d i a t o , p u e s t o q u e n o existía d e m o m e n t o n i n g ú n a r m a defensiva q u e p u d i e r a c o n trarrestarlas. P a r a i n t i m i d a r a l e n e m i g o , q u e v i g i l a b a desde e l i n t e r i o r d e l m u r o , se h i c i e r o n d e m o s t r a c i o n e s similares a lo l a r g o de t o d o su p e r í m e t r o y el d e s á n i m o e m p e z ó a c u n d i r e n t r e los sitiados. Se libró la b a t a l l a final y la actuaciém de F o r t i ' m de L i z a n a y de srrs h o m bres f u e tan decisiva q u e d o n P e d r o l l l a m ó al p r o s c r i t o c a b a l l e r o y le perd o n ó , s i e n d o a c o g i d o e n e l seno d e los séniores aragoneses. A d e m á s , m a n dó q u e en a d e l a n t e se le llamase F o r t ú n de la M a z a , c o m o así se le c o n o c i ó en el futuro. [Ubieto, Agustín, Pairo de. Valencia: Crónica, págs. 109-110. |

141. E L N A C I M I E N T O D E L O S E S P A R Z A (SIGLO XI. PAMPLONA)

E n e l a ñ o 1076, tuvo l u g a r e n e l limítrofe r e i n o p a m p l o n é s u n a grave y p r o f u n d a crisis política, e n c u y o o r i g e n estaban i n v o l u c r a d o s los h e r m a n o s d e s u rey S a n c h o I V , los l l a m a d o s infantes R a m i r o y R a m ó n . L a a c t i t u d be-

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licosa de a m b o s f u e tal q u e a c a b a r o n d e s p e ñ a n d o a su h e r m a n o en P e ñ a léri, c o n l a p r e t e n s i ó n d e s u c e d e r l e e n e l t r o n o . A n t e a q u e l c r i m i n a l p r o c e der, los p a m p l o n e s e s s o p e s a r o n las distintas alternativas p o s i b l e s p a r a tratar d e salir d e l a crisis, a u n q u e n i n g u n a d e las barajadas pasaba p o r n o m b r a r c o m o sucesor a a l g u n o de los h e r m a n o s asesinos. P o r f i n , tras largas d e l i b e r a c i o n e s , d e c i d i e r o n p r o p o n e r c o m o rey d e P a m p l o n a al m o n a r c a aragonés Sancho Ramírez, descendiente directo de la f a m i l i a r e a l p a m p l o n e s a . A c e p t ó éste y c u a n d o le a l z a r o n c o m o rey, a la m a n e r a q u e a c o s t u m b r a b a n los n a v a r r o s , t e n í a v e i n t i c i n c o a ñ o s y h a c í a seis q u e g o b e r n a b a e n Aragón. A m b o s r e i n o s p e r m a n e c e r í a n u n i d o s y c a m i n a rían j u n t o s hasta la m u e r t e de A l f o n s o I el B a t a l l a d o r . J u r ó e l rey S a n c h o R a m í r e z , c o m o e r a p r e c e p t i v o , q u e g u a r d a r í a y haría g u a r d a r los fueros, las observancias y las c o s t u m b r e s vigentes en P a m p l o n a , e i n m e d i a t a m e n t e a d o p t ó m e d i d a s e n c a m i n a d a s a tratar de c o r t a r de raíz c u a l q u i e r p o s i b l e b r o t e d e resistencia, d e m o d o q u e e x p u l s ó d e sus tierras tanto al i n f a n t e f r a t r i c i d a d o n R a m ó n c o r n o a todos a q u e l l o s q u e se h a b í a n declarado de su parcialidad. F u e r o n m o m e n t o s tensos y difíciles, p e r o , según la tradición, de este m o m e n t o histórico c o n c r e t o a r r a n c a n a q u e l l o s q u e se l l a m a r o n y t u v i e r o n p o r sobrenombre el de Esparza, origen posterior del apellido Esparza, porq u e f u e r o n e c h a d o s y «esparcidos» d e l r e i n o p a m p l o n é s p a r a q u e e n é l s e r e c u p e r a r a l a paz p e r d i d a , c o m o así s u c e d i ó e n efecto. [ U b i e t o , A g u s t í n , Pedro de Valencia: Crónica, págs. 101-102.]

142. E L O R I G E N D E L T O P Ó N I M O N O N A S P E (SIGLO XIL NONASPE)

C u a n d o A l f o n s o I el B a t a l l a d o r r e c o n q u i s t ó el castillo y la v i l l a y los e n tregó a P e d r o d e B i o t a , I ñ i g o F o r t u ñ o n e s y j i m e n o G a r c é s , c o r r í a e l mes d e j u n i o d e l a ñ o 1133, y y a s e l e c o n o c í a c o n e l n o m b r e d e N o n a s p . ¿Por q u é se le d e n o m i n ó así? A l g u n o s etimciiogos o f r e c e n s o l u c i o n e s casi risibles; los filólogos t i e n e n su versión; p e r o la l e y e n d a t a m b i é n , o, m e j o r d i c h o , las leyendas. — U n i n t e n t o d e e x p l i c a c i ó n tiene q u e ver c o n e l deseo d e q u i e n e s hab i t a b a n e l p u e b l o e n t i e m p o s d e l a c o n q u i s t a d e trasladar s u e m p l a z a m i e n t o a u n l u g a r más e l e v a d o , b u s c a n d o , sin d u d a , u n a m e j o r p o s i b i l i d a d d e d e f e n s a , c o m o s u c e d i e r a c o n tantos otros e j e m p l o s . P e r o se o p o n í a a este deseo e l h e c h o d e l a e x i s t e n c i a d e u n f r o n d o s o y e x t e n s o b o s q u e d e «aspes» q u e h u b i e r a s i d o p r e c i s o talar, s i b i e n e l p r o b l e m a s e solventó p o r q u e u n a p l a g a p r o v o c ó q u e los á r b o l e s se secaran, lo q u e facilitó, a p a r t i r de ese « n o n aspe», d e esa c a r e n c i a d e «aspes», l a n u e v a u b i c a c i ó n .

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leyendas para una historia paratela del Aragón medieval

— O t r a versión tan f i a b l e c o m o l a a n t e r i o r s e r e f i e r e a l e n f r e n t a m i e n t o p r o d u c i d o entre el p o d e r t e m p o r a l y el espiritual, h e c h o que era, p o r otra parte, habitual. E n efecto, e n e l m o n t í c u l o q u e sirve d e base a l casco u r b a n o a c t u a l residían d o s s e ñ o r e s . U n o vivía e n e l castillo; e l o t r o , e n e d i f i c i o anejo a l a iglesia. L a m a s a d e l a p o b l a c i ó n o c u p a b a e l l l a n o alejado, e n e l l u g a r d e n o m i n a d o todavía «Las Villas». U n g r a n p i n o m a r c a b a e l límite a p a r t i r d e l c u a l n o p o d í a n d e a m b u l a r los s i m p l e s habitantes. S i n e m b a r g o , u n acto d e r e b e l d í a y de f u e r z a d e l p u e b l o les llevó a t a l a r l o , c o m o señal d e l fin de la p r o h i b i c i ó n , de d o n d e se derivaría el «no más p i n o » y l u e g o « n o n a s p i n o » , g e n t i l i c i o d e los h o m b r e s d e N o n a s p e . [Albiac Sebastián, Gabriel, Nonaspe, «la vitela regalada», pág. 20.] [Ambas explicaciones legendarias explican así la aparición de un árbol en el escudo de Nonaspe.]

143. E L S E Ñ O R Í O D E A L B A R R A C Í N , V A S A L L O D E S A N T A MARÍA (SIGLO XII. A L B A R R A C Í N )

Albarracín era aquel día u n a auténtica fiesta. T o d o s sus habitantes, b i e n m o r o s b i e n cristianos, se habían l a n z a d o a las calles y plazas. T a n t o en la cated r a l c o m o en las demás iglesias sonaban sin p a r a r las campanas; en lo alto d e l castillo, l a e n s e ñ a d e Albarracín o n d e a b a sin cesar a l viento. E r a m e d i a mañana y c o m e n z ó a llegar p o r la parte baja de la c i u d a d , j u n t o al río Guadalaviar, la c o m i t i v a : nobles y guerreros, clérigos y monjes, escuderos y pajes... Detrás, e n b r i o s o c o r c e l , cabalgaba d o n P e d r o R u i z d e A z a g r a , señor d e Albarracín. R e g r e s a b a d o n P e d r o d e p e l e a r a l l a d o d e l rey d e C a s t i l l a e n t i e r r a d e m o r o s . E l l o equivalía a q u e la p o s i b l e a l i a n z a q u e se c e r n í a entre C a s t i l l a y A r a g ó n c o n t r a e l s e ñ o r í o d e A l b a r r a c í n h a b í a q u e d a d o a b o r t a d a . P o r eso a p l a u d í a la g e n t e al ver regresar a su señor, q u i e n e n c a m i n a b a sus pasos hacia la catedral, d o n d e le iba a recibir el obispo Martín. S e l l e n ó e l t e m p l o y b u e n a p a r t e d e l a gente n o tuvo c a b i d a . L a M i s a f u e s o l e m n e , ( a r a n d o f i n a l i z ó , P e d r o Ruiz. d e A z a g r a t o m ó s u espada p o r l a e m p u ñ a d u r a de p i e d r a s preciosas y o r o y la depositó en el altar de la V i r g e n , a l a vez q u e h a c í a s o l e m n e p r o m e s a d e n o r e c o n o c e r sobre l a t i e r r a más vasallaje q u e el de S a n t a María, de m o d o q u e , en a d e l a n t e , se llamaría a sí mismo «vasallo de S a n t a M a r í a y s e ñ o r de A l b a r r a c í n » . R o g ó i n c l u s o d o n P e d r o a l o b i s p o Martín q u e d e c l a r a r a a Santa María pat r o n a d e A l b a r r a c í n , n o m b r a m i e n t o q u e s e h i z o allí m i s m o , c o n l a c o n d i ción d e q u e los albarracinenses h i c i e r a n voto público d e a c u d i r a n u a l m e n t e a l s a n t u a r i o d e N u e s t r a S e ñ o r a d e los D o l o r e s , e n l a v e c i n a p o b l a c i ó n d e R o y u e l a . D o n P e d r o R u i z de A z a g r a , así c o m o todos sus caballeros, y los alcal171

Agustín Vlneto Arteta

des y jueces, y l o d o el p u e b l o allí c o n g r e g a d o a c e p t a r o n y j u r a r o n el v o t o , de m o d o q u e todos los años, el día de la Santa C r u z de m a y o , las gentes de Santa María de Albarracín p e r e g r i n a r í a n a R o y u e l a p a r a c u m p l i r lo p a c t a d o . P o r f i n , d o n P e d r o R u i z d e A z a g r a volvió a t o m a r l a espada q u e d e j a r a sobre el altar y se la e n t r e g ó al o b i s p o M a r t í n . Q u e r í a así dejar c o n s t a n c i a de a c a t a m i e n t o y vasallaje a Santa María. [Tomás Laguía, César, «La espada de don Pedro», en Leyendas..., págs. 130-131.]

144. O R I G E N D E L A B A R O N Í A D E E S C R I C H E (SlGI.O XII. E S C R I C H F . )

U n a f i e r a — l o s más c r e e n q u e u n d e s c o m u n a l y s a n g u i n a r i o l o b o — ten í a a t e m o r i z a d o s a todos los habitantes d e l l u g a r de E s c r i c h e . No sé)lo desc u a r t i z a b a a sus víctimas, s i n o q u e su p i e l e r a c o m o el m i s m í s i m o a c e r o , de m o d o q u e n i flechas n i espadas parecían h a c e r l e m e l l a p u e s salían despedidas. L o s c a m i n a n t e s q u e sabían d e s u e x i s t e n c i a d a b a n g r a n d e s r o d e o s p a r a n o atravesar tan p e l i g r o s a z o n a , q u e m u y p r o n t o q u e d ó t o t a l m e n t e despoblada. La noticia se extendió por todo el reino. Un día se p r e s e n t ó ante el rey a r a g o n é s A l f o n s o II — h a s t a q u i e n h a b í a l l e g a d o l a n o t i c i a — u n valiente g u e r r e r o d i c i e n d o q u e é l s e c o m p r o m e t í a a d a r m u e r t e a l a f i e r a , p a r a l o c u a l tan sólo s o l i c i t a b a u n a e s p a d a q u e f u e r a algo m e j o r q u e l a suya y u n g r a n espejo. A u n q u e e x t r a ñ a r o n s o b r e m a n e r a las c o n d i c i o n e s , f u e a c e p t a d a su o f e r t a . E l j o v e n salió e n s u b u s c a d e l f e r o z a n i m a l , sin q u e t a r d a r a m u c h o e n e n c o n t r a r l o . A l v e r l o , e l m o n s t r u o s e abalanzó f u r i o s o sobre e l g u e r r e r o , q u e l o e s p e r ó c o n e l espejo d e l a n t e , a p o y a d o e n e l suelo, ( a t a n d o e l b r u t o v i o r e f l e j a d o su c u e r p o en el cristal, titubeó u n o s breves instantes, p e r o los suf i c i e n t e s p a r a q u e e l bravo g u e r r e r o l e i n t r o d u j e r a c e r t e r a m e n t e l a e s p a d a por la boca, único lugar vulnerable del animal. M u e r t a l a f i e r a , r e n a c i ó l a c a l m a e n t o d a l a c o m a r c a . Uos habitantes q u e h a b í a n h u i d o a t e m o r i z a d o s r e g r e s a r o n a sus casas; la v i d a c o n t i n u ó . El rey, a g r a d e c i d o p o r tan valerosa hazaña y p o r e l g r a n s e r v i c i o q u e h a b í a prestado a la c o m u n i d a d , decidió p r e m i a r al guerrero dándole en tenencia todo e l t e r r i t o r i o q u e p u d i e s e r e c o r r e r e n u n solo día, n a c i e n d o d e esta m a n e r a tan s i n g u l a r l a q u e sería b a r o n í a d e E s c r i c h e . U a l e t r i l l a d e u n a jota i n m o r t a l i z ó hasta h o y l a gesta: «Nadie le t e m a a la fiera, q u e la fiera ya m u r i ó ; a l revolver u n a e s q u i n a , u n valiente l a m a t ó » . [Zapater, Alfonso, Aragón pueblo a pueblo, tomo Vil. pág. 1.014.] 172


145. P E D R O F E R N Á N D E Z D E A Z A G R A , MTT A C E R O S A M E N T E I L E S O ( S I G L O xm.

PIEDRA)

U n m o n j e estaba a r r e b u j a d o e n e l c a m a s t r o d e s u c e l d a y r e z a b a p o r q u i e n e s p u d i e r a n estar a l a i n t e m p e r i e . E r a u n a n o c h e o s c u r a y e l r u i d o e n e l e x t e r i o r e r a i n f e r n a l , f r u t o d e l a t o r m e n t a q u e s e h a b í a desatado a l caer l a tarde, a l q u e s e s u m a b a e l r u m o r d e las cascadas d e l r í o P i e d r a . M i e n t r a s , e l s e ñ o r d e A l b a r r a c í n , d o n P e d r o F e r n á n d e z d e A z a g r a , q u e i b a desde M o lina camino de Calatayud, se hallaba perdido en el fondo de un barranco. E l c a b a l l e r o d a b a voces p a r a l o c a l i z a r a sus escuderos, p e r o t o d o era e n van o : n i D i e g o , n i B e l t r á n n i Garci-Pérez l e c o n t e s t a b a n . Estaba c o m p l e t a mente solo en m e d i o de la tempestad. Azuzó d o n P e d r o al asustado c a b a l l o en los ¡jares y el b r u t o r e s p o n d i ó . E n m e d i o d e g r a n d e s r e l á m p a g o s y t r u e n o s , subió p o r l a l a d e r a d e u n a l o m a hasta l l e g a r a l a c u m b r e . D e s d e allí p u d o oír e l r u i d o t u m u l t u o s o d e u n t o r r e n t e , a u n q u e no lo veía, a pesar de los destellos c o n t i n u o s . C a b a l g ó perd i d o p o r e l m o n t e d u r a n t e m u c h o r a l o , quizás horas, hasta q u e oyó e l tañ i d o de u n a c a m p a n a q u e d e b í a tocar a m a i t i n e s , lo q u e le situó h a c i a las dos de la m a ñ a n a . G u i a d o p o r sus sones, dirigió h a c i a allí a su m o n t u r a , mas h u b o u n m o m e n t o e n e l q u e e l c a b a l l o s e n e g ó a c a m i n a r e n a q u e l l a dirección, d a n d o u n a vuelta en r e d o n d o . De r e p e n t e , se e n c e n d i ó d e l a n t e de él u n a t r é m u l a l u z . Estaba tan c e r c a d e e l l a q u e casi p a r e c í a q u e l a p o d í a tocar c o n l a m a n o , p e r o e l c a b a l l o s e n e g a b a a a n d a r en a q u e l l a d i r e c c i ó n . A n t e la a c t i t u d de su m o n t u r a , se g u a r e c i ó a l c a l o r d e u n a o q u e d a d y d e c i d i ó esperar a l a l b a . C u a n d o d e s p e r t ó de su i n q u i e t o s u e ñ o d e s p u n t a b a n ya las p r i m e r a s luces y p u d o situarse: estaba e n e l m o n t e d e l a L a s t r a , q u e c o n o c í a b i e n , c o n e l m o n a s t e r i o d e P i e d r a en frente, p e r o s e p a r a d o de él p o r un p r o f u n d o valle y las aguas tumultuosas del río Piedra crecido p o r la tormenta. Acarició a g r a d e c i d o al a n i m a l q u e le h a b í a salvado la v i d a y rezó f e r v o roso a l a V i r g e n e n e l c o n v e n t o , pues sin d u d a h a b í a i n t e r c e d i d o p o r él, dec i d i e n d o q u e c u a n d o m u r i e r a l o e n t e r r a r a n allí. E l m o n j e q u e rezaba e n e l camastro de su c e l d a p o r los c a m i n a n t e s se sintió r e c o n f o r t a d o . | M a u l a d a s , ]uan Federico, El monasterio de Piedra.]

146. E L N O M B R A M I E N T O D E L P R I M E R C O N D E D E L U N A (SIGLO

xtv.

DAROCA)

Z a r a g o z a , 1310. U n a d a m a p e r t e n e c i e n t e a u n a d i s t i n g u i d a f a m i l i a arag o n e s a , c o n r a m i f i c a c i o n e s e n D a r o c a , ante e l t e m o r q u e l e producía e l par173


to q u e esperaba, p r o m e t i ó visitar los C o r p o r a l e s si t o d o se d e s a r r o l l a b a c o n b i e n y d e d i c a r el n e ó f i t o a la Iglesia. En efecto, tras n a c e r el n i ñ o , m a d r e e hijo se trasladaron para c u m p l i r la promesa ofrecida. Desde muy corta e d a d , e l m u c h a c h o , l l a m a d o L o p e d e L u n a , f u e e d u c a d o e n las artes m a r ciales, hasta ser a r m a d o c a b a l l e r o p o r e l rey e n 1336. Esta c e r e m o n i a , ante P e d r o IV, f u e c e l e b r a d a e n L a S e o z a r a g o z a n a , e n p r e s e n c i a de p r e l a d o s , n o b l e s y síndicos de las villas y c i u d a d e s d e l r e i n o . C u a n d o e l rey l e p r e g u n t ó a L o p e e l p o r q u é d e q u e r e r ser a r m a d o caballer o , el j o v e n le c o n t e s t ó q u e p a r a s e r v i r a D i o s , a la Religión y a su d a m a . Tras el e s p a l d a r a z o r e a l , caballeros, d a m a s y d o n c e l l a s le f u e r o n c o l o c a n d o los restantes a t r i b u t o s d e l c a b a l l e r o , p a r a f i n a l i z a r B e r n a r d o d e C a b r e r a e m e n d ó l e l a e s p a d a e Isabel d e U r r e a l a e s p u e l a , u n a e s p u e l a t a n b e l l a q u e e n a d e l a n t e s e l e c o n o c e r í a c o m o L o p e , e l «caballero d e l a e s p u e l a » . P o c o t i e m p o después, estalló e n A r a g ó n u n a t r e m e n d a c o n s p i r a c i ó n c o n t r a el rey, la d e n o m i n a d a U n i ó n . P e d r o IV huyó a B a r c e l o n a y desde allí viajó a V a l e n c i a , d o n d e trató d e a p a c i g u a r a los n o b l e s levantiscos. E n A r a g ó n , todas las c i u d a d e s e x c e p t o C a l a t a y u d , H u e s c a , T e r u e l y D a r o c a se aliaron con la Unión. C o m o p u d o , reorganizó su ejército P e d r o IV y L o p e de L u n a capitaneó las tropas de las c i u d a d e s leales al rey. C o n c e n t r ó sus huestes en D a r o c a , rec o n s t r u y ó sus m u r a l l a s — i n c l u i d o e l t o r r e ó n q u e s e llamaría d e l « c a b a l l e r o de la espuela», h o y de C a r i ñ e n a — y se aprestó a la d e f e n s a d e l rey, d e c l a r a n d o l a g u e r r a a l a U n i ó n . A c u d i ó c o n sus tropas a T a r a z o n a , p o r d o n d e e n t r a b a e l rey d e C a s t i l l a , y l u e g o a E p i l a , d o n d e más d e q u i n c e m i l desleales, c a p i t a n e a d o s p o r e l i n f a n t e d o n F e r n a n d o , c r e í a n p o d e r asestar e l g o l pe d e f i n i t i v o al rey. E l e n c u e n t r o f u e s a n g r i e n t o , p e r o las tropas llegadas d e D a r o c a c o n d o n I -ope de I . u n a f u e r o n decisivas en la v i c t o r i a r e a l . P e d r o rv, al v e n c e r en E p i l a e l 2 1 d e j u n i o d e 1348, p u d o a n u l a r los p r i v i l e g i o s d e l a U n i ó n , castigó a los n o b l e s i n s u r r e c t o s y c o n c e d i ó a l « c a b a l l e r o d e l a espuela», d o n L o p e d e L u n a , e l título d e c o n d e d e L u n a , e l p r i m e r título c o n d a l q u e s e c o n c e d í a a u n a p e r s o n a q u e n o f u e r a h i j o d e rey. [Sas, A n t o n i o , Compendio histórico..., 11, p á g s . 38-49. B e l t r á n , J o s é , Tradiciones y leyendas de Daroca. D a r o c a , 1929.]

147. L A F U E R Z A D E L A S A R M A S (SlGI.O XIV. SÁSTAGO)

E l s e ñ o r d e Sástago, B l a s c o d e Alagón, y G a s t ó n d e A y e r b e , a b a d d e l vec i n o m o n a s t e r i o cisterciense d e R u e d a , s i t u a d o j u n t o a E s c a t r ó n , a u n q u e a l a o t r a o r i l l a d e l E b r o , h a b í a n h e r e d a d o y venían s o s t e n i e n d o u n l a r g o p l e i 174


t o p o r c u e s t i o n e s t e r r i t o r i a l e s r e l a c i o n a d a s c o n sus c o l i n d a n t e s h a c i e n d a s . A r b i t r a j e s diversos no h a b í a n l o g r a d o acercar a las partes y el c o n f l i c t o se recrudecía de cuando en cuando. C o r r í a e l a ñ o 1393, e n p l e n o C i s m a d e O c c i d e n t e , c u a n d o e l f r a i l e f u e i n v i t a d o u n d í a a a c u d i r a l castillo d e Sástago p a r a tratar d e solventar las d i f e r e n c i a s q u e les s e p a r a b a n . A u n q u e r e c e l o s o , d o n Gastón avió sus muías, l l e v a n d o e n u n a a r q u e t a d e m a d e r a los p e r g a m i n o s q u e , según él, a c r e d i taban la razón de sus p r e t e n s i o n e s . E l viaje s e d e s a r r o l l ó sin i n c i d e n c i a s , a u n q u e s i e m p r e o b s e r v a d o a p r u d e n t e d i s t a n c i a p o r h o m b r e s a r m a d o s d e l c o n d e . U n a vez e n e l castillo, tod o p a r e c í a d e s a r r o l l a r s e e n u n c l i m a tenso, p e r o cortés, y n a d a h a c í a p r e sagiar el g i r o q u e i b a a t o m a r la entrevista. E n efecto, los a c o n t e c i m i e n t o s s e d e s a r r o l l a r o n v e r t i g i n o s a m e n t e . U n a vez. f i n a l i z a d a l a c e n a , varios s e r v i d o r e s d e l s e ñ o r d e Sástago i l u m i n a r o n más la estancia, p r e n d i e n d o varios h a c h o n e s q u e se a p o y a b a n en las paredes o c o l g a b a n d e l techo. P a r e c í a q u e i b a a t e n e r l u g a r u n a f i e s t a e n h o n o r d e s u h u é s p e d . S i n e m b a r g o , e l c o n d e , r o d e a d o d e varios oficiales d e s u peq u e ñ a c o r t e , y a b u s a n d o de su p o d e r y h o s p i t a l i d a d , o r d e n ó c o l o c a r en la c a b e z a d e l r e l i g i o s o u n a especie d e capacete c a l e n t a d o a l r o j o vivo, a m o d o d e m i t r a , m o f á n d o s e d e l f r a i l e , q u e p u g n a b a p o r deshacerse d e tan m o r t í f e r o i n s t r u m e n t o . D o n Gastón, i n d e f e n s o , t e r m i n ó m u r i e n d o . A u n q u e e r a d e n o c h e , los s o l d a d o s p u s i e r o n e l c u e r p o i n e r t e y sin v i d a d e l a b a d c r u z a d o sobre u n a muía, a r r e a n d o a l a bestia q u e , a u n sin guía, p u s o r u m b o h a c i a e l m o n a s t e r i o . A l a m a n e c e r , los r e l i n c h o s d e l b r t i t o alertaron al fraile portero, que p r o n t o descubrió el macabro espectáculo. L o s m o n j e s p r o t e s t a r o n ante e l rey, q u e i n t e n t ó h a c e r j u s t i c i a , p e r o e l c o n d e , c o m o solía o c u r r i r e n estos t i e m p o s d e l C i s m a , viajó a R o m a , n o a A v i g n o n , c o m o peregrino para implorar y conseguir el perdón pontificio. [ B e l t r á n , A n t o n i o , De. nuestras tierras..., III, p á g . 115.]

148. R E V U E L T A C A M P E S I N A (SIGLO

¿xrv?

MAELIA)

M a e l l a , c o m o tantos d e nuestros p u e b l o s , está r e s p a l d a d a p o r u n viejo castillo sobre e l río M a t a r r a ñ a , e n otros t i e m p o s eje d e l a v i d a d e l a c o m a r ca y s í m b o l o d e l p o d e r d e l s e ñ o r ante todos sus vasallos. En este caso, en la é p o c a e n l a q u e a l p a r e c e r s u c e d i e r o n los h e c h o s , e l s e ñ o r í o j u r i s d i c c i o n a l c o r r e s p o n d í a a la o r d e n calatrava. A c a e c i ó q u e , a u n q u e c o n m e n o r v i r u l e n c i a q u e e n otras latitudes, e n e l r e i n o d e A r a g ó n h u b o t a m b i é n l e v a n t a m i e n t o s d e los c a m p e s i n o s y , d e n -

Agustín Vbieto Arlela

tro d e n u e s t r o r e i n o , l o h u b o e n M a e l l a . P e r o e l s e ñ o r l o g r ó a b o r t a r l a sublevación, a p r e s a n d o a l a u t é n t i c o c a b e c i l l a d e l a r e v u e l t a , u n j o v e n d e l a localidad. En este caso, se d a b a la c i r c u n s t a n c i a de q u e a m b o s , tanto el s e ñ o r com o e l c a b e c i l l a c a m p e s i n o , estaban e n a m o r a d o s d e l a m i s m a m u c h a c h a q u e , a la sazón, a m a b a y estaba c o m p r o m e t i d a c o n el r e b e l d e y e r a e n e m i ga declarada del señor de la villa. P r o n t o i n t e n t ó e l castellán h a c e r valer l a c i r c u n s t a n c i a d e l a p r e s a m i e n t o d e l p r o m e t i d o d e l a m u c h a c h a p a r a tratar d e sacar p a r t i d o d e l a situac i ó n . P a r a l i b r a r l o d e l a p e n a c a p i t a l — a l o t r o l a d o d e l r í o , frente a l castil l o , esperaba el «tosal de les forques», d o n d e estaba d e s t i n a d o a m o r i r el j o v e n — , y sin q u e éste estuviera a l c o r r i e n t e d e n a d a , e l s e ñ o r envió u n e m i sario a la n o v i a d e l r e b e l d e p a r a q u e le e n t r e g a r a su m a n o a c a m b i o de la vida d e l m u c h a c h o , a cuyo a m o r tendría que renunciar. 1.a j o v e n , descosa de salvar la v i d a de su r e b e l d e a m a d o y de lavar su p r o pio honor, tomando en sentido literal la propuesta del emisario, se cercenó la m a n o i z q u i e r d a y se la h i z o llegar al señor. C u a n d o el castellán d e s c u b r i ó el c o n t e n i d o de la caja q u e le l l e v a b a su c o r r e o n o p u d o m e n o s d e e x c l a m a r : «¡Maella!», s í n c o p a d e « m a ella» > « m a d'ella» > « m a n o de ella». D á n d o s e c u e n t a y v a l o r a n d o el s a c r i f i c i o i r r e p a rable de la m u c h a c h a , o r d e n ó l i b e r a r a su e n e m i g o . D e s d e e n t o n c e s , c a m p e a e n e l e s c u d o d e l a v i l l a calatrava u n a m a n o d e mujer. [ A l d e a G i m e n o , S a n t i a g o , « C u e n t o s . . . » , CEC, VII ( 1 9 8 2 ) , p á g s . 60-61.]

149. I A M U E R T E D E I , C O N D E A R T A L , SEÑOR D E M E Q U I N E N Z A (SIGLOS XIV-XV. M E Q U I N E N Z A )

E s t a m o s e n M e q u i n e n z a . E r a s e ñ o r d e l castillo e l c o n d e A r t a ! , h o m b r e tan t e m i d o c o m o o d i a d o p o r s u c r u e l d a d y licenciosas c o s t u m b r e s . E n t r e sus a f i c i o n e s , destacaba la caza, q u e solía p r a c t i c a r de m a n e r a a s i d u a p o r los c a m p o s y m o n t e s d e l a c o m a r c a . E n c i e r t a ocasión, c u a n d o p e r s e g u í a c o n e n c o n o a u n a p i e z a p o r los a l r e d e d o r e s , v i o p o r e l c a m i n o a A l i c i a , h e r m o s a y r e c a t a d a m u c h a c h a , hija d e u n h o n e s t o c a m p e s i n o d e l a l o c a l i d a d . D i rigió h a c i a e l l a su c a b a l l o , a la p a r q u e el p a d r e de la j o v e n se e n c a m i n ó , asim i s m o , h a c i a el l u g a r t e m e r o s o de lo q u e p u d i e r a pasarle a su h i j a . M o l e s t o e l c o n d e p o r l a a c t i t u d defensiva y d e s c o n f i a d a d e l c a m p e s i n o , a r r e ó a su c a b a l l o p a r a alejarse al g a l o p e , p e r o no sin antes c o n m i n a r a la m u c h a c h a a q u e a c u d i e r a al castillo, sin e x c u s a a l g u n a , a la h o r a de o r a -

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¡pendas para una historia paralela del Aragón medieval

ción. A l i c i a , temerosa p o r lo que p u d i e r a sucederle si no obedecía al cond e , tuvo q u e ser c o n s o l a d a p o r s u p a d r e . Catando c a í a l a tarde, c u b i e r t o e l c i e l o p o r n e g r u z c a s y a m e n a z a d o r a s n u b e s , p a d r e e h i j a — t e m e r o s o s p o r c u a n t o p u d i e r a s u c e d e r e n é l — asc e n d i e r o n al castillo, p u e s t o q u e no p o d í a n negarse a la petición de su señ o r n a t u r a l sin caer en desgracia. L l e g a d o s a la f o r t a l e z a y avisado el c o n d e , su alegre s e m b l a n t e al llegar a la sala c a m b i ó al ver al p a d r e de la m u c h a c h a , q u e f u e c o n m i n a d o a m a r c h a r s e . A n t e s u negativa, f u e a p r e s a d o p o r l a f u e r z a y c o n d u c i d o a las m a z m o r r a s , d o n d e q u e d ó c o n f i n a d o y c a r g a d o de cadenas. A solas ya en la estancia el c o n d e A r t a l y A l i c i a , ésta no sólo se n e g ó a b r i n d a r c o n l a c o p a d e v i n o q u e a q u é l l e o f r e c i e r a , s i n o q u e tiró s u conten i d o p o r e l suelo. H u b o f o r c e j e o e n t r e a m b o s y l a joven, e n u n instante d e sorpresa, se dirigió c o r r i e n d o h a c i a la a m p l i a b a l c o n a d a , a r r o j á n d o s e al vac í o p a r a ir a caer en la balsa q u e h a b í a j u n t o al c a s t i l l o . A la vez q u e esto suc e d í a , e l m i s m o rayo q u e i l u m i n ó e l salto m o r t a l d e l a j o v e n cayó sobre l a t o r r e e n l a cjue s e h a l l a b a e l c o n d e A r t a l , c u y o c u e r p o q u e d ó t o t a l m e n t e c a r b o n i z a d o y s e p u l t a d o entre los sillares a r r a n c a d o s de los m u r o s . A costa d e l s a c r i f i c i o p e r s o n a l de A l i c i a y de su p a d r e , a q u e l l o s q u e les s o b r e v i v i e r o n e n e l s e ñ o r í o d e M e q u i n e n z a a l i v i a r o n , e n parte, s u c o n d i cié>n s e r v i l . [ A l d e a C . i m e n o , S a n t i a g o , « C u e n t o s . . . » , C.E.C., v i l ( 1 9 8 2 ) , 9-74, págs. 59-60.]

1 5 0 . L A S H E R R A D U R A S D E L MARQUÉS D E A Y E R B E (SIGLO X V . AYERBE)

T a l c o m o todavía o c u r r e e n l a a c t u a l i d a d e n u n a d e las p a r e d e s laterales, e n t i e m p o s pasados e r a c o s t u m b r e d e los m u c h a c h o s d e l p u e b l o e l ir a j u g a r a la pelota en la a m p l i a fachada d e l palacio de A y e r b e , causando m o l e s t i a s a las p e r s o n a s m a y o r e s y, sobre t o d o , a los s e ñ o r e s q u e residían en él. C o m o a pesar d e las advertencias n o p o d í a n c o n s e g u i r l o , p a r a evitar q u e e l j u e g o c o n t i n u a r a , i d e a r o n los marqueses u n s e n c i l l o y eficaz sistema: p r o c e d e r a s e m b r a r de h e r r a d u r a s t o d a la p a r e d , de m a n e r a q u e las pelotas botaran m a l , desviaran su trayectoria o, i n c l u s o , q u e se r o m p i e r a n . E n c i e r t a ocasión — e s t a n d o c o m o estaba A y e r b e e n u n a d e las p r i n c i pales rutas q u e c o n d u c e n desde e l l l a n o a l c o r a z ó n d e l viejo A r a g ó n — lleg a r o n al p u e b l o y se d e t u v i e r o n un t i e m p o u n o s extranjeros, parece ser q u e franceses, a los q u e llamé) p o d e r o s a m e n t e la a t e n c i ó n , c o m o no p o d í a ser m e n o s , tantas h e r r a d u r a s clavadas e n l a p a r e d . 177

Afriístm Vbieto Artel-a

H i c i e r o n a l g u n a s c o m p r a s , v i s i t a r o n l a iglesia d e S a n P e d r o , c o m i e r o n e n l a p o s a d a d e l a p l a z a A l t a y h a b l a n d o c o n u n o s y otros i n q u i r i e r o n e l p o r q u é d e tal m a n e r a d e d e c o r a r l a f a c h a d a . A n t e a q u e l l a p r e g u n t a , q u e d e b i ó m o l e s t a r a los i n t e r l o c u t o r e s , en l u g a r de darles la e x p l i c a c i ó n adec u a d a y c o r r e c t a les c o n t e s t a r o n q u e e r a c o s t u m b r e d e l m a r q u é s d e A y e r b e q u e , c a d a vez q u e m a t a b a o h a c í a m a t a r a un h o m b r e , g e n e r a l m e n t e si e r a extranjero, hacía incrustar u n a nueva h e r r a d u r a a la fachada. Atónitos ante l a e x p l i c a c i ó n q u e a c a b a b a n d e oír, más q u e tratar d e c o n trastar a q u e l l a i n f o r m a c i ó n d e c i d i e r o n aviar prestos las m o n t u r a s p a r a c o n t i n u a r viaje, n o f u e r a q u e e l s a n g u i n a r i o m a r q u é s q u i s i e r a p o n e r a l g u n a n u e v a h e r r a d u r a a su costa. [ P r o p o r c i o n a d a p o r M a u r i c i o Bastaros, M e r c h e C i n t o , B e a t r i z F e r r c r , C e l i a M ó r cate, B e g o ñ a Sáez, Blas T o r r a l b a y A s u n c i ó n U b i e t o . ]

151. L A H I S T O R I A T A M B I É N G A S T A B R O M A S (SIGLO XV. AYERBL)

P a r e c e ser, p e r o n o e s cuestión c o m p r o b a d a n i g e n e r a l i z a d a , q u e , c a d a vez q u e s e u n í a e n m a t r i m o n i o u n a pareja, e r a c o s t u m b r e q u e e l t i t u l a r d e l s e ñ o r í o pasara l a p r i m e r a n o c h e c o n l a d a m a r e c i é n casada, a u n q u e a l g u nos s e ñ o r e s i n c l u s o r e n u n c i a r a n a e l l o . N a t u r a l m e n t e , a d e c i r de los ayerbenses, el m a r q u é s de A y e r b e no p o d í a ser m e n o s q u e los d e m á s s e ñ o r e s , y esa i n v e t e r a d a , gravosa y v e j a t o r i a o b l i g a c i ó n l a solía c u m p l i r e n e l p a l a c i o d e U r r i é s , m o r a d a f a m i l i a r y e m b l e m a e x t e r n o de su p o d e r y s e ñ o r í o . N a t u r a l m e n t e , la tradición (que casi s i e m p r e suele favorecer y p o n e r s e de parte de los p o d e r o s o s ) es u n a cosa y o t r a m u y d i s t i n t a la d i g n i d a d de las personas. Así l o e n t e n d i e r o n u n o s r e c i é n casados ayerbenses c u a n d o a m b o s se n e g a r o n a someterse a c o s t u m b r e tan vejatoria p o r m u c h o q u e el m a r q u é s f u e r a el m a r q u é s . Y, en vez de d a r l e gusto, d e c i d i e r o n a b a n d o n a r v i l l a , fam i l i a y trabajo p a r a m a r c h a r s e lejos, al o t r o l a d o de los P i r i n e o s , pues no e r a tan fácil dejar un s e ñ o r í o p a r a instalarse en o t r o , pues el sistema señorial p e r s e g u í a las deserciones, u n a de las fórmulas p a r a p e r p e t u a r s e . N o obstante, antes d e m a r c h a r l a pareja, a m b o s j ó v e n e s q u i s i e r o n dejar s u i m p r o n t a , c o m o m u e s t r a d e s u d i s c o n f o r m i d a d , y a t a r o n — b a j o e l pasad i z o q u e llevaba a las h a b i t a c i o n e s p o s t e r i o r e s d e l p a l a c i o , e n l a p u e r t a p o r d o n d e debía entrar la recién c a s a d a — u n a cabra, dejándole a su alcance algo de c o m i d a y agua para mantenerla callada. A l l l e g a r l a n o c h e y bajar e l m a r q u é s a l e s p e r a d o e n c u e n t r o c o n l a m u c h a c h a , a u n q u e e l p a s a d i z o estaba m a l i l u m i n a d o , p r o n t o s e d i o c u e n t a d e

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q u e a q u e l l a no i b a a ser su n o c h e . E x t e n d i ó sus m a n o s y e x t r a ñ a d o p o r la f o r m a y p o r e l pelaje d e l a n i m a l q u e l e esperaba, e x c l a m ó s o r p r e n d i d o : « ¡ Q u é y e esto!, p e r o ¡si y e c a r n i e r a b a ! » . L o s q u e , c o n o c e d o r e s d e l a t r a m a , estaban apostados y en a b s o l u t o s i l e n c i o a lo lejos tras u n o s c a r r o s apostad o s e n l a p l a z a Baja, asistiendo a l b o r o z a d o s a l e n g a ñ o , o y e r o n p e r f e c t a m e n t e t a n d e f i n i t o r i a frase, p o r l o q u e e l m a r q u é s f u e a p o d a d o d e s d e e n tonces « c a r n i c r a b a » . [ P r o p o r c i o n a d a p o r M a u r i c i o Bastaros, M e r c h e C i n t o , B e a t r i z F e r r e r , C e l i a M ó r cate, B e g o ñ a S á e z , B l a s T o r r a l b a y A s u n c i ó n U b i e t o . ]

152. E L M A L « S E Ñ O R » D E F A B A R A (SIGLO X V . FABARA)

M u c h o más l e n t a m e n t e d e l o q u e los m o z á r a b e s q u e h a b i t a b a n e n ellas e s p e r a b a n , l o s e j é r c i t o s c r i s t i a n o s a r a g o n e s e s f u e r o n r e c o n q u i s t a n d o u n a tras o t r a las p o b l a c i o n e s hasta e n t o n c e s m o r a s d e l B a j o A r a g ó n . C o m o e n casi todas ellas u n a b u e n a p a r t e d e l a p o b l a c i ó n m u s u l m a n a o p t ó p o r p e r m a n e c e r e n sus casas y p o r s e g u i r c u l t i v a n d o los c a m p o s d e s i e m p r e , h a b í a q u e o r g a n i z a r y a s e g u r a r l a d e f e n s a d e las plazas r e c i é n r e c o n quistadas, así c o m o l a a d m i n i s t r a c i ó n d e s u t e r r i t o r i o . Así e s c o m o e l rey c o n f i ó los d i s t i n t o s c a s t i l l o s a h o m b r e s de su c o n f i a n z a , l o s l l a m a d o s tenentes o séniores. E n e l caso d e F a b a r a , fue n o m b r a d o p a r a r e g i r l a u n c o m e n d a d o r perteneciente a u n a o r d e n religioso-militar, al que se le conocía c o n el n o m b r e d e l « s e ñ o r » . Este p e r s o n a j e , en l u g a r de granjearse el respeto y el c a r i ñ o de sus s u b o r d i n a d o s , g o b e r n ó d e m a n e r a tiránica, l l e g a n d o s u d e s p o t i s m o a l g r a d o s u m o de i m p o n e r la c o s t u m b r e de poseer a las m u c h a c h a s r e c i é n casadas, m o f á n d o s e s a r c á s t i c a m e n t e d e aquellas q u e e r a n m e n o s agraciadas f í s i c a m e n t e . C o m o e s n a t u r a l , l a tensión alcanzó cotas i n s o s p e c h a d a s d e deseos d e v e n g a n z a e n t r e los habitantes d e l p u e b l o . Así es q u e el v e c i n d a r i o en p l e n o , ante la p e r s i s t e n c i a de tan vejatoria y tiránica a c t i t u d , s e aglutinó p a r a d e f e n d e r s e costara l o q u e costara. N o obstante, antes d e a d o p t a r u n a a c t i t u d más b e l i g e r a n t e , e n c o m e n d a r o n a l alcaide q u e f u e r a a h a b l a r c o n el «señor» p a r a trasladarle sus quejas. P e r o éste, e n l u g a r d e e s c u c h a r l e c o m o c a b í a esperar, l o m a n d ó asesinar v i l m e n t e e h i z o q u e su cadáver f u e r a l l e v a d o p o r u n a m u í a desde el castillo a la p l a z a d e l a iglesia, d o n d e e s p e r a b a n a n h e l a n t e s los vecinos. C o n s u a l c a i d e m u e r t o , sus p e t i c i o n e s desoídas y a i r a d o s p o r t o d o l o q u e a c a b a b a n d e vivir, t o d o s los p o b l a d o r e s cristianos d e F a b a r a — a p o y a d o s poll a c o m p r e n s i ó n d e los m u d e j a r e s — d e c i d i e r o n h a c e r f r e n t e a l c o m e n d a d o r d e m o d o q u e , p e r t r e c h a d o s c o n t o d o t i p o d e armas y objetos c o n t u n d e n 179

Agustín IJhir.to A rteta

tes, a s e d i a r o n e l castillo. E l « s e ñ o r » , a l verse p e r d i d o , huyó p o r u n pasadizo secreto y n u n c a más se volvió a saber n a d a de él. [ A l d e a G i m e n o , S a n t i a g o , « C u e n t o s . . . » , C.E.C., V i l ( 1 9 8 2 ) , p á g . 58.]

153. L A C U R A C I Ó N M I L A G R O S A D E L L U J O DEL CONDE DE RIBAGOR7A (SIGLO XV. ZARAGOZA)

E l c o n d a d o d e R i b a g o r z a , d e tanta r a i g a m b r e e i m p o r t a n c i a política d e n t r o d e l r e i n o d e A r a g c i n , h a b í a i d o a parar, e n 1468, a m a n o s d e d o n A l o n s o d e A r a g ó n , h i j o n a t u r a l d e l rey Juan II, a l q u e F e r n a n d o e l C a t ó l i c o e Isabel la Catc>lica le c o n c e d i e r o n , a s i m i s m o , el s i g n i f i c a d o d u c a d o de V i l l a h e r m o s a p o c o t i e m p o después. D o n A l o n s o d e Aragón, p o r l o tanto, estaba c o n s i d e r a d o c o m o u n i n f l u y e n t e personaje e n e l e n t r a m a d o político y social d e l m o m e n t o . Sus dos hijos varones no sólo e r a n la alegría de la f a m i l i a s i n o q u e aseg u r a b a n t a m b i é n l a sucesión d e d o n A l o n s o e n e l c o n d a d o . S i n e m b a r g o , tras u n a c o r t a y d e s c o n o c i d a e n f e r m e d a d , falleció el m e n o r de ellos y la c o n s t e r n a c i ó n se a d u e ñ ó d e l p a l a c i o f a m i l i a r de los c o n d e s en Z a r a g o z a , donde había sucedido el luctuoso hecho. P e r o la v i d a siguié) su c u r s o y aún no se h a b í a n s e r e n a d o m í n i m a m e n t e los á n i m o s c u a n d o o c h o días después e l p r i m o g é n i t o c o n t r a j o l a m i s m a rar a e n f e r m e d a d q u e e l m u c h a c h o f a l l e c i d o , l o q u e h i z o p e n s a r a los g a l e n o s que moriría aquella m i s m a noche. A n t e l a falta d e r e m e d i o s h u m a n o s , d o n A l o n s o y s u esposa f u e r o n a i m p l o r a r a l a v i r g e n d e l Pilar, a l a q u e i n c l u s o l a c o n d e s a o f r e c i ó u n m a n t o d e t e r c i o p e l o c a r m e s í , b o r d a d o e n o r o , p a r a a d o r n o d e l a i m a g e n . M i e n t r a s esto sucedía, el p r i o r de la basílica, a d e l a n t á n d o s e a los a c o n t e c i m i e n t o s , h i zo q u e dos sacerdotes p r e p a r a r a n las e x e q u i a s f ú n e b r e s en casa d e l d e s d i c h a d o m a t r i m o n i o d a n d o p o r m u e r t o a l n i ñ o sin remisiéin. A l c a b o d e u n r a l o , r e g r e s a r o n los dos sacerdotes c o m i s i o n a d o s totalm e n t e d e s c o n c e r t a d o s , tanto q u e r o g a r o n a l p r i o r q u e les a c o m p a ñ a r a a l p a l a c i o de los c o n d e s r i b a g o r z a n o s . Allí, t o t a l m e n t e ajeno a lo q u e h a b í a sucedido, el primogénito de d o n A l o n s o de Aragón, heredero del c o n d a d o de R i b a g o r z a , estaba j u g a n d o t r a n q u i l a m e n t e c o n otros n i ñ o s . P a r a a s o m b r o y d e s c o n c i e r t o g e n e r a l i z a d o d e los m é d i c o s q u e h a b í a n a c t u a d o e n e l caso, l a m e j o r í a total y d e f i n i t i v a tuvo l u g a r a q u e l l a m i s m a n o c h e , lo c u a l l l e n ó de g o z o y e s p e r a n z a a los c o n d e s , q u e h a b í a n visto práct i c a m e n t e resucitar a su h e r e d e r o . [ A n s ó n , F r a n c i s c o , Los milagros de la virgen de/Pilar, págs. 136-137.]

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3.3. L A V I D A C O R T E S A N A

154. L A C O N D E S A T R A I D O R A (SIGLO X. CASTILLA)

El c o n d e castellano Garcí Fernández, hijo de F e r n á n González, era un j o v e n a p u e s t o d e l q u e s e d i c e q u e e n a m o r a b a a las d a m a s p o r l a b e l l e z a d e sus m a n o s , q u e d e b í a o c u l t a r c o n g u a n t e s . T a l e s así q u e e n a m o r ó a A r gentina, u n a p r i n c e s a francesa que pasaba p o r Castilla hacia Santiago, c o n l a q u e s e casó. N o o b s t a n t e , las c o n t i n u a s a u s e n c i a s d e l c o n d e e n f r i a r o n e l a m o r , y A r g e n t i n a a c a b ó r e g r e s a n d o a F r a n c i a tras u n c o n d e f r a n cés p e r e g r i n o , a b a n d o n a n d o al castellano. Decidió Garcí F e r n á n d e z vengarse y , d i s f r a z a d o d e m e n d i g o , m a r c h ó a F r a n c i a . M e r o d e a n d o p o r e l p a l a c i o d o n d e vivía A r g e n t i n a , s u p o d e l a e x i s t e n c i a d e S a n c h a (en l a real i d a d e r a la c o n d e s a r i b a g o r z a n a A v a , h i j a de los c o n d e s R a m ó n 11 y G a r senda), hija d e l c o n d e t o n el que aquélla había h u i d o , y decidió enamor a r l a v a l i é n d o s e d e sus m a n o s . N o sólo l o g r ó tal p r o p ó s i t o , s i n o q u e , d e s l i z á n d o s e f u r t i v a m e n t e hasta e l l e c h o d e los a d ú l t e r o s , les d i o m u e r t e , h u y e n d o a C a s t i l l a c o n S a n c h a , a q u i e n su p a d r e el c o n d e y A r g e n t i n a tenían encerrada. U n a vez e n C a s t i l l a , G a r c í F e r n á n d e z y S a n c h a s e c a s a r o n n a c i e n d o d e ambos un niño l l a m a d o S a n c h o . P e r o la i n f i d e l i d a d surgió de nuevo y Sancha, s i g u i e n d o el ejemplo que le diera su padre, el c o n d e francés, se entregó) a A l m a n z o r , q u e le p r o m e t i ó en secreto h a c e r l a r e i n a si le a v u d a ba a v e n c e r a las t r o p a s castellanas, c o n las q u e m a n t e n í a un c o n s t a n t e duelo. L a t r a i d o r a S a n c h a p r e p a r ó u n a estratagema diabólica: e s t a n d o a l c u i d a d o d e los establos c o n d a l e s , h i z o a l i m e n t a r c o n salvado e n l u g a r d e ceb a d a al c a b a l l o de G a r c í a F e r n á n d e z , d e b i l i t a n d o así sus fuerzas. Y c o n s i guió, a s i m i s m o , q u e el c o n d e d i e r a p e r m i s o a la m a y o r parte de sus g u e r r e r o s c o n m o t i v o d e l a N a v i d a d . Advirtió) i n m e d i a t a m e n t e a A l m a n z o r q u i e n , r e c l u t a n d o u n a n u t r i d a hueste, e n t r ó e n tierras d e C a s t i l l a , s o r p r e n d i e n d o a l c o n d e castellano, q u e , d a d a l a d e b i l i d a d d e s u m o n t u r a , fue hecho prisionero y llevado a Córdoba d o n d e murió. S a n c h a tramé) t a m b i é n l a m u e r t e d e s u p r o p i o hijo S a n c h o , preparánd o l e u n a p ó c i m a m o r t a l , a u n q u e u n a s i r v i e n t a f i e l avisó a l joven c o n d e d e ello, ( a t a n d o s u m a d r e trató d e h a c e r l e b e b e r e l m o r t a l brebaje, éste l e o b l i gó a q u e b e b i e r a e l l a p r i m e r o lo q u e significó su m u e r t e . A l m a n z o r , q u e de n u e v o i b a a t o m a r p o r sorpresa a los castellanos, se v i o d e s c u b i e r t o , suf r i e n d o u n a t r e m e n d a d e r r o t a q u e a c a b ó c o n s u v i d a . E l c o n d e S a n c h o había salvado a C a s t i l l a y al m u n d o c r i s t i a n o h i s p a n o . [Iglesias M a n u e l , Roda de habana, p á g . 4 1 ; — « L e y e n d a s y t r a d i c i o n e s ribagor/.anas. L a c o n d e s a t r a i d o r a » , e n Cuadernos Alte/aragoneses, 6 6 (1988), pág. vi.]


155. L O S A F E C T O S C A S T E L L A N O S DE 1A REINA SANCHA (SIGLO

xn)

D o ñ a S a n c h a d e C a s t i l l a , esposa d e l rey d e A r a g ó n A l f o n s o I I e l C a s t o , fue f u n d a d o r a d e l real m o n a s t e r i o de S i g e n a p a r a a c o g e r a las d a m a s de la n o b l e z a aragonesa, i m p o r t a n t e c e n o b i o q u e e n c o m e n d ó a l a o r d e n r e l i g i o s o - m i l i t a r de San J u a n de J e r u s a l é n y q u e r e p o b l ó y p u s o en e x p l o t a c i ó n u n a b u e n a parte d e los p o c o p o b l a d o s M o n e g r o s . L a r e i n a — l a santa r e i n a d o ñ a S a n c h a e r a l l a m a d a e n ocasiones p o r los s u y o s — gozó en v i d a de e x c e l e n t e f a m a e n t r e sus s u b d i t o s aragoneses, así c o m o d e s u estima, a u n q u e t a m b i é n c o n c i t ó , c o m o e s l ó g i c o , algún r e c h a z o . A l a m u e r t e d e l rey a r a g o n é s , s u m a r i d o , a c a e c i d a n o m u c h o antes d e l a b a t a l l a d e A l a r c o s , l a r e i n a d o ñ a S a n c h a tuteló c o n p r u d e n c i a a s u h i j o Ped r o , e n t o n c e s todavía adolescente, e influyó d e u n a m a n e r a d e c i s i v a e n los asuntos políticos e i n s t i t u c i o n a l e s d e l r e i n o a r a g o n é s , p a s a n d o a las páginas d e l a h i s t o r i a c o m o u n a d e sus mejores reinas. E l rey A l f o n s o I I d e Aragón — a pesar d e l a g r a n i n f l u e n c i a e j e r c i d a p o r s u mujer, d e o r i g e n c a s t e l l a n o — h a b í a m a q u i n a d o c u a n t o l e f u e p o s i b l e e n p e r j u i c i o d e l rey d e C a s t i l l a , A l f o n s o V I I I , c o n e l q u e , n o obstante, c o n c e r t ó el tratado de C a z o r l a , en v i r t u d d e l c u a l aragoneses y castellanos f i j a b a n las tierras a r e c o n q u i s t a r en el f u t u r o f r e n t e a los e n e m i g o s c o m u n e s , los m u s u l m a n e s . D i c e n las c r ó n i c a s castellanas q u e l a r e i n a d o ñ a S a n c h a a m a b a a p a s i o n a d a m e n t e — e n s i l e n c i o y sin c o n f e s i ó n explícita d e sus s e n t i m i e n t o s — a l rey A l f o n s o V I H sobre todos los d e m á s h o m b r e s ( i n c l u s o e n v i d a d e s u e s p o s o ) , d e m o d o q u e n o d u d ó e n a y u d a r l e u n a vez m u e r t o e l rey, s u m a r i d o , a u n q u e siguió m a n t e n i e n d o e n secreto e l a m o r q u e l e p r o f e s a b a . Así parece o q u i e r e e x p l i c a r s e c ó m o P e d r o II de A r a g ó n — m o v i d o p o r el consejo de su p r u d e n t e m a d r e y a c o m p a ñ a d o de sus n o b l e s v a s a l l o s — se u n i ó i n s e p a r a b l e m e n t e a A l f o n s o VIII d e C a s t i l l a , p a r t i c i p a n d o a m b o s , e n t r e otras m u c h a s lides, j u n t o c o n S a n c h o \ H d e N a v a r r a , e n l a v i c t o r i o s a batal l a d e las Navas d e T o l o s a c o n t r a los a l m o h a d e s , l a p e n ú l t i m a g r a n gesta m i litar de la Reconquista. [ C h a r l o B r e a , L u i s , ('.roñica latina de los Reyes de Castilla, pág. 16.1

156. L A P R I S I Ó N D E I A R E I N A D O Ñ A U R R A C A (SIGLO XII. EJEA DE LOS C A B A L L E R O S )

E n e l a ñ o 713, l a p o b l a c i ó n d e E j e a cayó e n m a n o s d e los m u s u l m a n e s , c o m o b u e n a p a r t e d e l valle d e l E b r o , p a s a n d o a d e p e n d e r d e l a c i r c u n s c r i p c i ó n q u e e n c a b e z a b a Sarakusta. U n a b u e n a parte d e l a p o b l a c i ó n cris182


l i a n a p e r m a n e c i ó e n E j e a bajo l a n u e v a d o m i n a c i ó n político-religiosa, const i t u y e n d o u n aparte, e l d e los m o z á r a b e s . A u n q u e s e t o l e r a r o n , e n g e n e r a l , s i e m p r e h u b o u n latente e n f r e n t a m i e n t o e n t r e a m b a s c o m u n i d a d e s q u e h i zo q u e se c o n s t i t u y e r a n en n ú c l e o s de p o b l a c i ó n separados. L o s m u s u l m a n e s ejeanos — l l e v a d o c o n u n g r a n s i g i l o y g u a r d a n d o cel o s a m e n t e e l secreto d e l a a m p l i a r e d — h o r a d a r o n b u e n a p a r t e d e l subsuelo u r b a n o , c o n s t r u y e n d o túneles q u e atravesaban y atraviesan todavía b u e n a p a r t e d e l a E j e a a n t i g u a . Estos túneles e r a n c o n o c i d o s c o m o «cantam o r a s » , y e x i s t e n todavía los de la C o r o n a , el C u c o o los Carasoles. Aún se c o n o c e n las salidas o « b o q u e r a s » d e l C u c o , de S a n t a María, y c u a t r o e n t r e l a calle M e d i a v i l l a y l a d e R a m ó n y C a j a l , p u e s e r a e x a c t a m e n t e p o r aquí p o r d o n d e se e n c o n t r a b a n las m u r a l l a s q u e c e ñ í a n a la v i l l a . U n o d e los túneles c o m u n i c a b a l a a c t u a l iglesia d e S a n i a M a r í a ( e n l a C o r o n a ) c o n l a c o l e g i a l a d e S a n Salvador, p r o l o n g á n d o s e , según d i c e l a tradición ejeana, hasta e l i m p o n e n t e castillo d e S o r a , q u e , distante u n o s d i e z k i l ó m e t r o s d e Ejea, d o m i n a las C i n c o V i l l a s . Es p r e c i s a m e n t e en este l a r g o túnel d o n d e se d e s c u b r i ó el cadáver de u n a m u j e r q u e l a l e y e n d a i d e n t i f i c a c o n l a r e i n a d o ñ a U r r a c a , l a esposa d e A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , q u e , c o m o se sabe, estuvo c o n f i n a d a o d e s t e r r a d a e n E l Castellar, y q u e l a tradición ejeana l a c o n v i e r t e e n u n a t o r r e l l a m a d a T o r r e l a r r e i n a , c u y a s a l i d a o « b o q u e r a » estaba l i g a d a a la « c a n t a m o r a » q u e u n í a S a n t a María c o n S o r a . Este túnel era e l q u e u t i l i z a b a d o ñ a U r r a c a p a ra asistir todos los días a M i s a en la iglesia de S a n t a M a r í a . Las «cantautoras» s i r v i e r o n d e r e f u g i o d e los m u s u l m a n e s e n e l m o m e n t o d e l a r e c o n q u i s t a d e l B a t a l l a d o r , l o c u a l r e t a r d ó l a t o m a d e Ejea. Y , d u r a n t e siglos, la « b o q u e r a » de T o r r e l a r r e i n a (o e n t r a d a al t ú n e l ) se u t i l i zó p a r a d e p o s i t a r los cadáveres de los n i ñ o s q u e n a c í a n m u e r t o s y q u e , p o r l o tanto, n o s e les p o d í a bautizar. P o r e l l o , esta « b o q u e r a » r e c i b i ó e l n o m bre d e L i m b o . [Proporcionada por M- Teresa Fago Liso y M- Carmen Puyod Alegre.]

157. E L D U Q U E D E H Í J A R Y I A H I J A DE JAIME I ( S I G L O XIII. H Í J A R )

El d u q u e y señor de Ilijar — c u y o e n o r m e palacio solariego señoreaba majestuoso sobre l a i m p o r t a n t e v i l l a d e este n o m b r e , s o b r e s a l i e n d o d e l rest o d e l c a s e r í o — t e n í a v i v i e n d o t e m p o r a l m e n t e c o n él, e n c a l i d a d d e invitad a , a u n a h i j a n a t u r a l d e J a i m e I e l C o n q u i s t a d o r , rey d e A r a g ó n , d o ñ a M a ría B a y o d , c o n l a q u e c o n v e r s a b a d e m a n e r a a n i m a d a y c o n f r e c u e n c i a e n las veladas de los largos e i n t e r m i n a b l e s días de i n v i e r n o , g e n e r a l m e n t e sen183


tados u n o en frente d e l o t r o , j u n t o a u n o de los g r a n d e s ventanales de la sal a p r i n c i p a l d e l p a l a c i o , desde e l q u e s e d i v i s a b a u n a m p l i o p a n o r a m a , casi sin límite. D u r a n t e u n a de esas h a b i t u a l e s y relajantes charlas, la joven María, c o n su a p a s i o n a d a p a l a b r a y su a c t i t u d vital, h i z o ver y c o n v e n c i ó al d u q u e de c u á n t o g a n a r í a la vista q u e tenían ante sí si las l o m a s q u e se m o s t r a b a n frente a ellos estuvieran c u b i e r t a s de un d e n s o y v a r i a d o a r b o l a d o , c o m o lo estaba l a parte l l a n a , sin d u d a p o r efectos d e l a g u a d e l r í o M a r t í n , d e m a n e r a q u e e l c o l o r v e r d e y las f l o r e s i n u n d a r a n l o q u e e n a q u e l e n t o n c e s e r a u n t e r r e n o árido y t o t a l m e n t e d e s p r o t e g i d o de vegetación, q u e h a c í a d e l mism o e n u n d u r o paisaje p a r a l a c o n t e m p l a c i ó n sosegada. A n t e reflexión tan r a z o n a d a c o m o v e h e m e n t e , p r o m e t i ó e l d u q u e d e Híjar, s i e m p r e galante y p r ó d i g o c o n la h i j a d e l rey, t o m a r en c o n s i d e r a c i ó n la i d e a de María, de m o d o q u e al día s i g u i e n t e c o m e n z ó a d e s a r r o l l a r c o n su a r q u i t e c t o y sus j a r d i n e r o s un p r o y e c t o q u e , t a n p r o n t o c o m o estuvo acab a d o , o r d e n ó q u e se p u s i e r a en práctica. M u y pronto, c o n la llegada de la p r i m e r a primavera, la idea se había convertido en un magnífico paradero para recorrer y disfrutar en c a l m a y p a r a ser g o z a d o sosegadamente desde e l v e n t a n a l c u a n d o l l e g a r a e l i n v i e r n o , y a l q u e , e n u n l e t r e r o r e a l i z a d o e n forja, p u s o e l n o m b r e d e l a j o v e n , es decir, el «Paradero de M a r í a Bayod», a u n q u e c o n el t i e m p o , y p u e s t o en b o c a de los habitantes de la v i l l a , pasaría a ser el « P a r a d e r o de Mirabayo», p o r d e f o r m a c i ó n , sin d u d a , d e l n o m b r e i n i c i a l . [ L a s a l a N a v a r r o , G r e g o r i o , Historia de la Muy Noble, Leal y Antiquísima villa de Híjar, págs. 135-136.]

158. JAIME 1 C A S T I G A A SU T R O V A D O R (SIGLO xm. PERPIGNAN)

E n c i e r t a o c a s i ó n , s e e n c o n t r a b a e l rey d o n Jaime I e l C o n q u i s t a d o r e n P e r p i g n a n , r o d e a d o , n a t u r a l m e n t e , d e t o d o s u n u m e r o s o séquito: o b i s p o s , c o n d e s , b a r o n e s , n o t a r i o s , escribanos, c a m a r l e n g o s , pajes, etc. E n t r e los a c o m p a ñ a n t e s , se e n c o n t r a b a t a m b i é n su trovador. Salió a p a s c a r el p o e t a y m ú s i c o p o r los a l r e d e d o r e s de la c i u d a d , p a s a n d o c e r c a d e u n a alfarería, d e c u y o i n t e r i o r salía l a voz d e u n h o m b r e q u e e n t o n a b a , n o m u y b i e n p o r c i e r r o , u n a d e las baladas p r e f e r i d a s e interp r e t a d a s p o r e l t r o v a d o r . E r a e l c e r a m i s t a q u i e n , s e n t a d o ante e l t o r n o , m o d e l a b a u n a vasija. Entré) el t r o v a d o r en el alfar y, sin m e d i a r p a l a b r a , r o m p i ó todas las piezas de b a r r o q u e el a l f a r e r o t e n í a expuestas al s o l . L u e g o , sin m i r a r l e si184

Leyendas para una historia parale/a del Aragón medieval

q u i e r a n i m e d i a r p a l a b r a , s e m a r c h ó . C u a n d o e l d u e ñ o d e l alfar q u i s o reacc i o n a r , se e n c o n t r ó c o n el trabajo de m u c h o s días h e c h o a ñ i c o s y, lo q u e es p e o r todavía, p r á c t i c a m e n t e a r r u i n a d o . P r e g u n t a n d o aquí y allá, s u p o el a l f a r e r o q u e el causante de su desgrac i a f o r m a b a p a r t e d e l séquito real c o m o trovador, y se dirigió a p a l a c i o p a r a h a b l a r c o n él, p e r o éste, e n l u g a r d e excusarse y resarcirle p o r e l d a ñ o c a u s a d o , todavía se e n c o l e r i z ó más, d i c i é n d o l e q u e , c o n su m a l a voz y todavía p e o r e n t o n a c i ó n , h a b í a d e s v i r t u a d o y d e s t r o z a d o su m e l o d í a , y q u e no había h e c h o sino devolverle la m i s m a m o n e d a . L o s gritos a i r a d o s d e l s o r p r e n d i d o y v a p u l e a d o c e r a m i s t a l l e g a r o n a oídos d e l rey q u e q u i s o saber e l p o r q u é d e tales l a m e n t o s . C o n t o d o respeto, c o n t ó aquél al m o n a r c a lo s u c e d i d o solicitándole j u s t i c i a , y el rey, e n t e n d i e n d o lo j u s t o de la p e t i c i ó n , o b l i g ó a su t r o v a d o r a i n d e m n i z a r l e . L u e g o , u n a vez r e p a r a d o e l d a ñ o m a t e r i a l a satisfacción d e l c e r a m i s t a , J a i m e I d e s p a c h ó de la c o r t e al v i o l e n t o t r o v a d o r pues, c o m o m a n i f e s t ó a quienes le rodeaban en aquel m o m e n t o , no podía consentir acoger en su séquito a s e r v i d o r e s tan pagados de sí m i s m o s y tan avaros de sus obras com o p a r a q u e n o las p u d i e r a n d i s f r u t a r sus subditos, m á x i m e c u a n d o e l poet a c a n t o r h a b í a sido p a g a d o c o n f o n d o s d e l e r a r i o p ú b l i c o . [ D e l Ter, A r m a n d o , « R e c o p i l a c i ó n d e l e y e n d a s e s p e c i a l m e n t e d e l a A l t a M o n t a ña (I y I I ) » , Folletón del Alloaragón, 91 y 92 ( 1 9 8 3 ) , II, p á g . 13.]

159. I A S O M B R A D E L A P R I N C E S A D O Ñ A B L A N C A (SIGLO XIIL AI.RARRACÍN)

E n t r e las varias torres d e A l b a r r a c í n , u n a m u y h e r m o s a lleva e l n o m b r e d e d o ñ a B l a n c a , r e c u e r d o r o m á n t i c o d e l p u e b l o a l b a r r a c i n e n s e a u n a historia desgraciada. P o r q u e Blanca, toda b o n d a d y sencillez, h e r m a n a m e n o r d e l p r í n c i p e h e r e d e r o d e A r a g ó n , vióse i m p u l s a d a a l e x i l i o p o r los celos d e s u c u ñ a d a , q u e p r o n t o sería r e i n a d e los aragoneses. C o n g r a n pesar, d o ñ a B l a n c a tuvo q u e e m p r e n d e r , a c o m p a ñ a d a p o r s u escaso séquito, el c a m i n o q u e le llevaba a su d e s t i e r r o castellano, atraves a n d o p a r a e l l o las tierras d e l s e ñ o r í o i n d e p e n d i e n t e d e A l b a r r a c í n , d o n d e sus s e ñ o r e s l e b r i n d a r o n h o s p i t a l i d a d . A c e p t ó l a p r i n c e s a , y l o d o e l p u e b l o , a r r e m o l i n a d o e n las calles, f u e testigo d e l a l l e g a d a d e l a c o m i t i v a q u e a c o m p a ñ a b a a la p r i n c e s a a r a g o n e s a en su r e c o r r i d o t o r t u o s o p o r las calles e m p e d r a d a s de la c a p i t a l d e d i c a d a a Santa María, hasta llegar al p a l a c i o de los A z a g r a , q u e i b a n a ser sus a n f i t r i o n e s . P o c o a p o c o f u e r o n p a s a n d o los días. T o d o s , mayores y m e n u d o s , deseab a n y e s p e r a b a n volver a ver a B l a n c a p o r las calles de A l b a r r a c í n , p e r o el 185


sol y la l u n a se s u c e d í a n i n i n t e r r u m p i d a m e n t e sin q u e la p r i n c e s a f u e r a vist a d e n u e v o p o r n a d i e . E l séquito q u e l a a c o m p a ñ a r a r e g r e s ó a l a c o r t e aragonesa. De Blanca, no se supo nada. Comenzó el p u e b l o a pensar que la desdichada princesa podía haber m u e r t o de p e n a y que su c u e r p o j o v e n habría sido enterrado en la torre q u e , desde entonces, pasó a l l a m a r s e c o m o e l l a . El s i l e n c i o más a b s o l u t o se h i z o e n t o r n o a l a suerte c o r r i d a p o r l a p r i n c e s a a r a g o n e s a . P e r o el m i s t e r i o c o m e n z ó p r o n t o a desvelarse y se desvela aún c a d a p l e n i l u n i o , c u a n d o l a c a m p a n a p r ó x i m a a l a t o r r e d e s g r a n a los d o c e sones d e la m e d i a n o c h e . E n t o n c e s , las gentes de A l b a r r a c í n v e n salir de su t o r r e de p i e d r a u n a s o m b r a c l a r a , f i g u r a d e m u j e r y h o l g a d a s vestiduras, q u e l e n t a m e n t e d e s c i e n d e , r o c a a r o c a , hasta los h u e r t o s y el r í o , p a r a b a ñ a r s e en aguas claras d e l G u a d a l a v i a r . L u e g o , al c a b o de un rato, la s o m b r a se desvanece hasta e l n u e v o p l e n i l u n i o . S e trata, sin d u d a , d e l a s o m b r a d e d o ñ a B l a n c a , l a p r i n c e s a q u e d e b i ó m o r i r de p e n a en su e x i l i o a causa de u n o s celos cortesanos. [ T o m á s L a g u í a , César, « L e y e n d a s y t r a d i c i o n e s . . . » , Teruel, 12 ( 1 9 5 4 ) , 124-127.]

160. N A C E L A O R D E N D E I A B A N D A DE IA VIRGEN DEL PILAR (SIGLO XV. ZARAGOZA)

E r a n los t i e m p o s e n q u e r e i n a b a e n Aragón e l rey A l f o n s o V , c u a n d o disc u r r í a e l a ñ o d e 1431. E n e l r e i n o n a v a r r o , e n u n a d e sus capitales, O l i t e , l a r e i n a d o ñ a B l a n c a d e N a v a r r a acababa d e m o r i r tras l a r g a , grave y d o l o r o sa e n f e r m e d a d . La desolación y la tristeza h i c i e r o n m e l l a en l o d o s sus subd i t o s c u a n d o todas las c a m p a n a s t r a n s m i t i e r o n d e c a m p a n a r i o e n c a m p a n a r i o la triste n o t i c i a . Pasadas unas h o r a s tras el ó b i t o , el i n f a n t e d o n j u á n de A r a g ó n , su esp o s o , y los c a b a l l e r o s y d u e ñ a s q u e v e l a b a n el cadáver de d o ñ a B l a n c a o b s e r v a r o n c ó m o e n s u r o s t r o s e i b a d i b u j a n d o u n a d u l c e sonrisa. L u e g o s e a b r i e r o n sus ojos y de su b o c a se oyó q u e d e c í a , c o n voz m u y t e n u e : « O h , S e ñ o r a Santa M a r í a d e l Pilar, b e n d i t a seáis q u e m e habéis g u a r d a d o d e l a m u e r t e y me habéis r e s t i t u i d o a la vida». El m i l a g r o estaba h e c h o , y t o d o s d a b a n gracias a la v i r g e n d e l P i l a r , a la q u e la r e i n a t e n í a g r a n d e v o c i ó n . C o n t ó la r e i n a r e s u c i t a d a q u e , en el instante de su ú l t i m o s u s p i r o , se le h a b í a a p a r e c i d o la v i r g e n d e l P i l a r y le d i j o q u e , si se a r r i m a b a h u m i l d e a su pilar, p e r m a n e c e r í a salva, s i m p l e m e n t e d o r m i d a , c o m o así h a b í a o c u r r i d o , c o n g r a n r e g o c i j o p o r p a r t e d e todos. E l c a s t i l l o - p a l a c i o d e O l i t e s e c o n v i r tió e n u n a f i e s t a .

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Se h i c i e r o n los p r e p a r a t i v o s y viajó d o ñ a B l a n c a a Z a r a g o z a p a r a o r a r a n t e s u V i r g e n v a l e d o r a y c u m p l i r así r o n e l voto q u e h a b í a p r o f e r i d o d e visitarla u n a vez r e s t a b l e c i d a . J u n t o c o n s u esposo, l e a c o m p a ñ a b a u n a i m p o nente comitiva, entre la que se encontraba su hijo, el Príncipe de V i a n a . P e r m a n e c i ó d o ñ a B l a n c a u n o s días e n Z a r a g o z a , e n t r e g a d a a l a o r a c i ó n y e n los p r e p a r a t i v o s q u e l e llevarían a l a c r e a c i ó n d e u n a O r d e n e n h o n o r de la virgen del Pilar, la O r d e n de la Banda. A l f o n s o v , q u e s e e n c o n t r a b a e n Ñapóles, tuvo c u m p l i d a s n o t i c i a s d e l o q u e le h a b í a o c u r r i d o a su c u ñ a d a , c o n d e s a de R i b a g o r z a , y se sintió f e l i z . [Fuertes y Biota, A n t o n i o , Historia de Nuestra Señora del Pilar.

Azagra, Víctor, Cosas nuevas de la Zaragoza vieja, págs. 33-35.]

1 6 1 . L A R E I N A MARÍA L L O R A I A A U S E N C I A DE A L F O N S O V (SIGLO X V . ZARAGOZA)

D o ñ a M a r í a — h i j a de E n r i q u e m el D o l i e n t e , rey de C a s t i l l a , y esposa de A l f o n s o V e l M a g n á n i m o , rey d e A r a g ó n — h a b í a i d o a rezar u n día a l l l a m a d o t e m p l o d e D i a n a , ataviada c o n u n b l a n c o vestido y a d o r n a d a c o n u n h e r m o s o c o l l a r d e l a o r d e n d e l a J a r r a p e n d i e n t e d e l c u e l l o . C u a n d o acab a d a s u o r a c i ó n c o m e n z ó e l c a m i n o d e regreso a l p a l a c i o r e a l , e n l a A l j a f e ría de r e c u e r d o s m o r o s ; q u i e n e s la servían y estaban a su l a d o d i c e n h a b e r l a visto suspirar tristemente m a l d i c i e n d o s u s o l e d a d ante l a p r o l o n g a d a a u s e n c i a d e l rey, q u e u n a vez más estaba en Ñapóles. R e c o r d a b a l a r e i n a e l y a l e j a n o m o m e n t o e n q u e s u esposo, a l s o n d e múltiples y estruendosas t r o m p e t a s y t a m b o r i l e s , se despidió c a r i ñ o s a m e n t e d e e l l a j u n t o a l b a r c o « p a r a y r e n B e r b e r í a » , q u e d a n d o así c o m o d e s a m p a r a d a y sola. C o n grave d o l o r d e c o r a z ó n , r e m e m o r a b a las tierras d e Italia q u e h a b í a c o n o c i d o , d o n d e estaba el e s c e n a r i o de las a n d a n z a s de su m a r i d o el rey, y r e c o r d a b a a l a r e i n a J u a n a d e Ñapóles, e n c u y a a y u d a h a b í a a c u d i d o después A l f o n s o V aceptando la propuesta de la soberana napolitana de adopt a r l o p o r h i j o y n o m b r a r l e h e r e d e r o d e l r e i n o si le a y u d a b a m i l i t a r m e n t e c o n t r a F e l i p e III d e A n j o u , s u g r a n e n e m i g o , c o m o así h i z o . A l a b a b a l a r e i n a d o ñ a María, q u e e r a u n a m u j e r fuerte d e espíritu, las victorias, los proyectos c u l t u r a l e s y las múltiples empresas m i l i t a r e s de su esp o s o , v e n c e d o r p a r a e n t o n c e s de dos reyes en A f r i c a e Italia, p e r o se quejaba t a m b i é n a m a r g a m e n t e y p a r a su i n t e r i o r de q u e la «fortuna, ynvidiosa» le h a b í a m a n t e n i d o alejado d e m a s i a d o t i e m p o d e l r e i n o , de sus tierras y de e l l a m i s m a p a r a i r a c o n q u i s t a r otros h o r i z o n t e s lejanos, d e j a n d o desventu187

Agustín Viñeta Artela

r a d a a e l l a , su esposa, q u e a h o r a se dolía l l o r o s a , en s i l e n c i o , sin c o m p a r t i r c o n n a d i e s u pesar, tras e l r e z o e n s o l i t a r i o e n e l t e m p l o d e D i a n a . [Gella. José, Romancero Aragonés, págs. 127-128.]

162. E L T R O V A D O R D E I A A L J A F E R Í A (SJGI.O xv. Z A R A G O Z A )

E n l a Z a r a g o z a d e m e d i a d o s d e l siglo X V , d i v i d i d a p o l í t i c a m e n t e entre los p a r t i d a r i o s d e l rey J u a n II y los d e l p r í n c i p e de V i a n a , d e n t r o , pues, de u n c l i m a e n r a r e c i d o , e l n o b l e L o p e A r t a l d e A z l o r n o tuvo c o n m i s e r a c i ó n p a r a c o n la g i t a n a E s t r e l l a , a la q u e c o n d e n ó a ser q u e m a d a viva en la h o guera p o r q u e había ahogado a su p r o p i o primogénito. E n v a n o l e i m p l o r ó c l e m e n c i a A z u c e n a , hija d e E s t r e l l a , y a l n o obten e r l a j u r ó vengarse d e d o n L o p e , d e m o d o q u e , a m p a r a d a p o r l a o s c u r i d a d , raptó a un h i j o d e l n o b l e p a r a a r r o j a r l o t a m b i é n a la m i s m a h o g u e r a en la q u e su m a d r e i b a a m o r i r . S i n e m b a r g o , la f a t a l i d a d y el e r r o r h i z o q u e fuer a e l p r o p i o h i j o d e A z u c e n a e l q u e m u r i e r a q u e m a d o , m i e n t r a s e l descend i e n t e d e L o p e A r t a l d e A z l o r , d o n M a n r i q u e d e L a r a , s e salvaba. E l caso e s q u e en el j o v e n y apuesto M a n r i q u e , a la sazém c e l e b r a d o t r o v a d o r y p o e t a , creció por todo aquello un ardiente odio contra d o n L o p e A r t a l de Azlor, i g n o r a n d o q u e era s u p r o p i o p a d r e . S u c e d i ó p o r e n t o n c e s q u e , e n a m o r a d o r e n d i d a m e n t e d e u n a d e las d a mas d e l a r e i n a , L e o n o r Sesé d e L i n e a s e l l a m a b a , tras u n a j u s t a p o é t i c a cel e b r a d a e n e l p a l a c i o d e l a Aljafería, d o n d e estaba l a C o r t e , e l t r o v a d o r M a n r i q u e ( p a r t i d a r i o d e l p r í n c i p e d e V i a n a ) h u b o d e enfrentarse a A n t o n i o A r t a l , d e l b a n d o realista e h i j o d e d o n L o p e , y , p o r l o tanto, h e r m a n o suyo, q u i e n t a m b i é n la a m a b a . A m o r y política, pues, e n f r e n t a r o n a a m b o s jc>venes, q u e d e s c o n o c í a n su c o n d i c i ó n de h e r m a n o s . C o n e l f i n d e resolver l a o p o s i c i ó n d e l a d o n c e l l a , e n a m o r a d a d e l trovad o r , e l realista A n t o n i o A r t a l r e c u r r i ó a l a a y u d a d e s u h e r m a n o G u i l l e n p a r a apresarla c o n t r a s u v o l u n t a d y e n c e r r a r l a e n u n c o n v e n t o , d e d o n d e l a r a p t ó u n a n o c h e d e l u n a e l a p a s i o n a d o M a n r i q u e . P o r u n breve espacio d e t i e m p o , l a f o r t a l e z a d e l Castellar, d o n d e s e r e f u g i a r o n , fue e s c e n a r i o d e l a f e l i c i d a d d e L e o n o r y M a n r i q u e , hasta q u e éste fue a p r e s a d o . D u r a n t e u n t i e m p o , q u e se h i z o e t e r n o , el t o r r e ó n de la Aljafería fue prisión inhóspita d e l trovador, hasta ser c o n d e n a d o a m u e r t e . Se suicidó L e o n o r a la vez q u e t a m b i é n m o r í a d e r e m o r d i m i e n t o A n t o n i o A r t a l , tras c o n o c e r d e m a s i a d o tarde l a v e r d a d d e s u p a r e n t e s c o c o n d o n M a n r i q u e d e labios d e A z u c e n a , q u i e n a c a b ó , a s i m i s m o , e n l o q u e c i e n d o ante tanto i n f o r t u n i o . [Albareda, Hermanos, 1.a Aljafería..., págs. 66-67. Beltrán, A n t o n i o , Introducáón al folklore, aragonés (i), págs.

188

103-104.]

Leyendas para una historia paralela del Aragón medimal

163. E L P R Í N C I P E D E V I A N A E S C A P A D E M A L L É N ( S I G L O xv.

MAMEN)

Es de todos c o n o c i d o c ó m o las r e l a c i o n e s e n t r e J u a n II, rey de A r a g ó n , y su primogénito d o n Carlos, príncipe de V i a n a — n a c i d o de su p r i m e r mat r i m o n i o c o n d o ñ a B l a n c a d e N a v a r r a — f u e r o n difíciles y g e n e r a l m e n t e hostiles, tanto c o m o p a r a c a m b i a r e l s i g n o d e l a p r o p i a H i s t o r i a d e h a b e r h e r e d a d o a su p a d r e en los r e i n o s n a v a r r o y a r a g o n é s . B u e n a parte d e s u v i d a — h a s t a q u e m u r i e r a quizás e n v e n e n a d o p o r o r d e n d e s u p r o p i a madrastra, d o ñ a Juana Enríquez, s e g u n d a esposa d e J u a n I I — l a pasó clon C a r l o s c o n f i n a d o o p r i s i o n e r o de su p a d r e en lugares diversos (Lér i d a , A y l o n a o M o r e l l a ) , contándose entre ellos e l zaragozano p u e b l o d e M a llén, situado en el límite f r o n t e r i z o entre Aragón y N a v a r r a , r e i n o este último en el q u e el príncipe c o n t a b a c o n bastantes adeptos inquebrantables, aglutinados en el b a n d o l l a m a d o de los beamonteses. E n s u f o r z o s o destierro d e Mallén, p a r a tratar d e sobrellevar m e j o r e l c o n finamiento, el p r í n c i p e se h i z o enviar a la estancia d e l castillo d o n d e estaba cautivo algunas de sus más preciadas pertenencias personales (libros, alhajas, objetos d e arte m u e b l e ) q u e , sin d u d a a l g u n a , l e a l i v i a r o n e l t r a n s c u r r i r tedioso d e l día a día mientras esperaba u n a vez más su liberación. P e r o c o m o c o n s i d e r a r a injusta l a sanción i m p u e s t a p o r s u p a d r e , e l prínc i p e d e V i a n a d e c i d i ó fugarse d e l castillo d e Mallén, t r a m a n d o l a m a n e r a d e h a c e r l o c o n sus p a r t i d a r i o s , q u e eran m u c h o s . C o m o l a ocasión d e evadirse se p r e s e n t a r a de m a n e r a súbita, m u c h o antes de lo esperado, apenas tuvo d o n ("arlos t i e m p o p a r a ir sacando d i s i m u l a d a m e n t e sus p e r t e n e n c i a s sin levantar sospechas, de m o d o q u e , c o n v e n i e n t e m e n t e guarecidas, se d e c i d i ó a enterrarlas c o n t o d o sigilo y secreto en el e d i f i c i o y solar q u e h a b í a sido su cárcel, tarea p a r a la q u e sé>lo c o n t ó c o n su paje de c o n f i a n z a . L l e g a d o e l m o m e n t o c o n v e n i d o , a m p a r a d o e n l a a y u d a q u e s e l e prestaba desde el e x t e r i o r , en la o s c u r i d a d de la n o c h e y en u n a c i e r t a p e r m i s i v i d a d p o r parte d e sus carceleros, d o n C a r l o s huyó, d e j a n d o a l p a r e c e r tras de sí un i m p o r t a n t e tesoro q u e él n u n c a r e c u p e r ó y q u e g e n e r a c i ó n tras generaeiéjn de Mallén h a n b u s c a d o i n f r u c t u o s a m e n t e hasta hoy. [ T r a n sin i ti d a « r a í m e n t e . ]

164. E L T R O V A D O R Q U E M U R I Ó D E A M O R (SIGLO ¿XV? BARBASTRO)

C u e n t a l a l e y e n d a l a triste h i s t o r i a d e u n joven y b u e n t r o v a d o r q u e rec o r r í a las tierras d e l r e i n o de A r a g ó n t a ñ e n d o el laúd y la v i o l a e i n t e r p r e t a n d o las c a n c i o n e s q u e e l m i s m o c o m p o n í a . A l t e r m i n a r c a d a a c t u a c i ó n ,

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era n o r m a l q u e todos los asistentes i n t e n t a r a n g r a t i f i c a r s u trabajo c o n d i n e r o , joyas e i n c l u s o a n i m a l e s , mas el t r o v a d o r r e c h a z a b a s i e m p r e los bienes materiales q u e gustosos le o f r e c í a n , pues p r e f e r í a la a m i s t a d y el s i m p l e r e c o n o c i m i e n t o d e s u arte. C u a n d o e n t e n d í a h a b e r l o g r a d o ese r e c o n o c i m i e n t o , era e l m o m e n t o d e i r e n b u s c a d e nuevos h o r i z o n t e s . U n b u e n día q u e i b a d e c a m i n o d e u n p u e b l o a o t r o p o r e l S o m o n t a n o , entre olivares y a l m e n d r o s , halló a u n m o n t e r o r e s p o n s a b l e d e u n a j a u r í a q u e cazaba v e n a d o s . Estaba éste h a c i e n d o u n alto e n l a c a c e r í a p a r a d a r resp i r o a los p e r r o s cansados y a m b o s e n t a b l a r o n amistosa y a n i m a d a c o n v e r sación a l a m o r r e c o n f o r t a n t e d e u n trago d e v i n o . E l trovador, a g r a d e c i d o p o r l a c o n v e r s a c i ó n , p r e g u n t ó a l c a z a d o r a q u é casa o f a m i l i a servía. L a r e s p o n d i ó e l m o n t e r o q u e a l s e ñ o r c o n d e d e E n tenza, l l a m a d o d o n F e r n a n d o , u n b u e n a m o . A q u e l l a c o n t e s t a c i ó n gustó a l t r o v a d o r q u e m a n i f e s t ó estar d i s p u e s t o a c a n t a r p a r a s e ñ o r tan q u e r i d o , así es q u e le pidió al m o n t e r o q u e avisara al c o n d e de q u e le e n c o n t r a r í a en Barbastro si quería que le amenizara alguna velada en familia. P o c o t i e m p o pasó c u a n d o , s i g u i e n d o los a c o r d e s d e l laúd, e l m o n t e r o , q u e h a b í a c u m p l i d o e l e n c a r g o , d i o c o n e l t r o v a d o r q u e estaba c o m p o n i e n d o u n a n u e v a b a l a d a a l a o r i l l a d e l V e r o . S u a m o l e esperaba, l e d i j o . R e u n i d o s e h a l l a y a e l g r u p o d e l a f a m i l i a c o n d a l , sentados t o d o s j u n t o a p e n d o n e s y b a n d e r a s y r o d e a d o s de d a m a s y g a r z o n e s , p a r a e s c u c h a r al t r o v a d o r ; e n t r e t o d o s destaca, sin d u d a , l a b e l l a c o n d e s i t a M a r i b e l . Tras sus cantares, el t r o v a d o r v a g a b u n d o deja su v i o l a y e x t i e n d e su m a n o a t o d o s p a r a r e c i b i r s u r e c o n o c i m i e n t o . D o b l a s d e p l a t a l e e n t r e g a l a c o n d e s a , pero él las r e c h a z a y, m i r a n d o a la c o n d e s i t a , de su b e l l e z a q u e d a p r e n d a d o . E n t o n c e s M a r i b e l se l e v a n t a y, r e c o g i e n d o su v e l o , o f r e c e al j o v e n t r o v a d o r u n beso e n l a f r e n t e . N u n c a o b t u v o e l t r o v a d o r m e j o r p r e m i o . Y d i c e n las c r ó n i c a s d e l v u l g o q u e a las pocas h o r a s el t r o v a d o r m o r í a de a m o r . [El Juglar del Arrabal, «Leyenda del trovador», El Cruzado Aragonés, 50.]

3.4. L A S P U G N A S F A M I L I A R E S

165. L A S P R I M E R A S A R M A S D E J A I M E I ( S I G L O XIII. AI.CORISA)

P e l e g r í n d e A t r o c i l l o , i n f l u y e n t e n o b l e d e l a c o r t e d e l rey Jaime I e l C o n q u i s t a d o r , a c a b a b a d e casarse c o n l a j o v e n S a n c h a L ó p e z , h i j a d e d o n L o p e de A l b e r o , que era señor de la villa de Alcorisa en n o m b r e y representación d e l a o r d e n calatrava. D o n P e l e g r í n , c o n m o t i v o d e l a b o d a , r e c i b i ó d e s u 190


s u e g r o , a d e m á s d e otros b i e n e s m e n o r e s , l a c i t a d a v i l l a , q u e , según e s t i p u l a r o n e n t r e a m b o s , devolvería a d o n L o p e s i S a n c h a m o r í a s i n sucesión. R e i n ó e l sosiego y l a c o n c o r d i a e n e l seno d e a m b a s f a m i l i a s , hasta q u e u n suceso e x t r a o r d i n a r i o v i n o a p e r t u r b a r l o s . C o r r í a más o m e n o s el a ñ o 1220 c u a n d o d o n L o p e f u e atacado v i l y súb i t a m e n t e e n s u castillo d e A l b e r o A l t o , e n l a a c t u a l p r o v i n c i a d e H u e s c a , p o r R o d r i g o de L i z a n a , q u e le h i z o su p r i s i o n e r o , a la vez q u e vejaba a los h a b i t a n t e s cristianos y m o r o s de la v i l l a . P e l e g r í n d e A t r o c i l l o , a p o y a d o p o r s u h e r m a n o G i l , s e desplazó rápidam e n t e a la c i u d a d de Z a r a g o z a p a r a tratar de d e f e n d e r a su s u e g r o ante el p r o p i o rey J a i m e I , q u e apenas c o n t a b a e n t o n c e s d o c e a ñ o s d e e d a d . A n t e l a n a r r a c i ó n d e l o s u c e d i d o y e n o j a d o p o r e l l o , e l j o v e n m o n a r c a n o sólo fac u l t ó a P e l e g r í n d e A t r o c i l l o p a r a o p o n e r s e c o n las armas a R o d r i g o d e L i z a n a , s i n o q u e él m i s m o , sin dilación de t i e m p o , se vistió la a r m a d u r a y e m p u ñ ó l a e s p a d a p o r vez p r i m e r a , p o n i é n d o s e a l f r e n t e d e l a hueste o r g a n i z a d a c o n t r a aquél, d e m o d o q u e sus p r i m e r a s a r m a s e n b a t a l l a las h i zo y las veló en el asedio y p o s t e r i o r t o m a d e l i m p o r t a n t e castillo de A l b e r o A l t o , q u e a c a b ó r i n d i é n d o s e a las tropas d e l rey dos días después. Tras a p o d e r a r s e d e l castillo de A l b e r o y todavía c o n el joven m o n a r c a a l a cabeza, prosiguió l u e g o l a hueste hasta a l c a n z a r los m u r o s d e l p u e b l o d e L i z a n a , f e u d o d e d o n R o d r i g o , d o n d e e n t r a r o n tras a b r i r b r e c h a e n ellos y rescataron d e l f o r z a d o c a u t i v e r i o a d o n L o p e d e A l b e r o . El gesto de Jaime I p u s o desde e n t o n c e s a los A l b e r o y A t r o c i l l o de m a n e r a i n c o n d i c i o n a l a su favor p o r el resto de sus días, e n c o n t r a n d o en a m bas f a m i l i a s un a p o y o l e a l y constante. [ F a l l a r e s , M a t í a s , « D o n P e l e g r í n d e A t r o c i l l o . . . » , e n RHGBA, u i ( 1 9 0 8 ) , 20-22.]

166. L A S C O N S E C U E N C I A S D E L A P U G N A ENTRE LOS ALBIR Y LOS FRAGO ( S I G L O XIII. M A G A L I . Ó N )

L a p u g n a e n t r e J u a n A l b i r y S a n c h o F r a g o llevó l a t r a g e d i a a Magallón, pues a c a b ó c o n e l asesinato d e l s e g u n d o . L o s hijos d e S a n c h o , b u s c a n d o v e n g a n z a , a p u ñ a l a r o n a J u a n A l b i r en la e r m i t a a pesar de h a l l a r l o asido a la imagen de la virgen de la H u e r t a , que viendo profanado su templo, se h i zo llevar p o r varios á n g e l e s a un m o n t e de L e c i ñ e n a . L o s de Magallón se s i n t i e r o n a b a n d o n a d o s p o r M a r í a e n justa p e n i t e n c i a a l s a c r i l e g i o d e los Frago. U n a n o c h e d e m a r z o d e 1283, u n pastor, a t r a í d o p o r las luces q u e b r i llaban en un monte cercano, encontró la imagen de la V i r g e n , que le rogó

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Agustín Vbli'to Arteta

c o m u n i c a r a a las gentes de L e c i ñ e n a el deseo de q u e le c o n s t r u y e r a n u n a e r m i t a y, a u n q u e les costó c r e e r l e , a c u d i e r o n al m o n t e p a r a r e n d i r s e a sus pies, l e v a n t a n d o u n m a g n í f i c o t e m p l o . S e e x t e n d i ó l a n o t i c i a y los d e M a gallón, s o s p e c h a n d o q u e l a a p a r e c i d a p u d i e r a ser s u V i r g e n , a c u d i e r o n a l l u g a r y, tras v e r i f i c a r q u e se trataba de N u e s t r a S e ñ o r a de la H u e r t a , s o l i c i t a r o n su devolución q u e fue d e n e g a d a . I.os t r i b u n a l e s s e n t e n c i a r o n q u e la V i r g e n d e b í a v o l v e r a Magallón y se p r e p a r ó el r e t o r n o . L l e g ó la c o m i t i v a a M o n z a l b a r b a y d e p o s i t a r o n la i m a g e n p a r a pasar l a n o c h e e n e l s a n t u a r i o d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a Sagrada, p e r o a la m a ñ a n a s i g u i e n t e , b u r l a n d o todas las guardas, la i m a g e n h a b í a des a p a r e c i d o p a r a volver a L e c i ñ e n a . Días después, volvió a p r o d u c i r s e la m i s m a a v e n t u r a , p e r o e n t o n c e s h i c i e r o n n o c h e e n Z a r a g o z a y d e p o s i t a r o n l a i m a g e n e n e l s a n t u a r i o d e l a virg e n d e l P o r t i l l o , a u n q u e d e n u e v o , a l a m a ñ a n a s i g u i e n t e , ésta h a b í a regresado a los m o n t e s de L e c i ñ e n a , a pesar de la g u a r d i a dispuesta. P o r tercera vez s e repitió l a o p e r a c i ó n , a u n q u e a h o r a e l v i c a r i o g e n e r a l , s o r p r e n d i d o c o m o todos los d e m á s , a c o r d ó q u e si volvía a d e s a p a r e c e r de n u e v o l a i m a g e n ésta q u e d a r í a p a r a s i e m p r e e n l a e r m i t a d e L e c i ñ e n a . H i z o l a c o m i t i v a d e n u e v o e t a p a e n Z a r a g o z a , p o n i e n d o a b u e n r e c a u d o l a tal l a en el s a n t u a r i o de N u e s ü a S e ñ o r a la M a y o r , y p o r tercera vez se p r o d u jo la huida. La imagen quedó para siempre en Leciñena, aunque se acordó ponerle p o r n o m b r e e l d e N u e s t r a S e ñ o r a d e Magallón, e n r e c u e r d o d e s u o r i g e n . [ A n d r é s de Uztarroz, R , Chronología..., págs. 53-55. Faci, Roque A., Aragón..., i i , págs. 84-86.]

167. L O S M A R C I L I A Y L O S S E G U R A , FRENTE A FRENTE ( S I G L O XIII. T E R U E L )

Vivían e n T e r u e l dos f a m i l i a s ilustres, l a d e los M a r c i l l a , m u y n o b l e , y l a d e los S e g u r a , m u y r i c a . P e r t e n e c í a Juan M a r t í n e z , u n j o v e n a p u e s t o , a l a p r i m e r a d e ellas, y , desde s u más t i e r n a i n f a n c i a , sentía u n p r o f u n d o a m o r p o r Isabel, a l g o m e n o r q u e él e h i j a de los S e g u r a , q u i e n c o r r e s p o n d í a a su amor. L a m e n t a b l e m e n t e , p o r ser J u a n h i j o s e g u n d o n o p o d í a a s p i r a r a l a fort u n a f a m i l i a r p a r a o f r e c é r s e l a a Isabel. Así l o veía d o n P e d r o S e g u r a , q u i e n se o p o n í a a la b o d a q u e tanto deseaban los e n a m o r a d o s p o r la d e s i g u a l d a d d e f o r t u n a , d e m o d o q u e v i e n d o q u e e l ú n i c o m o d o d e casarse c o n Isabel e r a a p o r t a n d o r i q u e z a s a l m a t r i m o n i o , d e c i d i ó J u a n m a r c h a r a las c r u z a d a s 192


a h a c e r f o r t u n a , no sin antes o b t e n e r la p r o m e s a de su a m a d a de q u e lo esperaría al m e n o s durante c i n c o años. Pasaba e l t i e m p o y e l joven M a r c i l l a n o regresaba, p o r l o q u e d o n P e d r o Segura aconsejó a su hija que aceptara c o m o m a r i d o al acaudalado P e d r o F e r n á n d e z d e A z a g r a , h e r m a n o b a s t a r d o d e l s e ñ o r d e A l b a r r a c í n . P e r o Isab e l , a u n s a b i e n d o q u e i b a c o n t r a la v o l u n t a d de su p a d r e , se n e g a b a a casarse hasta q u e n o h u b i e r a n t r a n s c u r r i d o los c i n c o a ñ o s d e a u s e n c i a d e J u a n , s u p r o m e t i d o . N o obstante, l l e g a d o e l d í a e n q u e s e c u m p l í a e l térm i n o f i j a d o , Isabel n o tuvo más r e m e d i o q u e aceptar e l m a t r i m o n i o c o n e l r i c o p r e t e n d i e n t e ele A l b a r r a c í n . E l m i s m o día d e l a b o d a , c u a n d o aún s o n a b a n las c a m p a n a s , e n t r a b a d o n j u á n e n T e r u e l . N a d a más enterarse d e l a n o t i c i a , c o r r i ó e n b u s c a d e Isabel t r a t a n d o de evitar lo q u e ya era i r r e m e d i a b l e : Isabel se h a b í a casado. A l caer l a n o c h e , Juan consiguió» acercarse a l a m u c h a c h a , m a n t e n i e n d o a m b o s u n a breve y c l a n d e s t i n a c o n v e r s a c i ó n . J u a n , a pesar de verse p e r d i d o , solicitó d e e l l a u n beso e n p r u e b a d e a m o r . P e r o Isabel, c o n v e r t i d a e n u n a m u j e r casada, se lo n e g ó , p u e s no p o d í a faltar a su p a l a b r a . En ese mism o instante e l j o v e n cayó m u e r t o . C u b i e r t a c o n u n v e l o , asistió Isabel a l e n t i e r r o d e J u a n . D e p r o n t o , s e a c e r c ó p a r a d a r l e e l beso q u e l a n o c h e a n t e r i o r l e n e g a r a , q u e d a n d o m u e r t a e n e l acto sobre e l c u e r p o d e l j o v e n . E l p u e b l o e n t e r o , e n m e d i o d e u n g r a n d o l o r , d e c i d i ó e n t e r r a r juntos a q u i e n e s h a b í a n m u e r t o v e r d a d e r a mente de amor. [ B e l i r á n , A n t o n i o , Leyendas aragonesas..., págs. 62-(>4.]

168. L A P E L E A D E P E D R O L A (SIGLO XLV. P E D R O I A )

L a r e c o n q u i s t a h a b í a f i n a l i z a d o hacía t i e m p o e n t o d o Aragón y q u i e n e s h a b í a n h e c h o d e l a g u e r r a u n m e d i o d e v i d a d e b í a n buscar aventuras h i e r a de él, ya dirigiéndose al sur — d o n d e todavía q u e d a b a en m a n o s m o r a s buen a parte d e l a actual Andalucía, e n t o r n o a l a c i u d a d d e G r a n a d a — , y a l a n zándose a la a v e n t u r a q u e el M e d i t e r r á n e o p o d í a p r o p o r c i o n a r sin d u d a . E n e l i n t e r i o r d e l r e i n o , sin e m b a r g o , n o s i e m p r e h u b o l a paz y e l sosiego deseados, pues las diversas p u g n a s entre los s e ñ o r e s , el secular e n f r e n t a m i e n t o e n t r e los a g r i c u l t o r e s y los g a n a d e r o s , y las múltiples r e n c i l l a s l o cales entre f a m i l i a s c o n intereses más o m e n o s e n c o n t r a d o s d i e r o n o r i g e n a no pocas l u c h a s más o m e n o s sangrientas. Este era e l a m b i e n t e y e l c l i m a e n e l q u e , entre otros m u c h o s lugares, v i vía P e d i ó l a . En efecto, dos f a m i l i a s i n f l u y e n t e s de la l o c a l i d a d se h a l l a b a n

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e n f r e n t a d a s p o r cuestiones p a t r i m o n i a l e s , a u n q u e e l a m o r entre j ó v e n e s d e ambas n o a n d a b a lejos, c o m o solía ser h a b i t u a l . P e r o e l caso a h o r a e r a q u e sendos caballeros, representantes de las dos casas rivales, se d e s a f i a r o n y l u c h a r o n e n d u e l o hasta q u e u n o d e ellos m u r i e r a . La p e l e a fue e x t r e m a d a m e n t e l a r g a y a m b o s c o n t e n d i e n t e s estaban casi exhaustos c u a n d o u n g o l p e d e f o r t u n a favoreció a u n o d e ellos, q u e estuvo en condiciones de matar a su rival. S i n embargo, generosamente perdonó la v i d a a su c o n t r a r i o . C u a n d o r e n a c i ó la c a l m a y se r e s t a ñ a r o n p o c o a p o c o las h e r i d a s , la m e n t e y e l c o r a z ó n a u n a r o n sus esfuerzos d e m o d o q u e e l v e n c e d o r , e n l u gar d e v a n a g l o r i a r s e p o r u n a v i c t o r i a q u e a p u n t o estuvo d e segar u n a v i d a , d e c i d i ó d a r gracias a l c i e l o p o r q u e l a sangre n o h a b í a c o r r i d o , f u n d a n d o u n a cofradía, l a d e N u e s t r a S e ñ o r a d e los A n g e l e s . T a n t o caló e l gesto e n e l p u e b l o q u e s u r e c u e r d o s e p e r p e t u ó , d e m o d o q u e , d u r a n t e las f i e s t a s anuales e n h o n o r d e l a v i r g e n d e los Ángeles, u n d i v e r t i d o festejo p r e t e n d í a r e c o r d a r e l histórico d u e l o . [Sánchez Pérez, José A . , El culto mariano en España, pág. 42.]

169. L O S U R R E A C O N T R A L O S C O R N E L (SIGLO XIV. ZARAGOZA)

Doña B r i a n d a de L u n a , u n a joven perteneciente a la i m p o r t a n t e f a m i l i a de este a p e l l i d o , estaba casada c o n el r i c o - h o m b r e d o n L o p e X i m é n e z de U r r e a , mas el destino y la fatalidad q u i s i e r o n que el enlace no f u n c i o n a r a b i e n y la m u c h a c h a , alegando que su m a r i d o era i m p o t e n t e , inicié) los trámites d e l d i v o r c i o . S i n esperar l a r e s o l u c i ó n p e r t i n e n t e , l a j o v e n a b a n d o n ó e l hogar, q u e estaba s i t u a d o e n t r e l a calle d e l S e p u l c r o y l a r i b e r a d e l E b r o . I n t e r v i n i e r o n e n e l asunto tanto e l a r z o b i s p o d e Z a r a g o z a , q u e e r a f a m i l i a r suyo, c o m o los abades de M o n t e a r a g ó n y V e r u e l a , c o n m i n a n d o t o d o s a la m u c h a c h a a q u e v o l v i e r a c o n s u esposo a l m e n o s hasta q u e s e r e s o l v i e r a e l caso. R e g r e s ó c o n t r a r i a d a B r i a n d a c o n s u m a r i d o , p e r o c o m o estaba r e s u e l t a a t e r m i n a r c o n él, a los p o c o s días se d e s c o l g ó p o r u n a v e n t a n a q u e d a b a al r í o , h u y e n d o e n c o m p a ñ í a d e s u p r i m o y a m a n t e , d o n L u i s C o r n e l , p a r a refugiarse a m b o s e n e l c e r c a n o castillo d e Alfajarín. A l hacerse p ú b l i c a esta n o t i c i a e n t r e los z a r a g o z a n o s , los U r r e a y los C o r n e l e n t a b l a r o n u n a d i s p u ta q u e d e s e m b o c ó i n c l u s o en l u c h a s y c h o q u e s s a n g r i e n t o s . E l rey P e d r o I V , v i e n d o q u e las desavenencias e n t r e t a n i m p o r t a n t e s fam i l i a s estaban a s o l a n d o Alfajarín y sus c o n t o r n o s , d e c i d i ó c o n v o c a r a a m bas partes a las C o r t e s r e u n i d a s en Z a r a g o z a , c o n citación e s p e c i a l de los dos promotores de la discordia. 194

Leyendas para una historia paralela del Aragón medietml

A c u d i ó d o n L o p e X i m é n e z d e U r r e a , e l m a r i d o b u r l a d o , ante los b r a z o s d e las C o r t e s , p e r o n o así d o n L u i s C o r n e l , e l a m a n t e b u r l a d o r , q u e n o sól o r e c i b i ó c o n chanzas a los e m b a j a d o r e s d e l rey s i n o q u e i n c l u s o a r r e c i ó sus ataques c o n t r a las posesiones d e s u e n e m i g o . E l rey, p r o f u n d a m e n t e e n o j a d o p o r esta a c t i t u d , d i s p u s o q u e sus tropas a r r a s a r a n los c a m p o s d e A l fajarín, t o m a r a n p o r asalto e l castillo y l l e v a r a n p r i s i o n e r o a d o n L u i s C o r n e l , q u e f u e c o n d e n a d o a l d e s t i e r r o , m i e n t r a s d o ñ a B r i a n d a a c a b a b a sus días r e c l u i d a e n u n c o n v e n t o . [ G a r c í a C i p r é s , G . , « R i c o s h o m b r e s d e A r a g ó n . L o s L u n a » , e n Linajes ele Aragón, ll (1911), 65. S á n c h e z P é r e z , J o s é A . , El Reino de Aragón, págs. 204-205.]

170. L A L O C A E N A M O R A D A D E M O N T A L B Á N (SIGLO

xrv.

MONTALBÁN)

U n a m u c h a c h a y u n joven d e M o n t a l b á n , p e r t e n e c i e n t e s a sendas f a m i lias enemistadas e n t r e sí desde h a c í a t i e m p o , estaban e n a m o r a d o s . D a d a s las adversas c i r c u n s t a n c i a s , las estratagemas a las q u e tenían q u e r e c u r r i r p a r a p o d e r verse a solas e r a n variadas y constantes, p e r o t a m b i é n lo e r a n los d u r o s castigos r e c i b i d o s y s o p o r t a d o s c a d a vez q u e e r a n d e s c u b i e r t o s p o r alg u n o de los m i e m b r o s de sus respectivas f a m i l i a s . L l e g ó u n m o m e n t o e n e l q u e e l o d i o q u e s e p r o f e s a b a n los p a d r e s d e a m b o s e r a tal, q u e n o d u d a r o n u n o s e n e n c e r r a r día y n o c h e a l a d o n c e l l a e n u n a l ó b r e g a t o r r e d e l castillo d e M o n t a l b á n , y los otros, e n c o n f i n a r a l m u c h a c h o e n casa d e u n o s p a r i e n t e s q u e vivían e n u n a alejada poblaciém. A pesar de t o d o , el m u c h a c h o logró b u r l a r la v i g i l a n c i a a la q u e le tenían s o m e t i d o y, e s c a p a n d o de casa de sus parientes, se instaló en u n a c a b a n a de m a d e r a y cañas q u e e l m i s m o construyó e n Peñacil ( o P e ñ a d e l C i d ) . Desd e allí, l a d i s t a n c i a hasta e l castillo todavía e r a e n o r m e , p e r o a l m e n o s e l l o le p e r m i t í a s e g u i r v i e n d o de lejos a su a m a d a q u e p e r m a n e n t e m e n t e se asom a b a a la v e n t a n a de la estancia q u e le servía de prisión. C o m o a esa d i s t a n c i a e r a t o t a l m e n t e i m p o s i b l e p o d e r hablarse, l o g r a r o n c o n p a c i e n c i a establecer u n c ó d i g o c o m ú n y e x c l u s i v o d e señales, l o q u e les p e r m i t í a e n t a b l a r largas c o n v e r s a c i o n e s p o r señas. Así p a s a r o n los días, q u e e r a n e t e r n o s y d o l o r o s o s , hasta q u e la separación y los obstáculos a g u d i z a r o n tanto e l i n g e n i o d e a m b o s q u e i n c l u s o l l e g a r o n a i d e a r u n a U e t a i n g e n i o s a q u e r á p i d a m e n t e se d i s p u s i e r o n a p o n e r en práctica. L a m u c h a c h a fingió e n l o q u e c e r e n g r a d o s u m o , s a b i e n d o q u e l a socied a d e n l a q u e vivían n o admitía y d e s p r e c i a b a l a l o c u r a . E n efecto, s u f a m i l i a , p a r a l i b r a r s e d e tal afrenta, d e c i d i ó d a r l e l a l i b e r t a d e x p u l s á n d o l a d e l a casa p a t e r n a , l o c u a l facilitó, tal c o m o h a b í a n previsto, e l r e e n c u e n t r o d e

195

Agustín Viñeta Arteta

los dos e n a m o r a d o s , q u e se i n s t a l a r o n felices a v i v i r en la c a b a n a de m a d e r a y cañas d e l a P e ñ a d e l C i d , a q u e l l a q u e les h a b í a p e r m i t i d o seguir m a n teniendo e n c e n d i d o el a m o r que se profesaban. [Proporcionada p o r Sergio Cerbrián.]

171. L O S L U N A Y L O S U R R E A , E N F R E N T A D O S (SIGLO XV. ZARAGOZA)

A c a b a b a d e f a l l e c e r e l Martín e l H u m a n o sin sucesión. E l solar a r a g o n é s fue e s c e n a r i o e n t o n c e s de a c c i o n e s sangrientas p r o t a g o n i z a d a s p o r los partidarios de a l g u n o s de los c a n d i d a t o s al t r o n o , i n t e n t a n d o f o r z a r c o n el est r u e n d o de las armas a los c o m p r o m i s a r i o s de C a s p e , q u e t r a t a b a n de hal l a r u n sucesor. E n t r e las f a m i l i a s e n c o n t r a d a s p o r e l p r o b l e m a dinástico, destacaban los L u n a y los U r r e a . T a n t o en los c a m p o s c o m o las c i u d a d e s y villas la p u g n a o r i g i n a b a z o z o b r a . Las cosechas ardían, se s a c r i f i c a b a n rebaños enteros, las casas no e r a n seguras. E n este c l i m a d e tragedia, e l o b i s p o d e Z a r a g o z a d o n G a r c í a , m o n t a d o en su y e g u a , se dirigía c o n f i a d o y a c o m p a ñ a d o p o r sus f a m i l i a r e s h a c i a la capital sin escolta a l g u n a , c u a n d o , e n u n r e c o d o d e l c a m i n o , d e m a n e r a i n e s p e r a d a , l e salió a l e n c u e n t r o A n t ó n d e L u n a , b e l i c o s o p a r t i d a r i o d e l c o n d e d e U r g e l l y e n e m i g o p o r d i c h a causa d e los LJrrea. Tras c o n m i n a r l e a a b a n d o n a r el p a r t i d o d e l r e g e n t e de C a s t i l l a y ante la negativa d e l arzob i s p o , e l d e L u n a , a m p a r a d o e n los c i e n h o m b r e s a r m a d o s q u e l e a c o m p a ñ a b a n , le a r r e m e t i ó c o n la espada s e g á n d o l e la m a n o d e r e c h a y h u y e n d o a t o d a p r i s a d e l e s c e n a r i o . A duras penas p u d o sobrevivir a la h e r i d a el obisp o m u t i l a d o , q u e llegó m a l h e r i d o a l p a l a c i o a r z o b i s p a l d e Z a r a g o z a . Días después, e n l a v i l l a d e C a s p e , d o n d e s e h a l l a b a n r e u n i d o s los c o m p r o m i s a r i o s d e A r a g ó n , C a t a l u ñ a y V a l e n c i a p a r a e l e g i r a l f u t u r o rey d e A r a g ó n de entre los diversos p r e t e n d i e n t e s al t r o n o , i r r u m p i ó r e t a d o r en la sal a d e sesiones d e l castillo A n t ó n d e L u n a . E n a q u e l l o s instantes, t e n í a l a p a l a b r a Juan R o d r í g u e z d e S a l a m a n c a , q u i e n s e h a l l a b a d e f e n d i e n d o l a causa d e l p r e t e n d i e n t e castellano f r e n t e a los otros. De p r o n t o , el agresor d e l o b i s p o z a r a g o z a n o , i n t e r r u m p i e n d o e l d i s c u r s o , alzó l a voz p a r a d e f e n der a d o n Jaime, conde de U r g e l l . J u a n Rodríguez, enfurecido, contestó al d e L u n a a l u d i e n d o , e n t r e otros a r g u m e n t o s , a l l a m e n t a b l e e p i s o d i o o c u r r i d o a l a r z o b i s p o d e Z a r a g o z a , c u y a m a n o , «aun c o r t a d a , / a l c o n d e o p o n e s u diestra». A n t e e l i n m e n s o m u r m u l l o q u e e l l o o r i g i n ó e n l a sala, los p a r t i d a r i o s d e l c o n d e s a l i e r o n c o r r i e n d o , m i e n t r a s g a n a b a l a causa d e Fern a n d o , e l castellano, q u e p r o n t o f u e r a c o r o n a d o c o m o rey d e A r a g ó n , a c o m p a ñ a d o de todos sus s e g u i d o r e s . [Gisbcrt, Salvador, «Con don Antón te topes», en Revista del, Turia, 21 (1884), 1213; 22 (1884), 12-14.] 196

Leyendas para una historia paralela del Aragón mediei>al

172. L U C H A S D E L O S L U N A C O N T R A L O S U R R E A (SIGLO X V . LA, A L M U N I A )

H a l l á n d o s e e n A n t c q u e r a p r e p a r a n d o hueste c o n t r a e l m o r o e l n o b l e c a s t e l l a n o d o n F e r n a n d o , l l e g a r o n a l c a m p a m e n t o m e n s a j e r o s c o n l a trist e n o t i c i a d e l a m u e r t e , sin h e r e d e r o d i r e c t o , d e d o n Martín e l H u m a n o , rey d e A r a g ó n , s u tío. P o r los m i s m o s m e n s a j e r o s s u p o , a s i m i s m o , c ó m o las tierras d e l r e i n o a r a g o n é s q u e d a b a n e n o r m e m e n t e alteradas p o r las i n t r i gas d e varios p r e t e n d i e n t e s , f u n d a m e n t a l m e n t e p o r l a p u g n a e n t r e d o n Pedro de U r r e a (partidario y defensor del p r o p i o d o n F e r n a n d o ) , que «quería justicia» f r e n t e a los d e m á s p r e t e n d i e n t e s , y d o n A n t ó n de L u n a , e r i g i d o e n d e f e n s o r d e l c o n d e d e U r g e l l c o m o rey « p o r fuerza» y n o p o r razón y d e r e c h o . A n t e l a difícil situación c r e a d a , i n t e n t ó e l a r z o b i s p o z a r a g o z a n o d o n G a r c í a d e H e r e d i a actuar d e m e d i a d o r entre ambas partes, dirigiéndose par a e l l o h a c i a L a A l m u n i a d e D o ñ a G o d i n a , c o n e l f i n d e «concertallos» y h a cerles e n t r a r e n razón, p e r o d o n A n t ó n d e L u n a , q u e estaba a c a m p a d o c o n sus g u e r r e r o s j u n t o a A l m o n a c i d de la S i e r r a , le salió p o r s o r p r e s a al e n c u e n t r o a r r o p a d o p o r más d e c i n c u e n t a caballeros a r m a d o s q u i e n e s , tras h e r i r l e c o n sus lanzas, p r o v o c a r o n s u m u e r t e . Enterado d o n Pedro de Urrea del crimen perpetrado en la persona del a r z o b i s p o , a c u d i ó presto c o n sus huestes a Z a r a g o z a p a r a e n f r e n t a r s e al c o n d e d e U r g e l l , q u i e n , c o m o m o n a r c a q u e p r e t e n d í a ser, s e h a b í a traslad a d o c o n c e l e r i d a d a la c a p i t a l a c o m p a ñ a d o de un g r a n e j é r c i t o y la i n t e n cié>n de t o m a r l a y c o r o n a r s e en S a n S a l v a d o r c o m o tal. j u n t o al m e r c a d o , c e r c a d e l E b i o , a l pie d e las m u r a l l a s r o m a n a s , c o n e l t o r r e ó n d e l a Z u d a p o r testigo, tuvo l u g a r u n a s a n g r i e n t a batalla, e n l a q u e e l c o n d e q u e d ó v e n c i d o y o b l i g a d o a h u i r d e l a c i u d a d v a d e a n d o c o m o p u d o e l río. P o c o después l l e g a b a desde C a s p e l a n o t i c i a d e l a p r o c l a m a c i ó n d e Fern a n d o d e A n t e q u e r a c o m o rey d e Aragém, solución q u e e l c o n d e urgellés no aceptaría, d a n d o l u g a r a u n a serie de batallas y actos belicosos q u e e n sangrentaron el reino durante m u c h o tiempo. [Gclla, José, Romancero Aragonés, págs. 118-119.]

173. L O S M U Ñ O Z Y L O S M A R C I L L A , FRENTE A FRENTE ( S I G L O xv. T E R U E L )

P o c o s jóvenes tan g a l l a r d o s y e n g r e í d o s c o m o A l v a r S á n c h e z M u ñ o z , a d m i r a d o p o r las m u c h a c h a s turolenses y deseado p a r a e m p a r e n t a r c o n su cas a p o r varias f a m i l i a s . S i n e m b a r g o , A l v a r tenía p r e d i l e c c i ó n , q u e n o a m o r .

Agustín Ubíelo Arteta

p o r S a n c h a M a r t í n e z d e M a r c i l l a , h i j a d e J u a n M a r t í n e z d e M a r c i l l a , cabec e r a d e los l i n a j u d o s M a r c i l l a , e n e m i g o s t r a d i c i o n a l e s d e l a f a m i l i a M u ñ o z . A l v a r h a c í a objeto a S a n c h a d e constantes mofas, tanto e n p ú b l i c o c o m o a través d e l p a t i o c o m ú n de sus casas, c o n el b e n e p l á c i t o de su f a m i l i a . No obstante, c o m o suele o c u r r i r tantas veces, a q u e l o d i o y e n c o n o se c o n v i r t i e r o n d e r e p e n t e e n a t r a c c i ó n m u t u a , p r i m e r o , y e n a m o r , después. D e s d e ese instante, l a v i d a d e S a n c h a y A l v a r c a m b i ó . E l deseo d e f c s t a r j u n t o s se v i o n a t u r a l m e n t e d i f i c u l t a d o . Y, a u n q u e a m b o s j ó v e n e s se g a n a r o n la comprensión de la dueña que velaba p o r Sancha y l o g r a r o n burlar toda v i g i l a n c i a , la situación se h i z o tan i n s o s t e n i b l e q u e d e c i d i e r o n c o n f e s a r sus s e n t i m i e n t o s . L a r e a c c i ó n d e los padres fue f u l m i n a n t e . E l f u e e n v i a d o fuer a d e T e r u e l ; e l l a , c o n f i n a d a e n u n a l ó b r e g a habitación d e l a c a s o n a f a m i liar. D e j a r o n d e verse d u r a n t e varios meses, p e r o esa c i r c u n s t a n c i a n o apagó sus m u t u o s s e n t i m i e n t o s . E s t a n d o así las cosas, s u c e d i ó q u e A l f o n s o V pasó p o r T e r u e l c a m i n o de V a l e n c i a , y e l J u e z d e l a v i l l a — a l a sazón u n M a r c i l l a — , t r a t a n d o d e p a c i f i c a r a las distintas b a n d e r í a s , o r g a n i z ó u n a fiesta en el alcázar r e a l a la q u e , p o r d e f e r e n c i a o p o r m i e d o , asistieron todos. A l v a r y S a n c h a n o sólo tuvier o n ocasión d e verse, s i n o q u e , a l son d e l a música, m i e n t r a s d a n z a b a n , p l a nearon la huida juntos. E l día c o n v e n i d o , e n sendos caballos, t o m a r o n r u m b o a A l f a m b r a y Montalbán, pero f u e r o n descubiertos. La persecución duró p o c o y aunque A l v a r se aprestó a l u c h a r , sus p e r s e g u i d o r e s a c a b a r o n c o n su v i d a . L o s M a r c i l l a s a l i e r o n i m p u n e s d e l l a n c e , puesto q u e e l f u e r o t u r o l e n s e p e n a b a e l rapto, aunque lo fuera con consentimiento de la persona raptada. U n p e i r ó n d e p i e d r a , quizás m a n d a d o levantar p o r S a n c h a , f u e testigo d e l l u g a r d e l a tragedia, m i e n t r a s los M a r c i l l a y los M u ñ o z p e r s e v e r a b a n e n su encono. [ D e l T o r n e r o , A n d r é s , « L a Cruz d e l P e i r ó n , l e y e n d a t u r o l e n s e » , e n Heraldo d e Teruel, 8 ( 1 8 9 6 ) , 2-4; 9 ( 1 8 9 6 ) , 4-6. G a r u a r í a , J a i m e d e , « L a C r u z d e l P e i r ó n » , e n lielalos..., p á g s . 94-101.]

3.5. L A G U E R R A E N T R E C R I S T I A N O S

174. LAS MUJERES, V E N C E D O R A S A N T E LAS TROPAS DE PEDRO EL C R U E L ( S I G L O xrv. F U E N T E S D E J I L O C A )

C o n o c i d o es c ó m o aragoneses y castellanos, c a p i t a n e a d o s p o r P e d r o rv el C e r e m o n i o s o y P e d r o I el C r u e l , respectivamente, entablaron u n a terri198


b l e g u e r r a , c o n o c i d a c o m o l a d e «los dos P e d r o s » , q u e f u e o r i g e n d e m u l t i t u d d e d e s p o b l a d o s e n l a y a s e m i d e s i e r t a t i e r r a aragonesa. D u r a n t e a l g u n o s años, varias p o b l a c i o n e s d e A r a g ó n , i n c l u i d a l a c i u d a d d e T e r u e l , estuv i e r o n e n m a n o s castellanas. D e n t r o d e este m a r c o b é l i c o , e l e j é r c i t o castellano — m i e n t r a s e l rey arag o n é s estaba d e f e n d i e n d o l a f r o n t e r a d e l R o s e l l ó n — p u s o sitio a C a l a t a y u d y a c a b ó t o m a n d o tan i m p o r t a n t e enclave estratégico, p u e s t o q u e e r a l a l l a v e q u e p o d í a p e r m i t i r l e s e l paso p o r los valles d e l Jalón y d e l J i l o c a . Sus defensores, ante l a i n f e r i o r i d a d m a n i f i e s t a , a c a b a r o n r i n d i é n d o s e . L a c o n s e c u e n c i a d e esta d e r r o t a fue l a c a í d a e n m a n o s castellanas d e b u e n a parte de la ribera del Jiloca: Paracuellos, M a l u e n d a , Velilla y Morata, e n t r e otras p o b l a c i o n e s . Y así l l e g a r o n a las puertas de F u e n t e s de J i l o c a . L o s capitanes castellanos, p a r a tratar d e a h o r r a r vidas e n e l seno d e sus filas, p l a n i f i c a r o n el ataque a F u e n t e s a p r o v e c h a n d o las horas en las q u e los h o m b r e s d e este p u e b l o estaban t r a b a j a n d o e n e l c a m p o . S e a p r o x i m a r o n así c o n v e n c i d o s de q u e la t o m a de esta p o b l a c i ó n sería fácil, pues sólo q u e daban en ella mujeres, ancianos y niños. P e r o la realidad fue b i e n distinta y a m a r g a p a r a los castellanos, q u e se v i e r o n s o r p r e n d i d o s . C a p i t a n e a d a s p o r u n a d e las mujeres, todas las d e m á s — c o n l a a y u d a d e los a n c i a n o s y de algún n i ñ o — se a p o s t a r o n en el m u r o de t i e r r a y p r e s e n t a r o n u n a f e r o z resistencia, c o n t e n i e n d o a las tropas castellanas y d a n d o t i e m p o a q u e los h o m b r e s — m a l a r m a d o s c o n p i e d r a s y c u a n t o s i n s t r u m e n t o s c o n t u n d e n t e s y aperos p u d i e r o n r e u n i r — c o g i e r a n p o r l a e s p a l d a a l e n e m i g o . P o r p r i m e r a vez desde q u e c o m e n z a r a l a g u e r r a , los castellanos — c o n m u c h a s bajas e n t r e sus f i l a s — t u v i e r o n q u e desistir d e u n objetivo m i litar, viéndose o b l i g a d o s a levantar el sitio. [ C o r t é s , J. y Y a g ü e , D . , «Las m u j e r e s v a l i e n t e s » , en La voz de. la comarca, 2 ( 1 9 7 9 ) , c o o r d . p o r M G l o r i a Magaña y L i n o d e Miguel.] s

175. M I G U E L D E B E R N A B É , E N E L S I T I O D E D A R O C A (SIGLO XIV. DAROCA)

L o s ejércitos castellanos d e P e d r o e l C r u e l h a b í a n t o m a d o y sobrepasado ya C a l a t a y u d y a m e n a z a b a n t o d a la r i b e r a d e l J i l o c a . Las tropas aragonesas se veían i m p o t e n t e s y las p o b l a c i o n e s d e l valle se a p r e s t a r o n a su defensa, e n tre ellas D a r o c a : se a b r i e r o n fosos, se r e p a r a r o n m u r o s , se l e v a n t a r o n parapetos... A l a n u n c i o d e l p e l i g r o , m u c h o s f u e r o n los caballeros aragoneses q u e a c u d i e r o n al castillo d a r o c e n s e , a c u y o f r e n t e está su alcaide, P e d r o G i l b e r t . Destacaba entre todos u n o q u e o c u l t a b a su rostro c o n la visera y llevaba sobre el casco un águila b l a n c a . N a d i e , e x c e p t o el alcaide, sabía c ó m o se l l a m a b a n i q u i é n era.

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Agustín Vtñeto Arteta

Las tropas castellanas avistaban ya D a r o c a y la l u c h a f r a t r i c i d a e n t a b l a d a fue c r u e l c o m o pocas. L o s asaltos se sucedían u n o tras o t r o y sólo al caer la n o c h e se d e t e n í a la batalla p a r a d a r s e p u l t u r a a los n u m e r o s o s m u e r t o s . F u e e n t o n c e s c u a n d o , desde el m u r o d a r o c e n s e , cayó a los pies d e l rey castellan o u n c a r t e l retador, e n e l q u e u n h o m b r e q u e s e f i r m a b a «El Almogávar» retaba a l c a b a l l e r o castellano d e l a p l u m a v e r d e p o r llevar e l l e m a «Por e n c i m a de A r a g ó n » . A c e p t ó éste el reto y el d u e l o tuvo lugar. «El Almogávar», q u e no era o t r o q u e el c a b a l l e r o d e l águila b l a n c a , a c a b ó v e n c e d o r y el rey castellano, e n f u r e c i d o , m a n d ó a sus h o m b r e s q u e lo p e r s i g u i e r a n , a u n q u e l o g r ó escapar. Todavía n o h a b í a a m a n e c i d o c u a n d o s e reinició e l ataque castellano c o n m a y o r í m p e t u . P o c o a p o c o se a p r o x i m a b a n las m á q u i n a s c o n las q u e i r r e m e d i a b l e m e n t e s e abriría e l m u r o , mas c u a n d o l a p r i m e r a d e ellas estuvo p r ó x i m a , e l c a b a l l e r o d e l águila b l a n c a , d e s c o l g á n d o s e p o r e l m u r o c o n u n c a l d e r o l l e n o de materias i n f l a m a b l e s , lo vertió sobre la m á q u i n a y le p r e n dió f u e g o . L a c i u d a d estaba salvada. A n t e la i m p o s i b i l i d a d de t o m a r el castillo d a r o c e n s e y vistos los estragos q u e le o c a s i o n a b a n sus defensores, P e d r o I, m u y a i r a d o , d e c i d i ó levantar el c e r c o e ir a B á g u e n a , d o n d e t a m b i é n se h a b í a m a r c h a d o el c a b a l l e r o d e l águila b l a n c a . A n t e los m u r o s d e B á g u e n a , los esfuerzos d e l rey c a s t e l l a n o f u e r o n denodados, destacando en su defensa su alcaide, M i g u e l de Bernab é , q u e n o era o t r o q u e e l c a b a l l e r o d e l águila b l a n c a . E l ataque f u e tan d u r o q u e , falto d e ayuda, e l a l c a i d e d e c i d i ó i n c e n d i a r e l castillo antes q u e e n tregar sus llaves, m u r i e n d o abrasado c o n sus defensores. [Beltrán, José, Tradiciones y leyendas de Daroca, págs. 100-104. |

176. T A D E F E N S A D E L ( " A S T I L L O D E B Á G U E N A (SIGLO XIV. BÁGUENA)

Estamos en 1363, en p l e n a «guerra de los d o s P e d r o s » y las tropas de Ped r o I e l C r u e l , rey d e C a s t i l l a , a c a b a b a n d e levantar e l sitio d e D a r o c a p a r a p r o s e g u i r s u c a m i n o h a c i a T e r u e l , t r a t a n d o d e e n c e r r a r e n u n c í r c u l o las c u a t r o c o m u n i d a d e s aragonesas o b u e n a parte de ellas. E n ese i t i n e r a r i o , l a a l d e a d e B á g u e n a c o n t a b a entonces c o n u n i m p o r tante castillo, cuyas r u i n a s se p u e d e n observar todavía hoy. Y es históricam e n t e c i e r t o que, ante sus m u r o s , el ejército castellano e n c o n t r ó u n a resist e n c i a n u m a n t i n a q u e exasperó a los jefes castellanos q u e v i e r o n e n t o r p e c i d o su t r i u n f a l paseo. M a n d a b a l a d e f e n s a d e l castillo d e B á g u e n a s u a l c a i d e , M i g u e l d e B e r n a b é , q u i e n n o sólo tuvo q u e s o p o r t a r e l asedio s i n o t a m b i é n l a f l a q u e z a d e a l g u n o s de los suyos q u e le a c o n s e j a b a n la r e n d i c i ó n . P e r o lo c i e r t o es q u e 200

¡¿yendas para una historia paralela del Aragón medieval

antes de q u e l l e g a r a el e n e m i g o h a b í a n h e c h o a c o p i o de víveres y se aprestaron a defenderse. L a s tropas castellanas — t r a s n o o b t e n e r l a r e n d i c i ó n q u e e s p e r a b a n — f o r m a l i z a r o n e l sitio. Seis días d u r ó e l asedio, a u n q u e a l f i n a l los sitiados p r á c t i c a m e n t e n o d a b a n señales d e v i d a , e x c e p t o p a r a l a n z a r las p i e d r a s d e sus p r o p i a s a l m e n a s y t o r r e o n e s , las únicas armas q u e les q u e d a b a n . P e d r o I el C r u e l decidió, p o r fin, rodear la fortaleza de leña y prenderle fuego. A r dió e l castillo y M i g u e l d e B e r n a b é , c o n los p o c o s h o m b r e s q u e l e q u e d a b a n , s e refugió e n l a t o r r e d e l h o m e n a j e . A n t e l a petición d e r e n d i c i ó n d e l castellano, e l a l c a i d e e x t e n d i ó s u b r a z o , a s i e n d o e n s u m a n o las llaves d e l a f o r t a l e z a . A l p o c o t i e m p o , m u r i e r o n todos los defensores abrasados. C u a n d o los s o l d a d o s castellanos e n t r a r o n , p o r f i n , e n l o q u e h a b í a s i d o u n castillo e n c o n t r a r o n t o d o a b s o l u t a m e n t e c a l c i n a d o e x c e p t o , a h o r a y a según l a l e y e n d a , e l b r a z o y l a m a n o d e M i g u e l d e B e r n a b é q u e todavía t e n í a asidas las llaves de la f o r t a l e z a . [Gisbert, Salvador, Glorias de, la, I'rovincin. Gil de Bernabé. E s t e b a n , R a f a e l , Estudio..., págs. 106-10(5. Monterde Juste, E u s e b i o , La villa de Báguena...., págs. 74-77.]

177. I A RESISTENCIA H E R O I C A D E BUEÑA (SIGLO XIV. BUEÑA)

La C h i e r r a de los dos P e d r o s (entre P e d r o IV de Aragón y P e d r o I de Castilla) f u e c r u e l y d e s p i a d a d a , s u p o n i e n d o p a r a u n a parte d e Aragón — s o b r e t o d o e n las « c o m u n i d a d e s » d e C a l a t a y u d , D a r o c a , Albarracín y T e r u e l — u n a u t é n t i c o r e g u e r o de m u e r t e y d e s t r u c c i ó n , d a n d o o r i g e n a m u c h o s despoblados. M a s , c o m o suele s u c e d e r e n t o d a c o n t i e n d a bélica, e n ésta s e d i e r o n casos de h e r o í s m o , gestas colectivas e i n d i v i d u a l e s , m u c h a s de las cuales, aparte de su v e r a c i d a d , se h a n t e ñ i d o de matices l e g e n d a r i o s . L o s ejércitos castellanos e n s a n g r e n t a r o n las c o m a r c a s de T a r a z o n a y C a latayud y e n s o m b r e c i e r o n l a d e D a r o c a . E n B á g u e n a , s u a l c a l d e , M i g u e l d e B e r n a b é — h a c i e n d o a r d e r el castillo e i n m o l á n d o s e él d e n t r o — pasó a la h i s t o r i a p o r s u h e r o í s m o , l o m i s m o q u e l a resistencia c o m u n i t a r i a d e B u e ña, e n e l c a m i n o d e T e r u e l . P o r f i n , l a c a p i t a l t u r o l e n s e f u e asaltada, p o r l o q u e d u r a n t e u n o s a ñ o s o b e d e c i ó a l rey castellano. N o p u d i e r o n e n t r a r e n B u e ñ a los s o l d a d o s castellanos, p e r o h i c i e r o n m u c h o s p r i s i o n e r o s , entre ellos a los h e r m a n o s Martín y A n d r é s Martínez d e G o m b a l d e . Y a tenía P e d r o I d e C a s t i l l a u n m e d i o d e presión ante e l alcaide d e l a p l a z a , d e m o d o q u e p a r l a m e n t ó c o n él, o f r e c i é n d o l e m e r c e d e s y la l i b e r t a d de los j ó v e n e s si a c c e d í a a la e n t r e g a d e l castillo. Si se n e g a b a ,

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los degollarían a l p i e m i s m o d e l m u r o . S e repitió ante B u e ñ a l a escena d e T a r i f a , y c o m o e l h i j o d e G u z m á n e l B u e n o , los h e r m a n o s G o m b a l d e fuer o n asesinados a la vista de los defensores. C u a n d o s i g u i e r o n c a m i n o d e T e r u e l , las tropas castellanas f u e r o n const a n t e m e n t e hostigadas p o r los h o m b r e s d e B u e ñ a , v e n g a n d o así l a m u e r t e de sus hijos. B u e ñ a y T a r i f a p a s a r o n j u n t a s a la h i s t o r i a . U n a vez f i n a l i z a d a l a c o n t i e n d a , P e d r o I V e l C e r e m o n i o s o p r e m i ó a los h e r m a n o s M a r t í n e z G o m b a l d e y a sus d e s c e n d i e n t e s c o n h o n o r e s y m e r c e des, desde e l castillo causante d e l d o l o r a otros e n distintos p u n t o s d e l r e i no, incluso en Navarra. [Gisbert, Salvador, «Los d o s h e r m a n o s G o m b a l d e » , Revista del 'furia, 13 (1884), 5-7.]

178. E L P O R T A L D E L A T R A I C I Ó N (SIGLO XIV. TERUEL)

D u r a n t e l a « g u e r r a d e los d o s P e d r o s » , u n a b u e n a parte d e las actuales tierras d e T e r u e l c a y e r o n e n m a n o s d e P e d r o I d e C a s t i l l a . E n 1362, l l e g a b a a l a c i u d a d d e l T u r i a l a n o t i c i a d e l a p é r d i d a d e C a l a t a y u d p o r parte d e P e d r o I V , rey d e A r a g ó n , p e r o los t u r o l e n s e s n o d i e r o n m a y o r i m p o r t a n c i a a este h e c h o , q u e c o n s i d e r a r o n c o m o u n i n c i d e n t e f r o n t e r i z o más, y c o n f i a b a n q u e e l e j é r c i t o castellano sería d e t e n i d o e n D a r o c a c o m o h a b í a o c u r r i d o e n otras ocasiones. P e r o las n o t i c i a s e r a n c a d a vez m á s a l a r m a n t e s . E n C a r i ñ e n a , sus h a b i tantes h a b í a n s i d o d e g o l l a d o s . E n B á g u e n a , s u a l c a i d e , M i g u e l d e B e r n a b é , m o r í a a b r a s a d o v o l u n t a r i a m e n t e antes q u e e n t r e g a r e l c a s t i l l o . B u e ñ a sufría suerte p a r e c i d a . L a s tropas castellanas se a c e r c a b a n a T e r u e l y la c i u d a d s e p r e p a r ó a h o r a p a r a s u d e f e n s a . C a d a h o m b r e o c u p ó s u sitio e n la muralla. E l sitio c o m e n z ó e l d í a d e san M a r c o s d e 1363, r e u n i e n d o los castellanos sus mayores efectivos ante l a p u e r t a d e Z a r a g o z a . P r o n t o c o m e n z a r o n a l a n z a r e n o r m e s p i e d r a s c o n sus m á q u i n a s d e g u e r r a , i n t e n t a n d o , sobre t o d o , i n t i m i d a r a la p o b l a c i ó n , en e s p e r a de q u e se r i n d i e r a a causa d e l p á n i c o . E l sitio d u r ó n u e v e días, y f u e r o n d e r r u m b a d a s m u c h a s casas m i e n t r a s m o r í a n m u c h o s defensores. E n t r e tanto, e l juez d e T e r u e l , t e m i e n d o u n a m u e r t e c r u e n t a , e n t r ó e n c o n v e r s a c i o n e s c o n los sitiadores, a q u i e n e s a b r i ó u n p e q u e ñ o p o r t i l l o d e l a m u r a l l a , desde e n t o n c e s y hasta a h o r a c o n o c i d o c o m o e l «Portal d e l a Traición». P e d r o I entró p o r él en la ciudad, en lugar de hacerlo p o r la p u e r t a p r i n c i p a l , l a d e Z a r a g o z a , d e l a t a n d o así a l t r a i d o r . D u r a n t e casi tres a ñ o s los castellanos o c u p a r o n l a c i u d a d .

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P e d r o rv, e n c o l e r i z a d o p o r l o s u c e d i d o , a b o l i ó los f u e r o s d e l a c i u d a d hasta q u e , u n a vez r e c u p e r a d a , y ante las súplicas de la p o b l a c i ó n , q u e n a da h a b í a t e n i d o q u e ver c o n la traición, indultó a T e r u e l y le devolvió y c o n firmó sus fueros, u n a vez q u e los ejércitos castellanos, tras a r r a s a r l a , h a b í a n a b a n d o n a d o l a c i u d a d . E l j u e z t r a i d o r n o p u d o ser castigado p o r h a b e r h u i d o , p e r o s u n o m b r e f u e b o r r a d o d e todas las c r ó n i c a s y d o c u m e n t o s , p a r a que la historia lo ignorara para siempre. [ A n d r é s , F e d e r i c o , « T r a d i c i o n e s t u r o l e n s e s » , Heraldo de Teruel, 11 ( 1 8 9 6 ) , 81-86; — «El P o r t a l de la T r a i c i ó n » , Miscelánea Turolense, 20 ( 1 8 9 6 ) , 386-387. C a t u a n a , J a i m e d e , Relatos y tradiciones de Teruel, págs. 81-86.]

3.6. A M O R E S Y D E S A M O R E S

179. L O S C E L O S D E A L F O N S O D E B A R B A S T R O (SIGLOS xii-xm. BARBASTRO)

C o m o c a n t a b a u n juglar d e l a é p o c a , e r a c o n o c i d o q u e d o n A l f o n s o d e B a r b a s t r o estaba casado c o n E l v i r a , u n a h e r m o s a y c o m p l a c i e n t e m u j e r , d e l a q u e s u m a r i d o d e s c o n f i a b a , m á x i m e c u a n d o sabía c o n certeza q u e Basc u e l d e C u t a n d a l a g a l a n t e a b a e n cuantas ocasiones tenía, a u n q u e t a m b i é n es cierto que la d a m a no le correspondió nunca. C o n s i g i l o , d a d o el caso, solicitó consejo a sus más í n t i m o s a m i g o s , tram a n d o c o n e l l o s u n a estratagema p l a u s i b l e q u e l e h i c i e r a salir d e d u d a s . Así es q u e c o m u n i c ó A l f o n s o a Bascuel q u e i b a a a c u d i r en ayuda d e l rey de L e ó n c o n t r a los m u s u l m a n e s , y le pidió q u e le a c o m p a ñ a r a , puesto q u e el rey de A r a g ó n n o p r e c i s a b a p o r e n t o n c e s d e sus servicios. D o n B a s c u e l , c o m o cab a l l e r o q u e e r a , le c o n t e s t ó p ú b l i c a m e n t e q u e le a c o m p a ñ a r í a , a u n q u e es sabido que en privado manifestó todo lo contrario. A m b o s caballeros, tras p r e p a r a r d e f o r m a c o n c i e n z u d a e l viaje, s a l i e r o n u n a tarde d e B a r b a s t r o , e n c o m p a ñ í a d e sus f i e l e s escuderos. L a p r i m e r a e t a p a f u e , p o r l o tanto, c o r t a . Así e s q u e a l llegar l a n o c h e , a m p a r a d o s p o r la oscuridad y cada u n o p o r su lado, d o n Alfonso y d o n Bascuel decidieron regresar a B a r b a s t r o . S e p r e s e n t ó d o n A l f o n s o , e l m a r i d o , e n s u casa h a c i é n d o s e pasar p o r s u rival, pero d o ñ a Elvira, que se d i o cuenta d e l engaño, lo h i z o apalear y enc e r r a r hasta la m a ñ a n a s i g u i e n t e , m i e n t r a s se e n t r e g a b a a d o n B a s c u e l . C u a n d o se h i z o de día, d o ñ a E l v i r a r e u n i ó a sus vasallos q u e h a b í a n qued a d o e n l a c i u d a d y les refirió c ó m o d o n B a s c u e l h a b í a i n t e n t a d o d e s h o n r a r l a , lo q u e p r o v o c ó la i r a de todos, q u e se a p r e s t a r o n a tomarse la j u s t i c i a 203

Agustín Ubieto A riela

p o r su m a n o . Así es q u e l l e g a r o n a la estancia d o n d e creían estaba encerrado d o n Bascuel y se encontraron c o n el m a r i d o , produciéndose el natural desconcierto. D o n A l f o n s o se vio o b l i g a d o a p e d i r p e r d ó n a su m u j e r y al p r o p i o d o n B a s c u e l , q u e d i j o h a b e r regresado a B a r b a s t r o a l n o t a r l a a u s e n c i a d e d o n Alfonso en el campamento. [Raynouard, Francois, Chmx des poésie originales des troul/adours, págs. 398-414. Ubieto, Antonio, Historia de Aragón: Literatura medieval, I, págs. 357-358.]

180. I O S A M O R E S D E C I A R A Y M A N F R E D O (SIOI.O XIII. T A R A Z O N A )

P e d r o III i b a c o n f r e c u e n c i a a T a r a z o n a , c i u d a d e s p e c i a l m e n t e q u e r i d a p o r s u esposa, l a s i c i l i a n a C o n s t a n z a , q u e solía v e n i r a c o m p a ñ a d a p o r u n séq u i t o de fieles personas, c o m o B e l l a , su n o d r i z a , y su j o v e n paje s i c i l i a n o , Manfredo. E n c i e r t a o c a s i ó n , e n e l alcázar s e d i o u n a r e c e p c i ó n e n h o n o r d e los e m bajadores q u e habían i d o a a p a l a b r a r la b o d a de la i n f a n t a Isabel ( l u e g o santa Isabel) c o n e l m o n a r c a l u s o D i o n i s , c o n t á n d o s e entre los asistentes C l a r a , hija d e u n c a b a l l e r o t u r i a s o n e n s e p o r l a q u e l a r e i n a sentía p r e d i l e c c i ó n . E n t r e C l a r a y M a n f r e d o surgió l o q u e p a r e c í a u n a p a s i o n a d o a m o r , y todos los días se e n c o n t r a b a n en la o l m e d a de la f u e n t e d e l Beso. P r o n t o se intuyó en p a l a c i o q u e las r e l a c i o n e s habían i d o más allá de lo q u e los p r e ceptos religiosos p e r m i t í a n , de m o d o q u e M a n f r e d o se v i o o b l i g a d o a d a r p a l a b r a d e c a s a m i e n t o a C l a r a , c o n g r a n alegría d e d o ñ a C o n s t a n z a , l a rein a . S i n e m b a r g o , las r e l a c i o n e s entre C l a r a y M a n f r e d o se f u e r o n e n f r i a n do hasta q u e . en c i e r t a o c a s i ó n , c u a n d o llegó él desde B a r c e l o n a no f u e a v e r l a y la j o v e n p r o v o c ó un e n c u e n t r o c o n M a n f r e d o , q u e se resistió a efectuar la b o d a . Confesé) C l a r a l o s u c e d i d o a l a r e i n a q u i e n l e a f e ó e l haberse e n t r e g a d o a M a n f r e d o antes d e l m a t r i m o n i o , p e r o , n o obstante, a c c e d i ó a h a b l a r c o n e l joven p a r a tratar d e s o l u c i o n a r l a d e s a v e n e n c i a . T o d o fue e n v a n o . E l paj e real l e d i j o a d o ñ a C o n s t a n z a q u e , c o m o e l l a b i e n sabía p o r s u o r i g e n , n i n g ú n c a b a l l e r o s i c i l i a n o llevaría al altar a u n a de sus m a n c e b a s . Al saberl o , C l a r a t o m ó u n a decisiém. U n a t a r d e c e r , c o m o solían hacer, citó a M a n f r e d o e n l a f u e n t e d e l B e so, q u i e n a c u d i ó p e n s a n d o e n u n a d e s p e d i d a a m i s t o s a . C l a r a , n o o b s t a n te, volvió a r e c o r d a r l e la p r o m e s a . Este, ante la n u e v a n e g a t i v a , en un desc u i d o d e l j o v e n , l e h u n d i ó l a d a g a cute l l e v a b a e s c o n d i d a . S e t o r n ó r o j a e l agua de la fuente y del Quedes, mientras el cuerpo de M a n f r e d o quedaba inerte.

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Leyendas para una historia paralela del Aragón medieiml

L a j o v e n huyó d e A r a g ó n t e m e r o s a d e l a j u s t i c i a d e l rey e i n g r e s ó e n u n c o n v e n t o d e clarisas, d e d o n d e l a q u i s o rescatar santa Isabel, y a r e i n a d e P o r t u g a l , c u a n d o s e e n t e r ó d e tan triste h i s t o r i a . P e r o C l a r a , a u n q u e agrad e c i d a , d e c l i n ó l a o f e r t a , c o n t e s t á n d o l e q u e « n o q u i e r o s e r v i r e n c o r t e alg u n a , p o r q u e estoy vieja p a r a d a m a y m u y m o z a p a r a d u e ñ a » . [Azagra Murillo, Víctor, «La Fuente del Beso», en Heraldo de Aragón (14/XII/1982)].

181. UN N U E V O P U E N T E SOBRE EL TURIA: E L D E DOÑA ELVIRA, ( S I G L O XIII. T E R U E L )

P a r a e n t e n d e r esta h i s t o r i a hay q u e adentrarse e n e l T e r u e l y a c r i s t i a n o d e hace setecientos años, a p r o x i m a d a m e n t e , pues c o r r í a n los m o m e n t o s f i nales d e l siglo X I I I . A l o t r o l a d o d e l T u r i a , e n m e d i o d e l a r i c a vega q u e r i e g a n y v i v i f i c a n sus aguas, vivía E l v i r a , u n a j o v e n de no p o c a h e r m o s u r a física y e s p i r i t u a l , y, a d e m á s , d u e ñ a d e u n a b u e n a parte d e aquellas tierras feraces. S u b e l l e z a , p o r u n l a d o , y s u r i q u e z a , p o r o t r o , h i c i e r o n q u e l a m u c h a c h a tuviera s i e m p r e a b u n d a n t e s p r e t e n d i e n t e s de t o d a clase y c o n d i c i ó n , a u n q u e e l l a d e c i dió c o n c e d e r su m a n o a un joven t u r o l e n s e de escasos m e d i o s e c o n ó m i c o s , p e r o c o n el q u e c o m p a r t í a p e n s a m i e n t o s y proyectos. Se f o r m a l i z a r o n las r e l a c i o n e s c o n la a q u i e s c e n c i a de sus f a m i l i a s , festej a r o n u n a t e m p o r a d a y se c a s a r o n . M a s . al p o c o t i e m p o de celebrarse la bod a , u n o d e los a n t i g u o s p r e t e n d i e n t e s d e l a m u c h a c h a , q u e tenía a b i e r t a t i e n d a e n l a p l a z a , sin d u d a g u i a d o tanto p o r los celos c o m o p o r e l despec h o , d e c i d i ó tomarse la v e n g a n z a a la q u e c r e í a tener d e r e c h o . Así es q u e u n a tarde, c u a n d o e l j o v e n m a r i d o d e E l v i r a regresaba i l u s i o n a d o desde Ter u e l a la casa de la vega p a r a e n c o n t r a r s e c o n su esposa, q u e le estaba esp e r a n d o , a l i n t e n t a r atravesar a l o t r o l a d o d e l r í o p o r e l ú n i c o p u e n t e existente p o r a q u e l e n t o n c e s , e l p u e n t e d e San F r a n c i s c o , s e v i o s o r p r e n d i d o p o r el p r e t e n d i e n t e d e s p e c h a d o , q u i e n lo d e r r i b ó y sin d a r l e o p c i ó n a defenderse le d i o m u e r t e a traición. Puede suponerse que el d o l o r de Elvira fuera inmenso p o r el a m o r de su v i d a p e r d i d o de m a n e r a tan trágica, tanto q u e no a c c e d i ó jamás a c o n t r a e r n u e v o m a t r i m o n i o , a f e r r a d a p e r m a n e n t e m e n t e a su m e m o r i a . Y c o m o tenía que ir a T e r u e l c o n bastante f r e c u e n c i a y no podía s o p o r t a r el tener q u e atravesar p o r el l u g a r en el q u e h a b í a sido tan v i l m e n t e asesinado su m a r i d o , decidió c o n s t r u i r a su costa un s e g u n d o p u e n t e de tablas q u e , además, acortaba el c a m i n o entre T e r u e l y su casa. Así nacía el «Puente de d o ñ a Elvira». [Ubé, A n t o n i o , «Puentes sobre el 'furia». Diario Lucha (21/03/1948). Caruana,Jaime de, « L o s puentes de Teruel», 'Icruel, 3 (1951), 35-65.] 205


182. L A V E N G A N Z A D E A R N A L D O , SEÑOR D E C A S T R O D E M A L A V E L L A (SIGLO XIII/XIV. PIEDRA)

A r n a l d o , s e ñ o r d e l C a s t r o d e M a l a v e l l a , c e r c a n o a P i e d r a , estaba casado c o n Mencía, h e r m a n a d e l señor de S o m e d , m a t r i m o n i o que no había tenido d e s c e n d e n c i a . Ya mayores a m b o s , el castellano p r e t e n d i ó r e p u d i a r a su m u j e r p a r a tratar d e u n i r s e a u n a j o v e n p l e b e y a d e l a q u e a n d a b a e n a m o r a d o p a r a q u e l e d i e r a u n sucesor. N a d a n i n a d i e d e t u v o a d o n A r n a l d o y d o ñ a M e n c í a se v i o o b l i g a d a a a b a n d o n a r el castillo m i e n t r a s t o m a b a posesión d e l m i s m o la j o v e n , a la q u e el c a b a l l e r o d e d i c ó todas sus a t e n c i o n e s . L a l l a m a d a d e l rey p a r a efectuar u n a c a m p a ñ a m i l i t a r o b l i g ó a d o n A r n a l d o a a b a n d o n a r el castillo y en él a su j o v e n a m a n t e d o ñ a F l o r . Esta, viéndose l i b r e p o r algún t i e m p o d e l a p r e s e n c i a d e l h o m b r e a l q u e s e h a b í a u n i d o p o r interés, c o r r i ó a r e u n i r s e c o n e l j o v e n a l q u e d e v e r d a d a m a b a . E r a u n a n o c h e d e frágil l u n a y los dos j ó v e n e s , p o r separado, r e c o r r i e r o n prestos, s o r t e a n d o los árboles d e l d e n s o b o s q u e , el c a m i n o q u e les c o n d u j o a u n a p r o f u n d a c u e v a d o n d e s e f u n d i e r o n e n u n abrazo, a u n q u e sin darse c u e n t a q u e e r a n observados a d i s t a n c i a p o r u n h o m b r e . E r a e l guardián d e l castillo, a l q u e d o n A r n a l d o h a b í a e n c o m e n d a d o l a c u s t o d i a d e F l o r . R e g r e s ó a la f o r t a l e z a el guardián, h a l l a n d o en su p u e r t a a un p e r e g r i n o q u e c u b r í a casi p o r c o m p l e t o s u r o s t r o p a r a guarecerse d e l frío d e l a n o c h e . P r e g u n t ó éste p o r el s e ñ o r y, tras saber q u e no estaba, lo h i z o p o r la señ o r a . A l contestarle q u e t a m p o c o s e e n c o n t r a b a e l l a i n q u i r i ó e l p o r q u é . C u a n d o e l guardián l e d i j o q u e n o e r a cosa suya, e l p e r e g r i n o d e s c u b r i ó s u v e r d a d e r a i d e n t i d a d : era e l p r o p i o d o n A r n a l d o . T u v o q u e confesar e l guardián l a i n f i d e l i d a d d e F l o r y e l viejo castellán, l l e n o d e i r a , c o r r i ó h a c i a l a c u e v a , y c o g i é n d o l o s p o r sorpresa, c o n s i g u i ó atravesar c o n su e s p a d a a los dos amantes. L u e g o , valiéndose de t r o n c o s y p i e d r a s , desvió e l c a u c e d e l r í o p a r a q u e a q u e l l u g a r q u e d a s e o c u l t o . E n e l f o n d o d e l a cueva, q u e d a r o n p a r a s i e m p r e abrazados los c u e r p o s inmóviles d e los d o s j ó v e n e s , q u e l a n a t u r a l e z a s e e n c a r g ó d e p e t r i f i c a r , d e m o d o q u e sus dos esqueletos e n t r e l a z a d o s p u e d e n verse todavía e n e l f o n d o d e l a cueva tras la cascada de a g u a c l a r a . [Sarthou, C a r l o s , «La l e y e n d a r o m á n t i c a de Piedra», en Aragón, 158 (1938), 217-218.]

183. L O S A M O R E S D E B E R E N G U E R D E A Z L O R YALDONZA DE ENTENZA (SIGLO XIV. M O N T A L B Á N )

B e r e n g u e r d e A z l o r , u n j o v e n m i e m b r o d e u n a d e las más l i n a j u d a s fam i l i a s d e A r a g ó n , estaba e n a m o r a d o d e A l d o n z a d e E n t e n z a , d e estirpe n o 206


m e n o s i m p o r t a n t e q u e l a suya. T o d o p a r e c í a c a m i n a r h a c i a u n f e l i z y esperado desenlace, pues A l d o n z a le correspondía, c u a n d o J a i m e de Bolea, m o s t r a n d o a B e r e n g u e r u n a falsa e s c r i t u r a , l e c o n v e n c i ó c o n v i l e n g a ñ o d e que la j o v e n A l d o n z a era, en r e a l i d a d , su h e r m a n a . B e r e n g u e r d e A z l o r , d e s c o r a z o n a d o p o r e l revés s u f r i d o , s e h i z o r e l i g i o so, t o m ó los h á b i t o s e i n g r e s ó e n l a O r d e n d e S a n t i a g o , s i e n d o n o m b r a d o muy pronto, dada su alcurnia y condiciones, comendador en la villa de M o n t a l b á n , i m p o r t a n t e sede santiaguesa en tierras t u r o l e n s e s y c e n t r o rector d e u n a i m p o r t a n t e e n c o m i e n d a . C u a n d o doña A l d o n z a descubrió la infame trama u r d i d a p o r Jaime de B o l e a y c o m p r e n d i ó la r e a c c i ó n d e l h o m b r e al q u e a m a b a , se desplazó a M o n t a l b á n , v i v i e n d o d u r a n t e varios meses e n l a c e r c a n a P e ñ a d e l C i d c o n la p r e t e n s i ó n de ver a B e r e n g u e r y d i s u a d i r l e de su decisión, e m p e ñ o q u e n o c o n s i g u i ó p u e s e r a h o m b r e d e p a l a b r a . L a j o v e n llevaba u n a v i d a d e anac o r e t a , c o m i e n d o raíces y hierbas, hasta caer e n f e r m a . A l g u n o s meses después, u n día q u e s e h a b í a a d e n t r a d o p o r las s e r p e n teantes calles d e l a v i l l a santiaguesa, s e e n t e r ó d e l f a l l e c i m i e n t o d e B e r e n g u e r d e A z l o r , q u e f u e e n t e r r a d o e n l a c r i p t a d e l a iglesia, c o m o correspondía a un c o m e n d a d o r de la O r d e n . N o c h e s después, A l d o n z a , e n l o q u e c i d a p o r e l d o l o r , fue a M o n t a l b á n y , f o r z a n d o c o n s i g i l o l a p u e r t a d e l a iglesia, d e s c e n d i ó a l a c r i p t a m o r t u o r i a , m u r i e n d o a l p o c o rato d e a m o r y d e p e n a sobre e l s e p u l c r o d e l h o m b r e a l q u e h a b í a a m a d o . C u a n d o a l d í a s i g u i e n t e s e d e s c u b r i ó e l cadáver d e A l d o n z a , f u e r t e m e n t e a b r a z a d o a l a efigie p é t r e a d e d o n B e r e n g u e r d e A z l o r , e l n u e v o c o m e n d a d o r , e n t e r a d o de las t r i b u l a c i o n e s vividas y p a d e c i d a s p o r los amantes, dispuso comprensivo que ambos ocuparan el m i s m o sepulcro, en cuyo frontal o r d e n ó q u e se i n s c r i b i e r a esta frase: «Justo es q u e r e p o s e n j u n t o s en la m u e r t e q u i e n e s tanto se a m a r o n en vida». [ G i s b e r t , S a l v a d o r , « L a l o c a de M o n t a l b á n » , Revista del 'Furia, 31 (1882); 32 (1882), 406-407; 34 ( 1 8 8 2 ) , 433-435; 35 ( 1 8 8 2 ) , 446-447.]

184. E L J U R A M E N T O I N C U M P L I D O ( S I G L O xrv.

Sos D E L R E Y C A T Ó L I C O )

E l s e ñ o r d e l castillo q u e e n t i e m p o s h u b o e n Sos, p r ó x i m o a l a f u e n t e d e l a B ó v e d a , s e q u e d ó v i u d o y c o n u n a h i j a , n i ñ a todavía. E l p r i n c i p a l e n t r e t e n i m i e n t o d e ésta consistía e n m e z c l a r s e c o n las ovejas d e l r e b a ñ o q u e a c u d í a a l a f u e n t e c a d a día, y j u g a r c o n e l h i j o d e l pastor, u n m u c h a c h o a l g o m a y o r q u e e l l a . L o s c h i c o s c r e c i e r o n j u n t o s a l a p a r q u e e l a m o r q u e fuer o n s i n t i e n d o m u t u a m e n t e , a u n q u e l a d i f e r e n c i a d e clase s o c i a l e r a u n obstáculo casi insalvable.

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Agustín luneta Artel a

S o ñ ó l a m u c h a c h a u n a n o c h e q u e e l zagal vendía s u r e b a ñ o , c o m p r a b a armas y c a b a l l o y partía a l u c h a r c o n t r a los m o r o s , l o g r a n d o g a n a r f a m a , h o n o r e s y d i n e r o , d e m o d o q u e , d i s t i n g u i d o p o r e l rey c o m o c a b a l l e r o , volvía a Sos p a r a casarse c o n ella. C o m o ambos sabían las dificultades q u e tendrían para casarse, la joven c o n t ó al pastor el sueño y éste decidió c o n v e r t i r en real i d a d el s u e ñ o y m a r c h ó en busca de aventuras, no sin antes a r r a n c a r de la m u c h a c h a e l j u r a m e n t o d e q u e l e esperaría hasta q u e regresara c o n v e r t i d o e n t o d o u n c a b a l l e r o . S i era p e r j u r a , d i j o ella, s u a l m a d e b e r í a vagar s i e m p r e en t o r n o a la f u e n t e . Partió e l pastor y d u r a n t e m u c h o s a ñ o s l a m u c h a c h a , c o n l a m e n t e puesta en su pastor, r e c h a z ó a c u a n t o s p r e t e n d i e n t e s s o l i c i t a r o n su m a n o . No obstante, a c a b ó p o r c e d e r ante las p r e t c n s i o n e s d e l j o v e n s e ñ o r d e u n cast i l l o c e r c a n o , l l e g a n d o , i n c l u s o , a a c o r d a r e l día d e l e n l a c e . P e r o e l d í a ant e r i o r a l a b o d a , j o r n a d a d e preparativos, llegó a l castillo u n g r u p o d e guer r e r o s ; al f r e n t e , su jefe, q u e c u b r í a su cabeza c o n un h e r m o s o casco y s o l i c i t a b a h o s p i t a l i d a d al castellano sosiense q u e gustoso se la c o n c e d i ó , a d e m á s d e l p e r m i s o p a r a seguir g u a r d a n d o sti a n o n i m a t o , f r u t o d e u n jur a m e n t o , favor q u e t a m b i é n o b t u v o . N a d i e sabía, pues, q u i é n era. A l día s i g u i e n t e , t o d o estaba p r e p a r a d o . L a n o v i a c a m i n a h a c i a e l altar. La c e r e m o n i a llega al m o m e n t o de la bendición. Es entonces c u a n d o el m i s t e r i o s o g u e r r e r o se a d e l a n t a h a c i a el altar y, d e s c u b r i é n d o s e , le d i c e a la n o v i a : « Q u e el S e ñ o r castigue tu p e r j u r i o y te a p l i q u e el castigo q u e tú. mism a elegiste». E r a n las palabras d e l a n t i g u o pastor, h o y capitán f a m o s o . C o m p u n g i d a p o r l o s u c e d i d o , l a j o v e n d e s a p a r e c i ó y desde a q u e l día s u i m a g e n vaga e n t o r n o a l a f u e n t e , l a «fuente d e l j u r a m e n t o » , s í m b o l o p a r a q u i e n e s se j u r a n fidelidad. [Garres, Máximo, «I.a fuente del Juramento», en La villa de Sos..., págs. 113-114.]

185. L A G U A R D I A D E L ( A S T I L L O D E I A F R E S N E D A (SIGLO XIV-XV. I A FRESNEDA)

E l a l c a i d e d e l castillo d e L a F r e s n e d a s e v a n a g l o r i a b a d e t e n e r l a fortaleza m e j o r c u s t o d i a d a existente, e x t r e m a n d o las m e d i d a s d e s e g u r i d a d hast a límites i n i m a g i n a b l e s . U n a d e las m u c h a s p r e c a u c i o n e s a d o p t a d a s c o n sistía e n q u e c a d a c e n t i n e l a n o c t u r n o d e b í a llevar u n a a n t o r c h a e n c e n d i d a m i e n t r a s v i g i l a b a o h a c í a su r o n d a , c o n lo c u a l trataba de d i s u a d i r a c u a l q u i e r e n e m i g o , pues el castillo e r a un ir y v e n i r constante de luces y resplandores. P o r o t r o l a d o , p r e s u m í a e l a l c a i d e d e c o n t a r entre sus h o m b r e s c o n e l m e j o r y más c e r t e r o a r q u e r o n o sólo d e l r e i n o s i n o d e t o d a l a C o r o n a d e A r a g ó n , h a b i l i d a d q u e h a b í a d e m o s t r a d o en cuantas ocasiones se le p u s o a

208

Leyendas para una hhlona paradla del Aragón medieval

p r u e b a e n p u g n a c o n otros a f a m a d o s a r q u e r o s . L o c i e r t o e s q u e d e s d e c u a l q u i e r p a r t e d e l castillo p o d í a d i r i g i r y clavar sus flechas en el l u g a r p r e c i s o sin p o s i b i l i d a d a l g u n a d e e r r o r . E r a tarea o b l i g a d a d e l a r q u e r o apagar c a d a n o c h e c o n sus flechas las a n torchas de t o d o s y c a d a u n o de los vigías, d i s p a r a n d o su a r c o d e s d e lo alto de la torre d e l homenaje. N o obstante, u n a n o c h e , u n vigía q u e tenía c i t a c o n v e n i d a c o n s u a m a da a b a n d o n ó su p u e s t o y, p o r lo tanto, su a n t o r c h a estaba a p a g a d a , justam e n t e l a n o c h e e n l a q u e l a h i j a d e l castellán, q u e estaba e n a m o r a d a sec r e t a m e n t e d e l guardián ausente, f u e a b u s c a r l e a su p u e s t o p a r a d e c l a r a r l e s u a m o r y , n a t u r a l m e n t e , n o l o e n c o n t r ó , d e c i d i e n d o esperarle p e n s a n d o q u e t e n d r í a razones p a r a e l a b a n d o n o . D e j ó a su a m a n t e en las c e r c a n í a s y r e g r e s ó el d e s e r t o r p r e s u r o s o al l u gar d e s u vela, c o n e l t i e m p o j u s t o p a r a o c u p a r s u p u e s t o y e n c e n d e r n e r viosa y p r e c i p i t a d a m e n t e su a n t o r c h a , m o m e n t o en q u e d e s c u b r i ó j u n t o a él a la h i j a d e l castellán q u e le estaba e s p e r a n d o . No tuvo t i e m p o de reacc i o n a r y el presagio q u e r e l a m p a g u e ó en su m e n t e se c u m p l i ó . E n efecto, l a f l e c h a q u e h a b í a d e apagar s u a n t o r c h a r e c i é n e n c e n d i d a v o l a b a ya r a u d a p o r el aire y fue a clavarse en el corazón de la m u c h a c h a . H a y q u i e n d i c e q u e n o fue f a l l o d e l a r q u e r o , e l ú n i c o q u e s e l e r e c u e r d a , sino q u e a c e r t ó a d i s p a r a r a lo q u e más b r i l l a b a , el c o r a z ó n e n c e n d i d o p o r el a m o r de la hija d e l alcaide. [ Y a n g u a s H e r n á n d e z , S a l u s t i a n o , Cuentos y relatos aragoneses, p á g s . 108-110.]

186. J U A N M I G U E L , S O L D A D O D E J U A N I I (SIGLO XV. A C U M U E R )

E n l a a l d e a d e A c u m u e r , hace d e esto m u c h o s siglos, u n a j o v e n m u c h a c h a l l a m a d a M a r t i n a , q u e era pastora, b u s c a n d o los j u g o s o s pastos d e los altos p u e r t o s , pasaba t o d o s los veranos en la m o n t a ñ a c u i d a n d o c o n su insep a r a b l e p e r r o un r e b a ñ o de cabras. H i j a de u n a de las casas más antiguas y p u d i e n t e s d e t o d o a q u e l b o n i t o valle era, n o cabe l a m e n o r d u d a , b o n i t a y trabajadora, p e r o M a r t i n a tenía, p o r d e c i r l o así, u n d e f e c t o : e n c u a n t o s e q u e d a b a d o r m i d a n o h a b í a q u i e n l a p u d i e r a despertar. La zagala estaba l o c a m e n t e e n a m o r a d a de un joven y b u e n m o z o q u e se l l a m a b a J u a n M i g u e l y que vivía en los puertos de l e n a . T o d o s los días d e l ver a n o , m a d r u g a b a c o n el alba el m u c h a c h o e i b a presuroso hasta el lugar d e l m o n t e d o n d e se h a l l a b a M a r t i n a c o n sus cabras y la despertaba c a n t a n d o . L u e g o , tras pasar un b u e n tato j u n t o s , volvía c a d a u n o a su respectivo trabaj o p e n s a n d o e n e l m o m e n t o d e volver' a encontrarse c o n e l n u e v o amanecer.

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P e r o u n a tarde, e s t a n d o e l rey J u a n I I d e A r a g ó n e n g u e r r a c o n e l d e N a v a r r a , J u a n M i g u e l s e v i o o b l i g a d o q u e m a r c h a r c o m o s o l d a d o sin p o d e r dec i r l e n a d a n i d e s p e d i r s e d e s u q u e r i d a pastora. Transcurrió aquella noche c o m o cualquiera otra noche, pero por la mañ a n a M a r t i n a no se d e s p e r t ó y c o n t i n u ó d u r m i e n d o así días y días esper a n d o las c a n c i o n e s d e J u a n M i g u e l , q u e , m i e n t r a s tanto, p e r d í a l a v i d a l u c h a n d o cerca de Sangüesa. C a n s a d a ya de d o r m i r , M a r t i n a se convirtió en p i e d r a y allí se q u e d ó p a r a s i e m p r e , e n l o alto d e l p u e r t o , sin q u e sus f a m i l i a r e s s u p i e r a n n u n c a más n a d a d e e l l a . S i n e m b a r g o , a l g u n o s tensinos d e s c u b r i e r o n q u e d e s d e e n tonces los m o n t e s q u e se r e c o r t a n en el h o r i z o n t e , c u a n d o el sol se p o n e y ellos m i r a n desde s u valle, d i b u j a n c o n sus p i c o s l a f i g u r a d e u n a m u j e r , q u e parece p e r m a n e c e r s i e m p r e allí c o m o d o r m i d a p o r q u e e l zagal q u e l a desp e r t a b a c a d a m a ñ a n a n o volvió d e l a g u e r r a q u e u n rey m a n t u v o c o n t r a o t r o rey. [ M u r , R i c a r d o , «Istoria de ra m u l l e r d o r m i t a . . . » . Fuellas d'informazión d'o Consello d'a Fabla Aragonesa, 80 ( 1 9 9 0 ) , 16.]

187. L O S R O S A L E S D E L A M O R (SIGLO X V . BLECUA)

D o s f a m i l i a s d e B l e c u a , c o n s i d e r a d a s ambas ricas p o r todos, c o n c e r t a r o n e l c a s a m i e n t o d e sus p r i m o g é n i t o s c u a n d o éstos todavía e r a n u n o s n i ñ o s . P r e t e n d í a n p o n e r así los c i m i e n t o s d e u n a n u e v a casa q u e f u e r a l a más p o derosa de la comarca. Transcurrió el tiempo y la realidad se i m p u s o . Los p r o m e t i d o s c r e c i e r o n c o m o s i m p l e s a m i g o s , p e r o n o sentían e l a m o r n e c e s a r i o . A d e m á s , e l destino quiso que en la vida de la m u c h a c h a entrara de lleno un j o v e n , apuesto y b u e n a p e r s o n a , p e r o sin h a c i e n d a n i b i e n e s , y e l a m o r p r e n d i ó e n a m b o s , a sabiendas d e q u e n u n c a sería a p r o b a d o p o r l a f a m i l i a d e e l l a . N o e s t a n d o dispuestos a r e n u n c i a r a sus s e n t i m i e n t o s , d e c i d i e r o n verse en secreto, en u n l u g a r r e c ó n d i t o d e l río, a l r e s g u a r d o d e los á l a m o s . C u a n d o los p a d r e s d e l a m u c h a c h a s e e n t e r a r o n p o r u n v e c i n o , c o m o no p o d í a dejar de suceder, de q u e los j ó v e n e s se veían a e s c o n d i d a s a altas h o r a s d e l a n o c h e , d e c i d i e r o n c e r c i o r a r s e p e r s o n a l m e n t e d e e l l o . L a sig u i e r o n hasta el r e c o d o d e l r í o y p r o n t o v i e r o n a la p a r e j a c o n v e r s a r y acariciarse amorosamente. No había d u d a e i d e a r o n la m a n e r a de p o n e r fin a a q u e l l a situación. A la m a ñ a n a s i g u i e n t e , no sólo r e c o n v i n i e r o n a su hija, s i n o q u e le a n u n c i a r o n e l a d e l a n t o d e l a b o d a c o n v e n i d a tanto t i e m p o atrás. A pesar d e l a

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Leyendas para una historia páratela del Aragón medieval

resistencia d e l a m u c h a c h a , e l e n l a c e s e c e l e b r ó , s i n t e n e r e n c u e n t a los sent i m i e n t o s . A q u e l era u n m a t r i m o n i o d e c o n v e n i e n c i a . L o c i e r t o e s q u e l a j o v e n siguió viéndose c o n e l j o v e n a l q u e a m a b a . C o m o s u m a r i d o s e e n t e r a r a , c e g a d o p o r l a i r a y p o r los celos, n o sólo a c a b ó c o n l a v i d a d e a m b o s e n u n a n o c h e s i n l u n a n i estrellas, s i n o q u e , p a r a q u e t o d o e l m u n d o s e e n t e r a r a d e l a g r a v i o s u f r i d o cavó sendas t u m b a s e n l a t i e r r a y los e n t e r r ó juntos. Pasé) el t i e m p o . P o c o a p o c o , la v i d a en el p u e b l o p a r e c i ó volver a la n o r m a l i d a d , a u n q u e p r o n t o v i e r o n q u e surgían y e n r a i z a b a n d o s rosales, u n o sobre c a d a t u m b a , q u e e n l a z a r o n sus ramas p a r a c r e c e r j u n t o s y , p o r más q u e los c o r t a b a n , volvían a c r e c e r y a u n i r s e . . . [ D a t o s a p o r t a d o s p o r A s c e n s i ó n L a r d i é s , B e g o ñ a L a c r o s a y P i l a r Salas. C o l e g i o «S. V i c e n t e d e P a ú l » . B a r b a s t r o . ]

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4. EL MUNDO MUSULMÁN

188. U N T O R O D E O R O E S P E R A ( S I G L O VIII. (¿RIEGOS)

E n l o alto d e l a M u e l a d e San J u a n , e n p l e n a s i e r r a d e A l b a r r a c í n , s e d i ce que h u b o en tiempos u n a gran c i u d a d amurallada, a d o r n a d a de palacios y j a r d i n e s , y a b u n d a n t e en tesoros. A c o m i e n z o s d e l siglo VIII, los ejércitos m u s u l m a n e s f u e r o n a p o d e r á n dose c o n r a p i d e z d e t o d a E s p a ñ a , sin e n c o m i a r apenas resistencia o , c u a n d o l a h a l l a r o n , n o s u p u s o u n o b s t á c u l o insalvable, c o m o ocurrió) e n l a hast a e n t o n c e s t r a n q u i l a c i u d a d d e l a s e r r a n í a a l b a r r a c i n e n s e . P o r q u e los habitantes de la c i u d a d de la M u e l a de San J u a n se a p r e s t a r o n a d e f e n d e r se, tras e s c o n d e r sus tesoros, entre los q u e se h a l l a b a un m a g n í f i c o t o r o de oro macizo, heredado d e l templo pagano de la urbe primitiva. Se reforzar o n las defensas, se l l e n a r o n a l m a c e n e s y silos, se p r e p a r a r o n las armas. Per o t o d o fue inútil; l a c i u d a d ardió, las m u r a l l a s d e s e g u r i d a d f u e r o n a r r u i nadas y sus habitantes, asesinados. U n o d e los asaltantes, u n c o r p u l e n t o b e r b e r i s c o l l a m a d o A b e n Jair, tuvo la f o r t u n a de e n c o n t r a r el t o r o de o r o y lo e s c o n d i ó a su vez p a r a i n t e n t a r sustraerlo a l c o m u n i t a r i o r e p a r t o d e l b o t í n . P o r l a n o c h e , tras t i r a r l o p o r las d e s m a n t e l a d a s m u r a l l a s a un f r o n d o s o b o s q u e , se a d e n t r ó en éste p a r a e n t e r r a r l o e n p r o f u n d o h o y o , c u y o e m p l a z a m i e n t o tan sólo c o n o c í a él. El e j é r c i t o s a r r a c e n o prosiguió su avance y la c i u d a d de la M u e l a de San J u a n q u e d ó desierta, tanto q u e h o y se d e s c o n o c e su a u t é n t i c o e m p l a z a m i e n t o . A l d e a s , p u e b l o s y c i u d a d e s f u e r o n c a y e n d o u n o tras o t r o . A l pie d e u n a a l m e n a , t a m b i é n dejó l a v i d a A b e n Jair, t r u n c a d a p o r u n a saeta, p e r o antes de m o r i r desveló su secreto a A b e n Jaye, su a m i g o b e r b e r i s c o , p a r a q u e r e c u p e r a r a el l o r o d o r a d o y r e p a r t i e r a el f r u t o de su v e n t a entre él y la f a m i l i a d e A b e n Jair. B u s c ó A b e n Jaye u n a y o t r a vez e n e l l u g a r i n d i c a d o p o r s u a m i g o , p e r o t o d o fue inútil. El tesoro no a p a r e c i ó jamás. Y el secreto fue t r a n s m i t i d o de 213


g e n e r a c i ó n e n g e n e r a c i ó n entre los berberiscos d e A l b a r r a c í n , q u e siguier o n d u r a n t e siglos r e m o v i e n d o l a t i e r r a e n v a n o , p o r q u e , según d i c e l a ley e n d a , e l t o r o d e o r o n o a p a r e c e r á hasta q u e sobre l a M u e l a d e S a n J u a n no se reedifique la ciudad incendiada. [ T o m á s L a g u í a , César, « L e y e n d a s y t r a d i c i o n e s . . . » , Teruel, 12 ( 1 9 5 4 ) , 140-142.]

189. S E L I M A , I A P R E T E N D I D A D E I B N A B D A L Á DE ZARAGOZA (SlGI.O VIII. D A R O C A )

Esta historia tuvo lugar en p l e n o t e r r i t o r i o musulmán, en la é p o c a d e l l l a m a d o e m i r a t o i n d e p e n d i e n t e d e Céjrdoba, c u a n d o S a r a k u s t a ( Z a r a g o za) e r a g o b e r n a d a , e n n o m b r e y r e p r e s e n t a c i ó n d e l e m i r c o r d o b é s , p o r u n tal I b n A b d a l á . E l m o r o e n c u e s t i ó n s e v i o o b l i g a d o a b u s c a r l a a y u d a d e C a r l o m a g n o p a r a a f i a n z a r s u t a m b a l e a n t e p o d e r p o r t o d o e l valle d e l E b r o , pues no debemos olvidar que toda la M a r c a S u p e r i o r de al-Andalus e r a u n e n r e v e s a d o e n t r e s i j o a m o d o d e p e q u e ñ a s c o r t e s tribales, difíc i l m e n t e c o n t r o l a b l e s d e s d e l a l e j a n a C ó r d o b a y casi t a m p o c o d e s d e Sarakusta. E n t r e los t e r r i t o r i o s q u e , más e n l a teoría q u e e n l a práctica, d e p e n d í a n p o l í t i c a m e n t e d e l sarakustí Ibn Abdalá estaban los q u e se a d m i n i s t r a b a n desde D a r o c a , q u e e r a u n a i m p o r t a n t e p l a z a f o r t i f i c a d a . Vivía e n D a r o c a S e l i m a — u n a s o b r i n a d e l m i s m í s i m o M u z a y a l a sazón esposa d e u n tal A h m a r — , b e l l a níujer d e l a q u e g o b e r n a d o r Ibn Abdalá s e h a b í a e n a m o r a d o y p r e t e n d í a h a c e r suya, si b i e n se v i o r e c h a z a d o de m a n e r a r e i t e r a d a e n sus p r e t e n s i o n e s . La providencia quiso que A h m a r falleciera p o r aquel entonces y la bella S e l i m a , a h o r a v i u d a y, p o r lo tanto, l i b r e , r e c h a z ó u n a vez más los galanteos d e l g o b e r n a d o r , q u e visitaba c o n cierta f r e c u e n c i a D a r o c a p a r a p o d e r verl a . M a s s i e n v i d a d e A h m a r l a p r u d e n c i a l e h i z o actuar c o n cautela, a h o r a t o m ó m u y a m a l l a p e r t i n a z negativa d e S e l i m a , d e m o d o q u e , d e s p e c h a d o y a b u s a n d o de su p o d e r , m a n d ó p r e n d e r l a y e n t e r r a r l a viva en lo más p r o f u n d o d e las m a z m o r r a s d e l castillo d a r o c e n s e . D e s d e e n t o n c e s , d e c u a n d o e n c u a n d o , hay q u i e n e s o y e n e x t r a ñ o s r u i dos y l a s t i m e r o s l a m e n t o s q u e s u r g e n de la o s c u r i d a d y, en ciertas ocasiones, s e p u e d e v e r c ó m o u n a s o m b r a vaga y casi d i f u m i n a d a r e c o r r e l a m u r a l l a y los restos d e l castillo de D a r o c a , p o r t a n d o unas tenues l u m i n a r i a s en s u m a n o i n v i s i b l e . S e trata, s i n d u d a a l g u n a , d e l a s o m b r a q u e j u m b r o s a y errante de la fiel y h e r m o s a Selima que p i d e venganza. [ B e l t r á n M a r t í n e z , A n t o n i o , leyendas aragonesas, p á g . 120.]

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190. L A REINA M O R A D E G U A R R I N Z A (SIGLO X. E C H O )

U n a vez r e s t a b l e c i d o s d e l a s o r p r e s a i n i c i a l q u e s u p u s o l a invasión m u s u l m a n a , varios g r u p o s d e cristianos h u i d o s d e l a p a r t e baja d e l valle d e l E b r o , u n i d o s a los m o n t a ñ e s e s , c o m e n z a r o n u n a a r d u a , l e n t a y p e l i g r o s a tar e a d e desgaste e n las tierras q u e b r a d a s d e l n o r t e p i r e n a i c o a r a g o n é s . L o s escasos p o b l a d o r e s cristianos de estas tierras altas l o g r a r o n p o c o a p o c o el a p o y o d e las gentes d e l o t r o l a d o d e los P i r i n e o s , temerosos t a m b i é n d e q u e los m u s u l m a n e s i n t e n t a r a n atravesarlos p a r a e x t e n d e r hasta allí s u d o m i nio. F r u t o e v i d e n t e d e esta a y u d a f r a n c a f u e e l r e t r o c e s o d e los agarenos, q u e d e b i e r o n dejar l i b r e s m u y p r o n t o los valles d e los ríos q u e v i e r t e n sus aguas claras e n e l A r a g ó n . S i n e m b a r g o , u n a r e i n a m o r a d e l valle d e E c h o , enam o r a d a de estas bellas y altas tierras, d e c i d i ó refugiarse y hacerse f u e r t e c o n s u escaso séquito y s u p e q u e ñ a escolta e n e l h e r m o s o valle d e G u a r r i n z a , e n espera de mejores tiempos que n u n c a llegaron. C o n s t r u y e r o n sus h o m b r e s c o n n o t a b l e esfuerzo u n a «dachera» o p e q u e ño p o b l a d o y, d u r a n t e un c o r t o espacio de t i e m p o , la r e i n a m o r a y los suyos p u d i e r o n seguir c o m u n i c á n d o s e c o n sus h e r m a n o s de religión y raza p o r el q u e se llamaría, desde entonces, P u e r t o de la D a c h e r a . L o s m u c h o s túmulos de t i e m p o s prehistóricos q u e hay d i s e m i n a d o s p o r el t e r r i t o r i o se convirtier o n en improvisadas almenaras p a r a sus p r o p i o s rezos a Alá, desde los q u e ent o n a b a n en la o r i l l a d e l «oued» ( d e l p e q u e ñ o valle) sus «rinzas» (u o r a c i o n e s f ú n e b r e s ) . Así es c o m o surgió, al parecer, el n o m b r e de G u a r r i n z a . A las r i q u e z a s q u e la r e i n a m o r a ya p o s e í a se u n i e r o n los m u c h o s tesoros h a l l a d o s y a r r a n c a d o s a l a M i n a , d e m o d o q u e l a r e i n a m o r a d e G u a r r i n z a e r a i n m e n s a m e n t e r i c a , p e r o l e servían d e p o c o e s t a n d o c o m o estab a aislada d e l m u n d o y d e los suyos p o r seguir v i v i e n d o e n las m o n t a ñ a s q u e amaba. N a d i e sabe a c i e n c i a c i e r t a c ó m o f i n a l i z ó l a h i s t o r i a d e a q u e l m i n ú s c u l o enclave d e l a r e i n a m o r a d e G u a r r i n z a . [ B r u f a u S a n z , M* P i l a r , «El t e s o r o de la r e i n a m o r a » , en Aragón, 276 ( 1 9 6 5 ) , 6.]

191. LAS TRES M O R A S DE Z A R A G O Z A (SIGLO X. ZARAGOZA)

M o h a m e d A l t a b i l l , rey m o r o d e Z a r a g o z a , estaba o r g u l l o s o d e sus tres h e r m o s a s y j ó v e n e s hijas a las q u e m a n t e n í a e n c e r r a d a s en p a l a c i o p o r tem o r a q u e p u d i e r a sucederles a l g u n a d e s g r a c i a , p e r o tanto c e l o p a t e r n o desagradaba a las m u c h a c h a s . P o r l o tanto, n o e s n a d a e x t r a ñ o q u e u n d í a d e 215

Agustín libieto Arlela

i n v i e r n o las tres m o r a s , q u e h a b í a n estado u r d i e n d o u n p l a n d e f u g a d u r a n t e m u c h o t i e m p o , escaparan d e p a l a c i o sin d e s t i n o c o n o c i d o . C u a n d o e l rey s e e n t e r ó d e l a h u i d a , p r e s o d e u n s e n t i m i e n t o c o n f u s o , m e z c l a de i r a y de temor, llamó a sus tres mejores a l f é r e c e s — A l í Malhalí, A l h o r y A l s h a m a — y les e n c o m e n d ó l a b t i s q u e d a d e las princesas. C a d a u n o d e ellos t o m ó u n a d i r e c c i ó n d i s t i n t a . A l s h a m a — q u e estaba e n a m o r a d o d e Sobeya, u n a d e las p r i n c e s a s — c o n t r a t ó a u n o s j u d í o s e x p e r t o s q u e l o g r a r o n e n c o n t r a r el rastro de las herm a n a s , l o q u e l e c o n d u j o e n d i r e c c i ó n a l A l t o A r a g ó n , p a s a n d o sucesivamente por Zuera, Huesca, Sierra de G u a r a y Boltaña, en plena tierra de cristianos, pues las tres h e r m a n a s h u í a n en d i r e c c i ó n a F r a n c i a p a r a r e f u giarse allí, ya q u e e r a n conscientes de ser perseguidas. De n a d a le sirvió a A l s h a m a r e v e n t a r varios caballos p o r h a b e r c a b a l g a d o d í a y n o c h e , pues n u n c a l o g r a b a d a r a l c a n c e a las fugitivas. ( a t a n d o A l s h a m a llegó a B o l t a ñ a , l a g e n t e d e l l u g a r l e p r e v i n o d e l i n m i nente peligro que acecbaba en la montaña nevada, aconsejándole que no se a v e n t u r a r a a seguir c o n la p e r s e c u c i ó n pues las n u b e s d e l p u e r t o presagiaban t e m p o r a l . P e r o el m o r o , creyendo tener ya al alcance de su m a n o a las fugitivas, desoyó los consejos y se d i s p u s o a p r o s e g u i r el viaje c o n sus h o m b r e s . Así es q u e , d e j ó atrás Aínsa, r e m o n t ó el r í o C i n c a aguas a r r i b a y a p u n t o estaba de l l e g a r a las afueras de B i e l s a c u a n d o le s o r p r e n d i ó u n a v i o l e n t a n e v a d a , a c o m p a ñ a d a d e u n a ventisca d e m u e r t e . U n t r e c h o más a r r i b a , p u e s s u ventaja e r a y a escasa, t a m b i é n las tres herm a n a s s e v i e r o n s o r p r e n d i d a s p o r e l t e m p o r a l , tanto q u e l a nieve a c a b ó c o n s u h u i d a a l c u b r i r l a s c o n u n espeso m a n t o b l a n c o bajo e l q u e p e r e c i e r o n heladas, y allí q u e d a r o n p a r a s i e m p r e las «tres sórores», c o m o les l l a m a r o n los cristianos, e n e l valle d e C h i s t a u . D e A l s h a m a , e l alférez e n a m o r a d o d e Sobeya, n u n c a más se volvió a tener n o t i c i a . [Dueso Lascorz, Neus Lucía, Leyendas ele l'Alto Aragón, págs. 51-55.]

192. L A P I F D R A H O R A D A D A P O R E L A M O R (SIGLO X. AI.B.ARRACÍN)

E n e l t i e m p o e n e l q u e A l b a r r a c í n era g o b e r n a d a p o r A b ú M e r u á n , d e la f a m i l i a de los A b e n r a c í n , se escribiéj en sus sierras u n a de las más bellas historias d e a m o r q u e s e c o n o c e n . O c u r r i ó q u e e l m e n o r d e los hijos d e A b ú M e r u á n , j i n e t e ágil y c o n o c e d o r c o m o n a d i e d e l t e r r e n o , a c o s t u m b r a ba a r e c o r r e r las m o n t a ñ a s d e l señot ío, lo q u e le c o n d u j o a C e l i a , d o n d e el a l c a i d e d e l castillo solía r e c i b i r l e h o s p i t a l a r i a m e n t e . F r u t o d e estas visitas f u e e l a m o r q u e e l j o v e n A b e n r a c í n c o m e n z ó a sentir p o r Z a i d a , h i j a tínica d e l alcaide, a m o r que p r o n t o se vio c o r r e s p o n d i d o . 216


P e r o a q u e l s u e ñ o e r a i m p o s i b l e , p u e s e l s e ñ o r d e C e l i a t e n í a proyectos m e j o r e s p a r a s u hija, a q u i e n p e n s a b a desposar c o n u n e m i r d e a l - A n d a l u s , más r i c o y más p o d e r o s o q u e A b ú M e r u á n . Este, a q u i e n el a l c a i d e le d e b í a vasallaje, a p e n a d o p o r e l d o l o r d e los jóvenes e n a m o r a d o s , envió u n a e m bajada a l p a d r e d e l a h e r m o s a Z a i d a . L a c o m i t i v a , c a r g a d a d e regalos, fue r e c i b i d a c o n c o r t e s í a e n e l castillo d e C e l i a . P e r o a l a h o r a d e tratar d e l enlace, e l a l c a i d e m a n i f e s t ó q u e Z a i d a y a estaba c o m p r o m e t i d a . L o s e m b a j a d o r e s n o d e s i s t i e r o n , t e m e r o s o s d e l a r e a c c i ó n d e A b ú M e r u á n , r e a c c i ó n q u e t a m b i é n temía e l a l c a i d e . P o r eso p u s o u n a c o n d i c i ó n q u e creyó i m p o s i b l e q u e p u d i e r a ser c u m p l i d a y , p o r o t r o l a d o , le d e j a r í a las m a n o s l i b r e s , q u e d a n d o a salvo su i n t e g r i d a d . P r o m e t i ó a c c e d e r a l m a t r i m o n i o c u a n d o las aguas d e l G u a d a l a v i a r r e g a r a n los c a m p o s d e C e l i a . L o s e m b a j a d o r e s d e l i b e r a r o n y , tras p e n s a r c ó m o h a c e r r e a l i d a d tan e x t r a ñ a s o l i c i t u d , p i d i e r o n u n p l a z o p a r a p o d e r a c o m e t e r e l p r o d i g i o , p l a z o q u e s e cifró e n c i n c o a ñ o s . C i e n t o s de h o m b r e s trabajaron n o c h e y día h o r a d a n d o la m o n t a ñ a q u e s e p a r a e l G u a d a l a v i a r d e los l l a n o s e n t o n c e s s e d i e n t o s d e C e l i a . P o c o a p o c o , p o r las e n t r a ñ a s d e l a t i e r r a , u n a c u e d u c t o — q u e e l C i d a d m i r a ría a ñ o s m á s t a r d e y q u e todavía h o y e s t e s t i m o n i o d e a q u e l a m o r — l a n zaría e l a g u a c l a r a d e l r í o e n c a j o n a d o a los c a m p o s a b i e r t o s d e l a l l a n a d a . F a l t a b a n m u y p o c o s días p a r a c u m p l i r s e e l p l a z o m a r c a d o y e l a g u a l l e g ó a Celia. E l joven A b e n r a c í n y Z a i d a , l a b e l l a m o r i c a d e C e l i a , p u d i e r o n cabalgar j u n t o s entre los trigales nuevos de su a m o r . [ T o m á s I . a g u í a , César, « L e y e n d a s y t r a d i c i o n e s . . . » , Teruel, 12 ( 1 9 5 4 ) , 127-129.]

193. I A P R I N C E S A M O R A Q U E B U S C Ó L A L I B E R T A D (SIGLO X-XI. FRÍAS DE A L R A R R A C Í N )

E n l a c o r t e m u s u l m a n a d e A l b a r r a c í n , e l rey t e n í a e n c e r r a d a a s u hija A i x a e n u n a l ó b r e g a h a b i t a c i ó n d e l alcázar r e a l . Estaba c o n f i n a d a allí p o r e l grave d e l i t o d e ser h e r m o s a y objeto d e u n p o s i b l e p a c t o c o n algún reyez u e l o s a r r a c e n o d e l q u e o b t e n e r p r o v e c h o . N a d i e , pues, l a p o d í a ver, n o f u e r a q u e los p l a n e s p a t e r n o s p u d i e r a n fallar. Sin embargo, u n a noche de verano en que el señor albarracinense se h a l l a b a ausente d e l a c i u d a d , A i x a l o g r ó salir d e l r e c i n t o a m u r a l l a d o y l a n zarse a la l i b e r t a d p o r los m o n t e s de Frías. Se e s c o n d i ó e n t r e las p a r e d e s d e u n s e m i d e r r u i d o c a s t i l l o , a c u y o p i e b r o t a b a u n a f u e n t e d e claras aguas. L a p r i n c e s a d i s f r u t ó así d e l a q u i e t u d d e l m o n t e , d e l v o l a r v e r t i g i n o s o d e los p á j a r o s , d e l s u s u r r o d e las hojas a l ser m e c i d a s p o r e l v i e n t o . . . Se s e n t í a l i b r e . 217

Agustín Ubie.ttt Arteta

E n l a c o r t e , e n c a m b i o , t o d o e r a i n q u i e t u d , pues s e t e m i ó q u e A i x a h a bía s i d o r a p t a d a . Se registró t o d a la c i u d a d , hasta el ú l t i m o r i n c ó n ; se recor r i ó el río; se e n v i a r o n emisarios a todos los castillos, i n c l u s o los cristianos. N a d i e s u p o d a r l a más m í n i m a n o t i c i a q u e p u d i e r a c o n d u c i r a l p a r a d e r o desconocido de la princesa. Se r e c u r r i ó , a s i m i s m o , a m a g o s y a d i v i n o s v e n i d o s de t o d o s los c o n f i n e s , pero ningún conjuro logró dar fruto. C u a n d o ya se desconfiaba del proced i m i e n t o , u n a h e c h i c e r a l l e g a d a d e a l - A n d a l u s l e d i j o a l rey q u e s u h i j a estaba viva, y q u e fue e l l a m i s m a q u i e n eligió l a l i b e r t a d . N o obstante, j a m á s p o d r í a h a l l a r l a , a u n q u e sí castigarla a d i s t a n c i a , si así lo deseaba. L a h e c h i c e r a , c o n e l b e n e p l á c i t o d e l rey, i d e ó u n castigo s i b i l i n o . Y a q u e l a m u c h a c h a deseaba v i v i r c o m o e l c o r z o y e l águila, c o m o éstos d e b í a suf r i r a l g u n o d e los rigores d e l a n a t u r a l e z a . L a c o n d e n ó así a q u e , s i e m p r e q u e a c u d i e r a a la f u e n t e a saciar su sed, las aguas d e l m a n a d e r o se retirar a n , c o m o así o c u r r i ó desde a q u e l día. H o y , c u a l q u i e r a que r e c o r r a c o n sosiego las m o n t a ñ a s d e Frías, c o m o h i c i e r a A i x a , p o d r á hallar la «fuente Mentirosa» o «Burlona», ú n i c a en toda la c o m a r c a de m a n a d e r o i n t e r m i t e n t e : tan p r o n t o e m e r g e su h i l o de cristal com o desaparece p o r algún ü e m p o . E n las r u i n a s próximas, A i x a , sin e m b a r g o , prefirió la l i b e r t a d a la espera i n t e r m i n a b l e en la sala lóbrega d e l p a l a c i o real. [Tomás Laguía, César, «Leyendas y tradiciones...», Teruel, 12 (1954), 138-140.]

194. E L T O R O D E O R O Q U E E S P E R A O C U L T O (SIGLO XI. AYERBE)

A v a n z a d o y a e l siglo x i , e l e m p u j e d e los ejércitos cristianos, a p o y a d o e n los c e r c a n o s e i n e x p u g n a b l e s castillos de M a r c u e l l o y de L o a r r e , o b l i g ó a los m u s u l m a n e s a a b a n d o n a r su t r a d i c i o n a l f o r t a l e z a de A y e r b e , q u e h a b í a serv i d o d u r a n t e tres siglos d e vigía f r e n t e a l paso n a t u r a l q u e e l r í o G a l l e g o abre h a c i a e l c o r a z ó n d e l viejo A r a g ó n . C o m o e l e m p e o r a m i e n t o d e l a situación fue p r o g r e s i v a , l a p r e p a r a c i ó n d e l a h u i d a o d e l a r e n d i c i ó n (pues m u c h o s m u s u l m a n e s o p t a r o n p o r quedarse) no f u e p r e c i p i t a d a . Se discutió e n t r e todos q u é h a c e r y, e n t r e las dec i s i o n e s a d o p t a d a s antes d e e m i g r a r , u n a l l a m a p o d e r o s a m e n t e l a a t e n c i ó n : la de f u n d i r todos los tesoros y objetos q u e l l e v a r a n o r o y m o d e l a r un herm o s o y g r a n d e t o r o d o r a d o , q u e d e c i d i e r o n o c u l t a r e n u n o d e los pasadizos s u b t e r r á n e o s d e l castillo ayerbense, e n e s p e r a d e q u e , u n a vez q u e m e j o r a r a la situación, volverían a r e c u p e r a r l o . L o c i e r t o e s q u e e l castillo m o r o d e A y e r b e pasó u n o s meses después a m a n o s d e los cristianos p a r a s i e m p r e y e l p a r a d e r o d e l t o r o d e o r o celosa218


m e n t e e s c o n d i d o s e convirtió e n u n secreto. S u e x i s t e n c i a estaba f u e r a d e t o d a d u d a , y l a n o t i c i a d e s p e r t ó l a c o d i c i a d e los n u e v o s s e ñ o r e s cristianos, q u e c o n t r a t a r o n a varios a d i v i n o s p a r a q u e les i n d i c a r a n el l u g a r exacto de s u u b i c a c i ó n , p u e s los m o r o s q u e p e r m a n e c i e r o n e n l a v i l l a j a m á s d i e r o n pista a l g u n a s o b r e e l p a r a d e r o e x a c t o d e l t o r o d o r a d o . Se contrataron, asimismo, jornaleros para que excavaran p o r turnos en e l aljibe d o n d e h a b í a n v a t i c i n a d o los a u g u r e s q u e s e h a l l a b a l a res d o r a d a . Y a p a r e c i e r o n a r m a s , u t e n s i l i o s varios y b e l l o s vasos de c e r á m i c a , p e r o d e l t o r o de o r o no h a b í a ni rastro, y eso q u e se h a b í a p r o f u n d i z a d o más de t r e i n t a m e t r o s . Tras varias semanas de a h o n d a r en la t i e r r a , se a b a n d o n ó al f i n l a b ú s q u e d a c o n l a b u r l a d e t o d o s y l a satisfacción í n t i m a d e los n u e v o s m u d e j a r e s ayerbenses. E l caso e s q u e todavía e n l a a c t u a l i d a d , d e c u a n d o e n c u a n d o , surge alg u i e n q u e trata d e h u r o n e a r e n t o r n o a l d e r r u i d o castillo q u e f u e r a d e los m o r o s , b u s c a n d o u n t o r o d e o r o q u e los m u s u l m a n e s ayerbenses e n t e r r a r o n e n espera d e t i e m p o s mejores. [ P r o p o r c i o n a d a p o r Añusca Aylagas, M a n u e l Bosque y Juncal Mallén, del C o l e gio N a c i o n a l « R a m ó n y Cajal». Ayerbe.]

195. L A C O N S T R U C C I Ó N D E L C A S T I L L O DE TRASMOZ (SIGLO xi. BORJA/TRASMOZ)

Paseaba u n día e l walí m o r o d e B o r j a p o r sus t e r r i t o r i o s c u a n d o llegó c e r c a d e l a p e q u e ñ a a l d e a d e T r a s m o z . A d m i r a d o p o r e l paisaje q u e s e d i visaba desde e l m o n t í c u l o e n e l q u e estaba extasiado, c o n e l M o n c a y o a l f o n d o , e x c l a m ó ante q u i e n e s l e a c o m p a ñ a b a n c u á n t o l e gustaría t e n e r u n a f o r t a l e z a allí. P o r c a s u a l i d a d , c o m o s u e l e n s u c e d e r estas cosas, pasaba c e r c a d e l walí y d e los suyos e n a q u e l m o m e n t o u n viejo h o m b r e m a l vestido y desaseado, c o n aspecto d e v a g a b u n d o y tan e x t r a ñ o q u e casi rayaba e n l o ridículo. A l oír las palabras d e l m a n d a t a r i o m o r o , el a n c i a n o , dirigiéndose a él, le d i j o q u e sería capaz d e c o n s t r u i r u n sólido e i n e x p u g n a b l e castillo e n u n a sola n o c h e si, a c a m b i o de e l l o , el walí le n o m b r a b a a l c a i d e p e r p e t u o . Tales p a l a b r a s p r o v o c a r o n l a risa d e todos, q u e t o m a r o n a l v a g a b u n d o p o r l o c o . I n c l u s o el walí, al q u e aquellas palabras le h a b í a n d i v e r t i d o y c a u sado r e g o c i j o , l e d i o a l b u e n h o m b r e u n a m o n e d a d e p l a t a y , p o r n o desair a r l o , l e p r o m e t i ó l a alcaldía e n caso d e q u e c u m p l i e r a s u p a l a b r a . Se despidió el viejo y siguió a d e l a n t e , hasta l l e g a r a la o r i l l a de un r i a c h u e l o d o n d e descansaban d e l trabajo d e l a j o r n a d a u n o s pastores. E n t a b l ó 219

Agustín Ubietu Arlela

conversación c o n ellos y les p r o p u s o q u e f u e r a n sus s e r v i d o r e s y guardas en el castillo q u e p r o n t o i b a a c o n s t r u i r s e sobre el m o n t í c u l o c e r c a n o a Trasm o z . L o s pastores, n a t u r a l m e n t e , t o m a r o n a q u e l l o a b r o m a y sólo p u d i e r o n b u r l a r s e d e l a n c i a n o y de su l o c u r a . P e r o e l e x t r a ñ o h o m b r e n o p a r e c í a i n m u t a r s e p o r tanta c h a n z a y , e r g u i d o sobre u n a v o l u m i n o s a roca, t o m a n d o u n viejo l i b r o e n s u m a n o d e r e c h a y u n a vela verde e n c e n d i d a e n l a i z q u i e r d a , leyó u n a serie d e c o n j u r o s i n i n teligibles y misteriosos: en ese preciso instante se desató u n a violentísima torm e n t a , c o n g r a n d e s t r u e n o s y rayos y un fortísimo h u r a c á n , ( a t a n d o t e r m i n ó , la n o c h e c u b r í a ya los c a m p o s y el m o n t e . A l día siguiente, c o n l a l u z t e n u e d e l a m a n e c e r , los habitantes d e l a zon a , entre ellos los pastores, p u d i e r o n o b s e r v a r u n a c o l o s a l f o r t a l e z a c o n c i n c o esbeltas torres q u e desafiaban a l c i e l o . A n t e l a p u e r t a , u n h o m b r e c i l l o de aspecto ridículo se d e c l a r a b a su a l c a i d e . [ B e l t r á n M a r t í n e z , A n t o n i o , Leyendas aragonesas, p á g . 155.]

196. I A V E N G A N Z A D E A B D E L M E L I C (SIGLO XI. AI.BARRACÍN)

A f i n e s d e l siglo X I , los t e r r i t o r i o s i n d e p e n d i e n t e s d e l a taifa d e A l b a r r a cín estaban r o d e a d o s de los de la i m p o r t a n t e taifa de Sarakusta, de los deM o l i n a . C u e n c a y A l p u e n t e , y d e u n o s minúsculos s e ñ o r í o s vasallos d e l C i d . Sus p e q u e ñ a s c o r l e s e r a n h e r v i d e r o s de c o n f a b u l a c i o n e s y las r e l a c i o n e s c o n los alcaides de sus fortalezas no estaban exentas de e p i s o d i o s más o menos i n t r i g a n t e s . E l s e g u n d o s e ñ o r i n d e p e n d i e n t e d e l a S a b i a , A b d e l m e l i c b e n Razín, tuv o ocasión d e vivir u n a d e estas intrigas e n e l castillo d e A d a k ú n , hoy A l a ron, d e l q u e era alcaide y vasallo suyo un tal O b a i d a l á , c u ñ a d o de A b d e l m e l i c , puesto q u e estaba casado c o n u n a h e r m a n a d e éste. T r a m ó c o n c u i d a d o y sigilo O b a i d a l á el asesinato de su c u ñ a d o y señor, h o m b r e y a mayor, c o n e l deseo d e s u c e d e r l e e n e l g o b i e r n o d e l a S a b i a . Para e l l o , invitó a su p a l a c i o a A b d e l m e l i c y a sus h o m b r e s de c o n f i a n z a , ofreciéndoles un banquete en el que c o r r i e r o n profusamente c o m i d a y vino. C u a n d o el s e ñ o r de Alacón creyó» l l e g a d o el m o m e n t o , sus e s b i r r o s se l a n z a r o n sobre A b d e l m e l i c y le h i r i e r o n g r a v e m e n t e . A n t e el d r a m a q u e se estaba p r o d u c i e n d o , l a h e r m a n a d e l a g r e d i d o — y esposa a l a vez d e l agres o r — p u d o s u b i r a l p i s o s u p e r i o r y solicitar a u x i l i o a l e x t e r i o r , d e m o d o q u e los s e r v i d o r e s de A b d e l m e l i c e n t r a r o n en el r e c i n t o y p r e n d i e r o n a los agresores, d e j a n d o c o n v i d a al t r a i d o r y a su h i j o , tal c o m o les pidió su señor, q u e yacía h e r i d o .

220

Leyendas para una hislona paralela del Aragón medieved

L o s o r g a n i z a d o r e s d e tan s a n g r i e n t o festín f u e r o n castigados c o n saña p a r a q u e s i r v i e r a d e e s c a r m i e n t o y A b d e l m e l i c — q u e salvó l a v i d a , a u n q u e l e q u e d a r o n cicatrices d e l a t e n t a d o — h i z o c o m p a r e c e r p ú b l i c a m e n t e a O b a i d a l á , su c u ñ a d o , o r d e n a n d o q u e le c o r t a r a n m a n o s y pies, q u e le vac i a r a n los ojos y, p o r fin, q u e f u e r a c r u c i f i c a d o a la vista de todos, c o m o así s e h i z o , d e s o y e n d o las súplicas d e s u h e r m a n a . E n c u a n t o a l h i j o d e l señor d e A l a c ó n , q u e era s u s o b r i n o y h a b í a p a r t i c i p a d o t a m b i é n e n l a c o n s p i r a c i ó n , d e c i d i ó dejarle e n l i b e r t a d , p e r o n o sin antes o r d e n a r q u e l e f u e r a c o r t a d o u n p i e p a r a q u e n u n c a l e p u d i e r a perseguir. H a y q u i e n , todavía hoy, cree oír en Alacón, j u n t o a las r u i n a s d e l castil l o , los l a m e n t o s d e u n a mujer, sin d u d a l a esposa d e O b a i d a l á , g e m i d o s por' el h i j o al q u e srr m a r i d o , el s e ñ o r de la S a h l a , castigara. [Bosch,

Joaquín,

Historia ele Albarraein...

II. Albarraein musulmán p á g s .

163-164.]

1 9 7 . E L T E S O R O E S C O N D I D O D E ALÍ M O H A L ( S I G L O X I . M O N R F A I , DFI. C A M P O )

Tras a r d u o s y sucesivos i n t e n t o s , R o d r i g o Díaz se a p o d e r ó , p o r fin, de V a l e n c i a . L a p o b l a c i ó n m u s u l m a n a p u d o p e r m a n e c e r e n sus casas, p e r o e l C i d gravó a estas c o m u n i d a d e s corr i n g e n t e s i m p u e s t o s y, en m u c h a s ocasiones, t u v i e r o n p r o b l e m a s p a r a r e u n i r e l d i n e r o . E l e x rey v a l e n c i a n o A l c a d i r e r a u n o d e los q u e tenían d i f i c u l t a d e s p a r a pagar s u c u o t a , d e m a n e r a q u e a c u d i ó a s o l i c i t a r ayuda a u n r i c o m o r o l l a m a d o Alí M o h a l . P e r o éste, u n v e r d a d e r o u s u r e r o , n o estaba d i s p u e s t o a prestar u n d i n e r o q u e c o n s i d e r a b a de difícil r e c u p e r a c i ó n , así es q u e c a r g ó sus i n m e n s o s tesoros en un n i r m e r o i n t e r m i n a b l e de muías y salió h u y e n d o h a c i a el i n t e r i o r d e l país. L l e g ó Alí M o h a l a S e g o r b e , d o n d e el t r i b u t o a pagar p o r su s e ñ o r se est i p u l a b a e n seis m i l d i n a r e s . P o r m i e d o a ser r e q u e r i d o p a r a o t r o p r é s t a m o , t a m b i é n huye). E n J é r i c a , la c a n t i d a d d e b i d a asceirdía a tres m i l diñares, q u e t a m p o c o estaba d i s p u e s t o a adelantar, y prosiguió, p o r lo tanto, su c a m i n o . En A l b a r r a c í n , el t r i b u t o todavía e r a más e l e v a d o , así es q u e ni se d e t u v o . E n ese constante d e a m b u l a r , Alí M o h a l s e dirigió a l a m p l i o valle d e l J i l o c a hasta e n c o n t r a r , e n las c e r c a n í a s d e M o n r e a l , u n l u g a r q u e estimó seguro p a r a g u a r d a r su i n m e n s o tesoro. Se trataba de urra cueva, la q u e h o y se con o c e c o m o «El C a ñ o d e l Gato» o , mejor, «La G r u t a d e l G a t o » . Invirtió bastante d i n e r o , a u n q u e , e n r e a l i d a d , e r a u n a parte í n f i m a d e s u r i q u e z a p a r a a d e c u a r y adecentar la cueva, d i s i m u l a n d o p e r f e c t a m e n t e la e n t r a d a p a r a q u e pasara i n a d v e r t i d a . Alí M o h a l convirtió l a o q u e d a d e n urra m a g n í f i c a v i v i e n d a , e n l a q u e s e e n c e r r ó c o n al m e n o s d o c e esposas, todas ellas bonitas y j ó v e n e s , q u e f u e s u m a n d o a su h a r é n en c a d a p o b l a c i ó n visitada. En las largas horas de cs221

Agustín Ulñeto Arteta

p e r a , p a r a m e j o r d i s i m u l a r sus tesoros, los i n t r o d u j o e n sacos cosidos c o n pieles de gato. U n día, Alí M o h a l fue d e s c u b i e r t o c a b a l g a n d o p o r l a c o m a r c a y , a t o d a p r i s a , se e s c o n d i ó en su cueva p a l a c i o . P a r a m a y o r s e g u r i d a d , d e c i d i ó tapiar l a e n t r a d a , p e r o p r o v o c ó u n m o v i m i e n t o d e rocas, d e m o d o q u e e l desp r e n d i m i e n t o c e r r ó p o r c o m p l e t o e l acceso, e n t e r r a n d o p a r a s i e m p r e a l u s u r e r o . P o r eso g e n e r a c i o n e s de ayer y de h o y h a n b u s c a d o el tesoro, pero sólo h a n h a l l a d o huesos h u m a n o s y restos de bolsas de p i e l . [Datos proporcionados como «El Caño del Gato», por Ángel Fuertes, Miguel A. Sánchez, Ángel Villava y Alberto Villar. Colegio «Ntra. Sra. del Pilar». Monreal del Campo.]

198. L A S R E V U E L T A S M U S U L M A N A S P R E V I A S A LA RECONQUISTA DE SARAKUSTA (SIGLO XII. Z A R A G O Z A )

A p r i n c i p i o s d e l siglo X I I — p o c o antes d e ser r e c o n q u i s t a d a l a c i u d a d p o r los cristianos q u e c a p i t a n e a r a A l f o n s o I el B a t a l l a d o r — se r e s p i r a b a en Sarakusta u n a m b i e n t e d e d e s c o n t e n t o y d e absoluta a n a r q u í a c o m o p o n í a n d e m a n i f i e s t o los p e q u e ñ o s p e r o c o n t i n u o s i n t e n t o s d e sublevación c o n t r a el rey taifal de la Aljafería. U n a d e aquellas h a b i t u a l e s algaradas tuvo c o m o p r o t a g o n i s t a p r i n c i p a l a u n a h e r m o s í s i m a m u j e r q u e h a c í a algún t i e m p o s e h a b í a q u e d a d o v i u d a , u n a m o r a l l a m a d a A d e l f a , q u e h a b i t a b a e n u n o d e los más suntuosos p a l a cios árabes d e l a c i u d a d . C a s i todos los h o m b r e s i m p o r t a n t e s d e l r e i n o zar a g o z a n o p r e t e n d í a n s u a m o r , p e r o sólo u n tal A b u h a s a l e m c o n s i g u i ó q u e A d e l f a se fijara en él y a c e p t a r a sus p r o p o s i c i o n e s . E r a éste s o b r i n o d e l rey A m a d D o l a , que acababa de abandonar exiliado la c i u d a d forzado p o r la v i c t o r i o s a sublevación d e B e n A l h a g . O t r o d e los n o t a b l e s sarakustíes t o t a l m e n t e r e n d i d o y a p a s i o n a d o p o r l a v i u d a A d e l f a e r a Z i l a , q u i e n , celoso, sin d u d a a l g u n a , a p r o v e c h ó e l estado d e a n a r q u í a r e i n a n t e e n l a c i u d a d p a r a d i r i g i r h á b i l m e n t e sus ataques c o n tra A b u h a s a l e m , a f i r m a n d o q u e éste s e h a b í a q u e d a d o e n Sarakusta p a r a derrocar al usurpador B e n A l h a g y reconquistar el trono abandonado a la f u e r z a p o r s u tío. A b u h a s a l e m i n t e n t ó d e f e n d e r s e a t o d a costa d e l a m u l t i t u d q u e l o acusaba, p e r o n a d a p u d o h a c e r y f i n a l i z ó p e r d i e n d o l a v i d a e n l a r e v u e l t a , a u n q u e n o s i n antes acabar é l m i s m o c o n l a d e l e m b u s t e r o e i n sígante Zila. C u a n d o l a s a n g r i e n t a p e l e a e n t a b l a d a entre los b a n d o s e n d i s c o r d i a s e h a l l a b a e n s u p l e n o a p o g e o , l a v i u d a A d e l f a f u e p u e s t a a salvo p o r T e ó f i l o , u n esclavo c r i s t i a n o d e los m o r o s , q u e l a c o n d u j o y o c u l t ó e n l a c a p i l l a d e 222


S a n t a M a r í a l a M a y o r . P a s a r o n a l g u n o s días y A d e l f a , q u e h a b í a r e f l e x i o n a do sobre t o d o lo s u c e d i d o , pidió ser b a u t i z a d a y se convirtió al C r i s t i a n i s m o . Y si p o c o se sabe de e l l a u n a vez l i b e r a d a Z a r a g o z a p o r A l f o n s o I el B a tallador, sí al m e n o s q u e d a n n o t i c i a s de q u e su cadáver f u e s e p u l t a d o en las c a t a c u m b a s , j u n t o c o n los i n n u m e r a b l e s m á r t i r e s d e Z a r a g o z a . [Sánchez Pérez, José A . , El Reino de Aragón, págs. 105-111.]

199. E L T E S O R O D E C A Ñ A R D A (SIGLO XIL CASTELLOTE)

L a s p o b l a c i o n e s m u s u l m a n a s d e los a l r e d e d o r e s h a b í a n i d o c a y e n d o u n a tras o t r a en m a n o s de los cristianos, p e r o el g o l p e d e f i n i t i v o a estas tierras d e l B a j o A r a g ó n l o asestó e l rey A l f o n s o II, a m p a r a d o e n las O r d e n e s M i l i t a r e s : los m u s u l m a n e s estaban s i e n d o e m p u j a d o s h a c i a e l M e d i t e r r á n e o . E n aquellas c o n d i c i o n e s , l a suerte d e los m o r o s d e Castellote estaba e c h a d a , p u e s t o q u e n o c a b í a esperar a y u d a n i n g u n a . ( a t a n d o los habitantes m o r o s d e C a s t e l l o t e t u v i e r o n l a certeza d e q u e sus h o r a s c o m o d o m i n a d o r e s estaban contadas, c o m o o c u r r i e r a e n tantas otras p o b l a c i o n e s , c o m e n z a r o n a p e n s a r e n l a h u i d a , q u e n o p o d í a t o m a r otra dirección que la d e l reino musulmán de Valencia. C o m o les e r a i m p o s i b l e llevarse e n c i m a todas las q u e h a b í a n s i d o sus p e r t e n e n c i a s , y c o m o , al fin y al c a b o , p e n s a b a n q u e la g r a v e d a d de la situación p o d í a a t e m p e r a r s e e i n c l u s o restablecerse la situación a n t e r i o r , a n tes de salir de C a s t e l l o t e d e c i d i e r o n e n t e r r a r un valioso y g r a n tesoro en la m o n t a ñ a l l a m a d a d e C a ñ a r d a , c e r c a d e l c o n o c i d o « c h o r r o d e san J u a n » , j u n t o a u n a s curiosas sepulturas a n t r o p o m o r f a s abiertas e n l a p i e d r a tosca. Allí lo e n c o n t r a r í a n en el s u p u e s t o caso de q u e la situación m e j o r a r a y p u d i e r a n regresar. P u s i e r o n g u a r d a s vigilantes e n todos los p u n t o s d o m i n a n t e s d e l a z o n a p a r a asegurarse q u e n a d i e p o d í a ver d ó n d e s e e s c o n d í a e l tesoro, d e m a n e r a q u e j a m á s h a s i d o e n c o n t r a d o p o r n a d i e . C o m o ellos t a m p o c o p u d i e r o n regresar p a r a r e c u p e r a r l o , p e r m a n e c e o c u l t o hasta hoy. L o tínico q u e sabían o , m e j o r d i c h o intuían los m o z á r a b e s q u e e s p e r a b a n l a liberación e r a q u e se trataba de un tesoro de g r a n valor, tanto es así q u e la voz p o p u l a r h a r e c o g i d o esta a p r e c i a c i ó n e n u n o s versos r o m a n c e a d o s : «Cañarda, Cañardón, hay más o r o en la garrocha de Cañarda q u e vale t o d o A r a g ó n » . [Recogida oralmente.] 223


200. L A E T E R N A E S P E R A DE IA MORA DE GUADAIAVIAR (SIGLO XII. G U A D A I A V I A R )

L a suerte estaba e c h a d a . L o s g u e r r e r o s cristianos d o m i n a b a n l a situación p o r d o q u i e r . (Atando l e t o c ó l a h o r a a l r e i n o s a r r a c e n o d e A l b a r r a c í n , q u e n o p o d í a esperar a y u d a a l g u n a , l a m a y o r parte d e l a p o b l a c i ó n m o r a p e r m a n e c i ó en sus casas, p e r o sus p r i n c i p a l e s responsables políticos huyer o n h a c i a el L e v a n t e y el Sur. E n t r e los e m i g r a n t e s , m a r c h ó p r e s u r o s o u n jinete l l e v a n d o a l a g r u p a d e s u m o n t u r a a u n a j o v e n y b e l l a m o r a . C o m o e l peso d e a m b o s d i f i c u l t a b a l a h u i d a , a l l l e g a r a l p i e d e l a M u e l a d e San J u a n , a l a e n t r a d a d e u n a e n o r m e g r u t a , el j i n e t e s a r r a c e n o d e s c a b a l g ó a la j o v e n , d i c i é n d o l e q u e le e s p e r a r a allí hasta su regreso, en el q u e todavía c o n f i a b a . L a «cueva d e l a m o r a » , a u n q u e n i g r a n d e n i p r o f u n d a , tiene e n sus e n trañas r e c ó n d i t a s m o r a d a s y q u e b r a d o s pasadizos, de m o d o q u e la gente, tem e r o s a , no se atreve a entrar. Lo c i e r t o es q u e la b e l l a joven m u s u l m a n a , tras q u e d a r s e t o t a l m e n t e sola, se a p o s e n t ó en la o q u e d a d y se d i s p u s o a esperar cuanto tiempo fuera preciso. M i e n t r a s , los victoriosos ejércitos cristianos, i m p a r a b l e s en su avance, se a p o d e r a r o n p o r c o m p l e t o d e l r e i n o a l b a r r a c i n e n s e , d e m o d o q u e e l regres o a l p a s a d o m u s u l m á n , q u e h a b í a sido g l o r i o s o , fue i m p o s i b l e . P e r o l a bel l a joven siguió e s p e r a n d o a su c a b a l l e r o . Todavía a h o r a hay q u i e n dice q u e , a ñ o tras a ñ o , el día de san J u a n , c u a n do las p r i m e r a s luces d e l día i l u m i n a n las c u m b r e s de la M u e l a de San J u a n y van i n v a d i e n d o c o n l e n t i t u d las gargantas y valles q u e c o n f l u y e n en el valle d e l brioso Guadaiaviar, la m u c h a c h a sale de la cueva y, sentándose a la vera de u n a fuente clara q u e m a n a j u n t o a la m i s m a , se la ve p e i n a r pausadamente, sin p r i sa a l g u n a , su larga y n e g r a cabellera c o n un p e i n e de o r o , sirviéndole las aguas de espejo. L u e g o , t e r m i n a d o su tocado, regresa a la cueva p a r a salir sólo al a ñ o siguiente, e s p e r a n d o e t e r n a m e n t e presa de tan singular e n c a n t a m i e n t o . rTomás L a g u í a , César, « L e y e n d a s y t r a d i c i o n e s . . . » , Teruel, 12 ( 1 9 5 4 ) , 143-144.] * H a s t a n o h a c e m u c h o , los m o z o s d e l a c o m a r c a , j u n t o c o n sus j ó v e n e s esposas, solían a c u d i r a c e l e b r a r j u n t o a l a f u e n t e — c o m o « F u e n t e d e los Mozos» s e l e c o n o c e — e l s e g u n d o b a n q u e t e tras las n u p c i a s , e s p e r a n d o q u e l a c o n s t a n c i a y l a f e e n u n a p r o m e s a , c u a l f u e e l caso d e l a b e l l a m u c h a c h a m o r a , f o r taleciera el vínculo recién estrenado.

201. E L T E S O R O D E I A R E I N A M O R A (SIGLO XII/XIII. CUEVAS DE CAÑART)

D e u n o d e los múltiples c o m b a t e s más o m e n o s i m p o r t a n t e s q u e s e l i b r a r o n d u r a n t e la R e c o n q u i s t a entre los m u s u l m a n e s y los cristianos, la le224


y e n d a c u e n t a q u e e n é l m u r i ó u n rey m o r o e n p l e n o c a m p o d e b a t a l l a , d e j a n d o tras de sí a su v i u d a y un h i j o de escasa e d a d . E n m e d i o d e a q u e l l a p e l e a , y antes d e q u e los v e n c e d o r e s cristianos p u d i e r a n a p o d e r a r s e c o m o b o t í n d e los b i e n e s f a m i l i a r e s , l a r e i n a v i u d a y s u p e q u e ñ o hijo h u y e r o n al galope de su caballo, tratando de buscar un refug i o s e g u r o . L l e v a b a n c o n s i g o u n e n o r m e y f a b u l o s o tesoro q u e , p a r a p o d e r c a b a l g a r más d e p r i s a y p o n e r a salvo sus vidas, e s c o n d i e r o n en tierras aled a ñ a s a l p u e b l o d e Cuevas d e C a ñ a r t , c o n l a e s p e r a n z a d e p o d e r r e c u p e r a r l o a l g i i n d í a si el signo de la g u e r r a se les t o r n a r a f a v o r a b l e . Quizás t e m e r o s o s p o r l a p e r s e c u c i ó n q u e , sin d u d a , s e h a b r í a o r g a n i z a d o p a r a darles a l c a n c e , n o t u v i e r o n e n c u e n t a l a difícil o r o g r a f í a p o r l a q u e cabalgaban y acabaron despeñados en un lugar i n d e t e r m i n a d o , de m o d o q u e d e s a p a r e c i d o s e n e l f o n d o d e algún b a r r a n c o m a d r e e h i j o q u e d ó p a r a s i e m p r e i g n o r a d o e l l u g a r d o n d e s e h a l l a e l tesoro. S e cree q u e , m u c h o t i e m p o después d e q u e s u c e d i e r a n estos h e c h o s , u n pastor c r i s t i a n o e n c o n t r ó el tesoro p o r p u r a c a s u a l i d a d y, tras m a r c a r c o n v e n i e n t e m e n t e el t e r r e n o , fue a buscar a y u d a a su p u e b l o p a r a r e c u p e r a r l o y trasladarlo en caballerías. S i n e m b a r g o , c u a n d o el pastor regresó al l u g a r a c o m p a ñ a d o p o r varios de sus vecinos, no sólo h a b í a d e s a p a r e c i d o de n u e vo el tesoro, sino t a m b i é n los materiales y utensilios q u e h a b í a d e j a d o c o m o m a r c a y señal. P o r eso, aún b u s c a n p o r las c e r c a n í a s d e Cuevas d e C a ñ a r t d e c u a n d o e n c u a n d o q u i e n e s c o n o c e n esta h i s t o r i a , c o n l a e s p e r a n z a d e h a l l a r e l tesoro d e l a r e i n a m o r a q u e s e q u e d ó v i u d a y h u í a c o n s u h i j o . [Recogida oralmente.]

202. L A M O R A D E L A B A S A (SIGLO XIV. GISTAÍN)

L a s n a t u r a l e s d i f e r e n c i a s existentes e n t r e los c r i s t i a n o s y los m o r o s , q u e m u c h a s veces f u e r o n solventadas d e m a n e r a v i o l e n t a , p r o d u j e r o n , sin eluda, s u f r i m i e n t o e n t r e las gentes sencillas d e u n o y o t r o p u e b l o , p e r o t a m b i é n a veces e n t r e los p o d e r o s o s q u e h a b i t a b a n los p a l a c i o s y las casas señoriales. No es de extrañar, p o r lo tanto, que m u c h o s d e c i d i e r a n elegir l a s o l e d a d , quizás a m a n e r a d e p r o t e s t a , c o m o l e d e b i ó s u c e d e r a l a p r i n cesa m o r a d e esta h i s t o r i a q u e , h a s t i a d a d e t a n t o e n f r e n t a m i e n t o , d e c i d i ó p e r d e r s e p o r las bellas m o n t a ñ a s d e Gistaín p a r a h a c e r d e ellas s u m o r a d a , y más c o n c r e t a m e n t e en la basa o p e q u e ñ o i b ó n p i r e n a i c o c e r c a n o a P l a n y a Saravillo, h u y e n d o de la belicosa v i d a d e l l l a n o o d e l valle. F u e tan feliz allí y se identificó tanto n u e s t r a p r i n c e s a a g a r e n a c o n el ibón d e c u y o paisaje h i z o s u m o r a d a — p o r eso s e l e l l a m a r á desde e n t o n -

225


ees l a «basa d e l a m o r a » — q u e , c u a n d o a l cabo d e l t i e m p o m u r i ó , tanto s u espíritu s e n c i l l o c o m o s u e n d e b l e c u e r p o d e b i e r o n q u e d a r sepultados e n e l f o n d o p e d r e g o s o de sus aguas s i e m p r e l i m p i a s . E l c u e r p o d e l a p r i n c e s a m o r a j a m á s h a sido h a l l a d o , p e r o e s s a b i d o que s u espíritu s e e n c a r n a c a d a m a ñ a n a d e l día d e san J u a n d e c a d a a ñ o , d e m o d o q u e , c u a n d o los rayos d e l sol i n u n d a n e i l u m i n a n p o r c o m p l e t o l a soseg a d a s u p e r f i c i e de la basa, su a l m a se hace visible. S u r g e e n t o n c e s la p r i n cesa majestuosa, b e l l a y j o v e n sobre la s u p e r f i c i e límpida d e l a g u a fría y b a i l a c o n c a d e n c i a a r m o n i o s a u n a d a n z a i n t e r m i n a b l e . A p a r e c e vestida c o n culebras de todos los c o l o r e s q u e se e n r o s c a n en sus brazos y en sus p i e r n a s , y en t o r n o a su c u e l l o y su c i n t u r a . L l e v a n todas las sierpes i n c r u s t a d a pedrería de o r o y corales, de p l a t a y d i a m a n t e s . D u r a n t e la m a ñ a n a de c a d a día d e san J u a n , e l espíritu d e l a p r i n c e s a , q u e c o n t i n ú a sintiéndose l i b r e , baila y baila. C o n v i e n e , n o obstante, añadir q u e n u e s t r a s o l i t a r i a p r i n c e s a n o p u e d e ser vista p o r c u a l q u i e r a esa m a ñ a n a d e S a n J u a n d e c a d a a ñ o , s i n o q u e sólo se hace visible a q u i e n e s p r e v i a m e n t e h a n p u r i f i c a d o su c u e r p o , o al menos su cara, en las aguas frías d e l estanque, s i e m p r e q u e t e n g a n su c o r a z ó n limpio. [Dueso Lascorz, Nieus-Luzía, Leyendas de VAlto Aragón, págs. 9-10.]

203. I A M O R A E N C A N T A D A D E BASTARÁS (SIGLO XIV. BASTARÁS)

No es n o r m a l h a l l a r leyendas o noticias de m o r a s encantadas de cuya p r e s e n c i a se d e r i v a r a n efectos m a l i g n o s , p u e s todas s u e l e n n a r r a r historias b e n i g n a s o, al m e n o s , i n o c u a s , s i e n d o casi s i e m p r e aceptadas c o n c a r i ñ o p o r los cristianos q u e las o b s e r v a n . S i n e m b a r g o , no es este el caso de la m o r a d e Bastarás. N u e s t r a m o r a encantada, q u e vivía en la cueva de Chaves, tenía a t e m o r i zados a todos los pastores q u e apacentaban sus rebaños p o r aquellos montes, puesto que se veían o b l i g a d o s a a l i m e n t a r l a y p r o c u r a r que no se enojara. U n día tras o t r o , e l pastor a l q u e l e c o r r e s p o n d í a p o r t u r n o r i g u r o s o , deb í a acercarse a la o q u e d a d y dejar, sobre u n a b a n d e j a de m i m b r e , u n a h o gaza g r a n d e d e p a n t i e r n o y , a l l a d o , u n c á n t a r o d e a g u a c r i s t a l i n a . A l m a r charse, d e b í a r e t i r a r la b a n d e j a y el c á n t a r o vacíos d e l día anterior. S i algún día, p o r causas imprevistas, faltaba e n l a c u e v a l a p i t a n z a , c a b í a esperar c u a l q u i e r m a l d a d d e l a e n c a n t a d a m o r a : o r a e l l o b o m a t a b a varias ovejas, o r a se q u e b r a b a la pata d e l p e r r o pastor y a m i g o . Así es q u e p r o c u r a b a n no faltar a la c i t a d i a r i a .

Leyendas para una hislmia paralela del Aragón medieval

C r e y e r o n a l g u n o s , sobre t o d o forasteros, q u e n o e r a m o r a s i n o a n i m a l y g r a n d e q u i e n c o m í a y b e b í a e l p a n y e l agua. E s t a b a n e q u i v o c a d o s , pues l a m o r a , q u e n o s e d e j a b a ver e n t o d o e l a ñ o — y d e a h í l a d u d a — , t o m a b a p r e s e n c i a c o r p o r a l c a d a m a ñ a n a d e l día d e san J u a n . E n t o n c e s , s i algún desc r e í d o varón l l e g a b a a s u a l c a n c e l o h e c h i z a b a y l o m e t í a e n l a cueva, d o n d e l o d e s p o s a b a , p a r a acabar m u r i e n d o a l c a b o d e tres meses, c o m o sucediera en alguna ocasión. P o r eso, todos los días los pastores c u m p l í a n c o n e l t r i b u t o . [Beltrán, A n t o n i o , Leyendas aragonesas, págs. 102-103.]

204.

IA M O R A E N C A N T A D A DE SALI AÓN (SIGLO X F V .

EL GRADO)

E l a g u a d e l a c t u a l e m b a l s e d e E l G r a d o e s c o n d e u n f o n d o bastante r u goso y a c c i d e n t a d o . E n t r e los c o l l a d o s y alcores q u e h o y están o c u l t o s a los ojos, existía u n o l l a m a d o «Sallaón» c u y o s i g n i f i c a d o e x p l i c a b a l a gente c o m o d e f o r m a c i ó n d e l a frase «¿en sale a ú n ? » , p o r q u e e n t i e m p o s , c u a n d o el r í o C i n c a y sus a r r o y u e l o s a n u e n t e s se s e c a b a n c o n el estío, los varios m a n a d e r o s existentes en este paraje d a b a n a g u a a t o d o s los p u e b l o s de los a l r e d e d o r e s , q u e a c u d í a n allí c o n sus c á n t a r o s e n p e r m a n e n t e p r o c e s i ó n . D a d o e l r i g o r d e l a c a n í c u l a , q u i e n e s l l e g a b a n a l paraje t e m e r o s o s d e q u e el a g u a h u b i e r a d e j a d o de m a n a r p r e g u n t a b a n a los q u e r e g r e s a b a n o est a b a n aún l l e n a n d o sus c á n t a r o s : «¿en sale a ú n ? » , o sea, «salaón», es d e c i r , «Sallaón». Pues b i e n , e n Sallaón, a d e m á s d e los p o z o s d e a g u a c l a r a y fresca q u e d a b a n de b e b e r a los p u e b l o s d e l c o n t o r n o , abrían sus fauces varias cuevas, e n tre las cuales destacaba u n a q u e , a u n q u e n o t e n í a l a b o c a o e n t r a d a m u y g r a n d e , era p r o f u n d a , m u y o s c u r a y r a m i f i c a d a p o r d e n t r o . E n esta c u e v a m i s t e r i o s a , vivía u n a m o r a e n c a n t a d a q u e , c o n s e r v á n d o s e s i e m p r e e t e r n a m e n t e j o v e n , p e r m a n e c í a allí a pesar de q u e sus c o r r e l i g i o n a r i o s h a b í a n a b a n d o n a d o el l u g a r bastantes lustros antes. En t o r n o a la m o r a encantada, en la que j a m á s dejaba h u e l l a alguna el paso d e l t i e m p o , c o r r e t e a b a n j u g u e t o n e s siete traviesos m o r i c o s , tal vez h i j o s d e a q u e l h o m b r e c r i s t i a n o q u e u n día pasó p o r d e l a n t e d e l a c u e v a busc a n d o u n o s hatos de l e ñ a y no r e g r e s ó n u n c a c o n los suyos, e n a m o r a d o y e n c a n t a d o p o r l a a g a r e n a . M a d r e e hijos s e e s c o n d í a n s i e m p r e d e l a l u z d e l día, y sólo se les p o d í a ver, m e j o r i n t u i r , desde lejos, c u a n d o , en c a d a ocaso, las s o m b r a s d e los p i c a c h o s c i r c u n d a n t e s d e s c e n d í a n l e n t a m e n t e p o r l a lad e r a d e Sallaón. L o c i e r t o e s q u e c a d a n u e v o a m a n e c e r , los p o z o s s i e m p r e estaban l i m p i o s y a r r e g l a d o s sus accesos. S i n d u d a a l g u n a , el p a d r e c r i s t i a n o de los m o 227

Agustín Ulneto Arteta

ricos traviesos, e n a m o r a d o e t e r n a m e n t e d e l a h e r m o s a m o r a , d e c i d i ó q u e darse c o n e l l a y regalar, a su vez, a las gentes cristianas y sencillas d e l c o n t o r n o e l c u i d a d o d e los m a n a d e r o s . [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r R o s a r i o T o b e ñ a A r a s a n z , d e F.l Grado. C o l e g i o «San V i c e n t e de Paúl». Barbastro.]

205. E L A M O R D E Z O R A I D A Y LOS AIARIFES DE T E R U E L ( S I G L O XLV. T E R L E L )

A p r i n c i p i o s d e l siglo X I V , los cristianos t u r o l e n s e s d e c i d i e r o n a d o s a r u n a t o r r e a las iglesias de S a n Martín y S a n S a l v a d o r y p a r a e l l o se c o n v o c ó u n c o n c u r s o entre alarifes c r i s t i a n o s y m u s u l m a n e s . T r a s p r e s e n t a r los p r o y e c t o s , se d e c i d i ó e n c o m e n d a r c a d a u n a de ellas a sendos alarifes m u dejares turolenses, O r n a r y Abdalá, a m i g o s entre sí, y cuyos proyectos tenían g r a n d e s semejanzas. S i n e m b a r g o , la a m i s t a d q u e les u n í a se convirtió en o d i o p u e s t o q u e u n día, c u a n d o c a m i n a b a n j u n t o s , v i e r o n e n u n a v e n t a n a a Z o r a i d a , u n a b e l l a m u c h a c h a m o r a , q u e cautivó a a m b o s . N i n g u n o c e d i ó e n sus p r e t e n s i o n e s y , c a d a u n o p o r s u l a d o , f u e a h a b l a r c o n M o h a m a d , su p a d r e , m i e n t r a s e l l a estaba i n d e c i s a sobre a cuál de los dos e l e g i r p a r a marido. Las obras c o m e n z a r o n e l m i s m o día. O r n a r , las d e l a t o r r e d e S a n M a r tín; Abdalá, las de S a n Salvador. D a d a s las d i v e r g e n c i a s q u e a h o r a les separ a b a n a causa d e Z o r a i d a , c u b r i e r o n las torres c o n a n d a m i a j e s , d e m o d o que n i n g u n o viera lo que el otro hacía. Mientras p r e s i o n a r o n a M o h a m a d q u i e n , ante e l d i l e m a , resolvió e n t r e g a r l a m a n o d e s u h i j a a a q u e l q u e f i n a l i z a r a antes su t o r r e , s i e m p r e q u e reflejara la p e r f e c c i ó n y b e l l e z a mostradas e n e l p r o y e c t o respectivo. Abdalá e s t a b l e c i ó relevos, i n c l u s o e n h o r a s d e c o m e r ; O r n a r , b u r l a n d o la vigilancia policial, organizó turnos de noche. La actividad era frenética, p e r o n a d i e c o n o c í a los p r o g r e s o s d e a m b o s , hasta q u e u n d í a O r n a r a n u n ció e l t é r m i n o d e sus obras. H a b í a g a n a d o l a c a r r e r a y , c o n e l l a , l a m a n o d e Zoraida. A n t e la p o b l a c i ó n c o n c e n t r a d a a sus p i e s , se q u i t a r o n los a n d a m i a j e s q u e c u b r í a n la t o r r e : lacerías, c o l u m n i l l a s , estrechas ventanas, azulejos y ajedreces i b a n m o s t r á n d o s e a los a d m i r a d o s t u r o l e n s e s . O r n a r g o z a b a d e su o b r a y de su t r i u n f o . Sin embargo, c u a n d o la torre se mostró al comp l e t o , s u a u t o r lanzó u n g r i t o d e a n g u s t i a y d e s e s p e r a c i ó n : e n l u g a r d e erg u i r s e recta h a c i a el c i e l o a z u l , creyó q u e la t o r r e a p a r e c í a a la vista l i g e r a mente i n c l i n a d a , un o p r o b i o que no podía admitir su o r g u l l o de maestro a l a r i f e . L a s prisas p a r e c í a n h a b e r s i d o malas consejeras d e m o d o q u e as228


t e n d i ó a lo a l t o de la t o r r e y se lanzó al vacío, p r e f i r i e n d o la m u e r t e a u n a v i d a sin a m o r y s i n h o n o r . P o c o s días después A b d a l á e n t r e g ó su t o r r e y g a n ó la m a n o de Z o r a i d a . T e r u e l i n c o r p o r a b a p a r a los siglos v e n i d e r o s d o s joyas auténticas. [ G a r u a r í a , J a i m e d e , «Las t o r r e s d e T e r u e l » , e n Relatos..., p á g s . 57-68.]

206. L A L O S A M O R A (SIGLO XIV)

Q u i e n e s d e f i e n d e n l a t e o r í a d e q u e e n las altas t i e r r a s p i r e n a i c a s apenas s i h u b o m o r o s están e n u n c r a s o e r r o r , a u n q u e , p o r d e s c o n t a d o , s u i n f l u e n c i a f u e m u c h o m e n o r allí q u e e n e l l l a n o i b é r i c o e n e l q u e h a b í a g r a n d e s c i u d a d e s h a b i t a d a s p o r m u s u l m a n e s . L o c i e r t o e s q u e los e j e m p l o s d e l a e s t a n c i a d e m o r o s e n las t i e r r a s altas, d e q u e b r a d o s y b e l l o s parajes, s o n a b u n d a n t e s y a l g u n o s de sus r e c u e r d o s s o n c i e r t a m e n t e p o é ticos y b e l l o s , c u a l p u d i e r a ser e l caso d e l a m o r a d e S a r a v i l l o y sus alrededores. En u n a o c a s i ó n , o c u r r i ó , y así lo r e c u e r d a n todavía los cristianos viejos d e estas tierras, q u e u n a m o r a , todavía j o v e n y c o n c a p a c i d a d p a r a amar, l l o raba de manera desoladora la p r e s u m i d a muerte del h o m b r e al que quería, pues h a c í a t i e m p o q u e n o sabía a b s o l u t a m e n t e n a d a d e é l d e s p u é s d e haber s a l i d o a h a c e r la g u e r r a . D e s c o n s o l a d a y t e m e r o s a ante a q u e l l a d u d a q u e l e a t o r m e n t a b a n o c h e y día, la m o r a dejé) su casa y c u a n t o en e l l a tenía y d e c i d i ó c a m i n a r sin r u m b o f i j o e n busca d e s u h o m b r e m o r o . I b a v a g a n d o d e valle e n valle, p r o c u r a n d o n o ser vista p o r n a d i e . L l e v a b a u n a pesada losa sobre s u cabeza, m i e n t r a s h i l a b a h e b r a s de l i n o p a r a p o d e r tejer suaves camisas y desgranaba m r i l t i p l e s o r a c i o n e s d e d i c a d a s a su D i o s en b u s c a de c o n s u e l o . U n día n o más f e l i z q u e otros, e n u n paraje a p a r t a d o y l l e n o d e s i l e n cios, h a l l ó los restos m o r t a l e s d e l h o m b r e a l q u e b u s c a b a , q u e estaban todavía e n v u e l t o s e n l a c h i l a b a q u e e l l a l e tejiera ante e l t r e p i d a r d e l a l e ñ a que ardía en el hogar. Descargó c o n m i m o y sumo c u i d a d o , c o m o si de u n a p l u m a d e ave s e tratara, l a l o s a p e s a d a q u e t r a n s p o r t a b a e n l a c a b e z a y c u b r i ó c o n e l l a p a r a s i e m p r e al m o r o de sus s u e ñ o s . Allí se c o n s e r v a todavía y p u e d e verse la «losa m o r a » p a r a d a r t e s t i m o n i o de lo s u c e d i d o a c u a n t o s g u a r d a n u n á p i c e d e s e n s i b i l i d a d e n s u espíritu a u n q u e r e c e n a otro Dios. [ A n d o l z , R a f a e l , « D i c h o s v h e c h o s d e l A l t o a r a g ó n . M a s c ú n m i s t e r i o s o » , Folletón del Altoaragón, 22 ( 1 9 8 1 ) , p á g . v i u . ]

Agustín Vbieto Arlela

207. E L T E S O R O D E L A M O R A D E S I R E S A ( S I G L O S X T V - X V . SIRESA)

E n u n o d e los f r o n d o s o s bosques cercanos a l p u e b l o d e Siresa, e n e l mism o c o r a z ó n d e l P i r i n e o , vivía t o t a l m e n t e a p a r t a d a y e s c o n d i d a d e l resto d e l m u n d o u n a m o r a c u y a i l i m i t a d a c o d i c i a l e h a b í a l l e v a d o a atesorar u n i m p o r t a n t e n ú m e r o de objetos religiosos, entre los q u e destacaban varios cálices y c r u c e s de o r o . N a d i e sabía a c i e n c i a c i e r t a d ó n d e estaba el e s c o n d i t e d e tanta r i q u e z a a c u m u l a d a , pues l a e n i g m á t i c a m o r a e r a m u y celosa c o n sus joyas y n u n c a se h a b í a d e l a t a d o . O c u r r i ó q u e c i e r t o día u n pastor d e Siresa q u e , tras h a b e r d e j a d o a b u e n r e c a u d o a sus ovejas, regresaba c a n s a d o a su casa, e n c o n t r ó p e r d i d o en m e d i o d e l m o n t e u n p r e c i o s o y valioso cáliz. F e l i z p o r e l i n e s p e r a d o y b o n i t o h a l l a z g o , m e t i ó la c o p a en su z u r r ó n y se a p r e s u r ó a l l e v a r l o al p u e b l o disp u e s t o a c o n t a r a sus c o n v e c i n o s lo q u e le h a b í a s u c e d i d o . C u a n d o estaba y a m u y p r ó x i m o a l m o n a s t e r i o d e S a n P e d r o d e Siresa, el pastor sintió u n a p r e s e n c i a q u e lo perseguía a u n a c i e r t a d i s t a n c i a , así es q u e a p r e s u r ó el paso y f u e a refugiarse a t o d a prisa d e n t r o de la iglesia d e l c e n o b i o entre cuyas p a r e d e s se sintió a salvo. Y a s í era r e a l m e n t e , pues q u i e n l o p e r s e g u í a n o e r a o t r a q u e l a m o r a sol i t a r i a , q u i e n n o p o d í a e n t r a r e n e l t e m p l o p o r ser r e c i n t o sagrado, l o c u a l s i g n i f i c a b a p e r d e r e l cáliz. Esta situación l e c o n t r a r i ó d e tal m a n e r a q u e , convertida en u n a t r e m e n d a serpiente, d i o un coletazo en el banco de pied r a d e l a e n t r a d a a l t e m p l o . T a n t r e m e n d o fue e l g o l p e q u e s u h u e l l a q u e dó grabada para siempre. [Gari, Ángel, La tradición pagana..., págs. 36-87.]

208. L A L A R G A E S P E R A DE IA REINA M O R A (SIGLO XV. RASAL)

B u e n a p a r t e d e las f a m i l i a s d e los m o r o s q u e vivían e n l a a l d e a d e Rasal — c u a n d o estas tierras y las de los l l a n o s de A y e r b e y de H u e s c a , más allá de las m o n t a ñ a s , f u e r o n r e c o n q u i s t a d a s p o r los c r i s t i a n o s — se q u e d a r o n a viv i r allí, d o n d e t e n í a n raíces d e siglos. P e r o l a p e q u e ñ a c o m u n i d a d m u d e j a r d e R a s a l , a pesar d e c o n v i v i r pacíf i c a m e n t e c o n l a c r i s t i a n a , f u e agostándose p o c o a p o c o hasta q u e d a r ext i n g u i d a , a u n q u e b u e n a p a r t e de sus c o s t u m b r e s y de su l é x i c o f u e r o n asum i d o s p o r los c o n q u i s t a d o r e s . N o obstante, e s s a b i d o q u e a l f i n a l q u e d ó u n a sola m u j e r — u n a r e i n a m o r a , según n o s r e l a t a l a t r a d i c i ó n — q u e h a b í a s i d o e n c e r r a d a h a c í a siglos, 230


e n e l d e l a r e c o n q u i s t a d e Rasal, sin d u d a . D e b i ó ser e n c e r r a d a p a r a salvar s u v i d a p o r e l rey m o r o e n e l m o m e n t o d e l a h u i d a p r e c i p i t a d a , e s p e r a n d o v o l v e r a R a s a l p a r a rescatarla c u a n d o las cosas se c a l m a r a n o i n c l u s o p u d i e ran recuperar su tierra. Vivía y vive aún l a r e i n a m o r a e n u n a c o n o c i d a cueva q u e s e abre m u y c e r c a d e l a e r m i t a d e N u e s t r a S e ñ o r a d e los Ríos, d o n d e sigue e s p e r a n d o p a c i e n t e a l rey m o r o a l q u e a m a b a y d e l q u e , sin d u d a , todavía sigue enamorada. L a r e i n a m o r a apenas s e deja ver a l a l u z d e l día, p e r o t o d o e l m u n d o sab e e n Rasal q u e u n día a l a ñ o los m a n a n t i a l e s q u e m a n a n c e r c a d e l a e r m i t a d e l a V i r g e n s e secan p o r c o m p l e t o , sin d u d a p o r q u e l a r e i n a m o r a , desde su c u e v a y al a m p a r o de la n o c h e , los obstruye c o n t i e r r a y ramas. Es, sin d u d a , más q u e d e p r o t e s t a u n r e c o r d a t o r i o p o r l a situación secular e n l a q u e se e n c u e n t r a . T o d o s saben q u e e l día e n q u e s u a m o r y rey m o r o regrese p a r a rescatarla y l l e v a r l a c o n s i g o , p o r q u e q u e d a r s e a vivir allí no p a r e c e p r o b a b l e , dejará d e o b s t r u i r los m a n a n t i a l e s q u e f l u y e n e n t o r n o a l a e r m i t a d e N u e s t r a S e ñ o r a de los Ríos, d o n d e b e b e n a g r a d e c i d o s q u i e n e s se a c e r c a n a rezar a la V i r g e n y a ver si t i e n e n la suerte de i n t u i r s i q u i e r a la silueta t e n u e de la reina mora. [Recogida oralmente.]

209. E L T E S O R O D E E L C A S T E L L A R (SIGLO X V . CASTFJÓN DE VALDEJASA)

S i todavía l o e s h o y e n a l g u n o s aspectos, a n t a ñ o e l c u r s o d e l río E b r o constituyó u n o b s t á c u l o difícil d e salvar d a d o s los m e d i o s t é c n i c o s existentes. Pasar de la o r i l l a i z q u i e r d a a la d e r e c h a c o n garantías de é x i t o e r a el p r i n c i p a l r e t o p l a n t e a d o a los ejércitos cristianos, p r o b l e m a q u e no se solventó hasta q u e p u d o ser r e c o n q u i s t a d a Z a r a g o z a , y a e n e l siglo X I I . Lo q u e sí h i c i e r o n los reyes p a m p l o n e s e s y aragoneses fue levantar fortificaciones vigía e n l a o r i l l a i z q u i e r d a , c o m o las d e M i l a g r o ( « m i r a d o r » ) , V a l t i e r r a , A r g u e d a s , E l Castellar o j u s l i b o l («deus l o v o l » ) , q u e s e c o n v i r t i e r o n e n p u n t o s estratégicos d e n t r o d e l sistema ofensivo-defensivo. El Castellar, a d e m á s de su alto v a l o r estratégico, t e n í a el añadido de su sal, tan i m p o r t a n t e hasta e l siglo X I X , d e m o d o q u e a u n d e n t r o d e l m u n d o c r i s t i a n o o r i g i n ó disputas s u p e r t e n e n c i a , c o m o l a p r o t a g o n i z a d a p o r e l o b i s p o p a m p l o n é s p o r t e n e r l o d e n t r o d e sus límites d i o c e s a n o s . Es en este c o n t e x t o estratégico d o n d e se d e b e ubicar, según la l e y e n d a , l a h u i d a h a c i a e l é x o d o d e los m o r o s q u e n o a c e p t a r o n l a conversión p r o 231


p u g n a d a por F e r n a n d o TT de Aragón, c o m o o c u r r i e r a en Castilla, de m o d o q u e a b a n d o n a r o n sus casas de m a n e r a p r e c i p i t a d a , dirigiéndose desde la m o r e r í a d e E l Castellar h a c i a los m o n t e s d e Castejón d e Valdejasa, aprovec h a n d o las d i f i c u l t a d e s d e l t e r r e n o y la vegetación. En su apresurada h u i d a — p e n s a n d o en la llegada de mejores tiempos y, p o r lo tanto, en la p o s i b i l i d a d de v o l v e r a sus casas algún d í a — , p o r t e m o r a q u e les f u e r a n confiscados, e s c o n d i e r o n varias arquetas repletas de m o r a be tinos. E i d e a r o n un sistema cabalístico q u e sólo ellos c o n o c í a n p a r a esc o n d e r su tesoro y p o d e r l o r e c u p e r a r el día d e l regreso. P e r o l a v u e l t a n o tuvo l u g a r n u n c a y , a u n q u e s e h a e n c o n t r a d o a l g u n a m o n e d a suelta, el tesoro de El Castellar sigue o c u l t o . Quizás las e n c i n a s y los quejigos más viejos tengan la clave; quizás esté en a l g u n a p a r e d d e r r u i da de l a d r i l l o y teja á r a b e . [Dalos p r o p o r c i o n a d o s p o r X a v i e r Abadía Sanz, de la U n i v e r s i d a d de Zaragoza.]

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5. EL MUNDO JUDÍO

210. E L C I D E X P U L S A A L O S J U D Í O S DE TAMARITE (SIGLO XII. T A M A R I T E )

T o d a la c o m u n i d a d cristiana, que había vivido c o m o mozárabe en Tam a r i t e , estalló e n u n a a u t é n t i c a f i e s t a p a r a c e l e b r a r l a l i b e r a c i e m d e l a v i l l a y d e l c a s t i l l o d e l d o m i n i o m u s u l m á n p o r e l e m p u j e i m p a r a b l e d e los e j é r c i t o s d e l rey a r a g o n é s . A b s o l u t a m e n t e t o d o s s e l a n z a r o n a l b o r o z a d o s a las calles, q u e e r a n r e c o r r i d a s u n a y o t r a vez p o r g r u p o s d e j ó v e n e s q u e d a n z a b a n c r u z a n d o palos entre sí r e c o r d a n d o tantas l u c h a s pasadas entre cristianos e i n f i e l e s . Esta m a n e r a de festejo y de r e m e m o r a r a q u e l difícil p a sado p e r d u r ó d u r a n t e siglos e n t r e l a p o b l a c i ó n t a m a r i t a n a , a u n q u e l u e g o se p e r d i e r a . Tras la l i b e r a c i ó n , p o c o a p o c o se fue o r g a n i z a n d o la v i d a d e l n u e v o Tam a r i t e , e l c r i s t i a n o . A l p r i n c i p i o , c o n c i e r t o temor, c o m o e s lógico, pues todavía q u e d a b a e n p i e , d e n s a m e n t e p o b l a d o y a m e n a z a n t e , e l i m p o r t a n t e enclave m o r o de L é r i d a , q u e estaba d e m a s i a d o c e r c a n o y e r a los s u f i c i e n t e m e n t e p o d e r o s o c o m o p a r a p o d e r estar t r a n q u i l o s . P o r deseo e x p r e s o de los reyes de Aragón, los cristianos t u v i e r o n q u e a p r e n d e r a c o n v i v i r c o n los m o r o s q u e d e s e a r o n p e r m a n e c e r a l c u i d a d o d e sus antiguas tierras — l o s a h o r a l l a m a d o s m u d e j a r e s — a u n q u e e s c i e r t o q u e m u c h o s de ellos p r e f i r i e r o n e m i g r a r j u n t o c o n sus c o r r e l i g i o n a r i o s a Lérid a p e n s a n d o e n s u f u e r o i n t e r n o e n regresar algún día n o m u y lejano. Y t a m b i é n p e r m a n e c i e r o n e n t r e los v e n c e d o r e s a l g u n o s m i e m b r o s d e l a com u n i d a d j u d í a , vistos y sentidos en a q u e l l o s m o m e n t o s de i n c e r t i d u m b r e y temor c o m o miembros de u n a raza maldecida. T e m í a n todavía los cristianos t a m a r i t a n o s q u e estos j u d í o s — a u n q u e n o eran muy numerosos pero, en general, bien acomodados económicamente m e r c e d a su tradicional actividad m e r c a n t i l — se rebelasen c o n t a n d o c o n la a y u d a de los h e b r e o s de Lérida, p o r lo q u e i n t e n t a r o n h a l l a r solución a sus t e m o r e s b u s c a n d o y h a l l a n d o l a a y u d a d e l f a m o s o R o d r i g o Díaz d e Vivar, e l 233


r e n o m b r a d o C i d C a m p e a d o r , t e r r o r d e l a m o r i s m a , q u i e n , e n efecto, r e d u jo y e c b ó f u e r a de T a m a r i t c a t o d o s los judíos q u e en e l l a h a b í a , a c c i ó n todavía más q u e s o r p r e n d e n t e c u a n d o e r a n o t o r i o q u e p a r a e n t o n c e s e l C i d ya había fallecido. [Moner, Joaquín M . , f¡istmia de Tamarite, págs. 105-106.]

211. L O S A M O R E S D E J U A N E L H E R R E R O Y LA B E L L A HEBREA ( S I G L O S XII-XIII. V E R U E I A )

L a construcción d e l m o n a s t e r i o d e V e r u e l a c o n g r e g ó — c o m o era hab i t u a l e n casos s i m i l a r e s — a u n a i m p o r t a n t e m u l t i t u d d e c a n t e r o s , e b a nistas, c a l e r o s , v i d r i e r o s y c o n o c e d o r e s d e l o s m á s d i v e r s o s o f i c i o s l l e g a d o s d e t o d o s l o s c o n f i n e s , p o r l o q u e n o e s e x t r a ñ o q u e f u e r a a p a r a r allí también el herrero J u a n , un extranjero venido al pie del M o n c a y o de no s e sabe q u é l a t i t u d e s , u n h o m b r e s o l i t a r i o y h u i d i z o d e t o d o s los d e m á s y que, al p o c o t i e m p o de llegar, acabó p o r enamorarse de u n a j o v e n y b e l l a m u c h a c h a j u d í a q u e vivía c o n sus p a d r e s e n e l v e c i n o p u e b l o d e Trasmoz. A u n q u e j a m á s llegó a c r u z a r ni u n a sola p a l a b r a c o n la m u c h a c h a de sus s u e ñ o s , y m e n o s p a r a d e c l a r a r l e e l a m o r q u e s e n t í a p o r e l l a , e l h e c h o d e q u e J u a n m e r o d e a r a c o n s t a n t e m e n t e e n sus ratos d e a s u e t o y p o r las n o c h e s e n t o r n o a s u casa a c a b ó p o r a l e r t a r a l p a d r e , q u e , s i n m á s d i l a c i ó n , utilizó t o d a s u i n f l u e n c i a p a r a c o n s e g u i r q u e e l c a p a t a z r e s p o n s a b l e d e las o b r a s d e l m o n a s t e r i o l e d e s p i d i e r a s i n d a r l e n i n g ú n t i p o d e e x p l i caciones. Coincidió el despido de Juan de la obra c o n la propagación del r u m o r d e q u e l a j o v e n h e b r e a i b a a casarse c o n u n m u c h a c h o d e o r i g e n f r a n c é s , así e s q u e e l h e r r e r o J u a n , m o v i d o sin d u d a a l g u n a p o r los celos, logró alcanzar aquella misma noche la alcoba de su amada c o n intención de quitarle l a v i d a p a r a tratar d e evitar así q u e f u e r a d e o t r o h o m b r e , p e r o afort u n a d a m e n t e l a m u c h a c h a y a h a b í a a b a n d o n a d o l a casa y a n d a b a d e camino. L a d e c e p c i ó n d e J u a n f u e tal q u e d e c i d i ó q u i t a r s e l a v i d a allí m i s m o clavándose en el corazón su p r o p i o puñal. Y si el hallazgo de su c u e r p o sin vida ya constituyó u n a auténtica sorpresa, pues n a d i e podía esperar alg o así d e u n h o m b r e t a n r e t r a í d o y p a c í f i c o , m a y o r a s o m b r o c a u s ó t o d a vía e l h e c h o d e q u e d e s u c u e r p o sin v i d a n o s a l i e r a n i u n a s o l a g o t a d e sangre. E l cadáver d e J u a n , e l h e r r e r o d e V e r u e l a , u n h o m b r e s o l i t a r i o y h u i d i z o , q u e m u r i ó p o r a m a r a u n a m u c h a c h a j u d í a , f u e e n t e r r a d o f u e r a d e l te234


r r e n o sagrado d e l m o n a s t e r i o , a l p i e d e u n o d e los t o r r e o n e s d e l r e c i n t o m u r a d o q u e se estaba l e v a n t a n d o e n t o n c e s . Y su a l m a en p e n a g i m e lastim e r a m e n t e todavía c o n c a d a t o r m e n t a q u e rasga e l c i e l o d e V e r u e l a e n las n o c h e s sin l u n a . [ S e r r a n o D o l a d e r , A l b e r t o , El Monc/iyo..., p á g s . 56-57.]

212. E L M I L A G R O S O H A L I A Z G O D E L C U E R P O DE SANTO DOMINGUITO DE VAL ( S I G L O XIII. Z A R A G O Z A )

H i j o de un notario, el niño D o m i n g o de Val había nacido en Zaragoza e n 1243, e n t r a n d o a f o r m a r p a r t e d e l c o r o d e S a n Salvador, l a seo zaragoz a n a , i g l e s i a d e l a q u e e r a secretario s u p a d r e . L a f a m i l i a vivía e n u n a casa c e r c a n a a la a l j a m a j u d í a . ( a t a n d o e l p e q u e ñ o D o m i n g o — D o m i n g u i t o l e l l a m a b a casi t o d o e l m u n d o q u e l e c o n o c í a — h a b í a c u m p l i d o siete a ñ o s , tuvo l u g a r u n h o r r e n d o h e c h o q u e t e r m i n ó c o n s u v i d a . A l parecer, u n a p r a g m á t i c a q u e h a b í a sido h e c h a pública en la aljama hebrea ofrecía librar de determinados i m puestos o g r a v á m e n e s a a q u e l j u d í o q u e e n t r e g a r a un n i ñ o c r i s t i a n o p a r a ser s a c r i f i c a d o y r e n o v a r de esta m a n e r a la Pasión de C r i s t o . S e m e j a n t e r e c l a m o i n d u j o a un j u d í o l l a m a d o A l b a y a c e t o a r a p t a r a D o m i n g u i t o q u e , u n a vez e n t r e g a d o e n l a sinagoga, f u e c r u c i f i c a d o c o n tres clavos, a d e m á s d e a b r i r l e e l costado c o n u n a l a n z a . E l n i ñ o , c o n u n a v a l e n tía i m p r o p i a de su e d a d , m u r i ó c a n t a n d o motetes y gozos, los q u e h a b í a aprendido en el coro catedralicio. P a r a tratar d e o c u l t a r e l c r i m e n , tanto e l r a p t o r c o m o los asesinos cort a r o n l a c a b e z a y m a n o s d e l n i ñ o , y los t i r a r o n a u n p o z o d e l E b r o , m i e n t r a s enterraban secretamente el c u e r p o cerca de la o r i l l a d e l p r o p i o río. N a t u r a l m e n t e , c o n f o r m e pasaba el t i e m p o y el n i ñ o no regresaba a su casa, se b u s c ó p o r t o d a l a c i u d a d sin h a l l a r e l m e n o r rastro d e él. U n día, u n o s pescadores q u e s e h a l l a b a n l a n z a d o las redes e n l a o r i l l a d e l E b r o v i e r o n b r i l l a r u n a i n t e n s a y fantástica l u z . E l h e c h o les e x t r a ñ ó tanto q u e lo p u s i e r o n en c o n o c i m i e n t o de las a u t o r i d a d e s c i u d a d a n a s y r e l i giosas, q u i e n e s d e c i d i e r o n a h o n d a r c o n p i c o s bajo l a señal l u m i n o s a , hal l a n d o el c u e r p o sin v i d a de D o m i n g u i t o , a la vez q u e la cabeza y las m a n o s del niño aparecieron también de manera milagrosa. C o m o es natural, la c i u d a d se c o n m o c i o n ó , y un gentío e n o r m e se conc e n t r ó p a r a l l e v a r los restos m o r t a l e s d e D o m i n g u i t o desde l a iglesia d e San G i l hasta S a n Salvador, e s decir, l a Seo z a r a g o z a n a . [ R i n c ó n , W. y R o m e r o , A . , Iconografía... II, p á g . 38.]

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213. E L M O N A S T E R I O D E S A N M I G L J E L D E F O C E S , A S A L T A D O (SIGLO XLV. A L Q U É Z A R )

E l siglo X I V t e n í a siete a ñ o s d e v i d a y nos h a l l a m o s e n Alquézar. E n u n a calle e m p i n a d a c o m o tantas otras, la de S a n G r e g o r i o , vivía y a b r í a su tiend a u n m o d e s t o m e r c a d e r j u d í o l l a m a d o Lcví, u n h o m b r e v i u d o , c u y o único tesoro e r a su h i j a Esther. L a joven h e b r e a , d e e x t r a o r d i n a r i a h e r m o s u r a y suave voz, estaba perm a n e n t e m e n t e i n v a d i d a p o r l a tristeza sin q u e n a d i e s u p i e r a e l m o t i v o d e l a m i s m a , e x c e p t o e l l a . P e r o g u a r d a b a c e l o s a m e n t e s u secreto, sin c o m p a r tirlo ni con su mejor amiga, otra m u c h a c h a hebrea. S ó l o E s t h e r y n o s o t r o s sabemos q u e a q u e l l a p e r e n n e tristeza se d e b í a a la a u s e n c i a d e l j o v e n t r o v a d o r p r o v e n z a l q u e un día l l e g a r a a Alquézar y se e n a m o r a r a de él. D e s d e q u e se m a r c h ó a su t i e r r a , sólo p e n s a b a en el m o m e n t o d e volver a verle. L a i m a g e n d e M a n f r e d o s i e m p r e estaba e n s u m e n te, lo q u e h a c í a q u e p r e s e n t a r a ese s e m b l a n t e e n t r e i d o y triste. P r o c u r ó el p a d r e a p l i c a r c u a n t o s r e m e d i o s estaban a su a l c a n c e p a r a pal i a r el m a l q u e d e s c o n o c í a , p e r o t o d o fue en v a n o . Así es q u e se d e c i d i ó p o r u n l i l t i m o i n t e n t o . P a r a l o g r a r l o , contraté) Lcví a u n o s d e s a l m a d o s f o r a j i d o s sin d e c i r n a d a a n a d i e , y les e n c o m e n d é ) la tarea de traerle a su p r e s e n c i a al c o m e n d a d o r d e San M i g u e l d e Foces, h o m b r e versado e n misteriosas c i e n cias. C o n t o d a s e g u r i d a d , é l t e n d r í a l a solución. L o s h o m b r e s c o n t r a t a d o s , a r m a d o s c o n espadas y puñales, asaltaron el c o n v e n t o sanjuanista. El caos se a p o d e r ó d e l a m b i e n t e m i e n t r a s las llamas c o m e n z a b a n a d e v o r a r l o t o d o . L o s frailes de S a n M i g u e l r o d e a r o n a su com e n d a d o r p a r a tratar d e d e f e n d e r l e , a u n q u e f u e e n v a n o . L a b a r b a r i e f u e tal q u e p u d o c o n l a v i d a d e todos, e x c e p t o c o n l a d e l c o m e n d a d o r , cuyos secretos y artes mágicas a n s i a b a n los salteadores. San M i g u e l d e F o c e s q u e d ó d e s t r u i d o ; M a n f r e d o n o r e g r e s ó d e s u tier r a ; Leví pagó c o n s u v i d a e l r e s u l t a d o d e tan d e s p r o p o r c i o n a d o a m o r p a t e r n o ; y al rostro de E s t h e r no le llegó la sonrisa. [ G a r c í a Ciprés, G r e g o r i o , « L o s Foces, r i c o s - h o m b r e s de A r a g ó n » , Linajes de Aragón, vi ( 1 9 1 5 ) , 423-425." Ayer be, S a l v a d o r .VI d e , A través del Soinontano..., p á g s . 119-127.] a

214.

LA V E N G A N Z A

D E L JUDIO

N O B L E

(SIGLO ¿ X V ? IRIECA)

U n a joven muchacha —perteneciente a una influyente y noble familia d e j u d í o s aragoneses c u y o p a d r e s e d e d i c a b a a l c o m e r c i o — h a c í a a l g u n o s días q u e se sentía bastante e n f e r m a , a q u e j á n d o l e un e x t r a ñ o y d e s c o n o c i -

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do m a l . Y, aunque externamente no mostraba signo alguno de dolencia, la r e a l i d a d era q u e l a m u c h a c h a s e sentía a b s o l u t a m e n t e i n c a p a z d e salir d e s u h a b i t a c i ó n , p u e s t o q u e n o q u e r í a ver a n a d i e . L o s mejores y más a f a m a d o s físicos judíos — q u e s i e m p r e h a b í a n s i d o rep u t a d o s c o m o los m e j o r e s d e l país y e r a n c o n s u l t a d o s p o r las más i m p o r tantes f a m i l i a s d e l r e i n o , i n c l u i d a l a d e l r e y — n o a c e r t a b a n a atajar d e m a nera alguna la enfermedad, alcanzando como m u c h o a diagnosticarla c o m o «mal d e a m o r e s » . T o t a l m e n t e d e s e s p e r a d o p o r la angustia de ver en a q u e l estado a su h i j a , y c o m o ú l t i m o r e c u r s o a su a l c a n c e , a c u d i ó el p a d r e de la m u c h a c h a (a pesar de las d i f e r e n c i a s religiosas q u e les s e p a r a b a n ) a un f r a i l e a l q u i m i s t a q u e g o z a b a d e n o t a b l e f a m a , solicitándole q u e l e p r e p a r a r a u n brebaje c o n e l q u e i n t e n t a r l a c u r a c i ó n . E l f r a i l e , q u e n o estaba m u y s e g u r o d e p o d e r acertar c o n l a f ó r m u l a p r e c i s a — i n c l u s o c o n m i e d o a q u e f u e r a c o n t r a p r o d u c e n t e su a p l i c a c i ó n — , se n e g ó a a c c e d e r a las p r e t e n s i o n e s d e l n o b l e judío, d á n d o l e las e x p l i c a c i o n e s p e r t i n e n t e s q u e éste se n e g ó a aceptar. A i r a d o e l j u d í o y , sin d u d a , e n l o q u e c i d o p o r l a d e s e s p e r a c i ó n d e verse sin a m p a r o , no asimiló la r a z o n a d a negativa d e l f r a i l e a l q u i m i s t a y tirdió en s u m e n t e o b n u b i l a d a u n a t r e m e n d a v e n g a n z a . C o n t r a t ó a u n a b a n d a d e facinerosos y, aprovechando la oscuridad de la noche, c u a n d o la c o m u n i d a d se h a l l a b a r e z a n d o m a i t i n e s el día de san J u a n Bautista, fiesta d e l monaster i o , todos los frailes f u e r o n a c u c h i l l a d o s hasta m o r i r . U n a e n o r m e m a n c h a n e g r u z c a , visible todavía hoy, d e l a t a e n e l m u r o i n t e r n o d e l a estancia d o n d e r e z a b a n los frailes l a sangre i n o c e n t e d e r r a m a d a e n a q u e l l a n o c h e aciaga. [Ferrer, Escolástico, «Rutas turísticas, 2. Ibieca», folletón del Altoaragón, 2 (1980), 3.]

215. EL A U G U R I O DE VICENTE FERRER (SIGLO XV. CAIATAYUD)

E l f a m o s o fraile y p r e d i c a d o r v a l e n c i a n o V i c e n t e F e r r e r — c u y a i n t e r vención en la r e u n i ó n c a s p o l i n a p a r a e l e g i r rey de A r a g ó n a la m u e r t e de Martín I e l H u m a n o f u e r a tan d e c i s i v a — r e c o r r i ó c o n s t a n t e m e n t e todos los c a m i n o s d e Aragón p r e d i c a n d o l a p a l a b r a d e l E v a n g e l i o , l a b o r evangelizad o r a d e d i c a d a f u n d a m e n t a l m e n t e a l a conversión a l c r i s t i a n i s m o d e u n a p o b l a c i ó n judía q u e , e n m a y o r o m e n o r n ú m e r o e n c a d a caso, h a b i t a b a e n la m a y o r p a r t e de nuestras c i u d a d e s , villas y aldeas. E n c i e r t a o c a s i ó n , V i c e n t e F e r r e r creyó n e c e s a r i o salirse d e l a r u t a q u e l l e v a b a trazada y d e c i d i ó a c u d i r a C a i a t a y u d , a c o m p a ñ a d o p o r a l g u n o de sus discípulos, p a r a tratar la conversiém de los j u d í o s b i l b i l i t a n o s , pues le


c o n s t a b a q u e seguían a b s o l u t a m e n t e ternes e n sus creencias, p e r o l a p o blación e n t e r a , i n c l u i d a l a c r i s t i a n a , estimó i m p r o c e d e n t e l a m e d i d a , lleg a n d o i n c l u s i v e a a p e d r e a r al p r e d i c a d o r y a sus a c o m p a ñ a n t e s , tal c o m o parece q u e l e o c u r r i e r a e n e l m i s m o V a l e n c i a y e n otras c i u d a d e s , según relatos similares. A n t e a q u e l l a a c t i t u d n o sólo a m e n a z a d o r a s i n o r e a l d e los b i l b i l i t a n o s , p u e s t o q u e tuvo q u e s o p o r t a r u n a u t é n t i c o v e n d a v a l d e p i e d r a s y l o d o , e l f r a i l e y sus acólitos se p u d i e r o n p o n e r a d u r a s p e n a s a c u b i e r t o hasta q u e amainé) e l t e m p o r a l , p u e s los g u a r d a s d e l a c i u d a d d i s p e r s a r o n a sus p e r s e g u i d o r e s . C u a n d o se d e c i d i ó a salir de la casa d o n d e se h a b í a c o b i j a d o , se dirigió a los p o c o s v i a n d a n t e s q u e aún q u e d a b a n p o r la c a l l e y p r e d i j o q u e l a c i u d a d d e C a l a t a y u d s e vería i n u n d a d a p o r los ríos J a l ó n y J i l o c a q u e c o n f l u í a n a las p u e r t a s d e l a m u r a l l a , c o m o castigo d i v i n o a l a o p o s i ción r e c i b i d a . V i n i e n d o d e q u i e n h a b í a v e n i d o tan t e r r i b l e p r o f e c í a , e s n a t u r a l q u e e l m i e d o se a p o d e r a r a de las gentes de C a l a t a y u d , q u e t e m í a n p o r sus casas y h a c i e n d a s . P e r o f u e e n t o n c e s c u a n d o san I ñ i g o , a l a sazón p a t r ó n d e l a c i u d a d , h i z o saber a todos sus habitantes q u e tal desastre no o c u r r i r í a m i e n t r a s los b i l b i l i t a n o s s i g u i e r a n p r o f e s á n d o l e a él la d e b i d a devoción, c o m o así ocurrió. [Recogida oralmente.]

216. I A C O N V E R S I Ó N D E L O S J U D Í O S D A R O C E N S E S (SIGLO XV. DAROCA)

D i s c u r r í a u n d í a d e l mes d e j u n i o d e 1444. L a f a m a d e los C o r p o r a l e s e r a y a tal q u e e l P a p a h a b í a c o n c e d i d o u n j u b i l e o , q u e f u e p r e g o n a d o a los c u a t r o v i e n t o s , t a n t o q u e a D a r o c a l l e g a r o n gentes d e t o d o e l m u n d o . H a b í a c r i s t i a n o s , m o r o s y j u d í o s ; gentes s e n c i l l a s y g u e r r e r o s ; reyes, p r e l a d o s , c a b a l l e r o s . . . L a s calles e r a n u n a u t é n t i c o h e r v i d e r o , u n c o n s t a n t e i r y venir. A q u e l día l l e g ó t a m b i é n u n e n i g m á t i c o p e r e g r i n o , q u e l o g r ó h o s p e daje e n l a casa d e u n a l i n a j u d a f a m i l i a d a r o c e n s e , l a d e l b a r ó n F r a n c i s c o d e E z p e l e t a . E n sus estancias, r e i n a b a l a a l e g r í a , p e r o l a d u e ñ a d e l a casa, a l v e r a l j o v e n r o m e r o , q u e estaba t o t a l m e n t e c a l l a d o , q u e d ó e n t r i s t e c i d a d a d o el parecido que el m u c h a c h o tenía c o n su hijo desaparecido. N o t a r o n sus h u é s p e d e s e l c a m b i o d e h u m o r d e l a d u e ñ a d e l a casa e i n q u i r i e r o n el porqué. Contó la dueña cómo su hijo — e n a m o r a d o de la hija de un potentado judío, llamado Manases y no p u d i e n d o soportar el c o n f i n a m i e n t o y l a m u e r t e d e ésta p o r s u p a d r e — m a t ó a l j o v e n h e b r e o q u e d e s e a b a casarse c o n e l l a , p o r l o q u e t u v o q u e h u i r . A h o r a , e l j o v e n

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r o m e r o q u e s e h o s p e d a b a e n s u casa, q u e p e r m a n e c í a e n s i l e n c i o , l e rec o r d a b a a s u h i j o A l v a r a d o . T o d o s v o l v i e r o n los ojos h a c i a él, p e r o e l per e g r i n o siguió c a l l a d o . F r a n c i s c o de E z p e l e t a , p a r a r o m p e r la tensión c r e a d a , invitó a todos a sal i r a la calle y e s c u c h a r la p a l a b r a d e l f r a i l e V i c e n t e F e r r e r , en u n a de sus múltiples i n t e r v e n c i o n e s p a r a tratar de atraer a los j u d í o s al c r i s t i a n i s m o . E n l a p l a z a , l a voz majestuosa y los a r g u m e n t o s d e l d o m i n i c o v a l e n c i a n o l o g r a r o n q u e c i e n t o diez, j u d í o s s o l i c i t a r a n l a conversión, d e s t a c a n d o e n t r e ellos M a n a s e s . N a t u r a l m e n t e , c u a n d o r e g r e s a r o n todos a casa, t o d o lo visto y o í d o f u e objeto de n u e v a y a n i m a d a conversación. Más q u e n u n c a la a n c i a n a y el barón estaban p e n d i e n t e s d e l p e r e g r i n o , c a d a vez más triste, t a n t o q u e n o p a só d e s a p e r c i b i d o p a r a todos los d e m á s . Le i n v i t a r o n a hablar, y el j o v e n , e n tre l l o r o s o y e m o c i o n a d o , se c o n f e s ó ser un g r a n p e c a d o r . P o c o a p o c o fue c o n t a n d o l a h i s t o r i a d e l a b e l l a h e b r e a m u e r t a p o r s u p a d r e , e l asesinato d e su r i v a l y su h u i d a y p e r e g r i n a r c o m o r o m e r o . A l v a r a d o se abrazó a su m a d r e y todos c e l e b r a r o n el r e e n c u e n t r o . [Beltrán, José, «Los cien m i l peregrinos», en Tradiciones y leyendas..., págs. 105-113. |

217. I A C O N V E R S I Ó N D E L J U D Í O D O R M I D O (SIGLO X V . ZARAGOZA)

E s t a b a e l f a m o s o f r a i l e v a l e n c i a n o V i c e n t e F e r r e r p r e d i c a n d o u n día d e tantos — p a r e c e ser q u e e n Z a r a g o z a , ante u n a g r a n m u l t i t u d , pues s u p a l a b r a y su figura s i e m p r e atraían a g r a n c a n t i d a d de gentes llegadas de todos los c o n f i n e s — c u a n d o u n r a b i n o q u i s o oírle p a r a estudiar sus a r g u m e n t o s c o n e l f i n d e p o d e r l o s r e b a t i r s i l l e g a b a e l m o m e n t o . E r a n días a q u e l l o s e n los q u e los m o n a r c a s cristianos, i n c l u i d o n a t u r a l m e n t e el de A r a g ó n , estab a n h a c i e n d o esfuerzos p a r a l o g r a r la conversión de los j u d í o s , tarea a la q u e se e n t r e g ó en c u e r p o y a l m a el d o m i n i c o v a l e n c i a n o . T r a t a n d o de no ser visto ni a d v e r t i d a su p r e s e n c i a , el r a b i n o b u s c ó y halló la casa de u n o s amigos que, situada a espaldas d e l estrado elevado q u e se h a b í a p r e p a r a d o a l efecto e n u n l a d o d e l a p l a z a , p e r m a n e c i e n d o o c u l t o e n u n a d e sus h a b i t a c i o n e s , d e m o d o q u e n a d i e p u d o verle n i saber q u e estab a allí o c u l t o . A l p o c o rato d e h a b e r c o m e n z a d o l a plática, e l r a b i n o sintió un p r o f u n d o s o p o r y se q u e d ó d o r m i d o . L a v e r d a d e s q u e n o s e sabe c ó m o , p e r o V i c e n t e F e r r e r , d o t a d o a l parecer d e u n a f u e r z a y u n a l u z i n t e r i o r e s q u e sólo a l g u n o s e l e g i d o s p o s e e n , sup o l o q u e estaba o c u r r i e n d o detrás d e é l a u n q u e e r a i m p o s i b l e q u e l o h u b i e r a visto. Así es q u e — a n t e la total i n c o m p r e n s i ó n de todos los asistentes 239


A la p l á t i c a — levantó todavía más la voz y d i j o : « ¡ O h , tú, j u d í o q u e a m i s espaldas d u e r m e s , d e s p i e r t a y oye estos t e s t i m o n i o s de la S a g r a d a E s c r i t u r a , q u e c o n v e n c e n h a b e r y a v e n i d o e l Mesías, D i o s y H o m b r e v e r d a d e r o . . . ! » . A n t e a q u e l vozarrón q u e s e alzó d e p r o n t o desde l a p l a z a , d e s p e r t ó e l rab i n o t o t a l m e n t e sobresaltado. E l f r a i l e c o n t i n u ó abajo c o n s u plática y e l r a b i n o , sin e s c u c h a r lo q u e a q u é l c o n t i n u a b a d i c i e n d o , se p u s o a m e d i t a r a c e r c a d e l o s u c e d i d o . Así p e r m a n e c i ó d u r a n t e m u c h o t i e m p o sin d a r créd i t o a l o s u c e d i d o , p o r q u e más q u e p o r l a conviccicín d e las palabras q u e d ó a s o m b r a d o p o r l o e x t r a o r d i n a r i o d e l caso, d e m a n e r a que, pasados u n o s días, decidió convertirse a la fe de aquel predicador. C o n él lo h i c i e r o n también otros m u c h o s j u d í o s . [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida..., pág. 315.]

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6. RELACIONES ENTRE CRISTIANOS Y MUSULMANES

6.1. R E L A C I O N E S A M I S T O S A S

218. L O S M O Z Á R A B E S D E P E R A L T A D E L A S A L ( S I G L O VIII. P E R A L T A D E I A S A L )

L a c o n q u i s t a m u s u l m a n a d e l siglo VIH, q u e f u e m u y rápida, n o sólo t u v o l u g a r e n l a p a r t e l l a n a d e l valle q u e r i e g a e l E b r o , s i n o q u e s e e x t e n d i ó p o r t o d o e l S o m o n t a n o y p o r b u e n a p a r t e d e los p r o f u n d o s y estrechos valles p i r e n a i c o s . E l p u e b l o d e P e r a l t a d e l a Sal n o fue, p o r l o tanto, u n a exc e p c i ó n y cayó p r o n t o e n m a n o s agarenas. L a n u e v a a d m i n i s t r a c i ó n d e los m o r o s b o r r ó a la a n t e r i o r , y q u i e n e s p e r m a n e c i e r o n fíeles a la religión crist i a n a p a s a r o n a estar e n u n a situación d e i n f e r i o r i d a d , a u n q u e m u c h o s d e e l l o s p e r m a n e c i e r o n e n sus p u e b l o s , c o m o t a m b i é n o c u r r i ó e n P e r a l t a : e r a n los m o z á r a b e s . C u a n d o los m o r o s o c u p a r o n P e r a l t a d e l a Sal, e l n u e v o a l c a i d e — q u i zás sin tener c o n o c i m i e n t o d e e l l o sus s u p e r i o r e s — p e r m i t i ó q u e los m o zárabes d e l a p o b l a c i ó n s i g u i e r a n v e n e r a n d o a u n a i m a g e n d e l a V i r g e n p o r l a q u e , desde a n t i g u o , éstos sentían u n a e s p e c i a l p r e d i l e c c i ó n , a u n q u e d e l o d o s e s s a b i d o q u e l a religión islámica c o n t e m p l a l a d e v o c i ó n m a r i a n a c o m o un c u l t o idolátrico y r e c h a z a b l e . P e r o e r a tanta y tan e x t e n d i d a la fama que aquella i m a g e n de Nuestra Señora tenía en la c o m a r c a de ayudar a los d e s a m p a r a d o s y de o b r a r m i l a g r o s c o n los e n f e r m o s q u e el a l c a i d e , s i n d u d a u n h o m b r e c o n f i n a s e n s i b i l i d a d , sintió respeto y c o n s i n t i ó q u e s e conservara. E n lugar, pues, d e h a c e r q u e m a r l a i m a g e n q u e e r a d e m a d e r a c o m o o c u r r i e r a e n tantos otros lugares, p e r m i t i ó q u e s i g u i e r a e n s u e r m i t a , situada en las afueras d e l p u e b l o , y q u e los cristianos r e z a r a n l i b r e m e n t e ante e l l a . P e r o n o e s sólo eso, c o n ser m u c h o , s i n o q u e e r a p o r todos c o n o c i d o q u e c a d a vez q u e su esposa caía e n f e r m a h a c í a llevar la i m a g e n a la f o r t a l c 241

Agustín Ubietn Arlela

z a , pues solía servirle de c o n s u e l o , c o m o si de u n a c r i s t i a n a más se tratara. S e d i c e q u e i n c l u s o e l alcaide a c u d í a e n a l g u n a ocasión ante l a i m a g e n p a r a p e d i r p o r l a s a l u d d e s u mujer. Esta es, sin d u d a , l a razón p o r l a q u e h o y se le conoce con el nombre de Nuestra Señora de la M o r a . No cabe d u d a de q u e los m o z á r a b e s de P e r a l t a de la S a l , gracias a la sens i b i l i d a d d e l alcaide m o r o , v i e r o n m i t i g a d o así e l d o l o r q u e sentían e n esos p r i m e r o s m o m e n t o s a l verse s o m e t i d o s a l invasor. [ M o n e r , J o a q u í n M . , Historia de Ribagorza, II, págs. 177-178. S á n c h e z P é r e z , J o s é A . , El culto mañano en España, p á g . 282.]

219. L O S A M O R E S I M P O S I B L E S D E Z O M A Y MARÍA ( S I G L O vm.

DAROCA)

C o n q u i s t a d a D a r o c a p o r T a r i k , u n o d e sus p r i m e r o s alcaides fue Z o m a , a l q u e s e l e r e c u e r d a tanto p o r l a t o r r e d e l a m e z q u i t a q u e m a n d a r a e d i f i car c o m o p o r sus a m o r e s i m p o s i b l e s c o n l a c r i s t i a n a María. E n efecto, c u a n d o u n día c a m i n a b a Z o m a h a c i a l a m e z q u i t a , s e c r u z ó e n l a calle c o n u n a m u c h a c h a q u e i b a a p o r a g u a . A p a r t i r de ese m o m e n t o fue i n c a p a z de o r a r c o n r e c o g i m i e n t o n i d e d o r m i r c o n sosiego, p e n s a n d o e n l a m u c h a c h a d e l á n f o r a . A l día s i g u i e n t e , Z o m a c o n t ó a l santón A b ú - A m e r l a p r o m e s a q u e hiciera de edificar u n a mezquita si M a h o m a le concedía la f o r t u n a de hal l a r u n a m u j e r h e r m o s a c o n l a q u e desposarse, h a b l á n d o l e d e l e n c u e n t r o d e l día a n t e r i o r y el s u e ñ o s u b s i g u i e n t e , en el q u e el á n g e l A z r a e l le presentaba a la joven a la p a r q u e u n o s g e n i o s d e l arte c o n s t r u í a n u n a p e q u e ña pero hermosa mezquita. El santón pregunté) a Z o m a si la j o v e n era m o r a o n a z a r e n a , c o n t e s t a n d o éste q u e c r i s t i a n a , l o c u a l d i f i c u l t a b a l a p o s i b l e u n i ó n , m á x i m e s i e n d o é l la p r i m e r a autoridad m u s u l m a n a . No se arredró el alcaide y, c o n f i a n d o en q u e la p o d r í a c o n v e n c e r p a r a q u e r e n u n c i a r a a su religión, c o m e n z ó a e d i f i c a r l a m e z q u i t a , q u e p r o n t o estuvo f i n a l i z a d a j u n t o a s u b e l l o m i n a r e t e . E n t r e tanto, Z o m a y María, sin q u e j a m á s m e d i a r a n p a l a b r a , b u s c a b a n tod o s los días el e n c u e n t r o fugaz de la calle de la G r a g e r a , a u n q u e sabían a m bos cuantas cosas les s e p a r a b a n . T o d o c o n t i n u ó así hasta q u e u n día u n j o v e n c r i s t i a n o f u e d e n u n c i a d o ante e l a l c a i d e d e m a l d e c i r c o n t r a M a h o m a . S i e r a v e r d a d , s i g n i f i c a b a s u c o n d e n a d e m u e r t e , a pesar d e l l e v a n t a m i e n t o d e l a p o b l a c i ó n m o z á r a b e e n s u favor. E l d e s t i n o q u i s o q u e e l p r e s u n t o c o n d e n a d o f u e r a h e r m a n o d e María, l a j o v e n e n a m o r a d a d e Z o m a . L a m u c h a c h a , p o r salvar a s u h e r m a n o , solicitó a u d i e n c i a a l a l c a i d e , que desconocía el parentesco. Los enamorados se hablaban por p r i m e r a . Z o m a p r o m e t i ó a la j o v e n salvar a su h e r m a n o si ésta a c c e d í a a ser su s u l -

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t a n a f a v o r i t a . L a n e g a t i v a s i g n i f i c a b a l a c o n d e n a , c o m o así f u e . N o obstante, M a r í a le d i j o a Z o m a q u e si él se c o n v e r t í a al c r i s t i a n i s m o sería su esposa. A pesar d e l a m o r , n o p o d í a h a b e r a c u e r d o . L a r e l i g i ó n les separaba... P e r o c u a n d o María descendía llorosa p o r la escalinata d e l palacio, Z o m a , q u e n o p o d í a resistir l a p e n a d e s u a m a d a , l a l l a m ó : «No l l o r e s más, tu h e r m a n o será salvo». Y M a r í a , a g r a d e c i d a y e n a m o r a d a a la vez, cayó en sus b r a z o s . [ B e l t r á n , J o s é , Tradiciones y leyendas de Daroca, p á g s . 48-54.]

220. L A E N A M O R A D A D E L C I D (SIGLO XI. GRIEGOS)

U n rey m o r o d e l a l t i p l a n o h o y t u r o l e n s c , sin d u d a d e A l b a r r a c í n , t e n í a u n a j o v e n y b e l l a h i j a q u e s e h a b í a e n a m o r a d o p e r d i d a m e n t e d e u n caballero cristiano, que algunos aseguran que no era otro que el mismísimo C i d C a m p e a d o r , tan a s i d u o visitante de estas tierras q u e le e n c a m i n a b a n a V a l e n c i a . N o obstante, e n t r e a m b o s j a m á s h a b í a m e d i a d o p a l a b r a a l g u n a , p u e s t o q u e n u n c a se h a b í a n visto, a u n q u e la m u c h a c h a estaba resuelta a v e r l e y d e c l a r a r l e sus s e n t i m i e n t o s . U n d í a — e n t e r a d a d e q u e e l c a b a l l e r o c r i s t i a n o m e r o d e a b a p o r las tierras d e s u p a d r e y q u e p r e t e n d í a h o s t i g a r a l rey i s l a m i t a — l a b e l l a m o r a , c o n o c e d o r a d e l t e r r e n o , d e c i d i ó a c u d i r a u n paraje e n e l q u e m a n a b a u n a f u e n t e p o r l a q u e , sin d u d a , t e n d r í a n q u e pasar los cristianos. Allí e s p e r a r í a l a l l e g a d a d e s u e n a m o r a d o y h a b l a r í a c o n él. Se e n t e r ó el rey de la a u s e n c i a de su h i j a y, en un i n t e n t o d e s e s p e r a d o d e evitar q u e cayera e n m a n o s d e l c r i s t i a n o y a u n a t r u e q u e d e p e r d e r l a , i n vocó a u n m a g o p a r a q u e l a c o n v i r t i e r a e n estrella. E l h e c h i c e r o p r o c e d i ó a l e n c a n t a m i e n t o , p e r o e n e l último m o m e n t o , a p e n a d o p o r e l triste f u t u r o q u e s e l e i m p o n í a , i n t r o d u j o u n a variación e n l a f ó r m u l a r i t u a l , pues l a c l a r i v i d e n c i a c o n n a t u r a l a estos n i g r o m a n t e s le h i z o ver t i e m p o s mejores y más felices p a r a l a b e l l a d a m a . Así o c u r r i ó y d e s d e e n t o n c e s todas las n o c h e s se a s o m a en f o r m a de estrella a los r e i n o s d e s u p a d r e p a r a c o n t e m p l a r l o s desde e l c i e l o . C a d a c i e n años t o m a d e n u e v o l a f o r m a d e u n a h e r m o s a d o n c e l l a y , s e n t a d a j u n t o a l a f u e n t e d o n d e f u e r a encairtada, p e i n a sus cabellos p a u s a d a m e n t e c o n u n p e i n e de o r o m a c i z o y p i e d r a s preciosas. Se c u e n t a q u e un pastor c o i n c i d i ó c o n u n a de esas a p a r i c i o n e s y, acerc á n d o s e a la j o v e n , oyó q u e ésta le p r e g u n t a b a a q u i é n p r e f e r í a , si a e l l a o a l p e i n e . E l pastor, t e n t a d o p o r l a c o d i c i a , prefirió e l p e i n e d e o r o y p e d r e ría, así q u e e l l a se lo a r r o j ó y d e s a p a r e c i ó . P e r o el p e i n e se convirtió en ast i l l a d e p i n o y l a p r i n c e s a , q u e sigue b r i l l a n d o e n e l c i e l o c o m o estrella, ha-

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Agustín IJbieto Arlela

ce ya t i e m p o q u e le p e r d o n ó y sólo espera el día de volver a la f u e n t e p o r si aparece e l c a b a l l e r o a l q u e sigue a m a n d o . ( R e l t r á n , A n t o n i o , Introducción al folklore aragonés (I), p á g s .

108-109.]

221. E L N A C I M I E N T O D E U N M U D E J A R (SIGLO XI. GRAUS)

A pesar de la m u e r t e d e l rey R a m i r o I en p l e n o asedio de G r a u s , los cristianos c o n s i g u i e r o n rehacerse d e l d r a m a q u e tal d e s g r a c i a s u p u s o y t e r m i n a r o n p o r f o r z a r las defensas de la v i l l a , q u e tuvo q u e r e n d i r s e . Tras el est r u e n d o de las armas, c o m o en tantos otros lugares, se i m p u s o la n e g o c i a c i ó n entre v e n c e d o r e s y v e n c i d o s , p a c t a n d o o i m p o n i e n d o , según los casos, las c o n d i c i o n e s de la t r a n s f e r e n c i a d e l p o d e r . G r a c i a s a estas neg o c i a c i o n e s , b u e n a parte d e los m o r o s v e n c i d o s o p t a r o n p o r p e r m a n e c e r e n los p u e b l o s d o n d e h a b í a n n a c i d o . C u a n d o G r a u s pasó a m a n o s cristianas, los aragoneses p e r m i t i e r o n q u e e l a n t i g u o alcaide m o r o p e r m a n e c i e r a e n l a t i e r r a q u e tanto a m a b a , a u n q u e c o n dos c o n d i c i o n e s : q u e a c c e d i e r a a l b a u t i s m o s u hija Z o r a i d a y q u e a m b o s vivieran e x t r a m u r o s d e l a v i l l a . A m a b a tanto a s u p u e b l o , e n e l q u e deseaba seguir v i v i e n d o , q u e el ex-alcaide transigió. Así fue c ó m o la joven pasó a ser M a r i e t a y el a n t i g u o a l c a i d e a c o n d i c i o n ó y se instaló en u n a cueva c e r c a n a . Vivía e l a n t i g u o a l c a i d e d e u n p e q u e ñ o h u e r t o , d e u n a s cuantas cabras y d e l trabajo de la forja y talla de la m a d e r a q u e d o m i n a b a a la p e r f e c c i ó n . A l c a b o d e dos años, l e p e r m i t i e r o n los g r a u s i n o s q u e e n t r a r a e n l a p o b l a c i ó n , d o n d e n o sólo vendía e l f r u t o d e s u trabajo, sino q u e e n s e ñ a b a tales artes a los cristianos. El era respetado y q u e r i d o p o r m o r o s y cristianos y dél a m u c h a c h a n o h a b í a zagal g r a u s i n o q u e n o estuviera e n a m o r a d o d e ella, ( a t a n d o las c a m p a n a s de la iglesia t o c a b a n a r e t i r o c a d a tarde, p a d r e e hija c r u z a b a n la p u e r t a de la m u r a l l a y se r e t i r a b a n a su cueva. U n i n v i e r n o e x t r e m a d a m e n t e frío, u n a i n t e n s a n e v a d a y h i e l o s persistentes h i c i e r o n i n t r a n s i t a b l e e l c a m i n o d e l a cueva a l p u e b l o . C u a n d o a m a i nó el t i e m p o y después de tres días de b o n a n z a , los g r a u s i n o s e c h a r o n en falta a p a d r e e hija y d e c i d i e r o n ir a la cueva. N a d i e h a b í a en e l l a , así es q u e r e c o r r i e r o n todos los r i n c o n e s , hasta q u e e n c o n t r a r o n los c u e r p o s h e l a d o s de ambos al pie d e l torreón de la Peña d e l M o r r a l , c o n la m i r a d a puesta en e l p u e b l o y u n a a m p l i a s o n r i s a e n l a cara. La muerte del antiguo alcaide m o r o y de su hija Zoraida, M a r i e t a para todos, c o n s t e r n ó a los g r a u s i n o s , q u e todavía les r e c u e r d a n . [De Fierro, Lucían, «La Coba los Moros», Programa de las Fiestas. Graus, 1985.] 244

Leyendas para una historia paralela elei Aragón medieval

222. L O S A M O R E S D E R O D E R I C O D E M U R Y Z U L I M A (SIGLO XI. GRAUS)

Caía l a l a r d e c u a n d o e l c a b a l l e r o g r a u s i n o R o d e r i c o d e M u r , a c o m p a ñ a d o p o r sus g u e r r e r o s cristianos, volvía v i c t o r i o s o e i b a a e n t r a r en la v i l l a de Graus por la puerta de Chinchín. Regresaban de luchar en la Puebla de Castro. Los hombres que capitaneaba R o d e r i c o habían peleado bravamente y v e n c i d o a los m o r o s , d e j a n d o tras sí la d e s o l a c i ó n y la r u i n a , a d e m á s d e l cadáver d e A l h o r Ben-Alí, a l c a i d e d e l a P u e b l a . C u a n d o salían y a d e l a p o b l a c i ó n v e n c i d a , o y e r o n los llantos d e u n a m u j e r : era Z u l i m a q u e l l o r a b a l a m u e r t e d e s u p a d r e , e l a l c a i d e . R o d e r i c o e n tró e n l a casa y q u e d ó c o m p u n g i d o p o r e l d o l o r d e l a m u c h a c h a , a l a q u e i n t e n t ó consolar. Y , p a r a tratar d e p a l i a r e l d o l o r , e l g u e r r e r o c r i s t i a n o ofreció su casa y h a c i e n d a a Z u l i m a , de la q u e se e n a m o r ó n a d a más v e r l a , sent i m i e n t o c o m p a r t i d o p o r la m o r a , a pesar de las c i r c u n s t a n c i a s . Z u l i m a q u e d ó confusa, p e r o ante e l o f r e c i m i e n t o sincero d e R o d e r i c o d e M u r , aceptó seguirle hasta G r a u s u n a vez q u e f u e r a errterrado su p a d r e , a u n q u e c o n u n a condición: q u e sería devuelta a la P u e b l a si el e n t e n d i m i e n t o y el a m o r no cuajaba entre ambos. Así se pactó, y a h o r a Z u l i m a estaba a p u n t o de entrar p o r la p u e r t a de C h i n c h í n en Graus, jurrto a R o d e r i c o y sus h o m b r e s . La h e r m o s a m o r a se h a b i t u ó a vivir en G r a u s y r e c i b i ó c o n el b a u t i s m o el n o m b r e de María, a la par cjue c r e c í a el a m o r p o r R o d e r i c o de M u r , de m o d o q u e se fijó el día de la b o d a . T o d o estaba p r e p a r a d o c u a n d o , tura m a ñ a n a e n l a q u e R o d e r i c o h a b í a s a l i d o de caza, tres j i n e t e s e n c a p u c h a d o s l l e g a r o n a G r a u s , p r e g u n t a n d o p o r e l p a l a c i o d e éste. U n a vez allí, s e h i c i e r o n c o n d u c i r ante María, qtrien r á p i d a m e n t e r e c o n o c i ó en ellos a tres presos traidores q u e su p a d r e t e n í a encarcelados. No h u b o tiempo para defenderse. M u r i e r o n la doncella que la a c o m p a ñ a b a , varios sirvientes y la m i s m a María. C u a n d o R o d e r i c o regresó, sólo p u d o enterrar e l c u e r p o sin v i d a d e s u amada, e n f e r m a n d o gravemente de pena. Y, para que quedara constancia d e l g r a n a m o r q u e s i n t i e r a p o r María, m a n d ó g r a b a r err u n a p i e d r a esta insc r i p c i ó n : « R o d e r i c o a m a a Mariíca», p i e d r a q u e c o l o c ó bajo la v e n t a n a de su p a l a c i o y c u y o t e s t i m o n i o todavía p u e d e leerse hoy. [ D u e s o L a s c o r z , N i e v e s - L u c í a , Leyenda de Roderico ele Mur y María (Graus). « P r o g r a m a d e Fiestas». G r a u s , 1985.]

223. A L M A N Z O R Y L O S M O Z Á R A B E S D E I A A L M U N I A (SIGLO XI. L A A L M U N I A )

D e s d e m u c h o tierrrpo antes de q u e tuviera l u g a r la c o n q u i s t a de ambas p o b l a c i o n e s p o r los ejércitos m u s u l m a n e s y de q u e se o r g a n i z a r a la n u e v a ad245


ministración a c o m i e n z o s d e l siglo V I H , y a e r a v e n e r a d a l a q u e h o y s e c o n o c e c o m o v i r g e n d e los Palacios tanto e n L a A l m u n i a d e D o ñ a G o d i n a c o m o e n l a c e r c a n a R i e l a . P o r a q u e l entonces, a d e m á s d e l t e m p l o q u e c o b i j a b a l a sagrada y a p r e c i a d a i m a g e n , existía un e d i f i c i o anejo a aquél d e s t i n a d o a h o s p e d e r í a q u e servía de r e f u g i o de c a m i n a n t e s y menesterosos. La invasión de los m o r o s y la c o n s i g u i e n t e imposición de nuevas c o s t u m bres p o r parte d e los d o m i n a d o r e s n o p u d i e r o n t e r m i n a r n i c o n las creencias n i c o n e l a m o r a l a V i r g e n d e q u i e n e s p a s a r o n a ser d o m i n a d o s , los mozárabes, a u n q u e e l c u l t o , e n g e n e r a l , y e l d e N u e s t r a S e ñ o r a , e n p a r t i c u l a r , q u e d a r o n u n p o c o a t e m p e r a d o s dadas las c i r c u n s t a n c i a s y las e n o r m e s d i f i cultades p r o p i a s d e q u i e n e s viven subyugados. P e r o l a f e e n l a i m a g e n n o m u r i ó y la e r m i t a siguió s i e n d o visitada y c u i d a d a c o n e s m e r o , sin q u e faltara n u n c a l a l l a m a e n c e n d i d a d e u n a v e l a d e cera. ( a t a n d o los feroces y s a n g u i n a r i o s e j é r c i t o s d e A l m a n z o r — e l g r a n azote de los c r i s t i a n o s q u e a r r a s a b a t o d o c u a n t o e n c o n t r a b a a su p a s o — rec o r r i e r o n e l s u e l o h o y a r a g o n é s , los e d i f i c i o s d e l s a n t u a r i o d e N u e s t r a Señora fueron confiscados y convertidos en palacio real, aunque el p r o p i o A l m a n z o r e n p e r s o n a — n o s e sabe p o r q u é — d i o o r d e n tajante d e q u e n o s e p r o f a n a r a a q u e l p e q u e ñ o t e m p l o , c o m o o c u r r i e r a e n tantos o t r o s l u g a res. A d e m á s , p o r r e c ó n d i t a s r a z o n e s q u e n a d i e h a p o d i d o e x p l i c a r , a u t o r i z ó a los m o z á r a b e s a l m u n i e n s e s p a r a q u e p u d i e r a n s e g u i r r i n d i e n d o c u l t o a s u V i r g e n , a u n q u e c o n s e r v a d a d e s d e e n t o n c e s e n l a casa p a r t i c u l a r d e u n mozárabe. U n a vez m u e r t o A l m a n z o r y f r a g m e n t a d o e l C a l i f a t o e n múltiples y peq u e ñ o s r e i n o s de taifas, el r i g o r a n t i c r i s t i a n o se a t e m p e r ó y los m o z á r a b e s de La A l m u n i a y de Riela p u d i e r o n devolver la i m a g e n de la V i r g e n a su a n t i g u o e m p l a z a m i e n t o , a los p a l a c i o s d e A l m a n z o r , d e ahí q u e d e s d e e n tonces hasta h o y s e l a c o n o z c a bajo l a a d v o c a c i ó n d e N u e s t r a S e ñ o r a d e los Palacios. [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., II, p á g s . 360-362. S á n c h e z P é r e z , J . A . , Eladio mañano m España, págs. 305-306.]

224. D O S P R E T E N D I E N T E S P A R A Z A I D A (SIGLO XI. C E L I A )

A f i n a l e s d e l siglo X I , e n l a p a r t e más o r i e n t a l d e l a s e r r a n í a d e A l b a r r a cín, s e a l z a b a u n i m p o n e n t e castillo g o b e r n a d o p o r e l a l c a i d e d o n G a r c í Ntiñez, s e ñ o r d e C e l f a , h o y C e l i a . T e n í a este c a b a l l e r o c r i s t i a n o u n a h e r m o s a y ú n i c a hija, l l a m a d a Z a i d a , c u y o a m o r se d i s p u t a b a n dos c u a l i f i c a d o s p r e t e n d i e n t e s : e l á r a b e M e l e k , h i j o d e l valí d e A l b a r r a c í n , y H e r n a n d o , c o n d e c r i s t i a n o d e l castillo d e A b u á n .

246


D o n G a r c í N ú ñ c z e r a p a d r e y s e ñ o r a l a vez, d o b l e c o n d i c i ó n q u e m e d i a t i z a b a l a decisión a t o m a r respecto a l f u t u r o d e s u h i j a . P o r u n a p a r t e , d e s e a b a l o m e j o r p a r a e l l a , p e r o , p o r o t r a , t e n í a q u e velar p o r los intereses d e C e l f a , c u y a s u p e r v i v e n c i a d e p e n d í a d e las b u e n a s r e l a c i o n e s d e a m i s t a d c o n los s e ñ o r e s v e c i n o s , t a n t o m o r o s c o r n o cristianos, y la d i s p o n i b i l i d a d o no de agua para hacer de su señorío un territorio habitable y rico. D i s p u e s t o el p a d r e , pues, a e l e g i r al m e j o r p r e t e n d i e n t e p o s i b l e p a r a su h i j a y p a r a el s e ñ o r í o de C e l i a , les i m p u s o a a m b o s sendas c o n d i c i o n e s , de m o d o q u e Z a i d a sería p a r a q u i e n antes c u m p l i e r a l a suya: a H e r n a n d o l a m a n d ó buscar y hacer aflorar agua d e l subsuelo; a M e l e k , reconstruir el ant i g u o a c u e d u c t o r o m a n o , q u e t o m a b a sus aguas e n e l G u a d a l a v i a r . D e c u a l q u i e r m o d o , q u e r í a asegurar e l a g u a p a r a l a p o b l a c i ó n d e C e l i a . C a d a u n o s e e n t r e g ó c o n tesón a s u tarea, p e r o p r o n t o u n f o r t u i t o hec h o acabó descubriendo a M e l e k que la m u c h a c h a prefería a H e r n a n d o , su r i v a l . U n a t a r d e c e r e n q u e estaban todos j u n t o a l C i d , q u e a n d a b a d e paso p o r l a z o n a y h a b í a n a c u d i d o a r e n d i r l e pleitesía, Z a i d a o f r e c i ó a H e r n a n d o a g u a a m o r o s a m e n t e c o n sus m a n o s . E n u n ataque d e celos, M e l e k i n tentó acabar c o n su contrincante p e r o fue v e n c i d o p o r H e r n a n d o , a u n q u e éste m o r i r í a t a m b i é n p o c o después a m a n o s d e u n e s b i r r o d e l valí, q u e v e n g ó así l a m u e r t e d e s u h i j o . Z a i d a m u r i ó a los p o c o s días, i n c a p a z de s o p o r t a r tanta t r a g e d i a , p e r o hoy, m u c h o s a ñ o s después, en las n o c h e s de l u n a l l e n a , se p u e d e ver en las aguas d e l a f u e n t e d e O l l a l a i m a g e n d e u n a h e r m o s a m u j e r d a n d o d e beb e r c o n sus m a n o s a u n apuesto galán. [Deler, Pascual, «Tradición celdana: Zaidía», Xiloca, 3 (1989), 243-246.]

225. L A C U E V A D E L A M O R A E N C A N T A D A ( S I G L O XII. T A R A Z O N A )

E n l a tarde d e u n a p r i m a v e r a t e m p r a n a , u n g r u p o d e m u c h a c h o s m u sulmanes —habitantes de u n a Tarazona d o m i n a d a hacía ya algunos años p o r los c r i s t i a n o s — s e h a l l a b a p a s e a n d o p o r las i n m e d i a c i o n e s d e l a cueva q u e estaba p r ó x i m a a los b a ñ o s árabes, c u a n d o se v i e r o n s o r p r e n d i d o s p o r l a fantástica a p a r i c i ó n d e l a f i g u r a b l a n c a y d e s l u m b r a n t e d e u n a h e r m o s a j o v e n , vestida a l m o d o o r i e n t a l , e n j o y a d a y e n v u e l t a e n sedas. Tras detenerse s i l e n c i o s a u n o s instantes ante ellos, la f a n t a s m a l y atractiva f i g u r a , c o n l a m i r a d a a b s o l u t a m e n t e p e r d i d a e n e l h o r i z o n t e , c o m o s i no h u b i e r a visto a los m u c h a c h o s , se a d e n t r ó de n u e v o en la c u e v a q u e le servía de c o b i j o , un a n t r o q u e sus p a d r e s les h a b í a n d e s c r i t o tantas veces com o l u g a r m a l é f i c o y siniestro. T o d o s q u e d a r o n p r e o c u p a d o s , b u s c a n d o sent i d o a a q u e l e p i s o d i o , a u n q u e p a r a n i n g u n o d e ellos l o tenía. 247


I n t r i g a d o s c o m o estaban p o r l o s u c e d i d o , v o l v i e r o n los m u c h a c h o s e n varias ocasiones más al m i s m o lugar, r e p i t i é n d o s e idéntica escena tantas cuantas veces f u e r o n a l paraje, sin m e d i a r n u n c a p a l a b r a a l g u n a . U n día, s o r p r e n d i e n d o a todos los d e m á s , u n o d e los c h i c o s s e separó d e l resto, se a c e r c ó d e c i d i d o a la j o v e n y la abrazó» c o n m u c h a f u e r z a . L u e go, se t o m a r o n a m b o s de la m a n o , y se f u e r o n a l e j a n d o l e n t a m e n t e y en sil e n c i o p o r la v e r e d a q u e llevaba a la e n t r a d a de la cueva. U n a vez allí, se a d e n t r a r o n en ella y d e s a p a r e c i e r o n . Después, se h i z o el s i l e n c i o más absol u t o , sin q u e e l m u c h a c h o v o l v i e r a a d a r señales d e v i d a . T a n t o p o r e l b a r r i o m o r o c o m o p o r e l resto d e l a c i u d a d c r i s t i a n a , s e c o r r i ó l a n o t i c i a , c o i n c i d i e n d o l o d o s e n q u e l a cueva estaba h a b i t a d a p o r u n a m o r a e n c a n t a d a . S ó l o s e sabe q u e , t r a n s c u r r i d o s a l g u n o s años, e n u n i n t r i n c a d o escarpe de los a l e d a ñ o s fue e n c o n t r a d a , d e s c o l o r i d a y r o t a , u n a elegante escárpela c a r m e s í , d e n t r o d e l a c u a l s e halló u n a p e q u e ñ a c r u z d e p l a t a . . . [ P é r e z U r t u b i a , T e ó f i l o , «La c u e v a B a y o n a » , Heraldo de Aragón, 10-X-1978.]

226. E L A M O R P U D O A L A R E L I G I Ó N (SIGLO XII. G A L L U R )

L a b a t a l l a frente a l castillo m u s u l m á n d e G a l l u r h a b í a sido m u y reñida. R e a l m e n t e n o h u b o v e n c e d o r e s n i v e n c i d o s , p e r o ese día fue h e c h o p r i s i o n e r o d e los m o r o s u n b r a v o c a b a l l e r o c r i s t i a n o , v e n c e d o r e n i n n u m e r a b l e s gestas m i l i t a r e s , q u i e n fue a d a r c o n sus huesos en las m a z m o r r a s de la fortaleza, d o n d e estuvo a p u n t o d e p e r d e r l a v i d a , a u n q u e a l f i n s a n ó d e m a n e r a casi m i l a g r o s a . A l p o c o t i e m p o , fue rescatado p o r sus h o m b r e s a c a m bio de u n a fuerte cantidad de oro. R e g r e s ó e l c a b a l l e r o a su h o g a r c o n g r a n alegría p o r p a r t e de a m i g o s y f a m i l i a r e s , p e r o s u a l m a s e sumió e n u n a g r a n m e l a n c o l í a . L a causa n o e r a otra que el recuerdo de la hija d e l alcaide m o r o , u n a h e r m o s a m u c h a c h a , de la q u e se h a b í a e n a m o r a d o en sus días de c a u t i v e r i o . D u r a n t e meses, el c r i s t i a n o estuvo p r o y e c t a n d o c ó m o acercarse a la joven a g a r e n a , h a s l a q u e un día r e u n i ó a sus h o m b r e s y p u s o r u m b o al castillo c o n á n i m o de t o m a r lo al asalto. T o d o s c r e y e r o n q u e i n t e n t a b a vengarse de los m a l o s tratos rec i b i d o s e n l a prisión, n o d e u n a a v e n t u r a a m o r o s a . P e r o e l caso e s q u e tom a r o n el castillo y d e s a l o j a r o n a los m o r o s , e x c e p t o a la b e l l a m u c h a c h a q u e d e c i d i ó q u e d a r s e j u n t o a l g u e r r e r o c r i s t i a n o , d e q u i e n t a m b i é n s e había e n a m o r a d o . L o s m u s u l m a n e s e x p u l s a d o s b u s c a r o n y h a l l a r o n ayuda, de m a n e r a q u e v o l v i e r o n a l castillo a l q u e sitiaron. L o s cristianos a g u a n t a r o n d i e z embestidas antes de entablarse la d e f i n i t i v a , en la q u e se l u c h ó c u e r p o a c u e r p o , y m i e n tras e l alcaide m o r o m o r í a e n l a l u c h a , e l caballero cristiano caía h e r i d o .

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leyendas para una historia, páratela del Aragón medieval

E n s u d o l o r , c o m e n z ó a p e d i r a g u a . L a m u c h a c h a c o g i ó e l casco y s e d i rigió p o r u n p a s a d i z o a l a o r i l l a d e u n p e q u e ñ o a r r o y o , a sabiendas d e q u e sería d e s c u b i e r t a p o r los m o r o s . Así f u e , y u n a f l e c h a l a hirió d e m u e r t e . N o obstante, a r r a s t r á n d o s e c o m o p u d o , llegó hasta su a m a d o y le d i o de beber. I n m e d i a t a m e n t e , s e desvaneció. P u d o , sin e m b a r g o , p r e g u n t a r l e e l caballero c r i s t i a n o si q u e r í a c o n v e r t i r s e a su fe y la m o r a asintió. E r a la h o r a d e l crepúsculo. A l a m a ñ a n a s i g u i e n t e , e l s o l d a d o q u e h a b í a d i s p a r a d o l a saeta c o n t r a l a m u c h a c h a v i o u n r e g u e r o d e sangre e n l a o r i l l a d e l r i a c h u e l o y siguió e l rastro q u e l e c o n d u j o hasta u n a cueva. E n s u i n t e r i o r , d o s cadáveres yacían j u n tos: e r a n los d e l c a b a l l e r o c r i s t i a n o y l a d a m a m o r a . |Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r R o s a r i o R o d r i g o , I n s t i t u t o d e B a c h i l l e r a t o d e Borja.]

227. E L . A L M A D E L C A S T I L L O D E G A L L U R (SIGLO XII. C A L L U R )

C o n l a r e c o n q u i s t a d e Z a r a g o z a , pasó a d e p e n d e r rJel rey a r a g o n é s g r a n parte d e l o q u e h o y e s A r a g ó n , i n c l u i d o G a l l u r . L a n u e v a a d m i n i s t r a c i ó n c r i s t i a n a p r o p i c i ó q u e los m o r o s q u e l o d e s e a r o n p e r m a n e c i e r a n e n sus tierras, p e r o m u c h o s m a r c h a r o n a a l - A n d a l u s . E n l a v i l l a d e l E b r o , l a m a y o r parte de la población agarena marchó. N o obstante, p a r a p r e v e n i r c u a l q u i e r i n t e n t o d e r e c u p e r a r G a l l u r , e l rey edificó u n castillo, q u e p u s o bajo l a c u s t o d i a d e u n tenente d e s u c o n f i a n za, d o n A r t a l d e Alagón, q u e rigió c o n t i n o l a t e n e n c i a d u r a n t e seis t i o c h o años. S i n e m b a r g o , e n los m o m e n t o s f i n a l e s d i o muestras d e u n c i e r t o des e q u i l i b r i o p s í q u i c o q u e t o d o el m u n d o a c h a c ó al e j e r c i c i o d e l p o d e r y a la r e s p o n s a b i l i d a d d e l c a r g o , a u n q u e l a l e y e n d a nos p r o p o r c i o n a u n m o t i v o bien distinto. U n a n o c h e d e p l e n i l u n i o — c u a n d o estaba d a n d o u n paseo d e r o n d a p o r e l i n t e r i o r d e l c a s t i l l o — c r e y ó ver u n h a z d e l u z q u e s e h a b í a desvan e c i d o a l l l e g a r a l l u g a r . N o o b s t a n t e , u n a voz f e m e n i n a l e r o g ó q u e v o l v i e r a a l a n o c h e s i g u i e n t e . E s p e r ó i m p a c i e n t e y c u a n d o llegó e l m o m e n to, d e n u e v o divisó e l r e s p l a n d o r . L a voz l e d i j o q u e todavía n o t e n í a s u f i c i e n t e f u e r z a p a r a dejarse ver, p e r o q u e p o c o a p o c o se le iría p r e s e n t a n d o . Y así f u e . V i o p r i m e r o sus ojos; l u e g o , sucesivamente, l a b o c a , las m a n o s , e l c u e r p o entero, c u b i e r t o c o n u n vestido b l a n c o . E r a b e l l a . A l p r e g u n t a r l e d o n A r t a l quién e r a y q u é hacía allí, l a m u c h a c h a — q u e dijo llamarse S e r e n a A l m a — c o n f e s ó ser m o r a y c u a n d o t o d a su f a m i l i a e m i g r ó e l l a se q u e d ó en G a l l u r , d o n d e había n a c i d o , v a g a n d o de un l u g a r a o t r o hasta q u e murié), s i e n d o ent e r r a d a e n e l solar d e l castillo, d e l q u e f o r m a b a parte. P o r eso había i n t e n -

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tado ponerse en contacto c o n él buscando su compañía. D o n A r t a l acabó e n a m o r á n d o s e d e S e r e n a A l m a , p e r o s u falta d e c o r p o r e i d a d convirtió a q u e l a m o r e n i m p o s i b l e , l o q u e fue a f e c t a n d o a s u e q u i l i b r i o p e r s o n a l . La h i s t o r i a se repitió c o n los t e ñ e n tes sucesores de d o n A r t a l , Palacín y B l a s c o M a z a , q u i e n e s t a m b i é n v i v i e r o n semejante a v e n t u r a e i d é n t i c o final. Después, la f o r t a l e z a pasó a d e p e n d e r de la O r d e n d e l T e m p l e y, tras ésta, de la d e l H o s p i t a l . P o r fin, el castillo d e j ó de ser útil y fue a b a n d o n a d o no q u e d a n d o d e é l vestigio a l g u n o . P e r o n a d i e d u d a q u e S e r e n a A l m a sigue vag a n d o p o r los c o n t o r n o s , e n a m o r a d a d e l G a l l u r d o n d e h a b í a n a c i d o . [Yanguas Hernández, Salustiano, Cuentos y relatos aragoneses, págs. 11-14.]

228. E L A M O R , N U E V A R E L I G I Ó N (SIGLO XII. R I C I A )

Allá p o r los a ñ o s 1186 ó 1187, s i e n d o s e ñ o r d e l castillo de R i e l a M a r t í n P é r e z d e V i l l e l o B e r e n g u e r d e E n t c n z a , n o s e sabe b i e n cuál d e los d o s , v i vía e n esta v i l l a c o n s u f a m i l i a C a l i l a , u n a j o v e n m u s u l m a n a e d u c a d a según l a ley d e l C o r á n . L a m u c h a c h a n o sc>lo e r a d e n o b l e c o r a z ó n s i n o q u e , además, poseía u n a b e l l e z a sin i g u a l . S u d e s t i n o p a r e c í a estar y a e s c r i t o : p r o n t o d e b e r í a t o m a r esposo d e e n t r e los j ó v e n e s m o r o s d e s u c o m u n i d a d . P e r o l a c a s u a l i d a d q u i s o q u e , p a s e a n d o u n d í a p o r las calles d e l a v i l l a , C a l i l a se cruzara con Guzmán, un j o v e n cristiano, que quedó cautivado p o r l a b e l l e z a d e l a j o v e n m o r a y l a a c o m p a ñ ó c o m p l a c i d o hasta s u casa. E n t r e a m b o s surgió r á p i d a m e n t e e l a m o r . P e r o , a u n q u e los d o s e r a n d e b u e n o s sentimientos y su a m o r era verdadero, p r o n t o c o m p r e n d i e r o n que su diferente educación podría c o m p l i c a r su relación. Guzmán era un gran trovador; con m u c h a sensibilidad componía e i n t e r p r e t a b a c a n c i o n e s q u e causaban u n a f u e r t e i m p r e s i ó n e n t r e q u i e n e s l o e s c u c h a b a n . T a m b i é n a C a l i l a le c a u s a b a n placer. P e r o e l l o era c o n t r a r i o a su religión, de m a n e r a q u e pidió a G u z m á n q u e a b a n d o n a r a su afición y se c o n v i r t i e r a a l I s l a m . E l j o v e n n o p o d í a aceptar tal p e t i c i ó n d e s u a m a d a , pues l a música era vital p a r a él. P o r eso, c o n s c i e n t e d e los p r o b l e m a s q u e s e g u r a m e n t e surgirían e n e l f u t u r o , C a l i l a pidió a G u z m á n u n s a c r i f i c i o : q u e r e n u n c i a r a a su a m o r . El m u c h a c h o no p u d o asumir la r u p t u r a y se entregó a la bebida, de man e r a q u e , e n c i e r t a o c a s i ó n , a c a b ó c o m p l e t a m e n t e e m b r i a g a d o , desmayándose ante l a p u e r t a d e s u a m a d a . C a l i l a , q u e s e d i o c u e n t a d e l o o c u r r i d o , l o r e c o g i ó d e l suelo y l ó c u i d ó hasta q u e estuvo r e c u p e r a d o , c o m p r e n d i e n d o a m b o s q u e n o p o d í a n r e n u n c i a r a sus s e n t i m i e n t o s c o m u n e s . P a r a salir d e l a t o l l a d e r o e n e l q u e s e e n c o n t r a b a n , d e c i d i e r o n b o r r a r a l u n í s o n o de sus respectivas r e l i g i o n e s aquellas cosas q u e les s e p a r a b a n y 250


m a n t e n e r e x c l u s i v a m e n t e las q u e les u n í a n , q u e e r a n las v e r d a d e r a m e n t e i m p o r t a n t e s . De este m o d o , C a l i l a y G u z m á n se c a s a r o n y v i v i e r o n en paz. [Yanguas Hernández, Salustiano, Cuentos..., págs. 172-176.]

229. L A C O N V E R S I Ó N D E L M O R O T O C Ó N (SIGLO XII. D A R O C A )

Tras la r e c o n q u i s t a de Sarakusta p o r A l f o n s o I el Batallador, pasó a p o d e r d e los cristianos aragoneses u n i m p o r t a n t e n ú m e r o d e p o b l a c i o n e s , entre las q u e se e n c o n t r a b a n D a r o c a y las aldeas aledañas de su t é r m i n o . E n t r e éstas se h a l l a b a el c e r c a n o p u e b l e c i t o de L a n g a , h a b i t a d o tras la r e c o n q u i s t a p o r m u d e j a r e s q u e se e n t r e g a r o n f u n d a m e n t a l m e n t e al c u l t i v o de la t i e r r a y al pastoreo de unas cuantas ovejas. De entre esos mudejares, la p r o v i d e n c i a disp u s o q u e u n o , c o n o c i d o p o r e l n o m b r e d e T o c ó n , pasara a l a p o s t e r i d a d . P o r a q u e l e n t o n c e s , aparte d e l a g u e r r a a b i e r t a y p e r m a n e n t e entre m u s u l m a n e s y cristianos, c u y o e s c e n a r i o p r i n c i p a l se h a b í a d e s p l a z a d o h a c i a el sur y el L e v a n t e , en el r e i n o a r a g o n é s f u e r o n h a b i t u a l e s y constantes las r e n cillas y los e n f r e n t a m i e n t o s e n t r e los p r o p i o s séniores o n o b l e s cristianos, c o n f l i c t o s q u e m u c h a s veces tuvo q u e c o r t a r d e raíz e l p r o p i o m o n a r c a . Así es q u e , p o c o t i e m p o después de la r e c o n q u i s t a de D a r o c a y su térm i n o , tuvo l u g a r u n a de estas sangrientas disputas y u n o de los n o b l e s , acosado p o r los h o m b r e s a r m a d o s d e s u r i v a l , fue a refugiarse e n u n a p e q u e ñ a e r m i t a q u e , l e v a n t a d a e n m e d i o d e l m o n t e , estaba d e d i c a d a a l a V i r g e n . D e n a d a le sirvió al f u g i t i v o acogerse a este r e c i n t o sagrado, de m o d o q u e fue asesinado y su c u e r p o sin v i d a a b a n d o n a d o . L a i m a g e n d e N u e s t r a S e ñ o r a , a l ver p r o f a n a d a s u p r o p i a m a n s i ó n , decidió dejar el t e m p l o p r o f a n a d o y f u e a buscar c o b i j o en u n a h u m i l d e cab a n a p r o p i e d a d d e u n m o r o d e L a n g a l l a m a d o T o c ó n , u n h o m b r e d e recta e i n t a c h a b l e c o n d u c t a a u n q u e su D i o s f u e r a o t r o q u e el de los cristianos q u e s e m a t a b a n d e m a n e r a tan i g n o m i n i o s a . L o s cristianos d e L a n g a , a h o r a d o m i n a d o r e s , n o p o d í a n c o n s e n t i r q u e la i m a g e n c o n t i n u a r a en p o d e r de Tocón, un m o r o en definitiva, y arrebatándosela l a d e p o s i t a r o n e n l a n u e v a iglesia d e l p u e b l o , m i e n t r a s levantaban una ermita en el lugar donde la V i r g e n había elegido. El m o r o Tocón, sintiéndose l l a m a d o p o r a q u e l l a señal d e l c i e l o , s e convirtió a l c r i s t i a n i s m o y se h i z o bautizar, y la V i r g e n q u e le d i s t i n g u i e r a c o n su e l e c c i ó n recibió) desde entonces el n o m b r e de Nuestra Señora de Tocón, denominación por la q u e todavía se le c o n o c e . [Faci, Roque A . , Aragón..., II, págs. 35-37. Bernal, José, Tradiciones..., págs. 152-153. Sánchez Pérez, José A . , El culto maria.no en España, pág. 405.] 251

Agustín i'bieto Arlela

230. E L T E S O R O E S C O N D I D O D E M U S T A F Á (SIGLO XII.

M O N R E A L DEL CAMPO)

El e m p u j e de las tropas cristianas a m e n a z a b a c o n a p o d e r a r s e de las tierras turolenses d o n d e está e n r a i z a d a l a a c t u a l p o b l a c i ó n d e M o n r e a l . E l e n tonces alcaide m o r o d e este enclave — q u e e n r e a l i d a d e r a u n a l q u i m i s t a q u e pasó g r a n parte d e s u v i d a i n t e n t a n d o hallar, c o m o tantos otros, l a p i e d r a f i l o s o f a l — vivía c o m p l e t a m e n t e s o l o y l a gente m u r m u r a b a q u e l o q u e e n r e a l i d a d h a c í a era amasar o r o e n g r a n d e s c a n t i d a d e s p a r a e n t e r r a r l o , e n previsión de lo q u e p a r e c í a avecinarse, pues las n o t i c i a s q u e l l e g a b a n desdóla frontera no eran n a d a halagüeñas. T o d o s los días, Mustafá r e c o r r í a p a u s a d a m e n t e c o n s u c a b a l l o e l c a m i n o q u e le llevaba a un a b r e v a d e r o de aguas l i m p i a s s i t u a d o en las afueras de M o n r e a l , en el q u e gustaba refrescarse y d a r de b e b e r al a n i m a l . M a s sus c o n v e c i n o s m o r o s p u d i e r o n o b s e r v a r c ó m o detrás d e l a b r e v a d e r o h a b í a una loma que, aunque de manera imperceptible, iba creciendo de v o l u m e n p o c o a p o c o . E l h e c h o c i e r t o , e n efecto, e r a q u e Mustafá s e valía d e u n a p i e l de toro para ir transportando o r o a la l o m a doirde lo enterraba y cubría diariamente para que no fuera descubierto. N o tardó m u c h o e l día e n e l q u e las tropas cristianas, tras u n a p e l e a m u y d i s p u t a d a , s e a p o d e r a r o n d e M o n r e a l . E l ex-alcaide Mustafá n o huyó a l e x i l i o , c o m o h i c i e r o n m u c h o s d e sus c o r r e l i g i o n a r i o s , s i n o q u e d e c i d i ó perm a n e c e r en su casa, a c o g i é n d o s e a la legislacicm q u e los reyes aragoneses d i s p u s i e r o n p a r a a m p a r a r a los m u d e j a r e s . P o r s u p u e s t o , c o m o l a v u e l t a a l p a s a d o p a r e c í a i m p o s i b l e d e m o m e n t o , tanto Mustafá c o m o sus c o r r e l i g i o n a r i o s jamás h a b l a r o n n i r e v e l a r o n n a d a a c e r c a d e l a e x i s t e n c i a d e l m o n t í c u l o , e s p e r a n d o q u e l l e g a r a n t i e m p o s mejores. N o e s d e extrañar, p o r l o tanto, q u e e n M o n r e a l s e o i g a d e c u a n d o e n c u a n d o cantar u n a jota que dice: «De b r i l l a n t e s , p l a t a y o r o hay u n e n t i e r r o e n M o n r e a l , e l d e l a «Guasa d e l M o r o » , q u e sólo es un p e d r e g a l » . [ D a t o s p r o p o r c i o n a d o s p o r P a b l o M a r c o , José M a r t í n e z , L u i s M o r e n o y Jesús Val c n z u e l a . C o l e g i o d e «Ntra. S r a . d e l Pilar». M o n r e a l d e l C a m p o . ]

231. E L A M O R D E D O N P E D R O D E A Z A G R A ( S I G L O XII. A L B A R R A C Í N )

M u h a m m a d ben Mardanis, conocido en todo el m u n d o cristiano d e l m o m e n t o c o m o e l rey L o b o , e r a u n o d e l o s p e r s o n a j e s m á s i m p o r t a n t e s 252


e influyentes de su t i e m p o . En cierta ocasión, se e n c o n t r a b a descansand o e n A l b a r r a c í n m i e n t r a s sus a y u d a n t e s p r e p a r a b a n l a e x p e d i c i ó n m i l i tar c o n l a q u e i b a a i n t e n t a r a p o d e r a r s e d e M u r c i a y V a l e n c i a , d e c u y o s t e r r i t o r i o s a c a b ó s i e n d o rey. C u a n d o l e a v i s a r o n d e q u e t o d o e s t a b a p r e parado para iniciar la campaña, y llegado el m o m e n t o de abandonar A l b a r r a c í n , a p e s a r d e tratarse d e u n g u e r r e r o v a l e r o s o c u r t i d o e n m i l batallas n o p u d o e v i t a r q u e l e i n v a d i e r a u n a i n m e n s a t r i s t e z a p u e s c o n s u m a r c h a d e j a b a atrás u n a s t i e r r a s q u e l e e r a n m u y q u e r i d a s y u n a e s p o s a a la q u e a d o r a b a . P o r suerte, c o n t a b a b e n M a r d a n i s entre sus vasallos c o n l a a m i s t a d y c o n f i a n z a d e d o n P e d r o d e A z a g r a , u n c a b a l l e r o l e a l a q u i e n e n c o m e n d ó e l gob i e r n o de sus posesiones a l b a r r a c i n e n s e s y la c u s t o d i a de su mujer, la b e l l a m o r a A l b a , a l a q u e n o q u e r í a e x p o n e r a los múltiples p e l i g r o s q u e h a c í a presagiar l a e m p r e s a c o n q u i s t a d o r a q u e i b a a acometer. Partió, pues, el rey T.obo p a r a la g u e r r a y d o n P e d r o de A z a g r a se aprestó a g u a r d a r l e h a c i e n d a y esposa. P e r o la a u s e n c i a de i b n M a r d a n i s se p r o l o n g ó más de lo e s p e r a d o y su h e r m o s a mujer, c a u t i v a d a p o r la h o n r a d e z y e l v a l o r d e clon P e d r o , n o sólo h i z o q u e s e f u e r a o l v i d a n d o d e s u m a r i d o a u sente, s i n o q u e s e e n a m o r a r a p e r d i d a m e n t e d e l vasallo c r i s t i a n o , q u i e n i n t e n t ó resistirse a los e n c a n t o s e i n s i n u a c i o n e s de d o ñ a A l b a , d e d i c á n d o s e a la caza y a r e c o r r e r las tierras d e l s e ñ o r í o , a u n q u e t o d o a c a b ó s i e n d o en van o pues e l a m o r surgió y p r e n d i ó entre a m b o s . A l c a b o d e l t i e m p o , r e g r e s ó v i c t o r i o s o u n día a A l b a r r a c í n i b n M a r d a n i s s o ñ a n d o c o n s u b e l l a esposa A l b a , p e r o ésta, n o p u d i e n d o resistir l a i d e a d e verse s e p a r a d a d e d o n P e d r o , a c a b ó m u r i e n d o d e p e n a llevándose c o n s i g o p a r a s i e m p r e e l secreto d e a q u e l a m o r . Tras a q u e l fatal desenlace, pasados u n o s días y apenas r e p u e s t o d e l d o l o r c a u s a d o p o r l a pérdida d e d o ñ a A l b a , partió e l rey E o b o d e n u e v o h a c i a L e v a n t e d e j a n d o a d o n P e d r o de A z a g r a , su vasallo y a m i g o c r i s t i a n o , c o m o señor perpetuo de Albarracín para que la gobernara en su n o m b r e . [ M a r t í n e z (¡alvo, P a s c u a l , Historia, de Caslellole..., I, pág. 2 1 4 . J

232. L A M O R A Q U E A C U D I Ó A IA VIRGEN

DE S A J A S

(SIGLO XIII. H U E S C A )

E n B o r j a , c o m o e n tantos otros lugares d e A r a g ó n , c o n v i v i e r o n cristianos y m o r o s tras la r e c o n q u i s t a . C a d a c o m u n i d a d tenía, c o m o es léigico, sus propias costumbres y tradiciones fruto de la distinta concepción de la v i d a y d e l a m u e r t e , mas, c o n l a e x c e p c i ó n d e aislados y c o n t a d o s casos, l a c o e x i s t e n c i a solía ser pacífica y el trato entre u n o s y otros n a t u r a l .

253


E n e l seno d e l a c o m u n i d a d m u d e j a r d e B o r j a , u n a m a d r e v i o c ó m o s u h i j o d e c o r t a e d a d e n f e r m a b a , sin q u e los físicos o m é d i c o s b o r j a n o s n i d e los p u e b l o s d e a l r e d e d o r h a l l a r a n r e m e d i o a s u m a l . L a s a l u d d e l n i ñ o fue agravándose p o c o a p o c o hasta acabar m u r i e n d o . Es de i m a g i n a r el desc o n s u e l o de la m a d r e y las escenas de d o l o r i n m e n s o a q u e el fatal desenlace d i o lugar. La d e s c o n s o l a d a m o r a b o r j a n a , en sus constantes idas y v e n i d a s diarias a la f u e n t e , h a b í a o í d o a unas amigas cristianas q u e existía en las afueras de la ciudad de Huesca u n a imagen milagrosa de la V i r g e n de la que contaban historias inverosímiles. L a s amigas las l l a m a b a n m i l a g r o s y, a u n q u e la agar e n a n o e n t e n d í a c ó m o p u d i e r a ser p o s i b l e a q u e l l o s h e c h o s tan fantásticos, d e c i d i ó llevar a su h i j o m u e r t o hasta H u e s c a p a r a p e d i r p o r él a la V i r g e n de sus amigas. C u a n d o c o n c i e r t o r e c e l o les c o n t ó a sus vecinas m u s u l m a n a s q u é era lo q u e p r e t e n d í a hacer, oyóse de t o d o , p e r o no c e j ó en su e m p e ñ o y se encam i n ó a H u e s c a , m e j o r d i c h o , a las afueras de H u e s c a , p u e s t o q u e la e r m i t a de la V i r g e n estaba situada en las huertas aledañas a la c i u d a d . Allí s u p o q u e se l l a m a b a N u e s t r a S e ñ o r a de Salas. Tras un p e n o s o viaje, llegó al s a n t u a r i o oséense y r o g ó a la V i r g e n p o r su h i j o m u e r t o desde s u f e d i s t i n t a , p e r o c o n e l c o r a z ó n l i m p i o y fue escuchad a . E l p e q u e ñ o m o r i c o j u g a b a y a antes d e q u e l a m a d r e saliera d e l t e m p l o . Volvió a B o r j a y n a r r ó en la f u e n t e t o d o lo q u e h a b í a s u c e d i d o m i e n t r a s e l n i ñ o c o r r e t e a b a c o n otros n i ñ o s . Sus vecinas m o r a s c a l l a r o n , p e r o j a m á s le p e r d o n a r o n . No se hizo p o r aquello cristiana, pero desde entonces c o m p r e n d i ó q u e sentía l o q u e las m a d r e s cristianas sentían. [ A g u a d o B l e y e . P e d r o , Santa María de Salas en el siglo xill, p á g . 119.]

233. L A M O R A P E I N A D O R A (SIGLO XIV. A Q U I L U É )

E n Aquilué y los p u e b l o s d e l c o n t o r n o , así c o m o e n t o d o e l A l t o Aragón, ya en el siglo xrv las cosas de los m o r o s sonaban a algo lejano y p e r d i d o en el t i e m p o . S i n e m b a r g o , todos tenían c o m o algo p r o p i o , a s i m i l a d o y q u e r i d o e l h e c h o d e q u e p u d i e r a c o n v i v i r c o n ellos u n a j o v e n m o r a e n c a n t a d a a l a q u e , p o r estar e n c a n t a d a p r e c i s a m e n t e , n o l e pasaba e l t i e m p o . S i e m p r e tenía u n aspecto j o v e n y , además, c ó m o n o , s i e m p r e era h e r m o s a , m u y h e r m o s a . Vivía l a b e l l a A i x a e n s o l i t a r i o , sin más c o m p a ñ í a q u e l a d e u n f i e l p e r r o , en el «Forato de la Mora», es decir, en u n a cueva relativamente a n c h a y prof u n d a que ella h i z o confortable y habitable. Estaba tan e n a m o r a d a de su t i e r r a natal q u e se había resistido a a b a n d o n a r l a c u a n d o todos los suyos d e c i 254


d i e r o n , h a c í a ya m u c h o s años, e m i g r a r a la c i u d a d de H u e s c a , p r i m e r o , y a Z a r a g o z a , después. C o m o e r a h a b i t u a l e n e l caso d e todas las m o r i c a s e n cantadas, apenas se le veía a la l u z d e l día, e x c e p t o al a l b a y al a n o c h e c e r . A u n q u e e n c a n t a d a y, p o r lo tanto, l i b r e de las n e c e s i d a d e s h u m a n a s y s i e m p r e j o v e n , A i x a a n s i a b a c o n todas sus fuerzas q u e l l e g a r a e l día d e s u d e s e n c a n t a m i e n t o . E s o o c u r r i r í a tan sólo c u a n d o v o l v i e r a a p o r e l l a algún j o v e n m o r o , c o n q u i e n se casaría y e n v e j e c e r í a j u n t o y a la vez q u e él. De m o m e n t o , s u tínica obsesión e r a atesorar d i n e r o p a r a a p o r t a r l o c o m o d o t e al m a t r i m o n i o de su liberación. P a r a c o n s e g u i r e l d i n e r o n e c e s a r i o , sólo salía d e s u c u e v a p a r a p e i n a r a u n a señora cristiana m u y p r i n c i p a l de la localidad que acudía diariamente c e r c a d e l a cueva. L o h a c í a c o n tal e s m e r o y c o n tanta d e l i c a d e z a q u e l a d a m a ú n i c a m e n t e p e n s a b a e n e l m o m e n t o e n e l q u e c a d a día A i x a d e s l i z a b a su p e i n e y tejía c o n sus d e l i c a d o s d e d o s unas h e r m o s a s trenzas. Y c a d a día, sobre u n cestillo s i e m p r e l i m p i o u r d i d o c o n cañas, l e d e j a b a a h u r t a d i l l a s u n a p e p i t a d e o r o c o m o r e c o m p e n s a a s u d e l i c a d o y p r i m o r o s o trabajo. H a p a s a d o e l t i e m p o y l a m o r a e s tan sólo u n r e c u e r d o e n l a m e m o r i a d e u n o s p o c o s . A u n q u e l o h a n b u s c a d o , n u n c a s e h a e n c o n t r a d o e l o r o ates o r a d o e n l a c u e v a n i está y a e n e l l a A i x a . E s o d e b e q u e r e r d e c i r q u e llegó u n día e l m o r o d e l a liberación p a r a llevársela, a u n q u e tuvo q u e ser d e n o c h e , pues n a d i e r e p a r ó e n l a m a r c h a d e l a m o r i c a e n c a n t a d a . [Recogida oralmente.]

234. L A C R I S T I A N A P E I N A D O R A (SIGLO XIV. RASAI.)

E n u n a c u e v a c e r c a n a a las casas d e R a s a l , p o b l a c i ó n h a b i t a d a p o r cristianos viejos, t e n í a a c o n d i c i o n a d a s u v i v i e n d a u n g a n a d e r o m o r o , c u y a esp o s a l u c í a u n a l a r g a , b r i l l a n t e y s i e m p r e l i m p i a c a b e l l e r a más n e g r a q u e e l p r o p i o a z a b a c h e . E r a n los ú n i c o s m o r o s d e l a c o m a r c a y vivían a p a r t a d o s d e l resto d e los h a b i t a n t e s , p e r o e n m o d o a l g u n o r e h u í a n r e l a c i o n a r s e c o n q u i e n les b u s c a b a . N o e s d e e x t r a ñ a r , p o r l o t a n t o , q u e c o n e l c a m i n a r cansino p r o p i o de su edad, u n a anciana cristiana del p u e b l o se acercara d i a r i a m e n t e a l a casa d e l m a t r i m o n i o p a r a p e i n a r a l a m u j e r d e m a n e r a desinteresada. La a n c i a n a cristiana y la m o r a h a b l a b a n p o c o , pero se sentían a gusto juntas. Y en a g r a d e c i m i e n t o a a q u e l l a d e l i c a d a dedicación d i a r i a , la pareja m u s u l m a n a r e c o m p e n s a b a d e c u a n d o e n c u a n d o a l a a n c i a n a c o n u n a v a c a d e s u m a n a d a , d e m o d o q u e ésta l l e g ó a r e u n i r u n n u m e r o s o r e b a ñ o q u e e l l a m i s m a sacaba a pastar c a d a d í a y devolvía p o r l a t a r d e hasta s u c o r r a l i z a . 255


P o r no se sabe q u é m o t i v o , c o m o única c o n d i c i ó n p a r a q u e las cosas siguieran sucediendo n o r m a l m e n t e , el m o r o le rogó a la anciana que cuand o c o n d u j e r a sus vacas j a m á s d e b í a m i r a r h a c i a atrás hasta q u e e l ú l t i m o a n i m a l hubiese entrado en el corral. C o m o e l t i e m p o pasaba, l a vacada d e l a a n c i a n a s e f u e h a c i e n d o e n o r m e . U n día, e l c a m i n o d e regreso — q u e n o r m a l m e n t e s i e m p r e l e h a b í a p a r e c i d o c o r t o — s e l e h i z o e t e r n o . U a a n c i a n a , a y u d a d a p o r u n bastéin, i n tentaba despistarse a d m i r a n d o el paisaje, p e r o el n ú m e r o de reses se le h a c í a i n f i n i t o , i n t e r m i n a b l e , y epiiso saber cuántas q u e d a b a n a r m p o r e n t r a r e n e l r e f u g i o . S e a c o r d ó d e l a r e c o m e n d a c i ó n d e l g a n a d e r o y p u d o soportar l a t e n t a c i ó n d e m i r a r h a c i a atrás d u r a n t e u n c i e r t o t i e m p o , p e r o , cansada ya de esperar, la m u j e r se olvidé) de lo p a c t a d o y a c a b ó v o l v i e n d o la cabeza. En ese m i s m o instante, todas las vacas m e n o s c u a t r o se d i s p e r s a r o n y desaparecieron c o m o por encanto. Parece ser q u e más q u e u n castigo f u e u n a treta i n t e r e s a d a d e l g a n a d e r o m o r o , pues, c o n o c e d o r d e l a d e b i l i d a d h u m a n a , sabía q u e a l g t i n d í a s e olvidaría la a n c i a n a de lo p a c t a d o y q u e ésta, o r g u l l o s a c o m o era seguiría c o n las visitas a s u m u j e r p a r a i n t e n t a r n o v o l v e r n u n c a más l a cabeza, c o n l o q u e facilitaría e l e n c u e n t r o q u e ambas d e s e a b a n . [Beltrán, A n t o n i o , Leyendas aragonesas, págs. 103-104.]

235. L A C O N V E R S I Ó N D E L A L F A Q U Í Z A R A G O Z A N O (SIGLO xiv. Z A R A G O Z A )

En tiempos del arzobispo d o n A l o n s o de A r h u c l l o , ocurrió en Zaragoza u n h e c h o s i n g u l a r e n e l q u e a n d u v i e r o n m e z c l a d o s cristianos y m u d e j a r e s p u e s a u n q u e éstos h a b i t a b a n e n u n b a r r i o aparte, e l d e l a M o r e r í a , las rel a c i o n e s e n t r e m i e m b r o s d e ambas c o m u n i d a d e s e r a algo h a b i t u a l . E l caso e s q u e u n a m u j e r c r i s t i a n a y c a s a d a q u e vivía e n Z a r a g o z a , a n t e e l m a l trato q u e h a b i t u a l m e n t e r e c i b í a p o r p a r t e d e s u m a r i d o , y n o e n c o n t r a n d o s o l u c i ó n a sus m a l e s , d e c i d i ó c o n s u l t a r a u n a l f a q u í m u d e j a r l a f o r m a e n q u e p o d r í a c o n s e g u i r q u e a q u é l c a m b i a r a s u a c t i t u d host i l h a c i a e l l a . E l m o r o , q u e l e h a b í a r e c i b i d o e n s u p r o p i a casa, l e c o n testó q u e s e r í a s u f i c i e n t e c o n q u e l e p r e s e n t a r a a l m a r i d o u n a h o s t i a consagrada. L a mujer, a u n q u e a l g o c o n f u s a p o r tan e x t r a ñ a r e c o m e n d a c i ó n , fue a confesarse a la iglesia de S a n S a l v a d o r y pasó a c o m u l g a r a c o n t i n u a c i ó n . R á p i d a m e n t e salió d e l t e m p l o c a t e d r a l i c i o y sacó l a S a g r a d a F o r m a d e s u b o c a , c o l o c á n d o l a c o n s u m o c u i d a d o e n u n p e q u e ñ o estuche q u e llevaba p r e p a r a d o m i e n t r a s s e e n c a m i n a b a h a c i a s u casa. U n a vez allí, a l d e s c u b r i r e l e s t u c h e p a r a q u e s u m a r i d o v i e r a l a L l o s t i a c o n s a g r a d a , tal c o m o l e h a b í a

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i n d i c a d o e l alfaquí m o r o , a q u é l l a s e h a b í a c o n v e r t i d o , n o s e sabe c ó m o , e n un h e r m o s o niño, de minúsculas p r o p o r c i o n e s . A s o m b r a d a y t e m e r o s a p o r lo s u c e d i d o , la m u j e r r e g r e s ó a la M o r e r í a y c o n s u l t ó d e n u e v o a l alfaquí q u é h a c e r ante tal p o r t e n t o , o r d e n á n d o l e éste q u e regresara a su casa y q u e m a r a el c o f r e c i l l o y su c o n t e n i d o . Ardió el cofre d e m a d e r a v o r a z m e n t e , p e r o e l N i ñ o n o sólo resultó i n t a c t o , s i n o q u e comenzó a despedir u n a intensa y cegadora luz. R e g r e s ó d e n u e v o l a m u j e r a casa d e l alfaquí q u e , ante e l p r o d i g i o q u e o b s e r v a b a , q u e d ó atémito. R e n d i d o s a m b o s , f u e r o n a l a c a t e d r a l , c o n f e s á n dose e l l a a r r e p e n t i d a y p i d i e n d o e l alfaquí e l b a u t i s m o a l v i c a r i o g e n e r a l , e n t r e lágrimas de c o n t r i c i e m . | F a r i , R o q u e A . . Aragón..., I, págs. 12-14. D o r m e r , D . J . , Disertación del martirio de santo Dominguito de Val. R o m a , 1639.]

236. L A I A V A N D E R A M O R 1 C A D E S E N A (SIGLOS XIV-XV. SENA)

C o m o e n l a m a y o r parte d e los ríos q u e d i s c u r r e n p o r l a parte l l a n a d e A r a g ó n , a l o l a r g o d e l a vega feraz d e l A l c a n a d r e f u e c o r r i e n t e l a persistenc i a d e p o b l a c i ó n m o r a , i n c l u s o bastantes siglos después d e h a b e r s i d o v e n c i d o s los m u s u l m a n e s . A l a o r i l l a d e r e c h a d e l A l c a n a d r e — n o m b r e q u e e n á r a b e s i g n i f i c a «el p u e n t e » — , s i r v i e n d o de d i v i s o r i a a los actuales t é r m i n o s m u n i c i p a l e s de Sen a y V i l l a n u e v a d e S i g e n a , existe u n a m o d e s t í s i m a elevación d e l t e r r e n o den o m i n a d a «Tozal d e l a M o r a » , e n l a q u e , a d e m á s d e evidentes restos p r e h i s tóricos, p u e d e n verse todavía bastantes de o r i g e n m u s u l m á n , lo c u a l no es d e e x t r a ñ a r e n a b s o l u t o . E n este caso c o n c r e t o , e l n o m b r e d e l tozal tiene u n a s e n c i l l a y p o é t i c a e x p l i c a c i ó n q u e se e n t r e m e z c l a c o n h e r m o s o s tintes de l e y e n d a . En efecto, c u a n d o las huestes cristianas aragonesas se a d u e ñ a r o n de la p o b l a c i ó n d e S e n a , c u a n d o estaba m u y a v a n z a d o y a e l siglo X I I , l a p o b l a c i ó n m o r a e m i g r ó casi e n s u t o t a l i d a d , c i r c u n s t a n c i a esta q u e n o sucedió e n otras p o b l a c i o n e s d e l a c o m a r c a . N o obstante, m u c h o s a ñ o s después d e este é x o d o m a s i v o , los habitantes d e S e n a o b s e r v a b a n , e n n u m e r o s a s ocasiones, q u e d u r a n t e e l día solía a p a r e c e r r o p a t e n d i d a , d e i n m a c u l a d a b l a n c u r a , puesta a secar sobre los t o m i l l o s y los r o m e r o s de la parte s o l a n a d e l t o z a l . En los alrededores, no se divisaba v i v i e n d a a l g u n a , lo cual r o d e a b a de cierto aire de m i s t e r i o a un h e c h o de p o r sí tan n a t u r a l . A l g u n o s c a m p e s i n o s y pastores d e l p u e b l o de S e n a aseguraban q u e , al regresar de sus faenas diarias y pasar p o r el l u g a r d u r a n t e la n o c h e o e n t r e 257

Agustín Viñeta Arista

d o s luces, c r e í a n ver o m e j o r intuían l a i m a g e n b o r r o s a d e u n a m o r a j o v e n l a v a n d o e n e l r í o o c a m i n a n d o c o n pasos p e q u e ñ o s p e r o rápidos c o n l a r o p a seca r e c o g i d a e n u n cesto, p e r o l a m o r i c a d e s a p a r e c í a p r o n t o d e sus m i radas c o m o s i f u e r a t r a g a d a p o r l a t i e r r a . D u r a n t e m u c h o s años, los habitantes cristianos d e S e n a s i g u i e r o n v i e n d o r o p a l i m p i a t e n d i d a sin p o d e r i d e n t i f i c a r jamás a l a l a v a n d e r a m o r a , q u e d e b í a ocultarse de las m i r a d a s curiosas de los c a m p e s i n o s y v i a n d a n t e s en algún s u b t e r r á n e o o c u e v a n u n c a d e s c u b i e r t o s . [Proporcionada p o r Benito Cavero.]

237. L A S T R E S D O N C E L L A S E N C A N T A D A S ( S I G L O S X I V - X V . SAJBIÑÁN)

E n tantos y tantos p u e b l o s d e n u e s t r o A r a g ó n , e l t i e m p o h a i d o p o c o a p o c o c o n s t r u y e n d o c o n teselas de leyendas fantásticas y h e r m o s a s nuestras m u c h a s r u i n a s o d o l a n d o de misteriosas e x p l i c a c i o n e s a las c a p r i c h o s a s f o r m a s m o d e l a d a s p o r la erosión y p o r el a b a n d o n o . Este es el caso d e l tor r e ó n d e l viejo castillo d e S a b i ñ á n , o t r o r a p u j a n t e y h o y r u i n a . H a y q u i e n e s a f i r m a n todavía, y quizás h a y a q u e c r e e r l e s , q u e , e n a l g u nas n o c h e s claras y s i n n u b e s e n e l c i e l o , c u a n d o l a l u n a está l l e n a e n l o a l t o , se p u e d e d i v i s a r todavía h o y a tres p a l o m a s b l a n c a s r e v o l o t e a n d o en t o r n o a l viejo t o r r e ó n , q u e ayer f u e c á r c e l , e n u n i n c a n s a b l e i r y v e n i r d e aleteos i n t e r m i n a b l e s . Q u i e n e s t i e n e n l a suerte d e p o d e r l a s o b s e r v a r p o r q u e t i e n e n l a f e r e q u e r i d a saben m u y b i e n q u e n o s o n tales p a l o m a s , s i n o las a l m a s e r r a n t e s de tres h e r m o s a s y j ó v e n e s m o r i c a s , q u e e s t u v i e r o n p r e sas en el t o r r e ó n d e l c a s t i l l o p o r atreverse a a m a r a tres j ó v e n e s e i n t r é p i d o s c a b a l l e r o s c r i s t i a n o s , q u e p a g a r o n t a m b i é n s u o s a d í a c o n e l castigo d e l destierro. P a r a las tres e n a m o r a d a s y j ó v e n e s a m i g a s m o r a s — a l g u n o s d i c e n q u e e r a n p r i n c e s a s — , las j o r n a d a s d e p r i s i ó n s e h a c í a n p e n o s a s e i n t e r m i n a b l e s . Sus j ó v e n e s e n a m o r a d o s d e s c o n o c í a n l a s u e r t e c o r r i d a p o r las d o n cellas, c r e y e n d o i n c l u s o que estaban muertas. P e r o o c u r r i ó q u e u n día, c o m p a d e c i d a p o r tanto d o l o r junto p r o d u c i d o p o r l a intransigencia, u n h a d a d e las b u e n a s s e a p i a d ó d e las tres m u c h a c h a s y , n o p u d i e n d o l i b e r a r l a s , c o m o s i n d u d a h u b i e r a d e s e a d o , las c o n v i r t i ó e n tres ágiles p a l o m a s d e alas b l a n c a s p a r a r e m o n t a r e l v u e l o y s u r c a r l o s a i r e s l i b r e mente. S i n a t a d u r a a l g u n a q u e las r e t u v i e r a , v o l a r o n tan lejos c o m o p u d i e r o n en b u s c a de sus galanes las tres p a l o m a s de alas b l a n c a s y, al no e n c o n t r a r los, v u e l v e n d e c u a n d o e n c u a n d o , e n n o c h e s d e l u n a l l e n a , e s p e r a n d o e l 258


r e g r e s o d e q u i e n e s , s i e n d o caballeros cristianos, c o m e t i e r o n l a f e l o n í a d e e n a m o r a r s e de tres d o n c e l l a s m o r a s y ellas les c o r r e s p o n d i e r o n . [ P r o p o r c i o n a d a p o r l a A g r u p a c i ó n E s c o l a r M i x t a « B e n e d i c t o XIII». S a b i ñ á n . D o m í n g u e z Lasierra, Juan, «Las d o n c e l l a s de S a b i ñ á n » , en Aragón Legendaria, II,

págs. 98-100.]

238. L A MOFLA. S O L I T A R I A Y EL PASTOR DE LUESIA (SlGI.OS XIV-XV. LUESIA)

H a c í a siglos q u e L u e s i a s e h a b í a visto l i b r e d e l a d o m i n a c i ó n d e los m u s u l m a n e s , p e r o , c o m o e n tantos otros lugares, a l g u n o s m o r o s d e c i d i e r o n p e r m a n e c e r en las casas en las q u e h a b í a n n a c i d o y v i v i d o más de q u i n c e g e n e r a c i o n e s . N o obstante, l a p o b l a c i ó n a g a r e n a d e L u e s i a fue d i s m i n u y e n d o p a u l a t i n a m e n t e hasta q u e d a r r e d u c i d a a l a m í n i m a e x p r e s i ó n . L l e g ó u n m o m e n t o e n e l q u e q u e d ó s o l a m e n t e u n a m u j e r m o r a , d e esbelta figura, d i c e n , q u e se aisló p o r c o m p l e t o d e l resto de la p o b l a c i ó n crist i a n a e n l a ("antera d e Vallestán, t a m b i é n c o n o c i d a c o m o «Punta l a M o r a » , n o m b r e q u e p r e c i s a m e n t e constituye u n t e s t i m o n i o d e s u r e c u e r d o . A p e n a s n a d i e veía a nuestra m o r a pues n u n c a se acercaba al p u e b l o . P a r a sobrevivir, debía pescar en el río y p o n e r trampas a las aves y a los conejos, alimentos q u e c o c i n a b a — m u c h a s veces se veía ascender hacia el cielo u n a ten u e c o l u m n i l l a d e h u m o — e n u n hogar h e c h o d e piedras. D u r a n t e l a p r i m a vera y el verano, haría, sin d u d a , a c o p i o de frutos d e l m o n t e , q u e p o r estas tierras es bastante dadivoso. C a d a día, eso sí q u e era sabido p o r todos, se la p o día ver descender hasta la o r i l l a d e l río A r b a p a r a lavarse y t o m a r agua. T o d o su contacto h u m a n o se cifraba en la presencia a distancia de un pastor d e L u e s i a q u e c a d a día, c u a n d o c a í a l a n o c h e , l e dejaba c u i d a d o s a m e n t e u n c u e n c o d e m a d e r a l l e n o c o n l e c h e fresca d e sus ovejas a l a v e r a d e l A r b a . Y cada n o c h e l a m o r a s o l i t a r i a b e b í a c o m p l a c i d a l a l e c h e d e las ovejas d e l pastor c r i s t i a n o . A l día s i g u i e n t e , c u a n d o e l pastor volvía d e n u e v o , s i e m p r e e n c o n t r a b a e l c u e n c o l i m p i o y b o c a abajo, c o n u n a m o n e d a e n c i m a . Se repitió d u r a n t e tanto t i e m p o a q u e l l a s i l e n c i o s a y distante relación q u e los habitantes d e L u e s i a s i e m p r e h a n c r e í d o q u e e n l a cueva, tras desap a r e c e r u n día l a m o r a sin saber c ó m o , debié) q u e d a r o c u l t o u n i m p o r t a n te tesoro en m o n e d a s , e i n c l u s o q u e existe un b e c e r r o de o r o q u e le debier o n dejar a l a m u c h a c h a sus c o r r e l i g i o n a r i o s c u a n d o m a r c h a r o n a l e x i l i o , p e r o n a d i e l o h a e n c o n t r a d o todavía. [Recogida oralmente.]

259


6.2. R E L A C I O N E S P R O B L E M Á T I C A S

239. O R O S I A M U E R E A MANOS MUSULMANAS (SIGLO ix. JACA Y YERRA DE BASA)

O r o s i a o E u r o s i a — u n a d e las hijas d e los d u q u e s (que p a r a otros e r a n reyes) de B o h e m i a o de A q u i t a n i a , B o r i b o n i o y L u d e m i l a , q u i e n e s se habían c o n v e r t i d o a l c r i s t i a n i s m o p o r i n f l u e n c i a d e san M e t o d i o — e r a u n a m u c h a c h a joven y de n o t a b l e b e l l e z a , a la q u e a l g u n o s c o n v i e r t e n en m u j e r d e l últ i m o c o n d e a r a g o n é s F o r t u n o X i m é n e z , m i e n t r a s otros c o n s i d e r a n q u e era soltera e n e l m o m e n t o d e s u f r i r e l m a r t i r i o a l q u e fue s o m e t i d a , s i b i e n e s c i e r t o q u e estaba a p u n t o de desposarse. L o c i e r t o e s q u e e n e l a ñ o 870, a c o m p a ñ a d a p o r e l o b i s p o A c i s c l o y p o r su h e r m a n o C o r n e l i o , r e c o r r i ó las tierras de F r a n c i a de n o r t e a sur p a r a ven i r a r e u n i r s e a A r a g ó n c o n su esposo o su p r o m e t i d o , no se sabe b i e n . Tras u n l a r g o y p e n o s o viaje, atravesó p o r f i n l a c o m i t i v a e l P i r i n e o p a r a encam i n a r s e h a c i a Jaca, c u a n d o r e c i b i e r o n n o t i c i a s d e q u e a l g u n o s g r u p o s arm a d o s d e m u s u l m a n e s p a t r u l l a b a n p o r l a c o m a r c a , así q u e d e c i d i e r o n guarecerse en u n a cueva c e r c a n a a Y e b r a de Basa, en espera de q u e pasara el peligro. A l e r t a d o s , a s i m i s m o , los m u s u l m a n e s d e l a p r e s e n c i a d e u n g r u p o d e g e n t e c r i s t i a n a q u e a n d a b a h u i d a y e s c o n d i d a p o r los m o n t e s , a c a b a r o n p o r e n c o n t r a r a E u r o s i a y a todos los suyos, q u e f u e r o n c o n d u c i d o s p r i s i o n e r o s ante s u jefe, A b e n l u p o , q u i e n q u e d ó i m p r e s i o n a d o p o r l a b e l l e z a d e la joven. E l j u i c i o fue s u m a r í s i m o y A b e n l u p o o f r e c i ó salvar l a v i d a d e l a j o v e n y la de los suyos si ésta a c c e d í a a c o n v e r t i r s e al i s l a m i s m o , p e r o la n e g a t i v a f u e tajante. N o obstante, p a r a f o r z a r l a a c a m b i a r d e o p i n i ó n , h i z o m a t a r u n o tras o t r o a su lío, a su h e r m a n o y a a l g u n o s de los a c o m p a ñ a n t e s y d o n cellas d e l séquito, p e r o l a p r i n c e s a p e r m a n e c i ó f i e l a s u fe. A q u e l l a a c t i t u d de firmeza de Eurosia acabó por irritar completamente a A b e n l u p o , que o r d e n ó t a m b i é n su m u e r t e , h a c i é n d o l e c o r t a r los b r a z o s , las p i e r n a s y la cabeza. T u v i e r o n q u e t r a n s c u r r i r casi d o s c i e n t o s años, según l a tradición, p a r a d a r c o n los despojos d e E u r o s i a . U n ángel c o n d u j o hasta ellos a u n pastor, q u e a c a b ó h a l l a n d o l a c a b e z a y e l t r o n c o d e l a j o v e n . D e j ó l a p r i m e r a e n Yeb r a de Basa y llevó el t r o n c o a Jaca. A su paso p o r las aldeas d e l c a m i n o , las c a m p a n a s tañían solas, l o m i s m o q u e o c u r r i ó e n Jaca, d o n d e s e g u a r d a l a reliquia. [Rincón, W. y Romero, A . , Iconografía..,, n, pág. 15.] 260


240. N U N I L O Y A L U D I A , VÍCTIMAS D E I A I N T R A N S I G E N C I A R E L I G I O S A (SIGLO IX. A D A H U E S C A Y BF.TORZ)

N u n i l o y A l o d i a e r a n dos niñas d e A d a h u e s c a , l o c a l i d a d d e l s o m o n t a n o o s é e n s e , hijas d e m a d r e c r i s t i a n a y d e p a d r e m u s u l m á n . D a d a l a r a d i c a l i z a r o n d e los p r i m e r o s t i e m p o s d e l a c o n q u i s t a , n o fue n a d a fácil vivir e n e l seno d e u n a f a m i l i a m i x t a c o m o l a suya, p e r o f u e r o n e d u c a d a s p o r c o n s e n so de sus padres en la religión m a t e r n a . C u a n d o s u p a d r e m u r i ó r e l a t i v a m e n t e j o v e n , s i g u i e n d o los p r e c e p t o s d e la religión islámica, las niñas p a s a r o n a estar bajo la tutela y a m p a r o d e l p a r i e n t e varón más c e r c a n o , q u e e n este caso era u n tío, c u y o r a d i c a l i s m o o b l i gó a q u e ambas se e d u c a r a n en a d e l a n t e en la religión p a t e r n a , es decir, la islámica, ("orno l a m a d r e persistiera t e r n e e n s u e m p e ñ o d e q u e f u e r a n cristianas, a pesar d e l p a r e n t e s c o el i n t r a n s i g e n t e tío las d e n u n c i ó ante la aut o r i d a d d e l j u e z m u s u l m á n d e Alquézar. S e t o m ó s u t i e m p o e l j u e z , b u s c a n d o l a m e j o r m a n e r a d e solventar e l p r o b l e m a , r e s o l v i e n d o a l f i n , m o v i d o p o r l a j u v e n t u d d e las m u c h a c h a s , n o c o n denarlas. P e r o a l tío n o l e satisfizo a q u e l l a sentencia e x c u l p a t o r i a d e m o d o q u e , e n f u r e c i d o , decidió apelar a l a a u t o r i d a d d e l juez s u p e r i o r d e H u e s c a . T r a s pasar v i c i s i t u d e s varias p o r el c a m i n o , l l e g a r o n a la c a p i t a l d e l dist r i t o . A q u í , el j u e z Z u m a i l , tras t o m a r l e s d e c l a r a c i ó n y e x h o r t a r l e s a q u e a d j u r a r a n de la religión católica, les p r e g u n t ó si estaban dispuestas a e l l o pues, de lo contrario, tendría que condenarlas a la pena máxima. L a s niñas se m a n t u v i e r o n firmes y firme fue t a m b i é n la decisiem de Z u m a i l , q u e las c o n d e n ó a m o r i r d e g o l l a d a s . Sus c u e r p o s sin v i d a f u e r o n a parar a l m u l a d a r . O c u r r i ó que d u r a n t e varios días, sendas luces de o r i g e n d e s c o n o c i d o lucier o n p e r m a n e n t e m e n t e e n e l vertedero d o n d e habían sido abandonadas, p o r lo que p u s i e r o n al corriente d e l h e c h o al juez. Este, para evitar c u a l q u i e r tipo de reacción de la población mozárabe cristiana, o r d e n ó h o r a d a r un p r o f u n d o p o z o y enterrarlas en él. U n a vez cubierto, se señaló el lugar c o n u n a cruz. [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r A n a M C a v e r o , E v a Gálvez. R a q u e l G u t i é r r e z y M - S o l e d a d Labórela, d e l C o l e g i o «San V i c e n t e d e P a ú l » . B a r b a s t r o . ] s

241. V I S O R I O , A S E S I N A D O POR U N A PARTIDA DE M O R O S (SIGLO X. B O L T A Ñ A Y L A B U E R D A )

E n Cadeillán, u n a p o b l a c i ó n situada a l o t r o l a d o d e los m o n t e s P i r i n e o s , d o n d e h a b í a n a c i d o , V i s o r i o f u e pastor d e ovejas d u r a n t e s u niñez, antes d e

261

Agustín tibíelo Artel a

q u e i n i c i a r a los estudios d e gramática, t o c a d o p o r u n a p r e m a t u r a y f i r m e vocación religiosa. S i e n d o m u y j o v e n todavía, d e c i d i ó trasladarse a la P e n í n s u l a y eligió para instalarse las tierras de S o b r a r b e , j u n t o a un viejo y santo e r m i t a ñ o , c o n q u i e n estuvo c o n v i v i e n d o d u r a n t e varios a ñ o s e n u n a c u e v a h a c i e n d o c o n é l u n a v i d a e r e m í t i c a antes d e o r d e n a r s e sacerdote. E s t a n d o a l c u i d a d o d e l r e b a ñ o de ovejas q u e Ies servía de sustento a a m b o s , realizó varios h e c h o s p o r t e n t o s o s , a l d e c i r d e sus c o n t e m p o r á n e o s , c o m o e l h a c e r q u e s u s i m p l e cayado de m a d e r a de boj s i r v i e r a e h i c i e r a de p u e n t e p a r a q u e las ovejas de su r e b a ñ o salvaran desniveles e n o r m e s y cortadas inverosímiles. S e h i z o sacerdote, mas c o m o l a a c t i v i d a d sacerdotal v i v i d a e n c o m u n i d a d no llegó a c o n v e n c e r l e , d e c i d i ó r e t o r n a r a la v i d a de e r e m i t a , y se instaló e n u n a c u e v a q u e estaba c e r c a n a a S a n V i c e n t e d e L a b u e r d a , l u g a r d o n d e e n t r ó e n c o n t a c t o c o n los n i ñ o s C l e m e n c i o y F i r m i n i a n o , q u e estaban dispuestos a seguir sus pasos. En a q u e l paraje, transcurría l e n t a su v i d a de p e n i t e n c i a y a y u n o , a y u d a n d o c u a n t o le e r a p o s i b l e a los pastores y a los gan a d e r o s d e l a m o n t a ñ a e n sus q u e h a c e r e s c o t i d i a n o s . U n d e s d i c h a d o día, V i s o r i o y los dos n i ñ o s c a y e r o n e n m a n o s d e u n a p a r t i d a a r m a d a d e m u s u l m a n e s . N o e r a n o r m a l q u e éstos m o l e s t a r a n a q u i e n e s se d e d i c a b a n a la o r a c i ó n , a u n q u e o b s e r v a r a n u n a religión d i s t i n ta a la suya, p e r o en esta o c a s i ó n la c o s t u m b r e no se r e s p e t ó . L o s a p r e s a r o n , los s o m e t i e r o n a torturas y, c o m o si se tratara de un j u e g o , los p e q u e ñ o s C l e m e n c i o y F i r m i n i a n o f u e r o n d e g o l l a d o s sin p i e d a d , m i e n t r a s q u e e l erem i t a e r a a c r i b i l l a d o a flechas y le c o r t a b a n la cabeza. Sus c u e r p o s sin v i d a p e r m a n e c i e r o n e n l a c u e v a i n s e p u l t o s , hasta q u e , transcurridos m u c h o s años, u n a luz que apareció en la montaña, sin nadie q u e la p r o d u j e r a , c o n d u j o hasta la c u e v a a las gentes de S a n V i c e n t e y L a buerda. [ « G o z o s de S a n V i s o r i o » , en El Gurrión, 31

( L a b u e r d a , 1988), 9.

R i n c ó n , W . y R o m e r o , A . , Iconografía..., II, p á g s . 20-21.]

242. L A P E R S E C U C I Ó N D E E L E N A (SIGLOS X-XI. BIESCAS)

E n nuestros p u e b l o s y c i u d a d e s , las r e l a c i o n e s e n t r e los m u s u l m a n e s , d o m i n a d o r e s , y los cristianos m o z á r a b e s , s o m e t i d o s , solían ser g e n e r a l m e n t e pacíficas, p e r o , n o obstante, e n d e t e r m i n a d o s m o m e n t o s l a c o e x i s t e n c i a e n tre a m b o s p u e b l o s se d e t e r i o r a b a . E n c i e r t a o c a s i ó n , u n a j o v e n m u c h a c h a d e l a l o c a l i d a d d e Biescas, l l a m a d a E l e n a — q u e h a b í a s a l i d o a llevar la c o m i d a a su p a d r e y h e r m a n o s y

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l e a g u a r d a b a n e n l a b o r d a alta d o n d e estaban t r a b a j a n d o — fue p e r s e g u i d a e n c o n a d a m e n t e p o r u n g r u p o d e m o r o s a r m a d o s . L a m u c h a c h a , q u e apenas si m a n t e n í a c o r r i e n d o la d i s t a n c i a q u e le separaba de sus p e r s e g u i d o res, sintió los efectos d e l c a n s a n c i o y se p a r ó p a r a t o m a r aire y sentarse en una piedra. E n a q u e l m o m e n t o , s e s u c e d i e r o n u n a serie d e h e c h o s a b s o l u t a m e n t e insólitos. L a losa sobre l a q u e descansaba E l e n a s e convirtió e n silla c ó m o da y, j u n t o a ella, brotó u n a fuente abundante de agua clara que le p e r m i tió r e c u p e r a r fuerzas. E n e l s u e l o , h u m e d e c i d o p o r e l agua, q u e d a r o n m a r cadas las h u e l l a s de sus pies. Este ú l t i m o detalle no t e n d r í a i m p o r t a n c i a si n o f u e r a p o r e l h e c h o d e q u e l a j o v e n s e h a b í a puesto las zapatillas a l revés p a r a tratar de despistar a sus p e r s e g u i d o r e s , c o m o así sucedió. Esta estratagema l e p r o p o r c i o n ó u n a c i e r t a ventaja, a u n q u e a l f i n los m o r o s p e r s e g u i d o r e s a d i v i n a r o n l a añagaza q u e h a b í a u r d i d o l a j o v e n y v o l v i e r o n a pisarle los talones. S i n t i é n d o s e p e r d i d a , l a m u c h a c h a s e i n t r o d u j o e n u n a cueva p a r a esc o n d e r s e . S i n d u d a a l g u n a , este h e c h o h u b i e r a s i d o inútil s i u n a a r a ñ a , trab a j a n d o c o n c e l e r i d a d i n u s i t a d a , n o h u b i e r a c e r r a d o c o n s u tela sutil l a e n t r a d a d e l a n t r o . P o r q u e , en efecto, al l l e g a r allí los m o r o s p e r s e g u i d o r e s y v e r l a telaraña intacta, d i j e r o n : « D o n d e l a araña tejió, E l e n a n o e n t r ó » . E n ese m o m e n t o , d e s o r i e n t a d o s sobre e l c a m i n o q u e E l e n a p o d í a h a b e r e m p r e n d i d o , desistieron en su persecución. E n l a a c t u a l i d a d , u n a e r m i t a y u n a fuente j u n t o a l a cueva delatan e l paso de santa E l e n a , q u e todavía tiene allí su santuario, en las anteras de Biescas. [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r Isabel C a s t i l l o . Barbas tro.]

Colegio

«San V i c e n t e de Paúl».

243. L O S M O Z Á R A B E S D E Z A R A G O Z A , E X P U L S A D O S A EL B U R G O (SIGLOS X-XI. E L B U R G O D E ERRO)

E n Z a r a g o z a — u n a d e las p r i n c i p a l e s c i u d a d e s c o n las q u e s e e n c o n t r a r o n los m u s u l m a n e s a l a p o d e r a r s e d e l a P e n í n s u l a I b é r i c a — , l o m i s m o q u e en otras m u c h a s los cristianos q u e se q u e d a r o n tras la c o n q u i s t a h a b i t a r o n e n u n b a r r i o aparte y c e r r a d o . Pues b i e n , e n e l b a r r i o m o z á r a b e zaragozan o , u b i c a d o e n t o r n o a l a actual iglesia d e S a n M i g u e l d e los N a v a r r o s , existía u n a p e q u e ñ a c a p i l l a q u e estaba d e d i c a d a a la V i r g e n , c u y o c u l t o se rem o n t a b a a la época de la dominación romana. En g e n e r a l , las r e l a c i o n e s e n t r e m o r o s y cristianos f u e r o n pacíficas, per o n o f a l t a r o n tensiones d e c u a n d o e n c u a n d o . E n u n o d e esos m o m e n t o s de crisis, los m u s u l m a n e s z a r a g o z a n o s h i c i e r o n desalojar t o t a l m e n t e el ba263

Agustín l 'meto Arteta

r r i o m o z á r a b e , l l e v a n d o a todos sus habitantes a u n o s o n c e k i l ó m e t r o s de Sarakusta, j u n t o a l r í o E b r o , n a c i e n d o así u n p o b l a d o n u e v o h a b i t a d o exc l u s i v a m e n t e p o r cristianos, e l l l a m a d o B u r g o d e E b r o . A l d o l o r d e l traslad o f o r z o s o q u e t u v i e r o n q u e padecer, los m o z á r a b e s z a r a g o z a n o s h u b i e r o n d e añadir l a p e n a q u e les p r o d u c í a e l h e c h o d e q u e n o les h u b i e r a n d e j a d o llevar c o n s i g o s u q u e r i d a y v e n e r a d a i m a g e n d e l a V i r g e n . S i n e m b a r g o , y a e n E l B u r g o , u n a m a ñ a n a d e esas q u e s e g u a r d a n s i e m p r e e n e l r e c u e r d o , u n pastor d e s p e r t ó a todos los c o n v e c i n o s c o n sus g r i tos de alegría, pues, m i e n t r a s a p a c e n t a b a sus ovejas, se le a p a r e c i ó la V i r g e n q u e se h a b í a n visto o b l i g a d o s a dejar en Z a r a g o z a . Este h e c h o todavía les u n i ó más d e l o q u e estaban e n a q u e l d e s t i e r r o o b l i g a d o , d e d i c á n d o s e t o d o s a la c o n s t r u c c i ó n de un t e m p l o p a r a su guía y g u a r d i a n a celestial. C u a n d o Sarakusta f u e r e c o n q u i s t a d a p o r A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r , retorn a r o n a l a c i u d a d los cristianos d e E l B u r g o llevándose c o n s i g o l a i m a g e n d e l a V i r g e n , q u e fue c o l o c a d a e n l a iglesia d e S a n M i g u e l , d o n d e r e c i b i ó c u l t o bajo l a advocación d e N u e s t r a S e ñ o r a d e Z a r a g o z a l a V i e j a . P o c o s a ñ o s después, h i c i e r o n q u e u n e s c u l t o r tallara u n a réplica exacta de su V i r g e n y, dejando la copia en San M i g u e l , llevaron en solemne procesión l a a u t é n t i c a a E l B u r g o . [Faci, Roque A . , Aragón..., II, págs. 22-2.3. Sánchez P é r e z , José A . , El culto mañano en España, pág. 456.]

244.

EL A G U A DE TARAZONA (SIGLO XI. TARAZONA)

Un j o v e n v a q u e r o c r i s t i a n o l l e v a b a t o d o s los días sus vacas a b e b e r a la p e q u e ñ a l a g u n a d e Añavicja, situada e n l a a c t u a l p r o v i n c i a d e S o r i a , l u g a r e n e l q u e solía c o i n c i d i r c o n u n a joven p a s t o r a d e ovejas. E n t r e a m b o s surgió, cosa n a t u r a l , el a m o r . Y no es n a d a e x t r a ñ o , p o r lo tanto, q u e Sebastián, e l m u c h a c h o , q u i s i e r a o b s e q u i a r a l a j o v e n , r e g a l á n d o l e u n vaso t a l l a d o e n h u e s o , u n a c o l o d r a , q u e é l m i s m o h a b í a trabajado c o n m i m o valiéndose d e u n a navaja y d e l asta de u n a de sus vacas. U n m a l día, e l zagal, n o s e sabe c ó m o , p e r d i ó s u v a c a d a y , a p r e m i a d o p o r e l m i e d o a l a m o y p o r l a n e c e s i d a d d e p o n e r s e a salvo, huyó h a c i a l a c i u d a d d e T a r a z o n a , e n c o n t r a n d o trabajo e n l a casa d e u n r i c o l a b r a d o r m o z á r a b e . H a b í a c a m b i a d o e l cayado p o r l a a z a d a c o n l a q u e c u l t i v a b a las tierras d e s u n u e v o señor. F u e así c o m o u n a m a ñ a n a , c u a n d o regaba las huertas d e s u a m o c o n agtia d e l Selcos, n o t ó q u e algo, envuelto e n u n a masa cenagosa, d i f i c u l t a b a e l paso d e l agua. C o g i ó la azada p a r a r e m o v e r el b a r r o y l i b e r a r al agua r e t e n i d a y 264


s u sorpresa f u e e n o r m e c u a n d o , e n e l f a n g o q u e m o t i v a b a l a obstrucción, a p a r e c i ó la c o l o d r a q u e h a b í a r e g a l a d o a Justina, su a m a d a . A q u e l h e c h o ven í a a d e m o s t r a r q u e e l agua q u e m a n a b a e n e l n a c e d e r o d e San J u a n venía d i r e c t a m e n t e desde Añavieja, p o r debajo d e l i m p o n e n t e M o n c a y o . C o n o c i e r o n l o o c u r r i d o las a u t o r i d a d e s m o r a s d e T a r a z o n a y , t e m i e n d o q u e si se e n t e r a b a n de e l l o los castellanos p u d i e r a n c o r t a r el a g u a a la c i u d a d , a p r e s a r o n a l m u c h a c h o y l o e n c e r r a r o n e n l a m a z m o r r a . P o d í a ser tan grave a q u e l l o q u e d e c i d i e r o n e n m u d e c e r a l zagal, d e m o d o q u e e l walí ordenó que fuera ahorcado. L o s mozárabes de Tarazona, enterados de lo o c u r r i d o , p r o m o v i e r o n g r a n d e s d i s t u r b i o s : l a c i u d a d vivió días d e u n a agitación q u e n o d e j ó d e crecer. S ó l o v o l v i e r o n las aguas a su cauce c u a n d o J u s t i n a — t r a s s o l i c i t a r a u d i e n c i a al walí y t o m a n d o p r e c a u c i o n e s p a r a q u e no le s u c e d i e r a lo q u e a S e b a s t i á n — l e a m e n a z ó c o n d i v u l g a r e l o r i g e n d e las aguas, pues e l l a conocía la verdad. L a valentía d e l a m u c h a c h a surtió efecto y e l walí t o m ó m e d i d a s p a r a c o n g r a c i a r s e c o n los m o z á r a b e s , d e m o d o q u e l a p a z volvió a l a c i u d a d . [Soria García, M i g u e l A . , Tarazona y su comarca, mi tierra, págs. 221-222.]

245. L A V E N G A N Z A D E L C O N D E C R I S T I A N O (SIGLO XI. BARBASTRO)

N a r r a u n h i s t o r i a d o r á r a b e q u e , pasado u n t i e m p o d e l a r e c o n q u i s t a d e B a r b a s t r o p o r las tropas cristianas, llegó a l a c i u d a d u n c o m e r c i a n t e j u d í o c o n la misión de rescatar de su c a u t i v e r i o a las dos hijas de un n o t a b l e m u sulmán q u e h a b í a p o d i d o escapar a d u r a s penas d e l a m a t a n z a . S e p r e s e n t ó e l j u d í o e n l a casa q u e f u e r a d e este n o t a b l e , d o n d e vivía a h o r a un c o n d e c r i s t i a n o , e n c o n t r a n d o a éste vestido l u j o s a m e n t e y sentad o e n e l m i s m o sitio q u e antes o c u p a r a e l a n t i g u o d u e ñ o m o r o d e l a casa, c o n las h e r m o s a s m u c h a c h a s d ó c i l m e n t e sentadas a su l a d o . N a d a se h a b í a c a m b i a d o e n l a m a n s i ó n : s e m a n t e n í a i n t a c t a l a m i s m a disposición d e los m u e b l e s y de los o r n a m e n t o s , el a m b i e n t e y la a t m ó s f e r a p a r e c í a n idénticos. S o l a m e n t e e l d u e ñ o e r a o t r o . M a n i f e s t ó el c o m e r c i a n t e j u d í o su disposición a pagar c u a l q u i e r p r e c i o al c o n d e p o r el rescate de las cautivas, p e r o éste se n e g ó r o t u n d a m e n t e al trato, d e s p r e c i a n d o o s t e n t o s a m e n t e el «oro m u y p u r o y las telas preciosas y originales» q u e a q u é l l e o f r e c í a . E l c o n d e , d i j o , poseía y a bastantes r i q u e zas, p e r o a f i r m ó q u e , a u n q u e no las tuviera, no c a m b i a r í a a las m u c h a c h a s p o r t o d o e l o r o d e l m u n d o , pues era s u deseo vengarse p o r l o q u e e n o t r o t i e m p o h i c i e r o n c o n las hijas de los cristianos los c o n q u i s t a d o r e s árabes. 265


A u n a d e las m u c h a c h a s l a h a b í a e l e g i d o e l c o n d e p o r s u b e l l e z a com o m a d r e d e sus h i j o s ; a l a o t r a , c o m o c a n t o r a y t a ñ e d o r a d e l a ú d . C o m o m u e s t r a d e c u a n t o d e c í a , l l a m ó a esta ú l t i m a y l e p i d i ó q u e , tras t e m p l a r l o , t a ñ e s e e l laúd y c a n t a r a c o n s u h e r m o s a voz e n h o n o r d e s u h u é s p e d . L a m u c h a c h a , o b e d i e n t e , así l o h i z o , m i e n t r a s e l c o n d e e n j u g a b a c o n u n p a ñ u e l o d e s e d a las l á g r i m a s q u e r e s b a l a b a n p o r sus m e j i llas. D u r a n t e u n r a t o , q u e s e h i z o e t e r n o , c o n t i n u ó l a m o r i c a d e s g r a n a n d o versos e n u n a l e n g u a q u e n i e l c r i s t i a n o n i e l j u d í o a c e r t a b a n a c o m p r e n d e r , mientras el c o n d e seguía b e b i e n d o copiosamente y m a n i f e s t a n d o s u a g r a d o p o r las c a n c i o n e s , a u n q u e e n d u r e c i d o s s u c o r a z ó n y su mente p o r la sed de venganza. R e g r e s ó e l j u d í o sin h a b e r p o d i d o c u m p l i r e l e n c a r g o , m i e n t r a s tres corazones q u e c r e í a n e n o t r o D i o s l l o r a b a n d e s o l e d a d y s e p a r a c i ó n . [Turk, Afif, El Reino de Zaragoza en el siglo XI de Cristo..., págs. 94-95.]

246. E L C E L E B R A D O S A L T O D E P E R O G I L , E S C U D E R O D E L CID (SIGLO XI. TRAMACASTILIA)

E n c i e r t a o c a s i ó n , c a b a l g a b a e l C i d c o n sus m e s n a d a s p o r las tierras altas de la s i e r r a de A l b a r r a c í n . I b a c a m i n o de V a l e n c i a , tras h a b e r p a s a d o u n o s días e n e l p a l a c i o d e l a Aljafería, j u n t o a l rey m o r o d e Sarakusta, s u a l i a d o . Se e n t e r ó el rey musulmán de Albarracín de la p r e s e n c i a en sus tierras de d o n R o d r i g o y organizó u n a partida de jinetes armados, ordenándoles q u e hostigaran s i m p l e m e n t e a las tropas cristianas, p e r o sin presentar batalla c a m p a l a b i e r t a . A v a n z a b a n c o n a b s o l u t o sigilo p a r a tratar d e a p r o v e c h a r a l m á x i m o e l f a c t o r sorpresa. U n a tarde, c u a n d o e l sol estaba todavía m u y alto e n e l h o r i z o n t e , avistar o n a l g r u e s o d e l a hueste c r i s t i a n a j u n t o a l V i l l a r , p e r o , d a d a l a d i f e r e n c i a de fuerzas, d e c i d i e r o n s e g u i r vigilantes y esperar a la n o c h e . S i n e m b a r g o , u n vigía m o r o d e s c u b r i ó , a l g o separados d e l resto, a u n g r u p o d e c u a t r o o c i n c o c a b a l l e r o s , e n t r e los q u e s e e n c o n t r a b a e l C i d , así e s q u e d e c i d i e r o n atacar al c o n s i d e r a r s e s u p e r i o r e s . El C i d y los suyos, apenas repuestos de la sorpresa, se a p r e s t a r o n a la l u c h a . E l c u e r p o a c u e r p o i n e v i t a b l e d e j ó a l g u n o s m u e r t o s sobre e l m o n t e y d o n R o d r i g o s e p u d o p o n e r a salvo, mas P e r o G i l , s u f i e l e s c u d e r o , salió h u y e n d o p o r la i n m e n s a llanada que tenía enfrente c o n f i a n d o en la v e l o c i d a d de su caballo. Los perseguidores, conocedores del terreno, aflojaron i n c l u s o l a c a r r e r a , sabedores d e q u e a l f i n a l d e l l l a n o e l f u g i t i v o s e e n c o n t r a r í a c o n u n a f o z i n m e n s a q u e le obligaría a detenerse y p o r lo q u e q u e d a r í a a su merced. 26(5


E n efecto, e l c o r c e l c o n d u c í a a P e r o G i l d i r e c t a m e n t e h a c i a e l p r o f u n d o d e s f i l a d e r o d e B a r r a n c o h o n d o . E n s u estrecha base, sólo c a b í a e l h i l i l l o d e a g u a d e l río G u a d a l a v i a r . A l l l e g a r a l b o r d e d e l p r e c i p i c i o , s u c a b a l l o s e detuvo t e m e r o s o d e l a b i s m o q u e se a b r í a a sus pies. M a s P e r o G i l a g u i j o n e ó c o n f u e r z a al b r u t o , se abrazó a su c u e l l o , y a m b o s a p a r e c i e r o n al o t r o l a d o d e l p r o f u n d o foso. E o s j i n e t e s m o r o s , l l e n o s de e s p a n t o y de a d m i r a c i ó n a l a vez, n o s e a t r e v i e r o n a e m u l a r a l c r i s t i a n o , q u e , u n a vez l i b r e , p u d o l l e g a r j u n t o a l C i d , q u e c e l e b r ó s u regreso. T a n inverosímil gesta i m p r e s i o n ó tanto a todos q u e los j u g l a r e s cristianos y m o r o s la c a n t a r o n p r o n t o c o n v e r t i d a en versos, d i f u n d i é n d o l a de cast i l l o e n castillo, d e p l a z a e n p l a z a , d e p a l a c i o e n p a l a c i o . [Tomás Laguía, César, «Leyendas y tradiciones...», Teruel, 12 (1954), 146-148.]

2 4 7 . T A CONVERSIÓN D E U N M O R O (SIGLO XII. C O R T E S D E A R A G Ó N )

D u r a n t e u n a d e las m u c h a s batallas entre m o r o s y cristianos, cayó p r i s i o n e r o d e aquéllos u n v e c i n o d e M u n i e s a . M i e n t r a s d u r ó s u c a u t i v e r i o , s e m o s t r ó r e s i g n a d o c o m o b u e n c r i s t i a n o , p e r o u n día d e s p e r t ó c o n l a m i r a d a m e l a n c ó l i c a y, de p r o n t o , r o m p i ó a l l o r a r tan d e s c o n s o l a d a m e n t e q u e el m o r o q u e l o v i g i l a b a sintió c u r i o s i d a d y s e a c e r c ó p a r a p r e g u n t a r l e p o r e l motivo de su desesperación. El c r i s t i a n o le c o n t e s t ó q u e al día siguiente se c e l e b r a b a la fiesta de N u e s t r a S e ñ o r a d e l a A l i a g a e n s u p u e b l o y él, q u e sentía u n a g r a n devoción p o r l a V i r g e n , sería l a p r i m e r a vez q u e faltara a l a c i t a p a r a v e n e r a r l a . E l i n f i e l , q u e sabía m á s b i e n p o c o d e l a religión c r i s t i a n a , i g n o r a b a l a e x i s t e n c i a de esta V i r g e n y siguió p r e g u n t a n d o al cautivo. E l p r i s i o n e r o l e c o n t ó c ó m o u n día, u n a n i ñ a d e l p u e b l o d e C o r t e s q u e c u i d a b a e l g a n a d o v i o u n a i m a g e n d e l a V i r g e n María sobre u n a a l i a g a e h i zo q u e t o d o el p u e b l o se a c e r c a r a a visitarla. L o s mayores t o m a r o n la i m a g e n y la l l e v a r o n a la iglesia. P e r o al día siguiente, p a r a sorpresa de todos, l a i m a g e n h a b í a d e s a p a r e c i d o , a u n q u e l a e n c o n t r a r o n , sin e m b a r g o , d e n u e v o sobre l a aliaga, e n m e d i o d e l c a m p o , d e m o d o q u e d e c i d i e r o n levantar allí u n a e r m i t a y m o d e l a r o n e n b a r r o u n a a l i a g a p a r a q u e l e s i r v i e r a de s o p o r t e . E l m o r o guardián n o c o m p r e n d i ó n a d a d e l o q u e oía, pues s u falta d e f e l e i m p e d í a e n t e n d e r e l m i l a g r o . P e r o l a h i s t o r i a l e p a r e c i ó tan e x t r a ñ a q u e creyó q u e s e trataba d e u n a treta d e l c r i s t i a n o p a r a escapar, d e m o d o q u e l o ató y l o m e t i ó e n u n a r c ó n . Después d e c e r r a r l o , é l m i s m o t o m ó u n a m a n t a y se t e n d i ó e n c i m a p a r a pasar la n o c h e . 267

Agustín Ubieto Artrta

Y a e n e l p u e b l o , cuál n o sería l a s o r p r e s a d e los f i e l e s q u e l l e g a r o n a l p u n t o d e l a m a ñ a n a d e l día siguiente a l s a n t u a r i o y s e e n c o n t r a r o n c o n u n m o r o , e n v u e l t o e n u n a m a n t a , d u r m i e n d o sobre u n a r c ó n . C u a n d o desp e r t ó e l m o r o , sin alcanzar a saber q u é estaba o c u r r i e n d o , d i o u n b r i n c o d e p u r o espanto, m i e n t r a s q u e d e l i n t e r i o r d e l a r c ó n salía e l c a u t i v o , c o n t e n t o p o r verse l i b e r a d o y e n s u p u e b l o . C o m p r e n d i e n d o e n t o n c e s t o d o l o q u e l e h a b í a c o n t a d o e l c r i s t i a n o l a n o c h e a n t e r i o r , e l m o r o guardián s e convirtió, c a y e n d o d e r o d i l l a s ante l a i m a g e n d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a A l i a g a . [Sánchez Pérez, José A . , El culto mañano en España, págs. 32-33.]

2 4 8 . G A L I A N O GALINÁS R O B A U N CÁLIZ A L O S M O R O S (SIGLO XIV. C H Í A Y SOS)

E n C h í a , u n p e q u e ñ o y b o n i t o p u e b l o d e l valle d e B e n a s q u e , vivía u n c a m p e s i n o c r i s t i a n o , d e m e d i a n a e d a d , l l a m a d o G a l i a n o Galinás, a c o s t u m b r a d o desde m u y p e q u e ñ o a o í r c o n t a r a los mayores, en repetidas ocasiones, r u m o r e s e historias sobre las supuestas r i q u e z a s q u e solían atesorar y e s c o n d e r los m o r o s q u e aún vivían e n aquellas tierras. E l p o b r e G a l i a n o , q u e a d u r a s penas p o d í a v i v i r c o n lo q u e el c u l t i v o de la t i e r r a le d a b a , soñ a b a c o n l l e g a r a a l c a n z a r a l g i i n día parte d e l o r o q u e se atribuía a aquellos i n f i e l e s y p o d e r salir así de la m i s e r i a en la q u e p e r m a n e n t e m e n t e vivía. U n día l l e g ó hasta sus oídos l a n o t i c i a d e q u e e n Sos, l a a l d e a v e c i n a , los m o r o s q u e allí vivían habían e s c o n d i d o c e l o s a m e n t e u n cáliz d e o r o e n u n a c u e v a y, p e n s a n d o q u e a q u e l l a presa p o d r í a sacarlo de sus p e n u r i a s , d e c i d i ó hacerse c o n el tesoro a t o d a costa. Así es q u e se dirigió a n d a n d o a la c u e v a y , c o n m e n o s e s f u e r z o d e l q u e esperaba, l o g r ó hacerse c o n tan p r e c i a d o b o tín p e n s a n d o d e q u é m a n e r a convertiría s u v a l o r e n d i n e r o efectivo. L o s m o r o s d e C h í a , avisados p o r u n c o r r e l i g i o n a r i o suyo, s e d i e r o n c u e n t a e n s e g u i d a d e l r o b o d e l q u e habían s i d o objeto y o r g a n i z a r o n c o n rap i d e z u n a c u a d r i l l a p a r a p e r s e g u i r a l ladrón. G a l i a n o , q u e s e d i o c u e n t a d e l acoso, c o r r í a c o n todas sus fuerzas, p e r o los agarenos se a c e r c a b a n c a d a vez más. C u a n d o ya casi estaba a g o t a d o , se e n c o n t r ó c o n un o b s t á c u l o q u e le exigía u n g r a n e s f u e r z o , e l r í o E s e r a . C r u z ó a d u r a s penas l a c o r r i e n t e i m p e t u o s a , p e r o al llegar a la o t r a o r i l l a cayó t o t a l m e n t e e x t e n u a d o . E n t r e tanto, los m o r o s h a b í a n l l e g a d o t a m b i é n al r í o d i s p o n i é n d o s e a c r u z a r l o . E n ese m o m e n t o , e l f a t i g a d o G a l i a n o (¿aliñas s e e n c o m e n d ó a l a v i r g e n d e l a E n c o n t r a d a , i m a g e n m u v v e n e r a d a e n t o d a l a c o m a r c a , y , com o p o r o b r a d e e n c a n t a m i e n t o , las aguas d e l E s e r a c r e c i e r o n d e m a n e r a t a n rápida y c o n s i d e r a b l e q u e sus p e r s e g u i d o r e s n o p u d i e r o n v a d e a r l o . C o m o n o h a b í a p u e n t e aguas abajo d e l r í o , estaba salvado. 268


N o obstante, los m o r o s , i m p o t e n t e s ante l o a c a b a b a d e suceder, l e gritab a n c o n todas sus fuerzas desde l a o t r a o r i l l a : « G a l i a n o Galinás, m a l a f i n farás», p e n s a n d o , sin d u d a , e n b u s c a r l o e n o t r a o c a s i ó n p a r a r e c u p e r a r e l cál i z q u e les h a b í a r o b a d o . [Beltrán, A n t o n i o , leyendas aragonesas, pág. 168.]

249. E L P O Z O D E ALNÉS (SIGLOS XIV-XV. T A R A Z Ó NA)

T a r a z o n a f u e s i e m p r e u n a c i u d a d d e tradición m u d e j a r , l o c u a l h a q u e d a d o reflejado no sólo en su p l a n o u r b a n o y en sus e d i f i c a c i o n e s , s i n o t a m b i é n e n otros m u c h o s aspectos d e s u a l m a c o l e c t i v a , c u a l e s e l caso d e l r i q u í s i m o r e p e r t o r i o de leyendas y t r a d i c i o n e s . L a c o n v i v e n c i a d e cristianos, m u s u l m a n e s y j u d í o s e n las p o b l a c i o n e s e n las q u e c o e x i s t i e r o n n o s i e m p r e f u e fácil n i t a m p o c o n e c e s a r i a m e n t e v i o l e n t a . P o r el c o n t r a r i o , se c o n o c e n a b u n d a n t e s y magníficos e j e m p l o s de tol e r a n c i a y de e n t e n d i m i e n t o m u t u o s . E l p r e s e n t e e s u n e j e m p l o d e i n t o l e r a n c i a . S e trata d e l a l e y e n d a q u e algún a u t o r u b i c a en el s i g l o x v i , y quizás t e n g a r a z ó n , y q u e nos h a b l a de u n m u d e j a r t u r i a s o n e n s e , A i n é s , u n o d e los m u c h o s m o r o s q u e q u e d a r o n e n l a c i u d a d tras s u r e c o n q u i s t a , a u n q u e e n este caso d e u n m o r o r i c o y p o d e r o s o q u e se n e g a b a a respetar la fiesta d o m i n i c a l de los c r i s t i a n o s , más n u m e r o s o s y p r e p o t e n t e s , p u e s la fiesta s e m a n a l d e d i c a d a a su D i o s era otra. D e n u n c i a r o n de m a n e r a r e p e t i d a los cristianos la infracciém a las autor i d a d e s d e l a c i u d a d , p e r o era tal e l p o d e r d e l m o r o e n cuestión q u e n a d i e s e atrevía a r e c o n v e n i r l e n i castigarle. A l f i n a l o p t a r o n p o r i m p l o r a r e l castigo d i v i n o , q u e , al parecer, no se h i z o esperar. Un día festivo p a r a los cristianos, c u a n d o se dirigía a r e a l i z a r las faenas agrícolas e n u n o d e sus c a m p o s , c o m o era s u c o s t u m b r e , e l p o d e r o s o m u dejar vio abrirse s ú b i t a m e n t e la t i e r r a bajo sus pies al pasar j u n t o a la f a l d a d e l m o n t e C i e z . m o . D e r e p e n t e , e n u n a b r i r y c e r r a r d e ojos, s e p r o d u j o u n i n m e n s o p o z o c i r c u l a r d e más d e q u i n c e m e t r o s d e p r o f u n d i d a d , h u n d i é n dose en él el s a r r a c e n o j u n t o c o n sus s e r v i d o r e s y caballerías, cpte desaparecieron c o m o engullidos por la tierra. El p o z o de A i n é s así o r i g i n a d o , n o m b r e c o n el cpte se le c o n o c e r í a desde e n t o n c e s , sirvió de a d v e r t e n c i a y e s c a r m i e n t o al resto de la p o b l a c i ó n m u d e j a r t u r i a s o n e n s e q u e , en adelante, p o r m i e d o a las c o n s e c u e n c i a s , respeté) la fiesta d o m i n i c a l de los cristianos. [ B e l t r á n , A n t o n i o , De nuestras tierras..., 11, p á g . 204.]

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250. L A E X P U L S I Ó N D E L O S M O R O S D E P I N A ( S I G L O S X I V - X V . P I N A DF. E B R O )

C o m o e n tantos y tantos p u e b l o s d e A r a g ó n , l o m i s m o q u e o c u r r i e r a tras la c o n q u i s t a m u s u l m a n a — c u a n d o los cristianos (los m o z á r a b e s ) p a s a r o n a ser m i n o r í a d o m i n a d a — , después de la r e c o n q u i s t a se v o l v i e r o n las tornas: l a poblaciém m u s u l m a n a (los mudejares) q u e d ó e n f r a n c a i n f e r i o r i d a d , a u n q u e c u i d a d o s a m e n t e p r o t e g i d a p o r los reyes. N o obstante, a u n q u e l a tol e r a n c i a m u t u a fue l a t ó n i c a g e n e r a l , e n m u c h o s lugares l a c o n v i v e n c i a s e h i z o difícil e n m o m e n t o s c o n c r e t o s . U n o d e esos pasajes tuvo p o r e s c e n a r i o a P i n a de E b r o . P o r razones q u e no v i e n e n al caso, las r e l a c i o n e s e n t r e cristianos y m o ros s e d e t e r i o r a r o n c o n e l paso d e l t i e m p o . Residían estos últimos e n l a m o rería, el a c t u a l b a r r i o l l a m a d o de la P a r r o q u i a , y e r a n m u y a f i c i o n a d o s a la l i d i a d e toros, diversión a l a q u e s e e n t r e g a b a n d e c u a n d o e n c u a n d o d e n tro del recinto de su p r o p i o barrio. C o n o c e d o r e s d e esta afición, i d e a r o n los cristianos l a m a n e r a m e j o r e n q u e l a p o d í a n a p r o v e c h a r p a r a l o g r a r s u objetivo, d e m o d o q u e p r e p a r a r o n y a n u n c i a r o n l a l i d i a d e u n e n o r m e t o r o q u e llevaba f a m a d e ser m u y b r a v o — l i d i a q u e , s i n d u d a , e s e l a n t e c e d e n t e d e l «alarde» a c t u a l — y t o d o e l m u n d o s e e c h ó a l a calle, i n c l u i d o s los m u d e j a r e s , q u e n o q u i s i e r o n perderse la o c a s i ó n . C u a n d o e l festejo s e h a l l a b a e n p l e n o a p o g e o , los m o z o s cristianos h i c i e r o n q u e e l t o r o , m a g i s t r a l m e n t e d i r i g i d o c o n las sogas, c e r c a r a y a c o r r a l a r a a los m o r o s hasta o b l i g a r l e s a h u i r de la p o b l a c i ó n p a r a p o n e r s e a salv o . L u e g o , apostados e n los lugares estratégicos y p e r t r e c h a d o s c o n t o d o t i p o de armas, i m p i d i e r o n q u e los m o r o s p u d i e r a n regresar a sus viviendas. A n t e l a g r a v e d a d d e l a situación, o p t a r o n los m o r o s p o r c a m i n a r hasta la e n t o n c e s existente p o b l a c i ó n de Alcalá, cuyas casas se elevaban e n t r e P i n a y G e l s a , d o n d e h a l l a r o n a c o m o d o e n t r e l a m a y o r i t a r i a p o b l a c i ó n mudejar. La m o r e r í a de P i n a q u e d ó desierta y sus habitantes v i v i e r o n desde e n tonces e n e l e x i l i o . P a r e c e ser q u e p a r a r e c o r d a r y c o n m e m o r a r e l día e n q u e s u c e d i e r a l a diáspora m u d e j a r , los cristianos o r g a n i z a n s e c u l a r m e n t e e l l l a m a d o «alarde», en el que el toro es el p r i n c i p a l protagonista. [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r P i l a r Pérez, profesora del C o l e g i o « R a m ó n y Cajal». Pina.]

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7. ASPECTOS RELIGIOSOS

7.1. L O S M O N A S T E R I O S

251. N A C I M I E N T O D E S A N J U A N D E L A P E Ñ A (SIGLO V I L S A N J U A N DE I A PEÑA)

D o n J u a n de Atares era un respetado caballero cristiano que, pertenec i e n t e a u n a n o b l e y prestigiosa f a m i l i a h i s p a n o g o d a , t e n í a su casa solariega en Atares, p u e b l e c i t o c e r c a n o a J a c a , d o n d e f u n d a m e n t a l m e n t e se d e d i c a b a a la a g r i c u l t u r a y a la g a n a d e r í a . Un día, a fines d e l siglo V i l , m o v i d o p o r su p r o f u n d a v o c a c i ó n r e l i g i o s a , d e c i d i ó r e n u n c i a r a sus c u a n t i o s o s b i e nes y a su f a m i l i a y se h i z o p e n i t e n t e . Se estableció en solitario J u a n de Atares en u n a cueva d e l m o n t e llamad o P a ñ o , e n u n aislado paraje d e l a s i e r r a d e S a n J u a n , c e r c a d e J a c a , d o n d e pasaba las horas o r a n d o . U n día, sin saber p o r d ó n d e h a b í a l l e g a d o , l o f u e a visitar u n c a b a l l e r o r i c a m e n t e vestido (era, e n r e a l i d a d e l p r o p i o L u c i f e r d i s f r a z a d o ) y a m b o s s a l i e r o n a h a b l a r al e x t e r i o r de la cueva. De p r o n to se oyó un g r a n e s t r u e n d o y las p i e d r a s de la m o n t a ñ a c o m e n z a r o n a m o verse hasta f o r m a r u n h e r m o s o p a l a c i o . Mostró así Satanás a d o n J u a n s u i n m e n s o p o d e r y le incitó a q u e r e n u n c i a r a a D i o s r e g r e s a n d o a las cosas d e l siglo. P o r respuesta, el a n a c o r e t a A t a r e s c o m e n z ó a rezar y cayó al suelo privado de sentido. C u a n d o volvió en sí v i o q u e se h a l l a b a en p r e s e n c i a de un á n g e l y o b servó c ó m o el s u n t u o s o p a l a c i o se v e n í a abajo c o n o t r o g r a n e s t r u e n d o . «Ya ves l o q u e q u e d a d e l p o d e r í o d e l e n e m i g o d e D i o s q u e h a v e n i d o a tentarte», le d i j o el ángel, y le pidió q u e se trasladara a u n a g r a n cueva q u e h a b í a e n e l m o n t e U r u e l y l a b r a r a allí u n altar bajo l a advocación d e san J u a n B a u tista, a q u i e n d e b í a e n c o m e n d a r su v i d a y su a l m a . U n a vez q u e d e s a p a r e c i ó e l á n g e l , J u a n d e A t a r e s s e a p r e s t ó a c u m plir la orden recibida. A n d u v o por el monte y encontró una oquedad, 271


e n cuyo f o n d o existía u n a i n m e n s a g r u t a . Preparó u n p e q u e ñ o h a b i táculo p a r a resguardarse de la i n t e m p e r i e y c o l o c ó u n a i m a g e n de san J u a n Bautista toscamente m o d e l a d a c o n s u p r o p i a navaja e n u n i m p r o v i s a d o altar, f u n d a n d o así u n a i g l e s i a e n h o n o r d e s a n J u a n , d o n d e a n d a n d o e l t i e m p o surgiría u n famoso m o n a s t e r i o e n e l q u e los monjes harían vida en común y de d o n d e arrancaría — l a leyenda se encargará de decírnoslo— el nacimiento del reino de Sobrarbe y del condado de Aragón. [ L i b r o d e S . V o t o . M a n u s c r i t o B i b l . U n i v e r s i t a r i a d e Z a r a g o z a . C o p . s i g l o XIII, f o l . 0-2. P a p e b r o c h , D . , Acta Sanctorum, Mai VII, págs. 61-63. R i s c o , P., España Sagrada, 30, págs. 400-408. S á n c h e z P é r e z , [ o s é A . , El Reino de Aragón, págs. 118-120.]

252. V O T O Y F É L I X , E N S A N J U A N D E L A PEÑA ( S I G L O VIII. S A N J U A N DE I A P E Ñ A )

Los h e r m a n o s Voto y Félix provenían de u n a noble f a m i l i a hispanog o d a y vivían c o n s u p a d r e e n l a f o r t a l e z a c o n s t r u i d a e n u n o d e los m o n tes p i r e n a i c o s d o n d e s e c o n g r e g a r o n b u e n a p a r t e d e los c r i s t i a n o s h u i d o s d e Z a r a g o z a tras l a invasión á r a b e . U n b u e n d í a e l a n c i a n o p a d r e l o s alerté) a c e r c a d e u n g r i t o o q u e j i d o q u e h a b í a o í d o e n l a P e ñ a M a l a d e t a y de u n a densa nube negra que rodeaba la cumbre del monte Cóculo, a m b o s h e c h o s i n d i c a d o r e s , segtin l a t r a d i c i ó n , d e q u e i b a a s u c e d e r u n a gran desgracia. N o t a r d ó m u c h o t i e m p o e n c o n c r e t a r s e a q u e l a u g u r i o p o r q u e , e n efecto, desde l a t o r r e d e l a f o r t a l e z a v i s l u m b r a r o n j u n t o a l r í o A r a g ó n u n n u m e r o s o e j é r c i t o d e m u s u l m a n e s , q u e n o tardó e n p e n e t r a r e n las p r i m e r a s casas. P r o n t o s e trabó u n a v e r d a d e r a b a t a l l a , d e l a q u e s a l i e r o n v i c t o r i o s o s los árabes, q u e r e g r e s a r o n c o n u n respetable b o t í n d e g u e r r a . V o t o y Félix, q u e r e s u l t a r o n h e r i d o s e n l a r e f r i e g a , h a l l a r o n a l p i e d e l a t o r r e e l cadáver de su padre. P o c o más o m e n o s u n a ñ o después, e n u n a tarde d e o t o ñ o d e los p r i m e r o s a ñ o s d e l siglo V I H , V o t o salió d e caza p o r los m o n t e s . Divisó u n ciervo y c o r r i ó tras él; éste, en su h u i d a , cayó a un a b i s m o . V o t o , c o n el c a b a l l o d e s e n f r e n a d o y c r e y e n d o q u e i b a a c o r r e r la m i s m a suerte, se e n c o m e n d é ) a san J u a n B a u t i s t a , c o m o le e n s e ñ a r a su p a d r e , y el a n i m a l se p a r ó en seco e n e l m i s m o b o r d e d e l p r e c i p i c i o . D e s p u é s d e d a r gracias a D i o s p o r hab e r l o salvado, d e s c e n d i ó p o r l a p e n d i e n t e y halló abajo u n a cueva, e n l a q u e e n c o n t r ó e l cadáver d e u n viejo e r m i t a ñ o , J u a n d e A t a r e s , a q u i e n d i o sepultura. 272

i Agendas para, una historia paralela del Aragón medieval

C o n m o v i d o s u h e r m a n o F é l i x p o r e l relato q u e l e h i z o V o t o d e l o o c u r r i d o , a m b o s d e c i d i e r o n c e d e r a los p o b r e s sus c u a n t i o s o s b i e n e s y retirarse a la c u e v a p a r a consagrarse a la o r a c i ó n y la p e n i t e n c i a . P o c o s a ñ o s después se les a g r e g a r o n , según la tradición, otros dos anacoretas de Z a r a g o z a , Benedicto o Benito y Marcelo. Había nacido la p r i m e r a c o m u n i d a d del mon a s t e r i o d e San J u a n d e l a P e ñ a . [Sánchez Pérez, José A . , El Reino de Aragón, págs. 120-122.]

253. G A R C Í A J I M É N E Z F U N D A S A N J U A N D E L A PEÑA (SIGLO vm. S A N J U A N DE LA PEÑA)

U n b u e n día, tras l a d e b a c l e d e l a d e r r o t a a n t e los m u s u l m a n e s , e n t r e los a ñ o s 716 y 724, u n o s trescientos g u e r r e r o s c r i s t i a n o s , m a l p e r t r e c h a dos y agotados p o r la fatiga, se g u a r e c i e r o n en la cueva d o n d e m o r a b a n los c e n o b i t a s V o t o , F é l i x , B e n e d i c t o y M a r c e l o p a r a p o n e r s e a s u a m p a r o y descansar, p u e s i b a n h u y e n d o d e u n a n u e v a i n c u r s i ó n b é l i c a d e l o s m u sulmanes. D u r a n t e u n c i e r t o t i e m p o , m i e n t r a s r e p o n í a n sus fuerzas y c u r a b a n sus h e r i d a s , i m p l o r a r o n l a a y u d a d e l c i e l o , c e l e b r a n d o ayunos, o r a c i o n e s , v i g i lias y p e n i t e n c i a s . L u e g o , t r a n s c u r r i d o s u n o s días de m e d i t a c i ó n , s i g u i e n d o el sabio consejo de los santos eremitas q u e les h a b í a n a c o g i d o y d a d o c o b i jo, a c o r d a r o n h a c e r f r e n t e a los e n e m i g o s de los cristianos, a la vez q u e dec i d i e r o n o r g a n i z a r s e c o m o u n a a u t é n t i c a m o n a r q u í a , tal c o m o e r a c o s t u m b r e e n l a H i s p a n i a g o d a antes d e l a l l e g a d a d e los m u s u l m a n e s y c o m o sabían o c u r r í a a l o t r o l a d o d e los m o n t e s P i r i n e o s . R e u n i d o s l o d o s los h o m b r e s y tras c e l e b r a r u n a a m o d o de a s a m b l e a general al a m p a r o de aquella i n m e n s a gruta, d e c i d i e r o n elegir y p r o c l a m a r c o r n o p r i m e r rey d e S o b r a r b e a d o n G a r c í a J i m é n e z , s e ñ o r d e A m e z c o a y Abárzuza, q u i e n , u n a vez i n v e s t i d o d e l a d i g n i d a d r e a l , c a b a l g a n d o a l m a n do de sus trescientos g u e r r e r o s y c u a n t o s h o m b r e s p u d o r e c l u t a r a lo l a r g o d e l c a m i n o , conquisté» p o r las armas la l e j a n a p o b l a c i ó n de Aínsa, c o n v e r t i d a desde e n t o n c e s e n c a p i t a l d e l n u e v o r e i n o s o b r a r b e n s e . C u a n d o aquella i m p o r t a n t e gesta acabó, en p l e n o año d e l S e ñ o r de 732, en a g r a d e c i m i e n t o a los eremitas q u e les habían acogido y d a d o ánimos en m o mentos tan difíciles, el rey García J i m é n e z m a n d ó construir en la e n o r m e cueva un monasterio para monjes, al que dotó c o n la regla cenobítica de san Ben i t o , el monje italiano. A c a b a b a de m o r i r así el anacoretismo y nacer la vida eremítica eir c o m ú n . Había n a c i d o el que p r o n t o se llamaría monasterio de San J u a n de la Peña, en cuya abadía, convertida en panteón real, se g u a r d a r o n los restos mortales de san J u a n de Atares, sarr Voto, san Félix y san Indalecio, y

273

Agustín Uhieto Arlela

d o n d e en adelante serían enterrados la mayoría de los reyes de Sobrarbe y luego de Aragón, además de m u c h o s nobles y caballeros d e l viejo r e i n o . [La Ripa, Domingo, Defensa histórica..., pág. 59.]

2 5 4 . FUNDACIÓN D E L M O N A S T E R I O D E S A N MARTÍN D E C E R C I T O (SIGLO IX. ACUMUF.R)

C u a n d o falleció e l c o n d e d o n A z n a r , e l m í t i c o h é r o e d e los j a c e t a n o s , l e s u c e d i ó e n e l g o b i e r n o d e l c o n d a d o d e Aragón s u h i j o G a l i n d o , q u i e n dedicó su v i d a e n t e r a a la r e c o n q u i s t a f r e n t e a los m o r o s y a la r e p o b l a c i ó n d e l p e q u e ñ o t e r r i t o r i o a r a g o n é s . P a r a llevar a c a b o esta s e g u n d a e i m p o r t a n t e tarea, se apoyó en los p e q u e ñ o s y dispersos m o n a s t e r i o s existentes q u e le s i r v i e r o n de base y a y u d a p a r a la r e o r g a n i z a c i ó n de la v i d a en los p e q u e ñ o s valles en los q u e se a s e n t a b a n . H o m b r e de p r o f u n d o sentido religioso, es sabido la constante atención q u e d o n G a l i n d o d e d i c ó a l y a c é l e b r e m o n a s t e r i o d e S a n P e d r o d e Siresa — u b i c a d o e n e l valle d e E c h o y d e r e c o n o c i d a f a m a p o r s u i m p o r t a n t e b i b l i o t e c a i n c l u s o e n a l - A n d a l u s — , p e r o é l levantaría s u p r o p i a o b r a , q u e n o fue o t r a q u e l a d e l m o n a s t e r i o u b i c a d o e n C e r c h o , a o r i l l a s d e l r í o Aurín, q u e p u s o bajo l a advocación d e san M a r t í n . M u y a f i c i o n a d o a l a caza c o m o e r a , e l c o n d e d o n G a l i n d o r e c o r r í a c o n los suyos u n a m a ñ a n a las f r o n d o s a s riberas d e l río Aurín tras u n e s c u r r i d i zo y a t e m o r i z a d o j a b a l í , a n i m a l d u e ñ o y s e ñ o r de estas tierras q u e b r a d a s . P a r a p o d e r andar, t e n í a q u e i r c o r t a n d o c o n s u p r o p i a espada e l ramaje q u e casi le i m p e d í a el paso y no le dejaba ver. De p r o n t o , c o n g r a n s o r p r e s a y a d m i r a c i ó n suya y de q u i e n e s le a c o m p a ñ a b a n , e n c o n t r ó , o c u l t a entre aquellas espesuras, u n a p e q u e ñ a c a p i l l a d e d i c a d a a san M a r t í n , e l g r a n santo f r a n c é s , al q u e tanto h a b í a n a d m i r a d o sus antepasados. A n t e a q u e l i n e s p e r a d o h a l l a z g o , d o n G a l i n d o s e olvidó p o r c o m p l e t o del animal al que iba persiguiendo y decidió recorrer con detenimiento lod o e l v a l l e , a c a m p a n d o i n c l u s o e n é l v a r i o s días. Q u e r í a e s t u d i a r b i e n e l t e r r e n o y ver l a p o s i b i l i d a d d e c o n v e r t i r a q u e l l a p e q u e ñ a c a p i l l a e n u n m o n a s t e r i o capaz d e a l b e r g a r a u n a c o m u n i d a d n u m e r o s a d e frailes, p e n s a n d o e n e d i f i c a r p a r a e l l o unas nuevas y más a m p l i a s d e p e n d e n c i a s . Satisfecho de las o b s e r v a c i o n e s realizadas y v i e n d o v i a b l e el p r o y e c t o , d e c i d i ó c o n s u l t a r c o n e l rey e n l a p r i m e r a ocasión q u e s e l e p r e s e n t ó , d e m a n e r a q u e r e c i b i ó l a autorización r e a l p a r a f u n d a r e l c e n o b i o , q u e m u y p r o n t o sería h a b i t a d o p o r m o n j e s b e n e d i c t i n o s . [ M a r t í n e z y H e r r e r o , B . , Sobrarbe y Aragón..., I, p á g . 183.]

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255. A N T E C E D E N T E S DEL MONASTERIO DE TRASOBARES (SIGLO XI. TRASOBARES)

E s t a m o s e n J a c a , c a p i t a l d e l r e i n o . S a n c h o R a m í r e z , rey d e los a r a g o n e ses, e s t i m a q u e d e b e c o o r d i n a r sus esfuerzos c o n los cristianos de C a s t i l l a p a r a o p o n e r u n f r e n t e c o m ú n a los m u s u l m a n e s q u e d o m i n a n e l valle d e l E b r o . P r e p a r a , pues, un viaje a tierras castellanas, q u e d e b e hacerse c o n tod a d i s c r e c i ó n p a r a n o levantar sospechas. A c o m p a ñ a d o s o l a m e n t e p o r u n c r i a d o , e m p r e n d i ó e l viaje d i s f r a z a d o d e a r r i e r o y, tras cabalgar día y n o c h e , a m b o s se p e r d i e r o n en el c a m i n o . Estab a n e n t i e r r a d e m o r o s y , p o r l o tanto, temerosos d e caer e n sus m a n o s . D e r e p e n t e , el c a n t o de un g a l l o al a l b o r e a r el n u e v o día les i n d i c ó q u e se hal l a b a n c e r c a d e u n p o b l a d o . D e c i d i e r o n h a c e r u n alto y r e d o b l a r o n l a v i g i l a n c i a p a r a n o verse s o r p r e n d i d o s p o r los vigías m o r o s . El criado, c o n sumo cuidado, se adentró en la desconocida población y, d i r i g i é n d o s e a u n a de las casas de su b a r r i o m o z á r a b e , le p r o p o r c i o n a r o n las vituallas necesarias p a r a p r o s e g u i r el viaje y le i n f o r m a r o n q u e el p o b l a d o s e l l a m a b a Trasobares. L u e g o , d u r a n t e e l r e t o r n o j u n t o a d o n S a n c h o q u e l e estaba e s p e r a n d o ansioso, e n m e d i o d e u n a i n t e n s a y casi c e g a d o r a l u z , v i o u n a i m a g e n d e l a V i r g e n . S e sintió e m o c i o n a d o y s o r p r e n d i d o , y c o r r i ó c u a n t o p u d o p a r a c o n t a r l e a l rey l o q u e a c a b a b a d e s u c e d e r l e . A pesar d e l p e l i g r o q u e s u p o n í a , los d o s f u e r o n a l l u g a r d e l a aparición. E n t o n c e s , e l rey, c o n s u m o c u i d a d o , t o m ó y envolvió l a i m a g e n e n t r e p a ñ o s y, tras a c o m o d a r l a en la s i l l a de su m o n t u r a , d e c i d i ó s u s p e n d e r el viaje a C a s t i l l a y regresar a J a c a sin dilación p a r a , u n a vez allí, ir a d e p o s i t a r la i m a g e n e n e l m o n a s t e r i o d e S a n P e d r o d e Siresa. A ñ o s más tarde, A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r r e c o n q u i s t ó Trasobares p a r a A r a g ó n . A petición d e los cristianos d e l p u e b l o , e l rey o r d e n ó d e v o l v e r l a i m a g e n a l l u g a r d o n d e s e a p a r e c i e r a , c o n s t r u y e n d o p a r a e l l a u n a e r m i t a , germ e n d e l m o n a s t e r i o f e m e n i n o cisterciense q u e allí se fundaría, c u y a sala c a p i t u l a r sería p r e s i d i d a p o r l a i m a g e n , d e m a n e r a q u e p r o n t o s e l e c o n o c e r í a c o m o N u e s t r a S e ñ o r a d e l Capítulo. [Bernal, José, Tradiciones..., págs. 78-79. Sánchez Pérez, José A . , El. culto mañano en España, págs. 112-113.]

256. B A L A N D R Á N , E L E G I D O H E R A L D O DE LA VIRGEN DEL PUEYO (SIGLO XIL BARBASTRO)

Estamos e n p l e n o s o m o n t a n o barbastrense y , más c o n c r e t a m e n t e , e n e l pueblecito de M o r i l l a de Ilche. De aquí era Balandrán, un m u c h a c h o naci-

Agustín Ubtelo Arlelo

d o e n e l seno d e u n a f a m i l i a bastante h u m i l d e , q u e a y u d a b a c o n s u trabajo d e pastor a l s o s t e n i m i e n t o d e l a m i s m a . E n t r e los lugares p r e f e r i d o s p o r sus ovejas p a r a pastar, p o c o s c o m o el m o n t í c u l o d e l P u e y o , en las c e r c a n í a s de la c i u d a d de B a r b a s t r o . Allí se hal l a b a p r e c i s a m e n t e u n d í a c u a n d o , tras r e c o g e r e l r e b a ñ o e n u n r e d i l , s e disp o n í a a t o m a r un b o c a d o y a pasar la n o c h e en u n a p e q u e ñ a cueva q u e él m i s m o h a b í a a c o n d i c i o n a d o y le servía de a m p a r o . Tras c o m e r el p a n y las magras de rigor, se d i s p u s o a rezar p a r a a r r e b u jarse e n l a m a n t a . L e a c o m p a ñ a b a s u p e r r o . D e p r o n t o , eir e l s i l e n c i o d e l m o n t e , oyó q u e a l g u i e n l e l l a m a b a p o r s u n o m b r e . M u y t e m e r o s o y desc o n f i a d o , s e a c e r c ó a l a l m e n d r o d e d o n d e p a r e c í a p r o c e d e r l a voz mister i o s a y, a t ó n i t o p o r lo q u e veía, h i n c ó sus r o d i l l a s en t i e r r a . T e n í a ante sí a l a V i r g e n , a p o y a d a e n u n a d e las ramas d e l á r b o l . Dialogó c o m o p u d o c o n e l l a , tjue le s o l i c i t a b a q u e f u e r a a B a r b a s t r o a c o n t a r lo s u c e d i d o y, sobre t o d o , a m a n i f e s t a r a los barbastrenses su deseo de que se le construyera en el Pueyo un santuario d o n d e mejor acomodarse. P a r a tjue tro le t o m a r a n p o r n e c i o o q u e p u d i e r a n no c r e e r l e , le g r a b ó u n a señal i n d e l e b l e e n l a frente. L o s habitantes de B a r b a s t r o , c o n el c l e r o y las a u t o r i d a d e s al f r e n t e , fuer o n e n p r o c e s i ó n hasta e l P u e y o a l día s i g u i e n t e . E n e l a l m e n d r o , m i e n t r a s las ovejas pastaban solas p o r l a l a d e r a , l a i m a g e n s o n r i e n t e d e l a V i r g e n , l l a m a d a d e l P u e y o desde ese instante, c o n v e n c i ó a todos. P o c o s meses después, en la c i m a m i s m a d e l p u e y o o m o n t í c u l o , h a b í a n a c i d o ttn h e r m o s o s a n t u a r i o , l u g a r h a b i t u a l d e p e r e g r i n a c i e m d e todos los p u e b l o s d e l a c o m a r c a q u e s e d o m i n a desde l o alto. B a l a n d r á n , a u n sin dej a r de a p a c e n t a r a sus ovejas, d e c i d i ó d e d i c a r s e al s e r v i c i o de N u e s t r a Señ o r a , a l a q u e p r o n t o h o n r a r í a u n a c o m u n i d a d e n t e r a d e frailes. [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I, págs. 189-191. R i n c ó n , W., y R o m e r o , A., Iconografía... It. pág.

31.]

257. F U N D A C I Ó N D E L M O N A S T E R I O DE T R A S O BARES (SlGI.O XII. T R A S O R A R F S )

L a i m a g e n d e l a V i r g e n q u e los mozárabes d e Trasobares habían p e r d i d o en el siglo XI les fue devuelta en c u a n t o A l f o n s o 1 el B a t a l l a d o r reconquistó el castillo de este p u e b l o , pues es sabido p o r m e d i o de la l e y e n d a c ó m o el p r o p i o rey S a n c h o Ramírez la h a b í a llevado p e r s o n a l m e n t e al m o n a s t e r i o de San P e d r o de Siresa p a r a p o n e r l a a salvo de los m o r o s .

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Leyendas para una historia paratela del Aragón medieval

E l r e t o r n o d e l a talla d e m a d e r a a Trasobares constituyó u n v e r d a d e r o a c o n t e c i m i e n t o e n e l p u e b l o y e n l a c o m a r c a , p u e s sus h a b i t a n t e s r e c u p e r a b a n p a r t e d e sus raíces, p e r o e l h e c h o h u b i e r a p a s a d o m á s o m e n o s d e s a p e r c i b i d o d e n o ser p o r los h e c h o s q u e s e s u c e d i e r o n p o c o después, d u rante l a m i n o r í a d e e d a d d e d o ñ a P e t r o n i l a , l a h i j a d e R a m i r o I I e l M o n j e . E n efecto, d o ñ a T o d a R a m í r e z — u n a i m p o r t a n t e e i n f l u y e n t e d a m a q u e p e r t e n e c í a a la n o b l e z a c a s t e l l a n a y estaba e m p a r e n t a d a c o n la casa r e a l de A r a g ó n — se presentó en la corte aragonesa c o n la pretensión de solicitar ayuda para f u n d a r un monasterio dedicado exclusivamente a albergar m u jeres p e r t e n e c i e n t e s a la n o b l e z a , c e n o b i o q u e t e n í a p e n s a d o s o m e t e r a la r e g l a d e l Cister. A n t e s de c o n v e n c e r a la r e i n a y al c o n d e de B a r c e l o n a , viajó a F r a n c i a p a r a entrevistarse p e r s o n a l m e n t e e n París c o n e l m i s m o san B e r n a r d o , q u e e s c u c h ó a la d a m a castellana, acepté) c o m p l a c i d o la i d e a y c o n c e d i ó gustos o s u placet, así e s q u e c o n l a p r o b a c i ó n e n l a m a n o d o ñ a T o d a R a m í r e z reg r e s ó a A r a g ó n . E n l a c o r t e aragonesa, fue o í d a p o r l a j o v e n r e i n a d o ñ a Pet r o n i l a a l a q u e c o n v e n c i ó n o sólo p a r a q u e d i e r a s u a p r o b a c i ó n , s i n o también para que d o n a r a el terreno y dotara al nuevo cenobio de algunos bienes para su mantenimiento. A la h o r a de b u s c a r el l u g a r i d ó n e o p a r a levantar el m o n a s t e r i o , el hec h o de estar c o m o estaban todavía frescos los a c o n t e c i m i e n t o s de la devolución de la V i r g e n a los v e c i n o s de T r a s o b a r e s favoreció la e l e c c i ó n de un paraje r e c o g i d o a l a v e r a d e l r í o Isuela q u e surge d e l M o n c a y o , aprovec h a n d o l a e x i s t e n c i a d e l a e r m i t a d e l a V i r g e n , q u e p r o n t o pasó a p r e s i d i r l a sala c a p i t u l a r d e l n u e v o m o n a s t e r i o , d e d o n d e l e v e n d r í a e l n o m b r e d e Nuestra Señora d e l Capítulo. [Pérez G i l , Miguel Angel, lü habla..., pág. 127.]

258. D O N P E D R O D E A T A R E S , FUNDADOR DE VERUELA (SIGLO XII. V E R U E I A )

D o n P e d r o d e Atares ( o P e d r o Taresa, c o m o l e d e n o m i n a n a l g u n o s d o c u m e n t o s ) , u n o de los séniores o t e ñ e n tes más i m p o r t a n t e s d e l m o m e n t o , e r a u n n o b l e a r a g o n é s e m p a r e n t a d o c o n l a m o n a r q u í a , q u e a p u n t o estuvo de c o n v e r t i r s e en rey tras la m u e r t e de A l f o n s o 1 el B a t a l l a d o r , ante la crisis dinástica q u e e n t o n c e s tuvo lugar. T e n í a d o n P e d r o e l c e n t r o p r i n c i p a l d e su s e ñ o r í o en B o r j a y sus tierras aledañas. E r a d o n P e d r o un h o m b r e de acción, p o r lo que también era frecuent e v e r l e r e c o r r e r sus d o m i n i o s , i n t e r e s á n d o s e p o r t o d o c u a n t o e n ellos a c o n t e c í a . N o e s e x t r a ñ o , pues, q u e , e n c i e r t a o c a s i ó n , u n a a u t é n t i c a t e m 277


p e s t a d l e s o r p r e n d i e r a e n las i n m e d i a c i o n e s d e l M o n c a y o , d o n d e d e paso p r e t e n d í a cazar. Se p e r d i ó el n o b l e en p l e n a m o n t a ñ a y a p u n t o estuvo de d e s p e ñ a r s e c o n s u c a b a l g a d u r a . L a c o r t i n a d e a g u a e r a i n t e n s a ; varios rayos c a y e r o n a su a l r e d e d o r s e g a n d o de raíz i n m e n s o s árboles; las t o r r e n t e r a s se habían c o n v e r t i d o en auténticas cataratas; y el v i e n t o h u r a c a n a d o apenas d e j a b a avanzar a s u c a b a l l o q u e , e n l o q u e c i d o p o r e l e s p e c t á c u l o , a c a b ó p o r d e r r i b a r al j i n e t e , q u e se e n c o n t r a b a p e r d i d o y solo. Quizás p o r l a g r a n devoción q u e l e p r o f e s a b a , e n m o m e n t o tan trágico p a r a el n o b l e se le a p a r e c i ó la V i r g e n a d o n P e d r o . V e n í a a c o n s o l a r l e y a i n f u n d i r l e á n i m o s p a r a s e g u i r l u c h a n d o c o n t r a los e l e m e n t o s adversos, c o m o así s u c e d i ó . A la vez, invitó al s e ñ o r de B o r j a a q u e l e v a n t a r a en aquellos parajes u n m o n a s t e r i o e n s u h o n o r , p a r a q u e s e c o n v i r t i e r a e n c e n t r o e s p i r i t u a l d e l a c o m a r c a y e n r e f u g i o d e los c a m i n a n t e s c o m o él. P o c o s días después d e a c a e c i d o este suceso, d o n P e d r o d e A t a r e s p r e p a r ó los d o c u m e n t o s p e r t i n e n t e s , doté) d e d i n e r o e l p r o y e c t o q u e l e d i s e ñ ó s u p r o p i o a r q u i t e c t o y c o m e n z ó a levantar, c o n o b r e r o s l l e g a d o s de todas las latitudes, e l q u e s e c o n o c e r í a c o m o m o n a s t e r i o d e Santa M a r í a d e V e r u e l a y q u e e n c o m e n d ó a u n a c o n g r e g a c i ó n d e m o n j e s cistercienses, o r d e n r e l i g i o s a qtte h i z o d e l c e n o b i o u n c e n t r o d e e n o r m e i m p o r t a n c i a r e p o b l a d o r a y cultural para el desarrollo ulterior d e l Reino. [Recogida

oralmente.]

259. L A R E I N A S A N C H A F U N D A EL MONASTERIO DE SIGENA (SIGLO XII. V H X A N U E V A DL SIGENA)

A f i n e s d e l siglo X I I , las ó r d e n e s m i l i t a r e s d e l H o s p i t a l ( o d e S a n J u a n d e J e r u s a l é n ) y d e l T e m p l e estaban d e m o d a e n A r a g ó n , tanto p o r l a i m p o r t a n c i a a d q u i r i d a tras e l testamento d e A l f o n s o i e l B a t a l l a d o r c o m o p o r l a f a m a g a n a d a en la d e f e n s a de los Santos L u g a r e s y en varias a c c i o n e s rec o n q u i s t a d o r a s e n tierras d e l E b r o . E n t r e ambas, e l espíritu f e m e n i n o eligió a q u e l l a q u e m e j o r p a r e c í a satisfacer sus a n h e l o s , ya q u e les b r i n d a b a la o p o r t u n i d a d de d e d i c a r s e a las f u n c i o n e s caritativas p a r a c o n los e n f e r m o s de su sexo. Así es q u e c u a n d o l a r e i n a d o ñ a S a n c h a , esposa d e A l f o n s o I I d e A r a g ó n , d e c i d e f u n d a r e l m o nasterio de Sigena para recogimiento de damas de la n o b l e z a c o m o m o n jas h o s p i t a l a r i a s e l f e r m e n t o e s e n o r m e . Existía y a u n a c o n g r e g a c i ó n m a s c u l i n a h o s p i t a l a r i a e n S i g e n a y allí tuvo l u g a r u n h e c h o e x t r a o r d i n a r i o q u e f u e d e c i s i v o p a r a e l e g i r e l enclave d e f i 278

¡¿yendas para una historia paralela del Aragón medieval

n i t i v o y actual. L a z o n a era p a n t a n o s a y p r o p i c i a p a r a e l p a s t o r e o , d e m o d o q u e , d u r a n t e varios días, u n t o r o v e n í a s e p a r á n d o s e s i s t e m á t i c a m e n t e d e l a m a n a d a . E l pastor, e x t r a ñ a d o p o r e l h e c h o tantas veces r e p e t i d o , d e c i d i ó seg u i r l e u n a tarde, h a l l á n d o l e e n total q u i e t u d o b s e r v a n d o u n a i m a g e n d e l a V i r g e n e n m e d i o d e u n o d e los islotes. C o n g r a n f e r v o r p o r p a r t e d e los habitantes d e l a c o m a r c a , s e llevó l a i m a g e n a l a i g l e s i a d e l p u e b l o , p e r o u n a y o t r a vez d e s a p a r e c í a p a r a v o l v e r a la p e q u e ñ a isla. Llegó a la corte la noticia d e l p r o d i g i o y la reina doña Sancha, que andaba buscando entonces un lugar adecuado d o n d e erigir su cenobio hospitalario, n o l o d u d ó , p u e s t o q u e estaba c l a r o q u e l a V i r g e n deseaba p e r m a necer en el lugar elegido por ella, p o r lo que había que acondicionarle un a b r i g o d e c o r o s o , levantarle u n altar, u n a iglesia, u n m o n a s t e r i o e n t e r o . L a c o n s t r u c c i ó n d e l m o n a s t e r i o e n S i g e n a motivó e l traslado d e l p u e b l o existente aguas abajo d e l río A l c a n a d r e , d a n d o l u g a r a la «villa» n u e v a de S i g e n a , o sea, V i l l a n u e v a d e S i g e n a . E l n u e v o c e n o b i o , aparte d e s u a c c i ó n r e l i g i o s a y asistencial se destacaría c o m o c e n t r o o r g a n i z a d o r y r e p o b l a d o r d e l a c o m a r c a e n t o n c e s s e m i d e s i e r t a d e los M o n e g r o s . [Ubieto, Agustín, El Real Monasterio de Sigena..., págs. 16-17.]

260. L O S C O N D E S D E S Á S T A G O CONSTRUYEN EL SANTUARIO DE MONLER ( S I G L O XIII. SÁSTAGO)

A m e d i a d o s d e l siglo x m , en tierras cercanas al r í o E b r o , y más c o n c r e t a m e n t e e n los resecos e inhóspitos m o n t e s d e Sástago, u n h o m b r e m u y dev o t o de la V i r g e n , l l a m a d o J u a n L e r , se a p a r t ó de sus v e c i n o s y se instaló en s o l i t a r i o p a r a h a c e r v i d a de p e n i t e n t e . Ayudándose de ramajes y b a r r o , log r ó c o n s t r u i r s e u n a h u m i l d e c h o z a e n l a q u e guarecerse, a c o n d i c i o n a n d o en su interior u n a pequeña capilla para u n a imagen de la Madre de Dios q u e é l m i s m o talló e n u n t r o n c o d e m a d e r a . L a c o n t e m p l a t i v a y e d i f i c a n t e v i d a e r e m í t i c a d e J u a n L e r fue p o c o a p o c o c o n o c i d a p o r los habitantes de t o d a la c o m a r c a e i n c l u s o se llegó a saber d e é l e n Z a r a g o z a , l o q u e motivó q u e m u c h o s cristianos devotos acud i e r a n a visitarle en su d e s t i e r r o y a e s c u c h a r sus consejos. A q u e l l a c r e c i e n t e n o t o r i e d a d n o fue d e l a g r a d o d e l e r e m i t a , q u e necesitaba paz y sosiego absolutos p a r a d e d i c a r s e e x c l u s i v a m e n t e a la o r a c i ó n y l a m e d i t a c i ó n , d e f o r m a q u e d e t e r m i n ó m a r c h a r s e a o t r o l u g a r aún más apartado y recóndito que aquel. Se e n t e r a r o n los c o n d e s de Sástago de las i n t e n c i o n e s de J u a n L e r y dec i d i e r o n ir a visitarle en su c h o z a . H i c i é r o n l e ver q u e , a u n q u e e n t e n d í a n las 279


razones de su malestar, el c o n o c i m i e n t o de su v i d a e j e m p l a r entre las g e n tes t a m b i é n p o d í a ser objeto d e imitación, l o q u e sin d u d a r e d u n d a r í a e n u n a e x p a n s i ó n m a y o r d e l c u l t o a M a r í a . Así es q u e le i n v i t a r o n a q u e se quedara y le ofrecieron la construcción de un templo digno para la imagen de l a V i r g e n , j u n t o a l q u e edificarían, a s i m i s m o , u n a p e q u e ñ a y m o d e s t a viv i e n d a p a r a él. L a s palabras d e los c o n d e s c o n v e n c i e r o n a J u a n , d e m o d o q u e e n p o c o t i e m p o s e levantó e l s a n t u a r i o p r o m e t i d o . D e s d e a q u e l m o m e n t o , tanto e l m o n t e c o m o e l s a n t u a r i o y l a i m a g e n f u e r o n c o n o c i d o s p o r todos c o n e l n o m b r e d e M o n l e r , e n clarísima refer e n c i a a « m o n t e de L e r » . [ F a c i , R o q u e A., Aragón..., II, p á g s . 315-316. B e r n a l . J o s é , Tradiciones..., p á g . 110. S á n c h e z Pérez, J. A . , El culto mañano en España, p á g . 266.]

261.

GIL DE ATROSILLO, Y L A APARICIÓN

SEÑOR DE ESTERCUEL, D E

L A V I R G E N

( S I G L O XIII. E S T E R C U E L )

E r a u n d í a d e e n t r e los a ñ o s 1250 y 1258. D o n G i l d e A t r o s i l l o e r a s e ñ o r d e l castillo de E s t e r c u e l , e n t r e cuyos m u r o s se h a b í a r e c l u i d o en b u s c a desosiego, tras h a b e r p a r t i c i p a d o e n las c a m p a ñ a s d e M a l l o r c a , V a l e n c i a y M o r d í a , e n t r e otras. A q u e l l a tarde recibié) a u n forastero q u e d e c í a l l a m a r s e P e d r o N o v e s , o r i u n d o d e las m o n t a ñ a s jaquesas y e x p e r t o e n l a c o n d u c c i ó n y c u i d a d o de g a n a d o s . Tras la c o n v e r s a c i ó n , lo t o m ó a su s e r v i c i o c o m o m a y o r a l , p o n i é n d o l e al f r e n t e de sus m t i l t i p l e s pastores y n u m e r o s o s r e b a ñ o s . P e d r o N o v e s s e g a n ó p r o n t o e l respeto d e todos, desde e l s e ñ o r hasta e l ú l t i m o pastor. P o r eso n o d a b a n c r é d i t o a l a r e p e n t i n a l o c u r a d e tan c a b a l p e r s o n a c u a n d o les q u i s o h a c e r c r e e r q u e s e l e h a b í a a p a r e c i d o l a V i r g e n . E n efecto, ocurrié) q u e u n a n o c h e estando d u r m i e n d o e n e l m o n t e d e la R e d o n d a , d o n d e h a b í a n l l e v a d o el g a n a d o en b u s c a de pastos, se desvelé» c u a n d o al o t r o l a d o d e l r í o v i o b r o t a r u n a i n t e n s a l u z y oyó h e r m o s o s cánticos. D e s p e r t ó a los pastores y les h i z o o b s e r v a r el e x t r a ñ o f e n ó m e n o , p e r o a l p o c o rato, c r e y e n d o q u e p o d r í a n ser a l g u n o s m u c h a c h o s d e l p u e b l o , v o l v i e r o n a d o r m i r s e . P e d r o N o v e s no se c o n t e n t ó y, c u a n d o t o d o s d o r m í a n , f u e a i n s p e c c i o n a r la z o n a . Q u e d ó a n o n a d a d o : sobre e l t r o n c o d e u n o l i v o , estaba u n a i m a g e n d e l a V i r g e n , a p a r i c i ó n q u e s e repitió d u r a n t e las dos n o c h e s siguientes. P e d r o n o sabía q u é hacer. F u e N u e s t r a S e ñ o r a l a q u e l e d i j o q u e s e l o c o m u n i c a r a a d o n G i l y así l o h i z o , p e r o e l s e ñ o r d e E s t e r c u e l , a pesar d e l a e s t i m a e n q u e t e n í a a P e d r o N o v e s , le creyó» un i l u s o y un v i s i o n a r i o , r o g á n d o l e q u e o l v i d a r a t o d o a q u e l l o . Volvió el m a y o r a l al l u g a r de la aparición y refirió) a 280


la V i r g e n lo sucedido: no le creían. Entonces tomó la m a n o de P e d r o , la p u s o en su m e j i l l a y le r o g ó q u e regresara a E s t e r c u e l . N a d i e p o d r í a separ a r la m a n o de su cara y e n t o n c e s le c r e e r í a n , c o m o así f u e . L l e v a r o n l a i m a g e n s o l e m n e m e n t e a l a iglesia p a r r o q u i a l , p e r o e n tres ocasiones d e s a p a r e c i ó , a p a r e c i e n d o s i e m p r e sobre e l m i s m o t r o n c o d e o l i vo sin q u e n a d i e la t r a n s p o r t a r a . La i n t e n c i ó n estaba c l a r a y así es c ó m o Est e r c u e l levantó e l m o n a s t e r i o d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l O l i v a r . | A n d r é s de Ustarroz, F., Chronología..., p á g s . 51-52. Fací, R o q u e A . , Aragón..., II, págs. 81-84. G u a l l a r , S a n t i a g o , « N u e s t r a S e ñ o r a d e l O l i v a r » , Aragón, 165 ( 1 9 4 0 ) , 30-35.]

262. I A F U N D A C I Ó N D E L M O N A S T E R I O DE SANTA FE (SIGLO XIV. ZARAGOZA)

L o s m o n j e s d e l m o n a s t e r i o d e F u e n c l a r a — c e n o b i o q u e c i e r t a tradición sitúa e n las p r o x i m i d a d e s d e l r í o C h i c a , e n l a diócesis d e L é r i d a — estaban s i e n d o m o l e s t a d o s c o n s t a n t e m e n t e p o r los h o m b r e s d e los c o n d e s d e U r g e l l , así c o m o p e r m a n e n t e m e n t e p o r los b a n d o l e r o s q u e tenían a t e m o r i z a da la comarca. A n t e u n a situación tan difícil c o m o a q u e l l a y tras m u c h o m e d i t a r l o , dec i d i e r o n aceptar l a p r o p u e s t a q u e les h i z o M i g u e l P é r e z Z a p a t a , s e ñ o r d e ( a i a r t e , ('adrete y P u r r o y , y, a la sazón, g o b e r n a d o r de A r a g ó n : les o f r e c í a q u e se t r a s l a d a r a n a u n a p e q u e ñ a e r m i t a l e v a n t a d a en S a n t a Fe, j u n t o a Z a r a g o z a , en el l u g a r q u e llegaría a ser i m p o r t a n t e m o n a s t e r i o cisterciense. La c o m u n i d a d de F u e n c l a r a — a n t e los reiterados ataques q u e p a d e c í a y d e s e a n d o vivir e n paz p a r a dedicarse p o r c o m p l e t o a l a o r a c i ó n — e n c o m e n dó a dos de sus más j ó v e n e s monjes para que viajaran a i n s p e c c i o n a r el l u g a r q u e se les b r i n d a b a . N a d a más salir d e l c o n v e n t o p a r a e m p r e n d e r el viaje, f u e r o n p e r s e g u i d o s y hostigados p o r los h o m b r e s d e l c o n d e d e U r g e l l hasta a c o r r a l a r l o s e n l a o r i l l a d e l r í o C i n c a , d e s b o r d a d o p o r las recientes lluvias t o r r e n c i a l e s y, p o r lo tanto, i m p o s i b l e de vadear. C u a n d o estaban a p u n t o de ser alcanzados p o r sus perseguidores, y ante la admiración y el a s o m b r o de aquellos desalmados, ambos monjes l o g r a r o n atravesar el río t e n d i d o s sobre las cogullas de sus hábitos, q u e h i c i e r o n de e m b a r c a c i ó n segura. U n a vez s o l v e n t a d o e l p e l i g r o p r o s i g u i e r o n viaje h a c i a Z a r a g o z a y d e allí a Santa F e , d o n d e i n s p e c c i o n a r o n e l t e r r e n o . Estaba s i t u a d o e n l a h u e r t a q u e r i e g a la H u e r v a y el paraje e r a r i c o y feraz, capaz de p r o p o r c i o n a r el a l i m e n t o n e c e s a r i o a la c o m u n i d a d , así es q u e fue de su a g r a d o . R e g r e s a r o n los d o s m o n j e s emisarios a su c o n v e n t o de F u e n c l a r a y relat a r o n a sus c o m p a ñ e r o s la e x c e l e n c i a d e l paraje q u e se les ofrecía, de 281

Agustín Ubieto Arte.ta

m o d o q u e l a c o m u n i d a d e n t e r a d e c i d i ó trasladarse a Santa F e , d o n d e crear o n e l m o n a s t e r i o q u e sería n u e v o r e d u c t o d e sus rezos. [Zapater, Alfonso, Aragón...., tomo 15, págs. 2243-2244.]

263. L O S C O N D E S D E S Á S T A G O CREAN LA CARTUJA DE FUENTES (SIGLO X V . LANAJA)

E n u n árido l u g a r d e los M o n e g r o s a u n q u e s a l p i c a d o d e a b u n d a n t e s fuentes, h u b o e n t i e m p o s u n a p o s a d a p a r a c a m i n a n t e s s i t u a d a a unas tres leguas d e S a r i ñ e n a , e n d o n d e u n día s e e n c o n t r ó u n a i m a g e n d e l a V i r g e n q u e , p o r tal c i r c u n s t a n c i a , s e v e n e r ó desde e n t o n c e s e n a q u e l paraje c o n e l n o m b r e d e N u e s t r a S e ñ o r a d e las Fuentes. L a n u e v a e r m i t a l e v a n t a d a alcanzó c i e r t a f a m a y n o e r a n p o c o s los per e g r i n o s y c a m i n a n t e s q u e se a c e r c a b a n a descansar allí y a solicitar favores a la V i r g e n . E n t r e otros asiduos visitantes, se e n c o n t r a b a n el n o b l e caballer o d o n B l a s c o d e Alagón y s u esposa, d o ñ a B e a t r i z d e L u n a , c o n d e s d e Sástago, q u i e n e s t u v i e r o n l a i d e a d e c r e a r allí u n a cartuja, p a r a l o q u e d i s p u s i e r o n u n a b u e n a parte d e s u f o r t u n a . Q u é m o t i v o s m o v i e r o n a d o n B l a s c o y a d o ñ a B e a t r i z a llevar a c a b o esa f u n d a c i ó n no se sabe a c i e n c i a c i e r t a , p e r o d o s p a r e c e n ser las e x p l i c a c i o nes más p l a u s i b l e s : U n o s c u e n t a n q u e , e n u n a o c a s i ó n , e l j o v e n A r t a l , h i j o d e los c o n d e s , se había citado en la e r m i t a con unos caballeros, pero no p u e d o acudir al encuentro p o r haber caído gravemente enfermo. C u a n d o murió c o m o c o n s e c u e n c i a d e a q u e l m a l , los p a d r e s d e c i d i e r o n e n t e r r a r l o j u n t o a l a V i r g e n para guardar el h o n o r de la palabra dada a c u d i e n d o al lugar aunque muerto. Otros d i c e n que la cartuja nació c o m o consecuencia d e l cariño que el c o n d e t o m ó a los h a b i t a n t e s d e l a e r m i t a c u a n d o , h e r i d o d e c i e r t a c o n s i deración en el transcurso de u n a cacería, fue a c o g i d o afectuosamente p o r a q u é l l o s , d e c i d i e n d o i n c l u s o , c u a n d o m u r i e r a , ser e n t e r r a d o allí, c o m o así f u e . Lo cierto es que el m a t r i m o n i o quiso dignificar más la p r i m i t i v a y m e n g u a d a e r m i t a d e N u e s t r a S e ñ o r a d e las F u e n t e s y c o n v e r t i r l a e n u n a cartuja, a u n q u e sólo puso e l c o n v e n t o e n pie d o ñ a Beatriz q u i e n , u n a vez f a l l e c i d o e l c o n d e , logré) d e l rey F e r n a n d o I I e l p e r m i s o c o r r e s pondiente. [Supervía, M i g u e l , «Notas históricas sobre la cartuja de Nuestra Señora de las Fuentes», Linajes de Aragón, tu (1912), 63-64.] 282

Leyendas para uva historia paralela del Aragón medieval

264. E L T Ú N E L B A J O E L E B R O (SIGLO ¿XV? ESCATRÓN)

S i n saber p o r q u é , J u a n , q u e estaba p e s c a n d o t r a n q u i l a m e n t e a l a o r i l l a d e l río E b r o , se v i o r o d e a d o p o r sorpresa p o r varios soldados y, sin r e c i b i r n i n g u n a e x p l i c a c i ó n , f u e a d a r c o n sus huesos a l c a l a b o z o . N o sabía q u é d e l i t o se le i m p u t a b a ni de q u é tenía q u e d e f e n d e r s e . Lo q u e sí s u p o es q u e estaba e n c e r r a d o e n u n a sala d e l a iglesia-fortaleza d e S a n J a v i e r d e E s c a t r ó n . C u a n d o s e h i z o d e n o c h e , e n l a c a l m a y e n l a s o l e d a d d e s u c e l d a , creyó o í r un r u i d o de pasos en la calle y se a c e r c ó a la v e n t a n a p a r a o b s e r v a r lo q u e sucedía. Así e s c ó m o p u d o c o n t e m p l a r u n a l a r g a f i l a d e m o n j e s q u e cam i n a b a n r a u d o s y e n s i l e n c i o a b s o l u t o , h e c h o a l q u e e n a q u e l instante n o dio ninguna importancia. A l día siguiente, a u n q u e sin r e c i b i r t a m p o c o explicación a l g u n a , fue puesto en l i b e r t a d , al parecer p o r h a b e r sido d e t e n i d o el c u l p a b l e de no se sabe q u é delito. F u e a casa a tranquilizar a los suyos, p e r o en el c a m i n o r e c o r d ó la procesión de monjes y cayó en la c u e n t a de q u e en la iglesia de San Javier no h a b í a más allá de cuatro o c i n c o . ¿Quiénes e r a n los demás? ¿Qué hacían allí? Catando llegó l a n o c h e s i g u i e n t e , i n t r i g a d o p o r saber a q u é p o d í a deberse l a p r e s e n c i a d e tanto m o n j e j u n t o , s e apostó e n u n a iglesia c e r c a n a . A las d o c e e n p u n t o , u n n u t r i d o g r u p o d e frailes e n t r ó e n S a n Javier. D e c i dió esperar c u a n t o h i c i e r a falta, hasta q u e , al d e s p u n t a r el a l b a , los frailes a b a n d o n a r o n l a i g l e s i a c o n g r a n s i g i l o . N a t u r a l m e n t e les siguió. T r a s rec o r r e r a l g u n a s calles, l a c o m i t i v a f r a i l u n a e n t r ó e n u n a casa. El h e c h o se repitió día tras día: a la m e d i a n o c h e , los frailes i b a n a S a n J a v i e r ; al a m a n e c e r , r e g r e s a b a n a la casa en la q u e p e r m a n e c í a n hasta la m e d i a n o c h e . N o e n t e n d í a n a d a , hasta q u e entre los r e l i g i o s o s r e c o n o c i ó a u n fraile d e l monasterio de R u e d a . Entonces supo lo que ocurría. L o s monjes pasaban a l m o n a s t e r i o , p o r d e b a j o d e l r í o E b r o , a Uavés d e u n t t i n e l q u e salía de la casa. [ A l d e a G i m e n o , S a n t i a g o , « C u e n t o s . . . » , C.E.C., VI1 ( 1 9 8 2 ) , 61-62.]

7.2. L O S P E R E G R I N O S

265. S A N M A R C I A L V I S I T A B E N A S Q U E (SIGLOS XHI-XIV. BENASQUE)

E n u n a é p o c a i n c i e r t a , p e r o desde l u e g o e n p l e n o a p o g e o d e las pereg r i n a c i o n e s a S a n t i a g o de C o m p o s t e l a , llegó un día a B e n a s q u e un pereg r i n o s o l i t a r i o , c a n s a d o d e l viaje y de c i e r t a e d a d , q u e regresaba de o r a r y 283

Agustín Ubietn Arteta

h a c e r p e n i t e n c i a ante la t u m b a d e l Apóstol e i b a en d i r e c c i ó n a San Reltrán de Comminges. N o tardó e l r o m e r o e n ser a c o g i d o p o r los benasqueses, pues estaban a c o s t u m b r a d o s a visitas semejantes, pues n o e n v a n o B e n a s q u e e r a h i t o o b l i g a d o d e u n o d e los m u c h o s «caminos» q u e u n í a n E u r o p a c o n S a n t i a g o . E l aspecto v e n e r a b l e , el trato afable y cortés, así c o m o los h e c h o s y las p a l a b r a s sabias d e l p e r e g r i n o — q u e s e d e c l a r ó s i r v i e n t e d e v o t o d e san M a r c i a l — a t r a j e r o n a los benasqueses, q u e p r o n t o le d i s t i n g u i e r o n de los d e m á s rom e r o s c o n su a m i s t a d y c o n su a d m i r a c i ó n . M a s u n día, e l b o n d a d o s o p e r e g r i n o d e l a p a l a b r a c o n s o l a d o r a , d e l c o n sejo a c e r t a d o y de la a y u d a d e s i n t e r e s a d a d e s a p a r e c i ó p a r a s i e m p r e de Benasque, sin dejar n i n g ú n rastro, n i n g ú n i n d i c i o . A u n q u e i n d a g a r o n p o r todas las casas, n a d i e le h a b í a visto partir, y en los p u e b l o s y caseríos de los a l r e d e d o r e s t a m p o c o s u p o d a r n a d i e razón d e él. E r a c o m o s i n o h u b i e r a e x i s t i d o , c o m o s i n o h u b i e r a v i v i d o c o n ellos, c o m o s i s e tratara d e u n sueño colectivo. D u r a n t e bastante t i e m p o , en los c o r r o s de la p l a z a y en todas las casas d e B e n a s q u e t o d o fue hacerse cabalas a c e r c a d e l a i d e n t i d a d d e a q u e l h o m b r e b u e n o , q u e tantas cosas sabía de la v i d a y de la o b r a de san M a r c i a l : de sus c u r a c i o n e s milagrosas, de c ó m o a p l a c a b a las más m o r t í f e r a s e p i d e m i a s , de q u é m a n e r a r e s u c i t a b a a los m u e r t o s . . . P o r f i n , c o m o n o a c e r t a b a n a darse u n a e x p l i c a c i ó n verosímil, l l e g a r o n a p e n s a r q u e a q u e l h o m b r e i n i g u a l a b l e sólo p o d í a ser s o b r e n a t u r a l . S i n d u d a a l g u n a , a q u e l p e r e g r i n o ú n i c a m e n t e p o d í a ser u n santo a u t é n t i c o . D e serlo, c o m o estaban y a seguros, n o p o d í a ser o t r o q u e e l p r o p i o san M a r c i a l , y así se cree todavía. [Bailarín C o r n e l , Angel, Civilizarían fmvnaica. págs. 127-131.]

266. E l . P E R E G R I N O A N Ó N I M O (SIGLO XIV. AI.COLEA DE GINCA)

E l castillo d e A l c o l e a , u n enclave v e r d a d e r a m e n t e estratégico e n t r e los ríos A l c a n a d r e y C i n c a , a o r i l l a s de éste, h a b í a c o n s t i t u i d o un r e f u g i o seguro p a r a A l f o n s o I el B a t a l l a d o r en sus i n c u r s i o n e s p o r las tierras i n o r a s de F r a g a y L é r i d a , p o r l o q u e n o e s d e e x t r a ñ a r q u e e l rey s i n t i e r a u n a especial p r e d i l e c c i ó n p o r esta v i l l a , c u y a iglesia r e c o n s t r u y ó y p u s o bajo la advocación de san J u a n Bautista. Es p r e c i s a m e n t e esta iglesia depositaría de un cél e b r e santo C r u c i f i j o cuyos o r í g e n e s están e n v u e l t o s p o r l a l e y e n d a . C o r r í a n días d e l a ñ o d e l S e ñ o r d e 1376, a q u e l e n q u e e l p r e d i c a d o r val e n c i a n o V i c e n t e F e r r e r p a s a b a d e A r a g ó n a C a t a l u ñ a p o r estas feraces 284

Leyendas para ana histmia paralela del Aragón medieval

tierras p a r a t r a n s m i t i r l a p a l a b r a d e D i o s . S i g u i e n d o e l c a m i n o q u e abre d e m a n e r a n a t u r a l e l c u r s o d e l c a u d a l o s o C i n c a , solían h a c e r u n alto e n A l e o l e a bastantes p e r e g r i n o s q u e , v e n i d o s d e los lugares r e m o t o s , a n d a b a n busc a n d o la r u l a p r i n c i p a l d e l E b r o en su c a m i n a r hacia Santiago. A r r i b ó a A l c o l e a u n día d e a q u e l l o s u n p e r e g r i n o d e m e d i a n a e d a d q u e , tras i n t i m a r c o n los m i e m b r o s d e l a f a m i l i a q u e l e h a b í a d a d o c o b i j o e n s u casa, s e o f r e c i ó p a r a tallar u n a i m a g e n d e C r i s t o c r u c i f i c a d o , puesto q u e aseguraba d o m i n a r l a t é c n i c a d e l a e s c u l t u r a . C o n s u l t a r o n los a n f i t r i o n e s a l sacerdote y a éste le p a r e c i ó b i e n la i d e a . Tras p r o p o r c i o n a r l e los materiales q u e p r e c i s a b a , a l g u n a s velas y viandas suficientes p a r a varios días, se retiró el p e r e g r i n o a u n a estancia a p a r t a d a p a r a m e j o r c o n c e n t r a r s e en el trabajo. P a s a r o n los días, más de los previstos, y el r o m e r o no d a b a señal a l g u n a de v i d a , tanto q u e la q u i e t u d q u e se sentía desde el e x t e r i o r a l a r m ó a los v e c i n o s . Así es q u e , después de l l a m a r d e m a n e r a insistente e n l a p u e r t a d e l c u a r t o y n o r e c i b i r n i n g u n a respuesta, d e c i d i e r o n f o r z a r l a c e r r a d u r a d e l a p u e r t a . D e n t r o d e l a estancia n o h a b í a n a d i e : e l p e r e g r i n o h a b í a d e s a p a r e c i d o sin dejar e l más m í n i m o rastro. E l g u a y l a c o m i d a estaban intactos, l a vela n o h a b í a sido e n c e n d i d a y los materiales e n t r e g a d o s p a r a c i n c e l a r l a i m a g e n n o h a b í a n sido tocados s i q u i e r a . S i n e m b a r g o , sobre l a m e s a d e l a estancia, destacaba l a más m a r a v i l l o s a i m a g e n d e C r i s t o q u e n a d i e r e c o r d a r a . [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I, págs. 135-138.]

267. L O S P E P v E G R I N O S E S C U L T O R E S (SIGLO ¿XIV? BOLTAÑA)

B o l t a ñ a , cuyas casas se c o n c e n t r a b a n a o r i l l a s d e l A r a de aguas l i m p i a s , era t o d a q u i e t u d . C a d a b o l t a ñ é s se d e d i c a b a en paz a su trabajo y las h o r a s s e d e s g r a n a b a n lentas. D e c u a n d o e n c u a n d o , b u s c a n d o e l a m p a r o d e s u h o s p i t a l y de su h o s p e d e r í a , l l e g a b a n r o m e r o s q u e se d e t e n í a n p a r a r e p a r a r fuerzas antes d e p r o s e g u i r e l c a m i n o d e n u e v o . E r a n e x t r a ñ o s p o r ser forasteros, p e r o n o eran e x t r a ñ a d o s . L a q u i e t u d y l a c a l m a d e l a v i l l a s e r o m pían m i e n t r a s ellos estaban allí, pues en t o r n o a cada u n o de ellos solían a r r e m o l i n a r s e sus gentes a la v u e l t a d e l trabajo p a r a o í r las historias de sus andanzas. L l e g a r o n e n c i e r t a ocasión j u n t o s dos p e r e g r i n o s d e m e d i a n a e d a d , extranjeros a m b o s , q u e m u y p r o n t o i n t i m a r o n c o n los habitantes d e l a v i l l a . L e s l l a m ó m u c h o l a a t e n c i ó n — y así l o h i c i e r o n n o t a r e n las conversacion e s — l a c a r e n c i a e n l a iglesia c o l e g i a l d e u n C r u c i f i j o , o f r e c i é n d o s e a m b o s a tallar u n o si se les p r o p o r c i o n a b a el m a t e r i a l necesario y se les p r o c u r a b a u n l o c a l a d e c u a d o p a r a trabajarlo. N o p e d í a n a c a m b i o más q u e l u m b r e ,

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u n a p i t a n z a al día, a g u a y sosiego, a c c e d i e n d o a t o d o e l l o los boltañeses, c o n su c u r a a la cabeza. Se encerraron ambos romeros en u n a cámara que mal i l u m i n a b a u n a pequeña ventana cercana al techo. Transcurrió u n a semana y pasaron m á s días sin d a r s e ñ a l e s d e v i d a , tantos q u e c o m e n z a r o n a s o s p e c h a r las gentes d e B o l t a ñ a s i n o h a b í a n s i d o e n g a ñ a d o s . L a i n q u i e t u d p u d o c o n e l l o s y , tras d e l i b e r a r s o b r e q u é hacer, d e t e r m i n a r o n e n t r a r e n l a estanc i a a pesar d e l o p a c t a d o . F o r z a r o n y a b r i e r o n l a p u e r t a d e p a r e n par, p e r o la sorpresa fue e n o r m e pues d e n t r o no había nadie: la b u r l a se había consumado. S i n e m b a r g o , c u a n d o las l a m e n t a c i o n e s p o r la astucia y el d e s c a r o de los falsos artífices e r a y a u n c l a m o r , u n m u c h a c h o r e p a r ó q u e , sobre u n t r o n c o d e árbol q u e h a b í a e n u n r i n c ó n , r e p o s a b a u n C r u c i f i j o c u b i e r t o c o n u n p a ñ o y estaba tan h e r m o s a m e n t e t a l l a d o q u e p a r e c í a h a b e r s i d o c i n c e l a d o p o r las m a n o s d e los p r o p i o s ángeles. C o n s u m o c u i d a d o y r e v e r e n c i a , los c o n g r e g a d o s l l e v a r o n a la c o l e g i a l el C r u c i f i j o , q u e m u y p r o n t o s e convirtió e n objeto d e v e n e r a c i ó n n o sólo e n B o l t a ñ a s i n o e n t o d a l a c o m a r c a . L o c u r i o s o e s q u e n a d i e s e atrevía n i siq u i e r a a n o m b r a r a los r o m e r o s q u e habían sido sus artífices. [ F a c í , R o q u e A . , Aragón..., I, p á g s . 117-118. |

268. E L R O M E R O D E C A S T I E L L O (SIGLOS XIV-XV. CASTIELLO DE JACA)

E n c i e r t a o c a s i ó n , a m p a r a d o p o r las f a c i l i d a d e s q u e p r o p o r c i o n a b a e l c a m i n o d e S a n t i a g o q u e , e n t r a n d o p o r e l S o m p o r t , s e dirigía h a c i a J a c a , llegó a C a s t i e l l o d e J a c a u n p e r e g r i n o q u e venía d e F r a n c i a . A p a r t e d e s u z u r r ó n , d o n d e sin d u d a l l e v a b a las viandas i m p r e s c i n d i b l e s p a r a aliviar s u c a m i n a t a , c a r g a b a a l h o m b r o u n saco bastante v o l u m i n o s o . Así atravesó e l c a m i n o a l llegar a C a s t i e l l o , e n cuya h o s p e d e r í a d u r m i ó a q u e l l a n o c h e . A la m a ñ a n a s i g u i e n t e , s i n m e d i a r casi p a l a b r a , se d i s p u s o a m a r c h a r c o n el saco a la e s p a l d a , p e r o , a la s a l i d a d e l p u e b l o , el p e r e g r i n o cayó m u e r t o , c o m o f u l m i n a d o . I n m e d i a t a m e n t e a c u d i e r o n a a u x i l i a r l e y le l l e v a r o n , a n tes de e n t e r r a r l o , a la losa d e l c e m e n t e r i o . A n t e la s o r p r e s a de todos, el p e r e g r i n o volvió a la v i d a s ú b i t a m e n t e y, de m a n e r a a p r e s u r a d a , e m p r e n d i ó d e n u e v o s u a n d a d u r a , p e r o o t r a vez cayó m u e r t o a l salir d e C a s t i e l l o . Q u i e n e s l e r e c o g i e r o n s e a s e g u r a r o n d e q u e r e a l m e n t e h a b í a f a l l e c i d o . P e r o el caso es q u e hasta c u a t r o veces se repitió tan e x t r a o r d i n a r i o h e c h o : si se i b a de Castiello, el p e r e g r i n o moría; c u a n d o l o devolvían a l p u e b l o , r e s u c i t a b a .

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Naturalmente, intentaron ahondar en aquel misterio, máxime cuando o b s e r v a r o n q u e c a d a vez q u e e m p r e n d í a e l viaje d e n u e v o , c o n f o r m e s e i b a a l e j a n d o , a c a d a paso q u e d a b a el r o m e r o se e n c o r v a b a más y más. Fue entonces c u a n d o el peregrino contó que le habían e n c o m e n d a d o t r a n s p o r t a r e l saco q u e c a r g a b a a l a e s p a l d a p o r e l c a m i n o d e S a n t i a g o , a d v i r t i é n d o l e q u e c u a n d o el saco a u m e n t a r a de peso no se resistiese. Así es q u e , a l a vista d e l o s u c e d i d o , a c e p t ó l a i d e a d e q u e t e n í a q u e dejar e l saco e n C a s l i e l l o , p u e s t o q u e n o e r a capaz d e salir d e allí. L o q u e n o sabía e r a q u é c o n t e n í a e l m i s t e r i o s o saco, así e s q u e d e c i d i e r o n a b r i r l o , a p a r e c i e n d o unas r e l i q u i a s , q u e f u e r o n depositadas e n l a iglesia, d o n d e todavía s e c o n s e r v a n . A p a r t e de varias p e r t e n e c i e n t e s a diversos santos, destacan u n a esp i n a d e l a c o r o n a d e C r i s t o y u n a astilla d e l a c r u z e n l a q u e m u r i ó . C u m p l i d a s u misión, e l r o m e r o siguió viaje h a c i a S a n t i a g o , pues q u e r í a d a r gracias a l Apóstol p o r h a b e r l e salvado r e i t e r a d a m e n t e l a v i d a . [ F e r n á n d e z A c í n , M . D . , «Los restos d e u n a p ó s t o l d e s c a n s a n e n C a s t i e l l o d e j a c a » , en Jacetania, 9 3 . ]

269. S A N G R E G O R I O , P E R E G R I N O (SIGLO XV. ZARAGOZA)

E n cierta ocasión, procedentes d e l M i d i francés, d e c i d i e r o n e m p r e n d e r j u n t o s e l c a m i n o d e Z a r a g o z a los santos varones L i c e r , J u a n , P a n t a l e ó n y G r e g o r i o , c o n l a p r e t e n s i ó n d e visitar e l t e m p l o d e S a n t a M a r í a l a M a y o r , c u y a V i r g e n se le a p a r e c i ó al apóstol Santiago y t e n í a f a m a al o t r o l a d o de los P i r i n e o s . A l d o b l a r las altas m o n t a ñ a s p i r e n a i c a s , t o m a r o n c o m o guía e l c u r s o d e l río G a l l e g o , pues les h a b í a n d i c h o q u e , p o c o después d e s u desembocadura en el ancho E b r o , se hallaba la meta de su recorrido. A r r o s t r a r o n j u n t o s las m i l p e n a l i d a d e s d e l viaje, p e r o c i r c u n s t a n c i a s d i versas m o t i v a r o n q u e n o p u d i e r a n l l e g a r t o d o s a l f i n a l , c o m o h a b í a n p r e visto. E n efecto, c u a n d o l l e g a r o n a l a a l t u r a d e Z u e r a , f u e L i c e r e l q u e , tras caer d e s p l o m a d o p o r e l a g o t a m i e n t o d e l viaje, f u e a t e n d i d o p o r sus v e c i nos, e n t r e los q u e se q u e d ó a v i v i r y ante los q u e h o y a c t ú a c o m o p a t r ó n de la v i l l a . C o n t i n u a r o n h a c i a Z a r a g o z a sus otros tres c o m p a ñ e r o s , p e r o J u a n , e l más a n c i a n o , e x t e n u a d o p o r l a c a m i n a t a d e tantas l u n a s , d e c i d i ó q u e d a r s e a v i v i r c o n l a c o m u n i d a d allí establecida, l a q u e c o n e l t i e m p o , e n m e m o r i a d e a q u e l santo varón, a c a b a r í a d e n o m i n á n d o s e San J u a n d e M o z a r r i f a r . A p e n a d o s p o r l a a u s e n c i a d e L i c e r y J u a n , G r e g o r i o y P a n t a l e ó n siguier o n su camino, animados p o r la noticia de que ya se hallaban cerca de su objetivo. I n c l u s o q u i s i e r o n a c o r t a r y , alejándose d e l G a l l e g o , t o m a r o n d i 287

Agustín Uhielo Arteta

r e c c i ó n oeste. C u a n d o fatigados a c a b a b a n d e s u b i r a l a c a m p o d e l Santísim o , G r e g o r i o s e d e s p l o m ó e n e l suelo, i n c a p a z d e seguir, m a r c a n d o e l e m p l a z a m i e n t o d o n d e l a f e h i z o levantar l a e r m i t a q u e hoy l e r e c u e r d a , l u g a r desde el q u e se d i v i s a b a n las torres de Santa María la M a y o r , d o n d e no p u d o llegar. G r e g o r i o a l e n t ó a P a n t a l e ó n p a r a q u e p r o s i g u i e r a , a u n q u e sus fuerzas también e r a n escasas, tanto es así q u e , c u a n d o llegó a J u s l i b o l , viéndose i m p o t e n t e ante e l E b r o q u e l e c o r t a b a e l paso, d e c i d i ó q u e d a r s e allí, l o q u e explica su patronazgo de la población actual. S i n d u d a , los c u a t r o santos varones d e b i e r o n , c o n e l t i e m p o , ver c u m p l i d o su s u e ñ o de visitar el t e m p l o y la i m a g e n q u e les p u s o en c a m i n o , pero r e g r e s a r o n l u e g o a sus respectivos lugares de a d o p c i ó n . [Madre,Jesús E., «La ermita de San Gregorio», 'Zaragoza, 34 (1982), 29-30.)

7.3. L O S S A N T O S

270. E L V A T I C I N I O D E S A N V A L E R O (SíGI.O IV. C A S / I K L N O U )

E s b i e n c o n o c i d o p o r l a h i s t o r i a c ó m o san V a l e r o , e n f r e n t a d o c o n las aut o r i d a d e s civiles v a l e n c i a n a s , se v i o c o n m i n a d o a a b a n d o n a r la c i u d a d d e l T u r i a y la r e g i ó n l e v a n t i n a , p a r a ser c o n f i n a d o d u r a n t e el resto de sus días en un pueblecito llamado Anento, perdido en medio del Pirineo, donde d e b e r í a sobrellevar su o s t r a c i s m o . C o n m i n a d o p o r las a u t o r i d a d e s , p r e p a r ó el r e l i g i o s o a t o d a p r i s a sus escasas p e r t e n e n c i a s p a r a i n i c i a r el viaje al q u e se veía o b l i g a d o , p o n i é n d o s e e n c a m i n o c o n u n a l i m i t a d a c o m i t i v a dispuesta p a r a a y u d a r l e a sobrellevar tan l a r g o , i n c ó m o d o y p e l i g r o s o d e s p l a z a m i e n t o . N a t u r a l m e n t e , el viaje constituyó t o d a u n a o d i s e a , p r o v o c a d a p o r l a sucesión d e n u m e r o s a s etapas d e b i d a s a la e n o r m e d i s t a n c i a y a la l e n t i t u d de los m e d i o s de t r a n s p o r t e de la época. U n a de esas múltiples y agotadoras etapas finalizé) en el p u e b l e c i t o act u a l m e n t e t u r o l e n s e d e C a s t e l n o u , d o n d e fue r e c i b i d o y a t e n d i d o c o n c a r i ño p o r sus habitantes, pesarosos p o r el d e s t i e r r o q u e se veía o b l i g a d o a c u m p l i r e l r e l i g i o s o . N o s e d e t u v o e n C a s t e l n o u n a d a más q u e e l t i e m p o p r e c i s o p a r a descansar h o m b r e s y caballerías, p e r o , no obstante, se g a n ó la c o m p r e n s i ó n y el afecto de todos sus habitantes. C u a n d o la c o m i t i v a estuvo p r e p a r a d a y a p u n t o de d e s p e d i r s e y p a r t i r p a r a c u b r i r l a etapa s i g u i e n t e , V a l e r o , e n l a p u e r t a d e l a iglesia y m i r a n d o 288


a l c i c l o , profetizó — h a b l a b a sin d u d a c o n c a r á c t e r g e n e r a l — q u e e n Cast e l n o u n o h a b r í a j a m á s i n f i e l e s , t e n i e n d o e n c u e n t a , sin d u d a , las f i r m e s c o n v i c c i o n e s religiosas d e los habitantes d e a q u e l m o m e n t o , f i r m e z a q u e c o n t o d a s e g u r i d a d transmitirían a las g e n e r a c i o n e s v e n i d e r a s . L a l e y e n d a acaba a s e g u r a n d o q u e , e n v i r t u d d e este v a t i c i n i o y d e l a p r o t e c c i ó n e s p e c i a l q u e san V a l e r o s i e m p r e l e dispensó, e l p u e b l o d e C a s t e l n o u n o fue o c u p a d o n u n c a p o r los m u s u l m a n e s , a pesar d e haberse e x t e n d i d o éstos p o r t o d a l a P e n í n s u l a , c o m o e s b i e n s a b i d o . [ B e r n a l , José, Tradiciones..., págs. 179-180.]

2 7 1 . E L D E S T I E R R O D E L O B I S P O S A N RAMÓN (SIGLO XII. BARBASTRO)

Las p u g n a s entre los o b i s p o s E s t e b a n , de H u e s c a , y R a m ó n , de Barbastro, e r a n constantes, f u n d a m e n t a l m e n t e p o r cuestiones t e r r i t o r i a l e s y de d e l i m i t a c i o n e s j u r i s d i c c i o n a l e s , pues hay q u e t e n e r e n c u e n t a q u e a m b o s o b i s p a d o s s e estaban c o n s t r u y e n d o a l p r o p i o r i t m o q u e i m p o n í a e l p r o c e s o reconquistador. E l o b i s p o oséense r e c l a m a b a a l b a r b a s U e n s c n o sólo l a i m p o r t a n t e p o blación d e Alquézar s i n o t a m b i é n l a z o n a q u e d e l i m i t a n e l C i n c a y e l A l c a n a d r e , y, c o n la a q u i e s c e n c i a o al m e n o s el dejar h a c e r de A l f o n s o I el B a tallador, logró f o m e n t a r y a l i m e n t a r el d e s c o n t e n t o entre la n o b l e z a barbastrense c o n t r a s u o b i s p o R a m ó n . C o m p l e t a m e n t e c o n v e n c i d o d e q u e l e asistía l a razón, d e c i d i ó R a m ó n acudir personalmente a R o m a en busca del apoyo pontificio, regresando en 1 1 1 6 c o n d o c u m e n t o s fehacientes d e sus d e r e c h o s . P e r o E s t e b a n , c o n e l a p o y o a h o r a a b i e r t o y d e c l a r a d o d e l rey, i n c l u s o llegó a desalojar al barbastrense d e s u p r o p i a casa, d e m o d o q u e tuvo q u e salir h u y e n d o d e l a c i u d a d de B a r b a s t r o d o n d e estaba su sede. H a s t a aquí los datos s o n r i g u r o s a m e n t e históricos, p e r o a p a r t i r de ellos c o m i e n z a la l e y e n d a . E n s u p r e c i p i t a d a h u i d a , san R a m ó n p e r n o c t ó e n l a l o c a l i d a d d e A g u i l a n i u y h o n o r semejante r e c l a m a n varios p u e b l o s d e l a c o m a r c a , e n t r e ellos P a n i l l o , c e r c a n o a G r a u s , d o n d e algún t i e m p o después d e h a b e r pasado p o r allí el o b i s p o f u g i t i v o se repartían c o m o auténticas r e l i q u i a s p e q u e ñ o s fragm e n t o s de las sábanas e n t r e las q u e durmié) el o b i s p o d e s t e r r a d o . En C a p e l l a , todos sus habitantes sin e x c e p c i ó n , sin p o d e r d a r c r é d i t o a l o q u e estaba s u c e d i e n d o sin e x p l i c a c i ó n p l a u s i b l e , c r e y e r o n oír c ó m o las c a m p a n a s r e p i c a b a n solas a n u n c i a n d o la p r e s e n c i a y c e r c a n í a d e l o b i s p o y, c u a n d o s a l i e r o n a r e c i b i r l e e n e l c a m i n o , l e h a l l a r o n sentado e n u n a r o c a q u e d u r a n t e siglos fue v e n e r a d a c o m o s i s e tratara d e u n l u g a r sagrado. 289


P o r t e n t o s y m i l a g r o s diversos, m u c h o s d e ellos a d o r n a d o s p o r l a leyend a , h i c i e r o n q u e e l o b i s p o R a m ó n a l c a n z a r a p r o n t o n o sólo f a m a u n i v e r s a l s i n o t a m b i é n l a s a n t i d a d , q u e l e fue r e c o n o c i d a p o r R o m a . [Iglesias C o s t a , M a n u e l , Roda de. Isábena, p á g s . 123-124.]

272. S A N R A M Ó N C U R A A U N A J O V E N D E S A H U C I A D A ( S I G L O XII. R O D A D E ISÁBENA)

E l o b i s p o R a m ó n d e B a r b a s t r o , r e c o n f o r t a d o p o r e l c a r i ñ o d e los r o t e n ses, acababa d e m o r i r e n o l o r d e s a n t i d a d e n e l f o r z a d o e x i l i o d e R o d a d e I s á b e n a , d o n d e le h a b í a n l l e v a d o tanto la a m b i c i ó n d e s m e s u r a d a y sin límites d e l o b i s p o E s t e b a n d e H u e s c a c o m o l a c o n n i v e n c i a c o n éste d e l p r o p i o rey d e A r a g ó n , d o n A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r , q u i e n a l c a b o d e l t i e m p o acabaría arrepintiéndose finalmente p o r ello. U n o s meses después d e f a l l e c e r e l o b i s p o , sucedió q u e , e n e l m i s m o p u e b l o d e R o d a d e I s á b e n a , u n a m u c h a c h a d e l a l o c a l i d a d e n f e r m ó gravem e n t e d e calenturas. T r a n s c u r r i ó e l t i e m p o l e n t a m e n t e sin q u e s i n t i e r a m e j o r í a a l g u n a , a pesar de los d e n o d a d o s esfuerzos h e c h o s p o r los m é d i c o s , e i n c l u s o p o r a l g u n o s c u r a n d e r o s , p o r sanarla. Lo cierto es que la madre —y c o n ella toda la f a m i l i a — desesperaba ya de la c u r a c i ó n de su hija r e s o l v i e n d o a p e l a r p o r fin a los a u x i l i o s d e l c i e l o , b u s c a n d o p a r a e l l o la i n t e r c e s i ó n de san R a m ó n a q u i e n h a b í a c o n o c i d o y admirado. Así es q u e la a p e s a d u m b r a d a m a d r e se sentó a la c a b e c e r a de la c a m a de la m u c h a c h a y le h i z o ver la e x t r e m a g r a v e d a d de la situación y, p o r lo tanto, l a n e c e s i d a d d e c o n f i a r e n e l santo o b i s p o , d e m o d o q u e c a r i ñ o s a m e n t e l e d i j o : « A c u e r d ó m e , h i j a mía, d e l a v i d a tan santa q u e h a c í a a q u e l b e n d i t o p r e l a d o san R a m ó n , q u e h a p o c o s días h a n s e p u l t a d o e n R o d a , e l c u a l , a u n q u e h a m u e r t o t e m p o r a l m e n t e , vive e n l a Iglesia p a r a s i e m p r e . Y o c r e o y c o n f í o , h i j a m í a , q u e si a él te e n c o m e n d a r a s , y en sus m e r e c i m i e n t o s y sant i d a d tuvieses firme esperanza, alcanzarías la salud». D e m o m e n t o , l a a t r i b u l a d a hija n o d i j o a b s o l u t a m e n t e n a d a , p e r o a l cabo de u n o s instantes d e c i d i ó seguir el consejo de su m a d r e , así es q u e i n vocó c o n m u c h a d e v o c i ó n l a intercesión d e l santo ante e l c i e l o . L o c i e r t o e s q u e a q u e l l o n o resultó e n v a n o , p o r q u e p r o n t o expulsó d e s u c u e r p o todos los h u m o r e s s u p e r f l u o s q u e tenía d e n t r o , d e m a n e r a q u e c u r ó las c a l e n t u ras q u e la t e n í a n p o s t r a d a y q u e d ó t o t a l m e n t e sana. A g r a d e c i d a s a san R a m ó n m a d r e e hija, f u e r o n a visitar la t u m b a d e l sant o p a r a d a r l e las gracias p o r l a especial m e r c e d q u e les h a b í a d i s p e n s a d o . [ L ó p e z N o v o a , S., Historia ... de Barbastro, p á g s . 99-100.]

290


273. S A N R A M Ó N L I B E R A A D O S S O L D A D O S (STGI.O X I I . R O D A D E ISÁBF.NA)

R a m ó n G u i l l e r m o , e l f u t u r o san R a m ó n , a c c e d i ó a l o b i s p a d o d e Barbastro s i e n d o rey de A r a g ó n P e d r o I, y es s a b i d o q u e a m b o s c o n g e n i a b a n p e r f e c t a m e n t e , p e r o l a m u e r t e d e l rey s u p u s o u n d u r o g o l p e p a r a aquél, m á x i m e c u a n d o A l f o n s o I el B a t a l l a d o r , p o r su c a r á c t e r activo y avasallador, s e e n t e n d i ó m u c h o m e j o r c o n E s t e b a n , o b i s p o d e H u e s c a , a l q u e apoyó e n sus r e i v i n d i c a c i o n e s c o n t r a el barbastrense. L o c i e r t o e s q u e e l f r a n c é s san R a m ó n tuvo q u e h u i r d e B a r b a s t r o y refugiarse e n R o d a d e I s á b e n a , d o n d e m o r i r í a e n e l e x i l i o . P e r o s u f a m a trasc e n d i ó a s u m u e r t e , s i e n d o c o n s i d e r a d o c o m o santo p o r sus c o n t e m p o r á neos, de m a n e r a q u e se le a d j u d i c a n varios l e g e n d a r i o s m i l a g r o s q u e le sirvieron para acceder a la santidad oficialmente. E n c i e r t a o c a s i ó n , dos s o l d a d o s cristianos estaban cautivos d e los m o r o s e n tierras d e C a s t i l l a . Sufrían u n severo e n c a r c e l a m i e n t o e n u n a m a z m o r r a l ó b r e g a , c o n u n a escasa p i t a n z a e l día, e n c o n d i c i o n e s sanitarias d e l e z n a b l e s y c a r g a d o s de g r i l l e t e s q u e les sujetaban a la p a r e d . L a s p o s i b i l i d a d e s de e s c a p a r p o r sus p r o p i o s m e d i o s d e a q u e l l a p r i s i ó n e r a n p r á c t i c a m e n t e n u l a s y las de r e c i b i r a y u d a , n i n g u n a . En la última c o n t i e n d a e n t r e castellanos y aragoneses, en la q u e estuv i e r o n presentes, d e b i e r o n t e n e r c o n o c i m i e n t o d e l a f a m a d e s a n t i d a d q u e a d o r n a b a a l e x o b i s p o d e B a r b a s t r o , R a m ó n , y a f a l l e c i d o , y d e los m u c h o s m i l a g r o s q u e solía h a c e r D i o s e n b e n e f i c i o d e sus devotos, d e m o d o q u e dec i d i e r o n invocarle c o n gran esperanza. A q u e l día, c u a n d o i n t u y e r o n q u e h a b í a caído l a n o c h e , pues desde s u mazm o r r a n o tenían n o c i ó n d e l transcurso d e l t i e m p o , o r a r o n piadosamente pon i e n d o sus pensamientos en el santo o b i s p o rotense. I n m e d i a t a m e n t e se les cayeron los grilletes y las cadenas y se a b r i e r o n de par en p a r las puertas de la prisión, d e m o d o q u e p u d i e r o n escapar amparados e n l a o s c u r i d a d reinante. S i n d u d a r l o , s e d i r i g i e r o n a l r e i n o d e A r a g ó n c a m i n o d e R o d a d e Isáben a , d o n d e s e p o s t r a r o n ante l a t u m b a d e l santo, d a n d o t e s t i m o n i o a t o d o e l m u n d o d e l m i l a g r o s o a c o n t e c i m i e n t o y d e j a n d o c o l g a d o s e n u n a p a r e d cerc a n a las cadenas y los grilletes q u e les habían t e n i d o p r i s i o n e r o s . [ L ó p e z N o v o a , S., Historia... ele. Barbastro, p á g . 100.]

274. S A N L I C E R Q U I S O R E P O S A R DEFINITIVAMENTE EN ZUERA ( S I G L O XIII. Z U E R A )

M u c h o s escritores y hagiógrafos h a n d e f e n d i d o q u e L i c e r , t a m b i é n con o c i d o c o m o L i c e r i o , h a b í a n a c i d o e n e l p u e b l o d e Z u e r a e n e l a ñ o 468, 291


d e s a r r o l l a n d o l a casi t o t a l i d a d d e s u vocación r e l i g i o s a a l o t r o l a d o d e los P i r i n e o s c o m o o s t i a r i o , s u b d i á c o n o , d i á c o n o , sacerdote ( 5 0 0 ) v o b i s p o , e n este caso de C o n s e r a n s ( 5 0 4 ) , c u a n d o c o n t a b a t r e i n t a y seis a ñ o s de e d a d . S e especializó f u n d a m e n t a l m e n t e e n l a l u c h a c o n t r a l a h e r e j í a a r r i a n a , act u a n d o casi c o n e x c l u s i v i d a d e n e l a c t u a l sur d e F r a n c i a , f a l l e c i e n d o e n l a c i u d a d d e T a r b e s ( 5 4 8 ) , tras h a b e r v i v i d o o c h e n t a a ñ o s . De todos s o n b i e n c o n o c i d a s las constantes y múltiples r e l a c i o n e s existentes desde s i e m p r e entre e l m e d i o d í a f r a n c é s ( R e a r n , C o m m i n g e s ) y A r a g ó n , e s p e c i a l m e n t e d u r a n t e t o d a l a E d a d M e d i a , d e tal m o d o q u e , b u e n a parte de las a c c i o n e s r e c o n q u i s t a d o r a s de los reyes aragoneses c o n t a r o n c o n l a a y u d a d e caballeros franceses, c o m o e n los casos d e H u e s c a , Barbastro o Z a r a g o z a , p o r sólo citar a l g u n o s . C u a n d o e n e l a ñ o 1 2 1 2 , P e d r o II, rey d e A r a g ó n , d e c i d i ó p a r t i c i p a r e n l a e m p r e s a c o m ú n c r i s t i a n a q u e c o n d u j o a l a v i c t o r i o s a b a t a l l a d e las N a vas de T o l o s a f r e n t e a los m u s u l m a n e s , se i n c o r p o r a r o n a las Filas d e l ejérc i t o a r a g o n é s varios c a b a l l e r o s franceses, q u i e n e s , c o m o s i d e u n talismán se tratara, p o r t a b a n varias r e l i q u i a s p e r t e n e c i e n t e s a L i c e r , c o n s i d e r a d o santo. C u a n d o los c o m p o n e n t e s d e l a h u e s t e f r a n c e s a s e e n c a m i n a b a n h a c i a Z a r a g o z a p a r a i n c o r p o r a r s e a l resto d e los g u e r r e r o s d e l e j é r c i t o d e P e d r o II, a l atravesar e l r í o G a l l e g o y p a s a r p o r las calles d e Z u e r a , a b s o l u t a m e n t e todas las c a m p a n a s d e l a v i l l a c o m e n z a r o n a r e p i c a r s i n q u e n a d i e las m o v i e r a . A n t e tal p r o d i g i o , el p u e b l o e n t e r o se c o n g r e g ó en t o r n o a los g u e r r e ros franceses y l o g r a r o n q u e éstos h i c i e r a n e n t r e g a a los zufarienses de las r e l i q u i a s q u e l l e v a b a n d e san L i c e r , d e c l a r a n d o u n á n i m e m e n t e q u e e n adelante sería c o n s i d e r a d o c o m o p a t r ó n d e l a v i l l a e n l a q u e h a b í a n a c i d o e n el siglo V. [Rincón, W. y Romero, A . , lco-nogmfin... I, pág. 98.]

275. SANTO D O M I N G O PREDICA L A DEVOCIÓN D E L R O S A R I O ( S I G L O XIII. Z A R A G O Z A )

L a l l e g a d a a Z a r a g o z a , e n 1 2 1 9 , d e l fraile p r e d i c a d o r D o m i n g o fue t o d o u n a c o n t e c i m i e n t o . C o i n c i d i ó ésta c o n l a f u n d a c i ó n d e l c o n v e n t o d e P r e dicadores en el lugar que ocupaba la ermita de Nuestra Señora del Olivar, y m u y p r o n t o c o m p r o b a r o n los z a r a g o z a n o s q u e la f a m a q u e le p r e c e d i ó estaba j u s t i f i c a d a , d e m o d o q u e l l e n a r o n todos los días l a iglesia d e l n u e v o c o n v e n t o p a r a oírle p r e d i c a r . 292


E n c i e r t a ocasión, los z a r a g o z a n o s q u e d a r o n a d m i r a d o s p o r e l p o d e r d e persuasión d e l fraile D o m i n g o , capaz d e e n d e r e z a r l a v i d a d e P e d r o , u n convecino importante, c o n o c i d o p o r su m a l d a d y su disipada vida, al que su p r o p i a m u j e r y c r i a d o s r e h u í a n a t e m o r i z a d o s . C o i n c i d i ó q u e e l tal P e d r o , movido por la curiosidad, entró en el templo cuando predicaba D o m i n g o . I b a d i s p u e s t o a e n f r e n t a r s e a él. En a q u e l instante, el o r a d o r estaba p r o n u n c i a n d o la frase evangélica de q u e «quien hace p e c a d o , s i e r v o es d e l pec a d o » . L o s f i e l e s t e m í a n c u a l q u i e r cosa d e a q u e l d e p r a v a d o . D o n P e d r o r a z o n a b a i n t e r n a m e n t e sobre s u falta d e r e m e d i o y estaba d i s p u e s t o a seguir g o z a n d o de sus vicios. N a d a más p e n e t r a r en el t e m p l o , D o m i n g o adivinó las t r i b u l a c i o n e s de a q u e l h o m b r e y, f i j a n d o su m i r a d a en e l r e c i é n e n t r a d o , e n d e r e z ó los a r g u m e n t o s d e l sermém h a c i a él. L a tensión e n t r e los f i e l e s e r a e n o r m e , p e r o a f o r t u n a d a m e n t e n o o c u r r i ó n a d a . E l cas o e s q u e clon P e d r o volvió u n día y o t r o , hasta q u e D o m i n g o — s i n h a b e r m e d i a d o p a l a b r a d i r e c t a m e n t e c o n a q u e l p e c a d o r — le envió a través defray B e r n a r d o u n a s cuentas d e l R o s a r i o d e N u e s t r a S e ñ o r a , r o g á n d o l e q u e usase a q u e l r e m e d i o antes q u e D i o s ejecutase en él los r i g u r o s o s castigos q u e usó c o n D a t a n y A b i r ó n . P o r f i n , u n a m a ñ a n a P e d r o a c c e d i ó a h a b l a r d i r e c t a m e n t e c o n e l fraileD o m i n g o . L a p u g n a h a b í a t e r m i n a d o y e l h o m b r e pidió confesarse. E r a n tantos los p e c a d o s q u e expiar, q u e n o sabía e l p r e d i c a d o r q u é p e n i t e n c i a i m p o n e r l e , decidiéndose p o r q u e rezara diariamente el Rosario, lo que h i zo de m a n e r a p ú b l i c a p a r a d a r satisfacción a los escandalizados p o r sus púb l i c o s p e c a d o s , a c o n s e j á n d o l e q u e s e inscribiese e n l a r e c i é n c r e a d a C o f r a día d e l R o s a r i o . L a f a m a d e l p r e d i c a d o r D o m i n g o s e a c r e c e n t ó y e l rezo d e l r o s a r i o se g e n e r a l i z ó en Z a r a g o z a y Aragón [Faci, Roque A . , Aragón..., i, págs. 29-31. |

276. S A N 1 0 D O M I N G O I N T E R C E D E POR LA NOBLE ALEJANDRA ( S I G L O XIII. Z A R A G O Z A )

C o m o e s s a b i d o , santo D o m i n g o h a b í a estado e n Z a r a g o z a p a r a p r e d i car y d i f u n d i r el r e z o d e l r o s a r i o y, antes de m a r c h a r s e , h a b í a f u n d a n d o u n a c o f r a d í a a la q u e se a p r o x i m ó y afilié) la n o b l e d a m a A l e j a n d r a , p r o t a g o n i s t a d e u n a h i s t o r i a l e g e n d a r i a . O c u r r i ó q u e l a b e l l e z a d e esta d a m a p r o v o c ó los r e q u e r i m i e n t o s a m o r o s o s d e dos j ó v e n e s z a r a g o z a n o s q u e dec i d i e r o n solventar sus d i f e r e n c i a s r e s p e c t o a la m u j e r en d u e l o a m u e r t e , de m o d o que el superviviente tendría el c a m i n o expedito. El desenlace, sin e m b a r g o , fue m u y d i s t i n t o a l e s p e r a d o , pues a c a b a r o n m u r i e n d o a m bos c o n t e n d i e n t e s . 293


L o s padres d e los dos j ó v e n e s , c o n o c e d o r e s d e q u e A l e j a n d r a h a b í a s i d o l a causante d e l a desgracia, d e c i d i e r o n vengarse, d e m o d o q u e a l l a n a r o n s u casa y, e n c o n t r á n d o l a sola, le q u i t a r o n la v i d a a p u ñ a l a d a s , no sin antes negarle l a p o s i b i l i d a d d e confesarse c o m o les s u p l i c a b a c o n sollozos l a joven muchacha. U n a vez p e r p e t r a d o e l asesinato, e l p a d r e d e u n o d e los m u c h a c h o s c o r tó la cabeza d e l cuerpo de A l e j a n d r a , y la arrojó al f o n d o d e l pozo de la prop i a casa. M a s c o m o l a joven a l verse atacada h a b í a i n v o c a d o f e r v o r o s a m e n te a N u e s t r a S e ñ o r a d e l R o s a r i o , ésta l o g r ó q u e su a l m a no escapase de la cabeza c o r t a d a hasta t e n e r l a p o s i b i l i d a d d e confesarse. A d v e r t i d o santo D o m i n g o d e l o q u e h a b í a s u c e d i d o , y p u e s t o q u e c o n o cía a la joven desde su p r i m e r a estancia en Z a r a g o z a , a p r o v e c h ó su regreso a esta c i u d a d — e r a el a ñ o 1 2 0 0 — y a c e r c á n d o s e al p o z o c o m e n z ó a l l a m a r a A l e j a n d r a . L a cabeza, c o n e l a p o y o d e u n g r u p o d e á n g e l e s , c o m e n z ó a s u b i r p o c o a p o c o hasta ser c o l o c a d a e n e l b r o c a l d e l p o z o . U n a vez allí, santo D o m i n g o la confesó. Pasados dos días, d u r a n t e los cuales varios c o f r a d e s se t u r n a r o n p a r a rezar el r o s a r i o j u n t o al cadáver de A l e j a n d r a , el a l m a de la m u c h a c h a se sep a r ó a l f i n d e s u cabeza, q u e f u e e n t e r r a d a c o n e l resto d e l c u e r p o . D e s p u é s d e t o d o l o s u c e d i d o , santo D o m i n g o l o g r ó a u m e n t a r e n Z a r a g o z a los p r o sélitos defensores d e l r e z o d e l r o s a r i o y , p a r a p e r p e t u a r los a c o n t e c i m i e n t o s acaecidos, levantó u n altar a N u e s t r a S e ñ o r a d e l R o s a r i o . [Faci, R o q u e A . , Aragón..., I, págs. 301-302.]

277. S A N T O D O M I N G O AMAMANTADO P O R UNA VACA (SIGLOS xm-xrv. L O B E R A DE O N S E L I A )

H a l l á n d o s e u n b o y e r o — c o m o solía h a c e r t o d o s l o s i n v i e r n o s d e s d e hacía muchos a ñ o s — apacentando su vacada en términos del monte de E j e a , o b s e r v ó q u e u n a d e las reses s e s e p a r a b a d e l resto d e l a m a n a d a todas las tardes p a r a r e g r e s a r e n s o l i t a r i o b i e n e n t r a d a y a l a n o c h e . A q u e l l a r e i t e r a t i v a a c t i t u d l e m o v i ó l a c u r i o s i d a d , así e s q u e u n d í a e l z a g a l determinó seguir a cierta distancia al a n i m a l , para lo cual le colocó p r e v i a m e n t e u n a e s q u i l a d e f o r m a q u e l e r e s u l t a r a m á s fácil t e n e r l a l o calizada. A q u e l l a tarde se volvió a r e p e t i r la ausencia: la vaca se separó de las d e m á s y el pastor la siguió d u r a n t e más de u n a h o r a , hasta q u e llegó a las i n m e d i a c i o n e s d e l a actual e r m i t a d e d i c a d a a santo D o m i n g o , p o r a q u e l entonces inexistente.

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E l v a q u e r o estaba a g o t a d o a causa d e l a c a m i n a t a y p o r l a sed, m a l d i c i e n d o a l a vaca. P e r o ésta, ante l a r e a c c i ó n d e e n f a d o d e s u c u i d a d o r , h i z o u n m o v i m i e n t o d e c a b e z a y clavó u n c u e r n o e n l a t i e r r a . L a s o r p r e s a d e l m u c h a c h o f u e e n o r m e c u a n d o a l r e t i r a r e l testuz e l a n i m a l m a n ó a g u a clar a d e u n a c o p i o s a f u e n t e , e n l a q u e p u d o saciar s u sed. T r a n s c u r r i d o u n rato, y u n a vez r e c u p e r a d o e l pastor d e l c a n s a n c i o , d e l a sed y d e l a s o m b r o p o r l a e x p e r i e n c i a v i v i d a , l a vaca r e e m p r e n d i ó e l cam i n o hasta l l e g a r a u n a c u e v a . Se a d e n t r ó la bestia en e l l a y cuál no sería la s o r p r e s a d e l pastor q u e i b a detrás c u a n d o s e e n c o n t r ó c o n u n n i ñ o q u e p a r e c í a esperar a l a n i m a l , q u e l o amamanté) s o l í c i t a m e n t e . A q u e l p e q u e ñ o n o e r a o t r o q u e e l m i s m o santo D o m i n g o . C u a n d o e l p e q u e ñ o q u e d ó saciado d e l e c h e , e l v a q u e r o y e l a n i m a l h i c i e r o n e l c a m i n o d e v u e l t a p a r a r e e n c o n t r a r s e c o n e l resto d e l a vacada. E l pastor n o d e j a b a d e a d m i r a r a l a vaca q u e c a m i n a b a p a u s a d a m e n t e . N a t u r a l m e n t e , el v a q u e r o n a r r ó lo s u c e d i d o en L o b e r a y se movilizó todo el p u e b l o , d e c i d i e n d o construir u n a e r m i t a y se puso el n o m b r e de Sant o D o m i n g o a l a m o n t a ñ a q u e a l b e r g a l a cueva. E n a d e l a n t e , p o r estas tierras se r e p r e s e n t a r í a al santo c o n unas gotas de l e c h e en la b a r b a . [Proporcionada por Antonio Garza Velilla.]

278. S A N R O Q U E , EN EL HOSPITAL DE VALDEALGOREA (SIGLO XIV. VAI.DEAIXJORFA)

C o m o e n u n a b u e n a p a r t e d e nuestros p u e b l o s , e l d e V a l d e a l g o r f a p o seía su p r o p i o h o s p i t a l , q u e en este caso estaba al c a r g o d e l m u n i c i p i o , y se m a n t e n í a gracias a las rentas q u e p r o d u c í a n a l g u n o s c a m p o s y h e r e d a d e s d o n a d o s p i a d o s a y a l t r u i s t a m e n t e p o r sus habitantes. N o e r a m u y g r a n d e e l e d i f i c i o , p e r o s í s u f i c i e n t e y estaba a d o s a d o a l a p e q u e ñ a e r m i t a q u e e l p u e b l o h a b í a p u e s t o bajo l a advocación d e san R o q u e . En sus d e p e n d e n c i a s no sólo se a c o g í a y a t e n d í a a los habitantes de la v i l l a , c o m o es n a t u r a l , s i n o q u e t a m b i é n se a m p a r a b a a c u a n t o s c a m i n a n t e s y p e r e g r i n o s n e c e s i t a r a n de c u i d a d o s . La tradición e x t e n d i d a en V a l d e a l g o r f a y en toda la c o m a r c a asegura q u e e l p r o p i o R o q u e , c o m o v i a n d a n t e a s i d u o q u e e r a y antes d e f a l l e c e r e n e l a ñ o 1327, visitó y h o n r ó c o n s u p r e s e n c i a este m o d e s t o c e n t r o hospitalario. D a d a la f a m a q u e alcanzó p o r su dedicacicin a los menesterosos — t a n t a q u e el p r o p i o p u e b l o presionó a las autoridades eclesiásticas p a r a su c a n o n i zación—, se g u a r d a r o n , c o m o si de auténticos tesoros se tratara, el p o y o en 295

Agustín llbieto Arteta

e l q u e , según los nativos, descansó d e l a fatiga d e l c a m i n o , l a v e n t a n a p o r l a q u e se asomó y apoyó, y la estaca en la q u e colgó sus alforjas de v i a n d a n t e . [Pardo, Salvador, Apuntes históricos de Valdealgofa..., pág. 61.]

279. L O S P R E D I C A D O R E S G R E G O R I O Y D O M I N G O , E N BESIÁNS ( S I G L O X I V . BESIÁNS)

E n t r e los a ñ o s 1300 y 1348, a ñ o s r e p l e t o s de d i f i c u l t a d e s , f u e r o n a m i s i o n a r p o r tierras r i b a g o r z a n a s los beatos G r e g o r i o y D o m i n g o , a m b o s d e l a O r d e n de P r e d i c a d o r e s . Sus c o n o c i m i e n t o s y su c e l o , puestos de m a n i f i e s t o e n f e r v o r o s o s s e r m o n e s , f u e r o n m u y a p r e c i a d o s p o r los habitantes d e estas altas tierras, q u e e n c o n t r a b a n en ellos sosiego. Salieron u n a tarde ambos de Besiáns, d o n d e habían p r e d i c a d o y c o n fesado a sus v e c i n o s e l d í a a n t e r i o r , c a m i n o d e u n p u e b l o c e r c a n o , c u a n d o s e d e s a t ó u n a t e r r i b l e t e m p e s t a d , l o q u e les o b l i g ó a g u a r e c e r s e e n l a c a v i d a d d e u n a p e ñ a ( h o y l l a m a d a d e San C l e m e n t e ) , e n e l t é r m i n o d e P e r a r r ú a . Quizás p o r los efectos d e u n r a y o , a m b o s r e l i g i o s o s m u r i e r o n e n la soledad. C u a n d o a m a i n ó e l t e m p o r a l , c o m e n z a r o n a tañer, s i n q u e i m p u l s o h u m a n o las v o l t e a r a , las c a m p a n a s de Besiáns, P e r a r r ú a y la P u e b l a de F a n t o va. T a n e x t r a o r d i n a r i o suceso l l e n ó de a d m i r a c i ó n a aquellas gentes, q u e no acertaban a explicarse qué ocurría. Salieron de la d u d a c u a n d o un vecino d e F a n t o v a , q u e pasó tras l a t o r m e n t a p o r u n b a r r a n c o c e r c a n o a l a p e ñ a d e San C l e m e n t e , p e r c i b i e n d o u n a e s p e c i a l f r a g a n c i a , siguió s u rastro hast a d a r c o n los c u e r p o s s i n v i d a d e los religiosos. Tras d a r el aviso a los tres p u e b l o s , m i e n t r a s las c a m p a n a s seguían tañ e n d o , f u e r o n todos e n p r o c e s i ó n a l l u g a r p a r a llevarse los c u e r p o s sin v i d a a sus respectivos p u e b l o s . Se e n t a b l ó u n a l a r g a d i s p u t a sobre d ó n d e irían a p a r a r y , c o m o n o h a b í a a c u e r d o , d e t e r m i n a r o n cargarlos sobre sendas ínulas y q u e f u e r a n ellas q u i e n e s , sin guía a l g u n a , d e t e r m i n a r a n el lugar. F u e r o n los m u l o s h a c i a P e r a r r ú a y d i e r o n v u e l t a p o r todas sus calles sin d e t e n e r s e en n i n g u n a ; d e j a r o n este l u g a r y, d i r i g i é n d o s e a Besiáns, subier o n la l a r g a y e m p i n a d a cuesta, p a r a ir a p a r a r a la iglesia, ante la q u e se a r r o d i l l a r o n , a la vez q u e , de m a n e r a r e p e n t i n a , se les s a l t a r o n los ojos y q u e d a r o n inmóviles. S i n d u d a , a q u e l l a e r a señal i n e q u í v o c a d e q u e e r a allí d o n d e e l c i e l o q u e r í a q u e f u e r a n sepultados, c o m o así s e h i z o . D e s d e ese m o m e n t o , a m b o s p r e d i c a d o r e s , b e a t i f i c a d o s m u c h o s siglos después, f u e r o n v e n e r a d o s p o r todos los p u e b l o s d e l a c o m a r c a . [López Novoa, Saturnino, Historia de la... ciudad de Darbastro, págs. 228-231.] 296

I «yendas para una historia paralela del Aragón medieval

280. V I C E N T E F E R R E R , P R E D I C A D O R E N M O R A D E R U B I E L O S (SIGLO X V . M O R A DE RUBIELOS)

T o d o e l m u n d o sabe e n M o r a d e R u b i e l o s y s u c o m a r c a c ó m o , a com i e n z o s d e l siglo x v , e l f a m o s o d o m i n i c o v a l e n c i a n o — c u y a o p i n i ó n t a n t o pesara e n l a solución d a d a e n C a s p e tras l a m u e r t e d e Martín e l H u m a n o — , visitó l a v i l l a , e n l a q u e f u e r e c i b i d o c o n e n o r m e s muestras d e e n t u s i a s m o y alegría p o r t o d o e l v e c i n d a r i o . A u n q u e todos q u e r í a n t e n e r l e e n s u casas, se decidió al final alojarlo en la mejor posada de la localidad, u n a h e r m o s a m a n s i ó n gótica, d e l a m i s m a f a c t u r a q u e e l t e m p l o p a r r o q u i a l . A u n q u e sólo se e n c o n t r a b a de paso, ante la s o l i c i t u d de los vecinos — q u e d e s e a b a n e s c u c h a r l a p a l a b r a e l o c u e n t e y sabia d e q u i e n y a e r a c o n s i d e r a d o c o m o u n v e r d a d e r o santo e n v i d a — a c c e d i ó V i c e n t e F e r r e r a c o m p l a c e r l e s y , d e s d e u n a d e las ventanas d e l a p o s a d a , c o n v e r t i d a e n i m p r o v i s a d o pulpito, se dirigió a todos en u n a e n c e n d i d a y f e r v o r o s a plática que j a m á s podrían olvidar. E n m e d i o d e s u a r r e b a t a d o d i s c u r s o , a c o n s e c u e n c i a d e l a c o n s t a n t e agitación de sus brazos, cayó a la c a l l e el p a ñ u e l o q u e el o r a d o r llevaba en la m a n o . A l a d v e r t i r l o l a gente, s e p r e c i p i t ó a c o g e r l o , p e r o n o c o n i n t e n c i ó n de devolvérselo a su d u e ñ o , s i n o p a r a c o n s e r v a r l o c o m o r e c u e r d o y testim o n i o de tan i m p o r t a n t e visita y visitante. D a d o e l t r o p e l d e oyentes, pues l a calle estaba t o t a l m e n t e a b a r r o t a d a , no se s u p o q u i é n o q u i é n e s lo h a b í a n c o g i d o y g u a r d a d o , mas t r a n s c u r r i d o s a l g u n o s días, y u n a vez q u e e l p r e d i c a d o r v a l e n c i a n o h a b í a a b a n d o n a d o M o r a , a p a r e c i ó e l p a ñ u e l o d e p o s i t a d o a l p i e d e l altar m a y o r d e l a iglesia colegiata, sin saber q u i é n l o h a b í a d e j a d o . C o m u n i c ó el sacerdote el h e c h o a e n u n a a r q u e t a c o n s t r u i d a a l efecto, t u m b r e e n a q u e l l a é p o c a g u a r d a r los h o m b r e c o n s i d e r a d o c o m o santo, sin

sus feligreses y a c o r d a r o n c u s t o d i a r l o c e r r a d a c o n tres llaves, c o m o era cosauténticos tesoros, y e l p a ñ u e l o d e u n d u d a l o era.

[Recogida oralmente.]

281. L A E N D E M O N I A D A D E P I E D R A (SIGLO X V . PIEDRA)

M u c h o s d e los p u e b l o s p o r los q u e pasó V i c e n t e F e r r e r e n sus giras evang e l i z a d o r a s están p l a g a d o s d e m t i l t i p l e s r e c u e r d o s materiales suyos. U n p a ñ u e l o , u n a c a p a , u n a s m e d i a s , u n s o m b r e r o o u n b o n e t e los hay g u a r d a d o s e n m u c h o s sitios. E r a tal s u f a m a q u e , e n c u a n t o s e d e s c u i d a b a e l santo, alg u i e n h a c í a d e s a p a r e c e r a l g u n a p e r t e n e n c i a suya p a r a c o n s e r v a r l a c u i d a d o s a m e n t e c o m o r e c u e r d o d e l a ocasión y d e l h o m b r e . E n e l m o n a s t e r i o d e 297


P i e d r a , p o r e j e m p l o , q u e d a r o n c o m o t e s t i m o n i o d e l a estancia d e l f r a i l e d o m i n i c o un bonete milagroso y un par de medias de lana, c o m o recuerdo y consecuencia de un curioso y portentoso hecho. E n efecto, s e h a l l a b a V i c e n t e F e r r e r d e paso e n e l c o n v e n t o cisterciense d e P i e d r a c u a n d o l e p u s i e r o n ante s u p r e s e n c i a a u n a p o b r e s e ñ o r a poseída p o r los d e m o n i o s , a l a q u e habían traído d e u n p u e b l o c e r c a n o c o n l a p r e tensión d e q u e l a l i b e r a r a d e l m a l , tan c o r r i e n t e e n aquellos t i e m p o s , c o m o les constaba q u e h a b í a h e c h o e n otros m u c h o s casos semejantes. H a b l a r o n a solas el fraile y la d e s d i c h a d a y a t r i b u l a d a mujer, q u i e n le refirió c o n t o d o t i p o de detalles q u e le a t o r m e n t a b a n p e r m a n e n t e m e n t e las almas d e l rey d o n Pedro, de un caballero que no alcanzaba a describir y de un médico. S e t o m ó san V i c e n t e u n t i e m p o p a r a m e d i t a r a c e r c a d e l difícil caso q u e le a c a b a b a n de e x p o n e r , pues no todos e r a n de i g u a l n a t u r a l e z a , y c r e y ó ten e r l a solución p r e c i s a p a r a r e s o l v e r l o . C u a n d o estuvo s e g u r o d e los pasos a dar, tomé> su p r o p i o b o n e t e y se lo p u s o a la e n d e m o n i a d a en la c a b e z a y l a vez q u e l e c a l z a b a t a m b i é n sus m e d i a s d e l a n a . A p e n a s h a b í a n t r a n s c u r r i d o u n o s m i n u t o s c u a n d o e l d e m o n i o l i b e r ó a l a m u j e r , s a l i e n d o cor r i e n d o a l a vez. q u e g r i t a b a : « ¡ O h , V i c e n t i l l o , c ó m o m e abrasan tus m e d i a s y bonetillo!». S e p u e d e i m a g i n a r l a a l e g r í a d e l a m u j e r c u r a d a y l a d e sus f a m i l i a r e s y a m i g o s . O y e r o n t o d o s M i s a y r e z a r o n a n t e l a i m a g e n d e l a V i r g e n e n acc i ó n d e gracias. L a f i e s t a y l a c e l e b r a c i ó n d e l a c o n t e c i m i e n t o h i c i e r o n q u e t o d o s s e o l v i d a r a n p a s a j e r a m e n t e d e l b o n e t e y d e las m e d i a s , p e r o c u a n d o V i c e n t e los b u s c ó p a r a r e c u p e r a r l o s h a b í a n d e s a p a r e c i d o . E l f r a i l e estaba t a n a c o s t u m b r a d o a e l l o q u e n o s e i n m u t ó , e s b o z a n d o u n a s o n r i s a d e complacencia. [Vidal y Mico, Francisco, Historia de la portentosa vida..., pág. 315.]

282. E L C R U C I F I J O D E S A N V I C E N T E F E R R E R (SIGLO X V . M U N É B R K G A )

Más q u e p o r l a b e l l e z a y l a f i n u r a d e s u talla, q u e p o r o t r a parte n o e r a n n a d a despreciables, e l C r u c i f i j o d e l a iglesia p a r r o q u i a l d e M u n é b r e g a fue célebre p o r tratarse de u n a i m a g e n q u e , según la tradición y la l e y e n d a , h a b í a p e r t e n e c i d o a l fraile p r e d i c a d o r V i c e n t e Ferrer, q u i e n — e n a g r a d e c i m i e n t o a las atenciones r e c i b i d a s p o r sus habitantes en u n a de sus giras evangelizad o r a s p a r a tratar de c o n v e n c e r y c o n v e r t i r al c r i s t i a n i s m o a los j u d í o s de la loc a l i d a d — decidió d o n a r l o al p u e b l o y dejar así t e s t i m o n i o de su paso, c o m o o c u r r i e r a en tantos otros lugares de Aragón. P o r r a z o n e s q u e n o s son d e s c o n o c i d a s e i n e x p l i c a b l e s — a u n q u e quizás f u e r a p a r a p r e s e r v a r l o de los atesoradores de enseres y p e r t e n e n c i a s d e l fa298


m o s o fraile v a l e n c i a n o q u e p r o l i f e r a r o n p o r todas p a r t e s — e l b e l l o C r u c i f i j o fue secreta y c e l o s a m e n t e g u a r d a d o e n e l h u e c o d e u n o d e los brazos d e u n e n o r m e facistol q u e h a b í a e n e l c o r o d e l a iglesia, hasta q u e u n día f u e h a l l a d o y p u e s t o a la vista de todos, h a b i é n d o s e p e r d i d o la n o c i ó n y las v i cisitudes de su o r i g e n . A l g u n o s a ñ o s más l a r d e , c a m b i ó M u n é b r e g a d e p á r r o c o y e l n u e v o decidió h a c e r l i m p i e z a de enseres y de o r n a m e n t o s de la iglesia. Abrillantó patenas y cálices, r e p a r ó casullas, a r r e g l ó bancos... Y se llevó a su casa el g r a n f a c i s t o l d e l c o r o p a r a r e s t a u r a r l o c o n c a l m a . C u a n d o l o m a n i p u l a b a u n a tard e p a r a l i b e r a r l o d e l p o l v o a c u m u l a d o , v i o e n e l h u e c o d e u n o d e sus b r a zos q u e h a b í a u n p e q u e ñ o p e r g a m i n o . L a c u r i o s i d a d n a t u r a l l e llevó a leer e n é l q u e «aquest Sant C h r i s t l o f i z San V i c e n t e F e r r e r » . S i n d u d a , e l perg a m i n o h a b í a p a s a d o d e s a p e r c i b i d o c u a n d o s e rescató l a i m a g e n . D e s d e e n t o n c e s n o sólo n o c a b í a d u d a d e l a p e r t e n e n c i a i n i c i a l d e aquel l a sagrada i m a g e n , s i n o q u e , a d e m á s , q u e d a b a f e h a c i e n t e m e n t e testificado q u e s u a u t o r m a t e r i a l h a b í a s i d o e l p r o p i o p r e d i c a d o r v a l e n c i a n o , tan q u e r i d o y r e c o r d a d o p o r estas tierras. [Faci, Roque A . , Aragón..., I, pág. 108.]

283. V I C E N T E F E R R E R S A L V A S U P R O P L A . V I D A (SIGLO X V . CASPE)

Las tensas sesiones y las acaloradas d e l i b e r a c i o n e s q u e h a b í a n c o n d u c i d o p o r f i n a l n o m b r a m i e n t o d e d o n F e r n a n d o d e A n t e q u e r a c o m o rey d e A r a g ó n a c a b a b a n d e f i n a l i z a r . Tras u n m e r e c i d o descanso d e p o c o s días, los c o m p o n e n t e s de todas las d e l e g a c i o n e s c o m e n z a r o n a m a r c h a r . C a s p e v o l vió a ser u n a p o b l a c i ó n t r a n q u i l a . E l f r a i l e v a l e n c i a n o V i c e n t e F e r r e r , p r i n c i p a l artífice d e l a solución d i nástica c a s p o l i n a , p r e p a r ó c o m o todos los d e m á s su viaje y d e c i d i ó p o n e r r u m b o a P e ñ a l b a , p o b l a c i ó n s i t u a d a e n p l e n o s M o n e g r o s , d o n d e tenía previsto h a b l a r a los j u d í o s p a r a tratar de c o n v e r t i r l o s a la religión c r i s t i a n a . El c a m i n o , c o m o n o p o d í a ser m e n o s , estaba p o l v o r i e n t o y seco. C o m e n z ó s u a n d a d u r a y aún n o h a b r í a n t r a n s c u r r i d o dos horas desde q u e saliera d e C a s p e c u a n d o , e n u n r e c o d o d e l a c c i d e n t a d o c a m i n o , tuvo q u e d e t e n e r s e a l c o r t a r l e e l paso u n n u m e r o s o g r u p o d e h o m b r e s a cabal l o . I b a n t o d o s vestidos d e b l a n c o . E l j e f e d e l a p a r t i d a i n c r e p ó a V i c e n t e F e r r e r a c u s á n d o l e d e ser e l p r i n c i p a l c u l p a b l e d e q u e s u señor, e l c o n d e d e U r g e l l , n o h u b i e r a s i d o e l e g i d o p a r a ser rey d e los aragoneses. J u n t o c o n l a a r e n g a , a m e n a z ó c o n m a t a r a l f r a i l e d o m i n i c o . Este, n o obstante — c o n g r a n s e r e n i d a d y a p l o m o a pesar 299

Agustín Vhieto Arteta

d e l p e l i g r o q u e estaba c o r r i e n d o — replicó: «¿Podía ser b u e n rey y s e ñ o r q u i e n fue causa d e l a c r u e l y sacrilega m u e r t e d e u n p r í n c i p e d e l a Iglesia?». S e refería V i c e n t e , sin d u d a , a l asesinato d e l a r z o b i s p o d e Z a r a g o z a , G a r c í a F e r n á n d e z d e H e r e d i a , a m a n o s d e los h o m b r e s d e l c o n d e d e U r g e l l . A n t e el a r r o j o d e l fraile d o m i n i c o , el capitán y los h o m b r e s de armas q u e le i n c r e p a b a n y le tenían a su m e r c e d no r e a c c i o n a r o n . Se v i e r o n subyugados p o r su valor, sustentado sólo en su p a l a b r a y en la convicción de sus ideas. Además, el t o n o acusatorio de la p r e g u n t a les dejó m o r a l m e n t e desarmados. A u n q u e p r o f i r i e n d o insultos al fraile, a b r i e r o n un pasillo p o r el que atravesó V i c e n t e F c r r e r , q u e n u n c a estuvo tan c e r c a d e m o r i r . L e n t a m e n t e , sin m i r a r atrás, c o n t i n u ó c a m i n o d e P e ñ a l b a . [Salas P é r e z , A n t o n i o , Cuspe y la historia del Compromiso. (2" e d . ) , págs. 51-52.]

284. V I C E N T E F E R R E R S E A P I A D A DE LA MADRE TRASTORNADA (SIGLO XV. M A E L I A )

E l fraile v a l e n c i a n o V i c e n t e F e r r e r n o sólo f u e m u y c o n o c i d o , s i n o tamb i é n m u y a d m i r a d o p o r sus c o n t e m p o r á n e o s cristianos e n e l r e i n o d e .Arag ó n , en m u c h a s de cuyas l o c a l i d a d e s predice) en ocasiones varias, sobre tod o i n t e n t a n d o l a conversión d e los j u d í o s aragoneses a l C r i s t i a n i s m o . L i n a d e esas p o b l a c i o n e s fue M a e l l a , d o n d e e l p r e d i c a d o r a c u d i ó i n v i t a d o p o r u n v e c i n o d e l p u e b l o c o n e l q u e tenía vieja y d u r a d e r a a m i s t a d . U n a vez e n l a villa, el amigo rogó a Vicente que dirigiera la palabra al vecindario, que en a q u e l l o s días festejaba a l b o r o z a d o las fiestas mayores. E l santo v a l e n c i a n o s e alojé), c o m o e r a n a t u r a l , e n casa d e l c i t a d o a m i g o , q u e trató de o b s e q u i a r l o c o n lo m e j o r de su d e s p e n s a y c o n m a n t e l e s y sábanas de h i l o . P a r a el día c e n t r a l de la fiesta, r e c o m e n d é ) a su m u j e r — a l g o desequilibrada mentalmente p o r haber p a d e c i d o cierta e n f e r m e d a d hacía p o c o t i e m p o — q u e c o c i n a r a u n g u i s o d e a r r o z , p l a t o típico d e V a l e n c i a , y q u e l o a d e r e z a r a c o n los mejores a l i m e n t o s d e q u e p u d i e r a d i s p o n e r . L a m u j e r — l l e v a d a p o r s u i n c i p i e n t e l o c u r a y p o r e l d e s m e d i d o afán d e o b s e q u i a r l o m e j o r p o s i b l e a tan c é l e b r e a m i g o d e s u m a r i d o — descuartizó a s u p r o p i o h i j o , u n n i ñ o d e p o c o s meses d e e d a d , m e z c l á n d o l o c o n los demás i n g r e d i e n t e s y el p r o p i o a r r o z . Durante la c o m i d a , en el plato del m a r i d o apareció un dedo, lo que motivó s u s o r p r e s a . A l p r e g u n t a r a s u m u j e r p o r l a causa d e a q u e l l o , r e s p o n dióle ésta q u e l o m e j o r q u e t e n í a e n casa p a r a o b s e q u i a r a l a m i g o ilustre e r a s u p r o p i o y q u e r i d o h i j o . L a d e s e s p e r a c i ó n d e l m a r i d o , ante l a t r a g e d i a q u e acababa de descubrir, fue e n o r m e . 300


E l santo V i c e n t e , h a c i é n d o s e c a r g o d e l a situación, sobre t o d o d e l a e n f e r m e d a d d e l a d u e ñ a d e l a casa q u e h a b í a p r o v o c a d o tal t r a g e d i a , t o m ó e l d e d o d e l n i ñ o y , e s t i r a n d o d e él, sacó d e l a p a e l l e r a , e n v u e l t o e n a r r o z , a l n i ñ o e n t e r o q u e , p o r f o r t u n a , a p a r e c í a sano y salvo. [Recogida oralmente.J

285. V I C E N T E F E R R E R V A T I C I N A L A DESTRUCCIÓN D E T E R U E L (SIGLO X V . T E R U E L )

V i a j a b a c i e r t o día e l d o m i n i c o V i c e n t e F e r r e r e n c o m p a ñ í a d e otros f r a i les de su c o n g r e g a c i ó n de paso h a c i a Alcañiz o C a s p e — d o n d e se i b a a i n c o r p o r a r a las d e l i b e r a c i o n e s q u e h a b r í a n de c o n d u c i r a solventar la crisis dinástica a r a g o n e s a — c u a n d o a p u n t o de caer la tarde llegó, d i s p u e s t o p a r a h a c e r u n alto o b l i g a d o p o r l a a v a n z a d a h o r a , a l a c i u d a d d e T e r u e l , d o n de su c o n g r e g a c i ó n t e n í a casa c iglesia abiertas. E s t u v o u n o s días e n t r e los turolenses y, d a d a su e x c e l e n t e f a m a y recon o c i m i e n t o d e p r e d i c a d o r q u e s i e m p r e l e p r e c e d í a , l a p o b l a c i ó n cristiana le recibió c o n cierto entusiasmo c u a n d o se enteró de su presencia, c o m o e r a n o r m a l en c u a n t o s lugares visitaba, a c u d i e n d o en masa a sus s e r m o n e s , s i e m p r e objeto d e r e f l e x i ó n f r u c t í f e r a . S i n e m b a r g o , e n t r e l a p o b l a c i ó n judía t u r o l e n s e — a pesar d e los esfuerzos d e las a u t o r i d a d e s cristianas d e l a c i u d a d p a r a q u e los p o b l a d o r e s d e l a a l j a m a f u e r a n a e s c u c h a r l e — no alcanzó» los resultados q u e esperaba, puest o q u e n o sólo n o c o n s i g u i ó n i u n a sola conversión, s i n o q u e t a m p o c o log r ó q u e ni s i q u i e r a f u e r a n a oírle p r e d i c a r . A q u e l l a m e n t a b l e e i n e s p e r a d o r e s u l t a d o debió) m o l e s t a r s o b r e m a n e r a al fraile v a l e n c i a n o , tan p o c o a c o s t u m b r a d o al fracaso, de f o r m a q u e se s i n tió m u y d o l i d o e i n c l u s o e n o j a d o c o n l a a c t i t u d d e los h e b r e o s , e l p r i n c i p a l objetivo de sus palabras s i e m p r e en cuantas p o b l a c i o n e s visitaba. C u a n d o llegó) e l día d e l a p a r t i d a , a l salir d e l a c i u d a d , n a d a más c r u z a r la p u e r t a de la m u r a l l a , se quitó las sandalias q u e llevaba calzadas y, batiéndolas fuer teniente u n a c o n t r a o t r a , lanzó al aire hasta la más m í n i m a b r i z n a d e p o l v o d e las calles d e T e r u e l . C u a n d o h u b o a c a b a d o c o n tan s i m b ó l i c o gesto, levantó) la vista a lo alt o d e l m u r o y , c o n voz p o t e n t e p a r a q u e p u d i e r a ser o í d o , a n u n c i ó q u e l a c i u d a d sería d e s t r u i d a p o r u n t e r r e m o t o y l a gente h e c h a c a u t i v a p o r e l enemigo. [Beltrán Martínez, Antonio, Introducción al folklore aragonés, l, pág. 109.] 301


286. V I C E N T E F E R R E R P R E D I C A E N C A L A T A Y U D (SIGLO XV. CALATAYUD)

A q u e l l a n o e r a l a p r i m e r a vez q u e e l d o m i n i c o v a l e n c i a n o V i c e n t e Fer r e r i b a a p r e d i c a r e n l a c i u d a d d e C a l a t a y u d , p o b l a c i ó n e n l a q u e t e n í a verd a d e r o s y n u m e r o s o s adeptos e n t r e los cristianos. H a y tradición de q u e en las ocasiones p r e c e d e n t e s , b u s c a n d o u n espacio a d e c u a d o p a r a q u e c u p i e r a n todos c u a n t o s q u e r í a n oírle, se h a b í a t e n i d o q u e d i r i g i r a los fieles en c u a t r o lugares distintos a l m e n o s , pues c o m o l a gente a n h e l a b a e s c u c h a r l e n o c a b í a n i e n las iglesias n i e n l a p l a z a d e l M e r c a d o . C o n estos antecedentes, e n l a presente ocasión s e p r e c i s a b a u n l u g a r m u c h o más capaz, p o r l o q u e p a r a evitar posibles p r o b l e m a s d e a g l o m e r a c i ó n las a u t o r i d a d e s p e n s a r o n en h a b i l i t a r los c e r r o s i n m e d i a t o s q u e se elev a n e n los e x t r e m o s d e l a p o b l a c i ó n , u n o tras l a p u e r t a l l a m a d a d e Z a r a g o za y o t r o más allá de la P e ñ a . T r a b a j a r o n e n e l a c o n d i c i o n a m i e n t o d e l l u g a r e l e g i d o varios h o m b r e s y se p r e p a r ó c u a n t o m e j o r se p u d o el c e r r o c e r c a n o a la p u e r t a de Z a r a g o z a . Bastante antes d e q u e l l e g a r a e l m o m e n t o s e ñ a l a d o , q u e h a b í a s i d o a n u n c i a d o p o r los alguaciles p o r t o d a l a c i u d a d , los fieles f u e r o n o c u p a n d o las laderas d e l c e r r o , p e r o s u p e n d i e n t e h a c í a s u m a m e n t e p e l i g r o s o e l lugar. S o l v e n t a d o s los p r o b l e m a s c o m o m e j o r s e p u d o c o m e n z ó l a plática. C u a n d o h a b í a t r a n s c u r r i d o u n rato sin i n c i d e n t e s d i g n o s d e m e n c i ó n , u n m u c h a c h o cayó d e s p e ñ a d o desde l o alto d e l c e r r o . L a a l t u r a e r a tan c o n s i d e r a b l e q u e todos los asistentes c o n t a r o n c o n l a m u e r t e s e g u r a d e l i n f o r t u n a d o , así es q u e se a p r e s t a r o n a bajar p a r a r e c o g e r su cadáver. P e r o aún n o h a b í a n c o m e n z a d o e l a r r i e s g a d o descenso c u a n d o v i e r o n c o n a s o m b r o q u e e l j o v e n s e levantó sano y salvo, sin n i n g u n a m a g u l l a d u r a n i r o t u r a , com o s i n a d a h u b i e r a o c u r r i d o , i n t e n t a n d o volver a s u b i r a l m i s m o l u g a r d e d o n d e cayera. N o l o p u d i e r o n evitar y todos v o l v i e r o n e n s e g u i d a sus a d m i r a d a s m i r a das h a c i a el f r a i l e q u e tenían d e l a n t e de sus ojos, c o n v e n c i d o s de q u e goz a b a d e p o d e r e s e x t r a o r d i n a r i o s c o m o p a r a h a b e r salvado a a q u e l m u c h a c h o d e u n a m u e r t e segura. L a plática c o n t i n u ó . [ F u e n t e , V i c e n t e de l a , Historia de Calatayud, p á g s . 287-288.]

287. L O S F A L S O S F R A I L E S (SIGLO X V . D A R O C A )

P r e d i c a b a un día el fraile valenciano V i c e n t e Ferrer en Zaragoza en la c a t e d r a l d e San Salvador. E n u n m o m e n t o d e s u plática, c o m e n t a b a a los fieles c ó m o esta c i u d a d p o d í a p r e s u m i r d e ser u n a d e las q u e más l i m o s n a s

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Leyendas para una historia paralel/i del Aragón medieval

a p o r t a b a p a r a la a t e n c i ó n a los menesterosos, e i n c l u s o destacaba q u e vivía e n e l l a u n c o m e r c i a n t e d e p a ñ o s q u e vestía gratis a q u i e n a c u d i e r a e n n o m b r e d e D i o s p a r a t o m a r e l h á b i t o d o m i n i c o . E r a a q u e l l a l a parte positiva d e su argumento. S i n e m b a r g o , advertía q u e , p o r o t r o l a d o , s e h a b í a d e s c u b i e r t o a m u c h o s t r u h a n e s q u e , bajo ese p r e t e x t o , i n t e n t a b a n estafar a tan altruista com e r c i a n t e , pues e r a n l a d r o n e s sin c o n c i e n c i a n i escrúpulos. Y d e n u n c i a b a q u e le c o n s t a b a q u e ese m i s m o p r o c e d i m i e n t o e n g a ñ o s o se estaba d a n d o en otras c i u d a d e s y p u e b l o s de A r a g ó n , así es q u e a l e r t a b a a todas las g e n tes de b u e n a fe p a r a q u e los d e n u n c i a r a n a las a u t o r i d a d e s . A h o n d a n d o todavía más e n e l a s u n t o , d i j o h a b e r r e c i b i d o u n c o r r e o d e D a r o c a , q u e h a b í a h e c h o el trayecto en m e n o s de veinte horas, y le p u s o de m a n i f i e s t o q u e u n h o m b r e l l a m a d o B e r n a t Aguiló s e h a b í a p r e s e n t a d o e n n o m b r e d e l p r o p i o Vicente Ferrer p i d i e n d o socorros. C o n t a n d o c o n tan a c r e d i t a d a r e c o m e n d a c i ó n , a c c e d i e r o n e n l a t i e n d a a d a r l e los p a ñ o s p r e cisos p a r a q u e s e vistiera, mas e l i n t e r f e c t o d i j o p r e f e r i r m e j o r d i n e r o c o n tante y s o n a n t e . A q u e l l o levantó las sospechas d e l d u e ñ o y de los d e p e n d i e n t e s y d e c i d i e r o n p o n e r l o e n c o n o c i m i e n t o d e los agentes m u n i c i p a l e s q u e o p t a r o n p o r r e t e n e r l o m i e n t r a s se aclaraba si p e r t e n e c í a o no a la o r d e n d o m i n i c a . C o m o r e s u l t a r a ser m e n t i r a , fue e n c a r c e l a d o . De la m i s m a m a n e r a , continuó el predicador, existen mujeres rameras q u e u t i l i z a n e n g a ñ o s p a r e c i d o s , así e s q u e t o d o e l m u n d o d e b e estar alerta y no h a c e r l e s caso, y a u n d e n u n c i a r l o s a todos si no v a n a c r e d i t a d o s p o r un regidor de la O r d e n . [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida..., pág. 227.]

288. V I C E N T E F E R R E R I M P I D E Q U E L O S D L V B L O S SE A C E R Q U E N A CASPE (SIGLO XV. CASPF)

N o s h a l l a m o s e n C a s p e . L a c i u d a d e s u n h e r v i d e r o d e gente, c o n g r e g a d a e n t o r n o a los n u e v e c o m p r o m i s a r i o s q u e tenían l a e n c o m i e n d a d e eleg i r un rey p a r a A r a g ó n e n t r e los diversos aspirantes. D e n t r o de la sala de sesiones, las d i s c u s i o n e s entre los representantes aragoneses, catalanes y v a l e n c i a n o s se a l a r g a n ; a s i m i s m o , en las calles y plazas, es casi i m p o s i b l e de dejar d e h a b l a r d e l p r o b l e m a s u c e s o r i o . N o obstante, d e c u a n d o e n c u a n d o s e p r o d u c e n i n t e r v a l o s d e m e r e c i d o descanso. E n t r e los m u c h o s y v a r i o p i n t o s personajes c o n g r e g a d o s en t o r n o al debate o f i c i a l , h a b í a u n i n v o c a d o r d e l d i a b l o q u e p r e s u m í a c o n s t a n t e m e n t e 303

Agustín Ubi alo Arlela

de p o d e r saber q u i é n i b a a ser d e n o m i n a d o rey y, p a r a d e m o s t r a r l o , invocó p ú b l i c a m e n t e a Satanás p r e g u n t á n d o l e el n o m b r e q u e él y los asistentes q u e l e r o d e a b a n deseaban saber. E l d i a b l o , sin d u d a r l o más m í n i m o , l e d i jo un n o m b r e y el hechicero le dio publicidad, corriéndose c o m o reguero d e pólvora n o sólo p o r C a s p e , s i n o p o r todos los c o n f í n e s d e l r e i n o aragon é s y aledaños. No obstante, los n u e v e c o m p r o m i s a r i o s — a r g u m e n t a n d o y c o n t r a a r g u m e n t a n d o — c o n t i n u a b a n los debates. P o c o s días después, e n m e d i o d e u n g r a n c o r r o d e gente, volvió a repetir l a r e p r e s e n t a c i ó n , p e r o e n esta s e g u n d a ocasión e l n o m b r e p r o p o r c i o n a d o fue e l d e o t r o aspirante d i s t i n t o . A n t e tal c o n t r a d i c c i ó n , e l h e c h i c e r o l e p r e g u n t ó a l d i a b l o p o r q u é u n d í a l e d a b a u n n o m b r e y días después o t r o . Satanás, q u e c o n o c í a y m a n t e n í a r e l a c i o n e s desde h a c í a t i e m p o c o n e l hec h i c e r o , s e s i n c e r ó , d i c i c n d o l e : «Sabe q u e d e tres leguas a l c o n t o r n o n o m e p u e d o acercar a C a s p e , p o r u n h o m b r e q u e hay allí», h a c i e n d o r e f e r e n c i a a V i c e n t e F e r r e r . N a t u r a l m e n t e , las c o n t r a d i c c i o n e s d e l h e c h i c e r o le desac r e d i t a r o n ante l a c o n c u r r e n c i a y tuvo q u e a b a n d o n a r e l lugar. P o r e l c o n t r a r i o , la f a m a y el c r é d i t o d e l f r a i l e todavía se c i m e n t a r o n más. A l g u n o s días después, i n f l u i d o s d e f i n i t i v a m e n t e los c o m p r o m i s a r i o s p o r los a r g u m e n t o s d e l f r a i l e v a l e n c i a n o , e l i g i e r o n rey a l i n f a n t e c a s t e l l a n o d o n F e r n a n d o , q u e m u y p r o n t o s u p o d e a q u e l l a decisiva i n t e r v e n c i ó n . F e r n a n d o I , e n a g r a d e c i m i e n t o , l e n o m b r ó s u confesor, a u n q u e l o f u e sólo p o r m u y escaso t i e m p o , p u e s e l m i n i s t e r i o d e s u a p o s t o l a d o n o l e p e r m i t í a asentarse d e m a n e r a d e f i n i t i v a e n c o r t e a l g u n a . Así e s q u e , u n a vez a c l a m a d o e l n u e v o m o n a r c a , V i c e n t e F e r r e r se trasladó a Alcañiz. [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida..., libro II, pág. 188.]

289. V I C E N T E F E R R E R APIA C A U N A TEMPESTAD (SIGLO XV. BARRASTRO)

E s c o n o c i d o q u e e l f r a i l e d o m i n i c o V i c e n t e F e r r e r s e h a l l a b a e n e l mes d e j u n i o d e 1415 e n B a r b a s t r o , d o n d e h a b í a l l e g a d o p a r a p r o f u n d i z a r e n l a p a l a b r a d e D i o s ante los feligreses, p e r o , f u n d a m e n t a l m e n t e , p a r a — c o m o h i c i e r a en tantos otros l u g a r e s — tratar de atraerse a los j u d í o s de la a l j a m a barbastrense, reacios a a b a n d o n a r su religión. E l e g ó el d í a de la festividad de san P e d r o y san P a b l o y la c a t e d r a l barbastrense se a b a r r o t ó de fieles p a r a asistir a la c e l e b r a c i ó n de la misa, tal com o solía o c u r r i r c u a n d o s e a n u n c i a b a l a p r e s e n c i a d e l santo v a l e n c i a n o , ( a t a n d o h a b í a c o m e n z a d o el o f i c i o , las n u b e s q u e h a b í a n c u b i e r t o a Barbastro d u r a n t e l a n o c h e d i e r o n paso a u n a t r e m e n d a t e m p e s t a d d e t r u e n o s y rayos, c o m o no r e c o r d a b a n i n g u n o de los allí presentes. El m i e d o se apoderé) de todos, t e m i e n d o i n c l u s o q u e se h u n d i e r a la t e c h u m b r e de la iglesia. 304

ljryendas para una historia paralela del Aragón medieval

Se percató Vicente Ferrer del m i e d o colectivo que se había apoderado de q u i e n e s h a b í a n a c u d i d o a o í r sus palabras e i n t e r r u m p i ó m o m e n t á n e a m e n t e la c e l e b r a c i ó n de la m i s a . Se e n c a r ó a los fieles, les dirigió palabras de t r a n q u i l i d a d y tras h a c e r la señal de la c r u z c o n su m a n o d e r e c h a , a la vez q u e s a l p i c a b a c o n a g u a b e n d i t a a l a i r e , e l t e m p o r a l a m a i n ó e n e l acto. C u a n d o llegó e l m o m e n t o d e l s e r m ó n , c o n e l susto todavía m e t i d o e n e l c u e r p o de todos, c o m u n i c ó el f r a i l e a los fieles q u e san P e d r o y san P a b l o h a b í a n m e d i a d o p o r s u i n t e r c e s i ó n p a r a q u e a q u e l l a t e m p e s t a d n o acabase c o n los á r b o l e s y los f r u t o s de su subsistencia, y q u e , si no f u e r a p o r ellos, el castigo p o r los p e c a d o s c o m e t i d o s p o r l a c o m u n i d a d barbastrense n o h u b i e r a s i d o sólo de p i e d r a y g r a n i z o , s i n o de p i e d r a y f u e g o . A n t e s de finalizar el s e r m ó n , p r e d i j o ante los todavía asustados y temerosos fieles c ó m o antes de t r a n s c u r r i d o un a ñ o vivirían o t r a t e m p e s t a d sem e j a n t e s i n o e n d e r e z a b a n sus vidas, a d v e r t e n c i a q u e n o d e b i ó s u r t i r dem a s i a d o efecto a la l a r g a , pues parece ser q u e u n a t o r m e n t a i n f e r n a l se desató a los o n c e meses justos. [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida..., pág. 231.]

290. V I C E N T E F E R R E R I N S T I T U Y E L A P R O C E S I Ó N DE IA DISCIPLINA (SIGLO XV. GRAUS)

U n a vez más V i c e n t e F e r r e r , e l d o m i n i c o v a l e n c i a n o , h a b í a e n t u s i a s m a do c o n sus s e r m o n e s a los barbastrenses, a los q u e , p o r c i e r t o , salvó de u n a espantosa t e m p e s t a d m i e n t r a s estaban o y e n d o m i s a e n l a c a t e d r a l . L u e g o , c u a n d o creyó q u e s u misión h a b í a c o n c l u i d o e n l a c i u d a d d e l V e r o , s e e n c a m i n ó a G r a u s . E r a el v e r a n o de 1415, y los g r a u s i n o s le r e c i b i e r o n tamb i é n c o n los brazos abiertos, e n o l o r d e m u l t i t u d e s , a c u d i e n d o gentes d e tod o s los p u e b l o s de las riberas de los ríos E s c r a e I s á b c n a . E n G r a u s inició u n a l í n e a n u e v a filosófico-religiosa, d e m a n e r a q u e u n a b u e n a parte d e los a r g u m e n t o s m a n t e n i d o s p o r e l santo f r a i l e d o m i n i c o s e b a s ó e n u n a defensa a p a s i o n a d a d e l a d i s c i p l i n a d e l a c a r n e c o m o m e d i o eficaz de santificación y de p e n i t e n c i a , p u e s t o q u e si sangrar al c u e r p o m o r tal p a r a buscar su c u r a c i ó n e r a sano —se refería, sin d u d a , a las sangrías q u e los g a l e n o s r e c e t a b a n e n n o p o c o s casos—, más l o sería p a r a sanar e l a l m a . I .a p a l a b r a de V i c e n t e F e r r e r era e s c u c h a d a en s e r m o n e s diarios, b i e n en l a iglesia b i e n e n l a p l a z a , a los q u e a c u d í a c o n r e c o g i m i e n t o p r á c t i c a m e n t e t o d a l a p o b l a c i ó n . L o c i e r t o e s q u e sus a r g u m e n t o s c a l a r o n m u y h o n d o e n tre los grausinos, de m o d o q u e , s i g u i e n d o p r á c t i c a m e n t e al p i e de la letra sus pláticas, a c c e d i e r o n a establecer la p e n i t e n t e procesión de la d i s c i p l i n a , de la q u e el santo v a l e n c i a n o se p u e d e c o n s i d e r a r su i n v e n t o r y G r a u s u n o de 305

Agustín IJbieto Arteta

los lugares p i o n e r o s de esta práctica p i a d o s a , q u e llegaría a alcanzar su máx i m a expresión d u r a n t e los actos p r o c e s i o n a l e s d e S e m a n a Santa. (¡orno e s n a t u r a l e l p r e d i c a d o r tuvo q u e a b a n d o n a r G r a u s p a r a proseg u i r s u a n d a d u r a p a s t o r a l , p e r o fue tal l a s e m i l l a q u e e l v a l e n c i a n o s e m b r ó e n Cxraus q u e l a v i l l a d e t e r m i n ó a d o p t a r l e c o m o p a t r ó n , distinción q u e perd u r a hasta l a a c t u a l i d a d . [Vidal y Mico, Francisco, Historia de la portentosa vida..., pág. 231.]

291. L A P A L A B R A D E V I C E N T E F E R R E R E N AÍNSA (SIGLO X V . AÍNSA)

Si el mes de j u n i o de 1415 h a b í a l l e v a d o a V i c e n t e F e r r e r a B a r b a s t r o y G r a u s , e n j i l l i ó se trasladó a la v i l l a de Aínsa, d o n d e se d e t u v o o n c e días. C o m o e n todos los p u e b l o s p o r los q u e pasaba, e l r e c i b i m i e n t o aquí t a m b i é n fue cálido y m u l t i t u d i n a r i o . L a iglesia, e n l a q u e p r e d i c ó e l p r i m e r día, s e h i z o p e q u e ñ a , d e m o d o q u e t u v i e r o n q u e h a b i l i t a r u n estrado e n l a p l a z a ; d e esta m a n e r a , d i c e n q u e p u d i e r o n oírle más d e d i e z m i l personas, l l e g a das de t o d a la c o m a r c a . Y lo c i e r t o es q u e los j u r a d o s y los oficiales de la v i l l a se las veían y deseaban p a r a p o d e r d e f e n d e r l e de las auténticas turbas piadosas q u e p r e t e n d í a n tocarle o besar las m a n o s d e l f r a i l e . E n m e d i o d e esta e n o r m e e x p e c t a c i ó n , e n u n m o m e n t o d e m á x i m a a u d i e n c i a , llegó u n a tarde a l a t r i b u n a u n a m u j e r q u e d e c í a estar e n d e m o n i a d a . E n t r e el calor, q u e e r a sofocante, y las c o n t o r s i o n e s y gritos de la m u jer, ésta era u n a especie d e a n i m a l s u d o r o s o . U n f a m i l i a r suyo i n t e r c e d i ó p o r l a p o b r e s e ñ o r a y , e n m e d i o d e u n s i l e n c i o s e p u l c r a l , a l c o n j u r o d e las palabras d e V i c e n t e F e r r e r , p a r e c e ser q u e e l d e m o n i o a b a n d o n ó s u cuerp o . Tras u n o s instantes d e sorpresa, todos los asistentes d e s f i l a r o n p a r a ver y h a b l a r c o n l a p o b r e s e ñ o r a , q u e n o t e n í a ojos n a d a más q u e p a r a m i r a r a su salvador. P e r o s i l a c u r a c i ó n d e l a e n d e m o n i a d a , u n ser r a c i o n a l e n f e r m o , h i z o c r e c e r l a c r e d i b i l i d a d e n e l f r a i l e , m a y o r fue todavía l a a d m i r a c i ó n c u a n d o , e s t a n d o e n p l e n a plática V i c e n t e F e r r e r , u n j u m e n t o c o m e n z ó a r e b u z n a r en un corral cercano a la plaza. L o s r e b u z n o s d e l a n i m a l e r a n tan a g u d o s , constantes y m o l e s t o s — t a n t o q u e i n q u i e t a b a n a los asistentes y no d e j a b a o í r la p a l a b r a d e l f r a i l e — q u e éste d e c i d i ó i n t e r v e n i r . C o n voz c o r t a n t e y d e c i d i d a , m a n d ó a l a n i m a l q u e callase. D e r e p e n t e , c o m o s i e l j u m e n t o t u v i e r a uso d e razón y e n t e n d i e r a la palabra humana, el animal enmudeció completamente. S i los a r g u m e n t o s q u e p r e d i c a b a e l d o m i n i c o n o h u b i e r a n sido suficientes p a r a tenerlo c o m o p o r u n santo, q u e l o e r a n , a q u e l h e c h o h i z o q u e s u f a m a 306


llegara al último r i n c ó n regado p o r el C i n c a y p o r el A r a , de m o d o que aún se r e c u e r d a p o r estas tierras el silencio r e p e n t i n o d e l j u m e n t o q u e j u m b r o s o . [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida,.., pág. 231.]

292. E L M A S D E F E R R E R (SIGLO X V . BENABARRE)

S i g u i e n d o c o n la ruta que se había trazado p o r el S o m o n t a n o y el P i r i n e o (Barbastro, G r a u s y A í n s a ) , V i c e n t e F e r r e r , a l g o a v a n z a d o y a e l v e r a n o de 1415, f u e a p a r a r a tierras de B e n a b a r r e . C o m o en el resto d e l r e c o r r i d o , f a m i l i a s enteras, e n t r e e n f e r v o r i z a d a s y curiosas, a c u d i e r o n a o í r su p a l a b r a . N o h a b í a c a m i n o p o r e l q u e n o l l e g a r a n a B e n a b a r r e , casi e n p e r e g r i n a c i ó n , los habitantes de todos los p u e b l o s a l e d a ñ o s . E n esta o c a s i ó n , e l fraile d o m i n i c o s e trasladó u n día desde B e n a b a r r e a l c e r c a n o M a s d e l a P u d i o l a , u n a d e las m u c h a s masadas q u e hay d i s e m i nadas p o r t o d a l a c o m a r c a . Allí f u e r e c i b i d o c o n g r a n d e s muestras d e c a r i ño y respeto p o r sus masoveros, q u e le s e n t a r o n c o m p l a c i d o s a c o m e r a su m e s a . C u a n d o a l c a b o d e l rato i n t i m a r o n u n p o c o , V i c e n t e F e r r e r les pidió q u e , e n r e c u e r d o d e a q u e l l a c o r t a p e r o e n t r a ñ a b l e visita, c a m b i a r a n e l n o m b r e que desde siempre había tenido la masada p o r el de Mas de Ferrer. Lo m e d i t a r o n sus d u e ñ o s y p o r eso se le c o n o c e h o y así. Este c u r i o s o suceso n o h u b i e r a d e j a d o d e ser u n a m e r a a n é c d o t a s i dosc i e n t o s setenta y c u a t r o a ñ o s después, es decir, en 1689, en vísperas d e l día d e san V i c e n t e , n o h u b i e r a f a l l e c i d o l a e n t o n c e s d u e ñ a d e l mas, d o ñ a F e l i p a d e l a Casa, devotísima d e l santo. D e c i d i e r o n trasladar e l c u e r p o d e esta m u j e r desde l a q u e h a b í a s i d o s u m o r a d a hasta e l c o n v e n t o d e N u e s t r a S e ñ o r a d e L i n a r e s d e B e n a b a r r e . D u r a n t e l a m e d i a h o r a d e c a m i n o y más d e c u a t r o horas q u e d u r ó e l o f i c i o , ard i e r o n d e v e i n t i c i n c o a t r e i n t a h a c h o n e s . Catando t o d o t e r m i n ó , v i e n d o q u e los h a c h o n e s p e r m a n e c í a n casi intactos los p e s a r o n . Su peso e r a el mism o q u e c u a n d o los sacaron d e l a b o d e g a . S i n d u d a a l g u n a , e l santo v a l e n c i a n o h a b í a i n t e r v e n i d o e n h e c h o tan p o r t e n t o s o . [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida..., págs. 231-232.]

293. E L C U A D R O D E S P R E N D I D O (SIGLO XV. HUESCA)

E n e l c o n v e n t o q u e tenía a b i e r t o e n H u e s c a l a O r d e n d o m i n i c a — c a s a e n l a q u e V i c e n t e F e r r e r s e h o s p e d ó e n más d e u n a ocasión c o n m o t i v o d e 307

Agustín Ulneto Arlela

s u constante p e r e g r i n a r p o r tierras aragonesas—, tuvo l u g a r u n h e c h o ciert a m e n t e i n e x p l i c a b l e y g r a c i o s o a la vez. E n t r e l a c o n g r e g a c i ó n oséense, e r a c o s t u m b r e d a r d o s pitanzas e l día q u e se c o n m e m o r a b a el r e c u e r d o y la f e s t i v i d a d de san V i c e n t e F e r r e r , per o c o m o a q u e l a ñ o c o i n c i d í a c o n l a S e m a n a Santa, t i e m p o d e r e c o g i m i e n t o y a y u n o e n e l m u n d o c r i s t i a n o , estimó e l p r i o r q u e n o p r o c e d í a tal celeb r a c i ó n . A q u e l l a decisión f u e o r i g e n d e u n a g r a n c o n t r a r i e d a d p o r p a r t e d e t o d a l a c o m u n i d a d d e frailes, sobre t o d o d e los q u e e r a n más j ó v e n e s . N o obstante, a pesar d e l o d i c h o , t o d o s e d e s a r r o l l a b a c o n n o r m a l i d a d entre los m i e m b r o s de la c o n g r e g a c i ó n hasta q u e llegó la h o r a de asistir a l a m i s a s o l e m n e . C o m o era h a b i t u a l , p o r tratarse d e día tan s e ñ a l a d o , e l o f i ciante p r i n c i p a l i b a a ser el p r o p i o p r i o r . L l e g a d o e l m o m e n t o , e l p r i o r s e dirigió c o n t i e m p o a l a sacristía p a r a p r e p a r a r s e . N a t u r a l m e n t e i b a a revestirse c o n u n a m a g n í f i c a c a s u l l a festiva q u e y a estaba c o l o c a d a , p e r f e c t a m e n t e d o b l a d a , sobre e l a m p l i o a r m a r i o bajo d e cajones, l o m i s m o q u e los d e m á s o r n a m e n t o s . De repente, cuando c o n parsimonia había comenzado el prior el ritual, sin q u e s e soltara e l clavo n i s e r o m p i e r a l a c u e r d a q u e l o m a n t e n í a n c o l g a d o , cayó sobre su cabeza un c u a d r o q u e r e p r e s e n t a b a a san V i c e n t e Ferrer. E l q u e b r a n t o p a r a e l p r i o r n o fue grave, a f o r t u n a d a m e n t e , p e r o e n los b a n c o s de la iglesia y en los sitiales d e l c o r o los frailes, sobre t o d o los más jóvenes, s i n t i e r o n u n a sensación y un g o z o especiales. Sin d u d a alguna, el pequeño chichón que el prior mostraba durante la c e l e b r a c i ó n d e l a m i s a les resarcía d e l a p i t a n z a n o c o n c e d i d a n i i n g e r i d a . E r a , c o n t o d a s e g u r i d a d , así l o c r e í a n ellos, l a p e q u e ñ a satisfacción q u e V i cente F e r r e r les q u i s o p r o p o r c i o n a r e n e l día d e s u a n i v e r s a r i o . [Vidal y M i c o , Francisco, Historia de la portentosa vida..., pág. 232.|

294. P E D R O A R B U É S , P R E T E N D I E N T E D E S A N T A BÁRJBARA (SIGLO X V . TOSOS)

E n l a actual p o b l a c i ó n z a r a g o z a n a d e Fosos p e r v i v e l a tradición d e q u e P e d r o A r b u é s — q u i e n f u e r a i n q u i s i d o r a r a g o n é s e n v i d a y e l e v a d o a los a l tares tras s u m u e r t e — e r a p a t r o n o d e l a l o c a l i d a d v e c i n a d e Aguilón. H a s t a ahí t o d o era n o r m a l , p e r o l o q u e y a n o les p a r e c í a tanto e s q u e p r e t e n d i e ra c o r t e j a r a santa B á r b a r a , p a t r o n a , a su vez, d e l p u e b l o c e r c a n o de Tosos. N a t u r a l m e n t e , estas p r e t e n s i o n e s le d e b i e r o n llevar a r e a l i z a r c o n t i n u a s v i sitas a Tosos, cuyos habitantes no veían c o n b u e n o s ojos tales r e l a c i o n e s amorosas. 308


A c a b ó e n t e r á n d o s e san B a r t o l o m é — p a t r o n o , a s i m i s m o , d e T o s o s — d e l o q u e estaba o c u r r i e n d o y n o e s t a n d o t a m p o c o d e a c u e r d o c o n los deseos e i n t e n c i o n e s de san P e d r o de Arbués, intenté» p o n e r f r e n o y c o t o a d i c h a s r e l a c i o n e s y al malestar de sus q u e r i d o s feligreses. D e ahí q u e , u n a t r a n q u i l a tarde d e a q u e l o t o ñ o , c u a n d o e l e x - i n q u i s i d o r l l e g a b a c a m i n a n d o a las afueras d e l p u e b l o de Tosos d i s p u e s t o a entrevistarse c o n santa B á r b a r a , san B a r t o l o m é le salió al paso. Se p u s o d e l a n t e de él, le c e r r ó el c a m i n o y le o b l i g ó a d e t e n e r s e . C o n a d e m á n adusto p r o p i o d e l e n o r m e e n f a d o q u e l e e m b a r g a b a y yend o d i r e c t a m e n t e a l asunto q u e l e h a b í a c o n d u c i d o hasta allí, san B a r t o l o m é c o n m i n ó a san P e d r o de A r b u é s p a r a q u e cesara en sus c o n t i n u a s visitas, q u e a n a d i e d e l p u e b l o a g r a d a b a n ni a él m i s m o . P e r o a la vez q u e le hab l a b a d e f o r m a tan s e r i a l e a m e n a z a b a b l a n d i e n d o u n e n o r m e c u c h i l l o , sin d u d a para dar mayor crédito a la advertencia que le hacia. San P e d r o d e A r b u é s , v i e n d o q u e l a a m e n a z a d e san B a r t o l o m é p a r e c í a ir en serio y, a pesar de lo q u e c r e í a sentir p o r santa B á r b a r a , d e j ó de cortejarla desde a q u e l m o m e n t o , p a r a c o n t e n t o g e n e r a l d e las gentes d e Tosos. [Recogida oralmente.]

295. S A N G i l . Y S A N G I N É S , PREDICADOIsES ( S l G I . O X V . ÜRTII.I.A Y l . U P I Ñ É N )

S e g ú n c u e n t a la tradición, G i l y Ginés, n o r m a l m e n t e c a m i n a n d o y act u a n d o casi s i e m p r e j u n t o s , r e c o r r i e r o n u n a b u e n a parte d e las tierras d e l A l t o A r a g ó n p a r a p r e d i c a r y d i f u n d i r entre sus gentes el E v a n g e l i o , al parecer c o n g r a n e f i c a c i a . En cierta ocasión, encontrándose ambos en el p u e b l o de I.upiñén, d o n d e h a b í a n p a s a d o u n o s días d i s e m i n a n d o s u s e m i l l a , d e c i d i e r o n d i r i girse a l a c e r c a n a p o b l a c i ó n d e O r t i l l a , d o n d e c r e í a n q u e era n e c e s a r i a s u presencia. C u a n d o i b a n d e c a m i n o p o r tierras d e l a S o t o n e r a , s e d e s e n c a d e n ó u n a g r a n t o r m e n t a q u e p r o n t o h i z o i m p r a c t i c a b l e s t o d o s los c a m i n o s y senderos y, sobre t o d o , p r o v o c ó q u e se d e s b o r d a r a el cauce d e l río Soté»n, casi s i e m p r e seco o c o n u n tenue h i l i l l o d e agua, río q u e d e b í a n vadear. A falta d e u n p u e n t e , q u e n o r m a l m e n t e n o hacía falta, d e c i d i e r o n saltar e l c u r s o d e l agua, p e r o c o n tan m a l a f o r t u n a q u e G i l , a l caer a l o t r o l a d o , s e r o m p i ó u n a p i e r n a q u e d a n d o i n m o v i l i z a d o . Ginés, q u e todavía n o h a b í a i n t e n t a d o e l salto y tuvo m i e d o d e h a c e r l o p o r n o c o r r e r l a m i s m a suerte, no le p u d o socorrer al quedar en la o r i l l a opuesta. 309


Tras c o n s i d e r a r la situación, y después de d e l i b e r a r sobre q u é hacer, G i l d e c i d i ó c o n t i n u a r viaje h a c i a O r t i l l a , l o q u e l e costó g r a n trabajo y p e n a l i dades, aparte de m u c h o t i e m p o — u n o s o c h o días, a pesar de la escasa distancia q u e l e s e p a r a b a — d a d a l a c o j e r a y d o l o r e s q u e l e p r o d u c í a n l a queb r a d u r a . G i n é s r e g r e s ó a L u p i ñ é n , a la espera de q u e d e c r e c i e r a n las aguas, pensando en reunirse con su compañero. L a tarea e v a n g e l i z a d o r a d e G i l y G i n é s f u e r e c o n o c i d a p o r los h a b i t a n tes de ambas l o c a l i d a d e s , q u e d e c i d i e r o n e l e g i r l o s c o m o a sus p a t r o n o s : san G i l , d e O r t i l l a , y san Ginés, d e L u p i ñ é n . [Recogida oralmente.] [La fiesta conmemorativa de ambos santos se celebra en ambas poblaciones con ocho días de diferencia, precisamente el tiempo que le costó llegar a G i l , ya herido, desde el río Solón desbordado hasta Ortilla.]

296. S A N B I A S E L I G E T O R R E C I L L A D E ALCAÑIZ P A R A Q U E D A R S E (SIGLO X V . T O R R E C I L I A DE ALCAÑIZ)

En cierta ocasión, san Blas, san Sebastián y san Valero c o i n c i d i e r o n p r e d i c a n d o en Alcañiz. F i n a l i z a d a su tarea pastoral, o r g a n i z a r o n su escaso bagaje y e m p r e n d i e r o n j u n t o s el c a m i n o en busca de nuevos horizontes en los que sembrar o afianzar la semilla cristiana c o n su palabra. Su caminar, c o m o el de los j u mentos que transportaban su equipaje ligero, era cansino, pausado, sin prisas... C u a n d o l l e g a r o n a Castelserás, h a l l á n d o s e los tres a o r i l l a s d e l r í o G u a d a l o p e — e n a q u e l l o s días bastante c r e c i d o m e r c e d a las últimas lluvias caíd a s — , san Blas t o m ó la i n i c i a t i v a y le d i j o a san Sebastián q u e se q u e d a r a allí, puesto q u e e r a el úrrico q u e l l e v a b a aparejos de pesca, p e n s a n d o en salar los peces q u e a b u e n seguro irían a p i c a r en su a n z u e l o . A san Sebastián le p a r e c i ó b i e n la i d e a y se d i s p u s o p a r a la pesca. San Blas y san V a l e r o c o n t i n u a r o n juntos e l c a m i n o . A l l l e g a r a T o r r e c i l l a de Alcañiz, san Blas le d i j o a su c o m p a ñ e r o q u e , p u e s t o q u e t e n í a u n a r e d p a r a cazar pájaros, f u e r a a L a C o d o ñ e r a , d o n d e p o d r í a h a c e r b u e n acop i o d e volátiles p e n s a n d o e n e l m a ñ a n a . A u n q u e san V a l e r o p r o t e s t ó bást a n l e , se vio f o r z a d o a m a r c h a r ante la a m e n a z a q u e san Blas le h a c í a de l a n z a r l e u n b o l o q u e l l e v a b a e n e l m o r r a l , i n s t r u m e n t o p a r a j u g a r a l típico j u e g o a r a g o n é s , d e g r a n tradición e n T o r r e c i l l a . C u a n d o san V a l e r o e m p r e n d i ó e l c a m i n o h a c i a L a C o d o ñ e r a , san Blas, u n o d e los catorce más famosos a u x i l i a d o r e s m e d i e v a l e s , e n t r ó e n las calles d e T o r r e c i l l a d e Alcañiz. P r o n t o c o m e n z ó s u tarea e v a n g e l i z a d o r a y p r o n t o se h i z o c o n las v o l u n t a d e s de sus habitantes, q u i e n e s a c a b a r í a n n o m b r á n dole patrón del p u e b l o .

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U n a d e las múltiples c o p l i l l a s q u e l e d e d i c a n a n u a l m e n t e los «despertadores» h a c e n r e f e r e n c i a a esta l e y e n d a : «San Blas, o b i s p o de Sebaste, q u e en T o r r e c i l l a v i n o a q u e d a r s e , tiene u n b r a z o y u n a v a r i l l a d e p o s i t a d a e n l a capilla.» [ B u r g u é s , J o s é R, Religiosidad popular en 'torrecilla de Alcañiz, págs. 40-41.]

297. E L E C C I Ó N D E S A N T A T E C L A C O M O PATRONA (SIGLO X V . C E R V E R A DE IA C A Ñ A D A )

P o r razones d e s c o n o c i d a s , e l p u e b l o d e C e r v e r a d e l a C a ñ a d a c a r e c í a d e p a t r o n a , d e m o d o q u e s e r e u n i ó t o d o e l v e c i n d a r i o p a r a tratar d e e l e g i r u n a de e n t r e las varias santas más c o n o c i d a s en la c o m a r c a . D e s p u é s de d i s c u t i r varios días a c e r c a d e c ó m o llevar a c a b o l a e l e c c i ó n , pues n a t u r a l m e n t e n o había u n a n i m i d a d en el n o m b r e , llegaron al acuerdo de introducir en u n a u r n a tantas papeletas c o m o p r o p u e s t a s distintas a p a r e c i e r o n . Se a n a l i z a r o n todas las p r o p u e s t a s y se u n i f i c a r o n las q u e estaban repetidas y, tras cerciorarse de q u e no existían papeletas d u p l i c a d a s , las i n t r o d u j e r o n todas e n u n a b o l s a d e c u e r o p r o c e d i e n d o a e x t r a e r u n a a l azar. L a p a p e l e t a en cuestión c o r r e s p o n d i ó a santa T e c l a . A l l e e r e n voz alta e l n o m b r e q u e c o n s t a b a e n l a p a p e l e t a extraída, l a m a y o r p a r t e d e los habitantes d e l p u e b l o s e m o s t r ó d i s c o n f o r m e c o n l o det e r m i n a d o p o r l a suerte, a l c o n s i d e r a r q u e s e trataba d e u n a santa p o c o ven e r a d a e n l a c o m a r c a . Tras d e l i b e r a r d u r a n t e bastante t i e m p o , pues q u i e n h a b í a escrito tal n o m b r e n o estaba c o n f o r m e c o n las r e c l a m a c i o n e s , d e c i d i e r o n v o l v e r a efectuar e l sorteo, tras i n t r o d u c i r d e n u e v o e n l a bolsa l a p a peleta desestimada. D e s p u é s de r e m o v e r b i e n el c o n t e n i d o de la bolsa, se p r o c e d i ó a u n a seg u n d a e x t r a c c i ó n , v i e n d o c o n c i e r t o disgusto q u e d e n u e v o s e trataba d e l a q u e c o n t e n í a e l n o m b r e d e santa T e c l a . A r r e c i a r o n p o r s e g u n d a vez las protestas, y se d e t e r m i n ó q u e u n a vez más se v o l v i e r a a r e a l i z a r la o p e r a c i ó n , c o m p r o m e t i é n d o s e todos a acatar el r e s u l t a d o , f u e r e c u a l f u e r e . A l e x t r a e r p o r tercera vez l a p a p e l e t a , observar o n c o n a s o m b r o q u e d e n u e v o salía l a c o r r e s p o n d i e n t e a l a r e f e r i d a santa. C o m p r o b a r o n q u e en el saquete estaban todas las d e m á s papeletas y crey e n d o e n t e n d e r q u e e r a d e s i g n i o d e l a p r o v i d e n c i a q u e santa T e c l a f u e r a l a p a t r o n a d e C e r v e r a , a c a t a r o n e l r e s u l t a d o c o n u n á n i m e alegría. [Recogida

oralmente.]

311

Agustín Ubieto Artela

7.4. L O S P O R T E N T O S

298. ¡ A J U S T I C I A D E L O B I S P O B E N C I O ( S I G L O VIII. B O N O )

E l o b i s p o d e Z a r a g o z a , B e n c i o , i n s t a d o p o r sus f i e l e s h a b í a h u i d o a las m o n t a ñ a s r i b a g o r z a n a s antes d e q u e l a c i u d a d f u e r a c o n q u i s t a d a p o r los m u s u l m a n e s . C o n él se h a b í a l l e v a d o los p r i n c i p a l e s b i e n e s m u e b l e s y orn a m e n t o s sagrados d e l a diócesis, c o n l a e s p e r a n z a d e q u e llegarían mejores y más sosegados t i e m p o s p a r a regresar. Ya en tierras de R i b a g o r z a , llevé) a c a b o B e n c i o u n a i n t e n s a a c t i v i d a d pastoral y política, p u e s t o q u e fue partícipe p r i n c i p a l de la resistencia q u e se inició e n aquellas tierras c o n t r a los m o r o s . E l e n c a b e z ó p r e c i s a m e n t e l a del e g a c i ó n c r i s t i a n a q u e atravesó a l o t r o l a d o d e los P i r i n e o s p a r a s o l i c i t a r ayuda m i l i t a r y h u m a n a al rey de los francos. L a c o m u n i c a c i ó n c o n las gentes d e l país v e c i n o f u e f r e c u e n t e y e s e n e l transcurso de u n o de esos viajes de B e n c i o a F r a n c i a c u a n d o s u c e d i ó la sig u i e n t e escena. F u e e n e l m o m e n t o d e atravesar l a m o n t a ñ a q u e separa R i b a g o r z a d e l valle d e A r a n , l a l l a m a d a — e n v i r t u d p r e c i s a m e n t e d e este hec h o — la Maladeta o, lo que es lo mismo, la Maldita. S e h a l l a b a todavía e l o b i s p o e n e l l a d o r i b a g o r z a n o , a u n q u e n o lejos d e l a c u m b r e , c u a n d o se e n c o n t r ó c o n un r e b a ñ o y su pastor. Este, sin v e n i r a c u e n to y sin h a b e r m e d i a d o n i n g u n a p a l a b r a previa, m o t e j ó e i n c l u s o a m e n a z ó al religioso q u e no sabía q u é h a c e r ante a q u e l l a a c t i t u d , e x c e p t o pasar de largo. U n a pastora q u e se e n c o n t r a b a p r ó x i m a al l u g a r de la escena al c u i d a d o de o t r o r e b a ñ o , v i e n d o el d e s p r e c i o y la vejación de q u e era objeto B e n c i o se a c e r c ó a él p a r a s o c o r r e r l e , ayuda q u e agradeció e n o r m e m e n t e éste. H a b í a n t r a n s c u r r i d o sólo u n o s instantes c u a n d o e l sacerdote, q u e estab a m u y e n f a d a d o p o r l o s u c e d i d o , avisó a l a p a s t o r a d e l castigo q u e i b a a i m p o n e r a a q u e l d e s a l m a d o y le pidió q u e se r e t i r a r a un tanto valle abajo c o n sus a n i m a l e s . L o h i z o así l a zagala e i n m e d i a t a m e n t e s e oyó u n e n o r m e e s t r u e n d o , m o m e n t o en el q u e el pastor y sus reses q u e d a r o n todos p e t r i f i cados, tal c o m o todavía se les p u e d e ver hoy. [Moner, Joaquín M . , Historia de Ribagorza, II, págs. 170-17L]

299.

U N A N T Í D O T O

C O N T R A

L A

SEQUÍA

( S I G L O XIT. C A P E L I A )

L a p u g n a e n t r e e l o b i s p o d e H u e s c a y e l barbastrense R a m ó n s e saldó, c o m o es sabido, con la victoria del p r i m e r o , apoyado p o r el p r o p i o monar312

I.(yendas para una historia paralela del Aragón mediri'al

ca a r a g o n é s . En juego estaba la asignación de varias feligresías a u n o u o t r o o b i s p a d o y la cuestión de los límites entre a m b o s . El o b i s p o R a m ó n se v i o o b l i g a d o a h u i r h a c i a la R i b a g o r z a d o n d e e r a m u y r e s p e t a d o y q u e r i d o , y d o n d e p r o t a g o n i z ó , a l d e c i r d e las gentes, a u t é n t i c o s p r o d i g i o s . C u e n t a l a tradición q u e san R a m ó n , tras ser a r r o j a d o d e l a c i u d a d d e l V e r o , f u e p e r s e g u i d o c o n e n c o n o p o r los sicarios d e s u e n e m i g o c u a n d o i b a c a m i n o d e R o d a . D e s p u é s d e pasar p o r P e r a r r ú a , d o n d e todavía s e r e c u e r d a s u p r e s e n c i a , llegó a C a p e l l a , d o n d e tuvo l u g a r u n h e c h o insólito p u e s las c a m p a n a s a n u n c i a r o n su l l e g a d a tañidas p o r sí solas, c r e y e n d o a l g u n o s i n c l u s o oír u n a voz q u e d e c í a : «Llega m i s i e r v o R a m ó n , e s c u c h a d l e » . E l c l e r o y todos los habitantes d e l p u e b l o d e C a p e l l a s a l i e r o n a l c a m i n o m a r a v i l l a d o s p a r a r e c i b i r p r o c e s i o n a l m e n t e a l santo o b i s p o , a q u i e n h a l l a r o n d e s c a n s a n d o d e l a c a m i n a t a sentado e n u n p o y o d e p i e d r a e n las afueras d e l a p o b l a c i ó n , d o n d e d e j ó i m p r e s a s a l g u n a s h u e l l a s . T o d o s t r a t a r o n de h a c e r o l v i d a r a R a m ó n los sinsabores q u e a c a b a b a dev i v i r y le o f r e c i e r o n su h o s p i t a l i d a d y sus casas. A g r a d e c i d o a los m o r a d o r e s d e C a p e l l a p o r los h o n o r e s q u e l e h a b í a n p r o d i g a d o , les d i j o q u e l e p i d i e r a n u n a g r a c i a y los a n c i a n o s d e l p u e b l o s o l i c i t a r o n q u e les a l c a n z a r a d e D i o s e l b e n e f i c i o d e l a l l u v i a e n t i e m p o d e sequía. S a n R a m ó n p r o m e t i ó q u e así sería s i e m p r e q u e r e c u r r i e s e n a su p a t r o c i n i o y a m p a r o , p e r o sólo después de r e c i b i r los s a c r a m e n t o s de p e n i t e n c i a y c o m u n i ó n . [Castillón, F., «San Ramón, de Capella», Folletón AUoaragón, 62 (1982), pág. xni.]

300. I A V I R G E N V I A J E R A (SIGLO XII. Z A R A G O Z A )

Vivía e n Z a r a g o z a , d e n t r o d e s u m u r o d e t i e r r a , u n a p o b r e mujer, m u y d e v o t a d e l a V i r g e n . S u deseo p r i n c i p a l consistía e n p o s e e r e n s u casa u n a i m a g e n a la q u e rezar, p o r lo q u e pidió a un e s c u l t o r q u e le labrase u n a de alabastro. C a s i todos los días a c u d í a al taller d e l artista p a r a ver c ó m o avanz a b a e n s u o b r a hasta q u e l o g r ó v e r l a casi f i n a l i z a d a . E r a u n a talla h e r m o sa, m u y h e r m o s a , tal y c o m o e l l a la h a b í a s o ñ a d o . S i n e m b a r g o , un día visitaron el taller d e l escultor varios h o m b r e s venidos de S o r i a p a r a hacerle un e n c a r g o . V i e r o n las obras que el artista tenía en el est u d i o , p e r o les gustó más q u e n i n g u n a o t r a la talla q u e estaba l a b r a n d o p a r a l a m u j e r zaragozana y d e c i d i e r o n comprársela p o r m u c h o más d i n e r o d e l q u e la p o b r e señora i b a a pagar y, p e n s a n d o el artífice q u e le podría hacer o t r a semejante, decidió vendérsela. La i m a g e n fue a parar, pues, a tierras de Soria. Catando la p i a d o s a s e ñ o r a se e n t e r ó de lo o c u r r i d o , p r o r r u m p i ó en lág r i m a s tan sentidas y llenas d e e n c e n d i d o f e r v o r q u e o c a s i o n ó q u e l a i m a 313


gen se viniese de S o r i a c o m o p o r arte de e n c a n t o y se apareciese a su sierva sobre un o l i v o c e r c a n o a su casa, r o d e a d a de g r a n d e s luces. A d m i r a d o s los s o r i a n o s de q u e les faltase la i m a g e n , v i a j a r o n de n u e v o a Z a r a g o z a , pues p o r m e d i o d e u n o s m e r c a d e r e s h a b í a n o í d o h a b l a r d e l a m i s t e r i o s a aparición. C o m p r o b a r o n q u e l a i m a g e n d e l o l i v o era l a q u e ellos habían a d q u i r i d o y s o l i c i t a r o n d e l o b i s p o su devolución, c o m o así se h i z o , d e m o d o q u e l a V i r g e n volvió a S o r i a . Las milagrosas idas y v e n i d a s se r e p i t i e r o n en varias ocasiones, de m a n e r a q u e l a p o b r e m u j e r d e c i d i ó buscar testigos d e e l l o , a c a b a n d o p o r c o n v e n c e r a l o b i s p o d e l o q u e r e a l m e n t e estaba s u c e d i e n d o . I n m e d i a t a m e n t e , l a p i e d a d d e los c i u d a d a n o s h i z o q u e s e levantara u n a e r m i t a p a r a a l b e r g a r con d i g n i d a d a la que dieron en llamar virgen del Olivar, por el olivo en el q u e r e p e t i d a m e n t e se a p a r e c í a , a u n q u e m u y p r o n t o se le c a m b i a r í a este n o m b r e por el de Nuestra Señora del M i l a g r o , en recuerdo del que en d i c h o t e m p l o h i c i e r a e l p r o p i o santo D o m i n g o e n 1219, m o m e n t o e n e l q u e la e r m i t a se convirtió en c o n v e n t o de los P r e d i c a d o r e s . [Faci, Roque A . , Aragón..., I, págs. 28-29.]

301. L O S C O R P O R A L E S L L E G A N A D A R O C A ( S I G L O XIII. D A R O C A )

R e c o n q u i s t a d a V a l e n c i a , J a i m e I e l C o n q u i s t a d o r h u b o d e dejar l a c i u d a d y partir hacia Montpellier, encargando el gobierno a Berenguer de E n teriza. Este, c o n la a y u d a y el consejo de varios capitanes, d e c i d i ó sitiar el castillo d e C h í o . Tras el é x i t o i n i c i a l de los cristianos, los m o r o s se r e h i c i e r o n y la b a t a l l a quedó indecisa. L o s h o m b r e s de Berenguer de E n t e n z a se aprestaron a proseguir l a l u c h a a l día s i g u i e n t e , c u i d a n d o d e todos los p r e p a r a t i v o s . A l a l b a , e s t a n d o los capitanes cristianos a p u n t o de r e c i b i r la c o m u n i ó n , s o n ó de p r o n t o e l t o q u e d e rebato, pues e l e n e m i g o h a b í a t o m a d o l a i n i c i a t i v a . Q u e dóse solo e l m o s é n d a r o c e n s e M a t e o M a r t í n e z c e l e b r a n d o l a M i s a y , n o sab i e n d o q u é h a c e r c o n las seis Sagradas F o r m a s , las c o n s a g r ó , las envolvió en u n o s c o r p o r a l e s y las e s c o n d i ó e n t r e u n o s pañitos. La suerte f i n a l s o n r i ó a los cristianos q u e p u s i e r o n e n f u g a a l e n e m i g o . F i n a l i z a d a l a b a t a l l a , los capitanes q u i s i e r o n d a r gracias a D i o s , s o l i c i t a n d o a m o s é n M a t e o l a c o m u n i ó n . E n t o n c e s , d e s e n t e r r a d o s los c o r p o r a l e s q u e envolvían las seis Sagradas F o r m a s , h a l l a r o n q u e éstas se h a b í a n pegado c o m p l e t a m e n t e a los paños, q u e aparecían teñidos de sangre. Se a r m ó tal a l b o r o t o e n t r e los s o l d a d o s cristianos a la vista de a q u e l p o r t e n t o , q u e los m u s u l m a n e s , d e n u e v o r e a g r u p a d o s , v o l v i e r o n a l a carga, p o r c r e e r q u e el desconcierto, el temor y la confusión había h e c h o mella en el b a n d o

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e n e m i g o . R á p i d a m e n t e r e p l i c a r o n los aragoneses — e n f e r v o r i z a d o s p o r los C o r p o r a l e s q u e , desde l o alto d e l a m o n t a ñ a , m o s t r a b a e l sacerdote d a r o c e n s e — hasta t e r m i n a r c o n e l ú l t i m o m u s u l m á n y l a t o m a d e l a f o r t a l e z a d e Chío. U n a vez r e p a r t i d o e l b o t í n d e g u e r r a , s e p l a n t e ó e l p r o b l e m a d e l traslado y c u s t o d i a de los santos C o r p o r a l e s a un l u g a r s e g u r o y d i g n o , de m o d o q u e , tras largas d e l i b e r a c i o n e s , se a c o r d ó e c h a r a suertes su posesión. P o r tres veces f u e a g r a c i a d a l a v i l l a d e D a r o c a , mas c o m o e l sistema d e l sorteo no satisficiera a los no agraciados, se a c o r d ó p o n e r los C o r p o r a l e s d e n t r o d e u n a a r q u e t a , c a r g á n d o l a sobre u n a m u í a , a l a q u e s e d e j ó e n p l e n a l i bertad. Valencia, Catarroja, Manises, Segorbe y j é r i c a f u e r o n jalones que la ínula d e j ó a ü á s hasta l l e g a r a D a r o c a el d í a 7 de m a r z o de 1239, p a r a , tras a r r o d i l l a r s e e l a n i m a l e n l a iglesia d e San M a r c o s , m o r i r r e v e n t a d a . L o s C o r p o r a l e s , pues, s e q u e d a r o n e n D a r o c a . [Nuñez, Cristóbal, Antigüedades de Daroca, 1 p., c. 3, cap. 3, núm. 13. Blasco de I.anuza, V., Historias eclesiásticas ... de Aragón, t. 1, lib. 2, c. 23.

Faci, Roque A . , Aragón..., I, págs. 3-8. Ciruelo, Pedro, Historia de los Corporales de Daroca. Daroca, s. d.]

302. I N V E N C I Ó N D E L R O S A R I O ( S I G L O XIII)

U n zagal, pastor d e u n m e n g u a d o r e b a ñ o d e ovejas q u e servía d e sustento a los suyos, era un g r a n d e v o t o de la V i r g e n , a la q u e r e z a b a d i a r i a m e n t e r o g á n d o l e tanto p o r é l c o m o p o r t o d a s u f a m i l i a , f u n d a m e n t a l m e n t e por su madre enferma. A l objeto d e llevar p e r f e c t a m e n t e l a c u e n t a d e las avemarias q u e desg r a n a b a e n l a s o l e d a d d e l m o n t e , p u e s t o q u e r e z a b a e l m i s m o n ú m e r o par a c a d a p e r s o n a e n c o m e n d a d a , solía c o r t a r c a d a día u n tallo d e j u n c o flex i b l e , e n e l q u e h a c í a u n n u d o p o r c a d a u n a d e ellas y , c a d a d i e z o r a c i o n e s rezadas, u n o más g r a n d e y a l g o d i s t a n c i a d o d e l resto. E n u n a ocasión —tras h a c e r u n alto e n e l c a m i n o p a r a r e p o n e r fuerzas y p a r a q u e d e s c a n s a r a n sus ovejas, su asno y sus p e r r o s — , r e c o g i ó t o d o y reemprendió la caminata, pero se dejó olvidado el j u n c o anudado colgado de l a r a m a d e u n árbol. N o l e d i o n i n g u n a i m p o r t a n c i a a l o l v i d o pues, c o m o solía h a c e r c a d a día, c o r t a r í a o t r o j u n c o . N o obstante, c u a n d o a l a m a ñ a n a s i g u i e n t e r e g r e s ó a l m i s m o lugar, advirtió e l tallo o l v i d a d o q u e c o l g a b a d e l a r a m a , p e r o vio c o n s o r p r e s a q u e los p e q u e ñ o s n u d o s se h a b í a n c o n v e r t i d o en rosas blancas y los g r a n d e s , los de las decenas, en rosas aún mayores y rojas. 315


C u a n d o al c a b o de vinos días r e g r e s ó a su casa, el zagal n a r r ó en la p l a z a d e l p u e b l o c o n t o d o t i p o d e detalles l o q u e l e h a b í a o c u r r i d o . L a mayoría d e sus c o n v e c i n o s e s t i m a r o n q u e l o s u c e d i d o e r a u n a c l a r a m u e s t r a d e q u e a N u e s t r a S e ñ o r a le gustaba el sistema e m p l e a d o p o r el p a s t o r c i l l o p a ra llevar la c u e n t a de sus rezos, de m o d o q u e en todas las casas d e l p u e b l o c o m e n z a r o n a c o n f e c c i o n a r rosarios, s u s t i t u y e n d o las rosas blancas y rojas p o r granos de g a c h u m b o o de caña de Santo D o m i n g o . Esta l e y e n d a e x p l i c a q u e , en los rosarios p r i m i t i v o s , los granos c o r r i e n t e s fuesen b l a n q u e c i n o s y los de las decenas rojizos, en r e c u e r d o d e l c o l o r de las rosas c o n q u e N u e s t r a S e ñ o r a a d o r n ó e l tallo d e j u n c o d e l p a s t o r c i l l o . | Gironella, Joaquín, «La fiesta de Nuestra Señora del Rosario», Folletón Altoaragón, 2 (1980), 2.]

303. U N E P I S O D I O D E L A G U E R R A A L B 1 G E N S E ( S I G L O XIII. A Í N S A )

P e d r o II de A r a g ó n a c u d i ó al sur de F r a n c i a p a r a apoyar a sus s u b d i t o s albigenses, o p o n i é n d o s e l e S i m ó n d e M o n f o r t , c o m o e s b i e n c o n o c i d o . L a g u e r r a causó a b u n d a n t e s bajas entre los c o n t e n d i e n t e s de u n o y o t r o l a d o . E n las f i l a s aragonesas s e c o n t a b a e l h i j o d e l b a r ó n A r t a l d e M u r y Puym o r c a , q u e e s p e r a b a t e m e r o s o p o r l a suerte q u e p u d i e r a c o r r e r s u p r i m o génito. M i e n t r a s esto sucedía, salió un día d o n A r t a l de caza p a r a d i s t r a e r su esp e r a angustiada, c u a n d o descubrió u n a jabalina a la que acorraló en u n a o q u e d a d . L a m u e r t e d e l a n i m a l era segura. P e r o c u a n d o estaba a p u n t o d e disparar, el c a z a d o r oye) c o n sorpresa c ó m o se le dirigía la fiera, d i c i é n d o l e : «Si n o m e matas, t e r e c o m p e n s a r é » . A n t e h e c h o tan s o r p r e n d e n t e , e l b a r ó n a b a n d o n ó la p i e z a y, sin p o d e r d i s i m u l a r su a s o m b r o , d e c i d i ó regresar a su casa, d o n d e n a r r ó l o o c u r r i d o . A q u e l l a n o c h e , después d e cenar, a d o r m i l a d o d o n A r t a l j u n t o a l hogar, v i o atcmito c ó m o d e u n o d e los t r o n c o s surgía y t o m a b a c u e r p o u n a f i g u r a h u m a n a . S e trataba d e Satanás q u e a c u d í a a c u m p l i r l a p a l a b r a d a d a p o r l a m a ñ a n a , p u e s l a j a b a l i n a i n d u l t a d a n o era o t r a q u e e l p r o p i o d i a b l o . Así f u e c ó m o le c o n t ó q u e su h i j o estaba a salvo y q u e no t e m i e r a p o r su v i d a , puest o q u e l o h a b í a t o m a d o bajo s u p r o t e c c i ó n . A d e m á s , c o g i e n d o u n lizém c o n sus m a n o s lo convirtió en un l i n g o t e de o r o y se lo o f r e c i ó al b a r ó n . L u e g o desapareció. A la m a ñ a n a s i g u i e n t e , la b a r o n e s a c o n t ó a su m a r i d o q u e h a b í a s o ñ a d o q u e se le a p a r e c i ó la V i r g e n , q u i e n le m a n i f e s t ó su deseo de q u e se le e r i g i e r a allí u n a e r m i t a . P o r s u p a r t e , d o n A r t a l refirió a s u esposa l o s u c e d i d o j u n t o al hogar. 316


El b a r ó n , h o m b r e p r á c t i c o y a g r a d e c i d o , p r o p u s o a su m u j e r la const r u c c i ó n d e l a c a p i l l a q u e pagarían c o n e l d i n e r o q u e les p r o p o r c i o n a r í a e l l i n g o t e d e o r o , p e r o c o n l a c o n d i c i ó n d e q u e u n día a l a ñ o s e o f i c i a r a e n l a nueva capilla una misa por el diablo. E l viejo sacerdote d e Aínsa p u s o e l g r i t o e n e l c i e l o ante p r o p u e s t a t a n descabellada, pero accedió al final c u a n d o el barón le dijo que la misa se o f r e c e r í a p o r l a conversión d e l d i a b l o . D e s d e e n t o n c e s , pues, u n a vez a l a ñ o e s c o s t u m b r e c e l e b r a r e n Aínsa u n a m i s a p o r e l d i a b l o . [ D o m í n g u e z , J u a n , « L a m i s a p o r e l d i a b l o » , e n Aragón legendario, II, p á g s . 1 7 - 1 8 . ]

304. L A P A L I D E Z D E I A V I R G E N D E S A L A S (SIGLOS XIII-XIV. H U E S C A )

En m u y contadas ocasiones se tiene la o p o r t u n i d a d de ver r e u n i d a s y p r e s i d i e n d o u n m i s m o s a n t u a r i o dos i m á g e n e s d e l a V i r g e n , c u a l e s e l caso de la e r m i t a q u e acoge a la v i r g e n de Salas y a N u e s t r a S e ñ o r a de la H u e r ta, e n las afueras d e H u e s c a . L a s d o s tallas s o n h e r m o s a s , p e r o d e u n a d e ellas l l a m a p o d e r o s a m e n t e la a t e n c i ó n el c o l o r lívido de su rostro, o «la baj a c o l o r d e l a tez» d e l a d e Salas, c i r c u n s t a n c i a sobre l a q u e existen varias i n t e r p r e t a c i o n e s , c u a l es el caso de la s i g u i e n t e . E n c i e r t a o c a s i ó n , l a q u e c o m e n z ó s i e n d o u n a s i m p l e y tonta discusión e n t r e dos v e c i n o s d e H u e s c a f i n a l i z ó e n reyerta e n c o n a d a . U n o d e los l i t i gantes, p o r r a z o n e s q u e n o v i e n e n a l caso, d e c i d i ó r e h u i r l a p e l e a , t r a t a n d o de e s c o n d e r s e en los c a m p o s d e l Almériz, en c u y o t é r m i n o se h a l l a el sant u a r i o , hasta q u e s e c a l m a r a n los á n i m o s . N o obstante, s u c o n t r i n c a n t e , e n t e r a d o de d ó n d e estaba salió en su busca. El joven p e r s e g u i d o — d e v o t o de santa M a r í a y ante el t e m o r de ser alc a n z a d o — s e refugió e n l a e r m i t a , p e n s a n d o q u e , c o m o l u g a r sagrado q u e era, estaría a salvo. P e r o el p e r s e g u i d o r , a r r o g a n t e y p r e c i a d o de sí m i s m o , n o sólo n o r e s p e t ó e l i n v i o l a b l e d e r e c h o d e asilo, s i n o q u e e n t r ó e n e l temp l o a c a b a l l o d i s p u e s t o a m a t a r allí m i s m o a su e n e m i g o . L a v i r g e n d e Salas — a n t e u n acto n o sólo tan vandálico sino p e r p e t r a d o a d e m á s e n s u p r e s e n c i a — d i o u n t r e m e n d o g r i t o d e espanto, a p a r t ó d e s í al N i ñ o c o m o p a r a salvarle y se q u e d ó c o m p l e t a m e n t e lívida, d e s c o l o r i d a . A n t e a q u e l l o s signos d e d e s a p r o b a c i ó n p o r p a r t e d e N u e s t r a S e ñ o r a , e l pers e g u i d o r se p e r c a t ó de la i n f a m i a q u e estaba c o m e t i e n d o y, a r r e p e n t i d o y pesaroso p o r e l l o , se lanzó al suelo e h i n c á n d o s e de r o d i l l a s pidió p e r d ó n a l a V i r g e n p o r h a b e r p e r t u r b a d o l a paz d e s u s a n t u a r i o . Pasó el t i e m p o , y el p e r s e g u i d o r d e m o s t r ó su a r r e p e n t i m i e n t o de manera sobrada imponiéndose duras penitencias, todo lo cual convenció a la

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Agustín Ume.to Arteta

v i r g e n de Salas de su s i n c e r i d a d , lo q u e le llevó a atraer de n u e v o al N i ñ o h a c i a sí, a u n q u e j a m á s r e c u p e r ó e l c o l o r s o n r o s a d o d e s u p i e l , q u e siguió lívido. [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r Teresa L a l i e n a , de H u e s c a . ]

305. L A S A V E N I D A S D E L E B R O Y DE LA H U E R V A (SIGLO XIV. M O N Z A L B A R B A )

E l a ñ o 1397 f u e u n a ñ o d e m u c h a s nieves y d e lluvias a b u n d a n t e s , tanto q u e las t u m u l t u o s a s aguas d e l a H u e r v a — a p a r t e d e a n e g a r las h u e r t a s q u e d a b a n v i d a a Z a r a g o z a y de d e r r i b a r un n ú m e r o i m p o r t a n t e de torres y peq u e ñ a s e d i f i c a c i o n e s — l o g r a r o n socavar t a m b i é n p o r los c i m i e n t o s u n a b u e n a p a r t e d e las sólidas m u r a l l a s d e l a c i u d a d , i n c l u i d a l a p u e r t a l l a m a d a Q u e m a d a . A causa de estas e n o r m e s riadas o r i g i n a d a s p o r río tan p e q u e ñ o m u r i e r o n , a s i m i s m o , varias p e r s o n a s y a n i m a l e s y b u e n a p a r t e de las cosechas d e m a t a r e l h a m b r e q u e d a r o n a r r u i n a d a s . N o m e n o s d r a m á t i c o s y devastadores f u e r o n los efectos d e l a n c h o E b r o varías veces d e s b o r d a d o , q u e se llevó aguas abajo no sólo el p u e n t e de barcas d e l a c i u d a d , s i n o t a m b i é n u n a sólida t o r r e d e p i e d r a c o n s t r u i d a e n med i o d e l r í o , a r r a s a n d o n o sólo huertas y c a m p o s , s i n o t a m b i é n a l g u n o s l u gares y e d i f i c a c i o n e s q u e estaban cercanos a su o r i l l a . Aguas arriba de Zaragoza, aledaña a la población de M o n z a l b a r b a , en la v e r a m i s m a d e l E b r o , l a p i e d a d d e los h o m b r e s h a b í a l e v a n t a d o u n a capaz y h e r m o s a e r m i t a e n é p o c a a n t e r i o r a l a l l e g a d a d e los m o r o s — l a N u e s t r a S e ñ o r a d e l a A n t i g u a , h o y l l a m a d a N u e s t r a S e ñ o r a d e l a S a g r a d a — , q u e fue u n l u g a r i m p o r t a n t e d e r e f e r e n c i a y d e e n c u e n t r o p i a d o s o d e los mozárabes z a r a g o z a n o s d u r a n t e los m u c h o s siglos q u e d u r ó l a d o m i n a c i ó n d e los musulmanes. E n esta o c a s i ó n , l a c r e c i d a d e l E b r o f u e d e tal e n v e r g a d u r a q u e l l e g ó a sobrepasar la altura de la p u e r t a de la e r m i t a de Nuestra S e ñ o r a de la A n t i g u a , q u e estaba a b i e r t a d e p a r e n par, p e r o s i n q u e n i u n a s o l a g o t a de agua penetrara en su interior. Sin que nadie p u d i e r a explicarse c ó m o p u d o o c u r r i r , el p r o p i o río se constituyó en auténtica m u r a l l a , c o m o si se t r a t a r a d e u n s ó l i d o d i q u e d e c o n t e n c i ó n i n v i s i b l e . D e s d e ese i n s t a n t e , c o m o e m p u j a d a s p o r u n a e n o r m e f u e r z a s o b r e n a t u r a l , las aguas c o m e n zaron a descender. Lo que en la c i u d a d de Zaragoza había sido destrucc i ó n y d e s o l a c i ó n p o r los efectos d e v a s t a d o r e s d e l E b r o y d e l a H u e r v a desbordados fue m i m o y p r o d i g i o en la e r m i t a de la A n t i g u a de M o n z a l barba. [ F a c í , R o q u e A . , Aragón..., l , p á g s . 21-22.]

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306. M A R T Í N V I S A G R A , P E R J U R O (SIGLO XIV. D A R O C A )

U n v e c i n o d e D a r o c a , l l a m a d o , según d i c e n q u i e n e s c o n o c e n l a t r a d i c i ó n , M a r t í n V i s a g r a , h a b í a finalizado su f a e n a d i a r i a y regresaba de las huertas q u e r i e g a e l J i l o c a h a c i a s u casa u n a t a r d e c e r d e o t o ñ o . E r a u n vec i n o n o r m a l , h o m b r e s o b r a d a m e n t e c o n o c i d o e n t r e los habitantes d e l a v i l l a , a u n q u e n u n c a h a b í a destacado p o r n a d a . E n s u casa l o e s p e r a b a n c o m o c u a l q u i e r o t r a j o r n a d a d e trabajo. S i n e m b a r g o , a q u e l día, sin saber q u é m o t i v o s p u d i e r o n i n d u c i r l e a llevar a c a b o u n a a c c i ó n así, p u e s t o q u e él t e n í a más q u e s u f i c i e n t e en sus p r o p i e d a d e s , r o b ó u n cesto l l e n o d e u v a d e l a viña p r o p i e d a d d e u n v e c i n o suy o . S e d i o c u e n t a éste d e l o s u c e d i d o y l e r e c r i m i n ó p o r e l r o b o c o m e t i d o , c o n m i n á n d o l e a d e v o l v e r l e los r a c i m o s . M a r t í n V i s a g r a s e e n c a r ó m a l h u m o r a d o c o n q u i e n d e c í a ser d u e ñ o d e l a u v a q u e llevaba y n e g ó l a c o m i s i ó n d e l r o b o , i n t e n t a n d o p e r s u a d i r l e d e q u e l a f r u t a era suya, r e c i é n c o g i d a d e s u p r o p i a viña n o h a c í a m u c h o rato. Y , p a r a tratar d e c o n v e n c e r p o r c o m p l e t o a l v e c i n o , d e l a n t e i n c l u s o d e otros c a m p e s i n o s q u e a c u d i e r o n a l o í r las voces, r o g ó a l S a n t í s i m o M i s t e r i o q u e , c u a n d o pasara f r e n t e a l c o n v e n t o d e los T r i n i t a r i o s , s i los r a c i m o s d e u v a d e l c a p a z o e r a n d e l a viña d e l v e c i n o r e c l a m a n t e , l e c o n v i r t i e r a e n estatua d e mármol. C o r r í a a l p a r e c e r e l a ñ o 1328, y desde a q u e l día u n a estatua d e p i e d r a r e p r e s e n t a n d o a M a r t í n V i s a g r a , de dos cuartas de a l t u r a , está v i g i l a n t e en la puerta del convento de Trinitarios, c o m o recuerdo a toda la c o m u n i d a d de lo que puede sucederle a un perjuro. [Bernal,José,

Tradiciones..., págs.

137-138.]

307. L O S C O R P O R A L E S D E A N I Ñ Ó N (SIGLO XIV. ANIÑÓN)

E n t o r n o a l a ñ o 1300, u n a n o c h e aciaga, s i n saber cuál f u e r a l a causa, e l templo dedicado a Nuestra Señora del Castillo del pueblo de Aniñón, lugar s i t u a d o e n l a c o m u n i d a d d e D a r o c a , ardió p o r c o m p l e t o . Las e n o r m e s l l a mas e n v o l v i e r o n al e d i f i c i o hasta d e v o r a r l o p o r c o m p l e t o , a pesar de los den o d a d o s esfuerzos d e todos los habitantes d e l p u e b l o p o r salvarlo h a c i e n d o u n a c a d e n a h u m a n a c o n c u b o s d e agua. A u n q u e d u r a n t e varios días siguió s a l i e n d o h u m o d e l e d i f i c i o e n r u i n a s , a f o r t u n a d a m e n t e e l siniestro n o p r o d u j o n i n g u n a p é r d i d a h u m a n a , p e r o e r a p e l i g r o s o adentrarse e n sus r u i n a s . N o obstante, e l sacerdote d e l p u e b l o — n o p u d i e n d o esperar p o r más t i e m p o p a r a i n d a g a r s i s e h a b í a salva319

Agustín Ubieto ArteUt

d o algo e n e l i n t e r i o r d e l t e m p l o , l o c u a l e r a d i f í c i l — e n t r ó c o n u n o s f e l i greses, c o n g r a n riesgo p a r a s u i n t e g r i d a d p e r s o n a l , pues todavía q u e d a b a n vigas de m a d e r a a m e d i o q u e m a r y l i e n z o s de p a r e d tambaleantes. L o q u e allí v i v i e r o n aquellas atrevidas personas fue u n p o r t e n t o q u e m a ravilló a todo el m u n d o cristiano. H a b í a a r d i d o t o d o , e x c e p t o seis hostias consagradas y su h i j u e l a q u e el sacerdote había g u a r d a d o en el Sagrario, entre u n o s corporales, q u e i g u a l m e n t e q u e d a r o n intactos. E l Sagrario, d e m a d e r a , había desaparecido. A d e c i r v e r d a d , algunas de las sagradas f o r m a s qued a r o n m í n i m a m e n t e chamuscadas y c i n c o de ellas aparecían cubiertas en sangre, entre los c o r p o r a l e s i g u a l m e n t e e m p a p a d o s , mientras q u e la sexta y la hijuela estaban u n i d a s y se habían c o n v e r t i d o en u n a especie de l e v a d u r a . L a n o t i c i a d e l p o r t e n t o — m i l a g r o l e l l a m a r o n los m á s — c o r r i ó veloz p o r t o d o el país, y hasta A n i ñ ó n l l e g a r o n gentes de todos los p u n t o s c a r d i n a l e s , c o n v e n c i d o s los más e i n c r é d u l o s a l g u n o s . N a t u r a l m e n t e , t a m b i é n la m o n a r q u í a a r a g o n e s a estuvo a l tanto d e l p r o d i g i o , p o r l o q u e n o e s d e extrañ a r q u e , a ñ o s más tarde, el rey J u a n II s o l i c i t a r a a los habitantes de A n i ñ ó n que le dieran la hijuela con la Sagrada F o r m a pegada a ella. C o n c e d i d o el favor p o r los habitantes d e l p u e b l o , J u a n I I depositó a q u e l a u t é n t i c o tesoro en la catedral de Valencia, j u n t o c o n el Santo G r i a l . [ L a n u z a , Historia eclesiástica de Aragón, I, l i b . 5, c a p . 3 2 . F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I , págs. 8-10.J

308. L O S C O R P O R A L E S D E A N D O R R A (SIGLO XIV. A N D O R R A )

U n día d e l siglo XIV, los n u b a r r o n e s q u e s e c e r n í a n e n t o r n o a l m e d i o día sobre A n d o r r a s e c o n v i r t i e r o n e n u n a t o r m e n t a d e s c o m u n a l a l caer l a tarde. P o c o s r e c o r d a b a n u n a b o r r a s c a semejante. L o s r e l á m p a g o s c u b r í a n e i l u m i n a b a n el c i e l o d u r a n t e varios s e g u n d o s , los rayos se estrellaban c o n tra las l o m a s c i r c u n d a n t e s , los t r u e n o s e r a n e n s o r d e c e d o r e s y el v i e n t o tenía l a f u e r z a d e l h u r a c á n . L a s calles d e l p u e b l o estaban c o m p l e t a m e n t e desiertas y q u i e n e s se h a l l a b a n en el c a m p o en el m o m e n t o d e l a g u a c e r o se q u e d a r o n inmóviles p a r a p e t a d o s a l a m p a r o d e l a m a y o r p i e d r a q u e p u d i e ran encontrar. N o d e b e extrañar, pues, q u e , c o m o s u c e d i e r a e n tantos otros lugares, l a iglesia d e A n d o r r a , d e d i c a d a a santa M a r í a M a g d a l e n a , q u e d a r a c o m p l e t a m e n t e d e s t r o z a d a p o r las voraces l l a m a s d e u n i n c e n d i o p r o v o c a d o p o r u n rayo, pues e l fuerte a g u a c e r o d e l a t o r m e n t a fue i n s u f i c i e n t e p a r a acallar e l f u e g o , a t i z a d o por e l v e n d a v a l . C u a n d o amainé) l a t o r m e n t a , t o d o s los v e c i n o s , f o r m a n d o u n a c a d e n a h u m a n a p a r a llevar a g u a q u e sofocase e l f u e g o , h i c i e r o n c u a n t o estuvo e n 320


sus m a n o s p a r a salvar l a casa d e D i o s , p e r o t o d o fue inútil, q u e d a n d o e n p o c o r a t o tan sólo las c u a t r o p a r e d e s d e l t e m p l o , pues l a t e c h u m b r e d e m a d e r a se desplomó p o r c o m p l e t o al suelo. C u a n d o p u d i e r o n e n t r a r e n l o q u e f u e r a a m p l i a y h e r m o s a nave, t o d o estaba c a r b o n i z a d o , e x c e p t o e l S a g r a r i o d e m a d e r a q u e , a u n q u e c h a m u s c a d o , a p a r e c í a c o m p l e t o . S i a q u e l h e c h o y a p a r e c í a m i l a g r o s o , más i n a u d i t o f u e e n c o n t r a r d e n t r o d e él, intactas, las f o r m a s consagradas, a u n q u e hab í a n a d q u i r i d o u n c i e r t o c o l o r tostado. C o m o n o p o d í a ser m e n o s , g u a r d a r o n c o n m i m o las hostias, p e r o a pesar d e t o d o s u c o n s e r v a c i ó n f u e d e f i c i e n t e , hasta q u e e l a r z o b i s p o zaragoz a n o m a n d ó l a b r a r u n a a r q u e t a d e p l a t a s o b r e d o r a d a p a r a g u a r e c e r l a s , per o p a r a e n t o n c e s y a sólo q u e d a b a n a l g u n o s trozos. D e c u a l q u i e r m a n e r a , l o s u c e d i d o , p o r i n e x p l i c a b l e p a r a l a razón h u m a n a , sirvió d e r e f l e x i ó n a los i n f i e l e s , m u c h o s d e los cuales, tanto m o r o s c o m o j u d í o s , a b r a z a r o n l a r e l i gión d e C r i s t o . [ F a c i , R o q u e A . , Aragón,..., i, págs. 10-1 1.]

309. E L A G U A T R A N S F O R M A D A E N S A N G R E ( S I G L O xrv.

CIMBALLA)

E n e l r e i n o d e A r a g ó n , c o m o o c u r r i e r a e n e l resto d e los t e r r i t o r i o s pen i n s u l a r e s , se estaba d e b a t i e n d o la s u p r e m a c í a de las tres r e l i g i o n e s q u e convivían e n s u solar: l a c r i s t i a n a ( a m p a r a d a e n e l d o m i n i o m i l i t a r y polític o d e los estados c r i s t i a n o s ) , l a j u d a i c a ( m i n o r i t a r i a , p e r o m u y c o h e s i o n a da) y la islámica (en f r a n c o retroceso, a t e n o r de los fracasos m i l i t a r e s cosechados a p a r t i r d e l siglo xui). E n e l ú l t i m o tercio d e l siglo x r v , asistirnos a u n p r o c e s o d e evangelizac i ó n masiva p o r parte de los frailes d o m i n i c o s y franciscanos f u n d a m e n t a l mente —basta recordar a Vicente Ferrer, p o r ejemplo—, tratando de conv e r t i r al c r i s t i a n i s m o a m u s u l m a n e s y j u d í o s . Es la é p o c a de los g r a n d e s p o r t e n t o s — m i l a g r o s p a r a o t r o s — , l a d e los C o r p o r a l e s d e A g u a v i v a , M o n t e a r a g ó n , A n d o r r a , F r a g a , etc., q u e son u t i l i z a d o s c o m o signos d e p r o p a ganda. E n este c l i m a d e r e l i g i o s i d a d e x a c e r b a d a , tuvo l u g a r e n e l p u e b l e c i t o d e C i m b a l l a , sito e n l a C o m u n i d a d d e C a l a t a y u d , u n h e c h o p o r t e n t o s o , q u e f u e a p r o v e c h a d o c o n v e n i e n t e m e n t e p o r las a u t o r i d a d e s laicas y religiosas p a r a tratar de v e n c e r la o b s t i n a c i ó n de los herejes. L i n a m a ñ a n a , tras clarear e l día, u n clérigo d e C i m b a l l a estaba celeb r a n d o m i s a . E r a u n a j o r n a d a d e l a b o r y los asistentes n o e r a n m u c h o s , p u e s e l c a m p o r e q u e r í a brazos. L a iglesia estaba e n v u e l t a e n l a p e n u m b r a , 321


apenas r o t a p o r dos velas e n c e n d i d a s . E l a m b i e n t e e r a d e r e c o g i m i e n t o . A l acabar de consagrar, d u d ó el sacerdote si estaba allí real y v e r d a d e r a m e n t e C r i s t o . A l instante, e l a g u a q u e c o n t e n í a e l cáliz s e convirtió e n a u t é n t i c a sangre. L o s asistentes a tan p r o d i g i o s o h e c h o h i c i e r o n c o r r e r a los c u a t r o v i e n tos la voz de lo a c o n t e c i d o , y C i m b a l l a se convirtió r á p i d a m e n t e en l u g a r de p e r e g r i n a c i ó n . E l c l a m o r f u e tanto q u e llegó hasta l a C o r t e m i s m a , y e l rey Martín, b e n e f a c t o r d e l m o n a s t e r i o de P i e d r a , o r d e n ó , en 1398, q u e se trasl a d a r a allí l a sangre d e l m i l a g r o , n o sólo p a r a q u e p u d i e r a ser m e j o r custodiada, sino también para fortalecer la creciente fama d e l cenobio. [ B l a s c o d e L a n u / a , V'., Historias eclesiásticas y seculares de Aragón, I, l i b . 4, c a p . 20. F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I, p á g s . 11-12.]

310. L A A B S O L U C I Ó N D E L O P E FERNÁNDEZ D E L U N A ( S I G L O xrv. V I L I A R R O Y A D E I A S I E R R A )

D o n L o p e Fernández de L u n a , n o m b r a d o arzobispo de Zaragoza en 1352, era u n g e n u i n o r e p r e s e n t a n t e d e l a casa d e los L u n a , i n f l u y e n t e fam i l i a d e n t r o d e l c o n t e x t o d e l r e i n o d e A r a g ó n e i n c l u s o f u e r a d e él. Al nuevo arzobispo zaragozano le vemos interviniendo, en un m o m e n to u o t r o , en los p r i n c i p a l e s asuntos públicos: trata sobre la paz y la g u e r r a , sobre leyes y sobre embajadas... C o n m o t i v o d e l a c r u e l « g u e r r a d e los dos Pedros» — e l d e Aragón y e l de C a s t i l l a — , de tan nefastos resultados p a r a los aragoneses, a L o p e Fern á n d e z d e L u n a s e l e e n c o m e n d ó , e n c a l i d a d d e capitán g e n e r a l , l a d e f e n sa de las f r o n t e r a s c o m u n e s entre C a s t i l l a y A r a g ó n , p a r a lo c u a l dividió y distribuyó las fuerzas y fortificó la c i u d a d de C a l a t a y u d , así c o m o varias p l a zas u b i c a d a s en estos c o n f i n e s . En m e d i o de tales afanes, se le o c u r r i ó visitar la i m a g e n de N u e s t r a Señ o r a de V i l l a r r o y a . D e s p a c h ó p o r d e l a n t e a sus c r i a d o s , m i e n t r a s él cabalg a b a detrás j u n t o c o n u n c a p e l l á n a m i g o . I b a n a m b o s h a b l a n d o y r e z a n d o c u a n d o , desde u n p i n a r c e r c a n o , les llegó u n a voz l a s t i m e r a y q u e j u m b r o sa. D e s m o n t a r o n de sus c a b a l g a d u r a s , las a t a r o n y se i n t e r n a r o n entre los p i n o s en d i r e c c i ó n a los l a m e n t o s . S o r p r e n d i d o s , en un claro del pinar, v i e r o n la cabeza de un h o m b r e q u e estaba s e p a r a d a d e s u c u e r p o . L a c a b e z a , v o l v i e n d o los ojos h a c i a d o n L o p e , le dijo a éste: «Arzobispo, confesión». A u n q u e un tanto c o n f u n d i d o , el religioso confesó a aquel penitente, y, c u a n d o h u b o acabado, cont i n u ó d i c i e n d o q u e «la c a u s a d e h a b e r l e f a v o r e c i d o e l c i e l o c o n e l c o n f e 322


sor q u e p e d í a h a b í a s i d o p o r l a d e v o c i ó n q u e s i e m p r e t u v o a san M i g u e l , al c u a l se había e n c o m e n d a d o c u a n d o u n a c u a d r i l l a de castellanos le h a b í a n h e r i d o d e tal s u e r t e , c o n s e r v a n d o m i l a g r o s a m e n t e l a v i d a e n l a cab e z a , y q u e el santo le h a b í a o f r e c i d o su asistencia hasta q u e se c o n f e s a s e » . D i c h o esto, e x p i r ó . E l a r z o b i s p o , c o n f u n d i d o p o r e l p r o d i g i o q u e a c a b a b a d e vivir, m a n d ó s e p u l t a r el cadáver y, a ñ o s después, c u a n d o la g u e r r a llegó a su f i n , c o m e n zó a edificar la capilla que lo conmemoraría para siempre. [García Ciprés, G . , «Ricos hombres de Aragón. Los Luna», linajes de Aragón, II (1911), 245-246.]

311. L O S C O R P O R A L E S D E F R A G A (SIGLO X V . FRAGA)

N o s h a l l a m o s e n u n día d e l a ñ o 1460. E n F r a g a , los frailes p r e d i c a d o r e s d e S a n Agustín t i e n e n a b i e r t a casa. Están l l e v a n d o allí a c a b o u n a i m p o r tante tarea e v a n g e l i z a d o r a , sobre t o d o e n t r e l a p o b l a c i ó n j u d í a , a u n q u e b i e n e s v e r d a d q u e m u c h a s d e las c o n v e r s i o n e s q u e s e p r o d u c e n l o s o n u n tanto f o r z a d a s p o r las c i r c u n s t a n c i a s e x t r a religiosas, pues l a m o n a r q u í a d e A l f o n s o V el M a g n á n i m o y de la r e i n a M a r í a favorecía esta política. E n ese día, e n l a iglesia c o n v e n t u a l d e los A g u s t i n o s s e h a d e c l a r a d o u n voraz i n c e n d i o y , a u n q u e las l l a m a s n o l a h a n d e s t r u i d o p o r c o m p l e t o , s í h a a r d i d o t o t a l m e n t e e l h e r m o s o r e t a b l o mayor, i n c l u i d o e l S a g r a r i o q u e l o presidía. En p o c a s h o r a s , t o d o es c e n i z a : las m a d e r a s y los ropajes, los c a n t o r a les y los l i e n z o s . S i n e m b a r g o , las p r o p i a s l l a m a s t r a n s p o r t a n p o r e l a i r e , cercana al techo, la hostia consagrada que ocultaba el Sagrario en el mom e n t o d e l i n c e n d i o : l a d e p o s i t a n bajo u n c a n d e l a b r o d o n d e a l c a b o d e l r a t o volvió a s u estado n a t u r a l . T a m b i é n v u e l a n los c o r p o r a l e s , c o m p l e t a m e n t e i n t a c t o s , c o m o l l e v a d o s p o r á n g e l e s , y e n d o a pegarse e n las p i e d r a s d e l a c r u c e r í a d e l a c a p i l l a m a y o r . D e allí los r e c o g e r á n c o n a r t i f i c i o u n o s frailes. T a m b i é n h a q u e d a d o milagrosamente i n d e m n e u n a i m a g e n d e Nuestra Señora. E l p r o d i g i o s o h e c h o f u e c o n o c i d o r á p i d a m e n t e e n todos los r i n c o n e s d e l R e i n o y , d e s d e l u e g o , n o h a b í a p o d i d o s u c e d e r e n u n m o m e n t o más o p o r t u n o , c u a n d o los herejes e i n f i e l e s d u d a b a n más q u e n u n c a . L a palab r a i l u s t r a d a de los frailes p r e d i c a d o r e s h i z o el resto y les c o n v e n c i ó no sólo a q u i e n e s n e g a b a n la v e n e r a c i ó n a las sagradas i m á g e n e s , s i n o t a m b i é n l a r e a l p r e s e n c i a d e C r i s t o e n e l S a n t í s i m o S a c r a m e n t o d e l altar. Allí m i s m o , a q u e l d í a aciago, acababa d e darse u n a p r u e b a p a l p a b l e d e e l l o . 323

Agustín Ubieto Artt.ta

F e r r e r d e L a n u z a , e l q u e f u e r a Justicia d e Aragón, g o b e r n a d o r p o r a q u e l entonces de Fraga, p o r o r d e n de la reina María m a n d ó rehacer el retablo para r e p o n e r l o en su sitio y d a r a c o n o c e r al m u n d o p r u e b a s testimoniales de l a v e r d a d e r a fe. [ B l a s c o d e L a n u z a , V'., Historias eclesiásticas y seculares de Aragón, I, l i b . 5, c a p . 30. F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I, págs. 14-15.]

312. L O S C O R P O R A I . E S D E A G L A V I V A (SIGLO X V . AGUAVTVA)

A u n q u e los d e D a r o c a sean los q u e h a n a l c a n z a d o f a m a e n e l m u n d o e n tero, n o son, sin e m b a r g o , los ú n i c o s C o r p o r a l e s q u e existen e n Aragón, pues se c o n o c e n al m e n o s seis o siete e j e m p l o s más, c u a l es el caso de los del pueblecito de Aguaviva. A m a n e c i ó , c o m o c u a l q u i e r o t r o , e l día 2 3 d e j u n i o d e 1475 y , d u r a n t e l a misa, el párroco de Aguaviva consagró c o m o era habitual u n a hostia. Pret e n d í a c o n s e r v a r l a e n u n c o f r e c i l l o d e p l a t a , j u n t o c o n otras tres f o r m a s más p e q u e ñ a s , p a r a l a p r o c e s i ó n s o l e m n e d e l día s i g u i e n t e . E l resto d e l a j o r n a d a t r a n s c u r r i ó c o n a b s o l u t a n o r m a l i d a d , p e r o , e n t r a d a y a l a n o c h e , sin saber c ó m o n i l a causa, e l t e m p l o p a r r o q u i a l s e c o n virtió e n u n a gigantesca h o g u e r a , d e m o d o q u e s o l a m e n t e q u e d a r o n e n p i e las c u a t r o paredes c u a n d o e l f u e g o y a n o t e n í a n a d a más q u e q u e m a r . C o m o e s lógico, l a d e s o l a c i ó n h i z o m e l l a e n e l p u e b l o . A l día s i g u i e n t e , c u a n d o todavía h u m e a b a n los últimos r e s c o l d o s , e l pár r o c o , c o n e v i d e n t e riesgo p e r s o n a l , c o m e n z ó a h u r g a r entre las r u i n a s . D e p r o n t o , e n v u e l t a e n cenizas, halló u n a p e q u e ñ a c r u z d e p l a t a , l o q u e l e i n d u j o a p e n s a r q u e si las llamas h a b í a n r e s p e t a d o la c r u z quizás h u b i e r a n respetado también al Dios que murió en ella. T r a n s c u r r i d o s c u a t r o días después d e l siniestro, v i n o a visitarle y c o n s o larle el vicario de La G i n e b r o s a y, mientras le atendía, dejó encargado a un m u c h a c h o q u e n o d e j a r a e n t r a r a n a d i e entre las r u i n a s . S i n e m b a r g o , a l p o c o rato se p r e s e n t a r o n tres varones v e n e r a b l e s q u i e n e s , sin h a c e r caso al guardián, penetraron en el templo d e r r u i d o . C o r r i ó el j o v e n a avisar al c u r a de lo o c u r r i d o . P á r r o c o y v i c a r i o s a l i e r o n r a u d o s h a c i a la iglesia y no v i e r o n a los a n c i a n o s , p e r o sí o b s e r v a r o n a s o m b r a d o s , sobre los restos d e l altar, la p e q u e ñ a caja de p l a t a c o n la h o s t i a y las f o r m a s todas b a ñ a d a s en sangre, p e r o enteras e intactas, y al e n t r a r en c o n tacto c o n el aire se t o r n a r o n b l a n c a s y tersas, tal c o m o se c o n s e r v a n t o d a vía hoy. [Bernal, José.,

324

Tradiciones..., p á g .

117.]


313. L O S C O R P O R A L E S D E S A N J U A N D E L A PEÑA, I N T A C T O S (SIGLO X V . S A N J U A N D E I A PEÑA)

Es s a b i d o a través de t e s t i m o n i o s distintos q u e el viejo m o n a s t e r i o de S a n J u a n d e l a P e ñ a p a d e c i ó varios i n c e n d i o s a l o l a r g o d e s u d i l a t a d a hist o r i a , hasta q u e , p o r f i n , e l d e c l a r a d o u n a n o c h e d e 1676 o b l i g ó a los m o n jes p i n a t e n s e s a c o n s t r u i r el c o n v e n t o alto o n u e v o , q u e q u e d a r í a vacío c o n las d e s a m o r t i z a c i o n e s d e l siglo X I X . Pues b i e n , e n e l a ñ o 1494, u n a parte d e l r o c o s o c e n o b i o d e b i ó p a d e c e r u n a de esas q u e m a s t a n difíciles de sofocar d a d o s los m e d i o s de la é p o c a y l a escasez d e a g u a p a r a u n a e m e r g e n c i a d e esta n a t u r a l e z a . L o s m i e m b r o s d e l a c o m u n i d a d , tanto frailes c o m o d o n a d o s , apenas c o n l o p u e s t o p u d i e r o n p o n e r s e a salvo y t u v i e r o n q u e p e r m a n e c e r alejados de su casa hasta q u e el f u e g o se extinguió) p r á c t i c a m e n t e solo. El f u e g o d e v o r a d o r d e b i ó afectar e s e n c i a l m e n t e a la iglesia y a la sacristía, a las q u e , c o n e v i d e n t e p e l i g r o de su v i d a , e n t r ó y se movió entre las l l a mas u n a r r i e s g a d o m o n j e , q u e logró rescatar d e l f u e g o e l c o n t e n i d o d e varias arquetas, r e l i q u i a s q u e e r a n f u n d a m e n t a l e s p a r a e l m o n a s t e r i o p u e s t o q u e c o n t e n í a n , n i más n i m e n o s , los c u e r p o s d e san I n d a l e c i o y d e s u discíp u l o Jacobo, así c o m o los de san V o t o y Félix. Las antiguas arcas de m a d e r a q u e los c o n t e n í a n a r d i e r o n c o n f a c i l i d a d y p o r c o m p l e t o , l o c u a l n o dej a d e ser u n f e n ó m e n o c i e r t a m e n t e m i l a g r o s o . P e r o más p o r t e n t o s o fue todavía a la vista de todos el h e c h o de q u e la p e q u e ñ a y b e l l a m e n t e trabajada a r q u e t a q u e c o n t e n í a el S a n t í s i m o Sacram e n t o f u e c o n s u m i d a c o m p l e t a m e n t e p o r e l f u e g o , p e r o n o las Sagradas F o r m a s q u e estaban d e n t r o d e e l l a , q u e q u e d a r o n intactas. El m o n j e sacó de la iglesia en llamas las hostias consagradas envolviénd o l a s en la c o g u l l a de su h á b i t o , q u e les sirvió de a m p a r o y c u s t o d i a hasta q u e trajeron d e J a c a o t r a a r q u e t a f i n a m e n t e l a b r a d a , e n l a q u e f u e r o n depositadas e n u n acto s o l e m n e . S a n J u a n d e l a P e ñ a , e l c e n t r o r e l i g i o s o e n e l q u e n a c i e r a A r a g ó n , s e sumó así a la serie de l o c a l i d a d e s aragonesas q u e v i v i e r o n p r o d i g i o s similares. [Briz Martínez, Historia de San Juan de la Peña, I, cap. 47, pág. 211. Blasco de Lanuza, V., Historias eclesiásticas y seculares de Aragón, i, l i b . 5, cap. 15.

Faci, Roque A . , Aragón..., I, pág. 18.]

314. L O S P R E S A G I O S D E L A C A M P A N A (SIGLO X V . VEI.II.IA DE E B R O )

C u a n d o l a c i u d a d d e G a e t a f u e sitiada p o r las naves genovesas, a c u d i e r o n a l e v a n t a r c o n j u n t a m e n t e e l c e r c o los reyes A l f o n s o d e A r a g ó n , J u a n 325


de N a v a r r a y J u a n de P o r t u g a l . C o m e n z a d a la i m p o r t a n t e batalla el día 5 d e agosto d e 1435, f i n a l i z ó n o sólo c o n l a d e r r o t a d e los c o a l i g a d o s s i n o t a m b i é n c o n la prisión de los tres m o n a r c a s y de n u m e r o s o s c a b a l l e r o s y soldados. A u n q u e l a desagradable n o t i c i a llegó a l R e i n o , c o m o e s n a t u r a l , algunas j o r n a d a s después, sin e m b a r g o es sabido q u e el día antes de p r o d u c i r s e la d e r r o t a , u n a d e las c a m p a n a s d e l a e r m i t a d e S a n Nicolás d e R a r i , d e V e l i l l a de E b r o , tañó p o r sí sola, p r e s a g i a n d o , sin d u d a , el triste a c o n t e c i m i e n t o . S e g ú n l a tradición, m u c h o s h a n s i d o los a c o n t e c i m i e n t o s , g e n e r a l m e n t e luctuosos, q u e h a n s i d o v a t i c i n a d o s p o r l a e x t r a o r d i n a r i a c a m p a n a d e Vel i l l a , c u y a f i g u r a c a m p e a sobre gules e n e l e s c u d o d e l a v i l l a : l a pérdida d e E s p a ñ a (711), el t r i u n f o de A l f o n s o V en Ñapóles (1442); el m a r t i r i o de san P e d r o A r b u é s (1485); o e l f a l l e c i m i e n t o d e F e r n a n d o e l C a t ó l i c o (1516), entre otros. I.a c a m p a n a llegó f l o t a n d o p o r m a r hasta l a d e s e m b o c a d u r a d e l r í o E b r o , y llevaba e n c i m a dos velas e n c e n d i d a s q u e no se c o n s u m í a n ni a p a g a b a n n u n c a , a pesar d e l v i e n t o y d e l oleaje. C u a n d o a l g u i e n i n t e n t a b a c o g e r l a , se h u n d í a p a r a volver a r e a p a r e c e r un p o c o más allá, f u e r a d e l alcance de los h o m b r e s y c o n las velas e n c e n d i d a s . L o m i s m o octtrrió c u a n d o , sin q u e n a d i e l a i m p u l s a r a , c o m e n z ó a navegar aguas a r r i b a d e l r í o , r e m o n t á n d o l o l e n tamente hasta detenerse f r e n t e a l p u e b l o d e V e l i l l a d e E b r o . C u a n d o los habitantes d e V e l i l l a r e p a r a r o n e n l a p r e s e n c i a d e l a c a m p a na c o m o varada a la vera d e l E b r o , intentaron cogerla, pero aquí también se h u n d í a p a r a r e a p a r e c e r a a l g u n o s m e t r o s , hasta q u e , a c e r c á n d o s e l e d o s d o n c e l l a s , salió d e l río sin q u e n a d i e l a tocara, p e r m i t i e n d o l u e g o q u e los habitantes d e V e l i l l a , p o r f i n , l a l l e v a r a n hasta l a e r m i t a d e S a n Nicolás d e B a r i , d o n d e fue i n s t a l a d a . [López de Ayala y del H i e r r o , Jerónimo, Las campanas de Velilla. Disquisición histórica acerca de esta tradición aragonesa. M a d r i d , 1886.

Carrillo, Martín, Anales y memorias cronológicas. L i b r o 5", fol. 354. Bernal, ]osé,Tradi.ciones..., pág. 224. Beltrán, A n t o n i o , De nuestras tierras..., II, pág. 127.]

315. G R A U S S A L V A D A D E I A INUNDACIÓN (SIGLO XV. GRAUS)

De todos es c o n o c i d a la v e n e r a c i ó n q u e el p u e b l o de G r a u s p r o f e s a a san V i c e n t e F e r r e r , e l f a m o s o f r a i l e p r e d i c a d o r , a l q u e los g r a u s i n o s n o m b r a r a n — e n r e c u e r d o d e s u estancia e n l a v i l l a — s u p a t r ó n y guía, y d e l q u e q u e d a n múltiples e v o c a c i o n e s y t e s t i m o n i o s . 326

leyendas para una historia parakla del Aragón medieval

E n t r e los r e c u e r d o s más i m b o r r a b l e s está u n h e r m o s o c r u c i f i j o q u e e l santo p r e d i c a d o r d o n a r a a l a iglesia d e S a n M i g u e l e n t e s t i m o n i o d e las m u chas h o m i l í a s e n e l l a o f r e c i d a s a los f i e l e s , u n C r i s t o q u e llevaba s i e m p r e c o n s i g o allá a d o n d e f u e r a . E s c r e e n c i a g e n e r a l i z a d a q u e este c r u c i f i j o p r o p i e d a d d e l santo salvó e n c i e r t a o c a s i ó n ele la catástrofe a su v i l l a p r e f e r i d a . O c u r r i ó q u e , tras un i n vierno m u y c r u d o y largo, durante el cual estuvieron completamente cubiertas d e nieve las c u m b r e s p i r e n a i c a s , l a p r i m a v e r a f u e t u m u l t u o s a p a r a los ríos E s e r a e I s á b e n a . E l p r o l o n g a d o d e s h i e l o p r o v o c ó constantes a v e n i das, a r r a s t r a n d o e n o r m e s p i e d r a s , h a c i e n d o v a r i a r los cauces, d e r r i b a n d o a n t i g u o s p u e n t e s y a n e g a n d o las huertas de la subsistencia. U n a n o c h e d e u n m e s d e a b r i l , e l n i v e l d e las aguas ele los d o s r í o s a m e n a z ó c o n anegar p o r c o m p l e t o toda la v i l l a , a la que entonces la abraz a b a n a m b o s , q u e d a n d o s i t i a d a y sin p o s i b i l i d a d d e s o c o r r o e x t e r i o r . U n p a l m o m á s d e a g u a y las calles d e G r a u s s e r í a n b r a z o s i n c o n t r o l a d o s d e l Esera y d e l Isábena. No se veía p o s i b i l i d a d h u m a n a de p o d e r l o s c o n t e n e r y m u c h o m e n o s d e d o m i n a r l o s . M o r i r í a n , sin d u d a , m u c h o s h o m b r e s y animales. L o s g r a u s i n o s , d e s e s p e r a d o s y temerosos, r e c u r r i e r o n e n t o n c e s al sant o cristo q u e e l f r a i l e les d o n a r a , p o n i e n d o e l p i e d e l a c r u z e n c o n t a c t o c o n las aguas d e s b o r d a d a s . A l instante, c o m o s i d e u n v e r d a d e r o s o r t i l e g i o se tratara, el n i v e l de a m b o s ríos disminuyó, y, más a s o m b r o s o todavía, el c a u c e d e l I s á b e n a desvió s u t r a y e c t o r i a d e s i e m p r e , p a r a u n i r s e a l E s e r a aguas abajo d e G r a u s , c o m o o c u r r e e n l a a c t u a l i d a d . D e s d e e n t o n c e s , l a v i l l a d e j ó d e t e m e r a l d e s h i e l o , p o r m u y a b u n d a n t e s q u e sean las nieves d e l invierno. [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I , págs.

13LI35.]

316. E L CADÁVER D E L P A P A L U N A ( S I G L O xv. II.LUECA)

Las g r a n d e s t r i b u l a c i o n e s d e l p a p a / a n t i p a p a B e n e d i c t o X I I I , e l a r a g o n é s P e d r o M a r t í n e z d e L u n a , sólo t e r m i n a r o n c o n s u f a l l e c i m i e n t o , o c u r r i d o e n s u v o l u n t a r i o r e t i r o d e P e ñ í s c o l a , e n e l a ñ o 1423. P e r o , i n c l u s o después de m u e r t o , su r e c i a p e r s o n a l i d a d siguió d a n d o o r i g e n a constantes y múltiples a n é c d o t a s y aseveraciones q u e c i r c u l a b a n de b o c a en b o c a , de r e u n i ó n en reunión, incluso de crónica en crónica. B e n e d i c t o X I I I h a b í a r e c i b i d o s e p u l t u r a e n l a p r o p i a iglesia d e l castillo r o q u e r o q u e le h a b í a s e r v i d o de b a l u a r t e y atin siete a ñ o s más tarde de su i n h u m a c i ó n tuvo l u g a r allí m i s m o u n h e c h o c i e r t a m e n t e p r o d i g i o s o e i n e x p l i c a b l e , sobre t o d o p a r a los más escépticos

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Agustín Líbielo Arteta

N a r r a e l c r o n i s t a Martín d e A l p a r t i r , q u i e n f u e r a p r i o r d e l a Seo zaragoz a n a y c a m a r e r o d e l a n t i p a p a , q u e tanto e l D o m i n g o d e R a m o s y c o m o e l día d e Jueves S a n t o d e 1430, a p a r t i r d e l a h u m i l d e t u m b a d e P e d r o d e L u n a , c o m e n z ó a e x t e n d e r s e p o r todas las estancias d e l castillo-fortaleza u n a f r a g a n c i a e x t r a o r d i n a r i a , c u a l si f u e r a f r u t o d e l n é c t a r de las más bellas y l o zanas flores. P e r o , según las c r ó n i c a s , e l a r o m a e m b a l s a m ó , a s i m i s m o , e l a m b i e n t e de t o d a la c i u d a d y a l r e d e d o r e s . E n vista d e tal p r o d i g i o , e l e n t o n c e s a l c a i d e d e l castillo — c i e r t a m e n t e d e s c o n c e r t a d o y t e m e r o s o p o r l o s u c e d i d o — m a n d ó aviso u r g e n t e a l rey A l f o n s o V, q u e a la sazón estaba de visita en la v i l l a de C a r i ñ e n a , p i d i é n d o l e consejo sobre q u é h a c e r ante tal p r o d i g i o . E n t o n c e s , d o n j u á n d e L u n a , sob r i n o de Benedicto XIII y conocedor de lo o c u r r i d o , imploró al monarca q u e o r d e n a r a a l a l c a i d e d e l castillo d e P e ñ í s c o l a q u e l e entregase e l c u e r p o sin v i d a de su tío p a r a trasladarlo s o l e m n e m e n t e a I l l u e c a , su p a t r i a c h i c a . E l rey A l f o n s o V e l M a g n á n i m o , c o n m o v i d o p o r a q u e l l a m a n i f e s t a c i ó n última d e l i n e f a b l e d o n P e d r o M a r t í n e z d e L u n a , cuya p r o v e r b i a l t o z u d e z tantos p r o b l e m a s diplomáticos le h a b í a c a u s a d o en v i d a , a c c e d i ó a lo q u e s e l e solicitaba, d e m o d o q u e e l c u e r p o i n c o r r u p t o d e l a n t i p a p a f u e l l e v a d o desde P e ñ í s c o l a hasta I l l u e c a y d e p o s i t a d o e n u n s e p u l c r o u b i c a d o e n l a misma cámara del palacio donde había nacido. [ G a r c í a C i p r é s , G . , « R i c o s h o m b r e s d e A r a g ó n . D o n P e d r o M a r t í n e z d e L u n a (el « a n t i p a p a » ) » , en linajes de Aragón, II ( 1 9 1 1 ) , p á g s . 187-188.]

317. C A T A L I N A , LIBRADA DE LOS DEMONIOS (SIGLO X V . PIEDRA)

La j o v e n Catalina, u n a m u c h a c h a soriana hija de f a m i l i a a c o m o d a d a y n o b l e , d u r a n t e los t i l t i m o s o n c e a ñ o s d e s u v i d a n o sólo h a b í a estado poseíd a p o r los d e m o n i o s , s i n o q u e tal i n f o r t u n i o l e causaba e n o r m e s d o l o r e s y congojas, d e m a n e r a q u e s u e x i s t e n c i a era u n a u t é n t i c o t o r m e n t o . A u n q u e buscaron por doquier, no p u d i e r o n hallar ni medicina ni médico que en a q u e l l a r g o lapso d e t i e m p o atajara s u m a l . U n día, c o m o c o n s e c u e n c i a d e u n a n o v e n a q u e l e f u e r e c o m e n d a d a p a r a tratar d e b u s c a r r e m e d i o , s e l e m a n i f e s t a r o n los m u c h o s d e m o n i o s q u e l a poseían y c o n ellos c u a r e n t a almas d e l P u r g a t o r i o q u e p u r g a b a n e n e l c u e r p o d e l a d o n c e l l a . P e r o a q u e l r e m e d i o resultó t a m b i é n i n e f i c a z , c o m o lo f u e r o n todas las m t i l t i p l e s y c o n t i n u a s visitas a los i n n u m e r a b l e s m o n a s terios y abadías q u e les f u e r o n r e c o m e n d a d o s . E n u n a d e estas prácticas, tras h a b e r l a e x o r c i z a d o u n sacerdote q u e p a r e c í a t e n e r c i e r t o s p o d e r e s a l respecto, u n a d e las a l m a s q u e p u r g a b a n e n

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e l c u e r p o d e l a d o n c e l l a d i j o q u e n o s e vería l i b r e d e los d e m o n i o s hasta que no fuera llevada al monasterio de Nuestra Señora de Piedra, en A r a g ó n , l u g a r j u s t a m e n t e f a m o s o e n c u r a c i o n e s d e este t i p o . Así e s q u e u n día d e l mes d e m a r z o d e 1 4 2 7 , tras h a b e r s i d o l l e v a d a a P i e d r a , f u e s o m e t i d a a u n c o n j u r o p o r u n o d e los m o n j e s d e l c e n o b i o a n te la presencia de Nuestra Señora la Blanca. L o s d e m o n i o s se resistieron, buscando ayuda en el I n f i e r n o , de m o d o que un ingente n ú m e r o de ellos llegaron incluso a a m o n t o n a r grandes cantidades de leña para q u e m a r el convento. E r a tanta l a m a d e r a a c u m u l a d a q u e , u n a vez q u e f u e c o n j u r a d o e l p e l i g r o , sirvió p a r a c o n s t r u i r el h o s t a l , la h o s p e d e r í a y otras d e p e n d e n c i a s , además d e p r o p o r c i o n a r m a d e r a a l h o g a r d u r a n t e más d e c i n c o a ñ o s . L a c o m u n i d a d d e l m o n a s t e r i o h i z o causa c o m ú n , d e m o d o q u e t o d o s los m o n j e s f o r m u l a r o n e x o r c i s m o s , o r a r o n y a y u n a r o n a l u n í s o n o . P o r f i n , l a p u g n a t e r m i n ó , y los d e m o n i o s , r e n d i d o s , a c a b a r o n p o r desalojar e l cuerpo de la m u c h a c h a s o r i a n a , q u e p u d o regresar salva y sana a S o r i a . [Faci, Roque A . , Aragón..., I, págs. 4 5 3 - 4 5 6 . ]

318. SAN M A C A R I O CURA UNA QUEBRADURA (SIGLO ¿XV? A N D O R R A )

L o s g a n a d e r o s catalanes y d e l p i r e n a i c o valle d e A n d o r r a , c u a n d o llegaba el i n v i e r n o , solían enviar sus r e b a ñ o s a los m o n t e s de A l b a l a t e d e l A r z o b i s p o , en b u s c a de los m a g n í f i c o s pastos de «las masadicas royas» y de un c l i m a más b e n i g n o . L o s mayorales y pastores se a c o m o d a b a n en las torres y masadas repartidas p o r t o d o el t é r m i n o a c a m b i o d e l pago de su hospedaje. U n a d e esas f a m i l i a s d e masoveros t e n í a u n h i j o d e c o r t a e d a d q u e estaba a q u e j a d o de h e r n i a o q u e b r a d u r a , c o m o se le l l a m a p o r estos c o n t o r n o s , m a l q u e le p r o d u c í a intensos d o l o r e s y q u e se f u e a g r a v a n d o p o c o a p o c o . N o c e s a r o n los p a d r e s d e l m u c h a c h o d e i m p l o r a r sucesivamente e l p a t r o c i n i o d e diversos santos, sin r e s u l t a d o a l g u n o , hasta q u e d e c i d i e r o n p o n e r l o en manos del cirujano. S a b e d o r y a p e n a d o d e l p r o b l e m a u n pastor, d e n o m b r e i g n o r a d o , q u e s e h o s p e d a b a e n casa d e l a a t r i b u l a d a f a m i l i a , l l e g ó a t i e m p o d e a r r a n c a r a l n i ñ o d e las m a n o s d e l c i r u j a n o , a s e g u r a n d o q u e «el r e m e d i o d e este n i ñ o s e e n c u e n t r a e n e l p a t r o c i n i o san M a c a r i o , v e n e r a d o e n m i p a t r i a d e l valle d e A n d o r r a c o m o p a t r o n o d e los q u e b r a d o s » . E l caso e s q u e , i n v o c a d a l a i n t e r c e s i ó n d e l santo a b a d a l e j a n d r i n o , e l z a g a l i l l o q u e d ó s a n a d o e n e l acto.

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A g r a d e c i d o s los p a d r e s al pastor p o r tan sabio consejo, se n e g a r o n a cob r a r l e el hospedaje. M a s , ante la i n s i s t e n c i a de éste, a c o r d a r o n q u e se sentirían s u f i c i e n t e m e n t e pagados si su a m o o el m a y o r a l les p r o p o r c i o n a b a n u n a i m a g e n d e san M a c a r i o c u a n d o r e g r e s a r a n a l a ñ o s i g u i e n t e . C u a n d o pasó el i n v i e r n o , r e g r e s a r o n los pastores a su t i e r r a y n a r r ó el m a y o r a l e n e l valle d e A n d o r r a l o s u c e d i d o . E l a m o , u n h o m b r e p i a d o s o , m a n d ó u n a i m a g e n d e san M a c a r i o a l a ñ o s i g u i e n t e , q u e f u e l l e v a d a a casa d e l n i ñ o sanado, d o n d e e r a m u y visitada e i n v o c a d a p o r l a gente d e l a com a r c a . P e r o m u y p r o n t o , p a r a q u e tuviera u n m e j o r y más d i g n o a c o m o d o , d e p o s i t a r o n l a i m a g e n e n u n a c a p i l l a d e l a iglesia d e S a n J u l i á n hasta q u e le construyeron una ermita propia. Por fin, por acuerdo unánime, n o m b r a r o n a san M a c a r i o patrón d e l a l o c a l i d a d d e A n d o r r a , l u g a r d e l t é r m i n o de A l b a l a t e , d o n d e i b a n los g a n a d o s t r a s h u m a n t e s a i n v e r n a r . [ B e r n a l , J o s é , Tradiciones..., págs. 178-179. V á z q u e z L a c a s a , G e n e r o s o , Sobre la muy noble villa de Andorra, p á g s . 38-41.]

7.5. L A S R E L I Q U I A S

319. E L B R A Z O D E L A P Ó S T O L S A N P E D R O , E N SIRESA ( S I G L O X . SIRESA)

El rey S a n c h o G a r c é s estuvo a p u n t o de m o r i r a causa de u n a l a r g a y pen o s a e n f e r m e d a d , a pesar de h a b e r puesto en p r á c t i c a t o d o s los m e d i o s c u rativos q u e los f í s i c o s t e n í a n e n t o n c e s a s u a l c a n c e . C o m o n o e n c o n t r a b a rem e d i o a sus males, d e c i d i ó a c u d i r a la p r o t e c c i ó n d e l apóstol san P e d r o , c u y o b r a z o s e v e n e r a b a e n e l m o n a s t e r i o d e Siresa. E l r e s u l t a d o f u e m i l a g r o s o , pues d o n S a n c h o s a n ó y p u d o regresar a p a l a c i o . M i e n t r a s c o n v a l e c í a e n e l c e n o b i o , s u a b a d c o n t ó a l rey c ó m o h a b í a i d o a p a r a r allí r e l i q u i a tan p r e c i a d a . S e g ú n palabras d e l a b a d , san L e a n d r o , o b i s p o d e Sevilla, q u i s o q u e H i s p a n i a t u v i e r a u n a r e l i q u i a d e l apóstol san P e d r o , y envió a R o m a u n a c o m i s i ó n q u e e n c a b e z ó Cariaco, a la sazón obisp o d e Z a r a g o z a y a m i g o d e l e n t o n c e s p o n t í f i c e san G r e g o r i o . En p r i n c i p i o , el Papa negó el beneficio, pero la tozuda insistencia de C i r í a c o h i z o q u e a q u é l l o consultase c o n D i o s p o r m e d i o d e u n a y u n o d e tres días, a u n q u e no f u e n e c e s a r i o esperar a q u e el p l a z o se c u m p l i e r a , p u e s t o q u e tras e l p r i m e r día d e a y u n o e l p r o p i o san P e d r o s e l e a p a r e c i ó a l p o n tífice y le d i j o q u e fuese a su s e p u l c r o , en el q u e hallaría, s e p a r a d a de las demás, l a r e l i q u i a q u e d e b e r í a e n t r e g a r a l o b i s p o z a r a g o z a n o . Así f u e c o m o l e e n t r e g ó u n o d e los brazos d e l Apóstol, q u e f u e c o l o c a d o c u i d a d o s a m e n t e e n u n p r e c i o s o r e l i c a r i o d e o r o y traído a H i s p a n i a . 330


Tras l a r g o viaje, C i r i a c o r e g r e s ó a su sede c o n tan p r e c i a d o tesoro y con o c i ó l a n o t i c i a d e l a m u e r t e d e san L e a n d r o , p o r l o q u e resolvió dejar l a r e l i q u i a e n Z a r a g o z a . Falleció t a m b i é n C i r i a c o y e l b r a z o d e l apóstol san P e d r o , u n a u t é n t i c o tesoro, c o n t i n u ó e n l a c i u d a d d e l E b r o hasta días antes d e l a invasión m u s u l m a n a , a c o m i e n z o s d e l siglo v m , c u a n d o los cristianos z a r a g o z a n o s a c o r d a r o n p o n e r a salvo todas las r e l i q u i a s y o r n a m e n t o s , m u c h o s d e los cuales f u e r o n a p a r a r a l m o n a s t e r i o d e S a n P e d r o d e Siresa. S a n c h o G a r c é s , antes d e a b a n d o n a r Siresa, a g r a d e c i d o p o r l a c u r a c i ó n d e q u e h a b í a s i d o objeto, h i z o d o n a c i ó n d e l a v i l l a d e U s ó n a l c e n o b i o , c u a n d o c o r r í a e l a ñ o 923. [ O l i v e r a , G . , «Reyes de A r a g ó n . S a n c h o G a r c é s » , ¡Añajes ele Aragón, II ( 1 9 1 1 ) , 4.]

320. G A R C Í A A Z N Á R E Z T R A E A A R A G Ó N LOS RESTOS DE SAN INDALECIO (SIGLO XI. JACA)

C u a n d o c o m e n z ó s u g o b i e r n o S a n c h o R a m í r e z , e r a s e ñ o r d e l valle d e T e n a G a r c í a Aznárez, q u e r i d o tanto e n l a c o r t e c o m o e n sus d o m i n i o s . Per o , p o r causas d e s c o n o c i d a s , u n d í a c o m e t i ó u n h o m i c i d i o , m a t a n d o n a d a m e n o s q u e a C é n t u l o d e B e a r n , personaje f r a n c é s v i n c u l a d o a l rey. Tem i e n d o la j u s t i c i a r e g i a , huyó a t i e r r a de m o r o s y o f r e c i ó sus servicios al rey d e Sevilla a l - M o t a m i d . M i e n t r a s esto o c u r r í a , u n viaje d e l a b a d p i n a t e n s e d o n S a n c h o a R o m a motivó q u e e l p a p a G r e g o r i o V I I l e p u s i e r a e n a n t e c e d e n t e s a c e r c a d e l a tradición existente sobre san I n d a l e c i o y los V a r o n e s Apostólicos, c u y o par a r a d e r o se i g n o r a b a , a u n q u e se p r e s u m í a q u e los restos de san I n d a l e c i o estaban e n U r c i , c e r c a d e A l m e r í a , a n i m á n d o l e a q u e h i c i e r a a l g o p o r rec u p e r a r l o s . N a t u r a l m e n t e , l a e m p r e s a n o e r a n a d a fácil, a u n q u e las circunstancias la h i c i e r o n posible. En efecto, pasaban los años y c r e c í a el p r e s t i g i o de G a r c í a Aznárez al f r e n te de sus huestes m o r a s , p e r o t a m b i é n a u m e n t a b a c a d a vez más su n o s t a l g i a p o r l a p a t r i a p e r d i d a . P o r f i n q u i s o e x p i a r sus p e c a d o s a c u d i e n d o c o m o per e g r i n o p e n i t e n t e a S a n J u a n d e l a P e ñ a , cuyo a b a d , d o n S a n c h o , q u e e r a par i e n t e suyo, y éste le e n c a r g ó la misión de regresar a A n d a l u c í a y traer al cen o b i o pinatense los restos d e San I n d a l e c i o , q u e s e h a l l a b a n e n U r c i . E l p r o s c r i t o y a r r e p e n t i d o c a b a l l e r o G a r c í a Aznárez r e c i b i ó l a a y u d a d e dos m o n j e s pinatenses, E v a n c i o y G a r c í a , q u e le a c o m p a ñ a r o n en la l a r g a e x p e d i c i ó n ele más seis meses, q u e se v i o d i f i c u l t a d a p o r el h e c h o de q u e los reyes de Sevilla y A l m e r í a estaban e n t o n c e s en g u e r r a . Lo c i e r t o es q u e sól o p u d i e r o n d a r c o n los restos d e l santo c u a n d o u n ángel s e a p a r e c i ó u n a n o c h e a E v a n c i o y le reveló el l u g a r exacto d e l osario de san I n d a l e c i o .

331

Agustín Ulrirto Arteta

Tras u n l a r g o y p e n o s o c a m i n o d e regreso, u n Jueves S a n t o d e l a ñ o 1084 l l e g a b a n los despojos de san I n d a l e c i o a S a n J u a n de la P e ñ a , s i e n d o r e c i b i d o s f e r v o r o s a m e n t e p o r l a c o m u n i d a d , p o r e l rey S a n c h o R a m í r e z y s u h i j o , e l i n f a n t e P e d r o , así c o m o p o r u n a m u c h e d u m b r e d e devotos q u e allí s e c o n g r e g a r o n . E l p r o s c r i t o G a r c í a Aznárez s e hacía a c r e e d o r a l p e r d ó n r e a l y e l m o n a s t e r i o p i n a l e n s e g a n a b a u n i n m e n s o tesoro q u e , c i e n a ñ o s más tarde daría o r i g e n al «voto de san I n d a l e c i o » al q u e se a d h i r i e r o n 238 p u e blos de las m o n t a ñ a s de J a c a . [Aznárez, J u a n F., «San I n d a l e c i o . . . » , El Pirineo Aragonés, 5.286, J a c a ( 1 9 8 5 ) . M u r S a u r a , R i c a r d o , Geografía medieval..., p á g s . 16-18.]

321. E L R E L I C A R I O D E J A I M E I (SIGLO XIIL M A G A L L Ó N )

Existía e n p l e n o m o n t e , e n las afueras d e l a v i l l a d e M a g a l l ó n , u n a peq u e ñ a p e r o b o n i t a e r m i t a d e d i c a d a a l a V i r g e n bajo l a advocación d e N u e s tra S e ñ o r a de la H u e r t a , a la q u e sus habitantes acudían c o n f r e c u e n c i a puesto que le profesaban u n a gran devoción. En frente llano, q u e le

c i e r t a o c a s i ó n , c u a n d o e l rey d o n J a i m e 1 e l C o n q u i s t a d o r pasó a l sus tropas p o r a q u í c o n i n t e n c i ó n de enfrentarse al m o n a r c a castea c a m p ó e h i z o n o c h e , c o n f r a t e r n i z a n d o c o n las gentes d e M a g a l l ó n , d e d i c a r o n g r a n d e s agasajos.

F u e e n t o n c e s c u a n d o e l rey s e e n t e r ó d e a q u e l f e r v o r p o p u l a r h a c i a N u e s t r a S e ñ o r a de la H u e r t a , a la q u e se le atribuían múltiples m i l a g r o s , de m o d o q u e d e c i d i ó visitar l a c a p i l l a y , e s p e r a n d o ganarse los favores d e l a V i r gen, decidió adoptarla c o m o patrona. A l día s i g u i e n t e , antes d e p r o s e g u i r e l c a m i n o c o n sus huestes h a c i a R o r ja, volvió a visitar la c a p i l l a y o f r e c i ó a la V i r g e n un c o m p l e t í s i m o r e l i c a r i o si la batalla q u e i b a a d i s p u t a r l l e g a b a a s i g n i f i c a r el t é r m i n o de la g u e r r a q u e m a n t e n í a c o n t r a e l m o n a r c a castellano. S e trataba d e u n r e l i c a r i o q u e s i e m p r e l l e v a b a p e n d i e n t e d e l c u e l l o y a l q u e tenía e n g r a n e s t i m a . C o m o l a c a m p a ñ a m i l i t a r c o n t r a e l rey castellano f u e u n v e r d a d e r o éxito, al regresar v i c t o r i o s o a sus tierras aragonesas, a pesar de la p r i s a q u e llevaba, tuvo el t i e m p o p r e c i s o p a r a detenerse en Magallón m i e n t r a s sus tropas seguían c a m i n o a d e l a n t e y volver a la e r m i t a p a r a c u m p l i r su p r o m e s a . U n a vez ante la V i r g e n se d e s p o j ó d e l p r e c i a d o r e l i c a r i o y lo d e p o s i t ó a los pies d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a H u e r t a , l a m i s m a q u e p o c o s a ñ o s después, com o c o n s e c u e n c i a d e l c r i m e n sacrilego q u e s e c o m e t i ó ante ante e l l a e n e l r e c i n t o d e l a e r m i t a , a b a n d o n ó e l l u g a r p a r a r e a p a r e c e r e n los m o n t e s d e Leciñena. [ F a c i , R o q u e A . , « N u e s t r a S e ñ o r a d e M a g a l l ó n » , e n Aragón..., I , pág. 84.]

332


322. J A I M E I D O N A U N A E S P I N A D E L A C O R O N A DE CRISTO AL MONASTERIO DE SAMPER ( S I G L O XIII. S A M P E R D E L S A L Z )

Fue hecho común y muy generalizado en toda la cristiandad occidental e l afán p o r hacerse c o n r e l i q u i a s (objetos, p e r t e n e n c i a s e i n c l u s o m i e m b r o s o partes d e l c u e r p o ) de aquellas p e r s o n a s q u e se h a b í a n d i s t i n g u i d o en v i d a p o r sus v i r t u d e s piadosas o p o r h a b e r s u f r i d o p o r d e f e n d e r l a fe. C u a n t a m a y o r significación t u v i e r o n p a r a l a c o m u n i d a d más i m p o r t a n t e e r a n como t e s t i m o n i o , p o r eso se a p r e c i a b a n y v a l o r a b a n más aquellas q u e p r o v e n í a n d e l p r o p i o J e s ú s , d e l a V i r g e n María, d e a l g u n o d e los d o c e apóstoles, de algún m á r t i r e s p e c i a l m e n t e f a m o s o o de los santos más s e ñ e r o s de l a Iglesia. L o s m o n a s t e r i o s y las iglesias —e i n c l u s o m u c h o s p a r t i c u l a r e s p a r a g u a r d a r l o s e n sus p r o p i o s o r a t o r i o s p r i v a d o s — r i v a l i z a r o n e n t r e s í d e las m a n e ras más diversas e inverosímiles p o r a d q u i r i r y c o n s e r v a r en h e r m o s o s r e l i c a r i o s , q u e a veces e r a n a u t é n t i c a s obras de arte o r f e b r e , a q u e l l o s v e r d a d e r o s tesoros p r o p i c i a d o s p o r l a fe. D e n t r o d e este c o n t e x t o , n o p o d í a ser m e n o s q u e los d e m á s e l m o n a s t e r i o cisterciense d e S a m p e r d e l Salz, a l q u e parece q u e e l p r o p i o a b a d G u i l l e r m o , c u a n d o llegó hasta a q u í d i s p u e s t o a f u n d a r l o , e n t r e g ó a l tesoro m o nástico u n a e s p i n a d e l a c o r o n a q u e c i ñ e r a l a c a b e z a d e C r i s t o . S i n e m b a r g o , u n a tradición p o p u l a r m u y e x t e n d i d a p o r l a c o m a r c a c u e n t a q u e eso n o fue e x a c t a m e n t e así, s i n o q u e l a sagrada r e l i q u i a — u n v e r d a d e r o tesoro d e a c u e r d o c o n l a escala valorativa d e los r e l i c a r i o s — fue u n a d o n a c i ó n p e r s o n a l d e l rey J a i m e i el C o n q u i s t a d o r a los m o n j e s bernardos para que la depositaran en el monasterio de Samper, lo cual nada t e n d r í a de e x t r a ñ o c o n o c i e n d o la aficiém e i n c l i n a c i ó n q u e el c o n q u i s t a d o r d e V a l e n c i a tenía, aparte d e p o r l a V i r g e n María, p o r las r e l i q u i a s d e t o d o t i p o , y él, en su c a l i d a d de rey, estaba en c o n d i c i o n e s de l o g r a r p a r a los suyos r e l i q u i a s i m p o r t a n t e s , c o m o l a q u e h i z o d e p o s i t a r e n e l m o n a s t e r i o cisterciense de S a m p e r . [ B e . r n a l , ]osé, Tradiciones..., págs. 55-56.]

323. P A N D E 1 A Ú L T I M A C E N A SALVADO DE LAS LI A M A S (SIGLO XV. M O N T E A R A G Ó N )

E l r e a l m o n a s t e r i o d e M o n t e a r a g ó n , u b i c a d o e n las c e r c a n í a s d e l a c i u d a d d e H u e s c a , c o m o c o r r e s p o n d í a a u n o d e los más i m p o r t a n t e s c e n t r o s espirituales y de p o d e r s o c i o e c o n ó m i c o de t o d o el r e i n o de A r a g ó n , ateso333

Agustín Ubietn Arteta

r a b a i m p o r t a n t e s r e l i q u i a s , tanto d e santos diversos c o m o d e objetos q u e h a b í a n t e n i d o a l g u n a r e l a c i ó n c o n los p r i m e r o s m o m e n t o s d e l a aparición del cristianismo. Igual q u e sucedía e n l a lejana C o n s t a n t i n o p l a , u n a d e las joyas más preciadas d e l c e n o b i o oséense l o constituía u n p e q u e ñ o f r a g m e n t o d e p a n d e l a C e n a d e l Señor, a q u e l l a e n l a q u e J e s ú s instituyó e l s a c r a m e n t o d e l a E u caristía en t o r n o a los d o c e Apóstoles, es decir, a u n t é n t i c o p a n de J e r u s a l é n . D u r a n t e siglos, h a s i d o d u d a s i e l p a n c o n s e r v a d o e n M o n t e a r a g ó n e s u n fragmento del consagrado directamente p o r Jesús, pero de lo que la tradic i ó n tiene t o d a la certeza es q u e se trata de p a n q u e estuvo sobre la m e s a e n l a q u e tuvo l u g a r l a última c e n a . Pues p a r a r al materia to e n e l

b i e n , c o n ser e x t r a o r d i n a r i o q u e r e l i q u i a tan i m p o r t a n t e f u e r a a r e a l m o n a s t e r i o , más p o r t e n t o s o es todavía q u e este f r a g m e n t o de tan p e r e c e d e r a y frágil se salvara d e l i n c e n d i o q u e asoló el c o n v e n a ñ o 1477.

E l c o n v e n t o h a b í a p a d e c i d o p a r a e n t o n c e s varios i n c e n d i o s parciales, p e r o éste fue bastante v o r a z , c e b á n d o s e f u n d a m e n t a l m e n t e e n l a iglesia c o n v e n t u a l , c u y o altar m a y o r f u e pasto d e las l l a m a s p o r c o m p l e t o , sin q u e los esfuerzos de los p r o p i o s monjes, de los d o n a d o s y de los v e c i n o s de la cercana población de Q u i c e n a p u d i e r a n sofocarlo con p r o n t i t u d . C o m o p r o t e g i d o p o r u n a f u e r z a i n v i s i b l e — j u n t o a otras m u c h a s y sing u l a r e s r e l i q u i a s — e l f r a g m e n t o d e p a n a p a r e c i ó i n t a c t o e n t r e los e s c o m b r o s y las cenizas, lo q u e d i o o r i g e n a q u e l l e g a r a n a M o n t e a r a g ó n fieles de todas las latitudes p a r a a d m i r a r a q u e l t e s t i m o n i o í m i c o . [ B l a s c o de Lanu/.a, V . , Historias eclesiásticas... de Aragón..., I, l i b . 4, caps. 30 y 3 1 . F a c i , R o q u e A . , Aragón..., I, p á g . 1 8 . ]

324. E L S A N T O G R I A L E N A R A G Ó N ( S I G L O X V . S A N J U A N DF. I A P E Ñ A )

E n t r e las r e l i q u i a s más p r e c i a d a s p a r a los cristianos está, no p o d í a ser m e nos, l a c o p a e n l a q u e b e b i ó J e s ú s e n e l transcurso d e l a última c e n a , tan prec i a d a q u e son varias las p o b l a c i o n e s de O r i e n t e y de E u r o p a q u e se d i s p u t a n el p r i v i l e g i o de p o s e e r l a y c o m o tal la v e n e r a n y la m u e s t r a n . L a l e g e n d a r i a tradición, e n c u a n t o a A r a g ó n s e r e f i e r e , nos h a b l a d e c ó m o fue a parar la copa a manos de J o s é de Arimatea, q u i e n recogió en e l l a algunas gotas de sangre de las h e r i d a s abiertas a J e s ú s c u a n d o a g o n i z a ba en la c r u z . P o c o después, ese cáliz f u e a p a r a r a R o m a , sin d u d a l l e v a d o p o r e l p r o p i o san P e d r o c u a n d o f u n d ó l a p r i m e r a sede e p i s c o p a l d e l crist i a n i s m o , y en R o m a estaba en el siglo 111.

334


C u a n d o tuvo l u g a r u n a d e las más c r u e l e s p e r s e c u c i o n e s c o n t r a los cristianos, l a o r d e n a d a p o r V a l e r i a n o , éste p r e t e n d i ó i n c a u t a r s e d e los b i e n e s d e l a Iglesia, d e los q u e estaba e n c a r g a d o p o r e l p a p a san S i x t o e l d i á c o n o oscense L o r e n z o , q u i e n p a g ó c o n s u v i d a l a osadía d e e n t r e g a r c o m o bienes reales a varios p o b r e s , lisiados y desvalidos, e n v i a n d o s e c r e t a m e n t e el sag r a d o cáliz a H u e s c a , d o n d e se h a l l a b a c u a n d o l l e g a r o n los m o r o s . C o n l a l l e g a d a d e los m u s u l m a n e s , a l d e c i r d e l a l e y e n d a , c o m i e n z a tod a u n a p e r e g r i n a c i ó n d e l cáliz p o r e l P i r i n e o (San P e d r o d e T a b e r n a s , B o r a u , Y e b r a d e Basa, B a i l o , faca, Siresa y , f i n a l m e n t e , San J u a n d e l a P e ñ a ) , a u n q u e t a m b i é n l o r e i v i n d i q u e f u e r a d e las m o n t a ñ a s p i r e n a i c a s e l p u e b l o d e C a l c e n a (Cáliz d e l a C e n a = C a l c e n a ) , s i t u a d o e n las faldas d e l M o n c a y o , e n c u y o blasón p u e d e verse u n cáliz e n u n o d e sus cuarteles. En San J u a n de la Peña, monasterio que se vanagloriaba de poseer i m p o r t a n t e s r e l i q u i a s , e l G r i a l — e l Santo C á l i z — e r a l a más i m p o r t a n t e , puest o q u e h a b í a p e r t e n e c i d o a l p r o p i o J e s ú s , a u n q u e éste n o e r a e l ú n i c o cáliz p r e c i o s o q u e atesoraba e l c e n o b i o p i n a t e n s e , a l g u n o d e los cuales s i r v i e r o n d e m o n e d a d e c a m b i o c o n los reyes aragoneses. No es de extrañar, pues, q u e el rey Martín i el L l u m a n o p i d i e r a el cáliz a los m o n j e s p i n a t e n s e s q u e se lo h i c i e r o n llegar a la Aljafería z a r a g o z a n a . A p a r t i r de aquí, h e c h o s h i s t ó r i c a m e n t e ciertos nos m u e s t r a n este cáliz en B a r c e l o n a , p r i m e r o , y e n V a l e n c i a , después, d o n d e f u e e n t r e g a d o p o r A l f o n s o V y d o n d e todavía se c o n s e r v a . [ B e l t r á n , A n t o n i o , Leyendas aragonesas, págs. 131-133.]

325. E U R O P A B U S C A E L G R A A L (SIGLO X V . S A N J U A N DE I A PEÑA)

El G r i a l —o el Graal, c o m o se le conoce en E u r o p a — , la copa en la que b e b i ó Jesús e n l a última c e n a , fue d u r a n t e m u c h o s siglos u n a d e las r e l i quias más c o d i c i a d a s y buscadas. C a s i t o d o e l m u n d o a d m i t e q u e , u n a vez e n R o m a , f u e san L o r e n z o q u i e n l o envió h a c i a H u e s c a y q u e l u e g o — c u a n d o l l e g a r o n los m o r o s — per e g r i n ó p o r el P i r i n e o hasta ir a p a r a r a S a n J u a n de la P e ñ a , o sea, a M o n salvat p a r a b u e n a parte de los e u r o p e o s . A p a r t i r de aquí n a c e n en E u r o p a t o d a u n a serie d e leyendas m u c h a s d e las cuales h a n c r i s t a l i z a d o e n obras teatrales, literarias o musicales de f a m a u n i v e r s a l , c o m o los d r a m a s de W a g ner, Parsifal o Lohengrín. A r a g ó n p a r t i c i p ó d e esta c o r r i e n t e l e g e n d a r i a desde e l m o m e n t o q u e l l e g a a M o n s a l v a t , v e n i d o desde la c o r t e d e l rey A r t u r o , el j o v e n P a r s i f a l , tras pasar p o r H u e s c a y Siresa e n b u s c a d e l G r a a l . 335

Agustín Ubielo Atleta

Y a e n M o n s a l v a t , P a r s i f a l estuvo a p u n t o d e ver e l cáliz — a q u e l q u e q u i e n l o veía n o p o d í a m o r i r e n u n a s e m a n a a l m e n o s — , p e r o e l a b a d p i natense le o b l i g ó a q u e antes h i c i e r a m é r i t o s p a r a e l l o pues, de lo c o n t r a r i o , p o d r í a o c u r r i r l e l o q u e a s u tío A n f o r t a s , h i j o d e T i t u r e l , q u e p o r ser i n d i g n o cayó f u l m i n a d o ante a l G r a a l . Así es q u e P a r s i f a l m a r c h ó de M o n s a l v a t y se e n r o l ó c o n los c r u z a d o s , si b i e n p r o n t o t o r c i ó s u c a m i n o a l h a c e r caso a los m a l o s consejos d e l a b r u j a R u n d r i e . D i f í c i l m e n t e h u b i e r a p o d i d o ser d i g n o d e ver e l G r a a l s i u n viejo e r m i t a ñ o n o l e h u b i e r a aconsejado volver a l b u e n c a m i n o p o r l a p r á c t i c a d e l a m o r y de la c a r i d a d a su p r ó j i m o . C u a n d o c o n s i d e r ó h a b e r a c u m u l a d o m é r i t o s suficientes y , u n a vez n o m b r a d o «rey d e l Graal» p o r e l rey A r t u r o , n o sólo c o n s i g u i ó salvar a s u tío A n fortas s i n o q u e , a c o m p a ñ a d o p o r los caballeros q u e l e seguían, l o g r ó l l e v a r el vaso sagrado desde M o n s a l v a t a O r i e n t e , d o n d e p e r m a n e c e r á o c u l t o hast a e l día d e l J u i c i o F i n a l . [Andolz, Rafael, Leyendas del Pirineo..., págs. 177-184.]

336

8. ASPECTOS SOCIO-CULTURALES

8.1. L A J U S T I C I A

326. N A C I M I E N T O D E L O S F U E R O S DE SOBRARBE YD E LJUSTICIA (SIGLO XII. BARBASTRO)

Todavía no se h a b í a t o m a d o a los m o r o s la i m p o r t a n t e c i u d a d de Sarak u s t a y apenas se h a b í a s o b r e p a s a d o el límite d e l p r e - P i r i n e o , c u a n d o la trad i c i ó n l e g e n d a r i a hace n a c e r los f u e r o s d e S o b r a r b e — o r i g e n d e las l i b e r tades aragonesas y de la constitución política d e l r e i n o — , y el J u s t i c i a de Aragón. C u e n t a la tradición l e g e n d a r i a q u e , tras u n a acción b é l i c a rápida y vict o r i o s a c o n t r a los m u s u l m a n e s , u n o s trescientos c a b a l l e r o s sobrarbenses se r e u n i e r o n , c o m o era costumbre, para proceder al reparto del importante b o t í n q u e a c a b a b a n d e c o n s e g u i r , c o m p u e s t o p o r armas, caballos, vestidos y enseres diversos, a d e m á s d e d i n e r o , l o q u e d i o o r i g e n a u n a g r a n c o n t r o versia y a e n c a r n i z a d a s d i s p u l a s , d e m o d o q u e p e n s a r o n e n l a m e j o r f o r m a d e solventar d e m a n e r a d e f i n i t i v a tan grave p r o b l e m a q u e les e n f r e n t a b a p e l i g r o s a m e n t e entre sí. Después de largas y acaloradas d e l i b e r a c i o n e s , a c o r d a r o n e l e g i r un rey de e n t r e u n o de ellos, p e r o t a m b i é n un j u e z q u e estuviera e n t r e ese rey y ellos m i s m o s , al q u e l l a m a r o n J u s t i c i a de A r a g ó n , y es o p i n i ó n de a l g u n o s q u e antes e l i g i e r o n al j u s t i c i a q u e al rey. A s i m i s m o , antes d e p r o c e d e r a a m b o s n o m b r a m i e n t o s , c o m o a c a b a b a n d e a c o r d a r , r e d a c t a r o n u n a serie d e n o r m a s — q u e s e llamarían f u e r o s — q u e e l m o n a r c a q u e saliera e l e g i d o d e b e r í a jurar p r e v i a m e n t e , d e m a n e r a q u e p o d r í a ser d e s t r o n a d o si no las c u m p l í a . Y, en a d e l a n t e , c a d a n u e v o rey, p a r a serlo d e f o r m a efectiva, d e b e r í a j u r a r q u e g u a r d a r í a y haría g u a r d a r d i chos fueros.

Agustín Ubieto Arteta E n v i r t u d d e este a c u e r d o p a c t a d o , los a r a g o n e s e s h a n p r e s u m i d o s i e m p r e d e q u e e n A r a g ó n antes h u b o leyes q u e reyes. [ X i m é n e z C e r d á n . J o h a n , Letra intimada, e n B o n e t , A . ; Sarasa, E . , y R e d o n d o , G . , «El J u s t i c i a d e A r a g ó n : H i s t o r i a y D e r e c h o » , f o l . X L I X v . D e l g a d o , J e s ú s , El Derecho aragonés, pág. 13.] a

327. I A J U S T I C I A R E A I . E N E N T R E D I C H O ( S I G L O ¿XII? SOPEIRA)

E l m o n a s t e r i o d e A l a ó n está e n c l a v a d o e n u n paraje d e g r a n b e l l e z a n a t u r a l , p e r o , p o r l o difícil d e l t e r r e n o , n o s i e m p r e h a s i d o fácil a c c e d e r a él, y m e n o s en la é p o c a a la q u e se r e f i e r e n los h e c h o s q u e c o n f o r m a n esta l e y e n d a . E n c i e r t a o c a s i ó n , viajó e l rey a r a g o n é s a A l a ó n , a t r a v e s a n d o c o n d i f i c u l t a d n o sólo e l «Paso d e Escalas» s i n o t o d o s los c a m i n o s q u e l l e v a b a n al c e n o b i o . D e s c a n s ó en él el m o n a r c a y, antes de m a r c h a r , e n t r e g ó a l a b a d , fray B e n i t o L a r r a s , c i e r t a c a n t i d a d d e d i n e r o p a r a a d e c e n t a r las vías de acceso. N o obstante, e l a b a d , ante l a e p i d e m i a q u e e n a q u e l l o s m o m e n t o s azotaba l a c o m a r c a , prefirió d e s t i n a r e l d i n e r o e n s o c o r r e r a los e n f e r m o s e n l u g a r d e r e p a r a r los c a m i n o s , n e c e s i d a d q u e a s u j u i c i o p o d í a esperar. E l desacato llegó a los o í d o s d e l rey q u e , ante la d e n u n c i a q u e se le f o r m u l a b a , n o tuvo más r e m e d i o q u e actuar, a u n q u e e l l o i m p l i c a b a ajusticiar a l a b a d . E n efecto, e l fraile fue c o n d e n a d o a m o r i r a h o r c a d o . A c a t ó fray B e n i t o l a c o n d e n a , p e r o solicitó u n ú l t i m o deseo a l q u e e l rey accedió: c u a n d o se c u m p l i e r a n treinta años de su m u e r t e , debían desenterrar su c u e r p o , p i n c h a r l e el b r a z o i z q u i e r d o y v o l v e r l o a e n t e r r a r , p e r o e n t o n c e s e n e l m o n a s t e r i o , e n u n l u g a r q u e d i e s e n los rayos d e l sol y sobre e l q u e l o d o s c u a n t o s fuesen a S o p e i r a t u v i e r a n q u e pasar p o r e n c i m a . C o n g r a n p e n a p o r parte de los vecinos, l a j u s t i c i a real se c u m p l i ó y se le d i o s e p u l t u r a en un lugar apartado. Lo c i e r t o es q u e el t i e m p o pasó y n a d i e se a c o r d a b a de lo s u c e d i d o . Per o c u a n d o s e c u m p l i e r o n los t r e i n t a años d e l a j u s t i c i a m i e n t o , u n m o n j e observó c ó m o d e l a t u m b a d e l a n t i g u o a b a d salía u n a m a n o q u e asía u n perg a m i n o . A n t e lo insólito d e l caso, se le c o m u n i c ó al rey, q u e r e c o r d ó su p r o m e s a , o r d e n a n d o d e s e n t e r r a r e l c u e r p o d e fray B e n i t o , q u e n o sólo apar e c i ó tan n a t u r a l c o m o e l día e n q u e f u e r a ajusticiado, s i n o q u e a l p i n c h a r l e e l b r a z o b r o t ó sangre c a l i e n t e . E m o c i o n a d o p o r e l h e c h o , o r d e n ó t a m bién q u e se le llevara al m o n a s t e r i o , se le d e p o s i t a r a en la c r i p t a y se a b r i e r a u n a m i r i l l a o r i e n t a d a a l c a m i n o q u e fue objeto d e s u trágico f i n . A d e m á s , los c a m i n a n t e s p o d í a n pasar casi p o r e n c i m a d e s u t u m b a , tal c u a l h a b í a sid o s u deseo.

338


D e s d e e n t o n c e s , todos c u a n t o s pasaban p o r allí, c o n o c e d o r e s d e l m o t i v o h u m a n i t a r i o p o r e l q u e m u r i ó fray B e n i t o L a r r a s , c o g í a n u n a p i e d r e c i l l a y tras b e s a r l a la a r r o j a b a n a la c r i p t a , c o m o si d e l r e z o de u n a o r a c i ó n se tratara. [Gironella, J., «El servidor de Dios, Benito Larras», en Folletón Altoaragón, 3 (1980), pág. 2.]

328. L O S F A L S I F I C A D O R E S D E M O N E D A ( S I G L O XIII. T R A S M O Z )

E n l a E d a d M e d i a , las m o n e d a s metálicas e r a n a c u ñ a d a s e n talleres esp e c i a l i z a d o s l l a m a d o s cecas, q u e e r a n c o n t r o l a d o s p o r q u i e n e s tenían e l der e c h o d e e m i t i r m o n e d a q u e , e n e l caso d e l r e i n o d e A r a g ó n , e r a n los reyes. F a l s i f i c a r m o n e d a s e r a d e l i t o severamente castigado. A p a r t e de legendarias historias de b r u j e r í a , c o m o los famosos aquel a r r e s d e s u castillo, T r a s m o z es, a s i m i s m o , c o n o c i d o l e g e n d a r i a m e n t e p o r h a b e r s i d o u n i m p o r t a n t e c e n t r o d e falsificación d e m o n e d a aragonesa, hec h o s a m b o s q u e p a r e c e n estar c o n c a t e n a d o s . Parece históricamente cierto que, en tiempos de J a i m e I el Conquistad o r , h a c i a 1267, h u b o e n T r a s m o z u n a c e c a f r a u d u l e n t a , r e g e n t a d a acaso p o r u n sacristán d e T a r a z o n a , u n tal B l a s c o Pérez, q u e vivía e n e l castillo, e l c u a l p r e t e n d i ó e n g r o s a r sus b o l s i l l o s a base de a c u ñ a r m o n e d a s aragonesas d e c u r s o c o r r i e n t e s i n e l d e b i d o p e r m i s o r e a l , d a d o q u e l a imitación e r a d e fácil realización. P e r o p a r a llevar a cabo tan delictiva c o m o p i n g ü e a c t i v i d a d era preciso c o n s e g u i r el m e t a l y acarrearlo, f u n d i r l o y t r o q u e l a r l o . P o r f i n , p r o c e d í a alm a c e n a r el d i n e r o contante y sonante y d i s t r i b u i r l o , t o d o lo c u a l no era fácil sin q u e se levantaran las naturales sospechas. C o m o el desaprensivo falsificad o r no era tonto, i d e ó t a m b i é n la m a n e r a de alejar a posibles curiosos, de m o do q u e improvisó e i n c l u s o d e b i ó escenificar fantasmagóricos y t r e m e b u n d o s aquelarres, i n v e n t a n d o t o d a suerte de brujas y de seres fantásticos. C o m o h a b í a previsto el falso m o n e d e r o , p r o n t o corrió y se extendió la n o ticia de tan truculentas r e u n i o n e s , lo que alejó, en efecto, a los curiosos. No obstante, c o m o n o era e l único d e f r a u d a d o r establecido — e n l a cercana p o blación de T o r t o l e s f u n c i o n ó y se descubrió p o r entonces o t r a ceca f r a u d u l e n t a — la policía de J a i m e 1 a c a b ó d e s c u b r i e n d o y castigando al desaprensivo. P e r o p a r a e n t o n c e s , e l castillo d e T r a s m o z s e h a b í a c o n v e r t i d o , e n l a m e n t e d e l p u e b l o , e n u n o d e los centros más i m p o r t a n t e s d e l b r u j e r í o arag o n é s , f a m a q u e l e h a a c o m p a ñ a d o d u r a n t e siglos. [Beltrán, Antonio, Leyendas aragonesas, pág. 153.] 339

Agustín llbielo Arteta

329. J U S T I C I A P A R A T O D O S ( S I G L O xrv.

TERUEL)

T r a n s c u r r í a e l mes d e j u n i o d e 1318. J a i m e , h i j o d e J a i m e I I d e A r a g ó n , s e h a l l a b a t e m p o r a l m e n t e e n T e r u e l , p o r c i e r t o c o n g r a n disgusto p o r parte de los turolenses, q u e no veían b i e n los excesos y el t i p o de v i d a d e l i n fante, a u n q u e se sentían o b l i g a d o s a s o p o r t a r l o . T a m p o c o e r a n b i e n aceptados, p o r sus tropelías y desmanes, a l g u n o s de sus a c o m p a ñ a n t e s , sobre t o d o u n o de sus pajes. L a tensa c a l m a a c a b ó p o r r o m p e r s e e l día e n e l q u e e l paje, a m p a r a d o e n s u p r e p o t e n c i a , s e a p o d e r ó p o r l a f u e r z a d e u n a joven t u r o l e n s e , q u e acudió a d e n u n c i a r l o ante el j u e z de T e r u e l , d o n J a i m e Pérez el M e n o r , c u a n d o se h a l l a b a a d m i n i s t r a n d o j u s t i c i a ante l a p u e r t a d e l a iglesia d e Santa María. Ante la denuncia de la joven, el juez se vio en el d i l e m a de contemporizar, dadas las c i r c u n s t a n c i a s , o de a p l i c a r estrictamente la justicia, c o m o le m a r c a b a su c o n c i e n c i a y c o n d i c i ó n . Su h o n r a d e z , a u n s a b i e n d o a q u é se exp o n í a , le llevó a a p l i c a r la j u s t i c i a , de m o d o q u e se p r e s e n t ó en el p a l a c i o real, s o l i c i t a n d o ser r e c i b i d o p o r e l i n f a n t e J a i m e . H a b l ó c o n e l m a y o r d o m o , e l n o b l e G o n z a l o García, q u i e n d e s a p r o b a b a el p r o c e d e r d e l i n f a n t e , y le c o n d u j o ante él p a r a solicitarle la e n t r e g a d e l p r e s u n t o c u l p a b l e p a r a ser j u z g a d o . E l i n f a n t e , a l e g a n d o c a r e n c i a d e autor i d a d e n e l p a l a c i o d e l rey p o r parte d e l j u e z , s e negé>. Insistió J a i m e P é r e z e l M e n o r y d e n u e v o r e c i b i ó l a negativa c o n e l p r e t e x t o d e q u e l a casa real q u e d a b a f u e r a de las d i s p o s i c i o n e s y jurisdicción locales. La situación e r a tensa. E l juez t u r o l e n s e , f i r m e e n s u d e r e c h o , m a n i f e s t ó a l i n f a n t e q u e s e llevaría p o r la f u e r z a al paje si no le e r a e n t r e g a d o . I n t e r v i n o el m a y o r d o m o h a c i e n d o ver la n e c e s i d a d de a c c e d e r a la petición r a z o n a d a d e l juez, puesto q u e los fileros y leyes t e n í a n q u e ser respetados p o r todos, c r i t e r i o q u e s e i m p u s o a l f i n , d e m o d o q u e e l paje f u e e n tregado y juzgado c o n f o r m e a fuero, siendo declarado culpable y ahorcado en la plaza del Mercado. E l i n f a n t e J a i m e , h i j o d e J a i m e I I d e Aragón, joven d e v i d a i r r e s p o n s a b l e , a b a n d o n ó i n m e d i a t a m e n t e T e r u e l , v i l l a c u y a e n t e r e z a l e o r i g i n a b a u n cierto desasosiego. [ C a r u a n a , J a i m e d e , «Justicia e j e m p l a r » , e n Relatos..., págs. 71-80.]

330. A L F O N S O V I N T E R V I E N E E N I A L U C H A D E L O S M A R C I L L A Y L O S MUÑOZ (SIGLO XV. TERUEL)

D e s d e q u e el Jueves S a n t o de 1325 saltara la p r i m e r a c h i s p a e n t r e las fam i l i a s M a r c i l l a y M u ñ o z , T e r u e l n o c o n o c i ó t r e g u a , pues l a c i u d a d estaba

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en r e a l i d a d d i v i d i d a e n t r e los p a r t i d a r i o s de u n a u o t r a , lo c u a l a f e c t ó a la v i d a d i a r i a d e los t u r o l e n s e s . E n m u c h a s ocasiones, s e v i o o b l i g a d a a i n t e r v e n i r n o sólo l a j u s t i c i a l o c a l , s i n o t a m b i é n l a r e a l y , a l o l a r g o d e l t i e m p o , m u c h a s f u e r o n las vidas q u e a c a b a r o n segadas c o m o c o n s e c u e n c i a d e l a aplicación de u n a u otra justicia. U n siglo más tarde, e n 1427, e l rey d e Aragón A l f o n s o V h a b í a c o n v o c a do C o r t e s en T e r u e l , de m o d o q u e la c i u d a d se aprestó a r e c i b i r a todos los r e p r e s e n t a n t e s d e los distintos brazos. N i s i q u i e r a e n t o n c e s h u b o c a l m a e n tre las f a m i l i a s M u ñ o z y M a r c i l l a , q u e p r o t a g o n i z a r o n un grave i n c i d e n t e en C e l i a , c u a n d o e l p r o p i o rey estaba y a e n T e r u e l . El d í a 5 de d i c i e m b r e , A l f o n s o V se p e r s o n ó en la sala d o n d e se c e l e b r a ba el j u i c i o dispuesto a i m p o n e r su autoridad, p e r o el juez turolense, Francisco d e V i l l a n u e v a , suspendió e l j u i c i o , c o n s i d e r a n d o q u e l a p r e s e n c i a d e l m o n a r c a e r a u n a u t é n t i c o c o n t r a f u e r o . T o d o fue e n v a n o . A l f o n s o V s e e n c o l e r i z ó y , ante e l a s o m b r o d e todos, m a n d ó d e c a p i t a r a l j u e z . E l p a v o r s e e n s e ñ o r e ó d e l a c i u d a d d e T e r u e l , p e r o e l rey p a r e c í a estar d i s p u e s t o a b s o l u t a m e n t e a t e r m i n a r c o n tan p e c u l i a r y estéril l u c h a f a m i liar. D e m o d o q u e , a d e m á s , sin t e n e r e n c u e n t a l o q u e e l f u e r o d i s p o n í a a este respecto, n o m b r ó a Martín de O r i h u e l a p a r a lo q u e restaba de a ñ o , a u n q u e , e n r e a l i d a d , e n a d e l a n t e siguió n o m b r a n d o a l a m á x i m a a u t o r i d a d t u r o l e n s e , i n t e r r u m p i é n d o s e así l a secular m a n e r a d e e l e g i r juez p o r los p r o p i o s turolenses, según s u p r o p i o h i e r o . I n e v i t a b l e m e n t e , e l c a r g o t e n í a q u e recaer e n u n t u r o l e n s e q u e , c ó m o n o , estaría más o m e n o s v i n c u l a d o a a l g u n a de las dos f a m i l i a s en p u g n a . Así sucedié), s i e n d o n o m b r a d o s sucesivamente varios jueces de entre la fam i l i a d e los M a r c i l l a . L a r e a l i d a d e s q u e T e r u e l pagé) c o n e l r e c o r t e d e sus l i b e r t a d e s y c o n la i n t e r v e n c i ó n real su secular e n c o n o . [ A r r i a n , M i g u e l , « L a m a n c h a de s a n g r e » , en Revista del luna, 30 ( 1 8 8 2 ) , 381.]

331. E L E S C U D O D E A R M A S D E L J U S T I C I A D E ARAGÓN (SIGLO X V . ZARAGOZA)

A finales de s e p t i e m b r e d e l a ñ o 1394, después de fallecer el p a p a C l e m e n t e , los c a r d e n a l e s r e u n i d o s e n l a c i u d a d d e A v i g n o n e l i g i e r o n c o m o sucesor d e san P e d r o a l a r a g o n é s d o n P e d r o M a r t í n e z d e L u n a , u n m i e m b r o destacado d e la f a m i l i a L u n a , q u e se h i z o l l a m a r b e n e d i c t o X I I I . D e todos son c o n o c i d o s los p r o b l e m a s q u e este n o m b r a m i e n t o a c a r r e ó e n t o d a l a E u r o p a o c c i d e n t a l , l o q u e motivó q u e — a n t e l a oposiciéhi e n é r g i c a y v i o l e n t a d e l rey de F r a n c i a q u e a p o y a b a a o t r o c a n d i d a t o — d o n Pe341

Agustín l'bielv Arteta

d r o comenzara u n a dolorosa peregrinación que le condujo a Genova (dond e estuvo a c o m p a ñ a d o p o r s u confesor, e l fraile v a l e n c i a n o V i c e n t e F e r r e r ) , a S a o n a , a P c r p i g n a n y, p o r último, a Z a r a g o z a , d o n d e l l e g a b a c o n t o d a su c o r t e en 1411 y era r e c i b i d o c o n el m a y o r r e g o c i j o y e n o r m e s muestras de cariño. Coincidió su presencia en Zaragoza con la conmemoración de la Navid a d y asistió a q u e l l a n o c h e B e n e d i c t o X I I I a los m a i t i n e s , q u e se c e l e b r a r o n d e m a n e r a s o l e m n e e n u n a basílica l l e n a d e f i e l e s . L l e g a d o e l m o m e n t o p r e c i s o , dirigiéndose a l J u s t i c i a d e A r a g ó n — e n a q u e l m o m e n t o l o e r a d o n J u a n X i m é n e z C e r d á n , q u e estaba presente e n l a c e r e m o n i a r e l i g i o s a — l e invitó a q u e c a n t a r a l a l e c c i ó n q u i n t a , l a l l a m a d a i m p e r i a l , r o g á n d o l e q u e l o h i c i e r a m a n t e n i e n d o s u espada d e s n u d a , c o n l a m a n o d e r e c h a , y l e v a n tadas ambas h a c i a el t e c h o . M i e n t r a s e l j u s t i c i a d e A r a g ó n , todavía s o r p r e n d i d o p o r l o q u e estaba suc e d i e n d o ante tan g r a n c o n c u r r e n c i a , c a n t a b a y m a n t e n í a la espada tal com o l e d i j e r a B e n e d i c t o xill. E n a q u e l m o m e n t o , éste s e dirigió h a c i a los f i e les allí c o n g r e g a d o s y les d i j o q u e lo m a n d a b a h a c e r así «por ser este m a g i s t r a d o f é n i x d e l m u n d o , a q u i e n era d e b i d o e l m a y o r h o n o r y respeto». D e s d e a q u e l s e ñ a l a d o día, p o r d e s e o d e l c o n t r o v e r t i d o p a p a a r a g o n é s B e n e d i c t o x i l l , e l b r a z o a r m a d o c o n l a espada d e s n u d a y levantados a m b o s h a c i a e l c i e l o serían los s í m b o l o s representativos d e l justicia d e A r a g ó n . í

[ G a r c í a C i p r é s , G . , « R i c o s h o m b r e s d e A r a g ó n . D . P e d r o M a r t í n e z d e L u n a (el " a n t i p a p a " ) » , en linajes de Aragón, o ( 1 9 1 1 ) , 184-185.]

8.2. P L A G A S Y E P I D E M I A S

332. EL M I E D O A IA PESTE ( S I G L O XIV. A D A H U E S C A )

E n t i e m p o s r e m o t o s , e n l a s i e r r a d e S e v i l , s e l e v a n t a b a n las viviendas d e a d o b e y p i e d r a d e u n p e q u e ñ o n ú c l e o d e p o b l a c i ó n , cuyos escasos h a b i tantes vivían de la a g r i c u l t u r a , de la e x p l o t a c i ó n d e l m o n t e y de la g a n a d e ría. Se le c o n o c í a c o m o Lascasas de S e v i l . U n m a l d í a d e l siglo XIV, llegó u n h o m b r e g u i a n d o u n viejo j u m e n t o carg a d o c o n c u a t r o g r a n d e s espuertas repletas de c a c h a r r e r í a , telas y objetos d e v i d r i o , p e r o apenas p u d o d e s c a r g a r l a m e r c a n c í a , p u e s t o q u e cayó c o m o f u l m i n a d o a l suelo, e n t r e c o n t o r s i o n e s d e i n m e n s o d o l o r . L l e v a d o a l a cas u c h a q u e h a c í a las f u n c i o n e s d e h o s p i t a l y d e s c u b r i r l e e l c u e r p o p a r a i n d a g a r cuál p u d i e r a ser l a causa d e s u p a d e c i m i e n t o , v i e r o n q u e estaba afect a d o d e peste b u b ó n i c a .

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leyendas para una historia paralela, del Aragón medieval

L a a l a r m a p o r l o s u c e d i d o c u n d i ó c o n c e l e r i d a d , p e r o casi m á s v e l o z q u e l a n o t i c i a fue l a e n f e r m e d a d m i s m a e n s u p r o p a g a c i ó n , d e m o d o q u e e l p u e b l o e n t e r o f u e apestado e n p o c o t i e m p o , f a l l e c i e n d o t o d o s sus h a b i t a n tes c o n l a e x c e p c i ó n d e d o s mujeres. A q u e l núcleo de población quedó despoblado y b o r r a d o d e l m a p a para s i e m p r e , y las d o s mujeres, e n s u h u i d a p r e c i p i t a d a , f u e r o n b u s c a n d o ayud a p o r todas las aldeas d e l c o n t o r n o , p e r o e n n i n g u n a d e ellas l a h a l l a r o n , s i e n d o tratadas p o r d o n d e q u i e r a q u e f u e r a n c o m o auténticas apestadas. Por fin, acabaron hallando auxilio y comprensión en Adahuesca. A m b a s m u j e r e s , únicas s u p e r v i v i e n t e s d e Lascasas d e S e v i l , a g r a d e c i d a s a los v e c i n o s d e A d a h u e s c a , les d o n a r o n t o d a l a S i e r r a d e S e v i l , a u n q u e c o n la condición de que, cuando m u r i e r a n , fueran enterradas en la encrucijad a d e c a m i n o s d e los p u e b l o s d e A d a h u e s c a , A b i e g o y A l b e r t i e l a d e L a l i e na, lugar que recibe el n o m b r e de «Crúcelos». [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r M a r c o s A l t e r n i r . C o l e g i o « S a n c h o R a m í r e z » . H u e s c a . ] [ C a d a 20 de m a y o , se a c u d e a la t u m b a de ambas m u j e r e s y se levanta u n a peq u e ñ a torre de piedras, adornándola con flores. Tras el responso, el sacerdot e e c h a u n a p i e d r c c i l l a a l m o n t ó n y , tras él, t o d o s los asistentes h a c e n l o m i s m o . T a m b i é n es c o s t u m b r e r e p a r t i r unas p e q u e ñ a s tortas de maíz entre los asistentes.]

333. I A F U N D A C I Ó N D E S A L I N A S D E H O Z (SIGLO XIV. SALINAS DE H O Z )

C o r r í a u n o d e los últimos a ñ o s d e l siglo X L V , e l d e las g r a n d e s e p i d e m i a s d e peste, d e tan i n f a u s t o r e c u e r d o p a r a t o d a E u r o p a , p a r a l a P e n í n s u l a Ibérica y para Aragón. D e m o m e n t o , t o d o e r a c a l m a . E n t r e extensos c a m p o s d e m i e s tostados p o r el sol a b r a s a d o r d e l estío, r o d e a d a de á r b o l e s y flores, se l e v a n t a b a V i l l a , u n p e q u e ñ o p u e b l e c i t o d e escasos habitantes, q u e vivían casi exclusivam e n t e de la a g r i c u l t u r a y d e l p a s t o r e o de las cabras y ovejas. T o d o s los i n d i c i o s h a c í a n p r e s a g i a r q u e l a c o s e c h a d e a q u e l a ñ o p e r m i t i r í a pasar u n b u e n invierno, c o n el granero y la despensa llenos. P e r o d e r e p e n t e , u n a tarde aciaga d e l mes d e agosto, c u a n d o todos los habitantes d e V i l l a r e c o g í a n las mieses, h i z o s u a p a r i c i ó n e l cólera, c o n t r a e l q u e n o existía más r e m e d i o q u e l a purificación p o r m e d i o d e l f u e g o . P a ra c o r t a r de raíz el m a l , casas, c a m p o s , pajares, g r a n e r o s y c a r r o s a r d i e r o n e n u n a sola l l a m a . E l h u m o s e elevaba hasta e l c i e l o , f o r m a n d o n u b e s i n mensas q u e desaparecían p o r e n c i m a d e las c o l i n a s c i r c u n d a n t e s . L o s a n i males, t o t a l m e n t e asustados, h u í a n sin r u m b o d e u n l a d o p a r a o t r o ; los n i ñ o s l l o r a b a n , las m u j e r e s g r i t a b a n , t o d o e l m u n d o g r i t a b a . 343

Agustín Ubieto A rteta

C u a n d o r e n a c i ó l a t r a n q u i l i d a d , los c a m p o s y a n o e r a n d e o r o , s i n o negros y c e n i c i e n t o s . M a l t r e c h o s en el c u e r p o y en el a l m a , sólo q u e d a r o n c o n v i d a c u a t r o o c i n c o supervivientes, q u e d e c i d i e r o n a b a n d o n a r l o p o c o q u e quedaba en pie de V i l l a c o n el ánimo de formar un nuevo p u e b l o en otro lugar. Así e s q u e a n d u v i e r o n b u s c a n d o u n e m p l a z a m i e n t o a d e c u a d o , hasta q u e d e c i d i e r o n levantar sus nuevas casas de a d o b e y cañas al p i e de u n a m o n t a ñ a , j u n t o a u n m a n a d e r o d e sal, d e cuya e x p l o t a c i ó n p e n s a r o n vivir. P o r eso l l a m a r o n a s u n u e v o p u e b l o Salinas d e H o z . P o c o a p o c o , c o n l a a p o r t a c i ó n d e otras gentes tan desgraciadas c o m o ellos, se restableció la v i d a en Salinas, el n u e v o p u e b l o , y sus habitantes, q u e n o podían o l v i d a r s u o r i g e n , aún t u v i e r o n arrestos p a r a r e c o n s t r u i r l a a n t i g u a iglesia d e V i l l a , a h o r a c o n v e r t i d a e n e r m i t a , a l a q u e c a d a a ñ o i b a n y van p a r a r e c o r d a r sus raíces. [Datos proporcionados por Silvia María Alas Bistuer.]

334. S A N M I G U E L L U C H A CONTRA LA PIAGA DE LA LANGOSTA (SIGLO XIV. TAUSTE)

T o d a l a E u r o p a o c c i d e n t a l p a d e c i ó d u r a n t e e l siglo X I V y p a r t e d e l X V a u ténticos p e r í o d o s d e h a m b r e , d e m o d o q u e l a r e c o n s t r u c c i ó n a g r a r i a sólo se p u e d e situar a p a r t i r de 1440-60. Estas h a m b r u n a s t e n í a n causas diversas: sequías p e r t i n a c e s , malas cosechas, i n c e n d i o s , i n u n d a c i o n e s , plagas... E n A r a g ó n , l a grave crisis tuvo s u p u n t o c u l m i n a n t e desde l a última d é c a d a d e l siglo X I V hasta f i n a l e s r i e l r e i n a d o d e A l f o n s o V e l M a g n á n i m o , a m e d i d o s d e l siglo X V . E s e n este e s c e n a r i o g e n e r a l y d e s o l a d o r e n e l q u e tuvo l u g a r l a s i n g u l a r i n t e r c e s i ó n d e san M i g u e l . P o r estar y a m u y e n t r a d a l a p r i m a v e r a , y después d e u n i n v i e r n o q u e h a bía sido a d e c u a d o p a r a q u e e l c a m p o r i n d i e r a b u e n o s frutos, l a c o s e c h a d e a q u e l a ñ o se a u g u r a b a entre n o r m a l y b u e n a , sobre t o d o c o m p a r a d a c o n las de los últimos años, q u e h a b í a n s i d o bastante malas e i n c l u s o p a u p é r r i m a s . En las casas y en los m e n t i d e r o s de Tauste ya se h a c í a n cálculos. Q u i e n más q u i e n m e n o s p e n s a b a e n a d q u i r i r u n c a b a l l o p a r a q u e t i r a r a d e l c a r r o , pues el «tordo» ya se h a b í a h e c h o viejo; otros p e n s a b a n m e j o r a r el ajuar de la h i j a q u e tenían p o r casar o en levantar un pajar n u e v o en las afueras d e l p u e b l o d o n d e a c u m u l a r más h i e r b a p a r a más g a n a d o . . . P e r o n a d i e c o n t a b a c o n e l día 8 d e m a y o d e l a ñ o 1421, q u e y a h a b í a a m a n e c i d o , u n m a l día d o n d e los haya, pues u n a d e n s a p l a g a d e langosta, q u e o s c u r e c i ó e l c i e l o casi p o r c o m p l e t o , invadió todos los c a m p o s : d e repente, el verde se había convertido en p a r d o y la langosta amenazaba c o n devorar la cosecha en ciernes. 344


S i n r e m e d i o s t é c n i c o s n i q u í m i c o s c o n o c i d o s p a r a c o m b a t i r a q u e l l a legión d e saltamontes, n o c a b í a esperar n a d a más q u e u n f u t u r o d e h a m b r e . E h i c i e r o n l o q u e sólo c a b í a hacer, buscarse u n i n t e r c e s o r ante D i o s . P o r eso, b u s c a r o n y h a l l a r o n al a r c á n g e l san M i g u e l , q u e libró a los c a m p o s de Tauste d e l a p l a g a v o r a z . [Bernal, José, Tradiciones..., pág. Kifi.] [Desde entonces se popularizó la costumbre de ayunar, incluidas las caballerías, desde las doce de la noche del día 8 de mayo hasta que tenía lugar la procesión en la iglesia, a la que acudían todos los vecinos de Tauste.]

335. S A N S E B A S T I Á N L I B R Ó D E L A L E P R A A FAYÓN (SIGLO XIV. FAYÓN)

H a c í a un frío h e l a d o r , c o r t a n t e , y e r a de n o c h e . N a d i e salía de su casa y las calles d e Fayón estaban t o t a l m e n t e desiertas. N o obstante, q u i e n e s v i vían e n los a l e d a ñ o s d e u n a d e las entradas a l p u e b l o p u d i e r o n o í r acercarse, a n d a n d o m u y l e n t a m e n t e , u n a vieja y achacosa c a b a l g a d u r a sobre l a q u e destacaba l a silueta e n c o r v a d a d e u n j i n e t e . La muía c a m i n a cansinamente y, de c u a n d o en cuando, se para. Se enc u e n t r a a l límite d e sus fuerzas. A l pasar p o r l a calle d e l A r r a b a l , e l a n i m a l resbala, s e g o l p e a l a testa c o n t r a u n a r o c a y m u e r e e n e l acto. E n t r e e l r u i do de la c a í d a y los gritos d e l jinete, los v e c i n o s c e r c a n o s se d e s p i e r t a n y sal e n a la calle. U n a d e las f a m i l i a s , l a d e l tío Q u e l o , m o v i d a p o r l a c a r i d a d , r e c o g e a l lac e r a d o viajero y lo lleva a su d o m i c i l i o . Lo c o n d u c e n a la c a m a de la a l c o b a d e l f o n d o y , e n t r e los l a m e n t o s d e l h e r i d o , l e q u i t a n l a c a p a q u e c u b r e s u c u e r p o . C u a n d o q u e d a en mangas de camisa, descubren con auténtico hor r o r q u e e l forastero tiene l e p r a . L a f a m i l i a e n t e r a d i s c u t e q u é hacer. Sus c o m p o n e n t e s p u g n a n e n t r e e n t r e g a r l o a las a u t o r i d a d e s o callar. Si no lo e n t r e g a n , t e m e n ser causantes de la propagación de la e n f e r m e d a d en el pueblo; si lo entregan, el enfermo m o r i r á casi s e g u r o . D e c i d e n al f i n callar y, c o n f i a d o s en la fe q u e le p r o f e s a n , se e n c o m i e n d a n a san Sebastián, p a t r o n o d e l p u e b l o . L e p r o m e t e n q u e , s i n o s e c o n t a g i a n , todos los a ñ o s p a r a su festividad amasarán tortas y, tras b e n d e c i r l a s , serán r e p a r t i d a s entre sus c o n v e c i n o s . E l m i l a g r o s e h i z o , pues, p a s a d o u n c i e r t o t i e m p o , e l jinete n o sólo s e rep u s o d e las h e r i d a s q u e l a caída l e h a b í a p r o d u c i d o , s i n o q u e l a t e r r i b l e lep r a desapareció de su cuerpo. 345


N a t u r a l m e n t e l a f a m i l i a d e l tío Q u e l o c u m p l i ó s u p r o m e s a . [ A l d e a G i m e n o , S a n t i a g o , «Cálenlos...», CMC, v n ( 1 9 8 2 ) , 62-63.] [Es c i e r t o q u e t o d o s los a ñ o s , p a r a l a f e s t i v i d a d d e san S e b a s t i á n , e s c o s t u m b r e a m a s a r tortas, b e n d e c i r l a s y r e p a r t i r l a s en la p l a z a . ]

336. I A P E S T E D E I A C A L L E B A J A ( S I G L O xrv.

BUJARALOZ)

S e estaban v i v i e n d o m o m e n t o s d e angustia e n l a m a y o r parte d e A r a g ó n pues, c o m o u n a u t é n t i c o r e g u e r o d e pólvora, l a peste b u b ó n i c a , q u e h a b í a p a r t i d o d e los p u e r t o s d e l M e d i t e r r á n e o , s e fue e x t e n d i e n d o p o r t o d o e l R e i n o . P o b l a c i o n e s enteras q u e d a r o n i n c o m u n i c a d a s y m u c h a s c o m u n i d a des f u e r o n d i e z m a d a s p o r l a m u e r t e . E l p r o p i o rey, d o n P e d r o I V e l C e r e m o n i o s o , se l a m e n t a b a ante los brazos de las C o r t e s de q u e la m i t a d de los habitantes d e s u r e i n o h a b í a m u e r t o apestada. C o m o es lógico, las m e d i d a s de s e g u r i d a d solían ser estríelas en todas las p o b l a c i o n e s , c e r r á n d o s e las puertas d e los m u r o s d u r a n t e l a n o c h e , d e m o d o q u e n o p u d i e r a e n t r a r n a d i e . P o r e l día, e l c o n t r o l e r a t a m b i é n severo, a u n q u e a veces, sobre t o d o en los días en los q u e se c e l e b r a b a f e r i a o de mercado, siempre cabía la posibilidad de que alguna persona contagiada p o r l a peste p u d i e r a i n t r o d u c i r s e sin ser a d v e r t i d o . P r e c i s a m e n t e , u n o d e esos días d e m e r c a d o , a m e d i a m a ñ a n a , u n h o m b r e p o b r e r e c o r r í a p o r d i o s e a n d o l a calle Baja d e B u j a r a l o z r e p l e t a d e g e n te q u e i b a y venía h a c i e n d o sus c o m p r a s . P o r el h e c h o de h a b e r p a s a d o el c o n t r o l d e l a p u e r t a n o levantó sospechas. C a s u a l m e n t e l l a m ó e n l a v i v i e n d a d e unas señoras mayores y l a c r i a d a , c o m p a d e c i d a , s o c o r r i ó a l i n d i g e n te. A q u e l acto d e c a r i d a d fue e l c o m i e n z o d e l f i n , pues l a peste e n t r ó e n l a casa. S i n p o d e r l o r e m e d i a r , l a peste s e e x t e n d i ó c o n c i e r t a r a p i d e z p o r t o d a la calle Baja, de m o d o q u e el j u e z de B u j a r a l o z se v i o f o r z a d o a aislarla p o r sus d o s e x t r e m o s l e v a n t a n d o sendos m u r o s d e p i e d r a . T o d a l a r ú a q u e d ó i n c o m u n i c a d a y sus habitantes t u v i e r o n q u e socorrerse a sí m i s m o s , pues n a d i e p o d í a e n t r a r n i salir d e e l l a . A n t e e l t e m o r p r o v o c a d o p o r l a e p i d e m i a , los v e c i n o s d e l a calle somet i d a a c u a r e n t e n a se e n c o m e n d a r o n c o n f e r v o r a N u e s t r a S e ñ o r a de las N i e ves, a la q u e le p r o m e t i e r o n d e d i c a r l e todos los años u n a fiesta si les l i b r a b a d e l m a l . E l m i l a g r o s e h i z o pues, e x c e p t o a l g u n o s casos aislados, los habitantes de la calle Baja y de B u j a r a l o z s a l i e r o n al f i n i n d e m n e s . [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r J o s é F. J a r n é U b i e t o (profesor) y M a r t a E s c o r i h u e l a , M - C i n t a H e r r e r o , M - P i l a r Villagrasa y M M a r Villagrasa (alumnas), Instituto «J. A l b a r e d a » . C a s p e . ] a

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337. L A P L A G A D E L A N G O S T A DOMINADA POR LA VIRGEN (SIGLO XIV. ARÁNDIGA)

I n u n d a c i o n e s , largos p e r í o d o s de sequía y plagas de langosta, aparte de brotes m o r t a l e s d e peste, s e s u c e d i e r o n d u r a n t e t o d o e l siglo X I V , p r o v o cando el hambre y la desolación en toda E u r o p a occidental. La población disminuyó de m a n e r a ostensible, y la P e n í n s u l a I b é r i c a y, d e n t r o de e l l a , Aragón n o f u e r o n u n a e x c e p c i ó n a tales males. U n v e r d a d e r o s e n t i m i e n t o de pesimismo se adueñó de todo el m u n d o . D e n t r o de este d e s o l a d o r y d a n t e s c o e s c e n a r i o g e n e r a l , c o n o c e m o s sit u a c i o n e s dramáticas concretas, c o m o l a q u e o c u r r i e r a e n l a c o m a r c a d e A r á n d i g a , l u g a r d o n d e c o n f l u y e n los ríos A r a n d a e Isuela. E n efecto, e n c i e r t a o c a s i ó n , c u a n d o l a c o s e c h a d e s p u n t a b a f i r m e e n los c a m p o s d e secano y e n l a h u e r t a , s e d e c l a r ó u n a t e r r i b l e p l a g a d e langosta, tan grande que, al llegar v o l a n d o , se oscureció el cielo p o r c o m p l e t o y, u n a vez e n t i e r r a , apenas s i s e veía ésta. L o c i e r t o e s q u e , d e n o o c u r r i r u n a u t é n t i c o m i l a g r o , e n p o c o s instantes t o d o q u e d a r í a agostado, s i n v i d a , o t r o a ñ o más. L a c o n s e c u e n c i a sería o t r a vez l a m i s m a , e l h a m b r e . . . I n t e n t a r o n los vecinos espantar a los insectos h a c i e n d o t o d o el r u i d o p o sible c o n cacerolas, campanas, sartenes y cuantos i n s t r u m e n t o s p o d í a n servir p a r a ahuyentarlos, p e r o t o d o fue e n v a n o . E l p u e b l o e n t e r o , v i e n d o p e r d i d o p o r m o m e n t o s t o d o lo q u e era su sostén y m o d o de v i d a , i m p l o r ó esperanzad o a N u e s t r a S e ñ o r a , l l a m a d a d e l a H u e r t a , paseando s u i m a g e n , tallada e n m a d e r a y p o l i c r o m a d a , en s o l e m n e procesión p o r t o d a la h u e r t a y la tierra aledaña d e l secano. Las plegarias eran m i t a d l l a n t o m i t a d esperanza. N o obstante, n o c o n f i a b a n d e m a s i a d o las gentes d e A r á n d i g a e n q u e s u i n v o c a c i ó n d i e r a r e s u l t a d o , pues e n otras ocasiones semejantes n o h a b í a s e r v i d o d e m u c h o , p e r o l o c i e r t o e s q u e e n a q u e l l a n c e ; a los p o c o s m i n u tos, c o m o p o r arte d e e n c a n t a m i e n t o , m u r i e r o n p r á c t i c a m e n t e todos los i n sectos, cuyos m i l e s de c u e r p o s inertes s i r v i e r o n l u e g o de a b o n o a tinas tierras q u e a p u n t o e s t u v i e r o n de ser e s q u i l m a d a s u n a vez más. [ B e r n a l , (osé, Tradiciones..., p á g . 199.]

338. S A N S E B A S T I A N D E T I E N E L A PESTE E N A Z A N U Y ( S I G L O xrv.

AZANUY)

E s h i s t ó r i c a m e n t e c i e r t o q u e , a f i n a l e s d e l siglo X V , A z a n u y p e r d i ó u n a t e r c e r a p a r t e de sus habitantes respecto a c o m i e n z o s de la c e n t u r i a , p e r o est a n o era l a p r i m e r a vez q u e l a e p i d e m i a l l e g a b a a l p u e b l o . E n e l siglo X I V , 347


u n a c e n t u r i a n e g r a p a r a l a p o b l a c i ó n e u r o p e a , l a m a c a b r a visita fue sistemática, p r o d u c i é n d o s e múltiples escenas d e s g a r r a d o r a s y m o r t a n d a d e s m a sivas, c o m o en tantos otros lugares de A r a g ó n . L o s c o n o c i m i e n t o s m é d i c o s y los m e d i o s f a r m a c é u t i c o s d e l m o m e n t o e r a n escasos p a r a tratar de h a c e r f r e n t e a la t e r r i b l e e n f e r m e d a d , de m o d o q u e , ante la i m p o t e n c i a h u m a n a , a las gentes sólo les q u e d a b a el r e c u r s o de aclamarse al c i e l o , b u s c a n d o s i e m p r e p a r a e l l o a un i n t e r m e d i a r i o , santo o santa, q u e i n t e r c e d i e r a e n s u n o m b r e , g e n e r a l m e n t e e l patrón o p a l r o n a d e l lugar, a l g u n o s d e los cuales estaban especializados e n d e t e r m i n a d o s m a les o catástrofes, c o m o s o n los casos de san R o q u e , san Sebastián, san J o r g e o santa Á g u e d a , p o r e j e m p l o . E n esta ocasión, c u a n d o l a peste b u b ó n i c a d i o e l p r i m e r aviso e n e l p u e b l o p r ó x i m o , c u n d i ó l a a l a r m a e n A z a n u y , d e m o d o q u e s e c e r r a r o n las puertas de la p o b l a c i ó n a los e x t r a ñ o s , se l i m p i ó b i e n la f u e n t e , se q u e m a r o n ropas y se destruyeron alimentos. Pero también t o m a r o n la d e t e r m i n a ción de e n c o m e n d a r s e a san Sebastián, pues les c o n s t a b a q u e en otras a l deas h a b í a a c t u a d o c o m o u n a u t é n t i c o talismán. Y c o m o señal visible d e l a e l e c c i ó n q u e h a b í a a c o r d a d o , l a b r a r o n un «pilaret» y lo c o l o c a r o n f r e n t e a la principal puerta de entrada. La espera se h i z o tensa y e x p e c t a n t e . L o s días p a s a r o n lentos y n i n g ú n v e c i n o presenté) síntomas d e l a e n f e r m e d a d , n o obstante, d e c i d i e r o n seguir aislados d e l resto d e los p u e b l o s c i r c u n d a n t e s p o r u n t i e m p o , hasta q u e u n o s l a b r a d o r e s d e l a c e r c a n a a l m u n i a d e A b í n F e r r u z , q u e f u e r o n a visitar a u n o s p a r i e n t e s suyos, les h i c i e r o n saber q u e el p e l i g r o h a b í a p a s a d o . N a t u r a l m e n t e , desde ese instante san Sebastián se convirtió en u n o de los santos i n t e r m e d i a r i o s favoritos de los habitantes de A z a n u y . [Recogida

oralmente.]

339. L A L U C H A C O N T R \ L A P E S T E (SIGLO X V . PEÑARROYA DE TASTAVINS)

La población del Bajo Aragón, c o m o toda la del reino aragonés, padec i ó los azotes de sucesivas e p i d e m i a s de peste, t e r r i b l e e n f e r m e d a d q u e se h a b í a e x t e n d i d o desde los p u e r t o s m e d i t e r r á n e o s a p a r t i r d e m e d i a d o s d e l siglo XIV, siglo en el q u e en P e ñ a r r o y a de Tastavíns l l e g a r o n a f a l l e c e r los d o s n o t a r i o s , d e m o d o q u e e l j u e z l o c a l tuvo q u e a u t o r i z a r a u n s i m p l e vec i n o p a r a q u e h i c i e r a sus f u n c i o n e s . E n varios p u e b l o s h u b o q u e h a b i l i t a r n u e v o s c e m e n t e r i o s , pues los existentes s e v i e r o n d e s b o r d a d o s p o r l a m o r t a n d a d . L a situación e r a d a n t e s c a y p r á c t i c a m e n t e n o h u b o l o c a l i d a d q u e no se v i e r a más o m e n o s afectada. 348

Leyendas para una. historia paralela del Aragón medieval

A lo l a r g o de t o d o el siglo X V , los brotes pestíferos se s u c e d i e r o n de m a n e r a sistemática e n t o d a l a c o m a r c a d i e z m a n d o todavía más l a escasa p o blación superviviente. T a l fue el g r a d o de v i r u l e n c i a de u n a de aquellas terribles mortandades que, en la cercana aldea de V a l l i b o n a , localidad hoy castellonense, las p o s i b i l i d a d e s d e e n g e n d r a r nuevas vidas e r a y a casi n u l a , pues m u r i e r o n apestadas, a d e m á s de las p e r s o n a s mayores y los n i ñ o s , casi todas las m u j e r e s jóvenes capaces de p r o c r e a r y apenas q u e d a b a n v a r o n e s adultos. H a b í a q u e t o m a r a l g u n a decisión antes q u e a b a n d o n a r los c a m p o s d e s u subsistencia y las casas d o n d e h a b í a n n a c i d o p a r a b u s c a r n u e v o s e i n c i e r t o s h o r i z o n t e s d e v i d a . F u e e n t o n c e s c u a n d o siete j ó v e n e s m u c h a c h o s s u p e r v i vientes d e V a l l i b o n a c a m i n a r o n los t r e i n t a k i l ó m e t r o s q u e los s e p a r a b a n d e P e ñ a r r o y a , p u e b l o m e n o s castigado en a q u e l e m b a t e , y, tras e x p o n e r sus cuitas y sus p r e t e n s i o n e s , l o g r a r o n q u e siete m u j e r e s en e d a d de e n g e n d r a r nuevas vidas a c c e d i e r a n a casarse c o n ellos y fijar su r e s i d e n c i a en el p u e b l o c a s t e l l o n e n s e , q u e n o sólo s e salvó d e l a e x t i n c i ó n total, c o m o o c u r r i e r a c o n tantos otros lugares, s i n o q u e logró r e h a c e r s u h o r i z o n t e vital. D e s d e e n t o n c e s , los v e c i n o s d e V a l l i b o n a , e n a g r a d e c i m i e n t o p o r l a ayud a h u m a n i t a r i a p r e s t a d a , c a d a siete a ñ o s (tantos c o m o m u c h a c h a s s a l i e r o n e n t o n c e s ) a c u d e n a pie a P e ñ a r r o v a p a r a festejar j u n t o s , en t o r n o al sant u a r i o d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a F u e n t e , u n h e r m a n a m i e n t o q u e tiene antecedentes históricos b i e n lejanos. [ S e r r a n o D o l a d e r , A l b e r t o , Guía mágica... de Teruel, p á g s . 61-62.]

340. I A D E S A P A R I C I Ó N D E U N P U E B L O : DAYMÚS (StGI.O X V . V E L I L I A D E C I N C A )

E n e l m o n t e d e S a n V a l e r o , entre los actuales M i r a l s o t y V e l i l i a d e C i n ca, en la o r i l l a d e r e c h a de este r í o , a l z a b a sus casas el p u e b l o de Daymús. Sus l a b o r i o s o s habitantes, d e d i c a d o s f u n d a m e n t a l m e n t e a la a g r i c u l t u r a y amantes de las t r a d i c i o n e s religiosas, a c o s t u m b r a b a n a asistir a las r o m e r í a s de la c o m a r c a , entre ellas a la de santa Q u i t e r i a . F n efecto, l l e g a d o m a y o , c o m o t o d o s los a ñ o s o r g a n i z a r o n l a c o m i t i v a h a c i a El P i l a r e t , s i t u a d o j u n t o a la vía q u e d i s c u r r e entre F r a g a y Zaidín, par a l o q u e tenían q u e atravesar e l C i n c a valiéndose d e u n a b a r c a . L a a f l u e n c i a de v e c i n o s era m a y o r q u e n u n c a , tanto q u e en Daymtís sé)lo h a b í a n qued a d o unos pocos ancianos y algunos niños. L o s r o m e r o s s u b i e r o n a l a b a r c a . P o r a p r o v e c h a r e l viaje y a h o r r a r s e u n a travesía, e m b a r c a r o n más v e c i n o s d e los q u e l a p r u d e n c i a aconsejaba. E n efecto, c u a n d o l a e m b a r c a c i ó n h a b í a a l c a n z a d o l a parte c e n t r a l d e l ( a n c a , los r e m e r o s p e r d i e r o n s u c o n t r o l hasta t e r m i n a r n a u f r a g a n d o . 349


L a v i o l e n c i a y l o c r e c i d o d e las aguas, p u e s e r a é p o c a d e d e s h i e l o , v o l c a r o n l a b a r c a q u e d a n d o a t r a p a d o s bajo s u casco l a m a y o r p a r t e d e los p a sajeros. D e q u i e n e s p u d i e r o n salir d e l a t r a m p a y b u s c a r o n l a o r i l l a p o c o s l a p u d i e r o n alcanzar. T o d o s m u r i e r o n a h o g a d o s . E l p u e b l o d e Daymús q u e d ó d i e z m a d o tras t a n t e r r i b l e tragedia. S i n e m b a r g o , todavía n o h a b í a n f i n a l i z a d o ahí las t r i b u l a c i o n e s d e Daymús y sus gentes, pues p o c o después se d e c l a r ó la peste. L o s escasos supervivientes d e l a t r a g e d i a d e l C i n c a t e m i e r o n i n c l u s o l a d e s a p a r i c i ó n d e l p u e b l o . Desesperados, se a c l a m a r o n a san V a l e r o , gracias a c u y a m i l a g r o s a intercesión l o g r a r o n salvarse. N o obstante, ante l a psicosis c o l e c t i v a q u e los a c o n t e c i m i e n t o s h a b í a n p r o v o c a d o , t o m a r o n u n a decisión histórica. P o r u n a p a r t e , e d i f i c a r o n j u n to a Daymús u n a e r m i t a en h o n o r de san V a l e r o , su salvador, y, p o r o t r a , dej a r o n sus casas b u s c a n d o u n n u e v o a c o m o d o . L e v a n t a r o n d e raíz u n n u e v o p o b l a d o , V e l i l l a d e C i n c a , e h i c i e r o n p r o m e s a d e a c u d i r todos los a ñ o s a l a e r m i t a d e san V a l e r o p a r a a g r a d e c e r l e e l a m p a r o y l a p r o t e c c i ó n p r e s t a d a , c o s t u m b r e q u e s i g u e n c u m p l i e n d o sus d e s c e n d i e n t e s . [Datos p r o p o i ' c i o n a d o s p o r E l a d i o G r o s , Félix M o n t ó n y J u a n A. Sáenz de la Ton e . Instituto de B a c h i l l e r a t o de Fraga.]

341. FUENTES DE EBRO SALVADA DE IA PIAGA DE LA LANGOSTA (SIGLO XV. FUENTES DE EBRO)

A través de la l e y e n d a , c o n o c i d o es el é x o d o q u e los m o z á r a b e s de Sarakusta t u v i e r o n q u e s u f r i r e n u n m o m e n t o d e t e r m i n a d o d e l a d o m i n a c i ó n mora de la ciudad, dando origen al nacimiento de El Burgo de Ebro. Tamb i é n e s s a b i d o c ó m o l a i m a g e n d e l a V i r g e n p o r l a q u e sentían e s p e c i a l p r e d i l e c c i ó n — c u y a c a p i l l a estaba s i t u a d a j u n t o a l a iglesia d e S a n M i g u e l — dec i d i ó m a r c h a r s e tras e l l o s , a p a r e c i é n d o s e a u n pastor. P a r a m e j o r g u a r e c e r l a , se le c o n s t r u y ó u n a e r m i t a y pasó a ser c o n o c i d a c o m o N u e s t r a Señora de Zaragoza la Vieja. P u e s b i e n , e n c i e r t a o c a s i ó n , e n t o r n o a l a ñ o 1421, t o d o e l t é r m i n o m u nicipal de Fuentes de E b r o se vio invadido p o r u n a terrible plaga de langosta q u e c u b r i ó t o d a l a h u e r t a y los c a m p o s d e secano, d e m a n e r a q u e tod o c u a n t o a l c a n z a b a n a ver los ojos a p a r e c í a c o m o t e ñ i d o d e u n c o l o r p a r d u z c o , pues no se veía la t i e r r a . A n t e e l desastre — q u e p r o n t o s e c o n v e r t i r í a e n h a m b r u n a — q u e l a p l a ga suponía, y no h a b i e n d o entonces r e m e d i o material ni h u m a n o para l u c h a r c o n t r a u n a invasión tal d e insectos tan voraces, los habitantes c l a m a r o n a l c i e l o , b u s c a n d o p a r a e l l o l a intercesión d e N u e s t r a S e ñ o r a d e 350


Zaragoza, l a V i e j a , a l a q u e l l e v a r o n desde E l B u r g o d e E b r o hasta F u e n t e s e n s o l e m n e p r o c e s i ó n . U n a vez a c o n d i c i o n a d a l a i m a g e n e n l a p a r r o q u i a , los a t r i b u l a d o s l a b r a d o r e s c e l e b r a r o n g r a n d e s y h e r m o s o s c u l t o s r e l i g i o s o s hasta c o m p o n e r u n a n o v e n a , p e r o , n o obstante, l a p l a g a persistía. P o r f i n , finalizó l a r o g a t i v a s i n a p a r e n t e r e s u l t a d o y , v e n c i d o s p o r l a desgracia, d e c i d i e r o n devolver la imagen de la V i r g e n a su ermita de El B u r g o , a v i a n d o las caballerías y el c a r r o p a r a llevarla. P e r o , c u a n d o desesperanzados estaban e n estos menesteres, p u d i e r o n o b s e r v a r c ó m o d e r e p e n t e las l a n gostas, l e v a n t a n d o d e l s u e l o c o n u n r u i d o e n s o r d e c e d o r , c u b r i e r o n r e p e n t i n a m e n t e e l c i e l o hasta o c u l t a r p o r c o m p l e t o e l s o l , c o m o s i d e u n a n u b e i n m e n s a s e tratara. A l p o c o rato d e s a p a r e c i e r o n c o m o p o r arte d e m a g i a . H a b í a n i d o a ahogarse a l río E b r o q u e c o r r e c e r c a n o . E l r e t o r n o d e l a i m a g e n d e N u e s t r a S e ñ o r a d e Z a r a g o z a l a V i e j a a s u ermita de El B u r g o de E b r o fue triunfal. [Azagra, Víctor, Cosas nuevas de la Zaragoza vieja, i, pág. 28.]

342. I A P E S T E D E S P U E B L A N L A B I A S (SIGLO ¿XV? O T O )

Al d e c i r de las gentes, en t i e m p o s de los m o r o s , es decir, hace m u c h o s siglos, malvivía u n a p e q u e ñ a c o m u n i d a d m o n t a ñ e s a e n u n a a l d e a l l a m a d a N i a b l a s , afanados todos sus c o m p o n e n t e s en a r r a n c a r c o n g r a n trabajo su sustento d i a r i o entre el m o n t e , los p e q u e ñ o s h u e r t o s casi r o b a d o s al a r r a y u e l o , la caza y algún q u e o t r o a n i m a l d o m é s t i c o q u e se a l i m e n t a r a de la p r o p i a n a t u r a l e z a , puesto q u e ellos apenas tenían p a r a a l i m e n t a r s e a sí m i s m o s . A pesar de lo a p a r t a d o y r e c ó n d i t o de este lugar, u n o de los m u c h o s b r o tes pestíferos q u e a s o l a r o n A r a g ó n se llevó c o n s i g o a todos los habitantes q u e vivían en él, q u e no e r a n m u c h o s , e x c e p t o a dos resistentes ancianas, q u e se v i e r o n incapaces de p o d e r r e h a c e r sus vidas y vivirlas solas, así es q u e d e c i d i e r o n a b a n d o n a r l o t o d o y m a r c h a r a b u s c a r a m p a r o allí d o n d e q u i sieran proporcionárselo. Vagaron durante m u c h o tiempo de pueblo en p u e b l o buscando ayuda y asilo. P a s a r o n p o r A i n i e l l e y O t a l ; p o r Basarán, Escartín y A y e r b e ; l l e g a r o n a B e r g u a , Sasa, C i l l a s y C o r u l l a s , entre otros lugares, p e r o t o d o su cansanc i o y s u h a m b r e f u e r o n e n v a n o , p u e s t o q u e n a d i e les d a b a c o b i j o p o r m i e d o a ser c o n t a g i a d o s . E n a l g u n o s casos, c o m o o c u r r i e r a e n A i n i e l l e , n i siq u i e r a les p e r m i t i e r o n pasar d e l a p r i m e r a b o r d a c e r c a n a a l p u e b l o , tras p a r l a m e n t a r e n u n a d e las eras. A n t e tan g e n e r a l i z a d a e i n s o l i d a r i a a c o g i d a , d e c i d i e r o n dejar las tierras d e l S o b r e p u e r t o p a r a tratar d e b u s c a r n u e v o s h o r i z o n t e s d o n d e n o 351

Agustín lilñeto Arteta

p u d i e r a n ser r e c o n o c i d a s n i saber s u o r i g e n , d e m o d o q u e s e e n c a m i n a r o n h a c i a e l valle d e l r í o A r a hasta q u e , p o r f i n , f u e r o n a c o g i d a s e n e l p u e b l o de O t o . Las mujeres m o s t r a r o n su a g r a d e c i m i e n t o d e j a n d o sus tierras a las g e n tes q u e les h a b í a n a c o g i d o , l o c u a l e x p l i c a q u e l a p a r d i n a d e N i a b l a s , mínim o resto d e l o q u e f u e r a u n p u e b l o e n t e r o , haya p e r t e n e c i d o a O t o hasta la actualidad. [ S a t u é O l i v a n , E n r i q u e , El Pirineo (tintado, p á g s . 86-87.]

8.3. L A C U L T U R A

343. L A S M E D I C I N A S D E S A N C A P R A S I O ( S I G L O VIII. A L C U B I E R R F . )

E s h i s t ó r i c a m e n t e c i e r t o q u e , a p a r t i r d e l a ñ o 711, los m u s u l m a n e s e m p r e n d i e r o n l a c o n q u i s t a d e t o d a l a H i s p a n i a g o d a , tarea q u e , e x c e p t o e n las m o n t a ñ a s astures, h a b í a n c o n c l u i d o o c h o a ñ o s más tarde, h a c i a 719. A p a r tir de e n t o n c e s , atravesaron i n c l u s o los P i r i n e o s y r e c o r r i e r o n las C a l i a s p o r dos rutas distintas. P o r el Este, su p e r m a n e n c i a f u e más d i l a t a d a y l l e g a r o n hasta Sens y L a n g r e s , a p o d e r á n d o s e de P e r p i g n a n (720), N a r b o n a (720), C a r c a s o n a (725) o N i m e s , hasta q u e las l i b e r ó P i p i n o e l B r e v e (756); p o r e l O e s t e , A b d e r r a h m á n a l - G a f e q u í s e p r e s e n t a b a ante P o i t i e r s , d o n d e e r a d e r r o t a d o e n 732 p o r C a r l o s M a r t e l . P a r e c e ser q u e e n l a r u t a d e l Este, l a d e l M e d i t e r r á n e o , los m o r o s dest r u y e r o n en 732 el m o n a s t e r i o l e v a n t a d o en la isla de L e r i n s , f r e n t e a la cost a d e C a r i n e s , c e n o b i o q u e , f u n d a d o p o r e l m i s m o san C a p r a s i o , e r a céleb r e p o r su escuela de t e o l o g í a y ciencias. Sus monjes, p e r s e g u i d o s , se v i e r o n o b l i g a d o s a h u i r de m a n e r a p r e c i p i t a d a y a l g u n o s de ellos, según la l e y e n d a , l o g r a r o n l l e g a r hasta l a s i e r r a d e A l c u b i e r r e , d o n d e e n c o n U a r o n e l acom o d o y sosiego q u e b u s c a b a n . E n p l a n a s i e r r a d e A l c u b i e r r e , p o r l o tanto, a más d e o c h o c i e n t o s m e tros de a l t i t u d y a salvo de los avatares g u e r r e r o s de la é p o c a , se constituyó u n a n u e v a y p e q u e ñ a c o m u n i d a d r e l i g i o s a , t o l e r a d a p o r los m o r o s , bajo e l p a t r o c i n i o d e san C a p r a s i o , q u e m u y p r o n t o s e h i z o f a m o s a p o r sus p ó c i m a s y brebajes m e d i c i n a l e s , a l b o r de la a l q u i m i a en n u e s t r a t i e r r a , y q u e los f r a i les r e c e t a b a n a cuantas personas se a c e r c a b a n a ellos en b u s c a de c o n s u e l o y a l i v i o p a r a sus c u e r p o s y almas. A q u e l p e q u e ñ o y s o l i t a r i o c e n o b i o , d e l q u e h o y n o q u e d a más q u e u n a p e q u e ñ a e r m i t a todavía d e d i c a d a a l santo p a t r ó n , era f a m o s o p o r sus rece-

352


tas p a r a c o m b a t i r diversas d o l e n c i a s , p e r o sobre t o d o l a m i g r a ñ a , e l r e u m a t i s m o y el m a l de a m o r e s . Sus f ó r m u l a s se f u n d a m e n t a b a n tanto en las m u chas y variadas h i e r b a s m e d i c i n a l e s existentes en la s i e r r a y a l r e d e d o r e s como en la ciencia f r a i l u n a para combinarlas y aplicarlas de m a n e r a adecuada p a r a c a d a caso c o n c r e t o . [Datos p r o p o r c i o n a d o s p o r X a v i e r A b a d í a S a n z , d e l a U n i v e r s i d a d d e Z a r a g o z a . ]

344. L O S E X C R E M E N T O S DEL CABALLO DE ROLDAN (SIGLO IX. T O R I A )

D e todos e s s a b i d o c ó m o e l v a l e r o s o R o l d a n abrió c o n s u f a m o s a e s p a d a « D u r a n d e l » u n a b r e c h a entre O r d e s a y Gavarnié, c u a n d o , n o q u e r i e n d o q u e a q u é l l a cayera e n m a n o s d e l e n e m i g o , l a lanzó e n d i r e c c i ó n a F r a n c i a y a b r i ó el «tajo de R o l d a n » , c o m o t a m b i é n es c o n o c i d o c ó m o su c a b a l l o , d e s p u é s d e saltar a q u e l l a b r e c h a , cayó r e v e n t a d o , tras l o c u a l R o l d a n tuvo q u e c o n t i n u a r a p i e . Lo q u e casi n a d i e sabe o r e c u e r d a son los efectos q u e c a u s ó a q u e l g r a n esfuerzo en tan hábil y e s f o r z a d o c a b a l l o . L o c i e r t o e s q u e d u r a n t e e l salto c o n j u n t o d e l c a b a l l e r o y d e l c a b a l l o — v u e l o cabría decir mejor—, al a n i m a l , que naturalmente le correspondió la m a y o r p a r t e d e l esfuerzo, se le c a y e r o n las sobras — c o m o nos diría Ped r o S a p u t o a l r e c o r d a r e l h e c h o — , n o s e sabe s i d e m i e d o o p o r a p r e m i a n te n e c e s i d a d , sobras q u e f u e r o n a p a r a r d i r e c t a m e n t e , intactas y sin c o n t a m i n a r p o r agente e x t e r n o a l g u n o a l río F l u m e n . L u e g o , las aguas claras d e l F l u m e n las t r a n s p o r t a r o n a l I s u e l a u n a vez p a s a d o H u e s c a , p a r a i r a parar, s u c e s i v a m e n t e , a l A l c a n a d r e , a l C i n c a , a l Segre y a l E b r o y , d e este ú l t i m o , a l m a r . U n a vez e n e l m a r , p o r f i n , las f l o t a n t e s sobras d e l e s f o r z a d o c a b a l l o f u e r o n d e r i v a d a s p o r las c o r r i e n t e s hasta e l l i t o r a l n o r t e a f r i c a n o d o n d e f i n a l i z a r o n s u a c u á t i c o p e r i p l o . P e r o l a c o s a n o q u e d ó a h í , p u e s , e n l a costa a r e n o s a d o n d e f u e r o n a p a r a r y e m b a r r a n c a r o n , n a c i ó u n a t i n i c a p l a n t a d e l a q u e b r o t a r o n tres h e r m o sas f l o r e s d e tres d i s t i n t o s c o l o r e s : u n a e r a b l a n c a , o t r a n e g r a y l a tercera, morada. F u e c a s u a l i d a d q u e t i n a y e g u a q u e p o r allí pasaba u n a m a ñ a n a s e com i e r a c o n s u m o p l a c e r , u n a tras o t r a , las tres f l o r e s y l a m a t a . C o n e l t i e m p o , l a y e g u a p a r i ó tres p o t r i l l o s d e los m i s m o s c o l o r e s q u e las f l o r e s . Y c u a n d o éstos c r e c i e r o n , se t r a n s f o r m a r o n en u n o s i m p o n e n t e s y v e l o ces c a b a l l o s , m á s veloces q u e los c i e r v o s q u e c o r r í a n p o r las t i e r r a s d e Ontiñena. [ F o z , B r a u l i o , Vida, de Pedro Saputo.}

353

Agustín libido Arteta

345.

CONTIENDA JUGLARESCA ( S I G L O XII. Z A R A G O Z A )

P e d r o A l f o n s o n o s relata u n c u e n t e c i l l o q u e e l p u e b l o elevó l u e g o a l a c a t e g o r í a de l e y e n d a , c o m o e j e m p l o de las r e n c i l l a s y e n v i d i a s q u e solían darse entre colegas de p r o f e s i ó n . Estaba u n día c o m i e n d o e l rey e n c o m p a ñ í a d e u n j u g l a r , h a b l a n d o m u y p r o b a b l e m e n t e de la p r e p a r a c i ó n de un acto festivo, c u a n d o se a c e r c ó a la m e s a u n s e g u n d o j u g l a r , c o n o c e d o r , sin d u d a , d e q u e a q u e l e n c u e n t r o i b a a t e n e r lugar. Al verle p r ó x i m o , el rey le invitó a c o m p a r t i r m e s a y c o m i d a y a i n t e r v e n i r en la c o n v e r s a c i ó n . N o l e sentó m u y b i e n a l p r i m e r o d e los j u g l a r e s a q u e l l a especie d e i n tromisión, m á x i m e c u a n d o l e c o n s t a b a q u e tanto e l rey c o m o los d e m á s cortesanos p r e f e r í a n a su c o l e g a , e i d e ó la m a n e r a de dejarle en e n t r e d i c h o , y, si era p o s i b l e , allí m i s m o . C o m o l e era i m p o s i b l e afear e l trabajo artístico d e s u c o n t r i n c a n t e , q u e sin d u d a e r a d e m e j o r c a l i d a d , s e l e o c u r r i ó l a i d e a d e afear l a c o n d u c t a d e éste en la mesa, lo c u a l le obligaría a m a r c h a r s e a v e r g o n z a d o . Así es q u e , m i e n t r a s c o m í a n y h a b l a b a n de sus asuntos, el p r i m e r j u g l a r f u e r e u n i e n d o a e s c o n d i d a s todos los huesos de la m u c h a c a r n e asada q u e de m a n e r a del i b e r a d a estaba c o m i e n d o y , e n u n m o m e n t o d e d e s c u i d o , p u s o todos los restos en el p l a t o de su c o m p a ñ e r o y c o n t r i n c a n t e . F i n a l i z a d a l a c o m i d a , p a r a p r o v o c a r l a vergüenza d e l s e g u n d o juglar, e l p r i m e r o e n s e ñ ó los huesos p r o p i o s y ajenos q u e aquél tenía en el plato, y se lo h i z o notar a l rey. F u e u n m o m e n t o d e cierta tensión, p e r o e l acusado, c o n g r a n entereza, dirigiéndose al rey, le dijo: «Señor, hice lo q u e mi naturaleza, es decir, l a h u m a n a , m e pedía: c o m í l a c a r n e y dejé los huesos. Y m i c o m p a ñ e r o h i zo lo q u e la suya —es decir, la c a n i n a — le exigía: c o m i ó la c a r n e y los huesos». P a r e c e ser q u e l a estratagema n o surtió efecto, s i n o t o d o l o c o n t r a r i o , p u e s e l rey, a d e m á s d e p o n d e r a r m e j o r l a c a l i d a d artística d e l s e g u n d o j u glar c o m o ya era notorio, comenzó a valorarle asimismo por su serenidad, prudencia e ingenio. [Pedro Alfonso, Disciplina clericalis, pág. 78, ejemplo 21. Ubieto, Antonio, Historia de Aragón: Literatura medieval, I, págs. 98-99.]

346. E L Q U I T A M I E D O S D E R O B R E S (SIGLO XII. ROBRES)

L o s éxitos g u e r r e r o s a l c a n z a d o s p o r A l f o n s o 1 e l B a t a l l a d o r s e d e b i e r o n , sin d u d a , a múltiples c i r c u n s t a n c i a s , c o m o l a d e b i l i d a d e n l a q u e s e h a b í a n 354

Leyendas para una historia paralela del Aragón imidievul

s u m i d o los r e i n o s d e taifas m o r o s o l a a y u d a r e c i b i d a d e l o t r o l a d o d e los P i r i n e o s , p e r o t a m b i é n a la utilización a d e c u a d a p a r a c a d a caso de los h o m b r e s q u e l u c h a r o n bajo sus ó r d e n e s . N o existía e n t o n c e s u n e j é r c i t o r e g u l a r c o m o a h o r a , d e m o d o q u e e l rey e r a s o c o r r i d o p o r las m i l i c i a s q u e a p o r t a b a n los s e ñ o r e s o t e ñ e n tes y las u n i versidades ( c i u d a d e s y villas de A r a g ó n ) , g r u p o s q u e tenían c a d a u n o sus p r o p i a s características, c o m o e s n a t u r a l . A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r h a c í a estudiar e l c o m p o r t a m i e n t o d e c a d a colectivo y, lo m i s m o q u e se r o d e ó de chesos, según la l e y e n d a , q u e le servían com o m o n t e r o s leales desde q u e l e salvaran l a v i d a d u r a n t e u n a c a c e r í a c u a n do e r a n i ñ o , c o n o c í a las características y el c o m p o r t a m i e n t o en batalla de los tafalleses, c a s p o l i n o s , grausinos o bearneses, p o r citar sólo a l g u n o s e j e m p l o s . C o m o c o n s e c u e n c i a d e esa o b s e r v a c i ó n m i n u c i o s a , u n o d e los capitanes d e l B a t a l l a d o r n o t ó l a d e s m e d i d a valentía q u e d e m o s t r a b a n e n l a l u c h a los o r i u n d o s d e R o b r e s . A p a r e c í a n , e n p r i n c i p i o , c o m o fríos y c a l c u l a d o r e s pues j a m á s l u c h a b a n c o n t r a e l e n e m i g o d e m a n e r a p r e c i p i t a d a , p e r o c u a n do se l a n z a b a n a la p e l e a su d e n u e d o y a r r o j o se h a c í a n o t a r e n s e g u i d a , de m o d o q u e f u e r o n decisivos e n a l g u n o s asaltos. C u a n d o e l capitán r e a l i n q u i r i ó e l p o r q u é d e a q u e l l a valentía d e s m e d i d a , los de R o b r e s , a u n q u e a r e g a ñ a d i e n t e s , le c o n t e s t a r o n q u e se d e b í a al q u i t a m i e d o s q u e i n g e r í a n antes d e e m p r e n d e r l a p e l e a , u n a h i e r b a comest i b l e q u e nace e s p o n t á n e a m e n t e e n l a z o n a m o n e g r i n a y q u e les i n f u n d í a el valor necesario c o m o para no dar j a m á s la espalda. I n t e n t ó el capitán, e i n c l u s o el rey, saber q u é t i p o de h i e r b a era aquélla, p e r o los m i l i t e s d e R o b r e s j a m á s d e s v e l a r o n e l secreto, pues e n t e n d í a n q u e p a r a i n g e r i r l a h a b í a q u e ser d e l p u e b l o , de n o b l e talante y sin traición. [Datos a p o r t a d o s p o r X a v i e r A b a d í a S a n z , d e l a U n i v e r s i d a d d e Z a r a g o z a . ]

347.

S U R G E LAJOTA

(SIGLO XII. C A I A T A Y U D )

F r u t o de las rivalidades i n t e r n a s a las q u e e s t u v i e r o n s o m e t i d o s los m u s u l m a n e s h i s p a n o s d u r a n t e e l siglo X I I , e l g o b e r n a d o r v a l e n c i a n o M u l e y Tarec d e s t e r r ó a u n m o r o l l a m a d o A b e n Jot, q u i e n , tras d e a m b u l a r p o r varios t e r r i t o r i o s m u s u l m a n e s , d e c i d i ó , p o r fin, trasladarse a t i e r r a de cristianos, y e n d o a parar, tras l a r g o p e r e g r i n a j e , a C a l a t a y u d . C o n é l llegó s u música, u n a especie d e h i m n o m a r c i a l , q u e tanto servía p a r a ser c a n t a d o c o m o p a r a a c o m p a ñ a r a u n baile bastante m o v i d o . A q u e l l a especie d e h i m n o e r a l a j o t a , q u e l u e g o c a n t a r o n y b a i l a r o n los cristian o s de la z o n a , p r i m e r o , y los de t o d o A r a g ó n , después. 355

Agustín llbie.tñ Arte.ta [ B e l t r á n , A n t o n i o , De nuestras tierras..., III, p á g s . 189-190.] [Blas U b i d e , e n 1880, c o m p u s o u n a serie d e c o p l a s q u e h a c e n r e f e r e n c i a a este o r i g e n , n o a d m i t i d o p o r los m u s i c ó l o g o s . S e g ú n G a r c í a A r i s t a , u n o r f e ó n b i l b i l i t a n o c a n t ó e n V a l e n c i a d i c h a s c o p l a s : « L a jota s e l l a m a j o t a / p o r q u e l a i n v e n tó A b e n Jot, / c u a n d o de V a l e n c i a v i n o / desterrado p ' A r a g ó n » . «La jota nació m o r i s c a / y d e s p u é s se h i z o c r i s t i a n a , / y c r i s t i a n a ha de m o r i r / la j o t a b i l b i l i tana». «La j o t a nació en V a l e n c i a / y se crió en Aragón; / C a l a t a y u d fue su c u n a / en la o r i l l a d e l J a l ó n » . «Desde la o r i l l a del T u r i a / a la villa d e l J a l ó n / v i n o cantando la jota / el desterrado A b e n Jot».]

(SIGLO XIV. BORJA)

C o r r í a n los t i e m p o s d e l a d o m i n a c i ó n m u s u l m a n a e n E s p a ñ a c u a n d o e l p u e b l o d e Rivas, asentado e n l a o r i l l a d e l H u e c h a , s e e n c o n t r a b a e n p i e d e g u e r r a c o n e l d e M a l e j á n , s i t u a d o u n p o c o más a r r i b a . L a causa d e esta g r a n e n e m i s t a d e n t r e a m b o s p u e b l o s se h a l l a b a en u n a serie de a m o r í o s y v e n ganzas, e l l l a m a d o «secreto d e Rivas». A c a b ó esta p e q u e ñ a g u e r r a c o n u n a c r e c i d a d e l H u e c h a tan g r a n d e q u e arrasé) t o d o Rivas y llegó a las calles de M a l e j á n , lo q u e p e r m i t i ó a los r e h e n e s de u n o y o t r o b a n d o escapar de sus «presidios». E l H u e c h a h a b í a e n f r i a d o los á n i m o s , p e r o n o c a l m ó los viejos deseos de v e n g a n z a . A p a r e c i ó e n t o n c e s p o r Rivas u n c u r i o s o viajero, u n tal A b e n - J o t , q u e d e cidió asentarse e n esta r i b e r a d e l H u e c h a . Y aquí c o m p u s o las p r i m e r a s j o tas, h e r m o s a s coplas cantadas q u e c a u s a r o n el a s o m b r o y la a d m i r a c i ó n de los d e Rivas. T a n i m p r e s i o n a d o s q u e d a r o n q u e e s t u v i e r o n ensayándolas d u r a n t e algún t i e m p o p a r a ofrecerlas a l rey P e d r o I V e l C e r e m o n i o s o c o n m o tivo de su l l e g a d a a B o r j a . T o d o s los p u e b l o s m o s t r a r o n su f o l k l o r e ante el rey, el c u a l q u e d ó m a r a v i l l a d o de estas p r i m i t i v a s jotas. | Tradición o r a l . R e c o g i d a en el Instituto de Borja.]

348. S A L M Ó N A P R E C I O D E O R O (SIGLO ¿XV? A L A G Ó N )

Alagón e r a , d u r a n t e l a E d a d M e d i a , paso o b l i g a d o p a r a todas las m e r cancías que, venidas d e l norte, tenían c o m o destino último la c i u d a d de Zaragoza. Eso quiere decir que m u c h o s productos de todo tipo pasaban de l a r g o sin q u e los v e c i n o s d e l a v i l l a t u v i e r a n l a o p o r t u n i d a d d e a d q u i r i r l o s , a no ser q u e f u e r a n a c o m p r a r l o s a la c a p i t a l d e l E b r o . E n c i e r t a o c a s i ó n , llegó a A l a g ó n , d e c a m i n o p a r a Z a r a g o z a , u n c o m e r ciante de pescado c o n u n a gran carga de salmones, preciado alimento que s i e m p r e veían pasar d e l a r g o los alagoneses. E n t e r a d o s varios v e c i n o s d e l 356


c o n t e n i d o d e l c a r g a m e n t o , i n t e n t a r o n a d q u i r i r a l g u n o s e j e m p l a r e s p a r a sus mesas. T r a t a r o n de c o n v e n c e r al pescatero, p e r o éste se n e g ó a v e n d e r l e s ni u n a sola p i e z a , a d u c i e n d o q u e y a estaban c o m p r o m e t i d a s e n e l m e r c a d o d e Z a r a g o z a y, en b u e n a p a r t e , i b a n a ir a p a r a r al p a l a c i o r e a l . A n t e la negativa reiterada, se a p o d e r a r o n p o r la fuerza de b u e n a parte d e l a carga, c o m p r o m e t i é n d o s e a a b o n a r l a a l p r e c i o q u e p a g a r a n e n Z a r a g o z a . E l p a g o s e e f e c t u a r í a a l regreso d e l c o m e r c i a n t e , p r e v i a p r e s e n t a c i ó n d e l d o c u m e n t o n o t a r i a l q u e testificara cuál h a b í a s i d o s u p r e c i o e n l a c a p i tal. E l a r r i e r o siguió s u c a m i n o c i e r t a m e n t e e n f a d a d o y a l i g e r a d o d e peso y ' llegó a Z a r a g o z a . Y a e n l a c i u d a d , c o n s i g u i ó q u e u n c o m p r a d o r a d q u i r i e r a y u n n o t a r i o testificara q u e e l t r u e q u e h a b í a s i d o d e o n z a d e o r o p o r o n z a d e s a l m ó n , p r e c i o d e s o r b i t a d o q u e n o r e s p o n d í a a s u v e r d a d e r a tasación. A su regreso, el c o m e r c i a n t e p r e t e n d i ó c o b r a r la d e u d a de los v e c i n o s d e Aragón, e x h i b i é n d o l e s e l d o c u m e n t o n o t a r i a l . L a c a n t i d a d a a b o n a r e r a tan alta q u e n o l a p o d í a n satisfacer los c o m p r a d o r e s , n i s i q u i e r a e l p r o p i o c o n c e j o , q u e s e r e u n i ó p a r a tratar e l asunto. A n t e esta r e a l i d a d , e l pescatero d e n u n c i ó el h e c h o y la j u s t i c i a d i c t a m i n ó a su favor, c o n d e n a n d o a los alagoneses a a r b i t r a r un i m p u e s t o a n u a l , a pagar p o r las f a m i l i a s afectadas, hasta q u e q u e d a r a t o t a l m e n t e s a l d a d a l a d e u d a . Esta e r a tal, q u e e l i m p u e s t o se estuvo p a g a n d o hasta t i e m p o s de la II R e p ú b l i c a . [Serrano, M a n u e l , La leyenda del preciado y costoso salmón de Alagan, en «El Perió-

dico» (9/VI/1994), pág. 24.]

8.4. A R A G O N E S E S A L L E N D E L A S F R O N T E R A S

349. E M B A J A D A D E P E D R O M A R T Í N E Z DE B O L E A A CASTILLA (SIGLO M I . CALATAYUD)

L o s reyes de F r a n c i a y Ñ a p ó l e s h a b í a n c o n v e n c i d o a S a n c h o I V , rey de C a s t i l l a , p a r a q u e atacara A r a g ó n . A d v e r t i d o d o n P e d r o M a r t í n e z d e B o l e a , c a m a r e r o r e a l a r a g o n é s , de las i n t e n c i o n e s de los castellanos, y v i e n d o q u e u n e j é r c i t o c o m o e l q u e s e estaba a r m a n d o b i e n p o d í a arrasar e l r e i n o d e A r a g ó n , se d e c i d i ó a actuar p o r su c u e n t a p a r a tratar de i m p e d i r la g u e r r a . T r a s c o n v e n c e r l e de q u e se d e b í a n h a c e r gestiones p a r a i n t e n t a r pers u a d i r al rey castellano, e m b a j a d a p a r a la q u e él se prestaba, solicitó a su rey, P e d r o III d e A r a g ó n , u n s a l v o c o n d u c t o p a r a i r a C a s t i l l a a entrevistarse c o n S a n c h o L V . L o q u e n o l e d i j o fue l a t r a m a q u e urdía. Partió P e d r o M a r t í n e z d e B o l e a h a c i a tierras e n e m i g a s , s o r t e a n d o c u a n tos p r o b l e m a s l e f u e r o n s u r g i e n d o , hasta llegar ante S a n c h o I V . C o n s i g u i ó 357


q u e éste l e r e c i b i e r a e n a u d i e n c i a c u a n d o a p u n t o estaba d e d a r l a o r d e n de i n v a d i r A r a g ó n . El rey castellano se a s o m b r ó de la e m b a j a d a y, quizás p o r l a m i s m a sorpresa q u e l e causaba, e s c u c h ó a t e n t a m e n t e l a p r o p u e s t a d e l e m b a j a d o r a r a g o n é s . P e d r o Martínez, d e B o l e a , e n n o m b r e d e s u rey, ofreció a l castellano l a c i u d a d d e C a l a t a y u d s i l a g u e r r a n o d a b a c o m i e n z o , y l o g r ó c o n v e n c e r l e a r g u m e n t a n d o q u e e l d e r r a m a m i e n t o d e sangre q u e s e preveía e r a inútil y c r u e l . L o c i e r t o e s q u e n o h u b o g u e r r a . De regreso a A r a g ó n , p e n s a b a d o n P e d r o c ó m o e x p l i c a r í a a su rey el trat o i m p o s i b l e q u e h a b í a c e r r a d o sin s u c o n o c i m i e n t o n i c o n s e n t i m i e n t o . P e d r o ni se alegró de ver a su vasallo y m a y o r fue su satisfacción al saber q u e h a b í a l i b r a d o a s u p u e b l o d e u n a d e r r o t a segura. P e r o a l c o n o c e r e n detal l e el trato a c o r d a d o t e m i ó r e a l m e n t e p o r la v i d a de su c a m a r e r o real y se sumió e n u n a p r o f u n d a tristeza. E n efecto, l a v i d a d e P e d r o M a r t í n e z d e B o l e a s e p u s o e n j u e g o c u a n d o r e g r e s ó de n u e v o a C a s t i l l a d i s p u e s t o a p a g a r c o n su v i d a la d e u d a q u e hab í a c o n t r a í d o , p u e s t o q u e l e h a b í a o f r e c i d o l a c i u d a d d e C a l a t a y u d sin q u e s u p r o p i o rey l o s u p i e r a n i a u t o r i z a r a . P e r o , v i e n d o e l rey S a n c h o I V c u á n t o era el valor y cuánta la sabiduría de aquel h o m b r e , que había evitado el d e r r a m a m i e n t o d e sangre, e n l u g a r d e d a r l e m u e r t e , l o a l a b ó p o r tan l o a b l e y n o b l e c o m p o r t a m i e n t o , dejándole volver libremente a Aragón. [ G e l l a , José, Romancero Aragonés, págs. 114-115.]

350. S A N T A I S A B E L H I Z O D E M O N E D A S R O S A S (SIGLO XIII. B E L E M )

D e todos e s c o n o c i d o c ó m o salió d e l z a r a g o z a n o y h e r m o s o p a l a c i o d e l a Aljafería l a i n f a n t a a r a g o n e s a d o ñ a Isabel p a r a c o n v e r t i r s e e n r e i n a d e P o r t u g a l , pues allí se casó c o n el m o n a r c a luso d o n D i o n i s . T a m b i é n es sob r a d a m e n t e s a b i d o p o r todos c ó m o s o p o r t ó c o n r e s i g n a c i ó n los n u m e r o s o s deslices de su esposo y, a s i m i s m o , es p r o v e r b i a l su e n t r e g a a los m e n e s t e r o sos y a los e n f e r m o s . Su e d i f i c a n t e v i d a a c a b ó llevándola a los altares, y h o y se le r e c o n o c e e n t r e los d e m á s santos p o r u n a s rosas q u e e s c o n d e en su h a l d a . L a s i g u i e n t e e s l a h i s t o r i a l e g e n d a r i a d e esas rosas. L a r e i n a Isabel d e P o r t u g a l , h i j a d e P e d r o III d e A r a g ó n , d e d i c ó p a r t e d e su a c t i v i d a d a la a t e n c i ó n d e l p r ó j i m o , d a n d o a los p o b r e s y d e s a m p a r a d o s c u a n t o d e v a l o r p o d í a c o n v e r t i r s e e n a y u d a , l o c u a l solía disgustar a l rey d o n D i o n i s , su m a r i d o . Así es q u e se veía o b l i g a d a a d i s i m u l a r sus a c t i v i d a des caritativas hasta d o n d e le e r a p o s i b l e . U n día d e p l e n o i n v i e r n o , c u a n d o salía d o ñ a Isabel d e p a l a c i o p a r a i n tentar s o c o r r e r unas n e c e s i d a d e s de las q u e tuvo c o n o c i m i e n t o , se t r o p e z ó c o n d o n D i o n i s , q u e r e c e l o s o estaba a l a c e c h o . E n l u g a r d e l l e v a r e n u n m o 358

Leyendas para, una historia paralela del Aragón, medieval

n e d e r o las m o n e d a s q u e i n t e n t a b a r e p a r t i r e n t r e los p o b r e s , l o c u a l h u b i e r a s i d o m u y ostensible, las llevaba e s c o n d i d a s l a r e i n a e n s u h a l d a . E l m o n a r c a le p r e g u n t ó adonde i b a y q u é e s c o n d í a en el h a l d a , c o n t e s t a n d o Isab e l q u e e r a n f l o r e s y q u e las l l e v a b a a l altar d e l o r a t o r i o p a r a a d o r n a r l o . N o creyó d o n D i o n i s e n l a c o n t e s t a c i ó n r e c i b i d a , m á x i m e c u a n d o e r a i n v i e r n o y en los j a r d i n e s de p a l a c i o no h a b í a n n a c i d o todavía las flores. Así es q u e d u d ó d e e l l a y l e a f e ó s u c o n d u c t a p o r tratar d e m e n t i r l e . D o ñ a Isabel, m u y d o l o r i d a p o r las palabras y l a a c t i t u d d e l rey, m a n t u v o c o n f i r m e z a q u e e r a n f l o r e s , c o n f i a n d o e n q u e sería c r e í d a . P e r o d o n D i o nis, l l e n o d e i r a p o r e l e n g a ñ o q u e e s t i m a b a l e estaba h a c i e n d o objeto s u mujer, le d i o un m a n o t a z o al h a l d a y el suelo de la estancia se c u b r i ó de e n o r m e s rosas fragantes, c o m o s i estuvieran r e c i é n cortadas. E l rey l e pidió p e r d ó n , p e r o e n s u i n t e r i o r siguió g e r m i n a n d o l a d u d a . [Azagra, Víctor, (losas nuevas de la Zaragoza vieja, I, págs. 40-41.]

351. E L C A U T I V O D E L O S G R I E G O S ( S I G L O XIII. Z A R A G O Z A )

E n los p r i m e r o s a ñ o s d e l siglo X I I I , s e h a l l a b a c a u t i v o e n C o n s t a n t i n o p l a u n a r a g o n é s , n a t u r a l d e Z a r a g o z a , c u y a tínica e s p e r a n z a d e l i b e r a c i ó n era l a v i r g e n María, a l a q u e i m p l o r a b a c o n s t a n t e m e n t e . T o d o s los días o r a b a e n los fosos d e las m u r a l l a s d e l a c i u d a d , p a r a acabar l l o r a n d o s i e m p r e s u d e s v e n t u r a . U n a m a ñ a n a , d u r a n t e s u paseo, v i o e n e l s u e l o u n a tabla sem i o c u l t a . P i c a d o p o r la curiosidad, removió la tierra y vio que era la cub i e r t a d e u n a a r q u e t a . A s e g u r á n d o s e d e q u e n o era o b s e r v a d o p o r n a d i e , l a extrajo d e l h o y o y levantó l a tapa. E n s u i n t e r i o r , p e r f e c t a m e n t e conserv a d a , halló u n a p r e c i o s a talla d e l a V i r g e n , quizás e s c o n d i d a e n e l siglo V I H , e n t i e m p o s d e L e ó n Isaurio, e l e m p e r a d o r i c o n o c l a s t a . Tras p e n s a r q u é h a c e r c o n e l h a l l a z g o y m i e n t r a s b u s c a b a u n a solución d e f i n i t i v a , d e c i d i ó dejar l a a r q u e t a c o n l a i m a g e n e n e l m i s m o l u g a r d o n d e la encontrara, p r o c u r a n d o que no se viera absolutamente nada. Pasados u n o s días, se d e c i d i ó a h a b l a r c o n un m e r c a d e r l a t i n o q u e neg o c i a b a e n l a c i u d a d , r o g á n d o l e q u e f u e r a d e p o s i t a r i o d e l a i m a g e n hasta q u e él l o g r a r a la l i b e r t a d y p u d i e r a l l e v a r l a a Z a r a g o z a . Así se h i z o , p e r o al p o c o t i e m p o el mercader — f i e l devoto de María y e n a m o r a d o de la i m a g e n — l e c o m u n i c ó q u e l e h a b í a s i d o r o b a d a , cosa q u e , a u n s i e n d o m e n t i r a , creyó el c a u t i v o , q u e se sintió d e s d i c h a d o p o r lo s u c e d i d o . S i n e m b a r g o , e r a tal e l f e r v o r d e l cautivo q u e u n a n o c h e , tras o r a r a l a V i r g e n y q u e d a r s e d o r m i d o , d e s p e r t ó p l á c i d a m e n t e . A su l a d o estaba la i m a g e n , era d e día y r e a l m e n t e estaba l i b r e e n e l p u e r t o d e R a g u s a , d o n d e b u s c ó y halló u n a nave q u e le llevara a B a r c e l o n a , desde d o n d e partió h a 359

Agustín Vbielo Arleta

c i a M o n t s e r r a t . E n este s a n t u a r i o , s u a d o r a d a i m a g e n d e s a p a r e c i ó d e l a arq u e t a , p e r o , c o m o l e d i j o e l m o n j e q u e l e c o n s o l a r a , s e trataba sin d u d a d e a l g o pasajero: l a i m a g e n volvería c o n é l c u a n d o saliera d e a q u e l c o n v e n t o , c o m o así fue, pues al l l e g a r a I g u a l a d a la a r q u e t a c o m e n z ó a a d q u i r i r más peso y la V i r g e n r e t o r n ó a su l e c h o . L l e g ó p o r fin a Z a r a g o z a el ex-cautivo y, tras n a r r a r las p e r i p e c i a s de su c a u t i v e r i o y de c u a n t o le a c o n t e c i e r a en t o r n o a la i m a g e n , la e n t r e g ó a los r e l i g i o s o s d e S a n F r a n c i s c o , e n c u y o c o n v e n t o fue a d o r a d a bajo e l n o m b r e d e N u e s t r a S e ñ o r a d e los A n g e l e s . [Fací, Roque A . , Aragón..., I, págs. 26-28.]

352. E L R E S C A T E D E U N E S C L A V O ARAGONÉS E N JERUSALÉN ( S I G L O xrv.

INOGÉS)

U n c r i s t i a n o d e o r i g e n a r a g o n é s — h o m b r e m u y trabajador, alegre y c h i s t o s o — s e h a l l a b a cautivo e n m a n o s d e u n t u r c o e n l a c i u d a d d e J e r u s a l é n . ("orno e s n a t u r a l , n o tenía o t r a obsesión q u e l a d e a l c a n z a r l a l i b e r t a d y p o d e r regresar a su t i e r r a n a t a l . U n día, c u a n d o estaba l a b r a n d o los c a m p o s d e s u d u e ñ o , l a reja d e s u a r a d o t r o p e z ó y d e s e n t e r r ó u n a i m a g e n d e l a V i r g e n y , tras g u a r d a r l a c o n s u m o c u i d a d o , se la llevó a su c h o z a . D e s d e a q u e l m o m e n t o , el a r a g o n é s c a u t i v o se e n c e r r ó en sí m i s m o y d e j ó de c o m u n i c a r s e c o n los d e m á s , puesto q u e se pasaba todas las h o r a s q u e t e n í a libres d e d i c a d o a su i m a g e n . N a t u r a l m e n t e , esta n u e v a a c t i t u d d e l esclavo no pasó d e s a p e r c i b i d a a su a m o , q u e q u i s o saber la causa d e l c a m b i o , así es q u e le p r e g u n t ó . E l t u r c o , a u n q u e c i e r t a m e n t e e r a r e s p e t u o s o c o n las c r e e n c i a s religiosas d e s u esclavo, p e n s ó e n q u i t a r l e l a i m a g e n p a r a q u e r e c o b r a r a s u estado d e á n i m o a n t e r i o r , p e r o e l a r a g o n é s , c o n l a simpatía q u e l e c a r a c t e r i z a b a , l o g r ó d i s u a d i r l e y c o n s e r v a r su tesoro. P o r fin l l e g ó el d e s e a d o día de la l i b e r a c i ó n y el hasta e n t o n c e s esclavo q u i s o llevarse l a efigie c o n s i g o . P e r o e l t u r c o , c o m o d u e ñ o d e l a t i e r r a e n l a q u e h a b í a s i d o h a l l a d a , n o l o p e r m i t i ó . A n t e l a n e g a t i v a , p r o p u s o e l crist i a n o seguir u n a ñ o m á s d e e s c l a v i t u d s i c o n e l l o l e p e r m i t í a c o n s e r v a r l a c u a n d o m a r c h a r a d e f i n i t i v a m e n t e . L o p e n s ó e l t u r c o y s e m a n i f e s t ó disp u e s t o a a c c e d e r si a m p l i a b a el p l a z o a siete a ñ o s . T a n g r a n d e e r a la d e v o c i ó n d e l c r i s t i a n o p o r s u i m a g e n q u e sacrificó siete a ñ o s m á s d e s u v i d a p o r conservarla. C u a n d o llegó f i n a l m e n t e e l día d e f i n i t i v o , e l l i b e r a d o s e e m b a r c ó llev a n d o c o n s i g o l a efigie q u e tanto l e h a b í a costado c o n s e r v a r . P e n s a b a i r a 360


C a l a t a y u d , d o n d e l a depositaría, p e r o , a l pasar p o r I n o g é s , u n a f u e r z a mist e r i o s a l e i m p e d í a seguir a d e l a n t e , d e m o d o q u e tuvo q u e d e j a r l a allí, d o n de se le constrttyó un t e m p l o a d e c u a d o y d o n d e todavía es v e n e r a d a bajo la advocación de N u e s t r a Señora de Jerusalén. [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., II, págs. 171-175. S á n c h e z P é r e z , J. A . , El culto mañano en España, p á g s . 227-228.]

353. S A N C H O F E R N Á N D E Z D E H E R E D I A Y L A C O N Q U I S T A D E CERDEÑA ( S I G L O xrv. B U R B Á G U E N A )

E n e l p u e b l o d e B u r b á g u e n a , vivía e l n o b l e d o n F o r t u n o F e r n á n d e z d e H e r e d i a , s e ñ o r d e G o d o j o s , cuyos hijos, d o s valientes c a b a l l e r o s l l a m a d o s S a n c h o y L o r e n z o , p a r t i e r o n a c o m p a ñ a n d o a l i n f a n t e d o n A l f o n s o a l a red u c c i ó n de la i s l a de C e r d e ñ a . D e s p u é s de varias batallas victoriosas, y u n a vez q u e f u e f i r m a d a l a paz, e l i n f a n t e p r e m i ó a a m b o s h e r m a n o s , q u i e n e s decidieron comenzar u n a nueva vida al margen de la milicia. Mientras L o r e n z o p r e f i r i ó q u e d a r s e e n l a isla m e d i t e r r á n e a , S a n c h o , c o m o p r i m o g é n i to de la casa, se d i s p u s o a regresar a A r a g ó n , su a ñ o r a d a p a t r i a . E m b a r c a d o e n u n a g a l e r a c o n p a r t e d e los valerosos g u e r r e r o s j u n t o a los q u e h a b í a l u c h a d o , e m p r e n d í a S a n c h o l a v u e l t a a n s i a d a . I g n o r a b a e n tonces q u e , tras tantos d u r o s c o m b a t e s c o m o h a b í a d i s p u t a d o e n l a isla, todavía h a b r í a de l i b r a r la ú l t i m a y más p e l i g r o s a de las batallas. O c u r r i ó q u e , estando ya el b a r c o en alta mar, se desató u n a t e m p e s t a d com o n o s e r e c u e r d a o t r a semejante, d e m a n e r a q u e n o h a b í a f u e r z a h u m a n a q u e p u d i e r a a u x i l i a r a a q u e l l o s desventurados, c u y o n a u f r a g i o y m u e r t e par e c í a n seguros. Al verse d e s a m p a r a d o s e indefensos, a l z a r o n sus ojos al ciel o , h i n c a r o n sus r o d i l l a s en el suelo y p i d i e r o n a los respectivos patrones de sus p u e b l o s p a r a q u e i n t e r c e d i e r a n p o r ellos ante el Altísimo. S a n c h o , ferviente d e v o t o de santa A n a , se a c l a m ó a e l l a b u s c a n d o su p a t r o c i n i o . E n m e d i o d e tantos m a r e o s , súplicas y o r a c i o n e s , d i v i s a r o n a l o lejos u n a l u z t e n u e q u e c o b r a b a m a y o r f u l g o r a l acercárseles f l o t a n d o sobre e l a g u a . El m i s t e r i o s o r e s p l a n d o r a p a c i g u a b a los vientos y a m a n s a b a la m a r a su p a so. C u a n d o estuvo al l a d o de la g a l e r a y las aguas se a q u i e t a r o n , los t r i p u lantes, v i é n d o s e l i b r e s d e t o d o p e l i g r o , s e a c e r c a r o n p a r a d e s c u b r i r q u e l a l u z p r o c e d í a d e u n f a r o l p o s a d o sobre u n a caja. A l a b r i r l a , p u d i e r o n v e r d e n t r o d e e l l a u n a p e q u e ñ a i m a g e n d e santa A n a . D o n S a n c h o p u d o q u e d a r s e c o n l a i m a g e n d e l a santa y , c u a n d o llegó a s u p a t r i a , l a d e p o s i t ó e n l a c a p i l l a f a m i l i a r d e l a iglesia p a r r o q u i a l d e B u r b á g u e n a , d o n d e todavía h o y se p u e d e venerar. [ F a c i , R o q u e A . , Aragón..., II, págs. 186-187.]

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8.5. A R A G O N E S E S C O N P E R S O N A L I D A D

354. J U A N F E R N Á N D E Z D E H E R E D I A L U C H A CONTRA LOS TURCOS ( S I G L O xrv. M U N É B R E G A )

El G r a n Maestre de la O r d e n de Malta, J u a n Fernández de H e r e d i a , había n a c i d o en Munébrega, d o n d e dejó familia y m u l t i t u d de recuerd o s y v i v e n c i a s . L a f a m a a l c a n z a d a t a n t o p o r sus a c t u a c i o n e s p o l í t i c o militares c o m o p o r su intensa actividad literaria — p u e s t o que pasa p o r ser u n o d e l o s i n i c i a d o r e s d e l H u m a n i s m o — n o l e h i c i e r o n o l v i d a r n u n c a su cuna, c o m o lo demuestra el siguiente hecho, a d o r n a d o p o r la leyenda. E n s u c o n s t a n t e l u c h a p o r l i b e r a r los Santos L u g a r e s , d o n J u a n — a l l a d o d e los c a b a l l e r o s c r u z a d o s d e s u O r d e n — e n t r ó e n b a t a l l a e n varias ocasiones y lugares c o n t r a los i n f i e l e s , en u n a de las cuales le v e m o s e n f r e n t a r se b r a v a m e n t e a los turcos a los q u e t o m a r o n p o r las armas, tras a r d u a y d u r a b a t a l l a , u n a d e sus mejores naves. J u n t o c o n el e n o r m e y rico botín capturado y, c o n gran sorpresa p o r part e d e los v e n c e d o r e s , h a l l a r o n e n l a nave a p r e s a d a u n a h e r m o s a i m a g e n d e l a V i r g e n . C i e r t a m e n t e n o s e sabe s i los turcos l a h a b í a n r o b a d o e n algún p o b l a d o , f r u t o de a l g u n a de sus m u c h a s c o r r e r í a s , o si p u d o p e r t e n e c e r a un c r i s t i a n o q u e cayó c a u t i v o en sus m a n o s , p e r o lo c i e r t o es q u e allí estab a l a i m a g e n , e n las b o d e g a s d e l a nave, entre e l resto d e l e q u i p a j e . C o m o eran cuatro los caballeros cristianos que se la d i s p u t a b a n , y no sabiendo c ó m o s o l u c i o n a r el d i l e m a , pues n i n g u n o de ellos cejaba en su intención de poseerla, a p e l a r o n a la suerte, de m o d o que decid i e r o n sortearla entre todos. La f o r t u n a se puso d e l lado de J u a n Fern á n d e z de H e r e d i a , q u e se sintió gozoso y feliz al verse d u e ñ o de i m a gen tan bella. L a g u a r d ó c o n g r a n e s m e r o y c a r i ñ o , l l e v á n d o l a s i e m p r e e n t r e sus pertenencias personales, pero, en la p r i m e r a ocasión que tuvo, d o n J u a n l a llevó c o n s i g o a s u p u e b l o n a t a l , M u n é b r e g a , d e p o s i t á n d o l a e n u n a e r m i t a d e d i c a d a a san J u l i á n , c e r c a n a a l a v i l l a , o r a t o r i o q u e p o c o s años antes h a b í a costeado y m a n d a d o c o n s t r u i r u n a hija d e l G r a n Maestre. C o m o desconocían su verdadero nombre, dieron en llamarla Nuestra S e ñ o r a d e l M a r , p o r h a b e r s i d o rescatada e n e l m a r b r a v i o . [Faci, Roque A . , Aragón..., I, págs. 446-447.] 362


355. E L M A R R E C O N O C E A PEDRO DE L U N A C O M O PAPA (SIGLO X V . PEÑÍSCOIA)

E l aragonés d o n P e d r o d e L u n a era e n aquellos m o m e n t o s todavía Benedicto x i i i , p e r o s e había i n i c i a d o y a e l p r i n c i p i o d e l f i n , c u a n d o e l m u n d o l e había c o m e n z a d o a volver la espalda. Estamos en 1415. Tras recibir a varias embajadas encabezadas p o r el p r o p i o E m p e r a d o r , en las q u e el rey de Aragón, d o n F e r n a n d o I de A n t e q u e r a , también participaba solicitando su r e n u n c i a al p a p a d o , d o n P e d r o siguió terne en su decisión agravando c o n ello el c o n f l i c t o . E s t a n d o en C o l l i u r e , d o n d e recibié) a los últimos e m b a j a d o r e s , y p r e s i o n a d o p o r e l d e s a r r o l l o d e los a c o n t e c i m i e n t o s , d e c i d i ó apartarse a m e d i t a r e n m e d i o d e l a s o l e d a d y l a c a l m a d e l castillo d e P e ñ í s c o i a . P r e p a r ó e n p o c o t i e m p o e l viaje y s e e m b a r c ó e n l a p e q u e ñ a l o c a l i d a d francesa. N o e s n o r m a l q u e e l m a r M e d i t e r r á n e o presente ribetes bravios, p e r o e n esta o c a s i ó n , c u a n d o el b a r c o d e B e n e d i c t o X I I I h a b í a z a r p a d o , se desencad e n ó u n a a u t é n t i c a t e m p e s t a d . L a s olas e r a n d e t a m a ñ o o c e á n i c o d e m o d o q u e l a nave d e d o n P e d r o d e L u n a d e s a p a r e c í a p o r m o m e n t o s . T o d o e l m u n d o creyó l l e g a d o s u último s u s p i r o , d e m a n e r a q u e — a r r o d i l l a d o s e n l a b o d e g a , p u e s t o q u e e n l a c u b i e r t a s e c o r r í a e l riesgo d e ser b a r r i d o s p o r las e n o r m e s o l a s — los a c o m p a ñ a n t e s p o n t i f i c i o s i m p l o r a b a n a D i o s . D o n Pedro de L u n a , el Papa del M a r como se le denominó en alguna o c a s i ó n , desafió la t e m p e s t a d y se e n c a m i n ó a la p r o a de la e m b a r c a c i ó n . A r r o d i l l a d o , m i r a n d o al c i e l o , solicitó la salvación p a r a él y p a r a los suyos si la Providencia le reconocía como verdadero vicario de Cristo, de manera q u e si no e r a así deseaba y s o l i c i t a b a q u e la t e m p e s t a d h u n d i e r a su nave. L o c i e r t o e s q u e l a tempestuosa t o r m e n t a a m a i n ó casi e n e l acto y e l m a r quedéj e n a b s o l u t o r e p o s o , a u n q u e e l c i e l o seguía e n v i a n d o u n a a u t é n t i c a c o r t i n a d e agua. E l p o n t í f i c e , dirigiéndose a los suyos, q u e n o d a b a n crédito al p o r t e n t o , les gritó: « ¡ P r o a al sur! ¡Vamos a P e ñ í s c o i a ! » . A q u e l l a p r u e b a d i v i n a , e n l a q u e e l m a r r e p r e s e n t ó p a p e l tan d e c i s i v o , l e reafirmé) e n s u i d e a d e n o r e n u n c i a r a l a d i g n i d a d p o n t i f i c i a . P e ñ í s c o i a e r a e l l u g a r p e r f e c t o p a r a l a resistencia ante los h o m b r e s . [Simó Castillo, J u a n B., Pedro de Luna, el papa de Peñíscoia, pág. 161.]

356. L A T O Z U D E Z D E B E N E D I C T O X I I I (SIGLO X V . PEÑÍSCOIA)

D i s c u r r í a e l a ñ o 1415 y e l a r a g o n é s d o n P e d r o M a r t í n e z d e L u n a , e s decir, e l p a p a B e n e d i c t o X I I I s e h a l l a b a e n l a c i u d a d d e P e r p i g n a n d o n d e fue363


r o n a r e u n i r s e c o n él el rey F e r n a n d o I de A r a g ó n , el e m p e r a d o r Segism u n d o , los e m b a j a d o r e s d e l C o n c i l i o y los representantes d e casi t o d o s los p r í n c i p e s cristianos. E l objetivo q u e l l e v a b a n e r a ú n i c o : i n t e n t a r p o n e r f i n al c i s m a p o n t i f i c i o q u e t e n í a d i v i d i d o s a todos los Estados de o c c i d e n t e . Ben e d i c t o X I I I , a l q u e s e l e p e d í a s u r e n u n c i a , e n u n l a r g o d i s c u r s o d e seis h o ras, e x p u s o sus tesis en d e f e n s a de sus d e r e c h o s a ser P a p a , de m o d o q u e no p u d i e r o n a r r a n c a r l e l a dimisión q u e t o d o s e s p e r a b a n . P a r a b u s c a r el sosiego d e l q u e tan n e c e s i t a d o estaba, se trasladó el P a p a L u n a a la p o b l a c i ó n de C o l l i u r e d o n d e a los p o c o s días se v i o o b l i g a d o a rec i b i r u n a s e g u n d a e m b a j a d a semejante, c o n i d é n t i c a p r e t e n s i ó n y c o n los m i s m o s resultados negativos. M u y i n q u i e t o y a p o r e l d e s a r r o l l o d e los a c o n t e c i m i e n t o s , B e n e d i c t o X I I I d e t e r m i n ó p o r f i n p o n e r r u m b o a l castillo f o r t a l e z a d e P e ñ í s c o l a , d o n d e rec i b i ó un t e r c e r o c i d é n t i c o mensaje q u e o b t u v o , u n a vez más, su negativa taj a n t e , d e m o s t r a n d o s u á n i m o , tan i n q u e b r a n t a b l e y f i r m e c o m o l a r o c a mism a q u e sostenía e l castillo d e s u r e t i r o . F u e en este último e s c e n a r i o y d e n t r o de ese a m b i e n t e t a n c a r g a d o y e n r a r e c i d o c u a n d o , a l p a r e c e r — p a r a r e a f i r m a r todavía más s u d e c i d i d a negativa a r e n u n c i a r a los q u e c r e í a legítimos d e r e c h o s p a r a ser p a p a — , d i j o : «Estoy e n m i s t r e c e » . L a frase, tan c o r r i e n t e h o y entre n o s o t r o s p a r a d e m o s t r a r n u e s t r a p e r t i n a c i a sobre a l g u n a cosa, tenía e n b o c a d e d o n P e d r o M a r t í n e z d e L u n a e l s e n t i d o d e q u e r e c l a m a b a p a r a s í e l d é c i m o t e r c e r l u g a r e n t r e los p o n t í f i c e s l l a m a d o s B e n e d i c t o . A pesar de t o d o , el 6 de e n e r o de 1416 el rey de A r a g ó n , hasta e n t o n c e s su a l i a d o , le a b a n d o n a b a a su suerte. C o m e n z a b a p a r a el Papa L u n a el comienzo del fin. [ G a r c í a C i p r é s , G . , Ricos hombres de Aragón. D. Pedro Martínez de Luna (el «antipapa»), « L i n a j e s de A r a g ó n » , II ( 1 9 1 1 ) , 186.|

357.

EL E N V E N E N A M I E N T O D E B E N E D I C T O XIII (SIGLO X V . PEÑÍSCOLA)

N o s h a l l a m o s e n p l e n o ( a s m a d e O c c i d e n t e , c u a n d o los distintos Estad o s e u r o p e o s t o m a n p a r t i d o p o r u n o u o t r o d e los p a p a s existentes, e n t r e ellos el aragonés d o n P e d r o de L u n a , c o n o c i d o c o m o B e n e d i c t o XIII. E l p r o b l e m a no sólo afectaba a la Iglesia c o m o institución o a las distintas c a n cillerías, s i n o q u e estaba e n t r e la gente s e n c i l l a , q u e discutía, a p o y a n d o o v i l i p e n d i a n d o a su f a v o r i t o o su a n t i p a p a , según los casos. D e n t r o d e este c l i m a d e crispacictn g e n e r a l i z a d a , nos a d e n t r a m o s e n u n a calle de la F l o r e n c i a m e d i e v a l , d o n d e se levanta u n a sórdida y l ó b r e g a cár-

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c e l , a b a r r o t a d a de r u f i a n e s y d e s h e r e d a d o s , e n t r e los q u e se e n c u e n t r a u n a m u j e r a c u s a d a de b r u j a , h e c h i c e r a y v i d e n t e . La b r u j a llevaba varios días p e g a d a a la ventana q u e d a b a a la calle i n t e n t a n d o divisar a algún clérigo q u e f u e r a de la o b e d i e n c i a de B e n e d i c t o XIII, p e r o s u espera s e h a b í a p r o l o n g a d o e n demasía p a r a l a u r g e n c i a d e l caso, puesto q u e deseaba transmitirles u n i m p o r t a n t e mensaje. P o r f i n , u n a m a ñ a n a , p o r las voces q u e l e l l e g a b a n d e l a calle, s u p u s o q u e q u i e n e s pasaban e r a n aragoneses, y les l l a m ó la a t e n c i ó n c o n sus gritos. C u a n d o se a p r o x i m a r o n , a g a r r a d a a los b a r r o t e s de la m a z m o r r a y c o n la c a b e z a m e t i d a e n t r e ellos p a r a p r o c u r a r q u e n o p u d i e r a ser o í d a desde d e n tro, les d i j o : «Daos p r i s a , c o r r e d a P e ñ í s c o l a y avisad a B e n e d i c t o q u e p o r m u c h a s p r e c a u c i o n e s q u e t o m e será e n v e n e n a d o p o r u n s e r v i d o r í n t i m o n a t u r a l de su n a c i ó n » . L o s asustados y a s o m b r a d o s v i a n d a n t e s q u e , en efecto, e r a n aragoneses, c r e y e r o n hallarse ante a los d e l i r i o s de u n a l o c a , e h i c i e r o n caso o m i s o d e s u v a t i c i n i o , a u n q u e e r a n c i e r t a m e n t e p a r t i d a r i o s d e l papa aragonés. Lo que si es rigurosamente cierto es que al Papa L u n a — e n u n a calurosa tarde d e l mes de j u l i o de 1418, en su r e t i r o d e l castillo-fortaleza de Peñ í s c o l a — le fueron ofrecidos unos deliciosos dulces de m e r m e l a d a y m i e l , a c o m p a ñ a d o s de v i n o . C o m i ó a l g u n o s y p r o n t o se sintié) g r a v e m e n t e i n d i s p u e s t o , c o n c o n t i n u o s vómitos q u e , e n d e f i n i t i v a , l e salvaron l a v i d a , pues l e p e r m i t i e r o n e x p u l s a r e l a r s é n i c o q u e , e n f o r m a d e polvos, a l g u i e n h a b í a m e z c l a d o c o n las golosinas. [Simó Castillo, Juan B., Pedro de Luna, elpapa de Peñiscola, págs. 16?>-164.|

358. E L P A P A L U N A S E T R A S L A D A EN SECRETO A R O M A (SIGLO XV. PEÑÍSGOIA)

D o n P e d r o d e L u n a , o sea, e l p a p a B e n e d i c t o X l l l , llevaba algún t i e m p o r e c l u i d o e n s u r e t i r o d e l castillo-fortaleza d e P e ñ í s c o l a terne e n s u a c t i t u d d e n o c e d e r ante las p r e s i o n e s q u e r e c i b í a d e t o d a E u r o p a , i n c l u i d a l a d e su rey, p a r a q u e r e n u n c i a r a o f i c i a l m e n t e a la d i g n i d a d p o n t i f i c i a c o n objeto de s o l u c i o n a r la crisis a b i e r t a en el p a p a d o . L o s días de d o n P e d r o en P e ñ í s c o l a transcurrían densos y tensos, prep a r a n d o a r g u m e n t o s c o n las q u e salir al paso de las m e d i d a s t o m a d a s p o r e l C o n c i l i o o p o r e l p r o p i o c o l e g i o c a r d e n a l i c i o . P e r o c a d a día estaba más solo p u e s q u i e n e s h a b í a n sido sus valedores, c o m o el rey a r a g o n é s F e r n a n do I de A n t e q u e r a o el p r o p i o V i c e n t e F e r r e r , q u e f u e r a su c o n f e s o r y c o n fidente, le d i e r o n al fin la espalda. 365


Así e s q u e d o n P e d r o d e L u n a d e t e r m i n ó a c u d i r p e r s o n a l m e n t e y e n sec r e t o a R o m a , j u g á n d o s e en e l l o i n c l u s o su l i b e r t a d p e r s o n a l . Así es q u e p r e p a r ó el viaje sin c o n f i a r su salida f u e r a de P e ñ í s c o l a n a d a más q u e sus más fieles colaboradores. L a n o c h e e l e g i d a d e s c e n d i ó p o r l a escalera l l a m a d a todavía h o y d e l P a p a L u n a , u n estrecho p a s a d i z o q u e , m a n d a d o h o r a d a r a l d e c i r d e l a l e y e n d a p o r p r o p i o d o n P e d r o e n l a r o c a , c o m u n i c a b a secreta y d i r e c t a m e n t e c o n e l m a r desde l o alto d e l castillo, y c u y a s a l i d a estaba c a m u f l a d a e n e l a c a n t i l a d o de la parte o p u e s t a a la costa. A q u e l l a n o c h e , triste y d e s a l e n t a d o p o r la d e s l e a l t a d de los suyos, desc e n d i ó hasta el m a r y u n a vez allí e x t e n d i ó su m a n t o p o n t i f i c i o sobre las olas r e l a t i v a m e n t e c a l m a d a s d e l M e d i t e r r á n e o . L u e g o , a p o y a d o e n e l bácul o q u e llevaba c o n s i g o c o m o a t r i b u t o p a p a l , subió sobre e l m a n t o y sin h u n dirse p u s o r u m b o a R o m a , d o n d e se p r e s e n t ó de i m p r o v i s o ante sus enem i g o s p a r a entrevistarse c o n ellos. R e g r e s ó a P e ñ í s c o l a a q u e l l a m i s m a n o c h e sin q u e sus gestiones personales h u b i e r a n h e c h o variar las escasas esperanzas q u e aún le q u e d a b a n de v e n c e r en sus tesis y r e t o r n a r a la silla de san P e d r o . [Simó Castillo, Juan B., Pedro de Luna..., págs. 161-163.

359. B E N E D I C T O X I I I R E C I B E A L O S E M I S A R I O S DEL CONCILIO DE CONSTANZA (SiCxi.o xv. P E Ñ Í S C O L A )

E l C i s m a d e O c c i d e n t e s e h a l l a b a e n p l e n o a p o g e o . Existía u n p a p a e n R o m a — G r e g o r i o X I I — y existía t e ó r i c a m e n t e o t r o p a p a d e A v i g n o n , resid e n t e a h o r a e n P e ñ í s c o l a — B e n e d i c t o X I I I — , situación q u e s e agravó c o n e l n o m b r a m i e n t o d e u n t e r c e r o p o r los c a r d e n a l e s r e u n i d o s e n P i s a (1409) — A l e j a n d r o V — , c o n t e s t a d o p o r los dos a n t e r i o r e s y q u e n o c o n t ó t a m p o c o c o n e l a p o y o d e los m o n a r c a s e u r o p e o s . P o c o a p o c o se f u e i m p o n i e n d o la tesis de s o l u c i o n a r el p r o b l e m a a través d e u n c o n c i l i o q u e , c o n e l a p o y o d e l e m p e r a d o r S e g i s m u n d o — « a b o g a d o y d e f e n s o r de la S a n t a I g l e s i a » — a c a b ó r e u n i é n d o s e en C o n s t a n z a y t r a b a j ó e n t r e 1413 y 1417, finalizando su tarea c o n el n o m b r a m i e n t o de un p a p a ú n i c o : Martín V (1417-1431). L a solución d e C o n s t a n z a d i o a l p o d e r t e m p o r a l d e los m o n a r c a s u n a a u t o r i d a d m o r a l y efectiva ante los cleros n a c i o n a l e s respectivos q u e antes no poseían y d a n d o paso, a s i m i s m o , a un n u e v o t i e m p o histórico, e l d e los c o n c o r d a t o s . H a s t a a q u í s o n datos histór i c o s , p e r o la situación d i o l u g a r a a n é c d o t a s y leyendas de t o d o t i p o , de m o d o que Peñíscola y el aragonés d o n P e d r o de L u n a h a n entrado de lleno en el m u n d o legendario. 366


E n estos m o m e n t o s , p a r a q u e B e n e d i c t o X I I I c o m p a r e c i e r a ante e l C o n cilio de Constanza, se redactó la c o r r e s p o n d i e n t e citación en n o v i e m b r e d e 1416, q u e f u e h e c h a p ú b l i c a y f i j a d a e n t o d o s los p u e b l o s d e l d o m i n i o de la O r d e n de M o n t e s a cercanos a Peñíscola, para que fuera de c o m ú n c o n o c i m i e n t o . P e r o , a d e m á s , d o n P e d r o d e L u n a r e c i b i ó e n s u castillo-fortaleza de P e ñ í s c o l a a la c o m i s i ó n e n c a r g a d a de la c i t a c i ó n . Tras hacerles esperar a l g u n o s días, el 21 de e n e r o de 1417 el s o b r i n o de B e n e d i c t o x i u , a su vez j e f e de la g u a r d i a d e l castillo, c o n d u j o a los d o s m o n j e s e n c a r g a d o s d e l a misión a l salón d e a u d i e n c i a s , c u b i e r t o d e tapices y alfombras, lo que daba mayor solemnidad al m o m e n t o . Llegó p o r fin el P a p a L u n a . E l instante f u e tenso, m á x i m e c u a n d o éste, a l ver a los e m i s a r i o s vestidos a b s o l u t a m e n t e d e n e g r o , e n señal d e l u t o p o r e l C i s m a , e x c l a m ó son o r a m e n t e : «¡Ya están a q u í los c u e r v o s d e l c o n c i l i o ! » . P a r e c e ser q u e u n o d e ellos, sin p e r d e r l a c o m p o s t u r a , l e c o n t e s t ó : «Cuervos somos; p o r eso venimos al o l o r de carne muerta». [Simó Castillo, J u a n B., Pedro de Luna, elpapa de Peñíscola, pág. 163.]

367

III. BIBLIOGRAFÍA

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378

IV. ÍNDICES

1. ÍNDICE DE LEYENDAS

1. LA C O N Q U I S T A M U S U L M A N A

43

1. El conde d o n Julián, prisionero y muerto en Loarre

43

2. La conquista de Sarakusta p o r C a r l o m a g n o

44

3. Bestué. l i b r a d a de los m o r o s

45

4. La resistencia de T r a s o b a r e s a los m o r o s

45

5. La pérdida y despoblamiento de Novillas

46

6. La pérdida de Belmonte

47

7. La defensa cristiana de Borja

48

8. El obispo de Zaragoza ante la conquista m u s u l m a n a

49

9. La conquista m u s u l m a n a de A g i r i a (Daroca)

50

10. E l o r i g e n d e C e n t e n e r o

51

11. L a t o m a d e C a l a n d a p o r los m u s u l m a n e s

52

12.

Aben

A i r e , e l b u e n valí d e S a r a k u s t a

52

2. R E C O N Q U I S T A Y R E P O B L A C I Ó N

55

2.1. R E C O N Q U I S T A

55

13. E l p r i m e r a l m o g á v a r a r a g o n é s

55

14. L a d e f e n s a d e M e d i a n o

56

15. La l o c a l i z a c i ó n de S a z

5/

16. S a n P e d r o d e T a b e r n a s , p r i m e r n ú c l e o d e r e s i s t e n c i a

58

17. L a r e c o n q u i s t a d e A í n s a

59

18. L a r e c o n q u i s t a d e J a c a

59

19. L a s m u j e r e s e n l a r e c o n q u i s t a d e J a c a

60

20. V i c t o r i a c r i s t i a n a f r e n t e a l rey i n o r o d e Z a r a g o z a

61

21. L a s gestas d e l c o n d e B e r n a r d o d e R i b a g o r z a

62

22. L a S a n t a C r u z guía e l c a m i n o

63

23. E l c o n d e B e r n a r d o d e R i b a g o r z a , r e c o n q u i s t a d o r d e C a lasanz

64

381

Indice de leyendas 24. R a m i r o I l u c h a p o r C a l a h o r r a

65

25. L a r e c o n q u i s t a d e A l q u é z a r

65

26. L o s h e r m a n o s Isarre, e n l a r e c o n q u i s t a d e A l q u é z a r

66

27. L a r e c o n q u i s t a d e E j e a p o r los s o l d a d o s franceses (1095)

67

28. El sitio de B a r b a s t r o de 1064

68

29. L a d r a m á t i c a r e n d i c i ó n d e B a r b a s t r o (1064)

69

30. B a r b a s t r o , t o m a d a gracias a u n a traición

70

31. La esclava l i b e r a d a en Barbastro

71

32. L a m u e r t e d e l ú l t i m o s e ñ o r m o r o d e M o m a g a s t r e

72

33. L a V i r g e n c o l a b o r a e n l a batalla d e P i e d r a t a j a d a

72

34. E l o r i g e n d e los L ó p e z d e G u r r e a

73

35. U n detalle d e l último asedio d e H u e s c a (1096)

74

36. San J o r g e p e l e a en el c e r c o de H u e s c a

75

37. L o s c a s p o l i n o s , e n l a b a t a l l a d e A l c o r a z

76

38. L a r e c o n q u i s t a d e L u n a

77

39. P e d r o I d e A r a g ó n l u c h a c o n t r a e l C i d

77

40. E l C i d , e n C a l a n d a

78

41. Santiago a y u d a a l C i d e n T o r r e n u b l o s

79

42. L a h u i d a d e u n a r e i n a tailal

80

43. L a traición d e l m o r o (.hilar

81

44. L a r e c o n q u i s t a d e M o n z ó n

81

45. L a ayuda d e P e d r o R u i / d e A z a g r a a l C i d

82

46. N u e s t r a S e ñ o r a d e l a O l i v a , e n l a c o n q u i s t a d e Ejea

83

47. N u e s t r a S e ñ o r a d e l P o r t i l l o , defensora de Z a r a g o z a

84

48. San M i g u e l , en la r e c o n q u i s t a de Z a r a g o z a

85

49. L a capitulación d e los m o r o s z a r a g o z a n o s

86

50. L a r e c o n q u i s t a d e Alagón

87

51. La reconquista de Borja

87

52. Borja, en m a n o s d e l B a t a l l a d o r

88

53. La virgen d e l Castillo, d e f e n s o r a de Bijuesca

89

54. L a c a ñ a d a d e l a c e l a d a

90

55. L a p é r d i d a m u s u l m a n a d e I ..maja

91

56. L a r e c o n q u i s t a d e M a l u e n d a

92

57. L a r e c o n q u i s t a d e D a r o c a

93

58. U n i n t e n t o d e r e c u p e r a c i ó n m o r a d e D a r o c a

94

59. E l e x i l i o d e Z a f a d o l a

95

60. L a r e c o n q u i s t a d e Alcañiz

96

61. L a resistencia d e los m o z á r a b e s d e C a l a n d a

96

62. L a c a b r a d e o r o i n a l c a n z a b l e

97

63. U n detalle d e l a batalla d e F r a g a (1134)

98

64. A l f o n s o I el Batallador, castigado p o r D i o s en F r a g a

382

99

65. L a reconquista d e M o n r e a l d e l C a m p o

100

66. L a r e c o n q u i s t a d e A g u i l a r d e A l f a m b r a

101

67. L a r e c o n q u i s t a d e C a m a ñ a s

102

68. Cretas, r e c o n q u i s t a d a el día de santa P e l a g i a

103

69. E l o r i g e n d e A l c o r i s a

104

70. L a f u n d a c i ó n d e T e r u e l

105

I¿yendas para una historia paralela del Aragón medieval 71. El j u e z t r a i d o r

105

72. l a r e c o n q u i s t a d e V i l l e l

106

73. M a t r i m o n i o d e A l o n s o d e R u b i e l o s y F á t i m a d e M o r a

107

74. A s e d i o y r e c o n q u i s t a d e M o r a d e R u b i e l o s

108

75. L a r e c o n q u i s t a d e M o r e s

109

76. R e c o n q u i s t a d e l c a s t i l l o d e l M a l l o

110

77. E l fracaso d e l a r e c o n q u i s t a d e I b i z a

111

78. A b ú Zeyt, r e y d e V a l e n c i a , a l s e r v i c i o d e J a i m e 1

112

79. L o s d a r o c e n s e s e n l a r e c o n q u i s t a d e V a l e n c i a

113

80. L a p r o m e s a d e l g u e r r e r o

114

2.2. R E P O B L A C I Ó N 81. Fundación y destrucción de la c i u d a d de Paño

115 115

82. F u n d a c i ó n de la v i l l a de A c u m u e r

116

83. Delimitación d e l t é r m i n o m u n i c i p a l d e B i n é f a r

117

84. L a r e p o b l a c i ó n d e Suelves

117

85. Tras la r e c o n q u i s t a de O l i e t e

118

86. L a presa d e A l m o n a c i d

119

87. E l l e g a d o d e M a r t i n a Pérez

120

3. EL M U N D O CRISTIANO 3.1. L O S R E Y E S 88. La d o n a c i ó n de A b e t i t o a S a n J u a n de la P e ñ a

123 123 123

89. U n n o b l e a r a g o n é s salva d e l a m u e r t e a S a n c h o A b a r c a . . .

124

90. La c o r o n a c i ó n de S a n c h o Gatees

125

91. C ó m o accedió R a m i r o I al trono de Aragón

126

92. R a m i r o I h u y e d e s n u d o de T a f a l l a

126

93. R a m i r o I n o m b r a o b i s p o de los m o z á r a b e s zaragozanos al a b a d Paterno

127

94. S a n c h o II de C a s t i l l a m a t a a R a m i r o I de A r a g ó n

128

95. L a m u e r t e d e S a n c h o Ramírez

129

96. P e d r o I , c u r a d o p o r san M i g u e l i n Excelsis

130

97. La escolta chesa de A l f o n s o 1

131

98. La r e c o n q u i s t a de Ejea r e c o n c i l i ó a A l f o n s o I y U r r a c a

132

99. L a m u e r t e d e A l f o n s o I , u n castigo d e D i o s 100. E l e x i l i o s o r i a n o d e d o ñ a U r r a c a

133 133

101. El reto de la V a r o n a a A l f o n s o i el B a t a l l a d o r

134

102. A l f o n s o I v e n g a su h o n o r en C a n d e s p i n a

135

103. D o ñ a U r r a c a solicita el d i v o r c i o a A l f o n s o 1

136

104. L a v i c t o r i a n a v a l d e A l f o n s o I e l B a t a l l a d o r

137

105. A l f o n s o i y su p r e t e n d i d a h o m o s e x u a l i d a d

138

106. L a e l e c c i ó n d e R a m i r o u c o m o rey d e A r a g ó n

139

107. E l m a t r i m o n i o d e R a m i r o I I e l M o n j e

140

383

Índice de leyendas 108. R a m i r o II, rey d e A r a g ó n , h u y e ileso d e P a m p l o n a

141

109. l a b u r l a d e R a m i r o I I

141

110. E l e s c a r m i e n t o d e los n o b l e s e n H u e s c a 1 1 1 . R a m i r o I I se e n f r e n t a a

Roldan

143

112. I.a m u e r t e de R a m i r o H

144

113. L a a p a r i c i ó n d e u n falso A l f o n s o 1

145

114. L a c o r o n a c i ó n d e P e d r o I I e n R o m a

146

115. J a i m e I c o n c e b i d o gracias a u n a treta p a l a c i e g a

147

116. L o s r e i n o s d e M o n z ó n y P o m a r , e n p o d e r d e J a i m e 1

148

117. J a i m e I s a l v a d o d e l a m u e r t e p o r u n a s sopas d e ajo

149

118. L a p r i m e r a e s p a d a d e J a i m e I

150

119. J a i m e I h e r e d a la e s p a d a «Tizona»

150

120. L a e s p a d a d e V i l l a r d e l l

151

121. J a i m e i y N u e s t r a S e ñ o r a de la Silla

152

122. L a réplica d e l a v i r g e n d e l a Alegría e n B a r c e l o n a

153

123. J a i m e I, c o f r a d e de la V i r g e n de los Á n g e l e s

154

124. M o s q u e r u e l a , sede v e r a n i e g a de J a i m e 1

155

125. J a i m e I i m p o n e su a u t o r i d a d ante P e d r o A l i o n e s

156

126. L a p é r d i d a d e P i t i l l a

156

127. P e d r o III desafió a un d r a g ó n

157

128. E l g u a n t e d e C o n r a d i n o p a r a P e d r o III

158

129. P e d r o III, e n las j u s t a s d e B u r d e o s

159

130. J a i m e II elige esposa (1314)

160

131. A l f o n s o V nace entre t e r r e m o t o s y espanto

161

1 3 2 . L a c o n d e s a d e U r g e l l p r e t e n d e e n v e n e n a r a F e r n a n d o I..

162

133. F e r n a n d o e l Católico, e n g e n d r a d o e n E l F r a s n o

162

134. F e r n a n d o II, a r m a d o c a b a l l e r o d e M a r í a

163

135. La V i r g e n d e l P i l a r salva a F e r n a n d o II

164

3.2. L A N O B L E Z A Y L O S S E Ñ O R Í O S 136. E l n a c i m i e n t o d e l a n o b l e z a a r a g o n e s a

384

142

165 165

137. E l o r i g e n d e los A y s a

166

138. G a r c í a Aznárez, asesino d e C é n t u l o d e B i g o r r a

167

139. L a c r u e n t a m u e r t e d e l b a r ó n d e E s p é s

168

140. E l o r i g e n d e los M a z a

169

141. E l n a c i m i e n t o d e los E s p a r z a

169

142. E l o r i g e n d e l t o p ó n i m o N o n a s p e

170

143. E l s e ñ o r í o d e A l b a r r a c í n , vasallo d e S a n t a M a r í a

171

144. O r i g e n d e l a b a r o n í a d e E s c r i c h e

172

145. P e d r o F e r n á n d e z d e A z a g r a , m i l a g r o s a m e n t e ileso

173

146. E l n o m b r a m i e n t o d e l p r i m e r c o n d e d e L u n a

173

147. L a f u e r z a d e las a r m a s

174

148. R e v u e l t a c a m p e s i n a

175

149. L a m u e r t e d e l c o n d e A r t a l , s e ñ o r d e M e q u i n e n z a

176

150. L a s h e r r a d u r a s d e l m a r q u é s d e A y e r b e

177

151. L a h i s t o r i a t a m b i é n gasta b r o m a s

178

Leyendas para una historia pándela del Aragón medieval 152. E l m a l «señor» d e F a b a r a

179

1 5 3 . L a c u r a c i ó n m i l a g r o s a d e l h i j o d e l c o n d e d e R i b a g o r z a ...

180

3.3. L A V I D A C O R T E S A N A

181

154. L a c o n d e s a t r a i d o r a

181

155. L o s afectos castellanos d e l a r e i n a S a n c h a

182

156. L a prisión d e l a r e i n a d o ñ a U r r a c a

182

157. El d u q u e de H í j a r y la h i j a de J a i m e 1

183

158. J a i m e i castiga a su t r o v a d o r

184

159. L a s o m b r a d e l a p r i n c e s a d o ñ a B l a n c a

185

160. N a c e l a O r d e n d e l a B a n d a d e l a V i r g e n d e l P i l a r

186

161. La r e i n a M a r í a l l o r a la a u s e n c i a de A l f o n s o V

187

162. E l t r o v a d o r d e l a Aljafería

188

163. E l p r í n c i p e d e V i a n a escapa d e Mallén

189

164. E l t r o v a d o r q u e m u r i ó d e a m o r

189

3.4. L A S P U G N A S F A M I L I A R E S

190

165. L a s p r i m e r a s a r m a s de J a i m e 1

190

166. L a s c o n s e c u e n c i a s de la p u g n a e n t r e los A l b i r y los F r a g o

191

167. L o s M a r c i l l a y los S e g u r a , f r e n t e a f r e n t e

192

168. L a p e l e a d e P e d r o l a

193

169. L o s U r r e a c o n t r a los C o r n e l

194

170. L a l o c a e n a m o r a d a d e M o n t a l b á n

195

171. L o s L u n a y los U r r e a , e n f r e n t a d o s

196

172. L u c h a s d e los L u n a c o n t r a los U r r e a

197

173. L o s M u ñ o z y los M a r c i l l a , f r e n t e a f r e n t e

197

3.5. I A G U E R R A E N T R E C R I S T I A N O S

198

174. L a s m u j e r e s , v e n c e d o r a s a n t e las t r o p a s d e P e d r o e l C r u e l

198

175. M i g u e l d e B e r n a b é , e n e l sitio d e D a r o c a

199

176. L a d e f e n s a d e l c a s t i l l o d e B á g u e n a

200

177. L a r e s i s t e n c i a h e r o i c a d e B u e ñ a

201

178. E l p o r t a l d e l a traición

202

3.6. A M O R E S Y D E S A M O R E S 179. L o s celos d e A l f o n s o d e B a r b a s t r o

203 203

180. L o s a m o r e s d e C l a r a y M a n f r e d o

204

181. U n n u e v o p u e n t e sobre e l T u r i a : e l d e d o ñ a E l v i r a

205

182. L a v e n g a n z a d e A r n a l d o , s e ñ o r d e C a s t r o d e M a l a v e l l a

206

183. L o s a m o r e s de B e r e n g u e r de A z l o r y A l d o n z a de E n t e n z a

206

184. E l j u r a m e n t o i n c u m p l i d o

207

185. L a g u a r d i a d e l castillo d e L a F r e s n e d a

208

186. J u a n M i g u e l , s o l d a d o d e J u a n I I

209

187. L o s rosales d e l a m o r

210

385

Indice de leyendas

4. EL M U N D O MUSULMÁN

213

188. U n l o r o d e o r o e s p e r a

213

189. S e l i m a , l a p r e t e n d i d a d e I b n A b d a l á d e Z a r a g o z a

214

190. L a r e i n a m o r a d e G u a r r i n z a

215

191. L a s tres m o r a s d e Z a r a g o z a

215

192. L a p i e d r a h o r a d a d a p o r e l a m o r

216

193. L a p r i n c e s a m o r a q u e b u s c ó l a l i b e r t a d

217

194. E l t o r o d e o r o q u e e s p e r a o c u l t o

218

195. L a c o n s t r u c c i ó n d e l castillo d e T r a s m o z

219

196. L a v e n g a n z a d e A b d e l m e l i c

220

197. E l t e s o r o e s c o n d i d o d e Alí M o h a l

221

198. L a s revueltas m u s u l m a n a s previas a la r e c o n q u i s t a de Sarakusta

222

199. E l tesoro d e C a ñ a r d a

223

200. L a e t e r n a espera d e l a m o r a d e G u a d a l a v i a r

224

201. El tesoro de la r e i n a m o r a

224

202. L a m o r a d e l a basa

225

203. L a m o r a e n c a n t a d a d e Bastarás

226

204. L a m o r a e n c a n t a d a d e Sallaón

227

205. El a m o r de Z o r a i d a y los alarifes de T e r u e l

228

206. L a losa m o r a

229

207. E l tesoro d e l a m o r a d e Siresa

230

208. L a larga espera d e l a r e i n a m o r a

230

209. El tesoro de El Castellar

231

5. EL M U N D O JUDÍO

233

210. El C i d e x p u l s a a los j u d í o s de T a m a r i t e

233

211. L o s amores de J u a n el h e r r e r o y la bella hebrea

234

212. E l m i l a g r o s o h a l l a z g o d e l c u e r p o d e santo D o m i n g u i t o de Val

236

214. L a v e n g a n z a d e l j u d í o n o b l e

236

215. E l a u g u r i o d e V i c e n t e F e r r e r

237

216. L a c o n v e r s i ó n d e los j u d í o s d a r o c e n s e s

238

217. L a conversión d e l j u d í o d o r m i d o

239

6. R E L A C I O N E S E N T R E CRISTIANOS Y M U S U L M A N E S 6.1. R E L A C I O N E S A M I S T O S A S

386

235

213. E l m o n a s t e r i o d e San M i g u e l d e Foces, asaltado

241 241

218. L o s m o z á r a b e s de P e r a l t a de la Sal

241

219. L o s a m o r e s i m p o s i b l e s de Z o m a y M a r í a

242

220. L a e n a m o r a d a d e l C i d

243

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval 221. E l n a c i m i e n t o d e u n m u d e j a r

244

222. L o s a m o r e s d e R o d e r i c o d e M u r y Z u l i m a

245

223. A l m a n z o r y los mozárabes de La A l m u n i a

245

224. D o s p r e t e n d i e n t e s p a r a Z a i d a

246

225. L a c u e v a d e l a m o r a e n c a n t a d a

247

226. El a m o r p u d o a la religión

248

227. E l a l m a d e l castillo d c G a l l u r

249

228. El amor, n u e v a religión

250

229. L a conversión d e l m o r o T o c ó n

251

230. El tesoro e s c o n d i d o de Mustafá

252

231. E l a m o r d e d o n P e d r o d e A z a g r a

252

232. L a m o r a q u e a c u d i ó a l a V i r g e n d e Salas

253

233. L a m o r a p e i n a d o r a

254

234. L a c r i s t i a n a p e i n a d o r a

255

235. La conversión d e l alfaquí z a r a g o z a n o

256

236. L a l a v a n d e r a m o r i c a d e S e n a

257

237. L a s tres d o n c e l l a s e n c a n t a d a s

258

238. La m o r a solitaria y el pastor de L u e s i a

259

6.2. R E L A C I O N E S P R O B L E M Á T I C A S

260

239. O r o s i a m u e r e a m a n o s m u s u l m a n a s

260

240. N u n i l o y A l o d i a , víctimas de la i n t r a n s i g e n c i a religiosa

261

241. V i s o r i o , asesinado p o r u n a p a r t i d a de m o r o s

261

242. L a persecución d e E l e n a

262

243. L o s mozárabes de Zaragoza, expulsados a El B u r g o

263

244. E l agua d e T a r a z o n a

264

245. La venganza d e l c o n d e cristiano

265

246. E l c e l e b r a d o salto d e P e r o G i l , e s c u d e r o d e l C i d

266

247. L a conversión d e u n m o r o

267

248. G a l i a n o C a l i n a s r o b a u n cáliz a los m o r o s

268

249. E l p o z o d e Ainés

269

250. L a e x p u l s i ó n d e los m o r o s d e P i n a

270

7. A S P E C T O S R E L I G I O S O S

271

7.1. L O S M O N A S T E R I O S

271

251. N a c i m i e n t o de San J u a n de la P e ñ a

271

252. V o t o y Félix, en S a n J u a n de la P e ñ a

272

253. García J i m é n e z f u n d a S a n J u a n d e l a P e ñ a

273

254. F u n d a c i ó n d e l m o n a s t e r i o d e S a n Martín d e C e r c i t o

274

255. A n t e c e d e n t e s d e l m o n a s t e r i o de Trasobares

275

256. B a l a n d r á n , e l e g i d o h e r a l d o d e l a v i r g e n d e l P u e y o

275

257. F u n d a c i ó n d e l m o n a s t e r i o de Trasobares

276

258. D o n P e d r o d e Atares, f u n d a d o r d e V e r u e l a

277

387

Indice de leyendas 259. L a r e i n a S a n c h a f u n d a e l m o n a s t e r i o d e S i g e n a

278

260. L o s c o n d e s de Sástago c o n s t r u y e n el santuario de M o n i e r .

279

261. G i l de A t r o s i l l o , señor de Estercuel, y la aparición de la Virgen

281

263. L o s c o n d e s de Sástago c r e a n la cartuja de Fuentes

282

264. E l t ú n e l bajo e l E b r o

283

7.2. L O S P E R E G R I N O S 265. S a n M a r c i a l visita B e n a s q u e

283 283

266. E l p e r e g r i n o a n ó n i m o

284

267. L o s p e r e g r i n o s escultores

285

2 6 8 . 1.1 r o m e r o d e C a s t i e l l o

286

269. San G r e g o r i o , p e r e g r i n o

287

7.3. L O S S A N T O S

388

280

262. L a f u n d a c i ó n d e l m o n a s t e r i o d e Santa F e

288

270. El v a t i c i n i o de san V a l e r o

288

271. El destierro del obispo san R a m ó n

289

272. San R a m ó n c u r a a u n a j o v e n d e s a h u c i a d a

290

273. S a n R a m ó n l i b e r a a dos soldados

291

274. S a n L i c e r q u i s o r e p o s a r d e f i n i t i v a m e n t e e n Z u e r a

291

275. Santo D o m i n g o p r e d i c a l a devoción d e l r o s a r i o

292

276. Santo D o m i n g o i n t e r c e d e p o r l a n o b l e A l e j a n d r a

293

277. S a n t o D o m i n g o , a m a m a n t a d o p o r u n a vaca

294

278. S a n R o q u e , e n e l h o s p i t a l d e V a l d e a l g o r f a

295

279. L o s p r e d i c a d o r e s G r e g o r i o y D o m i n g o , en Besiáns

296

280. V i c e n t e Ferrer, p r e d i c a d o r e n M o r a d e R u b i e l o s

297

281. L a e n d e m o n i a d a d e P i e d r a

29/

282. E l c r u c i f i j o d e san V i c e n t e F e r r e r

298

283. V i c e n t e F e r r e r salva s u p r o p i a v i d a

299

284. V i c e n t e F e r r e r se a p i a d a de la m a d r e t r a s t o r n a d a

300

285. V i c e n t e F e r r e r vaticina la destrucción de T e r u e l

301

286. V i c e n t e F e r r e r p r e d i c a e n C a l a t a y u d

302

287. L o s falsos frailes

302

288. V i c e n t e F e r r e r i m p i d e q u e los diablos se a c e r q u e n a Caspe

303

289. V i c e n t e F e r r e r aplaca u n a tempestad

304

290. V i c e n t e F e r r e r instituye la procesión de la d i s c i p l i n a

305

291. La palabra de V i c e n t e F c r r e r en Aínsa

306

292. E l mas d e F e r r e r

307

293. E l c u a d r o d e s p r e n d i d o

307

294. P e d r o A r b u é s , p r e t e n d i e n t e de santa B á r b a r a

308

295. S a n G i l y san Ginés, p r e d i c a d o r e s

309

296. S a n Blas elige T o r r e c i l l a de Alcañiz p a r a q u e d a r s e

310

297. E l e c c i ó n d e santa T e c l a c o m o p a t r o n a

311

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval 7.4. L O S P O R T E N T O S

312

298. L a justicia d e l o b i s p o R e n c i o

312

299. U n a n t í d o t o c o n t r a l a sequía

312

300. L a V i r g e n viajera

313

301. L o s corporales llegan a D a r o c a

314

302. Invención d e l rosario

315

303. U n episodio d e l a g u e r r a albigense

316

304. L a p a l i d e z d e l a V i r g e n d e Salas

317

305. L a s avenidas d e l E b r o y de la I Inerva

318

306. M a r t í n V i s a g r a , p e r j u r o

319

307. L o s c o r p o r a l e s de A n i ñ ó n

319

308. L o s corporales d e A n d o r r a

320

309. E l agua, t r a n s f o r m a d a e n sangre

321

310. L a a b s o l u c i ó n d e L o p e F e r n á n d e z d e L u n a

322

311. L o s corporales de Fraga

323

312. L o s c o r p o r a l e s de A g u a v i v a

324

313. L o s corporales de San J u a n de la Peña, intactos

325

314. L o s presagios de la c a m p a n a

325

315. Gratis salvada de la i n u n d a c i ó n

326

316. E l cadáver d e l p a p a L u n a

327

317. C a t a l i n a , l i b r a d a de los d e m o n i o s

328

318. S a n M a c a r i o c u r a u n a q u e b r a d u r a

329

7.5. I A S R E L I Q U I A S

330

319. El b r a z o d e l apóstol san P e d r o , en Siresa

330

320. G a r c í a A z n á r e z trae a A r a g ó n los restos de san I n d a l e c i o .

331

321. El relicario de J a i m e i

332

322. J a i m e I d o n a u n a e s p i n a d e l a c o r o n a d e C r i s t o a l m o n a s t e r i o de Samper 3 2 3 . P a n d e l a Ú l t i m a ( l e n a s a l v a d o d e las l l a m a s

333 333

324. E l S a n t o G r i a l , e n A r a g ó n

334

325. E u r o p a b u s c a e l G r a a l

335

8. ASPECTOS SOCIO-CULTURALES

337

8.1. L AJ U S T I C I A

337

326. N a c i m i e n t o de los fueros de S o b r a r b e y d e l J u s t i c i a

337

327. La justicia real en e n t r e d i c h o

338

328. L o s falsificadores de m o n e d a

339

329. Justicia p a r a todos

340

330. A l f o n s o V i n t e r v i e n e en la l u c h a de los M a r c i l l a y los M u ñ o z

340

331. El escudo de armas d e l Justicia de Aragón

341

389

Indice de leyendas 8.2. P L A G A S Y E P I D E M I A S

342

332. El m i e d o a la peste

342

333. L a fundación d e Salinas d e H o z

343

8.3.

334. San M i g u e l l u c h a c o n t r a l a p l a g a d e l a langosta

344

335. San Sebastián libró de la l e p r a a Fayón

345

336. L a peste d e l a calle B a j a

346

337. L a p l a g a d e l a langosta d o m i n a d a p o r l a V i r g e n

347

338. S a n Sebastián d e t i e n e l a peste e n A z a n u y

347

339. L a l u c h a c o n t r a l a peste

348

340. L a d e s a p a r i c i ó n d e u n p u e b l o : D a y m ú s

349

341. Fuentes de E b r o salvada de la plaga de la langosta

350

342. L a peste d e s p u e b l a N i a b l a s

351

LA C U L T U R A

352

343. L a s m e d i c i n a s de san C a p r a s i o 344. L o s e x c r e m e n t o s d e l c a b a l l o d e

352

Roldan

345. C o n t i e n d a j u g l a r e s c a

353 354

346. E l q u i t a m i e d o s d e R o b r e s

354

347. Surge la j o t a

355

348. S a l m ó n a p r e c i o de o r o

356

8.4. A R A G O N E S E S A L L E N D E L A S F R O N T E R A S 349. E m b a j a d a de P e d r o Martínez de B o l e a a Castilla

357 357

350. S a n t a Isabel h i z o d e m o n e d a s rosas

358

351. El cautivo de los griegos

359

352. E l rescate d e u n esclavo a r a g o n é s e n J e r u s a l é n

360

353. S a n c h o F e r n á n d e z de H e r e d i a y la c o n q u i s t a de C e r d e ñ a

361

8.5. A R A G O N E S E S C O N P E R S O N A L I D A D

362

354. J u a n F e r n á n d e z d e H e r e d i a l u c h a c o n t r a los turcos

362

355. E l m a r r e c o n o c e a P e d r o d e L u n a c o m o p a p a

363

356. L a t o z u d e z d e B e n e d i c t o X I I I

363

3 5 7 . E l e n v e n e n a m i e n t o d e B e n e d i c t o XI11

364

358. El P a p a L u n a se traslada en secreto a R o m a

365

359. B e n e d i c t o X I I I recibe a los emisarios d e l c o n c i l i o de C o n s tanza

390

366

2. ÍNDICE DE LUGARES DE ORIGEN

A c u m u e r ( H ) : 82/186/254. A d a h u e s c a ( H ) : 240/332. Aguaviva

(T):

312.

Aguilar de All'ambra

( T ) : 66.

A i n s a ( H ) : 17/291/303. Ai'sa ( H ) :

137.

Alagón (Z): 50/348. Albarracin

(T):

45/143/159/192/196/231.

A l b e n tosa ( T ) : 123. Alcaniz

(T):

60.

Alcolea de Cinca

(H):

266.

A l c o r i s a (T): 69/165. Alcubierre

(H):

343.

A l m o n a c i d de la C u b a

( Z ) : 86.

Alquézar ( H ) : 25/26/213. A n d o r r a (T): 308/318. A n i n ó n ( Z ) : 307. Aquilué ( H ) : 233. A r ä n d i g a ( Z ) : 337. Atea

(Z):

15.

Ayerbe

(II):

150/151/194.

Azanuy

(H):

338.

B ä g u e n a ( T ) : 176. Barbastro

(H):

28/29/30/31/164/179/245/256/271/289/326.

Bastaräs ( H ) : 203. B e l m o n t e (Z): 6. Benabarre

(II): 292.

B e n a s q u e ( H ) : 265. Besiäns ( H ) : 279. Bestué ( H ) : 3. B e t o r z ( H ) : 240. Biescas

(II): 242.

Indice de lugares de origen Bijuesca (Z): 53. B i n a c e d ( H ) : 87. Binéfar ( H ) : 83. B i s c a r r u é s ( H ) : 33. B k - c u a ( H ) : 187. Boltaña ( H ) : 241/267. B o n o ( H ) : 258. Borja (Z): 7/51/52/195/347. B r o t o ( H ) : 77. Bueña

(T):

Bujaraloz

177.

( Z ) : 336.

Burbáguena Calanda

(T):

(T):

177.

11/40/61.

C a l a s a n z ( H ) : 23. Calatayud Camañas

(Z): (T):

215/286/347/349.

67.

C a p e l l a ( H ) : 299. Caspe (Z): 37/283/288. C a s t e j ó n d e las A r m a s ( Z ) : 134. Castejón de Valdejasa (Z): 209. Castellote

(T):

Castelnou

(T): 270.

199.

Castiello de Jaca ( H ) : 268. Celia

(T):

224.

C e n t e n e r o ( H ) : 10. C e r v e r a d e l a C a ñ a d a ( Z ) : 297. C h í a ( H ) : 248. Cimballa

(Z):

309.

Cortes de Aragón Cretas

( T ) : 247.

( T ) : 68.

C u b e ] ( Z ) : 80. Cuevas de Cañart (T): 201. C u t a n d a ( T ) : 54. Daroca 306.

(Z):

9/57/58/65/78/79/125/146/175/189/216/219/229/287/301/

E c h o ( H ) : 97/112/190. Ejea de los C a b a l l e r o s

(Z):

E l B u r g o d e E b r o (Z): 243. E l F r a s n o ( Z ) : 133. E l G r a d o ( H ) : 204. Escaü'ón

( Z ) : 264.

Escriche

(T):

Estercuel

392

144.

(T): 261.

27/46/98/156.

Ijyendas para una historia paralela del Aragón, medieval F a b a r a ( Z ) : 152. Fayón

( Z ) : 335.

Fraga

(H):

63/64/311.

Frías de A l b a r r a c í n ( T ) : 193. Fuentes de E b r o (Z): 341. F u e n t e s d e j i l o c a ( Z ) : 174. Gallur

(Z): 42/226/227.

Gistaín ( H ) : 202. Graus

(H):

Griegos

94/221/222/290/315.

(T):

188/220.

G u a d a l a v i a r ( T ) : 200. Híjar (T): Huesca:

157. 34/35/36/95/107/109/110/111 /140/232/293/304.

I b i e c a ( H ) : 214. I l l u e c a ( Z ) : 316. Inogés (Z): 352. Jaca ( H ) : 18/19/21/108/239/320. L a A l m u n i a (Z): 172/223. L a F r e s n e d a ( T ) : 185. L a Iglesuela d e l C i d (T): 41. L a b u c r d a ( H ) : 241. L a g u e r u e l a (T): 121. L a n a j a ( H ) : 55/263. Loarre ( H ) : 1. L o b e r a ( Z ) : 277. L u e s i a ( Z ) : 238. Luna

( Z ) : 38.

L u p i ñ é n ( H ) : 295. Maella

(Z): 5/148/284.

Magallón (Z): 166/321. Mallén

( Z ) : 163.

Maluenda

( Z ) : 56.

M e d i a n o ( H ) : 14. M e q u i n e n z a ( Z ) : 149. M o n r e a l d e l C a m p o ( T ) : 197/230. Montalbán (T): 170/183. Montearagón

( H ) : 323.

M o n z a l b a r b a ( Z ) : 305. Monzón

( H ) : 44/116/118/119/122.

Indice de lugares de origen M o r a d e R u b i e l o s (T): 74/280.

Mores ( Z ) : 7 5 . M o s q u e r u e l a (T): 76/124. M u n é b r e g a (Z): 282/354. M u r e r o (Z):

15.

N o n a s p e ( Z ) : 142. O l i e t e ( T ) : 85. Ortilla

(H):

295.

O t o ( H ) : 342. P e d r o l a ( Z ) : 168. P e ñ a r r o y a de Tastavíns (T): 339. P e r a l t a d e A l c o f e a ( H ) : 39. Peralta de la Sal ( H ) : 32/218. Piedra

(Z):

145/182/281/317.

P i n a d e E b r o ( Z ) : 250. P u e y o d e A r a g u á s ( H ) : 22. Rasal

( H ) : 208/234.

R i e l a ( Z ) : 228. R o d a d e Isábena ( H ) : 272/273. R o b r e s ( H ) : 346. Rueda de Jalón

(Z): 43/59.

S a b i ñ á n ( Z ) : 237. Salinas d e H o z ( H ) : 333.

S a l l e n t d e Gallego ( H ) : 1 3 8 . S a m p e r d e Salz ( Z ) : 322. San Juan de la Peña

( H ) : 81/88/136/251/252/253/313/324/325.

Sástago ( Z ) : 147/260. S e i r a ( H ) : 16. S e n a ( H ) : 236. Siresa ( H ) : 207/319. S o p e i r a ( H ) : 139/327. Sos d e l Rey Católico ( Z ) : 126/184/248. Suelves ( H ) : 84. T a m a r i t e ( H ) : 210. Tarazona

(Z):180/225/244/249.

Tauste ( Z ) : 334. Teruel:70/71/117/167/173/178/181/205/285/329/330. T i e r g a (Z): 62. T o r l a ( H ) : 77.

394

I^eyendas para una historia paralela del Aragón medieval T o r r a l b a ( Z ) : 20. Torrecilla de Alcañiz

(T):

296.

Tosos ( Z ) : 294. Tramacastilla

(T):

246.

T r a s m o z ( Z ) : 195/328. Trasobares (Z): 4/255/257. V a l d e a l g o r f a ( T ) : 120/278. V e l i l l a d e C i n c a ( H ) : 340. V e l i l l a d e E b r o (Z): 314. V e r u e l a (Z): 211/258. Villanueva de Sigena (H)

259.

V i l l a r r o y a de la S i e r r a (Z) 310. Villel

(T) :

72.

Y e b r a d e Basa ( H ) : 239. Zaragoza:

2/8/12/47/48/49/93/113/132/135/153/160/161/162/169/

171/191/198/212/217/235/262/269/275/276/300/331/345/152. Z u e r a (Z): 274. Aragón:

90/99/105/106.

Castilla:

154.

Cataluña: Chipre:

127. 130.

A i b a r ( N A ) : 89. Amposta Beiern

(T):

104.

(Portugal):

Burdeos:

350.

129.

Calahorra

(Rioja):

24.

Monterroso

(Galicia):

Montpellier

(Francia):

103. 115.

Nájera (Rioja): 91. Palermo:

128.

Pamplona:

141.

Peñíscola:

355/356/357/358/359.

Perpignan:

158.

Roma:

114.

S a n M i g u e l d e A r a l a r : 96. Soria:

100/101/102.

Tafalla: 92. Valencia: Sin lugar:

131. 155/206/302/344.

395

3. ÍNDICE ANALÍTICO

Abad: Alaón: Benito L a r r a s , 3 2 7 ; lAre: G a r c í a , 1 0 8 ; Montearagón: 1 6 9 ; Rueda: G a s t ó n d e A y e r b e , 1 4 7 ; Samperdel Sata G u i l l e r m o , 3 2 2 ; San Punce de lamerás: 1 1 0 ; SanJuan de la Peña: J i m e n o , 8 8 ; P a t e r n o , 9 3 ; S a n c h o , 3 2 0 ; San Pedro de Tabernas: 9 0 ; Veruela: 1 6 9 . Abárzuza, 2 5 3 . A B D A I A , alarife turolense, 2 0 5 . A B D E L M E L I C B E N R A Z I N , s e ñ o r de A l b a r r a c í n , 1 9 6 . A B D E R R A H M A N , rey de H u e s c a , 3 6 .

A B D E L A Z I Z , gobernador musulmán de Zaragoza, 8 1 . A B D E L - M E C H , rey de Z a r a g o z a , 4 3 .

ABDEMEI.IC, militar m o r o de Zaragoza, 8 1 . ABDERRAHMAN

AJL-GAKKQUI,

343.

A B D - A L - R A H M A N [III] A L N A S I R , califa de C ó r d o b a , 1 2 . A B E L E L M A L E K , walí d e J a c a , 1 8 . A B E N A I R E , walí d e Z a r a g o z a , 1 2 . A B E N A M E D M U T A M I N , alcaide m o r o de Borja, 5 2 .

A B E N - G A M A , gobernador m o r o de Daroca, 5 7 , 6 5 . A B E N G A N Y A , rey de V a l e n c i a , 6 3 , 6 4 . ABENJAIR,

188.

ABENJAYE,

188.

A B E N J O T , c r e a d o r d e l a jota, 3 4 7 . A B F . N L U P O , juez m o r o de Jaca, 2 3 9 . Abetito, monte, 8 8 . Abicgo (H), 26, 332. Abín Ferruz, almunia, 3 3 8 . A B U - A M E R , santón m o r o d e D a r o c a , 2 1 9 . Abuán, 2 2 4 . A B U I I A S A I . L M , m o r o de Zaragoza, 1 9 8 . A B U M E R U A N , señor m o r o de Albarracín, 1 9 2 . A B U Z E Y T , rey m o r o d e V a l e n c i a , 7 8 , 1 2 5 . A C I S C L O , obispo, 2 3 9 . ACMF.T, moro, 2 1 .

A c o l , antecedente de Alcorisa, 6 9 . Acueducto: d e C e l i a , 1 9 2 . Acumuer (H), 82, 186, 254.

Indice analítico Adahuesca ( H ) , 2 4 0 , 3 3 2 . Adakún ( V i d . A l a c ó n ) . A D E L F A , m o r a de Zaragoza, 1 9 8 .

África, 1 , 1 8 , 1 0 4 , 1 6 1 . Agiria (Vid. Daroca). A C N E S , r e i n a y esposa d e R a m i r o I I , 1 0 7 . Agreda ( S o r i a ) , 1 0 0 . Aguaviva (T), 3 0 9 , 3 1 2 . Aguasvivas, r í o , 8 6 . Á G U E D A , santa, 3 3 8 .

Aguilaniu ( H ) , 271. Aguilar de A l f a m b r a (T), 6 6 . Aguilón ( Z ) , 2 9 4 . A H M A R , m o r o de Daroca, 1 8 9 . AHMED BEN

IBRAIN,

58.

A H M E D B E N A B D - A L - M A L I K , rey d e R u e d a d e J a l ó n , 5 9 . AlMERICO DE N A R B O N A ,

28.

A l N E S , mudejar turiasoncnse, 2 4 9 . Ainielle ( H ) , 342. Aínsa ( H ) , 3 , 1 7 , 1 9 , 2 3 , 2 5 3 , 2 9 1 , 2 9 2 , 3 0 3 . Aísa ( H ) , 1 3 7 . A l X A , hija d e l rey de Albarracín, 1 9 3 ; m o r a de Aquilué, 2 3 3 . Alacón (T), 1 9 6 . Alagón (Z), 5 0 , 3 4 8 . A L A M A Ñ A C , c o m p a ñ e r o de san Jorge, 3 6 . Alaón, monasterio, 3 2 7 . Alarcos, batalla, 6 3 , 1 5 5 . Alarife: A b d a l á , d e T e r u e l , 2 0 5 ; O r n a r , d e T e r u e l , 2 0 5 . A L B A , e s p o s a d e l rey L o b o , 2 3 1 . Albalate del Arzobispo (T), 3 1 8 . Albarracín (T), 4 5 , 1 4 3 , 1 4 5 , 1 5 9 , 1 6 7 , 1 7 7 , 1 8 8 , 1 9 2 , 1 9 3 , 1 9 6 , 1 9 7 , 2 0 0 , 2 2 0 , 2 3 1 , 246.

ALBAYACETO, judío de Zaragoza, 2 1 2 . Albentosa (T), 1 2 3 . Albero Alto ( H ) , 165. Alberuela de Laliena ( H ) , 332. Albigenses: 3 0 3 . A L C A D I R , rey m o r o d e V a l e n c i a , 1 9 7 . Alcaide: 1 8 5 , 1 9 2 , 1 9 5 , 3 1 6 ; Báguena: M i g u e l d e B e r n a b é , 1 7 5 , 1 7 6 , 1 7 7 , 1 7 8 ; Borja: A b e n A m e d M u t a m í n , 5 2 ; Celia, G a r c í N ú ñ e z ( 2 2 4 ) ; Daroca: P e d r o G i l b e r t , 1 7 5 ; Z o m a ( 2 1 9 ) ; Gallur: 2 2 6 ; Graus: 2 2 1 ; Monreal: Mustafá, 2 3 0 ; Percuta d e l a Sal: 2 1 8 ; La Puebla de Castro: A l h o r B e n Alí, 2 2 2 ; VilM: S e l í M a h o m a t , 7 2 . Alcalá, d e s p o b l a d o c e r c a d e P i n a ( Z ) , 2 5 0 . A l c a n a d r e , río, 5 5 , 2 3 6 , 2 5 9 , 2 6 6 , 2 7 1 , 3 4 4 . Alcañiz ( T ) , 1 2 , 6 0 , 2 8 5 , 2 8 8 , 2 9 6 . Alcolea de Cinca ( H ) , 266. A l c o r a z , batalla, 3 4 , 3 6 , 3 7 , 5 2 . Alcorisa (T), 6 9 , 1 6 5 . Alcubierre ( H ) , 3 4 3 . A L D A , hija de V i c e n t e Belbís, 7 8 . A L D O N Z A DE ENTENZA,

398

183.

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval A L E J A N D R A , d a m a z a r a g o z a n a , 276. A L E J A N D R O [ V ] , p a p a , 359.

A l f a j a r í n ( Z ) , 169. A l f a m b r a ( T ) , 67, 173. Alfaquí: d e Z a r a g o z a , 235; j a h y b e n J a l d ú n , 58. ALFONSO

[I], falso,

ALFONSO

[I]

113.

E L B A T A L L A D O R , rey d e A r a g ó n , 5, 6,

15, 34, 4 3 , 46, 4 7 , 4 8 , 4 9 , 50, 5 2 ,

5 3 , 54, 5 5 , 56, 5 7 , 58, 5 9 , 60, 62, 6 3 , 64, 68, 9 5 , 9 7 , 9 8 , 9 9 , 100, 1 0 1 , 102, 103, 104, 1 0 5 , 1 0 6 , 1 0 7 , 1 0 8 , 110, 1 1 1 , 1 1 3 , 1 3 8 , 1 4 1 , 1 4 2 , 1 5 6 , 1 9 8 , 2 2 9 , 2 4 3 , 255, 2 5 7 , 2 5 8 , 259, 2 6 6 , 2 7 1 , 2 7 2 , 2 7 3 , 346. ALFONSO

[ n i , r e y d e A r a g ó n , 66, 68, 70, 7 1 ,

ALFONSO

[ I I I ] , rey d e A r a g ó n , 120.

ALFONSO

[ r v ] , rey de A r a g ó n ,

ALFONSO

[V]

74,

76,

113,

144,

155,

199, 2 5 9 .

130.

E L M A G N Á N I M O , rey de A r a g ó n ,

1 3 1 , 132,

160, 1 6 1 ,

173, 3 1 1 , 314, 316,

324, 3 3 0 , 334. ALFONSO

[ V I ] , rey de Castilla,

ALFONSO

[ M I ] , rey de Castilla, 59, 63.

ALFONSO

[ V I H ] , rey de C a s u l l a ,

ALFONSO

DE

BARBASTRO,

101. 155.

179.

A l g a s : c a s t i l l o , 68; r í o , 68. A l ' h a m b r a , 134. A I . H O R , m o r o d e Z a r a g o z a , 191. A L I I O R B E N - A L I , a l c a i d e d e I.a P u e b l a d e C a s t r o , 2 2 2 . A L I M V L H A L I , m o r o d e Z a r a g o z a , 191. A L I M O H A L , m o r o , 197. ALICIA,

149.

A l j a f e r í a , p a l a c i o , 12, 39, 43, 93, 161, 198, 246, 324, 350. Aljama: j u d í a d e B a r b a s t r o , 289; j u d í a d e Z a r a g o z a , 212. ALMANZOR,

154,

223.

A l m a z á n , 100. A l m e n a r , 39. A l m e r í a , 320. A l m é r i z , t é r m i n o d e H u e s c a , 304. Almogávares: 111. Almohades: 155. A l m o n a c i d d e l a C u b a ( Z ) , 86. A l m o n a c i d d e l a S i e r r a ( Z ) , 172. Almorávides: 45, 54, 56, 59. A L - M O S T A I N , g o b e r n a d o r m o r o d e Z a r a g o z a , 35. A L - M O T A M I D , rey de Sevilla,

320.

A L M L ' G D A V T R , rey m o r o de Zaragoza, 93. A L - M U Z A F F A R , s e ñ o r d e L é r i d a , 30. A L O D I A , santa,

240.

A L O N S O D E A R A G Ó N , c o n d e d e R i b a g o r z a , 153.

A L O N S O D E A R H U E L L O , a r z o b i s p o d e Z a r a g o z a , 235. A L O N S O D E R U B I E L O S , s e ñ o r d e R u b i e l o s d e M o r a , 73. A l p u e n l e , taifa, 196. Alqué/.ar ( H ) , 25, 26, 213, 240, 271. A L S I I A M A , m o r o d e Z a r a g o z a , 191. A l t a b a s , a r r a b a l d e Z a r a g o z a , 35. A L - T A M I N , j e f e a l m o r á v i d e , 54.

399

índice

analítico

A L V A R P É R E Z D E A Z A G R A , s e ñ o r d e D a r o c a , 65. ALVAR

SÁNCHEZ

MUÑOZ,

173.

A L V A R A D O , p e r e g r i n o d a r o c e n s e , 216. A M A D D O I A , rey m o r o d e Z a r a g o z a ,

198.

A m a n , p e ñ a , 111. A m b e l ( Z ) , 51. A m e z c ó a , 253. A m p o s t a , 104. A N A , santa, 353. A n d a l u c í a , 59, 168, 320. A n d o r r a ( T ) , 308, 309, 318. A n d o r r a l a V e l l a , 308, 318. ANDRÉS MARTÍNEZ DE GOMBALTE,

177.

A n e n t o ( H ) , 270. A N F O R T A S , hijo de Titurel, 325. A n i ñ ó n ( Z ) , 307. A n t e q u e r a , 172. A n t i o q u í a , 68; b a t a l l a , 36, 37. ANTÓN

GUILLEN,

ANTÓN

DE

ANTONIO

LUNA, ARTAL,

90. 171,

172.

162.

A ñ a v i e j a , l a g u n a , 244. A p r i z , c a s t i l l o d e Jaca, 18. A q u i l u é ( H ) , 233. A q u i t a n i a , d u c a d o , 239. A r a , r í o , 17, 2 6 7 , 2 9 1 , 3 4 2 . A r a b i a , 2 , 57. A r a g ó n , río, 19, 101, 252. A r a l a r , m o n t e , 96. A r a n , v a l l e , 298. A r a n d a , r í o , 337. A r á n d i g a ( Z ) , 337. A r b a d e B i e l , r í o , 38. A r b a d e L u e s i a , río, 238. Arco: d e l C i d , e n C a l a n d a , 40. A R G E N T I N A , e s p o s a d e l c o n d e G a r c í F e r n á n d e z , 154. A r g u e d a s , 209. Armas: A g u j a de salmar, 72; a l a b a r d a , 139; alfanje, 13; a l m a j a n e q u e , 63; a r c o , 70, 112, 185; a r m a d u r a , 165; b a l l e s t a , 69, 70, 92; c o r t a p l u m a s , 25; c u c h i l l o , 72; esc u d o , 109; e s p a d a , 24, 109, 111, 139, 143, 144, 146, 165, 171; e s p a d a c o r t a , 127; flecha, 97, 112, 185; l a n z a , 18, 24, 70, 102, 172; m á q u i n a , 175, 178; m a z a s , 35, 140; p u ñ a l , 2 1 1 , 276; saeta, 34, 9 5 , 188; v e n a b l o , 103. A R M E N G O L , conde,

31.

A R M E N T A R I O , c o n d e d e R i b a g o r z a , 16. A R N A L D O , s e ñ o r d e C a s t r o d e M a l a v e l l a , 182. A R T A L , c o n d e y s e ñ o r d e M e q u i n e n z a , 149; h i j o d e B l a s c o d e A l a g ó n , c o n d e d e Sástago, 263. A R T A L D E A I A G Ó N , s e ñ o r de G a l l u r , 227. A R T A L D E M U R Y P U Y M O R C A , b a r ó n de Aínsa, 303. ARTURO,

rey,

325.

Arzobispo: Zaragoza: 169, 171, 308; A l o n s o d e A r h u e l l o , 235; G a r c í a F e r n á n d e z d e H e r e d i a , 172, 283; L o p e F e r n á n d e z d e L u n a , 310.

400

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval A s i a , 113. A t a r e s ( H ) , 88, 2 5 1 . A t e a ( Z ) , 15. A t e c a ( Z ) , 134. A T O G A R C É S , s e ñ o r d e B a r b a s t r o y alférez r e a l , 100. A T Ó N , obispo de Pallars, 23. A u r í n , r í o , 254. A V A , c o n d e s a d e R i b a g o r z a , 154. A v i g n o n , 147, 331, 359. A y e r b e ( H ) , 150, 151, 194, 208. A y e r b e d e B r o t o ( H ) , 342. A y t o n a , 163. A z a n u y ( H ) , 338. A Z N A R , c o n d e , 18, 19, 2 1 , 8 2 , 2 5 4 . AZNAR

ATÓNF.Z,

138.

A Z U C E N A , hija d e l a gitana Estrella, 162. Babilonia: Baligante, e m i r de, 2. B a d a j o z , 42. B á g u e n a ( T ) , 65, 175, 176, 177, 178. B a i l o ( H ) , 324. B A L A N D R Á N , santo, 256.

B A L I G A N T E , e m i r d e B a b i l o n i a , 2. B A N U H U D , f a m i l i a , 59. B A N U J A L A F E L , walí d e A l q u é z a r , 2 5 .

Baños: á r a b e s de T a r a z o n a , 225. B a r a h o n a , 101. B Á R B A R A , santa, 294.

B a r b a s t r o ( H ) , 23, 28, 29, 30, 3 1 , 100, 164, 179, 245, 256, 271, 273, 274, 289, 291, 292, 3 2 6 . B a r c e l o n a , 122, 130, 146, 180, 257, 324, 3 5 1 . Barcos: c h a l a n a s , 2; galeras, 2. B a r d a l l u r ( Z ) , 59. B A R I O , N u e s t r a S e ñ o r a de, 3. Barón: d e E s c r i c h e , 144; d e E s p é s , 139; A r t a l d e M u r y P u y m o r c a , 303; F r a n c i s c o d e E z p e l e t a , 216. B a r r a n c o h o n d o , f o z d e l G u a d a l a v i a r , 246. Barrio: Alcañiz, A l c a ñ i z V i e j o , 60; Calanda, m o z á r a b e , 6 1 ; Pina, m o r e r í a o de la P a r r o q u i a , 250; Trasobares, m o z á r a b e , 2 5 5 ; Taragoza, m o z á r a b e , 243; m o r e r í a , 235; A l t a b a s , 35. BARTOLOMÉ,

san,

294.

B a s a r á n ( H ) , 342. BASCUEL DE

CUTANDA,

179.

Bastarás ( H B ) , 2 0 3 . Batalla: n a v a l , 104; Aínsa, 17; A l a r c o s , 63, 155), A l c o r a z , 34, 36, 37, 52; A n t i o q u í a , 36, 37; C h í o , 3 0 1 ; C u t a n d a , 54, 56, 58; Épila, 146; F r a g a , 55, 63, 68, 99, 100, 104, 110, 113; G r a u s , 94; G u a d a l e t e , 9 ; J a c a , 19; M a l u e n d a , 56; M u r e t , 119; Navas d e T o l o s a , 137, 155, 274; P i e d r a t a j a d a , 33; Z a l a c a , 63. B a t e a , 68. B e a ( T ) , 121. B e a r n , 274, 320.

401

índice

analítico

B E A T R I Z , de D a r o c a , 65.

B E A T R I Z D E L U N A , m u j e r de Blasco d e Alagón, c o n d e d e Sástago, 263. B e c e i t e ( T ) , 68. B e l c h i t e ( Z ) , 12, 56, 86. B e l e m ( P o r t u g a l ) , 350. B E L L A , n o d r i z a d e l a r e i n a C o n s t a n z a , 180. B e l m o n t e (Z), 6. Belsierre ( H ) , 3 . B E L T R Á N , e s c u d e r o , 21, 145. B E L T R Á N G A S C Ó N , d e T r a s o b a r e s , 4. B E N A L - A F H I R , c r o n i s t a , 105.

B F . N A I . H A G , m o r o d e Z a r a g o z a , 198. B E N AWARRE,

13.

B E N C I O , o b i s p o d e Z a r a g o z a , 8, 16, 9 3 , 2 9 8 . B e n a b a r r e ( H ) , 292. B e n a s q u e ( H ) , 52, 248, 265. B E N E D I C T O , m o n j e de S a n J u a n d e l a Peña, 252, 253. BENEDICTO

[ X I I I ] , p a p a , 316, 331, 355, 356, 357, 358, 359.

B E N I T O L A R R A S , a b a d de Alaón, 327.

B e r b e g a l ( H ) , 23. B e r b e r í a , 161. B e r d e j o ( Z ) , 53. B e r d ú n , c a n a l d e , 23. BERENGUER DE A Z L O R ,

183.

B E R E N G U E R D E E N T E N Z A , s e ñ o r d e R i e l a , 228, 301. B E R E N G U E R DE PERATALLADA,

129.

B e r g u a ( H ) , 342. B E R N A R D O , fray, 2 7 5 ; s a n — , f u n d a d o r d e l C i s t e r , 2 5 7 ; B E R N A R D O DE CABRERA,

146.

B E R N A R D O D E RIBAGOR/.A, c o n d e , 23; hijo d e l c o n d e Ramón, 21, 23. B E R N A T A G U I L Ó , estafador, 287.

B e s i n á n s ( H ) , 279. B e s o , f u e n t e d e T a r a z o n a , 180. Bestué ( H ) , 3 . B e t o r z ( H ) , 240. B i e l s a ( H ) , 191. Biescas ( H ) , 242. B i g o r r a , c o n d e d e , 27. Bijuesca ( Z ) , 53. B i n a c e d ( H ) , 87. B i n é f a r ( H ) , 83. B i s c a r r u é s ( H ) , 33. B L A N C A , r e i n a d e N a v a r r a y e s p o s a d e J u a n II d e A r a g ó n , 160; i n f a n t a a r a g o n e s a , 1 5 9 . B L A N C A D E A N J O U , e s p o s a d e J a i m e o d e A r a g ó n , 130. B L A N C A D E N A V A R R A , r e i n a y m u j e r de Juan n d e Aragón, 163. B L A S , santo, 296. B L A S C O D E A L A G Ó N , 129; c o n d e d e S á s t a g o , 147, 2 6 3 . B L A S C O G A R C É S D E M A R C I L L A , c a b a l l e r o , 70. B L A S C O M A Z A , s e ñ o r d e G a l l u r , 227. B L A S C O P É R E Z , sacristán de T a r a z o n a , 328.

B l e c u a ( H ) , 187.

402

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval Boca del Infierno, 9 7 . Bohemia, ducado, 2 3 9 . Boltaña ( H ) , 1 9 1 , 2 4 1 , 2 6 7 . Bono (H), 298. Borau (H), 3 2 4 . B O R I B O N I O , duque de Bohemia o Aquitania, 2 3 9 . Borja (Z), 7 , 5 1 , 5 2 , 1 0 6 , 1 0 7 , 1 9 5 , 2 3 2 , 2 5 8 , 3 2 1 , 3 4 7 . Botaya ( H ) , 8 1 . Botín: 1 8 , 6 4 , 8 6 , 9 2 , 1 0 4 . B r e c h a d e R o l d a n , 111. BRIANDA DE LUNA,

169.

Bruja: K u n d r i e , 3 2 5 ; d e T r a s m o z , 3 2 8 . BUCAR,

rey,

45.

B u C H A R , s o b r e n o m b r e d e T e x u f i n b e n Alí b e n Yusuf, 1 0 4 . Bueña (T), 1 7 7 . Buera (T), 2 5 . Bujaraloz (Z), 3 3 6 . Burbáguena (T), 1 2 5 , 3 5 3 . Burdeos, 1 2 9 . B U V E S D E C O M A R C I S , hijo de A i m e r i c o de N a r b o n a , 2 8 . C a c a b i e l l o , castillo, 1 0 . Cadeillán, 2 4 1 . Cadrete (Z), 2 6 2 . OAJAI.,

108.

Calahorra, 24. Calamocha (T), 1 2 5 . Calanda (T), 1 1 , 4 0 , 6 1 . Calasanz ( H ) , 2 3 . Calatayud (Z), 1 2 , 5 6 , 6 2 , 1 4 5 , 1 4 6 , 1 7 4 , 1 7 5 , 1 7 7 , 1 7 8 , 2 1 5 , 2 8 6 , 3 0 9 , 3 4 7 , 3 4 9 , 3 5 2 . CALATRAVA, Orden, 68, 137.

Calcena (Z), 3 2 4 . C A L I L A , mora de Riela, 2 2 8 . Calle: Alquézar: S a n G r e g o r i o , 2 1 3 ; Bujaraloz: Baja, 3 3 6 ; Daroca: G r a g c r a , 2 1 9 ; Ejea: M e d i a v i l l a , 1 5 6 ; R a m ó n y C a j a l , 1 5 6 ; Fayón: A r r a b a l , 3 3 5 ; Monzón: T r a i c i ó n , 4 4 ; Mosqueruela: R i c o s h o m b r e s , 1 2 4 ; Zaragoza: B u e n a i r e , 1 2 ; S e p u l c r o , 1 6 9 . C a m a ñ a s ( T ) , 67. Camarero real, P e d r o M a r t í n e z d e B o l e a , 3 4 9 . Camarlengo real, d e F e r n a n d o II, 1 3 3 . Campana d e Huesca, 1 0 9 , 1 1 0 , 1 1 1 . Candespina, 102. Canigó, monte, 1 2 7 . Cannes, 3 4 3 . Cañarda, sierra, 1 9 9 . Capella (H), 2 7 1 , 2 9 9 . Carabantes, 5 3 . Carboneras, castillo, 8 7 , Carcasona, 3 4 3 . Cárcel: d e F l o r e n c i a , 3 5 7 . Cariñena (Z), 1 4 6 , 1 7 8 , 3 1 6 . CARLOMAGNO,

2,

21,

23,

111,

189.

403

Indice analítico C A R L O S , r e y d e l o s f r a n c o s , 16; p r í n c i p e d e V i a n a , 160, 162, 163. C A R L O S DE A N J O U , CARLOS

MARTEL,

CARLOS

[III]

128,

129.

343.

DE ÑAPÓLES,

130.

Cartuja: d e N u e s t r a S e ñ o r a d e F u e n t e s , 2 6 3 . C a s a s n o v a s , 87. C a s p e ( Z ) , 37, 131, 171, 172, 280, 2 8 3 , 285, 288. C a s t e j ó n d e las A r m a s ( Z ) , 134. C a s t e j ó n d e V a l d e j a s a ( Z ) , 209. Castellote

(T),

199.

C a s t e l n o u ( T ) , 270. C a s t e l s e r á s ( T ) , 296. C a s t i c l l o d e J a c a ( H ) , 268. C a s t i l l a , 24, 45, 64, 9 1 , 92, 94, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 105, 131, 133, 135, 140, 143, 146, 154, 171, 175, 177, 178, 2 0 9 , 255, 2 7 3 , 3 1 0 , 3 4 9 . Castillo: A b u á n , 224; A g u i l a r d e A l f a m b r a , 66; A l a c ó n , 196; A l a g ó n , 50; A l b a r r a c í n , 143, 193; A l b e n t o s a , 123; A l b e r o A l t o , 165; A l c a ñ i z , 60; A l c o l e a , 266; A l f a j a r í n , 169; A l g a s , 68; A l q u é z a r , 25; d e A n t ó n d e L u n a , 171; A p r i z , e n J a c a , 18; A y e r b e , 194; B á g u e n a , 176, 177, 178; B a r b a s t r o , 28, 29; B a t e a , 68; B e l m o n t e , 6; B i j u e s c a , 53; B o r j a , 7, 52; C a c a b i e l l o , 10; C a l a t a y u d , 56; C a r b o n e r a s , 86; C a s t e j ó n de las A r m a s , 134; C a s t r o d e M a l a v e l l a , 182; P a n i f i c o , e n C e r c i t o , 8 2 ; P e ñ a , 126; P e ñ í s c o l a , 316, 3 5 5 , 356, 357, 358; P e r a l t a d e l a S a l , 218; P i t i l l a , 126; P o m a r , 116; R i ela, 2 2 5 ; R u e d a d e J a l ó n , 43; S a b i ñ á n , 237; S a n t a M a r í a d e E r u s o n , 82; S á s t a g o , 147; S o r a , 156; Sos, 184; Suelves, 84; T a m a r i t e , 210; T a r a z o n a , 180; T i e r g a , 62; T r a s m o z , 5 1 , 126, 195, 328; T r a s o b a r e s , 4 ; V a l t i e r r a , 209; V i l l e l , 72. C a s t r o d e M a l a v e l l a , 182. C A T A L I N A , e n d e m o n i a d a , 317.

C a t a l u ñ a , 135, 171, 266. Catarroja, 301. Catedral: A l b a r r a c í n , 143; B a r b a s t r o , 289, 290; B a r c e l o n a , 122; jaca, 43; V a l e n c i a , 131, 307; S a n S a l v a d o r de Z a r a g o z a , 132, 146, 172, 212, 235, 287, 316. C a u l o r , 59. C a z o r l a , t r a t a d o , 155. C e a , río, 64. C e l i a ( T ) , 70, 192, 224, 330. C e n t e n e r o ( H ) , 10. C É N T U L O D E B t . A R N , 320. C É N T U L O D E B l G O R R A , c o n d e , 138.

C e r c i t o ( H ) , 82, 254. C e r d c ñ a , 353. C e r v e r a d e l a C a ñ a d a ( T ) , 297. C H A F A R A M A D B E N H U D , l l a m a d o Z a f a d o l a , 59.

Chaves, cueva, 203. C h í a ( H ) , 248. C h i n c h í n , p u e r t a d e G r a u s , 222. C h í o ( H ) , castillo, 301. C h i p r e , 130. C h i s l a u (Vid. Gistaín). C i e z m o , m o n t e d e T a r a z o n a , 249. C i l l a s (11), 342. C i m b a l l a ( Z ) , 309.

404

leyendas para uva historia paratela del Aragón medieval C i v i c a , r i o , 3, 14, 17, 22, 51, 55, 64, 116, 122, 139, 191, 204, 262, 266, 271, 291, 340. C i n c o V i l l a s , 156. C i n c g i a , puerta de Zaragoza, 8. C I R I A C O , obispo de Zaragoza, 319. CÍSTER,

orden,

257.

C L A R A , m u c h a c h a d e T a r a z o n a , 180. C l a r e s , r i o , 20. CLARIÓN DE V A U D U N E ,

28.

C L E M E N C I O , acòlito de san V i s o r i o , 241. CLEMENTE,

papa,

331.

C ó c u l o , m o n t e , 252. Cofradía: A l b e n t o s a : N u e s t r a S e ñ o r a d e los A n g e l e s , 123; B e l c h i t e , 86; B i n a c e d , S a n M a r c o s , 87; P e d r o l a : N u e s t r a S e ñ o r a d e los A n g e l e s , 168; Z a r a g o z a : d e l R o s a r i o , 2 7 5 , 276. Colegiata: E j e a : S a n S a l v a d o r , 156; M o r a d e R u b i e l o s , 2 8 0 . C o l í i u r e , 355, 356. Comendador: B e r e n g u e r d e A z l o r , d e S a n t i a g o , 183; d e S a n M i g u e l d e F o c e s , 2 1 3 . C o m m i n g e s , 274. Compromiso de Caspe: 1 3 1 , 171, 2 8 8 . Comunidad: A l b a r r a c í n , 177; C a l a t a y u d , 177, 309; D a r o c a , 177, 3 0 7 ; T e r u e l , 124, 177. Concilio: 16; C o n s t a n z a , 359; P i s a , 359. Conde: A r n i e n g o l , 3 1 ; A r t a l , s e ñ o r d e M e q u i n e n z a , 149; G ó m e z d e C a n d e s p i n a , 102; G o n z á l e z S a l v a d ó r e z , 43; G u i l l e r m o d e P o i t i e r s , 56; L o p e d e L u n a , 146; Ñ u ñ o A l v a r e z d e L a r a , 4 3 ; R a m ó n , 2 1 ; W a l d o , h i j o d e d o n R o d r i g o , 18; Al/ambra: R o d r i g o , 67; Aragón: F o r t ú n J i m é n e z , 88, 239; G a r c í a A z n a r , 136; Atares: 88; Barbastro: 2 4 5 ; Barcelona: R a m ó n B e r e n g u e r I V , 65, 257; Bigorra: 27; C é n t u l o , 138; Camañas: R o d r i g o , 67; Castellano: F e r n á n G o n z á l e z , 154; G a r c í F e r n á n d e z , 154; S a n c h o , 9 5 ; Castilla: G a r c í a O r d ó ñ e z d e N á j e r a , 35, 36; G o n z a l v o , 36; G u t i e r r e F e r n á n d e z , 59; R o d r i g o M a r t í n e z , 59; Enteriza: F e r n a n d o , \ 64; Jaca: A z n a r , 18, 19, 2 1 , 82, 254; G a l i n d o , 21, 82, 254; Poitou: 106, 107; Provenza: R a m ó n , 119; Ribagorza: A l o n s o d e A r a g ó n , 153; A r m e n t a r i o , 16; B e r n a r d o , 21; R a m ó n II, 154; S a n c h o , 92; Sástago: 260, 263; Urgell: 262, 283; J a i m e , 171, 172. Condesa: d e U r g e l l , 132; A v a , d e R i b a g o r z a , 154; B l a n c a d e N a v a r r a , d e R i b a g o r z a , 160; G a r s e n d a d e R i b a g o r z a , 154; H c r m e n j a r t , 28; M a r i b e l , h i j a d e F e r n a n d o d e E n t e n z a , 164. C O N R A D I N O , s o b r i n o d e M a n f r e d o d e S i c i l i a , 128, 129. C O N R A D O DE LLAN7.A,

129.

C o n s e r a n s , o b i s p o d e , 274. C o n s t a n t i n o p l a , 323, 351. C o n s t a n z a , 359. C O N S T A N Z A , r e i n a d e A r a g ó n y m u j e r d e P e d r o III, 128, 180. C ó r d o b a , 9, 12, 28, 29, 63, 154, 189. C O R N E L I O , h e r m a n o d e santa O r o s i a , 2 3 9 . Corporales: A g u a v i v a , 309, 312; A n d o r r a , 308, 309; A n i ñ ó n , 307; D a r o c a , 146, 216, 3 0 1 , 312; F r a g a , 309, 3 1 1 ; M o n t e a r a g ó n , 309; S a n J u a n d e l a P e ñ a , 313. C O R S O U T D E T . A B A R I E , m o r o , 28.

C o r t e s d e A r a g ó n ( T ) , 247. Cortes: A r a g ó n , 336; B o i ¡a, 106, 107; M o n z ó n , 106, 107; T e r u e l , 330; Z a r a g o z a , 169. C o r u l l a s ( H ) , 342. Cretas ( T ) , 68. C R I S T I N A , hija del C i d ,

119.

405

índice

analítica

Crúcelos, 3 3 2 . Cuarte de H u e r v a (Z), 2 6 2 . C u b e l (Z), 8 0 . Cuenca, 58, 196. Cueva: Biescas, 2 4 2 ; E l C i a d o , 2 0 4 ; R a s a l , 2 3 4 ; S a n J u a n d e l a P e ñ a , 2 5 1 ; S a n V i c e n t e d e L a b u e r d a , 2 4 1 ; Y e b r a d e B a s a , 2 7 9 ; C h a v e s , e n Bastarás, 2 0 3 ; F o r a t o d e l a M o r a , e n Aquilué, 2 3 3 ; d e l a M o r a , e n Guadalaviar, 2 0 0 . Cuevas de Cañart (T), 2 0 1 . Cutanda (T), 5 4 , 5 6 , 5 8 , 1 2 5 . Dachcra, puerto, 1 9 0 . Daroca (Z), 9 , 5 6 , 5 7 , 5 8 , 6 5 , 7 8 , 7 9 , 1 2 5 , 1 4 6 , 1 7 5 , 1 7 6 , 1 7 7 , 1 7 8 , 1 8 9 , 2 1 6 , 2 1 9 , 2 2 9 , 287, 301, 306, 307, 312.

Daymús, d e s p o b l a d o , 3 4 0 . Despoblados: Alcalá, c e r c a d e P i n a , 2 5 0 ; D a y m ú s , 3 4 0 ; E l C a s t e l l a r , 1 0 0 , 1 0 2 , 1 6 2 , 2 0 9 ; Lascasas d e S e v i l , 3 3 2 ; N i a b l a s , 3 4 2 ; N o v i l l a s , 5 ; Saz, 1 5 ; T o r r e n u b l o s , 4 1 ; V i l l a , 333. D I E G O , escudero, 1 4 5 .

Diócesis: L é r i d a , 2 6 2 ; Z a r a g o z a , 2 9 8 . D l O N Í S , rey d e P o r t u g a l , 1 8 0 , 3 5 0 . D O M I N G A LÓPEZ, mujer de V i c e n t e Belbís, 7 8 . D O M I N G O : santo, 2 7 5 , 2 7 6 , 2 7 7 , 3 0 0 , 3 0 2 ; beato, 2 7 9 . D O M I N G O D E L A F I G U E R A , mercader, 1 2 9 . DOMINGUITO DE V A L , 212.

D O N A T O , abad de San Pedro de Tabernas, 1 6 . Ducado: B o h e m i a o A q u i t a n i a , B o r i b o n i o y L u d e m i l a , 2 3 9 ; Híjar, 1 5 7 ; V i l l a h e r m o s a , A l o n s o de Aragón, 1 5 3 . Ebro, río, 2, 3, 4, 5, 9, 12, 13, 20, 24, 32, 33, 39, 4 2 , 46, 47, 5 0 , 54, 56, 8 1 , 94, 9 5 , 9 9 , 102, 104, 132, 147, 156, 169, 172, 189, 190, 209, 212, 218, 227, 243, 255, 259, 260, 264, 269, 305, 314, 319, 341, 344, 348.

Echo (H), 97, 112, 190, 254. E D U A R D O , rey d e I n g l a t e r r a , 1 2 9 .

E j e a d e los C a b a l l e r o s ( Z ) , 2 7 , 4 6 , 9 8 , 1 5 6 , 2 7 7 . E l B u r g o d e E b r o (Z), 2 4 3 , 3 4 1 . E l Castellar, hoy d e s p o b l a d o , 1 0 0 , 1 0 2 , 1 6 2 , 2 0 9 ; m o n t e d e M o r a d e R u b i e l o s , 7 4 . E l Frasno (Z), Í 3 3 . El Grado (H), 204. E l Pilaret, 3 4 0 . E L E N A , santa, 2 4 2 .

E L I S E N D A DF. M O N C A D A , m u j e r d e J a i m e II d e A r a g ó n , 1 3 0 . E L O Í S A , h i j a d e l rey d e C h i p r e , 1 3 0 . E L V I R A , 1 8 1 ; mujer de A l f o n s o d e Barbastro, 1 7 9 . Endemoniada: A í n s a , 2 9 1 ; P i e d r a , 2 8 1 ; S o r i a , C a t a l i n a , 3 1 7 . Enfermedades: cólera, V i l l a , 3 3 3 ; dolor de genitales, P e d r o I, 9 6 ; lepra, Fayón, 3 3 5 ; molde amores, 3 4 3 ; migraña, 3 4 3 ; pesie, A z a n u y , 3 3 8 ; B u j a r a l o z , 3 3 6 ; Lascasas d e S e v i l , 3 3 2 ; N i a b l a s , 3 4 2 ; P e ñ a r r o y a d e Tastavíns, 3 3 9 ; V a l l i b o n a , 3 3 9 ; V i l l a , 3 3 3 ; quebradura, 3 1 8 ; reumatismo, 3 4 3 . E N R I Q U E [III] E L D O L I E N T E , rey d e C a s t i l l a , 1 6 1 .

Épila (Z), 1 4 6 .

406

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval Ermita: Al, 80, 85, 96, 116, 119, 122, 131, 166, 229, 242, 247, 257, 2 6 2 , 2 6 3 , 269, 2 7 5 , 3 0 0 , 304, 3 4 0 . Escalas, p a s o , 3 2 7 . E s c a r t í n ( H ) , 342. E s c a t r ó n ( Z ) , 147, 264. Esclavo: 71, 72; a r a g o n é s e n j e r u s a l é n , 352; G r a c i a , c r i s t i a n a , 76; T e ó f i l o , c r i s t i a n o d e Z a r a g o z a , 198. E s c ó ( Z ) , 126. E s c o n d i l l a , 72. E s c r i c h e ( T ) , 144. Escudo: A r a g ó n , 17, 22; J u s t i c i a d e A r a g ó n , 3 3 1 ; l o s A y s a , 137; los I s a r r e , 26; A l c o r i sa, 69; C a s p e , 37; J a c a , 19; M a c l l a , 148; M o n z ó n , 44. Escultor: p e r e g r i n o , 266, 267; de Z a r a g o z a , 300; de J a i m e I, 122. E s e r a , r í o , 22, 248, 290, 315. Espada: d e J a i m e l , 118; d e d o n L o p e J u a n , 108; « D u r a n d e l » , d e R o l d a n , 344; «Prec l a r a » , d e l c o n d e B e r n a r d o , 2 1 ; « T i z o n a » , d e l C i d y J a i m e I , 119; « S a n M a r t í n » , d e J a i m e l , 119; «Villardell», d e J a i m e I , 119, 120. ESPAR7A,

141.

E S P É S , b a r ó n d e , 139.

E S T E B A N , obispo de Huesca, 271, 272, 273, 299. E S T E F A N Í A , r e i n a de P a m p l o n a , 94. Estercuel ( T ) , monasterio, 261. E S T H E R , j u d í a d e Alquézar, 2 1 3 . E S T R E L L A , g i t a n a , 162.

E u r o p a , 325, 3 3 1 . EUROSIA

(Vid.

OROSIA).

E v A N C I O , m o n j e pinatense, 320. E x t r e m a d u r a , 59. F a b a r a ( Z ) , 152. F A C U N D O , m á r t i r , 64.

Falsificador: de m o n e d a , 328. F a n t o v a ( H ) , 279. F Á T I M A , señora m u s u l m a n a d e M o r a , 73. Fayón ( Z ) , 68, 335. FELIPA DE IA CASA, FELIPE

[III]

292.

DE A N J O I I ,

161.

F É L I X , s a n t o , 2 5 2 , 2.53, 3 1 3 .

F E R N A N D O , i n f a n t e , 146; h e r m a n o d e P e d r o II d e A r a g ó n , 126; c o n d e d e E n t e n z a , 164. F E R N A N D O [ I ] , r e y d e A r a g ó n , 1 3 1 , 132, 1 7 1 , 172, 28.3, 2 8 8 , 3 5 5 , 356, 3 5 8 ; r e y d e Cast i l l a , 24, 9 1 , 92. F E R N A N D O [ H ] , r e y d e A r a g ó n , 133, 134, 135, 1 5 3 , 209, 2 6 3 , 314. F E R N Á N G O N Z Á L E Z , c o n d e d e C a s t i l l a , 154. F E R R E R D E L A N Z A , justicia de Aragón, 311. FERRIZ,

108.

FlRMINTANO, acólito d e san Visorio, 241. F L O R , a m a n t e d e A r n a l d o , s e ñ o r d e C a s t r o d e M a l a v e l l a , 182. F l o r e n c i a , 357. F L O R I N D A , l a C a b a , 1.

F l u m e n , r í o , 111, 344.

407

Indice analítico Forato de la M o r a , cueva de Aquilué, 2 3 3 . F O R T Ú N , 1 3 9 ; Maza, 3 5 ; obispo de Jaca, 8 8 . F ü R T Ú N D E GARDE, 9 0 . F Ü R T Ú N J I M É N E Z , conde de Aragón, 8 8 , 2 3 9 . F O R T U Ú N D E L I Z A N A ( V i d . Fortún de la Maza). F O R T U N O F E R N Á N D E Z D E H E R E D I A , señor de Godojos, 3 5 3 . F O R T U N O DE VIZCARRA,

13.

hoz: d e B a r r a n c o h o n d o , e n e l r í o G u a d a l a v i a r , 2 4 6 . Fraga ( H ) , 3 1 , 5 5 , 6 3 , 6 4 , 6 8 , 9 9 , 1 0 0 , 1 0 4 , 1 1 0 , 1 1 3 , 2 6 6 , 3 0 9 , 3 1 1 , 3 4 0 . Francia, 1 , 2 , 2 8 , 1 0 7 , 1 2 8 , 1 2 9 , 1 5 4 , 1 9 1 , 2 3 9 , 2 5 7 , 2 6 8 , 2 7 4 , 2 9 8 , 3 0 3 , 3 3 1 , 3 4 4 , 3 4 9 . F R A N C I S C O D E EZPF.LETA, barón de Daroca, 2 1 6 . F R A N C I S C O D E V I I . I A N U E V A , juez de Teruel, 3 3 0 .

Frías ( T ) , 1 9 3 . Fuenclara, monasterio, 2 6 2 . Fuente: B a r b a s t r o , 3 0 ; B e s o ( T a r a z o n a ) , 1 8 0 ; d e l a B ó v e d a (Sos), 1 8 4 ; C e l i a , 2 2 4 ; M e n t i r o s a ( F r í a s ) , 1 9 3 ; M o n z ó n , 1 1 8 ; R a s a l , 2 0 8 ; Saso ( M o n z ó n ) , 1 1 9 , 1 2 2 ; S a n Juan (Tarazona), 2 4 4 . Fuentes d e E b r o (Z), 1 2 , 3 4 1 . Fuentes de Jiloca (Z), 1 7 4 . Fuero: d e l R e i n o , 1 3 6 ; P a m p l o n a , 1 4 1 ; S o b r a r b e , 3 2 6 ; T e r u e l , 7 1 , 1 7 8 , 3 3 0 . Gaeta, 3 1 4 . Galias, 2 , 1 0 3 , 3 4 3 . G A L I A N O C A L I N A S , cristiano de Chía, 2 4 8 .

G A I . I N D O , c o n d e , 2 1 , 8 2 , 2 5 4 ; h e r m a n o d e G a r c í a Aznárez, 1 3 8 . Gallego, río, 1 0 , 1 9 4 , 2 6 9 , 2 7 4 . Gallipienzo, 126. Gallocanta (Z), 5 8 . Gallur (Z), 4 2 , 1 2 6 , 2 2 6 , 2 2 7 . G A R C Í A , monje pinalense, 3 2 0 ; abad de Leire, 1 0 8 ; obispo de Zaragoza, 1 7 1 . G A R C Í A [III], rey de P a m p l o n a , 9 1 , 9 2 , 9 3 , 9 4 , 1 0 8 . G A R C Í A A Z N A R , de Trasobares, 4 .

G A R C Í A A Z N Á R E Z , s e ñ o r d e Latrás, 1 3 8 ; s e ñ o r d e l valle d e T e n a , 3 2 0 . G A R C Í F E R N Á N D E Z , c o n d e castellano, 1 5 4 . G A R C Í A F E R N Á N D E Z D E H E R E D I A , arzobispo de Zaragoza, 1 7 2 , 2 8 3 . G A R C Í A Í Ñ I G U E Z , rey de P a m p l o n a , 8 9 , 9 0 ; rey de S o b r a r b e , 1 9 . G A R C Í A J I M É N E Z , rey de Sobrarbe, 1 7 , 2 5 3 . G A R C I Ñ Ú Ñ E Z , señor de Celia, 2 2 4 . G A R C Í A O R D Ó Ñ E Z D E NÁJERA, c o n d e de Castilla, 3 5 , 3 6 . G A R C Í PÉREZ, escudero, 1 4 5 . G A R C Í A S Á N C H E Z [II] , rey d e P a m p l o n a , 8 8 .

G A R S E N D A , e s p o s a d e l c o n d e R a m ó n II d e R i b a g o r z a , 1 5 4 . G a s , r í o , 19. Gascuña, 2 7 , 3 5 . G A S T Ó N D E A Y E R B E , abad del monasterio de Rueda, 1 4 7 . G A S T Ó N DE ESPES,

Gavarnié, 3 4 4 . Gelsa (Z), 2 5 0 . Genova, 3 3 1 . Gerrnania, 2. Gerona, 130.

408

27.

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval Gibraltar, 1, 4, 7. G I L , santo, 2 9 5 ; h e r m a n o d e Pelegrín d e A t r o s i l l o , 1 6 5 . G I L D E A T R O S I L L O , señor d e Estercuel, 2 6 1 . G I N É S , santo, 2 9 5 .

G l N F A R A M A D , rey de R u e d a de Jalón, 4 3 . G I O M A I L B E N Z E Y A N , m o r o de Valencia, 7 8 .

G I S B E R T A , e s p o s a d e F o r t u n o d e V i z c a r r a , 13. Gistaín ( H ) , 9 0 , 1 9 1 , 2 0 2 . G L A E A R , rey m o r o d e R u e d a d e Jalón, 4 3 . Godojos (Z), 3.53. G Ó M E Z D E CANDESPINA, conde, 1 0 2 . G O N Z Á L E Z SAI.VADÓREZ, conde, 4 3 .

G O N Z A L O G A R C Í A , m a y o r d o m o d e l infante Jaime, 3 2 9 . G O N Z A L V O , c o n d e de Castilla, 3 6 . G R A C I A , esclava c r i s t i a n a , 7 6 . Gran maestre: J u a n F e r n á n d e z d e H e r e d i a , d e l a O r d e n d e M a l t a , 3 5 4 . Granada, 134, 168. Gratis

(H), 94, 221, 222, 271, 290, 291, 292, 315.

G R E G O R I O , santo, 2 6 9 ; beato, 2 7 9 ; p a p a , 3 1 9 . G R E G O R I O [VII], papa, 3 1 9 , 3 2 0 . G R E G O R I O [XII] , papa, 3 5 9 .

Grial: 3 0 7 , 3 2 4 , 3 2 5 . Griegos (T), 1 8 8 , 2 2 0 . G r u t a del Gato, en Monreal, 1 9 7 . Guadalaviar, río, 7 2 , 1 4 3 , 1 5 9 , 1 9 2 , 2 0 0 , 2 2 4 , 2 4 6 . G u a d a l o p e , río, 2 9 6 . G u a r a , sierra, 1 1 1 , 1 9 1 . G u a r r i n z a , valle, 1 9 0 . G u a s o ( H ) , 19. G u i L E I N , h i j o d e Buvés d e C o m a r c í s , 2 8 . G U I L L E N D E M O N T R O D Ó , maestre del T e m p l e , 1 1 9 .

G U I L L E R M O , a b a d d e S a m p e r d e l Salz, 3 2 2 ; o b i s p o d e P a m p l o n a , 4 8 . G U I L L E R M O D E POITIERS, conde, 5 6 .

G U I R A R T , hijo d e Buvés d e Comarcís, 2 8 . Gurrea (H), 34. G U T I E R R E FERNÁNDEZ, conde, 5 9 .

G U Z M Á N , cristiano de Riela, 2 2 8 . GUZMÁN EL BUENO,

177.

H E R M E N J A R T , condesa, 2 8 .

H E R N A N D O , c o n d e d e l castillo de Abuán, 2 2 4 . H E R N A N D O D I E Z D E A U X , caballero de Daroca, 7 9 . H E R N A N D O S Á N C H E Z , de Trasobares, 4 .

Híjar (T), 1 2 , 1 5 7 . H o r c a , cerro, en V i l l e l , 7 2 . Horno: V i l l e l , 7 2 . H o r t a d e San Juan, 6 8 Hospedería: B o l t a ñ a , 2 6 7 ; C a s t i e l l o d e J a c a , 2 6 8 . Hospital: B o l t a ñ a , 2 6 7 ; Lascasas d e S c v i l , 3 3 2 . HOSPITAL, Orden, 87.

H u e c h a , río, 3 4 7 .

Indice analítico H u e r v a , r í o , 262, 305. H u e s c a , 8, 30, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 9 1 , 93, 9 5 , 104, 107, 109, 110, 140, 146, 165, 191, 208, 2 3 2 , 2 3 3 , 240, 2 7 1 , 2 7 4 , 2 9 3 , 2 9 9 , 3 0 4 , 3 2 3 . H U G O D E L U S I G N A N , r e y ele C h i p r e , 130.

H U R T A D O , r e n e g a d o c r i s t i a n o , 78. I B Á Ñ E Z D O M I N G O D E M O R T Ó N , j u e z de T e r u e l , 71.

I b i e c a ( H ) , 214. I b i z a , 77. I B N A B D A I A , g o b e r n a d o r d e Z a r a g o z a , 189. Iglesia: Alcolea: S a n J u a n B a u t i s t a , 266; Andorra: S a n t a M a r í a M a g d a l e n a , 308; S a n J u lián, 318; Aferbe: S a n P e d r o , 150; ñurbáguena: p a r r o q u i a l , 3 5 3 ; Daroca: S a n M a r cos, 3 0 1 ; S a n t a M a r í a la M a y o r , 125; Ejea: S a n t a M a r í a , 156; Escalrón: S a n Javier, 264; Graus: S a n M i g u e l , 315; Loarre: m o z á r a b e , 1; Montalbán: p a r r o q u i a l , 183; Munébrega: p a r r o q u i a l , 282; Teruel: S a n M a r t í n , 205; S a n S a l v a d o r , 205; S a n t a M a ría, 329; Zaragoza: S a n G i l , 212; S a n M i g u e l d e los N a v a r r o s , 2 4 3 , 3 4 1 ; S a n t a M a ría la M a y o r , 8, 12, 198, 269. I l l u e c a ( Z ) , 316. INDALECIO,

san,

253,

313,

320.

I n g l a t e r r a , rey, 129. INOCENCIO

[m], papa,

114,

119.

I n o g é s ( Z ) , 352. ÍÑIGO,

san,

215.

I Ñ I G O A R I S T A , rey d e P a m p l o n a y S o b r a r b e , 2 2 , 9 0 . ÍÑIGO DE A X U A R , ÍÑIGO

108.

FORTUÑONES,

142.

Í Ñ I G O Z A I D Í N , alférez y a m i g o d e J a i m e I, 77. Inquisidor: P e d r o de A r b u é s , 294. I S A B E L , d o n c e l l a d e B o i j a , c o n v e r t i d a e n Z a i d a , 52. I S A B E L I A C A T Ó L I C A , r e i n a , 133,

153.

I S A B E L D E P O R T U G A L , i n f a n t a a r a g o n e s a , m u j e r d e D i o n í s d e P o r t u g a l , 180, 3 5 0 . I S A B E L S E G U R A , amante de T e r u e l , ISABEL DE U R R E A ,

167.

146.

I s á b e n a , r í o , 2 1 , 290, 315. I S A R R E , h e r m a n o s , 26.

I s u e l a , r í o ( d e l M o n c a y o ) , 62, 257, 337; ( d e l P i r i n e o ) , 344. I t a l i a , 161. J a c a ( H ) , 18, 19, 2 1 , 23, 108, 138, 239, 2 5 1 , 2 5 5 , 313, 320, 324. J A H Y B E N J A L D U N , a l f a q u í , 58.

J A I M E , c o n d e d e U r g e l l , 171, 172; h i j o d e Jaime II, 3 2 9 ; s a n , 4 1 . JAIME

[ I ] , r e y d e A r a g ó n , 7 5 , 76, 77, 78, 79, 86, 115, 116, 117, 118,

123, 124, 125, 126, 157, 158, 165, 3 0 1 , 3 2 1 , 3 2 2 , 328. JAIME

[II], rey de A r a g ó n ,

JAIME DE BOLEA,

130, 329.

183.

J A I M E D Í E Z D E A U X , c a b a l l e r o de D a r o c a , 57. J A I M E P É R E Z E L M E N O R , j u e z de T e r u e l , 329. JAIME DE U R G E L L ,

132.

J a l ó n , r í o , 4 3 , 50, 56, 75, 134. 174, 215. J é r i c a , 197, 3 0 1 .

410

119,

120,

121, 122,

Leyendas para una historia paralela del Aragón, medieval J e r u s a l é n , 130, 352. J i l o c a , r í o , 58, 174, 175, 197, 215, 306. J I M E N A , e s p o s a d e l C i d , 24.

J l M E N O , a b a d d e S a n J u a n d e l a P e ñ a , 88. JlMENO

GARCÉS,

142.

J l M E N O D E R A D A , t e n e n t e , 126. JORGE,

san,

34,

36,

JOSÉ DE ARIMATEA,

37,

41,

52,

.338.

324.

J U A N , s a n , 2 6 9 ; Fray, 7 8 ; h e r r e r o , 2 1 1 ; h a b i t a n t e d e E s c a t r ó n , 264; r e y d e N a v a r r a , 314; rey d e P o r t u g a l , 314. J U A N [ O ] , r e y d e A r a g ó n , 133, 153, 160, 162, 1 6 3 , 186, 3 0 7 . J U A N A L B I R , h a b i t a n t e d e M a g a l l ó n , 166.

J U A N D E A R A G Ó N , i n f a n t e d e A r a g ó n , l u e g o J u a n n , 160. J U A N D E A T A R E S , e r e m i t a , 251, 252, 253. JUAN

BAUTISTA,

san,

251,

252,

266.

J U A N F E R N Á N D E Z D E H E R E D I A , G r a n m a e s t r e d e l a O r d e n d e M a l t a , 354. J U A N L E R , a n a c o r e t a , 260. J U A N D E L U N A , s o b r i n o d e B e n e d i c t o X I I I , 3 1 6 ; e l J a q u e , d e D a r o c a , 9. J U A N M A R T Í N E Z D E M A R C I L L A , 173; a m a n t e d e T e r u e l , 167. J U A N M I G U E L , pastor de l e n a ,

186.

J U A N M O R E N O , c a b a l l e r o d e D a r o c a , 79. J U A N D E L A P I E D A D , h a b i t a n t e d e E l F r a s n o , 133. J U A N D E P R Ó C I D A , c a b a l l e r o s i c i l i a n o , 128. J U A N R O D R Í G U E Z D E S A L A M A N C A , c o m p r o m i s a r i o , 171. J U A N X I M É N E Z C E R D Á N , justicia de Aragón.

J U A N A , r e i n a d e Ñ a p ó l e s , 161. J U A N A E N R Í Q U E Z , e s p o s a d e J u a n n d e A r a g ó n , 133, 1 6 3 . Judíos: a r a g o n e s e s , 284, 308; d a r o c e n s e s , 58; B a r b a s t r o , 3 1 , 245, 289; C a l a t a y u d , 215; I b i e c a , 214; L é r i d a , 210; M u n é b r c g a , 282, P e ñ a l b a , 283; T a m a r i t e , 210; T e r u e l , 285; T r a s m o z , 2 1 1 ; Z a r a g o z a , 132, 212, 217; A l b a y a c e t o , d e Z a r a g o z a , 212; E s t h e r , d e Alquézar, 213; L e v i , d e Alquézar, 2 1 3 ; M a n a s e s , d e D a r o c a , 216. Juegos: a j e d r e z , 126; d a d o s , 126; p e l o t a , 150. Juez: Alquézar, m u s u l m á n , 2 4 0 ; Bujaraloz, 3 3 6 ; Huesca, Z u m a i ] , 2 4 0 ; Jaca, A b e n l u p o , 239; Peñarroya de Tastavíns, 339; Teruel, 173, 178; F r a n c i s c o de V i l l a n u e v a , 330; I b á ñ e z D o m i n g o M o r l ó n , 7 1 ; J a i m e P é r e z e l M e n o r , 329; M a r t í n d e O r i h u e l a , 330. Juglar, 1 79, 3 4 5 . J U L I Á N , c o n d e v i s i g o d o , 1. J u s l i b o l ( Z ) , 209, 269. Justa: B u r d e o s , 129; P e r a l t a , 39; S o r i a , 101. Justicia: F e r r e r d e L a n z a , d e A r a g ó n , 311, 326; J u a n X i m é n e z C e r d á n , d e A r a g ó n , 331. J U S T I N A , p a s t o r a d e T a r a z o n a , 244. KUNDRIE,

La La La La

bruja,

325.

A l m u n i a d e D o ñ a C o d i n a ( Z ) , 172, 223. C o d o ñ e r a ( T ) , 296. F r e s n e d a ( T ) , 185. G i n e b r o s a ( T ) , 312.

411

Indice analítico L a Iglesuela del C i d (T), 4 1 . I.abuerda (II), 2 4 1 . I .agüémela (T), 1 2 1 . I.anaja ( H ) , 5 5 , 2 6 3 . Langa (Z), 2 2 9 . I .agres ( F r a n c i a ) , 3 4 3 . Las Arcas, p u e r t o d e m o n t a ñ a , 1 3 9 . L a s Facerías, 8 7 . L a s Ilesas, 1 3 7 . Lascasas d e S e v i l , d e s p o b l a d o , 3 3 2 . Laspuña (II), 3. Lastra, monte, 1 4 5 . Latrás ( H ) , 1 3 8 . L E A N D R O , san, o b i s p o de Sevilla, 3 1 9 . Leciñena (Z), 1 6 6 , 3 2 1 . L e c u m b e r r i (Navarra), 9 0 . Leire, monasterio, 1 0 8 . León, 6 4 , 1 0 2 , 1 7 9 . L E Ó N ISAURIO, emperador de Gonstantinopla, 3 5 1 . L E O N O R SESÉ D E U R R E A ,

162.

Lérida, 6 3 , 9 3 , 9 9 , 1 6 3 , 2 1 0 , 2 6 2 , 2 6 6 ; A l - M u z a f f a r , señor de, 3 0 . L e r i n s , isla d e F r a n c i a , 3 4 3 . levantamiento: c a m p e s i n o d e M a e l l a ,

148.

LEVÍ, j u d í o d e A l q u c z a r , 2 1 3 . LlCER,

san,

269,

274.

Lizana, 165. L I Z A N A , noble, 1 1 1 .

Lledó (T), 6 8 . Loarre (H), 1, 194. Lobera de Onsella (Z), 2 7 7 . L O B O , e n r e a l i d a d M u h a m m a d b e n M a r d a n i s , rey, 4 5 , 2 3 1 . L O P E D E A L B E R O , señor de Alcorisa, 1 6 5 . L O P E A R T A L D E A Z L O R , noble, 1 6 2 . L O P E F E R N Á N D E Z D E L U N A , arzobispo de Zaragoza, 3 1 0 . L O P E J U A N , espada de d o n , 1 0 8 . LOPE XIMÉNEZ DE URREA,

169.

L Ó P E Z D E G U R R E A , hermanos, 3 4 .

L O P E D E L U N A , el «caballero d e la espuela», p r i m e r c o n d e d e L u n a , 1 4 6 . LORENZO,

san,

324,

325.

L l J D E V m A, duquesa de Bohemia o Aquilania, 2 3 9 . Luesia (Z), 2 3 8 . Luis C O R N E E , 169. I.1JIS D E F R A N C I A , s a n t o y r e y d e F r a n c i a , 2 8 , 1 2 8 .

L u n a (Z), 3 8 . Lupiñén (H), 2 9 5 .

MACARIO,

SAN,

318.

Maella (Z), 1 4 8 , 2 8 4 . Maestrazgo, 4 0 , 4 1 . Maestre: G u i l l e n d e M o n t r o d ó , d e l T e m p l e , 1 1 9 . Magallón (Z), 7 8 , 1 6 6 , 3 2 1 .

412

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval M a l a d c t a , P i c o , 252, 298. M a l a n q u i l l a ( Z ) , 53. M a l e j á n ( Z ) , 347. M a l l é n ( Z ) , 5 , 163. M a l l o , c a s t i l l o , j u n t o a M o s q u e r u e l a , 76. M a l l o r c a , 77, 261. M a l t a , i s l a y o r d e n , 354. M a l u e n d a ( Z ) , 56, 174. M A N F R E D O , t r o v a d o r , 2 1 3 ; rey d e S i c i l i a , 128, 129; paje d e l a r e i n a C o n s t a n z a , 180. Manises, 301. M A N R I Q U E D E I A R A , t r o v a d o r , 162.

M A R C E L O , m o n j e d e San J u a n d e la Peña, 252, 253. M A R C O S , cofradía, 87.

M a r c u c l l o ( H ) , 194. M A R Í A , j o v e n d e Alquézar, 2 5 ; c r i s t i a n a d e D a r o c a , 219; n o m b r e c r i s t i a n o d e Z u l i m a , 222; r e i n a y e s p o s a d e P e d r o II, 115; r e i n a y e s p o s a d e A l f o n s o v , 161, 3 1 1 . M A R Í A B A Y O D , h i j a n a t u r a l d e J a i m e I, 157. M A R Í A D E L U S I G N A N , h i j a d e l rey d e C h i p r e y e s p o s a d e J a i m e n , 130. M A R Í A P É R E Z , l a V a r o n a , 101.

M A R I B E L , c o n d e s i t a , h i j a d e F e r n a n d o d e E n t e r i z a , 164. MARIETA, Zaida de mora, 221. Marqués: de A y e r b e , 150, 151; de Suelves, 84. M a r t í n , r í o , 85, 157. Mártires: d e Z a r a g o z a , 198; O r o s i a , 239; S a n P e d r o d e A r b u é s , 314. M \ R S I L I O , walí d e Z a r a g o z a , 2, 2 0 . M A R T Í N , s a n t o , 2 5 4 ; h i j o d e F o r t u n o d e V i z c a r r a , 13; o b i s p o d e A l b a r r a c í n , 1 4 3 . M A R T Í N [ I ] , r e y d e A r a g ó n , 171, 172, 2 1 5 , 2 8 0 , 3 0 9 , 3 2 4 . M A R T Í N [ V ] , p a p a , 359. M A R T Í N D E A L P A R T I R , c r o n i s t a , 316. M A R T Í N DE AYSA,

137.

M A R T Í N G O N Z Á L E Z , c a b a l l e r o a r a g o n é s , 24. MARTÍN

M \ R T Í N E Z DE G O M B A L T E ,

1 77.

M A R T Í N D E O R I H U E I A , j u e z d e T e r u e l , 3.30.

M A R T Í N P É R E Z , s e ñ o r d e E s c o n d i l l a y d e V i l l e l , 72. M A R T Í N P É R E Z D E L U N A , n o b l e a r a g o n é s , 125. M A R T Í N P É R E Z D E V I L L E L , s e ñ o r de R i e l a , 228. MARTÍN DE RAVANERV,

65.

M A R T Í N V I S A G R A , v e c i n o de D a r o c a , 306.

M A R T I N A , p a s t o r a d e A c u m u e r , 186; p r o m e t i d a d e H e r n a n d o D i e z d e A u x , 79. M A R T I N A P É R E Z D E L O Z A N O , f u n d a d o r a d e la cofradía de S a n M a r c o s , e n B i n a c e d , 87.

M a s d e F e r r e r ( H ) , 292. M a s d e l a P u d i o l a , 292. M a t a m o r o s , b a r r a n c o , 20. M a t a r r a ñ a , r í o , 68, 148. M A T E O M A R T Í N E Z , mosén

darocense, 301.

M A T I L D E , p r o m e t i d a d e J u a n d e L u n a , 9. Mayordomo: G o n z a l o G a r c í a , d e l i n f a n t e J a i m e , 239. M e d i a n o ( H ) , 14. Medicinas: brebajes, 343; c o n j u r o s , 117; h i e r b a s , 117; m e d i c i n a s de san C a p r a s i o , 343; m ú s i c a s , 117; p ó c i m a , 67; q u i t a m i e d o s d e R o b r e s , 346; sopas d e ajo, 117. M E L E K , h i j o d e l walí d e A l b a r r a c í n , 224.

413

Indice, analítico M K I . I I . A 1 I , p r i n c e s a m o r a , 57. M E N C I A , m u j e r d e A r n a l d o , s e ñ o r d e C a s t r o d e M a l a v e l l a , 182. M e q u i n e n z a ( Z ) , 149. Mercado: B u j a r a l o z , 336; V a l e n c i a , 71; Z a r a g o z a , 172. METODIO,

santo,

239.

Mezquita: D a r o c a , 219. M i d i , 269. M I G U E L , a r c á n g e l s a n , 48, 74, 310, 334. M I G U E L D E B E R N A B É , a l c a i d e d e B á g u e n a , 175, 1 7 6 , 1 7 7 , 178. M I G U E L I N E X C F . L S I S , s a n t o , 96. M I G U E L P É R E Z Z A P A T A , s e ñ o r d e C u a r t e , C a d r e t e y P u r r o y , 262.

M i l a g r o , 209. M i r a b a y o , p a r a d e r o , e n Híjar, 157. M i r a l s o t ( H ) , 340. M O H A M A D , m o r o t u r o l c n s e , 205. M O H A M E D A L T A B I L L , rey m o r o de Z a r a g o z a ,

191.

M o l i n a d e A r a g ó n , 58, 145, 196. Molino: A l b e n t o s a (de A r r i b a ) , 123; V i l l e l , 72. M o m a g a s t r e , c a s t i l l o , 32. M o m b r ú n , 87. Monasterio: A l a ó n , 327; K u e n c l a r a , 262; I.eire, 108; M o n t e a r a g ó n , 99, 169, 309, 3 2 3 ; M o n t s e r r a t , 3 5 1 ; P i e d r a , 145, 182, 2 8 1 , 309, 317; P r e d i c a d o r e s , d e Z a r a g o z a , 275; R u e d a , 147, 264; S a m p e r d e l Salz, 322; San J u a n d e l a P e ñ a , 17, 19, 8 1 , 88, 9 3 , 104, 136, 2 5 1 , 252, 253, 3 1 3 , 320, 324, 325; S a n M a r t í n de C e r c i t o , 82, 254; S a n P e d r o d e S i r e s a , 82, 97, 207, 254, 255, 257, 319, 324; S a n P e d r o d e T a b e r n a s , 16, 90, 324; S a n P o n c e d e T o r n e r a s , 107, 110; S a n t a C r u z , 90; S a n t a F e , 262; S a n t a M a r í a d e O b a r r a , 2 1 , 23, 139; S e l v a m a y o r , 27; S i g e n a , 155, 259; T r a s o b a r e s , 255, 257; T r i n i t a r i o s , d e D a r o c a , 306; V e r u e l a , 169, 2 1 1 , 258. M o n c a y o , 62, 195, 2 1 1 , 244, 257, 258, 324. Monedas: a r a g o n e s a , 328; m a z m u d i n a s , 126; m o r a b e t i n o s , 126, 209; m o r a b e t i n o s aiars, 126; m o r a b e t i n o s a l f o n s i n o s , 126; m o r a b e t i n o s l u p i n o s , 126; siclos d e p l a ta, 88. M o n e g r o s , 55, 155, 259, 263, 283. M o n r e a l d e l C a m p o ( T ) , 65, 197, 230. M o n t a l b á n ( T ) , 170, 173, 183. M o n t e M a y o r ( a n t i g u a L u n a ) , 38. M o n t e P e r d i d o , p i c o , 77. M o n t e a r a g ó n , m o n a s t e r i o , 99, 169, 309, 323. Monteros: reales, 9 7 . M o n t e r r o s o , 103. M o n l e r , s a n t u a r i o , 260. Monsalvat (Vid. San J u a n de la Peña). M o n t p e l l i e r , 115, 3 0 1 . M o n z a l b a r b a ( Z ) , 166, 305. M o n z ó n ( H ) , 39, 44, 77, 83, 106, 107, 1 16, 118, 119, 122, 126. Mora: 65; de A l b a r r a c í n , 220; de la B a s a , 202; B a s t a r á s , 2 0 3 ; B o r j a , 232; G a l l u r , 226; G u a d a l a v i a r , 200; G u a r r i n z a , 190; L u e s i a , 238; R a s a i , 208, 234; S a b i ñ á n , 237; Sal l a ó n , 204; S a r a v i l l o , 206; S e n a , 236; Siresa, 207; T a r a z o n a , 225; A i x a , d e A l b a r r a c í n , 193; A i x a , d e A q u i l u é , 233; C a l i l a , d e R i e l a , 228; F a t i m a , d e M o r a , 73; Ser e n a A l m a , d e G a l l u r , 227; Z a i d a , d e C e l i a , 192; Z o r a i d a , d e T e r u e l , 205. M o r a d e R u b i e l o s ( T ) , 73, 74, 280.

414

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval M o r a t a ( Z ) , 174. M o r d í a , 100, 132, 163, 2 6 1 . Almería de: P i n a , 250; Z a r a g o z a , 47, 49, 235. M o r e s ( Z ) , 75. M o r i l l a d e I l c h e ( I I ) , 256. M o s q u e r u e l a ( T ) , 76, 124. Mozárabes: 13, 15, 20, 42, 60, 6 1 , 137, 152; C r e t a s , 68; D a r o c a , 219; H u e s c a , 240; La A l n m n i a , 223; L o a r r e , 1 ; P e r a l t a d e l a S a l , 218; T a m a r i l e , 2 1 0 ; T a r a z o n a , 244; T r a s o b a r e s , 255, 257; Z a r a g o z a , 243, 305, 3 4 1 ; P e d r o C a r d o n a , v a l e n c i a n o , 78. Mudejares: 49, 194, 205, 208, 230; B o r j a , 232; L a n g a , 229; P i n a , 250; Tamarite, 210; Z a r a g o z a , 235; A i n é s , t u r i a s o n e n s e , 249; a l c a i d e d e G r a u s , 2 2 1 ; T o c ó n , 229. M U D I E L O S , h e r m a n o s , 34. M u e l a , e n T e r u e l , 70. M u e l a d e S a n J u a n , 188, 200. M L I H A M M A D B E N M A R D A N I S , l l a m a d o rey L o b o , 231. M t J H A M M A D B E N M ^ X I N , d e Z a r a g o z a , 12.

M U L F . Y T A R E C , g o b e r n a d o r m o r o d e V a l e n c i a , 347. M u n é b r e g a ( Z ) , 282, 354. M u n i e s a ( T ) , 247. Muralla: A l a g ó n , 50; A g u i l a r d e A l f a m b r a , 66; A l b a r r a c í n , 193; B á g u e n a , 175, 176; B i j u e s c a , 53; B u e ñ a , 177; C a l a t a y u d , 215; C o n s t a n t i n o p l a , 3 5 1 ; D a r o c a , 58, 146, 175, 189; E j e a , 156; F r a g a , 63; F u e n t e s d e J i l o c a , 174; H u e s c a , 34, 9 5 , 140; L i z a n a , 165; M o r a d e R u b i e l o s , 74; M u e l a d e S a n J u a n , 188; P o m a r , 116; T e r u e l , 178; V a l e n c i a , 79; Z a r a g o z a , 47, 48, 56, 172, 300, 305. M u r c i a , 59, 63, 64, 231. M u r e r o ( Z ) , 15. M u r e t , b a t a l l a , 119. M U R I D O M E D , m o r o d e D a r o c a , 57. Música: flauta, 67; t a m b o r i l , 161; t r o m p e t a , 161. MUSTAFA, a l c a i d e m o r o d e M o n r e a l , 230. Ml'ZA,

8,

10,

18,

189.

Nájera, corte de, 91. Ñ a p ó l e s , 130, 160, 161, 314, 349. N a r b o n a , 3 4 3 ; o b i s p o d e , 79; A i m c r i c o d e , 28. N a v a r r a , 19, 51, 90, 126, 163, 177, 186, 314. Navas de T o l o s a , b a t a l l a , 137, 155, 274. N i a h l a s , d e s p o b l a d o , 312. N i m e s ( F r a n c i a ) , 343. N o g u e r a R i b a g o r z a n a , río, 21. N o n a s p e ( Z ) , 68, 142. Novillas (Z), 5. Nuestra Señora: Alegría: B a r c e l o n a , 122; M o n z ó n , 122; Aliaga: M u n i e s a , 247; Angeles: A l b e n t o s a , 123; C u b e l , 80; P e d r o l a , 168; Z a r a g o z a , 3 5 1 ; Antigua: M o n z a l b a r b a , 305; Bario: B e s t u é , 3; Blanca: Piedra, 317; Cantal: O l i e t e , 85; Capítulo: Trasobares, 255, 257; Castillo: A l a g ó n , 50; A n i ñ ó n , 307; B e l m o n t e , 6; B i j u e s c a , 53; Cerro: C a s t e j ó n de las A r m a s , 131; ('Agüela: T o r r a l b a , 20; Encontrada: C h í a , 248; Fuente: Peñ a r r o y a de Tastavíns, 339; Fuentes: L a n a j a , 263; Guía del Guerrero: C u b e l , 80; Huerta: A r á n d i g a , 337; H u e s c a , 304; M a g a l l ó n , 166, 3 2 1 ; Humillada: C a l a n d a , 61; Jerusalén: I n o g é s , 352; Linares: B e n a b a r r e , 292; Magallón: L e c i ñ e n a , 166; Mar: M u n é b r e g a , 354; Mártires: A t e a , 15; Mayor: Z a r a g o z a , 8, 12, 166, 198, 269; Mila-

415

índice

analítico

gro: Aaragoza, 3 0 0 ; Mira-monte: B i s c a r r u é s , 3 3 ; Mnnler: S á s t a g o , 2 6 0 ; Mora: P e r a l t a d e l a S a l , 3 2 ; 2 1 8 ; Nieves: B u j a r a l o z , 3 3 6 ; Oliva: E j e a , 4 6 ; Olivar: E s t e r c u e l , 2 6 1 ; Z a r a g o z a , 2 7 5 , 3 0 0 ; Palacios: L a A l m u n i a , 2 2 3 ; Peña: A g u i l a r d e A l f a m b r a , 6 6 ; Pilar: Z a r a g o z a , 6 1 , 1 3 5 , 1 5 3 , 1 6 0 ; Portillo: Z a r a g o z a , 4 7 , 1 6 6 ; Pueyo: B a r b a s t r o , 2 5 6 ; Paos: R a s a l , 2 0 8 ; Rosario: Z a r a g o z a , 2 7 6 ; Sagrada: M o n z a l b a r b a , 1 6 6 , 3 0 5 ; Salas: H u e s c a , 2 3 2 , 3 0 4 ; Silla: L a g u e r u e l a , 1 2 1 ; Tocón: L a n g a , 2 2 9 ; Veruela: V e r u e l a , 2 5 8 ; Victoria: faca, 1 9 ; ViUarmya: Villarroya, 3 1 0 ; Zaragoza l a Vieja: E l B u r g o , 2 4 3 , 3 4 1 . N U N I I . O , santa, 2 4 0 . Ñ U Ñ O ÁI.VARKZ D E I A R A , conde, 4 3 .

O B A I D A I A , señor m o r o de Alacón, 1 9 6 . Obispo: A c i s c l o , 2 3 9 ; Albarradn: M a r t í n , 1 4 3 ; Barbastro: R a m ó n , 2 7 1 , 2 7 2 , 2 7 3 , 2 9 9 ; Conserans: L i c e r , 2 7 4 ; Huesca: E s t e b a n , 2 7 1 , 2 7 2 , 2 7 3 , 2 9 9 ; Jaca: F o r t ú n , 8 8 ; Narbona, 7 9 ; Pallars: A t ó n , 2 3 ; Pamplona: G u i l l e r m o , 4 8 ; Ribagorza: 1 6 ; Sevilla: san L e a n d r o , 3 1 9 ; Zaragoza: 9 3 , 1 2 5 ; B c n c i o , 8 , 1 6 , 9 3 , 2 9 8 ; C i r í a c o , 3 1 9 ; G a r c í a , 1 7 1 ; Paterno, 9 3 . Oliete (T), 8 5 . Olite (Navarra), 1 6 0 . Olsón, sierra, 1 3 . O M A R , alarife turolense, 2 0 5 . O M A R B E N A H M E D , jerife, 58.

Onda, 39. Ontiñena (H), 3 4 4 . Orden: Ó r d e n e s M i l i t a r e s , 1 5 2 , 1 9 9 ; B a n d a , 1 6 0 ; C a l a t r a v a , 6 8 , 1 3 7 ; Císter, 2 5 7 , 2 5 8 , 2 8 1 , 3 2 2 ; D o m i n i c o s , 3 0 9 ; Franciscanos, 9 8 , 3 0 9 , 3 5 1 ; H o s p i t a l o San Juan, 6 8 , 8 7 , 1 5 5 , 2 1 3 , 2 5 9 ; Jarra, 1 6 1 ; M a l t a , 3 5 4 ; M o n t e s a , 3 5 9 ; P r e d i c a d o r e s , 2 7 5 , 2 7 9 , 2 8 7 , 2 9 3 , 3 0 0 ; 3 1 5 ; San Agustín, 3 1 0 ; Santiago, 1 8 3 ; T e m p l e , 6 5 , 7 7 , 1 1 8 , 1 1 9 , 1 2 2 , 2 2 7 , 2 5 9 ; Trinitarios, 3 0 6 . O R D E R I C V I T A L , cronista,

104.

Ordesa, valle, 3 4 4 . Oroel, monte, 19. O R O S I A O E U R O S I A , s a n t a , h i j a d e los reyes d e B o h e m i a o A q u i t a n i a , 2 3 9 . Ortilla (H), 2 9 5 . Ota! (H), 342. Oto (H), 342. O T O D E P O I T I E R S , emir, 2 1 .

O z a , selva, 1 1 2 . P A L A C Í N , señor de Gallur, 2 2 7 . Palacio: R e a l d e : N á j e r a , 9 1 ; P a m p l o n a , 8 9 ; Z a r a g o z a , 3 4 8 ; A l b a r r a c í n , 1 9 3 , 1 9 6 ; D a roca, 2 1 9 ; Lanaja, 5 5 ; O l i t e , 1 6 0 ; árabe d e Zaragoza, 1 9 8 ; l a Aljafería, 1 2 , 4 3 , 9 3 , 161, 2 4 6 , 324, 350; la Alhambra, 134; la Zuda, 12; de Almanzor, en La Almunia, 2 2 3 ; d e d o ñ a U r r a c a , e n S o r i a , 1 0 0 , 1 0 2 ; d e U r r i é s , d e los m a r q u e s e s d e A y e r b e , 1 5 0 , 1 5 1 ; d u q u e d e Híjar, 1 5 7 ; c o n d e d e R i b a g o r z a , e n Z a r a g o z a , 1 5 3 ; d e J a i m e I , en Mosqueruela, 124. Palermo, 128. Pallars, Atón, obispo de, 2 3 . Palomera, sierra, 6 7 . Pamplona, 19, 89, 9 0 , 9 2 , 94, 9 5 , 108, 1 4 1 . P a n i f i c o , castillo d e C e r c i t o , 8 2 .

416

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval P a n f i l o , s i e r r a , 22. P a ñ o , s i e r r a , 22, 8 1 , 2 5 1 . P A N T A L E Ó N , santo, 269.

Papa: A l e j a n d r o V , 3 5 9 ; B e n e d i c t o X I I I , 3 1 6 , 3 3 1 , 355, 3 5 6 , 3 5 7 , 3 5 8 , 3 5 9 ; C l e m e n t e , 331; s a n G r e g o r i o v i l , 319, 320; G r e g o r i o X I I , 359; I n o c e n c i o m , 114, 119: M a r tín V , 359; san S i x t o , 324. P a r a c u c l l o s d e j i l o c a ( Z ) , 174. Paradero o parque: de M i r a b a y o , en Híjar, 157. París, 23, 28, 257. P a r r o q u i a , b a r r i o d e P i n a , a n t i g u a m o r e r í a , 250. PARSIFAL,

325.

Pastor: 33, 302; d e E l B u r g o , 243; F u e n t e s d e E b r o , 341; L o b e r a , 277; L u e s i a , 238; l a M a l a d e t a , 298; S i g e n a , 259, Y e b r a d e Basa, 239; san B a l a n d r á n , 256; san V i s o r i o , 2 4 1 ; J u s t i n a , d e Z a r a g o z a , 244; P e d r o N o v e s , 2 6 1 . P A T E R N O , abad de San J u a n de la Peña y obispo de Zaragoza, 93. Patrón: S a n B a r t o l o m é (Tosos), 294; san B l a s ( T o r r e c i l l a d e A l c a ñ i z ) , 296; san C a p r a s i o ( A l c u b i e r r e ) , 343; san G i l ( O r t i l l a ) , 295; s a n G i n é s ( L u p i ñ é n ) , 295; san M a c a r i o ( A n d o r r a ) , 318; san P e d r o A r b u é s ( A g u i l ó n ) , 294; san S e b a s t i á n (Fay ó n ) , 335; san V i c e n t e F e r r e r ( G r a t i s ) , 290. Patraña: S a n t a B á r b a r a ( T o s o s ) , 294; santa P e l a g i a ( C r e t a s ) , 68; s a n t a T e c l a ( C e r v e r a d e l a C a ñ a d a ) , 297. P E D R O , s a n t o , 2 8 9 , 3 1 9 ; a b a d d e S a n P e d r o d e T a b e r n a s , 9 0 ; fray, 78; s e ñ o r d e M e d i a n o , 14; h a b i t a n t e d e Z a r a g o z a , 275; d o n c e l , h i j o d e A t o G a r c é s , 100; i n f a n t e d e A r a g ó n , l u e g o P e d r o I , 320. P E D R O [ I ] , r e y d e A r a g ó n , 34, 3 5 , 36, 37, 39, 44, 9 5 , 9 6 , 106, 140, 2 7 3 ; rey d e C a s t i l l a , 174, 175, 176, 177, 178. P E D R O [ I I ] , r e y d e A r a g ó n , 114, 115, 118, 119, 122, 126, 155, 274, 3 0 3 . PEDRO

[ I I I ] , r e y d e A r a g ó n , 120, 127, 128, 129, 180, 3 4 9 , 3 5 0 .

P E D R O [ J V ] , r e y d e A r a g ó n , 146, 169, 174, 177, 178, 3 3 6 , 3 4 7 . P E D R O A H O N E S , n o b l e a r a g o n é s , 125. PEDRO ALFONSO,

345.

P E D R O A R B U É S , s a n t o e i n q u i s i d o r , 294, 3 1 4 . P E D R O A T A R E S , s e ñ o r d e B o r j a , 106, 108, 2 5 8 . P E D R O D E A Z A G R A , señor de Albarracín, 231. PEDRO

DE

BIOTA,

142.

P E D R O C A R D O N A , m o z á r a b e d e V a l e n c i a , 78. P E D R O F E R N Á N D E Z D E A Z A G R A , 167; s e ñ o r d e A l b a r r a c í n , 145. P E D R O G I L , e s c u d e r o d e l C i d , 246. P E D R O G I L R E R T , a l c a i d e d e D a r o c a , 175. PEDRO GONZÁLEZ DE LARA,

102.

P E D R O M A R T Í N E Z D E B O L E A , c a m a r e r o r e a l , 349. P E D R O M A R T Í N E Z D E L U N A (Vid. Benedicto x m ) . P E D R O N O V E S , pastor, 261. P E D R O R U I Z D E A Z A G R A , s e ñ o r d e A l b a r r a c í n , 4 5 , 143. PEDRO

SEGURA,

167.

P E D R O D E S E S É , 90. PEDRO

TIZÓN,

106.

P E D R O D E U R R F . A , n o b l e a r a g o n é s , 172.

P e d i ó l a ( Z ) , 168. P E L A G I A , santa, p a t r o n a d e C r e t a s , 68. P E L F . G R Í N D E A T R O C I L L O , n o b l e , 165.

417

Indice analítico P e ñ a , c a s t i l l o , 126. Peña d e l Morrón, e n L a Iglesuela d e l C i d , 4 L P e ñ a c i l ( o P e ñ a d e l C i d ) , e n M o n t a l b á n , 170, 183. P e ñ a l b a ( H ) , 283. P e ñ a l é n ( N a v a r r a ) , 141. P e ñ a r r o y a d e Tastavíns ( T ) , 339. P e ñ í s c o l a , c a s t i l l o , 316, 355, 356, 357, 358, 359. P e r a l t a d e Alcoí'ea ( H ) , 39. Peralta de la Sal ( H ) , 3 2 , 2 1 8 . P e r a r r ú a ( H ) , 279, 299. Peregrino: D e A l c o l e a , 266; B o l t a ñ a , 267; C a s t i e l l o d e J a c a , 268; M o n z ó n , 118; c o n d e f r a n c é s , 154; A l v a r a d o , d e D a r o c a , 216; B l a s c o d e A l a g ó n , 147; G a r c í a A z n á r e z , 320; san G r e g o r i o , san J u a n , san L i c e r y san P a n t a l e o n , 269; san M a r c i a l , 265. PEREGRINO DE CASTILLAZUELO,

106.

P e r p i g n a n , 158, 3 3 1 , 343, 356. P E T R O N I L A , r e i n a d e A r a g ó n , 107, 113, 257. P i e d r a , m o n a s t e r i o , 145,'182, 2 8 1 , 309, 317; r í o , 145. P i e d r a d e l M o r o , 32. P i e d r a t a j a d a , b a t a l l a , 33. P i n a ( Z ) , 250. P i r i n e o s , 190, 207, 239, 2 4 1 , 253, 269, 270, 274, 298, 324, 325, 326, 343, 346. P i s a (Italia), 359. P i t i l l a ( N a v a r r a ) , 126. Plagas: D e l a l a n g o s t a e n ; A r á n d i g a , 337; F u e n t e s d e E b r o , 3 4 1 ; T a u s t e , 334. P l a n ( H ) , 202. Plaza: D e A í n s a , 2 9 1 ; A l t a , d e A y e r b c , 150; M e r c a d o , d e C a l a t a y u d , 286; M e r c a d o , d e T e r u e l , 329. P o i t o u , c o n d e d e , 106, 107. P o m a r d e G i n c a ( H ) , 116. P o r t a l e , p u e r t o d e m o n t a ñ a , 138. Portento: 3 0 1 , 302, 3 0 7 , 3 0 8 , 309, 310, 3 1 1 , 312, 3 1 3 , 314, 3 1 5 . P o r t u g a l , 180, 314. Posada: M o r a d e R u b i e l o s , 280; c e r c a d e S a r i ñ e n a , 263. P o t a d e l C a b a l l o , 40. P R A D O , n o b l e g a l l e g o , 103. Presa hidráulica: A l m o n a c i d d e l a C u b a , 86. P R I M I T I V O , mártir, 64. P r o v e n / a , 119. P u e b l a d e F a n t o v a ( H ) , 279. Puente: G a l a n d a , d e l C i d , 40; M e d i a n o , 14; T e r u e l ; san F r a n c i s c o , 181; d o ñ a E l v i r a , 181. Puerta: Barcelona: S a n I b o , en la c a t e d r a l , 122; Calando,, de V a l e n c i a , 6 1 ; Calatayud, de Z a r a g o z a , 286; Graus, de C h i n c h í n , 222; Teruel, de la T r a i c i ó n , 178; de Z a r a g o z a , 178; Zaragoza, C i n e g i a , 8 ; O r i e n t e , 8 ; Q u e m a d a , 305; V a l e n c i a , 48. Puerto de mar: B a r b a s t r o , 28; R a g u s a , 3 5 1 . Puerto de montaña: D a c h e r a , en G u a r r i n z a , 190; T e n a , 186. Puértolas ( H ) , 3. P u e b l a d e C a s t r o ( I I ) , 222. P u e y o , s a n t u a r i o , 256. P u e y o d e A r a g u á s ( H ) , 22. P u n t a l a M o r a , e n L u e s i a , 238.

418

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval P u r r o y ( Z ) , 262. Puyar/ruego ( H ) , 3 . Q u e i l e s , r í o , 180. Q U E L O , habitante d e Fayón, 335. Q u e m a d a , p u e r t a d e Z a r a g o z a , 305. Q u i c e n a ( H ) , 323. Q L T T E R I A , s a n t a , 119,

122.

Ragusa, p u e r t o , 351. R A M I R O , i n f a n t e p a m p l o n é s , 1 4 1 ; h a b i t a n t e d e M o s q u e r u e l a , 76. R A M I R O [ I ] , r e y d e A r a g ó n , 24, 9 1 , 9 2 , 9 3 , 9 4 , 105, 2 2 1 . R A M I R O [ I I ] , r e y d e A r a g ó n , 106, 107, 108, 109, 110, 1 1 1 , 112, 2 5 7 . R A M I R O G A R C É S , infante de P a m p l o n a , 43. R A M I R O S Á N C H E Z , señor de Monzón,

119.

R A M Ó N , c o n d e , 2 1 ; i n f a n t e p a m p l o n é s , 1 4 1 ; c o n d e d e P r o v e n z a y p r i m o d e J a i m e I, 119. R A M Ó N | l l ] , c o n d e d e R i b a g o r z a , 154. R A M Ó N B E R E N G U E R [rv], c o n d e de B a r c e l o n a , 65, 257. R A M Ó N G U I L L E R M O O S A N R A M Ó N , santo, o b i s p o de B a r b a s t r o , 271, 272, 273, 299.

R a s a l ( H ) , 208, 234. Reina: A g n e s , e s p o s a d e R a m i r o I I d e A r a g ó n , 107; A l b a , m u j e r d e l R e y L o b o , 2 3 1 ; B l a n c a d e N a v a r r a , m u j e r d e J u a n II, 163; C o n s t a n z a , m u j e r d e P e d r o III, 128, 180; E l i s e n d a d e M o n e a d a , m u j e r d e J a i m e l l , 130; E s t e f a n í a , d e P a m p l o n a , 94; Isabel d e A r a g ó n , r e i n a d e P o r t u g a l , 180, 250; Isabel l a C a t ó l i c a , 133, 153; J u a n a E n r í q u e z , m u j e r d e J u a n II, 133, 163; M a r í a , esposa d e P e d r o II, 115; M a r í a , m u j e r d e A l f o n s o v , 161, 3 1 1 ; M a r í a d e L u s i g n a n , m u j e r d e J a i m e II, 130; P e t r o n i l a , d e A r a g ó n , 107, 113, 257; S a n c h a d e C a s t i l l a , m u j e r d e A l f o n s o II, 155, 259; U r r a ca, de C a s t i l l a , 98, 99, 100, 102, 103, 105, 156. Reino: D e A l b a r r a c í n , 200; G r a n a d a , 134; M o n z ó n , 116; P o m a r , 116. R e d o n d a , m o n t e de la, 261. Relicario: A l f o n s o I, 64; J a i m e I, 3 2 1 ; M o n t e a r a g ó n , 3 2 3 ; S a m p c r de Salz, 322; S a n J u a n d e l a P e ñ a , 324, 325. Reliquia: 16, 64, 319, 320, 3 2 1 , 322, 3 2 3 , 324, 325. Rey: A l b a r r a c í n , 246; A l m e r í a , 320; F r a n c i a , 331, 349; Ñ a p ó l e s , 349; S a r a k o s t a , 246; S e v i l l a , 320; S o b r a r b e , 82; A b d e r r a l u n á n , d e H u e s c a , 36; A b d e l - M e c h , d e Z a r a g o z a , 43; A h u Zeyt, d e V a l e n c i a , 78, 125; A h m e d b e n A b d a l M a l i k , d e R u e d a d e J a l ó n , 59; A l c a d i r , de V a l e n c i a , 197; A l f o n s o [ i ] , de A r a g ó n , 5, 6, 15, 34, 43, 46, 4 7 , 4 8 , 4 9 , 5 0 , 5 2 , 5 3 , 54, 5 5 , 56, 5 7 , 5 8 , 5 9 , 6 0 , 6 2 , 6 3 , 64, 68, 9 5 , 9 7 , 9 8 , 9 9 , 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 110, 111, 113, 138, 141, 142, 156, 1 9 8 , 2 2 9 , 243, 255, 257, 258, 259, 266, 2 7 1 , 272, 273, 346; A l f o n s o [ n ] , de A r a g ó n , 66, 68, 70, 71, 74, 76, 113, 144, 155, 199, 259; A l f o n s o [ m ] , d e A r a g ó n , 120; A l f o n s o [ I V ] , de A r a g ó n , 130; A l f o n s o [ v ] , de A r a g ó n , 131, 132, 160, 161, 173, 3 1 1 , 314, 316, 324, 330, 334; A l f o n s o [ v i ] , d e C a s t i l l a , 101; A l f o n s o [ v i l ] , d e C a s t i l l a , 59, 63; A l f o n s o [ v i u ] , d e C a s t i l l a , 155; A l - M o t a m i d , d e S e v i l l a , 320; A l m u g d a v i r , d e Z a r a g o z a , 9 3 ; A m a d D o l a , d e Z a r a g o z a , 198; A r t u r o , d e I n g l a t e r r a , 325; B u c a r , 45; C a r l o s [ I I ] , d e Ñ a p ó l e s , 130; D i o n í s , d e P o r t u g a l , 180, 350; E d u a r d o , d e Inglater r a , 129; E n r i q u e [ n i ] , d e C a s t i l l a , 161; F e r n a n d o [ i ] , d e A r a g ó n , 131, 132, 171, 172, 283, 288, 355, 356, 358; F e r n a n d o [ i ] , d e C a s t i l l a , 24, 9 1 , 92; F e r n a n d o [ l l ] , d e A r a g ó n , 133,134, 135, 153, 209, 2 6 3 , 314; G a r c í a [ n i ] , d e N a v a r r a , 9 1 , 92, 9 3 ,

419

Indice analítico 94, 108; G a r c í a I ñ i g u e z , de P a m p l o n a y S o b r a r b e , 19, 89, 90; G a r c í a J i m é n e z , de S o b r a r b e , 17, 253; G a r c í a S á n c h e z [ i l ] , d e P a m p l o n a , 88; G i n f a r A m a d , d e R u e d a d e J a l ó n , 43; G l a f a r , d e R u e d a d e J a l ó n , 43; H u g o d e L u s i g n a n , d e C h i p r e , 130; I ñ i g o A r i s t a , d e P a m p l o n a y S o b r a r b e , 22, 90; J a i m e [ i ] , d e A r a g ó n , 75, 76, 77, 78, 79, 86, 1 1 5 , 1 1 6 , 1 1 7 , 1 1 8 , 1 1 9 , 1 2 0 , 1 2 1 , 122, 123, 124, 125, 1 5 7 , 1 5 8 , 1 6 5 , 3 0 1 , 321, 322, 328; J a i m e [ n ] , d e A r a g ó n , 130, 329; J u a n , d e N a v a r r a , 314; J u a n , d e P o r t u g a l , 314; J u a n [ I I ] , d e A r a g ó n , 133, 153, 160, 162, 163, 186, 307; L o b o , d e M u r c i a y V a l e n c i a , 45, 231; san L u i s , d e F r a n c i a , 28, 128; M a n f r e d o , d e S i c i l i a , 128, 129; M a r t í n [ i ] , d e A r a g ó n , 171, 172, 215, 280, 309, 324; M o h a m e d A l t a b i l l , d e S a r a k o s t a , 191; P e d r o [ i ] , d e A r a g ó n , 34, 35, 36, 37, 39, 44, 9 5 , 96, 106, 140, 273; P e d r o [ i ] , d e C a s t i l l a , 174, 175, 176, 177, 178; P e d r o [ o ] , d e A r a g ó n , 114, 115, 118, 119, 122, 126, 155, 274, 3 0 3 ; P e d r o [ m ] , de A r a g ó n , 120, 127, 128, 129, 180, 349, 350; P e d r o [rv], de A r a g ó n , 146, 169, 174, 177, 178, 336, 347; R a m i r o [ I ] , d e A r a g ó n , 24, 9 1 , 92, 9 3 , 94, 105, 2 2 1 ; R a m i r o [ n ] , d e A r a g ó n , 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 257; S a n c h o [ n ] , d e C a s t i l l a , 94; S a n c h o [ m ] e l M a yor, d e P a m p l o n a , 9 1 ; S a n c h o [ i v ] , d e P a m p l o n a , 141; S a n c h o [ i v ] , d e C a s t i l l a , 349; S a n c h o [ v i l ] , d e N a v a r r a , 126, 155; S a n c h o G a r c é s , d e P a m p l o n a y S o b r a r b e , 22, 89, 90, 136, 319; S a n c h o R a m í r e z , de A r a g ó n , 26, 27, 30, 33, 34, 38, 44, 9 4 , 9 5 , 138, 140, 141, 2 5 5 , 2 5 7 , 3 2 0 . R i b a g o r z a , 13, 16, 2 1 , 23, 32, 92, 9 3 , 153, 160, 298, 299. R i b o t a , r í o , 20. R i e l a ( Z ) , 78, 223, 228. R i g u a l a ( H ) , 13. Ríos: A g u a s v i v a s , 86; A l c a n a d r e , 55, 236, 259, 266, 2 7 1 , 344; A l g a s , 68; A r a , 17, 267, 291, 342; Aragón, 19, 101, 252; A r a n d a , 337; A r b a d e B i e l , 38; A r b a d e L u e s i a , 238; A u r í n , 254; C e a , 64; C i n c a , 3, 14, 17, 22, 3 1 , 5 5 , 64, 116, 122, 139, 191, 204, 262, 266, 2 7 1 , 2 9 1 , 340; C l a r e s , 20; E b r o , 2, 3, 4, 5, 9, 12, 13, 20, 24, 32, 33, 39, 4 2 , 4 6 , 4 7 , 5 0 , 5 4 , 5 6 , 8 1 , 9 4 , 9 5 , 9 9 , 102, 104, 132, 147, 1 5 6 , 169, 172, 1 8 9 , 190, 209, 212, 2 1 8 , 2 2 7 , 243, 255, 2 5 9 , 2 6 0 , 264, 266, 2 6 9 , 3 0 5 , 314, 3 1 9 , 3 4 1 , 344, 348; É s e r a , 22, 248, 290, 315; F l u m e n , 111, 344; G a l l e g o , 10, 194, 269, 274; G a s , 19; G u a d a l a v i a r , 72, 143, 159, 192, 200, 224, 246; G u a d a l e t e , 9; G u a d a l o p e , 296; H u e c h a , 347; H u e r v a , 262, 305; I s á b e n a , 21, 290, 315; I s u e l a ( M o n c a y o ) , 62, 257, 337; I s u e l a ( P i r i n e o ) , 3 4 4 ; J a l ó n , 4 3 , 50, 56, 75, 1 3 4 , 1 7 4 , 2 1 5 ; J i l o c a , 5 8 , 1 7 4 , 175, 197, 215, 306; M a r t í n , 8 5 , 157; M a t a r r a ñ a , 68, 148; N o g u e r a R i b a g o r z a n a , 2 1 ; P i e d r a , 145; Q u e i l e s , 180; R i b o t a , 20; S e g r e , 344; Selcós,' 244; S o s a , " l 2 2 ; Sol ó n , 295; T a j o , 9; T u r i a , 117, 178, 181, 270; V e r o , 29, 30, 163, 290, 2 9 9 . Rivas ( Z ) , 347. R o b r e s ( H ) , 346. R o d a d e I s á b e n a ( H ) , 13, 272, 273, 299. R O D R I G O , r e y v i s i g o d o , 1; c o n d e d e G a m a ñ a s , 6 7 . R O D R I G O D Í A Z D E V I V A R ( E L C I D ) , 24, 39, 40, 4 1 , 4 5 , 9 4 , 1 0 1 , 1 1 9 , 1 9 2 , 1 9 6 , 1 9 7 , 210,

220, 2 2 4 , 2 4 6 . R O D R I G O D E L I Z A N A , n o b l e a r a g o n é s , 165. R O D R I G O M A R T Í N E Z , c o n d e , 59.

R O D E R I C O D E M U R , caballero grausino, 222. R O L D A N , 2, 3 4 4 ; d e s c e n d i e n t e d e R o l d a n , 1 1 1 . R o m a , 96, 114, 147, 2 7 1 , 319, 320, 324 325, 358, 359. Romería: S a n t a Q u i t e r í a , 340. R O Q U E , santo, 278, 338.

Rosario: 2 7 5 , 276, 3 0 2 . R o s e l l ó n , 174.

420

¡pendas para una historia paralela del Aragón medieval R o y u c l a ( T ) , 143. R u b i c l o s d e M o r a ( T ) , 73. R u e d a , m o n a s t e r i o , 147, 264. R u e d a d e J a l ó n ( Z ) , 43, 59. S a b i ñ á n ( Z ) , 237. S a b i ñ á n i g o ( H ) , 138. S a g u n t o , 65. S a h l a , 196. S a l e r n o , 96. S a l i n a s d e H o z ( H ) , 334. S a l l a ó n , c o l l a d o , 204. S a l l e n t d e G a l l e g o ( H ) , 138. S a m p e r d e l Salz ( Z ) , 322. S a n B e l t r á n d e C o m m i n g e s , 265. S a n C l e m e n t e , p e ñ a , 279. S a n F r a n c i s c o , p u e n t e d e T e r u e l , 181. S a n J u a n , s i e r r a , 19. S A N J U A N , O r d e n , 6 8 , 155.

S a n J u a n d e M o z a r r i f a r ( Z ) , 269. S a n J u a n d e l a P e ñ a ( H ) , 17, 19, 8 1 , 88, 9 3 , 104, 136, 251, 252, 253, 313, 3 2 0 . 324, 325. San Lázaro, p r ó x i m o a T e r u e l , 71. S a n M a r t í n d e C e r c i t o , m o n a s t e r i o , 82, 254. S a n M i g u e l , p e ñ a , 111. S a n M i g u e l d e A r a l a r , s a n t u a r i o , 96. S a n P e d r o d e S i r e s a , m o n a s t e r i o , 82, 97, 207, 254, 255, 257, 319, 324. S a n P e d r o d e T a b e r n a s , m o n a s t e r i o , 16, 90, 324. S a n P e d r o d e T o r r e c i l l a , 94. S a n P o n c e d e T o r n e r a s , m o n a s t e r i o , 107, 110. S a n S a l v a d o r , e r m i t a , 116. S a n V i c e n t e , e r m i t a d e M o n z ó n , 119. San V i c e n t e de L a b u e r d a , 241. S A N C H A , r e i n a d e A r a g ó n y m u j e r d e A l f o n s o n , 155, 259; A v a , c o n d e s a d e R i b a g o r z a , 154. S A N C H A L Ó P E Z , m u j e r d e P e l e g r í n d e A t r o c i l l o , 165. SANCHA

MARTÍNEZ DE MARCILLA,

173.

S A N C H O , infante d e P a m p l o n a , 43; hijo de S a n c h o [lll| el M a y o r y c o n d e de R i b a g o r z a , 92; c o n d e c a s t e l l a n o , 9 5 ; i n f a n t e , h i j o i l e g í t i m o d e l rey G a r c í a d e P a m p l o n a , 94; h i j o d e G a r c í F e r n á n d e z , 154; a b a d d e S a n J u a n d e l a P e ñ a , 320. SANCHO

[II]

GARCÉS

( A B A R C A ) , rey de P a m p l o n a ,

22, 89, 90,

136,

319;

rey d e So-

b r a r b e , 22. S A N C H O [II] , r e y d e C a s t i l l a , 94. S A N C H O [III] E L M A Y O R , rey de P a m p l o n a , 9 1 . S A N C H O [ I V ] D E P E Ñ A I . É N , r e y d e P a m p l o n a , 141. S A N C H O [ I V ] , r e y d e C a s t i l l a , 349. S A N C H O [ V I I ] E L F U E R T E , rey d e N a v a r r a , 126, 155. SANCHO

FERNÁNDEZ

DE

HEREDIA,

353.

S A N C H O F R A G O , habitante de Magallón,

166.

S A N C H O R A M Í R E Z , r e y d e A r a g ó n , 26, 27, 30, 33, 34, 38, 4 4 , 94, 9 5 ,

138,

140,

141, 255,

257, 320.

421

Indice analítico S A N C H O D E R A V A N E R A , d e D a r o c a , 65. S A N C H O S Á N C H E Z M U Ñ O Z , c a b a l l e r o , 70.

S a n g ü e s a ( N a v a r r a ) , 186. S a n i a Isabel, s i e r r a , 10. S a n t a C r u z , m o n a s t e r i o , 90. S a n t a C r u z d e l a Seros ( H ) , 8 1 . S a n t a M a r í a d e las C e l i a s , 119. S a n t a M a r í a d e E r u s o n , 82. Santa María la Mayor, iglesia de Zaragoza, 93. S a n t a M a r í a d e O b a r r a , m o n a s t e r i o , 2 1 , 23, 139. S a n t a Q u i t c r i a , e r m i t a d e M o n z ó n , 119. Santas: Á g u e d a , 338; A l o d i a , 240; A n a , .353; B á r b a r a , 294; E l e n a , 242; M a r í a M a g d a l e n a , 308; N u n i l o , 240; O r o s i a , 239; P e l a g i a , 68; Q u i t e r i a , 119, 122, 340; T e c l a , 297. S a n t i a g o , 154, 265, 266, 268. S A N T I A G O , a p ó s t o l , 4 1 , 269; O r d e n , 183. S a n t í s i m o , a c a m p o d e Z a r a g o z a , 269. S a n t o D o m i n g o , s i e r r a , 277. .Santos.'Agustín, 3 1 1 ; B a l a n d r á n , 256; B a r t o l o m é , 294; B e r n a r d o , 257; B l a s , 296; C a p r a s i o , 343; D o m i n g o , 275, 276, 277, 300, 302; D o m i n g u i t o d e V a l , 212; F é l i x , 252, 253, 313; F r a n c i s c o , 3 5 1 ; G e r a l d o . 27; G i l , 295; G i n é s , 295; G r e g o r i o , 269, 319; I n d a l e c i o , 253, 3 1 3 , 320; Iñigo, 215; J a i m e , 41 ¡ J o r g e . 34, 36, 37, 41, 52, 338; J u a n , 269; J u a n Bautista, 2 5 1 , 252, 266; J u l i á n , 318; L e a n d r o , 319; L i c e t , 269, 274; L o r e n z o , 324, 325; M a c a r i o , 318; M a r c i a l , 265; M a r c o s , 87, 3 0 1 ; M a r t í n , 254; M e t o d i o , 239; M i g u e l , 48, 310, 315, 334, 3 4 1 ; M i g u e l A r c á n g e l , 74; M i g u e l i n E x celsis, 96; N i c o l á s d e B a r i , 314; P a b l o , 289; P a n t a l e o n , 269; P e d r o , 289, 319, 324, 3 3 1 , 358; P e d r o A r b u é s , 294; R a m ó n , 2 7 1 , 272, 2 7 3 , 299; R o q u e , 278, 338; S a n t i a g o , 4 1 ; S e b a s t i á n , 296, 335, 338; S i x t o , 324; V a l e r o , 270, 296. 340; V i c e n t e , 119, 122; V i c e n t e F e r r e r . 132, 215, 216, 217, 266, 280, 281, 282, 283, 284, 2 8 5 . 286, 287, 288, 289, 290, 2 9 1 , 292, 293, 309, 315, 3 3 1 , 358; V i c t o r i á n , 36; V i s o r i o , 2 4 1 ; Voló, 252, 2 5 3 , 313. Santos Lugares, 354. Santuario: Albarracín: N u e s t r a S e ñ o r a de los D o l o r e s , 143; Aralar: S a n M i g u e l , 9 6 ; Atea: N u e s t r a S e ñ o r a de los M á r t i r e s , 15; Barbastro: N u e s t r a S e ñ o r a d e l Pueyo, 256; Biescas: S a n t a E l e n a , 242; Ibieca: S a n M i g u e l d e F o c e s , 213; Huesca: N u e s t r a S e ñ o r a d e Salas, 232, 304; d e Monier: 260; Morizalbarba: N u e s t r a S e ñ o r a d e l a A n t i g u a , 305; Monzón: N u e s t r a S e ñ o r a fie la A l e g r í a , 122; y S a n V i c e n t e y S a n t a Q u i t e ñ a , 119, 122; Sdgua: S a n S a l v a d o r , 116; Vetilla deEbrv: S a n N i c o l á s de B a r i , 314; Zaragoza: N u e s t r a S e ñ o r a d e l O l i v a r , 275; y S a n M i g u e l d e los N a v a r r o s , 48. Saona, 331. S a r a v i l l o ( H ) , 202, 206. S a r i ñ e n a ( H ) , 263. Sasa ( H ) , 342. Saso, f u e n t e , en M o n z ó n , 118, 119, 122. S á s t a g o ( Z ) , 147, 260, 263. Saz, d e s p o b l a d o , 15. S E B A S T I Á N , s a n t o , 296, 335, 338; v a q u e r o de S o r i a , 244. SEGISMUNDO,

emperador,

S e g o r b e , 197, 301. S e g r e , r í o , 344. S e i r a ( H ) , 16.

422

356,

359.

Leyendas para una historia paralela del Aragón medieval S e l c ó s , r í o , 244. S e l g u a ( H ) , 116. S E I . I M A , s o b r i n a d e M u z a y m u j e r d e A h m a r , 189. Selva, O z a , 112. S e l v a m a y o r , m o n a s t e r i o , 27. S e n a ( H ) , 236. Sens ( F r a n c i a ) , 343. S e ñ e s ( H ) , 90. Señor: Alucón: O b a i d a l á , 196; Alharracín: 159, 167; A b d e l m e l i c b e n R a z í n , 196; A b ú M c r u á n , 192; P e d r o d e A z a g r a , 2 3 1 ; P e d r o F e r n á n d e z d e A z a g r a , 145; P e d r o R u i z de A z a g r a , 45, 143; Alcorisa: L o p e de A l b e r o , 165; Amezcoa y Abárzuza: G a r c í a J i m é n e z , 2 5 3 ; Atares: 88; Barbaslro: A l o G a r c é s , 100; Borja: P e d r o A t a r e s , 106, 108, 258; Camañas: R o d r i g o , 67; Castro de Malavella: A r n a l d o , 182; Celia: G a r c í N ú ñ e z , 224; Cuarte, Cadrete y Purroy: M i g u e l P é r e z Z a p a t a , 2 6 2 ; Daroca: A l v a r P é rez, de A z a g r a , 6 5 ; Escondilla: M a r t í n P é r e z , 72; Espés:, 139; Estercuel: G i l de A t r o s i l l o , 2 6 1 ; Fabara: 152; Gallur: A r t a l d e A l a g ó n , 227; B l a s c o M a z a , 227; O r d e n d e l Temple, 227; P a l a c í n , 227; Godojos: F o r t u n o F e r n á n d e z de H c r e d i a , 353; Hipar, 157; Latrás y Valle de Tena: 138, 320; Lérida: A l - M u z a f l a r , 30; Mediano: P e d r o , 14; Me.quinenza: c o n d e A n a l , 149; Monzón: R a m i r o S á n c h e z , 119; Riela: B e r e n g u e r de E n t e n z a , 228, 3 0 1 ; M a r t í n P é r e z d e V i l l e l , 228; Rubielos de Mora: A l o n s o , 73; Sástatrp: B l a s c o de A l a g ó n , 147, 260, 263; Somed:Wi; Suelves: 84; Villel: M a r t í n P é r e z , 72. Señora: F á t i m a , d e M o r a , 73; M a r t i n a P é r e z d e L o z a n o , d e M o m b r ú n , F u e n c l a r a , L a s F a c e n a s y Casasnovas, 87. S e p ú l v e d a , 102. SERENA ALMA,

m o r a de G a l l u r ,

227.

S E T I M A H O M A T , a l c a i d e m o r o d e V i l l e l , 72. S e v i l l a , 42, 320. S i c i l i a , 128, 129, 130. Sierra/monte: Abetito, 88; A l h a r r a c í n , 188, 224, 246; A l c u b i e r r e , 343; A m a n , 111; A r a lar, 96; C a n i g ó , 127; C a ñ a r d a , 199; C i e z m o , 249; G ó c u l o , 252; Frías, 193; G u a r a , 111, 191; I b é r i c o , 133; L a s t r a , 145; L u n a , 38; M a l a d e l a , 252, 298; M o r e n a , 80; O l són, 13; O r o c l , 19, 251; P a l o m e r a , 67; P a n i l l o , 22; P a ñ o , 22, 8 1 , 251; P e ñ a c i l , 170; P e r d i d o , 77; P u e y o , 256; R e d o n d a , 2 6 1 ; S a l l a ó n , 204; S a n C l e m e n t e , 279; S a n J u a n , 19, 2 5 1 ; S a n M i g u e l , 111; S a n V a l e r o , 340; S a n t a Isabel, 10; S e v i l , 332; S i l , 13; T r o n c e d o , 22. S i g e n a , m o n a s t e r i o , 155, 259. S i l , s i e r r a , 13. S I M Ó N DE

MONTEORT,

119,

303.

Sinagoga: Z a r a g o z a , 212. S i r e s a ' ( H ) , 2, 82, 112, 207, 319, 324, 325. SIXTO,

papa,

324.

SOBEYA, h i j a d e M o h a m e d A l t a b i l l , 191. Sobrarbe, 17, 19, 22, 2 3 . 32, 9 3 , 136, 2 4 1 , 2 5 1 , 2 5 3 , 3 2 6 . S o b r e p u e r t o , 342. S o m e d , 182. S o m o n t a n o , 164, 218, 292. S o m p o r t , 268. S o p e i r a ( H ) , 139, 327. S o p c r ú n ( H ) , 23. S o r a , c a s t i l l o , 156.

423

Indice, analitico S o r i a , 100, 101, 102, 244, 300, 317. Sos, 248. Sos d e l R e y C a t ó l i c o ( Z ) , 126, 133, 184. Sosa, r í o , 122. S o t ó n , r í o , 295. S o t o n e r a , 295. S u e l v e s ( H ) , 84. SULAIMAN BFN YAQZAN B E N AL-ARABI, 2.

T a f a l l a ( N a v a r r a ) , 92. T a i f a : R e i n o s taifales, 59; A l b a r r a c í n , 195, 196; G a l l u r , 42; R u e d a , 59; Z a r a g o z a , 4 3 , 52, 62, 195, 198. T a j o , r í o , 9. T a m a r i t e ( H ) , 210. T a r a z o n a ( Z ) , 56, 62, 100, 146, 177, 180, 225, 244, 249, 328. T a r b e s ( F r a n c i a ) , 274. T a r i f a , 177. TARIK,

8,

9,

219.

T a u s t e ( Z ) , 5, 334. T E C L A , santa, 297. T E M P L E , O r d e n , 6 5 , 77,

118,

119,

122, 227.

Templos: M e z q u i t a , 2; s i n a g o g a , 2. T e n a , v a l l e , 138, 186, 320" T E Ó F I L O , esclavo c r i s t i a n o d e Z a r a g o z a , 198. Terremoto: V a l e n c i a , 131. T e r u e l , 65, 70, 71, 72, 73, 74, 76, 78, 117, 124, 125, 146, 167, 173, 174, 176, 177, 178, 181, 2 0 5 , 2 8 5 , 329, 3 3 0 . Tesoro: 42, 49, 5 5 , 108; A y e r b e , 194; C a s t e l l o t e , 199; C u e v a s d e C a ñ a r t , 2 0 1 ; E l Castellar, 209; G r i e g o s , 188; G u a r r i n z a , 190; M o n r e a l , 197, 230; S i r e s a , 2 0 7 ; Sos, 248; T i e r g a , 62. T E X U F I N B E N AI.I B E N YUSUF,

104.

T i e r g a ( Z ) , 62. TlTUREL,

325.

T O C Ó N , m o r o d e L a n g a , 229. T O D A , h i j a d e l c o n d e G a l i n d o , 2 1 ; m u j e r d e l c o n d e B e r n a r d o d e R i b a g o r z a , 23. T O D A RAMÍREZ, f u n d a d o r a d e l m o n a s t e r i o d e T r a s o b a r e s , 257. T o l e d o , 8, 9, 42, 59, 98. T o r l a ( H ) , 344. Torneo: M o r a d e R u b i e l o s , 73. T o r r a l b a d e R i b o t a ( Z ) , 20. Torre: Albarracín: D o ñ a B l a n c a , 159; Daroca: J a q u e , 9; d e l « c a b a l l e r o de la e s p u e l a » o d e C a r i ñ e n a , 146; Graus: P e ñ a d e l M o r a l , 2 2 1 ; 'Teruel: S a n M a r t í n , 2 0 5 ; S a n S a l v a d o r , 205; Zaragoza: S a n t a M a r í a l a M a y o r , 269; Z u d a , 172. T o r r e c i l l a d e A l c a ñ i z ( T ) , 296. T o r r e l a p a j a ( Z ) , 53. T o r r e n u b l o s , 41. T o r r i j o ( Z ) , 53. Tortoles

(Z),

328.

T o r t o s a , 99, 100. T o s o s ( Z ) , 294. T o z a l d e las F o r c a s , e n A l q u é z a r , 26. 424

leyendas para una historia paralela del Aragón medieval T o z a l d e l a M o r a , e n S e n a , 236. T r a m a c a s t i l l a ( T ) , 246. T r a s m o z ( Z ) , 51, 126, 195, 211, 328. T r a s o b a r e s ( Z ) , 4 , 2 5 5 , 257. Tratad/): C a z o r l a , 155. Tributo: 93, 2 0 3 . T r o n c e d o , s i e r r a , 22. Trovador: d e B a r b a s t r o , 164; d e J a i m e I , 158; G u z m á n , 228; M a n f r c d o , 213; M a n r i q u e d e L a r a , 162; P e d r o , 100. T u d e l a (Navarra), 5. Túnel: E j e a : C a r a s o l e s , 156; C o r o n a , 156; C u c o , 156; R u e d a : bajo e l E b r o , 264; T i e r ga, 62. T u r i a , r í o , 117, 178, 181, 270. Urci,

320.

U r g e l l , 132, 171, 172, 262, 283. U R R A C A , r e i n a y m u j e r d e G a r c í a I ñ i g u e z , 8 9 , 9 0 ; r e i n a y m u j e r d e A l f o n s o I e l Batal l a d o r , 98, 99, 100, 102, 103, 105! 156. U r r e a ( Z ) , 59. U s ó n ( H ) , 319. V a l d e a l g o r f a ( T ) , 278. V a l d e r r o b r e s ( T ) , 68. V a l e n c i a , 45, 58, 63, 64, 71, 75, 76, 77, 78, 79, 117, 119, 121, 124, 131, 146, 171, 173, 197, 199, 2 2 0 , 2 3 1 , 2 4 6 , 261, 2 8 4 , 3 0 1 , 3 0 7 , 3 2 4 . V A L E R I A N O , e m p e r a d o r r o m a n o , 324. V A L E R O , santo, 270, 296, 340.

V a l l i b o n a , 339. V a l t i e r r a ( N a v a r r a ) , 209. V a u d u n e , C l a r i o n d e , 28. V e l i l l a d e C i n c a ( H ) , 340. V e l i l l a d e E b r o ( Z ) , 314. V e l i l l a d e J i l o c a ( Z ) , 174. V e r o , r í o , 2 9 , 30, 163, 290, 299. V e r u e l a , m o n a s t e r i o , 169, 211, 258. V I C E N T E , s a n t o , 119, 122.

V I C E N T E B E L B Í S , d e m o r o l l a m a d o A b u Zeyt, r e y d e V a l e n c i a , 78. V I C E N T E F E R R E R , f r a i l e d o m i n i c o y s a n t o , 132, 2 1 5 , 2 1 6 , 2 1 7 , 2 6 6 , 2 8 0 , 2 8 1 , 2 8 2 , 2 8 3 , 284, 2 8 5 , 2 8 6 , 2 8 7 , 2 8 8 , 289, 2 9 0 , 291, 2 9 2 , 2 9 3 , 3 0 9 , 3 1 5 , 331, 3 5 8 . V l C M A R , fraile, 21. V I C T O R I Á N , santo, 36.

V i l l a , d e s p o b l a d o , 333. V i l l a f e l i c h e ( Z ) , 80. V i l l a h c r m o s a , d u c a d o , 153. V i l l a n u e v a d e S i g c n a ( H ) , 236, 259. V i l l a r ( T ) , 246. V T L L A R D E L L , espada,

119, 120.

V i l l a r r o y a d e l a S i e r r a ( Z ) , 310. V i l l e l ( T ) , 72. V I S O R I O , santo, 241.

425

Indice analítico Vitoria, 9 5 . V O T O , santo, 2 5 2 , 2 5 3 , 3 1 3 .

W A I . D O , c o n d e e hijo de d o n R o d r i g o , 1 8 . Walt. A l b a r r a r í n , 2 2 4 ; Alquézar, 2 5 ; B o r j a , 1 9 5 ; C e l i a , 2 2 4 ; Jaca, 1 8 ; T a r a z o n a , 2 4 4 ; Zaragoza, 2, 12, 2 0 . WlTIZA, 1.

Y e b r a d e Basa ( H ) , 2 3 9 , 3 2 4 . Y U S U F , alcaide m o r o de Camañas, 6 7 . Z.AFADOLA, de nombre Chafar A m a d b e n H u d , 5 9 . Z A I D A , h i j a d e A b ú e l M a l c k , 1 8 ; h i j a d e l a l c a i d e d e C e l i a , 1 9 2 ; d e C e l i a , 2 2 4 ; l a crist i a n a Isabel c o n v e r t i d a e n , 5 2 . Zaidín ( I I ) , 3 4 0 . Zalaca, batalla, 6 3 . Z A I . D Í V A R , vasco, 2 1 .

Zaragoza, 2 , 5 , 8 , 9 , 1 1 , 1 2 , 16, 2 0 , 3 5 , 3 6 , 3 7 , 3 8 , 3 9 , 4 2 , 4 3 , 4 6 , 4 7 , 4 8 , 4 9 , 5 0 , 5 2 , 5 3 , 54, 56, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 81, 93, 104, 105, 113, 121, 125, 132, 133, 134, 135, 146, 153, 156, 160, 161, 1 6 2 , 1 6 5 , 1 6 6 , 1 6 9 , 1 8 9 , 191, 196, 198, 209, 212, 217, 227, 229, 233, 235, 243, 246, 252, 260, 262, 269, 274, 275, 276, 287, 298, 300, 305, 310, 319, 326, 331, 345, 348, 351.

Z l l . A , m o r o de Zaragoza, 1 9 8 . Z O M A , alcaide de Daroca, 2 1 9 . Z O R A I D A , hija d e l rey m o r o de M a l l o r c a , 7 7 ; m o r a d e Gratis c o n v e r t i d a c o m o M a rieta, 2 2 1 ; m o r a d e T e r u e l . Z u d a , palacio de Zaragoza, 1 2 . Zuera (Z), 3 5 , 1 9 1 , 2 6 9 , 2 7 4 . Z U L E I K A , mercader, 5 7 .

Z U I . K Y A , h i j a d e l vvalí Aben A m e d M u t a m í n , d e B o r j a , 5 2 . Z u i . I M A , hija del alcaide de La Puebla de Castro, 2 2 2 . Z U M A I L , juez m o r o d e H u e s c a , 2 4 0 .

426

ÍNDICE GENERAL

I.

INTRODUCCIÓN 1. A l g u n a s c u e s t i o n e s previas 2.

U n a h i s t o r i a p a r a l e l a a través de las l e y e n d a s

II. A N T O L O G Í A D E L E Y E N D A S

5 7 13

41

1.

L a c o n q u i s t a m u s u l m a n a (1/12)

2.

R e c o n q u i s t a y r e p o b l a c i ó n (13/87)

55

2.1. R e c o n q u i s t a (13/80)

55

2.2. R e p o b l a c i ó n (81/87)

115

3.

43

E l m u n d o cristiano (88/187)

123

3.1. L o s reyes (88/135)

123

3.2. La n o b l e z a y los s e ñ o r í o s (136/153)

165

3.3.

La v i d a cortesana (154/164)

181

3.4.

Las p u g n a s familiares (165/173)

190

3.5.

La g u e r r a entre cristianos (174/178)

198

3.6. A m o r e s y d e s a m o r e s (179/187)

203

4.

E l m u n d o m u s u l m á n (188/209)

213

5.

E l m u n d o j u d í o (210/217)

233

6.

R e l a c i o n e s entre cristianos y m u s u l m a n e s (218/250)

241

6.1. R e l a c i o n e s amistosas (218/238)

241

6.2. R e l a c i o n e s p r o b l e m á t i c a s (239/250)

260

7.

8.

A s p e c t o s religiosos (251/325)

271

7.1. L o s m o n a s t e r i o s (251/264)

271

7.2. L o s p e r e g r i n o s ( 2 6 5 / 2 6 9 )

283

7.3. L o s s a n t o s ( 2 7 0 / 2 9 7 )

288

7.4. L o s p o r t e n t o s ( 2 9 8 / 3 1 8 )

312

7.5. L a s r e l i q u i a s (319/325)

330

A s p e c t o s socio-culturales (326/359)

337

8.1. L a J u s t i c i a (326/331)

337

8.2.

342

Plagas y e p i d e m i a s (332/342)

427

ìndice general 8.3. L a c u l t u r a (343/348)

352

8.4. A r a g o n e s e s a l l e n d e las f r o n t e r a s ( 3 4 9 / 3 5 3 )

357

8.5. A r a g o n e s e s c o n p e r s o n a l i d a d (354/359)

362

III. B I B L I O G R A F Í A

369

IV. Í N D I C E S

379

428

1.

índice de leyendas

381

2.

índice de lugares de origen

391

3.

índice analítico

397

Este l i b r o se a c a b ó de gestar c o n los albores d e l día d e n u e s t r o s e ñ o r san J o r g e d e 1997, u n o de los protagonistas d e sus p á g i n a s .

C. S . I . c .

INSTITUCIÓN «FERNANDO EL CATÓLICO

E X C M A . DIPUTACIÓN D E Z A R A G O Z A

Ubieto, Ag.- Leyendas para una historia paralela del Aragón Medieval

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