UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS DEPARTAMENTO DE GEOFÍSICA
T u t o r i al Oasis monta j 5.1 - Geosoft
Luciano Konzen
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Índice
Prefácio Introdução
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Utilizando o Programa 1 - Criando uma Base de Dados 1.1 - Área de Trabalho ( Workspace ) 1.2 - Base de dados ( database )
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1.3 - Modificando a base de dados 1.4 - Novo Sistema de Coordenadas
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2 - Interpolando os Dados de uma Base 2.1 - Indicando os Canais das Coordenadas 2.2 - Interpolação 2.3 - Avaliando o Grid
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3 - Processamento de Grids 3.1 - Domínio do Espaço
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3.1.1 - Operações com Grids 3.1.2 - Separação Regional-Residual
3.2 - Domínio de Comprimentos de Onda
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3.2.1 - Continuação 3.2.2 - Derivadas 3.2.3 - Redução a Latitudes Magnéticas 3.2.4 - Filtros de Passagem de Comprimentos de Onda 3.2.5 - Cosseno Direcional
3.3 - Sinal Analítico
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4 - Mapas 4.1 - Construindo um Mapa 2D
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4.1.1 - Inserindo um Grid no Mapa 4.1.2 - Escala de Cores
4.2 - Construindo um Mapa com Relevo 4.3 - Curvas de contorno 4.4 - Exportando Um Mapa
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5 - Outras Ferramentas 5.1 - Construção de Perfis
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5.2 - Barra de Mapas
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Prefácio ste tutorial foi produzido no 1 o semestre de 2002, como parte de um projeto PAE/CAPES ♥, e foi elaborado em sintonia com os projetos de processamento da disciplina AGG324 - Métodos Potenciais: Aplicações em Petróleo e Recursos Minerais, do curso de graduação em Geofísica do IAG/USP ♠. Contou com a valiosa supervisão da Profª Drª Naomi Ussami. O seu objetivo é o de apresentar diferentes ferramentas de uso corrente no processamento de dados potenciais disponíveis no software Oasis montaj, da Geosoft. Tais ferramentas somente estão disponíveis no produto licenciado e referem-se às versões 5.1.x, podendo ter formatos similares em outras versões. O tutorial é um manual para iniciantes, que poderá ser utilizado como um guia passo-a-passo para a obtenção de imagens de dados brutos ou processados, bem como para a elaboração de perfis. De forma alguma pretende-se discutir as metodologias utilizadas, assim como aspectos avançados do uso das ferramentas. Para o bom aproveitamento deste, é necessário que o usuário já esteja familiarizado com o sistema Windows© e possua conhecimento básico de inglês.
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Programa de Aperfeiçoamento de Ensino / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. ♠ - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas / Universidade de São Paulo
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Introdução O Oasis montaj é um aplicativo que opera sobre o sistema operacional Windows (9X, 2000, ME, NT). Ele permite ao usuário acessar bases de dados e grids Geosoft, além de uma grande variedade de formatos de imagens e bases de dados, e processá-los com o objetivo final de gerar mapas de distribuição ou perfis de propriedades. Este aplicativo permite que, de modo simples, se transforme um conjunto de dados distribuídos bidimensionalmente em uma grade ou malha regular de dados ( grid ), podendo-se utilizar diferentes métodos de interpolação e sistemas de coordenadas. Possui uma grande quantidade de ferramentas de processamento de grids , chamadas GX (G eosoft e Xe cutables ), que são facilmente acessadas pela barra de ferramentas. O aplicativo auxilia na elaboração de mapas e permite que esses sejam exportados a formatos de imagem digital (.bmp, .jpg, .tif…), e inseridos em editores de imagem ou texto, ou ainda, que se imprima em diferentes tamanhos e layouts. Atualmente, só existem versões em inglês. Os tutoriais e arquivos de ajuda do software encontram-se no mesmo idioma. Para quem deseja aprofundar-se no uso do programa, é recomendada a leitura dos manuais do fabricante, já que são completos e detalhados.
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Utilizando o Programa
1 - Criando uma Base de Dados 1.1 - Área de Trabalho (Workspace ) A área de trabalho é uma versão digital da mesa de trabalho do usuário. Nela podem estar contidas todas as bases de dados, imagens, mapas e perfis gerados em um projeto. Sempre que o usuário retornar à área de trabalho, esta será encontrada da maneira em que foi deixada no último acesso, desde que tenham sido salvas as alterações. A área de trabalho também controla a pasta de destino de todos os arquivos gerados no projeto. Para trabalhar com o Oasis montaj é necessário que uma área de trabalho seja aberta. Para criar uma basta clicar em New Workspace, no menu File, e selecionar nome e pasta de destino. O arquivo gerado terá extensão .gws. No mesmo menu aparecerão as opções de abrir, salvar e fechar uma área de trabalho ( Open, Save e Close).
1.2 - Base de Dados ( database ) As bases de dados são planilhas onde, de forma ordenada, estão armazenados todos os dados e as respectivas coordenadas dos pontos de medida de um projeto. As informações contidas nelas estão dispostas em linhas e colunas ( channels ), sendo que cada coluna possui um tipo de informação ( fields ) e cada linha refere-se a um ponto de medida. Uma base de dados pode ser composta por mais de um grupo ( lines ), muito utilizados para armazenar diferentes linhas de vôo em aerolevantamentos. A partir do menu Data, pode-se criar uma base de dados clicando em New database. Basta selecionar o nome da base de dados e o número máximo de grupos e colunas (canais), de acordo com a necessidade. Pode-se escolher o mesmo nome utilizado para a área de trabalho, uma vez que o arquivo gerado terá uma outra extensão (.gdb). A partir de então, deve-se introduzir os dados na base de dados. Para isso, no mesmo menu, entre em Import e escolha o formato em que foram armazenados os dados. Usualmente estes são salvos em formato texto, em que encontram-se separados por espaços, vírgulas, tabulações, etc. Se esse for o caso, escolha Ascii. Procure o arquivo desejado e clique em 5
Wizard. A importação dos dados é feita em três etapas. Na primeira, deve-se informar como estão
separados os dados de cada coluna. Em File Type indique se os campos estão separados por algum caractere ou se eles estão alinhados no arquivo todo, formato fixo. Caso o arquivo possua uma linha de cabeçalho ou linha contendo unidades, as respectivas aparecerão nos referidos campos. Se o cabeçalho não contiver informações relevantes apague os números destes campos e inicie a importação a partir de uma linha específica. Avance. No seguinte passo, os campos já devem estar separados por linhas verticais. Caso a separação não esteja correta, modifique o separador utilizado ou a posição das linhas, no caso de formato fixo. Avance novamente quando os campos estiverem corretos. Caso contrário volte e reveja o critério de separação. No passo final deve-se informar o nome de cada canal, caso não tenha sido feito automaticamente através das informações do cabeçalho. Para tanto, clique na coluna e preencha o campo Channel name, na área Parameters. Após todos os canais estarem nomeados, clique em Concluir. Clique em seguida em Sim, na janela “ Save the template?”. Em Ok, na seguinte, e Sim na janela “ Import data into the current database?”. Neste momento a base de dados criada deve apresentar os dados importados.
1.3 - Modificando a Base de Dados Quando introduzidos via importação, os dados disponíveis na base de dados aparecem protegidos, como meio de prevenir alterações acidentais e assim de garantir a sua integridade. A proteção é indicada por um pequeno triângulo preto no canto superior esquerdo da legenda dos canais nessa condição. Para desprotegê-los, bem como torná-los novamente protegidos, basta clicar com o botão direito do mouse sobre a legenda do canal desejado e clicar a opção Protected, no menu então aberto. A modificação dos valores é feita simplesmente marcando a
célula escolhida e digitando o novo valor. Para proteger e ou desproteger todas as células de uma base de dados clique nas opções Protect all e Protect none, respectivamente. 6
No mesmo menu utilizado na proteção, encontra-se o comando Edit. Este comando serve para que as características de uma coluna sejam alteradas. Nele pode-se alterar o nome e a etiqueta modificando-os nos campos indicados por name e label. É possível também, através do comando Format no campo Display, modificar o formato do canal. É particularmente útil quando se deseja transformar as coordenadas geográficas de graus e fração de grau para graus, minutos, segundos e fração de segundo. Para isso, muda-se do formato Normal para Geographic. No novo formato, a coordenada -56.7557 passaria a ser exibida como -56.45.20.5 (-56 °45’20.5’’). Ainda pode-se alterar a largura de uma coluna ou o número de decimais exibidos, modificando o número de caracteres indicado nos campos Field width e Decimals. Essa modificação é apenas de apresentação, não acarretando alteração na precisão dos dados nos canais alterados.
1.4 - Novo Sistema de Coordenadas O programa Oasis montaj permite que se mude o sistema de coordenadas utilizado em uma base de dados de maneira muito simples. Para projetar coordenadas geográficas em UTM (Universal Transversal Mercator ), ou vice-versa, deve-se acessar o menu Coordinates e escolher “ New projected coord…”. Na primeira janela que se abre, deve-se informar os canais que contém o sistema de coordenadas em uso. Não é exigido indicar um canal que contenha a altimetria. Na próxima janela é apresentado o sistema de coordenadas utilizado. Provavelmente o título desta será, na primeira vez, “Unknown coordinate system (x,y) ”. Se isso ocorrer, clique em Modify, para informar o sistema adotado. Configurando coordenadas geográficas, na primeira janela escolha Geographic (long,lat) e clique em Next>. Na seguinte deve-se escolher o datum utilizado ♣. Clique novamente
em Next> para o datum local igual ao anteriormente escolhido. Abre-se, então, uma janela idêntica à apresentada logo acima. OK. Para configurar as coordenadas UTM, segue-se um processo semelhante. Informe os canais que devem conter as coordenadas UTM leste e norte. Na janela “Unknown coordinate system (x,y)”, escolha Modify. Então, escolha Projected (x,y). Na próxima, escolha o datum e a zona UTM da projeção ♦. A zona deve corresponder ao meridiano ♣-
Os data de utilização mais comum no Brasil são Córrego Alegre (na maioria dos mapas) e WGS84 (nos aparelhos de GPS em que não é dada a opção de datum) ♦ - A projeção UTM é uma projeção cilíndrica do globo em torno de meridianos centrais. Os meridianos mais comumente utilizados são separados por 6o e definem 60 zonas UTM ao redor do globo. No Brasil são utilizados 8 meridianos centrais. De oeste para leste,: -75o, -69o, -63o, -57o, -51o, -45o, -39o e -33o, o que corresponde às zonas de 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22 e 23, respectivamente. A zona UTM, no Oasis montaj, vem acompanhada com a inicial do hemisfério em que se encontra a área a ser projetada. 7
central mais próximo do conjunto de dados. Duas vezes em Next> para utilizar o mesmo datum local. Em seguida, escolha a unidade utilizada na projeção. É muito comum utilizar-se quilômetros. Para isso, escolha kilometre. Surge então, uma janela como a apresentada nessa próxima página. Essa janela contém todas as informações sobre a projeção utilizada. As conversões UTM àGeo ou Geo àUTM são feitas de forma semelhante, simplesmente tendo invertida a ordem das configurações.
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2 - Interpolando os Dados de uma Base 2.1 - Indicando os Canais das Coordenadas Para realizar a interpolação ♥ de dados é necessário informar ao programa quais os canais da base de dados aberta serão usados como coordenadas horizontal e vertical. Isso é feito através do menu Coordinates. Nele, escolha “Change X,Y coordinates…”. Então, abre-se a janela S “ et current X,Y channels”. No campo Current X (Easting) indique o canal da coordenada horizontal (long, UTME, etc.) e para Current Y (Northing), o canal da coordenada vertical (lat, UTMN, etc.). Esse passo é importante, pois a interpolação somente será feita com essa informação e ocorrerá de forma distinta, de acordo com as coordenadas utilizadas.
2.2 - Interpolação A interpolação por mínima curvatura é feita através do menu Grid e sub-menus Gridding, Minimum curvature, “Dialog control…” em seqüência. Logo após, abre-se uma janela igual à apresentada ao lado. Nela, deve-se indicar o canal de onde virão os valores a ser interpolados, escolher o nome do arquivo de grid a ser gerado e, caso haja necessidade, deve-se informar o tamanho das células da interpolação. Caso não se opte por um tamanho de célula, o Oasis montaj vai escolher um valor ♠ que se adapte bem à distribuição dos dados. No caso de optar-se, este deve ser informado na mesma unidade das coordenadas da interpolação. O grid gerado terá, desta forma, oito células, além dos pontos extremos dos dados utilizados na sua geração. Na opção Advanced> pode-se modificar os limites do grid , informando os novos valores no campo Xmin, Ymin, Xmax, Ymax, os quais devem ser informados nessa ordem e separados por uma vírgula. Na mesma opção pode-se regular a tensão interna♣, de modo a suavizar a superfície. Na opção Internal tension aumenta-se a tensão, atribuindo-se um valor entre zero e um. Feitas as alterações, volta-se àjanela anterior clicando em Back>. Além do Geosoft grid, o programa permite gravar em diversos outros formatos. Dentre eles, pode-se destacar Surfer© e ER Mapper© . O formato pode ser alterado através do botão Browse, no campo “ Salvar como tipo” A menos que seja indicado um local diferente, o arquivo - Interpolação é um processo pelo qual o valor de uma propriedade em um ponto é determinado pelos valores adjacentes, de modo que o novo valor represente uma transição suave entre os primeiros. É utilizada para criar distribuições regulares de dados. 1/2 ♠ - O valor adotado é ¼* (S / N) ,onde S é a área do grid e N o número de dados contidos na área. ♣ - Tensão interna pode, intuitivamente, ser entendida como a rigidez de uma superfície elástica estendida sobre pontos de altura irregular. Quanto maior for a tensão interna mais suave será a curva obtida na interpolação. 9 ♥
gerado será salvo na pasta em que se encontrar a área de trabalho. Para modificar o destino deve-se clicar em Browse e escolhê-lo.
2.3 - Avaliando o grid As características do grid criado podem ser exibidas rapidamente através do comando Grid Info…, no menu Grid. Basta escolher o grid através do Browse e, em seguida, clicar em Report. Na janela que se abre aparecem informações, tais como tamanho das células, início do grid , dimensões do grid , etc. Para mais informações estatísticas, pode-se clicar em Stats. Para uma avaliação visual do grid pode-se apresentá-lo, de forma preliminar, em um mapa provisório. Desse modo, pode-se verificar a qualidade da interpolação e, assim, optar por refazer o grid com outros parâmetros, se for o caso. Ainda no menu Grid, escolha Display Grid e Single Grid…. Na janela que se abre deve-se escolher o grid a ser apresentado. Pode-se também escolher a escala de cores ou os intervalos de contorno, caso os pré-definidos não sejam adequados. Para finalizar a escolha, clique em New Map. O grid apresentado é então gravado também em um arquivo, cujo nome é igual ao do grid, porém com extensão .map.
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3 - Processamento de Grids 3.1 - Domínio do Espaço O programa Oasis montaj permite uma infinidade de opções de processamento de grids . Serão listados os principais utilizados em métodos potenciais. 3.1.1 - Operações com Grids É possível, através do menu Grid e sub-menu Expressions, realizar diversas operações algébricas com grids . Há opções de remover um valor constante (base), multiplicar por um fator constante, somar, subtrair, multiplicar, dividir grids ♦. Em todas essas operações é necessário indicar o grid de entrada ( Input) e criar um nome para o arquivo resultante da operação. Permite, ainda, através do sub-menu General Expressions…, criar-se uma expressão algébrica arbitrária, envolvendo até seis grids distintos. Indicam-se os nomes dos arquivos nos campos de G1 a G6 (ao menos dois) e no campo Expression deve-se escrever a expressão matemática ♥. Caso o processamento desejado seja efetuado passo-a-passo, pode-se criar um algoritmo, contendo as operações na seqüência correta. Utilizando-se um editor de texto como Notepad , redige-se um arquivo de texto que deve ser salvo com extensão .EXP. A partir daí, basta indicar o seu nome no campo OR expression file. Para que esse tipo de processamento funcione é necessário que todos os grids envolvidos possuam as mesmas dimensões. 3.1.2 - Separação Regional-Residual A separação regional-residual é realizada através do menu Grid, sub-menu Filters e opção Trend. Escolhe-se, então, o grid de que se quer eliminar o regional, o nome do novo grid residual, quais ♠
pontos serão utilizados para gerar o polinômio e qual ordem ele deve ter. No caso de se desejar gerar um grid contendo a componente regional, basta subtrair o residual do grid original, contendo a anomalia (veja 3.1). - As operações são feitas célula a célula e o resultado é atribuído à mesma posição, no grid resultante. ♥ - A expressão deve ser escrita na forma de atribuição de variável. Por ex: G1=G2+G3*G4/G5. São possíveis também diferentes operações algébricas e trigonométricas. Saiba mais detalhes sobre sintaxe e funções matemáticas no Help: ♦
Rules for Math Expressions.
- Esse processamento separa a anomalia nas suas componentes regional, de causas profundas, e residual, causada por fontes rasas. Usualmente o regional é um polinômio de até 3o grau que melhor se ajusta aos dados, representando uma tendência comum a todos. A componente residual é a diferença entre os dados de anomalia e o regional. 11 ♠
3.2 - Domínio de Comprimentos de Onda Para utilizar esse processamento é necessário transformar o grid em que os dados estão espacialmente distribuídos em outro, cuja distribuição seja no domínio de comprimentos de onda. A técnica utilizada, para tanto, é a FFT. No Oasis montaj, o procedimento mais adequado é feito passo-a-passo, pelo menu MAGMAP . Nele, os quatro primeiros sub-menus apresentam uma ♣
seqüência lógica do procedimento. No primeiro, Prepare grid…, cria-se um grid pré-processado ♦, para a aplicação da FFT. Na janela que surge indicase o nome do arquivo de grid a ser transformado e o nome do novo grid . Na mesma janela pode-se optar por remover uma componente regional (tendência) de polinômio ♥ até ordem 3 e, ainda, indicar a que pontos do grid esse polinômio deva ajustar-se. É possível, também, adotar expansão do grid para transformá-lo em uma função periódica e contínua ♠. O segundo passo é efetuar a FFT do grid pré-processado no passo anterior, pelo sub-menu Forward FFT…. Na janela que se abre, indique o arquivo do grid pré-processado e clique em OK. Automaticamente, será gerado um arquivo denominado nomedogrid_trn.grd. Esse procedimento, tendo sido feito uma vez, não precisa ser repetido para processar um grid nos passos seguintes. Todos os filtros podem ser aplicados sobre esse último arquivo, já que geram sempre novos grids . O próximo passo é definir o(s) filtro(s) a ser aplicado(s), assim como os parâmetros utilizados para casa. Isso é feito no sub-menu Define Filters…. Escolha, na primeira janela, o controlador de filtros magmap.con e, na seguinte, o(s) filtro(s) a ser aplicado(s). Todos os filtros definidos serão aplicados na ordem do superior para o inferior da janela, podendo ser escolhidos até seis filtros. O passo seguinte, pela ordem do menu, é a aplicação dos filtros. Clicando em Apply Filter…surge uma janela onde se deve indicar o nome do arquivo de FFT (nomedogrid_trn.grd) para a aplicação do filtro, o nome do novo arquivo de grid processado, o controlador de filtros e o grid de referência, aquele indicado no primeiro passo para pré-processamento. O resultado dessa operação é um arquivo de grid no domínio do espaço, já que essa filtragem aplica automaticamente a transformada inversa, IFFT. O novo grid terá as mesmas características do original: extensão, resolução, falhas, etc.
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Existem inúmeras possibilidades de filtragem no domínio de comprimento de onda para dados potencias, considerando-se ordem de aplicação, parâmetros e tipos de filtros disponíveis no Oasis montaj. Neste capítulo, serão abordados somente os mais utilizados, contidos no menu MAGMAP, e a influência dos parâmetros no resultado obtidos. 3.2.1 - Continuação Continuação, para cima ou para baixo, pode ser vista como transferência da altitude de onde foram coletados os dados potenciais ♣. O dado processado terá seu valor alterado de acordo com a continuação utilizada. A continuação para cima, Upward Continuation, causa atenuação dos pequenos comprimentos de onda, reduzindo a influência das fontes rasas e pequenas, com isso suavizando o grid . Já a continuação para baixo, Downward Continuation, amplifica esses comprimentos e, da mesma forma, o ruído presente nos dados. Essa continuação não é adequada para grandes deslocamentos. Na definição desses filtros o valor da continuação deve ser dado na mesma unidade em que foi interpolado o grid . Se em UTM, deve ser dado em quilômetros ou metros, de acordo com o utilizado. Sendo em coordenadas geográficas, é necessário que se informe em fração de grau (1 o.≈ 100km, no Brasil). 3.2.2 - Derivadas O programa possibilita a aplicação das derivadas nas direções horizontais N-S, Derivativ in Y-direction, e E-W, Derivativ in X-direction. Também pode-se aplicar na direção normal, Derivativ in Z-direction. As derivadas horizontais realçam estruturas perpendiculares à direção de aplicação, enquanto a derivada na direção normal realça anomalias causadas por fontes superficiais. Nesse filtro é possível escolher a ordem da derivada, indicada na janela que se abre. 3.2.3 - Redução a Latitudes Magnéticas Esse filtro permite que se transforme a anomalia magnética medida em latitudes intermediárias, em que as anomalias não encontram-se centradas sobre as fontes, em anomalias similares às obtidas nos pólos ou equador magnéticos. Esse procedimento torna as anomalias simétricas, quando reduzidas ao pólo, e anti-simétricas, ou seja, de extensões simétricas com sinal contrário ao norte e sul, quando ao equador magnético. Para tanto, utilizam-se os filtros Reduce to Magnetic Pole e Reduce to Magnetic Equator, respectivamente. Escolhido o filtro, deve-se informar a inclinação e a declinação magnéticas da área estudada. O uso das reduções é adequado para áreas próximas ao meridiano da redução. Para o - O resultado da continuação é similar à resolução da Equação de Laplace do campo potencial para uma altitude diferente. É fisicamente aceitável, desde que, sendo a continuação para baixo, o nível encontre-se fora do solo, não contrariando a premissas para a utilização da Equação de Laplace, de não possuir fontes externas. ♣
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Brasil a redução ao equador é a mais indicada, já que o país encontra-se a baixas latitudes magnéticas. Outra premissa que deve ser respeitada é a de somente haver magnetização induzida nas rochas, isto é, magnetização remanessente deve ser nula. 3.2.4- Filtros de Passagem de Comprimentos de Onda Esses filtros cortam abruptamente comprimentos de onda fora da faixa selecionada. São eles filtro pass-altas, High-pass filter, filtro passa-baixas, Low-pass filter, e filtro passa-banda, Band-pass filter. Ele opera simplesmente igualando a zero as amplitudes maiores que o comprimento de onda de corte no caso do passa-baixas, menores para o passa-altas e exteriores para o passa-bandas. Nos três casos devem ser informadas as freqüências de corte. O passabanda pode, ainda, ser ajustado para rejeitar uma banda específica, como um filtro notch com tamanho ajustável. 3.2.5 - Cosseno Direcional Esse filtro é muito útil para corrigir a interpolação de dados de aerolevantamentos. É comum, nesses casos, que as distâncias entre linhas as linhas de vôo sejam muito maiores que as dos pontos da linha. Isso pode criar uma tendência senoidal na direção perpendicular às linhas de vôo, caso a interpolação dos dados seja utilizado um tamanho de grid pequeno. Com esse filtro, Directional Cosine Filter, consegue-se reduzir fortemente essa tendência. É necessário informar a direção da tendência a ser reduzida, a potência do cosseno aplicado e se a rejeição ou aceitação é pretendida.
3.3 - Sinal Analítico O sinal analítico pode ser encontrado no menu MAGMAP, e é acionado através do sub- menu Analytic signal…. Sua função é a de realçar as bordas das fontes das anomalias e é muito útil no caso de dados magnéticos que contenham influência de magnetização remanessente ou tomados a baixas latitudes magnéticas. Matematicamente, ele é o módulo do gradiente 3D do campo. Indica-se o nome do grid a ser processado e o nome do novo arquivo, contendo o sinal analítico. A derivada 14
em Z pode ser obtida tanto no domínio do espaço, Convolution, como o de comprimento de onda, FFT, para a obtenção da derivada em Z. A primeira opção é recomendada no caso de grids muito extensos, devido à necessidade de menor tempo de processamento.
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4 - Mapas 4.1 - Construindo um Mapa 2D Para construir um mapa, seguindo o layout da página de impressão, basta entrar no menu Mapping. Nele, encotra-se o sub-menu New Map, que abre-se nas opções New map from X, Y… e New map from lat, long…. Na primeira delas, o mapa é plotado nas coordenadas indicadas como X e Y (vide 2.1). A projeção utilizada é, nesse caso, cartesiana, mesmo que as coordenadas sejam latitude e longitude. Já na outra opção, são criados dois sistemas de coordenadas sobrepostos, um em UTM, dos canais X e Y, e outro em coordenadas geográficas. Para utilizar essa opção, não é necessária a criação de canais com latitude e longitude. Abre-se, então, uma janela, possibilitando especificar os limites do mapa digitando-os, tomando os extremos do posicionamento de pontos contidos em uma base de dados, ou ainda, ajustando-o aos extremos de um grid. Na mesma janela é possível ajustar o tipo de projeção a ser utilizado (vide 1.4 ).Feito isso, na próxima janela escolhe-se o nome do novo mapa, o layout da página para a impressão do mapa e, caso desejado, especificar a escala.Surge, então, na tela um mapa em branco. Sobre ele, deve ser colocada a grade de coordenadas. Isso é feito no mesmo menu , no sub-menu Base map, na opção Draw Base map….Na primeira janela ajusta-se o posicionamento do mapa na folha. Na segunda, ajustam-se as características da grade de coordenadas. Essas duas primeiras podem ser passadas diretamente, deixando as características pré-definidas pelo sistema. Na janela seguinte, deve-se escrever os títulos do mapa a ser plotado. Junto com a grade aparecem uma escala de distâncias e uma seta representativa do norte geográfico. 4.1.1 - Inserindo um Grid no mapa Para inserir um grid, basta seguir as instruções contidas no item 2.3, optando ao final por Current Map. 4.1.2 - Escala de Cores Pode-se inserir a escala de cores através do menu Grid, na opção Display grid, e, em seguida, optar por Colour legend bar, para escala de cores vertical, ou Horizontal colour legend bar, para horizontal. Na janela que surge deve-se indicar em AGG/layer group o grid ao qual a escala serve como referência. Também pode-se posicionar, ampliar e intitular a escala. 16
4.2 - Construindo um Mapa com Relevo A construção de um mapa com relevo é possível através da ferramenta 3D Surface… que se encontra no menu Grid, no sub-menu Display grid. Acionando-a deve-se informar, na primeira janela, os grids a ser utilizados de base para o relevo e para a coloração. Nas janelas que se seguem só é necessário nomear o novo mapa, já que o mapa gerado com as características pré-definidas é aceitável e todas podem ser alteradas mais facilmente com as ferramentas interativas. A manipulação desse formato de mapa é um pouco diferente, já que se pode variar o ângulo de visada. Para isso aparece próximo à tela de edição dele uma barra de ferramentas 3D Tool. Nela se pode optar por rodar o mapa em todas as direções, ampliar ou redizir ou arrastá-lo. Em caso de desorientação, pode-se centralizar o mapa facilmente, através do comando Centre. Ainda é possível variar as características da ilumindação utilizada, modificando a intensidade, inclinação, declinação e distância da fonte. Depois de finalizada a edição, clica-se em Close e, a partir desse momento passa-se a ter uma projeção 2D da visada definida.
4.3 - Curvas de Contorno Se, ao invés de um mapa de cores, o usuário optar por plotar um mapa de contornos, ou ainda, se quiser usá-lo como complemento a ele, pode fazê-lo através do sub-menu Contour, no menu Mapping, e optar por Quick… para contornos de acordo com o default ou Contour… para ter mais opções.
4.4 - Exportando um Mapa Os mapas podem ser exportados em formato de imagem, através do menu Maps. Nele optando-se por Export…, pode-se criar arquivos de diversos formatos, como .bmp, .jpg, .tif, etc; que podem ser facilmente introduzidos em editores de texto ou de apresentação.
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5 - Outras Ferramentas 5.1 - Construção de Perfis O Oasis montaj permite que se construam perfis de valores interpolados a partir de grids. Para esse procedimento é recomendável que se crie uma nova base de dados para guardar o perfil (vide 1.1). A ferramenta de construção de perfis é acionada através do menu Grid. Nele deve-se entrar em Utilities, optando-se por Grid profile…. Abre-se, então, uma janela onde é possível indicar até cinco grids , para se construir os perfis sobre os mesmos pontos, o nome da linha onde serão gravados os dados e o intervalo de amostragem, caso se queira especificar um valor, lembrando que ele deve estar nas unidades das coordenadas do grid. O posicionamento do perfil no grid pode ser feito de duas maneiras: informando as coordenadas, através da opção manual Input, ou clicando-se as extremidades do perfil sobre o grid, por digitizing. Nessa opção, para finalizar a seleção dos pontos clica-se com o botão direito e depois, com o esquerdo em Done, na janela de comandos que se abre. Esse procedimento somente alinha os valores das coordenadas X e Y e os respectivos valores interpolados do grid. Para visualizar o perfil basta ir ao topo do canal e, clicando com o botão direito sobre o nome, optar por Show Profile. Se o perfil estiver a contento, pode-se registrá-lo em um arquivo de mapa clicando, também com o botão direito, sobre o perfil e escolhendo Plot profile figure…. Então Escreve-se um título para o mapa e indica-se a unidade da escala horizontal.
5.2 - Barra de Mapas O Oasis montaj possui uma barra de ferramentas para a manipulação de mapas que pode ser anexada ao menu principal ou ser utilizada flutuante. Originalmente ela encontra-se na lateral direita do programa, mas pode ser deslocada, de acordo com o desejado. Nela se encontram várias ferramentas úteis na visualização de mapas, bem como outras que, através de vinculação na exibição de mapas, viabilizam a comparação entre eles e os respectivos dados.
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View / Group Manager - Gerencia a exibição e a disposição dos elementos
que compõe o mapa.
Select / change the current view - Alterna entre a visualização da base e
dos dados do mapa. Select a group - Seleciona, para edição, diferentes grupos de elementos que compõe o mapa, tais como grid, base, escala, título… Shadow cursors - Cursor com posicionamento simultâneo em todos os mapas abertos. Shadow cursors with Dynamic Link - Cursor com posicionamento simultâneo em todos os mapas, perfis e bases de dados abertos. Pan Mode - Ferramenta de arraste, para visualização do mapa. Interactive Zoom - Amplia ou reduz o mapa, movendo o mouse com o botão esquerdo acionado, para a direita ou esquerda, respectivamente. Zoom - Permite a criação de uma janela de seleção para a visualização aproximada. Shrink 50% - Reduz a visualização do mapa em 50%. Last view - Retorna à visualização anterior. Redraw Map - Redesenha o mapa, resolvendo problemas de visualização. Full Map - Apresenta o mapa inteiro no monitor. This Map / All Maps / Other maps - Possibilitam que as operações de visualização feitas sobre um mapa sejam reproduzidas sobre os demais, quando desejado.
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