As Troianas
Introdução Troianas de Eurípedes, A partir da leitura do livro As Troianas pudemos ter uma breve visão sobre o sofrimento das mulheres que perderam seus respectivos maridos, filhos e famílias durante a guerra de Tróia.
Definimos essa triste narrativa como uma história feminista, já que se trata trata basicamente basicamente da persistência persistência das das mulheres mulheres à continuidade continuidade da vida, mesmo sem motivos ou apoio para isso. Portanto, estabelecendo este conceito, decidimos nos basear em propagandas e mídias feministas, comparando a nossa sociedade feminina, que luta em busca da igualdade dos sexos em meio aos direitos e ao trabalho com as mulheres de Tróia que lutaram contra toda a dor e sofrimento causado pelas perdas familiares, para 'seguir em frente'. Além disso, nos adentramos aos mitos gregos presentes na As Troianas Troianas, aprendendo mais sobre a condição de tragédia d' As cada personagem da trama. Finalmente tivemos a intenção de buscar a permanência das ideias de persistência das mulheres de Tróia nos dias de hoje.
Os mitos presentes presentes na tragédia
O mito de Cassandra O mito conta que, Cassandra e seu irmão gêmeo Heleno, filhos de Príamo e Hécuba, rei e rainha de Tróia, brincavam quando criança no templo de Apolo. Ficando muito tarde, acabaram por não voltar para casa e dormiram no templo. Quando encontrados pela manhã por sua babá, estavam com as orelhas sendo lambidas por serpentes. Assustadas com a presença de outra pessoa, as serpentes vão embora mas, com os ouvidos sensíveis, as crianças passam a ouvir a voz dos deuses e a prever acontecimentos futuros. Porém, no casa de Cassandra, dona de uma grande beleza, se faz apaixonar o deus Apolo e, quando não correspondido condena Cassandra a ter suas profecias desacreditadas pelas outras pessoas. Dessa forma suas previsões sobre a guerra de Tróia e o cavalo enviado a cidade são ignorados e, esta cai em ruínas. O mito de Poseidon Poseidon, deus dos mares, era filho dos Titãs Cronos e Rea, irmão de Zeus, deus dos deuses e de Hades, deus das almas dos mortos. Em um dos mitos, Poseidon e Apolo, deus da música, ajudaram o Rei de Troia, Laomedonte, e, com a promessa de recompensas, construíram os muros da cidade de Troia, porém foram enganados e não houve recompensas, fazendo com quem Poseidon se vingasse fortemente de Laomedonte. Ele apoiou os gregos na Guerra de Troia e enviou um terrível monstro marinho para devastar a terra.
O mito de Helena
Helena, filha de Zeus e Leda, foi raptada quando criança por Teseu, rei de Atenas. Tempos depois foi recapturada por seus irmãos e levada de volta à Esparta. O pai terrestre de Helena decidiu que era hora de ela se casar, mas não quis escolher seu futuro marido. Então, deixou a escolha para a mulher com o título de mais bela do mundo, juntamente com um juramento que todos os pretendentes protegessem Helena e o marido que escolhesse. Casou-se com Menelau, que se tornou o rei de Esparta. Antes desse casamento sem paixão, Helena teve uma visão. Nessa visão encontrava-se Páris, que era o homem que ela queria se casar. Páris apareceu a ela, pois tinha sido o escolhido a juiz para falar qual seria mais bela entre Atenas, Hera e Afrodite. Todas prometeram algo a Páris, mas Afrodite prometera a mulher mais bela, deixando-o vê-la, fazendo com que ela tivesse uma visão paralela à dele – citada anteriormente. Em uma visita a Esparta, Páris e Helena se apaixonam – Helena sob feitiço de Afrodite – e, então, ela é sequestrada por Páris e é levada a Troia. Menelau, Agamemnon e Aquiles juntam-se para resgatar Helena e vingar seu marido. A guerra de Esparta contra Troia arrasta-se por dez anos, mas, então, um dia, troianos encontram o acampamento dos espartanos vazio, apenas com um cavalo de madeira, e acham que estes abandonaram a guerra. Logo após isso, vários soldados espartanos começam a sair de dentro do cavalo, com troianos desprevenidos, causando surpresa nestes últimos. Esparta vence, Troia é completamente destruída. Logo, conclui-se que Helena fora o motivo principal da Guerra de Troia.
O mito de Agamenon Filho de Atreu e Aérope e irmão de Menelau, Agamenon foi rei de Micenas ou Argos no chamado período heróico da história grega. Ele e seu irmão esposaram as filhas do rei de Esparta, Clitemnestra e Helena. Quando Páris, filho do rei de Tróia, raptou Helena, Agamenon recorreu aos príncipes da Grécia para formar uma expedição de vingança contra os troianos, formando-se assim a Guerra de Tróia. Cassandra, filha de Hécuba que coube a Agamenon como presa de guerra, em vão alertou-o para não retornar à Grécia. Sua mulher Clitemnestra tramou sua morte com a ajuda de seu amante Egisto. Quando o marido saía do banho, atirou-lhe um manto sobre a cabeça e Egisto assassinou-o. Ambos mataram também seus companheiros e Cassandra.
Exemplificando a tragédia na mídia Em propagandas de televisão Propaganda Bombril – março 2011
Esta propaganda da marca Bombril coloca as mulheres criticando os homens de uma forma a compará-los à eficiência do Bombril, muito melhor que todos eles. Da forma que colocam suas opiniões à mostra, percebemos ser uma resposta ao modo como os homens se referem as mulheres, como em muitas propagandas de cerveja por exemplo, as tratando como um produto a ser consumido com a cerveja. Desta forma, a propaganda se coloca como uma resposta às atitudes masculinas, colocando a “volta por cima” das mulheres em foco. Se associa com a luta das troianas, persistindo em luta pela vida, mesmo sendo submetidas a tarefas e papéis desagradáveis.
Propaganda Quilmes – dezembro 2011
Nesta propaganda da cerveja argentina Quilmes, é mostrado o poder das mulheres diante dos homens, a paixão e a dependência que estes tem em relação às figuras femininas. O mesmo ponto de vista é demonstrado no anúncio a seguir. Em anúncios (revista, jornais) Anúncio programa Pop Bola – março 2012
Anúncio Westinghouse Electric Corporation - 1942
Neste anúncio a proposta foi impulsionar as mulheres para o trabalho. Impulso na persistência a alcançar o igualitarismo em relação às funções exercidades pelo homem na época. Propaganda Volkswagen – anos 60
O anúncio traz a ideia de superioridade das mulheres nas tarefas diárias, o modo como a mulher realiza mais tarefas e estas, mais difíceis, e persiste independente de tudo. Em filmes Garota Interrompida – 1999
Este filme, resumidamente, conta a história de uma garota que se auto-interna em uma clínica psiquiátrica feminina. Entre o convívio com as outras pacientes e seus próprios problemas, encontra nas outras o entendimento, a compreensão e apoio que não encontrava nas pessoas de fora da clínica. Associa-se com a ideia de apoio conjunto que as mulheres de As Troianas passam: todas se identificam na mesma situação de dor e perda, assim como no filme, estabelecendo uma relação de igualdades entre as mulheres.
Interpretação da Tragédia Conseguimos captar na tragédia fatores atuais como a persistência característica das mulheres, sendo em relação à vida na tragédia ou, na luta em busca da igualdade nos dias atuais.
As Troianas, pudemos perceber, passa para o leitor uma
essência de feminismo e coletivismo. São mulheres na mesma situação, lutando contra a dor da perda. Sendo ela a rainha de Tróia, Hécuba, ou apenas uma simples ama de casa, se encontram em mesmo estado e acabam por estabelecer uma relação igualitária, em coletivo. A mulher, apesar de estar em situação desfavorável, persiste firme e forte, independente de seu emocional, cumpre suas tarefas, e consegue controlar sua força de vontade, estabelecendo essa característica ao longo dos séculos até os dias atuais.
Conclusão Com a leitura de As Troianas vimos uma base do conteúdo da obra, porém, por ser escrita antiga, tivemos um pouco de dificuldade no entendimento e complementamos com o filme ( As Troianas – 1971) para melhor entendimento.
Eurípedes, o escritor da história, coloca, em sua linguagem da época, a história e o sofrimento das troianas que perderam suas famílias durante a guerra de Tróia. Percebe-se seu interesse em tratar de assuntos sociais, em especial femininos. Apesar da linguagem difícil, se expressa bem o sentimento de dor e espanto das personagens e, é perceptível, mesmo com linguagem antiga, o desespero de todas. É importante mencionar também a característica feminina que persiste até os dias atuais, percepção elaborada e mental de Eurípedes ao escrever a obra.
Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eur %C3%ADpides#Trag.C3.A9dias http://pt.wikipedia.org/wiki/Cassandra http://br.answers.yahoo.com/question/index? qid=20110325205316AAsdmG1
http://www.mulheralternativa.net/2011/08/filmesbacanas-e-feministas-para-baixar.html http://ailhadanoite.forumeiros.com/t185p15-mitologiagrega http://molimpo2.sites.uol.com.br/poseidon.htm