TOXICOLOGIA DEFINIÇÃO ...............................................2 OBJETIVO .................................................2
CONCEITOS .............................................. 7
METODOLOGIA ..................................... 12
substâncias para testes toxicológicos .. 7 Alcance ................................................. 7
Protocolo analítico ............................. 12
CONCEITOS ...............................................2 AVALIAÇÃO DE RISCO .............................. 7 Tipos de intoxicações ............................ 2
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO .................... 7
TOXICODINÂMICA ....................................3
Caracterização de perigo ...................... 7
Fases da intoxicação............................. 3 Avaliação de risco ................................. 3 IDA ingestão diária aceitável ................ 3
6º SEMESTRE 2014
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL OCUPACIO NAL .................. 8
DOENÇAS IATROGÊNICAS ...................... 13 INDICADORES BIOLÓGICOS BIOLÓGI COS .................... 13 Agentes metemoglobinizante (anilina)...................................... 13 Benzeno .............................................. 13
INTOXICAÇÃO POR CHUMBO ................. 14 VALIDAÇÃO DE MÉTODOS EM ANÁLISES TOXICOLÓGICAS ................. 9 TOXICOLOGIA ........................................ 14 TOXICOCINÉTICA ......................................3 EFEITOS BIOLÓGICOS ............................ 14 LINEARIDADE........................................... 9 ABSORÇÃO .............................................. 3 Absorção pela membrana .................... 3 Absorção dérmica ................................. 4 Absorção respiratória ........................... 4 Absorção oral ....................................... 4
DISTRIBUIÇÃO ......................................... 4 Volume de distribuição ......................... 4 Barreira biológica ................................. 4
EXCREÇÃO ............................................... 5 Excreção renal ...................................... 5 Excreção pelo TGI ................................. 5 Excreção pulmonar ............................... 5
BIOTRANSFORMAÇÃO..............................6 TIPOS DE REAÇÕES .................................. 6
Curva de cali bração .............................. 9 TOXICOLOGIA FORENSE ......................... 15 Sensibilidade ....................................... 10
LIMITE DE DETECÇÃO E DE QUANTIFICAÇÃO ............................ 10
COLETA DE AMOSTRAS PARA TOXICOLOGIA ................................. 15
Precisão .............................................. 10 Exatidão.............................................. 11 Recuperação ....................................... 11 Especificidade ..................................... 11 Robustez ............................................. 11 Abrangente ......................................... 11 Precisão intra-corrida ......................... 11 Precisão inter-corrida ......................... 11 Precisão inter-laboratorial ................. 11 Limite de detecção ............................. 11 Limite de quantificação ...................... 11
Coleta de sangue ................................ 15 Coleta de urina ................................... 15
TESTE DE CITOTOXICIDADE (TESTE DE
SÍNDROMES TÓXICAS............................. 16 Síndrome de ácidos e metabólica ....... 16 Síndrome alucinógena ........................ 16 Síndrome e anticolinérgica ................. 16 Síndrome convulsiva ........................... 16 Síndrome depressiva .......................... 16 Síndrome extrapiramidal .................... 16 Síndrome metemoglobinêmica .......... 16 Síndrome narcótica ............................ 16
Reações de fase I (oxidação) ................ 6 AMES) .............................................. 12 Redução ........................................ 6 CIANETO ................................................ 17 Hidrólise ................................. ....... 6 IDENTIFICAÇÃO DE FÁRMACOS POR Reações de fase II ................................. 6 CROMATOGRAFIA ............................ 12 Glicuronidação ....................... ....... 6
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA .....................7
DETERMINAÇÃO DE SALICELEMIA ......... 12
DEFINIÇÃO É a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de substâncias químicas, com o organismo sobre condições especificas de exposição. Investigando experimentalmente a ocorrência, a natureza, a incidência, os mecanismos e os fatores de risco dos efeitos deletérios de agentes químicos. OBJETIVO Os objetivos da toxicologia são diagnósticos, o tratamento e, a prevenção das intoxicações. O seu objeto de estudo é a intoxicação. CONCEITOS Agente tóxico: é a entidade química capaz de causar danos a um sistema biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição. Veneno: termo usado para designar substâncias provenientes de animais nos quais teriam funções de autodefesa ou de predação. Como exemplo, o veneno de cobra. Toxicante: envolve um aspecto quantitativo e outro qualitativo. O toxicante no aspecto quantitativo significa que toda substância, perigosa em certas doses, pode ser desprovida de perigo em doses muito baixas. Como exemplo, o cloreto de vinila, que é um potente hepatotóxico em doses elevadas, é um carcinógeno em exposição prolongadas a baixas doses e, aparentemente, desprovida de efeito nociva em doses muito baixas. No aspecto qualitativo, pode se considerar que uma substância nociva para uma espécie de linhagem, pode ser desprovida de perigo para outra espécie. Como por exemplo, o tetracloreto de carbono, altamente hepatotóxico, é relativamente seguro para os fungos. Antídoto: é um agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de substâncias. Xenobióticos: designa substâncias químicas estranhas ao organismo, agentes poluentes da atmosfera e metais do tipo chumbo e mercúrio são xenobiótico, deste que não possuem papel fisiológico conhecido. Toxicidade: toda substância, pode ser considerada um agente tóxico dependendo das condições de exposição, como dose, administrada ou absorvida, tempo e frequência de exposição e via de administração. Efeito colateral: qualquer efeito não intencional de um produto farmacêutico que ocorra em doses normalmente usadas em humanos não relacionado com as propriedades farmacológicas do fármaco; Evento adverso: é qualquer ocorrência desfavorável possível de ocorrer enquanto o paciente está usando o medicamento, mas que não possui, relação causal com o tratamento; Evento adverso grave: é qualquer evento que apresente algum dos seguintes requisitos: ser fatal, ameaça a vida, ser incapacitante de forma
Tipos de intoxicações Intoxicação aguda: decorre de um único contato ou múltiplos contatos com agente tóxico, num período de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo duas semanas. Estuda a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50. Intoxicação sub-aguda ou sub-crônica: exposições repetidas à substâncias químicas, caracteriza estudos de dose/resposta após administrações repetidas; Intoxicação crônica: resulta de efeito tóxico após exposição prolongada a dose acumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período prolongado, geralmente mais de 3 meses a anos.
TOXICODINÂMICA Estuda os mecanismos da ação tóxica exercida por substâncias químicas sobre o sistema biológico, sob os pontos de vista bioquímica e molecular. Fases da intoxicação Os eventos envolvidos na intoxicação, desde a exposição do organismo até o aparecimento de sinais e sintomas, podem ser desdobrados, para fins didáticos, em quatro fases, ditas fases de intoxicação. Fase de exposição: é a fase em que a superfície externa ou interna do organismo entra em contato com o toxicante. Nessa fase, é importante considerar, a dose ou a concentração do xenobiótico, a via de introdução, a frequência e a duração da exposição, as propriedades físicoquímicas das substâncias, assim como a suscetibilidade individual. Fase toxicocinética: inclui todos os processos envolvidos na relação entre a absorção e a concentração do agente tóxico nos diferentes tecidos do organismo, através dos deslocamentos da substância, intervém nesta fase:absorção, distribuição, armazenamento, biotransformações e os processos de excreção de substâncias químicas. Fase toxica dinâmica: compreende a interação entre moléculas do toxicante e os sítios de ação, específicos ou não dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático; Fase clínica: é a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticos, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com o organismo.
TOXICOCINÉTICA Estuda a relação entre a quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e a concentração dele no plasma, relacionando os processos de absorção, distribuição e eliminação do agente, em função do tempo. A toxicocinética permite, com seus parâmetros, avaliar matematicamente os movimentos dos agentes tóxicos no organismo. Um fator importante para determinação matemática é a capacidade das substâncias de atravessar as membranas plasmáticas. ABSORÇÃO É a passagem de substâncias do local de contato para a circulação sanguínea. As principais vias de exposição de agente tóxico no organismo são a dérmica, a oral e a respiratória. Absorção pela membrana O transporte passivo compreende a filtração, que é a passagem de moléculas polares, hidrossolúveis, pelos poros aquosos da membrana, e a difusão lipídica, que é a passagem de moléculas hidrofóbicas, por difusão através da membrana. Os eletrólitos fracos, representados pelas substâncias de natureza ácida ou alcalina, possuem na sua forma ionizada pouca afinidade lipídica. Somente a forma não ionizada consegue passar pela membrana. O ácido benzoico ioniza-se mais, conforme aumenta o pH, enquanto a anilina ionizase mais em pH ácido. Sendo as moléculas não ionizadas fáceis de serem absorvidas por difusão, o ácido benzoico é mais absorvido em meio ácido e a anilina em meio alcalino. Determinar maior ou menor ionização, segundo a equação de Henderson-Hasselbach. [ é ] Para ácido pka-pH=log [í ] [ é ]
Avaliação de risco É um processo sistemático através do qual o perigo, a exposição e o risco são identificados e quantificados. A avaliação de risco não é uma fórmula ou número, mas sim um delineamento analítico, que define o tipo de dados e a metodologia que são usadas para avaliar os riscos, onde também devem ser detalhadas as incertezas e os problemas associados com determinada avaliação. A avaliação de risco depende do potencial do agente químico para causar danos, quando da intensidade da exposição. IDA ingestão diária aceitável É a quantidade de um agente químico presente no alimento que pode ser inserido através da dieta, diariamente, durante toda vida do indivíduo, sem provocar risco de intoxicação ou aparecimento de efeitos nocivos.
Para bases Ph-pka=log [í ] As substâncias de natureza ácida atravessam as membranas mais facilmente em pH ácido, enquanto as de natureza alcalina encontrarão melhores condições em pH alcalino.
Tabela 1: ef eito do pH e o grau de io nização d o ácid o b enzoi co e da an ilin a. pH 3: ácid o b enzoi co 99,0; anilin a 0,1. pH 4: ácid o ben zoic o 90,0; anilina 1,0. pH 5: ácid o ben zoic o 10,0; anilin a 50,0. pH 7; ácid o b enzoic o 0,1; anili na 99,0.
Absorção dérmica A pele é relativamente impermeável à maioria dos íons, bem como as soluções aquosas; entretanto, são permeáveis a grande número de toxicante sólidos, gases e líquidos lipossolúveis. Algumas substâncias atuam diretamente sobre a pele, causando efeitos deletérios na epiderme, como corrosão, sensibilização e até mesmo mutações gênicas. Ácidos, bases e certos sais oxidantes são substâncias que causam efeitos locais. Os efeitos sistêmicos resultam da atuação de toxicante sobre as células ou tecidos distantes do local de acesso, após sua absorção e distribuição pelo organismo. As substâncias de elevado coeficiente de partição óleo/água são absorvidas com maiores facilidades por difusão lipídica, através do estrato córneo. Em menor escala, passam pelos folículos pilosos e canais de glândulas sudoríparas. Absorção respiratória As partículas sólidas ou líquidas suspensas no ar atmosférico, como gases e substâncias voláteis, passam pelas fossas nasais, faringe, laringe, brônquios, traqueias e alvéolos pulmonares, alcançando a circulação sanguínea sistêmica. Os efeitos tóxicos mais comuns observados são inflamação e irritação das vias aéreas superiores. A absorção de gases e substâncias voláteis depende de sua solubilidade no sangue e ocorre nos pulmões vapores ou gases hidrossolúveissão retidos pela mucosa nasal coberta por uma camada fina de fluido, conforme as moléculas de gases atingem os alvéolos, se difundem para o sangue, onde são dissolvidas e assim distribuídas para os tecidos instala-se, após algum tempo, um equilíbrio dinâmico entre as moléculas contidas no ar inspirado e as dissolvidas no sangue. Absorção oral A absorção pode ocorrer no estômago e no intestino. A absorção em cada compartimento é dependente da variação de pH, irrigação e características anatômicas, bem como das propriedades físico-químicas do agente tóxico. De modo geral, os compostos com elevado coeficiente de partição o/a são facilmente absorvidos, enquanto substâncias pobres são pouco absorvidas. O curare, um composto de amônio quaternário, não é absorvido pelo TGI, daí a explicação porque as caças, não intoxicam as pessoas que se alimentam de suas carnes. Outra particularidade da absorção pelo TGI é a possibilidade da ocorrência do ciclo entero-hepático que consiste na reabsorção de uma substância já excretada. Por esta via, a absorção é dependente da composição alimentar. A presença de alimentos pode alterar o tempo de esvaziamento gástrico e a motilidade gastrintestinal, influenciando a velocidade e a quantidade de absorção de xenobiótico.
DISTRIBUIÇÃO Os xenobióticos são transportados pelo sangue e pela linfa para os vários tecidos. A distribuição depende do fluxo sanguíneo e linfático nos diferentes órgãos, além, de sofrer interferência de outros fatores tais como ligação às proteínas plasmáticas, diferenças regionais de pH e coeficiente de partição o/a de cada substância. As partículas ou moléculas de substâncias tóxicas passam do leito vascular para os espaços extracelulares, dispersando-se no fluido intersticial e devem atravessar as membranas celulares para alcançar o fluido intracelular. Para alcançar o sítio de ação, as substâncias devem estar no seu estado molecular lipossolúvel e não ligados às proteínas plasmáticas. Na fase inicial da distribuição, os órgãos altamente irrigados recebem grandes quantidades de xenobióticos, mas, após algum tempo, órgãos menos irrigados podem acumular maior quantidade do agente, deste que possuam maior afinidade ou maior poder de retenção do que os órgãos intensamente irrigados. Estes são chamados de tecidos depósitos. É o caso, do chumbo que, 2horas após sua administração em animais, 50% da dose encontra-se no fígado, aos 30 dias, 90% do metal que permanecem no organismo estão ligados ao tecido ósseo. Volume de distribuição É o parâmetrotoxicocinético que indica a extensão da distribuiçãode uma substância. A toxicidade do xenobiótico depende de seu volume de distribuição, mas nem sempre o local de maior distribuição é o órgão mais lesado. Às vezes, um órgão funciona como um simples depósito. Barreira biológica Cada membrana constitui uma baixa na passagem de substâncias dissolvidas no sangue para os tecidos. As barreiras que merecem destaque são as que separam o compartimento sanguíneo e do SNC e do feto. São denominados, respectivamente, barreira hematoencefálica e placentária.Tanto a barreira hematoencefálica como a placentária são dotados de transporte ativos de absorção e fluxo que protegem seletivamente o SNC e o feto da ação de xenobióticos.
EXCREÇÃO É o processo de eliminação de substância do organismo. Os agentes tóxicos são excretadas por diferentes vias e, na forma de produtos mais hidrossolúveis, após sua biotransformação. As vias de excreção mais representativa a urinária, a fecal e a pulmonar. A urina secreta substâncias hidrossolúveis, enquanto as fezes carregam substâncias não absorvidas no TGI e também os produtos excretados pela bile. A via pulmonar é a responsável pela excreção de gases e vapores. Excreção renal Os rins exercem o papel de depurador do sangue, excretando substâncias polares e hidrossolúveis. São três os mecanismos envolvidos na formação da urina e na excreção de substância, a saber: f iltração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. Os xenobióticos ligados às proteínas não são filtrados por causa do tamanho do seu complexo, tendo, maior permanecia no organismo após. A filtração, as partículas hidrossolúveis são excretadas com a urina, enquanto as moléculas lipossolúveis são reabsorvidas pelo túbulo proximal, caindo novamente na circulação sistêmica. Alguns agentes tóxicos são excretados por processo chamado secreção tubular , que consiste na passagem desses agentes do sangue diretamente para a urina, nos túbulos proximais, por mecanismos de transporte ativo. Excreção pelo TGI A parte não absorvida dos agentes químicas pela via oral é excretada com fezes. Nas fezes são encontrados, além dos agentes toxicológicos não absorvidos, como, inseticidas paraquat e o curare produtos de biotransformação de diversas substâncias procedentes do fígado, via biliar. A excreção biliar é um dos mais importantes maios de prevenir a intoxicação por xenobióticos, principalmente quando estes agentes após absorção intestinal alcançam o fígado antes de cair na circulação. Excreção pulmonar As substâncias gasosas e voláteis são excretadas pelos pulmões. A excreção de gases é inversamente proporcional à quantidadede sua solubilização. Por exemplo, o gás etileno, com baixa solubilidade no sangue, é rapidamente excretado pelos pulmões, enquanto que o clorofórmio, que é altamente solúvel no plasma, é excretado lentamente.
BIOTRANSFORMAÇÃO É toda alteração que ocorre na estrutura química das substâncias no organismo. Os metabolitos encontrados na urina e nas fezes geralmente são apolares e hidrossolúveis. Para facilitar a excreção de xenobióticos lipofílicos, o organismo dispõe de mecanismos bioquímicos que transformam as substâncias pouco polares e lipossolúveis em substâncias mais polares e hidrossolúveis. TIPOS DE REAÇÕES São divididas em duas reações principais a de fase I e a II. Reações de fase I (oxidação) As principais enzimas envolvidas na reação de fase I são as do citocromo P450. Essas enzimas, junto com a NADPH citocromo P 450 e a redutasesão as enzimas intermediárias responsáveis pela transferência de elétrons provenientes da fonte geradora, o NAPDH, para o citocromo P 450. Essas enzimas encontram-se fixas aos fosfolipídios constituintes da membrana do RE. As isoenzimas do citocromo P450 e o substrato complexa-se com a forma oxidada do citocromo P450 redutase. Esses elétrons reduzem o Fe 3+ da fração heme do citocromo P 450 F2+, o complexo ligase a molécula de oxigênio e capta mais um elétron procedente também de NADPH. O segundo elétron é, procedente de NADPH e é transportado pelo citocromo b4. Ambos os elétrons são transferidos ao oxigênio molecular tornando-o num átomo de oxigênio altamente reativos e instáveis. Um desses átomos de oxigênio liga-se a moléculas de substrato resultando num substrato oxidado que se desliga do complexo enzimático, enquanto outro átomo de oxigênio é usado na produção da molécula de água. A enzima, por sua vez, se oxida para reiniciar o novo ciclo. Redução Essas reações ocorrem em condições de baixa concentração de oxigênio. O tetracloreto de carbono (CCl4) e halotano (CF, CHBrCl) são exemplos clássicos de bioativação sob ação do citocromo P450 com a formação de radicais intermediários livres e tóxicos. Nessas reações, o citocromo P450 transfere os elétrons diretamente ao substrato, reduzindo- em vez de usá-lo na ativação do oxigênio. Xenobióticos com agrupamentos aldeídos, cetona, dissulfeto, sulfóxido, quinona, N-óxidos, alquenos, azo e nitro, além de alguns metais, sofrem redução in vivo. Estas reações podem bioativar o composto deixando-o mais tóxico que o original ou inativa-lo, facilitando sua eliminação.
Hidrólise Xenobióticos compostos de agrupamentos funcionais éster, ácido carboxílico, amidas, tioésteres, ésteres de ácido fosfórico, sofrem hidrólise e catalisada por carboxilesterase, pseudocolinesterases e paroxonases. As reações de fase I, na maioria das vezes, torna o composto mais reativo para a subsequente inativação por reações de fase I ou de fase II. A metabolização do etanol ilustra a participação de enzimas de fase I na formação de uns agentes mais tóxicos (aldeído) que o original (etanol) e em seguida uma outra reação de fase I transforma o aldeído em ácido carboxílico, menos tóxico que seu precursor, e a forma de excreção urinária. Reações de fase II As reações de fase II compreendem duas etapas: Síntese de compostos endógeno que será ligado ao xenobióticos; Transferência do composto endógeno para xenobióticos, que seja biotransformado ou o produto proveniente da reação da fase I de Biotransformação.
Glicuronidação A glicuronidação se catalisa a conjugação mais frequente em mamíferos. Consiste na conjugação da molécula do xenobióticos com ácido glicurônico. Os glicuronatos formados são polares e são excretados pelos rins e pelo fígado. Entre os substratos mais conhecidos da glicuroniltransferase têm-se primárias e secundárias e grupos sulfidrilicos livres, formando os respectivos O, N e S-glicuronatos. Fatores que modificam: Podem ser classificados em internos ou externos. Fatores internos são os relacionados ao próprio sistema biológico, fatores externos são os dependentes do próprio sistema biológico. Fatores externos são os dependentes da própria substância, vias de exposição e do meio ambiente.
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA Todas as substâncias químicas são tóxicas em certas condições de exposição e toda substância deve ter alguma condição de exposição que seja segura no que se refere à saúde humana. Ou seja, condições de exposição nas quais as substâncias químicas sejam mantidas abaixo dos níveis permitidas. O grau de confiabilidade com o qual se pode estimar os riscos para a saúde humana é baseado nos testes de toxicidade em animais e depende da qualidade dos dados, assim como da quantidade e tipos dos testes realizados.
AVALIAÇÃO DE RISCO Para a toxicologia, perigo é a capacidade de uma substância causar um efeito adverso, e como risco a probabilidade de um evento nocivo ocorrer devido a exposição a um agente químico ou bioquímico. A avaliação de risco é um processo sistemático através do qual o perigo, a exposição e o risco são identificados como a caracterização sistemática e cientificas dos efeitos adversos resultantes da exposição humana aos agentes químicos; A avaliação de risco não é uma fórmula ou número, mas sim um delineamento analítico que define o tipo de dados e a metodologia que são usados para se avaliar o risco.A avaliação do risco depende tanto do potencial do agente químico para causar danos, quando da intensidade da exposição. Os principais objetivos da avaliação de risco incluem: a análise da relação entre o risco e o benefício, o estabelecimento de alvos e de níveis de segurança dos programas de vigilância e de controle empreendidos por agências regulatórias. Indústrias, organizações ambientais e de consumidores.
CONCEITOS Compreende a análise de dados toxicológicos de uma substância química com objetivo de classificálo em categoria toxicológicas e fornecer in formações à respeito da forma correta e segura de uso, bem como medidas de prevenção e tratamento. substâncias para testes toxicológicos Todas as substâncias químicas novas devem se submeter à avaliação de seguridade antes de sua fabricação e venda. A maxima prioridade deve corresponder aos compostos de presumida toxicidade elevada, aguda, crônica ou diferenciada ou de maior persistência no meio ambiente. Também interessam os compostos que se acumulam nas cadeias alimentares que se depositam no organismo, por exemplo, o metil Mercúrio, e o DDT.
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO Nesta fase, investiga-se se o agente químico pesquisado apresenta capacidade de causar um efeito adverso e estabelece-se a natureza dos efeitos presentes numa população ou num ecossistema nessa etapa, usamos dados provenientes de estudos em animais de experimentação ou de estudos clínicos ou estudos epidemiológicos em populações expostas. Nas experimentações realizadas com animais, a abordagem tradicional determina o limiar de toxicidade pelo estabelecimento do nível de dose, no qual não são observados efeitos adversos NOAEL (no observad adverse effectlevel) e da menor dose na qual não é observado efeitos adversos LOAEL (lowertobserved adverse effectlevel). A determinação desta dose limiar é ditada pela relação de doses do estudo de toxicidade.
Alcance O alcance das provas de toxicidade necessárias dependerá de algumas considerações como primeiro poderárealizar uma estimativa aproximada de toxicidade com base na estrutura química e nas propriedades físico-químicas das substâncias e as correlações conhecidas destas variáveis com atividade biológica. A avaliação de toxicidade deverá começar quando sintetizam as substâncias químicas na fase de laboratório de desenvolvimento de um processo industrial. No caso de medicamentos, os testes toxicológicos são realizados após as triagens farmacológicas, uma vez que comprovadas seus efeitos terapêuticos. Os dados de toxicidade obtidos durante as etapas de desenvolvimento de um processo tecnológico podem ser somente das matérias primas, mas também de outras substâncias usadas ou produzidas, como produto intermediário no processo tecnológico.
Caracterização de perigo A base fundamental da relação quantitativa, entre a exposição à um agente e a incidência de uma resposta adversa é chamada de caracterização de perigo ou avaliação da dose resposta, seu objetivo é quantificar o perigo, onde não são observados efeitos adversos (NOAEL) que, por sua vez, deverão ser usados no processo de caracterização do risco à saúde humana da população alvo. Nesta etapa, quando os dados da exposição do homem a um agente tóxico não são suficientes para predizer uma resposta, é necessário usar dados obtidos em ensaios com animais para estabelecer a relação dose-resposta. Dois tipos extrapolação são necessárias: Quantitativa, que envolve a extrapolação das doses usadas nos experimentos para aquela presentes na
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL E a qualitativa, que envolve a extrapolação dos O higiene ocupacional é uma ciência devotada ao resultados em animais para o homem. Desta forma, propõe-se usar fatores de incerteza reconhecimento avaliação e controle dos riscos ou de variabilidade quando se necessário realizar ocupacionais e estresse, originado no local de que podem causar doença, extrapolação inter-espécie, considerar a variação trabalho, intra-espécie, empregar valor de LOAEL ao invés comprometimento da saúde e do bem-estar, ou de NOAEL, usar dados de estudo subcrônico ao significante desconforto entre os trabalhadores ou invés de crônico, quando se considera exposição a membros de uma comunidade. Os agentes químicos representam a maioria dos longo prazo. O aumento no conhecimento da sensibilidade riscos usualmente encontrados, tanto pela interespécie e intra-espécie dos mecanismos e frequência de uso, como pela diversidade de modos de ação e da avaliação crítica e detalhada substância. O toxicologia ocupacional trata das substância do banco de dados favorecem o uso de dados de toxicidade em animais, resultando numa avaliação químicas, agentes qúimicos, presentes no local de de risco maior confiabilidade; a escolha dos fatores trabalho e que podem oferecer risco à saúde do de incerteza ou variabilidade requer julgamento trabalhador. cientifico que deve ser feito numa abordagem caso Monitorização ambiental a caso. Na escolha dos endpoints (efeitos críticos de Ocupa-se do xenobiótico fora do organismo. Pode relevância) a abordagem através do peso da avaliar todos os trabalhadores expostos, uma vez evidência envolve a avaliação e consideração de que o efeito ou mesmo a doença não desaparece todos os dados e informações biológicas e rapidamente. A monitorização ambiental dve ser estatisticamente relevantes, disponíveis para uma realizada sistematicamente, ao longo do tempo. determinada substância química, auxiliando no Monitorização biológica fornecimento de um cenário geral dos efeitos da substância química e da sua relação dose-resposta. A exposição a substâncias químicas pode causar Por esta razão, estudos individuais são vistos no uma alteração no estado de saúde dos contexto de outras informações sobre o agente trabaçhadores ou nas pessoas que trabalham e vivem, em tais ambientes. A toxicologia trata das químico e não isoladamente. substâncias químicas que causam efeitos tóxicos dose/resposta e a evolução dos principais critérios de prevenção baseou-se sobretudo nestes estudos. Relação entre exposição e efeito toxicologico ocupacional A toxicidade de uma substância química pode ser avaliada com parâmentros quantitativos pela determinação da relação dose/resposta. A determinação da concentração de uma substância tóxica no ambiente e determinação do efeito no organismo permitem que se estude as conhecidas relação (Curvas) dose/efeito e dose/resposta. A relação dose/resposta estuda a relação entre os níveis crescentes de exposição a uma substâncias tóxica (dose) durante um certo período de tempo e as alterações observadas em qualquer individuo que compõe o grupo de estudo. Estabelece o grau de dependencia existente entre a variável estudada e o comportamento do fenômeno (correlação), constituindo-se numa demostração da evolução deste isoladamente. A relação dose/efeito permite determinar a concentração da substância que provoca o efeito considerado, isto é, o nível do parâmetro que exprime o comportamento do organismo que supera o limite considerado nocivo. Este estudo permite também determinar um nível de não observação de efeitos adversos (NOAEL), uma concentração da substância para a qual não se observam efeitos adversos.
VALIDAÇÃO DE MÉTODOS EM ANÁLISES TOXICOLÓGICAS A validação de um método é um dos elementos básicos em sistemas de qualidade e que integra os programas de BPL. Visando assegurar que o método usado seja adequado ao que se propõe identificar ou quantificar, podendo-se usar diferentes procedimentos, em função do objetivo da análise. A qualidade e a credibilidade de um trabalho analítico se fundamenta nos cuidados com os quais o analista se cerca para produzir dados que expressam o valor real da medida obtida. Se o analista não se preocupa em estabelecer parâmetros como linearidade, sensibilidade limite de detecção ou precisão, dificilmente conseguirá obter dados que tenham um significado real. A validação de um método analítico pode ser realizado de várias maneiras e depende do objetivo da análise. A validação tem por objetivo assegurar que o método usado seja adequado ao que se propõe, identificar ou quantificar, permite produzir resultados que se enquadrem às necessidades do problemas em questão. Foram conceituados e exemplificados a linearidades, curva de calibração, sensibilidade, limite de detecção, limite de quantificação precisão, exatidão recuperação, abrangência, especificidade estabilidade e robustez.
Conceitua-se intervalos dinâmico (dynamics range como sendo a faixa linear usável e cujo cálculo pode ser feito pelo coeficiente de correlação (r) ou pelo coeficiente de determinação (r 2) da curva de calibração, usando-se o LQ como calibrador mais baixo e a remoção sucessiva dos mais altos, até que se obtenha um coeficiente de determinação satisfatório, de cerca de 0,98. A regressão deve ser representada graficamente e através de transformação matemática bem definidas (equação da reta), enquanto que a correlação pode ser expressa através do coeficiente de correlação ou do coeficiente de determinação (r 2).
Curva de calibração É o método de quantificação mais frequentemente usado e consiste na determinação da resposta de determinado instrumento às várias concentrações de um dado analito. Várias formas de curvas de calibração podem ser usada, dependendo da natureza da análise: Curva de calibração do instrumento: relaciona a resposta do aparelho com a massa do analito, sem levar e conta a interferência da matriz; Curva de calibração com adição do análito à matriz: que visa eliminar interferência da matriz e de outras etapas iniciais do método, sendo esta conduta usada quando for possível suprimir os efeitos relacionados à matriz ou na fase final, imediatamente antes da realização da medida pelo LINEARIDADE equipamento.No primeiro caso há correção das É a capacidade de um método analítico de gerar perdas durante o processo analítico, enquanto que resultados proporcionais à concentração da espécie no segundo caso ocorre a correção das leituras do em análise, dentro de uma faixa analítica instrumento. especificada, na qual é possível se relacionar o Em métodos cromatográficos pode-se, ainda, usar valor de uma variável dependente, medidas através a adição de uma quantidade fixa de um padrão do conhecimento da variável independente da secundário (padrão interno), cuja medida (área, concentração. altura, etc.) permite a comparação relativa com o A linearidade é determinada pela análise de uma análito sem, no entanto, interferir com a resposta do série de calibradores, ou seja, soluções de mesmo, um padrão interno será tanto melhor diferentes concentrações, abrangendo a faixa de quanto maior sua semelhança estrutural ao analito. concentração de interesse no trabalho, ou seja, Recomenda-se que a proporção 1/1 entre as varia em função da finalidade da análise de drogas medidas do padrão interno em relação à do analito de abuso em material biológico preconiza-se que a seja o ponto central da curva. faixa de concentração dos calibradores deve Qualquer que seja o método de calibração, a curva abranger desde o limite de quantificação (LQ) deverá apresentar o seguinte tratamento estatístico. estimado, até três ordens de magnitude desse Equação da regressão e coeficiente de correlação valor, ou seja, 1 a 1000ng/ml, se o LQ for de (r) ou determinação (r 2). Sugere-se também, que se 1ng/ml. Por outro lado, em análises de resíduo a represente o limite do intervalo de confiança (LIC), o faixa de concentração pode abranger apenas 1 em qual fornece uma demonstração mais explicita da ordem de magnitude. dimensão e da incerteza das medidas. O número de calibradores é definido em função da faixa de concentração de interesse, devendo ser de, no mínimo seis. A análise de regressão normalmente usada é dos mínimos quadrados, no qual a variável independente refere-se à concentração teórica da substância em questão presente na matriz.
Sensibilidade É definida como a capacidade de um método distinguir, com determinado nível de confiança, duas concentrações próximas. A sensibilidade é usado como um parâmetro comparativo entre dois métodos. Há duas formas de se estabelecer a sensibilidade: 1. De acordo com Miller e Angerer, a sensibilidade é definida como a inclinação (Slope) da curva de calibração que possibilite a medida em qualquer ponto. O gráfico da função de calibração é obtido colocando-se o valor observado da medida x (ordenada) como função da concentração do analito e Y (abcissa). Quanto maior o ângulo de inclinação da reta, maior será a variação do sinal (x) em relação a pequena variações de concentrações (c), conforme ilustra a fig, no qual o método A é mais sensível que o B. Quanto maior for o coeficiente angular, maior será a sensibilidade do método. Por exemplo, na determinação de cocaína por cromatografia a gás com detectores de ionização de chama (GC-FID) e seletivo de massa (GC-MS) obteve-se as seguintes equações da reta, respectivamente: Y=3,54.10-4x+1,171.10-3 e y=4,3.10-3x+0,007 A análise do coeficiente angulares mostra que o método GC-MS é mais sensível (maior intervalo do sinal Y em relação a mesma diferença de concentração). 2. Nos casos onde não for possível a construção da curva pode-se usar a equação proposta por Taylor: S=∆C=2 2d, Onde S=∆C é a diferença entre as concentração analisada; d= desvio padrão no nível de concentração de interesse. Quanto menor o valor de d maior será a sensibilidade do método como exemplo pode-se citar a dosagem de carboxilihemoglobina: Para concentração média da 0,53% COHb (LQ 0,5%) com intervalo entre 0,40-0,59 (n=10) e d=0,06: S= 2√2.0,06=0,17% COHb Para concentração média de 4,98% de COHb com intervalo de 4,78-5,09 (n=10) e de 0,09, S=2√2.0,09=25% COHb.
LIMITE DE DETECÇÃO E DE QUANTIFICAÇÃO É a menor concentração ou quantidade de uma substância química que pode ser identificada por um procedimento analítico com um nível de confiança especificada ou ainda, que pode ser estatisticamente diferenciada do ruído. De acordo com Taylor, é o ponto onde o valor da medida é maior do que a incerteza à ela associada, existem alguns tipos de limites de detecção do instrumento (LDI), limite de detecção do método (LDM) e limite de quantificação (LQ). O limite de detecção do instrumento (LDI): é definido como a concentração ou quantidade de uma dada substância a que produz um sinal ou resposta maior do que a 3ª (onde s= desvio padrão de uma série de medidas do branco). Em geral, o LDI é usado como guia para o estabelecimento do limite de detecção do método. O limite de detecção do método (LDM): é a menor concentração de análito na amostra que, quando sob metida a todo o processo analítico, produz um sinal definido como o limite de detecção do método. Limite de quantificação do método: é a menor concentração do analito que pode ser medida com uma precisão especificada definida como 10s. segundo Taylor, neste ponto o erro associado a medida é de 30% com 99% de probabilidade. Precisão É o parâmetro que avalia a proximidade entre várias medidas de erros indeterminados, aleatórios e impossíveis de serem eliminados. Esta variabilidade pode ser avaliadas em diversas condições: Condições de repetibilidade: são condições em que os resultados independentes são obtidos usando o mesmo método para a mesma amostra no mesmo laboratório, pelo mesmo operador usando o mesmo equipamento num curto intervalo de tempo. Condições de reprodutibilidade: são condições onde resultados são obtidos usando o mesmo método e mesmas amostras em diferentes equipamentos. A avaliação de precisão intermediária pode ser usada para identificar quais dos fatores acima contribuem para a variabilidade do resultado final. A medida da precisão pode ser expressa através do cálculo do desvio padrão e do coeficiente de variação, obtido em condições determinadas da repetibilidade ou reprodubilidade do método podem ser definidos dois conceitos: Repetibilidade (r): é a diferença máxima entre dois resultados individuais obtidos em condições de repetibilidade. Este valor não deve exceder um determinado limite calculado como r= tx√2xSr O valor de tipo de ser usado como 2, o que significa 95% da probabilidade na tabela t, de acordo com ela, o número adequado de repetição deve ser superior a 20, dependendo do objetivo da análise, pode-se usar o valor mínimo de 6. Preconiza-se que sejam usadas amostras naturais, uma vez que pode existir diferença de interação
Exatidão É a diferença entre o valor real apresentado na amostra e o valor obtido na análise. É a avaliada através da inexatidão ou bios, ou seja, o afastamento entre os valores esperado e obtido. É associada a erros sistemáticos pode ser representada pela equação: − 100 Inexatidão (%)= Por exemplo, um método que tenha uma inexatidão de +-2% significa que o resultado estão, 2% acima ou abaixo do valor esperado, ou seja, tem uma tendenciosidade de 2% associado ao valor de medido. Existem dois sítios de amostra para o estudo da exatidão: a) Amostra certificada ou amostra de estudo da exatidão: são amostra de concentração conhecida, as quais foram submetidos à análise por laboratórios credenciados e que após estudo estatístico, é estabelecido a concentração esperada; b) Amostra adicionada de padrão: são amostras adicionadas de analito, as quais são submetidas ao método de análise. Recuperação Avalia a eficiência do método de tratamento da amostra. É calculada através da seguinte fórmula: 100 Recuperação%= Podemos fazer uma diferenciação entre a chamada recuperação absoluta e a relativa. Recuperação absoluta expressa a variação da adição após o processo de extração; a recuperação relativa mostra a mesma variação no caso de amostras que são submetidas a outros tratamentos que não a extração, como seja a derivação de análise do cetoprofeno com extração líquido-liquido, derivação e detecção por GC-MS, respectivamente os valores para curva de adicionados de cetoprofeno; os valores para curva de padrões de cetoprofeno e os cálculos da recuperação relativa. Especificidade É muitas vezes usado como sinônimo de seletividade uma vez que ambos demonstram a capacidade de um método detectar analito de interesse e na presença de outros componentes da matriz. Como são poucos os métodos que respondem a um único analito, o termo seletividade para mais apropriada. Para se determinar a especificidade de um método analítico deve-se analisar várias amostras da mesma matriz e determinar a proporção da interferência dos componentes inerentes à matriz.
Robustez É a habilidade do resultado de um método de permanecer inalterado por pequenas mudanças de parâmetros operacionais e ambientais, como diferentes analistas, temperatura do ambiente, pH e concentração da fase móvel, materiais de diferentes procedências, temperatura e volume de injeção etc. A robustez de um método pode ser determinado através da análise individual ou simultânea dos parâmetros mais sujeitos à variação no primeiro caso, se a performance da coluna usada em cromatografia se alterar ao longo do tempo, podese ajustar a força da fase móvel para compensar estas alterações, deste de esses dados estejam incluídos na validação. No segundo caso, pode-se avaliar a robustez através de teste Inter laboratoriais. Abrangente Um método é considerado abrangente quando se mostra capaz de determinar um ou mais análitos em diferentes matriz ou vario analitos numa mesma matriz. Precisão intra-corrida Variações observadas numa corrida. Precisão em condições de repetitividade, isto é, obtenção de resultado a partir de ensaios independentes, com o mesmo método, com material de ensaio idêntico, no mesmo laboratório pelo mesmo operador. Expressa a precisão sob as mesmas condições experimentais no menor intervalo de tempo possível. Precisão inter-corrida Expressa variação no laboratório quanto da troca de dia, de analistas, de equipamentos, etc. ou seja, concordância entre os resultados do mesmo laboratório mas obtidos em dias diferentes, com analistas diferentes ou equipamentos diferentes. Precisão inter-laboratorial Concordância entre os resultados obtidos em laboratórios diferentes, como em estudos colaborativos. Condições de medidas que incluem diferentes laboratórios, operadores, sistemas de medição, e replicas de uma mesma amostra. Limite de detecção Valor medido através de um determinado procedimento para que a probabilidade de detectar incorretamente um analito é β, e corretamente é α. É também, a menor quantidade do analito presente na amostra que pode ser detectado, porém não necessariamente quantificado. Limite de quantificação Concentração abaixo da qual o método não alcança a precisão aceitável. Menor quantidade de analito que pode ser determinado com nível aceitável de precisão e tendência.
TESTE DE CITOTOXICIDADE (teste de Ames) O Dr Bruce ames, desenvolveu um teste in-vitro, de curta duração, que combinado a um sistema de metabolização in-vitro, que demonstra uma alta correlação entre vários mutágenos e carcinógenos conhecidos. Os teste usa a linhagem de S. tphimurium , construídas para detectar mutações de pares de bases no DNA essas linhagem são incapazes de crescer um meio de cultura mínimo, sem histina, a menos que ocorram mutações que restaurem a síntese deste aminoácido. O seu objetivo é a detecção de efeitos tóxicos crônicos de um poluente ambientais sobre os organismos vivos expostos aos mesmos. O efeito tóxico pode ser detectado por uma redução no número de colônias, um clareamento ou por uma diminuição do halo de fundo, ou pelo grau de sobrevivência de culturas tratadas. IDENTIFICAÇÃO DE FÁRMACOS POR CROMATOGRAFIA A CG é frequentemente usada para identificação e análise de droga em fluido biológico, é mais caro que o CCD, porém apresenta maior sensibilidade e, quando usada em conjunto com a CCD ou com diferentes tipos de detectores cromatográficas aumenta a especificidade do método. Um sistema automatizado para triagem chamada REMEDi® (rapid emergêncy drug identification) envolvendo CLAR com detector de varredura ultravioleta, tem sido usado em laboratórios de toxicologia clinica como técnica complementar na identificação de fármacos em amostra biológicas, expandindo a faixa de fármacos por imunoensaios e outras técnicas cromatográficas. DETERMINAÇÃO DE SALICELEMIA Tem o objetivo de analisar os níveis de salicílados presentes no tratamento prolongado com ácido acetil salicílico (AAS) para prevenção de eventos tromboembólicos. Nessa perspectiva, usamos o método colorimétrico de Trinder para determinação da salicelimia. Observou-se correlação entre as doses ingeridas de AAS e os valores encontrados de absorbância, os quais apresentaram pequenas variância ao se comparar, os quais apresentaram pequenas variância ao se comparar diferentes amostras de pacientes sob uma mesma posologia de AAS. Estes resultados evidenciam que o método é capaz de avaliar a adesão ao tratamento e indicar necessidade de reajuste posologias que resultarão em otimização do tratamento e promoção do uso racional do medicamento. A determinação do nível de salicilato plasmático é útil para monitorar a adesão do paciente ao tratamento além de surgimento ou exageração de efeitos biológicos indesejáveis, posto que, no caso de alteração do regime de dosagem, um pequeno acréscimo na dose poderá provocar um aumento desproporcional da salicilemia.
O termo salicilemia é usado para se referir ao nível de salicilados, como o AAS presentes no fluido sanguíneo. Na prática, usa-se como amostras, o plasma ou soro. Entretanto, esses fármacos podem ser determinados em outros fluidos biológicos como a urina, conforme a finalidade da análise no método de Trinder, a concentração do ácido salicílico (produto de biotransformação do ácido acetilsalicílico) está diretamente relacionado à intensidade da coloração violeta do complexo formado entre o salicilato e o íons férrico oriundo do reagente cromogênico, o cloreto férrico. A quantidade do complexo formado é diretamente proporcional.
METODOLOGIA A partir da coleta de 5ml de sangue de cada paciente foi extraído o soro necessário para a aplicação do método colorimétrico de Trinder. Protocolo analítico Para a produção da solução de salicilato (500mg de ASS/100ml) foram dissolvidos 580mg de salicilato de sódio 100ml de água destilada, sendo adicionado clorofórmio como conservante. Para a produção do reativo cromogênico, foi realizado a mistura de 40g de cloreto mercúrio com 40g de nitrato férrico em 850ml de água deionizada; adicionou-se 10ml de ácido clorídrico concentrado, sendo o volume e tal solução completado para 1l, com água deionizada. Durante a realização da análise são usados três tubos de centrifuga, contendo respectivamente, 1ml de soro da amostra do paciente, 1ml da solução padrão adicionada ao branco de soro ou plasma em concentração correspondente a 20mg% (controle) e 1ml de branco do soro ou plasma (branco de reativos). Adiciona-se a cada tubo o reagente de Trinder sob agitação (Vortex) por alguns segundos, sendo centrifugado (2000 rpm/5min). O liquido sobrenadante foi transferido para outros três tubos, e a partir daí, lida a absorbância (540nm) do produto colorido formando na amostra e no controle contra o branco de soro ou plasma. A concentração de salicilato presente na amostra foi calculada com o auxílio de uma cura de calibração construída a partir de alíquotas da solução padrão adicionados ao branco de soro ou plasma em concentrações correspondente a 5, 10, 20, 30 e 40mg de ácido salicílico/100 ml. As absorbâncias foram projetadas em ordenadas e a concentração (mg%), em abscissas. O limite de quantificação (LQ) desse método é de 5 mg% no intervalo dinâmico considerado (5-40 mg%), ele é linear, e a precisão mostra coeficiente de variação (cv) que vão de 2,5 a 8,3%.
DOENÇAS IATROGÊNICAS Designa as doenças e manifestações desencadeadas pelo uso dos medicamentos em geral, das radiações dos contrastes radiológicos, do sangue, dos anestésicos, e por outro lado as que podem ser induzidas por atos cirúrgicos ou pela ação pouco prudente do médico por um mecanismo ou pela sugestão, através de impactos emocionais, constituindo este grupo as chamadas doenças psicogênicas. As doenças iatrogênicas são causadas pelos médicos e outros profissionais da área da saúde. Um episódio famoso foi o caso da talidomida, que gerou malformações congênitas, através de manifestação atividade teratogênica. Diversos fatores te interferência no aumento da incidência das chamadas doenças iatrogênicas, tais causas podem ser assim lembradas: Rápido desenvolvimento da indústria farmacêutica; Propaganda intensiva, apoiada pela indústria de alto poder econômico; Uso abusivo de remédio pelo povo; Grande desenvolvimento da cirurgia criando novas síndromes; Falta de preparo dos médicos e de outros profissionais da área de saúde em conhecimento e de patologia médica.
INDICADORES BIOLÓGICOS Os indicadores biológicos são valores de referência considerados como guias para avaliação de risco potencial à saúde dos indivíduos expostos as substâncias químicas. É qualquer substância química ou seu produto de biotransformação cuja determinação nos fluidos biológicos (sangue, urina, saliva, lágrimas, suor) unhas ou no ar exalado avalie a intensidade da exposição ocupacional. Podemos estabelecer valores máximos permissíveis para os IBFs: são os limites biológicos de exposição ou índice biológico máximo permitindo (IBMP), que representa o nível não nocivo de substâncias químicas ou de seus produtos de biotransformação em materiais biológicos. Agentes metemoglobinizante (anilina) São substâncias capazes de induzir a oxidação de um dos átomos de ferro da hemoglobina, do estado ferroso (Fe2+) para o férrico (Fe 3+), o que resulta num pigmento chamado metemoglobina (MHb). A MHb não consegue se ligar ao oxigênio devido a carga positiva do ferro. O eritrócito dispõe de sistemas redutores capazes de restaurar a função da hemoglobina, mantendo os níveis de MHb ao redor de 1%, caracteriza-se metemoglobinemia quando uma concentração superior a 1,5 da hemoglobina está na forma oxidada. Agentes oxidantes são os que mais frequentemente causam metemoglobinemia. A determinação da metemoglobina é usada para
Para o exame é coletado uma amostra de 5,0 ml de sangue total heparinizado no final do último dia de jornada de trabalho. É usado como indicador biológico de efeito à exposição à agente a meteglobinizantes.
Benzeno É um líquido incolor, volátil e praticamente em água. Usado na indústria química e petroquímica de calçados e de colas sintéticas. O benzeno é biotransformado no fígado formando, entre outros metabólitos, o ácido trans, trans-mucônico que é excretado na urina. O ácido de trans, trans-mucônico é usado como indicador biológico de exposição para avaliação de baixa exposição ao benzeno no ambiente de trabalho, compatíveis com os valores de referência tecnológica (URT) preconizados no Brasil.
INTOXICAÇÃO POR CHUMBO Os metais pesados podem danificar toda e qualquer atividade biológica. Todos os sistemas enzimáticos são suscetíveis aos metais pesados. Nos organismos vivos, acesso dos metais pesados pode ser limitado pela estrutura anatômica, além disso, os sítios ligantes inertes podem competir pelo íons metálico. A toxicidade do chumbo gera desde efeitos clínico, até efeitos bioquímicos. Nas crianças, atingem o sistema nervoso, enquanto que nos adultos com exposição ocupacional excessiva os cuidados com a neuropatia periférica e a nefropatia crônica. TOXICOLOGIA O chumbo é um elemento tóxico não essencial que se acumula no organismo. Os mecanismos de toxicidade envolvem processos bioquímicos, que incluem a habilidade do chumbo de inibir ou imitar a ação do cálcio e de interagir com proteínas. A toxicidade do chumbo resulta, de sua interferência no funcionamento das membranas celulares e enzimas, formando complexos estáveis com ligantes contendo enxofre fósforo, nitrogênio ou oxigênio que funcionam como doadores de elétrons. O chumbo também tem alta afinidade com as aminas e os aminoácidos simples. EFEITOS BIOLÓGICOS Os efeitos biológicos do chumbo são os mesmos para qualquer que seja a rota de entrada (inalação ou ingestão), uma vez que há interferência no funcionamentos normal das célula e de vários processos fisiológicos. As maiores concentração de chumbo são encontradas nos ossos. O sistema nervoso, a medula óssea e os rins são sítios críticos na exposição ao chumbo, enquanto que os distúrbios na função do sistema nervoso e os desvios na síntese da heme são considerados como efeitos tóxicos críticos. Os efeitos sobre o sistema nervoso ocorrem sempre que os níveis de chumbo no sangue forem da mesma ordem de grandeza daquelas que alteram a síntese da heme. Por isso, os distúrbios na biossíntese da heme serve como indicador metabólico para detecção precoce da exposição perigosa ao chumbo antes do aparecimento de sintomas clínicos.
TOXICOLOGIA FORENSE Tem como objetivo a detecção e quantificação de substâncias tóxicas eventualmente presentes em situações criminais. Atualmente o campo de ação desta ciência é vasto, estendendo-se desde as pericias no vivo e no cadáver até circunstâncias de saúde pública, tais como aspectos da investigação relacionados a eventual falsificação ou adulteração de medicamentos e de acidentes químicas de massa. No caso das pessoas vivas estes exames têm o objetivo de rastrear e confirmar a eventual presença de drogas de abuso para caracterização do estado de toxico dependência e com o regime legal da fiscalização do uso de substâncias psicoativas nos usuários de vias públicas. Neste último caso a participação, da polícia técnico-cientifico compreende, além dos procedimentos para garantia de cadeia de custódia de produtos e amostras, os exames de quantificação de álcool etílico no sangue, e rastreio e confirmação da presença das diversas substâncias qualificadoras de delito, como causa de periculosidade ou de inimputabilidade. Existe uma grande variedade de amostra que podem ser analisadas em toxicologia forense, tais órgãos colhidos na autopsia, fluidos biológicos obtidos do cadáver ou do vivo, produtos orgânicos e inorgânicos suspeitos. A estas não pode ser adicionado qualquer preservante ou conservante, devendo o seu acondicionamento e remessa obedecer a critérios de garantia da cadeia de custódia, passos fundamentais à preservação da prova e correta realização da perícia. COLETA DE AMOSTRAS PARA TOXICOLOGIA As amostras deverão ser rotuladas, permitindo uma clara identificação da pessoa, data e horário da coleta. As amostras deverão ser acomodadas em caixas de isopor, contendo gelo reciclável em quantidade suficiente para que a temperatura máxima não ultrapasse 4ºC durante todo o percurso do transporte até o laboratório. A remessa deverá ser acompanhada de uma solicitação contendo as análises requisitadas, os dados do requerente, além do protocolo toxicológico para cada indivíduo. Coleta de sangue As coletas de sangue deverão ocorrer com tubos vacutaner e caso necessário, o anticoagulante de escolha deve ser a heparina. Realizar a assepsia adequada do local onde será realizada a punção, com cuidado possibilitando a remoção de qualquer tipo de contaminação da pele proveniente do ambiente de trabalho, remover o torniquete, logo após a perfuração da veia para que não haja hemoconcentração.
Coleta de urina A coleta de urina deve ser feita em frasco descartáveis, com cuidado para não ocorrer contaminação externa. O trabalhador não deverá coletar amostra enquanto estiver com a roupa de trabalho. Para análise de metais, não usar frascos coloridos ou com tampas de metal.
SÍNDROMES TÓXICAS O grupo de sinais e sintomas, das intoxicações, tendo a substância química como possível agente etiológico. Síndrome de ácidos e metabólica Quando acompanhada por distúrbios neurológicos ou gastrointestinais, o diagnóstico diferencial deve considerar possível intoxicação por metanol, etilenoglicol ou salicilatos. Síndrome alucinógena Alterações súbitas do comportamento ou distúrbio psíquicos de aparecimento repentino, particularmente em adolescente. Sugerem como etiologia bastante provável o abuso de drogas. Síndrome e anticolinérgica Suas sintomatologia mais marcante pode indicar intoxicação atropínica, derivados e análogos, vegetais beladonas e medicamentos como antihistamínicos e antidepressivos tricíclicos. Síndrome convulsiva Crises convulsivas são complicações comuns de grande número de intoxicações. Além disso, são as principais manifestações na intoxicação por estripcina, inseticidas organoclorados e isoniazida. Síndrome depressiva Torpor e coma de aparecimento súbito em crianças sugerem possível intoxicação, especialmente por etanol, barbitúricos diazepínicos. Síndrome extrapiramidal Em qualquer reação extrapiramidal apresentada por uma criança, é necessário excluir etiologia tóxica, particularmente dose excessiva de fenotiazínicos, butirofenonas e alguns antieméticos. Síndrome hepato-renal Apesar da etiopatologia complexa das afecções destes órgão, é conveniente incluir no diagnóstico diferencial a intoxicação, principalmente por acetaminofeno, fósforo inorgânico e tetracloreto de carbono. Síndrome metemoglobinêmica Caracterizada por cianose peculiar, distúrbios neurológicos e sanguíneos. A intoxicação deve sempre ser considerada em virtude do grande número e diversificação de substâncias químicas metemoglobinizantes, que podem entrar em contato com a criança. Síndrome narcótica A tríade sintomática: miose puntiforme, depressão neurologia e respiratória, é sugestiva de intoxicação por opiáceos, principalmente drogas de abusos, sedativos de tosse e algum antidiarreicos.
CIANETO É um dos venenos de ação mais rápida e letal, podendo matar em poucos minutos. Porque bloqueia a cadeia respiratória. O último dos transportadores, denominados citocromo c oxidase é o responsável pela transferência de elétrons ao O 2. Há, na estrutura desse transportador, íon ferros cujo nox varia de 3 + a 2+ e vice-versa. O cianeto tem uma grande afinidade pelo Fe 3+, mas não pelo Fe2+. Ele se liga rapidamente ao íon férrico do citocromo c oxidase, impedindo que retorne ao estado ferroso. Isso bloqueia toda a cadeia respiratória e, por conseguinte bloqueia também a sintese acoplada de ATP. O cianeto não se liga à hemoglobina normal porque nela há Fe 2+, o monóxido de carbono, ao contrário, tem grande afinidade pelo íon ferroso e por isso se liga à hemoglobina e inibe sua atuação no transporte sanguíneo de O 2. O atendimentos de urgência á vitima de envenenamento por cianeto inclui a inalação de nitrito de amila e a administração intravenosa de soluções de nitrito de sódio e tiossulfato de sódio. A função de nitrito é oxidar o Fe2+ de uma parte da hemoglobina a Fe 3+. Essa hemoglobina oxidada (denominada metemoglobina) não é funcional no transporte de O 2, mas compete pelo CN- deslocando-o do citocromo c oxidase e desbloqueando, assim, a cadeia respiratória. A função do tiossulfato é a de converter o cianeto em tiocianato (sob catálise da ronasese, enzima mitocondrial, íon que é relativamente menos tóxico e excretado na urina. S2O2-3 + CN- SCN- + SO2-3