GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA DIRETORIA DE ENSINO CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS POLICIAL MILITAR
DISCIPLINA: TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES
COLABORADOR: MAJ PM ROGERIO TORRES CAVALCANTI INSTRUTOR: CAP PM CARLOS LOPES SILVA
PORTO VELHO 2010 ÍNDICE
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Introdução 1. Organo Organogra grama ma do Sist Sistema ema de de Teleco Telecomun munic icaçõ ações es da SESDE SESDEC----C-----------------------------------------
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2. Conceit Conceitos os Básicos Básicos de Radiocomun Radiocomunica icação--------------------ção-------------------------------------------------------------------------------- 04 3. Sistema Sistema de Comunicaçã Comunicaçãoo com fio------------------------------------------------------------ 07 4. Sistema Sistema de Comunic Comunicaçã açãoo sem fio-------------------------------------------------------------11 5. Sistema Sistemass de Radioco Radiocomuni municaç cação ão – Aspect Aspectos os Gerais Gerais----------------------------------------------------------------------------- 11 6. Sistemas Sistemas de Radioco Radiocomuni municaç cação ão – SESDEC-----------------------------------------------SESDEC------------------------------------------------ 16 7. Exploraçã Exploraçãoo da Rede Rádio--------Rádio------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 18 8. Estações Estações de Rádio----------------------------------------------------------------------Rádio-------------------------------------------------------------------------------------- 27 9. Equip Equipamen amentos tos Rádio Rádio Util Utilizad izados os na PMRO-----------------------------------------------PMRO------------------------------------------------ 29 10. Segurança Segurança das Comuni Comunicaç caçõesões---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 32 11. Manuten Manutenção ção e Conserva Conservaçãoção---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 34 Bibliografia
INTRODUÇÃO
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Introdução 1. Organo Organogra grama ma do Sist Sistema ema de de Teleco Telecomun munic icaçõ ações es da SESDE SESDEC----C-----------------------------------------
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2. Conceit Conceitos os Básicos Básicos de Radiocomun Radiocomunica icação--------------------ção-------------------------------------------------------------------------------- 04 3. Sistema Sistema de Comunicaçã Comunicaçãoo com fio------------------------------------------------------------ 07 4. Sistema Sistema de Comunic Comunicaçã açãoo sem fio-------------------------------------------------------------11 5. Sistema Sistemass de Radioco Radiocomuni municaç cação ão – Aspect Aspectos os Gerais Gerais----------------------------------------------------------------------------- 11 6. Sistemas Sistemas de Radioco Radiocomuni municaç cação ão – SESDEC-----------------------------------------------SESDEC------------------------------------------------ 16 7. Exploraçã Exploraçãoo da Rede Rádio--------Rádio------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 18 8. Estações Estações de Rádio----------------------------------------------------------------------Rádio-------------------------------------------------------------------------------------- 27 9. Equip Equipamen amentos tos Rádio Rádio Util Utilizad izados os na PMRO-----------------------------------------------PMRO------------------------------------------------ 29 10. Segurança Segurança das Comuni Comunicaç caçõesões---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 32 11. Manuten Manutenção ção e Conserva Conservaçãoção---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 34 Bibliografia
INTRODUÇÃO
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O Brasil Brasil caracteriz caracterizou-se, ou-se, ao longo de sua história, história, por estar estar sempre entre os países países pioneiros em obter acesso às novas tecnologias na área das comunicações. Vale registrar que o padre Roberto Landell de Moura, em 1894, utilizando uma válvula amplificadora com três eletrodos, fabricada por ele mesmo, realizou a transmissão de sons do alto da Avenida Paulista para o alto de Santana, em São Paulo, cobrindo uma distância de 8 km em linha reta, inaugurando, portanto, a era do rádio entre os brasileiros. Com o aparecimento do rádio, na virada do século, o mundo assistiu ao surgimento de diversas estações de radiodifusão que utilizavam transmissão de modulação em amplitude (AM) (AM) nos nos país países es mais mais adia adiant ntad ados os.. Dura Durant ntee a Prim Primei eira ra Guer Guerra ra Mund Mundia iall surg surgiu iu o radiog radiogoni oniôme ômetro, tro, equipa equipamen mento to que possib possibili ilitou tou a locali localizaç zação ão de emisso emissores res de ondas ondas radioelétricas. Na Segunda Guerra Mundial Mundial apareceram os radares, radares, equipament equipamentos os destinado destinadoss a localizar objetos móveis ou estacionários, medir-lhes a velocidade e a direção, através da emissão de ondas radioelétricas e da detecção e análise dessas, após refletidas pelos objetos alvos. Em meados do século XX, surgiram as estações de radiodifusão que empregavam modulação em freqüência (FM) e as primeiras transmissões de imagem e som comerciais (televisão). Em 1963, realizou-se, pela primeira vez, o emprego de satélite geoestacionário para a transmissão de informação (tecnicamente, o satélite é um retransmissor situado no espaço). As últimas décadas do século XX e início do século XI apresentaram um grande salto salto tecnol tecnológi ógico co que possib possibili ilitou tou a popula populariz rizaçã açãoo dos meios meios de teleco telecomun munica icaçõe ções, s, particularmente da telefonia celular. Nesta apostila apresentamos as características gerais do Sistema de Comunicação empregado pela Polícia Militar do Estado de Rondônia e suas aplicações.
1. ORGANOGRAMA DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES DA SESDEC Para que haja uma melhor exploração no sistema de comunicações disponível pela SESDEC, é necessário conciliar os recursos humanos e materiais disponíveis, sendo de suma importância que os integrantes da PMRO tenham conhecimento, ainda que de forma sintética, 3
SESDEC .
do organograma referente ao sistema de comunicações, bem como dos equipamentos de radiocomunicação em uso na SESDEC.
PM
BM
PC
CISC
DINTEL
DITEL
SST
DINFO
Através da Portaria nº 001/2003 a Secretaria de Segurança criou a Comissão de Implantação do Sistema de Comunicações ( CISC / SESDEC), com o objetivo de melhorar a radiocomunicação no âmbito da SESDEC, planejando e executando procedimentos para melhoria do sistema através de assessoria em projetos de aquisição de equipamentos passando por aquisição de materiais necessários para manutenção e ampliação da rede-rádio. Ao final do nosso estudo, teremos uma visão geral e contextualizada do sistema de telecomunicação da SESDEC e a percepção de sua importância para o êxito das atividades de segurança pública.
2. CONCEITOS BASICOS DE RADIOCOMUNICAÇÃO 2.1 TELECOMUNICAÇÕES Constituem serviços de telecomunicações a transmissão, emissão ou recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, por fio, rádio, eletricidade, meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético.(Extraído do Art. 4º, da Lei nº 9.472/97 – CÓDIGO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES) 2.2 MENSAGEM Comunicação, notícia ou recado verbal ou escrito.
2.3 FONTE 4
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Elemento de um sistema de comunicação que produz mensagem original a ser transmitida; onde se origina a mensagem a ser comunicada.
2.4 EMISSOR Um dos elementos básicos do processo de comunicação: aquele que codifica a mensagem original produzida pela fonte e emite os sinais codificados ao receptor (eventualmente, emissor e fonte constituem um só elemento, para efeito de análise do processo de comunicação).
2.5 TRANSMISSOR Equipamento ou parte de equipamento que se destina a transmitir sinais telefônicos, radiofônicos ou televisuais.
2.6 SINAL Suporte físico ou energético da mensagem. Qualquer unidade que, em conformidade com as regras de um código, entra na composição da mensagem, como, os fonemas, na linguagem, os impulsos elétricos, na telegrafia, e a radiação eletromagnética na radiocomunicação.
2.7 CANAL Suporte material ou sensorial através do qual se faz o sinal de um emissor chegar a um receptor.
2.8 CODIFICADOR Modifica a informação reversivelmente (Modular/Demodular), por meio de um código ou algoritmo que a torna ininteligível; criptografar.
2.9 COMUNICAÇÃO Transformar, recorrendo a um código, uma mensagem original numa seqüência de sinais adequados à transmissão em determinado canal. 2.10 RECEPTOR Um dos elementos básicos do processo de comunicações: aquele que recebe os sinais transmitidos, decodificando-os de forma a recuperar a mensagem original produzida para atingir um destinatário. [Eventualmente, receptor e destinatário constituem um só elemento para efeito de análise do processo de comunicação].
2. 11 SISTEMA DE INFORMAÇÃO 5
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Conjunto de meios de comunicação, computadores e redes de computadores, assim como dados e informações que podem ser armazenados, processados, recuperados ou transmitidos por serviços de telecomunicações, inclusive programas, especificações e procedimentos para sua operação, uso e manuseio.
2.12 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO O objetivo precípuo dos sistemas de comunicação é a transferência da “mensagem” de uma “fonte”, feita a partir de um “transmissor”, na forma de “sinal”, através de um “canal”, até o “receptor” (fig 1). Para maior segurança, a mensagem é comumente “codificada” pelo “emissor” anteriormente a ser modulada em “sinal” pelo transmissor para sua adequação ao canal. Sinal recebido
Fonte Mensagem
Emissor
Canal
Mensagem recuperada
Receptor
Destino
Sinal transmissor
Figura 1. Modelo básico de um sistema de comunicação.
a. Objetivos da comunicação aplicada à segurança publica: Especifico: Proporcionar segurança e agilidade as ações e operações PM. Acessar e estar acessível Ver e ser visto. Genéricos: Ouvir e ser ouvido b. Meios de Comunicações Visuais Qualquer sinal perceptível pelo sentido da visão, quando utilizado para transmissão de mensagens, constitui um meio visual. Os principais meios visuais são: 1) Sinalização pelos braços 2) Bandeirolas 3) Painéis 4) Sinais Luminosos c. Meios de Comunicações Acústicos. Todos os engenhos que produzem sinais perceptíveis ao sentido da audição, se utilizados para transmissão de mensagem, são meios acústicos de Com. Alguns exemplos podem ser citados:
1) Voz Humana 2) Apitos 3) Sirenes 4) Tiros 5) Alto Falantes 6
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d. Meios de Comunicações Elétricos Os meios de Comunicações que utilizam o processo elétrico estão divididos em dois grupos:
Meios com fio : Os meios de comunicações com fio se utilizam dos circuitos físicos para realizarem suas ligações. Exemplo: telefone, telégrafo, teletipo, fac-símile.
Meios sem fio: Os meios de Comunicações sem fio utilizam-se das ondas eletromagnéticas para realizarem as ligações. Exemplo: radiotelefonia, radiotelegrafia, televisão, Internet etc.
e. Um Sistema de comunicação eficiente sugere os seguintes aspectos: • • • • • • • •
Coordenação eficaz; Rapidez na execução de ordens; Sincronização das ações; Comando e controle; Comando e controle; Informações precisas; Supervisão; Otimização de recursos.
3 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO COM FIO São reconhecidos pelos enlaces entre transmissor e receptor através de ondas guiadas em linhas, cabos e fibras ópticas. Ex. Telefone, Comunicação de dados, Fax.
3.1 NORMATIZAÇÃO Na Polícia militar do Estado de Rondônia a RESOLUÇÃO Nº 157, de 20 de janeiro de 2004, rege os procedimentos relativos ao controle e racionalização do uso dos telefones pertencentes a Administração Pública de Âmbito da Polícia Militar do Estado de Rondônia, dentre outros, determina o seguinte: Proibi expressamente o uso das linhas telefônicas da Polícia Militar para atender interesses particulares, inclusive telegramas e anúncios fonados, telesexo, teledespertador automático, servi os 0300, 0900 e similares, auxilio a lista 102, bem como aquelas ligações desnecessárias e incompatíveis com o serviço público. 1.
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Proibi o recebimento de ligações a cobrar para os telefones utilizados pela Administração Policial Militar, salvo aquelas linhas previamente autorizadas habilitadas para esta finalidade. 2.
As ligações telefônicas na modalidade Discagem Direta a Distância (DDD) e Discagem Direta Internacional(DDI) somente poderão ser realizadas no estrito interesse do serviço público e mediante prévia autorização do Comandante, Chefe ou Diretor da OPM e Subcomandante Geral da Polícia Militar, respectivamente. 3.
4. As ligações telefônicas para aparelhos celulares somente poderão ser realizadas no interesse do serviço público e que não haja possibilidade de ligação para um telefone fixo. A utilização das linhas telefônicas da Polícia Militar, previamente cadastradas para acesso a Internet, deverá ser realizada exclusivamente no interesse do serviço e pelo tempo mínimo necessário. 5.
Todas as ligações (DDD), internacionais (DDI), para celulares e para acessar a INTERNET deverão ser realizadas de linhas telefônicas previamente habilitadas e destinadas para estas finalidades e registradas em um livro de controle, contendo o nome do usuário, o número discado, data, hora e motivo da ligação e visto diário do Comandante, Chefe ou Diretor da OPM. 6.
A Coordenadoria Administrativa deverá providenciar, em entendimento com os Comandantes, Chefes e Diretores da OPM, dentro de um prazo de 10(dez) dias, a contar da data de publicação desta Resolução, quais as linhas telefônicas que permanecerão habilitadas para realizar ligações DDD, DDI, para aparelhos celulares e acesso s INTERNET. 7.
Todas as OPM deverão encaminhar para a Coordenadoria Administrativa, até o 5º dia útil subseqüente, relatório contendo todas as ligações realizadas no mês anterior. 8.
Os Comandantes, Chefes e Diretores de OPM deverão mensalmente conferir as contas telefônicas sob sua responsabilidade, identificando possíveis irregularidades, assim como estabelecer um controle sobre o número médio de ligações, tempo médio no telefone, gasto médio em reais etc. 9.
Os responsáveis pela realização de ligações irregulares que contrariarem a presente resolução deverão ressarcir os cofres públicos e estarão sujeitos à ação civil pública por improbidade administrativa além das sanções disciplinares cabíveis. Não sendo possível identificar o(s) autor(es) da ligação irregular, o Comandante, Chefe ou Diretor da OPM devera instaurar procedimento apuratório para identificar o(s) responsável(eis) pela ação ou pela omissão/negligência do chefe do setor, seção ou repartição de onde foi realizado o telefonema. 10.
O ressarcimento ao erário público deverá ser efetuado dentro de um prazo de 20 (vinte) dias, impreterivelmente, a contar da data em que o Comandante, Chefe ou Diretor da OPM tiver conhecimento da irregularidade, cujo comprovante deverá ser encaminhado à Coordenadoria Administrativa. 11.
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A competência exclusiva para solicitar a instalação, habilitação, remanejamento, bloqueio e cancelamento de linhas telefônicas no âmbito da Polícia Militar é da Coordenadoria Administrativa a quem deverá ser encaminhado oficio solicitando a realização desses serviços, acompanhada de exposição de motivos circunstanciada. 12.
3.2 ATENDIMENTO TELEFÔNICO – EMERGÊNCIA Ao atender ao telefone, o Militar Estadual representa a Polícia Militar ou o Órgão em que está trabalhando, mesmo que o departamento em que atue não esteja diretamente relacionado ao atendimento à população. Assim, alguns cuidados precisam ser tomados para proporcionar satisfação aos cidadãos, mantendo a boa imagem da Polícia Militar/Órgão:Para isso, a PMRO, através da Diretriz de ação Operacional nº 04/CPO/2008 padronizou o Atendimento telefônico emergencial – 190, da seguinte forma:
a) O telefonista utilizará a verbalização padrão: “Polícia Militar, emergência, policial militar,..., bom dia! (ou saudação correspondente)”; b) O tom de voz deve ser claro e natural; c) Não havendo resposta, repetir a verbalização padrão mais uma vez antes de desligar; d) Ouvir o solicitante. Se necessário interromper, usar o tratamento “Senhor(a)”, antes das considerações; e) Colher as informações necessárias ao preenchimento da documentação respectiva; f) Discernir se a ocorrência merece atendimento prioritário ou ordinário . No primeiro caso, informar imediata e verbalmente ao despachador de viaturas. Em caso de dúvida, considerar a ocorrência prioritária; g) Atender ao telefone com a maior brevidade possível; h) No caso de trote, liberar a linha e registrar o evento para fins estatísticos ou administrativos; i) Em caso de ofensas, não retribuí-las, apenas interromper a ligação; j) Não usar gírias próprias da Corporação ou termos técnicos que dificultem a compreensão do solicitante; l) Não fornecer dados pessoais dos integrantes da Corporação. 3.2.1 ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE O USO DO TELEFONE Não use palavras técnicas com um interlocutor leigo. Use as palavras certas para convencê-lo do que lhe diz. Fale naturalmente, com boa entonação de voz e compassadamente, assim entenderá perfeitamente, a mensagem transmitida. Confirme sempre todos os dados fornecidos pelo cidadão, repetindo-os para que não haja dúvidas.
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Evite Vícios de Linguagem. Demonstra falta de profissionalismo. Exemplos:
Forma Errada Tá! Hum, Hum! Né? Quem gostaria? Me faz um favor? Brigado
Forma Correta Está bem. Sim. Está correto? Quem quer falar? Por gentileza? Obrigado/Obrigada.
Evite palavras que dão sentido muito amplo ou duvidoso. Exemplos:
Pouco, muito, mais ou menos, bastante – (São palavras que não especificam quantidade); Talvez, depende – (São palavras vazias que não explicam nada e deixam o cidadão com a dúvida, inicial); Logo mais, mais cedo, mais tarde – (Não definem a hora exata). •
Frases que você nunca deve dizer ao cidadão:
Vou quebrar seu galho; Vou dar um jeitinho; Acho que vai dar. Não garanto. Mas acho que dá. Essas frases comprometem a credibilidade da Polícia Militar/Órgão e denota insegurança, desorganização e falta de administração. Alguns cuidados especiais ao atendermos uma ligação. •
E V I T E
Nunca deixe o interlocutor esperando; Gírias; Expressões repetitivas; Intimidades; Expressões dúbias (duplo sentido, duvidoso); Palavras negativas. Se o ramal estiver ocupado ofereça opção: recado, outro profissional, etc; Fale claramente, pronuncie bem as palavras, cause a melhor impressão
possível, sua voz é o seu único recurso; Empregue bem as palavras – Use e abuse do bom português; Use palavras positivas.
Atenda sempre prontamente ao cidadão. Por telefone, atenda sempre até a segunda chamada. Serviço rápido ajuda a transmitir eficiência e confiança. Seja agradável e educado, mas diga apenas o necessário. Seja direto e objetivo, porém cortês e atencioso. Use palavras comuns de cortesia: Por favor, por gentileza, obrigado (a). Não trate o cidadão por você nem insinue intimidade com ele. Trate-o com uma certa cerimônia. Use Senhor ou Senhora. 10
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Fechamento de Ligação Agradecer a ligação e desejar um bom dia/tarde/noite.
4. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO SEM FIO Utilizam princípios de propagação eletromagnética em radiofreqüência (RF) nos enlaces entre as antenas do transmissor e receptor. Ex. Telefone (móvel), Rádio VHF/FM, Rádio SSB/HF. As principais vantagens dos sistemas de comunicação sem fio sobre os sistemas com fio são suas habilidade de prover comunicação em longas distâncias, através de obstáculos físicos (dependendo da freqüência) e para um número teoricamente ilimitado de usuários.
5. SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO – ASPECTOS GERAIS 5.1 COMPONENTES DE UMA ONDA: Amplitude - A amplitude mede o tamanho de cada crista da onda. A amplitude é representada pela letra A. •
Comprimento - O comprimento de onda, designado pela letra grega lambda-( ), mede o comprimento do padrão que se repete. Ou seja, mede a distância entre uma oscilação completa de onda ou a distância entre duas cristas ou a distância entre dois vales. •
Período - O período de uma onda é o tempo que se demora para que uma onda seja criada, ou seja, para que um comprimento de onda seja criado. O período é representado pela letra T. •
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Freqüência - A freqüência representa quantas oscilações completas (ciclos) uma onda dá a cada segundo (uma oscilação completa representa a passagem de um comprimento de onda -ƛ). Para medir a freqüência usamos o Hertz, representado por Hz. Ex.: 10Hz ou 10 ciclos por Segundo. Valores maiores podem ser multiplicados com unidades de medida, como mostra a tabela abaixo:
Kilo (K) =1.000 Mega (M) = 1.000.000 Giga (G) = 1.000.000.000 Tera (T) = 1.000.000.000.000
→ → → →
1.000 Hz = 1 KHz 1.000 KHz = 1 MHz 1.000 MHz = 1 GHz 1.000 GHz = 1 Thz
5.2 FAIXAS DE FREQÜÊNCIA Existem várias faixas de freqüência (HF, VHF, UHF, etc.), cada uma delas apresenta características diferentes seja na forma de propagação, poder de penetração, suscetibilidade a interferências, etc. Dentro de seu grupo cada faixa de freqüência apresenta características em comum, tendo o comportamento das ondas de rádios e forma de propagações bastante semelhantes.
FREQÜÊNCIA
NOME
SIGLA
ONDA
3 a 30 Khz
Freqüência muito baixa
VLF
Onda muito longa
30 a 300 Khz
Freqüência baixa
LF
Onda longa
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300 Khz
a
3000 Freqüência longa
MF
Onda média
3 a 30 Mhz
Freqüência alta
HF
Onda curta
30 a 300 Mhz
Freqüência muito alta
VHF
Onda muito curta
UHF
Onda ultra curta
300 Mhz
a
3000 Freqüência ultra alta
3 a 30 Ghz
Freqüência super alta
SHF
Onda super curta
30 a 300 Ghz
Freqüência extremamente alta
EHF
Onda extremamente curta
A faixa de freqüência abaixo de 20 Khz não é considerada audível. Faixas comumente usadas: LF – telefonia. Radioamadores usam a expressão “fazer uma baixa freqüência”, significa fazer uma ligação. VHF – nos rádios fixos, móveis e portáteis, inclusive repetidoras. UHF – em algumas repetidoras com função de link (interconexão de redes) e nos telefones celulares, que nada mais são do que rádios bidirecionais (fullduplex). •
• •
A intercomunicação entre dois equipamentos rádio somente ocorrerá, além de outros fatores, se estiverem exatamente na mesma freqüência, convém relembrar que um mesmo canal pode possuir freqüências diferentes. A distribuição das faixas de freqüência para os usuários, sua fiscalização e controle, é de competência do Ministério das Comunicações, através da ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, o qual, por sua vez, segue as normas de âmbito internacional, estabelecidas pela UIT –União Internacional de Telecomunicações.
5.3 MODULAÇÃO Os rádios transceptores empregados pela PMRO são utilizados para transmitir e receber informações digitais, através de fonia (palavras). A onda portadora, por ser um sinal de radiofreqüência, não torna possível a obtenção imediata das informações (palavra, código telegráfico, transmissão digital, etc...) que são transmitidas de um rádio para outro. Tais informações, sob a forma de sinais de áudio, lhe são superpostas. Esse processo de superposição provoca alterações em algumas das características da onda portadora. Essas alterações que a onda portadora pode sofrer ao ter que transportar as informações, denomina-se MODULAÇÃO. Para que seja possível a compreensão do que foi transmitido é necessário que ocorra a DEMODULAÇÃO que corresponde ao processo inverso da modulação.
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As características da onda portadora que podem ser alteradas são: Amplitude e Freqüência. Quando as alterações ocorrem na amplitude da onda portadora, a modulação recebe o nome de Amplitude Modulada (AM). A modulação em amplitude é utilizada nos transmissores de radiofonia e radiotelegrafia que operam nas médias e altas freqüências.
1. Características da modulação em AM:
Reprodução da mesma informação em duas bandas laterais, o que representa um desperdício de potência; Está sujeita a grandes interferências reproduzidas por aparelhos elétricos, fenômenos atmosféricos e motores; Utiliza as faixas de HF e MF; Possui menor fidelidade; Proporciona propagação através ondas terrestres e espaciais.
A banda lateral única (Single Sided Band - SSB) é um tipo de modulação que se constitui num aprimoramento da modulação convencional de AM. Consiste na eliminação de uma das faixas laterais (superior ou inferior) e da própria portadora que normalmente são irradiadas nos transmissores AM. Com a eliminação de uma das faixas laterais e da portadora, toda a potência do equipamento passa a ser aplicada na irradiação da única faixa lateral selecionada, que pode ser tanto a superior como a inferior. Consequentemente, o alcance da transmissão passa a ser significativamente maior. Se tais alterações ocorrem na freqüência da portadora, a modulação recebe o nome de: Freqüência Modulada – FM. A modulação em freqüência é utilizada nos transmissores que operam nas faixas de VHF, UHF e mais altas. 2. Características da modulação em FM:
Sofre pouca ou quase nenhuma interferência; Proporciona grande fidelidade na reprodução sonora; Requer componentes eletrônicos de maior complexidade e custo; Emprega propagação através das ondas terrestres.
5.4 PROPAGAÇÃO Propagação é a forma de se espalhar de uma onda de rádio, ela varia de acordo com a faixa de freqüência. É a ação resultante dos deslocamentos das ondas, por um ambiente externo, com agentes facilitadores ou prejudiciais às mesmas. As ondas de rádio se propagam tanto junto da superfície terrestre, quanto em direção ao espaço, fazendo neste último caso, vários ângulos, em relação à superfície da Terra. Essas ondas eletromagnéticas se deslocam no espaço à velocidade da luz, aproximadamente 300.000 Km/Seg.
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Como já foi dito, na comunicação VHF e UHF o sinal do rádio segue uma linha horizontal, ou seja, propaga-se junto à superfície terrestre, sendo chamada de propagação TERRESTRE. Já o sinal de HF reflete da superfície terrestre à Ionosfera, uma das primeiras camadas da Atmosfera, e vice-versa. Dessa forma, de acordo com o ângulo de reflexão uma onda de rádio pode ir ao outro lado do planeta. Este tipo de propagação chama-se ESPACIAL ou CELESTE. Uma mesma onda pode ter componentes Espacial ou Celeste e Terrestre, porém, para o nosso caso estudaremos apenas o padrão geral de funcionamento de acordo com cada faixa de freqüência como foi citado anteriormente. Em termos de rendimento e alcance podemos avaliar o quadro a seguir:
FAIXA LF MF HF VHF UHF
ALCANCE (km) TERRESTRE 0 a 1.609 0 a 161 0 a 83 0 a 48 0 a 83
ESPACIAL 835 a 12.872 161 a 2.415 161 a 12.872 83 a 241 -
POTÊNCIA NECESSÁRIA (KW) Maior que 50 0,5 a 50 0,5 (500W) Até 0,05 (50W) Até 0,05 (50W)
5.5 FAIXA DE UTILIZAÇÃO Faixa de freqüência é o limite mínimo e máximo de freqüência atribuído a um equipamento rádio. A freqüência utilizada na corporação é VHF (Very High Frequency), na faixa de 148 a 174 MHz.
5.6 AUTORIZAÇÃO DO SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO A solicitação de outorga de autorização para execução de serviço de radiocomunicação deve ser feita mediante requerimento dirigido a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), acompanhado dos documentos exigidos em Norma Complementar.
5.7 SISTEMA VHF/FM E SSB/HF 5.7.1 VHF/FM São as radiocomunicações em freqüências mais elevadas, o mecanismo principal de propagação do sistema VHF/FM é a “visada direta”, onde as ondas se propagam no espaço livre (linha reta) entre o transmissor e o receptor. Qualquer obstáculo entre os transceptores impede as comunicações, lembre-se disto, pois, em patrulhamento, os melhores pontos para comunicação são as elevações. Tem como principais características: 15
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• • •
Comunicação a curta distância; Sinal de melhor qualidade; Não sofre influência da ionosfera; Comunicação mais sujeita a fatores terrestres.
Tem por finalidade estabelecer comunicações operacionais entre os diversos níveis de comando e os encarregados diretos das ações de policiamento.
5.7.2 SSB/HF Na parte da atmosfera situa-se a ionosfera, localizada aproximadamente entre 60 a 400 Km da Terra. Por apresentar um elevado índice de ionização, a ionosfera possui uma larga faixa de freqüência e comporta-se como meio condutor. Nesta faixa as freqüências refletem em suas camadas ionizadas (espelho) e retornam à superfície da Terra. A ionosfera é um meio turbulento, portanto suas propriedades sofrem diversas influências, fazendo com que as comunicações via HF/SSB dependam das condições de ionização, que são mutáveis no tempo, tem como principais características: Comunicação à longa distância; Sinal de pior qualidade; Sinal não sujeito a obstáculos relativos à topografia e interferências terrestres. • • •
6. SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO DA SESDEC 6.1 SISTEMA ATUAL VHF/FM SESDEC CANAIS DE OPERAÇÕES 1 2 3 4 5 6 7
1º e 2º BPM 5º BPM 3º e 7º BPM 4º BPM 6º BPM PM Alternativo 1 PM Alternativo 2
8 9 10 11 12 13 14
PC-PVH/JP/VHN PC-ARQ/CC/GM PC Alternativo Integração PRF BM Operacional Presídios Juizado da I. e Juventude
6.2 CENTRAL DE ATENDIMENTO E DESPACHO - CIOP/CO Para funcionamento de uma central de atendimento integrado de operações, o requisito essencial é adotar um software com capacidade de intensificar a interação entre o serviço público e a população, bem como, reduzir o tempo necessário para o atendimento das chamadas de emergências. Em respeito a esta condição fundamental, desenvolveu-se, então, o CIOP (capital), que permite visualizar, em tempo real, a disponibilidade de viaturas, as equipes que estão no atendimento, ou ainda visualizar todas as ocorrências que estão acontecendo na cidade. Atualmente os Centros de Operações (CO) existentes nas Unidades PM do interior não dispõe de sistema de localização e gerenciamento virtual de atendimento de ocorrências. 16
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O CIOP é um órgão integrante da estrutura organizacional da SESDEC que desempenha funções administrativas relativas à organização e funcionamento do Centro, e operacionais relativas à operacionalização das ações de segurança necessárias ao atendimento de ocorrências. O CIOP está instalado no prédio da SESDEC, o que permiti a gestão compartilhada de meios materiais, humanos e de informações, buscando a eficiência, eficácia e, sobretudo a efetividade das ações de segurança para proporcionar um melhor atendimento ao cidadão. O CIOP funciona em horário ininterrupto durante 24 horas, sete dias por semana e utiliza diversas tecnologias, entre elas número de telefone único para chamadas, sistema de rádio troncalizado para transmissão de dados e voz, geoprocessamento, mapa digitalizado de Porto Velho. Estas tecnologias estão integradas através de um sistema informatizado para atendimento ao cidadão e despacho de viaturas, chamado de Sistema de Atendimento de Ocorrências e Despacho de Viaturas – SAODV. As funções administrativas são coordenadas por um chefe designado pela SESDEC que será responsável pela administração, controle e manutenção de todos os recursos do CIOP. As funções operacionais são desempenhadas pelos diretores de operações da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros representados por oficiais e delegados designados e subordinados operacionalmente aos seus respectivos órgãos e administrativamente ao diretor do CIOP, no que concerne às funções do Centro Integrado. A coordenação, controle e integração das ações da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, para atendimento das ocorrências, estarão centralizados no CIOP para otimizar as ações de segurança. O CIOP possui a seguinte estrutura organizacional:
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DIRETOR
Assessoria de TI
Divisão Administrativa
Coordenador CIOP
Despachantes
Atendente
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7. EXPLORAÇÃO DA REDE RÁDIO 7.1 EXPLORAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES Exploração das comunicações define-se como o próprio nome sugere, explorar, no sentido de estudar, examinar, pesquisar para fins de utilizar as comunicações da forma mais correta possível, angariando resultados positivos que facilitem o entendimento entre os diversos usuários.
7.2 NORMAS GERAIS PARA EXPLORAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES VIA RÁDIO. •
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•
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As comunicações deverão processar de forma precisa a fim de buscar o máximo de aproveitamento de um sistema, sem causar congestionamento e demoras desnecessárias para transmissão de qualquer mensagem; Procurar sempre se basear nas normas previstas para cada tipo de serviço, evitando criar palavreados supérfluos que prejudiquem os trâmites de mensagens necessárias; Sempre ter certeza do que vai transmitir via rede rádio, para isso deve-se resumir as chamadas através de códigos ou normas pré-estabelecidas; A velocidade de qualquer transmissão de mensagem deverá ser tal que permita ao receptor entendê-la em inteiro teor; O rádio operador que participar de uma rede de rádio deve-se ater a todos os prefixos que compõem a rede para auxiliá-los em caso de necessidade ou para alertá-los de algum elemento estranho à rede que possa afetar a segurança do sistema; Evitar mudança de canal, sem autorização do Posto Diretor da Rede, salvo em casos previamente estabelecidos;
Toda a rede rádio deverá possuir um posto rádio diretor da rede (PDR). Em Porto Velho o CIOP centraliza todas as comunicações de rádio da SESDEC. No interior, cada Batalhão possui um C.O. (Centro de Operações), assim como cada unidade das Polícias Militar e Civil. O objetivo é organizar e manter a disciplina de comunicações na rede, passando as informações necessárias ao conhecimento da mesma.
7.2.1 PROCEDIMENTOS VIÁVEIS PARA TRANSMISSÃO DE MENSAGENS Pensar no que vai falar, antes de acionar a tecla do microfone, observando se a freqüência está livre; •
•
Apertar a tecla do microfone, aproximando-o a uns dez centímetros da boca;
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.
Fazer a chamada para a estação com a qual deseja transmitir a mensagem, identificando-se em seguida; •
•
Somente depois de atendida a chamada, transmite-se a mensagem;
Evitar permanecer muito tempo com a tecla do microfone acionada, para evitar queima do equipamento, ou consumo inadequado de energia. •
7.2.2 PROCEDIMENTO PARA RECEPÇÃO DE MENSAGENS •
•
•
Ligar o equipamento e mantê-lo com intensidade de volume adequada ao entendimento de qualquer chamado ou mensagem; Acompanhar a tramitação das mensagens dirigidas à rede, a fim de auxiliar tecnicamente um companheiro que tenha perdido o contato com o Posto Diretor da Rede ou outro posto. Ter sempre a mão, caneta e papel para anotar as informações recebidas.
7.2.3 DEVERES DO RÁDIO OPERADOR 1. Usar linguagem clara para o entendimento do destinatário da mensagem; 2. Nunca se afastar do local onde se encontra o equipamento que esteja operando; 3. Atender prontamente a qualquer chamada dirigida para seu posto rádio; 4. Estar atento a todas as mensagens veiculadas na rede rádio; 5. Nunca informar sobre qualquer atividade ou serviço a elementos que julgue desnecessário ter conhecimento, principalmente tratando-se de assunto reservado; 6. Evitar conversas paralelas próximo ao equipamento rádio e nunca pronunciar palavras obscenas ao transmitir uma mensagem; 7. Seguir corretamente as normas de conservação e zelo pelo material utilizado; 8. Utilizar prefixo para funcionamento da rede, evitando declinar nomes de companheiros que estejam em serviço ou até mesmo seu próprio nome, salvo se solicitado por ordem superior; 9. Conhecer todos os prefixos que compõem sua rede rádio; 10.Comunicar qualquer irregularidade com o equipamento rádio, imediatamente à Seção de Suporte Tecnológico, para as providências pertinentes. 11.Evitar qualquer tentativa de reparos, mesmo que entenda como fácil ou provisória; 20
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12.Manter o equipamento limpo, não colocando sobre o mesmo ou próximo a ele qualquer material que possa prejudicar a ventilação ou bom funcionamento do equipamento; 13.Comunicar imediatamente ao órgão de manutenção qualquer dano ou pane sofrida no equipamento; 14.Sempre que assumir qualquer equipamento, realizar testes de funcionamento, não só do equipamento, mas como de toda a rede.
7.2.4 DISCIPLINA OPERACIONAL •
•
•
•
•
Quando uma mensagem for necessariamente longa, deverá ser transmitida em trechos, devendo sempre ser solicitado o entendimento. Sempre que possível, deve-se utilizar canal alternativo para a transmissão de mensagens longas; Ao perceber que a rede rádio está sendo utilizada por outros prefixos, em hipótese alguma poderá ser acionada a tecla do microfone, pois causará interferências nos demais; Somente utilizar o equipamento rádio para o serviço previsto, evitando manuseálo por motivos fúteis; Sempre que receber uma mensagem, dar o ciente da mesma a quem lhe transmitiu a fim de evitar transtornos posteriores; Para que não haja utilização indevida da rede rádio, as mensagens deverão ser curtas e versarem somente sobre assuntos pertinentes ao conhecimento da rede. Sempre que a natureza da mensagem realmente ensejar a necessidade de sua transmissão, e essa for longa ou tratar de assunto diverso do serviço, é aconselhável a utilização de canal alternativo.
7.2.5 REGRAS GERAIS PARA USO DO RÁDIO Não transmitir sem autorização do órgão coordenador , o CIOP/CO, são responsáveis, nas respectivas áreas de atuação, pela coordenação e controle do tráfego de mensagens, e, portanto, deverão autorizar as transmissões dos postos, visando disciplinar a rede e estabelecer prioridades; Responder prontamente a todos os chamados , a não confirmação do 2. recebimento das chamadas obrigará a estação que chama a fazer novas chamadas, sobrecarregando a rede, com conseqüente perda de tempo; Só transmitir quando a rede estiver em silêncio, devendo escutar antes de 3. transmitir, diversas estações poderão transmitir simultaneamente, mas os receptores só poderão receber um posto de cada vez, sem que haja interferência; Não interromper as transmissões de outro posto, exceto em casos 4. excepcionais, quando a situação for grave e assim o exigir. Tal medida visa evitar cortes ou 1.
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interferências nas comunicações. Quando a situação exigir, o posto que tiver que cortar a mensagem de outro, dirigir-se-á ao COPOM; Manter sempre um dos integrantes da equipe na escuta do rádio, devendo 5. em casos excepcionais, quando todos tiverem que se ausentar, dar conhecimento do fato ao CIOP, e ao retornar proceder da mesma forma; 6. Falar em linguagem clara, precisa, pausada e com ênfase natural, este procedimento permitirá que as mensagens sejam facilmente entendidas; Não estabelecer conversas informais entre operadores, a rede de rádio 7. existe para uso estritamente profissional (operacional ou administrativo), não sendo permitidas transmissões de mensagens ou contatos particulares; Acusar o recebimento de todas as mensagens, encerrada a transmissão a 8. estação receptora dará a confirmação do recebimento (QSL) ou solicitará a retransmissão (QSP) quando a mensagem não for compreendida. 9. Não fazer chamados insistentes a um mesmo posto. Devido à sua localização determinada estação pode não receber as transmissões, neste caso deve ser dado um intervalo ou solicitar retransmissão de outra estação. 10. Procure a condição ideal de transmissão, evite operar sob redes de alta tensão, pontes, túneis, estruturas metálicas, desvie de objetos verticais como edifícios, morros, etc., lembre-se de como se dá a propagação do seu equipamento; 11. Não permita que pessoas não autorizadas ou despreparadas façam uso do equipamento, tal ação poderá causar transtornos operacionais, especialmente em uma rede onde o tráfego de mensagens tem, em sua maioria, o caráter de emergência; 12. Seja BREVE, evitando câmbios longos e conseqüente congestionamento da rede de rádio. Fale somente o necessário. Câmbios prolongados podem danificar o equipamento e obstruir a rede rádio. 13. Ao assumir o serviço informe ao CIOP/CO o prefixo do meio de transporte utilizado (viatura, motocicleta, embarcação, bicicleta) nome e RE dos integrantes, tipo de policiamento, duração local de atuação, entre outras informações julgadas importantes. Ao final de serviço, o comandante do policiamento deve fazer novo contato, informando sobre o término da missão. As regras acima apresentadas devem ser empregadas no uso de qualquer rádio transceptor. Na transmissão via rede rádio há ainda que se considerar aspectos técnicos e legais: 1. Evite operar sob redes de alta tensão, pontes, estruturas metálicas, ou atrás de montes, edifícios, ou dentro de túneis e elevadores; 2. Não trafegue fora da freqüência prevista (ou canal) e nem empregue potência além da permitida; 3. Não utilize códigos que não estejam autorizados ou que não sejam de conhecimento da rede; 4. Evite empregar indicativos pessoais, use o nome do posto, prefixo de viatura ou área de atuação, não empregue nomes.
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.
Ao fazer uma chamada, anuncie o prefixo da estação chamada, seguido do seu próprio prefixo. Ex. de chamada:
- CIOP, RP 201; ou - CIOP, HT ASP CARLOS Ex. de conversa:
- CIOP, CP 111.
→
QRV.
- 111 em QRT por final de turno.
→
QSL.
7.3 EXPRESSÕES CONVENCIONAIS 7.3.1 CÓDIGO FONÉTICO INTERNACIONAL Comunicar com eficiência, ou seja, transmitir a outros um pensamento a ser entendido é algo extremamente difícil. Vemos constantemente que ordens dadas ou recados transmitidos são mal entendidos, mesmo quando se fala diretamente de pessoa a pessoa. Quando se trata de comunicar a distância, via rádio ou telefone, por exemplo, o problema da dificuldade de entendimento torna-se mais grave. E para o bom andamento das atividades administrativas e operacionais ou para a hipótese de serem os integrantes da PM empregados em campanhas, há sempre de ser buscado o aperfeiçoamento na transmissão e recepção das mensagens ou, em última análise, a certeza de que as solicitações, ordens, recomendações, determinações, etc, chegaram ao destino e foram perfeitamente entendidas. Para se atingir tal objetivo, o de tornar clara a comunicação, é que na nossa corporação utilizamos o alfabeto fonético internacional, de forma a que sejam evitados confusões e erros na recepção de mensagens em fonia, por ocasião de letras com pronúncia semelhantes, como por exemplo, P e B, T e D, M e N, etc. Deve-se sempre ter em mente que o alfabeto fonético é considerado linguagem clara e de conhecimento geral. O alfabeto fonético utilizado na exploração é internacional e seu uso está consagrado pelas forças armadas. A parte em negrito das palavras corresponde à sílaba tônica das mesmas, isto é, a sílaba deve ser pronunciada com maior inflexão de voz:
LETRA A B C D E
PALAVRA
PRONÚNCIA AL FA BRA VO CHAR LE DEL TA E CO
ALFA BRAVO CHARLE DELTA ECO 23
.
F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
FOX TROT GOLF HO TEL ÍN DIA JU LIET QUI LO LI MA MAI QUE NO VEM BER OS CAR PA PÁ QUE BEC RO MEU SIER RA TAN GO IU NI FORM VIC TOR UIS QUEI ECS REI IAN QUI ZU LU
FOX GOLF HOTEL ÍNDIA JULIET KILO LIMA MIKE NOVEMBER OSCAR PAPA QUEBEC ROMEU SIERRA TANGO UNIFORME VICTOR WHISKEY XRAY YANQUE ZULU
7.3.2 ALGARISMOS FONÉTICOS Os algarismos fonéticos utilizados na exploração radiofônica são específicos de nosso país e seu uso é obrigatório para a força terrestre, como também já é para a Aviação civil e militar, quando sobrevoando o Brasil. A parte em negrito corresponde à sílaba tônica do algarismo fonético. ALGARISMO
1
2
3
PRONÚNCIA
U- NO
DÔ-IS
TRÊS
4 QUA-TRO
5
6
7
8
9
0
CIN-CO
MÊI-A
SÉ-TÊ
ÔI-TO
NÓ-VE
ZÉ-RO
Os números devem ser pronunciados normalmente, e em seguida, soletrados algarismo por algarismo, usando-se a identificação fonética. Ex: O número 106 será lido "cento e seis" e em seguida, se necessário, soletrado dígito por dígito: uno-zero-meia. Na Polícia Militar do Estado de Rondônia costumeiramente se usa as expressões, não regulamentares (ordinais), abaixo relacionadas:
1
Primo, Primo
6 24
Sexto
.
2 3 4 5
Segundo Terceiro Quarto Quinto
7 8 9 0
Sétimo Oitavo Nono Negativo
Numerais repetidos Dobrado
11
Primeiro Dobrado ou Primo Dobrado
Triplicado
222
Segundo Triplicado
A princípio a utilização dos números ordinais deve ser evitada, pois ela cria um paralelo com a fonética padrão, que é mais rápida, adequada e concisa. Além disso, a palavra “negativo” para mencionar o algarismo “zero”, contribui para o estabelecimento da confusão de significados, já que nas palavras e expressões convencionais, quer dizer, “não”, “não está correto”, “não está autorizado”. Os números ordinais podem ser utilizados em casos especiais, quando após a transmissão da mensagem pelo padrão recomendado, algum trecho, por qualquer motivo, permanecer obscuro ou mal compreendido, necessitando assim a sua retransmissão.
7.3.3 CÓDIGO OPERACIONAL ( CÓDIGO “J” ) São constituídos por combinações de letras, às quais são atribuídos significados convencionais. Destinam-se a transmitir, de maneira padronizada e breve, informações, de forma a reduzir ao máximo o tempo total de transmissão.
J-1
Deslocamento
J-2
Patrulhamento
J-3 J-4
Rendição Alimentação
J-5 J-6
Abastecimento de Viatura Lavagem de Viatura
J-7 J-8
Pane de Viatura Necessidades Fisiológicas
J-9
Necessidade urgente
de
reforço
7.3.4 CÓDIGO OPERACIONAL ( CÓDIGO “Q” ) 25
policial
.
O Código Civil Internacional “Q”, abreviadamente Código “Q”, foi aprovado em 21 Dez 59, em Genebra, na Convenção Internacional de Telecomunicações, da qual o Brasil é país signatário. Trata-se de um recurso que visa simplificar e dar maior rapidez às comunicações, pela substituição de palavras, frases ou informações por um conjunto de três letras, seguidas ou não de algarismos. Sobre o Código “Q”, alguns aspectos devem ser observados: 1. A utilização dessa codificação por quem não a domina ao menos razoavelmente poderá causar transtornos ao invés de benefícios; Os sinais do Código “Q” não têm caráter sigiloso, são considerados 2. como linguagem clara e corrente; 3. Desde que não se utilizem abreviaturas, e não sendo possível outro sinal ou método convencional, permite-se o emprego de palavras ou expressões de linguagem corrente para complementar ou ampliar o significado do código”Q”. Alguns códigos mais freqüentemente utilizados:
PERGUNTA
RESPOSTA OU AVISO
QRA
Qual o nome da sua estação?
O nome da minha estação é...
QRB
A distância entre nossas estações é de ..... (quilômetros, metros, etc.) Vou a... e venho de ..... Chegarei às... Estou regressando a... A sua freqüência/canal exata(o) é ...... Sua freqüência (sim/não) varia. (sim/não) estou ocupado Sofro interferência: 1Nula (utilizado quando há interferências na 2Ligeira transmissão e necessidade de 3Moderada retransmissão da mensagem) 4Severa 5Extrema Devo transmitir mais depressa? Transmita mais depressa Devo transmitir mais devagar? Transmita mais devagar
A que distância você está da minha estação? QRD Aonde vai e de onde vem? QRE A que horas chegará? QRF Esta regressando a...? QRG Qual é a minha freqüência/canal exata(o)? QRH Minha freqüência varia? QRL Você está ocupado? QRM Está sendo interferido?
QRQ QRS
26
.
QRT QRU QRV QRX
Devo cessar a transmissão? Tem algo para mim? Está preparado Quando me chamará novamente?
Cesse a transmissão Nada tenho para você Estou preparado (PROSSIGA) Eu o chamarei novamente às ......hs
QRZ QSA
Quem está me chamando? Qual a intensidade dos meus sinais?
QSB QSJ
A intensidade dos meus sinais varia ? Qual a taxa a ser cobrada para .........?
Você está sendo chamado por....... A intensidade dos seus sinais é : 1Apenas Perceptível 2Fraca 3Satisfatória 4Boa 5Ótima A intensidade dos seus sinais varia A taxa a ser cobrada para ......... é de .....
Usado também para qualquer referência a dinheiro ou pagamento.
QSL QSM QSO
Pode acusar o recebimento ? Acuso o recebimento Devo repetir o último telegrama que Repita o último telegrama transmitido transmiti para você ? Pode comunicar-se diretamente (ou por Posso comunicar-me diretamente (ou retransmissão) com .....? por retransmissão) com ......
QSS QSU
Que freqüência de trabalho você usará ? Usarei a freqüência de trabalho ........ Devo transmitir ou responder nesta Transmita ou responda nesta freqüência freqüência?
QSY
Devo transmitir em outra freqüência?
QTA QTH
Devo cancelar a mensagem? Qual é a sua posição?
Transmita em outra freqüência ou em .........(mhz) Cancele a mensagem Minha posição é ..........
Usado erroneamente para local genérico
QTI
Qual seu rumo verdadeiro?
QTJ QTN QTR QUA
Qual a sua velocidade? A que horas saiu de ........? Qual é a hora certa? Tem notícia de .......(indicativo)?
Meu rumo verdadeiro é ........ (DESTINO, ITINERÁRIO) Minha velocidade é ........ Saí de .......as ........horas A hora certa é ......... Envio notícias de ...........(indicativo)?
7.3.4 CÓDIGO FONÉTICO OPERACIONAL São expressões convencionais de serviço, normalmente utilizadas em substituição a sentenças mais longas. Simplificam as comunicações, facilitam o controle das redes-rádio e o processamento de mensagens, proporcionando uniformidade e rapidez à exploração radiotelefônica. 27
.
HO HI HF OI OF OK
Hora Oficial Hora Inicial Hora Final Odômetro Inicial Odômetro Final Compreendido, autorizado
FA RP CP MO MC
Fora de Ação Rádio Patrulha Carro Presídio Micro-Ônibus Motocicleta
7.3.6 INTELIGIBILIDADE E INTENSIDADE DO SINAL Na recepção de sinais, a clareza refere-se à “inteligibilidade”, ou seja, a compreensão da mensagem, a intensidade, ao “volume/tonalidade da mensagem”. As informações sobre esses aspetos destinam-se à tomada de providências, com vistas a melhorar a eficiência da transmissão.
ESCALA 1 2 3 4 5
INTELIGIBILIDADE Ilegível Legível com intermitência Legível com dificuldade Legível Legibilidade perfeita
INTENSIDADE Muito fraca Fraca Regular Boa Ótima
8. ESTAÇÕES DE RÁDIO 8.1 ESTAÇÕES DE RÁDIO FIXA Quando instalados em local previamente determinado e não necessitando trocá-los de local constantemente, podendo ser utilizadas instalações físicas existentes no local. Podemos utilizar fontes de alimentação disponível 110 ou 220V, convertendo-a para corrente contínua através de uma fonte conversora e ainda instalar antenas mais adequadas utilizando torres de maior altura, possibilitando assim obter maior rendimento do equipamento. Sua potência de transmissão é, geralmente, de 45 Watts.
8.2 ESTAÇÕES DE RÁDIO MÓVEL São equipamentos instalados em veículos, embarcações, aeronaves, etc., a fim de permitir maior mobilidade, tendo em vista a diversidade, de locais onde atuarão esses equipamentos. Nem sempre temos um bom rendimento. A fonte de alimentação também fica restrita sendo utilizada para alimentar o sistema elétrico do veículo que conduz o equipamento. Sua potência de transmissão é, geralmente, de 45 Watts.
28
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8.3 ESTAÇÕES DE RÁDIO PORTÁTIL São equipamentos que podem ser conduzidos na mão, habitualmente chamados de HT (Handie Talk), com possibilidades bem mais restritas que os móveis e os fixos, devido à fonte de alimentação ser de pequeno porte, geralmente baterias (as de uso profissional são de 7,5V). Sua potência de transmissão é de, no máximo de 05 Watts, o que restringe seu alcance e por ter baixa potência qualquer obstáculo diminui consideravelmente seu alcance. São comuns a todas as Estações de Radiocomunicação os seguintes componentes: • • • • • •
Rádio Transceptor; Microfone; Antena; Fonte de Alimentação; Cabo; e Conectores. Ao conjunto transmissor + receptor damos o nome de transceptor.
A alimentação varia de acordo com o tipo de rádio, podendo ser uma bateria de automóvel, uma bateria específica ou uma fonte conversora de corrente alternada em contínua. A antena nada mais é do que um acoplador de energia que transforma a eletricidade do equipamento em ondas de rádio e vice-versa. Toda transmissão de rádio é afetada por uma série de fatores, obstáculos, campos magnéticos, interferências de outras transmissões, etc. Existem basicamente dois tipos de rádios utilizados pela PMRO: 1. Equipamentos HF/SSB que permite transmissão a longas distâncias. Este tipo de rádio foi utilizado até o início da década de 80 para comunicações com o interior do estado, hoje em dia este rádio foi substituído pelo telefone, fax e microcomputadores interligados. 2. Os equipamentos VHF e UHF se prestam a transmissão de mensagens a distâncias limitadas, variando até cerca de 60 KM, dependendo de uma série de fatores. Na comunicação VHF e UHF deve-se ter em mente que o sinal do rádio segue uma linha horizontal, ou seja, qualquer obstáculo vertical deve ser evitado (morros, prédios, construções, etc.), da mesma forma campos magnéticos ou metálicos (torres de transmissão de energia, elevadores, cabines, etc.).
9. EQUIPAMENTOS RÁDIO UTILIZADOS NA PMRO
RÁDIO MOTOROLA MÓVEL MODELO GM-300 29
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RÁDIO MOTOROLA MÓVEL MODELO PRO-5100
RÁDIO MOTOROLA MODELO PRO-5150
RÁDIO MOTOROLA PORTÁTIL PORTÁTIL MODELO GP-68
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RÁDIO MOTOROLA PORTÁTIL MODELO EP 450
10. SEGURANÇA DAS COMUNICAÇÕES
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Conceitua-se segurança das comunicações como sendo a proteção destinada a impedir que pessoas não autorizadas obtenham informações ou prejudiquem as mesmas, através de sabotagem eletrônica ou outros meios. mente:
Quando se fala em segurança das comunicações devemos ter dois aspectos em
•
•
a segurança física , que visa a manutenção e proteção física do rádio, considerando-o como um patrimônio, algo essencial ao nosso serviço, e; a segurança de operação, que prima pela correta utilização dos equipamentos, devendo o operador conhecer e usar a nomenclatura, codificação e legislação existentes.
Devemos lembrar que em rádio NÃO EXISTE SIGILO na conversação, sempre alguém poderá estar ouvindo aquilo que é transmitido. Para se conseguir sigilo em rádiocomunicação, necessitamos de equipamentos digitais que permitam a criptofonia ( scrambler ), tal recurso não existe na PMRO. Quanto à Segurança Física das Comunicações devemos lembrar que o equipamento é um patrimônio, devendo ser preservado como qualquer bem pertencente ao Estado, sob nossa cautela. Ressaltado em sua importância pela finalidade a que se destina, o atendimento de ocorrências policiais, o que pode resultar em “salvar vidas”. Tenha cuidado com a guarda dos materiais de comunicações, seu furto ou extravio acarretará prejuízo material e a consequente adoção de medidas administrativas de caráter penal, cível e administrativo disciplinar. Quanto à Segurança de Operação destacamos duas condições: o uso correto do equipamento, caracterizado pelo conhecimento de sua forma de operação e pelo correto emprego das normas a ele afetas, bem como a legislação pertinente; e a possibilidade de sabotagem, pela simples interceptação de nossas transmissões.
Jamais transmita mensagens de caráter reservado via rádio ou mesmo por telefone. Caso seja necessária a execução de reparos prolongados na viatura, procure remover o rádio transceptor. Em reparos mais rápidos retire somente o microfone. Não divulgue freqüências de uso pela PMRO, bem como outros dados técnicos como: modo de operação, localização de repetidoras, etc... Devemos impedir que pessoas não autorizadas obtenham informações ou prejudiquem as Comunicações através de sabotagem eletrônica ou qualquer outra forma. A sabotagem eletrônica caracteriza-se por ações de pessoas não autorizadas que procuram interceptar os canais de comunicações, visando obter informações clandestinamente. 32
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A sabotagem pode ser classificada em dois tipos:
PASSIVA – quando apenas escutam as nossas informações, sem interferir e agindo de maneira dissimulada para não sabermos da existência desses agentes (escuta). •
ATIVA – quando entram em nossa comunicação, a fim de prejudicar ou acabar com a mesma, emitindo portadoras, sinais falsos ou meios para confundir e prejudicar nossa atividade. Como exemplo básico temos mensagens simuladas para confundir nossos operadores. •
O Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei nº 4.117, de 27 Ago 1962) assegura a inviolabilidade das telecomunicações, sendo proibida a rádio-escuta clandestina e a emissão de sinais radioelétricos não autorizados. O Art. 58 do referido Código, combinado com o art 151 do Código Penal, prevê pena de detenção de 01 a 02 anos a quem violar as telecomunicações, seja de forma ativa ou passiva. Vejamos a legislação a seguir:
Código Brasileiro de Telecomunicações - Lei nº 4.117, de 27 Ago 1962. Art 55. É inviolável a telecomunicação nos termos desta lei. Art 56. Pratica crime de violação de telecomunicação quem, transgredindo lei ou regulamento, exiba autógrafo ou qualquer documento do arquivo, divulgue ou comunique, informe ou capte, transmita a outrem ou utilize o conteúdo, resumo, significado, interceptação, indicação ou efeito de qualquer comunicação dirigida a terceiro. § 1º Pratica, também, crime de violação de telecomunicações quem ilegalmente receber, divulgar ou utilizar, telecomunicação interceptada. Código Penal - Decreto-lei nº 2.848, de 07 Dez 1940 - Violação de correspondência
Art. 151. Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. - Sonegação ou destruição de correspondência § 1º. Na mesma pena incorre: I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou destrói; 33
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Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas; III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior; IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de disposição legal. § 2º. As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem. § 3º. Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. § 4º . Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
11. MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 11.1 Etapas de Manutenção: A Manutenção de Linha é a designação comercial à qual corresponde uma designação militar de " 1º Escalão ", corresponde às ações de manutenção praticadas pelo próprio usuário, englobando limpeza, conservação e verificação do funcionamento adequado do equipamento, inclusive suas conexões e acessórios. A Manutenção Intermediária é a designação comercial à qual corresponde uma designação militar de " 2º Escalão ", corresponde às ações de manutenção praticadas com recurso à imobilização do equipamento em oficina para troca de pequenas peças, fusíveis e conectores. A Manutenção Profunda é a designação comercial à qual corresponde uma designação militar de " 3º Escalão ", corresponde às ações de manutenção praticadas com recurso à imobilização do equipamento em oficina especializada para regulagens e substituições de peças complexas como diodos, transistores, circuitos integrados, etc. Este tipo de manutenção implica ações de inspeção e desmontagem de vulto, obrigando, em alguns casos, à desmontagem completa o equipamento. A Manutenção de Regeneração é a que corresponde uma designação militar de " 4º escalão ". Neste nível, pressupõe-se a reparação através da reconstrução de partes dos componentes e constitui, basicamente, a atividade de reparação de componentes isolados, restrita à indústria, inclui a substituição de peças complexas.
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A manutenção dos equipamentos de rádio exige pessoal técnico especializado. Apenas as tarefas de 1º escalão – Manutenção de Linha podem e devem ser feitas pelo usuário, operador ou detentor do material. O 1º escalão compreende, pois, as operações de manutenção executadas pelo próprio homem que usa o equipamento. É a manutenção preventiva ou de conservação e é realizada através dos cuidados no trato diário como verificação, limpeza, reapertos e troca de pequenas peças que não impliquem em regulagem ou desmontagem. Poderia estar aí incluída a troca de fusível operação muito comum na manutenção de rádio. A experiência tem mostrado, contudo, que tal troca só deve ser realizada pelo usuário quando se tratar de procedimento previsto em documento ou autorizado pelo pessoal técnico. Há uma tendência natural de solucionar o problema, mas não raro tem-se usado fusível de valor diferente do especificado ou mesmo tem-se tornado comum o uso de “gambiarras”, prejudiciais ao equipamento e perigosas. É de fundamental importância, para a manutenção de 1º escalão, a devida atenção para os seguintes aspectos: 1. Deve-se ter o cuidado para não inverter os polos da bateria na execução dos serviços de manutenção mecânica e elétrica nas viaturas. Ainda quanto à bateria, é indispensável a verificação periódica de sua capacidade de amperagem (corrente), mais comumente chamada de carga, considerando que a alimentação do rádio depende exclusivamente da bateria. Não raro apresentam-se para manutenção equipamentos cujo único defeito é não ter alimentação o suficiente; 2. Evitar o contato de água ou outros líquidos nos equipamentos de rádio e seus acessórios; 3. Jamais manuseie o seu equipamento de rádio pela antena, isto poderá danificar o enrolamento da antena ou o conector no rádio; 4. Ao primeiro sinal de defeito em botões ou no revestimento que os recobrem, “baixe-o” imediatamente para reparos, nunca use objetos pontiagudos ou metálicos para forçar o contato prejudicado do botão; 5. As baterias de HT não devem ser recarregadas antes do final de sua carga, isto faz com que as mesmas percam capacidade de carga, chamado de “efeito memória”; 6. Nunca transmita com o HT enquanto ele estiver em carga. No entanto, pode-se
monitorar a conversação normalmente;
7. Mantenha o equipamento limpo, isento de poeiras e gorduras, tal procedimento evitará seu desgaste excessivo.
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“De tudo ficam três coisas: A certeza de que estamos sempre começando, A certeza de que é preciso continuar, E a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminarmos. Devemos fazer da interrupção um caminho novo, Da queda, uma dança, Do medo, uma escada, Do sonho uma ponte, Da procura, um encontro. ’’ (Fernando Sabino)
BIBLIOGRAFIA
•
•
AGUILAR, Dário Ferreira. Comunicação PM . Belo Horizonte: Polícia Militar de Minas Gerais. Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças. 1999. Apostila de Telecomunicações . A PMPR hoje. Academia Policial Militar do Guatupê. Curitiba, Paraná. 2008. 36