sociologia-resumo

Leis Ciências Sociais

Ciências Exactas

Estatísticas

Deterministas

as leis só são válidas para grandes são válidas para qualquer espaço e universos. tempo.  Não consigo fazer previsões  permitem previsões individuais. são universais. individuais. 

Contingentes

variam no tempo e no espaço Não permitem previsões  individuais. 

Factos sociais (características) Os factos sociais são modos de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao individuo e que são dotados de um poder pod er coercitivo e imperativo, impondose a esse individuo. São Exteriores ao individuo pois definem-se no colectivo, fora da consciência individual. 

definem-se também nos direitos e nos costumes, isto é, um individuo quando nasce já está inserido numa sociedade há organizada, o que condiciona a sua personalidade individual.

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quando os factos sociais estão de acordo com os sentimentos do ser humano, a realidade continua a ser objectiva, porque não foi o homem que as fez, apenas recebeu-as por educação.

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São Coercivos porque são dotados de poder coercitivo ou seja, através da educação um individuo adquire regras de pensamento e de conduta que de certa maneira lhe impõem certos comportamentos.

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São Relativos porque os factos sociais variam no tempo e no espaço, são contingentes e têm de ser contextualizados. c ontextualizados. 

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Objecto de estudo da Sociologia Apesar do homem ter o dom de aprendizagem não basta por si só, ou seja, todos nós temos uma herança biológica, isto é, quando nascemos trazemos connosco apenas a nossa estrutura biológica. 

Nascemos sem qualquer tipo de conhecimento, no entanto todo o ser humano tem uma capacidade de aprendizagem, isto é, à medida que vai crescendo e vivendo numa sociedade vai-se tornando pessoa, pois vão-lhe sendo transmitidos conhecimentos do ponto de vista da cultura dessa sociedade, mas esse dom de aprendizagem precisa de ser exercitado e estimulado no interior de um grupo. 

Para exercitar e estimular a capacidade de aprendizagem é necessário a ajuda de outros membros da sociedade. O comportamento do ser humano depende da influência de um grupo e este só se torna pessoa quando está inserido numa sociedade. 

Temos o exemplo de crianças selvagens, que foram afastadas do mundo e criadas entre animais e que não tiveram a ajuda de uma pessoa para as ajudar a desenvolver a sua herança filogenética que eram portadoras. 

Fenómenos Sociais Totais Todos os Fenómenos Sociais são Totais. São abordáveis por todo um consumo de ciências sociais (não há fenómenos excessivamente económicos, políticos, jurídicos.) 

A realidade social é de facto uma só, mas cada ciência social analisa de maneira diferente a realidade. 

Os Fenómenos Sociais são um todo plurifacetado e que são abordáveis por várias ciências em conjunto. 

Antes do conceito de Fenómeno Social Total acreditava-se que era partilhável em compartimentos estanques pelas várias ciências sociais e também se acreditava em divisões no real. 


Problemas Epistemológicos A epistemologia é a origem do conhecimento.

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O sociólogo é simultaneamente um actor (membro da sociedade) e um observador social (enquanto investigador) , ou seja, há uma dificuldade em descrever com objectividade um facto exterior a si mesmo e , por isso, o sociólogo tende a ser subjectivo. 

A ilusão de transparência da realidade – o real social parece transparente, apesar de não o ser. Todos nós pensamos que o nosso conhecimento empírico é suficiente para explicar uma certa realidade, isto é, todos nós achamos capazes de explicar certos factos sociais, pensando sempre que a nossa explicação é clara e suficiente. Contudo, a realidade é bem mais complexa do que ás vezes parece. Por isso se dizer que o senso comum, o conhecimento empírico são muito fortes em sociologia. 

Obstáculos em relação à Objectividade 1) Etnocentrismo – tendência para achar que o nosso padrão de cultura é melhor, faz mais sentido que o dos outros, ou seja, “tendência para sobrevalorizar o nosso sistema cultural, colocando-o no centro das explicações do mundo” 2) Naturalismo - “tendência para explicar fenómenos sociais com base em pretensas causas biológicas” 3) Individualismo – crença de que somos soberanos nas nossas decisões (não ver que elas são socialmente condicionadas).

Sociologias especializadas Os homens casam-se e reproduzem-se,


frequentam Sociologias especializadas

Os homens casam-se e reproduzem-se, frequentam a escola, trabalham, habitam um espaço… Daí que esta multiplicidade de actividades e relações sociais tenham dado origem ao aparecimento de domínios especializados na investigação sociológica. As sociologias especializadas tentam aplicar princípios e os conceitos da sociologia geral a campos específicos da sociedade.

Ciências sociais Foi depois do conceito de fenómeno social total é que se passou a acreditar que todas as ciências sociais estudam o mesmo em termos de objecto e também na interdisciplinaridade que admite que todas as ciências sociais estudam a mesma realidade. Cada uma das ciências sociais têm uma lógica própria de análise de compreensão dos fenómenos. As suas leis são válidas num determinado contexto, têm coordenadas espaciais, temporais. As suas leis são contingentes e estatísticas.


Métodos ( regras de investigação) Ignorância consciente – o sociólogo deve fazer tábua rasa das noções

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adquiridas empiricamente. Deve abordar a realidade como se ignorasse tudo a seu respeito. Determinação do facto – As causas de um facto social devem ser

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procuradas entre outros factores sociais, ou seja, na realidade objectiva e não nas interpretações subjectivas. Há que ser imune ás informações que se recebem e dar importância aos dados objectivos. 

totalidade solidária – os factos sociais devem ser tratados como um todo

plurifacetado que deve ser abordado solidariamente pelas várias ciências sociais.

Garantir a imparcialidade na observação Mais Conhecimento cientifico objectividade Atitude cientifica 

Menos Senso comum subjectividade Atitude ideológica – baseia-se em : preconceitos, juízos de valor (atitude valorativa). 


Métodos (2º nível) 1) Método de análise intensiva (ou de estudo de casos)

Aplica-se à análise exaustiva de um grupo + ou – restrito.



Exemplos : Tchambuli, estudo de uma comunidade especifica

(Ericeira). 2) Método de análise extensiva ( ou de medida)

Aplica-se ao estudo de algumas características de uma população vasta.  Conduz, normalmente, á quantificação de resultados.  A sondagem de opinião é uma técnica que está normalmente associada a este método. 

Exemplos: opinião dos portugueses sobre: o aborto; programas de TV;

ocupação de tempos livres.

Técnicas Técnicas documentais – baseiam-se em documentos já existentes na altura

da investigação. Exemplos: consulta de estatísticas, consulta de arquivos historicos Documentais clássicas – sempre existiram do ponto de vista histórico. Documentais modernas – um exemplo é a analise de conteúdo , que pode

ser definido como uma técnica de investigação que permite a descrição objectiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação. Técnicas não documentais – criam os seus próprios documentos

(elementos). Exemplo: inquéritos, entrevistas, testes….


Observação participante – o investigador participa na vida dos

observados ( o observador insere-se no grupo de estudo) Nota: esta técnica está ligada ao método de analise intensiva. Observação não participante – contacto entre investigador e observado é

limitado no tempo e no âmbito de observação. Exemplos: testes, entrevistas, inquéritos por questionário. Nota: esta técnica está ligada ao método de análise extensiva Testes - visa medir de forma indirecta algo que não se pode inquirir

directamente, são relativamente opacos. Inquérito por questionário – é normalmente estruturado (embora tenha

questões abertas, semi-abertas, fechadas). Entrevista – existe um contacto presencial entre o investigador e o

inquirido. Pode não ser estruturado, ou seja, pode-se definir previamente o que se vai perguntar e como. Há um maior grau de liberdade do inquiridor.

Tipos de agrupamentos Agrupamentos – estruturados

(grupos sociais) e não estruturados

(categorias e agregados sociais). Grupos sociais – tem que existir várias características para que um

colectivo seja considerado grupo: Durabilidade





Objectivos comuns – podem ser de ordem afectiva (família) ou da

ordem de eficácia social (empresa, grupo profissional) 

Estrutura definida – os membros são recenseáveis (identificáveis) e há

relações definidas entre eles (hierarquicas ou não).


Tipos de grupos sociais – quanto ao tipo de relacionamento entre os

membros, podem-se distinguir : 

Grupos Primários – os objectivos de ordem afectiva, tem um

relacionamento informal, e o numero de membros é mais reduzido. Exemplos : família, tribo, amigos… 

Grupos secundários – têm objectivos de ordem de eficácia social, o

relacionamento é mais formal e o numero de membros é mais numeroso. Exemplo : empresa, grupo profissional… Quanto ao posicionamento do individuo face ao grupo, podem-se distinguir: Pertença – o individuo é membro de facto do grupo. Exemplo: família, grupo porfissional… 



Referência – o individuo não pertence ao grupo, mas este serve-lhe de

modelo de comportamento. Exemplo : top models, futubolistas… Agrupamentos não estruturados – são constituídos por indivíduos que se

encontram ocasionalmente, não têm uma finalidade comum, nem possuem uma estrutura. 

Agregados – colectivo que não contém características de um grupo.

Forma-se por motivos espontâneos e dura pouco tempo em tremos de tempo. Um agregado não é recenseável, ou seja , não se consegue saber quem faz parte a não ser que se lá esteje. Não tem objectivos comuns, isto é, existe uma mera proximidade física e temporária. Exemplo: multidão, ajuntamento na via publica, manifestação, assistência

a um espectáculo. 

Categorias – só existem na mente do investigador.

São classificações (divisões) criadas pelos investigadores para efeitos de estudo. As divisões têm por base critérios (idade, regiões, rendimento…) que considera úteis para análise.


Cultura Tudo o que é adquirido, aprendido e pode ser transmitido. É tudo o que não é inato, ou seja, biologicamente adquirido. Cada cultura tem os seus costumes, hábitos, por vezes se olharmos para o comportamento dos membros de outra cultura podem-nos parecer estranhos, ridículos, já os nossos para nós são normais. 

Elementos da cultura: materiais – têm existência física (camisola)  espirituais – não são materiais ( regras de etiqueta, crenças, superstições) 

Padrão cultural Conjunto de hábitos, normas e comportamentos comuns aos membros de uma cultura. 

A palavra ‘expressão’ indica que não existe uma única cultura mas sim várias. 

Os padrões de cultura são vários e um acho de cultura seja ele qual for, só tem sentido em função de um determinado padrão, ou seja, a noção de padrão de cultura remete sempre para um relativismo cultural  atitude oposta ao etnocentrismo. 

Em cada padrão de cultura coexistem varias subculturas (culturas de grupos específicos. Exemplos: hippies, punks… ) 

Normas e valores sociais Normas – regras praticas de comportamento.

Distinguem o que é permitido do que é proibido. Exemplos : normas jurídicas ( leis); normas de conduta; normas de etiqueta

( a partir do momento em que as aceitamos são normas) Valores – são concepções genéricas do bem e do mal.

Os valores são relativos ( apesar de os sentirmos como absoluto). É o núcleo mais duro de qualquer cultura. Os valores asseguram a coesão social. 


Determinam nos membros de uma sociedade preferências e atitudes que constituem um quadro de referencia. As colectividades têm tendência para considerar os seus valores como sendo únicos, desejáveis. Os valores evoluem no tempo e os factores são: progresso nos meios de transporte, os Max media, evolução económica e social e diversidade de modelos de valores. 

Mecanismos de controlo Cada padrão de cultura inclui: normas e valores que nos permitem distinguir comportamentos normais de comportamentos desviantes. 

Comportamentos normais – são aqueles que estão de acordo com as

normas e “ethos social”. Comportamentos desviantes – são aqueles que não estão de acordo com

as normas de cada sociedade como por exemplo o crime, a delinquência juvenil, a marginalização. os jovens são bastante influenciados principalmente pelos amigos e alguns deles para se socializarem ou melhor dizendo para se integrarem num grupo chegam a fazer de tudo ate a desobedecer ás normas convencionais que são as regras praticas da vida social, porque eles nos grupos, por exemplo, hippies, estabelecem as suas próprias regras, normas e para eles essas é que eu importam, logo vão-se reger por essas normas não dando a menor importância ás outras. Esses comportamentos desviantes implicam sanções que podem ser fisicas, económicas, religiosas e sociais. 

Mecanismos de controlo social – consiste num conjunto de processos que

visem diminuir ou atenuar os comportamentos desviantes. São por definição dois: As sanções – que actuam normalmente pela negativa, com vista apunir



um comportamento indesejável. As sanções podem ser físicas ( pena de morte, prisão); económicas (multa, despedimento); sobrenaturais (superstiçoes); religiosas(excomunhão); juridicas (formais( e não jurídicas ( não formais).


A socialização – Consiste num processo de integração do individuo na

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sociedade, tem um processo de aprendizagem de normas, valores e condutas sociais. Tem um processo continuo. A socialização tem 2 fases:

A socialização primaria que vai desde a infância ate á adolescência e integra o individuo na sociedade como um todo. 

A socialização também pode ser secundaria que é a segunda fase e é quando o individuo é adulto, integra o individuo em grupos específicos. 

Agentes de socialização – grupos ou instituições que se encarregam da

socialização. Exemplos : família, escola, grupo de amigos, grupo profissional…

Mecanismos da socialização aprendizagem  imitação  identificação 

Endoculturação:

processo de socialização no padrão de cultura de origem.



Aculturação:

processo de socialização num padrão de cultura diferente.



A socialização implica :

Aprendizagem de papeis  Reconhecimento de estatutos 

Papel – comportamento esperado de alguém que detém uma determinada

posição social.


Conjunto de expectativas de comportamentos (sociais) associados a um estatuto. Estatuto – posição de facto, conjunto de direitos inerentes a determinada

função. São hierarquizáveis (há estatutos superiores e inferiores). Aprendizagem de papeis – cada um de nós desempenha papeis múltiplos

(pai/filho, engenheiro). Exemplo: A Rita é casada com Miguel e tem 4 filhos, ou seja, tem o

estatuto de mulher e de mãe, tendo de desempenhar ambos os papeis. É também funcionaria de uma empresa, tendo de desempenhar o seu papel na empresa. Contudo pode haver conflitos entre os papeis. Reconhecimento estatutos: Estatuto atribuído – é aquele que se adquire á nascença, que é atribuída

pelo estatuto social dos seus antecessores. Estatuto adquirido – é aquilo que se consegue com o esforço humano,

como por exemplo ter um cargo importante nos eu trabalho.

Estratos e classes Estratificação social – hierarquia de estatutos sociais existente numa dada

sociedade, ou seja, é a definição de estatutos superiores e inferiores. Há várias estratificações possíveis (coexistem). Vários critérios de estratificação:

Idade  Rendimento  Prestigio  Poder 

NOTA: Nas sociedades modernas existem vários (múltiplos) critérios de

estratificação, que é o mesmo que dizer: “ a estratificação baseia-se numa multiplicidade de critérios” , favorece a mobilidade social.


Mobilidade social consiste em mudar de uma posição social para outra na mesma sociedade ou seja num grupo de indivíduos. 

As pessoas mudam de posição social com o fim de atingir melhor estatuto, mas a mobilidade social leva sem duvida a que as pessoas fiquem mais egoístas, que pensem só nelas e até que façam competições entre elas, isto faz com que a sociedade fique pior. 

muitos pais sempre tiveram um sonho, em ter alguma profissão, e por algum motivo não o conseguiram realizar, por vezes até a nível económico, então vêem nos filhos a sua grande esperança de alcançar aquilo que pretendiam para eles, daí a mobilidade social surgir. 

Modelos de estratificação

baseada num sistema religioso  baseada no direito  baseada numa multiplicidade de critérios 

Nota: na estratificação social encontramos desigualdades que gerem

inconformismo, insatisfação. Quanto maior for o inconformismo, menor é a integração social desses indivíduos.



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