Edição 1 - Maio 2011
Consultoria
Holanda
Musicoterapia
Dúvidas com hidroponia? Os consultores ajudam você
As novidades da Holanda com Mark Delissen
Conheça a técnica que uniu a hidroponia e a música
Conheça ainda o produtor destaque desta edição
Você acha acha que consegue
Saiba quais são as vantagens de ser um associado: Consultoria técnica à distância Cadastro de fornecedores Assinatura da Revista Hidroponia Esclarecimento de dúvidas através do site www.abhidroponia.com.br Ações institucionais com órgãos públicos e privados com o intuito de tornar a Hidroponia mais abrangente no mercado nacional Divulgação de cursos e treinamentos de planejamento, técnicas e gestão do setor em todo País.
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enfrentar tudo sozinho?
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Juntos, mobilizaremos todos os trabalhadores desse setor para que, no futuro, consigamos obter bons resultados, e assim, colheitas cada vez melhores. A Revista Hidroponia também é parceira desta campanha. Entre no site www.abhidroponia.com.br e associe-se!
A Associação Brasileira de Hidroponia estará presente na 18ª Hortitec. Dias 15, 16 e 17 de junho. Holambra - SP. Visite nosso estande:
Associação Brasileira de Hidroponia. H idroponia. Nossas conquistas são suas também.
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ESTANDE 79 Setor Azul.
Expediente Direção Geral / Comercial: Roberto Luis Lange
[email protected] Jornalista responsável/Edito responsável/Editora: ra: Sabrina Becker – Mtb: 13.261 Coordenadora de Pauta: Laís Vanessa Flores redaçã
[email protected] Projeto gráfico e diagramação Pró-Ativa Comunicação Coordenação de produção: Glenio Severo Correia Junior Colaboradores: Raquel Reckziegel, Ricardo Rotta, Armando Martins, Renato Bucorni Consultores: Wéberr Velho, Wébe Velh o, Atelene Ate lene Kampf, Lilian Li liane e de Diana Teixeira, Luís Cláudio Paterno Silveira, Pedro Furlani Capa: Marlise da Silva
Assine a Revista Hidroponia: revistahidroponia@revistahidroponia revistahidroponia@re vistahidroponia.com.br .com.br Rua Visconde de Taunay, 581, Bairro Rio Branco – Novo Hamburgo (RS) CEP: 93310 – 200 Telefone: (51) 3595 3838 ou 3594 2361 www.revista www.revi stahidr hidropon oponia.co ia.com.br m.br
E D I T O R I A L
Qual o tamanho da hidroponia no Brasil? A Revista Hidroponia vem com muitas novidades para quem atua no setor. A proposta é ser um verdadeiro guia para o produtor, com dicas, tendências e discussões deste universo rico e curioso. Por isso, o projeto editorial tem pensado de forma a estarmos em permanente qualificação, fazendo com que isso reflita positiva e diretamente na sua vida, no seu trabalho. Desejamos surpreender nossos leitores com conteúdos técnicos e ao mesmo tempo esclarecedores, um projeto gráfico atraente e convidativo a leitura. Mas não é só isso! Temos que ser protagonistas e contribuir para o fortalecimento do setor. Nesta linha de pensamento, assumimos dois novos compromissos nesta edição, criando um espaço de esclarecimento e informação. Para isso, con vidamos personalidades de reconhecida contribuição na hidroponia brasileira que integram nosso time de consultores. Um time de peso e muito talento, que vai estar atento à qualquer dú vida e necessidade de nossa publicação. Desejo saudar a cada um destes especiais colaboradores pela sua grandeza, demonstração de cumplicidade e entrega ao setor que suplanta o profissionalismo e sinaliza um idealismo por convicção. Neste processo de imersão na hidroponia identificamos a necessidade de um estudo aprofundado para dimensionar, mapear e compilar dados mais precisos. A Revista Hidroponia assume este importante papel de reunir dados e
contribuir para o diagnóstico do setor. Estamos montando um raio-x da hidroponia no Brasil, que nos auxiliará a entender, informar e apoiar produtores para determinar políticas específicas para o setor. A cooperação de todas as forças comprometidas com o segmento será fundamental. Produtores pequenos, médios e grandes, fornecedores, comunidade científica, prestadores de serviços todos os setores interessados no crescimento da Hidroponia no Brasil estão convidados para aliar-se a este grande esforço. A Revista Hidroponia está iniciando o mapeamento da hidroponia no Brasil, segmento que já vem se destacando no mundo do agronegócio. É com este propósito, o de descobrir respostas mais seguras, que estamos chegando. E nossa missão não para por aí. Convido todos a participar da construção de um setor que conhece a sua dimensão e com isso se fortalece. Preencha seu cadastro no site www.revistahidroponia.com.br. Com dados seguros e informações comprobatórias conseguiremos juntar forças para ampliar a participação do setor no contexto socioeconômico, obtendo maior representatividade política, institucional e econômica no Brasil. A todos uma ótima leitura. Roberto Luis Lange. Diretor revista hidroponia | 05
Í N D I C E 11 Planejamento ABHidroponia 24 Gestão 26 Estrutura 28 Insumos 29 Agenda 30 Espaço parlamentar 34 Musicoterapia 36 Eventos do setor 38 Mix de notícias
CONSULTORES
DA HOLANDA PARA O BRASIL
Equipe de consultores da Revista Hidroponia
Conheça Mark Delissen
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A AGRICULTURA O FIM DO PROBLEMA DE DO FUTURO INCRUSTAÇÃO Editoria Especial
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Depoimentos de quem usa o dispersante inbidor e as vantagens
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PRODUTOR DESTAQUE Empreendedor de sucesso no interior de Minas Gerais
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EVENTOS DO SETOR
CONHECIMENTO E CULTURA NA FRUIT LOGÍSTICA DE BERLIM Um dos maiores eventos do mundo sobre horticultura é a Feira Fruit Logística, que ocorreu em Berlim, entre 9 e 11 de fevereiro de 2011 Por Laís Vanessa
Com o intuito da comercialização, o evento oferece uma exposição internacional e propicia o contato entre fabricantes, visitantes e produtores. Os produtos expostos são vendidos a preços de custo e atividades e amostras paralelas são oferecidas para ao setor de hortifruti. O Presidente da Associação Brasileira de Hidroponia, Ricardo Rotta, esteve presente nessa edição do evento. “Foi uma experiência fantástica, pois abre os nossos horizontes, fazendo com que percebamos como temos trabalho a ser feito no Brasil. O mundo está olhando com muita atenção para o nosso país. Com o 7º maior PIB mundial e o 5º em população com uma renda crescente, somos o foco das atenções. E lá, o assédio era grande depois que revelávamos a nossa origem aos expositores da feira,” relata Rotta. Ele conta que sempre teve o desejo de participar da feira e, neste ano, foi à convite de uma empresa holandesa
especializada em sementes para visitar sua unidade na Espanha e, assim, participar do evento que aconteceria em Berlim. No encontro, cujo intuito é expor ao mundo novas tecnologias, produtos e tudo que for relacionado ao mercado hortifruti, um dos setores de destaque foi o das sementes. “É visível o forte investimento feito por empresas do setor no melhoramento genético de sementes, criando novas variedades e melhorando o desempenho daquelas que já estão consagradas no mercado,” relata. As empresas participantes estão atentas à dinâmica do mercado e procuram cada vez mais estreitar os laços com o produtor. Assim, identicam quais são os pro dutores mais qualicados para aproveitarem ao máximo as características e variedades, mantendo alto valor agregado e fazendo jus aos altos investimentos feitos pela indústria.
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CONSULTORES
Pautados pelo conhecimento Equipe de consultores da Revista Hidroponia inicia seção de esclarecimento de dúvidas Por Sabrina Becker
LILIANE DE DIANA TEIXEIRA A partir desta edição, a Revista Hidroponia lança um novo espaço para troca de conhecimentos e experiências. A sessão de dúvidas do leitor ajudará consumidores, produtores, pesquisadores, estudiosos e interessados a esclarecerem seus questionamentos sobre esse que é um dos setores que mais cresce na agricultura no Brasil. Para tanto, contamos com um time de peso, que está pronto para qualquer desao. São cinco dos maiores prossionais, pesquisadores e estudiosos da área de hidroponia, que responderão a dúvidas e questionamentos sob o ponto de vista de quem conhece como ninguém esse segmento. Conheça nossos consultores:
PARTICIPE DA NOVA SEÇÃO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS DA REVISTA HIDROPONIA, ENTRE EM CONTATO.
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Fitopatologista responsável pela Clínica Fitopatológica Prof. Hiroshi Kimati, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), é especialista em métodos de controle de doenças em sistemas hidropônicos. Sua experiência de 17 anos na hidroponia a le vou à docência em cursos de graduação e pós-graduação, além de palestras sobre sua especialidade. Para ela, a participação como consultora da Revista Hidroponia é uma forma de contribuir para a expansão do setor. “É de extrema importância a concentração de informações de interesse dos hidroponicultores em uma revista, para facilitar a aquisição de conhecimentos, propiciar um maior contato entre as pessoas interessadas nesse setor e, assim, solidificar a produção hidropônica de vegetais em âmbito nacional”, afirma.
CONSULTORES
W É B E R V E L H O
PEDRO FURLANI
O trabalho do engenheiro agrônomo e proprietário da Agrovida Cultivos Hidropônicos, em Porto Velho, com a hidroponia iniciou em 1994. Ele sonhava em alcançar a meta de 500 maços de alface por dia, produção que hoje contabiliza dez vezes mais do que isso diariamente, só de alface. Atualmente, além de produtor, Velho faz pesquisas na área para melhorar aquilo que produz. Esta parceria se estende para algumas empresas do ramo, como de perfil hidropônico, sais, sementes, filmes agrícolas e outros. Sobre sua participação na revista, ele elogia a iniciativa. “Simplesmente show! Vejo que o conhecimento tem que ser de todos, mas a capacidade de produzir, essa sim é de poucos. Partilhar informação só melhora o dia a dia de nós, produtores, alavancando de vez o segmento hidropônico que vai ocupar o espaço que merece”, diz.
O professor é um dos profissionais mais renomados no segmento. Seus trabalhos em hidroponia iniciaram em 1975, no Instituto Agronômico de Campinas, seguidos do doutorado na Universidade de Nebraska (EUA) em 1978, onde conheceu o livro Hydroponic Food Production. Em 1982, no Brasil, seu interesse pela técnica despertou com o surgimento de alguns produtores. Na Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo desenvolveu estudos sobre as técnicas de hidroponia. Atualmente é consultor técnico e sócio-proprietário da Conplant Consultoria e da Conplant Ferti, onde desenvolve produtos para uso em hidroponia e fertirrigação, além de ministrar cursos nacionais e internacionais. Para ele, a participação como consultor da revista é uma oportunidade única. “É uma responsabilidade e um prazer colaborar com os hidroponicultores”, informa.
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CONSULTORES
LUÍS CLÁU DIO PATERNO S ILVEIRA
A T E L E N E K A M P F
Engenheiro agrônomo, Mestre e Doutor em Entomologia, com pós-doutorado em controle biológico conservativo. Seu trabalho iniciou em 1994 no Instituto Agronômico de Campinas, seguido do mestrado, doutorado, além de ministrar cursos e palestras na área de manejo de pragas e controle biológico. Atua com o manejo de insetos em cultivos protegidos, contemplando também cultivo em solo, orgânico etc. Para Paterno, muitas vezes os métodos de controle de pragas, por exemplo, desenvolvidos para outros sistemas de cultivo, podem não ser os melhores para uso em hidroponia, sobretudo pelo fato do ambiente de cultivo ser protegido. “Em função disso, acredito ser fundamental termos um revista que possa oferecer artigos teóricos e práticos sobre todas as áreas do cultivo hidropônico”, finaliza.
A bióloga é Mestre em Botânica, Doutora em Produção de Plantas Ornamentais, e Pós-Doutora em Análise de Substratos, formações que realizou no Brasil, Alemanha e Estados Unidos. Seu trabalho com hidroponia começou em 1978, durante o doutorado na Alemanha, onde iniciou uma produção de bromélias em sistema hidropônico. Atualmente aposentada de sua atuação como docente no Departamento de Horticultura na Faculdade de Agronomia da UFRGS, Atelene atua como consultora técnica para o cultivo protegido de plantas em recipientes. Para ela, cuja atuação na Revista Hidroponia está voltada para a área de substratos, essa é uma oportunidade de auxiliar os produtores do setor. “Espero que a revista atinja seus ob jetivos e que seu público-alvo valorize essa iniciativa”, declara.
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PLANEJAMENTO
Associação programa lançamento de Guia Prático para Hidroponistas Entre ações estratégicas para fortalecer atuação da ABHidroponia no Brasil, entidade prevê lançamento de manual prático para produtores Por Sabrina Becker Para o biênio de 2011/2012, a Associação Brasileira de Hidroponia está preparando um conjunto de iniciativas previstas em seu planejamento estratégico, apostando em procedimentos que oferecerão novidades efetivas para seus associados. Entre as ações que visam fortalecer sua atuação no setor em todo o Brasil, estão a continuidade do trabalho de sua estruturação como entidade de classe, a repre-
sentatividade da ABHidroponia pela adesão – com a inserção de um grupo cada vez mais expressivo de associados - e pela relação político-institucional. Além disso, uma iniciativa muito importante nesse trabalho da associação está diretamente ligada à formação de uma bancada suprapartidária comprometida com o segmento do agronegócio, em especial com a hidroponia. Outro ponto decisivo nessa missão é a produção de um guia prático que irá auxiliar os empresários do segmento a otimizarem o desempenho de seu negócio. A publicação trará recomendações de boas maneiras de cultivo hidropônico, orientando os hidroponistas para que possam desempenhar um trabalho seguro e de qualidade. A partir disso, a associação pretende normatizar esse guia para que os futuros hidroponistas tenham um manual de referência em sua produção, possibilitando que as empresas do setor se desenvolvam com o mínimo de riscos e o máximo de informação. Tratar-se-á de um documento orientado pela ABHidroponia com total voz ativa do associado, para que ele possa interagir com outros produtores mais experientes na área, recebendo dicas e auxílio, complementando seus conhecimentos. “O guia será uma forma de normatizar o processo de produção hidropônica, de modo que oriente o produtor quanto às questões administrativas e também sobre o uso de defensivos agrícolas permitidos nesse sistema produtivo. Desse modo, o empreendedor terá a certeza de que estará ofertando um produto saudável e de alta qualidade, evitando futuros problemas pelo uso indevido de defensivos não permitidos, por falta de informação e outros contratempos,” relata Armando Martins dos Santos, membrointegrante da Associação Brasileira de Hidroponia.. A partir de agora, os hidroponistas contarão com mais um recurso disponível para que a produção torne-se segura e de qualidade, permitindo assim, um melhor desenvolvimento do setor hidropônico no País. Mais informações: www.abhidroponia.com.br e-mail:
[email protected]
ENTREVISTA
Empresário e produtor holandês do ramo da hidroponia, ele viaja o mundo para conhecer as técnicas usadas e mostra as novidades do setor em seu país.
Conheça Mark Delissen. Por Laís Vanessa
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Intérprete: Raquel Reckziegel
ENTREVISTA
l a o s s e p o v i u q r a
o t o F
ENTREVISTA
Fotos: Laís Vanessa Flores
L I S A R B O A R A P A D N A L O H A D
Nesta edição, a Revista Hidroponia traz entrevista exclusiva com o produtor holandês Mark Delissen, diretor da empresa Deliscious. Em visita à Bioplanta em Ivoti (RS), ele falou sobre seu envolvimento com a hidroponia, e sua técnica de alface salatrio, um sistema que permite combinar três tipos de alface em cada maço. QUANDO COMEÇOU A EMPRESA E POR QUE RESOLVEU ENTRAR PARA O SEGMENTO DA HIDROPONIA? Meus pais já faziam parte do ramo, mas começaram tradicionais, com o sistema NFT, onde a água enriquecida com substâncias nutritivas passa pelos canos. Foi então que, em 2006, abri a empresa Deliscious. NA SUA PERCEPÇÃO, EXISTE ALGUMA DIFERENÇA ENTRE A HOLANDA E O BRASIL NO QUE DIZ RESPEITO AO CLIMA? Sim. Aqui o clima é mais estável, por isso não proporciona uma variação tão grande no cultivo. Na Holanda, temos uma variação de 15 graus negativos no inverno a 35 no verão, então percebemos uma mudança na forma dos vegetais de acordo com as estações. Além disso, lá usamos uma estufa de vidro. Aqui, um dos problemas existentes nas estufas com rede é a diculdade em evitar o calor quando a temperatura aumenta. Lá, podemos abrir janelas e arejar melhor, manter a temperatura. Também temos um sistema móvel, onde os canos se movem dentro da estufa.
Fotos: Laís Vanessa Flores
HÁ ALGUMA DIFERENÇA NA TÉCNICA DE CULTIVO EM RELAÇÃO AO POSICIONAMENTO DAS ESTUFAS NAS REGIÕES DA HOLANDA? Não. A Holanda é um país pequeno, se você anda dois quilômetros já sai do país (risos). Não há muita diferença nas formas de produção, não.
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ENTREVISTA
Foto: Laís Vanessa Flores
VOCÊ ACHA QUE A HIDROPONIA É UMA TENDÊNCIA DE MERCADO? Sem dúvida. NFT será o novo jeito de produzir vegetais, já que com ele é possível controlar melhor seu crescimento. No solo, há doenças e substâncias que podem afetar as plantas e, com os canos, isso não acontece, não há problema. QUAIS AS DIFERENÇAS QUE VOCÊ PERCEBE DO CULTIVO HOLANDÊS EM RELAÇÃO AO DO BRASIL? Aqui a produção é mais manual. Lá, temos mais máquinas para medir as temperaturas e coisas assim. Também usamos o computador para tomar decisões, ele mede as diferenças e automaticamente muda a temperatura da estufa, por exemplo. Contudo, precisa-se ter cuidado da mesma forma e acompanhar o processo. QUAL É O PRINCIPAL PRODUTO QUE SUA EMPRESA PRODUZ? A alface. Percebemos que os clientes não queriam levar três pés de alface diferentes, então, além das individuais, produzimos o salatrio, um maço com três tipos. Colocamos três sementes dentro do mesmo recipiente de cultivo e ela cresce assim. Também usamos a técnica de iluminação por LED. Temos uma sala, um laboratório especial, com 16 canos, onde fazemos testes para vericar o tempo de crescimento exato. QUAIS SÃO AS VANTAGENS DA TÉCNICA DE ILUMINAÇÃO POR LED? Ela é mais eficiente e muito mais barata do que a luz normal.
QUAIS AS MAIORES DIFICULDADES E VANTAGENS? Usamos bastante tecnologia e o governo holandês incentiva muito a agricultura. É um dos processos mais importantes do país, por isso recebemos muito apoio. Além disso, é fácil fazer empréstimos para investir, pois a taxa de juros é baixa: de 3% ou 4% ao ano. Por outro lado, como é uma área importante, a competitividade entre as empresas é muito maior. Elas fazem parte do mesmo mercado, buscam os mesmos clientes. É bom, isso nos dá força para nos tornarmos únicos. Se nosso produto for único, podemos controlar o mercado. EM SUA OPINIÃO, A HIDROPONIA É UMA CULTURA QUE SE SOBREPÕE PERANTE AS OUTRAS? Sim. É melhor, pois traz mais benefícios. Temos uma raiz maior na nossa alface, o que lhe dá uma vida útil maior. A média é de dez dias, mas já zemos testes que chegaram a 17. ACREDITA QUE, NO FUTURO, OS PRODUTOS HIDROPÔNICOS IRÃO DOMINAR O MERCADO? Sim, sem dúvida, esse é o futuro. O mercado de ores, na Holanda, já é quase que exclusivamente feito de produtos hidropônicos. No entanto, na área de vegetais, além de mim, só há outros dois produtores que usam a técnica. HÁ PLANOS DE CULTIVAR OUTRO VEGETAL ALÉM DA ALFACE? Por hora, não. É o nosso produto principal, vendemos sete milhões de pés de alface por ano e temos 14 funcionários. Distribuímos, principalmente, para a Inglaterra, Alemanha e Países Baixos. São 35% para Inglaterra e Alemanha e 30% para os Países Baixos, então, vamos nos concentrar nessa produção.
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ESPECIAL
A AGRICULTURA DO FUTURO Benefícios da hidroponia são inúmeros, tanto para o produtor quanto para o consumidor Por Sabrina Becker
Ganhando espaço no mercado a cada ano que passa, a hidroponia já é vista como o futuro da agricultura. No Brasil, os produtos cultivados através desse sistema já são muito bem aceitos pelo consumidor, fazendo com que sua oferta aumente e, consequentemente, novas tecnologias sejam estudadas. Porto Velho (RO) é a capital brasileira que mais consome hidropônicos e sua produção de alface é majoritariamente proveniente desse sistema de cultivo. Mas a que se deve tamanha aceitação, já que a hidroponia ainda é desconhecida por grande parte da população? Produtores, prossionais e estudiosos da área têm a resposta para essa pergunta: os hidropônicos estão conquistando seu espaço devido aos inúmeros benefícios e vantagens desse sistema de cultivo. Traçando um panorama da hidroponia no Brasil, Wéber Velho, engenheiro agrícola e produtor em Porto Velho, aponta que no Brasil 4 % dos produtores hidropônicos trabalham com esse sistema há 20 anos, 8 % trabalham de 15 a 20 anos, 15% de 10 a 15 anos e, a grande maioria, 73% dos produtores hidropônicos, atuam há menos de 10 anos. “Muitos dos produtores atuais iniciaram esse trabalho há menos de 5 anos, quando aconteceu o boom da hidroponia no País”, ressalta Velho, que produz alface, rúcula, agrião, almeirão, manjericão, coentro, salsa, pimenta, tomate cereja, hortelã, entre outros. Tal crescimento aponta o sucesso do sistema. Carlos D’Agostini produz em sistemas hidropônicos há 11 anos em Rio Branco (AC) e há 3 anos iniciou outra produção em Manaus (AM), comprovando o sucesso de seu empreendimento. “Falando-se inicialmente em aspectos ambientais, acredito que a hidroponia seja a agricultura do futuro, pelo uso inteligente da água e também por não contaminar os lençóis freáticos como no cultivo de solo – uma vez que não há contato da água com o solo, não há contaminação. Além disso, a reutilização da água pode
Na foto Dr. Glaucio Genuncio e seu amigo Gabriel Buzo Velho, flho do produtor Wéber Velho. Fotos: Arquivo pessoal
ESPECIAL
chegar a 100%, podendo ser reaproveitada para diferentes ns”, explica. Entre outros tipos de folhosas, legumes e verduras, D’Agostini cultiva cinco variedades de alface, agrião, almeirão, chicória, couve, coentro, manjericão e jambu.
Entre as vantagens da produção hidropônica, ambos prossionais destacam alguns tópicos importantes para se compreender como funciona esse sistema de cultivo. - Plantas limpas e livres de contaminação Esse é um aspecto muito abordado entre prossionais e es tudiosos da área, uma vez que na hidroponia a planta não entra em contato com o solo e, consequentemente, não existe a contaminação pela raiz. “Não há o uso de esterco ou composto orgânico, ao contrário do cultivo em solo, reduzindo a incidência de microorganismos indesejáveis, entre os quais estão os coliformes fecais. Minha produção, por exemplo, é 100% ozonizada, garantindo que a água utilizada seja livre de qualquer contaminação microbiológica, evitando problemas via raiz”, detalha Velho. A higiene dos produtos hidropônicos também gera benefícios ao consumidor e ao meio ambiente. “Em sistemas onde a planta tem contato com o solo, é preciso muita água para fazer sua higienização. Para cada quilo de alface cultivada no solo, a dona de casa gasta 18 litros de água para fazer sua lavagem. No hidropônico, por ser um produto limpo, sem contato com o solo, esse volume reduz pela metade. E se pensarmos nessa proporção em escala nacional e mundial, quanto seria essa economia?”, indaga Carlos D’Agostini. - Maior volume de produção No cultivo hidropônico as plantas crescem recebendo todos os nutrientes de que necessitam em tempo integral e, por ser fechado, é possível controlar a temperatura da estufa. Assim, a colheita é feita em um tempo menor do que em cultivos tradicionais. Um exemplo é a alface, que no cultivo tradicional é colhida em 60 a 65 dias e no hidropônico tem esse tempo reduzido para 35 a 40 dias. “Na hidroponia, como é um sistema protegido, é possível fazer um controle dos fatores climáticos e, também, promover uma maior frequência de produção”. O espaço necessário para cultivar hidropônicos também é menor, otimizando a área a ser utilizada. “A
produtividade é 10 vezes maior do que no cultivo de solo. No cultivo orgânico, por exemplo, a produtividade é baixa, já que são necessárias áreas muito extensas, uma vez que precisa de cortinas naturais, áreas de compostagem etc. Já a hidroponia pode ser realizada em qualquer cantinho, pois utiliza áreas pequenas, inclusive nas coberturas de prédios, por exemplo”, aponta D’Agostini. Na hidroponia, o rendimento por área é maior, já que, por dispensar o uso de terra, a plantação tanto pode ser verticalizada quanto utilizada na horizontal.
- Retorno garantido e geração de emprego Velho explica que, embora o investimento inicial seja maior do que os demais sistemas de cultivo – podendo partir de R$40 até R$200 por metro quadrado -, o retorno é garantido e os custos iniciais diluem-se, em média, em 10 anos. Para D’Agostini esse investimento tem outra vantagem. “Enquanto que o investimento é alto, também se utiliza maior mão de obra. Como os produtos são vendidos aos atacados, demanda logística, controle e distribuição, o que, por m, acaba gerando mais emprego. Por ser conduzida em cultivo protegido, a produção segue o ano todo com o mínimo de perda, gerando mais emprego com uma situação de trabalho digna para os trabalhadores, que atuam em ambientes limpos e protegidos. - Busca constante por novas tecnologias A hidroponia segue sempre inovando e procurando soluções renováveis e sustentáveis. A busca por tecnologia é cons
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ESPECIAL
tante, tanto que são importados de outros países técnicas e produtos, tudo para uma melhor qualidade da produção e para garantir o cuidado com o meio ambiente. Para iniciar no ramo da agricultura pela hidroponia, os produtores precisam dispor de um conhecimento técnico considerável, fazendo com que as pesquisas nessa área sejam constantes. “O produtor hidropônico deve ser mais qualicado em função da tecnologia envolvida nesse sistema”, destaca Velho, cuja opinião é compartilhada pelo colega de Manaus e Rio Branco. “A hidroponia exige conhecimento elevado, por isso sua gestão demanda prossionais qualicados que busquem sempre desenvolver novas tecnologias. É muito mais técnico do que a produção de solo, por exemplo”, completa D’Agostini.
- Baixo custo de manutenção Outro quesito que faz da hidroponia uma boa opção de investimento, segundo Wéber Velho, é o baixo custo da manutenção. “É barata, muito mais fácil e feita de acordo com o material utilizado. Ao contrário do sistema de cultivo em solo, não há necessidade de fazer canteiros e nem trocar canos para irrigação, apenas fazer uma limpeza periódica nas tubulações. Para isso, já existem produtos especícos, como o moto-jato produzido no Japão que já é utilizado no Brasil”, informa. Porém, apesar de ser uma técnica barata, é muito trabalhosa, pois exige um cuidado muito maior com a produção para preservar a qualidade do produto oferecido ao consumidor. Usa-se água em vez de solo, e não se exige grande espaço para a produção, uma vez que pode ser cultivada em qualquer lugar, sem contar que é possível reutilizar a água com nutrientes por até 30 dias.
- Melhor sabor e maior durabilidade para o consumidor A preocupação com a qualidade é primordial na hidroponia, o que resulta em produtos com sabor mais aguçado e com maior durabilidade. Os cuidados com esse cultivo são muitos e visam manter as plantas belas, saudáveis e livres de pragas e doenças. Os produtores concordam quando o assunto é as vantagens dos hidropônicos para quem consome. “Para o consumidor o preço é praticamente o mesmo do que os produtos cultivados em solo, porém a qualidade é muito superior. Seu aspecto microbiológico não sofre perigo de contaminação, o sabor é melhor e o consumidor leva para casa a planta inteira, com raiz. Seus valores nutricionais são os melhores, já que a planta recebe todos os nutrientes em quantidades ideais para sua necessidade”, sustenta Velho. Para D’Agostini, os benefícios são incomensuráveis. “No quesito sabor, o cultivo hidropônico permite aplicar a nutrição adequada para que não sobre e não falte, já que se for oferecido a mais ou a menos do que o necessário, a planta é prejudicada. Assim, temos o verdadeiro sabor da alface, por exemplo. A durabilidade também é maior do que os produtos convencionais, já que o produto vai com a raiz para o cliente, que recebe uma planta viva”, destaca. Além dessas, podem ser citadas outras vantagens da hi droponia: - Economia no uso de água e fertilizantes A solução nutritiva à base de água pode ser utilizada várias vezes nesse tipo de cultivo. - Preservação do meio ambiente Na hidroponia, o uso de defensivos é mínimo e entra em contato com o solo.
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ESPECIAL
- Rastreabilidade Os hidroponistas podem instalar suas produções perto dos grandes centros, facilitando o contato entre produtor, comércio e consumidor, gerando menos gastos com logística. - Saúde e segurança dos trabalhadores Na hidroponia há uma grande preocupação com a questão da saúde dos trabalhadores, dando atenção especial para a ergonomia. A produção é posicionada a uma altura considerável e confortável, para que o produtor possa trabalhar de pé, sem riscos para sua coluna. Para fazermos um contraponto, é possível citarmos algumas desvantagens desse sistema de cultivo, tais como: - Dependência de energia elétrica ou de um sistema alternativo Quedas de energia tornam-se um problema se o produtor não tiver um gerador ou bombas de irrigação à gasolina, pois o risco de perder toda a produção é grande. - Facilidade de disseminação de patógenos Pode ocorrer no sistema pela própria circulação nutritiva. - Alto investimento inicial Por demandar maior tecnologia e estrutura diferenciada, esse tipo de cultivo requer custos iniciais maiores para a montagem das estufas, pers e sistema de bombeamento, consultorias, etc. - Plantas limpas e livres de contaminação; - Maior volume de produção; S N - Retorno garantido e geração de emprego; E - Saúde e segurança dos trabalhadores; G - Busca constante por novas tecnologias; A T - Baixo custo de manutenção; N - Melhor sabor e maior durabilidade para A V o consumidor; - Economia no uso de água e fertilizantes; - Preservação do meio ambiente; - Rastreabilidade. S N- Dependência de energia elétrica ou de E um sistema alternativo; G - Facilidade de disseminação de A T patógenos; N- Alto investimento inicial. A V S E D
ESPECIAL
Hidroponia sem dúvidas Principais incertezas sobre a hidroponia são esclarecidas por quem entende do assunto Por: Laís Vanessa Glaucio da Cruz Genuncio, 36 anos, é engenheiro agrônomo e Doutor em Agronomia. Trabalha com hidroponia há 11 anos no Rio de Janeiro (RJ) e possui conhecimento para sanar as principais dúvidas de produtores, estudiosos e consumidores sobre esse sistema de cultivo. Nessa entrevista, Genuncio esclarece o que está em discussão nesse segmento da agricultura que cresce a cada ano.
EXISTE ALGUMA RIVALIDADE QUANTO AOS DIFERENTES TIPOS DE CULTIVO ? Segundo o Dicionário Aurélio, rivalidade signica “concor rência de pessoas que pretendem a mesma coisa: rivalidades políticas e religiosas. Emulação, concorrência, competição: existe uma velha rivalidade entre ambos”. Então, respondendo a pergunta, não, não existe. Entretanto, o que aconte-
ce hoje é uma visão e, consequente foco inequívoco de um segmento dos três cultivos - convencional, hidropônico e orgânico. Todos os sistemas têm suas vantagens e desvantagens. Contaminações com metais pesados e coliformes fecais podem existir no convencional e orgânico, assim como desequilíbrios nutricionais podem ocorrer nos três sistemas de cultivo (excesso de nitrato, por exemplo). Da mesma forma, é possível a contaminação com defensivos nos sistemas convencional, hidropônico e até mesmo no orgânico, pois a utilização desequilibrada de caldas, onde a base é cobre (sulfato de cobre) pode gerar problemas de excesso desse elemento. O manejo apropriado para cada sistema é o fator fundamental para que obtenhamos alimentos com segurança para o consumo.
DE QUE FORMA A HIDROPONIA PODE CONTRIBUIR COM O MEIO AMBIENTE? PARA ONDE VAI A ÁGUA UTILIZADA NAS PLANTAS APÓS CERTO TEMPO DE USO? Atualmente, essa preocupação é mais efetiva e, consequentemente, gera uma maior contribuição para o meio ambiente. Isso acontece devido à existência de um manejo pré-descarte da solução nutritiva quando esse ocorre, já que hoje essa prática não é muito usual nas propriedades. São dois motivos que levam à tomada de decisão de manejar a solução nutritiva ao invés de descartá-la para o ambiente. O custo de adubos e água é alto e, com isso, o produtor tende a utilizá-la mais ecientemente. Inclusive já visitei propriedades onde existem projetos nos quais o volume do reservatório é calculado de
ESPECIAL
acordo com o consumo efetivo das plantas hidropônicas. Por outro lado, há uma visão econômica, no sentido de lucratividade, em relação ao aproveitamento do que resta da solução após 30 dias de uso, pois essa utilização em pomares, em cultivos associados - cenoura e beterrraba, por exemplo - e até mesmo a venda para jardins residenciais. A consciência do produtor para a adequação desse manejo é fundamental para decidir incorporá-lo ao seu processo produtivo.
EXISTE ALGUM ÓRGÃO QUE POSSA CONFIRMAR COM CLAREZA QUE OS HIDROPÔNICOS SÃO SAUDÁVEIS? Não, infelizmente. Mas existe movimentação para a criação desse através de nossos encontros e uma comunicação tanto informal (feita por e-mails), quanto pela ABHidroponia, entre os produtores. Mas, acredito que a mobilização será maior para o segundo semestre de 2011. Pelo menos é o que esperamos para a criação de um selo de garantias e um órgão que scalize os produtores para garantir sua qualidade, o que já ocorre nos orgânicos. DE QUE FORMA OS CONSUMIDORES PODERÃO TER CERTEZA DA QUALIDADE DOS PRODUTOS QUE ESTÃO LEVANDO PARA CASA? Hoje em hidroponia é mais pelo “conforme declarado” e pela forma de cultivo. Mas com a criação de um selo e uma scalização efetiva, essas garantias terão mais validade. COMO A HIDROPONIA É UM SISTEMA CONTROLADO, OS PRODUTOS CRESCEM MAIS RÁPIDO EM COMPARAÇÃO AOS CULTIVOS CONVENCIONAL E ORGÂNICO. ESSA ACELERAÇÃO PREJUDICA DE ALGUMA MANEIRA? Sinceramente, existe sim um encurtamento de ciclo nos culti vos hidropônicos. Porém, esse é mais pelo manejo das plantas no sistema (aproveitamento de área) nas fases de germinação, intermediária e denitiva (fases distintas e em locais diferentes) do que pelo aproveitamento siológico (melhor disponibilidade e equilíbrio de radiação, água e nutrientes). É óbvio que esses fatores ambientais e nutricionais têm inuên cia no ciclo das plantas. Na realidade o controle do excesso de chuvas e das perdas de nutrientes por processos - como, por exemplo, a lixiviação de nutrientes para o lençol freático - favorece um maior controle do crescimento das plantas
- atualmente na Europa e nos EUA existe uma scalização severa quanto aos teores de nitrato nas águas provenientes do lençol freático. Ressalta-se que o grande desao do cultivo protegido está na elaboração de projetos especícos voltados para as diferentes regiões do País. Excessos de temperaturas e UR % na região norte são bons exemplos que demandam muita pesquisa para a recomendação de casas de vegetação adequadas. Com atendimento quanto a isso, o equilíbrio do ambiente de cultivo protegido torna-se um fator favorável para o crescimento e desenvolvimento das plantas cultivadas nesse sistema. Com isso, a diminuição do ciclo, assim como a produção durante todo o ano, além de não prejudicar a qualidade das plantas, torna o cultivo em ambiente protegido um sistema eciente para a produção de alimentos.
NA SUA OPINIÃO, AS REPORTAGENS A RESPEITO DA HIDROPONIA PODEM TER AFETADO O COMÉRCIO DOS PRODUTORES? Não, pelo contrário. Essas reportagens somente fortalecem o que já se constatou há muito tempo quanto ao cultivo protegido: é uma técnica já estabelecida no Brasil, que teve como principal fundador o Dr. Pedro Furlani e, que tende ao crescimento. Porém, a falta de organização no setor é o que ca notório para as possíveis respostas a essas reportagens. A criação do selo de garantia, assim como a mobilidade dos produtores visando à transição do que hoje se faz - “conforme declarado” para o que deveria ser feito: “conforme garantido” - é o que afeta comercialmente o produto hidropônico. OS NUTRIENTES COLOCADOS NAS PLANTAS TÊM ALGUMA CHANCE DE PREJUDICAR A SAÚDE DE QUEM CONSOME? SE NÃO, QUEM AFIRMA ISSO? Se mal manejado, sim. Ninguém em sua sã consciência toma 10 comprimidos de antibiótico ao invés de um ou dois no dia. Ressalta-se que o manejo integrado de pragas e doenças e seu controle, tanto com a utilização de defensivos naturais quanto como o uso de inimigos naturais, não estão restritos ao cultivo orgânico. Na Europa, esses controles de pragas e doenças são amplamente utilizados em hidroponia e aqui já existe mobilização para isso também. O uso de produtos recomendados, nas doses certas e seguindo-se o período de carência é de fundamental importância para a produção de alimentos. Um agrônomo é o prossional habilitado para isso.
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TECNOLOGIA
O FIM DO PROBLEMA DE INCRUSTAÇÃO Um novo produto chega para revolucionar a hidroponia, mantendo tubulações limpas e plantas livres de contaminação Por Laís Vanessa
Um dos problemas que preocupam hidroponistas de todo o mundo é a incrustação acumulada nas tubulações. Para mantê-las limpas e deixar as plantas livres de risco de contaminação, um novo aliado dos produtores chega ao mercado, um dispersante inibidor. O engenheiro químico Nelson Azambuja, explica sua eciência. “Este é o primeiro e único dispersante e inibidor por excelência, desenvolvido com a ajuda de selecionado grupo de usuários de fertirrigação e de hidroponistas. É um líquido límpido, âmbar amarelo, com densidade de 1,20 g/cm3, devendo ser aplicado todas as vezes que for preparada a solução ou quando completada após a preparação. A dosagem recomendada é de 100 mililitros por metro cúbico de calda. Em sistemas pouco ou muito incrustantes, a dosagem poderá ser alterada, mantendo a proporcionalidade. Em sistemas já incrustados, é recomendável uma dosagem inicial de 150 mililitros,” explica. A ação Os sistemas de fertirrigação apresentam elevados níveis de incrustações devido à presença de elementos como sulfatos, nitratos, cálcio, magnésio e diversos micronutrientes, além de baixa velocidade, uso descontínuo e outros. “As atuais técnicas de redução de incrustação não apresentam efetividade, mantendo sistemas com redução progressiva da velocidade de escoamento, bicos, bocais e aspersões com vazão parcial, distribuição desuniforme, precipitações, incrustações e custos crescentes de bombeamento, de troca de tubulações e acessórios. Além disso, acarretam a perda de tempo pelas baixas vazões,” informa Azambuja. Com os sistemas de fertirrigação limpos e desobstruídos, é garantido um controle maior de dosagem, distribuição, ausência de manutenção e longevidade no uso, resultando em custos mais baixos e alta eciência no sistema de distribuição dos produtos. Uso em Microirrigação As microirrigações são instalações de baixa vazão e baixa pressão, com a água sendo aplicada diretamente na superfície radicular. Em função disso, esses sistemas são altamente suscetíveis à redução ou obstrução, com sérios prejuízos na eciência da fertirrigação.
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TECNOLOGIA
Depoimentos de quem usa o produto: VANDERLEI ADAIR BRAUWERS TÉCNICO AGROPECUÁRIO DA VANDREA DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS LTDA, DE ARROIO DO MEIO (RS) “Aprovo e recomendo. Inclusive para quem está iniciando a atividade, já que evita a formação de resíduos nas tubulações. Ele limpa os sistemas, evitando que fungos e bactérias quem alojados e prejudiquem a produção.”
PEDRO HOMERO BORGES PERES ENGENHEIRO AGRÔNOMO E PROPRIETÁRIO DA PLANETA HIDRO, EM TAQUARI MIRIM, NO MUNICÍPIO DE PASSO DO SOBRADO (RS) “Iniciei a utilização em setembro de 2010 com a aplicação da dosagem máxima recomendada, de 150 mililitros a cada mil litros de solução, pois os pers da minha hidroponia apresentavam, internamente, uma grossa camada de resíduos (adubos e algas), por estarem sendo utilizados há mais de 11 meses sem a utilização de nenhum tipo de produto especíco para limpeza. Após a utilização, notei que a camada de resíduo desprendeu-se quase que totalmente. Na troca seguinte da solução adicionei novamente o dispersante, porém em uma dose menor, de 100 mililitros a cada mil litros de solução. A partir da terceira troca de solução, passei a utilizar a dose de manutenção, de 50 mililitros a cada mil litros de solução, que manteve os pers limpos por um bom tempo. Recentemente, em 1º de março, voltei a utilizar a dosagem máxima. Depois, farei o mesmo procedimento, reduzindo para 100 e, posteriormente, para 50 mililitros a cada mil litros de solução. O produto tem se demonstrado eciente para o que se propõe realizar e é sabido que pers lim pos signicam um menor número de problemas no sistema radicular e uma solução nutritiva mais limpa e equilibrada.”
O engenheiro agrônomo Pedro Homero Borges Peres. Foto: Arquivo pessoal
Vantagens: Remove, com pequenas doses, as incrustações dos equipamentos, tubulações e acessórios; Aumenta a estabilidade da suspensão dos sais insolúveis na solução concentrada; Reduz a formação e deposição de sais solúveis em tanques, tubos e aspersões; Uniformiza, sem entupimentos, toda a distribuição através das aspersões; Reduz a manutenção, com menor troca de itens e de horas de parada; Incrementa em até 30% o fluxo nas tubulações; Reduz, significativamente, os custos operacionais e de produtos; Maximiza os ganhos pelo melhor aproveitamento de todo o conjunto de fertirrigação.
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GESTÃO
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Por Renato Paulo Bockorny* As questões com Segurança e Saúde do Trabalho (SST), enfrentadas pelas micro e pequenas empresas são iguais às das médias e grandes empresas. O empregador precisa entender que a precaução e os cuidados com a SST, que é inerente à maioria das atividades de trabalho (inclusive na área rural), deve ser igual, pois o trabalhador é o mesmo, tanto numa empresa de grande porte quanto numa pequena. Sabe-se que as diculdades econômicas representam apenas uma das adversidades conjunturais que aigem a pequena empresa, o que por alguns é alegado como o principal motivo da falta de foco em SST. Em con trapartida, um processo trabalhista decorrente de um acidente, ou doença do trabalho, pode representar um risco signicativo, senão fatal, para a continuidade do negócio. Estes infortúnios, muitas vezes previsíveis, acabam condenando o empregador a pagar caro por não atender à legislação e por deixar de produzir mecanismos de defesa pela falta de informação sobre o assunto. As penalidades aplicadas por agentes de inspeção do
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trabalho ou pelos auditores da previdência têm a mesma intensidade na maioria dos casos, ou seja, a repreensão para a micro, a pequena ou a grande empresa é a mesma. Para cumprir com sua função social, se proteger contra percalços futuros nas várias esferas da justiça trabalhista e cível e contra a scalização dos órgãos com petentes, a empresa deve assessorar-se de prossionais capazes de orientá-la de forma preventiva, produzindo provas documentadas, com prestabilidade para comprovar suas ações e se valer dessas para a sua defesa. Com ampla margem de acerto, o que permite a vulnerabilidade das empresas é a falta de documentação legal, que comprove a integridade física em que o empregado foi admitido, como são as condições de trabalho que o local proporciona e em que estado de saúde o trabalhador se desvinculou. Como diz um velho dito popular, prevenir ainda é o melhor remédio, porque depois de gerado o infortúnio, na maioria das vezes, só resta à empresa admitir o ônus.
GESTÃO
É fato que estamos vivenciando mudanças, pois a empresa que segue um rigoroso cuidado e implementa medidas pró-ativas, até poderá ser vítima de ocorrências inusitadas. No entanto, estará preparada para contestar oportunamente e admitir apenas os encargos que ou se realmente lhe couberem. Na nossa compreensão, o INSS vem criando enérgicas ferramentas de scalização à distância, cujo um dos interesses é alavancar a tributação, apesar de ser apresentado como preventivo e estimulador de livre concorrência entre empresas de um mesmo ramo de atividade. Em 2004 o INSS acenou com o Perl Prossiográco Previdenciário (PPP) que pode servir como prova documental contra a empresa que o emitiu, principalmente nas reclamatórias trabalhistas, desde que as ações em SST não sejam devidamente tratadas. No nal de 2006, o presidente Lula raticou o Nexo Técnico Epidemio lógico Previdenciário (NTEP) e o Fator Acidentário de
Prevenção (FAP), que vigoram desde 2010, causando impactos nanceiros às empresas vulneráveis. A Pre vidência almeja reduzir os gastos com concessão de benefícios através de ações das próprias empresas, impostas pela legislação em vigor. Em suma, o poder público está utilizando meios para reduzir o trabalho em condições insalubres, transferindo para os responsáveis os custos com esses trabalhadores. A empresa deve estar receptiva às novas mudanças, lembrando que investir em segurança do trabalho não é obter lucro, mas deixar de amargar prejuízos.
*Diretor da Guia Consultoria, técnico em Segurança do Trabalho, técnico em gerência empresarial e cursando tecnólogo em segurança do trabalho.
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ESTRUTURA
O SISTEMA QUE FAZ A DIFERENÇA Parte importante de qualquer sistema hidropônico, o conjunto hidráulico deve ser montado com atenção Por Sabrina Becker
Foto: Sabrina Becker
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Na hidroponia, a estrutura é parte decisiva no sucesso de uma produção. Grande parte do sistema hidropônico de cultivo das mais diferentes variedades de folhosas, frutas e verduras, entre outras, é composta pelo conjunto hidráulico. Ele é o responsável por garantir com qualidade e segurança o abastecimento de solução nutritiva das plantas em suas diferentes fases de desenvolvimento. Embora existam diferentes sistemas de cultivo hidropônico – no Brasil os mais utilizados são o NFT (Nutrient Film Technique), DFT (Deep Film Technique) e o sistema de substrato - os componentes hidráulicos estão presentes sempre e são adequados a cada necessidade. No caso do NFT, a solução com os nutrientes escoa pelos canais de cultivo por gravidade, formando um “lme” que faz a irrigação das plantas. Para isso, é utilizado um reservatório para a solução nutritiva, aliado a um sistema de bombeamento que fará o recalque do líquido até os canais de cultivo – tubos (de PVC ou polietileno exível) ou pers próprios para hidroponia - que, posteriormente, retornará ao reservatório por um sistema de retorno. “Nesse conjunto que sai do reservatório são utilizados tubos e conexões, cujo diâmetro vai depender da quantidade de solução que circulará por eles”, explica o engenheiro agrícola da Amanco, Maurício Calhau. Já quando se fala em DFT a lâmina formada pela solução nutritiva é profunda, de cinco a 20 centímetros, deixando as raízes submersas. Nesse caso, a solução circula por uma mesa plana, por meio de um sistema de entrada e drenagem, necessitando também de tubos e conexões. No sistema de substrato utilizam-se vasos com materiais inertes, como areia, pedras, espuma fenólica, espuma de poliuretano, entre muitos outros, que sustentam a planta. A solução nutritiva passa por esse suporte para chegar às raízes e depois é drenada, retornando ao
ESTRUTURA
reservatório, como nos demais sistemas. Em todos eles são necessários suportes adequados para as bases onde são acomodadas as plantas. Sendo assim, em qualquer uma dessas técnicas hidropônicas, é necessário prestar especial atenção ao conjunto hidráulico que, normalmente, é composto pelo reservatório, conjunto de bombeamento, e encanamentos e registros. Disponíveis também em acrílico, brocimento e alvenaria, os reservatórios mais utilizados são os fabricados em PVC e bra de vidro, por terem custo reduzido, facilidade de manuseio e por não necessitarem de nenhum revestimento interno. Porém, quando se fala em reservatórios construídos em alvenaria, assim como os de brocimento, o revestimento interno com impermeabilizantes é indispensável. Colocado na sombra e enterrado abaixo do nível da tubulação – para facilitar o retorno da solução por gravidade -, o reservatório também deve ser vedado para evitar a formação de algas, assim como a entrada de pequenos animais. Seu tamanho vai depender do volume da produção. Para a instalação do conjunto de bombeamento - que leva a
solução nutritiva às bancadas para fazer a irrigação das raízes e depois a conduz de volta ao reservatório -, o ideal é fazê-lo abaixo da metade da altura do reservatório. Essa instalação “afogada” impede a entrada de ar no sistema e falha no bombeamento. Para cada sistema de cultivo hidropônico, é necessário calcular a capacidade de vazão do sistema de recalque de acordo com a quantidade de irrigação necessária. “Em qualquer sistema hidropônico existe a possibilidade de acúmulo de algas, então é necessário fazer uma limpeza periódica nesse conjunto todo”, naliza o engenheiro. Além disso, Calhau chama atenção para o cuidado na hora de escolher esses materiais. “O ideal é sempre buscar marcas que ofereçam tubulações normatizadas, que suportem aquilo que prometem”, completa. Com informações do artigo Cultivo Hidropônico de Plantas , de Pedro Roberto Furlani, Luis Claudio Paterno Silveira, Denizart Bolonhezi e Valdemar Fa -
quin, disponível em http://www.infobibos.com/Artigos/2009_1/hidroponiap1/ index.htm
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INSUMOS
A MÁGICA DO CRESCIMENTO Se a semente é o embrião, os perfis são as estruturas e a água é a vida, o adubo, então, é a alma Por Laís Vanessa Nascer, crescer e morrer é a ordem das coisas, certo? Mas, entre esses períodos, é necessário por certos tipos de fermentos para que se tenha uma vida longa e saudável. É assim para nós humanos, e não é diferente com os vegetais. Para que uma planta cresça sadia e forte, é preciso utilizar de recursos como adubos. Para entendermos melhor esse procedimento, conversamos com o engenheiro agrônomo Alfredo Issamu Watanabe, gerente comercial da Qualifértil da lial de Piedade (SP). Watanabe conta que começou sua carreira em empresas
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multinacionais do setor de defensivos agrícolas. Seu contato com adubos iniciou-se na infância, pois seus pais eram agricultores e sempre estavam no meio destes insumos. Desde então, ele trabalha no meio desses “pós mágicos” que fazem com que as plantas cresçam fortes e saudáveis. Mas, para se obter um conhecimento mais profundo a respeito destes fertilizantes, Watanabe nos explica a real importância em se usar adubos. “O uso de adubos é de suma importância, pois no sistema hidropônico, toda fonte de nutrição das plantas é dissolvida na água. Sem a adição destes adubos, as plantas
INSUMOS
não se desenvolvem. Portanto, deve-se fornecer quantidade requerida de acordo com a espécie cultivada. Neste caso a água funciona como reservatório e fonte de nutrientes, uma vez que neste sistema de produção, não se utiliza substrato para cultivo (sistema NFT),” relata. Adubos líquidos ou em pó? No sistema hidropônico, os adubos mais utilizados são os em pó solúveis, ou seja, são aqueles que se dissolvem na água e entram na solução, mais conhecidos como sais. Possuem os nutrientes necessários para que as plantas cresçam saudáveis e livres de agentes contaminantes, como metais pesados ou bactérias causadoras de doenças. Mas, há também adubos líquidos, que são menos concentrados, pois são originárias dos sais solúveis. A exceção ca por conta dos produtos à base de carbonatos e óxidos, que costumam ser mais concentrados. O uso deste tipo de adubo na hidroponia ainda é restrito a alguns produtores somente, pois a maioria ainda utiliza os adubos na forma de pó, solúveis em água. As Vantagens e Desvantagens O engenheiro Watanabe responde: “A vantagem de um adubo líquido em relação ao pó está na facilidade de manuseio, pois é muito mais fácil medir volume do que peso. A solução líquida já vem dissolvida, o que facilita a distribuição na água, não necessitando pré-dissolução. A forma sólida (em forma de pó ou grânulos) tem como uma das principais vantagens a facilidade de armazenamento e a maioria dos nutrientes em concentrações mais elevadas, o que favorece movimentação de menores volumes. A maioria dos adubos está na forma sólida”, detalha Watanabe. Segundo Watanabe, estes adubos podem vir separada mente ou já misturados, prontos para uso. Os micronutrientes normalmente são fornecidos em misturas prontas e equilibradas, com exceção do ferro, que é for-
necido geralmente separado. Os melhores são aqueles que trazem consigo todos os nutrientes requeridos pelas plantas nas quantidades adequadas e no momento de sua necessidade, sem causar totoxidade (efeito tóxico causado por algum produto químico sobre as plantas) ou alteração da suas características físico-químicas, isentas de materiais prejudicais. Watanabe aconselha que utilize marcas conceituadas no mercado e de qualidade superior. As suas principais características são boa solubilidade e alta disponibilidade para plantas. Ele ainda explica que não existem adubos especícos e sim formulações especícas para cada tipo de espécie, pois cada uma necessita de uma formula nutricional diferente, podendo variar até dentro das mesmas espécies ou dentro do ciclo da cultura. Cada estágio de desenvolvimento pode requerer diferentes quantidades de nutrientes, o que automaticamente causa necessidade de fazer alterações na solução nutritiva, ou seja, uma plantação de tomate pelo sistema hidropônico poderá utilizar uma formulação diferente a de um pé de alface, por exemplo. Uma novidade neste marcado de insumo está sendo que os adubos utilizados estão cando mais adequados para determinadas espé cies cultivadas na hidroponia. Tecnologia aliada aos fertilizantes Atualmente, existem diversas tecnologias aliadas aos adubos. Os sais para hidroponia são praticamente todos de alta pureza e solubilidade, elaborados com as melhores matérias primas. Algumas são complexadas com substâncias para deixá-los mais estáveis, ou para evitar reação química, possuem antiumectantes ou antiaglomerantes , não possuem metais pesados ou contaminantes na formulação, são biodegradáveis, altamente solúveis, e outras qualidades mais.
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ESPAÇO PARLAMENTAR
JOSIAS GOMES FALA SOBRE HIDROPONIA A Revista Hidroponia, juntamente, com a Associação Brasileira de Hidroponia está formando uma bancada parlamentar em favor do cultivo de hidroponia no Brasil, para tanto, em cada edição, con vidamos um parlamentar para falar a respeito deste cultivo no Brasil. Nesta edição, o convidado foi o Deputado Josias Gomes. Por Laís Vanessa
O Deputado Federal do Partido dos Trabalhadores pela Bahia, Josias Gomes da Silva, tem uma vasta trajetória na agricultura. Formado em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal da Paraíba, é lho de trabalhadores rurais e é natural de Amaraji, Zona da Mata Sul de Pernambuco. Ele chegou à Bahia em 1989. Desde então, sua ligação com a agricultura tem sido difundida cada vez mais. Como deputado, trabalhou na Comissão de Agricultura e foi o principal articulador das negociações que anistiaram parte das dívidas dos pequenos agricultores e cacauicultores. Também foi o principal articulador do Complexo Porto Sul, que está sendo implantado em
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Deputado Josias Gomes da Silva (PT - Bahia) Foto: Assessoria de Imprensa do Deputado.
Ilhéus e que vai integrar, junto com a ferrovia Leste-Oeste, o principal ponto de exportação de toda produção agrícola do oeste baiano. Sobre a hidroponia, o deputado menciona que este é um método ainda a ser explorado e divulgado, pois, apesar do seu crescimento, ainda é pequeno o número de produtores que utilizam essa técnica. “Na Bahia já estão sendo feitos investimentos em hidroponia, mas ainda são poucos. Esse é um cultivo que merece destaque, pois é sólido, já que permite controlar os substratos, nutrientes e as pragas.” O deputado ainda fala que é necessário uma maior divulgação do cultivo para que haja uma difusão maior desse conhecimento tanto para produtores quanto para os consumidores nais, visto que este é um sistema diferenciado. “Além disso, é de suma importância para o meio ambiente, auxiliando a natureza e também a saúde. Cultivar a hidroponia é cuidar da natureza e de seus recursos sustentáveis”, naliza.
AGENDA
CURSOS E EVENTOS NO MUNDO A cada edição atualizaremos a agenda de cursos e eventos no mundo. Confra as próximas edições. 12° CURSO INTERNACIONAL DE HIDROPONIA Data: 8 a 12 de agosto Local: Peru La Molina s/n La Molina, Lima 12 Fax (51-1) 348-5359 Telefone: (51-1) 614-7800 anexo 276 Email:
[email protected]
18 ° HORTITEC Data: 15,16 e 17 de junho Local: Recinto da Expoflora – Al. Maurício de Nassau, 675 - Holambra – SP Telefone: (19) 3802 41 96 e-mail:
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QUAL É O TAM AN HO DA H IDROPONI A N O BRASIL? A Revista Hidropon ia está inici ando o mapeamento da hidro poni a brasileira.
ÁGUA SÍTIO
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GERAÇÃO DE RECURSOS FINANCIAM ENTOS PÚBLICOS SUSTENTABILIDADE DIVERSIDADE TAXAS FORNECEDORES ECONOMIA CULTURA QUANTOS PRODUTORES EXISTEM NO BRASIL INSUMOS
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ESTUFA
PRODUÇÃO NACIONA L
PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO REAL
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CRESCIMENTO
NUTRIENTESTECNOLOGIA
CULTURAS RECURSOS MINERAIS PRODUÇÃO PIB BRASILEIRO SEMENTES CULTIVO
SAÚDE
FUTURO
ECONOMIA PERFIL
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A Hidroponia já tem destacado espaço no setor agrícola brasileir o. Mas quanto? Quantos produtores existem e onde estão? Qual o volume de produção regional e nacional? Quais as culturas mais utilizadas? Qual é a necessidade de recursos e financiamentos públicos? Estamos montando um raio-x da hidroponia no Brasil, que nos auxiliará a entender, informar e apoiar produtores para determinar políticas específicas para o setor. Com dados seguros conseguiremos juntar forças para ampliar a participação do setor no contexto socioeconômico, e assim, obter maior representatividade política, institucional e econômica no Brasil. Caso su a empresa deseje participar, entre em cont ato conos co.
Com os dados apurados iremos public ar o 1º Anuário Brasileiro de Hidroponia. Produtores e interessados, acessem nosso site e façam seu cadastro.
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PRODUTOR DESTAQUE
Foto: Arquivo pessoal
Empreendedor de sucesso no interior de Minas Gerais
A vida de André Lopes Marques, engenheiro eletricista e administrador, nem sempre esteve ligada à hidroponia. Antes de se envolver com o cultivo, ele morava em São Paulo (SP) e trabalhava em projetos do metrô pela empresa Alston. Porém, sua vida acabou tomando um rumo diferente. Inuenciado pela família, foi para Ube raba (MG), onde começaria o empreendimento que hoje leva o nome de Estância Renascer. Mas sua história de sucesso na hidroponia começou com seu irmão, Daniel, que é engenheiro agrônomo e sempre sonhou em produzir algo em família. Ideia que acabou tomando conta de todos que uniram forças para começar o projeto. A proposta de produzir produtos hidropônicos começou em 2004, por ser um sistema produtivo e fácil de trabalhar. Contudo, Marques conta que o começo foi um pouco dicultoso. ‘’Foi preciso muita leitura e ajuda dos ami gos produtores para concretizarmos esse sonho’’, conta. Essa ajuda veio com nomes de peso do ramo da hidroponia, como Evandro Goldoni, Dr. Jorge Barcelos, da Labhidro, pessoal da Hidrogood, Carlos Orlandi, Carlos Banho, Weber Velho e Nilo Miguel, que ajudaram desde o mercado e manejo até construções de estufas. Foram as grandes parcerias, juntamente com a força de vontade da família, que tornaram a Estância do Renascer qualicada, respeitada e sucesso de vendas na região.
Por Laís Vanessa
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Foto: Arquivo pessoal
PRODUTOR DESTAQUE
Marques ainda relata que começou com uma técnica não muito usual no Brasil, o sistema oating, com tanques, em uma área de 730 metros quadrados. “No ano passado acabamos desativando os tanques, pois como é um sistema pouco utilizado, ca difícil encontrar au xilio técnico”, detalha. O primeiro produto hidroponizado de seu empreendimento foi a alface crespa, mas com o passar dos anos e a demanda crescendo, houve uma necessidade de ampliar sua variedade de produtos, estendendo-a para a produção de agrião, salsa e depois outras variedades de alface. Hoje, com sete anos no mercado, a Estância Renascer
possui uma área de estufas com cerca de 3700 metros quadrados, fazendo com que reconhecimento e prestígio não faltem aos seus produtos, comercializados em varejos e supermercados de Uberlândia. Para os produtores e futuros empreendedores do ramo, Marques deixa alguns conselhos. “O produtor tem que pesquisar muito, senão ele desiste no caminho. Fica a dica para todos os produtores: a época de guardar conhecimento já acabou. É nova fase da hidroponia. Quem não tiver contato com outros produtores está fadado a morrer na praia. Como diz o ditado, ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”, conclui.
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MUSICOTERAPIA
Musicoterapia e a Hidroponia Por Laís Vanessa
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Foto: Liliane Giordano
MUSICOTERAPIA
Relatos científicos comprovam a influência da música sobre pessoas, animais e plantas. Segundo estudos, assim como nós, as plantas teriam ner vos sensíveis a algumas notas musicais e, com isso, reagiriam de forma positiva ou negativa. Baseado nessa teoria, o produtor Mauricio Fedrizzi, proprietário do empreendimento Rio do Vento, em Caxias do Sul (RS), em 1998, tratou de colocar caixas de som para seus morangos e tomates no mais puro estilo rock’n roll. Seus frutos recebem tratamento vip com direito a musicoterapia. Mas anal o que é a musicoterapia? É um método onde o prossional de musicoterapia utiliza a música juntamente com seus elementos constituintes, como ritmo, melodia e harmonia, para tratar pacientes, a m de facilitar e promover a comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, além de outros objetivos terapêuticos. A técnica auxilia o paciente a desenvolver ou restaurar algumas de suas funções, para que ele possa alcançar uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou de tratamento. Aliar a musicoterapia ao cultivo das plantas não é tarefa fácil, porém, esta é uma técnica que já vem sendo estudada por especialistas que zeram experimentos com plantas e bebês para conhecerem suas reações de acordo com cada som de música. Foi comprovado que a música exerce forte inuência tanto em bebês, como em plantas e que isso pode modicar seu temperamento. Fedrizzi nunca fez nenhum tipo de ex perimento cientíco para comprovar que seus frutos se modicam com a música. Mas, como um empreendedor que busca a inovação, resolveu aplicar essa técnica contrariando artigos cientícos que defendem o
uso de música clássica no cultivo de plantas e passou a utilizar o rock’n roll, seguindo seu gosto pessoal. O ritmo marcante é uma iniciativa que deu certo e, hoje, seu empreendimento gera sucesso em grande proporção. “As mudas de morangos são importadas do Chile e cultivadas na mais pura água da chuva, o que é bom para a saúde e para o meio ambiente,” relata Fredizzi. Todo cuidado é necessário para que seus frutos cresçam harmoniosos, sadios e saborosos. Aliar a música com o cultivo de plantas é uma maneira rica e diferente de cultivo, despertando a atenção dos frequentadores do lugar.
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Fotos: Arquivo pessoal
EVENTOS DO SETOR
CONHECIMENTO E CULTURA NA FRUIT LOGÍSTICA DE BERLIM Um dos maiores eventos do mundo sobre horticultura é a Feira Fruit Logística, que ocorreu em Berlim, entre 9 e 11 de fevereiro de 2011 Por Laís Vanessa
Com o intuito da comercialização, o evento oferece uma exposição internacional e propicia o contato entre fabricantes, visitantes e produtores. Os produtos expostos são vendidos a preços de custo e atividades e amostras paralelas são oferecidas para ao setor de hortifruti. O Presidente da Associação Brasileira de Hidroponia, Ricardo Rotta, esteve presente nessa edição do evento. “Foi uma experiência fantástica, pois abre os nossos horizontes, fazendo com que percebamos como temos trabalho a ser feito no Brasil. O mundo está olhando com muita atenção para o nosso país. Com o 7º maior PIB mundial e o 5º em população com uma renda crescente, somos o foco das atenções. E lá, o assédio era grande depois que revelávamos a nossa origem aos expositores da feira,” relata Rotta. Ele conta que sempre teve o desejo de participar da feira e, neste ano, foi à convite de uma empresa holandesa
especializada em sementes para visitar sua unidade na Espanha e, assim, participar do evento que aconteceria em Berlim. No encontro, cujo intuito é expor ao mundo novas tecnologias, produtos e tudo que for relacionado ao mercado hortifruti, um dos setores de destaque foi o das sementes. “É visível o forte investimento feito por empresas do setor no melhoramento genético de sementes, criando novas variedades e melhorando o desempenho daquelas que já estão consagradas no mercado,” relata. As empresas participantes estão atentas à dinâmica do mercado e procuram cada vez mais estreitar os laços com o produtor. Assim, identicam quais são os pro dutores mais qualicados para aproveitarem ao máximo as características e variedades, mantendo alto valor agregado e fazendo jus aos altos investimentos feitos pela indústria.
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MIX DE NOTÍCIAS Produto chega para revolucionar a hidroponia
Hidroponia é utilizada em Angola em projeto social O governo de Luanda, buscando alternativas contra a fome e a miséria, lança mão de diferentes projetos sociais. Um, em especial, chama atenção de hidroponistas de todo mundo. O projeto de horticultura urbana e periurbana, desenvolvido pela Unidade Técnica de Luta Contra a Pobreza, realizou em março workshop com objetivo de reforçar a segurança alimentar dos moradores de Angola. No encontro, o especialista internacional em horticultura e tecnologias de micro-horta, César Marulanda, apresentou o tema “A organoponia e hidroponia no combate à fome e à pobreza, melhorando a segurança alimentar”, explicando que esses dois sistemas de cultivo são utilizados, com sucesso, em mais de 20 países há vários anos na América Latina, Caribe e África. Fonte: Angola Site
Foto: Acervo Embrapa Uva e Vinho
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Embrapa Uva e Vinho mantém projeto de morangos semi-hidropônicos Desde 2001, a Embrapa Uva e Vinho vem desenvolvendo na Serra Gaúcha e Vale do Caí (RS), em municípios como Flores da Cunha, Farroupilha, Bom Princípio e outros, o sistema semi-hidropônico de produção de morangos juntamente com produtores da região. “A iniciativa é mantida como forma de superar algumas das diculdades que a cultura apresenta, como a de fazer-se rotação de culturas em pequenas propriedades, o problema de doenças e pragas e os obstáculos para o trabalhador rural”, explica o Dr. Alexandre Hoffmann, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho na área de totecnia e supervisor da Área de Comunicação e Negócios (ACN) da unidade. Entre os resultados obtidos, estão a redução ou eliminação de tratamentos tossanitários, com maior segurança para o consumidor; viabilização do sistema, permitindo a produção independente do regime de chuvas; aprimoramento do sistema e a possibilidade de diferenciar o morango no mercado. “A produção ainda é pequena, mas tem se observado um avanço, na medida em que surgem novidades tecnológicas que facilitem a adoção, bem como restrições à oferta de morangos que não tenham plena segurança”, complementa Hoffmann.
Hydrodis é o nome do produto conceito da empresa Rigrantec, para manter tubulações limpas e plantas livres de risco de contaminação. De acordo com o engenheiro agrônomo Fernando Pfeiffer, assistente técnico comercial da Rigrantec, é o primeiro e único dispersante e inibidor por excelência, desenvolvido com a ajuda de selecionado grupo de usuários de fertirrigação e de hidroponistas. “É um líquido límpido, âmbar amarelo, com densidade de 1,20 g/cm3, devendo ser aplicado todas as vezes que for preparada a solução ou quando completada após a preparação. A dosagem recomendada é de 100 mililitros de Hydrodis por metro cúbico de calda. Em sistemas pouco ou muito incrustantes, a dosagem poderá ser alterada, mantendo a proporcionalidade. Em sistemas já incrustados é recomendável uma dosagem inicial de 150 mililitros,” explica. Para mais informações, acesse www.rigrantec.com.br ou ligue para (51) 3341-3225.
MIX DE NOTÍCIAS Tendência de mercado O mercado brasileiro de hortifruti tem como tendência a busca por produtos que ofereçam praticidade de conveniência e segurança alimentar, isto é, que sejam produzidos de acordo com as boas práticas agrícolas e com utilização responsável de agroquímicos e principalmente qualidade. Para atender essas exigências, a Seminis pesquisa e desenvolve produtos que buscam atender às necessidades de todos elos da cadeia de hortifruti, oferecendo soluções e produtos que atendam desde o pro-
dutor à mesa do consumidor. Dentre a linha de produtos podemos destaca-se a alface crespa SVR 2005, que apresenta vários benefícios para a época principal de cultivo e consumo (verão). Para o produtor: tem alto rendimento, diante de fortes chuvas/altas temperaturas, com ampla tolerância simultaneamente ao pendoamento precoce, a doenças de folhas baixeiras e à queima de bordos; boa vida de prateleira para supermercados e atacadistas; excelente rendimento para processadores; é crespa crocante para o consumidor. Outro destaque é a alface SVR 2755, do tipo romana, para plantio o ano todo é uma novidade para o consumidor brasileiro.
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