UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS ± CCHL DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA DESENVOLVIMENTO GERÊNCIAL
O MONGE E O EXECUTIVO RESENHA CRÍTICA
DANIEL ALVARENGA LIMA
Prof ª ª. Vanessa Alencar
JUNHO / 2011
O MONGE E O EXECUTIVO
Resumo da Obra
O livro trata da estória de John Daily, um homem aparentemente bem sucedido nos negócios, casado com uma bela mulher chamada Rachel e pai de dois filhos, porém presencia os negócios e a família aos poucos se desestruturando sem entender o porquê. Após sugestão de um Pastor e insistência da esposa John aceita participar de um retiro num Mosteiro, também sabendo que lá encontrará Leonard Hoffman, um ex-executivo de uma das maiores empresas dos estados unidos que abandonou tudo para se tornar frade, agora chamado de Simeão. Na primeira reunião Simeão explica a definição de liderança, diferenciando os conceitos de poder e autoridade. Ele explica que exercer poder é forçar as pessoas a realizar ações, mesmo que elas não queiram, e exercer autoridade é influenciar pessoas a ter vontade de realizar ações por respeito ao líder. Então define liderança como a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. Observa ainda que habilidade pode ser adquirida e desenvolvida por qualquer pessoa e influencia é base da autoridade e é conquistada pela confiança. Em sua segunda aula Simeão fala da importância de renovação de paradigmas, pois aquilo que era considerado uma verdade absoluta no passado, pode já não ser hoje. Demonstra através da inversão da pirâmide hierárquica, em que antes cada nível hierárquico era focado em atender as ordens dos níveis superiores, mas hoje, com a ponta da pirâmide para baixo o foco é atender as necessidades dos níveis hierárquicos inferiores até alcançar a satisfação máxima dos clientes. A partir daí conclui que líderes são servos, pois precisam sentir as reais necessidades dos liderados e não necessariamente seus desejos, para poder supri-las. A terceira aula é pautada sobre o conceito de que liderar é servir, que servir é baseado em sacrifícios e sacrifícios são provenientes do amor, mas não o amor sentimental e sim o amor ágape, que é definido pelo comportamento e escolhas, pois o amor leva a realizar ações com vontade para servirmos e sacrificarmo-nos pelos outros. Dessa forma exercemos autoridade e influência, e quando exercemos autoridade com as pessoas, é reconhecido o direito de sermos chamados de líderes. Na quarta aula Simeão definiu o amor como: Paciência - mostrar auto controle, pois o líder deve ser exemplo de comportamento; Bondade - dar atenção, apreciação e incentivo, pois é necessário ouvir as pessoas para entender suas necessidades; Humildade - ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância, pois para liderar é preciso pensar menos a respeito de si mesmo e mais nas necessidades da equipe; y
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Respeito - tratar as pessoas como se fossem importantes, pois todos realmente são importantes e merecem respeito; Abnegação - satisfazer as necessidades dos outros, mesmo que isso implique sacrificar suas próprias necessidades e vontades; Perdão - desistir de ressentimento quando enganado, pois é essencial ser aberto, honesto e direto em qualquer situação para ações eficazes; Honestidade - ser livre de engano e tornar as pessoas responsáveis esclarecendo suas expectativas; Compromisso - ater-se às suas escolhas, apesar dos sacrifícios necessários. Observa que é importante preparar o ambiente para o crescimento e sucesso das pessoas oferecendo-lhes sempre novos questionamentos e incentivos para seu desenvolvimento. Na quinta e última aula Simeão destaca que responsabilidade é alinhar as ações às boas intenções, que levam a vontade e a autoridade. É importância assumir as responsabilidades sobre as escolhas tomadas independentes das causas. Por fim, fala das recompensas principais, que é o bem estar pessoal e espiritual na vida profissional e famílias, além de saber que o verdadeiro líder faz parte das conquistas das pessoas e de suas vidas. y
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Resenha Crítica
A obra defende a administração baseada nas pessoas, em detrimento do excesso de racionalismo na administração, onde as pessoas são tratadas como recursos e não como pessoas. Todo individuo possui seus interesses e necessidades próprias, seja ele líder ou liderado, bem como qualquer organização também possui seus objetivos. O líder precisa alinhar todos estes interesses interligados, entendendo as principais necessidades de cada parte envolvida, inclusive ele mesmo. Assumir posições de liderança é difícil e exige reflexão sobre todos os pontos tratados na obra, considerados de suma importância para qualquer indivíduo. O maior cuidado realmente é reconhecer quando os interesses individuais estão se sobrepondo aos interesses dos liderados, o que pode ocasionar a perda de autoridade e consequente utilização do poder. A obra define então conceitos atuais e aplicáveis no mundo moderno, embora sempre seja necessário pesar os excessos, como em qualquer outra teoria.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
HUNTER, James C; O Monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança. Editora Sextante, Rio de Janeiro. 2004.