SEXAGEM DE KINGUIO A grande maioria dos Kinguios, independente da variante, pode ser sexada sem muita dificuldade, quando adultos (cerca de um ano de idade) e na época de reprodução Com indivíduos jovens ou mesmo fora da d a época de reprodução, é praticamente impossível. MACHO Normalmente é menor, mais magro. magro. Após 8 meses de idade podem apresentar tubérculos brancos (com aspecto de grãos de sal) no opérculo e nos primeiros raios das barbatanas peitorais. Em algumas cores é muito fácil de ver. O macho possui as nadadeiras maiores, mais ásperas e ásperas e mais largas. Macho persegue a fêmea (ou machos.) Seu órgão sexual não é saltado como o da fêmea. Tende a ser côncav côncavo. o.
FÊMEA Geralmente são maiores, mais volumosas, e na época da reprodução, quando as ovas amadurecem, o ventre fica mole e volumoso.
A fêmea possui fêmea possui nadadeiras mais nadadeiras mais arredondadas e curtas. Cloaca ligeiramente mais aberta e protuberante que o normal. Tende a ser convexo.
Preparação para a reprodução e precauções: A reprodução dos Kinguios não chega a ser algo muito difícil. Eles alcançam o ápice da capacidade de reprodução por volta dos dois anos de idade. Sua vida sexual pode estender-se até os 6 a 8 anos, sendo o melhor período entre os 3 a 4 anos para o macho e dos 2 a 3 anos para as fêmeas. São peixes de água fria. Os meses de outono e inverno são importantes para a formação de ovas das fêmeas e esperma do macho. Durante os meses de inverno, convém submeter os peixes à temperaturas bem mais baixas, pois a experiência demonstra que a reprodução ocorre logo nas melhores condições. Seria ideal permitir que a temperatura baixasse até os 14 ou 15 ºC, e ao chegar a primavera, ir incrementando a temperatura até os 24º C, que será o suficiente para desencadear o cortejo reprodutivo. . A época do ano mais adequada para efetuar a reprodução, é entre agosto e setembro, ou seja, começo da primavera, porém é possível adiantá-la a junho - julho, se se proporciona uma temperatura adequada. O processo se prolonga até fevereiro - março, entretanto é preferível não passar de novembro, para que o desenvolvimento dos alevinos se realize logo, nas melhores condições, antes de entrar no próximo inverno. Os elementos desencadeantes do ato sexual são o aumento da intensidade da luz solar e da duração do dia, assim como a elevação da temperatura da água, na primavera. Os adultos, em época de reprodução, ficam mais fáceis de diferenciar os sexos. Deverão ser escolhidos peixes com um corpo de uns 6 cm de comprimento como mínimo, apesar do tamanho não influenciar na qualidade da 1ª cria e sim na quantidade. Manutenção e cuidados com os peixes reprodutores Os peixes escolhidos para a reprodução, devem ser preparados já desde o outono, submetendo-os a uma dieta o mais variada possível. Alimento em flocos ou bolinhas, com alimentos vivos e sobretudo enriquecimento vegetal. Uma mistura de coração de boi, mexilhão e espinafre, tudo cozido e moído e depois congelado pode ser muito adequada. Isto é muito importante porque são peixes que podem adoecer se não tiverem na dieta um complemento vegetal. Privilegiar o uso de alimentos vivos. Pode optar-se por dar alimentos preparados uma vez e vivos duas vezes ao dia. Considera-se que o Carassius requer até 16 % do peso do corpo em alimentos ao começar a época da reprodução. Dado que os alimentos vivos produzem uma certa constipação, é aconselhável agregar um pouco de agar-agar. A água do aquário de reprodução Proporcionar água de excelente qualidade, com mudanças frequentes para evitar acúmulo de compostos nitrogenados. Quanto a qual água usar, é muito recomendável empregar a da chuva, recolhida meia hora depois de haver começado a chover. Desta forma, se eliminam os gases da poluição e o pó do ambiente. De jeito nenhum se utilizará a água que tenha passado por calhas ou canos zincados, pois poderia ter elementos tóxicos. Pode utilizar-se a água comum da torneira, porém depois de descansar por 48 horas, para que se desprenda o cloro que possa conter. É bom adicionar uma colher de sopa de sal grosso no aquário. Diariamente deverá ser reposta a água que tenha evaporado, utilizando para isso água de igual temperatura. A cada semana se trocará uns 20 % do volume do aquário por igual quantidade de água fresca, descansada por 48 horas. Condições para a reprodução O ambiente para a reprodução deve preferivelmente ser um aquário de 80 litros, com cerca de 15 a 25 cm de coluna de água. Calcula-se 20 litros de água para cada exemplar no mínimo. Não é conveniente o emprego de um aquário maior pois o esperma lançado pelo macho terá que percorrer grandes distâncias para alcançar os ovos e fertilizá-los, e muitos deles ficariam estéreis.
O aquário debe ter agua limpa, com um bom sistema de filtragem (filtro de esponja acionado por compressor de ar) que não agite muito a água. Remover outros peixes, substratos, enfeites. Se a fêmea ficar roçando em plantas, pode estimular a desova das fêmeas em momento errado. Mantenha a temperatura entre 20ºC e 25ºC graus. Prepare também um recipiente para receber os ovos a serem eclodidos. Esse reservatório deverá ter no mínimo uns 20 a 25 litros e não mais que 20 centímetros de coluna de água. Este reservatório deverá estar com água limpa, velha (pelo menos 5 dias), rica em oxigênio, sem predadores, e com a temperatura regulada em 21ºC. É bom tomar sol pela manhã. É preferível usar reprodutores de 2 anos ou mais. Identificar os machos e fêmeas. Se as fêmeas ficam juntas, a dominante inibe a reprodução das outras. Alguns criadores defendem que machos e fêmeas devem ficar separados por 20 dias, até começarmos a tentar a reprodução, outros dizem que mantê-los juntos é melhor. Podem-se deixar machos e fêmeas separados por uma tela ou divisória de vidro na metade do tanque, para sentirem a presença um do outro. Esta divisória não deverá ser colocada muito tarde, pois a presença do macho pode provocar uma desova prematura, em uma época não conveniente. Na ocasião de fazer o acasalamento, tirar a divisória. Se já tem os sexos separados, coloque um reprodutor por fêmea; se a fêmea for muito grande, 2 machos por fêmea. Usa-se colocar algumas plantas flutuantes, como Aguapés, Alface Dágua, Elódea, Cabomba ou semelhantes, ou então os KAKABANS, onde os ovos vão aderir após a postura, além de servir com um ponto de refúgio. A iluminação deverá ser fraca, sendo conveniente que o aquário receba os primeiros raios de sol pela manhã.
O kakaban acima foi confeccionado com uma tela de plástico (20 x 20 cm), com fitilhos verdes de 20 cm de comprimento, trançados de forma a compor 3 fileiras e 3 colunas.
Cortejo reprodutivo e desova A postura pode ocorrer o ano todo, mas é sabido que os Kinguios preferem se reproduzir durante a primavera, pela temperatura mais amena dessa estação. Deve-se levar em conta que a diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido na água (à medida que aumenta a temperatura) atua retardando a postura. Aumentar a ventilação também estimula. Emprega-se aeração artificial muito suave e mais horas de luz, com a finalidade que os peixes comam mais do que o normal (comida "viva" e vegetais, porém não comida em pó, que polui a água). A água pura ajuda o peixinho ter mais energia. Mudar 20% da água todos os dias para remover os resíduos resultantes dos alimentos extras. O processo é iniciado pela fêmea. Ela envia feromônios para deixar o peixe macho sabe que é hora de se preparar para a reprodução. Isso estimula a produção de esperma. Quando se nota interesse do macho pela fêmea que está do outro lado da divisória, o que ocorre normalmente 3 dias depois, se retira a divisória nas primeiras horas da manhã e nota-se que o macho começa a perseguir a fêmea, empurrando-a de forma vigorosa para as plantas, golpeando-lhe o ventre com a cabeça. Outras vezes se produzem vários intentos falsos e o verdadeiro acasalamento 2 a 3 dias depois. Você pode forçar uma reprodução artificialmente, dando um choque térmico na água da seguinte maneira: faça uma troca parcial de água à noite introduzindo água com uma temperatura inferior a
recomendada (18 ºC, não menos que isso, ou inibe a reprodução) e baixe o nível da água a uns 15 cm. Regule o termostato para a temperatura perto de 20ºC que é a temperatura ideal para esse processo. Feito isso é só aguardar.
A desova Quando se acharem prontos, o macho vai começar a perseguir a fêmea, a partir da madrugada, durando até a manhã seguinte, no que é chamado de “ritual de postura”. A desova terá lugar na manhã seguinte, normalmente finalizando por volta das 8 horas. Raramente o processo se prolonga até o meio dia, consumindo geralmente de 2 a 5 horas. Quando começa o cortejo, a fêmea fica na parte mais funda do aquário. O macho, tomado de grande excitação empurra a fêmea para a superfície da água, forçando levemente seu abdômen, e ela começa a soltar os ovos em pequenos grupos (cerca de 20 ovos) que são rapidamente fertilizados pelo macho e se fixam nas plantas. A desova pode ser de dez a mil ovos. É recomemdavel todas as manhãs verificar os águapés ou kakabans e ver se eles estão com ovos. Normalmente os ovos aderem na primeira superfície que encontram, isso pode ser nas raízes das plantas (o mais comum), o vidro e/ou no fundo do aquário. Aproximadamente depois de uma hora de finalizada a postura e efetuada a fertilização, deverá retirar os aguapés com a desova, ou os pais irão comer os ovos. O processo de desova pode produzir-se várias vezes durante a estação, praticamente cada mês, porém a primeira vez é a mais abundante. Um peixe de 15 cm pode desovar uns 2000 a 5000 ovos em sua primeira primavera, porém geralmente na média não passa de 300 a 600. Se se pensa obter outra postura durante a mesma estação, terá que separar os país, repetir todos os procedimentos, e juntá-los novamente dentro de 30 dias, depois de uns dias de repouso e boa alimentação. Eclosão Terminado esse processo, os ovos devem ser coletados com cuidado e colocados em separado, num reservatório com “água velha” (que esteja lá por no mínimo uns 5 dias) e principalmente na mesma temperatura do aquário de postura (20ºC). Esse reservatório deverá ter no mínimo uns 20 a 25 litros e não mais que 20 centímetros coluna de água. Um aquário de 80 litros acomoda bem de 500 a 750 ovos. O tanque deverá ser colocado em um local com muita iluminação e sem correntes de ar. Após colocar os ovos ali, aumente bem devagar a temperatura em 1 oC (UM GRAU) , deixando-a o mais estável possível em 21ºC. Ovos eclodem melhor em uma água rica em oxigênio. É aconselhável preferir a filtragem feita por um filtro de espuma acionado por um compressor a ar, pois assim não teremos problemas com sucções de filhotes. Coloque-a junto a superfície de modo a não agitar muito a água. Ovos nesse período tendem a sofrer ataque de fungos, por mais limpa que esteja a água. Dosar uma pequena quantidade de AZUL DE METILENO nessa água é muito bom para evitar isso. Uma dosagem de 1 gota para cada 3 litros de água é suficiente. Manter essas condições estáveis (principalmente a temperatura), por três dias, para acontecer a eclosão. A Eclosão ocorre num período de 40 hs, dependendo da temperatura, quanto mais quente for mais rápido será o nascimento, mas não deixe a água superior a 28°C. Os alevinos de Kinguos são relativamente grandes (meio centímetro), nascem com um grande saco vitelínico, alimentando-se deles por 2 dias. Durante esse período permanecem aderidos às paredes do aquário e às folhas das plantas, e não se afastam destas zonas do aquário. Alimentação dos alevinos À partir do terceiro dia de vida, quando já consumiram o saco vitelínico, começam a buscar alimentos externos. Deve-se iniciar sua alimentação, à base de infusórios. Depois de 2 semanas podem aceitar presas maiores e devem ser dados náuplios de artêmia salina e gema de ovo cozida e finamente moída.
Essa alimentação será a mesma até completar 20 dias, após isso pode se dar rações em pó destinadas a alevinos. Não devemos esquecer da manutenção da água que deve começar após os alevinos completarem 20 dias de vida e passarem a receber alimentos diferentes.
Alevino recém eclodido, com saco vitelino.
Alevino com dois dias, já consumiu o saco vitelino.
Alevino com 12 dias, ainda transparente. Desenvolve as nadadeiras.
Alevino de 28 dias. As escamas crescem. Deixa de ser transparente.
Alevino com quatro dias. Nada em busca de alimento.
Alevino de 16 dias
Alevino já formado aos 40 dias.