2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57.
A beleza do ponteio A caneta e a enxada A capa do viajante A carta do do pracinha A casa A coisa ficou bonita A coisa tá feia A dama de vermelho A ferro e fogo A força do perdão A fronha A gaivota A grande cilada A majestade o pagode A mão do tempo A mato-grossense A moda da mula preta A morte do carreiro A noiva do meu bairro A saudade continua A sereia e o nego d’água A vaca já foi pro brejo A viola do Zé A viola e o violeiro A volta do boiadeiro A volta do caminheiro A volta que o mundo dá Adeus minha mocidade Adeus morena, adeus Adeus São Paulo Águia do peito cinzento Altar de amores Amargurado Ambiciosa Amigo sincero Amor distante Amor e felicidade Amor e saudade Amores perdidos Ana Rosa Anel de noivado Ano 2000 Aparecida do Norte Apartamento 37 Arapó Arrependida Arroz a carreteiro As andorinhas Assim é meu sertão Até quinta feira Ato de bravura Ave mensageira Avião das nove Azulão do reino encantado Baiano no coco Baldrana macia
58. Bandeira branca 59. Barbaridade 60. Barco de papel 61. Barra pesada 62. Berrante de Madalena 63. Berrante de ouro 64. Besta Ruana 65. Bi campeão mundial 66. Bica d’água 67. Bicho bom 68. Blusa vermelha 69. Boi amarelinho 70. Boi araça 71. Boi de carro 72. Boi Soberano 73. Boiada cuiabana 74. Boiadeiro de fama 75. Boiadeiro de palavra 76. Boiadeiro errante 77. Bom de bico 78. Bom demais 79. Bom Jesus de Pirapora 80. Bombardeio 81. Boneca cobiçada 82. Brasil caboclo 83. Burro picaço 84. Buscando a felicidade 85. Cabelo de trança 86. Cabelo loiro 87. Cabo Mesquita 88. Cabocla 89. Cabocla Teresa 90. Caboclo decidido 91. Caboclo na cidade 92. Caçador 93. Caçador do Ivinhema 94. Caçando e pescando 95. Cachaceiro 96. Cachorro amigo 97. Cálix bento 98. Caminheiro 99. Caminho do céu 100. Campeão do pealo 101. Cana verde 102. Canarinho do peito amarelo 103. Canarinho prisioneiro 104. Canarinho tá chorando 105. Canção do soldado 106. Canoeiro 107. Canoeiro apaixonado 108. Capiau 109. Capricho do destino 110. Carreta da fronteira 111. Carro de boi 112. Carta 113. Carteiro
114. 115. 116. 117. 118. 119. 120. 121. 122. 123. 124. 125. 126. 127. 128. 129. 130. 131. 132. 133. 134. 135. 136. 137. 138. 139. 140. 141. 142. 143. 144. 145. 146. 147. 148. 149. 150. 151. 152. 153. 154. 155. 156. 157. 158. 159. 160. 161. 162. 163. 164. 165. 166. 167. 168.
Casado fugido Castelo de amor Castelo de areia Catimbau Cavalinho de pau Cavalo Enxuto Cavalo Preto Cavalo Zaino Cerne de aroeira Chalana Chão preto Chave de apartamento Chega de sujeira Cheiro de relva Chico Mineiro Chico Mulato Chitãozinho e Xororó Chora viola Cochilou o cachimbo cai Colcha de retalhos Com Deus na frente Começo do fim Como eu chorei Comparação Confiança Cortando o estradão Couro de boi Cruel destino Cruz pesada Cruz pesada Cuitelinho Curitibana De amor para quem te ama Degrau da fama Depois que a Rosa mudou Desde que te vi Destino de caboclo Destinos iguais Desventura Deus te pague Dever de um médico Devolva a passagem Disco voador Ditado sertanejo Do Iapoque ao chuí Do mundo nada se leva Dona Jandira Dona saudade Duas cartas É fogo É isso que o povo quer Em tempo de avanço Empreitada perigosa Encantos da natureza Engano do carteiro
2
A beleza do ponteio
( TIÃO CARREIRO / CAPITÃO FURTADO )
Pagode || E7 | % | % | % | % | % | % | % | % | % || E7
Muita gente me pergunta se eu nasci em Juiz de fora Barbacena ou Lafaiete, Ouro Preto ou Pirapora Com toda sinceridade vou esclarecer agora Pode ver que está na casa que eu sou puro mineiro Cidade de Montes Claros é o meu torrão verdadeiro O meu pai já me ensinava a cantiga do carreiro A
E7
A
E7
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar A
E7
A
E7
introdução
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar E7
Quanto mais cantava o carro eu ficava mais contente Eu ainda era um cargueiro o guia que vai na frente E as vezes eu pensava numa vida diferente Mesmo meu pai me dizendo ser carreiro é sua sina Cismei em ser garimpeiro e rumei pra Diamantina Ainda lembro a cantiga que cantava lá na mina B7
E
A
B7
E
B7
E
A
B7
E
Esta cata está funda vão descendo de vagar um escora e outro segura pra ninguém se machucar B7
E
B7
E
B7
E
B7
E
introdução
Tindê, tindá, Tindê, tinpá, Tindê, tindá, Tindê, tinpá E7
Eu fui pra Belo Horizonte já não era mais menino Quando eu fiz dezoito anos vi chegar o meu destino Fui sorteado pra servir no quartel de ouro fino Mas agora felizmente vejo meu Brasil inteiro E já sabem ver beleza no ponteio do violeiro Hoje eu lembro com saudade do meu tempo de carreiro A
E7
A
E7
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar A
E7
A
E7
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar
introdução
2
A beleza do ponteio
( TIÃO CARREIRO / CAPITÃO FURTADO )
Pagode || E7 | % | % | % | % | % | % | % | % | % || E7
Muita gente me pergunta se eu nasci em Juiz de fora Barbacena ou Lafaiete, Ouro Preto ou Pirapora Com toda sinceridade vou esclarecer agora Pode ver que está na casa que eu sou puro mineiro Cidade de Montes Claros é o meu torrão verdadeiro O meu pai já me ensinava a cantiga do carreiro A
E7
A
E7
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar A
E7
A
E7
introdução
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar E7
Quanto mais cantava o carro eu ficava mais contente Eu ainda era um cargueiro o guia que vai na frente E as vezes eu pensava numa vida diferente Mesmo meu pai me dizendo ser carreiro é sua sina Cismei em ser garimpeiro e rumei pra Diamantina Ainda lembro a cantiga que cantava lá na mina B7
E
A
B7
E
B7
E
A
B7
E
Esta cata está funda vão descendo de vagar um escora e outro segura pra ninguém se machucar B7
E
B7
E
B7
E
B7
E
introdução
Tindê, tindá, Tindê, tinpá, Tindê, tindá, Tindê, tinpá E7
Eu fui pra Belo Horizonte já não era mais menino Quando eu fiz dezoito anos vi chegar o meu destino Fui sorteado pra servir no quartel de ouro fino Mas agora felizmente vejo meu Brasil inteiro E já sabem ver beleza no ponteio do violeiro Hoje eu lembro com saudade do meu tempo de carreiro A
E7
A
E7
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar A
E7
A
E7
Por isso mesmo eu não quero carrear o carro vira e o carreiro vai sambar
introdução
3
A caneta e a enxada
( CAPITÃO BALDUÍNO / TEDDY VIEIRA )
Toada || D7 | % | G | % | D7 | % | G | % ||
Uma vez uma caneta foi passear lá no sertão Encontrou-se com uma enxada fazendo uma plantação A enxada muito humilde foi lhe fazer saudação Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão G
D7
C
G
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim não D7
C
G
Você tá suja de terra de terra suja de chão A
A7
D
Sabe com quem tá falando veja a sua posição C
D
D7
G
introdução
E não esqueça a distância da nossa separação G
D7
C
G
Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião D7
C
G
Eu escrevo pros governos a lei da constituição A
A7
D
Escrevo em papel de linho pros ricaços e pors barão C
D
D7
G
introdução
Só ando na mão dos mestres nos homens de posição G
D7
C
G
A enxada respondeu de fato eu vivo no chão D7
C
G
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão A
A7
D
Eu vim no mundo primeiro quase no tempo de Adão C
D
D7
G
Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução G
D7
C
G
Mas que caneta orgulhosa vergonha da geração D7
C
G
A tua alta nobreza não passa de pretensão A
A7
D
Você diz que escreve tudo tem uma coisa que não C
D
D7
G
É a palavra bonita que se chama educação
introdução
4
A capa do viajante
( JACOZINHO / PIRACÁIA )
Cateretê || G | D7 | % | G | % | D7 | % | G || G
D
C
G
Vou contar o que aconteceu isto é pura verdade C
G
D7
G
Que um moço que viajava gostava da vaidade A
D
Numa véspera de domingo ele chegou numa cidade G
D
G
Foi no clube dançar baile aproveitar da mocidade D
G
D7
G
Encontrou com uma mocinha os dançaram a vontade G
D
C
G
C
introdução
G
D7
G
Antes do galo cantar regulava onze horas a moça falou pra ele eu preciso ir embora A
D
G
D
G
A noite tá chuviscando mas a sua capa escora você vai junto comigo os dois saíram pra fora D
G
D7
introdução
G
Saíram de braços dados na rua contando história G
D
C
G
C
G
D7 G
Chegaram lá na avenida fizeram a separação ela foi pra casa dela e ele foi pra pensão A
D
G
D
G
E deixou seu endereço sobrescrito no cartão levou a capa do moço só pra dar demonstração D
G
D7
G
introdução
Que ela já era morta tava livre da ilusão G
D
C
G
C
G
D7
G
No outro dia bem cedo levantou foi procurar a casa do pai da moça custou muito pra ele achar A
D
G
D
G
Bateu palma no portão o velho mandou entrar e sentou numa cadeira e pegaram conversar D
G
D7
G
introdução
Perguntou da sua filha o velho pegou chorar G
D
C
G
C
G
D7
G
A minha filha caçula se chamava Aparecida tá fazendo muito tempo que ela foi falecida A
D
G
D
G
Morreu foi pro cemitério e já foi pra outra vida o moço falou pro velho com a voz meia tremida D
G
D7
introdução
G
Ontem eu estive com ela passeando na avenida G
D
C
G
C
G
D7
G
O velho falou pro moço você não quer acreditar nós vamos no cemitério que eu quero lhe mostrar A
D
G
D
G
A sepultura da filha só pra ver que jeito tá o moço saiu com ele foram andando devagar D
G
D7
G
Chegaram no cemitério a capa dele tava lá
D7 G ||
5
A carta do pracinha
( ZÉ PAIOÇA / ZÉ CAPOEIRA )
Toada || C# | B | F# | % | C# | B | F# | % || 4 vezes enquanto se declama
Na guerra, daquelas fortes metralhas, na encarniçada batalha Muitos homens vão tombando e é nesta mesma guerra, bem longe de sua terra Que um pracinha está lutando. E no campo de perigo não temia o inimigo O pracinha ia avançando, ao passar de uma trincheira uma bala certeira Atinge o pobre pracinha que caído no capim compreende que é seu fim E lembra de sua mãezinha, com fervor e muita fé num pedaço de papel Foi escrevendo estas linhas. F#
C#
Todas cartas até agora que eu escrevi pra senhora levou somente alegria B
F#
Ao escrever que beleza não pensava que a tristeza lhe magoasse um certo dia F#7
B
C#
F#
C#7
F# C# | B | F#
Mas veja só minha sorte eu vim encontrar com a morte não tenho mais serventia F#
C#
Sei mãezinha estou deitado por uma bala varado eu sei que me vou agora B
F#
Mas com meu amor profundo não quero ir pro outro mundo sem despedir da senhora F#7
B
C#
F#
C#7
F# C# | B | F#
Vai meu último abraço por causa de um balaço deste mundo eu vou embora F#
C#
Minha mão está a tremer não posso mais escrever adeus minha mãe querida B
F#
Aqui será meu enterro perdoai todos meus erros se eu a magoei na vida F#7
B
C#
F#
C#7
F#
Os meus colegas me chamam minhas lágrimas derramo é a minha despedida F#
C#
Vejo um caminho estreitinho todo cercado de espinho parece o raiar da aurora B
F#
Vejo uma nuvem e um véu se eu chegar até o céu bem lá no reino da glória F#7
B
C#
F#
C#7
F#
Pedirei neste segundo um lugar pras mães do mundo junto com Nossa senhora
C# | B | F#
6
A casa
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS / MOACYR DOS SANTOS )
Pagode || B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E || E
B7
E
Fiz uma casa gostosa e também muito bacana B7
Tijolo da minha casa de rapadura baiana O encanamento da casa eu fiz de cana caiana A
B7
E
Instalação de cambuquira e as torneiras de banana B7
E
B7 | E | B7 | E
Ajuntei favos de mel fiz as portas e venezianas E
B7
E
Os caibros e as vigotas eu fiz tudo com torrão B7
Os pregos eu fiz de cravos e as ripas de macarrão Também fiz a caixa d’água inteirinha de melão A
B7
E
No lugar que vai concreto botei tutu de feijão B7
introdução
E
Cobri toda minha casa com alface e almeirão E
B7
E
O estuque da minha casa fiz tudo com goiabada B7
Rodapé fiz de bolacha e os tacos com cocada O azulejo da casa pedaço de marmelada A
B7
E
Assentei com chantily rejuntei com bananada B7
E
B7 | E | B7 | E
Botei focinho de porco no lugar que vai tomada E
B7
E
Reboquei a casa inteira com creme de abacate B7
Também fiz o cimentado na base do chocolate A
B7
E
A luz eu fiz de ameixa e o globo de tomate Preparei a tinta boa caprichei no arremate B7
E
Minha casa foi pintada com groselha e chá mate E
B7
introdução
E
O nosso custo de vida dia a dia só piora B7
Se a fome me apertar tem a casa que me escora Eu convido as crianças e também minha senhora A
B7
E
Nós passa a casa pro bucho no prazo de poucas horas B7
E
A casa fica por e dentro e nós vamos ficar por fora
B7 | E ||
7
A coisa ficou bonita
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Pagode || B7 | % | E | % | B7 | % | E | B7 | E || E
B7
E
Sofria sem esperança a população aflita B7
A inflação furava o povo com sua espada esquisita A
A E A
Caiu do céu um governo trazendo força infinita B7
E
O preço foi congelado quase ninguém acredita B7
E
O Brasil ficou na ponta de alegria o povo grita A
A E A
Presidente do pé quente chegou na hora bendita B7
E
introdução
A coisa que estava feia agora ficou bonita E
B7
E
Presidente e seus ministros capricharam na escrita B7
Pacotão veio bonito vejam só a cor da chita A
A E A
Amarelo, verde, branco, azul bandeira que agita B7
E
O sofrimento do povo meu governo agora evita B7
E
Quem anda dentro da seda respeita quem veste a chita A
A E A
Presidente do pé quente chegou na hora bendita B7
E
introdução
A coisa que estava feia agora ficou bonita E
B7
E
Recebeu um cruzado forte aquela inflação maldita B7
Já fizeram seu enterro e ela não ressuscita A
A E A
Já botou café na mesa pra família e pra visita B7
E
Excelência agora peço quero que o senhor permita B7
E
Presidente não congele beijo de mulher bonita A
A E A
Presidente do pé quente chegou na hora bendita B7
E
A coisa que estava feia agora ficou bonita
B7 | E ||
8
A coisa tá feia
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Pagode || E | % | B7 | % | E | % | B7 | % | E | B7 | E || E
B7
E
B7
E
Burro que fugiu do laço tá debaixo da roseta quem fugiu de canivete foi topar com baioneta A
B7
Já está no cabo da enxada quem pegava na caneta quem tinha a mãozinha fina foi parar na picareta E
B7
E
B7 E
Já tem doutor na pedreira dando duro na marreta F#
B7
A coisa tá feia, a coisa tá preta E
B7
E
introdução
Quem não for filho de Deus tá na unha do capeta E
B7
E
B7
E
Criança na mamadeira já está fazendo careta, até o leite das crianças virou droga na chupeta A
B7
Já está pagando o pato até filho de proveta, mundo velho é uma bomba girando neste planeta E
B7
E
B7 E
Qualquer dia bomba estoura é só relar na espoleta F#
B7
A coisa tá feia, a coisa tá preta E
B7
introdução
E
Quem não for filho de Deus tá na unha do capeta E
B7
E
B7
E
Quem dava caixinha alta já está cortando a gorjeta , já não ganha mais esmola nem quem anda de muleta A
B7
Faz mudança na carroça quem fazia na carreta, colírio de dedo duro é pimenta malagueta E
B7
E
B7 E
Sopa de caco de vidro é banquete de cagüeta F#
B7
A coisa tá feia, a coisa tá preta E
B7
E
introdução
Quem não for filho de Deus tá na unha do capeta E
B7
E
B7
E
Quem foi o rei do baralho, virou trouxa na roleta, gavião que pegava cobra, já foge de borboleta A
B7
Se o Picaço Fosse vivo ia pintar tabuleta, bezerrada de gravata que se cuide e não se meta E
B7
E
B7 E
Quem mamava no governo agora secou a teta F#
B7
A coisa tá feia, a coisa tá preta E
B7
E
Quem não for filho de Deus tá na unha do capeta
B7 E
9
A dama de vermelho
( ADO BENATTI / JECCA MINEIRO )
Bolero || A | E | B7 | E || E
G#m
C#m
F#m
Garçom, olhe pelo espelho a dama de vermelho que vai se levantar B
A
B7
E
Note que até a orquestra fica toda em festa quando ela sai pra dançar E
G#m
C#m
F#m
Essa dama já me pertenceu e o culpado fui eu da separação B
A
B7
E
E ho je choro de ciúmes, ciúmes do perfume que ela deixa no salão B7
E
Garçom amigo, apague a luz da minha mesa B7
E
Eu não quero que ela note em mim tanta tristeza B7
E
Traga mais uma garrafa hoje eu vou me embriagar B7
E
Quero dormir para não ver outro homem lhe abraçar B7
E
Garçom amigo, apague a luz da minha mesa B7
E
Eu não quero que ela note em mim tanta tristeza B7
E
Traga mais uma garrafa hoje eu vou me embriagar B7
E
Quero dormir para não ver outro homem lhe abraçar
introdução
10
A ferro e fogo
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS / MOACYR DOS SANTOS )
Pagode || B7 | % | % | % | % | % | % | % | % || B7
Venho de terras distantes, por estrada perigosa Vendo a morte toda hora na tocaia criminosa E
Encontrando a cada passo só serpente venenosa F#
B7
F#
B7
introdução
Caminho cheio de espinho mas a viagem é vitoriosa B7
No meio de ferro e fogo a luta é deliciosa Bala bate no meu peito e vira medalha ou rosa E
Se alguém me atira pedra faço vira uma rosa F#
B7
F#
B7
Quanto mais tombo eu caio acho a vida mais gostosa
introdução
B7
Viola minha viola nós estamos em perigo Querem distruir você querendo acabar comigo E
A guerra está declarada mas a vitória eu consigo F#
B7
F#
B7
Quanto mais perto da morte mais bonito ainda eu brigo
introdução
B7
A viola e o violeiro vão ganhar este duelo Eu não nasci pra ser prego eu nasci pra ser martelo E
Nesta cantoria encerro tudo o que há de mais belo F#
B7
F#
B7
Eu brigo pra defender o nosso verde e amarelo
introdução
11
A força do perdão
( TIÃO CARREIRO / ARI GUARDIÃO )
Cururú || E | B7 | E | B7 | E || B7
E
B7
E
Quando escuto alguém contando mais um caso de assaltante B7
E
B7
Lembro um fato há muito tempo que recordo nesse instante A
E
Pobre mãe banhada em pranto numa cena emocionante B7
E
introdução
Pedia ao médico que salve o seu filho agonizante B7
E
B7
E
O doutor um dia antes tinha sido assaltado B7
E
B7
Em legitima defesa lutou tão desesperado A
E
O ladrão com a própria arma acabou sendo baleado B7
introdução
E
O doutor saiu com a vida porém muito machucado B7
E
B7
E
Mas o médico bondoso sem medir dificuldade B7
E
B7
Foi prestar o seu socorro por dever de humanidade A
E
Pela estrada lamacenta tão distante da cidade B7
E
introdução
Parecia até loucura enfrentar a tempestade B7
E
B7
E
Viu num rancho com surpresa que o ferido era o ladrão B7
E
B7
Mas curou o assaltante que fez essa confissão A
E
Ao doutor de corpo e alma devo a minha salvação B7
E
Mais forte do que o ódio é a força do perdão
introdução
12
A fronha
( ANACLETO ROSAS JR. / BELMONTE )
Huapango
|| introdução solo requinto || F#
C#7
F#
A fronha do meu travesseiro está molhada de amargo pranto C#7
Só meu coração que sabe porque motivos estou chorando B
F#
Nesta tarde de amargura ouço as pombinhas cantando ao longe C#7
F#
Parece que estão dizendo que meu sofrimento ninguém corresponde C#7
Cucurucucu, pombinhas porque cantam F#
Aumentando assim o meu padecer C#7
Se o meu amor não quis compreender F#
F# | C#7 | % | F# | F#7 | B| C#7 | F# | C#7 F# ||
Este coração que vive a sofrer C#7
Cucurucucu, pombinhas porque cantam F#
Aumentando assim o meu padecer C#7
Se o meu amor não quis compreender F#
Este coração que vive a sofrer
13
A gaivota
( LÉO CANHOTO )
Guarânia || G | % | % | D7 | % | % | % | G || G
D7
Levantei-me um dia bem cedo pra ver lá na praia minha namorada G
Eu cheguei quando o sol já nascia só vi seu rastinho na areia molhada G7
C
Avistei uma carta escrita jogada na areia que ela deixou G
D7
G
introdução
Quando fui apanha-la pra ler a onda do mar a carta levou G
D7
Eu pulei sobre as ondas furioso pra pegar a carta que a onda arrastou G
De repente veio uma gaivota voando baixinho e a carta levou G7
C
Eu voltei lá na praia pra ver o sinal dos teus pés que na areia ficou G
D7
G
D
Eu chorei quando vi que a onda ao bater na praia seu rastro apagou D
C
D7
G
Todos os dias eu volta pra praia pra ver se meu bem espera por mim G7
C
D7
G
Porém só ve jo a malvada gaivota voando baixinho cantando assim
introdução
14
A grande cilada
( LOURIVAL DOS SANTOS / TIÃO CARREIRO / ARLINDO ROSAS )
Pagode || E | % | B7 | % | E | % | B7 | % || E
B7
E
Malandro de muita arte que roubou a vida inteira B7
E
Parecia homem de Marte, lambari da corredeira F#
B7
B F# B
Embrulhou por toda parte a polícia Brasileira A
E
Parecia o Malazarte, carregou água em peneira B7
E
Um rato de muita arte sem cair na ratoeira F#
B7
E
Malandro pintou o sete, fez ponta de canivete virar bico de chaleira E
B7
introdução
E
Era liso igual quiabo não falhava o truque seu B7
E
Soldado, sargento e cabo na poeira se perdeu F#
B7
B F# B
Pegou gato pelo rabo e como lebre vendeu A
E
Embrulhou até o diabo que na frente apareceu B7
E
Era um cascavel dos brabos bote errado nunca deu F#
B7
E
Malvado e desumano, embrulhou até cigano que com ele se envolveu E
B7
introdução
E
Na capital de São Paulo o malandro apareceu B7
E
E dando uma de galo a mão no peito bateu F#
B7
B F# B
Para pisar no meu calo quero ver quem que nasceu A
E
Não vou cair do cavalo, rei dos malandros sou eu B7
E
Não pode cair no pealo quem com classe aprendeu F#
B7
E
Os delegados só prendem malandros que não entendem que não foi aluno meu E
B7
E
Vestido de militar mulher rica conseguiu B7
E
Hoje vou me casar até o padre vai cair F#
B7
B F# B
Não era flor de cheirar o padre que estava ali A
E
Você não é militar a tempo te persegui B7
E
Aqui nos pés do altar sua fama vai cair F#
B7
Você e um malandro otário eu também não sou vigário E B7 E
Sou o delegado Fleuri
introdução
15
A majestade o pagode
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Pagode || E7 | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % || E7
O meu primeiro pagode uma bomba que explodiu Foi o pagode em Brasília que até hoje não caiu B
Nasceu no som da viola está no som do pandeiro B7
E
Lá na casa do ibope fala o pagode primeiro A
A E7 A
Nasceu em Três Corações aquele que é o rei da bola E
B7
E
B7
E
B7 | E
Rei do pagode nasceu no braço desta viola
introdução
E7
Meu pagode é um rochedo é pedreira que não rola Quem diz que o pagode cai tá doente da cachola B
Querendo tirar a pinta que tem na pena da angola B7
E
O pagode verdadeiro tem que ter som de viola A
A E7 A
Nasceu em Três Corações aquele que é o rei da bola E
B7
E
B7
E
B7 | E
Rei do pagode nasceu no braço desta viola E7
Meu pagode está tinindo no salão e no terreiro Tá na boca do caboclo tá no pé do batuqueiro B
Eu já tô desconfiado que até Deus é pagodeiro B7
E
Carnaval é quatro dias meu pagode é o ano inteiro A
A E7 A
Nasceu em Três Corações aquele que é o rei da bola E
B7
E
B7
E
Rei do pagode nasceu no braço desta viola
B7 | E
introdução
16
A mão do tempo
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Cateretê || F# | B || B
F#
A solidão do meu peito o meu coração reclama B
Por amar que está distante e viver com quem não ama E
F#7
Eu sei que você também da mesma sina se queixa B
F# | B | F# | B | F# | B |
Querendo viver comigo mas o destino não deixa B
F#
Que bom se a gente pudesse arrancar do pensamento B
E sepultar a saudade na noite do esquecimento E
F#7
Mas a sombra da lembrança é igual a sombra da gente B
F# | B | F# | B | F# | B |
Pelos caminhos da vida ela está sempre presente B
F#
Vai lembrança e não me faça querer um amor impossível B
Se o lembrar nos faz sofrer esquecer é preferível E
F#7
O que adianta querer bem alguém que já foi embora B
F# | B | F# | B | F# | B |
É como amar uma estrela que foge ao romper da aurora B
F#
Arranque da nossa mente horas distante vividas B
Longas estradas que um dia foram por nós percorridas E
F#7
Apague com a mão do tempo os nossos rastos deixados B
Como flores que secaram no chão do nosso passado
F# | B ||
17
A mato-grossense
( ZACARIAS MOURÃO / FLOR DA SERRA )
Rasqueado || B7 | % | E | E7 | A | B7 | E || E
B7
Fui conhecer o belo Mato Grosso E
Lá encontrei o meu primeiro amor E7
A
Sinceramente o que me deixa triste B7
E
introdução
É viver longe dessa linda flor B7
Esta morena tem a cor de jambo E
É fascinante até no olhar E7
A
Quando eu me lembro da mato-grossense B7
E
Meus olhos ficam querendo chorar B7
E
Bate, bate coração vai batendo sem cessar E7
A
B7
E
Maltratando o meu peito amigo já cansado de tanto chorar E
B7
Não posso esquecer não posso E
Não posso esquecer assim E7
A
Foi na sombra de um pé de cedro B7
E
Que ela jurou pra mim B7
Vai e volta cantando saudade E
Cancioneiro do meu coração E7
A
Que em Coxim estarei lhe esperando B7
E
Para a festa da eterna união
introdução e refrão
refrão 2 vezes
18
A moda da mula preta
( RAUL TORRES )
Cateretê || A | % | % | E7 | % | % | % | A | E7 | A || A
E7
Eu tenho uma mula preta com sete palmo de altura A
A mula é descanelada tem uma linda figura E7
Tira fogo da calçada no rampão da ferradura A
Com a morena delicada na garupa faz figura D
A
E7
A
E7 A
A mula fica enjoada pisa só de anca dura A
E7
O ensino na criação vejam quanto que regula A
O defeito do mulão eu sei que ninguém calcula E7
Moça feia a marmanjão na garupa a mula pula A
Chega fazer serração todos pulos dessa mula D
A
E7
A
E7 A
Cabra muda de feição sendo preto fica fula A
E7
Eu fui passar na cidade só numa volta que eu dei A
A mula deixou saudade no lugar que eu passei E7
Pro mulão de qualidade quatro conto eu enjeitei A
Pra dizer mesmo a verdade nem satisfação eu dei D
A
E7
A
E7 A
Fui dizendo boa tarde pra minha casa voltei A
E7
Soltei a mula no pasto veja o que me aconteceu A
Uma cobra venenosa a minha mula mordeu E7
Com o veneno dessa cobra a mula nem se mexeu A
Só durou umas quatro horas depois a mula morreu D
A
E7
A
Acabou-se a mula preta que tanto gosto me deu
19
A morte do carreiro
( ZÉ CARREIRO CARREIRO / CARREIRINHO )
Moda de viola || E B E | B F#7 B ||
Isto foi no mês de agosto a gosto regulava meio dia O sol parecia brasa queimava que até feria F#
Foi um dia muito triste só cigarra que se ouvia O triste cantar dos passos naquelas matas sombrias
introdução
Numa campina deserta uma casinha existia Na frente numa palhada onde a boiada remoía F#
Na estrada vinha um carro com seus cocão que gemia introdução
Meu coração palpitava de tristeza ou de alegria Lá no alto do serrado a sua hora chegou O carro tava pesado e uma tora escapou F#
Fui por cima do carreiro e no barranco imprensou introdução
Depois de uma meia hora que os companheiros tirou Quando puseram no carro já não podia falar Somente ele dizia tenho pressa de chegar F#
E os companheiros gritavam numa toada sem parar Já avistaram a taperinha e as crianças no quintal
introdução
Os galos cantaram triste ai, ai, ai, ai... No retiro aonde eu moro, ai, ai, ai, ai Já levaram ele pra cama não tinha mais salvação Abraçava seus filhinhos fazendo reclamação F#
Só sinto estes inocentes ficar seu uma proteção Fechou os olhos e despediu desse mundo de ilusão
introdução
20
A noiva do meu bairro
( MILTINHO RODRIGUES )
Balanço || C | F | C | F || F
Gm
Quando a notícia correu no meu bairro C7
F
Que ela ia casar no outro dia Dm
C
Bb
C Bb
C
Eu senti que até gelei mas não acreditei eu até pensei Bb
Dm
F
Dm
Que fosse boato dos amigos Gm
C7
introdução
F
Uma brincadeira apenas para me fazer sofrer F
Gm
Mas não contive a curiosidade C7
F
E mandei a minha prima investigar Dm
C
Bb
C
Bb
C
Foi em sua casa ficou surpresa surpresa mas não acreditou quando ela lhe mostrou Bb
Dm
F
Dm
Gm
F introdução
C7
O seu enxoval tão bonito como as nuvens do infinito e um convite lhe entregou F
Gm
A minha prima ao me contar a triste história C7
F
Senti que meus olhos choravam sem cessar Dm
C
Bb
C
Bb
C
Olhei o convite com ciúmes fiquei mas não acreditei pois tudo que sonhei Bb
Dm
F
Dm
Gm
C7
F
Eu perdi em um mundo de incertezas senti a maior tristeza ao perder quem eu gostei F
Gb
F
Até ho je não sei o motivo a proceder assim assim C
F
Tantas juras ouvi dos teus lábios Gm
2 vezes C7
F
Em pensar que ela um dia me magoasse tanto a mim
21
A saudade continua
( TIÃO CARREIRO / ZÉ MATÃO )
Querumana || E | F# | B | F# E | B | F# | B | F# | B || B
F#
Saudade palavra linda que todos querem falar E
F#
B
Pra gente sentir saudades, saudade tem que deixar E
F#
Saudade neste meu peito chegou a criar raiz B
F#7
B
introdução
Saudade de longe vem, a saudade de alguém que já me fez feliz B
F#
Já fazem quase três anos não tenho notícias sua E
F#
B
Apesar de tanto tempo a saudade continua c ontinua E
F#
Velhos guardados de amor tempos que não voltam mais B
B introdução
F#7
Queria eu ser feliz e a saudade não quis e nem a saudade me deixa em paz B
F#
Oh! que maldita maldita saudade porque me maltrata maltrata assim E
F#
B
Será que aonde ela está sente saudade de mim E
F#
Foi uma linda mulher, perdição da minha vida B
F#7
B
Saudade eu peço pra você para sempre esquecer essa ingrata fingida
22
A sereia e o nego d’água
( GOIANO / PARANAENSE )
Cururu piracicabano
|| E | E7 | A | B7 | E | % | B7 | % | E | B7 | E | B7 | E || B7
E B7 E
Joguei a tarrafa n’água vejam só o que eu peguei B7
Foi grande a minha surpresa quase não acreditei A
E
Meu coração disparou quando a tarrafa puxei B7
E
B7
E
introdução
Para ser somente minha uma sereia rainha do fundo d’água tirei B7
E B7 E
Sete dias de romance com a sereia eu passei B7
Seus carinhos e seus agrados eu confesso que gostei A
E
Beijo doce igual ao dela ainda eu não achei B7
E
B7
introdução
E
Meu mundo ficou vazio serei pulou no rio pra onde foi eu não sei B7
E B7
Eu fiquei ali parado sem saber o que falar B7
Quis até pular na água pra sereia procurar A
E
O rio era muito fundo eu não sabia nadar B7
E
B7
E
introdução
Tomei pinga na garrafa preparei minha tarrafa pra de novo arremessar B7
E B7 E
Joguei de novo a tarrafa numa grande agonia B7
Só pra ver se a sereia novamente eu pegaria A
E
Quando puxei a tarrafa de susto as pernas tremiam B7
E
B7
E
Aumentou a minha mágoa peguei foi o nego d’água credo em cruz Ave Maria
introdução
23
A vaca já foi pro brejo
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS / VICENTE MACHADO )
Cururú || F#7 | B | F#7 | B | F#7 | B || B
Mundo velho está perdido, já não endireita mais F#7
Os filhos de hoje em dia já não obedecem os pais É o começo do fim, já estou vendo os sinais E
F#7
B
F#7
Metade da mocidade estão virando marginais E
F#7
B
F#7
B
introdução
É um bando de serpente, os mocinhos vão na frente e as mocinhas vão atrás B
Pobre pai e pobre mãe, morrendo de trabalhar F#7
Deixa o couro no serviço pra fazer o filho estudar Compra carro a prestação para o filho passear E
F#7
B
F#7
Os filhos vivem rodando fazendo o pneu cantar E
F#7
B
F#7
B
introdução
Ouvi um filho dizer o meu pai tem que gemer não mandei ninguém casar B
O filho parece rei, filha parece rainha F#7
Eles que mandam na casa e ninguém tira farinha Manda a mãe calar a boca, coitada fica quietinha E
F#7 B
F#7
O pai é um zero a esquerda é um trem fora da linha E
F#7
B
F#7
B
introdução
Cantando agora eu falo terreiro que não tem galo, quem canta é frango e franguinha B
Pra ver a filha formada um grande amigo meu F#7
O pão que o diabo amassou o pobre homem comeu Quando a filha se formou foi só desgosto que deu E
F#7
B
F#7
Ela disse assim pro pai quem vai embora sou eu E
F#7
B
F#7
B
Pobre pai banhado em prantos, o seu desgosto foi tanto que o pobre velho morreu B
Meu mestre é Deus nas alturas o mundo é meu colégio F#7
Eu sei criticar cantando Deus me deu o privilégio Mato a cobra e mostro o pau, eu mato e não apedrejo E
F#7
B
Dragão de sete cabeças também mato e não alei jo E
Estamos no fim do respeito F#7
B
F#7
B
Mundo velho não tem jeito a vaca já foi pro brejo
F#7
introdução
24
A viola do Zé
( LOURIVAL DOS SANTOS / MOACYR DOS SANTOS )
Pagode || A | % | E7 | % | A | % | E7 | % | A | % || A
E7
Vou contar tudo o que eu vi, acredite quem quiser. A
Já vi o gavião penacho, respeitar gavião pinhe. A7
D E7
Já vi um leão correndo, com medo de um chimpanzé. A
Eu já vi peixe pequeno, que bateu num jacaré. E7
A
introdução
Só não vi outra viola bater na viola do Zé. A
E7
Eu já vi um canoeiro, remando contra maré. A
Já vi um peão caindo, do lombo de um pangaré. A7
D E7
Eu já vi um boi na chincha, voltando de marcha ré. A
Eu já vi homem valente, apanhando de mulher . E7
introdução
A
Só não vi outra viola bater na viola do Zé. A
E7
Já vi sujeito de fogo, só bebendo capilé. A
Já vi uma deputada, discutir com um coroné. A7
D E7
Já vi conforto e riqueza, num ranchinho de sapé. A
Vi a fama de Tostão, batendo na de Pelé. E7
A
introdução
Só não vi outra viola bater na viola do Zé. A
E7
Eu já vi o pau quebrando, foi lá na praça da Sé. A
Eu já vi tanta rasteira, não ficou ninguém de pé. A7
D E7
Eu já vi soldado brigar, sem derrubar o boné. A
Eu já vi um galos índio, apanhar de garnizé. E7
A
Só não vi outra viola bater na viola do Zé.
introdução
25
A viola e o violeiro
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Pagode || E | % | A | B7 | E | B7 || E
B7
E
Tem gente que não gosta da classe de violeiro B7
E
No braço desta viola defendo os meus companheiros A
B7
E
Pra destruir nossa classe tem que me matar primeiro B7
Mesmo assim depois de morto ainda eu atrapalho E
B7
E
Morre o homem e fica a fama e minha fama dá trabalho E
B7
introdução
E
Todos que nascem no mundo tem seu destino traçado B7
E
Uns nascem pra ser engenheiro outros pra ser advogado A
B7
E
Eu nasci pra ser violeiro me sinto bastante honrado B7
De tanto pontear viola meus dedos tão calejados E
B7
introdução
E
Sou um violeiro que canta para vinte e dois estados E
B7
E
Viva o povo mineiro cantador de recortado B7
E
Também viva os gaúcho que no xote e respeitado A
B7
E
Viva o violeiro do norte que só canta improvisado B7
Goiano e paranaense cantam tudo bem cantado E
B7
E
introdução
Viva o chão de Mato Grosso que é o berço do rasqueado E
B7
E
Representando São Paulo este pagode é um recado B7
E
A música dos estrangeiros quer invadir nosso mercado A
B7
E
Vamos fazer uma guerra cada violeiro é um soldado B7
Nossa viola é a carabina e o nosso peito é um trem blindado E
B7
E
A viola e o violeiro é que não pode ser derrotado
B7 E ||
26
A volta do boiadeiro
( SULINO / TEDDY VIEIRA )
Toada || D | % | A7 | % | % | % | D | A7 | D || D
A7
Por que voltei vocês quer saber agora D
Por que voltei se sorrindo eu fui embora D7
G
Por que voltei se deixei meu par de espora A7
D
A7
E o meu cavalo esquecido campo afora A7
Voltei trazendo no peito a dor da saudade D
Do velho Pingo meu amigo de verdade A7
Voltei de novo pra cantar lá nas pousadas D
As velhas modas com vocês companheirada D
introdução
A7
Há muito tempo vocês dever estar lembrados D
Por um alguém que eu parti enfeitiçado D7
G
Um boiadeiro que jamais foi dominado A7
D
A7
Por essa ingrata acabou sendo enganado A7
Voltei pra por minha bota empoeirada D
Eu vi o galo anunciando a madrugada A7
Quero abraçar o meu cachorro campeiro D
Ouvindo ao longe o berro dos pantaneiros D
A7
Se estou chorando com franqueza é que digo D
Não é por ela ao passado já não ligo D7
G
Igual a ave que retorna ao ninho antigo A7
D
A7
Choro de alegre por rever velhos amigos A7
Quem não sentiu o ar puro das campinas D
Quem nunca ouviu um berrante em surdina A7
Não viu a lua deitado sobre um baixeiro D
Não sabe amigo quanto é bom ser boiadeiro
introdução
27
A volta do caminheiro
( ATÍLIO VERSSUTI / LIU )
Cateretê || E7 | % | % | % | % | % | % | A | B7 | E D | E D | E || E
B7
E
Quando o sol se escondia atrás da terra B7
E
B7
E
Na casa branca da serra eu deixei o seu recado E7
Sua mãezinha até chorou comovida B7
E
Me ofertou pouso e comida relembrando o filho amado E7
Chorei também ouvindo o seu violão Soluçando em minhas mãos com tanta saudade sua A
E
Seu galo índio sentindo você mais perto B7
E
Cantava de peito aberto alegre ao clarão da lua E7
B7
E
B7
E
introdução
Andei, andei por esse sertão inteiro, já fui, voltei nasci pra ser caminheiro E
B7
E
Seu cavalo relinchou quando me viu B7
E
B7
E
Seu cachorro até latiu pensando ser sua volta E7
Sua espingarda está sendo bem cuidada B7
E
No seu quarto pendurada no batente atrás da porta E7
Meu bom amigo já levei o seu recado Quando estiver formado vá cuidar do que é seu A
E
Sua mãezinha continua esperando B7
E
Por você sempre rezando naquele mundão de Deus E7
B7
E
B7
E
Andei, andei por esse sertão inteiro, já fui, voltei nasci pra ser caminheiro B7
E
B7
E
B7
E
B7
E
Já fui, voltei nasci pra ser caminheiro, Já fui, voltei nasci pra ser caminheiro
28
A volta que o mundo dá
( LOURIVAL DOS SANTOS / ZÉ BATURA )
Moda de viola || E | B F# | B |
No estado de São Paulo lá em Guaratinguetá Um casal de namorado jurou de não separar E
Mas o malvado dinheiro fez o casal separar O pai falou para a filha seu namoro vai parar Nós somos família nobre o seu namorado é pobre não vamos se misturar
introdução
Rapaz que não tem dinheiro neste lar não vai entrar Caboclinho do pesado suspirou pra não chorar E
Retrucou assim dizendo dinheiro eu posso ganhar Minha mão tá calejada meu defeito é trabalhar Se fosse como eu queria nosso pão de cada dia eu não deixava faltar
introdução
Um sujeito engravatado um dia passou por lá Contando tanta vantagem fez o velho acreditar E
Eu sou filho de um ricaço meu trabalho é estudar Levando a filha no tapa quatro anos sem casar O cara de posição não passava de um ladrão que a família foi buscar
introdução
O ladrão deixou uma filha o avô quem vai criar E a mãe ficou solteira não adianta reclamar E
A menina todo instante pra mãe vai perguntar Mãezinha cadê meu pai quero ver onde ele está Nessa hora a mãe se cala a verdade ela não fala porque a coragem não dá
introdução
O amor é coisa séria nunca vi ninguém comprar Muitos pais sem coração tem filhas pra negociar E
Procura quem tem dinheiro para as filhas namorar Desprezaram o caboclinho que devia respeitar Caboclinho do pesado hoje tem seu lar honrado é a volta que o mundo dá
E
29
Adeus, minha mocidade
( ZÉ CARREIRO )
Cururú || A | % | % | D || D
A
D
Me lembro e tenho saudade do tempo que eu fui rapaz G
D
G
Pra gozar como eu gozei, eu sei que eu não gozo mais A
D
Eu fui como um beija-flor vivia entre os roseirais A7
D
introdução
Hoje choro de saudades rosas que eu não vejo mais D
A
D
Mesmo assim eu sou teimoso puxei meu velho pai G
D
G
Acompanho os companheiros em toda parte que vai A
D
Um fandango de viola é o que ainda me distrai A7
D
introdução
Conforme o assunto da moda água dos meus olhos caem D
A
D
Que eu fazia antigamente hoje Já não faço mais G
D
G
Meus cabelos embranqueceram são coisas que a idade traz A
D
Eu comparo a mocidade como a flor que murcha e cai A7
D
No galho que foi nascida não se ergue nunca mais D
A
introdução
D
Meus colegas de função hoje já não cansam mais G
D
G
Eu também já esmoreci nem cantar sou capaz A
D
A minha infância querida tem anos que fica atrás A7
D
Foi um passado risonho que pra mim não volta mais.
introdução
30
Adeus morena, adeus
( LUIZ ALEX / PIRACY )
Guarânia ||: A | E | % | A | D | E | % | A :|| A
E
Na casa de Mané Pedro foi numa festa de São João A
Cantei moda de viola, cateretê lá do meu sertão A7
D
Toada paraguaiana de mexer no coração A
E
A
introdução
Eu fiz as velhas chorar e as moças sentir paixão A
E
No terminar essa festa eu vim-se embora e deixei alguém A
Sai tocando viola pra estrada afora como ninguém A7
D
Quando cheguei na estação que eu ia pegar o trem A
E
introdução
A
Ouvi uma voz me chamando que queria vir também A
E
Menina tenha paciência volte pra casa e vá com seu pai A
Eu sigo pra muito longe eu pego o trem, vou pro Paraguai A7
D
Não levo você comigo porque isto não se faz A
E
A
Adeus morena, adeus, adeus para nunca mais D
A
E
A
Adeus morena, adeus, adeus para nunca mais
A7
31
Adeus São Paulo
( TIÃO CARREIRO / CARREIRINHO )
Pagode || B7 | % | E | % | B7 | % | E | B7 | E | B7 | E || A
B7
E
Adeus São Paulo, adeus meus pais B7
E
Vou-me embora pra Goiás e talvez não volte mais B7
refrão
E B7 | E | B7 | E
Vou-me embora pra Goiás e talvez não volte mais A
B7
E
Dois corações que se amam viver longe não convém B7
E
O meu amor foi-se embora preciso partir também A
B7
E
Vou fazer despedida daqui para muito além B7
E
Adeus São Paulo querido sigo no primeiro trem, adeus A
B7
refrão
E
Minha mãe quando eu partir não chore quanto eu lhe peço B7
E
Não vivo sem meu amor francamente eu me confesso A
B7
E
Sei que a goianinha chora aguardando o meu regresso B7
E
refrão
Por isso eu deixo São Paulo e para sempre eu me despeço, adeus A
B7
E
Quando o pensamento vai onde a vista não alcança B7
E
Coração sofre demais no peito a saudade avança A
B7
E
Dois amor quando é sincero sofre e não perde a esperança B7
E
refrão
Quanto mais nós que se ama desde o tempo de criança A
B7
E
Minha mãe me deu conselho pra desistir do meu bem B7
E
Sei que não resistirei vê-la nos braços de alguém A
B7
E
Cada um tem sua cruz sem ela não vai ninguém B7
E
Porque quem tem amor sofre quem não tem sofre também
refrão
32
Águia do peito cinzento
( ZÉ MULATO / CASSIANO )
Cururú || G | % | % | A7 | % | % | % | D | A7 | D || A7
D
Arranjei um grande amor mas quase que me arrasa A7
D
A7 D
Um gavião bom de bico quis roubar ela de casa G
D
Mas tenho o meu trinta e oito que adora cuspir brasa A7
D
A7 D
introdução
Eu rapei nele um metal bem no encontro da asa A7
D
Gavião saiu capenga jurando que tinha raça A7
D
A7 D
E juntou a gaviãozada pra quebrar minha carcassa G
D
Eu falei pro meu amor mas é hoje que o tempo embaça A7
D
A7 D
Gavião que não morreu saiu preto de fumaça A7
introdução
D
Era a rapina baixando eu arrastando o trêsoitão A7
D
A7 D
Cada tiro que eu dava derrubava um gavião G
D
Penacho conquistador esqueceu que era o macho A7
D A7 D
Fugiu deixou meu terreiro que era só pena no chão A7
D
Hoje eu tô com meu amor verde fora e por dentro A7
D
A7 D
Gavião aqui não vem se vier eu espavento G
D
O que veio não sabia mas agora eu me apresento A7
D
A7 D ||
Eu sou o rei da rapina águia do peito cinzento
introdução
33
Altar de amores
( JOSÉ FORTUNA / DINO FRANCO )
Guarânia || E | B | A | B | % | A | E | B7 | E | % || E
B7
Bendita hora que eu te vi querida porque aquela foi a nossa hora A
E
Abri a porta de meu peito triste e toda a mágoa eu mandei embora C#7
A
Mandei entrar o verde da esperança o azul das tardes que eu vi lá fora C
E
B7
O seu amor me trouxe claridade hoje em meu mundo de felicidade E E D#m C#m
Tenho um eterno despertar de aurora B7
E
B7
E
E D#m C#m
Bendita hora que nos encontramos e esse encontro me preocupa agora B7
E
B7
Antes temia que você não vinha hoje sabendo que é somente minha E
Eu tenho medo de que vás embora
introdução
E
B7
Naquela hora que você entrava em minha vida sempre tão vazia A
E
Queimou meu peito no calor do encontro a noite escura logo se fez dia C#7
A
A longa estrada de sua jornada me trouxe os ramos das mais lindas flores C
E
B7
Raio de sol iluminou meus passos abri a porta larga de meus passos E
E a conduzi em nosso altar de amores B7
E
B7
E
Bendita hora que nos encontramos e esse encontro me preocupa agora B7
E
B7
Antes temia que você não vinha hoje sabendo que é somente minha E
Eu tenho medo de que vás embora
E D#m C#m
34
Amargurado
( DINO FRANCO / TIÃO CARREIRO )
Guarânia || E | F# | B | C#m | F# | F#7 | B | % || B
O que é feito daqueles beijos que eu te dei F#
Daquele amor cheio de ilusão que foi a razão do nosso querer Pra onde foram tantas promessas que me fizeste E
F#
B
F#7
Não se importando que o nosso amor viesse a morrer B
Talvez com outro estejas vivendo bem mais feliz B7
E
Dizendo ainda que nunca houve amor entre nós F#
B
Pois tu sonhavas com a riqueza que eu nunca tive F#
B || B A#m G#m
E se ao meu lado muito sofrestes o meu desejo é que vivas melhor F#
E
B
Vá com Deus sejas feliz com o teu amado F#
E
B B7
Tens aqui um peito magoado que muito sofre por ti amar E
F#
Eu só dese jo que a boa sorte siga teus passos E
F#
B
Mas se tiveres algum fracasso creias que ainda te possa ajudar F#
E
introdução || B A#m G#m ||
B
Vá com Deus sejas feliz com o teu amado F#
E
B B7
Tens aqui um peito magoado que muito sofre por ti amar E
F#
Eu só dese jo que a boa sorte siga teus passos E
F#
B
Mas se tiveres algum fracasso creias que ainda te possa ajudar
|| E | F# | B | % ||
35
Ambiciosa
( VICENTE DIAS / TIÃO CARREIRO )
Guarânia || C Bm Am | G | F | G | C | C7 | F | G | C || C
G
F
G
C
O culpado foi eu mesmo de gostar a esmo de quem não devia G
F
G
E pela minha insistência veja a recompensa que tenho hoje em dia F
C
Notei logo no começo que o dinheiro era a sua ambição G
F
G7
C
C Bm Am
Com amor lutei para impedir mas não consegui mudar seu coração G
F
C
C Bm Am
E pelo tempo que te amei desacreditei que nosso amor morreu G
F
C
C7
Minha vida passei te adorando gamado te amando e o tempo correu F
C
C
Bm Am
Agora você está casada és amada tem tudo o que quis G
F
G7
C
introdução || C Bm Am
E eu aos poucos estou morrendo sozinho sofrendo sou muito infeliz G
F
C
C Bm Am
E pelo tempo que te amei desacreditei que nosso amor morreu G
F
C
C7
Minha vida passei te adorando gamado te amando e o tempo correu F
C
C
Bm Am
Agora você está casada és amada tem tudo o que quis G
F
G7
C
E eu aos poucos estou morrendo sozinho sofrendo sou muito infeliz
36
Amigo sincero
( TIÃO CARREIRO / SEBASTIÃO VICTOR )
Valsa / Valseado / Rancheira || G | % | D | % | G | A | G | F#m | Em | Fº | D | % | Em | A7 | D || D
A7
Amigo eu lhe considero como o melhor dos amigos G
A7
D
Mais vou dizer-lhe sincero o que passou-se comigo D7
G
A mulher que eu mais amava você vivia com ela D
A7
D
E eu dormindo eu sonhava e chamava o nome dela G
A7
D
Com minha alma em pedaços pra muito longe eu partia A7
D
Para não ver em seus braços a mulher que mais queria D
introdução
A7
As vezes me embriagava forçando a própria vontade G
A7
D
Tentando ver se afastava esta maldita saudade D7
G
E pra evitar um erro na tentação deste amor D
A7
D
Me vejo aqui num desterro quase morrendo de dor G
A7
D
Com minha alma em pedaços pra muito longe eu partia A7
D
Para não ver em seus braços a mulher que mais queria
introdução
37
Amor distante
( MAURÍCO / MAUROZINHO )
Rasqueado || E | % | B7 | % | % | % | E | A | % | % | B7 | % | % | % | E | % || E
B7
Se eu fosse um passarinho queria voar no espaço E
E sentar devagarinho nas voltinhas do seu braço B7
Pra gozar dos seus carinhos pra aliviar a dor que passo E
introdução
Queria te dar um beijinho e depois um forte abraço E
B7
Você partiu me deixando na mais negra ansiedade E
Sofrendo tanta amargura e chorando de saudade B7
Meu coração não resiste pra dizer mesmo a verdade introdução
E
Para mim já não existe a tal de felicidade E
B7
Depois que você partiu minha vida é sofrer E
Me escreva sem demora que estou louco pra saber B7
O lugar que você mora, também quero lhe escrever E
Marcando pra qualquer hora um encontro com você E
B7
É um ditado muito certo quem ama nunca esquece E
Quem tem seu amor distante chora, suspira e padece B7
Coração sofre bastante saudade no peito cresce E
Se você tem outro amor seja franca e me esclarece
introdução
38
Amor e felicidade
( GOIÁ / ZACARIAS MOURÃO )
Guarânia || A | % | D | % | A | % | D | % || B7
E
Eu te achava demais para os meus sonhos A
D
Não julgava jamais que me queria A
Para mim os seus olhos não brilhavam G
D
E em teus sonhos de amor tu me escondia A
A7
D
Mas agora no brilho dos teus olhos D7
G
E no doce candor de tua voz A
D
Eu descubro que a vida está guardando G
A7
D
Um radioso futuro para nós E
Dai-me agora a certeza dos teus lábios E
A
E alimenta de vida meus dese jos G
A
D
Se não queres dizer com as palavras A
A7
D
Dai-me a doce resposta dos teus bei jos B7
E
Quando o sol da tardinha for caindo A
D
E os teus olhos pousarem bem os meus A
Eu contigo terei um sonho lindo G
A7
D
Um futuro sem mágoa e sem adeus A
D
Não preciso dizer que és minha vida D7
G
Pois tu és o fulgor do meu olhar A
D
Oh! Imagem sagrada e tão querida G
A7
D
Minha glória maior é te adorar
introdução
39
Amor e saudade
( DINO FRANCO / JOSÉ M. FALEIROS)
Cateretê || A | E7 | A || A
Eu passei na sua terra já era de madrugada E7
As luzes da sua rua estavam quase apagadas Fiquei horas recordando a nossa vida passada D
E7
A
||:E7 | A :||
O tempo do nosso amor que se acabou tudo em nada A
A sua casinha triste estava toda fechada E7
Pelo varal do alpendre umas roupas penduradas Conheci no meio delas sua blusa amarelada D
E7
introdução
A
Aumentou minha saudade eta! vida amargurada A
No tempo que nós se amava eu fiz muita caminhada E7
Chegava na sua casa mesmo sendo hora avançada Você de casaco preto vinha toda enamorada D
E7
A
||: E7 | A :||
Ali nós dois se abraçava sem que ninguém visse nada A
Mas no mundo tudo passa a sorte é predestinada E7
Você se casou com outro eu segui minha jornada Deixei você me acenando lá na curva da estrada D
E7
A
Adeus cabocla faceira rosa branca perfumada
E7 A
40
Amores perdidos
( DINO FRANCO / TIÃO CARREIRO )
Guarânia ||: C | G7 | % | C | % | G7 | % | C :|| C || C
G7
C
Andei por vales e montes falei com os quatro ventos G
C
Ouvi segredos de amores trocamos de pensamentos C7
F
G7
C
Andei por vales e montes falei com os quatro ventos G7
C
C | G7 | % | C | % | G7 | % | C ||
Amei alguém nesta vida que só me deu sofrimento C
G7
C
Não choro amores perdidos não julgo ninguém por mim G7
C
Vai um amor e vem outro é muito melhor assim C7
F
G7
C
Não choro amores perdidos não julgo ninguém por mim G7
C
C | G | % | C | % | G | % | C ||
Há tantas glórias na vida mas tudo tem o seu fim C
G7
C
Descrevo a terra que canto assim é o meu dia a dia G
C
Aonde existir tristeza eu sempre levo alegria C7
F
G7
C
Descrevo a terra que canto assim é o meu dia a dia G7
C
C | G | % | C | % | G | % | C ||
Chorar por dores alheias não passa de covardia C
G7
C
Quem corre muito se cansa e fica ao meio da estrada G7
C
Gostar de mulher dos outros é ter a vida arriscada C7
F
G7
C
Quem corre muito se cansa e fica ao meio da estrada G7
C
O bom é ser sempre amado o resto não vale nada
C | G7 | % | C | % | G7 | % | C ||
41
Ana Rosa
( TIÃO CARREIRO / CARREIRINHO )
Lundu || A | E7 || A
E7
A
Ana Rosa casou com Chicuta, um caipira bastante atrasado A7
D
E7
A
Levava a vida de carrereiro fazendo o transporte era o seu ordenado E7
A
Tinha um ciúme doentio pela moça que dava pena do coitado A7
D
E7
A
D
E7 | A
Batia na pobre mulher com a vara de ferrão de bater no gado, ai A
E7
A
Resolveu abandonar o marido porque a vida já não resistia A7
D
E7
A
Quando chegou em Botucatu aquela cidade toda dormia E7
A
Só encontrou uma porta aberta , mas ali não entrava família A7
D
E7
A D
E7 | A
Resolveu contar sua história e se abrigar até no outro dia, ai A
E7
A
O Chicuta quando chegou em casa ana Rosa não encontrou A7
D
E7
A
Ele arriou sua besta e como uma fera galope tocou E7
A
Na chegada de Botucatu pra um caboclo ele perguntou A7
D
E7
A
D
E7 | A
Seu moço essa mulher lá na Fortunata eu vi quando ela entrou, ai A
E7
A
Num barzinho ali na saída sem destino resolveu chegar A7
D
E7
A
Encontrou com um tal Menegildo e com o Costinha pegou conversar E7
A
Vocês querem pegar um a empreitada, só se for pra não trabalhar A7
D
E7
A D
E7 | A
Pra matar a minha mulher minha proposta vai lhe agradar, ai A
E7
A
O Costinha montou a cavalo e tocou lá pra Fortunata A7
D
E7
A
Conversando com Ana Rosa disse que era um tropeiro da zona da mata E7
A
Meu patrão lhe mandou uma proposta diz que leva e nunca lhe maltrata A7
D
E7
A
D
E7 | A
Seu marido anda a sua procura jurou que encontrando ele te mata, ai A
E7
A
Ana Rosa montou na garupa e o cavalo saiu galopando A7
D
E7
A
Quando chegou no lavapé aonde os bandidos já estavam esperando E7
A
Quando ela avistou seu marido para todo santo foi chamando A7
D
E7
A
D
E7 | A
Vou perder minha vida inocente partirei com Deus desse mundo tirano, ai A
E7
A
Derrubaram ela da garupa já fazendo cruel judiação A7
D
E7
A
Foi cortando ela aos pedaços uma preta assistindo a cruel judiação E7
A
Foi correr dar parte à autoridade já fizeram a imediata prisão A7
D
E7
A
D
Hoje lá construíram uma igre ja tem feito milagre pra muitos cristãos, ai
E7 | A
42
Anel de noivado
( OSWALDO RIELI / JUVENAL FERNANDES )
Valsa / Valseado / Rancheira || D | % | A | % | E | % | A | A7 | D | % | A | % | E | % | A || A
A7 D
Naquela noite de festa E
D
na noite de São João E7
A
Ela ficou minha noiva eu segurei sua mão A7 D
Casamos o tempo passou E
os filhos foram crescendo
D
E7
Cada vez mais nosso amor E
A
A
ia sempre florescendo E7
A
Até hoje nós guardamos a grata recordação D
A
E7
A
O nosso anel de noivado na forma de um coração E
A
E7
A
Até hoje nós guardamos a grata recordação D
A
E7
A
O nosso anel de noivado na forma de um coração A
A7 D
Naquela noite de festa E
introdução
D
na noite de São João E7
A
Ela ficou minha noiva eu segurei sua mão A7 D
Casamos o tempo passou E
os filhos foram crescendo
D
E7
Cada vez mais nosso amor E
A
A
ia sempre florescendo E7
A
Até hoje nós guardamos a grata recordação D
A
E7
A
O nosso anel de noivado na forma de um coração E
A
E7
A
Até hoje nós guardamos a grata recordação D
A
E7
A E7 A ||
O nosso anel de noivado na forma de um coração
43
Ano 2000
( CAETANO ERBA / TIÃO DO CARRO )
Balanço || Bb | Bb7+ | Bb7 | Eb | Ab | Eb | F | % || Bb
F
Bb
O simples poeta que fez estes versos espera que o ano 2000 seja assim Bb
Am
Gm
F
Bb
Que as bênçãos Divinas proteja o uni....verso e os anjos bailando ao som de um clarim F
F7
Bb
Quero ver os homens da Terra cantando colando os rostos e os corações Bb7
Eb
F
Bb
E Deus nas alturas do céu derramando as paz entre os homens unindo as nações C
F
C
F
O preto e o branco, o velho e a criança, ao céu ofertando eterno louvor Eb
Bb
F
Bb
Provando que ainda existe a esperança e o mundo dormindo nas mãos do Senhor Bb7
Eb
C7
F
A branca pombinha bebendo na fonte o homem enterrando no chão o fuzil Eb
Bb
F
Bb C | F | F7
O sol despontando no calmo horizonte velinha do bolo do ano dois mil Bb
F
Bb
Vão tem sobre a Terra florestas e ninhos e o lírios dos vales jamais vão morrer Bb
Am Gm
F
Bb
As aves velando os seus filho....tinhos e os homens aprendendo com as aves viver F
F7
Bb
Filhotes humanos terão o direito de um dia voarem seus filhos virão Bb7
Eb
F
Bb
Não falte pro homem a teto e o leito a terra sagrada não nega seu pão C
F
C7
F
Pra que tudo isso de fato aconteça passagem das eras que o homem esperou Eb
Bb
F
Bb
Precisa os gigantes manter a cabeça voltada pra Terra que Deus presenteou Bb7
Eb
C7
F
A Terra florida em todos os cantos a paz então reina em cada país Eb
Bb
F
Bb
Quero ver os an jos vestidos de branco abrindo a cortina do ano dois mil
44
Aparecida do Norte
( TONICO / ANACLETO ROSA JÚNIOR )
Cururú || C | G | D7 | G | C | G | D7 | G | D7 | G || G
Já cumpri minha promessa na Aparecida do norte D7 G
E graças à Nossa Senhora não lastimo mais a sorte Falo com fé não lastimo mais a sorte D7
G
D7 G | C | G | D7 | G | D7 | G ||
Já cumpri minha promessa na Aparecida do Norte Eu subi toda ladeira sem carência de transporte D7 G
E beijei o pé da santa da Aparecida do Norte Falo com fé na Aparecida do Norte D7
G
D7 G | C | G | D7 | G | D7 | G ||
Eu subi toda ladeira sem carência de transporte Não tenho melancolia tenho saúde sou forte D7 G
Tenho fé em Nossa Senhora da Aparecida do Norte Falo com fé na Aparecida do Norte D7
G
D7 G | C | G | D7 | G | D7 | G ||
Não tenho melancolia tenho saúde sou forte Padroeira do Brasil Aparecida do Norte D7 G
Eu também sou brasileiro sou caboclo de suporte Falo com fé sou caboclo de suporte D7
G
D7 G | C | G | D7 | G | D7 | G ||
Padroeira do Brasil Aparecida do Norte Todo meado do ano enquanto não chega a morte D7 G
Vou fazer minha visita na Aparecida do norte Falo com fé na aparecida do norte D7
G
D7 G ||
Todo meado do ano enquanto não chega a morte
45
Apartamento 37
( LÉO CANHOTO )
Arrasta-pé || E | % | % | % | E7 | % | A | % | B | E | % | B7 | % | E | % || E
B7
E
B
Briguei com ela só pra ver ela chorando porque sabia que ela gostava de mim A
B7
E
Queria apenas ver seu pranto derramando jamais pensei que aquela briga fosse o fim B7
E
E7
A
Ela foi embora sem dizer pra onde ia e eu fiquei triste sozinho a chorar E
B7
E
O sol desceu e a lua veio novamente eu esperava mais meu bem não quis voltar A
E
Segui seu rasto na areia da estrada na esperança de encontrar o meu benzinho B7
E
E7
Mais de repente veio a chuva e apagou lá da estrada o sinal do seus pezinhos A
E
Fiquei tão triste sem saber o que fazia pus um anúncio no jornal dizendo assim B7
E
E7
Se alguém achar meu amorzinho tenha pena faça o favor de devolver ela pra mim A
E
Meu endereço vou deixar esclarecido porque talvez alguém a possa encontrar B7
E
Moro na rua da amargura vinte e cinco apartamento trinta e sete quinto andar A
introdução
E
Segui seu rasto na areia da estrada na esperança de encontrar o meu benzinho B7
E
E7
Mais de repente veio a chuva e apagou lá da estrada o sinal do seus pezinhos A
E
Fiquei tão triste sem saber o que fazia pus um anúncio no jornal dizendo assim B7
E
E7
Se alguém achar meu amorzinho tenha pena faça o favor de devolver ela pra mim A
E
Meu endereço vou deixar esclarecido porque talvez alguém a possa encontrar B7
E
Moro na rua da amargura vinte e cinco apartamento trinta e sete quinto andar
introd. ||: B7 | % | E | % :||
46
Arapó
(TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Cururú || D7 | % | % | %| G | G7 | C | % | D7 | % | % | % | G | % || D7
G
G7
Arapó, arapó, arapó, arapó C
D7
G
É ponto de nego veio de jungueiro cantador D7
G
G7
É no A e é no R, é no, Pe é no O C
D7
G
Amarrei o leão na linha e o leão não escapou, pode crer meu senhor C
G7
C
É no estilo de jongo que cantar agora eu vou D7
G
D7
G
Fui levar uma boiada dona Julia quem comprou C
G7
C
Ela esperou na porteira o gado ela contou D7
G
D7
G
Ela comprou mil cabeças novecentas só passou C
D7
G
C
D7
Dona Julia era sabida mas comigo se enganou arapó arapó D7
G
G7
Arapó, arapó, arapó, arapó C
D7
G
É ponto de nego veio de jungueiro cantador D7
G
G7
É no A e é no R, é no, Pe é no O C
D7
G
Amarrei o leão na linha e o leão não escapou, pode crer meu senhor C
G7
C
Entrei na roda de jongo negro véio me falou D7
G
D7
G
Eu tinha um laço de embira quando eu era laçador C
G7
C
Eu fui amansar uma tropa só de burro pulador D7
G
D7
G
Quam levou laço de couro foi só laço que estourou C
D7
G
C
D7
Meu laço era de embira meu laço não arrebentou arapó, arapó D7
G
G7
Arapó, arapó, arapó, arapó C
D7
G
É ponto de nego veio de jungueiro cantador D7
G
G7
É no A e é no R, é no, Pe é no O C
D7
G
Amarrei o leão na linha e o leão não escapou, Pode crer meu senhor
47
Arrependida
( GARCIA / ZÉ MATÃO / JOÃO CAMPEIRO )
Guarânia || E | % | A | % E | % | A | % || A
E
A
Eu não sou culpado se hoje você chora Foi você mesma que me abandonou E
D
A
Implorei tanto pra não ir embora as minhas suplicas não escutou E
A
Hoje você chora triste arrependida para aos meus braços você quer voltar A7
D
E
A
introdução
Você foi maldosa arruinou minha vida me compreenda não vou perdoar A
E
A
Na sua ausência eu chorei de dor não suportei fui a sua procura E
D
A
Encontrei você com um novo amor trocava bei jos e fazia juras E
A
Naquela noite fiquei embriagado amanheci bebendo num bar A7
D
E
A
Estava triste e desesperado chamei seu nome comecei chorar E
A
Segue mulher vai viver de mão em mão E
A
A7
Porque o remorso pouco a pouco lhe consome D
A
Sinto uma dor dentro do meu coração E
E7
A
Tenho vergonha por você usar o meu sobrenome
introdução
48
Arroz a carreteiro
( PALMEIRA / MÁRIO ZAN)
Vanerão || G | % | D | G | % | % | D | G | D | A7 | % | D | % | A7 | % | D || D
A7
Eu deixei meu Rio Grande lá no sul do meu país D
Me arribei por esta bandas esperando ser feliz A7
Hoje aqui longe dos pagos, da querência e do galpão D
A saudade é mais amarga do que o próprio chimarrão G
D
G
Minha china prometida eu deixei lá em Caxias D
G
Deixei rasto em Passo fundo perto de Santa Maria D
A7
D
O gaúcho da cochilha é que nem ao um beija flor A7
D
Por toda parte que passa sempre deixa um veelho amor D
introdução
A7
Santana do Livramento esta saudade é cruel D
Ajudai-me São Leopoldo e também São Gabriel A7
Quem me dera estar agora onde o pensamento vai D
Pra rever a minha china e também meu velho pai G
D
G
O arroz a carreteiro que minha velha fazia D
G
Era o prato mais gostoso do rincão onde eu vivia D
A7
D
Tenho medo do regresso ao pensamento me vem A7
D
Pois talvez que lá chegando não encontre mais ninguém
introdução
49
As andorinhas
( ALCINO ALVES / ROSSI / ROSA QUADROS )
Balanço || F#7 | % | B | % | F#7 | % | B | % || F#7
B
As andorinhas voltaram e eu também voltei F#7
B
Pousar no velho ninho que um dia aqui deixei F#7
B
Nós somos andorinhas que vão e que vem a procura de amor F#7
Às vezes volta cansada , ferida, machucada E
F#7
B
Mas volta pra casa batendo suas asas com grande dor F#7
B
Igual a andorinha eu parti sonhando mas foi tudo em vão F#7
Voltei sem felicidade porque, na verdade E
F#7
B
introdução
Uma andorinha voando sozinha não faz verão F#7
B
As andorinhas voltaram e eu também voltei F#7
B
Pousar no velho ninho que um dia aqui deixei F#7
B
Nós somos andorinhas que vão e que vem a procura de amor F#7
Às vezes volta cansada , ferida, machucada E
F#7
B
Mas volta pra casa batendo suas asas com grande dor F#7
B
Igual a andorinha eu parti sonhando mas foi tudo em vão F#7
Voltei sem felicidade porque, na verdade E
F#7
B
Uma andorinha voando sozinha não faz verão
E | F#7 | B % ||
50
Assim é meu sertão
( CLAYTON / OLIVEIRA / OSVALDO MELLO )
Toada || B7 | A | E | % | B7 A | G#m F#m | E || E
B7
E
E7
Quem não conhece a beleza destas matas A
E7
A
Quem não conhece uma rua de café c afé B7
A
E
Quem não conhece estas fontes e cascatas F#m
B7
E
Uma rocinha, um ranchinho de sapé E
B7
E
E7
Quem não conhece a batida de um machado A
E7
A
Quem não conhece uma colheita de algodão B7
A
E
Quem não conhece um violeiro apaixonado F#m
B7
E
Uma viola, uma saudade, uma canção B7
A
E
B7
A
E
B7
A
E
B7
A
E
Assim é que é o sertão, assim é que é o sertão. Assim é que é o sertão, assim é que é o sertão E
B7
E
E7
Quem não conhece o cantar da passarada, passarada, B7
A
A
E7
introdução
A
um milho verde bem no ponto de colher
E
F#m
B7
E
Quem não conhece a primavera perfumada, perca uns dias e venha de perto ver E
B7
E
A
E7
A
Quem não conhece um estouro de boiada que o fazendeiro tem orgulho de ser sua B7
A
E
F#m
B7
E
Quem não conhece a festinha de terreiro que só termina quando se esconde a lua B7
A
E
B7
A
E
B7
A
E
B7
A
E
Assim é que é o sertão, assim é que é o sertão. Assim é que é o sertão, assim é que é o sertão E
B7
E
E7
Quem não conhece o vigário da capela, B7
A
E7
A
casamenteiro como ele outro não há
A
E
F#m
B7
E
Quem não conhece que a cabocla é a flor mais bela que a natureza até ho je je pôde dar B7
A
E
B7
A
E
B7
A
E
B7
A
E
Assim é que é o sertão, assim é que é o sertão. Assim é que é o sertão, assim é que é o sertão
introdução
51
Até quinta feira
( VICENTE P. MACHADO / TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Cururú / valsa || D | % | % | % | % | % | % | % | % | % | A7 | % | % | G | A7 A7 | % | G | A7 | D | % | % || D
A7
D
Trezentos e sessentas e cinco dias tem um ano A7
Para mim só vale quarenta e oito
{ ritmo de valsa } | G | A7 | D | % ||
Trezentos e dezessete é só desengano A7
D
Segunda, terça e quarta não posso encontrar-me e ncontrar-me com ela A7
D
Sexta, sábado e domingo também estou longe dela A7
D
Nós vivemos separados a semana inteirinha A7
D
Somente na quinta feira eu sou dela ai, ela é minha A7
D
Até quinta feira menina, A7
D || A7 | % | % | % | D | % | % | % A7 | % | % | % | D | % |
Quinta feira é tão pequena Nem começa ai já termina A7
D
Segunda, terça e quarta não posso encontrar-me e ncontrar-me com ela A7
D
Sexta, sábado e domingo também estou longe dela A7
D
Nós vivemos separados a semana inteirinha A7
D
Somente na quinta feira eu sou dela ai, ela é minha A7
D
Até quinta feira menina, A7
D
Quinta feira é tão pequena Nem começa ai já termina
|| A7 D ||
52
Ato de bravura
( VICENTE P. MACHADO / TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Cururú || D | A7 | D | A7 | D || D
A7
D
Estou numa guerra quente subindo a temperatura A7
D
Uma mulher e dois homens a parada vai ser dura A7
D
Os dois doentes por ela é um só que vai ter cura A7
D
Eu jogo a casca no fogo punho ovo na gordura D7
G
A7
Pela mulher que eu amo todo o meu sangue derramo D
A7
D
não entrego a rapadura
introdução
D
Eu jurei que ela é minha e não quebro a minha jura A7
D
Se eu perder essa parada troco até de assinatura A7
D
Por este amor tão forte eu faço qualquer loucura A7
D
Eu tenho shimith western tanto corta como fura D7
G
A7
Com ele eu abro alas na hora que eu mando bala D
A7
introdução
D
eu clareio a noite escura
D
A menina vive presa esta muito bem segura A7
D
Debaixo de sete chaves segredo na fechadura A7
D
Tem um guarda severa para lhe dar cobertura A7
D
Só tem guardas escolhidos dois metros e dez de altura D7
G
A7
D
Vou vencer essa batalha a menina é a medalha D
A7
introdução
pro meu ato de bravura
D
Eu roubei esta menina meu anjinho de candura A7
D
Da cabeça até os pés ela só tem formosura A7
D
Hoje eu digo pra ela apertando na cintura A7
D
Meu bem escapei com vida sem cair na sepultura D7
G
A7
D
Confesso de coração minha vida era um limão D
A7
agora virou doçura
introdução
D
Eu comprei uma casinha só falta passar a escritura A7
D
Está no tijolo a vista sem reboque e sem pintura A7
D
Mais dentro tem uma jóia que muita gente procura A7
D
Pra mim caiu do céu esta linda criatura D7
G
A7
Minha casinha modesta não é um castelo em festa
D
introdução
mas tem amor com fartura.
53
Ave mensageira
( NENECO NORTON – VERSÃO : BELMONTE )
Polca paraguaia ||: C | % | F | % | C | % | F | % :|| F
C
Canto triste apaixonado igual ave prisioneira Bb
C
F
Por que não me trás notícia oh! Pombinha mensageira F
C
Canto triste apaixonado igual ave prisioneira Bb
C
F
Por que não me trás notícia oh! Pombinha mensageira F
C
Eu que sempre fui tão sincero já perdi toda a esperança Bb
C
F
De tornar a ver aquela morena que não me manda lembrança F
C
Eu que sempre fui tão sincero já perdi toda a esperança Bb
C
F
De tornar a ver aquela morena que não me manda lembrança F
introdução
C
É demais está ansiedade de rever minha querida Bb
C
F
Para matar a saudade que eu carrego pela vida F
C
É demais está ansiedade de rever minha querida Bb
C
F
Para matar a saudade que eu carrego pela vida F
C
Diga à ela por piedade que a amo loucamente Bb
C
F
E que aqueles doces carinhos lembrarei eternamente F
C
Diga à ela por piedade que a amo loucamente Bb
C
F
introdução
E que aqueles doces carinhos lembrarei eternamente F
C
Oh! Pombinha mensageira dê um fim no meu tormento Bb
C
F
Vê se encontra aquela ingrata que esqueceu o juramento F
C
Oh! Pombinha mensageira dê um fim no meu tormento Bb
C
F
Vê se encontra aquela ingrata que esqueceu o juramento F
C
E se ela tem novo amor por favor não me diga nada Bb
C
F
Deixe eu vivendo nesta ilusão com a alma apaixonada F
C
E se ela tem novo amor por favor não me diga nada Bb
C
F
Deixe eu vivendo nesta ilusão com a alma apaixonada
C F ||
54
Avião das nove
( PRAENSE / ADO )
Guarânia || C | G | % | C | % | G | % | C || G
Já comprei passagem para ir embora C
Só me resta agora apertar-te a mão G
Se já me trocaste por um outro alguém C
Já não me convém ficar aqui mais não G
Levo comigo desse amor desfeito C
Solidão, despeito e cruel desgosto D
G
No avião das nove partirei chorando C
Vou deixar quem amo nos braços de outro G
F
Ao chorar lhe darei meu adeus porém juro por Deus que não quero piedade G
C
G
C
Se o pranto de quem mais te quis te faz muito feliz faça sua vontade G
C
C7
F
E ao ver o avião subir, no espaço sumir não vá chorar também C
G
C
|| C | G | % | C | % | G | % | C | C Bm Am |
Deixe que eu chore sozinho a dor dos espinhos que a vida tem G
F
Ao chorar lhe darei meu adeus porém juro por Deus que não quero piedade G
C
G
C
Se o pranto de quem mais te quis te faz muito feliz faça sua vontade G
C
C7
F
E ao ver o avião subir, no espaço sumir não vá chorar também C
G
C
Deixe que eu chore sozinho a dor dos espinhos que a vida tem
introdução
55
Azulão do reino encantado
( LOURIVAL DOS SANTOS / PARDINHO / ARLINDO ROSAS )
Pagode || E | % | B7 | % | E | % | B7 | % | E | B7 | E | B7 || E
B7 E
Eu já consertei relógio a meia noite no fundo d’água B7
Sem levantar o tapete com muita classe eu tirei o taco Eu já ganhei uma guerra sem dar um tiro e não é mentira E
introdução
Já fui no fundo da Terra voltei de lá sem fazer buraco E
B7 E
Aprendi fazer colar só de pingo d’água e ficou bonito B7
Eu fiz um laço de areia pra laçar bicho que não é fraco Amarrei onça no mato com reza braba e ficou segura E
Carreguei ferro em brasa que são se fogo dentro de um saco E
introdução
B7 E
Topei uma corriola só de bandido com pau e faca B7
Foi uma nuvem de poeira fiz a madeira virar cavaco Eu transformei o meu braço em uma espada que só admira E
introdução
Arrebentei tantas facas veio a polícia varrer os cacos E
B7 E
Caminhei por baixo d’água igual a um peixe e não sei nadar B7
Caminho que ninguém passa, passo correndo e não empaco Já fiz a barba do leão sem usar sabão e sem a navalha E
Duas jamantas correndo troco os pneus em usar macaco E
B7 E
O meu protetor é forte é o azulão do reino encantado B7
Num salão todo azulado que tem no céu ele foi morar E com sete santas virgens neste salão azulão está E
E duas vezes por dia este salão Deus vai visitar
B7 E
introdução
56
Baiano no coco
( MOACYR DOS SANTOS/VAQUEIRINHO )
Pagode
|| B7 | % | % | % | % | % | % | % | % | E | F# || B7
Quando eu vim lá da Bahia rumo a São Paulo eu meti os peitos F#7
Baiano veio de pau-de-arara ser pobre não é defeito Eu vim pra ganhar dinheiro serviço eu não enjeito F#7
B7
Só eu tô com uma vontade de comer coco que não tem jeito
introdução
B7
No começo foi difícil passei por caminho estreito F#7
Amizade com malandro é coisa que eu não aceito Comecei a trabalhar hoje eu vivo satisfeito F#7
B7
Só eu tô com uma vontade de comer coco que não tem jeito
introdução
B7
Tudo que Deus fez por mim eu acho que foi bem feito F#7
Tudo que eu pude fazer procurei fazer direito Em São Paulo eu sou tratado com carinho e com respeito F#7
B7
Só eu tô com uma vontade de comer coco que não tem jeito
introdução
B7
Quero rever a Bahia porque tenho esse direito F#7
Nosso Senhor do Bonfim trago dentro do meu peito Eu sonho com a Bahia mas São Paulo é o meu leito F#7
B7
Só eu tô com uma vontade de comer coco que não tem jeito
|| B7 || morrendo
57
Baldrana macia
( ARLINDO PINTO / ANACLETO ROSAS JÚNIOR )
Rasqueado ||: G | F | C | % | G | G7 | C | % :|| C
Comprei um caco chapeado e uma baldrana macia G
Um cochinil dos brancos pra minha besta Ruzia Um peitoral de argolinha e uma estrela que brilha C
introdução
Fui dar um passeio em Tupã só pra ver o que acontecia C
E quando entrei na cidade com a besta toda enfeitada G
O povo todo da rua parava até na calçada E as mulher que passavam olhavam admirada C
No meio delas vi uma que me prendeu numa olhada
introdução
C
Que morena tão bonita nunca vi mulher assim G
Pra onde eu me virava via ela olhar pra mim E eu vendo aquela flor parecida com jasmim C
Eu pensei comigo mesmo vou levar pro meu jardim C
Eu andei mais um pouquinho e da besta me apeei G
Fui chegando perto dela lindas coisas eu falei Ela então me respondeu se é por causa que eu olhei Você tá muito enganado foi da besta que eu gostei G
C G7 C ||
Você tá muito enganado foi da besta que eu gostei
introdução
58
Bandeira branca
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Pagode || B7 | % | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E || E
B7
E
Vou contar o que eu nunca vi pro sertão e pra cidade B7
E
Nunca vi guerra sem tiro e nem cadeia sem grade B7
Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade E
B7
E
B7| E | B7 | E
Nunca vi mãe amorosa do filho não ter saudade E
B7
E
Nunca vi homem pequeno que ele não fosse papudo B7
E
Eu nunca vi um doutor fazer falar quem é mudo B7
Nunca vi um boiadeiro carregar dinheiro miúdo E
B7
introdução
E
Nunca vi homem direito vestir calça de veludo E
B7
E
Eu nunca vi um carioca que não fosse bom sambista B7
E
Nunca vi um pernambucano que não fosse bom passista B7
Nunca vi um paraibano que não fosse repentista E
B7
E
B7| E | B7 | E
Nunca vi um deputado apanhar de jornalista E
B7
E
Eu nunca vi um paulista da vida se maldizendo B7
E
Nunca vi um paranaense que não esteja enriquecendo B7
Eu nunca vi um baiano no facão sair perdendo E
B7
E
introdução
Eu nunca vim um mineiro da luta sair correndo E
B7
E
Nunca vi um catarinense depois de velho aprendendo B7
E
Nunca vi um mato-grossense de medo andar tremendo B7
Eu nunca vi um gaúcho pra laçar precisar treino E
B7
E B7 | E | B7 | E
Eu nunca vi um goiano por paixão beber veneno E
B7
E
Nunca vi um fazendeiro andar em cavalo que manca B7
E
Pra fechar boca de sogra não vi chave, não vi tranca B7
Pra terminar meu pagode vou falar botando banca E
B7
E B7 | E
Quero ver meus inimigos levantar bandeira branca
59
Barbaridade
( WALTER AMARAL )
Arrasta-pé || B | % | F# | % | C#7 | % | F# | F#7 | B | % | F# | % | C#7 | % | F# || C#7
F#
Eu tava pescando peixe debaixo de um pé de embira C#7
F#
Peguei duzentos dourados e quatrocentas traíras C#7
F#
E ainda me escapou peixe que até hoje me admira C#7
F#
Num canudo de taquara eu achei uma abelheira C#7
F#
Com quinze guampa de mel e quatorze arrouba de cera C#7
F# F#7
Do canudo da taquara fiz vinte e cinco peneira B
F#
Barbaridade isso é bom que mete medo, C#7
F# F#7
O que mete medo é bom, isso é bom barbaridade C#7
introdução
F#
Achei um ninho de pomba que fiquei admirado C#7
F#
Duzentos pombinhos andando e trezentos ovos gorado C#7
F#
Duzentos e vinte e cinco que não tinham descascado C#7
F#
Fui fazer uma caçada me lembro e quase desmaio C#7
F#
Foi só num tiro que eu dei matei trinta papagaio C#7
F# F#7
A bala veio de volta e matou meu cachorro baio B
F#
Barbaridade isso é bom que mete medo, C#7
F# F#7
O que mete medo é bom, isso é bom barbaridade C#7
introdução
F#
Domingo de tardezinha vi uma coisa interessante C#7
F#
Vinte e cinco formiguinha carregando um elefante C#7
F# F#7
E o bicho de sentimento enforcou-se num barbante B
F#
Barbaridade isso é bom que mete medo, C#7
F# F#7
O que mete medo é bom, isso é bom barbaridade
introdução
60
Barco de papel
( REINALDO QUEIROZ / PANDIÁ / MARLIPE )
Toada || F | % | C | % | % | % | F | % | % | % | C | % | F || F
C
Meu grande amor somos dois barcos tristes F
E navegamos sempre em ondas fortes C
Por que seguimos rumos diferentes Bb
F
Um vai pro sul e o outro vai pro norte C
Pra onde vamos não existe porto F
No mar da vida somos clandestinos C
Dois condenados a morrer de amor F
% | % | C| %| %| %| F |
Na tempestade do fatal destino F
C
Estou perdido e você também F
Estamos os dois a chorar de saudade C
Não adiante navegar pra longe Bb
F
Se está tão perto a felicidade C
Estamos presos pelo compromisso F
Que a própria honra obriga a cumprir C
Mais o que nossos corações desejam F
%|%|C|%|%|%|F
Os nossos lábios não podem pedir F
C
Nas minhas noites de cruel revolta F
Sinto por dentro o coração que chora C
Mas o relógio do tempo marcou Bb
F
O nosso encontro tão fora de hora C
Vivemos perdidos pelo mar da vida F
E enfrentando a onda cruel C
Jamais iremos alcançar o porto F
Porque o nosso barco é de papel C
Jamais iremos alcançar o porto F
Porque o nosso barco é de papel
C F ||
61
Barra pesada
( CRAVEIRO / ZÉCA / VICENTE P. MACHADO MACHADO )
Cururú || E7 | A || 5 vezes E7
A
E7
A
Eu sou da barra pesada não sou da barra leviana E7
A
E7
A
Eu sou da turma que paga não sou da turma que engana E7
A
E7
introdução
A
Eu sou da turma que corta do jeito que cai a cana E7
A
E7
A
Num trecho de rua escura tem dez moças namorando E7
A
E7
A
Se tem uma que namora outras nove tá t á espiando E7
A
E7
A
introdução
Se tem uma que é séria outras nove falta pano E7
A
E7
A
Dez relógio trabalhando um atrasa e nove adianta E7
A
E7
A
Cada dez consumidor todos comem o que planta E7
A
E7
A
introdução
Cada dez mulher viúva uma chora e nove canta E7
A
E7
A
Eu sou da turma que tem te m não sou da turma que quer E7
A
E7
A
Eu sou da turma que vai vai e não volta de marcha marcha ré E7
A
E7
A
introdução
Eu sou da turma que casa e da ordem pra mulher E7
A
E7
A
Eu sou da turma que canta não sou da turma que berra E7
A
E7
A
Eu sou da turma que compra não sou da turma que serra E7
A
E7
A
Eu sou da turma que luta pelo bem da nossa terra
E7 A ||
62
Berrante de Madalena
( FAISCA )
Chula ||: G | D | G | D :|| D
G
D
G
Comprei uma boiada braba e vim trazendo do chão de Goiás D
G
D
G
Depois de atravessar a fronteira do rico r ico estado de Minas Gerais C
G
C
A boiada estourou no pé da grande Serra dos Cristais D
G
D
G
Lutei bastante quase o dia inteiro mas a boiada esparramava mais D
G
D
G
introdução
Morreram cinco dos meus companheiros fiquei sozinho com o capataz D
G
D
G
Meu companheiro me falou chorando espere Deus o nosso salvador D
G
D
G
Olhei pro céu e avistei baixando um misterioso disco voador C
G
C
Saltou por terra moça boiadeira e o seu berrante mudava de cor D
G
D
G
Falou contente com um lindo sorriso pra te salvar aqui hoje eu estou D
G
D
introdução 4 vezes durante a declamação
G
Eu vim do céu pra salvar a boiada e o seu berrante ela repicou Estou chegando tocando meu berrante, tenha juízo oh, meu grande amor Eu vim do céu pra salvar a boiada cumprindo as ordens do Nosso Senhor Com o repique do seu berrante logo a boiada foi aglomerando Os companheiros que tinham morrido naquele instante eu vi ressuscitando Com o milagre dessa boiadeira que para o céu ela foi levitando Seu rosto lindo era o de Madalena e as minhas penas ela foi perdoando Caí de joelhos com o rosto em terra de contente eu solucei chorando D
G
D
G
Quando a boiada entreguei em Barretos foi três mil bois contados na chegada D
G
D
G
Foi o milagre de Madalena a boiadeira que eu vi lá na estrada C
G
C
No outro dia eu fui acordando pois fui um sonho a grande jornada D
G
D
G
Por isso mesmo eu creio em Madalena a pecadora foi santificada D
G
D
G
Dissera sempre a minha protetora por que minh’alma já sento amparada
introdução
63
Berrante de ouro
( CARLOS CESAR / JOSÉ FORTUNA)
Toada || A | % | D | % | A | % | D || D
A
Nesta casinha junto ao estradão, faz muito tempo que eu parei ali G
A
G
A
D
Hei minha velha vamos recordar quantas boiadas eu já conduzi D7
G
Fui berranteiro e ao me ver passar você surgia me acenando a mão D
A
D
Até que um dia eu aqui fiquei preso no laço do teu coração D
A D
A
Vê ali está, o meu berrante no mourão do ipê G
A
G
A7
D
introdução
Vou cuidar melhor porque foi ele que me deu você D
A
Me lembro o dia em que eu aqui parei naquela viagem não cheguei ao fim G
A
G
A
D
Foi a boiada e com você fiquei e os peões dizendo adeus pra mim D7
G
Hei minha velha veja veja o estradão e o berrante que uniu uniu nos dois D
A
D
Nuvens de pó que para trás tr ás deixei recordações do tempo que se foi D
A D
A
Vê ali está, o meu berrante no mourão do ipê G
A
G
A7
D
introdução
Vou cuidar melhor porque foi ele que me deu você D
A
Naquele tempo em que bem longe vai do meu berrante repicando além G
A
G
A
D
Ecos de choros vindos do sertão ao recordar fico a chorar também ta mbém D7
G
Não é de ouro meu berrante não, mas para mim ele tem te m mais valor D
A
D
Porque foi ele que me deu você e foi você quem me deu tanto amor D
A D
A
Vê ali está, o meu berrante no mourão do ipê G
A
G
A7
D
Vou cuidar melhor porque foi ele que me deu você
A A7 D
64
Besta ruana
( ADO BENATI / TONICO)
Rasqueado || E | B | A | E | % | B7 | % | E || E
B7
E
Tinha uma besta ruana pus o nome de princesa B7
E
Outra igual não existia a cem léguas da redondeza B7
E
Eu no lombo da ruana já fiz mais de mil proeza B7
E
introdução
Minha besta marchadeira era mesmo uma beleza B7
E
Eu tratava da ruana com toda delicadeza B7
E
Se estourava uma boiada eu juntava na certeza B7
E
Atravessava o rio Pardo, sem medo da correnteza B7
E
Essa besta marchadeira ligeira por natureza B7
E
Um dia chegou a desgraça no atalho da represa B7
E
Caí numa pirambeira a ruana ficou presa B7
E
A besta quis levantar, mas lhe faltou a firmeza B7
E
E quebrou as quatro pernas e acabou minha princesa B7
introdução
E
Passei a mão na garrucha, apontei com bem firmeza B7
E
A ruana relinchou como um ato de defesa B7
E
Vi as lágrimas correr, ai do olhos da princesa B7
E
Matei ela com dois tiros, depois chorei de tristeza B7
introdução
E
Abri um a sepultura, enterrei minha riqueza B7
E
Fiz uma cruz de pau d’alho deixei quatro velas acesas B7
E
Na cruz eu fiz um letreiro escrevi com bem clareza B7
E
Matei pra não ver sofrer a minha saudosa princesa
B7 E ||
65
Bi campeão mundial
( TEDDY VIEIRA / ZÉ CARREIRO )
Pagode || B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E || A
A seleção canarinho brilhou lá no estrangeiro B7
E
Mostrou a graça e o valor do futebol brasileiro A
B7
Conquistou o bi campeão nem um tento eles perderam E B7 | E | B7 | E
Trouxeram a taça de volta pra terra que eles nasceram A
Brasil com os mexicanos primeiro a ser disputado B7
E
Perderam de dois a zero choraram ser derrotado A
B7
Brasil e Checoslováquia o jogo ficou empatado introdução
E
E os quadros perderam um ponto pra cada lado A
Brasil jogou com a Espanha que o primeiro gol marcaram B7
E
A nossa turma reagiu até no fim triunfaram A
B7
Brasil jogou com a Inglaterra que o futebol inventaram E
B7 | E | B7 | E
A taça campeão mundial os inglês nunca levaram A
Chileno entraram no campo todos gritaram olé B7
E
Ontem nos tomamos vodka hoje nós toma café A
B7
Vamos vencer o Brasil com Pelé ou sem Pelé E
introdução
Dessa vez dançaram samba na cadência do Mané A
Brasil e Checoslováquia para a disputa final B7
E
Contavam que eles venciam a seleção nacional A
B7
Aplicaram o tal ferrolho e sairam muito mal E
B7 | E | B7 | E
Brasil conquistou invicto o bi campeão mundial A
Viva Aimoré Moreira, viva o Vicente Feola B7
E
Viva os craques brasileiro e o marechal da virtória A
B7
Viva o Amarildo e garrincha e o Pelé que é o rei da bola E
Brasil é campeão do mundo nos somos campeão na viola
B7 | E ||
66
Bica d’água
( JOÃO GONÇALVES / PRODUTOR )
Cururu ||: E7 | % | A | % | E7 | % | A | % :|| A
E7
Lá no bairro onde moro não tem água encanada A
Mas tem uma bica d’água onde arrumo namora A7
D
E
A
Tem uma menina linda que é uma coisinha rica E7
A
introdução
Meu coração vira brasa quando ela passa lá em casa pra buscar água na bica A
E7
Seu pai é muito valente a menina é muito bela A
Atrás da cerca da horta onde converso com ela A7
D
E
A
Os seus lábios são bonitos seus dentinhos de canjica E7
A
Meu coração vira brasa quando ela passa lá em casa pra buscar água na bica A
introdução
E7
Lá perto da bica d’água já nasceu um pé de flor A
Já nasceu muitos abraços e também nosso amor A7
D
E
A
Quando estou nos braços dela mais bonita ela fica E7
A
Meu coração vira brasa quando ela passa lá em casa pra buscar água na bica A
introdução
E7
O namoro escondido é namoro mais gostoso A
Só nós dois na bica d’água tem momento perigoso A7
D
E
A
Se o seu pai descobrir o nosso amor se complica E7
A
Meu coração vira brasa quando ela passa lá em casa pra buscar água na bica
introdução
67
Bicho bom
( VICENTE DIAS / LUIZ DE LARA / BARRERITO )
Batidão ||: F# | C# | % | F# | C# | % | F# :|| C#
F#
Hei bicho bom, bicho bom é mulher C#
refrão 2 vezes
F#
Quanto mais a gente tem muito mais a gente quer C#
F#
Duas mulheres é bom quatro ou cinco é muito mais C#
F#
Seja loira ou morena pobre ou rica tanto faz C#
F#
Mas também se for sincera uma também não é pouco C#
F#
Uma mulher carinhosa deixa qualquer homem louco C#
F#
Hei bicho bom, bicho bom é mulher C#
refrão 2 vezes
F#
Quanto mais a gente tem muito mais a gente quer C#
F#
O homem tem que ser forte valente e destemido C#
F#
Tem que enfrentar a morte cara a cara se é preciso C#
F#
Se o negócio é com mulher seja na hora que for C#
F#
Tem que trata-la com jeito, com carinho e muito amor C#
F#
Hei bicho bom, bicho bom é mulher C#
F#
Quanto mais a gente tem muito mais a gente quer C#
refrão 2 vezes
F#
Já fui picado por cobra, escorpião e carangue jo C#
F#
Tenho veneno no sangue para tudo tem um jeito C#
F#
O meu corpo é vacinado para qualquer ferimento C#
F#
Mas picada de mulher confesso que não agüento C#
F#
Hei bicho bom, bicho bom é mulher C#
F#
Quanto mais a gente tem muito mais a gente quer
refrão 2 vezes
68
Blusa vermelha
( MANGABINHA / RONALDO ADRIANO / JOSÉ RUSSO )
Guarânia || G | % | D | % | A | A7 | D | % || D
A7
D
Quando olho na parede e vejo o seu retrato A7
As lágrimas banham o meu rosto num pranto sem fim Sento na cama e fico sozinho no quarto G
D
Vem a saudade maldita e se apossa de mim D
A7
D
Levanto e vou ao guarda roupa e abro as portas D7
G
Vejo a blusa vermelha que você deixou D
Dai então o desespero rouba minha calma A7
Eu saio pra rua e até minha alma D
| D C#m Bm |
Chora em silêncio ao sentir minha dor A
D
Deus, Oh! Senhor Poderoso eu lhe faço um pedido A
A7
D
D7
Mande um alivio à este coração que sofre G
D
A
Se ela um dia regressar eu lhe agradeço Porém padecer como eu padeço A7
D
introdução
Prefiro mil vezes que me mande a morte D
A7
D
Levanto e vou ao guarda roupa e abro as portas D7
G
Vejo a blusa vermelha que você deixou D
Dai então o desespero rouba minha calma A7
Eu saio pra rua e até minha alma D
| D C#m Bm |
Chora em silêncio ao sentir minha dor A
D
Deus, Oh! Senhor Poderoso eu lhe faço um pedido A
A7
D
D7
Mande um alivio à este coração que sofre G
D
A
Se ela um dia regressar eu lhe agradeço porém padecer como eu padeço A7
D
Prefiro mil vezes que me mande a morte
Gm | D ||
69
Boi amarelinho
( RAUL TORRES )
Moda de viola || D A7 D | A7 D ||
Eu sou aquele boizinho, que nasceu no mês de maio Desde que nasci no mundo, foi só pra sofrer trabalho
D A7 D
Fizeram nosso batismo, lá nas margens do riozinho Por causa da minha cor, eu fui chamado Amarelinho
D A7 D
Meu pai era um boi turuna, que nasceu num sapezal Seu nome era Barbadão, com sobre nome Marroá.
D A7 D
Quando eu tava de ano e meio, já fizeram a amansação Em vez de amansar no carro, me amansaram no carretão
D A7 D
Carreiro que me guiava era o Mulato Pimpão Me dava com pé da vara e me chuchava ai,com ferrão.
D A7 D
Me dava com pé da vara só fazendo judiação Eu preguei uma chifrada, ai que varou no coração.
D A7 D
Aí meu senho já disse, eu vou mandar este boi pro corte Não trabalha no meu carro, boi que já deve uma morte D A7 Eu tava no alto da serra, e avistei dois cavaleiros. O dois laços na garupa, e dois cachorros perdigueiro. D A7
D
D
Pois era o senho patrão, que vinha me visitar. Com malvado carniceiro, que já vinha negociar.
D A7 D
Adeus campo da Varginha, terreno dos Ananais. Os olhos que me vê hoje, amanha não me vê mais.
D A7 D
Eu cheguei no matador, não encontrava saída. O melhor jeito que tem, é entregar a minha vida.
D A7 D
O malvado carniceiro, já correu afiar o facão Pra largar uma facada, bem certa no coração.
D A7 D
Botei meu joelho em terra, só pra vê sangue correr. E o malvado com a caneca, ainda aparava pra beber.
D A7 D
Vou fazer minha promessa, pra quem meu couro tirar Que o mundo da muitas voltas, e sem camisa vai ficar.
D A7 D
70
Boi araça
( TINICO / PEDRO CHIQUITO )
Cateretê || G7 | C | D7 | G || G
C
D7
G
Comecei lidar com gado de doze anos em diante D7
G
Perdi pai e perdi mãe, sofrimento foi bastante C
D7
G
Me ajustei numa fazenda de boiadeiro volante G7
C
D7
G
introdução
Na ponta de uma boiada ai, fazia chorar o berrante G
C
D7
G
Fiquei um peão afamado muita firmeza no braço D7
G
Meu burrão mestre na lida ai nunca teve fracasso C
D7
G
Arriamento completo enfeite que eu mesmo faço G7
C
D7
G
Zebú por brabo que se ja ai, berra na ponta do laço G
C
D7
introdução
G
Fazenda Campina Verde sumiu um boi araça D7
G
Tá fazendo um ano e meio que não sai do carrascal C
D7
G
Ai serviço perigoso é que eu gosto de arriscar G7
C
D7
G
Garanti pro fazendeiro ai, trazer o touro no curral G
C
D7
introdução
G
Eu fui descendo a restinga depois de muito cansaço D7
G
Avistei um boi selvagem tava beirando o riacho C
D7
G
Apertei o chinchador burrão afirmou o passo G7
C
D7
G
Joguei o cipó de alcance ai, ringiu os tentos do laço G
C
D7
introdução
G
Meu burrão veio golpeando de chinchadeira estirada D7
G
Trouxe o touro na mangueira cumprimentei a moçada C
D7
G
Patrão perguntou o preço eu respondi não é nada G7
C
D7
G
É sinal de amizade ai pro senhor e a peãozada
introdução
71
Boi de carro
( TINOCO / ANACLETO ROSA JR )
Cateretê || A | B7 | E || B7
A
E
Na mangueira na fazenda do lajeado B7
E
B7
E
E7
Conheci um boi malhado descaído como que A
E
Tempo de moço quando eu era candeeiro B7
E
introdução
Boi malhado era ligeiro, trabalhava com você B7
A
E
Boi de carro hoje velho e rejeitado B7
E
B7
E
E7
Seu cangote calejado da canga que te prendeu A
E
Boi de carro ainda sou seu companheiro B7
E
Estou velho e sem dinheiro seu destino é igual ao meu E
B7
A
introdução
E
Boi de carro sem valia foi quebrado B7
E
B7
E E7
De puxar carro pesado costume que o patrão faz A
E
Eu trabalhei trinta anos estou cansado B7
B7
E
Do lugar fui despachado, diz que eu já não presto mais B7
A
introdução
E
Boi de carro seu olhar triste e parado B7
E
B7
E
E7
Ruminando já cansado do desprezo do patrão A
E
Boi de carro eu também to ruminando B7
E
Esta mágoa vou levando dos homens sem coração B7
A
E
Boi de carro o seu dia tá marcado B7
E
B7
E
E7
Pro corte foi negociado pra matar no fim do mês A
E
Adeus malhado meu sentimento é profundo B7
E
Vou andando pelo mundo esperando a minha vez
introdução
72
Boi Soberano
( CARREIRINHO / IZALTINO G. PAULA / PEDRO L. OLIVEIRA )
Moda de vila
Me lembro e tenho saudade do tempo que vai ficando Do tempo de boiadeiro que eu vivia viajando Eu nunca tinha tristeza vivia sempre cantando Mês e mês cortando estrada no meu cavalo ruano Sempre lidando com gado desde a idade de quinze anos Nunca me esqueço dum transporte seiscentos bois cuiabano No meio tinha um boi preto por nome de Soberano Na hora da despedida o fazendeiro foi falando Cuidado com este boi que nas guampas é leviano Este boi é criminoso já me fez diversos danos Tocamos pela estrada naquilo sempre pensando Na cidade de Barretos na hora que eu fui chegando A boiada estouro, ai só via gente gritando Foi mesmo uma tirania na frente ia o Soberano O comércio da cidade as portas foram fechando E na rua tinha um menino de certo estava brincando Quando ele viu que morria de susto foi desmaiando Cuitadinho debruçou na frente do Soberano O Soberano parou ai, em cima ficou bufando Rebatendo com o chifre os boi que vinham passando Naquilo o pai da criança de longe vinha gritando Se esse boi matar meu filho eu mato quem vai tocando E quando viu seu filho vivo e o boi por ele velando Caiu de joelho por terra e para Deus foi implorando Salve meu anjo da guarda desse momento tirano Quando passou a boiada o boi foi se retirando Veio o pai dessa criança me comprou o Soberano Esse boi salvou meu filho ninguém mata o Soberano
73
Boiada cuiabana
( RAUL TORRES )
Moda de viola || E B7 E ||
Vou contar a minha vida, do tempo que eu era moço De uma viagem que eu fiz, lá pro sertão de Mato Grosso E B7 E
Fui buscar uma boiada, isto foi no mês de agosto. Meu patrão foi embarcado, pra linha Sorocaba Capataz da comitiva, era Juca Flor da Fama E B7 E
Foi tratado pra trazer, uma boiada cuiabanas. Eu sai com o Lambari, na minha besta ruana Só depois de trinta dias, que chegamos em Aquidauana E B7 E
La fiquei em namorado, de uma malvada baiana. No baio foi João Negrão, no Tordilho Severino. Zé no Alazão, no Pampa foi Catarino E B7 E
A madrinha e o cargueiro, quem puxava era um menino. Na volta em Campo Grande, num cassino fui entrando Uma linda paraguaia, na mesa estava jogando. E B7 E
Botei a mão na gibeira, dinheiro estava sobrando. Ela mandou me dizer, pra mim que fosse chegando Eu virei e disse pra ela, vá bebendo eu vou pagando E B7 E
Eu joguei nove partida, meu dinheiro foi andando. Declamado. A lua foi se escondendo, vinha rompendo a manhã e aquela morena bonita, trigueira cor de romã. Soluçando me pedia. Negro, se me quiseres, leve-me contigo que te darei toda minha alma, todo meu carinho, e todo meu amor. E os boiadeiros no rancho, estavam prontos pra partir. Numa roseira cheirosa, os passarinhos cantavam. E a minha besta ruana, parece que adivinhava. Que eu sozinho não partia, meu amor me acompanhava. E B7 E
De Campo Grande parti, com a boiada cuiabanas Meu amor veio na anca, da minha besta ruana. E B7 E
Hoje eu tenho quem me alegra, na minha velha choupana.
74
Boiadeiro de fama
( PIRACI / LOURIVAL DOS SANTOS )
Rasqueado || D | % | G | % | D | % | G || G
D
G
Sou boiadeiro de fama conheço vinte e um estado G7
C
D
G
Tenho um cavalo tordilho puro sangue bem treinado D
G
Pra tocar uma boiada eu peço bom ordenado G7
C
D
G
introdução
No lombo do meu cavalo pro patrão eu falo dinheiro adiantado G
D
G
Eu carrego na garupa dois laços dependurados G7
C
D
G
Quem tem dois laços vai sempre muito bem preparado D
G
Eu laço boi na carreira e dou tombo calculado G7
C
D
introdução
G
Distância de oito braça eu jogo meu laço de olhos fechado G
D
G
Da fazenda do Rio Grande eu recebi um recado G7
C
D
G
Pra pegar um boi mandingueiro eu fui atender o chamado D
G
Eu cheguei lá na fazenda eu tava sendo esperado G7
C
D
G
introdução
Pra pegar um boi arisco que bom boiadeiro não tinha pegado G
D
G
Perguntaram do meu nome respondi bem compassado G7
C
D
G
Me chamaram de Mineiro por onde eu tenho passado D
G
Mas pra dizer mesmo a verdade eu nem sei o meu estado G7
C
D
G
introdução
Minha casa é o chapéu debaixo do céu eu tô bem guardado G
D
G
Fui a procura de boi serviço bem arriscado G7
C
D
G
Levei são Jorge no peito eu fui bem acompanhado D
G
Fiquei dois dias no mato mas trouxe o boi arrastado G7
C
D
G
Mostrei que eu sou positivo eu trouxe o boi vivo e o chifre serrado
introdução
75
Boiadeiro de palavra
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS / MOACYR DOS SANTOS )
Cururú || F# | B | F# | B | F# | B || B
F#
B
Boiadeiro de palavra que nasceu lá no sertão F#7
Não pensava em casamento por gostar da profissão E
F#
B
Mas ele caiu no laço de uma rosa em botão F#7
B
Morena cor de canela, cabelos cor de carvão E
F#
B
Estes cabelos compridos quase esbarrava no chão F#7
B
F#7 | B
E para encurtar a história era filha do patrão B
F#
B
F#7
Boiadeiro deu um pulo de pobre foi à nobreza além da moça ser rica dona de grande beleza E
F#
B
F#7
B
Ele disse assim pra ela com classe e delicadeza esses cabelos compridos são minha maior riqueza E
F#
B
F#7
introdução
B
Se um dia você cortar nós separa na certeza além de te abandonar vai haver muita surpresa B
F#
B
F#7
Um mês depois de casada o cabelo ela cortou boiadeiro de palavra nesta hora confirmou E
F#
B
F#7
B
No salão que a esposa foi com ela ele voltou mandou sentar na cadeira e desse jeito falou E
F#
B
F#7
B
F# | B
Passe a navalha no resto do cabelo que sobrou o barbeiro não queria a lei do trinta mandou B
F#
B
F#7
Com o dedo no gatilho pronto pra fazer fumaça ele virou um leão querendo pular na caça E
F#
B
F#7
B
Quem mexeu nesse cabelo vai cortar o resto de graça a navalha fez limpeza na cabeça da ricaça E
F#
B
F#7
B
introdução
Boiadeiro caprichoso caprichou mais na pirraça fez a morena careca dar uma volta na praça B
F#
B
F#7
E lá na casa do sogro ele falou sem receio vim devolver sua filha pois não achei outro meio E
F#
B
F#7
B
A minha maior riqueza eu olho e vejo no espelho e um rosto com vergonha que atoa fica vermelho E
F#
B
F#7
B
Sou igual um puro sangue que não deita com arreio prefiro morrer de pé do que viver de joelho
F# | B ||
76
Boiadeiro errante
( TEDDY VIEIRA )
Toada || E | B7 | A | E | % | B A | G#m F#m | E || E
B7
E
Eu venho vindo de uma querência distante B7
E
B7
Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra A
B7
O meu cavalo corre mais que o pensamento A
B7
E
Ele vem no passo lento porque ninguém me espera B7
E
Tocando a boiada auê, uê, uê, boi, eu vou cortando a estrada, auê, boi B7
introdução
E
Tocando a boiada auê, uê, uê, boi, eu vou cortando a estrada, auê, boi E
B7
E
Toque o berrante com capricho Zé Vicente B7
E
B7
Mostre para essa gente o clarim das alterosas A
B7
Pegue no laço não se entregue companheiro A
B7
E
Chame o cachorro campeiro que essa rês é perigosa B7
E
Olhe na janela auê, uê, uê, boi que linda donzela auê, boi B7
E
Olhe na janela auê, uê, uê, boi que linda donzela auê, boi E
B7
introdução
E
Sou boiadeiro minha gente o que é que há? B7
E
B7
Deixe o meu gado passar vou cumprir a minha sina A
B7
Lá na baixada quero ouvir a seriema A
B7
E
Pra lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas B7
E
Ela é culpada auê, uê, uê, boi, de eu viver nas estradas, auê, boi B7
introdução
E
Ela é culpada auê, uê, uê, boi, de eu viver nas estradas, auê, boi E
B7
E
O rio tá calmo e a boiada vai passando B7
E
B7
Veja aquele boi berrando, Chico Bento corre lá A
B7
Lace o mestiço salve ele das piranhas A
B7
E
Tire o gado da campanha pra viagem continuar B7
E
Com destino à Goiás, auê, uê, uê, boi, deixei Minas Gerais auê, boi B7
E
Com destino à Goiás, auê, uê, uê, boi, deixei Minas Gerais auê, boi
77
Bom de bico
( MOACYR DOS SANTOS / SULINO )
Pagode || A | E7 | A | E7 | A | E7 | A || A7
D
E7
A
No dia que eu me casei deu um bafafá danado E7
A
Casei na delegacia lá do nosso povoado A7
D
E7
A
O juiz que me atendeu é um famoso delegado E7
A
Os padre com a cerimônia foi um bando de soldado A7
D
E7
A
Meu sogro foi testemunha com o revólver carregado E7
A
introdução
Se acaso eu dissesse não eles tinha me matado A7
D
E7
A
Casamento esforçado muitas vez não é ruim E7
A
Eu sofria pelo mundo hoje eu vivo num jardim A7
D
E7
A
Bem que eu não quis casar mas eles quiseram assim E7
A
Durmo num colchão de mola já não durmo no capim A7
D
E7
A
Brigo muito com a mulher mais a briga vai ter fim E7
A
No dia que eu bato nela meus cunhados bate em mim A7
D
E7
introdução
A
Trabalha eu não trabalho não dou bola pra ninguém E7
A
Sustentar a filha dos outros eu acho que não convém A7
D
E7
A
Gosto de viver encostado sempre nas costas de alguém E7
A
Vida boa igual a minha não é qualquer um que tem A7
D
E7
A
Lá na casa do meu sogro vou vivendo muito bem E7
introdução
A
Ele trata da mulher e trata de mim também A7
D
E7
A
Canto moda de viola para não ouvir fuxico E7
A
O velho até suspira nos ponteados que eu repico A7
D
E7
A
O velho que era pão duro já deixou de ser ridículo E7
A
Viver nas custa dos outros eu levo a vida de rico A7
D
E7
A
Fome eu não passo mesmo sem dinheiro eu não fico E7
A
Pra viver sem trabalhar precisa ser bom de bico
E7 A ||
78
Bom demais
( LOURIVAL DOS SANTOS / AUGUSTO TOSCANO )
Pagode || C | G | D7 | G | C | G | D7 | G | D7 | G | D7 | G || D7
G
Telefone é preto e não é café, D7
G
Eu sou bom na bola e não sou Pelé. D7
Eu sou bom no tapa e melhor no pé, G
introdução
Eu sou ruim pros homens e bom pras mulher. D7
G
Tem gente que bebe e não tem controle, D7
G
Eu vejo no chão e deixo que role. D7
Tem que benzer no primeiro gole, introdução
G
A pinga derruba é caboclo mole. D7
G
Lá na minha casa eu sei manda, D7
G
Briguei com a muié fiz ela ajoelhar. D7
Minha mulher de joelho reclama, G
introdução
Para me tirar debaixo da cama. D7
G
Cabo de machado me faz correr, D7
G
O cabo de enxada me faz tremer. D7
Feijão com arroz eu limpo no prato, G
introdução
Mais se eu plantar vai morrer no mato. D7
G
As modas de ho je é bom pros maridos. D7
G
Um metro de pano da dois vestidos. D7
A moda de hoje eu acho feio, G
As muié já senta mostrando o joelho. D7
introdução
G
Vou fazer vestido pra mulherada, D7
G
O modelo é novo e não custa nada. D7
Parte da frente pano não tem, G
D7 | G ||
A parte de traz é assim também.
79
Bom Jesus de Pirapora
( ADO BENATTI / SERRINHA )
Toada || E7 | % | A | % | E7 | % | A | % | E7 | % | A | % ||
Mãe nome sagrado que a gente venera e adora Criatura que mais se ama depois de Nossa Senhora Vendo minha mãe paralítica sem sinal de melhora Levei ela confiante ao Bom Jesus de pirapora E7
A
Num velho carro de boi saímos estrada afora E7
A
Passando em toda cidade perigo de hora em hora E7
A
Dormindo nos matarel, aonde as pintadas mora E7
A
E7 | % | A | % ||
Mas quem tem fé neste mundo sofre calado e não chora E7
A
Com dez dias de viagem sem esperança a perder E7
A
Do alto de um espigão ouvi o sino gemer E7
A
Eu vi a linda paisagem que nunca hei de esquecer E7
A
E7 | % | A | % ||
A matriz de Pirapora nas margens do rio Tietê E7
A
Até a porta da igre ja o meu carro nos conduz E7
A
Levei minha mãe no colo num altar cheio de luz E7
A
Ali mesmo ajoelhei fazendo o sinal da cruz E7
A
E7 | % | A | % ||
Beijei a imagem sagrada do abençoado Jesus E7
A
E a cura milagrosa deu-se ali naquela hora E7
A
Minha mãe saiu andando daquela igreja pra fora E7
A
Foi o milagre da fé falo por Nossa Senhora E7
A
Bendito sejas pra sempre Bom Jesus de Pirapora
E7 | % | A | % ||
80
Bombardeio
( ZÉ CARREIRO / GERALDO COSTA )
Moda de viola || E | B7 | E | B7 | E
Ai do jeito que me contaram o negócio pra mim tá feio B
Já fizeram uma reunião já formaram este torneio Ai, a respeito a cantoria querem-me tirar o galeio || E | B7 | E | B7 | E
Pra rebaixar o meu nome já aplicaram todos meios Ao, já mandaram fazer moda e diz que estas modas já veio B
Essas modas vem de longe enviada pelo correio Ai, moda só de me abater diz que tem caderno cheio || E | B7 | E | B7 | E
Pro dia do nosso encontro me fizeram bombardeio Ai sendo que eu não mereço de cair nestes enleios B
Quando eu chego nos fandangos meus colegas eu não odeio Ao todas modas que eles cantam dou valor e apreceio || E
Conforme repica a viola eu bato palma e sapateio A
A
Ai eu não sou mesmo instruído, ai A
A B E ||
Eu pouco escrevo e pouco leio, ai Ai eu não sou mesmo instruído eu pouco escrevo e pouco leio B
Mas minha sabedoria serve só pro meu custeio Ai quando passo a mão no pinho canto sem ter receio || E | B7 | E | B7 | E
Porque eu faço a cortesia sem pegar chapéu alheio
81
Boneca cobiçada
( BIÁ / BOLINHA )
Bolero ||: Em | A7 | % | D | % :|| D
Quando eu te conheci do amor desiludida Em
Fiz tudo e consegui dar vida a tua vida G
Dois meses de aventura o nosso amor viveu A7
G
D
Dois meses com ternura beijei os lábios teus Porém eu já sabia que perto estava o fim Em
Pois tu não conseguia viver só para mim G
Eu poderei morrer mas os meus versos não A7
G
D
Minhas voz há de ouvir ferindo o coração Em
A7
Boneca cobiçada
D
das noites de sereno Em A7
Teu corpo não tem dono
D
teus lábios tem veneno
Em A7
Se queres que eu sofra Em
D Db7 C7 B7
é grande o teu engano A7
Pois olha nos meus olhos
D
|| D | % | D | Em | % | G | % | A7 G D ||
vê que não estou chorando
D
Porém eu já sabia que perto estava o fim Em
Pois tu não conseguia viver só para mim G
Eu poderei morrer mas os meus versos não A7
G
D
Minhas voz há de ouvir ferindo o coração Em
A7
Boneca cobiçada
D
das noites de sereno Em A7
Teu corpo não tem dono
D
teus lábios tem veneno
Em A7
Se queres que eu sofra Em
Pois olha nos meus olhos
D Db7 C7 B7
é grande o teu engano A7
D
vê que não estou chorando
82
Brasil Caboclo
( TONICO / WALTER AMARAL )
Toada ||: E7 | A :||
No amanhecer da minha roça, vem surgindo o clarão Caboclo deixa a palhoça pra fazer a plantação, E o carro de boi gemendo no alto do chapadão Os passarinhos cantando começando um barulhão Este é o Brasil caboclo, este é o meu sertão A
E7
Casinha de palha lá no ribeirão A
Uma linda cabocla e um cavalo bom A7
Som de uma viola
D
alegra a solidão
A
E7
A
Este é o Brasil caboclo, este é o meu sertão A
introdução
E7
Choro da cascata cai lá no grotão A
A lua de prata ouvindo a canção A7
D
Voz da serenata gemer do violão A
E7
A
introdução
Este é o Brasil caboclo, este é o meu sertão A
E7
Sino da capela dobra em oração A
Cigarra cantando tarde de verão A7
D
Cabocla sambando noite de São João A
E7
A
Este é o Brasil caboclo, este é o meu sertão
introdução
83
Burro picaço
( ANACLETO ROSA JR )
Rasqueado || C | G | % | C | C7 | F | G7 | C || C
G
C
Comprei um burro picaço, de três anos mais ou menos G
C
Na hora de dar o recibo o tropeiro foi dizendo: F
G
C
- Cuidado com esse macho! Esse bicho tem fama de ser perigoso G
C
introdução
Por ter matado um peão o nome do burro ficou Criminoso C
G
C
Joguei o lombio no burro o macho se estremeceu G
C
Apertei a barrigueira o meu burrão se encolheu F
G
C
Sentei em cima do lombo o povo de perto de medo correu G
C
Mas fato é que minha gente, pagão que me agüente ainda não nasceu C
G
introdução
C
Tosei a crina do burro no sistema meia lua G
C
Pra cortar uma légua e meia o meu criminoso nem sua F
G
C
Pra varar uma tranqueira, passar uma porteira por cima ele voa G
C
introdução
Sai fogo de todo lado no passo picado na pedra da rua C
G
C
Eu já burro ligeiro mais igual este ainda não G
C
Enjeitei cinco pacote do filho do meu patrão F
G
C
Gosto muito de dinheiro cinco mil cruzeiro não leva o machão G
C G7 C
Pra falar mesmo a verdade não existe riqueza que compre o burrão
84
Buscando a felicidade
( TUPI / TAPUÃ )
Toada || C7 | % | F | % | G | % | C || C
G C
G
F
C
Buscando a felicidade a minha infância perdi C7
F
G
C
Já se foi a mocidade tenho que parar aqui G
C
G F
C
Só me resta agora a vida que um dia irá também C7
F
G
C
Se a felicidade existe a minha está com alguém G
C
G
C
Já cansei de procurar já cansei, já fiz de tudo e porque C7
F
Ab
G
C
introdução
Será que na vida inteira não fiz por te merecer C
G
C
G
F
C
Amores já não sei quantos em minha vida passou C7
F
G
C
A paz que tanto procuro minha alma não encontrou G
C
G
F
C
Dinheiro quanto dinheiro que até a conta perdi C7
F
G
C
O que mais eu precisava ainda não consegui G
C
G
C
Já cansei de procurar já cansei, já fiz de tudo e porque C7
F
Ab
G
C
Será que na vida inteira não fiz por te merecer C7
F
G
C
Será que na vida inteira não fiz por te merecer
85
Cabelo de trança
( TONICO / TINOCO / ZÉ PAIOÇA )
Guarânia || D | C#m | Bm | E | % | D | E | A ||
Lá na beira da estrada uma casinha existe Uma moça muito triste sem o riso da esperança Perguntei do seu passado ela respondeu chorando Meu destino vou marcando em cada nó da minha trança A
D
A
E
Quando era pequena não tinha dois anos mal tô recordando este nó quem deu D
A
E
A
Minha mãe doente já sem esperança e fez uma trança e depois morreu E
Foi passando o tempo eu triste lembrava da mãe e chorava meu pai foi embora D
A
E
A
Eu fiquei sozinha nessa taperinha com minha madrinha que é Nossa Senhora A
D
A
introdução
E
Fiquei noiva um dia recebi aliança meu noivo na trança uma fita amarrou D
A
E
A
A fita é o luto que o destino encerra ele foi pra guerra nunca mais voltou E
Lá no cemitério quando a tarde desce vou fazer uma prece muito entristecida D
A
E
A
Já sem esperança chorando a lembrança vejo em cada trança toda minha vida
introdução
86
Cabelo loiro
( TIÃO CARREIRO / ZÉ BONITO )
Arrasta- pé
||: B7 | % | E | % :|| B7
A
E
Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai B7
E
2 vezes
Cabelo loiro vai acabar de me matar B7
A
Todos velhos já foi moço já gozou a mocidade B7
| refrão | introdução 1 vez |
Eu também já tive amor, hoje só resta saudade B7
A
Vou me embora pra bem longe aqui não posso ficar B7
| refrão | introdução 1 vez |
Vivendo pertinho dela minha vida é só chorar B7
A
Você diz que bala mata, bala não mata ninguém B7
A bala que mais me mata é o desprezo do meu bem B7
| refrão | introdução 1 vez |
A
Casa de pobre é ranchinho, casa de rico é de telha B7
| refrão | introdução 1 vez |
Se ter amor fosse crime minha casa era cadeia B7
A
Quanto mais tu me despreza a dor no meu peito inflama B7
| refrão | introdução 1 vez |
Quem não quero me quer bem quem eu quero não me ama B7
A
Beija-flor que beija a rosa se despede do jardim B7
Assim fez o meu amor quando despediu de mim
| refrão | introdução 1 vez |
87
Cabo Mesquita
( GERALDINHO / ROGÉRIO DANTAS )
Cururú || G | F | C | G7 | C || C
G
C
O bravo Cabo Mesquita patrulheiro rodoviário G
F
C
Zelava por vida alheia no seu trabalho diário G
C
Somente à sua família dedicava o seu salário G
C
Muito honesto e competente era este o comentário C7
F
G7
C
introdução
Só punia o infrator quando era necessário C
G
C
Em um comando na pista proteção à sociedade G
F
C
Vem surgindo um caminhão em alta velocidade G
C
Ao seu sinal de parada o motorista invade G
C
- Vou atrás! - disse Mesquita - se reagir tranco nas grades ! C7
F
G7
introdução
C
Por ultrapassar oitenta e desrespeito à autoridade C
G
C
Vem entrando na cidade lhe seguindo o policial G
F
C
O motorista parou na porta de um hospital G
C
- Socorra doutor depressa, este é um caso fatal G
C
O menino atropelado tá passando muito mal! C7
F
G7
C
introdução
Socorri ele na estrada e o autor não sei do tal C
G
C
Quando o doutor no momento acabou de receber G
F
C
Foi botando o motorista com o guarda a se entender G
C
Sobre a minha imprudência não é preciso dizer G
C
Aqui estão meus documentos, veja lá o que vai fazer C7
F
G7
C
introdução
Eu não podia deixar uma criança morrer C
G
C
O Mesquita foi dizendo sentindo grande emoção G
F
C
Aqui dentro dessa farda também tem um coração G
C
Nada vai lhe acontecer, siga em frente meu irmão G
C
Por você estar cumprindo o seu dever de cidadão C7
F
G7
C
O seu gesto de nobreza foi maior que a infração
G7 C ||
88
Cabocla
( TONICO / TINOCO )
Toada || Am | B7 | Em | % | Am | B7 | Em | E7 | Am | B7 | Em | % | F#7 | B7 | Em | B7 Em || Em
E7
Am
Cabocla como é triste meu viver B7
Em
Sem esquecer um só momento o teu amor Am
Em
Me deixaste no sertão abandonado F#7
B7
Em
Este caboclo magoado padecer com grande dor E
E7
A
Sua casinha lá no alto da montanha B7
A
E
Agora é tão estranha tem mesmo a cor da saudade A
B7
E
Que crueldade da cabocla minha amada B7
E
Esqueceu sua morada e a minha felicidade A
B7
E
Que crueldade da cabocla minha amada A
B7
E
introdução
Esqueceu sua morada e a minha felicidade Em
E7
Am
Pedi à um santo a minha felicidade B7
Em
Eu quero por caridade o amor dessa mulher Am
Em
Quem tanto quer, quem te ama e quem te adora F#7
B7
Em
Tão triste chora neste rancho de sapé E
A
Me desprezaste por um outro da cidade B7
E
A maior infelicidade é desprezar quem quer bem A
E
A sorte foge e o dinheiro se escasseia B7
E
Torna vir morar na aldeia fica igual a eu também A
E
A sorte foge e o dinheiro se escasseia A
B7
E
Torna vir morar na aldeia fica igual a eu também
89
Cabocla Teresa
( JOÃO PACÍFICO / RAUL TORRES )
Toada ||: E | % | B7 | % :||
Lá no alto da montanha numa casa bem estranha toda feita de sapé, Parei uma noite à cavalo pra morde de dois estalos que eu vi lá dentro bater Apeei com muito jeito, ouvi um gemido perfeito e uma voz cheia de dor : -Você, Teresa, descansa, jurei de fazer vingança por causa do meu amor. Pela fresta da janela por uma luzinha amarela de lampião quase apagando Vi cabocla no chão e um cabra tinha na mão uma arma alumiando Virei meu cavalo a galope risquei de espora e chicote sangrei a anca do tal Desci a montanha abaixo, e galopando meu macho o sue doutor fui chamar Voltamos lá pra montanha naquela casinha estranha eu e mais seu doutor Topamos com um cabra assustado que chamando nos de lado a sua história contou E
A
E
B7
Há tempo eu fiz um ranchinho pra minha cabocla morar A
B7
A
B7
E
Pois era ali nosso ninho, bem longe deste lugar E
A
E
B7
No alto lá da montanha perto da luz do luar A
B7
A
B7
E
Vivi um ano feliz sem nunca isto esperar E
A
E
B7
E muito tempo passou pensando em ser tão feliz A
B7 A B7
E
Mas a Teresa doutor felicidade não quis E
A
E
B7
Pus meu sonho neste olhar, paguei caro o meu amor A
B7
A
B7
E
Pra morde outro caboclo meu rancho ela abandonou E
A
E
B7
Senti meu sangue ferver jurei a Teresa matar A
B7
A
B7
E
O meu alazão arriei e ela eu fui procurar E A
E
B7
Agora já me vinguei é este o fim de um amor A
B7
A
B7
E
Pois esta cabocla matei é a minha história doutor
90
Caboclo decidido
( SERRINHA )
Rasqueado || B7 | % | E | % | B7 | % | E | % || E
B7
E
Eu comprei uma mula ligeira e que tem a marcha leviana B7
Eu sai de Porto Epitácio e fui descendo a Sorocabana A
E
B7
introdução
E
Pra atender um recado amoroso de uma moreninha lá da Mogiana E
B7
E
Eu já sei por notícia corrida foi no meio desta semana B7
Que os parentes da moreninha contra eu vão fazer uma trama A
E
B7
E
introdução
Diz que vão me dar uma surra quebrada de pau com três dias de cama E
B7
E
Essa gente ainda não me conhece onde eu moro e de onde que eu vim B7
Pois qualquer paixão me diverte já mandei um recado assim A
E
B7
E
No pedaço de chão que eu brigar nunca mais minha gente não nasce capim E
B7
introdução
E
Eu mandei avisar os parentes prevenindo a linda donzela B7
Eu cheguei na frente da casa e ela estava na janela A
E
B7
E
Eu subi com o mulão na calçada e sem dizer nada dei um beijo nela E
B7
introdução
E
Era coisa que eu esperava os parentes fazer alvoroço B7
Me fizeram grande tiroteio nesta briga que foi um colosso A
E
B7
E
O que foi que tanto me valeu foi reserva de bala e de chumbo grosso E
B7
E
E depois desse rolo danado que pra mim só foi um passatempo B7
Eu agora estou fazendo parte da família dos briguentos A
E
B7
E
Se não fosse a minha coragem eu não realizava o meu casamento
B7 E
introdução
91
Caboclo na cidade
( DINO FRANCO / NHO CHICO )
Moda de viola ||: E A B7 :|| B ||
Seu moço eu já fui roceiro no Triângulo Mineiro onde eu tinha o meu ranchinho Eu tinha uma vida boa com a Isabel minha patroa e quatro barrigudinho Eu tinha dois bois carreiros muito porco no chiqueiro e um cavalo bom arreado Espingarda, cartucheira, quatorze vaca leiteira e um arrozal no banhado
||: E A B7 :|| B ||
Na cidade eu só ia cada quinze ou vinte dia pra vender queijo na feira E no mais tava folgado todo dia era feriado pescava a semana inteira Muita gente assim me diz que não tem mesmo raiz essa tal felicidade Então aconteceu isso, resolvi vender o sítio e vim morar na cidade
||: E A B7 :|| B ||
Já faz mais de doze anos que eu aqui já to morando com o estou arrependido Aqui tudo é diferente não me dou com essa gente vivo muito aborrecido Não ganho nem pra comer já não sei o que fazer to ficando quase louco É só luxo e vaidade penso até que a cidade não é lugar de caboclo
||: E A B7 :|| B ||
Minha filha Sebastiana que sempre foi tão bacana me dá pena da coitada Namorou um cabeludo que dizia ter de tudo mas foi ver não tinha nada Se mandou pra outras bandas ninguém sabe onde ele anda e a filha tá abandonada Como dói meu coração ver a sua situação nem solteira e nem casada
||: E A B7 :|| B ||
Até mesmo a minha velha já tá mudando de idéia tem que ver como passeia Vai tomar banho de praia tá usando mini saia e arrancando a sobrancelha Nem comigo se incomoda quer saber de andar na moda com as unhas toda vermelha Depois que ficou madura começou usar pintura credo e cruz que coisa feia
||: E A B7 :|| B ||
Voltar pra Minas Gerais sei que agora não dá mais acabou o meu dinheiro Que saudade da palhoça eu sonho com a minha roça no Triângulo Mineiro Não sei como se deu isso quando eu vendi o sítio pra vir morar na cidade Seu moço naquele dia eu vendi minha família e a minha felicidade
||: E A B7 :|| B ||
92
Caçador
( TIÃO CARREIRO / CARREIRINHO )
Cururú || D | A7 | % | % | G | A7 | % | D | A7 | D || A7
Mandei fazer uma canoa fundo preto e barra clara Dois remos de guarantam e um varejão de guaiçara G
A7
D A7
introdução
Ai, ai o apoito pesa uma arroba jogo na água o bote para A7
Tenho uma trela de cachorro, o marengo e o caiçara A sua especialidade morre anta e capivara G
A7
D A7
Ai, ai solto os cachorros no rasto vai rebentando taquara
introdução
A7
Eu tenho uma cartucheira de qualidade bem rara É uma dois canos tronchado que ate pranchão ela vara G
A7
D A7
Ai ai anta deita na fumaça na hora que ela dispara
introdução
A7
A anta se apinxa na água na correnteza não para Vai com a cabeça de fora a dois canos já dispara G
A7
D A7
Ai, ai a bicha prancheia n’água e só fisgar ela na vara A7
Do couro eu tranço um laço cabeça faz rédeas cara A carne eu vendo no açougue más pro gasto nós separa G
A7
D
Ai, ai também faço meus pagodes nas noites de lua clara
introdução
93
Caçador de Ivinhema
( DINO FRANCO / TIÃO CARREIRO )
Cururú || F | G7 | C | G7 | C || C
G
Subi o rio Ivinhema numa canoa de remo F
C
Fui caçar no gato preto um lugar bom que só vendo G7
C
G7 C
Levei a minha dois cano e meu cachorro veneno C7
F
C
Soltei no rasto de onça o bicho saiu fervendo G
C G7 | C | G7 |C
Meu cachorrinho e sem raça mas pra levantar uma caça pra ele é café pequeno C
G
Dando sinal de levante entrou na mata fechada F
C
De repente lá no alto ele deu uma barroada G7
C
G7
C
Eu falei pro companheiro é onça e das bem criada C7
F
C
Minha espingarda tem bala fico firme na cilada G
introdução
C
O senhor é de coragem vai esperar na passagem no corredor da picada C
G
O Zé Pedro é desses homens que não deixa pra depois F
C
Ergueu a tralha nas costa e já saiu no pé dois G7
C
G7 C
Dizendo cercar a onça muito apressado ele foi C7
F
C
A onça ele ainda disse vive só comendo boi G
C G7 | C | G7 | C
Sabendo desta façanha me interessei pela banha pra temperar meu arroz C
G
A corrida foi embora descambou no espigão F
C
Eu até fiz um cigarro descansei sobre o garrão G7
C
G7 C
De repente foi voltando rodeou pelo capão C7
F
C
Meu cachorro começava um sinal de acoação G
C
Gritei assim pro Zé Pedro vou tirar o couro mais cedo da rainha do sertão C
introdução
G
Ele veio ao meu encontro pra ir no pé da pintada F
C
Meu facão de aço puro foi abrindo uma picada G7
C
G7 C
De longe avistei a onça por detrás de uma ramada C7
F
C
Ele deu um tiro nela, ela foi nele de unhada G
C
Pra terminar meu enredo matei ela pro Zé Pedro o resto eu não conto nada
G7 | C
94
Caçando e pescando
( CACIQUE / TANGARÁ )
Cururú || E | F# | % | B | % | A | B | E | B7 || E
B7
E
B7 E
Fiz um rancho no espraiado na beira da lagoa Derrubei um pé de cedro e construi minha canoa F#
B7
Pra fazer a pescaria, a matula vai na proa E
introdução
Tenho um cachorro malhado pra caçar é coisa boa E
B7
E
B7 E
Quando a tarde vem chegando navego duzentas braças Armo a rede e armo o copo e bebo minha cachaça F#
B7
Depois vou pescar de vara onde o anzol não embaraça introdução
E
Pra espantar as muriçocas eu pito e faço fumaça E
B7
E
B7 E
Eu guardo os peixes miúdos num sambura de taquara Quando é de madrugada eu me escondo nas coivaras F#
B7
Ponho a laporte na mira esperando a capivara E
Tiro o couro e a gordura porque sei que a coisa é cara E
B7
E
introdução
B7 E
Eu fico todo domingo na sombra de um timburi Tomando meu bom traguinho esperando os paturis F#
B7
Quando desce pra lagoa vou pra baixo a divertir E
Quando a noite vem chegando volto pro rancho dormir
B7 E ||
95
Cachaceiro
( JACOZINHO / PIRACÁIA )
Rasqueado || C | G | D | G7 | C | G | D | G || G
C
D7
G
Eu não bebo pinga porque tenho medo a cachaça é boa mas não é brinquedo D7
G
O homem que bebe não guarda segredo deita muito tarde e levanta cedo D7
G
C|G|D|G
Com a boca amargando e cuspindo azedo G
C
D7
G
O homem que bebe fica meio louco bebe uma garrafa e diz que é muito pouco D7
G
Quando chega em casa tá falando rouco da mulher e filho ele leva soco D7
G
C|G|D|G
Com a boca cheirando que nem ovo choco G
C
D7
G
Esses cachaceiros é que eu acho graça chega no boteco pra beber cachaça D7
G
Com o cigarro aceso soltando fumaça fica o dia inteiro fazendo arruaça D7
G
C|G|D|G
Contando garganta e desmentindo a raça G
C
D7
G
Muitos bebem pinga diz que é profissão pensa que a cachaça é alimentação D7
G
Por causa da pinga dá desprezo ao pão quando vê um copo em cima do balcão D7
G
C|G|D|G
Tá com os olhos acesos que nem lampião G
C
D7
G
Quem bebe cachaça é porque gosta dela bebe da branquinha e também da amarela D7
G
Quando não tem copo bebe na tigela dorme pras estradas em cima das macelas D7
G
C|G|D|G
Um dia esse cara vai morrer sem vela G
C
D7
G
Vai morrer sem vela com o litrão do lado a alma sai do corpo meio sapecado D7
G
Chega lá no céu o portão tá fechado São Pedro não abre por que tá enfezado D7
G
Lá no céu não entre gente embriagado
C | G | D | G | D7 G ||
96
Cachorro amigo
( LUIZINHO ROSA / MARTINS NETO )
Cururú || G | % | D7 | % | D7 G || G
D7
Na fazenda onde nasci, ali mesmo fui criado. C
D7
G
Na escolinha da fazenda, onde fui matriculado. D7
A filha do meu patrão, sentava ali do meu lado. C
D7
G
D7 | G | D7 | G
Juramos de nós casar e um do outro ser amado. G
D7
Eu era bom empregado, querido do fazendeiro. C
D7
G
Aprendi lidar com gado, meu serviço era campeiro. D7
Um cachorro policial, eu tinha por companheiro. C
D7
introdução
G
Que na hora do perigo o cão chegava primeiro. G
D7
Pedi ela em casamento o velho disse que sim. C
D7
G
No dia do matrimônio que dia lindo pra mim. D7
Morar em casa bonita na frente um lindo jardim. C
D7
G
E ter a mulher mais linda pra viver junto de mim. G
D7 | G | D7 | G
D7
Um dia a mulher me disse escute o que eu digo agora. C
D7
G
Não quero mais o cachorro na casa que a gente mora. D7
Vai ter que matar o cã, não quer que eu vá embora. C
D7
G
introdução
Chamei o pobre cachorro pra matar na mesma hora. G
D7
Eu peguei minha canoa o cachorro acompanhou. C
D7 G
Ao passar na correnteza minha canoa virou. D7
O meu sentido sumiu porque a água me afogou. C
D7
G
D7 | G | D7 | G
Estava quase morrendo o cachorro me salvou. G
D7
Eu ia matar o cão como se fosse inimigo. C
D7 G
Mais foi ele que salvou-me daquele triste perigo. D7
Hoje em dia sou feliz, e com alegria digo. C
D7
G
D7 | G ||
Tenho uma mulher amada também um cachorro amigo.
97
Cálix bento
( FOLCLORE RECOLHIDO POR TAVINHO MOURA )
Folia de Reis ( ritmo de cururú ) ||: A | % | B7 | E :|| E
Oh! Deus salve o oratório Oh! Deus salve o oratório E7
A
B7
Onde Deus fez a morada, oia meu Deus E
introdução
Onde Deus fez a morada, oia E
Onde mora o Cálix Bento Onde mora o Cálix Bento E7
A
B7
E a hóstia consagrada, oia meu Deus introdução
E
E a hóstia consagrada, oia E
De Jessé nasceu a vara De Jessé nasceu a vara E7
A
B7
E da vara nasceu a flor, oia meu Deus E
introdução
Da vara nasceu a flor, oia E
E da flor nasceu Maria E da flor nasceu Maria E7
A
B7
E de Maria o Salvador, oia meu Deus E
De Maria o Salvador, oia
introdução
98
Caminheiro
( JACK )
Cateretê || E7 | % | % | % | % | % | A | B7 | E | B7 E | B7 E || E
G#m
A
G#m
Caminheiro que lá vai indo, pro rumo da minha terra A
G#m
A
E
Por favor faça parada na casa branca da serra E7
Ali mora uma velhinha chorando um filho seu A
E
Esta velha é minha mãe e o seu filho sou eu A
E
B7
E
introdução
Vai caminheiro, leva este recado meu E
G#m
A
G#m
Por favor diga pra mãe zelar bem do que é meu A
G#m
A
E
Cuidar bem do meu cavalo que o finado pai me deu E7
Do meu cachorro campeiro, meu galo índio brigador A
E
Minha velha espingarda e o violão chorador A
E
B7
introdução
E
Vai caminheiro, me faça esse favor E
G#m
A
G#m
Caminheiro diga pra mãe para não se preocupar A
G#m
A
E
Se Deus quiser este ano eu consigo me formar E7
Eu pegando o meu diploma vou trazer ela pra cá A
E
Mas se eu for mal nos estudos vou deixar tudo e volto pra lá A
E
B7
E E7
Vai caminheiro, não esqueça de avisar A
E
B7
E E7
Vai caminheiro, não esqueça de avisar A
E
B7
E
Vai caminheiro, não esqueça de avisar
99
Caminho do céu
( LOURIVAL DOS SANTOS / TIÃO CARREIRO )
Cururú || E | B | % | E | % | B | % | E | % || B
E
Sereno cai, deixa cair A
B7
E
Quem mora no pé da serra não tem jeito de sair, cai sereno B
refrão
E
Sereno cai, deixa cair A
B7
E
Quem mora no pé da serra não tem jeito de sair, cai sereno B7
E
Moro lá no pé da serra vivo segurando o morro A
B7
E
No meu chão não tem ladrilho minha casa não te forro B7
E
Apesar do sofrimento eu só canto mas não choro A
B7
E
Caminho que vai pro céu começa lá onde ei moro B
E
Sereno cai, deixa cair A
B7
E
Quem mora no pé da serra não tem jeito de sair, cai sereno B
E
refrão
Sereno cai, deixa cair A
B7
E
Quem mora no pé da serra não tem jeito de sair, cai sereno B7
E
Só ganha troféu de ouro quem no duro não trabalha A
B7
E
Minha mão cheia de calo nunca mereceu medalha B7
E
Será que Deus está vendo o lugar que a gente está A
B7
E
Se meu samba for sucesso Deus vai me tirar de lá
refrão 4 vezes
100
Campeão do pealo
( TEDDY VIEIRA / SULINO )
Moda de viola ||: B | F#7 B :||
A gente quando é criança prende aquilo que vê Meu pai era boiadeiro eu também queria ser Com sete anos de idade já comecei a aprender Laçando alguns bezerrinhos na hora de recolher Cheio de satisfação meu pai pegava a dizer || B | F#7 B ||
Esse menino a cavalo vai ser o campeão do pealo no dia que ele crescer Quando foi um certo dia a minha mãe teve ciúme Meu filho não lida mais o seu pai e os peões que se arrume Se tu formar pra doutor um grande cargo assume Não fica um peão jogado no campo e pelos batumes Vou te botar de castigo se caso tu não se aprume || B | F#7 B ||
Se um dia eu te ver jogado seu pai vai ser o culpado por não tirar seu costume Um dia fugi de casa varando sertão adentro Me ajustei com um boiadeiro por nome João Nascimento Fomos buscar uma boiada pras bandas do livramento O boiadeiro dizia que eu era de bom talento Não falo por ser gabola e nem por convencimento || B | F#7 B ||
Jogava o laço no escuro e notava o marruá seguro pelo rangido dos tentos Depois que eu saí de casa passou dez anos ou mais Eu fui buscar uma boiada lá no sertão de Goiás Quando eu cheguei no Rio Grande a enchente estava demais Ali tinha uma boiada com dez peões e capataz Quando o rio foi abaixando a balsa encostou no cais || B | F#7 B ||
A boiada pulou n’água e o peão nessa hora amarga tocou seu burrão atrás O burro estava cansado não agüentou a correnteza O peão gritou por socorro eu acudi com destreza Fiz três rodias no laço joguei com toda certeza Lacei pro meio do corpo não se se foi por proeza Ao trazer ele pra praia foi grande a minha surpresa || B | F#7 B ||
O peão gritou surpreendido me abrace filho querido você foi minha defesa
101
Cana verde
( TONICO / TINOCO )
Cana verde ||: E7 | % | A | % | E | % | A | % :|| E7
A
Abre a porta ou a janela E7
A
Venha ver quem é que eu sou E7
A
Sou aquele desprezado E7
introdução
A
Que você me desprezou E7
A
Eu já fiz um juramento E7
A
De nunca mais ter amor E7
A
Pra viver penar chorando E7
A
Por todo lugar que eu vou E7
introdução
A
Quem canta seus mal espanta E7
A
Chorando será pior E7
A
O amor que vai e volta E7
A
A volta sempre é melhor E7
introdução
A
Chora viola e sanfona E7
A
Chora triste o violão E7
A
O que é madeira chora E7
A
Que dirá meu coração
introdução
102
Canarinho do peito amarelo
( J. A JIMENES - versão MILTINHO RODRIGUÊS)
Valsa / Valseado / Rancheira || D | % | % | % | % | % | % | A | % | % | % | % | E | % | % | % | % | % | A | % | % || A
Ao regressar de um ninho destruído E
Passou voando um canarinho Com suas asas quase sangrando A
A companheira vai procurando A
Quando ele cansa para e canta E
Ninguém compreende que está sofrendo Desesperado desaparece A
Só Deus quem sabe que vai chorando E
D
A
Ai canarinho, passarinho do peito amarelo E
Eu também sofro grande amargura Porque amei uma criatura E7
A
Que hoje me faz sofrer como a ti
introdução
A
Eu que amei com toda minh’alma E
E te adorava com imenso ardor Não foi bastante para prender-te A Eu fracassei perdi meu amor E
D
A
Ai canarinho, passarinho do peito amarelo E
Eu também sofro grande amargura Porque amei uma criatura E7
A
Que hoje me faz sofrer como a ti
E7 A ||
103
Canarinho prisioneiro Rasqueado
( RAMON CARIZ )
também Huapango
|| E B E | A E B | E B E | E B E || E
B7
Sou aquele canarinho que cantou no seu terreiro AE
Em frente a sua janela eu cantava o dia inteiro B7
Depois fui numa gaiola me fizeram prisioneiro A
E
B7
E
introdução
Me levaram pra cidade me trocaram por dinheiro E
B7
Nos porões daqueles prédios era aonde eu morava AE
Me insultavam pra cantar mas de tristeza eu não cantava B7
Naquele viver de preso muitas vezes imaginava A
E
B7
E
Se arrombasse esta gaiola pro meu sertão eu voltava E
introdução
B7
Um dia de tardezinha veio a filha do patrão AE
Me viu naquela tristeza comoveu seu coração B7
Abriu a porta da grade me tirando da prisão A
E
B7
E
Vá se embora canarinho vá cantar em seu sertão E
introdução
B7
Hoje estou aqui de volta desde alta madrugada AE
Anunciando o amanhecer e o romper da alvorada B7
Cantando nesta janela despertando minha amada A
E
B7
E
Bem alegre em ter voltado pra minha velha morada
introdução
104
Canarinho tá chorando
( LOURIVAL DOS SANTOS / PARAÍSO )
Pagode || E | % | B7 | E | % | % | B7 | E | B7 | E || E
B7
Lá no campo da Espanha nosso time brasileiro E
Entrou igual leão e saiu igual carneiro E7
A
Tem um ditado antigo do tempo da vovozinha E
B7
E
Não pode contar com o ovo na barriga da galinha B7
E
Canarinho voou longe entrou na copa cantando B7
E
introdução
Mas agora é só tristeza voltou pra casa chorando E
B7
No jogo Brasil e Itália só vou pena amarela E
Pra caçar os canarinhos Itália fez esparrela E7
A
O samba foi humilhado pelo som da tarantela E
B7
E
Itália mostrou pro mundo que tem força nas canelas B7
E
Canarinho voou longe entrou na copa cantando B7
E
introdução
Mas agora é só tristeza voltou pra casa chorando E
B7
Que saudade do Pelé do Garrincha e do Tostão E
E dos demais companheiros que souberam ser campeão E7
A
O doutor Paulo Machado pé quente da seleção E
B7
E
O marechal da vitória que trago no coração B7
E
Canarinho voou longe entrou na copa cantando B7
E
Mas agora é só tristeza voltou pra casa chorando
B7 E ||
105
Canção do soldado
( CARREIRINHO )
Cururú || A7 | % | % | % |A E7 | A7 | A E7 | A7 | E7 | A || E7
A
E7
A
Do norte eu saí com quinze aos de idade B7
E
B7
E
Fui para uma cidade a paulista capital D
A
E7
A
Quis ser um policial era meu sonho adorado F#
Bm
F#
Bm
Quando me vi fardado senti-me muito feliz E7
A
E7
A
Pra defender meu país o dever de um brasileiro F#
Bm
E7
A
E assim eu ganhei dinheiro fui feliz e tive sorte D
A
E7
A
E7
A
Pra mandar para o norte pra buscar minha mãezinha que há tempo eu deixei um dia E7
A
introdução
Que pra lá ficou sozinha e há muitos anos nós não se via E7
A
E7
A
B7
E
B7
E
Um amigo avisou-me que fosse ao cemitério que lá no necrotério se achava uma velhinha D
A
E7
A
F#
Bm
F#
Bm
E documento não tinha apenas um retrato com meu nome exato para lá segui E7
A
E7
A
F#
Bm
E7
A
Quando eu a vi era minha mãe querida que arriscando a vida saiu a minha procura D
A
E7
A
E7
A
Passou fome e amargura dormindo pelas calçadas sem dinheiro quase nua E7
A
introdução
Numa fria madrugada encontraram morta num beco de rua
A cena mais triste que enfrentei na minha vida vi minha mãe querida inerte num caixão O meu pobre coração quis saltar fora do peito meus sonhos foram desfeitos de tão feliz que podia ser Assim mesmo ouvi dizer uma pessoa qualquer no coração de mulher diz que não existe amor Minha mãe sofreu horror deu a vida a meu respeito vivo triste pelas ruas Tirei o luto do peito mas no coração continua. E7
A
E7
A
B7
E
B7
E
A cena mais triste que enfrentei na minha vida Ver minha mãe querida inerte num caixão D
A
E7
A F#
Bm
F#
Bm
O meu pobre coração quis saltar fora do peito Meus sonhos foram desfeitos de tão feliz que podia ser E7
A
E7
A F#
Bm
E7
A
Assim mesmo ouvi dizer uma pessoa qualquer No coração de mulher diz que não existe amor D
A
E7
A
E7
A
Minha mãe sofreu horror deu a vida a meu respeito vivo triste pelas ruas E7
A
Tirei o luto do peito mas no coração continua.
introdução
106
Canoeiro
( ZÉ CARREIRO / CARREIRINHO )
Cururú || B7 | % | % | E | % | B7| % | E | B7 E || B7
Domingo de tardezinha eu estava mesmo atoa Convidei meu companheiro pra ir pescar na lagoa E B7 E
introdução
Levamos a rede de lanço, ai, ai, fomos pescar de canoa B7
Eu levei meus apreparos pra dar uma pescada boa Eu saí lago sereno remando minha canoa E
B7 E
Cada remada que eu dava dava um balanço na proa
introdução
B7
Fui descendo o ria abaixo remando minha canoa A canoa foi rasgando foi deitando as taboa E B7 E
introdução
A garça avistei de longe, ai, ai chega perto ela voa B7
O rio tava enchendo muito fui encostando a canoa Eu entrei numa vazante fui sair noutra lagoa E B7 E
Fui mexendo aquele lodo, ai, ai aonde que os pintado amoa B7
Pra pegar peixe dos bons dá trabalho a gente soa Eu jogo o timbó na água que a peixaria atordoa E B7 E
Jogo a rede e dou um grito, ai, ai os dourados amontoa
introdução
107
Canoeiro apaixonado
( SERRINHA / ZÉ DO RANCHO )
Cururú || A7 | D | A7 | D | A7 | D | A7 | D || A7
D
A7
D
Eu tenho minha canoa caprichada coisa fina D7
G
Pra fazer namoração rio abaixo e rio acima D7
G
D7
G
Eu encosto em qualquer porto quem quer não imagina A7
D
introdução
Sou manhoso de paixão nos braços de quem me estima A7
D
A7
D
Na praia da barra mansa eu tenho um rancho barreado D7
G
Todos sabem que ali mora um canoeiro apaixonado D7
G
D7
G
Lá do porto da saudade as moças mandam recado A7
D
Bilhetinho cor-de-rosa lembranças de todo lado A7
D
A7
introdução
D
Quando eu solto a canoa eu gosto da brincadeira D7
G
Com três ou quatro morenas do lado da corredeira D7
G
D7
G
Dou balanço da canoa só pra ver a tremedeira A7
D
introdução
A coisa que mais eu gosto é o grito da mineira A7
D
A7
D
E depois que o sol esquenta tô na sombra do ingazeiro D7
G
To perto da rosa branca que tem os olhos morteiros D7
G
D7
G
To no braço da viola o momento é prazenteiro A7
D
Cantando minhas toadas relembrando o amor primeiro A7
D
A7
D
Vou remando a minha vida eu nasci pra querer bem D7
G
Navegando em rio sereno a canoa vai e vem D7
G
D7
G
Carrego moças bonitas aquelas que me convém A7
D
Só não vai a juliana porque dó de mim não tem.
introdução
108
Capiau
( JOSÉ CAETANO ERBA / TIÃO DO CARRO )
Cururu ||: D7 | G | D7 | G :|| D7 || G
C
D7
G
A parede fumaçada lá por dentro do ranchão C
G
C G7 C
Carne de bicho mateiro no mormaço do fogão D7
G
Na taipa coco de brasa lá na trempe um panelão C
D7
G
O tempero da comida cheira em todo casarão F
G
C
D7
G D7 G
O caboclo está contente lá no fundo do sertão D7
G
C
A choupana é de barrote armação feita de pau D7
G
introdução
É o castelo do caipira morada do capiau G
C
D7
G
O bicho mateiro desce da capoeira fechada C
G
C
G7 C
Gavião voa de fasto preparando a emboscada D7
G
Onça ruge na montanha o boi berra na invernada C
D7
G
Tem capivara criando lá no meio da porcada F
G
C
D7
G D7 G
Capiau lá tem de tudo nós aqui não temos nada D7
G
C
A choupana é de barrote armação feita de pau D7
G
introdução
É o castelo do caipira morada do capiau G
C
D7
G
A paca vem no carreiro o capiau tá na mira C
G
C
G7 C
É no baque da laporte a caça deita e revira D7
G
Adora uma caçada mas não dispensa um catira C
D7
G
Ele só anda descalço amarra a calça com embira F
G
C
D7
G D7 G
Ser doutor é muito fácil o difícil é ser caipira D7
G
C
A choupana é de barrote armação feita de pau D7
G
É o castelo do caipira morada do capiau
D7 G
109
Capricho do destino
( DINO FRANCO )
Valsa / Valseado / Rancheira || C#7 | % | F# | % | C#7 | % | F# || F#
C#7
F#
Depois de três anos que eram casados nasceu um filhinho que tanto sonharam C#7
F#
Por mais alguns tempos viveram felizes depois cruelmente os dois se apartaram C#7
F#
Ele foi embora para bem distante e não mais souberam do seu paradeiro C#7
F#
introdução
Ela ficou só com o filhinho chorando a saudade de seu companheiro F#
C#7
F#
Um dia porém já muito cansada do triste martírio que ele sofria C#7
F#
Por falsa ilusão deixou de ser nobre passou a viver só na boêmia C#7
F#
Num triste abandono ficou o menino longe dos teus braços sem os teus carinhos C#7
F#
introdução
Enquanto seus pais seguiram outro rumo ele foi crescendo só em maus caminhos F#
C#7
F#
E foi numa noite quando o trem noturno fez a parada naquela estação C#7
F#
Um passageiro sacou de uma arma e sem piedade matou um ladrão C#7
F#
Entre a multidão que ali se ajuntou ela foi também pra ver o ocorrido C#7
F#
E com grande espanto sem vida encontrou na plataforma seu filho caído F#
C#7
introdução
F#
Tal qual uma louca chorando e gritando voltou os seus olhos ao criminoso C#7
F#
E neste momento reconheceu que aquele homem era o seu esposo C#7
F#
Assim é o capricho da vida enganosa que o destino exibe em cenas reais C#7
F# C#7 F# ||
Crianças que crescem desamparadas pagam os erros que devem seus pais
110
Carreta da fronteira
( DIOSNEL CHASE / M. C. OCAMPO / versão : PALMEIRA )
Polca paraguaia ||: F | % | % | % | % | % | C7 | % | % | % | % | % | % | % | F :|| F
Quando o dia vem raiando nas campinas orvalhadas C7
Minha carreta na serra vai cantando apaixonada Seu cantar é conhecido pela minha doce amada Bb
F
C7
F
Que se apronta e vem correndo me esperar lá na estrada C7
Nosso encontro é festejado com caricias de amor F
Sinto então na minha boca dos seus lábios o calor C7
E depois das nossa juras digo adeus à minha flor F
introdução
A carreta vai cantando consolando a minha dor F
Lá se vai à estrada afora a carreta da fronteira C7
Vai se perdendo de vista minha linda feiticeira A carreta campesina já cruzou muitas fronteiras Bb
F
C7
F
Carregada de amizade paraguaia e brasileira C7
Nosso encontro é festejado com caricias de amor F
Sinto então na minha boca dos seus lábios o calor C7
E depois das nossa juras digo adeus à minha flor F
A carreta vai cantando consolando a minha dor
C7 F ||
111
Carro de boi
( TONICO )
Cateretê ||: D | G :|| G
D
G
Meu velho carro de boi, pouco a pouco apodrecendo C
D7
G
Na chuva, sol e sereno sozinho aqui desprezado G7
C
D7
G
Hoje ninguém mais se lembra que você abria picada D7
G
D7 | G |
Abrindo novas estradas formando vila e povoado G
D
G
Meu velho carro de boi, trabalhaste tantos anos C
D7
G
O progresso comandando o transporte do sertão G7
C
D7
G
Hoje é um traste velho apodreceu no relento D7
G
D7 | G |
No museu do esquecimento na consciência do patrão G
D
G
Meu velho carro de boi, a sua cantiga amarga C
D7
G
No peso bruto da carga o seu cocão ringidor G7
C
D7
G
Meu velho carro de boi, quantas coisa você retrata D7
G
A estrada e a verde mata e o tempo do meu amor G
D
G
Meu velho carro de boi, é o fim da estrada comprida C
D7
G
Puxando a carga da vida a mais pesada bagagem G7
C
D7
G
Abraçando o cabeçalho o nome do boi dizendo D7
G
O carreiro foi morrendo chegou no fim da viagem
D7 | G |
112
Carta
( ZÉ FORTUNA )
Valsa / Valseado / Rancheira || A | % | E | % | B | % | E | % || A
E
Eu vou te mandar uma carta escrita por minha mão B7
E
E7
Por fora vai o teu nome por dentro a reclamação A
B7
Em cima escrevo saudade, embaixo aperto de mão E
B
B7
E
introdução
No meio vai minhas queixas extraídas do coração A
E
Morena resolva logo quero vossa decisão B7
E
E7
Você leia bem a carta e responda sim ou não A
B7
É melhor ser desprezado do que viver na ilusão E
B
B7
volta à harmonia do verso e introdução
E
Amando sem ser amado teu ingrato coração A
E
No bairro que você mora eu já tenho informação B7
E
E7
Namora um ama outro me fazendo judiação A
B7
Pra te ver no braço de outro prefiro a separação E
B
B7
E
Vou me embora pra bem longe deixo a minha saudação
introdução
113
Carteiro
( TIÃO CARREIRO / SEBASTIÃO VICTOR / CARREIRINHO )
Cateretê || F# | B | B7 | E | B7 | E || E
A
B7
E
Eu estava no portão quando o carteiro passou A
B7
E
Tirou da correspondência uma carta e me entregou F#
B7
Abri a carta pra ler os ares diferenciou A
E
B7
E
F# B7
E B7 E
Quando li o cabeçalho os meus olhos se orvalhou, Ai, lágrima no chão pingou E
A
B7
E
Dois amigos que passavam me viu chorando e parou A
B7
E
O que tinha acontecido um deles me perguntou F#
B7
A causa dessa tristeza meu amor me abandonou A
E
B7
E
F#
B7
E
B7 E
Amigos fiquem sabendo primeira vez por amor, ai que este caboclo chorou E
A
B7
E
O amor que eu tinha nela em ódio se transformou A
B7
E
Por ser uma mulher falsa não cumpriu o que jurou F#
B7
Não quero saber onde anda nem ela onde eu estou A
E
B7
E
F#
B7
E
Vai ser como o sol e a lua quando um sai o outro já entrou, ai não quero ter mais amor E
A
B7
E
Das mulher que eu conheci só uma que confirmou A
B7
E
Um amor sincero e puro que nunca me atraiçoou F#
B7
Em minhas horas amargas o quanto me confortou A
E
B7
E F#
B7
E B7 | E ||
Primeiros passos da vida foi ela que me ensinou, ai minha mãe que me criou
B7 E
114
Casado fugido
( PIRACI / A P DE TOLEDO )
Rasqueado ||: A | % | D | % :|| D
A
G
A
Tenho meu burrão de raça que é uma taça lá no meu retiro G
A
G
D
Pra falar mesmo a verdade em qualquer cidade ele enfrenta tiro A7
Quando levanto meu braço ele espicha o passo e dá um suspiro D
introdução
Meu burrão já está na história tem tantas vitórias que até me admiro D
A
G
A
Na cidade de Campinas tem uma menina disse que me ama G
A
G
D
Fui pedir a mão da moça o velho fez força quase que nós trama A7
A moça muito faceira sem fazer zoeira se jogou na cama D
Garantiu pro meu amigo de fugir comigo no burrão de fama D
A
G
introdução
A
Chegando o dia marcado eu saí armado pra encontrar com ela G
A
G
D
Mas como o prédio era baixo encostei o macho na sua janela A7
Quase que cai de susto quando vi o busto da linda donzela D
Me veio no pensamento era o casamento em qualquer capela D
A
G
introdução
A
Saímos cortando estrada já de madrugada no burrão ruano G
A
G
D
O pai dela era um torpedo que até dava medo de ver o baiano A7
Eu fazia fé no trinta que tinha na cinta com um palmo de cano D Trinta balas na guaiaca dois palmos de faca que fazia dano D
A
G
A
Bem antes de nós casar eu mandei soltar o burrão no pasto G
A
G
D
Quando voltamos da igre ja mandei ver cerveja da venda do Basto A7
Ai chegou o baiano que veio bufando em cima do rasto D
Confessou no meu ouvido casando fugido é menor o gasto
introdução
115
Castelo de amor
( NENZICO / CREONE / BARRERITO )
Guarânia || D | % | A | D | D7 | G | A7 | D || D
A
D
Num lugar longe bem longe, lá no alto da colina D7
G
A
D
Onde vejo a imensidão e a beleza que fascina D7
G
A
D
Ali eu quero morar, juntinho com minha flor E7 A
D
introdução
Ali quero construir o nosso castelo de amor D
A
D
Quando longe muito longe, surge o sol no horizonte D7
G
A
D
Fazendo raias no céu, fazendo clarão nos montes D7
G
A
D
Aquecendo toda Terra bebendo o orvalho das flores E7
A
D
Quero brindar com carinho o nosso castelo de amor D
A
introdução
D
Quando longe muito longe formar nuvens lá no céu D7
G
A
D
E a chuva lentamente cobre a Terra com um véu D7
G
A
D
E o vento calmo a soprar em nosso jardim em flores E7
A
D
Bem felizes sentiremos em nosso castelo de amor D
A
introdução
D
Quando um dia nosso sonho tornar-se realidade D7
G
A
D
Unidos então seremos em plena felicidade D7
G
A
D
Aí então cantaremos louvores ao Criador E7 A
D
Será mesmo um paraíso nosso castelo de amor
D7 | G | A | D | A D ||
116
Castelo de areia
( CARREIRINHO )
Rasqueado || A | E7 | % | A | A7 | D | E7 | A || A
E7
A
A minha viola foi feita de pinho com ela eu já tive prazer e alegria A7
D
E7
A
Toda a tarde no meu ranchinho tocando e cantando eu me distraía E7
A
Tenho o meu cavalo um belo tordilho um gado de raça que eu selecionava A7
D
E7
A
introdução
A tardinha eu dava uma ração de milho cavalo comendo eu me descansava A
E7
A
Assim eu levava a vida sozinho só me distraía com a criação A7
D
E7
A
Ali veio morar um vizinho que tinha uma filha de linda feição E7
A
Quando vi a morena que moça bonita notei simpatia no seu lindo olhar A7
D
E7
A
Senti no meu peito uma dor esquisita tratamos ali mesmo de nós se casar A
E7
introdução
A
Casei na capela viemos pra roça minha companheira tão pouco durou A7
D
E7
A
Morreu e deixou minha choça e a felicidade pra mim se acabou E7
A
Eu era feliz vivendo sozinho mas a sorte quis que eu tivesse um amor A7
D
E7
A
introdução
Já fiz meu castelo hoje meu peito anseia foi todo de areia e desmoronou A
E7
A
Soltei meu cavalo lá pras invernadas dentro do paiol pendurei meu arreios A7
D
E7
A
A minha viola coitada está pendurada no alto do esteio E7
A
E a minha vida já se transformou dum jardim de flor numa estrada de espinho A7
D
E7
A
Mas sempre com fé em Nosso Senhor de novo eu levo a vida sozinho
E7 A ||
117
Catimbau
( CARREIRINHO / TEDDY VIEIRA )
Moda de viola || B F#7 | B ||
Tive lendo num romance de um casal de namorado De Rosinha e Catimbau dois jovens apaixonados Rosinha menina rica, Catimbau era um coitado Capataz de uma fazenda, mas trabalhador honrado Amansava burro brabo no laço era respeitado Um caboclo destemido por todos era admirado, ai
introdução
Catimbau encontrou Rosinha lá no alto do espigão Por se ver os dois sozinhos quis aproveitar da ocasião Catimbau pediu um beijo Rosinha disse que não Ela bem tava querendo mas não deu demonstração De tanto que ele insistiu ela deu uma decisão introdução
Vamos deixar pra outro dia, ai para as festas de São João, ai Passaram esses cinco meses chegou o esperado dia Rosinha tava tão linda com uma flor parecia A festa tava animada todos com grande alegria Quando o pai e Rosa veio perguntando quem queria Mostrar ciência no laço pra laçar o boi Ventania
introdução
E os vaqueiros amedrontados ai todos eles se escondiam Chamaram então Catimbau mas ele não atendeu Rosinha disse meu bem vai fazer um pedido meu Catimbau é corajoso mas nessa hora tremeu Depois de um sorriso amargo pra Rosinha respondeu Eu vou laçar esse touro pra te mostrar quem sou eu
introdução
Mas depois eu quero o beijo ai que você me prometeu, ai Catimbau mas que depressa no seu bragado montou Jogou a espora no macho e a laçada ele aprontou A laçada foi certeira que o povo se admirou Catimbau foi infeliz o bragado se atrapalhou O laço fez uma volta no seu pescoço enrolou Com o pialo que o boi deu sua cabeça decepou
introdução
Trouxeram a cabeça dele Rosinha nela pegou Chorando desesperada e desse jeito falou Catimbau prometi um beijo receba agora eu te dou, ai Na boca de seu amado tristemente ela beijo Esta é o fim de uma história dando prova que se amou Rosinha e Catimbau ai que a morte separou
introdução
118
Cavalinho de pau
( AMARAÍ / CLOVIS BRUNELLI )
Valsa / Valseado / Rancheira || E | % | % | % | E7 | % | A | % | % | % | E | % | B7 | % | E | % | % | % || E
B7
Um menino só tinha na vida um brinquedo um pau de vassoura gentil cavalinho E
Com ele pulava, com ele corria, com ele zangava falando sozinho E7
A
Eu homem já feito ao ver a criança me vem na lembrança a infância perdida E
A
B7
E
Menino mimado, menino educado não tive cavalo de pau nesta vida B7
E
B7
Cavalinho, meu cavalinho sempre alegre a galopar E
Deixe que eu sonhe sozinho não me faças recordar B7
E
E7
A
Cavalinho, meu cavalinho, cavalinho de minha ilusão E
B7
E
introdução
Leve pra longe a saudade não maltrate o meu coração E
B7
Talvez minha mãe zelando por mim com amor e cuidado de um tombo qualquer E
Tirou-me das mãos o simples brinquedo que todo menino no mundo só quer E7
A
Ao ver um garoto brincar sossegado alegre montado em seu cavalinho E
A
B7
E
Eu homem já feio ainda guardo no peito saudade da infância soluço baixinho B7
E
B7
Cavalinho, meu cavalinho sempre alegre a galopar E
Deixe que eu sonhe sozinho não me faças recordar B7
E
E7
A
Cavalinho, meu cavalinho, cavalinho de minha ilusão E
B7
E B7 E ||
Leve pra longe a saudade não maltrate o meu coração
119
Cavalo enxuto
( LOURIVAL DOS SANTOS / MOACYR DOS SANTOS )
Pagode || E7 | % | % | % | % | % | % | A | E7 | E7 | A || A
E7
A
Eu tenho um vizinho rico, fazendeiro endinheirado E7
A
Não anda mais à cavalo só compra carro importado E7
A
Eu conservo a minha tropa e o meu cavalo ensinado E7
A
O fazendeiro moderno só me chama de quadrado A7
D
E7
A E7 | A | E7 | A
Namoramos a mesma moça vejam só o resultado A
E7
A
Um dia a moça falou pra não haver discussão E7
A
Vamos fazer uma aposta a corrida da paixão E7
A
Granfino corre no carro, você no seu alazão E7
A
Eu vou pra minha fazenda esperar lá no portão A7
D
E7
A
introdução
Qual dos dois chegar primeiro vai ganhar meu coração A E7 A Ele calibrou os pneus, apertou bem as ruelas E7
A
Eu ferrei o meu cavalo que tem asas nas canelas E7
A
O granfino entrou no carro, pulei em cima da cela E7
A
Ele funcionou o motor, fechou as quatro janelas A7
D
E7
A
E7 | A | E7 | A
Chamei o macho na espora bem por baixo das costelas A
E7
A
Eu entrei por um atalho, pulando cerca e pinguela E7
A
Quando terminou o asfalto ele entrou numa esparrela E7
A
Numa estrada boiadeira, toda cheia de cancela E7
A
Cheguei no portão primeiro dei um beijo na donzela A7
D
E7
A
Quando o granfino chegou eu já estava nos braços dela A
E7
A
O progresso é coisa boa, reconheço e não discuto E7
A
Mas aqui no meu sertão meu cavalo é absoluto E7
A
Foi Deus e a natureza que criou este produto E7
A
Esta vitória foi minha e do meu cavalo enxuto A7
D
E7
A
A menina hoje vive nos braços deste matuto
E7 A ||
introdução
120
Cavalo preto
( ANACLETO ROSA JR )
Rasqueado || A7 | % | D | % | A7 | % | D || D
A7
D
Tenho o meu cavalo preto, por nome de ventania G
A7
D
Um laço de doze braças, do couro de uma novilha G
A7
D
Tenho um cachorro bragado que é pra minha companhia A7
D
introdução
Sou um caboclo folgado, ai eu não tenho família D
A7
D
No lombo do meu cavalo, eu viajo o dia inteiro G
A7
D
Vou de um estado pra outro, eu não tenho paradeiro G
A7
D
Quem quiser ser meu patrão me ofereça mais dinheiro A7
introdução
D
Eu sou muito conhecido por este Brasil inteiro D
A7
D
Tenho uma capa gaúcha que troquei num boi carreiro G
A7
D
Tenho dois pelegos grandes que é pura lã de carneiro G
A7
D
Um me serve de colchão e outro de travesseiro A7
D
introdução
Com minha capa gaúcha eu me cubro o corpo inteiro D
A7
D
Adeus que eu já vou partindo, vou pousar noutra cidade G
A7
D
Depois de amanhã bem cedo quero estar em Piedade G
A7
D
Deus me deu esse destino e muita felicidade A7
D
Quando eu passo com meu preto deixo um rastro de saudade
A7 D ||
121
Cavalo zaino
( RAUL TORRES )
Valsa / Valseado / Rancheira ||: G | % | % | % | % | % | D | % :||: A7 | % | % | % | D | % | % | % :|| D
A7
D
Eu tenho um cavalo zaino que na raia é corredor A7
D
Já correu quinze carreiras todas quinze ele ganhou G
D
Eu solto na quadra e meia, meu zaino vem no galope G
D
Chega três corpos na frente nunca precisa chicote A7
D
A7
D
A7 | D | A7 | D |
Oi que cavalo bom, oi que cavalo bom D
A7
D
Eu tenho um cavalo zaino que na raia é corredor A7
D
Já correu quinze carreiras todas quinze ele ganhou G
D
Quiseram comprar o meu zaino por trinta notas de cem G
D
Não há dinheiro que pague, o macho que eu quero bem A7
D
A7
D
A7 | D | A7 | D |
Oi que cavalo bom, oi que cavalo bom D
A7
D
Eu tenho um cavalo zaino que na raia é corredor A7
D
Já correu quinze carreiras todas quinze ele ganhou G D Um dia roubaram meu zaino, fiquei sem meu parieiro G
D
Meu zaino na mão de outro nunca mais chega primeiro A7
D
A7
D
Oi que cavalo bom, oi que cavalo bom
A7 | D | A7 | D |
122
Cerne de aroeira
( LOURIVAL DOS SANTOS / JESUS BELMIRO / VICCENTE P. MACHADO )
Pagode || B7 || B7
Para chegar nesta terra vim arriscando a sorte Bebi água envenenada respirei o ar da morte E
B7
E
B7
Na navalha do destino vim rastejando no corte E
B7
E
Eu vim trazendo coragem esperança e sangue forte B7
E
F# E B7
A minha pobre bagagem eu mesmo fiz o transporte B7
Pra entrar na batalha saí da minha trincheira Com pingo do meu suor fui apagando a poeira E
B7
E
B7
Com fibra e resistência igual cerne de aroeira E
B7
E
Eu sempre segui avante atravessando barreira B7
E
F# E B7
E no mastro da vitória hasteei minha bandeira B7
Chorei muito no passado para sorrir no presente Estou colhendo o fruto onde plantei a semente E
B7
E
B7
A minha mão calejada é minha grande patente E
B7
E
E tudo que hoje tenho agradeço a Deus somente B7
E
F# E B7
Porque na luta da vida eu venci honestamente B7
Gente que me vê na sombra tem inveja do que eu sou Mas não sabe que o sol muitas vezes me queimou E
B7
E
B7
Nos caminhos que passei muita gente não passou E
B7
E
As lutas que eu venci eu vi gente que tombou B7
E
Precisa ter fé em Deus para chegar onde estou
F# E B7 introdução
123
Chalana
( MÁRIO ZAN / ARLINDO PINTO )
Rasqueado || E | % | B7 | B7 | B7 A G#m F#m || E
B7
E
Lá vai uma chalana, bem longe se vai B7
Navegando no remanso do rio Paraguai A
E
Oh! chalana sem querer, tu aumentas minha dor B7
E
Nestas águas tão serenas vai levando o meu amor E assim ela se foi B7
Nem de mim se despediu A
B7
E
A chalana vai sumindo lá na curva do rio C#7
F#m
E se ela vai magoada eu bem sei que tem razão B7
E
Fui ingrato eu feri o seu pobre coração
124
Chão preto
( VIEIRINHA / EDWARD DE MARCHI )
Catira ( usar ritmo de pagode ) || E B7 E | E B7 E || E
Vai chegando o mês de agosto vou tratando do meu peito B7
Cantar na festa do peão é o nosso plano feito E
B7
E
introdução 8 vezes
O chão preto, terra boa é Barretos E
Vem gente de todo canto pela estrada e atalho Tem peões e catireiros e a grande queima do alho E
B7
E
O chão preto, terra boa é Barretos
introdução 8 vezes
E
Aqui vai nossa homenagem nesses versos que eu faço B7
Pro os amigos independente aqui fica nosso abraço E
B7
E
O chão preto, terra boa é Barretos
introdução 8 vezes
125
Chave de apartamento
( CARREIRINHO )
Milonga ( usar ritmo de cururu ) || D | % | A | % | E7 | % | A | % | % || A
E7
A
Um certo dia ao voltar de uma viagem E7
A
F#7
Bm
Faltou-me toda coragem ao chegar no apartamento F#7
Bm
Bati na porta e a porta estava fechada E7
A
Passei hora amargurada no mais triste sofrimento E7
A
E por castigo para a dor ser mais patente A7
D
Meu vizinho estava ausente só a noite que voltou A
E7
A
Entregou-me amargurado com pena do meu estado a chave que ela deixou A
E7
A
Abri a porta envolvido de emoção E7
A
F#7
Bm
Meu infeliz coração loucamente a pulsar F#7
Bm
Entrei no quarto estava bem arrumado E7
A
Com alcova de noivado como alguém que vai se casar A7
D
Na ânsia louca este amor fui revivendo Dm
A
F#7
Bm
E as gavetas remexendo um bilhete dizia assim A
E7
A
Perdoe-me por favor se nunca lhe tive amor adeus esqueça de mim
126
Chega de sujeira
( ARLINDO ROSA / LOURIVAL DOS SANTOS / PARAÍSO )
Pagode || E | % | % | B7 | % | % | A | % | B7 | E | B7 | E || E
B7
Na beira de um grande abismo eu vejo o mundo pendendo E
Sei que vai quebrar o nariz quem errado esta vivendo B7
Na unha de quem não presta tem gente boa sofrendo Tem homem de duas caras sem palavra se vendendo E
B7
E
B7 E B7 E
Chega de tanta sujeira eu vou começar varrendo E
B7
Nos quatro cantos do mundo o respeito esta morrendo E
Sei que tem homem casado do juramento esquecendo B7
Atrás de mocinhas novas é ouro que vai correndo Esposa de quem não presta osso duro esta roendo E
B7
E
introdução
Chega de tanta sujeira eu vou começar varrendo E
B7
Pra não casar na justiça tem malandro se escondendo E
Casamento é muito pouco e filharada esta nascendo B7
Pra criar filhos sem pai tem avô que esta gemendo Também as custas do sogro tem genro que esta vivendo E
B7
E
B7 E B7 E
Chega de tanta sujeira eu vou começar varrendo E
B7
Igualzinho cão e gato pai e filhos se mordendo E
Quando o pai vai dar conselho só coice vai recebendo B7
Do jeito que o diabo gosta tudo vai acontecendo Os velhos fora de casa tem muitos filhos querendo E
B7
E
Chega de tanta sujeira eu vou começar varrendo E
introdução
B7
A moral esta tão baixa lá do alto deus tá vendo E
Que a falta de respeito dia a dia vai crescendo B7
Palavrões que arrepia vejo criança dizendo Vou por o mundo no eixo nem que eu morra combatendo E
B7
E
B7 E
Chega de tanta sujeira eu vou começar varrendo
127
Cheiro de relva
( DINO FRANCO / JOSÉ FORTUNA )
Toada || Em | % | Bm | % | C#7 | F#7 | Bm | F#7 Bm || F#7
Bm
Como é bonito estender-se no verão F#7
Bm
B7
As cortinas do sertão nas varandas das manhãs Em
Bm
Deixar entrar pedaços de madrugada C#7
F#7
B
F#7 B
E sob a colcha azulada dorme calma a lua irmã B
D#m
G#m
Cheiro de relva trás do campo a brisa mansa E
C#7
F#7
E nos faz sentir crianças a embalar milhões de ninhos C#m
F#7
A relva esconde flores lindas e orvalhadas B
Quase sempre abandonadas nas encostas dos caminhos B
D#m
G#m
A juriti madrugadeira da floresta E
B7
E
Com seu canto abre a festa revoando toda a selva F#7
B
O rio manso caudaloso se agita G#7
C#m F#7
B
B7
introdução
Parecendo achar bonita a terra cheia de relva F#7
Bm
Um sol vermelho se esquenta e aparece F#7
Bm
B7
O vergel todo agradece pelos ninhos que abrigou Em
Bm
Cordões de ouro se desprendem dos seus galhos C#7
F#7
B
F#7 B
São as gotas de orvalho de uma noite que passou B
D#m
G#m
Cheiro de relva trás do campo a brisa mansa E
C#7
F#7
E nos faz sentir crianças a embalar milhões de ninhos C#m
F#7
A relva esconde flores lindas e orvalhadas B
Quase sempre abandonadas nas encostas dos caminhos B
D#m
G#m
A juriti madrugadeira da floresta E
B7
E
Com seu canto abre a festa revoando toda a selva F#7
B
O rio manso caudaloso se agita G#7
C#m F#7
B
Parecendo achar bonita a terra cheia de relva
B7
128
Chico Mineiro
( TONICO / FRANCISCO RIBEIRO )
Toada ||: A | B7 | E | % | B7 | % :||
fazer durante a declamação
Cada vez que eu me “alembro” do amigo Chico Mineiro, das viagens que nós “fazia”, era ele meu companheiro. Sinto uma tristeza uma vontade de chorar lembrando daquele tempo que não mais há de voltar. Apesar de ser patrão eu tinha no coração o amigo Chico Mineiro; caboclo bom, decidido na viola era dolorido e era o peão dos boiadeiros. Hoje porém com tristeza recordando das proezas de nossa viagem de montim, viajamos mais de dez anos, vendendo boiada e comprando por esse rincão sem fim. O caboclo de nada temia mas porém chegou o dia que Chico apartou-se de mim. E
B7
E
Fizemos a última viagem, foi lá pro sertão de Goiás B7
E
E7
Foi eu e o Chico Mineiro também foi o capataz A
B7
E
Viajamos muitos dias pra chegar em Ouro Fino B7
E
Aonde nos passamos a noite numa festa do Divino E
B7
introdução
E
A festa estava tão boa mas antes não tivesse ido B7
E
E7
O Chico foi baleado por um homem desconhecido A
B7
E
Larguei de comprar boiada, mataram meu companheiro B7
E
Acabou o som da viola, acabou-se o Chico Mineiro E
B7
introdução
E
Depois daquela tragédia, fiquei mais aborrecido B7
E
Não sabia da nosso amizade porque nós dois era unido A
B7
E
Quando vi seus documentos me cortou o coração B7
E
Vim saber que o Chico mineiro era me legítimo irmão
E7
129
Chico Mulato
( RAUL TORRES / JOÃO PACÍFICO )
Toada
repetir durante a declamação
||: A7 | % | D | % :||
Na volta daquela estrada em frente uma encruzilhada todo ano a gente via Lá no meio do terreiro a imagem do padroeiro São João da Freguesia No meio tinha fogueira em redor a noite inteira tinha caboclo bom violeiro E uma tal de Terezinha cabocla bem bonitinha sambava neste terreiro Era noite de São João tava tudo no sertão tava Romão cantador Quando foi de madrugada saiu com Tereza pra estrada talvez confessar seu amor Chico Mulato era o festeiro caboclo bom violeiro sentiu frio seu coração Tirou da cinta um punhal e foi os dois se encontrar o rival era seu irmão Hoje na volta de estrada em frente àquela encruzilhada ficou tão triste o sertão Por causa de Terezinha essa tal de caboclinha nunca mais teve são João D
A7
D
Tapera de beira de estrada, que vive assim descoberta G
A7
D
Por dentro não tem mais nada por isso ficou deserta A7
D
Morava Chico Mulato o maior dos cantador G
A7
D
Mas quando Chico foi embora na vila ninguém sambou G
A7
introdução
D
Morava Chico Mulato o maior dos cantador A7
D
A causa desta tristeza sabida em todo lugar G
A7
D
Foi a Cabocla Teresa com outro ela foi morar A7
D
E o Chico acabrunhado largou então de cantar G
A7
D
Vivia triste e calado querendo só se matar G
A7
D
introdução
E o Chico acabrunhado largou então de cantar A7
D
Emagrecendo o coitado foi indo até se acabar G
A7
D
Chorando tanta saudade de quem não quis mais voltar A7
D
E todo mundo chorava a morte do cantador G
A7
D
Não tem batuque nem samba sertão inteiro chorou G
A7
D
E todo mundo chorava a morte do cantador
130
Chitãozinho e xororó
( SERRINHA / ATHOS CAMPOS )
Toada || A | % | E7 | % | A | % | E7 | % | A || A
E7
A
Eu não troco o meu ranchinho amarradinho de cipó E7
A
Por uma casa na cidade nem que seja bangalô A7
D
A
Eu moro lá no deserto sem vizinho eu vivo só E7
A
Só me alegra quando pia lá pra aqueles cafundó E7
A
E7
A
É o nhambú chitão e o xororó, é o nhambú chitão e o xororó A
E7
introdução
A
Quando rompe a madrugada canta o galo carijó E7
A
Pia triste a coru ja na cumeeira do paiol A7
D
A
Quando chega o entardecer pia triste o jaó E7
A
Só me alegra quando pia lá pra aqueles cafundó E7
A
E7
A
introdução
É o nhambú chitão e o xororó, é o nhambú chitão e o xororó A
E7
A
Não me dou com a terra roxa com a seca larga pó E7
A
Na baixada do areião eu sinto prazer maior A7
D
A
É ver a rolinha no andar no areião faz caracol E7
A
Só me alegra quando pia lá pra aqueles cafundó E7
A
E7
A
É o nhambú chitão e o xororó, é o nhambú chitão e o xororó A
E7
introdução
A
Eu faço minhas caçadas bem antes de sair o sol E7
A
Espingarda de cartucho patrona de tiracol A7
D
A
Tenho buzina e cachorro pra fazer forrobodó E7
A
Só me alegra quando pia lá pra aqueles cafundó E7
A
E7
A
É o nhambú chitão e o xororó, é o nhambú chitão e o xororó A
E7
A
Quando eu sei de uma notícia que outro canta melhor E7
A
Meu coração dá um balanço fica meio banzaró A7
D
A
Suspiro sai do meu peito quem bala jeveló E7
A
Só me alegra quando pia lá pra aqueles cafundó E7
A
E7
A
É o nhambú chitão e o xororó, é o nhambú chitão e o xororó
introdução
131
Chora viola
(LOURIVAL DOS SANTOS / TIÃO CARREIRO)
Pagode ||: E7 :|| E7
Eu não caio do cavalo, nem do burro e nem do galho Ganho dinheiro cantando a viola é o meu trabalho A
B7
No lugar onde tem seca eu de sede lá não caio E
B7
E
introdução
Levanto de madrugada e bebo pingo de orvalho, chora viola E7
Não como gato por lebre, não compro cipó por laço Eu não durmo de botina, não dou beijo sem abraço A
B7
Fiz um ponto lá na mata caprichei e dei um nó E
B7
introdução
E
Meus amigos eu ajudo, inimigos tenho dó, chora viola E7
A lua é dona da noite o sol é dono do dia Admiro as mulheres que gostam de poesia A
B7
Mato a onça e bebo o sangue, furo a terra e tiro ouro E
B7
E
Quem sabe agüentar saudade, não agüenta desaforo, chora viola
introdução
E7
Eu ando de pé no chão , pulo por cima da brasa Quem não gosta de viola que não ponha o pé lá em casa A
B7
A viola está tinindo o tocador está de pé E
B7
E
Quem não gosta de viola brasileiro bom não é, chora viola
introdução
132
Cochilou o cachimbo cai
( LOURIVAL DOS SANTOS / MOACYR DOS SANTOS )
Usar ritmo de Cururú ||: E | E7 | A | % | E | B7 | E :|| E
B7
É de madrugada, e de madrugada que o galo canta 2 vezes
E
É de manhã cedo, é de manhã cedo que se levanta E
B7
Quando eu cheguei em São Paulo, dava pena e dava dó E
Minha mala era saco o cadeado era um nó B7
Tem muita gente com inveja porque viu que eu subi E
Eu nasci pra trabalhar vagabundo pra dormir, é de madrugada E
B7
É de madrugada, e de madrugada que o galo canta 2 vezes e introdução
E
É de manhã cedo, é de manhã cedo que se levanta E
B7
Perdição do vagabundo é gostar do travesseiro E
Depois fica de olho gordo em cima do meu dinheiro B7
Eu estou com a vida mansa acho ela muito boa E
Eu levanto bem cedinho pra passar mais tempo atoa, é de madrugada E
B7
É de madrugada, e de madrugada que o galo canta
2 vezes volta à introdução
E
É de manhã cedo, é de manhã cedo que se levanta E
B7
Quem chegou a general, quem chegou a coronel E
Levantou de madrugada chegou cedo no quartel B7
Sem trabalho ninguém vive, sem trabalhar ninguém vai E
Minha gente a vida é dura cochilou o cachimbo cai, é de madrugada E
B7
É de madrugada, e de madrugada que o galo canta E
É de manhã cedo, é de manhã cedo que se levanta E
B7
É de madrugada, e de madrugada que o galo canta E
É de manhã cedo, é de manhã cedo que se levanta
133
Colcha de Retalhos
( RAUL TORRES )
Guarânia || A | % | % | % | E | B7 | E || E
A
E
Aquela colcha de retalhos que tu fizeste B7
Juntada pedaço em pedaço foi costurada Serviu para o nosso abrigo em nossa pobreza E
A
E
E7
Aquela colcha de retalho está bem guardada A
Agora na vida rica que está vivendo E
Terás como agasalho colcha de cetim B7
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo A
B7
E
Tu há de lembrar da colcha e também de mim E
A
E
Eu sei que tu não te lembra dos dias amargos B7
Que junto de mim fizeste um lindo trabalho Agora na vida alegre tens tudo o que queres E
A
E
Eu sei que esqueceste aquela colcha de retalho
introdução
134
Com Deus na frente
( ZÉ BATUTA / JÚLIO GUIDINI / SONIVALDO RODRIGUES )
Pagode || E | B7 | % | E | % | B7 | % | E | B7 | E || E
B7
O poder de Deus é grande é força que não esgota E
E7
Eu ando com Deus na frente pro azar não dou pelota A
B7
Vou colado com a sorte igual caibro na vigota E
introdução
Dei um chute na miséria fiz ela virar cambota E
B7
Eu ando com Deus na frente achei o ninho da nota E
E7
Meu dinheiro vai pro banco funcionário empacota A
B7
O gerente é gente fina é seda que não desbota E
Quem tem um gerente amigo não cai na mão de agiota E
introdução
B7
Eu ando com Deus na frente vou indo na maciota E
E7
Eu planto na terra seca sem chuva semente brota A
B7
Tiro água do deserto cerco o lago lá na grota E
Fiz um bando de urubu virar um bando de gaivota E
introdução
B7
Meu pagode em linha reta não sai um palmo da rota E
E7
A mão direita ponteia trança os dedos na canhota A
B7
O meu peito é uma jamanta que não transporta derrota E
Lotadinha de sucesso desce a serra e não capota
B7 E ||
135
Começo do fim
( LOURIVAL DOS SANTOS / MOACYR DOS SANTOS / TIÃO CARREIRO )
Pagode || E | % | % | % | % | % | % | % | % | B7 | E | B7 | E || E
Pra cantar gostoso de longe eu vim B7
Pagode bonito tem que ser pra mim A
E
O fim do começo tem que ser assim B7
E
introdução
O que tem começo tem que ter um fim E
Lá no fim do sul começo do norte B7
Fim da colheita começa o transporte A
E
O fim da boiada começa no corte B7
introdução
E
O fim do asar começo da sorte E
Bem no fim do cabo começa o arreio B7
É no fim dá rédea começo do freio A
E
No fim da confiança começa o receio B7
E
O fim da metade é o começo do meio
introdução
E
No fim da cachaça vem a gandaia B7
É no fim do mar começo da praia A
E
É no fim do joelho o começo da saia B7
E
O fim do artista é o começo da vaia
B7 | E ||
136
Como eu chorei
( TELMO DE MAIA)
Balanço || Dm | Am | E7 | Am A7 | Dm | Am | E7 | Am | % || Am
E7
Eu nunca pensei, que tivesse fim Am
O amor que você dedicou à mim A7
Dm
Foi tudo mentira e eu acreditei Am
E7
Am
E7
Você me enganou, me abandonou, juro que chorei, juro que chorei Am
E7
Vivo a implorar mas você não quer Am
Do meu coração faz tudo o que quer A7
Dm
Mais o tempo passa hei de lhe esquecer Am
E7
Am
E7
Eu sou infeliz, mas serei feliz e você vai ver, e você vai ver A
E7
Você não pensou no mal que me fez A
Só espero um dia chegar minha vez A7
D
Você vai sentir a falta de mim A
E7
A
Você vai chorar, mas eu não vou ligar, vou fazer assim E7
Sem os meus carinhos você não vai ficar A
Vai sentir saudade, vai querer voltar A7
D
Mas juro por Deus não lhe aceitarei A
E7
A
introdução
Pois eu quero ainda ver você chorar como eu chorei E7
Sem os meus carinhos você não vai ficar A
Vai sentir saudade, vai querer voltar A7
D
Mas juro por Deus não lhe aceitarei A
E7
A
Pois eu quero ainda ver você chorar como eu chorei
E7
“morrendo”
137
Comparação
( NICANOR NEGRÃO / CAFEZÁ )
Cateretê ||: E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 | E | B7 :|| E
B7
Não tivesse a carnaúba não tinha chapéu de palha E
Se não tivesse a chapa não tinha o jogo de malha E7
A
Esses violeiro papudo comigo se atrapalha B7
E
B7
E
B7
E
introdução
Se um dia eu perder sou capaz de vestir saia sou capaz de vestir saia E
B7
Se não tivesse o burro não precisa cangalha E
Se não tivesse o mar também não tinha praia E7
A
Muitos violeiro afamado eu já vi tomando vaia B7
E
B7
E
B7
E
Quando eu canto as minhas modas é só palma que chacoalha é só palma que chacoalha E
B7
Se não tivesse inseto não tinha o bicho lacraia E
O homem que não tem barba não precisa de navalha E7
A
Eu junto com meu parceiro quando canta nós não falha B7
E
B7
E
B7
E
introdução
Já ganhamos de presente uma bonita medalha uma bonita medalha E
B7
Eu queria conhecer semente da samambaia E
Tem gente por ai me chamando de macaia E7
A
Eu desejo conhecer a cara desse canalha B7
E
B7
E
B7
E
Deve ser um vagabundo com certeza não trabalha Com certeza não trabalha
introdução
138
Confiança
( LOURIVAL DOS SANTOS / TIÃO CARREIRO / CLÁUDIO BALESTRO )
Pagode ||: B7 | % | E | % | B7 | % | E :|| B7 | E || E
B7
E
Quem tem confiança no peito canta em qualquer altura B7
Quem tem confiança no braço não pões arma na cintura F#
B7
Quem tem confiança na esposa nunca trás ela segura E
B7
E introdução
Quem não tem confiança em Deus é doente que não tem cura E
B7
E
Quem tem porco no chiqueiro tem confiança na gordura B7
Quem tem gado na invernada tem confiança na fartura F#
B7
A mulher que tem beleza não confia na pintura E
B7
introdução
E
Quem confia no mobral não caminha nas escuras E
B7
E
Quem nunca comprou bacia tem confiança na gamela B7
Quem confia no cachorro não pões grade na janela F#
B7
Quem tem confiança no santo não precisa queimar vela E
B7
Quem não põe tranca na porta tem confiança na tramela E
B7
E
Quem tem confiança na terra não põe adubo na planta B7
Quem tem confiança no galo não perde a hora e levanta F#
B7
O despertador da roça é o galo quando canta E
B7
Riqueza do cantador tá no peito e na garganta
E B7 E ||
E
introdução
139
Cortando o estradão
( ANACLETO ROSA JUNIOR )
Valsa / Valseado / Rancheira || E7 | % | A | % | % | % | E | % | % | % | B7 | A | E | E7 | A | % | E | % | B7 | % | E | % || E
B7
E
Montado a cavalo cortando estradão B7
E
Assim é a vida que leva um peão E7
A
Não tenho morada não tenho rincão B7
E
E não tenho dona no meu coração B7
E
Montar em burro brabo é a minha paixão B7
E
Não encontro macho que jogue eu no chão E7
A
Pra jogar o laço também sou dos bons B7
E
E7
Em qualquer rodeio eu sou campeão A
E
B7
A
E
Ai como é bom viver sozinho no mundo sem nada pensar E7
A
B7
E
B7
E
O sol vem saindo e eu já vou partindo e quando anoitece tô noutro lugar E
B7
E
Se eu olho no bolso e me falta dinheiro B7
E
Amanso dois burros por trinta cruzeiro E7
A
Se eu levo o transporte de uma boiada B7
E
Já sou convidado pra ser o boiadeiro E
B7
E
Em toda a cidade por onde eu passei B7
E
Uma moreninha eu sempre deixei E7
A
Mas sou camarada vou sempre avisando B7
E
Não goste de mim porque eu não gostei A
E
B7
A
E
Ai como é bom viver sozinho no mundo sem nada pensar E7
A
B7
E
B7
E B7 E ||
O sol vem saindo e eu já vou partindo e quando anoitece tô noutro lugar
introdução
140
Couro de boi
( PALMEIRA / TEDDY VIEIRA )
Toada || E7 | % | A | E7 | % | A | A7 | D | % | A | % E7 | % | A | % ||
Conheço um velho desde o tempo de muitos anos atrás, diz um pai trata dez filhos, Dez filhos não trata um pai. Sentindo o peso dos anos sem o poder mais trabalhar, um velho peão estradeiro com o sei filho foi morar. O rapaz era casado e a mulher deu de implicar: - Você manda o velho embora se não quiser que eu vá. O rapaz coração duro com o velho foi falar: A
E7
A
É pra o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir E7
A
A7
Hoje da minha casa o senhor tem que sair D
A
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir E7
A E7 | % | A |
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir A
E7
A
O pobre velho calado pegou o couro e saiu E7
A
A7
Seu neto de oito anos aquela cena assistiu D
A
Correu atrás do avô que seu paletó sacudiu E7
A
E7 | % | A |
Metade daquele couro chorando ele pediu A
E7
A
O velhinho comovido pra não ver o neto chorando E7
A
A7
Metade daquele couro no meio e pro netinho foi dando D
A
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando E7
A
E7 | % | A ||
Pra que você quer este couro que seu avô ia levando A
E7
A
Disse o menino ao pai, um dia vou me casar E7
A
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar D
A
Pode ser que aconteça de nós não se combinar E7
A
Esta metade do couro vou dar pro senhor levar
A7
141
Cruel destino
( CARREIRINHO )
Moda de viola || D A | D ||
Helena uma linda moça, filha de um rico doutor, ai Adalto era moço pobre mas muito trabalhador G
Se amavam desde crianças e cresceram naquele amor Pra Heleninha era só esse, ai que aliviava sua dor Seu coração já esteva entregue pra aquele botão de flor
introdução
No jardim que se encontravam era o ponto acostumado Cada dia que passava seu amor era dobrado G
Sua mãe chamou e lhe disse que seu pai tinha falado Que o casamento de Helena , ai breve ia ser realizado introdução
Pra casar-se com um francês um moço rico preparado Coitadinha quando soube seu dia estava chegando Também foi se entristecendo naquilo ela foi pensando G
Desprezar o meu amor, ai querido de tantos anos Com outro eu também não caso, ai conseguiu naquele plano introdução
Pois antes prefiro a morte que casar com este fulano Recolheu-se no seu quarto com revólver carregado Trazia uma carta escrita e muito bem explicado
G
Vou morrer porque não quero ver outro moço ao meu lado Me vista o vestido branco, ai que eu aí tenho guradado Que era pro meu casamento que papai tinha comprado
introdução
A morte dessa mocinha o mundo se balançou, ai O sofrimento de Adauto só oito dias durou G
Ele foi no cemitério e na campa debruçou É o derradeiro presente Heleninha que eu te dou introdução
Cravou o punhal no peito coração atravessou Dois corações que se unem devem ter amor iguais, ai Senhores pais de família note bem o tempo atrás G
Que o correr do mundo velho quanto exemplo nos trás Obrigar um coração ai, é coisa que não se faz O amor é como um vidro se quebrar não solda mais
introdução
142
Cruz pesada
( RONALDO ADRIANO / MANGABINHA )
Guarânia || G | % | D | % | A7 | % | D | % || D
É chegada a hora preciso ir embora pra longe daqui A
Tentei ser amigo, esposo e amante, mas não consegui G
D
Foram cinco anos sofrendo e honrando o lar que era meu A7
D
D7
Mas para meu castigo a mulher que eu amo não correspondeu G
D
A7
Agora perdido sem rumo na vida não sei onde ir só sei que sozinho terei que seguir D
D7
Tentar minha sorte em outro lugar
G
D
espero que Deus me aponte agora um novo caminho
A7
D D7
introdução
Que tenha mais flores e menos espinhos pois estou cansado de tanto penar D
Agora cansado, sofrido e magoado está meu coração A
Carrego nos ombros minha cruz pesada da desilusão G
D
Por novos caminhos sem ter piedade ela me trocou A7
D
Enquanto eu amava, ela simplesmente brincava de amor G
D
A7
Agora perdido sem rumo na vida não sei onde ir só sei que sozinho terei que seguir D
D7
Tentar minha sorte em outro lugar A7
G
D
espero que Deus me aponte agora um novo caminho D A7 | % | D ||
Que tenha mais flores e menos espinhos pois estou cansado de tanto penar
143
Cruz pesada
( TIÃO CARREIRO/LOURIVAL DOS SANTOS )
Cururú || E | % | B | % | F# | % | B | % || B
B7 E
Pra gente ganhar o céu com a cruz tem que cair F#
E
F#7
B
Jesus caiu com a cruz pra no céu poder subir F#
B
Meus olhos estão chorando não consigo esquecer F#
E
F#7
B
Choro de portas abertas para o mundo todo ver C#7
F#7
Dos meus olhos descem água vem da fonte da paixão E
B F#7
B
introdução
Os meus olhos são torneiras ligadas no coração B
B7 E
Pra gente ganhar o céu com a cruz tem que cair F#
E
F#7
B
Jesus caiu com a cruz pra no céu poder subir F#
B
Se alguém matou por amor peço a Deus pra perdoar F#
E
F#7
B
A dor da separação é difícil suportar C#7
F#7
Eu já tive um desengano parei muito pra pensar E
B
F#7
B
Só não mata por amor quem tem forças pra chorar
introdução
144
Cuitelinho
( FOLCLORE
Toada ||: A | E | D | A :|| A
E
Cheguei na beira do porto onde as ondas se espaia A
E
As garças dão meia volta e sentam na beira da praia E7
introdução
A
E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia, ai, ai A
E
Ai quando eu vim da minha terra despedi da parentaia A
E
Eu entrei no Mato Grosso dei em terras paraguaias E7
A
introdução
Lá tinha revolução enfrentei fortes bataia, ai ai A
E
A tua saudade corta como aço de navalha A
E
O coração fica aflito bate uma e a outra faia E7
A
E os olhos se enchem d’água que até as vista se atrapaia, ai ,ai A
introdução
E
A tua saudade corta como aço de navalha A
E
O coração fica aflito bate uma e a outra faia E7
A
E os olhos se enchem d’água que até as vista se atrapaia, ai ,ai
introdução
145
Curitibana
( TONICO / TINOCO / PIRIGOSO )
Arrasta-pé || D | % | % | % | A | % | % | % | E7 | % | % | % | A | % || E7
A
Eu vou partir, ai nesta madrugada E7
A
Ver minha namorada que mandou me chamar E7
A
Eu vou pegar minha besta ruana E7
A
introdução
Trago a curitibana que está no Paraná E7
A
Adeus, adeus minha companheirada E7
A
Olhem minha boiada até quando eu voltar E7
A
Eu vou buscar a cabocla serrana E7
A
Linda curitibana com quem vou me casar E7
introdução
A
Quando cheguei tiver um golpe doído E7
A
Ela tinha morrido para o céu foi morar E7
A
Quando chorei minha sorte tirana E7
A
Adeus curitibana e adeus Paraná
introdução
146
De amor para quem te ama
( PEÃO CARREIRO / JOSÉ RICO )
Valsa / Canção rancheira || C7 | % | F | % | G | % | C7 | % | F | % | G | % | C | G7 ||
C
G
C
Meu bem acredite em mim não deixe este amor morrer G7
A nossa felicidade só depende de querer C
As intrigas que há entre nós é o delírio de um amor inocente G7
C
Que faz nascer o ciúme, ciúme faz mal a gente D7
G
F
A falta dos seus carinhos o meu coração reclama C
G7
C
introdução
Quero ti ver sorrindo de amor para quem te ama C
G
C
Meu bem acredite em mim não deixe este amor morrer G7
A nossa felicidade só depende de querer C
As intrigas que há entre nós é o delírio de um amor inocente G7
C
Que faz nascer o ciúme, ciúme faz mal a gente D7
G
F
A falta dos seus carinhos o meu coração reclama C
G7
C
Quero ti ver sorrindo de amor para quem te ama
--
G7 C
147
Degrau da fama
( LOURIVAL DOS SANTOS / JACOZINHO )
Cururú || D | G | D | G | D | G | D | G | D | G || D
G
O degrau da fama é duro é difícil pra gente subir D7
G
É uma escada com muito perigo no começo eu logo já vi A7
D
A7
D7
Tem mentira e tem falsidade pra gente desiludir G
Quando vai ser vitorioso aparece o tal invejoso D7
G
introdução
Balança a escada pra gente cair D
G
Dois peitos que cantam sereno da batalha não pode fugir D7
G
Nossos peitos são duas metralha não cochila pras balas sair A7
D
A7
D7
As balas é os versos bem feitos que pra longe nós fazemos ir G
A defesa desses dois violeiros é dois palmo de peito mineiro D7
introdução
G
Que entrou na luta e não desistiu D
G
Já fizeram até mesa redonda violeiros que tem por aí D7
G
Mas de dez pra fazer uma moda eu sabendo já me preveni A7
D
A7
D7
As modas que eu canto no ano só no outro eu vou repetir O mundo é uma bola que roda nossa idéia é um tesouro de moda D7
G
introdução
E este segredo só eu sei abrir D
G
Eu gosto de fazer surpresa quando eu vou chegando no fim D7
G
Quebrei uma rima bonita este verso tem que ser assim A7
D
A7
D7
A inve ja é coisa que mata a inveja matou o Caim G
Pra aqueles que são despeitados peço a Deus que mande dobrado D7
G D7 | G ||
Tudo que desejarem pra mim
148
Depois que a Rosa mudou
( SERRINHA )
Rasqueado ||: G | D | C | G | C | G | D | G :|| G
D
G
Eu deitei na minha rede mas o sono não chegou D
G
Pensei no correr da vida e a saudade me apertou D
G
Dei um suspiro alongado meu coração balançou, G7
C
D7
G
introdução
Já não sou mas quem eu era depois que a Rosa mudou G
D
G
Fui dar um passeio perto da casa que ela morou D
G
Já não tem mais a roseira no jardim que ela plantou D
G
Antes não tivesse ido porque meus olhos chorou G7
C
D7
introdução
G
A casa ficou mais triste depois que a Rosa mudou G
D
G
Já estou quase descrente desse mundo enganador D
G
Já não tenho mais sossego coração se quebrantou D
G
Já não toco mais viola, já não sou mais trovador G7
C
D7
G
introdução
Já perdi toda esperança depois que a Rosa mudou G
D
G
Não fiz nada pra ninguém pra ser tanto sofredor D
G
Vou acabar com essa tristeza e a saudade que chegou D
G
Vou romper essa barreira que o destino me cercou G7
C
D7
G
Donde a Rosa está morando é pra lá que eu também vou
introdução
149
Desde de que te vi
( LUIZ BAHAMONDE ALVEAR – versão BELMONTE )
Cuêca chilena ( carrilhão ) ||: A | E7 | % | A | A7 | D | E7 | A :|| E7 A | E7 A || A
E7
A
Um dia de manhãzinha, ao percorrer a fazenda E7
A
Encontrei com minha prenda que passeava sozinha E7
A
Eu disse oh! Minha querida não sabe o quanto te quero E7
A
Eu sou um moço sincero que teu amor solicita A7
D
E7
A
Quisera que Deus permita eu ser teu amor primeiro E7
A
Desde de que te vi, que te quero, desde de que te vi que te adoro A7
D
E7
A
Desde de que te vi que te venero porque tu és meu tesouro E7
Porque te tenho que te tenho que querer A
Porque te tenho que te tenho que adorar A7
D
Porque te tenho que te tenho que querer E7
A
introdução
Nem que teus pais não queiram me ver A
E7
A
Não tenho muito dinheiro pra construir nosso ninho E7
A
Mas terás todo carinho do meu amor verdadeiro E7
A
Meu amor te quero tanto mais que tudo nesta vida E7
A
Ainda juro querida que a ti serei sincero A7
D
E7
A
Saibas que muito te quero és o meu amor primeiro E7
A
Desde de que te vi, que te quero, desde de que te vi que te adoro A7
D
E7
A
Desde de que te vi que te venero porque tu és meu tesouro E7
Porque te tenho que te tenho que querer A
Porque te tenho que te tenho que adorar A7
D
Porque te tenho que te tenho que querer E7
A
Nem que teus pais não queiram me ver
introdução
150
Destinos de caboclo
( FLOR DA SERRA )
Toada || D7 | % | G | % | A7 | D7 | G | D7 G || D7
G
Meus companheiros muito breve estou presente D7
G
Quem viveu neste ambiente não acostuma em outro lugar D7
G
Quero beber água que brota da mina D7
G
Ver paisagem matutina e passarinhos a cantar A7
D7
Quem foi criado num pequeno lugare jo C
G
D7
G
introdução
Tem alma de sertanejo e a saudade faz voltar D7
G
Pois na cidade também existe beleza D7
G
Não é igual a natureza que Deus fez sem desenhar D7
G
Campos e bosques, lagos e matas floridas D7
G
São quadros lindo da vida só o Criador pode pintar A7
D7
Quero rever o lindo romper da aurora C
G
D7
G
introdução
O galo marcar as horas do sertanejo acordar D7
G
Lá no sertão tem alguém que está chorando D7
G
São meus pais que estão esperando esse filho regressar D7
G
Quero beijar minha linda caboclinha D7
G
No altar da igrejinha vou com ela me casar A7
D7
Só peço à Deus com sua santa bondade C
G
D7
G
Que nós de felicidade pra nunca mais nos separar
introdução
151
Destinos iguais
( ARIOVALDO PIRES / LAUREANAO )
Toada || C | D7 | G | % | D7 | % | G || G
D7
C
Já foi no morrer do dia quando eu vi com alegria G
D7
Dois canarinhos gorjear C
G
Com bicadas de ternura o casal trocava juras D7
G
D7 G
De eternamente se amar G
D7
C
De repente na galhada aonde estava pousada G
D7
As avesinhas do amor C
G
Surge um gavião malvado passando o bico curvado D7
G
D7 G
Na canarinha levou G
D7
C
O canarinho coitado “avoou” desesperado G
D7
Perseguindo o malfeitor C
G
E depois veio voltando muito triste soluçando D7
G
D7 G
Num gorjear cheio de dor G
D7
C
Nos olhos do canarinho eu vi molhado os cantinhos G
D7
De chorar pelo seu bem C
G
Uma dor foi me apertando os meus olhos foi piscando D7
G
D7 G
Sem querer chorei também G
D7
C
Chorei pois tive saudade daquela felicidade G
D7
Que o destino me roubou C
G
O meu viver solitário tal qual deste canário D7
G
Que perdeu o seu amor
152
Desventura
( ZACARIAS MOURÃO / BIGUÁ / ZÉ DO RANCHO )
Polca || A | % | Bm | % | A G | F#m Em | D || 2 D
A
vezes
D
Você não sabe menina, você não pode saber E
A
E
A
Como esse amor impossível tem me feito padecer G
D
A
D
Heis aqui minha desdita, a minha sorte mesquinha D7
G
A
D
introdução 1 vez
Não posso ser de você, você não pode ser minha D
A
D
Há coisas que não entendo e também não advinho E
A
E
A
Por que Deus foi por você bem justo no meu caminho G
D
A
D
Por que você me agradou e por que sempre te amei D7
G
A
D
Eu sei que você não sabe, você sabe o que eu não sei D
A
introdução 1 vez
D
Você menina bonita prestimosa, santa e pura E
A
E
A
É toda minha desdita, é toda minha loucura G
D
A
D
Tenho sofrido bastante mas não mal digo deste amor D7
G
A
D
introdução 1 vez
Sofro até com alegria pois você é minha dor D
A
D
Deus tenha pena de mim e me dê força bastante E
A
E
A
Para vencer a saudade quando estiver distante G
D
A
D
Senhor resolva a minha sorte meu sofrimento é invencível D7
G
A
D
É tortura é quase morte o meu amor impossível
A G | F#m Em | D | A | D ||
153
Deus te pague
( ZÉ PAIOÇA / JOEL TAVARES )
Cateretê || D7 | G | D7 | G || G
D7
G
Querida aceite estas flores que apanhei pra te ofertar D7
G
G7
São flores que tu plantaste no jardim do nosso lar C
G7
C
Hoje é uma data feliz eu quero te homenagear D7
G
D7
G D7 G
Saudando a tua saúde e o passado recordar G
D7
G
Já fui um mal companheiro, fui perverso e infiel D7
G G7
Mas uma esposa sincera enfrenta tudo que vier C
G7
C
É como diz o ditado anda errado só quem quer D7
G
D7
G D7 G
Quando eu soube ser homem tu soubeste ser mulher G
D7
G
Hoje em dia me envergonho de ter um passado assim D7
G G7
Somente a sua bondade impediu meu triste fim C
G7
C
Enquanto eu repassava botequim por botequim D7
G
D7
G D7 G
Você em casa esperava rezando em pranto por mim G
D7
G
Até um dia tuas preces lá do céu Deus escutou D7
G
G7
Pois a mão no meu caminho meu destino transformou C
G7
C
Abandonei a bebida minha vida endireitou D7
G
D7
G D7 G
Me dediquei à família e o meu lar Deus abençoou G
D7
G
Hoje fazem quinze anos que nós dois enfrente ao altar D7
G
G7
Juramos aos pés da Virgem para sempre se amar C
G7
C
Tua bondade impediu dessa jura eu quebrar D7
G
D7
G D7 G
Deus te pague oh! Querida por ter salvo o nosso lar
154
Dever de um médico
( JACÓ / JACOZINHO )
Cateretê || G | C | G | C || G
C
G
C
Minha casa é de caboclo mas mora a felicidade G7
C
C7
Encontrei a preferida rainha de minha vida F
G
Com ela eu fui tão feliz assim o destino quis F
C
G7
C
No jardim do nosso amor nasceu uma linda flor F
G
F
Com cinco anos somente menina ficou doente sofrendo uma grande dor G7
Em altas horas da noite G
introdução
mandei chamar o doutor
C
G
C
Eu mandei meu camarada lá em sua residência G7
C
C7
De volta o rapaz dizia que atender-me não podia F
G
Eu fiquei desesperado mandei de volta o empregado F
C
G7
C
Virou nos pés o cavalo dava trovões e estalos F
G
F
Mas trouxe o doutor consigo tirando-a do perigo convidei pra pernoitar G7
Me falou que tinha pressa G
introdução
necessitava voltar
C
G
C
Vendo minha filha salva fui com ele até sua casa G7
C
C7
Vi tanta gente só vendo dia estava amanhecendo F
G
Eu disse à ele contente senhor tem muitos clientes F
C
G7
C
Não é verdade doutor vi nele profunda dor F
G
F
Suas lágrimas brotou sem resposta me deixou fiquei suspenso no ar introdução
G7
Pôs as mãos nas minhas costas G
C
me convidou pra chegar G
C
Quando entrei em sua casa que passei a compreender G7
C
C7
Triste surpresa eu tive quando vi não me contive F
G
Vi quanto o doutor sofria tinha perdido uma filha F
C
G7
C
Quantos pêsames lhe dei franqueza também chorei F
G
F
O doutor me agradeceu e depois me respondeu o que é que vamos fazer G7
Eu fui salvar sua filha
C
para cumprir meu dever
.
155
Devolva a passagem
( ZÉ DO RANCHO / RONALDO ADRIANO )
Guarânia || F | Am | Bb | % | C | C7 | F | Fm || Fm
C7
Fm
Alguém veio me contar que você vai embora F7
Bbm
Dizendo que já me cansou de viver comigo Fm
Não sei qual é o motivo deste teu desprezo Db
Bbm
C7
Se até ho je só lhe dei amor e fui seu amigo Fm
C7
Fm
Pergunto e por favor responda que mal foi que fiz F7
Bbm
Pra você me tirar a chance de ser feliz Fm
Meu Deus o que eu faço tão sozinho agora Db
C7
É verdade quem a gente gosta logo vai embora F
Am
Bb
É triste saber que não vou mais abraçar teu corpo C
F
E estes olhinhos tão lindos não vou mais beijar F
Am
Bb
Tenho medo que você talvez logo encontre outro C
F F7
O ciúme que sinto é imenso nem posso explicar Bbm
F
Se você meu amor me deixar eu ficarei louco C
C7
F
Devolva a passagem meu bem por favor não vá
156
Disco voador
( PALMEIRA )
Rasqueado || A | E7 | % | A | % | E7 | % | A || A
E7
A
Tomara que seja verdade que exista mesmo disco voador F#m
E7
A
Que seja um povo inteligente pra trazer pra gente a paz e o amor E7
A
Se for pro bem da humanidade que felicidade esta intervenção D
A
E7
A
introdução
Aqui na Terra só se pensa em guerra matar o vizinho é nosso intenção A
E7
A
Os homens do nosso planeta dão a impressão que já não tem mais crença F#m
E7
A
Invés de fabricar remédio pra curar o tédio e outras doenças E7
A
Inventam armas de hidrogênio usam o seu gênio fabricando bomba D
A
E7
A
Mas não se esqueçam que por mais que cresçam que perante Deus qualquer gigante tomba A
E7
introdução
A
Senhor que é todo poderoso fez este colosso suspenso no ar F#m
E7
A
Porque não pode ter criado um mundo afastado da terra e do mar E7
A
Tem gente que não acredita acham que é fita os mistérios profundos D
A
E7
A
introdução
Quem tem um filho pode ter mais filhos, o Senhor também pode ter outros mundos A
E7
A
O nosso mundo é um espelho que reflete sempre a realidade E7
A
Quem planta vinha colhe uva e quem planta chuva colhe tempestade E7
A
No tempo em que Jesus vivia ele disse um dia e não foi a esmo: D
A
E7
A
E7 A ||
Que neste mundo em que a maldade infesta, tudo o que não presta morre por si mesmo
157
Ditado sertanejo
( ZÉ CARREIRO / CARREIRINHO )
Cururú || E7 | A | E7 | A | E7 | A || A
E7
A
No lugar que canta galo de certo que mora gente D
E7
A
E7 A
Que é muito bonito é lindo, que é muito feio é indecente D
A
A água parada é poço, riacho é água corrente D
A
E7
A
introdução
Toda briga de mulher o que faz é a língua quente A
E7
A
Onde tem moça bonita de certo que tem namoro D
E7
A E7 A
Onde tem mulher baixinha tem relia e desaforo D
A
Mistura sogra com nora pode ver que ali sai choro D
A
E7
introdução
A
Na vila que tem polícia banho de pau d’água é coro A
E7
A
Amor de mulher rusguenta catinga jaracataca D
E7
A
E7 A
Doença de rico é gripe doença do pobre é ressaca D
A
Dança de rico é baile, dança de pobre é fuzarca D
A
E7
A
introdução
O rico educa na escola o pobre educa no tapa A
E7
A
O que agrada moça é carinho, o que agrada velho é café D
E7
A
E7 A
O homem que fala fino, não é homem nem mulher D
A
A mulher que fala grosso ninguém não sabe o que é D
A
E7
A
O lar que não crê em Deus quem domina é o Lucifer A
E7
introdução
A
O que faz sapo pular tem que ser necessidade D
E7
A
E7 A
Pessoas que falam muito nem todos dizem a verdade D
A
Com tempo a flor perde a cor e nós perde a mocidade D
A
E7
A
O janeiro trás velhice e a velhice trás saudade
introdução
158
Do Iapoque ao Chuí
( ALCINO ALVES / TEODORO )
Rasqueado || E | % | % | % | % | F#m | % | B7 | % | E | % | % | % | F#m | % | B7 | % | E | % ||
Arrumei as minhas malas e de viagem saí Pra conhecer o Brasil do Iapoque ao Chuí E pra falar a verdade eu tenho muita saudade de tudo que conheci E
B7
No Rio Grande do sul eu dancei o vanerão E
Dividi com um índio velho a cuia de chimarrão B7
Tive em santa Catarina quando em outubro acontece A
E
A maior festa do chop grande October Fest E7
A
B7
E
Paraná tem Curitiba modelo de capital B7
E
E7
Cataratas do Iguaçu beleza internacional A
E
B7
Ai, ai não tem nada igual que passar uma semana B7
A G#m
F#m E
|| E | % | % | B7 | % | E | % | B7 A | G#m F#m | E ||
Passeando de chalana pelos rios do Pantanal E
B7
São Paulo que nunca para tem progresso trem fartura E
É o mais rico dos estados na industria e agricultura B7
Fui ao Rio de Janeiro vi o Cristo Redentor A
E
Praia de Copacabana conheci um grande amor E7
A
B7
E
Do Rio pra Minas Gerais tive que seguir sozinho B7
E
E7
Fui conhecer Ouro Preto e as obras do Aleijadinho A
E
B7
Ai, ai não tem nada igual que passar uma semana B7
A G#m
F#m E || E | % | % | B7 | % | E | % | B7 A | G#m F#m | E ||
Passeando de chalana pelos rios do Pantanal E
B7
O estado do Amazonas eu também passei por lá E
Conheci a Zona Franca e a festa do Boi Bumbá B7
De lá voei pro nordeste direto pra Salvador A
E
Vi a igreja do Bonfim e o carnaval do Pelouro E7
A
B7
E
Saudade fui me apertando não deu pra continuar B7
E
E7
Voltei pro meu Mato Grosso meu aconchego meu lar A
E
B7
Ai, ai não tem nada igual que passar uma semana B7
A G#m
F#m E
Passeando de chalana pelos rios do Pantanal
B7 A | G#m F#m | E ||
159
Do mundo nada se leva
( BELMONTE / JORGE PAULO )
Cuêca chilena ( Carrilhão )
|| B7 | % | E | % | B7 | % | E | % | B7 | % | E | % | B7 | % | E | B7 | E B7 | E B7 | E || E
B7
E
Quando estou viajando cruzando campos e serras B7
E
Meu coração se alegra se passo por minha terra B7
E
O rincão é mais florido a natureza é mais bela B7
E
Gosto de minha querência por ser risonha e florida B7
E
Onde vive em criança a minha infância querida B7
E
Não sai de minha lembrança aquela gente amiga F#7
B
F#7
B7
Vamos sorrir e cantar quem está triste se alegre A
E
B7
E
A nossa vida é curta no mundo nada se leva A
E
B7
introdução
E
A nossa vida é curta no mundo nada se leva E
B7
E
Vida triste ou vida alegre a vida do cancioneiro B7
E
Sorrindo as vezes com mágoa cantando com desespero B7
E
Bebendo de todas águas do nosso chão brasileiro B7
E
Sendo triste ou sendo alegre eu adoro minha lida B7
E
Cantando que conheci a minha prenda querida B7
E
Viverá sempre comigo o resto de minha vida F#7
B
F#7
B7
Vamos sorrir e cantar quem está triste se alegre A
E
B7
E
A nossa vida é curta no mundo nada se leva A
E
B7
E
A nossa vida é curta no mundo nada se leva
160
Dona Jandira
( ZICO / ZECA )
Valsa / Valseado / Rancheira || C#7 | % | F# | % | C#7 | % | F# | % || F#
C#7
F#
Quando eu era um folgazão novo se eu contar sei que o povo admira C#7
Eu cantei num dos bar importante e também nos teatros caipiras Eu cantava com uma moreninha pra aqueles rebordes pra aqueles catira F#
C#7
F#
introdução
Que o povo tudo admirava por ver o bom peito da dona Jandira F#
C#7
F#
Fui cantar numa rica fazenda de uma dona que veio da Síria C#7
Lá os folgazão se amedrontaram por me ver tinir as cordas caipiras Fui fazer a minha saudação quase que me puseram na embira F#
C#7
introdução
F#
Lá perdi meu chapéu de castor mas salvei minha vida e da dona Jandira F#
C#7
F#
Foi no ato de um casamento nós saímos passear na vila C#7
Quando foi da igreja pro civil nós dois era os primeiros da fila O escrivão fez um ar de censura respondi no meu modo caipira F#
C#7
F#
Perguntou como é que eu chamava eu me chamo amor firme da dona Jandira F#
C#7
introdução
F#
Apartei da formosa morena por enredo da prima Porfiria C#7
Ela andava só triste chorando eu também já fiquei meio gira Vou fazer uma promessa custosa só pra ver se a minha sorte vira F#
C#7
F#
Ainda eu tenho uma viva esperança de deitar nos braços ( de quem companheiro ) da dona Jandira
161
Dona saudade
( EDWARD DE MARCHI )
Rasqueado || B7 | % | E | E7 | A | B7 | E || E
B7
Com sinceridade a dona saudade não tem mesmo jeito E
Da desilusão do meu coração quer tirar proveito E7
A
Pelos meus caminhos colheu gravetinhos de um amor desfeito B7
A
E
E de vagarinho ela fez seu ninho dentro do meu peito E
B7
O dona saudade tenha piedade não me aperte tanto E
Deixe esse caboclo viver mais um pouco nem que seja em pranto E7
A
Quero ver aquela flor pura e bela perder seu encanto B7
A
E
Se eu choro ela canta quero que esta santa chore quando eu canto E
introdução
B7
Com sinceridade a dona saudade não tem mesmo jeito E
Da desilusão do meu coração quer tirar proveito E7
A
Pelos meus caminhos colheu gravetinhos de um amor desfeito B7
A
E
E de vagarinho ela fez seu ninho dentro do meu peito E
B7
O dona saudade tenha piedade não me aperte tanto E
Deixe esse caboclo viver mais um pouco nem que seja em pranto E7
A
Quero ver aquela flor pura e bela perder seu encanto B7
A
E
Se eu choro ela canta quero que esta santa chore quando eu canto
introdução | B7 | E ||
162
Duas cartas
( ZÉ CARREIRO CARREIRO / CARREIRINHO )
Cateretê || G | % | A7 | D || D
G
D A7 D
Eu recebi uma carta foi meu bem que me escreveu G
Abri a carta pra ler a minha coragem não deu A
Só pude ler duas linha, minha vista escureceu D
introdução
Ao ler a triste notícia que meu bem desprezou eu D
G
D A7 D
Com esse golpe doído que meu coração sofreu G
Imaginei a minha vida que será que aconteceu A
Na carta não explicava que plano novo era o seu D
Não cumpriu o juramento que a ingrata prometeu D
G
introdução
D A7 D
Daquele dia em diante todo sofrimento meu G
Acabou minha alegria meu viver se entristeceu A
Mas homem deve ser homem cumprir o destino seu D
Dei ela por esquecida e disse o derradeiro adeus D
G
D A7 D
Quando foi um certo dia outra carta apareceu G
Na carta vinha dizendo do que fez se arrependeu A
Eu mandei dizer pra ela que siga o caminho seu D A7 D
Procure um outro amor que você pra mim morreu
introdução
163
É fogo
( LOURIVAL DOS SANTOS / ZÉ BATUTA )
Pagode || E7 | A | E7 | A | E7 | A | E7 | A | E7 | A | E7 | A || A
E7
A
Uma vez fiz um brinquedo no terreiro t erreiro de uma venda E7
A
Topei um cara marrudo capataz de uma fazenda B7
E7
Nesse dia eu dei pancada que nem ferreiro na fenda A
E7
A
introdução
Nasci na zona da mata valentão pra mim é lenda A
E7
A
Eu disse assim pro sujeito a camisa nós emenda E7
A
Meu aço tá na cintura não é pra cortar merenda B7
E7
Minha faca corta e fura mandei fazer de encomenda A
E7
A
Os taios que eu dou com ela não tem doutor que remenda A
E7
introdução
A
Ele virou parafuso eu virei chave de fenda E7
A
Fiz ele passar apertado que nem cana na moenda B7
E7
Nesse dia fui tesoura entrei gostoso na renda A
E7
A
introdução
Quem tiver amor na vida que do meu lado não penda A
E7
A
Uma donzela me vendo da janela da vivenda E7
A
Papai corra aqui depressa vem ver que briga tremenda B7
E7
Tô brigando e tô falando pra aquela bonita prenda A
E7
A
introdução
Pra vida não tô ligando não quero que me defenda A
E7
A
Se eu daqui sair com vida a polícia que me prenda E7
A
Se eu morrer nesse combate não quero que vela ascenda B7
E7
Pra quem ler um pingo é letra espero que me compreenda A
E7
A
Quem tá no braço da viola foi quem venceu a contenda
E7 A ||
164
É isso que o povo quer
( LOURIVAL DOS SANTOS / TIÃO CARREIRO / CARLOS COMPRI )
Pagode || E | % | % | % | % | % | % | B7 | % | E | % | B7 | % | E | % | % | % | B7 | % | E | % | B7 | % | E | B7 | E | B7 ||
B7
E
É isso que o povo quer, é isso que eu vou cantar B7
E
O povo pede alegria, alegria eu vou mandar B7
E B7 E
Eu canto o que o povo pede o que eu peço o povo dá A
Eu arrumei um emprego do jeito que eu queria B7
Pagamento todo dia o patrão tem que aceitar E
B7
E
O emprego é bom de fato assinamos um contrato B7
No dia do pagamento é proibido trabalhar A
B7
E
Estou gostando do emprego mas eu tenho que deixar B7
E
O patrão não quer dar férias eu preciso descansar B7
E
É isso que o povo quer, é isso que eu vou cantar B7
E
O povo pede alegria, alegria eu vou mandar B7
E
introdução
Eu canto o que o povo pede o que eu peço o povo dá A
Só caso com mulher rica para dar conforto à ela B7
Enquanto eu tiver dinheiro nós dois não vamos brigar E
B7
E
Caso na segunda feira, na terça acaba o dinheiro B7
Na quarta brigo com ela e na quinta mando andar A
B7
E
Dinheiro e mulher bonita eu sempre andei atrás B7
E
Se acabar mulher e dinheiro eu não quero viver mais B7
E
É isso que o povo quer, é isso que eu vou cantar B7
E
O povo pede alegria, alegria eu vou mandar B7
E
Eu canto o que o povo pede o que eu peço o povo dá
introdução
165
Em tempo de avanço
( TIÃO CARREIRO / LOURIVAL DOS SANTOS )
Pagode || G | B7 | E || E
O destino aqui me trouxe cantar pra vocês eu vou G
B7
sem ritmo
E
Eu só trouxe coisa boa foi meu sertão quem mandou F#
B
F#
B
No lugar que tem tristeza, eu vou levar alegria F#
B
F#
B
Vou levar sinceridade onde existe hipocrisia E
B7
E
No lugar que tem mentira eu vou levar a verdade B7
cateretê
E
Vou levar amor sincero onde existe falsidade F#
B
E
Quando eu daqui sair vocês vão sentir saudade || E7 | % | % | % | % | % | % | % | % | % | G B7 | E | G B7 | E | G B7 | E | % | % | % | A
A Terra hoje balança vou agüentar o balanço Quem espera sempre alcança eu espero e não me canso B
E
B7
refrão
E
Cantando a gente avança para depois ter descanso B
E
B7
E
Cheguei trazendo esperança cantando em tempo de avanço || E7 | % | % | % | % | % | % | % | % | % | G B7 | E | G B7 | E | G B7 | E | % | % | % | E
Vou soltar o inocente não tem culpa quem prendeu G
B7
E
Vou castigar quem matou vou rezar pra quem mor..reu F#
B
F#
sem ritmo
B
Vou defender quem apanha batendo em quem bateu F#
B
F#
B
Vou tomar de quem roubou tirando o que não é seu E
B7
E
Vou jogar com que ganhou vou ganhar pra quem perdeu B7
cateretê
E
E para quem não tem nada vou dar o que Deus me deu F#
B
E
Se eu der tudo que eu tenho não acaba o que é meu || E7 | % | % | % | % | % | % | % | % | % | G B7 | E | G B7 | E | G B7 | E | % | % | % | refrão
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Empreitada perigosa
( MOACYR DOS SANTOS / JACOZINHO )
Pagode || B E F | F# | % | % | B | % | B A| G#m F#m | E || E
Já derrubamos o mato, terminou a derrubada Agora preste atenção meus amigos e camaradas F#
Não posso levar vocês na minha nova empreitada B
B7
E
introdução
Vou pagar tudo que devo e sair de madrugada E
A minha nova empreitada não tem mato e nem espinho Ferramentas não preciso guarde tudo num cantinho F#
Preciso de um cavalo bem ligeiro e bem mansinho B
B7
introdução
E
Preciso de muitas balas e um colt de cavalinho E
Eu nada tenho a perder pra minha vida eu não ligo Mesmo assim eu peço à Deus que me livre do inimigo F#
A empreitada é perigosa sei que vou correr perigo B
B7
E
É por isso que não quero nenhum de vocês comigo
introdução
E
Eu vou roubar uma moça de um ninho de serpente Ela quer casar comigo a família não consente F#
Já me mandaram um recado tão armado até os dentes B
B7
E
Vai chover bala no mundo se nós topar frente a frente
introdução
E
Adeus, adeus preto velho, Zé Maria e Serafim Adeus, adeus Paraíba, Minerinho e seu Joaquim F#
Se eu não voltar amanhã podem até rezar por mim B
B7
E
Mas se tudo der certinho a menina tem que vim
F# B7 E
167
Encantos da natureza
( TIÃO CARREIRO / LUIZ DE CASTRO )
Querumana || D | A | E7 | A A7 | D | A | E7 | A | E7 || A
E
A
Tu que não tiveste a felicidade deixa a cidade e vem conhecer E
A
Meu sertão querido meu reino encantado, meu berço adorado que me viu nascer D
E
E7
A
Venha o mais depressa não fique pensando estou lhe esperando para lhe mostrar A
E
E7
A E7 | A
Vou mostrar o lindo rio de águas claras e as belezas raras do nosso luar A
E
A
Quando a lua nasce por detrás da mata fica cor de prata a imensidão E
A
Então fico hora e horas olhando o luar banhando lá no ribeirão D
E
E7
A
Muitos não importam com esse luar nem lembram de olhar o luar da serra A
E
E7
A
Mas estes não vivem são seres humanos que estão vegetando em cima da Terra A
E
introdução
A
Quando o lua esconde logo rompe a aurora vou dizer agora do amanhecer E
A
Raios avermelhados riscam o horizonte o sol lá do monte começa a nascer D
E
E7
A
Lá na mata canta toda a passarada e lá na palhada pia o xororó A
E
E7
A
E7 | A
O rei do terreiro abre a garganta bate a asa e canta em cima do paiol A
E
A
Quando o sol esquenta cantam cigarras em grande algazarra na beira da estrada E
A
Lindas borboletas de variadas cores vem beijar as flores já desabrochadas D
E
E7
A
Este pedacinho de chão encantado foi abençoado por Nosso Senhor A
E
E7
A
Que nunca nos deixa faltar no sertão saúde, união a paz e o amor
E7 | A ||