RENÉ NELLI
RENÉ NELLI
Título original: Les original: Les cathares © Culture, Art, Loisirs — Paris, 1972 Tradução de Isabel aint!Aub"n Ca#a de Al$eu aldan%a Coutin%o &ireitos reser'ados #ara todos os #aíses de d e Língua Portuguesa (&I)*( 7+ — A' &u-ue de .'ila, /9!r0$!(s- — 1+++ LIA Tele3s: 44 /5 95047 2+ +1 &istribuidor no rasil: LI6AIA 8ATI T( ua Consel%eiro a;al%o, <<+!<=+ — ão Paulo
Sumário UMA CIVILIZAÇÃO ABORTADA. O ESBOÇO DE UMA SOCIEDADE FUTURA .................................................................... 5 A EPOPEIA CÁTARA VISTA PELOS CONTEMPORÂNEOS. POESIA E LENDAS. .................................................................................................................................... ! UM CRISTIANISMO RENOVADO UMA MODA INTRANSI"ENTE ..................... #$ RITOS ARCAICOS. UMA ESPIRITUALIDADE NOVA. .............................................. %& A MORAL DO CATARISMO .......................................................................................... %' RITOS DO CATARISMO ................................................................................................. 5 LITERATURA COMPROMETIDA O FOLCLORE AO SERVIÇO DOS DO"MAS .................................................................. 5( UM ESOTERISMO FILOS)FICO ....................................................................................... $' O CATARISMO MORREU MAS O SEU ESP*RITO SOBREVIVE ............................ !! A AVENTURA ESPIRITUAL DO S+CULO ,III NO IN*CIO DO S+CULO ,I, .......................................................................................................................................... !! O S+CULO ,VIII ................................................................................................................ (& OS -UE RENUNCIAM VIDA POR AMOR DA E,IST/NCIA ............................... (( CONCLUSÃO0 DEUS DEI,OU A TERRA ..................................................................... 1# BIBLIO"RAFIA .................................................................................................................... 1' "LOSSÁRIO DOS PRINCIPAIS TERMOS DO CATARISMO ................................. & LISTA DOS PERFEITOS C+LEBRES ............................................................................ ( SANTO A"OSTIN2O E O CATARISMO ...................................................................... && O 3TRATADO CÁTARO4 DE BARTOLOMEU ........................................................... &5 O LIVRO DOS DOIS PRINC*PIOS .................................................................................. &( O CASTELO DE MONTS+"UR ....................................................................................... %1
UMA CIVILIZAÇÃO ABORTADA. O ESBOÇO DE UMA SOCIEDADE FUTURA $ataris;o ainda > ;uito #ou$o $on%e$ido #elo grande #?bli$o (le $onstitui, #or>;, na %ist@ria o$idental, u; $aso í;#ar sob ;uitos as#e$tos Pode;os estudar o 3en;eno $Btaro sob dois ngulos ;uito di3erentes: $o;o %eresia ou $o;o $i'iliDação original A %eresia desen'ol'eu!se com êxito e; ;uitos #aíses da (uro#a 8as o $ataris;o, $o;o $i'iliDação ou, #elo ;enos, $o;o eE#ressão es#iritual $onsu;ada de u;a $i'iliDação es#e$í3i$a, $o; a sua $ultura, $ostu;es, leis, et$, desen'ol'eu!se sobretudo na $$itnia (Eistira; ;uitos $Btaros na ItBlia, ;as $onstituía; gru#os ;inoritBrios, u; 3en;eno ;arginal, #ortanto o ul da rança, a doutrina e o ;odo de 'ida $Btaros traduDira; a al;a, a #ro3unda sensibilidade de todo u; #o'o oi o #roduto es#ontneo, natural, de u;a $erta ;aneira de 'er e de sentir o ;undo, $ara$terísti$o dessa so$iedade o$$itni$a tão di3erente do -ue, então, se #odia $%a;ar a so$iedade 3ran$esa e -ue s@ diDia res#eito ao orte do #aís este as#e$to, o $ataris;o #re3igura $ertas 3or;as de #rotestantis;o -ue, no s>$ulo F6 e no s>$ulo F6I, $onstituirão si;ultanea;ente u;a re'olta es#iritual $ontra o;a e a eE#ressão religiosa ;ais a#ro#riada do te;#era;ento de $ertos #o'os (, nas guerras religiosas -ue assolarão toda a (uro#a do enas$i;ento, en$ontrare;os, estreita;ente ligados, ele;entos es#irituais, #olíti$os e so$iais ob este #onto de 'ista, a %ist@ria do $ataris;o a#resenta!se $o;o u;a longa luta de ;orte entre duas $i'iliDaçGes: a do orte e a do ul da rança atualH1 (; 8onts>gur, os #erseguidos $%a;a'a; aos seus ini;igos os ran$esesJK #ensa'a; #erten$er a outra nação, a outra $i'iliDação $ataris;o a3asta!se eEtraordinaria;ente do $atoli$is;o (le >, na 'erdade, ;uito ;ais do -ue u;a si;#les %eresia ou do -ue u; desa$ordo entre u; ou ;ais #ontos de teologiaK resulta de u;a $on$e#ção do ;undo, de u; #ro$esso intele$tual e es#iritual $o;#leta;ente o#osto aos do $ristianis;o tradi$ional, ou at> tal'eD do $ristianis;o, a#enas Para -ue u;a religião original se ti'esse assi; 3or;ado, era ne$essBrio eEistir u; terreno so$ial 3a'orB'el, u;a $i'iliDação original e$ente;ente, 'i;os toda u;a $i'iliDação, tal'eD de;onía$a, ;as di3erente, se; d?'ida, de tudo o -ue $on%e$ía;os, 3or;ar!se, desen'ol'er!se, des;oronar!se — e; ;enos de -uinDe anos — no A#o$ali#se de erli;, e; 8aio de 19=4 1
s $Btaros #ossuía; u;a língua na$ional língua de o$J tão di3erente do 3ran$s ou da língua de oElJ $o;o o italiano ou o es#an%ol
$ataris;o durou ;ais te;#o e não > #ossí'el atribuir!l%e u;a natureDa de;onía$a 8as, a sua -ueda re#resenta a destruição de toda u;a $i'iliDação, o estrangula;ento de u;a $ultura e de u; ;odo de 'ida -ue, ;ais tarde, teria; #ro'a'el;ente gerado u;a nação tão di3erente da rança do orte $o;o a (s#an%a ou a ItBlia A %ist@ria do ;undo teria sido, $erta;ente, abalada M, #ois, esta $i'iliDação, in3eliD;ente de;asiado bre'e, -ue ire;os tentar re'i'er — a sua %ist@ria #olíti$a, o seu #ensa;ento 3ilos@3i$o, a sua ;oral, os seus $ostu;es, et$ — inserindo!a se;#re no $onteEto da >#o$a e ligando!a, tanto -uanto #ossí'el, Ns di'ersas $orrentes -ue $ontribuíra; #ara a sua 3or;ação re-uente;ente $itado $o;o u;a das origens ;ais diretas do $ataris;o, o bogo;ilis;o2 tin%a assu;ido, a #artir do s>$ulo F, na ulgBria, sob o reinado de Pedro I O927!929, o as#e$to de u; ;o'i;ento re'olu$ionBrio $ontra os boiardos ou $ontra os grandes dignitBrios da IgreQa, $onsiderados, $o; algu;as eE$eçGes, $?;#li$es do &iabo Tal não su$edeu no Languedo$ onde o $ataris;o se #ro#agou, no s>$ulo FIII, #or todas as $lasses da so$iedade e en$ontrou de3ensores tanto nos $astelos $o;o nas $%ou#anas s #e-uenos $a'aleiros, ;uitas 'eDes arruinados, sentia;!se ;ais solidBrios $o; o $a;#esinato ou $o; a burguesia urbana do -ue $o; a sua #r@#ria $lasse e não te;ia; de ;odo nen%u; — su#ondo -ue as #ressentia; — as $onse-un$ias so$iais da re'olução ;oral -ue o $ataris;o #are$ia anun$iar 8uitos deles, indignados $o; o $o;#orta;ento de $ertos #adres ro;anos, aderia; sin$era;ente N %eresia (; '>s#era da CruDada O12+9 re$orria; 3re-uente;ente N aQuda 3inan$eira dos Ro;ens!bons< As 'i?'as e as 3il%as, -ue se 'ia;, ;uitas 'eDes, se; re$ursos, en$ontra'a; asilo e #roteção nas $asas da seita (; -uase todas as 3a;ílias sen%oriais desta >#o$a — sobretudo no 'is$ondado de Car$assone —, en$ontra'a!se #elo ;enos u; $renteJ, ou u;a $renteJ (n$ontra;!se at> #er3eitosJ #erten$entes N alta nobreDa Suando estes 3idalgos #ro'in$ianos não era; $rentes, ;ostra'a;!se, #elo ;enos, anti$leri$ais e a sua si;#atia ati'a ia se;#re #ara os Ro;ens!bons — ;uitas 'eDes #arentes ou a;igos — -ue era; tão #obres $o;o eles e $uQa 'ida era irre#reensí'el s grandes sen%ores — a des#eito da ligação eEterior -ue ;ostra'a; e; relação N IgreQa $at@li$a — era; ainda ;ais anti$leri$ais, ;as #or outras raDGes $ataris;o $onstituía, #ara eles, #reteEto #ara ultra#assar a tirania de o;a osta'a; de #oder re#udiar as ;ul%eres -uando assi; o deseQa'a;K entrar e; guerra -uando l%es a#ete$ia, se; res#eitar a Tr>gua de &eusJK ;anter, #ara tal e3eito, bandos de %o;ens ar;ados -ue assola'a; o #aísK e, $o;o não era;, de ;odo nen%u;, antisse;itas, não %esita'a; e; e;#regar Qudeus e e; l%es $on3iar #ostos e; -ue ti'esse; autoridade sobre os $ristãos: atos -ue a IgreQa ro;ana #roibiria se ti'esse #oderes (, natural;ente, de#ois de tere; $on3is$ado os bens e$lesiBsti$os e as díDi;as ou i;#osto o seu $ontrolo Ns abadias, Qulga'a;
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8o'i;ento de orige; ;ani-ueista, $erta;ente 3iliado no ;asdeís;o da antiga P>rsia s $Btaros $%a;a'a; Ro;ens!bons ao #er3eitos, ?ni$os -ue tin%a; re$ebido o consolamentum. 6er AneEos
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nada ;ais ter a te;er al>; do restabele$i;ento da autoridade $at@li$a (ra, #ortanto, #or interesse, -ue #ou#a'a; o $ataris;o As ;ul%eres #are$ia;, no $onQunto, ;ais ligadas N %eresia, #or-ue sentia; $on3usa;ente -ue esta $on3eria ;ais dignidade e liberdade ao seu seEo (, de 3ato, 3ora; ;uitas 'eDes os interesses so$iais -ue atraíra; as ;ul%eres de todas as $lasses so$iais #ara o $ataris;o os li;ites das #ossibilidades o3ere$idas #elas res#e$ti'as $lasses, as #rBti$as %eterodoEas $on$edia;!l%es, nu;a ;edida a#re$iB'el, direitos iguais aos dos %o;ens (;bora as barreiras do #atriar$ado, es$re'e 8 Uo$%=, não ten%a; sido total;ente su#ri;idas no interior das $o;unidades 3e;ininas $Btaras, #ois a direção es#iritual dos $on'entos $ontinua'a, e; grande #arte, nas ;ãos dos diB$onos, os direitos e as liberdades dos #er3eitos era;, no entanto, ;uito ;ais $onsiderB'eis do -ue no interior dos estabele$i;entos ro;anos do ;es;o gnero s $on'entos era; 3inan$iados #elos donati'os dos $rentes e #elo trabal%o dos ;e;bros da $o;unidade ão eEistia, então, nen%u;a organiDação destinada a aQudar as ;ul%eres e as ra#arigas #obres As -ue trabal%a'a; no artesanato tEtil — ou e; ind?strias anBlogas — e -ue era; #arti$ular;ente eE#loradas, #ro$ura'a;, ;uitas 'eDes, re3?gio e #roteção nos estabele$i;entos $o;unitBrios $BtarosJ A di'isão dos 3eudos Oresultante da distribuição do #atri;nio e; #artes iguais #or todos os 3il%os tin%a au;entado no s>$ulo FIII e ;ergul%a'a a #e-uena nobreDa nu;a es#>$ie de $rise e$on;i$a #er;anente -ue torna'a di3í$il a dotação das ra#arigas oi #or se 'ere;, ;uitas 'eDes, se; ;eios de eEistn$ia $orres#ondentes N sua $ategoria -ue ;uitas delas 3ora; a$ol%idas $o;o #er3eitas nas $asas %er>ti$as Co;o > e'idente, estas $asas en$ontra'a;! se sub;etidas N autoridade dos bis#os e dos diB$onos, ;as trata'a!se de u;a autoridade ;oral, se; $onstrangi;entos ne; dis$i#linas i;#ostas, e eEer$ia!se igual;ente sobre os %o;ens As #er3eitas não #odia; as$ender aos graus su#eriores da %ierar-uia, o dia$onato e o e#is$o#ado, ;as tin%a; os ;es;os direitos e #odia; ad;inistrar o consolamentum4 s $rentes in$lina'a;!se diante delas e adora'a;!nasJ: era; %abitadas #elo (s#írito, tal $o;o os Ro;ens! bons At> ;eados do s>$ulo FIII ti'era; at> o direito de #regar, ;as nun$a o utiliDara; ;uito, $onsistindo o seu #a#el essen$ial;ente e; se o$u#are; da edu$ação das ra#arigas, dos doentes e e; $ontribuir #ara a #ros#eridade do seu #e-ueno artesanato A ;isoginia não tin%a desa#are$ido total;ente do $ataris;o, ;as o dog;a ensina'a não s@ -ue as al;as, asseEuadas, era; iguais, $o;o ta;b>; -ue as reen$arnaçGes trans3or;a'a; tanto os %o;ens e; ;ul%eres $o;o as ;ul%eres e; %o;ens A igualdade dos seEos na Idade 8>dia 3oi se;#re ;ais ;íti$a do -ue real e; #or isso deiEa de ser 'erdade -ue o $ataris;o 3a'ore$eu #ositi'a;ente na 'ida religiosa, no $asa;ento e nos $ostu;es, as tendn$ias
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8 Uo$%: Frauenfrage und Ketzertum im Mittelalter Oerli;, 192/ (ra o ba#tis;o es#iritual, #or a#osição das ;ãos, $onsiderado #elos $Btaros $o;o o ?ni$o 'erdadeiro ba#tis;o
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igualitBrias e libertadoras -ue $o;eça'a; a ;ani3estar!se e; todas as ;ul%eres, e, sobretudo, na $lasse aristo$rBti$a Suando se desen$adeou a guerra, a ;aior #arte dos #rín$i#es ;eridionais 3ora; obrigados, #ela, 3orça dos a$onte$i;entos, a a#oiar!se nos %er>ti$os #ara de3ender os seus direitos #r@#rio rei Pedro de Aragão /, a#esar de bo; $at@li$o, 3oi 3inal;ente obrigado, #elo en$adea;ento das $ausas #olíti$as, a so$orrer o $onde de Toulouse Todos estes interesses, todos estes $Bl$ulos $ontradit@rios dissi;ulara; #erante os $onte;#orneos -ue a %eresia $Btara era, e; si ;es;a, #ou$o $o;#atí'el $o; o siste;a 3eudal M 'erdade -ue este, no Languedo$, esta'a QB ;uito en3ra-ue$ido: a #ro#riedade não nobre, o #oder do din%eiro $ontrasta'a;, de $erto ;odo, $o; o #rin$í#io aristo$rBti$o segundo o -ual a terra #erten$e aos sen%ores e s@ #ode ser $edida $o;o usu3ruto $ontra u; ser'iço de %onraJ A in3lun$ia dos $nsules e dos burgueses tin%a au;entado $onsidera'el;ente nas $idades s $ruDados do orte, ;ais #ers#i$aDes do -ue os barGes ;eridionais, a#ressar!se!ão, de#ois da 'it@ria, a restaurar a orde; e$on;i$a e so$ial #retendida #ela IgreQa e -ue o $ataris;o não ti'era o#ortunidade de ;odi3i$ar ;uito a realidade, o $ataris;o >, na sua essn$ia, -uase tão $ontrBrio aos 'alores 3eudais $o;o era o bogo;ilis;o Ta;b>; #ara ele, os #rín$i#es, os barGes e os bis#os são os re#resentantes da orde; do 8al e; #retender reduDir o dualis;o ;eta3ísi$o a u; dualis;o #ura;ente so$ial, de'e;os re$on%e$er -ue tudo o -ue $onstitui a 3orça do 3eudalis;o era $ondenado #elos $Btaros V;a das suas oraçGes alude ao $arBter satni$o da %ierar-uia 'assalBti$a e de toda a so$iedade -ue assenta na subordinação 3orçada de u; %o;e; a outro: o i;#erador ;anda no rei, o rei no $onde, o $onde no $a'aleiroK todos se es3orça; #or subQugar o #r@Ei;o, $o;o su$ede na $aça -uando se utiliDa u; ani;al #ara $açar outro ani;al, o 3al$ão, #or eEe;#lo a base da es$ala, o ;ais ;odesto su#orta o #eso de toda a %ierar-uia A teoria das reen$arnaçGes, entre outras $onse-un$ias, a#resenta'a os #a#as, os reis, os QuíDes, os sen%ores — ;ais tarde os in-uisidores — $o;o al;as ;Bs, insu3i$iente;ente #uri3i$adas e #ou$o a'ançadas na 'ia da sal'ação Torna'a!se e'idente #ara todos -ue os #oderosos da terra — eE$eto -uando, o$asional;ente, se torna'a; de3ensores dos Ro;ens! bons — #erten$ia; N $orte de atã: 3aDia; a guerra, ;ata'a; os ani;ais, $ondena'a; N ;orte, Qulga'a; (sta %ierar-uia de ri$os e de $%e3es, estas #essoas iní-uas, s@ #odia; ter #or ;estre su#re;o o Prín$i#e do ;undoJ A ;es;a teoria arruina'a, nu; #lano total;ente di3erente, u; dos 3unda;entos do 3eudalis;o: o 'alor atribuído ao sangue e a ideia de -ue as 'irtudes e o direito de ;andar no outro se trans;ite; de #ai #ara 3il%o Ad;itindo -ue o sangue #ossa ser o su#orte de dis#osiçGes ou de $ara$teres ad-uiridos, trata!se de 'irtualidades ;alignas, #ois o sangue 3oi $riado #elo &iabo e, a be; diDer, não 'ei$ula nada de es#iritual As al;as, segundo o /
Co;o sen%or 3eudal dos barGes o$$itni$os, de'ia!l%es aQuda e #roteção
dualis;o absoluto, não t; nada de $o;u; $o; os $or#os -ue as en$erra; V; barão #ode ter sido ser'o nu;a eEistn$ia #assada V; ser'o #ode tornar!se barão nu;a en$arnação #r@Ei;a &eter;inado %o;e; 3oi u;a ;ul%er, e u;a ;ul%er 3oi u; %o;e; As di3erenças so$iais são a#enas ilusGes satni$as, não se baseia; na realidade A #ri;eira as#iração N igualdade assu;ia a 3or;a de u; ;ito, ;as ne; #or isso era ;enos 'ee;ente A noção de bellator, de guerreiro, na -ual assenta o siste;a 3eudal, era igual;ente #osta e; $ausa Co;o a guerra era $ondenada #elo $ataris;o, o miles, $uQa raDão de ser era 3aD!la, en$ontra'a!se reQeitado ipso facto #ara a so$iedade do &e;nio A guerra, $o;o tal, era desonrada sob todas as suas 3or;as: não eEistia; eE$eçGes As di'ersas idealiDaçGes -ue a ;orte %eroi$a so3reu na Idade 8>dia — ;orte #or a;or de u;a ;ul%er, ;orte #or a;or de &eus — era; $onsideradas se; 'alor: > e'idente -ue os $Btaros s@ #odia; o#or!se ao #rin$í#io das $ruDadas (n-uanto, #ara os $at@li$os, a guerra santaJ e;#reendida #ara de3ender a gl@ria de &eus ou #ara libertar o t?;ulo de Cristo enalte$ia a $orage;, atribuía!l%e u; 3i; digno de si e, al>; disso, asso$ia'a o bellator Oo -ue $o;bateJ ao orator Oo -ue reDaJ, #ara os $Btaros ele era a#enas u;a ;isti3i$ação dog;Bti$a, #ois não a$redita'a; -ue Cristo ti'esse 'i'ido real;ente na Terra ne; -ue ti'esse sido se#ultado nu; t?;ulo ( $onsidera'a;!na sobretudo $o;o u; ;eioW in'entado #elo $lero #ara eE#lorar os guerreiros (; 124+, o tro'ador Peire Cardenal7 — -ue não era $Btaro, ;as -ue tin%a so3rido a in3lun$ia dos te@ri$os da %eresia e -ue, de resto, alude N $ruDada $ontra os Albigenses — ele'a a #ri;eira $ríti$a $oraQosa $ontra a guerra santa: &esde -ue o $lero assi; o ordene, diD ironi$a;ente, os $a'aleiros irão sa-uear Tudelle, Le Pu" e 8ont3errand &e#ois de l%es tere; dado #ão e -ueiQo, abandona;!nos aos ;aus tratos 8as #rotege; be; os seus #r@#rios #eitos $ontra toda a l;inaK e, -uanto aos ;iolos do #r@Ei;o, se se es#al%are; #elo $%ão, #a$in$iaJ XB no s>$ulo FI, e; C%a;#agne, o neo!;ani-ueu Leutard #retendia abolir, Qunta;ente $o; a díDi;a, todos os direitos 3eudais a $$itnia, os $Btaros reQeitara; a ideia de Qustiça O%u;ana -ue, o#ondo!se N $aridade, > de essn$ia ;aligna e -ue, nu;a so$iedade regida #or atã, s@ #oderia ser satni$a ão re$on%e$ia; aos sen%ores 3eudais o direito de 3aDer Qustiça (ra assi; -ue sabota'a;, não as bases de toda a so$iedade, $o;o se a3ir;ou, ;as, se; d?'ida, as da so$iedade 3eudal Por u; lado, #retendia; substituir esta Qustiça inQusta #ela arbitrage; e #ela $on$iliaçãoK #or outro lado, obter a reabilitação do $ul#ado e não a sua eli;inação 3ísi$a Co;o não ti'era; o#ortunidade de estabele$er o seu siste;a Qudi$iBrio, > di3í$il saber eEata;ente e; -ue teria $onsistido: esta;os reduDidos a inter#retar a ;aneira $o;o, e; Languedo$, antes de 12+9, e e; 8onts>gur, de 12<+ a 12==, tentara; instaurar a sua orde; ;oral abe;os, #or eEe;#lo, -ue u; barão a$usado de assassínio 3oi si;#les;ente $ondenado #or eles a entrar nas ordens $Btaras, isto > a tornar!se santo (; 8onts>gur, os bis#os sub;etia; N sua arbitrage; todas as -uerelas, todos os #ro$essos -ue 7
Peire Cardenal nas$eu e; 115+, e; Pu"!en!6ela", e ;orreu e; 127=, $o; a idade de 9= anos
surgia; oi assi; -ue ter;inara; $o; as dis#utas -ue se 'eri3i$a'a; $onstante;ente entre os dois $%e3es ;ilitares da 3ortaleDa atural;ente, seria i;#rudente Qulgar, a#enas a #artir destes dados, o es#írito dos seus ;>todos re#ressi'os e, sobretudo, a sua e3i$B$ia Tudo le'a a $rer -ue a sua autoridade ;oral ne; se;#re terB bastado #ara i;#edir a desorde;, o roubo e o $ri;e, e -ue a arbitrage;, -ue, nessa >#o$a, $onseguia resol'er os $on3litos -ue surgia; entre os di'ersos ra;os do o3í$io ou entre as $o;unidades e os $nsules, não terB sido su3i$iente;ente $onstrangedora e; ;at>ria $ri;inal a Idade 8>dia, as ligaçGes de 'assalage; e os $ontratos era; estabele$idos e 'alidados #or Qura;ento ra, os $Btaros $onsidera'a; -ue o res#eito #elo direito es$rito, os $o;#ro;issos assu;idos #ela %onra e #ela 'irtude $onstituía; garantia su3i$iente: #roibia; o Qura;ento este #onto, a e'olução geral das ideias ia no ;es;o sentido -ue a ideologia %eterodoEa Al>; dos barGes ;eridionais QB não res#eitare; a 3> Qurada — ;uda'a; de sen%ores e de #rotetores ao sabor dos seus interesses —, at> os si;#les $a;#oneses $onsidera'a; o direito es$rito ;uito ;ais seguro do -ue o Qura;ento 'erbal Antes de se $o;#ro;etere; #or ;eio de Qura;ento, de$lara o #oeta Peire Cadernal, eEige; u; $ontratoJ ão insistirei de;asiado sobre este #roble;a, -ue > ;uito ;enos i;#ortante do -ue se a3ir;ou, #ois > e'idente -ue o Qura;ento — a#esar de eE$essi'a;ente $onsagrado #elo 3eudalis;o — não l%e era assi; tão indis#ensB'el 3eudalis;o #oderia sobre'i'er eEigindo si;#les;ente o res#eito #elos $ontratos es$ritos -ue, de -ual-uer ;odo, 'alia; ;ais, e; Languedo$, do -ue os $o;#ro;issos Qurados s Qura;entos nada ;ais a$res$enta; O#ode; ser 3a$il;ente substituídos #or $o;#ro;issos de %onra Co;o > sabido, 3ora; abolidos #ela e'olução ran$esa se; #reQuíDo #ara ningu>; $asa;ento ta;b>; re#resenta u;a es#>$ie de $ontrato -ue e; nada di;inui o seu 'alor #elo 3ato de ser u; sa$ra;ento ( s@ #erten$e ao siste;a 3eudal na ;edida e; -ue se #retende desigual e i;#li$a a subordinação da ;ul%er ao ;arido: o ;arido era, na Idade 8>dia, o sen%orJ da ;ul%er ão > 'erdade -ue o ;ais %u;ilde dos trabal%adores ta;b>; ne$essita'a de dar ordens a algu>;Y s $Btaros, ao deseQare;, $o;o a ;aior #arte dos %er>ti$os -ue os tin%a; #re$edido, -ue a união $onQugal 3osse não sa$ra;ental, ;as $on$luída #or si;#les $o;#ro;isso ;?tuo na igualdade de direitos, ne; #or isso arruina'a; as instituiçGes 3eudais o entanto, o a#are$i;ento deste no'o ti#o de asso$iação entre os seEos introduDia, se; d?'ida, u; 3er;ento de re'olta $ontra a orde; estabele$ida, e #re$isa;ente na >#o$a e; -ue o $ataris;o, ao ad;itir o sa$erd@$io das ;ul%eres, as to;a'a ;enos de#endentes dos %o;ens Todas as so$iedades não igualitBrias se ;ostrara; %ostis N e;an$i#ação da ;ul%erK a %eresia, e; geral, 3oi!l%e 3a'orB'el Tal'eD sob o i;#ulso do $ataris;o, 'e;os -ue, no s>$ulo FIII, os laços de de#endn$ia ;uda; u; #ou$o de $arBter #ela introdução, na ;itologia da %onraJ, da realidade $a#italista, e -ue as relaçGes entre e;#resBrio e e;#regado ad-uire;, na so$iedade, u;a i;#ortn$ia -uase tão $onsiderB'el $o;o as -ue eEistia; entre sen%or e 'assalo As tro$asJ 3eudais, ;ais ou ;enos rela$ionadas
$o; a %onra — assentando a %onra, e; de3initi'o, nos #ri'il>gios $on3eridos #elo nas$i;ento —, dese;#en%a; agora u; #a#el ;enos i;#ortante na 'ida e$on;i$a do -ue os -ue se estabele$e; li're;ente entre #rodutores e $onsu;idores, 'endedores e $o;#radores, $on$essores de e;#r>sti;os e seus $lientes Aos direitos 3eudais, $onsiderados 3ontes ilegíti;as de rendi;entos, o#Ge;!se agora os bene3í$ios $o;er$iais, in$luindo os -ue #ro'; do trB3i$o do din%eiro ( a liberdadeJ #are$e $oin$idir, então, #ara a $lasse e; as$ensãoJ — a dos $o;er$iantes — $o; a liberdade de nego$iar Pare$e ;ais Qusto retribuir o li're ser'iço do outro do -ue eEigi!lo e; 'irtude de u; direito trans;itido #or nas$i;ento Assi;, a orde; dos $o;er$iantes $o;eça'a a o#or!se N dos guerreiros, $o;o o din%eiro N %onra oi ao Qusti3i$ar o e;#r>sti;o a Quros, $ondição de todo o desen'ol'i;ento e$on;i$o, e ao #ro#or$ionar u;a ;el%or $ons$in$ia aos ban-ueiros, -ue o $ataris;o to;ou #osição $ontra o siste;a 3eudal A e3i$B$ia #rogressistaJ da %eresia eE#li$a!se, no entanto, #or u; regresso Ns autnti$as origens $ristãs e não, direta;ente, #or u; #ro#@sito re'olu$ionBrio deliberado A anBlise so$iol@gi$a #ode, $o;o > e'idente, relatar as di'ersas a#li$açGes #rBti$as -ue 3ora; e3etuadas, no s>$ulo FIII, das ideias dos Ro;ens!bons e das suas as#iraçGes generosas, ;as não #ode des#reDar o seu $arBter religioso irredutí'el A $ondenação da guerra, #or eEe;#lo, resulta i;ediata;ente dos ensina;entos de Cristo A IgreQa grega, ;ais 3iel N 'erdadeira doutrina de Cristo do -ue a ro;ana, se;#re #ensou, sobre este #onto, $o;o os $Btaros Pre$isa;ente na >#o$a e; -ue os #er3eitos se re$usa'a; a $o;bater e a derra;ar sangue, os %istoriadores biDantinos indigna'a;!se #or 'er os bis#os o$identais to;ar #arte ati'a, 3isi$a;ente, nas $ruDadas, brandindo a lança ou a es#ada, ser'indo as ;B-uinas de guerra e os $Btaros se o#un%a; ao 3eudalis;o #or este assentar na 'ioln$ia — #or ;uito idealiDado -ue 3osse, de resto, ou integrado ao ser'iço do e; —, o $ristianis;o ta;b>; se l%e o#un%a, ou de'eria 3aD!lo Para os Ro;ens de &eus eEiste a#enas u;a ;aneira de se bater: sa$ri3i$ar!se s $Btaros li;itara;!se, #ois, a tirar da ;oral dos ('angel%os $onse-un$ias absolutasK e $o; toda a o#ortunidade, #ois as #e-uenas guerras entre os sen%ores 3eudais era; #arti$ular;ente est?#idas e $ondenB'eis e o #r@#rio $atoli$is;o ro;ano ele'a'a!se $ontra este 3uror de'astador e tenta'a reduDir as suas de'astaçGes ;es;o su$ede $o; o des$r>dito, inteira;ente te@ri$o, de resto, lançado #elos Ro;ens!bons sobre as Qustiças sen%oriais: de$orre ;uito si;#les;ente do $>lebre teEto e; -ue Paulo #ede aos 3i>is -ue não le'e; as suas -uerelas ou #ro$essos #ara tribunais #agãos Sue;, entre '@s, e; litígio $o; outro $ristão, ousarB Qulgar #erante %o;ens se; Qustiça e não #erante os santosH e eEiste;, #ortanto, di3erendos entre '@s res#eitantes Ns $oisas desta 'ida, $onsidere; QuíDes na ;at>ria as #essoas ;enos i;#ortantes da IgreQa A3ir;o, $on3undindo!'os: serB #ossí'el en$ontrar algu; %o;e; sensato -ue -ueira ser QuiD entre os seus ir;ãosY 8as u; %o;e; a$usa o ir;ão, e diante dos in3i>isZH OI!Cor, 6I, 1!/ s $Btaros não #odia; deiEar de a#li$ar os #re$eitos do a#@stolo N so$iedade e;
-ue 'i'ia;K #or isso e'ita'a; re$orrer aos tribunais satni$osJ A arbitrage; -ue #re$oniDa'a; ins#ira!se e; Paulo: Considere; QuíDes os #er3eitosZH ob este as#eto, a atitude dos $Btaros era #ura;ente religiosa na sua essn$iaK ;ar$a'a si;#les;ente u; regresso N intransign$ia doutrinai #ri;iti'a As religiGes são se;#re re'olu$ionBrias en-uanto se ;ant; na sua #ureDa original -ue não signi3i$a -ue, de'ido Ns $ir$unstn$ias e atendendo ao ;o;entoJ, o rigoris;o ;oral dos $Btaros não ten%a ad-uirido o signi3i$ado obQeti'o de u;a es#>$ie de re'olta $ontra a so$iedade -ue re#ro'a'a; Ao #roibir o Qura;ento, os $Btaros não 3aDia; ;ais, ta;b>; neste $aso, do -ue $on3or;ar!se aos #rin$í#ios de Cristo: &igo!'os -ue não de'e; Qurar de ;aneira nen%u;aJ O8ateus, 6, << e N #rBti$a dos seus ;ais antigos dis$í#ulos OTiago, 6, 12K Xustino, I, A#ologia, 1/K Cle;ente de AleEandria, Strom., 6II, 6III, 1+K Pedag. III, 11, 79 o te;#o de anto Agostin%o, a obrigação do Qura;ento in-uieta'a ainda ;uitos $ristãos O(#ist =5, 124, 12/, 147 Ao re#udiB!lo, os Ro;ens!bons ;antin%a;!se si;#les;ente 3i>is N tradição $ristã #ri;iti'aJ as suas o#iniGes sobre o $asa;ento, os $Btaros não era;, de ;odo nen%u;, %er>ti$os M sabido -ue a instituição sa$ra;ental do $asa;ento não #ode ser atribuída a Cristo $o; absoluta $erteDa ão se en$ontra nen%u;a re3ern$ia, nen%u;a ;ar$a $on'in$ente desta instituição nas Epstolas. $on$ilio de Trento re$on%e$eu esta ausn$ia de #ro'as nas agradas (s$rituras na sua $urta eE#osição sobre a doutrina do $asa;entoJ 5 s $Btaros, -ue res#eita'a; es$ru#ulosa;ente os teEtos sagrados, esta'a;, #ois, #er3eita;ente autoriDados a #re$oniDar — #ara al>; do $asa;ento ;ísti$o da al;a $o; o es#írito, -ue > u;a $oisa di3erente — a união $onQugal #or $onsenti;ento ;?tuo na #resença de u; #er3eitoK não sa$ra;ental, ;as eE$luindo o interesse e a 'enalidade e, sobretudo, i;#li$ando a igualdade dos $nQuges no a;or #artil%ado Assi;, se o $asa;ento -ue os Ro;ens!bons -uisera; instituir, no res#eito #elas (s$rituras, assu;iu u; 'alor re'olu$ionBrio #or en3ra-ue$er a autoridade do ;arido e e;an$i#ar a ;ul%er, 3oi #or $orres#onder Ns legíti;as as#iraçGes so$iais de todo o seEo 3e;inino As#iraçGes ;uito tí;idas, de resto: serB ne$essBrio es#erar ainda sete$entos anos #ara 'er;os a ;ul%er libertar!se $o;#leta;ente da potestas ;as$ulina Suanto N #er;issão dada aos $rentes de #rati$ar a[usura, o e;#r>sti;o a Quros, o e;#r>sti;o $o;er$ial, isto >, de se e;#en%ar nas 'ias — relati'a;ente libertadoras, nessa >#o$a — de u;a es#>$ie de #r>!$a#italis;o, estB 3ora de d?'idas -ue se ins#ira'a nas #r@#rias #ala'ras de Cristo: er'idores ;aldosos e #reguiçosos, de'eríeis $olo$ar o ;eu din%eiro nas ;ãos dos ban-ueiros, a 3i; de -ue, no regresso, obten%a, $o; lu$ro, o -ue > ;euJ O8ateus, FF6, 27 Por -ue não #usera; o ;eu din%eiro no ban$o, a 3i; de -ue, no regresso, o re$u#erasse $o; lu$roYJ OLu$as, 6I, <= &esde -ue, -ue; #edisse o e;#r>sti;o, 3osse ;ais ri$o — ou tão ri$o $o;o o $on$essor, $o;o eEigia e; arbonne, na ;es;a >#o$a, a lei dos Qudeus — ou, #elo ;enos, sol'ente e 5
!ictionnaire de th"ologie catholi#ue, t IF, # 2+/7 OParis, 1927
#udesse #agar o $a#ital e os Quros, esta 3or;a de e;#r>sti;o nada tin%a de $ondenB'el e; si e, no ;o;ento e; -ue o $a#italis;o $o;eça'a a des#ontar, era tão ?til a -ue; e;#resta'a $o;o a -ue; #edia Por $onseguinte, os $Btaros de'ia; #retender to;ar lí$ito, $o;o 3aDia;, de resto os regos, o $o;>r$io do din%eiro e; $ondiçGes %onestasK e, #ara eli;inar a usura s@rdida -ue arruína e rouba -ue; #ede, $riar u; siste;a de e;#r>sti;os $o;er$iais -ue #er;itisse o enri-ue$i;ento dos $o;er$iantes, desen'ol'endo os seus neg@$ios s #er3eitos, -ue não #ossuía; nada de seu, deseQa'a; -ue %ou'esse o ;aior n?;ero #ossí'el de $rentes abastados, -ue #udesse;, $o; a sua ri-ueDa, subtrair!se, e; $erta ;edida, N tirania da so$iedade 3eudal e da %onraJ ( $onsidera'a;, $o; raDão, -ue não era ;ais il@gi$o 'ender din%eiro a -ue; sabia utiliDB!lo, do -ue 'ender $ereais (; de3initi'o, 3oi no #lano e$on;i$o -ue o $ataris;o se ;ostrou ;ais $ontrBrio ao es#írito do 3eudalis;o estrito: re3letia a e'olução so$ial -ue QB tin%a reduDido, na $$itnia, as #rerrogati'as dos sen%ores, 'oltando $ontra eles os interesses burgueses, a $idade $ontra o $astelo (sta'a e; relação $o; a o3ensi'a do din%eiro Co;o > @b'io, os Ro;ens!bons nun$a 3or;ulara; teorias nesta ;at>ria Tal'eD ne; se;#re ten%a; $o;#reendido a 'erdadeira natureDa do a$ordo -ue deste ;odo, se estabele$ia entre a sua ;eta3ísi$a e o desen'ol'i;ento, de resto se;#re entra'ado, do ;er$antilis;o Prati$a'a; a #obreDa e'ang>li$a e s@ #ossuía; de seu u;a es$udela (ste ideal liberta'a!os de todo o $ondi$iona;ento obQeti'oK e, $o;o s@ utiliDa'a; o din%eiro #ara be; do #r@Ei;o — ou da sua seita —, todas as o#eraçGes $a#italistas se en$ontra'a; Qusti3i$adas #elo seu desinteresse Considera'a;, al>; disso, -ue se a #obreDa 'oluntaria;ente a$eite agrada'a a &eus, o ;es;o não su$ederia se ela 3osse i;#osta aos outrosK re#resenta'a u; ;al #ara os si;#les $rentes -ue não se en$ontra'a; na dis#osição de le'ar u;a 'ida as$>ti$a e -ue de'ia; trabal%ar #ara 'i'er ;el%or Lutar $ontra a do;inação de atã $onsistia, #ara eles, e; di;inuir o e3eito dos entra'es inQustos -ue a so$iedade 3eudal e $at@li$a $ausa'a N ati'idade dos $o;er$iantes e dos burgueses (, $erta;ente, ;uitos burgueses, no 3i; do s>$ulo FIII, aderia; ao $ataris;o #or-ue deseQa'a; to;ar!se iguais aos nobres, e; #oder (ste $ristianis;o re3or;ado e, al>; disso, ;uito #uro, autoriDa'a!os a rei'indi$ar, se; $air no #e$ado, o direito ou a #ossibilidade de eEer$er o $o;>r$io li're;ente, de 3aDer e;#r>sti;os e; din%eiro ou de a#li$ar os seus $a#itais #ara obter rendi;entos $ertos (ra assi; -ue au;enta'a; o seu #oder, o -ue os to;a'a, e; $erta ;edida, inde#endentes das arbitrariedades sen%oriais Possuí;os #ou$as in3or;açGes sobre a ati'idade 3inan$eira da seita, ;as sabe;os -ue nela se e3etua'a; de#@sitos e -ue ela se en$arrega'a, #or 'eDes, de os 3aDer render A ele'ada es#iritualidade dos #er3eitos garantia a eEatidão da $ontabilidade: os 3undos de -ue dis#un%a; trans3or;a'a;!nos e; ban-ueiros total;ente sol'entes se;el%antes N-ueles a -ue; Xoão Cris@sto;o re$o;enda'a -ue se $on3iasse din%eiro #ara obter u;a rendaK e a sua $aridade tran-uiliDa'a o $liente no $aso de não l%e ser #ossí'el ree;bolsar $a#ital e Quros
Co;o não estabele$ia; nen%u;a di3erença entre o $o;>r$io do din%eiro e o de -ual-uer outra ;er$adoria, os $Btaros, segundo #are$e, #ossuía; ideias ;ais Qustas do -ue a IgreQa ro;ana, -ue #roibia os e;#r>sti;os a Quros, abusi'a;ente assi;ilados N usura s@rdida us#eita'a; da #ro#riedade terrena #or ela ser, e; #rin$í#io, reser'ada aos nobres Oos sen%ores era; os ?ni$os 'erdadeiros #ro#rietBrios da terra e #or de$orrer da inQustiça satni$aJ, u;a 'eD -ue os -ue a trabal%a'a; não era; os usu3rutuBrios Assi;, o ?ni$o trabal%o retribuído $o; $erta Qustiça era o do artesão e o do $o;er$iante Suanto aos rendi;entos dos direitos 3eudais e e$lesiBsti$os, QB era; $onsiderados absoluta;ente inQustos e não baseados na raDão As díDi;as se;#re 3ora; i;#o#ulares ão 3oi CristoJ, diDia; os Ro;ens!bons e, no 3i; do s>$ulo FIII, o tro'ador Peire Cardenal, -ue; as estabele$euZH u;a >#o$a e; -ue, natural;ente, ningu>; #oderia ter a ideia de $riti$arJ o lu$ro $a#italista, $o;o ;ostrou o ro;an$ista %?ngaro \Da Regedus no seu belo li'ro Ketzer und K$nige, os lu$ros — eE$essi'os — dos $o;er$iantes não #are$ia; de;asiado ilegíti;os de'ido aos obstB$ulos e aos #erigos -ue então torna'a; di3í$eis a a-uisição e a $ir$ulação das ;er$adorias Al>; disso, a ati'idade ;er$antil não o3endia os interesses ne; a liberdade indi'iduais Co;#ra'a -ue; -ueria ão s@ o burgus -ue obriga'a os $o;er$iantes a trabal%ar sob as suas ordens os retribuía %onesta;ente, $o;o nos #ortos, e; arbonne, #or eEe;#lo, os asso$ia'a aos seus lu$ros s #er3eitos -ue, e; no;e do ('angel%o, era; ;uito eEatos no #aga;ento dos ser'iços re$ebidos, da'a; bons eEe;#los Tal'eD ten%a; sido eles -ue; ;ais $ontribuiu #ara di'ulgar, $o; o no'o ;ito do $o;er$iante es$ru#ulosa;ente %onesto Oeste ;ito #rolongou!se at> N guerra de 191=!1915H, a noção de retribuição li're e Qusta do trabal%o, tão $ontrBria, e; #rin$í#io, Ns rendas e aos direitos sen%oriais &e -ual-uer ;odo, #are$ia ;ais %onesto, re#eti;os, $on'en$er algu>; a trabal%ar li're;ente, #agando!l%e, do -ue i;#or!l%e en$argos e obrigaçGes e; no;e da lei di'ina, #ois, real;ente o &eus -ue estabele$eu os direitos sen%oriais e as díDi;as não #odia ter sido o 'erdadeiro &eus A$res$ente;os -ue as $ir$unstn$ias, a guerra, a #erse$ução, o eEílio, obrigara; os $Btaros e a ;aior #arte dos %er>ti$os do s>$ulo FIII a nego$iar din%eiro #ara assegurar o seu be;!estar relati'o e a sua segurança, e ta;b>; #ara au;entar o #oder da sua IgreQa s #er3eitos 3ora; #rati$a;ente obrigados a #re3erir os bens ;@'eis aos bens i;@'eis Casas e terras era; de;asiado re3eren$iB'eis e re$u#erB'eis, en-uanto o din%eiro #odia o$ultar!se e eE#ortar! se (, desde -ue se #usesse a render, $onser'a'a o seu 'alor #roduti'o o 3i; do s>$ulo FIII, as $ons#iraçGes burguesas e $onsulares, urdidas e; Car$assone, Li;ouE, Castres, Albi, $ontra a In-uisição, ;ostra; $lara;ente -ue, se os es#irituais $ondena'a; o seu 3anatis;o e $rueldade #or raDGes #ura;ente ;orais, os $o;er$iantes e os ban-ueiros, #or seu lado, #ro$ura'a; derrotB!la #ara de3ender os seus interesses o iní$io do s>$ulo FI6 to;a;!se os ;el%ores #artidBrios do $ataris;o A IgreQa era, #ara eles, o ini;igo, #or-ue $ontribuía #ara ;anter o siste;a e$on;i$o 3eudal na -ual se ;antin%a inserida — e;bora de ;aneira negati'a, o#ondo!se N lenta as$ensão da sua no'a $lasse
#ara -ue; a ri-ueDa era sí;bolo de liberdade, #or-ue di;inuía a distn$ia -ue os se#ara'a dos sen%ores e l%es #er;itia, a longo #raDo, o a$esso N nobreDa M interessante 'eri3i$ar -ue, nas $idades de grande $o;>r$io, $o;o arbonne, onde o $ataris;o nun$a #enetrou ;uito, surgira;, e; >#o$as di'ersas, ;o'i;entos es#irituaisJ se;el%antes, a#oiados nos $nsules, e -ue $onduDia; se;#re, na 'erdade, N #roteção dos interesses e$on;i$os dos burgueses e dos $o;er$iantes &e'e;os $on$luir -ue o $ataris;o 3oi a#enas u;a es#>$ie de e#i3en;eno e; relação N e'olução so$ial da >#o$aY M e'idente -ue nãoK si;#les;ente, o regresso Ns origensJ deseQado #elos #urosJ 3oi, $o;o se;#re, utiliDado #elos i;#urosJ #ara sua 'antage; ;aterial e nos li;ites de u;a 3atalidade resultante da $onQuntura e do ;o;ento e; a ada#tação ao so$ial a -ue os burgueses o sub;etera;, o $ataris;o dis#oria a#enas de 3ra$os ;eios de i;#lantação e de di3usão e$airia ra#ida;ente no es-ue$i;ento e li;itar!se!ia a $ontribuir $o; alguns santos e ini$iados #ara a %ist@ria da es#iritualidade A reabilitação da usura, segundo o es#írito de 8ateus e de Lu$as, #or $onter, de ;aneira ainda tí;ida, > $erto, o 3uturo do $a#italis;o, granQeou, #ara os Ro;ens!bons, ;ais aderentes e3i$aDes do -ue as suas teorias ;eta3ísi$as ili#e, o elo, a$abarB #or dar raDão aos $Btaros, autoriDando, e; 1<11, -ue o $redor eEigisse, #ara al>; da -uantia -ue era de'ida, Quros $o;o $o;#ensação do e;#r>sti;o s Quros era; de -uatro din%eiros #or ;s, ou -uatro soldos #or ano, #ara u;a libra -ue e-ui'alia a 2+ #or $ento #or ano, reduDidos a 14 #or $ento durante o #eríodo das 3eiras de C%a;#agne #re$isa;ente #ara #er;itir -ue os $o;er$iantes 3iDesse; grandes $o;#ras ili#e, o elo, $o;#reendera a di3erença -ue 8ateus, Xoão Cris@sto;o, os Qudeus de arbonne e os $Btaros tin%a; estabele$ido, $o; raDão, entre a usura s@rdida e o e;#r>sti;o $o;er$ial 6e;os, assi;, -ue o $ataris;o #ro$ura'a en3ra-ue$er ou destruir, ;as não sabe;os eEata;ente o -ue #retendia a#resentar $o;o substituto As re3or;as -ue #re$oniDa'a #are$e;!nos, e; ;uitos #ontos, ut@#i$as ou #re;aturas $asa;ento não sa$ra;ental, #or eEe;#lo, s@ 3oi #rati$ado nu;a >#o$a e; -ue a %eresia esta'a nitida;ente e; de$adn$ia O3i; do s>$ulo FIII, ou tal'eD, ;ais $edo, e; 8onts>gur, de 12<+ a 12== M #ro'B'el -ue a IgreQa $Btara ti'esse #re'isto u;a es#>$ie de $asa;ento $i'il tendo $o;o teste;un%a o bis#o ou o #er3eito 9 8as, a e'olução da ;entalidade ;as$ulina ainda não tin%a $%egado ao #onto e; -ue se to;a #ossí'el u; $asa;ento 'erdadeira;ente igualitBrio, o -ue s@ 'eio a su$eder, e; rança, %B alguns anos a#enas M interessante 'eri3i$ar, #or>;, -ue tudo a-uilo $o; -ue o $ataris;o son%a'a a$abou #or se realiDar Pretendia libertar a ;ul%er, ela en$ontra!se atual;ente $o;#leta;ente e;an$i#ada Condena'a a guerra, os ;assa$res e os $ri;es e não $onseguiu su#ri;i!losK ;as, #elo ;enos, a $ons$in$ia dos ;el%ores a#ro'a;!no e #ro$ura; deses#erada;ente dar!l%e raDão M 9
s #er3eitos ta;b>; era; $%a;ados Ro;ens!bonsJ (sta noção #ode ser $o;#arada Ns de add%u e de ann"asin da ]ndia '>di$a
sur#reendente 'eri3i$ar -ue a sua 'el%a ini;iga, a IgreQa ro;ana, $on$orda atual;ente $o; o -ue tanto $ensurou no s>$ulo FIII, e at> $o; #ro#ostas $e; 'eDes ;ais %er>ti$as do -ue as suas M #re$iso ser $ego #ara não 'er -ue a IgreQa $at@li$a, atual;ente, ne$essita de u;a grande $ura de $ataris;oH A orde; 3eudal 3oi derrotada no s>$ulo F6III, $o; -uin%entos anos de atraso: e; 1759 $u;#riu! se a a#osta dos burgueses o$$itni$os do s>$ulo FIII Sue de'e;os $on$luirY Sue o $ataris;o 3aD #arte desses ;o'i;entos %eterodoEos -ue, de -ual-uer ;odo, e sobretudo ideal;ente, #re3igura; se;#re u;a e'olução so$ial libertadora (Eiste u;a es#>$ie de %ar;onia #r>! estabele$ida entre as re'oluçGes es#irituais e as outras, #ois > $ara$terísti$o das ideologias #urasJ ultra#assar a sua >#o$a: #roQeta;!se no absoluto e nada #erturba as suas o#iniGes te@ri$as M #or se sabere; $ondenadas no #resente -ue en$arna; li're;ente u;a $erta 3or;a de 'erdade 3utura (n-uanto as grandes religiGes se 3ossiliDa;, se in$rusta; na orde; so$ial e #olíti$a do ;o;ento e #ersiste; e; a ;anter, ;es;o -uando ela estB ultra#assada, as %eresias ;inoritBrias e #erseguidas sal'aguarda; ;el%or as ideias generosas, isto >, as -ue $orres#onde; ao 3uturo e; ;ar$%a M ine'itB'el -ue o ;o'i;ento e$on;i$o se l%es 'en%a Quntar #ara to;ar $ons$in$ia de si ;es;o, #ara se ;edir, #ara a'ançar Suando u;a orde; inQusta, ou inade-uada, estB e; 'ias de desa#are$er, o #resente -ue a reQeita $o;eça se;#re #or se orna;entar $o; u; idealis;o religioso Para os $Btaros, a Qustiça sen%orial, os direitos 3eudais, o $asa;ento autoritBrio, tudo isto era o 8al, era atã e;, era a liberdade — -ue #assa'a, então, #ela liberdade burguesa —, o res#eito #ela #essoa %u;ana, o desen'ol'i;ento da ;ul%er s $Btaros não tin%a; raDãoY atã en$arna'a, #ara eles, u;a orde; $ondenada, o #assado: esta orde; não 3oi, de 3ato, $ondenada #ela Rist@riaY
A EPOPEIA CÁTARA VISTA PELOS CONTEMPORÂNEOS. POESIA E LENDAS. Suisera; as $ir$unstn$ias -ue e; Languedo$, e; 'eD de se ;anter $landestina $o;o e; outros #aíses onde a #erse$ução e a in3eli$idade a#enas $ausara; 'íti;as isoladas, a %eresia e;ergisse e arrastasse todo u; #o'o #ara a guerra $ataris;o — trata!se de u; 3en;eno sur#reendente — tin%a sabido gan%ar #ara a sua $ausa -uase todas as $lasses da so$iedade s $a;#oneses es#era'a; -ue ele os libertaria das díDi;asK os burgueses e os $o;er$iantes, -ue ele instauraria u;a no'a orde; e$on;i$a onde #oderia; enri-ue$er 3aDendo #roli3erar o din%eiro: tudo isto #are$ia $ontrariar os #rin$í#ios do 3eudalis;o e tenderia $erta;ente, ;as a longo #raDo, #ara o seu en3ra-ue$i;ento Contudo, #aradoEal;ente, os 3eudais dos #aíses de o$ 3ora; $onduDidos, #ela 3orça dos a$onte$i;entos — $o;o ta;b>; su$edeu na @snia no te;#o do an Uulin — a de3ender o $ataris;o #ara sal'aguardar os seus direitos e os seus bens &aí resultou u; 'erdadeiro geno$ídio e; -ue os aristo$ratas 3ora; tão dura;ente atingidos $o;o os burgueses e o #o'o A língua de o$, a #oesia e a $i'iliDação de A;or não sobre'i'era; a este desastre s a$onte$i;entos #olíti$os e ;ilitares -ue se su$edera; de 12+9 at> ao 3i; do s>$ulo FIII t; sido ;uitas 'eDes relatados: a#ontB!los!ei a#enas na ;edida e; -ue #ossa; aQudar a $o;#reender o ;o'i;ento das ideias, ilustrando!os $o; i;agensJ atribuídas aos #oetas e es$ritores $onte;#orneos interesse da %ist@ria das $ruDadas não se de'e, e; grande #arte, ao 3ato de $onstituir, s@ #or si, u;a es#>$ie de #oe;a >#i$o $uQa estrutura dra;atiDada, #eri#>$ias 'ariadas, gol#es de teatro atua; #oderosa;ente, ainda %oQe, sobre a i;aginação e a sensibilidadeY o iní$io do s>$ulo FIII, o $onde de Toulouse, ai;undo 6I,1 bastante 3a'orB'el ao $ataris;o, -ue, nos ?lti;os anos, tin%a a;#liado os seus (stados, ;ostra'a!se #ou$o dis#osto a re#ri;i!lo A $ruDada #a$í3i$a organiDada #ela IgreQa, as #r>di$as de &o;ingos tin%a; 3al%ado $o;#leta;ente e o #a#ado $riti$a'a o $onde e os outros barGes o$$itni$os #or não tere; a#oiado, tanto -uanto seria de deseQar, o es3orço -ue tin%a desen'ol'ido #ara $o;bater a %eresia A#esar de ser ;uito #rudente e de se ;ostrar deseQoso de #ou#ar a IgreQa, ai;undo 6I, QB sus#eito #or 'Brios ;oti'os e eE$o;ungado, en$ontra'a!se na situação de a$usado legado do #a#a, Pedro de Castelnau, 3oi en$arregado de #ro$urar $orrigi!lo, e se #ossí'el, de o tornar ;ais obediente As relaçGes entre os dois %o;ens de'e; ter sido tu;ultuosas A 14 de Xaneiro de 12+5, o legado 3oi assassinado -uando se #re#ara'a #ara atra'essar o eno: o $onde de Toulouse 3oi a$usado de ter ar;ado o $ri;inoso
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einou no $ondado de Toulouse entre 119= e 1222
A #artir daí, esta'a; lançados os dados e, no es#írito do #a#a, -ue sentiu 'i'a;ente a inQ?ria -ue a$aba'a de l%e ser dirigida, a $ruDada ;ilitar esta'a QB de$idida: iria su$eder N $ruDada #a$í3i$a ai;undo 6I, aterroriDado, #ensou -ue tin%a $%egado o ;o;ento de se sub;eter (; aint!illes, $on3essou #ubli$a;ente o seu $ri;e e a eE$o;un%ão 3oi le'antada Pro;eteu tudo o -ue #retendia; e at> -ue to;aria #arte, #essoal;ente, na $ruDada -ue ia ser dirigida $ontra os seus #r@#rios 'assalos Tal'eD não l%e desagradasse 'oltar $ontra o sobrin%o, ai;undo!og>rio Tren$a'el, 'is$onde de >Diers e de Car$assone, 2 a guerra -ue te;ia Tin%a!o obrigado e; 'ão, e; 12+5, a assinar $o; ele u; tratado de de3esa $o;u; 8as, este Qo'e; $a'aleiro, a#enas $o; 'inte e -uatro anos e; 12+9 e -ue os $onte;#orneos nos des$re'e; $o;o generoso e ousado, tin%a re$usado: deseQa'a libertar!se da tutela de Toulouse (; 12+1, não tin%a %esitado e; $on$luir $o; o $onde de oiE u;a aliança o3ensi'a $ontra ai;undo 6I XB nu; sir%entês< datado de 12+= ou 12+4, o tro'ador Cadenet, #arditBrio do $onde, o ad'ertia $ontra o es#írito de a'entura e $ontra -ual-uer alteração #olíti$a: At> u; 'alente de'e ser la;entado, diDia ele, -uando ;uda de $ondutaJ a realidade, a ;aior #arte dos barGes -ue dirigia;, de 3ato, o 'is$ondado, #erten$ia; ao #artido antitolosano e, re3orçados $o; o a#oio #ro;etido #elo rei de Aragão,= seu 'erdadeiro soberano e #rotetor natural, #ensa'a; de$larar a guerra a Toulouse oi $ontra a IgreQa ro;ana -ue a$abara; #or $o;bater A $ruDada 3oi ra#ida;ente anun$iada no orte da rança e obte'e grande su$esso oi u; eE$elente neg@$io -ue a";ond de al'agna$, ri$o $o;er$iante de Ca%ors, a$eitou 3inan$iar eE>r$ito reuniu!se e; Leão e des$eu at> N $$itnia, seguindo o 'ale do eno A 22 de Xul%o, en$ontra'a!se diante de >Diers, de onde o 'is$onde Tren$a'el a$aba'a de se retirar le'ando $o; ele todos os Qudeus da $idade, 4 -ue ;uito te;ia; o anti!se;itis;o da IgreQa e dos barGes O saque de Béziers /
s %abitantes assiste; N $%egada dos $ruDados, 'ee; -ue o rei da luE?ria 'ai in'adir a $idade, -ue os tunantes salta; de todos os lados #ara os 3ossos, des3aDe; ;ural%as e abre; #ortas, en-uanto os 3ran$eses do eE>r$ito se ar;a; a#ressada;ente ente; -ue não #oderão resistir e 3oge; o ;ais de#ressa #ossí'el #ara o ;osteiro #rin$i#al Oa $atedral aDBrio s #adres e os $l>rigos 'este; os #ara;entos sa$erdotais e to$a; os sinos $o;o se -uisesse; diDer ;issa #ara se#ultar u; de3unto C%egou 3inal;ente o ;o;ento e; -ue QB -ue 2
(ra igual;ente 'is$onde de Albi e de ^;es 8orreu en'enenado #or i;ão de 8ont3ort ir'ents Oou sir'ente, gnero #o>ti$o o$$itni$o, de tonalidade #or 'eDes #olíti$a ou, #elo ;enos, satíri$a e ;oraliDadora = rei de Aragão 3oi literal;ente assassinado na batal%a de 8uret, e; 121< 4 At> ao s>$ulo FIII, as $o;unidades Qudias i;#lantadas e; todo o udoeste ;anti'era; eE$elentes relaçGes $o; a #o#ulação $ristã e os sen%ores / C%anson de la $roisadeJ, e; elli e La'aud: Les &roubadours, &es$l>e de rou_er OParis, 19//, # 447 <
não era #ossí'el o#or!se N entrada dos tunantesK a#odera;!se das $asas a seu bel! #raDer, #ois $ada u; deles #ode o$u#ar #elo ;enos deD ubros de $@lera, estes debo$%ados não t; ;edo de ;orrerK destroe; tudo o -ue en$ontra; e a#odera;!se de grandes ri-ueDas e $onser'asse; o -ue a#an%ara; 3i$aria; ri$os #ara se;#re 8as, e; bre'e serão obrigados a abandonar tudo, e;bora ten%a; e3etuado a $on-uista soDin%os, #ois os barGes de rança -uere; des#oQB! losJ (ste ;assa$re de sete ou oito ;il bons $ristãos O$at@li$os e $Btaros, -ue te'e lugar na igreQa da 8adalena de >Diers e do -ual Arnaut A;alri$, abade de CiteauE, legado do #a#a Ino$ente III, 3oi o #ro;otor detestado, não se en-uadra'a, diga; o -ue dissere;, nos $ostu;es da >#o$aJ (ra ;es;o u;a 3or;a de terroris;o bastante re$ente (; 122/ ainda des#erta'a a indignação do tro'ador uil%e; igueira, -ue es$re'eu no seu $>lebre sir%ente $ontra o;a: TraDeis, o;a, u; be; 3eio $%a#>u Ou; tou$ado in3a;ante, '@s e CiteauE, #er;itira; -ue se $o;etesse e; >Diers u;a terrí'el $arni3i$ina Omout estranh mazel'(J o dia 1 de Agosto, os $ruDados $er$ara; Car$assone rei Pedro de Aragão tentou, e; 'ão, inter'ir, #ara -ue o seu 'assalo obti'esse $ondiçGes de #aD a$eitB'el s $ruDados eEigira; a $a#itulação #ura e si;#les ( #artiu triste;ente, diD a )an*+o da )ruzada, des$ontente $onsigo ;es;o e $%eio de #reo$u#açGes -uanto ao as#e$to -ue o assunto to;a'aJ (sta'a!se no #ino do 6erão $alor era su3o$ante odor in3e$to es#al%ado #elos doentes, ;isturado $o; o do gado 'indo de toda a #arte e -ue tin%a sido abatido, e;#esta'a o ar u'ens de ;os$as rodea'a; os ;oribundos Oe #ro#aga'a;, #ensa!se, u;a es#>$ie de #este u'ia;!se os gritos das ;ul%eres e das $rianças -ue en$%ia; as $asas s sitiados nun$a tin%a; #assado #or ta;an%os so3ri;entos Suando $o;eçou a 3altar a Bgua — os #oços esta'a; -uase se$os —, o desni;o e o deses#ero a#oderara;!se dos #r@#rios $a'aleirosJ (ntão, o Qo'e; 'is$onde — a-uele a -ue; o tro'ador ai;undo de 8ira'al $%a;a'a o Pastoret Oo #astorin%o — a$eitou, e; $ir$unstn$ias -ue #er;ane$e; obs$uras, #arla;entar $o; os $ruDados e$ebeu, #are$e, u; sal'o! $onduto e, a$o;#an%ado de u;a #e-uena es$olta, dirigiu!se ao en$ontro ob os ol%ares $uriosos dos ran$eses e dos orguin%Ges, entrou na tenda do $onde de e'ers ão 'oltou a sair teste;un%o da )an*+o da )ruzada > 3or;al: (ntregou!se $o;o re3>; #or sua #r@#ria 'ontadeJ ( o #oeta a$res$enta: Agiu $o;o u; lou$o, e; ;in%a o#inião, -uando assi; se $onstituiu #risioneiroJ Logo -ue i;ão de 8ont3ort se tornou o 'erdadeiro $%e3e da $ruDada e re$ebeu, #ri;eira;ente a título #re$Brio, a in'estidura do 'is$ondado, a#ressou!se a a#risionar o re3>; nu;a torre do seu $astelo, onde não tardou a ;orrer de desinteriaJ O1+ de o'e;bro de 12+9 Toda a gente, na $$itnia, des$on3iou de -ue 8ont3ort o tin%a en'enenado V;a razo O$o;entBrio de u; #oe;a de Arnaut de 8areuil diD, 3alando dele: 'is$onde de >Diers -ue os ran$eses ;atara; -uando o #rendera; e; Car$assoneJ ( o ;enestrel del3ins uil%e;
Augier, -ue nos deiEou sobre a sua ;orte u; planh Oelegia $uQa ;ar$a de sin$eridade ainda nos $o;o'e O8il $a'aleiros de grande lin%age;, eE$la;a, e ;il da;as de grande 'alor serão, $o; sua ;orte, ;ergul%adas no deses#eroZH, #are$e ter a$reditado, ta;b>; ele, -ue o 'is$onde se tin%a sa$ri3i$ado #ara sal'ação, do seu #o'o, #ois não %esita e; o $o;#arar a Xesus Cristo: 8atara;! no, diD, e nun$a ningu>; 'iu $o;eter se;el%ante $ri;e, se;el%ante lou$ura, ne; 3aDer nada -ue ;ais desagrade a &eus e a osso en%or, $o;o 3iDera; os $ães renegados da traidora lin%age; de Pilatos, -ue o ;atara; e ta;b>; &eus ;orreu #ara sal'ar os %o;ens, ele en$%erB de 3eli$idade -ue; #assar #elos ;es;os transes #ara sal'ar os seusJ Co;#arar Tren$a'el a Xesus Cristo > $erta;ente u; eEagero 8as, esta %o;enage; eE$essi'a > #re3erí'el ao siln$io indi3erente, ou at> odioso, ao -ual os ad;iradores retardados de i;ão de 8ont3ort 'ota; o 'is$onde Pierre el#erron, -ue, no entanto, #assa #or não ser 3a'orB'el aos 8eridonais do s>$ulo FIII #restou!l%e Qustiça, no ;es;o es#írito e; -ue o tin%a 3eito uil%e; Augier 7 s $ruDados, es$re'e, #artil%a'a; o %orror dos #o#ulares e; relação aos %er>ti$os e, $o;o dirB u; deles, tin%a; 'indo a Languedo$ #ara os 'en$er e $onsiderar;os a atitude ulterior dos $ruDados, s@ o sa$ri3í$io de ai;undo og>rio #ode eE#li$ar esta ano;alia Oo 3ato de não tere; ;assa$rado os %er>ti$os e; Car$assoneJ &e 12+9 a 1211, i;ão de 8ont3ort #rosseguiu ;etodi$a;ente a $on-uista do 'is$ondado de Car$assone, a#oderando!se de 8ontr>al, de Castres, de Pa;iers, de Albi, de 8iner'a, de Ter;es, de Cabaret, de La'aur, ostentando se;#re a ;es;a $rueldade, utiliDando o terror $o;o ar;a de guerra (; La'aur O< de 8aio de 1211, ;andou en3or$ar Ai;eri$ de 8ontr>al e atirar a u; #oço a sua ir;ã uiraude ão a$redito, diD o #oeta da )an*+o da )ruzada, -ue, e; toda a $ristandade, algu;a 'eD se ten%a en3or$ado u; barão tão i;#ortante, e $o; ele tantos $a'aleiros, #ois s@ estes era; ;ais de oitenta Suanto aos %abitantes da $idade, reunira; -uatro$entos nu; #rado #ara sere; -uei;ados Al>; disso, uiraude 3oi lançada a u; #oço e $oberta de #edras #elos $ruDados oi u;a desgraça e u; $ri;e, #ois ningu>; no ;undo, 3i-ue; sabendo, se a#roEi;a'a desta da;a se; -ue l%e 3osse; 3orne$idos ali;entos at> N sa$iedade oi #ela anta CruD de 8aio -ue La'aur 3oi arruinado da ;aneira -ue 'os $onteiJ &urante estes dois anos, i;ão de 8ont3ort so3reu #ou$as derrotas, eE$eto no 3i; de 12+9, -uando as suas tro#as e as do du-ue (udes de orgon%a 3ora; batidas e; 3rente das torres de Cabaret 8as, e; 1211, Pedro ogier, dono do $astelo, ao 'er -ue era o ?ni$o -ue ainda resistia, entregou!o a i;ão de 8ont3ort e; tro$a de 3eudos e-ui'alentes, situados na #laní$ie oi então -ue o $onde de Toulouse, se;#re #rudente e se;#re ini;igo da guerra, resol'eu dirigir!se ao #a#a e render!se (ntregou o #alB$io — o $astelo narbonenseJ — aos $ruDados, e a sua $idade 3oi #rati$a;ente o$u#ada abade 7
P el#erron: La )roisade contre les lbigeois OParis, Plon, 19=2, # 1=7
de CiteauE e o bis#o de Toulouse, ol-uet de 8arseille 5, o antigo tro'ador, ;ulti#li$ara; as #r>di$as se; grande su$esso &este ol-uet, segundo a )an*+o da )ruzada, o $onde de oiE teria dito no $on$ilio de Latrão: Suando ele 3oi eleito bis#o de Toulouse, o 3ogo es#al%ou!se de tal ;odo sobre a terra -ue nun$a nen%u;a Bgua o #oderB a#agar, #ois 3eD #erder o $or#o e a al;a a -uin%entos ;il adultos e $rianças Pela 3> -ue 'os de'o, ele #are$e ;ais anti$risto do -ue ;ensageiro de o;a, $o; os seus atos, #ala'ras, atitudes Co; as suas $ançGes enganadoras, de #ala'ras insinuantes, -ue são a #erdição de -ue; as diga ou $ante, $o; as suas sentenças #ro3undas e deli$adas, $o; os nossos #resentes, graças aos -uais se tornou nu; ;enestrel Oo ;ais #i$ante da %ist@ria, > -ue o bis#o, no te;#o e; -ue era tro'ador, $antou, de 3ato, diante da $orte de oiE e re$ebeu do $onde, $o;o #aga dos seus ser'iços, ;uitos #resentesH, e, 3inal;ente, $o; a sua 3alsa doutrina, tornou!se tão orgul%oso -ue ningu>; ousa $ontrariB!loJ &ante, ;ais indulgente do -ue o $onde de oiE, in$luiu o bis#o, de resto eE$elente #oeta, no seu Par adis, no C>u de '>nusJ onde, nu; longo dis$urso, alude bre'e;ente ao 3ogo ardente -ue o -uei;ou, en-uanto a idade l%o #er;itiuJ s $a'aleiros de Toulouse, e ta;b>; os burgueses e o #o'o, deses#erados $o; intrigas $leri$ais e $o; os 'eEa;es dos 3ran$eses, a$abara; #or se re'oltar #a$í3i$o $onde 3oi arrastado #ara a guerra $ontra a sua 'ontade eD a $a;#an%a se; grande entusias;o ão $ontarei #or;enoriDada;ente estas o#eraçGes ;ilitares bastante $on3usas e #ou$o gloriosas #ara o $a;#o o$$itni$o ai;undo 6I $onseguiu #render i;ão de 8ont3ort e; Castelnaudar" Tra'ara;!se $o;bates #ou$o $laros A;bas as #artes $o;etera;, #rodígios de 'alor, in?teisK e, 3inal;ente, ai;undo, 'en$ido, le'antou o $er$o as 3ileiras do eE>r$ito ;eridional 3igura'a u; grande sen%or, tro'ador nas %oras li'res, a'ari de 8aul>on, -ue Pedro des 6auE de Cerna" -uali3i$a de ;al'ado a#@stata e 3il%o do diabo e; ini-uidade, ;inistro do anti$risto ultra#assando todos os outros %er>ti$os e #ior do -ue todos os in3i>is, ini;igo de Xesus CristoJ, et$ a realidade, este a'ari de 8aul>on tin%a 3eito ;enção, #or duas ou trs 'eDes, de $o;bater i;ão de 8ont3ort, ;as nada #ro'a -ue ele ten%a algu;a 'eD aderido N %eresia o; #olíti$o, #oeta a;B'el, s@ se interessa'a 'erdadeira;ente #ela di#lo;a$ia, a guerra e as ;ul%eres (ra senes$al de A-uitnia #ara o rei de Inglaterra M #ro'B'el -ue u; su$esso de$isi'o dos Tolosanos ti'esse $onduDido o rei ingls a inter'ir no $on3lito de u;a ;aneira ;ais direta Tal'eD o destino da $$itnia ten%a sido deter;inado #or essas Qornadas de Castelnaudar", e; -ue o $onde de oiE ;ostrou tanta 'alentia e onde ai;undo 6I 3eD tão triste 3igura 8as ne; #or a galanteria #erdeu os seus direitos &iDe; -ue a'ari de 8aul>on s@ tin%a entrado na luta #or es#írito $a'al%eires$o e #ara agradar N $ondessa (l>onore de 5
oul-ues, ou ol-uet de 8arseille 3oi no;eado bis#o de Toulouse e; 12+4K ;orreu a 24 de &eDe;bro de 12<1
Toulouse Suin%entos de n@s, es$re'ia!l%e, es#era; a#enas as 'ossas ordens V; sinal 'osso e n@s ;onta;os nos nossos $a'alosZH os ;eses -ue se seguira;, i;ão de 8ont3ort, ;enos a;orosa e ;ais #ositi'a;ente, de#ois de ter o$u#ado 8ont3errand e Les Cass>s, a#oderou!se igual;ente, se; -ue ai;undo 6I e;#regasse ;uita energia e; as de3ender, das #raças de Raut#oul, aint!Antonin!de!ouer-ue, Penned[Agenais, de 8ossai$ e de -uase toda a região de Co;;inges A situação de ai;undo 6I #are$ia deses#erada (; 1212 resta'a!l%e a#enas Toulouse e 8ontauban Pedro de Aragão
&ir!se!ia -ue, nesta guerra, o &iabo se di'ertiu a ;ulti#li$ar os gol#es teatrais A situação in'erteu!se brus$a;ente rei Pedro de Aragão, 'en$edor dos ;ouros e; Las a'as de Tolosa, tin%a!se se;#re $onsiderado o 'erdadeiro sen%or do 'is$ondado de Car$assone e não se resigna'a #or 'er a sua autoridade en3ra-ue$er nesta #arte do Languedo$ A #resença dos ran$eses na #roEi;idade das suas 3ronteiras e nas $idades e do;ínios sobre os -uais #ossuía direitos $ausa'a!l%e u;a $erta in-uietação, tanto ;ais -ue i;ão de 8ont3ort não #are$ia nada dis#osto a #restar!l%e %o;enage; e; relação aos 'in$ondados Tren$a'el, $o;o de'eria ter 3eito de a$ordo $o; o estrito direito 3eudal inal;ente, os laços 3a;iliares -ue o unia; a ai;undo 6I — u;a das suas ir;ãs era $asada $o; ai;undo 6I e a outra, aneie, $o; o Qo'e; ai;undo 6II —, e tal'eD ta;b>; u; tratado se$reto de assistn$ia ;?tua assinado #or o$asião destes $asa;entos obriga'a;!no a #restar auEílio ao $un%ado s tro'adores o$$itni$os, nos seus a$erbos sir%entes, não deiEa'a; de l%e re$ordar -ue, de ;o;ento, a sua gl@ria e o seu #restígio era; ;ais i;#ortantes do -ue os seus interesses #olíti$os ão %esita'a; e; l%e $ensurar a in>r$ia, ou at> a $obardia V; #oeta anni;o — tal'eD ai;undo de 8ira'al — 3inge dirigir!se ao ;enestrel Rugonet: Anda, Rugonet, $anta ;ais u; sir%entes ao rei aragons, diD!l%e -ue se 3aD es#erar, -ue QB o $onsidera; 'en$ido &iDe; -ue os 3ran$eses %B ;uito -ue o$u#a; a seu bel!#raDer a terra -ue ele não sabe de3ender e, u;a 'eD -ue 3eD tantas $on-uistas aos ;ouros, -ue se le;bre igual;ente dos seus 'assalos -ue a-ui estão &iD!l%e -ue o seu 'alor, QB tão grande, serB tri#li$ado -uando o 'ir;os, e; Car$ass>s, re$ol%er $o;o u; bo; rei as rendas -ue l%e são de'idas O (, se o -uisere; i;#edir, -ue não %esite e; ;ostrar o seu ressenti;ento, -ue triun3e #ela 3orça e #elo sangue e -ue as ;B-uinas de guerra atire; tão 3orte -ue nen%u;a ;ural%a #ossa resistirH O Suere;os $o;bater os 3ran$eses #ara 'er -ue; gan%arB o #r;io de $a'alariaH Co;o o direito estB $onos$o, #enso -ue serão eles a #erderJ Pedro de Aragão deiEou!se $on'en$er, $erta;ente ;ais #elos argu;entos dos legistas do -ue #elos tro'adores Ini$iou desde logo u;a ação di#lo;Bti$a ;uito %Bbil e ;uito 3ir;e Qunto do #a#a Ino$ente III s seus e;baiEadores ;anobrara; tão $orreta;ente, #roduDira; raDGes tão $on'in$entes -ue o #a#a se sentiu #erturbado ( en'iou a A;aur" u;a $arta se'era e; -ue l%e ordena -ue se entenda $o; o rei de Aragão #ara, 3inal;ente, #a$i3i$ar o Languedo$ e deiEar
de a#regoar a $ruDada $ontra a %eresia ser'indo!se das indulgn$ias -ue a s> a#ost@li$a tin%a #ro;etido #ara este 3i;J i;ultanea;ente, dirigiu a i;ão de 8ont3ort u;a $arta não ;enos desagradB'el e re#ro'adora, -ue sur#reendeu toda a gente, e sobretudo os 3ran$eses: As ar;as dos $ruDados, diDia, 'oltara;!se $ontra os #o'os $at@li$osK derra;astes o sangue dos ino$entes e in'adistes, ;enos#reDando o ilustre rei de Aragão, as terras dos $ondes de oiE e de Co;;inges, e as de aston de >arn, en-uanto o reiK seu sen%or, $o;batia os sarra$enos O M #ossí'el, a$res$enta'a, -ue, $onser'ando inQusta;ente os do;ínios in'adidos, diga; -ue trabal%astes #ara 'osso #r@#rio be; e não #ela $ausa da 3>J e não soub>sse;os -ue u;a $erta 3or;a de 'ersatilidade $ara$teriDou o es#írito da Idade 8>dia e -ue outra, ;ais subtil, #assou se;#re #or 'irtude nos grandes #olíti$osK estaría;os e; $ondiçGes de a3ir;ar, $o;o, de resto, 3aDia ai;undo 6I, -ue este ;undo, $riado #elo &iabo, s@ obede$e ao a$aso s $ruDados $o;eça'a; a #ensar -ue tudo esta'a #erdido, -ue i;ão de 8ont3ort não desistiria o entanto, os bis#os e os 3ran$eses re3letira; ra#ida;ente ob orde; do #a#a, 3oi $on'o$ado u; $on$ílio #ara La'aur, se; se #reo$u#are;, disse Qo$osa;ente el#erron, $o; a sorte da sen%ora uiraude, dos oitenta $a'aleiros en3or$ados e dos #er3eitos -uei;ados e; 8aio de 1211J (; #rin$í#io, o $onde de Toulouse de'ia ser $on'idado a des$ul#ar!se 8as, 'iu!se ra#ida;ente -ue o &iabo tin%a ;udado de %u;or #a#a, #elo ;enos, QB não ;ani3esta'a os ;es;os senti;entos e; relação ao rei (ra 'isí'el -ue os bis#os o tin%a; obrigado a ;udar de o#inião A IgreQa tin%a Qurado a derrota da dinastia dos ai;undos e o $on$ilio não te'e e; $onta os argu;entos a'ançados #elos e;baiEadores do rei Pedro #ara de$larar ino$ente senão ai;undo 6I, #elo ;enos o 3il%o, o 3uturo ai;undo 6II: $onde de Toulouse, dissera; os bis#os, tornou!se indigno de -ual-uer #erdão eu 3il%o ai;undo 6II de'e so3rer o ;es;o destino Tal #ai , , tal 3il%o s $ondes de oiE, de >Diers, de Co;;inges, assi; $o;o aston de >arn são de$larada;ente %er>ti$os: #rotegera; os Ro;ens!bons e $o;batera; N 3rente dos seus eE>r$itos os soldados de Cristo: desligara;!se da $o;unidade $ristãJ (; su;a, o $on$ilio de La'aur, ani;ado das #iores intençGes e; relação a Pedro P edro de Aragão, re$usou #erdoar ai;undo 6I e ne; se-uer l%e #ro#or$ionou a #ossibilidade de se resgatar no 3uturo ;onar$a 3i$ou irritado e 3erido #or não ter en$ontrado Qunto dos ;e;bros do $on$ilio a $onsideração, ou at> a de3ern$ia, -ue, $o;o rei ;uito $ristãoJ es#era'a deles As $ir$unstn$ias e a ironia do destino obriga'a;! no, agora, a 3aDer 3igura de #atarinoJ9, u;a 'eD -ue os 'assalos, -ue de3endera de3e ndera tão $oraQosa;ente, era; a$usados de o ser RB QB algu;as se;anas -ue o $a'aleiro de $ala, aQudante do rei, residia e; Toulouse $o; u; $or#o de tro#as (; toda a $idade s@ se 'ia; barGes $atalães $on'ersando $o; os burgueses ou 3aDendo a $orte Ns da;as #r@#rio rei #assou alguns dias no $astelo do $onde Toulouse torna'a!se aragonesa e 9
Patarino: Patarino: designação dos $Btaros, ;ais utiliDada e; rança, #or de3or;ação de $BtaroJ ou #or-ue a sua ?ni$a oração oração era o Pater o Pater OP OP el#erron, op. cit., # cit., # /<, nota 1
ai;undo 6I tal'eD #ensasse -ue ela se tin%a li;itado a ;udar de o$u#antes 8as, tudo era #re3erí'el aos ran$esesH i;ão de 8ont3ort e o $lero en'iara; dois abades a Pedro de Aragão #ara l%e trans;itir as ordens do #a#a es#ondeu!l%es $o; boas #ala'ras, de$idido, desta 'eD, a agir N sua 'ontade e ra#ida;ente A#@s u;a bre'e estada na Pro'ença, regressou a ar$elona e reuniu o seu eE>r$ito (ntrou na $$itnia #ela as$on%a e surgiu ra#ida;ente e; Toulouse, #erante as a$la;açGes de todo o #o'o (ra o libertador ingu>; du'ida'a da 'it@ria A batalha de Muret Muret
A 12 de ete;bro te'e lugar a batal%a de 8uret rei, -ue ;uito tin%a $a'algado, esta'a de'eras 3atigado Conta!se, ;as trata!se $erta;ente de u;a $al?nia in'entada #elos $at@li$os, -ue tin%a #assado a noite $o; a a;ante e -ue ;al #odia suster!se no $a'alo a realidade, a$redita'a nas 'irtudes do entusias;o e -ue a bra'ura basta'a #ara tudo re$ontro te'e lugar na #laní$ie de 8uret, 'erdeQante e %?;ida, $ontra a o#inião do #rudente ai;undo 6I -ue, 3iel N tBti$a ro;ana, gostaria de ter $onstruído u; $a;#o de batal%a e de derrotar o ini;igo N 3re$%ada: $ensurara; a sua #usilani;idade e ele a;uou oi u; $o;bate entre $a'aleiros e; -ue os Aragoneses se ;ostrara; 'alentes e te;erBrios nu;a desorde; indes$rití'el Todos os barGes -ueria; $o;bater se; orde; ne; tBti$a OP el#erron entre o tu;ulto e algaDarraJ 3ragor das ar;as era tal -ue #are$ia tratar!se de u;a 3loresta desbra'ada a gol#es de ;a$%adoJ Ouillau;e de Pu"laurens s 3ran$eses, ;ais dis$i#linados, soubera; utiliDar ;el%or os es$udeiros e os sargentos -ue então a$o;#an%a'a; os $a'aleiros As suas 3ileiras serradas 'en$era; ra#ida;ente a bra'ura dos %o;ens %o ;ens do $onde de oiE e a i;#etuosidade i ;#etuosidade da $a'alaria aragonesa g>nio ;ilitar de i;ão de 8ont3ort 3eD o resto rei Pedro de Aragão 3oi 'íti;a de u;a es#>$ie de assassinato &ois $ri;inosos %er@i$os, os $a'aleiros 3ran$eses Alain de ou$" e lorent de 6ille, tin%a; Qurado ;atar o rei — o traidorH — ou ;orrer ;orrer A sorte > ;uitas 'eDes 3a'orB'el a estes %o;ens #rontos a #agar $o; a ;orte a dos seus ini;igos Abrira; Abrira ; $a;in%o a gol#es de es#ada e #ro$urara; o rei entre a sua guarda (ste, segundo u; $ostu;e então seguido #elos soberanos, tin%a tro$ado, na '>s#era, o seu e-ui#a;ento #elo de u; dos seus $a'aleiros, de ;odo -ue os 3ran$eses $aira; #ri;eira;ente sobre o seu substituto, ;atando!o 3a$il;ente ão > o rei, teria dito Alain de ou$", o rei > ;el%or $a'aleiroZH Pedro, ou'indo!o, teria eE$la;ado: rei estB a-uiZH Abateu u; $a'aleiro 3ran$s e su$u;biu, e; seguida, ao ata-ue dos dois agressores s barGes aragoneses — entre os -uais 8i$%el de Lusian — tin%a; 3eito o i;#ossí'el #ara #roteger o soberano, $obrindo!o $o; os seus $or#os: ;orrera; de i;ediato V$ de 8ata#lana, #rotetor dos tro'adores e ta;b>; tro'ador, regressou a Toulouse, gra'e;ente 3erido
randes 3ora; o desastre, o luto e a #erda, -uando o rei de Aragão a#are$eu ;orto, todo ensanguentado, tal $o;o ;uitos outros barGesK e 3oi grande o o#@brio #ara toda a $ristandade e #ara todo o gnero %u;ano s %abitantes de Toulouse, $%eios de tristeDa e de dor, os -ue tin%a; $onseguido es$a#ar e não tin%a; 3i$ado no lo$al de $o;bate, regressara; a Toulouse, ao abrigo das )an*+o da )ruzada )ruzada ;ural%asJ O ai;undo de Toulouse e o 3il%o abandonara; -uase de i;ediato a $a#ital os dias -ue se seguira;, i;ão de 8ont3ort #rosseguiu nas suas $on-uistas, o$u#ando Agenais, P>rigord ul e ouergue O121= &esde Abril a utubro de 1214, Luis de rança1+ aQudou!o no ;o;ento #re$iso, 3aDendo u;a #e-uena $ruDada #essoal de -uarenta dias &e regresso a Paris, $ontou $erta;ente ao #ai $o;o i;ão de 8ont3ort soubera #rogredir e enri-ue$er 8as, i;ão de 8ont3ort ne; #or isso deiEou de $on-uistar a $idade de oiE e -uase todo o $ondado de Toulouse O1214 oi então -ue o #a#a Ino$n$io III $on'o$ou #ara #ar a
o;a u; $on$ilio geral de arbitrage;: o $on$ilio de Latrão Oo'e;bro de 1214, onde o $onde de oiE de3endeu, e; 'ão, a sua $ausa e a do $onde de Toulouse: anto #a#a, o ;eu #leno direito Qusti3i$a!;e, assi; $o;o a ;in%a leal retidão e a ;in%a boa intençãoK e, se ;e Qulgare; de a$ordo $o; a ;in%a Qustiça, estou sal'o e garantido, 'isto -ue nun$a gostei de %er>ti$os ne; de $rentes Pelo $ontrBrio, rendi!;e e o3ere$i!;e N abadia de oulbonne, onde 3ui be; a$ol%ido, onde toda a ;in%a 3a;ília 3oi se#ultada Suanto a Pu" de 8onts>gur, o direito > $laro un$a 3ui, ne; #or u; s@ dia, seu sen%or soberano (, se a ;in%a ir;ã 3oi ;B e #e$adora, não de'e #agar #elos seus #e$ados O Suanto ao bis#o Ool-uet de Toulouse, -ue se ;ostra tão irritado neste assunto, digo!'os -ue &eus, e n@s, 3o;os traídos #or eleJ #a#a res#ondeu ;uito a;a'el;ente ao $onde de oiE: Conde, eE#useste ;uito be; o teu direito, ;as di;inuiste, de $erto ;odo, o nosso (Ea;inarei o teu direito e o 'alor dos teus senti;entos ( se a tua $ausa 3or Qusta, -uando ti'er #ro'as, reen$ontrarBs o teu $astelo tal $o;o o entregaste ( se a santa IgreQa te $ondena, ela te #erdoarB se &eus te ins#irar o arre#endi;ento Todo o ;au #e$ador, #erdido e subQugado #elo #e$ado de'e d e'e ser 'erdadeira;ente re$ebido #ela IgreQa -uando o en$ontrar e; #erigo de ;orte es#iritual, se se arre#ender e se 3iDer o -ue ela ordenarJ o'o sorriso do &iabo: no'o gol#e de teatroH ai;undo 6I en$ontra!se e; nes onde o 3il%o, o Qo'e; $ondeJ Oai;undo 6II se l%e 'ai Quntar (ntra; nos seus do;ínios da Pro'ença O8arço de 121/ e 8arsel%a e A'in%ão re$ebe;!nos entusiasti$a;ente (i!los na estrada de A'in%ão: s barGes 'ão $a'algando, dois a dois, #elas #laní$ies 'erdeQantes e #ensa; e; e ; ar;as ar ;as e ar;aduras e ui de Ca'aillon, do alto do seu $a'alo ruço, 1+
Trata!se do 3uturo Luís 6III, $asado $o; ran$a de Castela e #ai de Luís
diD ao Qo'e; $onde: C%egou a altura e; -ue Parage ne$essita de -ue seQais bo; e ;au, #ois o $onde de 8ont3ort, -ue destr@i os barGes, a IgreQa de o;a e a #r>di$a en'ergon%ou e desonrou Parage o3reu tantas ;odi3i$açGes -ue, se não 3or a#oiada #or '@s, desa#are$erB e PriE e Parage não 3ore; restauradas #or '@s, Parage ;orrerB e $o; ela a $on3iança e; '@s (, QB -ue '@s sois a 'erdadeira es#erança de Parage, e -ue u; de '@s su$u;birB, ;ostrai!'os $oraQosoH — ui, diD o Qo'e; $onde, 3i$o $ontente $o; o -ue a$abo de ou'ir e e; bre'e res#onderei e Xesus ;e sal'ar, a ;i; e aos ;eus $o;#an%eiros, e ;e restituir Toulouse, -ue tanto deseQo, Parage nun$a ;ais se sentirB desonrada ne; #obre ão eEiste ningu>; su3i$iente;ente #oderoso #ara ;e destruir, al>; da IgreQa ( se o ;eu direito e a ;in%a raDão são grandes, se ti'er ini;igos ;aus e orgul%osos, ao -ue se ;ostrar leo#ardo res#onderei $o;o leão Con'ersa; sobre ar;as, a;or e #resentes at> ao ;o;ento e; -ue a noite $ai e A'in%ão os re$ebe Suando o ru;or da sua $%egada se es#al%a #ela $idade, não %B 'el%o ne; Qo'e; -ue não a$orra alegre;ente de todas as ruas e $asas eliD o -ue ;ais $orrerH Vns grita;: ToulouseH e; %onra do #ai e do 3il%o, e os outros: eli$idadeH &eus estB $onnos$o &e $oração aberto e ol%os %u;ede$idos '; aQoel%ar #erante o $onde e, e; $onQunto, diDe;: Cristo, en%or glorioso, dai!nos #oder e 3orça #ara l%es restituir! ;os a sua %erançaH — ão tantos os a#ertos e tão grande > o $orteQo, -ue se to;a ne$essBrio re$orrer Ns a;eaças, Ns $%ibatas e aos 'ara#aus o &o;ingo de ;an%ã re$ita!se a 3@r;ula #ara re$eber o Qura;ento e os $o;#ro;issos #erante o $onde (ntão, u;a das #artes diD N outra: en%or legíti;o e be; a;ado, não re$eeis dar ne; gastarH estituir!'os!e;os o din%eiro e ser!'os!e;os dedi$ados at> -ue re$u#ereis a 'ossa terra ou ;orrere;os $on'os$o — en%ores, diD o $onde, serB bela a re$o;#ensa, #ois tereis ;ais #oder sobre &eus e sobre '@sZH ada > tão $o;o'edor, na )an*+o da )ruzada, es$re'eu i;one `eil 11 $o;o o ;o;ento e; -ue a $idade li're de A'in%ão se sub;ete 'oluntaria;ente ao $onde de Toulouse, 'en$ido, des#oQado das suas terras, des#ro'ido de -uais-uer re$ursos, #rati$a;ente reduDido N ;endi$idade Podere;os i;aginar u;a ;aneira ;ais generosa dos %o;ens li'res #ro$urare; u; a;oY (sta generosidade ;ostra!nos a -ue #onto o es#írito $a'aleires$o tin%a i;#regnado toda a #o#ulação das $idadesJ 121/ i;ão de 8ont3ort sente!se, então, obrigado a $o;bater e; duas 3rentes s a$onte$i;entos 'ão #re$i#itar!se (n-uanto ai;undo 6I #arte #ara (s#an%a a 3i; de #re#arar u; eE>r$ito, o Qo'e; $onde $er$a eau$aire $o; a aQuda dos ;arsel%eses s de 8arsel%a $%ega; alegre;ente as Bguas do eno $anta; os re;adores 3rente os #ilotos en$arregados das 'elas, os ar$%eiros e os ;arin%eiros As tro;#as, as tro;betas, os $í;balos e os ta;bores ressoa; #elas ;argens na aurora s es$udos e as lanças, e as ondas -ue #assa;, o aDul e o 11
i;one `eil: A agonia de u;a $i'iliDaçãoJ, in )ahiers du Sud, 19=2
'er;el%o, o 'erde e a bran$ura, o ouro 3ino e a #rata ;istura;!se ao bril%o do ol e da Bgua, #ois a bru;a a$aba de se dissi#ar (; terra, ire An$el;et e os seus $a'aleiros $a'alga; alegre;ente sob u; ol bril%ante, $o; os seus $a'alos orna;entados de gualdra#as, auri3la;as N 3rente Por toda a #arte se ou'e; gritos: ToulouseH e; %onra do nobre 3il%o do $onde -ue #er$orre os seus do;ínios ( entra; e; eau$aireJ A to;ada de eau$aire $onstituiu u; rude gol#e #ara o #restígio de i;ão de 8ont3ort, at> então $onsiderado in'en$í'el Xul%o!Agosto de 121/: Toulouse re'olta!se i;ão de 8ont3ort de'asta u;a #arte da $idade, ;as não #ode tornar!se seu sen%or 1217: #arte #ara a Pro'ença, #ara $o;bater o Qo'e; $onde, ;as, si;ultanea;ente, ai;undo 6I 3aD a sua entrada e; Toulouse libertada s %abitantes, os notB'eis e o #o'o, os barGes, as da;as, Bs ;ul%eres e os ;aridos aQoel%a; #erante ele e beiQa;!l%e o 3ato, os #>s, as #ernas, os dedos e u; diD #ara outro: Agora te;os Xesus Cristo, o astro lu;inoso, a estrela -ue 'eio bril%ar sobre n@s M o nosso sen%or, at> agora #erdido ( PriE e Parage, -ue esta'a; se#ultadas, re'i'era;, restaurara;!se, $urara;!se e sal'ara;!seHZJ - )an*+o da )ruzada 1215 i;ão de 8ont3ort, batido na Pro'ença, regressou ra#ida;ente aoW Languedo$ A'ança sobre Toulouse, -ue $er$a, ;as não $onsegue i;#edir o Qo'e; $onde de aí entrar #or sua 'eD: #or toda a #arte, ;aus #ressBgios #ara os 3ran$eses: &o re$orte ;ais alto da torre da #onte, -ue os $ruDados tin%a; $o;eçado #or $on-uistar, a insígnia $ai N Bgua e o leão de 8ont3ort #erde!se no areai s sinos e $a;#ain%as to$ados #elos sineiros e$oa; #ela $idade, #ela Bgua, #elo areai (, nesta 3eli$idade, $in$o ;il sargentos e es$udeiros sae; do interior e 'ão o$u#ar as #raças do eE>r$ito sitiante, #rontos a $orrer e ligeiros rita; e; 'oD be; alta: obin, autier Ono;es 3ran$eses e;#regues #ara os ridi$ulariDar 8orteH 8orte aos 3ran$eses e aos soldadosH Cer$B;os o $a;#o de batal%a #ois &eus restituiu!nos o $%e3e e o %erdeiro, o 'alente Qo'e; $onde -ue nos ilu;inouZH As $oisas $ontinua'a; a #iorar #ara o $on-uistador, -ue 'ia ;orrer os seus ;ais 3i>is $o;#an%eiros ire $onde de 8ont3ort, ;uito so;bria #are$e a 'ossa sorte o3rereis grandes derrotas #or serdes tão de'otoH s %o;ens de Toulouse ;atara; os 'ossos $a'aleiros, as 'ossas $o;#an%ias e os ;el%ores assalariados: uillau;e T%o;as, arnier e i;on du Caire ;orrera;K autier estB 3eridoJ ui, ir;ão de i;ão de 8ont3ort ta;b>; > ;orto $onde a#roEi;a! se do ir;ão be; a;ado, aQoel%a!se e #ronun$ia estas #ala'ras í;#ias: 8eus ir;ão, &eus odeia!nos, a ;i; e aos ;eus $o;#an%eiros, e #roteQe os soldados a'entureirosK assi;, #or este 3eri;ento, serei ;onge %os#italeirosHZJ
25 de Junho de 1218: morte de imão de Mont!ort
(n-uanto ui, 3erido de ;orte, ge;e e agoniDa, as ;B-uinas de guerra dos tolosanos não #ara; de atirar Ra'ia na $idade u; #edreiro $onstruído #or u; $ar#inteiro &e aint! ernin 3ora; eEtraídas #edras e ta;b>; ;adeira de sor'eira ( era; sen%oras, ra#arigas e ;ul%eres -ue o utiliDa'a; ( a #edra lançada 'eio direita ao -ue interessa'a e bateu e; i;ão sobre o seu el;o de aço, de tal ;odo -ue 'oara; e; #edaços os seus ol%os, os ;iolos, os dentes, os ;aEilares J Le'a;!no i;ediata;ente #ara Car$assone #ara ser se#ultado O (, no e#itB3io, #ara -ue; souber ler, diD!se -ue 3oi santo, ;Brtir, -ue de'e ressus$itar, #artil%ar da %erança $eleste e 3lorir da sua 3eli$idade ;ara'il%osa, usar $oroa e 'i'er no reino de &eusJ ( eu ou'i diDer -ue de'e ser assi;: e, #ara ;atar %o;ens e derra;ar sangue, #ara #erder al;as, #ara $onsentir $ri;es, #ara a$reditar e; $onsel%os #er'ersos, #ara atiçar in$ndios, #ara destruir barGes, #ara desonrar Parage, #ara $on-uistar terras 'iolenta;ente, #ara dar li're $urso ao orgul%o, #ara atiçar o 8al e destruir o e;, #ara ;atar ;ul%eres, en3or$ar $rianças, > #ossí'el, neste ;undo, $on-uistar Xesus Cristo, de'e usar aur>ola e bril%ar no $>u ( -ue o il%o da 6irge;, -ue $onduD os Qustos ao Pai, -ue deu a $arne e o sangue #re$ioso #ara destruir o orgul%o, 'ele #ela aDão e a Xustiça, -ue estão e; #erigo de desa#are$er, e -ue, entre os dois #artidos, 3aça bril%ar o &ireitoZH O )an*+o da )ruzada Massa"re de Marmande
Xun%o de 1219 Tin%a $%egado o ;o;ento #ara a ;onar-uia 3ran$esa de substituir A;aur" de 8ont3ort, -ue su$edera ao #ai se; #ossuir o seu talento e -ue so3ria, diD!se, a in3lun$ia ;oraliDadora de u; #er3eito $Btaro $o; -ue;, #or 'eDes, se en$ontra'a #rín$i#e Luís, 3il%o de ili#e Augusto, #retendia i;#a$iente;ente #r ter;o aos su$essos de ai;undo 6II, -ue a$aba'a de derrotar os 3ran$eses e; BDi\ge, e não s@ Co; o seu eE>r$ito $o;#ostos #or 'inte bis#os, /++ $a'aleiros e 1++++ ar$%eiros, Quntou!se, #ois, a A;aur", e; 8ar;ande A $idade, sitiada, rendeu!se e todos os seus %abitantes, in$luindo ;ul%eres e $rianças, 3ora; ;assa$rados, nu; total de 4+++ 8es;o -ue ten%a;os e; $onta o eEagero %abitual do #oeta Oda )an*+o e a tendn$ia dos $ronistas #ara 3orçar os n?;eros, > 'erdade -ue, es$re'e Pedro el#erron, a #o#ulação de 8ar;ande 3oi ;assa$rada, senão total;ente, #elo ;enos e; grande #arte, se; -ue %ou'esse #ara este ;assa$re, $o;o #ara o de >Diers, a des$ul#a dos a'entureiros e de u;a $idade to;ada de assalto Sue; de'e assu;ir a res#onsabilidadeY Pro'a'el;ente os %o;ens de A;aur", deseQosos de 'ingar a ;orte de i;ão de 8ont3ort e de #unir a deserção da $idade, a#ontando!a $o;o eEe;#lo s outros $ruDados, e;bora não tendo to;ado #arte no ;assa$re, ne; son%ara; e; se l%e o#orJ e;, de resto, a$res$entarei, os 'inte bis#os
#rín$i#e Luís e A;aur" de 8ont3ort a#resentara;!se diante de Toulouse a 1/ de Xun%o de 1219 (ra o ter$eiro $er$o -ue esta in3eliD $idade iria so3rer &urante a $ruDada, diDe; os $ronistas, &eus realiDou ;uitos ;ilagres a 3a'or de i;ão de 8ont3ort eQa;os Qustos e re$on%eça;os -ue, nesta o$orrn$ia, realiDou ta;b>; u; #ara ai;undo 6II: o 3ran$s não $onseguiu a#oderar!se da $idade oi u;a derrota desoladoraJ, $o;o dirB o #a#a Ron@rio III o dia 1c de Agosto, argu;entando -ue a -uarentena estB ter;inada, le'anta o $er$o tão #re$i#itada;ente -ue abandona as ;B-uinas de guerra, -ue os sitiados utiliDa; #ara 3esteQar a libertaçãoJ destino ;ostra'a!se de$idida;ente ;ais 3a'orB'el do -ue nun$a aos $ondes tolosanos Tin%a; re$u#erado todos os seus do;ínios ( o Languedo$ en$ontra'a!se — $o; as suas ruínas e destruiçGes — ;ais ou ;enos na ;es;a situação -ue e; 12+5 ;assa$re de tantos ino$entes #are$ia ter sido #er3eita;ente in?til s #er3eitos re$o;eçara; as suas #r>di$as: assistia!se ;es;o a u;a ressurreição do $ataris;o A;aur" de 8ont3ort, abandonado #or -uase todos os $a'aleiros, des#ro'ido de re$ursos e $ri'ado de dí'idas, 3oi obrigado a resignar!se N e'a$uação de Car$assone, onde o Qo'e; Tren$a'el, 3il%o do 'is$onde assassinado e; 12+9, entrou e se instalou #ou$o te;#o de#ois A "onquista real
Ter;inou a $ruDada 3eudal As #rin$i#ais #ersonagens dos #ri;eiros atos da trag>dia ;orrera; ou desa#are$era; da $ena #olíti$a: ili#e Augusto, ai;undo 6I, o $onde de oiE A#roEi;a;o!nos do desenla$e 6ai $o;eçar a $on-uista real Antes de deiEar o ul, A;aur" de 8ont3ort tin%a $edido todos os seus direitos a Luís 6III, -ue não #erderB a o$asião de os 3aDer 'aler ( a $a;#an%a não serB, $o;o a de 1214, u;a si;#les 'iage; ou #eregrinação: durarB de 122= a 122/ rei não en$ontrou resistn$ias #ro3undas, eE$eto e; A'in%ão -ue to;ou Oe; ete;bro de 122/ a#@s u; $er$o e; 3or;a Para estabele$er de3initi'a;ente a do;inação 3ran$esa na Pro'ença e no Languedo$, 3undou duas senes$alias, u;a e; eau$aire, outra e; Car$assone M #ro'B'el -ue ti'esse tentado, no ano seguinte, to;ar Toulouse, o -ue teria $onseguido 8as &eus, ou o &iabo, #rotegia; ainda o $onde, inter;itente;ente, e não #or ;uito te;#o rei adoe$eu e ;orreu e; 8ont#ensier, e; Au'ergne ai;undo 6II, e;bora a sua situação não 3osse absoluta;ente 1 deses#erada, $o;#reendeu -ue não #oderia $ontinuar a resistir ao enor;e #oder da ;onar-uia 3ran$esa: todos se unia; ao rei, ia; ao en$ontro da 'it@ria Cidades e $astelos subtraía;!se ao $onde de Toulouse Co;o os seus do;ínios se en$ontra'a; no'a;ente reduDidos a Toulouse e a algu;as #ar$elas de territ@rio Qunto da $idade, ele #ensou render!se ealiDou u;a asse;bleia e; 8eauE O1225!1229 onde 3ora; estabele$idos os #reli;inares do tratado de #aD -ue o $onde assinou $o; Luís IF, e; Paris, a 12 de Agosto de 1229, e; 3rente de otre!&a;e
ai;undo $onser'a'a Toulouse e u;a #arte do Languedo$, ;as 3i$a'a esti#ulado -ue os seus bens #assaria; #ara a 3il%a, Xoana, -ue de'eria $asar $o; A3onso de Poitiers, ir;ão do rei12 A do;inação 3ran$esa $o;eça'a a i;#lantar! se e; Toulouse A $ultura o$$itni$a $o;eça'a — lenta;ente — a desa#are$er de todo o Languedo$ onde a nobreDa aut@$tone tin%a sido, e; grande #arte, substituída #or i;igrantes -ue ignora'a; ou des#reDa'a; a língua da regiãoJ OA Xanro" V;a uni'ersidade, a segunda do reino, ia ser $riada e; Toulouse A In-uisição, natural;ente, QB esta'a e; 3un$iona;ento &urante o dia, es$re'eu #or esta o$asião, ou #ou$o te;#o de#ois, o tro'ador i$ard de 8ar'eQols, durante o dia, sinto!;e irritado e de noite, -uer dur;a ou não, não $esso de sus#irar Para onde ;e 'olte, 'eQo #essoas de;asiado $orteses $u;#ri;entar %u;ilde;ente os 3ran$eses $o; a designação de ireJ i;, os 3ran$eses t; #iedade de n@s -uando nos 'ee; de ;ãos $%eias, #ois > a lei -ue eles $on%e$e; %H Toulouse, Pro'ençaK terras de Argen$e Oeau$aire, de >Diers e de Car$assone, -ue; 'os 'iu e -ue; 'os 'ZH s anos -ue 'ão de 1229 a 12=9 Odata da ;orte do $onde são ;ar$ados #elos es3orços en'idados #or ai;undo 6II #ara tornear, iludir ou anular as $onse-un$ias desastrosas do tratado de 8eauE!ParisJ e #elas #o#ulaçGes ;eridionais #ara $ontinuar a #rati$ar a religião $Btara a des#eito da In-uisição 8as, o $onde a#enas so3reu derrotas Pro$urou, e; #ri;eiro lugar, re$on-uistar a Pro'ença ou, #elo ;enos, $onser'ar os seus direitos sobre ela: es$a#ou!l%e de3initi'a;ente e 'eio a $aber a Carlos de AnQou, ir;ão de Luís IF (; 12=+ rebentou #re;atura;ente, e tal'eD se; -ue ai;undo 6II ti'esse deseQado, a re'olta de Tren$a'el, 3il%o de ai;undo og>rio, o -ual, tendo #artido de (s#an%a $o; alguns $a'aleiros 3aiditsJ1< e u; $or#o de soldados a'entureiros, $o;eçou #or obter #e-uenos su$essos no seu antigo 'is$ondado, ;as 3oi derrotado e; Car$assone, -ue não $onseguiu reto;ar (, #ou$o te;#o de#ois, rendeu!se ao rei Montségur
8onts>gur $ontinua'a a resistir Suando o obrigara; a eEe$utar as $lBusulas do tratado de 8eauE res#eitantes N re#ressão da %eresia, ai;undo 6II 3ingia #retender $on'ert!la, ;as e'ita'a ;ostrar!se 'en$edor, #ois de'eria entregar ao rei esta 3ortaleDa -ue, então, l%e teria #er;itido ;anter!se e; ligação $o; o $onde de oiE Todos os $rentes tin%a; os ol%os 3iEos e; 8onts>gur, sí;bolo da resistn$ia religiosa e #olíti$a Ao abrigo das suas ;ural%as, o $lero $Btaro $ontinua'a a ;anter inta$tos a 3> e os ritos e $ontinua'a a 'elar #elos interesses es#irituais e ;ateriais da seita
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$asal 'iria a ;orrer e; 1271, se; 3il%os, o -ue 3a'ore$eu os desígnios $on-uistadores da ;onar-uia 3ran$esa 1< ter;o faidit, sinni;o de outla 3oi atribuído aos sen%ores %er>ti$os ou si;#atiDantes da %eresia, -ue abandonara; os $astelos $o; a $%egada dos 3ran$eses OP el#erron, op. cit., # 159, nota 1
oi de 8onts>gur -ue #artiu, a 2< de 8aio de 12=2, a eE#edição #uniti'a -ue ;assa$rou e; A'ignonet, onde se en$ontra'a; de #assage;, os In-uisidores de Toulouse, o do;ini$ano uillau;e Arnaud e o 3ran$is$ano (tienne de aint!T%ib>r", assi; $o;o os seus adQuntos e assessores (sta o#eração sanguinBria de'eria #re$eder a insurreição geral de todo o Languedo$: era tal'eD u; sinal &e 3ato, ai;undo 6II e os barGes ;eridionais, aliados do rei de Inglaterra Renri-ue III e do $onde de La 8ar$%e, e $ertos do a#oio — de resto ;ais ;oral do -ue e3eti'o — dos reis de a'arra, de Aragão, e at> do i;#erador rederi$o II, entrara; -uase de i;ediato e; luta aberta $ontra a rança 8as, os ingleses 3ora; derrotados e; Taillebourg e os #rin$i#ais aliados desani;ara; ainda antes de ter $o;eçado a $o;bater ai;undo 6II, o $onde de oiE e o 'is$onde de arbonne #edira; a #aD se; ;ais de;oras oi assi; -ue todas as tentati'as ;ilitares 3eitas #elo $onde #ara se subtrair Ns $lBusulas %u;il%antes do tratado de 8eauE l%e 3ora; des3a'orB'eis e $onstituíra; autnti$os 3ra$assos ;es;o su$edeu $o; a sua #olíti$a ;atri;onial ai;undo 6II, -ue não tin%a 3il%os, #ensa'a, $erta;ente $o; raDão, -ue u; %erdeiro legíti;o e do seu sangue teria ;ais #ossibilidades de su#lantar — a des#eito do tratado— os 3il%os -ue e'entual;ente #odia; nas$er a Xoana e A3onso de Poitiers oi #or isso -ue re#udiou a ;ul%er, aneie de Aragão, $o; o obQeti'o de $asar $o; outra aneie, a 3il%a do $onde ai;undo >ranger de Pro'ença 8as, as nego$iaçGes $o; o #a#ado tardara; e aneie, singular;ente i;#a$iente, #re3eriu $asar i;ediata;ente $o; o ir;ão do rei de Inglaterra, i$ardo e; desani;ar, ai;undo 6II #ro$urou, então, a 3il%a do $onde de La 8ar$%e, anti3ran$s not@rio e seu antigo aliado Casou, #ois, $o; 8arguerite de La 8ar$%e 8as, re$onsiderou, re#udiou esta #obre ;ul%er O;uito 3a$il;ente u;a 'eD -ue, #or 3alta de autoriDação, o $asa;ento não tin%a $%egado a $onsu;ar!se e 'oltou!se #ara a ?lti;a 3il%a do $onde de Pro'ença, eatriD ene3i$ia'a, neste $a;#o, do a#oio de Xa$-ues de Aragão 8as, a Corte de rança esta'a atenta ai;undo 6II 3oi a3astado se; -ue a noi'a 3osse $onsultada, e ela 3oi entregue a Carlos de AnQou -ue $o;anda'a u; eE>r$ito ali #resente (sta'a, #ois, es$rito -ue ai;undo 6II ;orreria se; u; 3il%o 'arão e -ue os seus do;ínios 'iria; a #erten$er N $oroa de rança ale$eu e; 12=9 (; 1245 e 1249, Aragão, e de#ois a Inglaterra renun$ia; Ns suas #retensGes sobre o ul Co; a ;orte da $ondessa Xoana e do $onde A3onso de Poitiers 1=, o rei de rança torna!se $onde de Toulouse o'ernou direta;ente o #aís $o; -uatro senes$ais A !ogueira de Montségur
$ataris;o não 3oi i;ediata;ente eli;inado At> 12==, data da -ueda de 8onts>gur, ;ante'e!se ati'o e 'igilante 8uitos $rentes, graças N dedi$ação dos ?lti;os #er3eitos $landestinos #udera; re$eber, no seu leito de ;orte, o consolamentum -ue l%es sal'a'a as al;as as $idades, es#e$ial;ente e; 1=
8orrera; $o; trs dias de inter'alo, a 21 e 2= de Agosto de 1271
Toulouse, a o#osição N In-uisição degenera'a, #or 'eDes, e; tu;ultos nos bairros #o#ulares: res#ondia!se ao terroris;o $o; o terroris;o o $entroJ burgus, nas residn$ias dos notB'eis, realiDa'a;!se $ol@-uios noturnos onde se $ons#ira'a $ontra os 3ran$eses e $ontra a IgreQa (Eistia; redes de resistn$ia organiDada -ue se es3orça'a;, tanto na $idade $o;o no $a;#o, #or assegurar o essen$ial do $ulto $Btaro, #or #roteger as 'íti;as da In-uisição 3a'ore$endo a sua #artida #ara a Lo;bardia, #or se 'ingar dos traidores e dos delatores 8onts>gur #are$e ter dese;#en%ado u; #a#el i;#ortante nesta luta diBria $ontra a In-uisição (ntra'a!se no $astelo #ara es$a#ar aos seus esbirros e ta;b>; #ara ;orrer $o; &eus &e#ois do assassínio dos In-uisidores de A'ignonet, a destruição desse $o'il de %er>ti$os, -ue de3endia; energi$a;ente Pedro og>rio de 8ire#oiE e os seus $a'aleiros, era re$la;ada #ela IgreQa e #elo rei 8as, #ara esta tare3a, não #odía;os $ontar $o; ai;undo 6II (; 8arço de 12=<, Rugues d[Ar$is, seneseal de Car$assone, re$ebeu ordens de destruir a Cabeça do &ragãoJ V; eE>r$ito #s!se a $a;in%o de 8onts>gur, a$o;#an%ado #or dois te;í'eis e$lesiBsti$os: Pedro A;iel, ar$ebis#o de arbonne, e &urand, bis#o de Albi, -ue era es#e$ialiDado e; ;B-uinas de guerra As suas tro#as rodeara; a ;ontan%a de 8onts>gur &urante alguns ;eses, #or>;, não $onseguira; blo-uear $o;#leta;ente a 3ortaleDa, -ue $ontinua'a a re$eber 'í'eres, ar;as, notí$ias de rança e de ItBlia, ;ensagens do $onde &o seu $astelo 'iDin%o, ernardo d[Alion $%egou a en'iar alguns soldados $atalães e; auEílio dos sitiados (ste ernardo d[Alion, #ri;eira;ente ;uito %ostil aos %er>ti$os, tin%a des#osado, e; 12<4, a 3il%a do $onde de oiE, (s$lar! ;onde, -ue tal'eD 3osse $rente e -ue a$abou #or tornar o ;arido ;ais 3a'orB'el Ns 'íti;as da In-uisição oi sobre ela, $erta;ente, -ue o tro'ador 8ontan%agol, ini;igo 3eroD dos 3ran$eses e dos #regadores, es$re'eu: en%ora (s$lar;onde, o 'osso no;e > tão #re$ioso e tão belo -ue basta #ensar nele #ara nos sentir;os de3endidos do 8al durante todo o dia O Sue &eus #roteQa e $onser'e (s$lar;onde14 $uQo no;e nos diD, se o souber;os ler, -ue > trans#arente e #uraZH (ntretanto, o $er$o #rosseguia randes ilusGes ;antin%a; a es#erança, esti;ula'a; a $orage; dos $a'aleiros en$errados no 3orte V; dia es#al%ou!se o ru;or — ai;undo 6II $ontribuirB #ara a sua #ro#agação — de -ue o i;#erador rederi$o II1/, o Anti$risto e; #essoa O#ara os ro;anosH 'iria libertar os sitiados (ra #ou$o #ro'B'el -ue o grande i;#erador e;#reendesse u;a in$ursão sobre 8onts>gur 8as, a be; diDer, teria bastado -ue ele eEer$esse -ual-uer #ressão sobre Pro'ença #ara -ue todo o Languedo$ se suble'asse ;ais 14
ão $on3undir esta (s$lar;onde d[Alion $o; a tia, a grande (s$lar;onde, ir;ã de ai;undo og>rio, $onde de oiE, -ue re$ebeu o consolamentum e; anQeauE, e; 12+=, das ;ãos do $>lebre uil%a;bert de Castres 1/ Trata!se do grande i;#erador rederi$o II de Ro%enstau33en, -ue 3oi si;ultanea;ente u; %o;e; de $ultura e intelign$ia notB'eis, e u; dos esoteristas ;ais distintos da sua >#o$a s seus desentendi;entos $o; o #a#ado são lendBrios
u;a 'eD ai;undo 6II tin%a sido aliado de rederi$o e; 12=+ e, de#ois, tin%a! o abandonado, e; 12=1 8as, na $onQuntura atual, isto >, e; 12=<, rederi$o tin%a!se a#roEi;ado no'a;ente do $onde de Toulouse, e tin%a entregue o ;ar-uesado de Pro'ença e de 6enaissin, o -ue tin%a des#ertado grandes es#eranças na al;a dos ;eridionais e es#era'a!se, nos ;eios anti3ran$eses, u;a inter'enção ar;ada do i;#erador Co;o #ro'a o tro'ador V$ de aint!Cir$ — 3ran$@3ilo na $ir$unstn$ia — -ue, nu; dos seus sir%entes, Qulga de'er ad'ertir a IgreQa e o rei de rança $ontra as suas agressGes C%ega a a$onsel%ar!l%es -ue to;e; a dianteira e diriQa; $ontra rederi$o u;a 'erdadeira $ruDada #ara o des#oQar dos seus (stados Pois, a$res$enta, -ue; não $r e; &eus não de'e reinarJ Todas estas a3ir;açGes, na 'erdade, de'eria; in$itar os $Btaros a ;ostrar!se tão dedi$ados ao i;#erador e tão gibelinosJ $o;o os #atarinos de lorença V$ de aint!Cir$ não a3ir;a'a -ue rederi$o tin%a #ro;etido aos ingleses -ue l%es restituiria a retan%a, AnQou, u"enne, et$ e -ue 'ingaria Toulousain e >Diers e a região de Car$assoneJY ão > i;#ossí'el -ue o sir%entês de V$ de aint!Cir$ ten%a atingido 8onts>gur — as $ançGes dos tro'adores di'ulga'a;!se ra#ida;ente — ou -ue os #er3eitos ten%a; sabido o -ue ele $ontin%a antes de ai;undo 6II os ter a'isado #or inter;>dio dos seus e;issBrios 8as, rederi$o II não 'eio libertar 8onts>gur ne; 'ingar Car$assone e >Diers (, en-uanto os sitiantes $onseguira; a#oderar!se de u; #e-ueno 3orte -ue #rotegia a 3ortaleDa do lado (ste e #er;itia -ue os seus de3ensores re$ebesse; notí$ias do eEterior e a sua ração de son%os e ilusGes, 8onts>gur $a#itulou Pedro og>rio de 8ire#oiE tin%a $onseguido, #or>;, #ou$o te;#o antes da rendição, sal'Nr o tesouro da IgreQa $Btara os dias 1 e 2 de 8arço de 12== 3ora; -uei;ados duDentos %er>ti$os (ntre eles en$ontra'a!se ertrand 8arti 17, -ue tin%a sido no;eado bis#oK e, #or re$usare; $on'erter!se, $o;o l%es era #edido, 3ora; en$errados nu; re$into 3eito de esta$as e de #aus e, -uei;ados, #assara; do 3ogo do su#lí$io ao 3ogo do TBrtaroJ -/uillaume de Pu0laurens.( (ntre estes ;Btires en$ontra'a!se a 'el%a ;ar-uesa de Lantar, sua 3il%a Corba de P>reille e sua neta (s$lar;onde de P>reille esse ;es;o ano de 12==, os $Btaros de lorença 3ora; igual;ente lançados nas $%a;as do TBrtaroJ &e#ois da -ueda de 8onts>gur e de Su>ribus, nas Corbi\res, ?lti;a 3ortaleDa $Btara O1244, o $ataris;o e;#en%ou!se e; duas 'ias di'ergentes as $idades, trans3or;ou!se nu;a es#>$ie de #artido #olíti$o, de #artido gibelinoJ, 17
ertrand 8arti era originBrio de Tarabel ORaute!aronneK tin%a 'indo 3iEar!se e; 8onts>gur e; 12<5
#ode diDer!se, reunindo notB'eis, burgueses, ban-ueiros, ;uitas 'eDes $nsules e ta;b>; 3re-uente;ente $l>rigos ro;anos ons $at@li$os, e; #rin$í#io, estas #ersonagens in3luentes e $onsideradas tin%a; a#enas u; obQeti'o: o de se libertare; #or todos os ;eios da In-uisição do;ini$ana, #rontos #ara eEigir — ou 3ingir -ue eEigia; — o restabele$i;ento da In-uisição e#is$o#al, ;uito ;enos inQusta e tirni$a (ntretanto, $ontinua'a; a $%a;ar a atenção do rei #ara o #erigo -ue $orria a e$ono;ia do #aís de'ido N 3uga dos $a#itais e de ;ão!de! obra #ara a Lo;bardia ( 3oi #or #ou$o -ue ili#e o elo, e; 1<+4, não atendeu os seus #edidos 8as, no'os tu;ultos 'iera; deitar tudo a #erder (; Car$assone, e; 1254, os burgueses e os $nsules tin%a; tentado a#oderar!se dos registos da In-uisição onde esta'a; ins$ritos os no;es dos $idadãos sus#eitos de %eresia instigador da $ons#iração era ans 8orlane, $nego da $atedral aint!aDaire e #ro$urador e#is$o#al da dio$ese A $ons#iração 3al%ou, ;as os $%e3es da $onQunra #er;ane$era; i;#unes In-uisitor não $onseguiu obter do #a#a a $ondenação de ans 8orlane, $uQa 3iliação no $ataris;o, $ontudo, não o3ere$ia d?'idas M e'idente -ue a ;aior #arte destes %er>ti$osJ do 3i; do s>$ulo FIII era; si;#les;ente $ristãos re3or;istas ou #essoas %onestas re'oltadas $o; a intolern$ia e o 3anatis;o oi o %orror da In-uisição -ue os le'ou — -uando 'ira; -ue o rei não esta'a dis#osto a subtraí!los ao terror -ue #aira'a sobre eles — a lutar igual;ente $ontra a do;inação 3ran$esa M sabido -ue, e; 1<+=, os burgueses de Car$assonne e de Li;ouE, deses#erados, $%egara; a #ro#or a ernando, in3ante de 8aior$a, entregar!l%e o go'erno do 'is$ondado de Car$assonne, tal $o;o, e; 1274, o 'is$onde de arbonne e seus ir;ãos tin%a; ousado a#elar #ara Castela #ara libertar a sua $idade (n-uanto, e; algu;as $idades, o #artido $BtaroJ dis#un%a ainda de %o;ens es$lare$idos e retos, nos $a;#os tin%a; desa#are$ido os #er3eitos -ue #rega'a; a boa #ala'ra 8uitos tin%a; e;igrado #ara a Lo;bardia e os -ue resta'a; QB não #ossuía; a $ultura e sabedoria dos seus #rede$essores: di'ulga'a; u;a doutrina de3or;ada, degenerada, ;uitas 'eDes #ueril #astor Autier 15, no $ondado de oiE, tin%a $onseguido restituir ao $ataris;o, e; 1<++, a sua 'erdadeira 3a$e e at> u; au;ento de 'italidade, ;as tratou!se a#enas de u; entusias;o #assageiro (, de#ois dele, 'e;os o ?lti;o Ro;e;!bo;, elibaste, Quntar N doutrina tradi$ional, ;el%or ou #ior $o;#reendida, inter#retaçGes #essoais -ue a desa$redita'a; ou to;a'a; insustentB'el A $rença na eternidade do ;undo, a ideia de -ue a al;a não era ;ais do -ue ;at>ria, a negação do li're arbítrio, o re$uo de &eus na sua trans$endn$ia in3inita -ue o to;a'a absoluta;ente estran%o a este ;undo, tudo isto $onduDia os si;#les a #restar atenção uni$a;ente N ;at>ria e ao -ue > 'isí'el e a #a$tuar $o; o &iabo #ara não sere; total;ente in3eliDes (ra!se ;aterialista ou 3eiti$eiro s es#irituais #uros to;a'a;!se raros
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#astor Autier 3oi $ondenado #ela In-uisição e -uei;ado 'i'o e; Toulouse, a 9 de Abril de 1<11
esta'a nos $oraçGes a#enas o @dio — #er3eita;ente eE#li$B'el — a o;a e N In-uisição Continua'a a es#erar!se a 'inda do rande 8onar$a -ue 'en$eria u;a e outra &e#ois de ter a$reditado e; rederi$o II, o ini;igo Qurado do #a#ado, a$redita'a!se agora nu; outro rederi$o, o 3il%o de Pedro de Aragão, o rei da i$ília As #ro3e$ias -ue $ir$ula'a; e; ItBlia, entre os #atarinos, tin%a; $%egado aos $rentes do $ondado de oiE Pelo ano de 1<+4, o %er>ti$o &ol$inus, de o'are, dis$í#ulo de egarelli de Par;a, re$ebera a re'elação de -ue este no'o rederi$o se tornaria i;#eradorK instituiria deD reis e; ItBlia, $ondenaria o #a#a N ;orte, be; $o;o os $ardeais, os #relados de o;a, e todos os religiosos, eE$eto os -ue se 'iesse; Quntar N sua seitaK e, 3inal;ente, ele, &ol$inus, seria $olo$ado no trono do be;!a'enturado PedroJ elibaste $on%e$ia esta #ro3e$ia — o -ue #ro'a -ue esta'a be; in3or;ado sobre o -ue se #assa'a e; ItBlia — e re#etia!a aos seus ?lti;os 3i>is, de3or;ando!a ;uito e ;isturando!a $o; #r>di$as de orige; a#o$alí#ti$a res#eitantes ao te;#o e; -ue os #o'os se re'oltaria; $ontra os #o'osJ, os reinos $ontra os reinos, e onde assistiría;os N guerra de todos $ontra todosJ 6iria, diDia, u; rei da raça dos reis de Aragão — a re$ordação do rei Pedro ;orto e; 8uret $ontinua'a be; 'i'a — -ue daria de $o;er ao seu $a'alo no altar de o;a (ntão, a IgreQa de o;a seria 'en$ida e a IgreQa $Btara eEaltada e os seus ;inistros %onradosJ ( uil%el;a 8aurine, -ue o ou'ia, #erguntou: ( -uando a$onte$erB tudo isso, en%orY — Suando &eus -uiserJ, res#ondeu o %er>ti$o 8as, ne; elibaste19, o ?lti;o #er3eito, ne; os #obres eEilados -ue o es$uta'a; e; 8orella O(s#an%a assistira; N realiDação desta #ro3e$ia 'ingadora elibaste 3oi #reso e; 1<21 e -uei;ado e; 6illerouge!Ter;en\s OAude
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elibaste 3oi traído #or Arnaud iere, u; 'erdadeiro agente se$reto da In-uisição -ue, tendo $onseguido gan%ar a sua $on3iança, o ;andou #render e; Tir'ia
UM CRISTIANISMO RENOVADO UMA MODA INTRANSIGENTE ão sabe;os eEata;ente de -ue doutrinas religiosas ;ais antigas resulta o $ataris;o o$idental, ne; e; -ue ;edida $onQugou os seus di'ersos $ontributos #ara realiDar u;a síntese original o #lano #ura;ente ;oral, #ode $onsiderar! se -ue ele se ins$re'e nu; ;o'i;ento ;uito ;ais 'asto de regresso ao e'angelis;o #ri;iti'o: #retendeu ser o 'erdadeiro $ristianis;o dos A#@stolos M #or isso -ue > eE#li$B'el, e; grande #arte, a #artir do #r@#rio $ristianis;o: E%angelho de Xoão, ;uitas #assagens do ntigo &estamento, 'Brias a3ir;açGes de Paulo #ode; 3a$il;ente ser inter#retadas no sentido dualistaK e os $Btaros nun$a deiEa; de os $itar $o;o #ro'as da 'erdade da sua #r@#ria doutrina o #lano 3ilos@3i$o, o $ataris;o > u; dualis;oK e, ;es;o antes de $itar as di'ersas origens #ossí'eis do 3en;eno, > ne$essBrio tentar de3inir este dualis;o, ter;o bastante 'ago e -ue $o;#orta ;ais do -ue u;a inter#retação doutrinai grande #roble;a -ue #are$e ter gerado a tentação dualista — e -ue ta;b>; se;#re $onstituiu u; obstB$ulo #ara todos os te@logos — > o #roble;a do 8al Pode;os, #ois, resu;ir o #roble;a, ou a ang?stia, $o;o ta;b>; se #oderia diDer: $o;o #de u; &eus bo;, u; &eus de a;or, #er;itir a eEistn$ia do 8alY Todos os es3orços dos te@logos se $on$entrara; geral;ente na $on$iliação da ideia de u; $riador #er3eito $o; a realidade de u; ;undo ;au Alguns #retendera; retirar a &eus toda a res#onsabilidade do #e$adoK &eus $riou u; uni'erso #er3eito, N sua i;age;: > o #araísoK ;as $on$edeu ao %o;e; o li're arbítrio e 3oi o %o;e; -ue, re'oltando!se $ontra o Criador, es$ol%eu o 8al (sta $on$e#ção resiste di3i$il;ente N anBlise, #ois o#Ge!se N noção de u; &eus todo! #oderoso e o;nis$iente Co; e3eito, ao $on$eder o li're arbítrio N sua $riatura, &eus de'eria saber a utiliDação -ue dele seria 3eita, o -ue e-ui'ale a diDer -ue ele $riou $iente;ente u; ;undo ;au: so;os $onduDidos a u;a $ontradição insol?'el — ou, então, &eus não > bo; iEe;os esta ideia: 'oltare;os a en$ontrB!la, e;bora sob 3or;a di3erente utros te@logos tentara; rodear a di3i$uldade es$a;oteando o 8al: o 8al não eEiste (Eiste a#enas u; e; relati'oK toda a $riação > arrastada #ara u; 'asto #ro$esso as$endente -ue a $onduD #rogressi'a;ente ao e; su#re;oK -uando 3ala;os do 8al, trata!se, na realidade, de eta#as inter;>dias (sta 'isão #ode ser intele$tual;ente sedutora ão i;#ede, e não eE#li$a, e; toda a sua dolorosa a$uidade, a eEistn$ia do so3ri;ento sob as suas 3or;as ;ais ;onstruosas Co;o assi;ilar a u; be; ;enorJ ou a u;a eta#a inter;>diaJ todos os %orrores -ue abunda; na %ist@ria %u;ana, torturas, geno$ídios, 'iolaçGes, et$Y
(ntão, os dualistas #ro#Ge; outra solução, tal'eD $%o$ante N #ri;eira 'ista, $erta;ente di3í$il de ad;itir #ara es#íritos -ue ;ergul%ara; na ideia de u; &eus ?ni$o, $riador de todas as $oisas, ;as #elo ;enos, re$on%eça;o!lo, rigorosa;ente l@gi$a ão 3oi &eus #er3eita;ente #uro e bo; -ue 3abri$ou este uni'erso #leno de in3;ias e desonras A;or s@ #ode gerar o A;or @dio s@ #ode ser $on$ebido #elo @dio, e 3oi o 8al -ue $riou o 8al Por outras #ala'ras, no iní$io dos te;os, não %a'ia u;a, ;as duas di'indadesK u; &eus absoluta;ente bo;, -ue $riou tudo o -ue o Vni'erso $ont>; de A;or, de #ureDa, de e;K e u; &eus absoluta;ente ;au, a -ue; de'e ser i;#utado todo o 8al do uni'erso (stas duas $riaçGes $ontradit@rias ;isturara;!se #ara #roduDir o ;undo tal $o;o o $on%e$e;os e, ;ais #arti$ular;ente, a %u;anidade esta #ers#e$ti'a, > e'idente -ue o destino es#iritual do %o;e; $onsiste e; eli;inar a $riação ;B -ue te; dentro de si, #ara se $onsagrar, se identi3i$ar inteira;ente ao e; M este o #onto de #artida 8as, desta $on$e#ção de base de$orre; 'Brias doutrinas -ue #ode;os ligar a duas grandes $orrentes: o dualis;o absolutoJ e o dualis;o ;oderadoJ (ste #ensa;ento, -ue $onstituirB a #r@#ria essn$ia do $ataris;o, en$ontra!se QB, e; ger;e, e; $ertos #ensadores $ristãos, e ;es;o nos ;ais o3i$iais, tal $o;o anto Agostin%o ou outros, ;enos $>lebres, $o;o La$tn$io ou rígenes &e 3ato, #ode;os a3ir;ar -ue estes 3il@so3os a#oiara; todas as ideias -ue, le'adas Ns suas eEtre;as $onse-un$ias, sugerira; aos $Btaros, ;ais tarde, a teoria dos dois #rin$í#ios antagni$os, o e; e o 8al grande #roble;a, #ara os dualistas, $onsiste e; saber se os dois #rin$í#ios $riadores são iguais e; 'alor e e; #oder M a-ui -ue inter'>; a di3erença essen$ial entre o dualis;o $Btaro e o ;ani-ueís;o Para os $Btaros, o e; não > sus$e#tí'el de nen%u;a trans3or;ação M i;utB'el — se;el%ante ao PaiJ 8al, #elo $ontrBrio, estB suQeito N instabilidade, N $orru#ção Oat> N ;aterialiDação, u;a 'eD -ue os ;aus es#íritos 3orni$a; as 3il%as dos %o;ens V; s@ #ode 3aDer o e; outro #ossui o 3unesto do; da liberdade — i;age; ;oral da trans3or;açãoK e QB anto Agostin%o a3ir;a -ue, na $riatura, o li're arbítrio se 'olta se;#re #ara o 8al: a 'erdadeira #er3eição não $onsiste e; ser absoluta;ente inde#endente do 8al e não e; #oderJ 3aD!loY s dois #rin$í#ios são, #ortanto, de essn$ia 3unda;ental;ente di3erente 8as #ossue;, #ara os $Btaros, u; #onto $o;u;: são es#íritos, en-uanto, #ara o antigo ;ani-ueís;o, o #rin$í#io do 8al era essen$ial;ente ;at>ria, bestialidade ;onstruosa, desorde; absoluta, a$aso $ego A be; diDer, > eE$essi'a;ente di3í$il ligar o $ataris;o a doutrinas ou ;o'i;entos anteriores #re$isos Pode;os, -uando ;uito, des$obrir, e; deter;inadas $orrentes, ele;entos, ou antes tendn$ias, -ue #re3igura; o
$ataris;o Trata!se de ;o'i;entos e; geral ;uito #ou$o $on%e$idos #or sere; ;uito li;itados no es#aço e no te;#o (n$ontra;!se, assi;, duas $on$e#çGes nitida;ente dualistas e; (s#an%a, de <7+ a <5+, entre os #ris$ilianos 8ais i;#ortantes são os bogo;ilos da ulgBria — 'oltare;os a este $aso o entanto, as origens ;ais e'identes do $ataris;o Oe;bora se; d?'ida, ;enos eE$lusi'as e ;enos diretas do -ue se $%egou a a3ir;ar $ontinua; a ser as gnoses Qudias e $ristãs, assi; $o;o, e; larga ;edida, o antigo ;ani-ueís;o $uQo ;>todo 3unda;ental > idnti$o, não obstante $on$lusGes ;uito di3erentes $ataris;o #ode ser $onsiderado u;a gnose, #ois #retende libertar as al;as #or ;eio de u; $on%e$i;ento total Osobretudo o do e; e do 8alK e; seguida, o $ataris;o desen'ol'eu u; $onte?do esot>ri$o, #erante as 3@r;ulas tradi$ionais do $ristianis;o: os seus $o;entBrios sobre o Pater são #er3eita;ente re'eladores a este res#eito Al>; disso, eEiste; in$ontestB'eis se;el%anças entre a doutrina #ro#osta #or 8an\s 8ani -uanto N $riação do 8al e o #onto de 'ista $Btaro 8as, este $on3ronto ideol@gi$o não basta #ara #ro'ar -ue o $ataris;o de$orre direta;ente do ;ani-ueís;o &e -ual-uer ;odo, ignora;os #rati$a;ente tudo sobre o 'erdadeiro #ensa;ento dos #ri;eiros ;o'i;entos dualistas — ou neo;ani-ueus — surgidos e; rança e na (uro#a $idental #or 'olta do s>$ulo FI s %er>ti$os -uei;ados e; rleães, e; 1+22, seria; 'erdadeira;ente dualistas e, se o era;, as suas $renças #re3igura'a; as dos $Btaros o$$itni$os de 12+9Y Te;!se 3alado ;uito de 3iliação entre $Btaros e ;ani-ueus, #or inter;>dio dos bogo;ilos b?lgaros e, anterior;ente, dos #auli$ianos -ue surgira; no I;#>rio biDantino, entre o s>$ulo 6III e o s>$ulo F Cite;os, entre as #ri;eiras seitas dualistas geral;ente ligadas ao ;ani-ueís;o 1: os phound1ites, os 2oudoug3res, os babounis, os pophles e os bugres. &os $Btaros aos bogo;ilos e dos bogo;ilos aos #auli$ianos, o #arentes$o #are$e bastante indis$utí'el 8as, ;uito ;ais do -ue #elo ;ani-ueís;o, as #ri;eiras $orrentes dualistas o$identais 3ora; ins#iradas #ela tradição $ristã #ri;iti'a, ela #r@#ria ;uitas 'eDes ei'ada, no riente, de Doroastris;o e de gnosti$is;o o entanto, desde -ue surgiu o $ataris;o, os seus ad'ersBrios assi;ilara;!no, $o; algu;a raDão a#arente, a u; ;ani-ueís;o e at>, ;uito eEata;ente, ao ;ani-ueís;o de 8ani -ue, na >#o$a de anto Agostin%o, era ainda ;uito #oderoso e; $ertas regiGes do I;#>rio o;ano, #arti$ular;ente e; .3ri$a ão eEiste nen%u;a raDão #ara não atribuir $o;o $ausa do a#are$i;ento na $$itnia, e e; outros lo$ais, de di'ersos ;o'i;entos %er>ti$os, a #ersistn$ia de antigos n?$leos ;ani-ueus Oesta religião > assinalada e; <44 no ul da Blia, na A-uitnia, e de#ois e; (s#an%a, no 3i; do s>$ulo I6 M sabido -ue alguns $ristãos ;ani-ueusJ se ;anti'era; na Pro'ença at> u;a >#o$a bastante tardia tro'ador ai;undo >raut diD!nos, e; 4ida de Santo 1
oi o grande ;o'i;ento esot>ri$o da IgreQa $ristã #ri;iti'a A eli;inação dos gn@sti$os #elo #a#ado orientou o $ristianis;o #ara u;a 'ia resoluta;ente esot>ri$a, intensi3i$ando a #olitiDação e o $esaris;o da IgreQa ro;ana
5onorato — ins#irada nu; original latino: 4ita sancti 5onorati -ue n@s #ossuí;os — -ue irart de 6iena, 3il%o de a";e, a#oia'a, nessa >#o$a, os ;ani-ueus de Aries $ontra os 3i>is de anto Ronorato -ue se tin%a tornado ar$ebis#o desta $idade (n'iou u; eE>r$ito -ue derrotou anto Ronorato e instalou, no seu lugar, o ;ani-ueu e'i 8as o rei de rança, tendo $on%e$i;ento da notí$ia, a$orreu $o; as suas tro#as, desa3iou irard #ara u;a grande batal%a e retirou!l%e todas as terras #o'o de Aries $%a;ou, então, anto Ronorato e eE#ulsou e'i e todos os %er>ti$os -ue 3ugira; #ara Toulouse, onde ainda se en$ontra;J Trata!se $erta;ente de lendas $a'aleires$as do Ci$lo de Carlos 8agnoJ onde Pe#ino, Carlos 8agno e os seus barGes dese;#en%a; o #a#el %abitualK e des$on3ia;os de -ue ai;undo >raut, ;orto e; 1<24, 3oi tentado a #roQetar sobre este #assado 3abuloso os a$onte$i;entos -ue ti'era; lugar no Languedo$ e; 12+9 e -ue não esta'a; assi; tão longeK e a trans3or;ar irart de 6iena no #rede$essor dos grandes sen%ores o$$itni$os #rotetores da %eresia, e do rei $arolíngio, o #ri;eiro $ruDadoJ 8as, $o;o #oderia in'entar estas lutas, tão $ontrBrias aos %Bbitos e $ostu;es da sua >#o$a, -ue e3eti'a;ente in$ita'a;, nas $o;unidades $ristãs do s>$ulo 6, #ara eleição dos bis#os, os ;ani-ueus -ue #retendia; ser os ?ni$os bons $ristãos e os outros, -ue se re$la;a'a; do $atoli$is;o ro;anoY Por outro lado, ai;on >raut > o ?ni$o es$ritor da Idade 8>dia, -ue eu saiba, -ue, e; 'eD de ligar o $ataris;o a u; ;ani-ueís;o te@ri$o, sugere u;a 3iliação #re$isa: os ;ani-ueus de Aries eE#ulsos da Pro'ença, #arte; #ara Toulouse, en'ergon%ados e irritados O#ue s6en %an a &holosa %ergo0nos e irat e in3esta; a $idade $o; a sua %eresia Oe an de l6heregia bautugat la ciptat( e, a$res$enta, ainda lB estaria; se não ti'esse; sido destruídos #elo 3ogoH Tal'eD ;ais $ara$terísti$as, senão ;ais $on'in$entes, são as tradiçGes -ue se re3ere; ao 8ont!`i;er, e; C%a;#agne (; 1+=2, 1+=5 e, de#ois, e; 11==, este lo$al a#resenta!se $o;o u; $entro de neo;ani-ueís;o (; 12<9, realiDou! se aí u; auto!de!3> na #resença do $onde de C%a;#agne, T%ibaut le C%ansonnier, e do ;onge do;ini$ano obert, grande in-uisidor e antigo %er>ti$o, -ue -uei;a'a $o; o @dio do a#@stata todos a-ueles -ue, outrora, o tin%a; adorado n?;ero de 'íti;as ele'ou!se a $er$a de 15+ ra, > $urioso -ue nu; di$tJ 3ran$s, #ubli$ado e; 155< #or aston a"naud, o !ict de la 7ument du !iable, onde se alude a este auto!de!3>, seQa; igual;ente a#ontadas tradiçGes ligadas ao 8ont!`i;er e res#eitantes ao antigo ;ani-ueís;o XB Alb>ri$ des Trois!ontaines tin%a 3alado de ortunato -ue, eE#ulso de .3ri$a #or anto Agostin%o, se teria 'indo estabele$er e; C%a;#agne, onde teria $on'ertido N sua doutrina u; $%e3e de bandidos $%a;ado `i;er #oeta de La 7ument du !iable ensina!nos, #or seu lado, -ue este `i;er teria sido eE#ulso da Lo;bardia #or anto Agostin%o Co;o > e'idente, não de'e;os atribuir a estas lendas ;ais $r>dito do -ue elas ;ere$e; o entanto, a re3ern$ia -ue 3aDe; a ortunato > de'eras #erturbadora i$a;os $o; a i;#ressão de -ue o $ronista e o #oeta ;isturara; tudo: a $ronologia e a %ist@ria A Lo;bardia a#resenta!se! nos, se; d?'ida, $o;o u;a re$ordação da #er;ann$ia de anto Agostin%o e; 8ilãoK tal'eD #or se saber, no s>$ulo FIII, -ue o $ataris;o tin%a sido traDido da Lo;bardia 8as, #or -ue > -ue ortunato não 'eio #ara C%a;#agne e #or -ue >
-ue não $on'erteu `i;erY In3eliD;ente, des$on%e$e;os -uais as $renças eEatas de Leutard, esse $%a;#an%s -ue -uebra'a as $ruDes e se re$usa'a a #agar as díDi;as eria o des$endente desses bandidosJ $on'ertidos ao ;ani-ueís;o #or ortunatoY Teria #assado #ara a %eresia sob in3lun$ia de ;issionBrios bogo;ilos -ue teria; si;#les;ente reani;ado, e; 8ont!`i;er, u; antigo n?$leo de ;ani-ueís;o ro;anoY 8as, serB #ossí'el -ue estes ;issionBrios ten%a; $%egado at> C%a;#agneY Ad;ite!se geral;ente -ue o $ataris;o o$$itni$o 'eio da ulgBria, #assando #ela CroB$ia e #ela Lo;bardiaK 6eneDa dese;#en%ou $erta;ente u; #a#el i;#ortante nesta trans;issão, e;bora o seu #er$urso da Pro'ença ao Languedo$ não esteQa $lara;ente deter;inado e ;uito ;enos a ;aneira $o;o atingiu rleães e C%a;#agne, ainda antes de se ter ;ani3estado no Languedo$ a 'erdade, as duas %i#@teses não são absoluta;ente $ontradit@rias (Eistira;, se; d?'ida, e; rança e na (uro#a $idental ressurgn$ias ;ani-ueias — as do s>$ulo FI — -ue nada de'e; N #ro#aganda bogo;ila, ou -ue 3ora; si;#les;ente reati'adasJ #or elaK e outras -ue l%e de'e; #rati$a;ente todo o seu $onte?do ão Qulgo $on'eniente alargar!;e ;ais sobre estas -uestGes $ontro'ersas -ue > $erto > -ue, e; 11/7 — ou 1172 — u; #o#e da IgreQa dualista de Constantino#la, i$etas, $uQas $renças de$orria; das da IgreQa de &rago'i$i Odualista absoluta e 3undada, diDia!se, #elo #r@#rio 8ani #residiu a u; $on$ilio $Btaro e; aint!>liE!de!Cara;an e #assou #or 'erdadeiro $%e3e es#iritual, re$on%e$ido #or todos a #resença de nu;erosos bis#os, entre os -uais se en$ontra'a; ernard de i;orre, bis#o de Car$assonne, e ernard ai;on, bis#o de Tolouse, i$etas #ro$edeu a u;a organiDação ad;inistrati'a, deli;itou as dio$eses $Btaras de Albi, de Toulouse, de Agen, de Car$assonne, de rançaJ e da Lo;bardia, e realiDou 'Brias ordenaçGes (; #arti$ular, $on3eriu o consolamentum, a i$ard Celerrier, bis#o de Albi eQa -ual 3or, #ois, a orige; do bogo;ilis;o e deiEando de lado o #roble;a de saber se resulta dos #auli$ianos, e sobretudo dos #auli$ianos do antigo ;ani-ueís;o, de'e;os atribuir a 11/7 Oou 1172 não, $o;o > e'idente, o a#are$i;ento do $ataris;o o$$itni$o, ;as a sua $onstituição $o;o doutrina organiDada A #artir de 11/7 ou 1172, in3le$tiu 3iloso3i$a;ente no sentido do dualis;o absoluto (, esta deter;inação ideol@gi$a $oin$ide $o; a sua i;#lantação no Languedo$ e $o; a instalação da sua %ierar-uia no -uadro de dio$eses be; deli;itadas ão de'e;os eEagerar a sua rigideD dog;Bti$a: eEistira; se;#re, neste dualis;o absoluto in3iltraçGes ;itigadasJ, resultantes do $atoli$is;o, ou dos 'aldenses, ou dos #r@#rios bogo;ilos Co;o ainda #ensa;, atual;ente, alguns $ientistas b?lgaros, a 3ra$ção bogo;ila dos dualistas ;oderados ta;b>; tin%a en'iado ;issionBrios #ara rança #ara $ontrariar a in3lun$ia dos absolutistasJ $ataris;o o$$itni$o e sobretudo o $ataris;o italiano so3rera;, entre 11/7 e 1<++ 'ariaçGes -ue os a#roEi;ara; de u; ou de outro dualis;o 8as, de'e;os ad;itir -ue, no $onQunto, os o$$itni$os se;#re se ;anti'era; 3i>is — $o;o os
albanenses de ItBlia — N doutrina absolutista bogo;ila &e resto, os $ontatos intele$tuais nun$a deiEara; de eEistir entre a $$itnia, a ItBlia e a CroB$ia Obogo;ila, e > #ossí'el, $o;o #are$e; estabele$er alguns do$u;entos, -ue ten%a eEistido na CroB$ia ou na @snia u; #a#aJ do dualis;o absoluto, na realidade si;#les ;estre es#iritualJ re$on%e$ido si;ultanea;ente #elos %er>ti$os de rança, da ItBlia e da Rungria artolo;eu de Car$assonne #are$e ter sido o seu re#resentante e; Albigense2 as '>s#eras da $ruDadaJ O12+9, o $ataris;o en$ontra!se solida;ente enraiDado no Languedo$ $lero, os bis#os e os diB$onos en$ontra;!se a #ostos A sua ação estende!se #rogressi'a;ente a todas as $a;adas da #o#ulação: sen%ores, #e-uenos $a'aleiros, burgueses, $o;er$iantes, artí3i$es, $a;#oneses As ;ul%eres, sobretudo, en$ontra;!se gan%as #ara a $ausa (; 124+, a"nier a$$oni $onta doDe IgreQas ou bis#ados e; rança, na $$itnia e na ItBlia: e; rança, a IgreQa de rançaK na ItBlia: a IgreQa dos albanenses< O&esenDano, a IgreQa de Con$oreDDo, as de agnolo, de 6i$en$e, de lorença, do 6ai de #ol\teK na $$itnia, as IgreQas de Toulouse, de Albi, de Car$assonne, de Agen ONs -uais de'e;os a$res$entar a IgreQa de aD\s, $riada e; 1224 #elo $on$ilio $Btaro de Pieusse Aude e $uQa eEistn$ia a$$oni #are$e ter des$on%e$ido Al>; disso, eEistia; no riente e no I;#>rio biDantino: a IgreQa da (s$la'@nia O&al;B$ia, a dos Latinos de Constantino#la, a IgreQa grega de Constantino#la, a IgreQa de ilad>l3ia da o;nia OI;#>rio biDantino, a IgreQa da ulgBria Odualis;o ;oderado, a IgreQa de &rago'i$i Odualis;o absoluto
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C% T%ouDellier: 8n trait" cathare in"dit du d"but du 9::: si3cle, segundo o Liber contra manicheos, de &urand de Rues$a OPubli$ations uni'ersitaires de Lou'ain, 19/1, ## <+, <1 < Albanenses: o ter;o 'e; de AlbniaJ A ;aior #arte dos 3undadores do $ataris;o italiano ins#ira'a;!se no bogo;ilis;o dBl;ata e albans
RITOS ARCAICOS. UMA ESPIRITUALIDADE NOVA. Possuí;os u; n?;ero ;uito reduDido de obras dog;Bti$as es$ritas #or $Btaros: dois rituais, u; e; o$$itni$o, outro, in$o;#leto, e; lati;, #ubli$ado #elo P &ondaine Ode#ois do Li%ro dos dois princpios, u; &ratado );taro anni;o do s>$ulo FIII, atribuído a artoio;eu de Car$assonne 1 e inserido no Liber contra Manicheos, de &urand de Rues$a, -ue o $ita #ar$ial;ente #ara o re3utar O(d T%ouDellier, Lo'ain, 19/= e o Li%ro dos dois princpios O Liber de duobus principiis, atribuído ao italiano Xean de Lugio2 O(d &ondaine, o;a, 19<9 A estas -uatro obras $on'>; a$res$entar u;a pologia );tara e u;a /losa sobre o Pater, 3igurando nu; ;anus$rito da Coleção 6aldense de &ublinJ e re$ente;ente #ubli$adas #or 8 6en$feleer O19/+ (stes tratados 3orne$e; in3or;açGes #re$iosas — o Li%ro dos dois princpios sobretudo — sobre #ontos i;#ortantes da doutrina, ;as nun$a a eE#Ge; no seu $onQunto ne; de ;odo $ontínuo &e tal ;aneira -ue > ne$essBrio re$orrer, #ara tentar $o;#reend!la ;el%or, ao -ue dissera; os $ontro'ersistas $at@li$os e ao -ue nos ensina; os do$u;entos da In-uisição ão se trata de du'idar siste;ati$a;ente dos es$lare$i;entos 3orne$idos #elos $ontro'ersistas: li;ita;o!nos a la;entar -ue, #or 'eDes, ten%a; trans;itido de ;odo #ou$o ;et@di$o as teorias dos seus ad'ersBrios se; sublin%ar, $o;o teria sido ne$essBrio, as arti$ulaçGes dial>ti$as essen$iais Pri'ado do seu $onteEto eE#li$ati'o, o #ensa;ento $Btaro #ode #are$er ;ais #obre e ;enos $oerente do -ue se a#resenta'a aos -ue o elaborara; es#írito da >#o$a ordena'a -ue se atribuísse tanta i;#ortn$ia, ou ;ais, a #e-uenas di3erenças re3erentes aos dog;as e aos ritos $o;o Ns grandes di3erenças ;eta3ísi$as (n$ontra!se, #ortanto, tudo no ;es;o #lano: os $ara$teres 3unda;entais do dualis;o, as #res$riçGes ;orais -ue daí de$orre; e o $eri;onial religioso Suanto aos do$u;entos da In-uisição, es$lare$e;!nos sobretudo, tendo e; $onta -ue os %er>ti$os interrogados era;, ;uitas 'eDes, bastante ignorantes e; 3iloso3ia e teologia, sobre o $ataris;o #o#ular re#leto de lendas #ueris e de ;itos Assi;, s@ de'e;os utiliDar estes ;itos $o;o 3ontesJ -uando esti'er;os $ertos de -ue QB se en$ontra'a; so$ialiDadosJ, no s>$ulo FIII, isto >, larga;ente di'ulgados de 3or;a ;ais ou ;enos in'ariB'el ou inde#endente, e; $erta ;edida, da 3antasia $riadora indi'idual ( > ta;b>; ne$essBrio $on%e$er o seu signi3i$ado abstrato $lara;ente 3or;ulado #or u; $Btaro inteligenteK ou, rigorosa;ente, -ue este signi3i$ado abstrato e;erQa de i;ediato e se; d?'idas 1
artolo;eu ou art%>l>;" 3oi, nos anos 122+, u; dos ;ais ardentes #ro#agadores do $ataris;o na dio$ese de Agen, da -ual era res#onsB'el 2 Xean de Lugio ou de erga;e Con%e$e;o!lo atra'>s de a"nier a$$oni: Summa de catharis, reeditado #or A &ondaine OIstituto stori$o do;eni$ano, !abina, o;a, 19<9
#ossí'eis do si;bolis;o 3igurado: os $Btaros 3orne$era; ;uitas 'eDes a eE#li$ação dos seus a#@logos ou exempla. @ esta eE#li$ação de'e ser 3iEada -ue signi3i$a -ue a inter#retação das lendas grosseiras — Ns -uais se reduD, #ara ;uitos %eresi@logos, a doutrina dualista — de'eria ser reser'ada aos etn@gra3os ou aos #si$@logos do in$ons$iente, -ue $o;eteria;, na ;at>ria, ;uito ;enos erros do -ue os %istoriadores das religiGes M ;ais #rudente e ;ais $ientí3i$oJ, de -ual-uer ;odo, eE#li$ar o ;ito #ela doutrina do -ue a doutrina #elo ;ito M tradição — e;bora os #r@#rios %er>ti$os nun$a ten%a; utiliDado esta ter;inologia de;asiado radi$al e N -ual 3arei ;uitas reser'as na #arte deste li'ro $onsagrada N sua 3iloso3ia — distinguir, e; rança e e; ItBlia, os dualistas ditos absolutos dos dualistas ;oderados a ItBlia, os concorenses Oregião de Con$oreDDo, 8ilans igual;ente $%a;ados garatenses nos anos 12=+ Odo no;e de u; dos seus #ri;eiros bis#os, arat%us era; dualistas ;oderadosK os albanenses Oregião de &esesDano, lago de arde, dualistas absolutos (; rança, ad;ite!se -ue, #elo ;enos a #artir de 11/7 Odata e; -ue se reuniu o 3a;oso $on$ilio de Cara;an e sob a in3lun$ia do #o#e i$etas <, -ue o #residiu, a ;aior #arte dos $Btaros o$$itni$os era; albigenses OAlbigense, isto >, dualistas absolutos Para si;#li3i$ar, 3iEare;os #ro'isoria;ente, no -ue se re3ere aos seus dog;as e ;itologias religiosas res#e$ti'as, esta di'isão $lBssi$a e $;oda e; dualis;o absoluto e ;oderado O dualismo moderado
(;bora englobe ;uitas di3erenças bastante di3í$eis de distinguir, e a des#eito de i;#li$açGes ideol@gi$as ;uito $o;#leEas e $ontradit@rias, o dualis;o dito ;oderadoJ #ode, es-ue;ati$a;ente, asse;el%ar!se a u;a $on$e#ção ;onistaK N #artida, os dualistas ;oderados ad;ite; a eEistn$ia de u; &eus ?ni$o, de u; Criador uni'ersal, do -ual resulta; todas as $oisas, in$luindo o 8al, atã, o In3erno, et$ obre este #onto $a#ital, o dualis;o ;oderado não estB #ois, e; #ro3unda $ontradição $o; a doutrina $ristã tradi$ional Por outro lado, a3asta!se notoria;ente das bases da doutrina dualista, tal $o;o as eE#use;os anterior;ente 8es;o na segunda 3ase da $riação do ;undo, o dualis;o ;oderadoJ ;ant>;!se relati'oJ &eus $riou, o &iabo -ue, #ri;eira;ente, es#írito bo;, se $orro;#eu, e; seguida, e se re'oltou $ontra seu Pai Alguns destes dualistas ;oderados $%egara; a atribuir dois 3il%os a &eus: Xesus Cristo e Lu$ibel — ou antes, Lu$i3er At> aí, nada de ;ais $on3or;e ao #onto de 'ista dos $ristãos ortodoEos, #ara os -uais Lu$i3er > ta;b>; il%o de &eus i;#les;ente, Lu$i3er, trans3or;ado e; atã e eE#ulso #elo #ai, de$idiu edi3i$ar u; ;undo -ue 3osse u;a $riação sua A-ui, as o#iniGes di'erge; <
i$etas 3oi #o#e da IgreQa $Btara de Constantino#la, e; 117+
egundo uns, atã teria $onstruído o seu uni'erso a #artir de ele;entos #r>! eEistentes, $riados #or &eus, e $orro;#idos #ela sua in3ernal inter'ençãoK segundo outros, teria inserido estes ele;entos di'inos nu;a organiDação i;#er3eita rdenou, #ois, de $erto ;odo, a ;at>ria, di'idiu os ele;entos, realiDou a sua $riação ;aligna, 3abri$ou os $or#os, se;#re $o; a #er;issão do 'erdadeiro &eus -ue #retendia, $o;o o &eus de La$tn$io, -ue %ou'esse 'ariedade e 3orças antagni$as no Vni'ersoJ atural;ente, os #oderes $riadores do &iabo era; ;uito li;itados ão 3oi $a#aD de ani;ar os aut;atos de la;a -ue 3abri$ou se; a aQuda de &eusH Pediu, #ortanto, a &eus anQos in3eriores, de boa 'ontade, -ue, ;eio N 3orça, ;eio $ontrariados, a$abara; #or se deiEar en$errar e; $or#os utros ;itos $onta; -ue Lu$i3er seduDiu #ri;eira;ente os anQos, os isolou e; $or#os se#arados — (les $%orara; -uando se 'ira; se#arados e di3erentesJ Odissimiles forma — e 3orçou u;, Adão, a realiDar $o; outro O('a a $@#ula $arnal 8as, o seu #oder sobre eles 3oi se;#re #re$Brio egundo u; destes ;itos, &eus so#rou sobre a estBtua de argila #ara a ani;ar, a #edido de Lu$i3erK ;as, logo -ue se 'iu ani;ada, a estBtua eE$la;ou: Lu$i3er, QB não sou tuaZH (stes anQos $ati'os, Adão e ('a e os seus des$endentes, #oderão, no 3inal, ;ere$er a sal'ação: #ossue; o li're arbítrio e 3aDe; o be; ou o ;al segundo a sua natureDa, ;as li're;ente erão Qulgados, no 3i;, a #artir dos seus ;>ritos, e al$ançarão o in3erno eterno ou o #araíso &eus, #or>;, te'e #iedade deles (, e; #ri;eiro lugar, de Adão e ('a, aos -uais #erdoou -uando eE#irou o #eríodo destinado ao seu eEílio e Ns suas ;igraçGes — s@ %ou'e, #ensa;os, ;igração de $or#o e; $or#o #ara o #ri;eiro $asal Con$edeu si;ultanea;ente a #ossibilidade de sal'ação Ns al;as -ue resulta'a; deles O#ois os dualistas ;oderados não a$redita'a; nas rein$arnaçGes, ;as #ro3essa'a; o traducianismo< segundo esta teoria, in'entada #or Tertuliano #ara eE#li$ar a trans;issão do #e$ado original, e -ue anto Agostin%o ado#tou durante algu; te;#o, e, de#ois, abandonou, a al;a das $rianças > gerada #ela al;a dos #ais, tal $o;o os $or#os sae; dos seus $or#os eD, #ois, $o; -ue des$esse N terra o seu il%o — ou 6erbo — Xesus Cristo, assi; $o;o o (s#írito anto obre a natureDa do il%o e do (s#írito anto, os de3ensores do dualis;o ;oderado ne; se;#re estão de a$ordo: alguns a$eita;!nos $o;o in3eriores ao Pai utros identi3i$a;!nos $o;#leta;ente a &eus, ;antendo!se 3i>is N indissol?'el Trindade Pai!il%o!(s#írito anto Para os dualistas ;oderados, e ta;b>; #ara os dualistas absolutos, a ;issão de Xesus Cristo re3ere!se essen$ial;ente ao seu ensina;ento sa$ri3í$io de Cristo não #ossui 'alor 'i'o, $on$reto Pode;os at> #erguntar se se #reo$u#a'a; $o; a realidade %ist@ri$a da #ersonage; de Xesus As #arti$ularidades %ist@ri$as i;#orta; #ou$o, #ossue; a#enas 'alor si;b@li$o: o -ue $onta > o ensina;ento
Xesus não se ;ani3estou nu; $or#o real, nu; $or#o de $arne e sangue Ou;a 'eD -ue a ;at>ria > u;a $riação satni$a A sua a#arn$ia era #ura;ente 3antas;al e asse;el%a'a!se ;ais N ilusão do -ue N realidade s $Btaros en$ontra;!se, #ois, ;ais #r@Ei;os dos de3ensores do do$etis;o -ue nega; a realidade $arnal de Xesus 8as, eEiste; todos os graus no do$etis;o: uns a3ir;a; -ue Cristo assu;ira u; as#e$to ang>li$o, outros -ue o seu $or#o, $o;#osto #or u;a substn$ia #ura, liberta de toda a $orru#ção, era se;el%ante ao -ue os es#íritos e; desgraça tin%a; $on$edido ao $>u, es#erando a redenção o -ue se re3ere Ns outras entidades $elestiais, os dualistas ;oderados ne; se;#re esti'era; de a$ordo Xoão a#tista, #or 'eDes, > $onsiderado u; de;nioK ou u; en'iado de &eus: teria nas$ido a#enas de (liDabet%, #or ação do (s#írito anto A 6irge; > ora u;a ;ul%er real, ora u; anQo 'indo do $>u Qunta;ente $o; Xesus Cristo e #ossuindo a#enas, #or $onseguinte, u;a a#arn$ia de $or#o ão %a'erB ressurreição da $arne, ;as u; Xulga;ento inal O$o;o #ara os $at@li$os, a#@s o -ual — segundo $ertos dualistas ;oderados — os AnQos Adão e ('a, -ue terão atra'essado os $or#os de (no$%, de Abraão, de o> e dos #ro3etas, e obtido o seu #erdão nos $or#os de i;ão e de Ana, serão no'a;ente ad;itidos na gl@ria de &eusJ: es-ue;atis;o de reintegração bastante $urioso, tal'eD retirado da Cabala, ou antes das teorias reen$arna$ionistas dos dualistas absolutos As al;as dos Qustos serão re$o;#ensadas e en$ontrarão no C>u os seus $or#os gloriosos As dos ;aus serão $ondenadas ão eEiste o #urgat@rio ne; graus na beatitude e na $ondenação: todos os #e$ados são iguais ;undo serB des3eito O$o;o $riação satni$a e reduDido aos seus ele;entos Oo $aos original tirado #or &eus do nada &e#ois do A#o$ali#se, o de;nio %abitarB, $o; as al;as -ue ti'er seduDido, este $aos, o -ual se tornarB #ara ele u; in3erno, u; lo$al de su#lí$ios 6e;os, #or esta eE#osição rB#ida das suas doutrinas, -ue os dualistas ;oderados s@ di3eria; 'erdadeira;ente dos $at@li$os na i;#ortn$ia -ue atribuía; a Lu$i3er na $riação do ;undo e do %o;e; 3ísi$o Para os $at@li$os, Lu$i3er era o #rín$i#e do ;undo Para os $Btaros, era o seu organiDador e, #ar$ial;ente, o $riador: $o; a #er;issão e a aQuda de &eus, tin%a libertado os ele;entos Oeternos ou #erten$entes N orde; di'ina, $onsoante os ;itos e $riado os $or#os 'isí'eis 8as, o seu #a#el e o seu #oder era; te;#orBrios: &B!;e te;#o, teria dito a &eus, e de'ol'er!te!ei tudoZH s dualistas absolutos ;ostra'a;!se, e; relação ao $atoli$is;o ro;ano, ;uito ;ais radi$al;ente %er>ti$os O dualismo absoluto
@ os dualistas absolutos era; 'erdadeira;ente dualistas Para eles, eEistia; dois #rin$í#ios igual;ente eternos: u; deus do er e do e; -ue tin%a $riado todas as $oisas boas, o in'isí'el, o ;undo in$orru#tí'el dos es#íritosK e,
do outro lado, u;a aiD do 8al, u; deus ;aligno da $orru#ção, $uQa ;ani3estação ;aterial e $a@ti$a não terB 3i; (Eiste, #ois, u;a eternidade boa — in3inita;ente estB'el — e u;a eternidade ;B, a da ;at>ria, $onsistindo ;ais nu;a duração inde3inida #er#etua;ente agitada #or ;odi3i$açGes $ontradit@riasK ele;entos Oar, 3ogo, Bgua, terra de ;at>ria in$orru#tí'el, es#>$ie de #rin$í#ios es#irituais da ;at>ria, e ele;entos grosseiros e instB'eis: os -ue $o;#Ge; este ;undo=K al;as es#irituais e al;as ligeira;ente es#iritualiDadas e tal'eD #ura;ente ;ateriais OYK e; su;a, o#ondo!se N $riação lu;inosa, u;a $riação in3or;e, destinada N $orru#ção, Ns tre'as, N ;orte, ao nada #rin$í#io do 8al $onseguiu u; dia, diDe; os ;itos, a#oderar!se das al;as ang>li$as surgindo subita;ente no $>u do 'erdadeiro &eus s dualistas absolutos tin%a; o %Bbito de #roduDir 3Bbulas eEtra'agantes, ;as, #oeti$a;ente 3alando, ;uito signi3i$ati'as, #ara eE#ri;ir as $ausas e as #eri#>$ias deste dra;a $@s;i$o atã teria #ro#osto aos anQos $on$eder!l%es o li're arbítrio, isto >, o $on%e$i;ento O3ala$ioso do e; e do 8al Oo #oder de $on%e$erJ o 8al se; o 3aDerH, e, sobretudo, as alegrias inerentes ao #raDer de 'i'er: o egoís;o, o #raDer $a;al O-ue dB orige; N ;aterialiDação, a do;inação dos 3ra$os Oa %ierar-uia 3eudalH, et$ M signi3i$ati'o -ue os dois doutores de -ue; #ossuí;os os tratados, artolo;eu de Car$assonne e Xean de Lugio, não re'ele; a ;es;a i;aginação e se li;ite;, u;, a u;a si;#les $o;#ilação de $itaçGes das (s$rituras a$o;#an%adas #or bre'es $o;entBrios 3ilos@3i$osK o outro, a u;a eE#osição #ura;ente dial>ti$a &e'e;os agir $o;o eles e 3iEar a#enas a substn$ia inteligí'el destes ;itos: alguns anQos de &eus, sugere;!nos, 3ora; 'en$idos #or atã, #ela ast?$ia ou #ela 3orça -ue signi3i$a -ue não #ossuía; ne; o ne$essBrio #oder intele$tual #ara reduDir a nada o $onte?do da tentação satni$a, ne; su3i$iente 'igor nti$o #ara se o#ore; N deslo$açãoJ -ue o de;nio os obrigou a so3rer OseduDiu as suas al;asJ, e não os $or#os ou os es#íritosJ s anQos -ue #erdera; a graça di'ina não #ossuía;, #ois, o li're arbítrioK 3i$a'a; obrigados, #ara toda a eternidade, de'ido N sua insu3i$in$ia ontol@gi$a, a entrar e; de$adn$ia, a tender #ara o nadaJ endo assi;, as trs 3ases ;íti$as do dra;a $@s;i$o torna;!se ;uito $laras: a atã #enetra no $>u b eduD ou subQuga anQos #redestinados a 3aDer o ;al desde a orige; e en'ia!os #ara a terra: ;aterialiDa!os $ Luta $ontra os anQos 3i>is, ;as não $onsegue 'en$!los, #ois esta'a;, #ela sua natureDa, indissolu'el;ente ligados N sua #r@#ria essn$ia, a &eus e ao e; #e$ado 3oi, #ortanto, $o;etido no $>u, tal $o;o La$tn$io Qulga'a (Eiste; duas es#>$ies de anQos do 8al: os -ue 3ora; seduDidos e os -ue 3ora; $a#turados s #ri;eiros são os de;nios, os segundos são os %o;ens s =
(sta doutrina a#roEi;a!se das $on$e#çGes al-ui;istas baseadas nos -uatro estados essen$iais da ;at>ria, -ue $onstitue; as estruturas ideais da $riação, sendo a terra o sí;bolo do s@lido, a Bgua do lí-uido, o ar do gasoso e o 3ogo do ígneo ou radiante
dualistas absolutos ne; se;#re esta'a; de a$ordo entre si -uanto N natureDa dos #ri;eiros Vns #ensa'a; -ue os de;nios seduDidos tin%a; sido se;#re eleitos, -ue tin%a; sido $riados #elo &iabo ou -ue era; eternos, $o;o ele utros, -ue tin%a; sido $orro;#idos #elo ;au #rin$í#io, ;as #ara toda a eternidade M esse — #or 3alta de do$u;entos — u; dos #ontos ;ais obs$uros da ;eta3ísi$a $Btara &e -ual-uer ;odo, os anQos ;aus não #e$ara; li're;ente: 3ora; sub;etidos ao 8al de a$ordo $o; u;a ne$essidade inerente N sua essn$ia Tudo, no siste;a dualista, > #redestinação, tudo se #ro$essa ;e$ani$a;ente A obra do 8al > ne$essBriaK a libertação de3initi'a ta;b>; s anQos $a#turados #or atã 3i$a; de reser'a e são introduDidos e; $or#os N ;edida -ue se #roduDe; os atos $arnais &e'e; reen$arnar!se, sob 3or;a %u;ana ou sob 3or;a ani;al O;ais rara;ente — trs, sete, no'e 'eDes ou ;ais —, at> a#rendere;, #or u;a es#>$ie de eE#erin$ia #assi'a, -ue a in3eli$idade $oin$idia $o; o 8al e -ue era i;#ortante e'itB!los a a;bos ;e$anis;o das reen$arnaçGes s@ ter;inarB -uando todas as al;as ti'ere; sido sal'as4 Para $ada indi'íduo, o $i$lo das reen$arnaçGes salda'a!se obrigatoria;ente $o; o a$esso a u; $or#o #er3eito, no -ual re$ebia o consolamentum. Alguns $Btaros de3endera; -ue, tratando!se de u;a ;ul%er, a ?lti;a en$arnação tin%a lugar nu; $or#o ;as$ulino 8as, esta $rença não #are$e ter sido #artil%ada #elos #er3eitos ilu;inados -ue #ro3essa'a; -ue a al;a não > seEuada e -ue não eEiste; no $>u %o;ens e ;ul%eres o 3inal, todas as al;as $riadas #or &eus serão sal'as As -ue não o 3ore; não #erten$e; ao bo; &eus o'a di3i$uldade, ligada N -ue assinalei anterior;ente: $o;o #ode; eEistir es#íritos, $riados #elo &eus dos es#íritos, -ue não regresse;, no 3inal, N sua orige;Y eria; al;as ;ateriais, %íli$asJ, se;el%antes Ns dos de;nios do antigo ;ani-ueís;o, grosseiras e bestiaisY u teria; sido ;aterialiDadas #ara toda a eternidade, e ne$essaria;ente #ela $orru#ção uni'ersal -ue, #or direito, #ode atingir toda a $riação di'ina, ;as -ue, na 'erdade, s@ niiliDaJ as entidades -ue, #or natureDa, estão #redestinadas a a;ar o adaY o 3inal dos Te;#os, a organiDação do ;undo satni$o serB destruída/ 8as atã substituirB se;#re $o; o $onQunto dos ele;entos $a@ti$os A Terra, abandonada #or todas as boas entidades e al;as libertadas, arderB e tornar!se!B no 'erdadeiro in3erno, isto >, nu; lo$al natural e eE$lusi'o do &iabo, entregue a si ;es;o 8o'er!se!B, então, na sua eternidade i;#otente, in$a#aD de atingir o ser e de o $orro;#er ada ;ais #oderB 3aDer $ontra o &eus da luD e $ontra os Qustos &estas a3ir;açGes #ode;os deduDir a eEtre;a $o;#leEidade deste siste;a e o subtil e-uilíbrio e; -ue assenta Con'>;, #ois, sublin%ar $ertos 4
(sta $on$e#ção a#roEi;a!se ;uito da teoria %induista do Uar;a e, e; #arti$ular, do #ensa;ento '>di$o ;ais re$ente, $o;o o de u; Aurobindo, -ue integrou o e'olu$ionis;o o$idental no siste;a tradi$ional / Co;o a $riação era essen$ial;ente u;a su$essão te;#oral, os $Btaros identi3i$a'a; o te;#o ao 8al
#ontos -ue, $onsiderados isolada;ente, #ode; #are$er bastante obs$uros e -ue s@ #odere;os $o;#reender se os $olo$ar;os na 'isão de $onQunto do $ataris;o Co;o o dualis;o absoluto era ta;b>; u; deter;inis;o absoluto, #odería;os não $o;#reender o #r@#rio sentido desta gigantes$a luta -ue tra'a;, na eternidade, os dois grandes #rin$í#ios do e; e do 8al V;a 'eD -ue tudo se Qoga N #artida, #odere;os 3alar de luta, se a noção de guerra, de $on3lito, i;#li$a se;#re u;a in$erteDa -uanto N solução 3inalY o;os, #ortanto, obrigados a insistir sobre u;a noção -ue di3eren$ia nitida;ente o dualis;o $Btaro do ;ani-ueís;o antigo: #ara os $Btaros, u;a 'eD -ue os dois #rin$í#ios #artil%a; entre si o uni'erso, são 3unda;ental;ente desiguais na sua natureDa e no seu 'alor A luta en$ontra!se ante$i#ada;ente gan%a #elo &eus bo;, e não #or atã, -ue >, #or essn$ia, u; ser $ego, $a@ti$o, ou at> est?#ido ( atã serB 3inal;ente derrotado, #ois no 3inal dos Te;#os as al;as #uras serão re$u#eradas #elo &eus do e;, seu $riador 8as atã, 'en$ido, não serB destruído, #ois $ontinuarB a eEistir na sua geena &aí a a3ir;ação do $arBter eterno dos dois #rin$í#ios O sistema de Jean de #ugio
Por 'olta de 12=+, o dualista absoluto Xean de Lugio, de erga;e, 3il%o ;aior do bis#o de &esenDano7, de$idiu $on3erir ;ais rigor 3ilos@3i$o ao dualis;o absoluto e resol'er as di3i$uldades -ue assinalei anterior;ente Co;#s, #ois, u; 'olu;oso tratado atual;ente desa#are$ido, ;as d@ -ual a"nier a$$oni nos legou u;a bre'e anBlise e u; $onQunto de #e-uenos tratados reunidos #elo ;es;o título: Li%ro dos dois princpios, -ue #ossuí;os As ideias ;estras de Xean de Lugio são, grosso modo, as de todos os dualistas absolutos iste;atiDou!as do seguinte ;odo: 1 As duas $riaçGes são $o!eternas $o; os seus $riadores: de$orre; deles $o;o os raios e;ana; do olJ Portanto, se;#re eEistiu o 8al, diabos, al;as $orro;#idas O#ou$o 3ir;es no seu ser, 3alsas e instB'eis 2 A $orru#ção — a obra do ;au #rin$í#io — eEer$eu de'astaçGes sobre as $riaturas do 'erdadeiro &eus: e; as estrelas são #urasJ O Stellae non sunt mundae (Eistira;, #ois, $atBstro3es nos #lanos su#eriores, e o #e$ado 3oi $o;etido no $>u Oesta ideia não > no'a: en$ontra!se na íblia onde se 'ee; anQos 3orni$ando as 3il%as dos %o;ens, e nas :nstitui*=es di%inas de La$tn$io Contudo, a $orru#ção uni'ersal > li;itada, de 3ato, #ela eE$essi'a abundn$ia de ser e de eternidade -ue eEiste no 'erdadeiro &eus e #elas #r@#rias leis da ne$essidade Oo bene3í$io das #ro'as QB não #ode ser anulado: o &iabo não #ode i;#edir -ue as al;as #or ele $orro;#idas, ;as -ue l%e es$a#ara; #elo so3ri;ento, se trans3or;e; e se to;e; in$orru#tí'eis Por outro lado, &eus > 7
3il%o ;aior era o alter ego e o su$essor do bis#o Tin%a $o;o adQunto o 3il%o ;enor, -ue se to;a'a, #or sua 'eD, 3il%o ;aior $o; a ;orte do bis#o
todo!#oderoso no e;, e — > esta a $on$e#ção ;ais #ro3unda de Xean de Lugio — #ode au;entar $o;o deseQar o ser de $ertas $riaturas se elas se en$ontrare; no $a;in%o da libertação oi assi; -ue #reser'ou Cristo de -ual-uer ;an$%a, de todo o #e$ado, -ue tornou i;#e$B'eis os es#íritosJ dos %o;ens, -ue tornarB in$orru#tí'eis as al;as -ue atra'essare; as #ro'as ne$essBrias
A MORAL DO CATARISMO Os $er!eitos
(;bora não #artil%asse; das ;es;as $on$e#çGes ;eta3ísi$as, os dualistas absolutos e os dualistas ;oderados obser'a'a; as ;es;as regras de ;oral te@ri$a e #rBti$a, -ue não era; ;uito di3erentes, de resto, das da ;oral e do as$etis;o ro;anos (stas regras de$orria; da 'eri3i$ação de -ue este ;undo > ;au e de -ue o &iabo > o seu #rín$i#e: era ne$essBrio libertar!se do 8al e do ;undo ;aterial, es3orçando!se #or estabele$er o ;íni;o de $ontatos #ossí'eis $o; eles, entregando!se N 'ida es#iritual: 'i'er no in'isí'el e não no 'isí'el 8as, ne; todos os $Btaros se en$ontra'a; ao ;es;o ní'el de es#iritualidade: uns esta'a; ainda na base da es$ala, en-uanto os outros QB se a#roEi;a'a; do to#o (ra #or isso -ue o $ataris;o estabele$ia u;a grande di3erença entre a ;assa dos 3i>is a -ue; $%a;a'a $rentesJ e o #e-ueno gru#o de ini$iados -ue designa'a #or #er3eitosJ (stes #er3eitos era;, no sentido eEato -ue Paulo atribui N #ala'ra perfecti — @s -ue so;os #er3eitosJ Oili#, III, 14 e I!Cor, II, 1/ —, $ristãos QB 3or;adosJ, ;as ne; #or isso $onsu;adosJ na #er3eição Teori$a;ente, #or e3eito da graça di'ina, ou $o;o $onse-un$ia de en$arnaçGes anteriores, en'ereda'a; #elo $a;in%o da libertação a 'erdade, os #er3eitos era; os bons $ristãosJ -ue tin%a; re$ebido o consolamentum e o #oder de, #or sua 'eD, o $on3erir Constituía; o $lero $Btaro (ra entre eles -ue se es$ol%ia; os diB$onos — #astores -ue ser'ia; de inter;ediBrios entre o e#is$o#ado e os si;#les $rentes — os bis#os e os 3il%os ;aioresJ e os ;enoresJ Oe'entuais su$essores dos bis#os e seus $oadQutores s #er3eitos era; sub;etidos a u;a ;oral eEtre;a;ente rigorosa &e'ia; e'itar não s@ os #e$ados ;ortais e 'eniais do $atoli$is;o, $o;o ainda todos os -ue #udesse; $o;eter $ontra a regra da sua orde;: (sta'a; #roibidos de realiDar a $@#ula $arnal e 3osse; $asados, de'eria; libertar!se dos laços $onQugais %o;i$ídio — o #e$ado ;ais gra'e — ta;b>; l%es era negado, assi; $o;o a ;orte de ani;ais (sta'a; #roibidos de guerrear, de to;ar #arte e; re#ressGes Qudi$iBrias e at> de #arti$i#ar, de -ual-uer ;odo, e; atos ditos de Qustiça O$i'il ou e$lesiBsti$a Todos os $on3litos de'eria; ser regulados #or ;eio de u;a arbitrage; (;#en%a'a;!se Delosa;ente -uando era; es$ol%idos #ara Brbitros
A $obardia #erante o so3ri;ento e a ;orte re#resenta'a; u; #e$ado, #ois os $Btaros $onsidera'a; -ue a #rin$i#al 'irtude, a ?ni$a -ue trans$ende a ;orte, a -ue #er;ite e $ondi$iona todas as outras, era a $orage; s #er3eitos não de'ia; ;entir ão de'ia; Qurar ão #odia; $o;er ali;entos de $arne A sua ali;entação $onsistia e; #eiEe, legu;es e #ão Al>; disso QeQua'a; 3re-uente;ente a #ão e Bgua inal;ente, era; obrigados a le'ar u;a 'ida 'erdadeira;ente es#iritual, a 'i'er no des#reDo do seu $or#o e, #or $onseguinte, a reDar ;uito, a ;editarK e ta;b>; a es-ue$ere;!se de si e; bene3í$io do outro, a dedi$are;!se ao #r@Ei;o 8uitos #er3eitos trata'a; dos doentes, era; ;>di$os e $irurgiGes e si;ultanea;ente $onsoladores das al;as (; #rin$í#io, era; ;oral;ente obrigados a eEer$er u;a #ro3issão, ;as, na ;aior #arte das 'eDes, os de'eres do seu ;inist>rio basta'a; #ara os o$u#ar Co;o a #resença do (s#írito os liberta'a do 8al, os #er3eitos era; $onsiderados li'res e, #or $onseguinte, #lena;ente res#onsB'eis (; teoria, era; i;#e$B'eis #ela ;es;a raDão, ;as $o;o se en$ontra'a; ainda en$arnados e sub;etidos, e; $erta ;edida, ao #oder do &e;nio, s@ tin%a;, e; direito, o #oder de não #e$ar Oen-uanto os si;#les $rentes não esta'a; li'res de não #e$ar M #ro'B'el -ue alguns deles —$o;o o #er3eito $itado nos teEtos, -ue se ;antin%a sentado na soleira da sua #orta, i;@'el e i;#assí'el $o;o u; sBbio indiano— atingisse; real;ente a i;#e$abilidade 8as, #ara a ;aior #arte deles, esta i;#e$abilidade 'irtual traduDia!se sobretudo #elo 3ato de, #e$ando, se destruíre;, #or assi; diDer a si #r@#rios, de'endo obrigar!se a terrí'eis e longas ;orti3i$açGes e re$o;eçar toda a sua ini$iação #ara reen$ontrar o estado de graça: os #e$ados $o;etidos #or #er3eitos era; #e$ados $ontra o (s#írito O-ue os %abita'a A doutrina a3ir;a'a -ue não #oderia; ser #erdoados, ou -ue ;uito di3i$il;ente o seria; (sta $on$e#ção ;uito #arti$ular a#roEi;a o $ataris;o de todas as grandes tradiçGes esot>ri$as e ini$iBti$as, e; es#e$ial do %induis;o e do su3is;o, onde reen$ontra;os esta ideia da res#onsabilidade absoluta do ilu;inadoJ, do ani;adoJ, $uQas 3altas, ;íni;as N #ri;eira 'ista, são in3inita;ente ;ais gra'es #or sere; $o;etidas $o; $on%e$i;ento de $ausa, nu; estado de $ons$in$ia ;?lti#lo e ta;b>; de #oder total sobre si ;es;o, en-uanto o não ani;ado, o si;#les ade#to, > $ego #ela sua ignorn$ia, de#endente de u;a i;#la$B'el lei de $ausa a e3eito, #or $onseguinte irres#onsB'el (stas $onsideraçGes ;ostra; be;, se ainda 3osse ne$essBrio, o $arBter in$iBti$o do $ataris;o Para ilustrar esta atitude, #ode;os $itar a 3rase de Cristo: Antes da ;in%a 'inda os 'ossos #e$ados teria; sido #erdoados de#ois da ;in%a 'inda nada 'os serB redi;idoJ Os "rentes
Contraria;ente ao -ue, #or 'eDes, se es$re'e, os #e$ados era; absoluta;ente os ;es;os #ara os $rentes e #ara os #er3eitos @ os si;#les
$rentes O-ue não era; li'res ne; 'erdadeira;ente res#onsB'eis #elos seus atos e -ue de'ia; es#erar, #ara o #odere; ser, 'Brias reen$arnaçGes bene3i$ia'a; de u;a grande indulgn$ia Suando #e$a'a;, era o diabo -ue #e$a'a dentro deles ão era; obrigados a 'i'er de ;aneira as$>ti$a ou ;ísti$a: #odia; $asar, $o;er $arne asta'a -ue #rati$asse; as 'irtudes ;>dias dos %o;ens do seu s>$ulo ote;os a -ue #onto esta 'isão de u;a as$ensão #rogressi'a dos seres atra'>s das reen$arnaçGes su$essi'as se en$ontra #r@Ei;a do #ensa;ento de Aurobindo e ta;b>; a -ue #onto se asse;el%a Ns teorias e'olu$ionistas $onte;#orneas 8as os si;#les $rentes não esta'a; tão entregues a si #r@#rios $o;o se #retendia: a IgreQa $Btara não $essa'a de 'elar #or eles e de os doutrinar Co;o > e'idente $onta'a $o; as 'idas su$essi'as #ara os ;el%orar: ningu>; > bo; se; $%egar a sua %ora (, #ara ;uitos deles, esta %ora ainda não $%egara 8as, era ?til -ue o $rente, obrigado a a#er3eiçoar!se $o; o te;#o, ;ani3estasse este #rogresso re'elando boas dis#osiçGes -ue $orres#ondesse; N es#erança de -ue a #r@Ei;a reen$arnação 3osse ;enos ;B do -ue a #re$edente Co;o não #edia #ara re$eber o consolamentum de ordenação, de;onstra'a -ue ainda não tin%a atingido o estado de #uri3i$ação ne$essBrio 8as, o 3ato de se #retender $renteJ #ro'a'a, #or outro lado — e ta;b>; a 'ida %onesta -ue le'a'a — -ue se en$ontra'a no $a;in%o da libertação Assi;, os Ro;ens!bons instruía;!nos e #edia;!l%es -ue #ensasse; na sua sal'ação, entendendo!se -ue, se a #ro$ura'a;, e; 'irtude desse deter;inis;o -ue o $atoli$is;o ro;ano tin%a #ro#agado, era #or-ue QB a tin%a; en$ontradoJ Suando se $asa'a;, era; a'isados de -ue a sua al;a $orria #erigo e de -ue #oderia; ser reen$arnados ainda ;uitas 'eDes e$o;enda'a!se!l%es -ue renun$iasse; aos #raDeres $arnais — -ue gera; o ;al — logo -ue disso 3osse; $a#aDes &e -ual-uer ;odo, a IgreQa i;#un%a!se aos $rentes e;#re -ue en$ontra'a; u; #er3eito, sauda'a;!no res#eitosa;ente 3aDendo u; melioramentum. (ra; obrigados a assistir Ns di'ersas $eri;nias religiosas, aos consolamenta, aos ban-uetes #re$edidos da distribuição e da bnção ritual, do #ão, aos beiQos da #aDJ, aos ser;Ges &e'ia; ;editar sobre as liçGes dos Ro;ens!bons, seguir as oraçGes ditas e; $o;u;, reDar (; su;a, #arti$i#a'a; #elo ;enos tanto na 'ida es#iritual da sua IgreQa $o;o os $at@li$os na do $atoli$is;o
RITOS DO CATARISMO A ora%ão
8es;o no #lano da oração, eEistia u;a di3erença entre os #uros e os si;#les $rentes s $Btaros s@ $on%e$ia; u;a, oração 'erdadeira, a ração do;ini$al, -ue era si;ultanea;ente u; $redo, u; ato de es#erança, u; #edido de graça 8as, #re$isa;ente #or esta raDão, ningu>; #odia diDer esta oração se;
re$eber #ri;eira;ente u;a es#>$ie de ini$iação Co;o #oderia; os si;#les $rentes $%a;ar a &eus Pai ossoJ se, não se tendo ainda libertado da ;at>ria, ou não tendo ainda 3eito a #ro;essa de se libertare;, $ontinua'a; $arnais e, #or $onseguinte, 3il%os do &iaboY s si;#les $rentes ora'a; ;uito, ;as utiliDando uni$a;ente oraçGes de substituição (sta'a; #roibidos de in'o$ar direta;ente o PaiJ, ;as #odia; #edir a &eus -ue l%es $o;uni$asse o deseQo de a;ar o -ue > ne$essBrio a;ar Algu;as oraçGes -ue 3ora; $onser'adas era; #ro'a'el;ente reser'adas aos $rentes, $o;o, #or eEe;#lo, a $>lebre oração Pa0re Sant< anto #ai, &eus Qusto dos es#íritos bons, tu -ue nun$a te enganaste, ne; ;entiste, ne; erraste, te;endo -ue eE#eri;entBsse;os a ;orte no ;undo do deus estrangeiroZ Oo &iabo, #ois não so;os deste ;undo ne; este ;undo > nosso, 3aD!nos $on%e$er o -ue tu $on%e$es e a;ar o -ue tu a;asJ ão era #roibido ao si;#les $rente #ensar e; &eus, e, #or $onseguinte, no;eB!lo ne;, $o; ;aioria de raDão, deseQar -ue ilu;inasse o seu es#írito e o seu $oração Penso -ue não 3ora; $onser'adas essas oraçGes de substituição datando do $ataris;o $lBssi$o As -ue $on%e$e;os são #osteriores o iní$io do s>$ulo FI6, Pierre 8auri dirige!se assi; a >libaste, u; dos ?lti;os #er3eitos $Btaros: Sue oração de'o reDar então se não #osso diDer o Pater noster>J elibaste res#ondeu!l%e -ue ele de'eria reDar assi;: Sue &eus osso en%or, -ue guiou os deuses 8el$%ior, altaDar e as#ar -uando o 'iera; adorar no riente, ;e guie $o;o os guiouZH Pensar -ue estas oraçGes do s>$ulo FI6 não tin%a; sido utiliDadas no s>$ulo FIII seria u;a #ro'a de %istori$is;o li;itado s Ro;ens! bons de 12+5 ou de 12== não deiEara; $erta;ente os $rentes #ri'ados do re$urso a u;a oração M 'erdade, de resto, -ue os $rentes #odia; #ronun$iar u; ?enedicte O ?enedicte, ?enedicite, !omine !eus, Pater bonorum spirituum, ad@u%a nos in omnibus #ue facere %oluerimus e assistir, $o;o disse, a $eri;nias e; -ue ou'ia; o Pater Oa nção do #ão, #or eEe;#lo O melhoramento
8as o rito essen$ial, a-uele e; -ue o $rente a3ir;a'a -uase -uotidiana;ente a sua 3idelidade N IgreQa $Btara, era o melhoramento5 O#ala'ra o$$itni$a latiniDada e; melioramentum A AdoraçãoJ Ono sentido #ura;ente lit?rgi$o ou melhoramento era, #ara os $Btaros, o $u;#ri;ento -ue o $rente dirigia ao #er3eito -uando o 'ia Adora'aJ nele a #resença do (s#írito anto 8as, si;ultanea;ente, re#resenta'a u;a oração atra'>s da -ual #edia a &eus a graça de ser ;el%oradoJ9, a#er3eiçoado AQoel%a'a, in$lina'a!se trs 'eDes #ara a 3rente, de ;ãos #ostas, ou, #or 'eDes, e3etua'a a#enas trs re'ern$ias ou genu3leEGes ;enos #ronun$iadas, diDendo de $ada 'eD: Abençoai!nos, en%or O$o;o $%a;a'a; ao #er3eito, rogai #or n@sJ #er3eito res#ondia: &eus 'os abençoeZH $rente #edia, então, 5
(ste ter;o o$$itni$o signi3i$a literal;ente ;el%oraçãoJ &esigna, $o; e3eito, a adoração $orrente;ente #rati$ada e; relação ao #er3eito 9 melhoramento era o ?ni$o rito -ue o si;#les $rente era rigorosa;ente obrigado a #rati$ar
a graça de ser $onduDido a bo; ter;o #er3eito res#ondia: &eus 'os abençoe, #edi;os a &eus -ue 'os 3aça bo; $ristão Oou boa $ristã, #ois as ;ul%eres ta;b>; realiDa'a; o melhoramento e 'os le'e #or bo; $a;in%oJ (; o$$itni$o as 3@r;ulas era;: ?on chrestian, Obalhatznos la b"n"diction de !ieu e de %os' o; $ristão, Odai!nos a bnção de &eus e a 'ossaH bo; $ristão res#ondia: @atzAla de !ieu e de nos' OA-ui a tendes, a de &eus e a nossaH Co;o se ', o -ue > i;#ortante no melhoramento, > o 3ato do $rente se $o;#ro;eter a #ro$urar u; bo; 3i;, isto >, a re$eber o consolamantum no seu leito de ;orte e, #or $onseguinte, a integrar!se total;ente na IgreQa $Btara M #or isso -ue &u'e;o" #ensa, $o; raDão e; ;in%a o#inião, -ue o #ri;eiro melhoramento de'ia a$o;#an%ar!se de u;a con%enenza. Tal'eD ainda se realiDasse no 3i; do s>$ulo FIII &esigna'a!se con%enenza u; #a$to -ue o $rente $on$luía $o; a IgreQa, nos ter;os do -ual esta se $o;#ro;etia a ;inistrar!l%e o consolamentum, ;es;o -ue não se en$ontrasse e; $ondiçGes de diDer o Pater. A tradi%ão da Ora%ão
A trans;issãoJ da ração do;ini$al e do #oder de a diDer não #ossui, e; si ;es;o, nada de %er>ti$o A tradição do Pater, $o;o a3ir;a o P &ondaine1+ Oe a i;#osição das ;ãos são os teste;un%os de u;a >#o$a e; -ue a $on3ir;ação esta'a ligada ao ba#tis;oJ o $ataris;o, $onstituía u;a es#>$ie de ini$iação (ra atra'>s dela -ue se #assa'a do estado de si;#les $rente ao estado de #er3eito atural;ente, e;bora 3osse #ossí'el ser ini$iado no Pater se; ser $onsoladoJ i;ediata;ente a#@s, a tradição da ração era geral;ente seguida da re$e#ção do consolamentum de ordenação ou do consolamentum dos ;oribundos (ra in?til, #ara o $rente, diDer o Pater, se não esti'esse e; $ontato $o; o (s#írito atra'>s do ba#tis;o es#iritual Por outro lado, o consolamentum i;#li$a'a a trans;issão #r>'ia da ração, u;a 'eD -ue era ne$essBrio -ue o ne@3ito #ronun$iasse esta oração ao re$eb!lo estado de abstinn$ia e; -ue se de'ia en$ontrar o $rente antes de ser ini$iado no Pater ;ostra be;, de resto, -ue este se #re#ara'a, assi;, #ara a 'erdadeira 'ida es#iritual e não s@ #ara orar $rente, e; estado de abstinn$ia, era a$ol%ido, #ortanto, #ela asse;bleia dos 3i>is (ra a$o;#an%ado #or u; #adrin%o e #elo de$ano da $o;unidade, #or 'eDes $%a;ado An$ião Toda a gente la'a'a as ;ãos $rente realiDa'a o seu melhoramento. Brdenado — o bis#o, o diB$ono, ou, #or 'eDes, o An$ião — dirigia!l%e, então, u;a ad;oestação solene de -ue o ritual 3orne$ia o ;odelo O;as no -ual o ;inistro #odia introduDir 'ariaçGes (ste a'iso, de grande ele'ação ;oral, a#ela'a #ara a 3> e ta;b>; #ara a re3leEão do ne@3ito O-ue te; se;#re a idade da raDão
1+
Liber de duobus principiis, seguido de u; 3rag;ento de ritual $Btaro, reeditado #or A &ondaine OIstituto stori$o do;eni$ano, !abina, o;a, 19<9
Consistia nu; $o;entBrio do Pater. M neste $o;entBrio, entre outros, -ue se ' nitida;ente o $arBter #ro3unda;ente esot>ri$o do $ataris;o A sua inter#retação do Pater >, $o; e3eito, ;uito di3erente da do $atoli$is;o: #ode #are$er obs$ura, >, e; todo o $aso, se$reta s $Btaros, $o;o seria de es#erar, a$entuara; o sentido dualista do Pater. M o seguinte o teEto do Pater $Btaro: Pai osso -ue estais no C>u, teu no;e seQa santi3i$ado 6en%a a n@s o 'osso reino eQa 3eita a tua 'ontade, tanto na terra $o;o no C>u #ão supersubstancicd nos dai %oQeK #erdoai!nos as nossas o3ensas $o;o n@s #erdoa;os a -ue; nos te; o3endido ão nos deiEes su$u;bir N tentaçãoK ;as li'ra!nos do 8al Pois a ti #erten$e; o reino, o #oder e a gl@ria, #or todos os s>$ulosJ 6e;os desde QB -ue 3oi ;odi3i$ado u; ter;o: a #ala'ra -uotidianoJ 'eio substituir o ter;o su#ersubstan$ialJ 8as, esta 'ariante não > #ro#ria;ente $Btara: en$ontra;o!la QB e; oa'entura e e; To;Bs de A-uino a 'erdade, os $o;entBrios $Btaros re3ere;!se essen$ial;ente Ns 3@r;ulas -ue #ode; ser inter#retadas nu; sentido dualista Por eEe;#lo: 6en%a a n@s o 'osso reinoJ signi3i$a -ue ele ainda não 'eio Li'ra!nos do 8alJ signi3i$a natural;ente: Li'ra!nos do 8al'ado -ue > o tentador dos 3i>is e dono deste ;undo eQa 3eita a tua 'ontadeJ i;#li$a igual;ente -ue ela ainda não 3oi 3eita, #ois o uni'erso ;aterial > u;a $riação satni$a inal;ente, note;os -ue a #redo;inn$ia do bo; #rin$í#io sobre o ;au não > #osta e; $ausa Pater não #ro$la;a -ue > a &eus, ao 'erdadeiro &eus -ue #erten$e; o reino, o #oder, a gl@ria, #or todos os s>$ulosY 8as, regresse;os N $eri;nia da Tradição da ração $rente #ega'a, então, no li'ro -ue o An$ião tin%a nas ;ãos O &radi*+o do Li%ro, -ue 3ora outrora, na IgreQa #ri;iti'a, u;a $eri;nia N #arte, $on3undindo!se #rati$a;ente, no $ataris;o, $o; a do Pater rdenado Oo bis#o, o diB$ono, ou, #or 'eDes, o An$ião, obriga'a;!no a reno'ar a #ro;essa de obser'ar as trs 'irtudes essen$iais: $astidade, 'erdade, %u;ildade, e re$orda'a!l%e o de'er de 3iEar a santa oração #ara toda a 'ida e de a re$itar e; todas as $ir$unstn$ias #re'istas #elo ritual rdenado diDia, então, a oração e; 'oD alta e lenta;ente An$ião, o #ri;eiro dos Ro;ens!bons, ou o #adrin%o, re#etia;!na e; seguidaK o re$i#iendBrio re#etia!a #or sua 'eD: era u; ini$iadoJ rdenado, ou o An$ião, eE#ri;ia!se assi;: &edi$a;o!'os esta santa oração #ara -ue a re$ebais de &eus e de n@s e da IgreQa, e #ara -ue a #ossais diDer e; -ual-uer ;o;ento da 'idaJ $rente res#ondia: e$ebo!a de &eus, de '@s e da IgreQaJ (; seguida 3aDia no'a;ente o melhoramento e da'a graças a &eus s 3i>is — #er3eitos e #er3eitas — na #resença dos $rentes diDia; duas 'eDes a ração do;ini$al, $o;
%enia11 Oin$linaçGes e genu3leEGes s si;#les $rentes #arti$i#a'a; nestas %eniaes. ( a $eri;nia ter;ina'a, #or 'eDes, $o; u; eiQo de #aDJ s #er3eitos — $o;o, de resto, os 'aldenses — diDia; o Pater, de dia e de noite, antes de realiDar -ual-uer ato i;#ortante, antes de en3rentar u; ris$o ou u; #erigoK s@s e e; $o;#an%iaK antes de $o;er e de beber e não o 3iDesse; 3i$a'a; obrigados a u;a #enitn$ia Oritual As #enitn$ias $onsistia; ;uitas 'eDes, -uando se trata'a de 3altas ligeiras, e; re$itaçGes do Pater. Assi; se ' a i;#ortn$ia desta oração (; #rin$í#io, os #er3eitos re$usa'a;W o consolamentum aos -ue não #odia; diDer o Pater, o -ue sur#reende, #ois, nu;a religião tão de#urada, a oração interior de'eria bastar 8as, na Idade 8>dia, a$redita'a!se -ue -ue; não 3ala'a não #ensa'a Por outro lado, os #er3eitos #retendia; assegurar!se de -ue a oração tin%a sido $orreta;ente dita V; $rente #odia ser ini$iado no Pater se; ser $onsoladoJ i;ediata;ente de#ois 8as, se; a Tradição #r>'ia do Pater, ningu>; #odia re$eber o consolamentum. O consolamentum de ordena%ão
(ste ba#tis;o es#iritual Oo#osto ao ba#tis;o de Bgua de Xoão, -ue os $Btaros não $onsidera'a; 'Blido e -ue, #or 'eDes — ;as ne; se;#re — obriga'a; o $rente a renegar era ;inistrado #or i;#osição das ;ãos segundo rituais -ue le;bra; os da IgreQa #ri;iti'a, eE$eto no -ue se re3ere aos ele;entos ;ateriais: Bgua, unção de @leo Constituía a $eri;nia essen$ial do $ataris;o: $on$edia a $onsolaçãoJ do ara$leto segundo a tradição a#ost@li$a, #ro#or$iona'a o a$esso Ns ordens $Btaras ne@3ito, a$o;#an%ado, #or 'eDes, do An$ião da sua residn$ia e de u; #adrin%o O-ue #odia ser o #r@#rio An$ião, era introduDido na sala de reunião s dois, ou os trs, 3aDia; o melhoramento diante do rdenado Obis#o ou diB$ono (ra ne$essBrio -ue todos os assistentes 3osse; #uros ou #uri3i$ados rdenado $on3essa'a!se e; #ri;eiro lugar e o An$ião absol'ia!o O#ois, #ara os $Btaros, o batis;o realiDado #or u; ;inistro e; estado de #e$ado não era 'Blido s 3i>is ora'a; — sete raçGes do;ini$ais — #ara -ue &eus #erdoasse ao rdenado os seus #e$ados e ou'isse as suas #re$es (; seguida, os $ristãos e as $ristãs #edia; #erdão ao rdenado #elas suas 3altas Todas tin%a; la'ado si;boli$a;ente as ;ãos Pronun$ia'a; as #ala'ras rituais: ?enedicite, Parcite nobis, e o rdenado absol'ia!os diDendo: Sue o anto Pai, Qusto, 'erídi$o, ;iseri$ordioso, -ue te; o #oder sobre o C>u e sobre a Terra de #erdoar os #e$ados, 'os #erdoe de todos os #e$ados deste ;undo e 'os $on$eda ;iseri$@rdia no ;undo 3uturoJ &e#ois de todos os batiDados tere; #edido #erdão das suas $ul#as e de se en$ontrare; #urosJ — o ne@3ito esta'a e; estado de abstinn$ia —, ini$ia'a!se a $eri;nia #ro#ria;ente dita 12
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&o lati; %enia -ue signi3i$a #erdão &aí o #e$ado 'enial, 3a$il;ente #erdoado Trata'a!se, de 3a$to, de u; regresso si;b@li$o ao ;odo de $on3issão das IgreQas #ri;iti'as
rdenado $olo$a'a diante de si u;a #e-uena ;esa redonda e, sobre u;a toal%a bran$a, entre dois $írios, o Li'ro dos ('angel%os aberto no E%angelho de Xoão ne@3ito esta'a aQoel%ado Antes de re$eber o Li'ro das ;ãos do rdenado, 3aDia trs re'ern$ias, $o;o -uando 3ora a#resentado N asse;bleia rdenado #ergunta'a!l%e, então, se #ossuía a 3ir;e 'ontade de re$eber o ba#tis;o es#iritual e se esta'a #ronto #ara #rati$ar todas as 'irtudes atra'>s das -uais se 3aD u; bo; $ristão Oo $ataris;o era eEtre;a;ente es$ru#uloso neste do;ínio e não #retendia, de ;odo nen%u;, in3le$tir ou 3orçar a 'ontade dos as#irantes N santidade: e; $ertos $asos, #edia!se ao ne@3ito -ue 3or;ulasse re#etidas 'eDes o seu deseQo de se tornar #er3eito egundo o ritual, era nesse ;o;ento -ue ele #edia, a#@s o melhoramento, #erdão #elas suas 3altas, o -ual l%e era i;ediata;ente $on$edido #elo rdenado, e; no;e de &eus e da IgreQa rdenado reto;a'a o Li'ro e $o;eça'a, então, a ad;oestar o ne@3ito $o;o na $eri;nia de ini$iação ao Pater, dirigindo!se N sua raDão e N sua 3>: en%or Pedro O#or eEe;#lo, #ois $%a;a'a!o #elo seu no;e, de'e ter be; #resente no seu es#írito -ue, neste ;o;ento, se en$ontra #ela segunda 'eD #erante &eus, #erante Cristo e o (s#írito anto, u;a 'eD -ue estB diante da IgreQa de &eus O &e'e $o;#reender -ue estB a-ui #ara re$eber o #erdão #ara os seus #e$ados, graças Ns #re$es dos bons $ristãos e #ela i;#osição das ;ãosJ rdenado $ita'a ;uitos teEtos das (s$rituras -ue a#oia'a; a doutrina $BtaraK os eEe;#los 3orne$idos #elos dois rituais são di3erentes, ;as, no 3undo, $on$orda; o3i$iante $olo$a'a, então, o Li'ro sobre a $abeça do $rente, re$ita'a o ?enedicite, trs doremus, sete Pater, e #ro$edia N leitura do iní$io do E%angelho de Xoão Odesde :n principiis at> /ratia et %eritas per 7esum )hristum @acta est rdenado então diDia: Sue &eus 'os #erdoe e 'os $onduDa a bo; 3i;J, dirigindo!se ao $rente, -ue res#ondia: A;en Assi; seQa, en%or, segundo a tua Pala'raJ eguia!se a $o;o'ente $eri;nia da i;#osição das ;ãos, isto >, a #r@#ria trans;issão do (s#írito anto $rente aQoel%a'a, in$linando!se ligeira;ente #ara a ;esa, diante do rdenado -ue l%e $olo$a'a no'a;ente sobre a $abeça o E%angelho de Xoão e l%e $olo$a'a as ;ãos #or $i;a ( todos os outros $ristãos e $ristãs #resentes i;#un%a; igual;ente sobre ele a ;ão direita Oou as duas &e#ois, toda a gente reDa'a &iDia; trs Adore;us, o Pater, o ratia Oratia &o;ini nostri Xesu!C%risti sit $u; o;nibus nobis OSue a graça de osso en%or Xesus Cristo esteQa $onnos$o, Pardas Oenedi$ite, #ar$ite nobis, trs Adore;us, ;ais u; ratia e; 'oD alta esta'a a#enas ao ini$iado beiQar o Li'ro, de#ois de 3aDer trs re'ern$ias: enedi$ite, benedi$ite, #ar$ite nobisJ, e agrade$eu a &eus, ao rdenado e aos 3i>is: Sue &eus, diDia, 'os re$o;#ense do be; -ue ;e 3iDestes #or a;or de &eusZH ( o #er3eito res#ondia!l%e, #ara ter;inar: Sue a graça de osso en%or Xesus Cristo esteQa $o; todos ?enedicite, parcite nobis. men. Fiat secundum 4erbum tuum. Sue o Pai e o il%o e o (s#írito anto 'os #erdoe; todos os 'ossos #e$adosJ A $eri;nia do consolamentum #rolonga'a!se, 3re-uente;ente #or
duas outras: o aparelhamento ou ser%ici Oes#>$ie de $on3issão #?bli$a e solene -ue tin%a lugar u;a 'eD #or ;s e o ?ei@o de paz. Para &u'erno", o aparelhamento era a $on3issão ;ensal dos #er3eitos diante do diB$ono, ou do bis#o, ou de u; dos seus $oadQutores Oo 3il%o ;aiorJ ou o 3il%o ;enorJ s $rentes, se;#re na o#inião de &u'e;o"1<, #odia; assistir egundo outros autores, eles ta;b>; se $on3essa'a; #ubli$a;ente As #enitn$ias #ara as 3altas 'eniais $onsistia; e; re#etir o Pater e as %eniae Ogenu3leEGes o beiQo de #aD, os $ristãos 3aDia; a #aDJ, os %o;ens beiQando!se entre si e as ;ul%eres ta;b>;, de#ois da #ri;eira ter beiQado o Li'ro sobre o -ual o #er3eito #ousara #re'ia;ente os lBbios O consolamentum dos moribundos
Alain de Lille, no s>$ulo FII e, nos nossos dias, X &u'e;o", distinguira;, $o; raDão, o ba#tis;o dos #er3eitos do ba#tis;o dos $onsoladosJ, e;bora 3osse; eEata;ente iguais -uanto aos ritos ba#tis;o dos #er3eitos ;ar$a'a, #ara eles, a entrada nas ordens $Btaras e a ren?n$ia 'oluntBria Ns $oisas deste ;undo ba#tis;o dos $onsolados, $on3erido a#enas aos ;oribundos, assegura'a!l%es o #erdão dos seus #e$ados e, e;bora não l%es garantisse a sal'ação, da'a!l%es, #elo ;enos, a es#erança Para estes $rentes, a ;orte era u;a es#>$ie de graça, u;a 'eD -ue, no #ou$o te;#o -ue tin%a; #ara 'i'er, QB não #odia; #e$ar gra'e;ente 8as, não de'ia; $o;er ne; beber se; diDer o Pater. Co;#reende!se -ue os $Btaros, na i;#ossibilidade de diDer esta oração, ten%a; #re3erido ;orrer de inanição 1= e; 'eD de #e$ar Onão diDendo o Pater ou de -ual-uer outro ;odo (, não 'e;os $o;o $ensurar estes 3er'orosos $ristãos -ue, segundo o teste;un%o de a"nier a$$oni, não #odendo reDar, #edia; a -ue; os ser'ia -ue deiEasse; de os ali;entar (sta 3or;a de sui$ídio ;ísti$o, designada #or endura Oe; o$$itni$o: #ri'ação, QeQu; 3oi essen$ial;ente #rati$ada, e; 127+!1<++, no $ondado de oiE, sob a in3lun$ia de Pedro Autier 14, u; dos ?lti;os Ro;ens!bons e o $onsolado es$a#a'a N ;orte, o consolamentum -ue tin%a re$ebido #erdia todo o 'alor (, se #retendia to;ar!se #er3eito autnti$o, ne$essita'a de se #re#arar #ara re$eber o consolamentum de ordenação, ;uito ;ais di3í$il de obter e ;uito ;ais ;erit@rio
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X &u'erno": V; tratado $Btaro do iní$io do s>$ulo FIIIJ, in )ahiers d6Ctudes cathares, FIII ano, Pri;a'era de 19/2, II s>rie, n 1< 1= Contraria;ente ao -ue diD a lenda, esta 3or;a de sui$ídio ;ísti$o não 3oi in$enti'ada #elos #er3eitos oi a In-uisição -ue; desen'ol'eu a sua #rBti$a, le'ando os $rentes ao deses#ero 14 Pedro Autier, notBrio de AE, -ue se salientou #elo seu Delo anti!ro;ano e anti3ran$s O125+! 1<2+
LITERATURA COMPROMETIDA O FOLCLORE AO SERVIÇO DOS DOGMAS Al>; dos raros tratados $Btaros -ue nos $%egara; — $uQo $onte?do utiliDei nos $a#ítulos #re$edentes e de -ue se en$ontra;, e; a#ndi$e, alguns eEtratos $ara$terísti$os —, os $Btaros #ossuía; outras obras dog;Bti$as atual;ente desa#are$idas, assi; $o;o $oletneas de $itaçGes das (s$rituras, donde os #er3eitos retira'a; os argu;entos -ue o#un%a; aos $at@li$os e aos 'aldenses nas $ontro'>rsias #?bli$asK e, 3inal;ente, destinados ao #o'o, a#@logos -ue a#resenta'a;, sob u; as#e$to ;ais 3a;iliar, os #rin$i#ais #ontos da doutrina s registos da In-uisição $onser'ara; alguns destes a#@logos ou exempla1. &estinados aos $rentes, 3re-uente;ente #ou$o instruídos, de$orre;, e; geral, de u; 3undo tradi$ional ;ais antigo, de $arBter #o#ular O;anti'era;! se, de resto, na literatura oral a#@s desa#are$i;ento do $ataris;o, ou de lendas ortodoEas -ue re;onta; ao #aleo!$ristianis;o e ;ais ou ;enos alteradas nu; sentido dualista (stes exempla, sob a 3or;a -ue $on%e$e;os, #erten$e; ao iní$io do s>$ulo FI6, ;as $ir$ulara; ;uito ;ais $edo, $erta;ente a #artir do s>$ulo FII, e $o; o ;es;o signi3i$ado Contudo, > ne$essBrio ter e; $onta, #ara os inter#retar $orreta;ente, as de3or;açGes doutrinBrias a -ue 3ora; sub;etidos, #or 'eDes, #elo $ataris;o de$adente seu interesse de'e!se ao 3ato de $ontere; u;a eE#li$ação es#iritual -ue nos in3or;a sobre o -ue #assou a ser a doutrina no te;#o e; -ue eles $ontribuía; #ara a #ro#agar, e -ue ad'ertia os $rentes, $o;o atual;ente de'e ad'ertir os %eresi@logos, $ontra a tentação de to;ar estes ;itos de;asiado N letra O mito do Peli"ano
exemplum do Peli$ano 3oi retirado dos antigos bestiBrios de tradição grega Oo Ph0siologos grego e de tradição latina Oo Ph0siologus latinoK e > $on%e$ido o su$esso -ue obte'e na i$onogra3ia $ristã e na si;bologia %eterodoEa: ;ante'e!se at> na ;oderna 3ran$o!;açonaria Peli$ano > u;a re#resentação de Xesus Cristo 8as, as 3i$çGes e; -ue dese;#en%a u; #a#el ad;ite; todas as orientaçGes ;eta3ísi$as, desde o ;onoteís;o estrito ao diteís;o radi$al ou relati'o as 'ersGes ortodoEas e ;onoteístas, o Peli$ano ;ata os 3il%os -ue o o3endera; Oo -ue signi3i$a -ue Cristo 3oi obrigado a #unir os 3il%os, os #e$adores 8as, -uando os ' ;ortos, o Peli$ano ressus$ita!os as#ergindo!os $o; o seu sangue Oo -ue signi3i$a -ue Cristo — )hristus in Passione — ressus$ita os %o;ens sa$ri3i$ando!se #or eles estes exempla, o &iabo não dese;#en%a -ual-uer #a#el, al>; do de tentador 1
X &u'erno": Le Degistre d6:n#uisition de l6"%ê#ue Fournier -GAHI( Oibliote$a 8eridional, Pri'at, Toulouse, 19/4, < 'olu;es
oi esta tradição a seguida #or (#i3nio Isidoro, Rugo de aint!6i$tor O !e ?estiis, runetto LatiniK e -ue se en$ontra igual;ente no ?esti1rio occit;nico, não $Btaro, da ;es;a >#o$a (, de u; ;odo geral, a i$onogra3ia $ristã sobre a ;es;a ins#iração, e;bora, e; $ertos $asos, não #ossa;os estar $ertos de -ue o es$ultor não ten%a dado ao seu #eli$ano u; signi3i$ado ;ais %eterodoEo V; estudo ;ais #ro3undo e ;enos $on3or;ista dos te;as #lBsti$os da arte ro;ana $onduDiria $erta;ente N re#osição nu; $onteEto si;b@li$o ;ais dualista de $ertas i;agensJ — a .r'ore da 'ida, o Li$o;e, o Peli$ano — -ue ne; se;#re são tão $at@li$as $o;o se #retendeu ;ito $Btaro, tal $o;o 3oi trans$rito #elos es$ribas da In-uisição, > ;uito di3erente dos seus e-ui'alentes ortodoEos: Peli$ano era u;a a'e tão $lara $o;o o ol e -ue seguia o ol no seu traQeto &eiEa'a, #ois, os 3il%os soDin%os no nin%o (ra durante a sua ausn$ia -ue atua'a a esta diab@li$a Suando o Peli$ano regressa'a, en$ontra'a os 3il%os des#edaçados Trata'a!os i;ediata;ente e ressus$ita'a!os 8as, $o;o os #eli$anos QB tin%a; sido ;ortos e ressus$itados di'ersas 'eDes, u; dia, o #ai de$idiu o$ultar!se e #er;ane$er nas tre'as Qunto deles Suando a esta surgiu, 'en$eu!a e i;#ediu!a de 'oltar a atuarJ (ra 3B$il atribuir a esta 3Bbula o 'alor de u; ensina;ento es#iritual M a seguinte a eE#li$ação 3orne$ida #elo $Btaro no Degisto da :n#uisi*+o do bispo Fournier OT I, # <45 ;au deus $o;#raDia!se e; destruir as $riaturas boas -ue o bo; &eus tin%a 3eito -ue se #rolongou at> -ue Cristo o$ultou a sua luD Od"posuit %el abscondidit , isto >: en$arnou!se na 6irge; 8aria (ntão, $a#turou o deus do 8al e $olo$ou!o nas tre'as do in3erno (, a #artir daí, o deus do 8al deiEou de ter a #ossibilidade de destruir as $riaturas do &eus do e;J M e'idente -ue, na >#o$a de elibaste2 Oiní$io do s>$ulo FI6, o #oder do ;au #rin$í#io tin%a en3ra-ue$ido u; #ou$o sob a in3lun$ia do $atoli$is;o ou do dualis;o ;oderado 8as, no -ue se re3ere ao essen$ial, a doutrina não tin%a 'ariado ;uito (Eiste; se;#re dois #rin$í#ios não $riados: o e; e o 8al e; $riou as natureDas es#irituais, e o 8al, in3erior, sob todos os as#e$tos ao &eus do e; e re#resentado #or u;a esta, s@ #ode destruir e $orro;#er Al>; disso, s@ $onser'a este #oder en-uanto não se #roduDir a inter'enção de Cristo a 3a'or das $riaturas des#rotegidasJ A ideia de -ue o Peli$ano > u;a a'e solarJ -ue a$o;#an%a o ol no seu traQeto #erten$e $erta;ente aos $Btaros M sabido -ue, #ara eles, o Cristo $@s;i$o residia na luD inteligí'el, no ol es#iritual ( o 3ato de o$ultar a sua luD estB #er3eita;ente de a$ordo $o; a 'erdadeira doutrina dualista -ue a3ir;a'a -ue Cristo não se tin%a sa$ri3i$ado #ara sal'ar os %o;ens e -ue, #or $onseguinte, não tin%a en$arnado, ;aterial;ente, a anta 6irge; seu sa$ri3í$ioJ, $o;o de3endia; os antigos ;ani-ueus, tin%a lugar no $>u e tin%a $onsistido e; en$a;ar!se, li're;ente, e; toda a ;ani3estação $@s;i$a, #ara libertar todas as #ar$elas do es#írito di'ino ainda sub;etidas #ela 3orça da ;at>ria 2
elibaste, ini$iado no $ataris;o #or P%ili##e d[Alaira$, 3oi #ro'a'el;ente o ?lti;o #er3eito
a Terra, Cristo en$arnara a#enas a 6irge; (ntão, diD u;a $>lebre #re$e $Btara, &eus des$eu do $>u $o; os doDe a#@stolos e en$arnou a 6irge; 8ariaJ (, e;bora a eE#li$açãoJ do exemplum ten%a so3rido a in3lun$ia do 'o$abulBrio $at@li$o e 3ale de en$arnação Ono sentido, de resto, de ;ani3estação do 'isí'el, > e'idente -ue o $Btaro -ue no!la trans;ite #er;ane$e do$etista: a en$arnação 3oi a#enas a#arente Cristo não o$ulta a sua luD #ara renas$er %o;e; do seio de u;a ;ul%er, ;as #or-ue, #ara 'en$er o #rín$i#e das tre'as, > ne$essBrio #enetrar, de -ual-uer ;odo, nas suas tre'as Para ensinar os %o;ens a 'en$er, #or sua 'eD, o &e;nio, era ne$essBrio tornar!se 'isí'el e a#are$er!l%es sob u;a 3or;a se;el%ante N sua s dois deuses, $o;o disse, e;bora seQa; a;bos #rin$í#ios, não são iguais e; #oder bo; > si;boliDado #or u;a a'e solarK o ;au, #or u; ani;al $uQos traços o $Btaro não #re$isou: terB #ensado no n0cticorax O$oruQa ou na ser#ente dos antigos bestiBriosY $ataris;o re#resenta'a, e; geral, o &iabo sob a 3or;a do dragão do A#o$ali#se e, de -ual-uer ;odo, sob a a#arn$ia de u; ;onstro 8as, de'e;os obser'ar -ue o ;au #rin$í#io rara;ente > e'o$ado 3igurati'a;ente: estando e; toda a #arte na $riação 'isí'el e; #er#>tua trans3or;ação — -ue > obra sua —, não estB, na realidade, e; #arte algu;a ( são raros os $asos e; -ue u; $rente #retenda t!lo 'isto, eE$eto sob o as#e$to de u; obQeto ;aterial, na 3igura ins@lita, #or eEe;#lo, -ue assu;e, #or 'eDes, u;a Br'ore Cristo #re'ale$e du#la;ente sobre o &iabo Possui o #oder de $urar os ;ales -ue este $ausou Ns suas $riaturas (ssen$ial;ente, te; o #oder de li;itar #ara se;#re a sua ;ale'oln$ia A !erradura
exemplum da 3erraduraJ #are$e!nos ;ais es#e$i3i$a;ente $Btaro do -ue os outros, de'ido N teoria reen$arna$ionista e; -ue se ins#ira e -ue introduD V; %o;e; ;uito ;au, u; assassino, tin%a assu;ido, de#ois de ;orto, o $or#o de u; boi -ue o dono trata'a ;uito dura;ente Le;bra'a!se de ter sido %o;e; (; seguida, #assou #ara o $or#o de u; $a'alo -ue #erten$ia a u; barão ;uito ri$o (, e; $asa dele, 3oi ;enos in3eliD V; dia, este barão, $uQo $astelo a$aba'a de ser to;ado #elos ini;igos, saltou #ara o $a'alo e 3ugiu #re$i#itada;ente atra'>s dos $a;#os ro$%osos e sel'agens $a'alo entalou @ $as$o entre duas #edras e s@ $onseguiu libertar!se abandonando a 3erradura Algu; te;#o de#ois, tendo ;orrido o $a'alo, o es#írito #enetrou no $or#o de u;a ;ul%er grB'ida e en$a;ou!se no 3il%o -ue ela gera'a Cres$eu e, QB adulto, ad-uiriu a entendensa del ?en Oo $on%e$i;ento do e; e tornou!se #er3eito Passando, u; dia, $o; u; a;igo, #erto do lo$al e; -ue tin%a #erdido a 3erradura -uando era $a'alo, le;brou!se e disse!o ao outro Pusera;!se a #ro$urar a 3erradura e en$ontrara;!naJ <
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X &u'e;o": Degistre d6:n#uisition de l6"%ê#ue Fournier O1<15!1<24
(Eiste; di'ersas 'ariantes deste exemplum. (sta o3ere$e u;a estrutura ;ais $on'in$enteJ de'ido N inter'enção de nu;erosos teste;un%os: V; Ro;e;!bo; $o;ia e des$ansa'a Qunto de u;a 3onte, $o; os seus $rentes &isse! l%es -ue se re$orda'a de ter sido u; $a'alo e de ter bebido na-uela 3onte V; dia e; -ue o dono o tin%a es#oreado de;asiado, tin%a enterrado a #ata na la;a e s@ a $onseguiu retirar deiEando lB a 3erradura 6eQa;os, disse, se so;os $a#aDes de a en$ontrarHZ Todos os $rentes $o;eçara; a #ro$urar e des$obrira; a 3erraduraJ OT III, # 1<5 s #er3eitos do s>$ulo FIII #are$e; não ter ad;itido tão 3a$il;ente $o;o >libaste a #ossibilidade da ;ete;#si$ose ani;al o entanto, #roibia; -ue os ani;ais 3osse; ;altratados, o -ue nos le'a a su#or -ue os $onsidera'a; a#tos a re$eber u;a al;a %u;ana o iní$io do s>$ulo FI6, todo o ;undo a$redita -ue os %o;ens #ode; reen$arnar!se não s@ e; ani;ais nobres: boi, $a'alo, $o;o ta;b>; nos ;ais 'is OeE$eto nos -ue, $o;o a $oruQa, o sa#o, a ser#ente, #assa'a; #or essen$ial;ente satni$osK de notar -ue ne; o assassino des$e tão baiEo a >#o$a do $ataris;o de$adente, a $rença de -ue o de;nio %abita'a as 3or;as ani;ais ;ais abQetas le'ou $erta;ente o #o'o a #ensar ta;b>; -ue al;as absoluta;ente degradadas, e se;el%antes a diabos, #odia; en$a;ar!se tão baiEo $o;o eles &e todos os %er>ti$os ;eridionais, os dualistas absolutos 3ora; os ?ni$os a a$reditar na ;ete;#si$ose %u;ana e ani;al Oos dualistas ;oderados era;, re$orde;os, tradu$ianistas A teoria reen$arna$ionista era absoluta;ente ne$essBria N e$ono;ia do siste;a absolutista, u;a 'eD -ue a #uri3i$ação #rogressi'a, ;as ;e$ni$a Ose; liberdade das al;as, se realiDa #or ;eio da eE#erin$ia obrigat@ria do ;al e da dor durante 'idas su$essi'as Para obter u;a ideia ;ais $o;#leta da di3usão do #ensa;ento $Btaro nos s>$ulos FII e FIII, e at> ;ais tarde, seria ne$essBrio #ro$urar #a$iente;ente nas literaturas o$$itni$a, 3ran$esa, italiana e ale;ã da Idade 8>dia, todas as a3ir;açGes de orige; ;ani-ueista ou $Btara -ue es$a#ara;, nas alteraçGes so3ridas #elos #oe;as e ro;an$es, N 'igiln$ia dos es$ribas $at@li$os ão ;uito ;ais nu;erosas do -ue #ensa a %eresiologia o3i$ial ro;an$e de ?arlaam et 7osaphat, #or eEe;#lo, trans;ite!nos u; exemplum do Li$orne, -ue di3ere sensi'el;ente das 'ersGes ortodoEas da ;es;a >#o$a -ue #ossuí;os e -ue #are$e re;ontar a u; ar-u>ti#o ;uito in3luen$iado #elo ;a-ueís;o oriental Al>; disso, re3lete u; grande n?;ero de teorias %eterodoEas rases $o;o: E adonx 0eu mi consirie0 #ue a#uest mont non era ma0s cant nient et %anetatz O( 'i i;ediata;ente -ue este ;undo não era ;ais do -ue nada e 3alsidade inseridas nu; $onteEto e; -ue o &iabo > ;ais atuante do -ue a tradição $at@li$a, re'ela; u;a in3lun$ia in$ontestB'el da doutrina dualista V; tratado o$$itni$o dos no;es da 8ãe de &eusJ O3i; do s>$ulo FIII = disso$ia ;isteriosa;ente Lu$i3er de atã, $o;o 3aDia; os $Btaros =
&ratado Jeomani#ueu do s"culo 9:::, #ubli$ado #or A &ondaine OIstituto tori$o &o;eni$ano,
a#ro3unda;ento $at@li$o ?re%iari d6mor, de 8at3re (r;engaut O1<2<, estB re#leto de $on$e#çGes -ue $%eira; a %eregeJ e -ue reen$ontra;os, idnti$as, no Li%ro dos dois princpios. -ue não #ro'a -ue todos estes autores ten%a; sido %er>ti$os, ;as -ue as 3ronteiras da %eresia nun$a 3ora; ;uito nítidas essa >#o$a, era #ossí'el ser %er>ti$o se; o saber Suanto aos #oetas, ins#ira'a;!se no -ue 'ia; e ;uitos deles 3re-uenta'a; os ;eios $Btaros #oe;a italiano :l Fiore, atribuído, #or 'eDes, a &ante, 3oi #ro'a'el;ente $o;#osto #or u; desses e#i$uristas do s>$ulo FIII, $o;o arinata degli Vberti e uido Ca'al$anti O-ue &ante $on%e$eu Ins#ira!se sobretudo nas teorias do no'o a'erroís;o latino e no naturalis;o ;enos erudito do Domance da Dosa, ;as o anti$leri$alis;o $Btaro ;ani3esta!se 'igorosa;ente e o #oeta nãoW es$onde a sua si;#atia #elos #atarinos de lorença, ;assa$rados e; 12==, ano e; -ue se a$endeu a 3ogueira ide 8onts>gur As ;es;as in'estigaçGes, #rosseguidas, $o; toda a liberdade de es#írito, na #oesia ale;ã da Idade 8>dia, 3orne$e; ainda ;el%ores resultados Pare$e! ;e di3í$il não des$obrir traços de $ataris;o na obra de ott3ried 'on trassburg, nas in'e$ti'as anti#a#ais de `alt%er 'on der 6ogel_eide e, sobretudo, no Parzi%al 4 de `ol3ra; d[(s$%enba$%, -ue re;onta, e; alguns dos seus desen'ol'i;entos, a u; original iraniano O;ani-ueu Suando #ensa;os -ue, #ara ;uitos $l>rigos da Idade 8>dia Odos -uais o ;ais $>lebre > erengier de Tours, 1+51, se tin%a tornado i;#ossí'el ad;itir na ;es;a unidade ;eta3ísi$a e, #or $onseguinte, na %@stia sagrada, a $oeEistn$ia do es#írito e da ;at>ria, da luD e das tre'as, da edenção e do #e$ado, senti;o!nos tentados a re$on%e$er, $o;o Leonardo ls$%fi, -ue o raal, o re$e#tB$ulo lu;inoso, não #ossui outra 3unção al>; da de #ro#or$ionar ao #enitente o ali;ento de natureDa es#iritual e santi3i$ado #ela luD N -ual o &eus bo; > trans$endente se identi3i$a e -ue o ;ani3esta A %@stia do raal le;bra o #ão $onsagrado -ue era distribuído #elos 3i>is nos ban-uetes sa$ra;entais -ue $onstituía; u;a das raras $eri;nias $Btaras/ e onde, se; #adre, se; altar e se; outros ritos, se in'o$a'a Xesus Cristo a#enas $o;o ;ediador entre o &eus de LuD e a %u;anidade #e$adora do;inada #elo &eus das Tre'as, Os tro&adores
s $Btaros e os tro'adores 'i'era; lado a lado durante ;ais de dois s>$ulos nas ;es;as regiGes o$$itni$as, #arti$ular;ente nos $ondados de Toulouse e de oiE, e no 'is! $ondado de Car$assonne Parti$i#a'a; na ;es;a $i'iliDação, en$ontra'a;!se e;#en%ados na ;es;a so$iedade O;uitas 'eDes no ;es;o siste;a de de#endn$ia 'assalBti$a: os seus interesses, #or 'eDes, $on3undia;!seK tin%a; os ;es;os #rotetores os $astelos, Ro;ens!bons e #oetas goDa'a; do ;es;o audit@rio de barGes e de da;as nobres As suas !abina, o;a, 19<9 Parzi%al > u;a das origens da $>lebre lenda do raal / s $Btaros, -ue não a$redita'a; na #resença real de Cristo na %@stia sagrada, #artil%a'a;, neste as#e$to, as ideias de rígenes e de Tertuliano 4
$on$e#çGes ou ideologias res#e$ti'as — e;bora ;uito di'ersas no 3undo — re'ela; se;el%anças inegB'eis, ou antes, e; alguns #ontos #arti$ulares — no -ue se re3ere ao #roble;a do $asa;ento, #or eEe;#lo —, u;a es#>$ie de $on'ergn$ia Al>; disso, sabe;os -ue 'Brios tro'adores ata$ara; o;a, a IgreQa, as ordens religiosas e; ;uitos #oe;as satíri$os, -ue outros — ou os ;es;os, #or 'eDes — ser'ira; $o; as ar;as a $ausa dos barGes $Btaros ou a;igos do $ataris;o e -ue, de#ois da sua derrota, os a$o;#an%ara; no eEílio Interessa, #ois, -ue nos interrogue;os sobre a natureDa das relaçGes te@ri$as ou de 3ato -ue #udera; ser estabele$idas antes, durante e de#ois da $ruDada, entre os $Btaros e os tro'adores, e;bora seQa di3í$il, no estado atual dos nossos $on%e$i;entos, 3orne$er u;a res#osta de3initi'a #ara esta -uestão, #or-ue a #r@#ria noção de tro'ador, $onsiderada inde#endente dos ;eios, ;uito di'ersos, a -ue #erten$e; estes #oetas, não #ossui -ual-uer signi3i$ado so$iol@gi$o elati'a;ente #ou$o nu;erosos, não 3or;a'a;, de ;odo nen%u;, u;a $lasse so$ialJ O amor e a heresia
Pode;os #erguntar se a doutrina a;orosa dos tro'adores, $onsiderada no seu $onQunto, não teria sido, $o;o a3ir;ara; alguns es$ritores ;odernos, u;a es#>$ie de inter#retação #o>ti$a e si;b@li$a das as#iraçGes religiosas do neo;ani-ueís;o, ou at> das suas #reo$u#açGes #olíti$as li'ro de ossetti, #ubli$ado e; 15=+, :l mistero del mor platonico del medio e%o — -ue se #ro#un%a de;onstrar -ue os #oe;as de &ante e os dos Fedeli d6more tin%a; sido $o;#ostos $o; u; interesse 3ilos@3i$o e #olíti$o e -ue s@ eE#ri;ia;, sob o '>u da alegria a;orosa, as o#iniGes e as es#eranças dos anti#a#istas, i;#erialistas e gibelinos — eEer$eu u;a enor;e in3lun$ia sobre ;uitos es$ritores Oentre os -uais a#oleão Pe"rat 7 -ue $o;eçara; ta;b>; a #ro$urar a $%a'e do A;or #ro'ençal no esoteris;o $Btaro Co;o > e'idente, não > absurdo 'er no 3lores$i;ento líri$o do s>$ulo FII, ;uito so$ialiDado e ritualiDado — #ois as cansos, na sua di'ersidade 3or;al, re#ete; in$ansa'el;ente os ;es;os te;as — a $riação de u;a es#>$ie de ;ísti$a #ro3ana -ue não signi3i$a, ne; i;#li$a, -ue seQa de essn$ia $Btara XB ;ostrei, e; L6Eroti#ue des &roubadours, -ue a intenção destes #oetas tin%a; $onsistido se;#re e; #uri3i$arJ o A;or de tudo o -ue ele não >, #ela sua natureDa, e não, $o;o #retende, #or eEe;#lo, o #latonis;o, e; o desligar $o;#leta;ente da seEualidade esta #ers#e$ti'a e segundo o 'oto in$ons$iente da sua >#o$a, > eEato -ue $onsiderara; 3re-uente;ente o a;or $onQugal $o;o 'enalJ utilitBrio, e -ue situa'a; — i;#li$ita;ente — o 'erdadeiro a;or #ara al>; do $asa;ento A$redita'a; $erta;ente -ue toda a união baseada no interesse e na sub;issão 3orçada da ;ul%er ao ;arido era in$o;#atí'el $o; o senti;ento $ordial, o -ual, #or $onseguinte, s@ #oderia desen'ol'er!se no adult>rio O;oral, e; #rin$í#io, ;as ;ais ou ;enos $arnal, de 3ato a ;edida 7
a#oleão Pe"rat, es$ritor da segunda ;etade do s>$ulo FIF, autor do #oe;a de Doland e, sobretudo, de 5istoire des lbigeois.
e; -ue os $Btaros a$eita'a; o $asa;ento — sabe;os -ue não o #roibia; aos si;#les $rentes —, > #ro'B'el, a a'aliar #or alguns eEe;#los 3orne$idos #elo Degisto da :n#uisi*+o do bispo Fournier Os>$ulo FI6, -ue #ossuísse; u;a $on$e#ção ;uito se;el%ante N -ue #re3igura o erotis;o dos tro'adores, isto >, ;ais bene'olente #ara a es#osa e ;ais 3a'orB'el N igualdade dos seEos Por outro lado, na ;edida e; -ue os Ro;ens!bons, -ue o reQeita'a; total;ente #ara si, s@ o tolera'a; nos 3i>is $o;o u; ;al ;enor, desa$redita'a;!no, de 3ato, ;as #or raDGes di3erentes dos tro'adores: #ro3essa'a; -ue a $@#ula $arnal realiDada no $asa;ento ou 3ora dele — e;bora, e; $ertos $asos, se #udesse inserir no #lano di'ino Oassegurando, #or eEe;#lo, as reen$arnaçGes ne$essBrias N #uri3i$ação das al;as — era de natureDa satni$a CBtaros e tro'adores s@ a$idental;ente $on$orda'a; sobre este #onto, e nun$a dog;ati$a;ente Sue ad;iração #ela beleDa 3e;inina e a eEaltação de Fin6mors ten%a; sus$itado, sobretudo nos tro'adores da geração de 114+, u; ti#o de ;ul%er de tal ;odo idealiDado -ue alguns $ríti$os ;odernos Qulgara; #oder $o;#arB!lo a u;a re#resentação da anta 6irge;, não basta #ara $olorir as $ançGesJ de ;isti$is;o ou de #latonis;o As ;ais obs$uras sublin%a; eEagerada;ente o A;or, ;as ne; #or isso se to;a; esot>ri$asJK ou, se $ont; algu; esoteris;o, > o -ue $orres#onde uni$a;ente ao ;ist>rio do a;or %u;ano A ;ul%er não si;boliDa nun$a, #ara os tro'adores, a anta 6irge;, ne; a sabedoria, ne; a gnose, ne; a IgreQa $Btara: ela re;ete!nos uni$a;ente #ara a sua #r@#ria i;age;, trans3igurada e se;#re #ronta, de resto, #ara re$air nas realidades terrestres Suando #ensa;os na es#iritualidade $Btara a #ro#@sito das cansos, esta;os, ;ais ou ;enos in$ons$iente;ente, a atribuir N #oesia dos tro'adores $ara$teres -ue #erten$era;, ;ais tarde, N dos italianos do dolce stil nuo%o, $uQa arte de$orre da dos #ro'ençais, ;as -ue ra#ida;ente en'eredou, #or 'ias ;uito di3erentes Assi;, as #reo$u#açGes esot>ri$as dos italianos #are$e; ter sido eEageradas #elos obser'adoresK no entanto, to;a!se ne$essBrio re$on%e$er -ue, nos seus #oe;as, o a;or > 'erdadeira;ente ;ais #uro e ;ais #latni$oK a da;a adorada trans;ite!nos ;ais 3a$il;ente a i;#ressão de -ue si;boliDa u; ser sobrenatural ou e-uilibrado ou ;uito si;#les;ente a essn$ia 3e;inina $onsagrada #ela ;orte (stas ;ul%eres -ue ;orre; tão Qo'ens são adoradas $o;o anQos e, #roQetadas post mortem no $>u das ideias, são e3eti'a;ente sobrenaturais $o;o al;as A líri$a #ro'ençal s@ $elebra'a alegres e di'ertidas $astelãs A eman"i$a%ão da mulher
Certas $onstantes da natureDa %u;ana não 'ariara; $o; a >#o$a 3en;eno so$ial no'o > o 3ato de, #ela #ri;eira 'eD, duas doutrinas — o A;orJ e o $ataris;o — #retendere; libertar a ;ul%er neutraliDando a noção de #e$ado $arnal a;or não > #e$ado, ;as 'irtude, diDia; os tro'adores M se;#re #e$ado, a3ir;a'a o $ataris;o, eE$eto #ara os si;#les $rentes As ;ul%eres a#ro'eita; este du#lo ensina;ento #ara rei'indi$ar o direito de a;ar N sua 'ontade Sual-uer da;a, ;es;o a ;ais %onesta, #ode a;ar, se
a;arJ (, a #artir daí, 'ee; no a;or assi; $o;#reendido o ;eio de a3ir;ar a sua inde#endn$ia #erante a #otestasJ ;as$ulina rin$a; ao A;or li're #ara 3aDere; $o;o os %o;ensJ e #ara se 'ingare; agrada'el;ente $o; uns da tirania dos outros s registos da In-uisição ;ostra;!nos ;ul%eres #ou$o 'irtuosasJ e be; de$ididas, de#ois de tere; so3rido as brutalidadeJ e as grosserias dos %o;ens, a obede$er uni$a;ente aos seus #r@#rios interesses e 3antasias eatriD de Planissoles não resiste aos %o;ens -ue l%e agrada; utra Qo'e;, raDida, des3lorada #elo $ura da sua aldeia aos treDe anos e $asada $o; u; %onesto Qo'e; $%a;adoW Pierre LiDier, não #ossui a ;íni;a ideia do -ue seQa u; #e$ado de a;or As suas #ala'ras $on3ir;a; as da $ondessa de &ie, tanto -uanto o #ensa;ento de u;a #astora $orres#onde ao de u;a ;ul%er de letras (ntregando!'os a u; #adre antes de $asada, #ergunta o In-uisidor, e, ;ais tarde, de#ois de QB o serdes, Qulgais ter #e$adoY — Co;o nessa altura ;e agrada'a a ;i; e ao $ura, res#ondeu ela, não #ensei — e $ontinua a não #ensar — -ue se trate de u; #e$ado 8as agora, $o;o não > esse o ;eu deseQo, se ;anti'esse relaçGes seEuais $o; ele, Qulgo -ue seria u; #e$ado (;bora a $@#ula $arnal do %o;e; e da ;ul%er desagrade a &eus, não #enso -ue $o;eta; u; #e$ado, se 3or agradB'el #ara a;bosJ A libertinage; $onstituiu ine'ita'el;ente #ara as ;ul%eres do s>$ulo FIII, tal $o;o o as$etis;o, ;as e; sentido in'erso, u; #rotesto in$ons$iente $ontra a orde; so$ial -ue as o#ri;ia e, sobretudo, $ontra o $asa;ento desigual, $o;andado #elo %o;e; (las s@ tin%a; a #ossibilidade de es$ol%er, se #retendesse; a3ir;ar a sua autono;ia, entre a 'ia aberta #elos tro'adores: 'aloriDação total da liberdade a;orosa, ligada N ideia de -ue o a;or não > u; #e$ado, e a 'ia a$onsel%ada #elos Ro;ens!bons: as$etis;o e #er3eição Os tro&adores da é$o"a 'albigense(
(n-uanto a so$iedade o$$itni$a não 3oi a;eaçada #ela guerra e as #erseguiçGes, os tro'adores o$u#ara;!se uni$a;ente de a;or e de $ortesia @ $o;eçara; a #restar atenção aos #roble;as religiosos -uando os a$onte$i;entos -ue se seguira; N $ruDada arruinara; as #e-uenas $ortes -ue eles ani;a'a; e dis#ersara; o seu #?bli$oW Otornara;!se, então, $itadinos ai;on de 8ira'al, $uQa 3a;ília era $Btara, $ontinua a $antar as suas da;as, ;es;o e; $li;a de te;#estade Suando to;a $ons$in$ia do desastre, agarra!se N es#erança de -ue o $onde de Toulouse l%e entregarB o seu $astelo e de -ue 'irB, $o; a 'it@ria, o te;#o e; -ue da;as e a;antes #oderão re$u#erar le @oiZ #erdidoJH M 'erdade -ue, #or 'eDes, deseQos de 'ingança os ani;a;, ;as, -uando se ;ostra; $o;bati'os — $o;o ernart de ou'ena$, #or eEe;#lo —, > rara;ente e; no;e de #uros ideais religiosos 8es;o #erante rigorosos ;oralistas $o;o Peire Cardenal e 8ontan%agol, -ue ;ostra; nos seus #oe;as senti;entos de $aridade e de %u;anidade ultra#assando larga;ente o te;#o e as $ir$unstn$ias, 3i$a;os sur#reendidos #or 'er -ue o seu deses#ero, o seu #essi;is;o, se $on3unde; $o; o desgosto h #elo desa#are$i;ento de u;a >#o$a e; -ue o luEo, a #rodigalidade
dos grandes sen%ores, o $eri;onial do a;or $orts $onstituía; as bases obQeti'as da so$iedade aristo$rBti$a -ue l%es tin%a $on$ebido, a eles e aos Qograis, u;a tão bela #osição Tudo o -ue a$aba;os de diDer signi3i$a -ue os interesses dos tro'adores esta'a; ligados, so$iologi$a;ente 3alando, aos da nobreDa ;eridionalK e -ue s@ se sentia; tentados, sal'o raras eE$eçGes, a de3ender o $ataris;o -uando N-uela, direta ou indireta;ente, tin%a to;ado o seu #artido oi, #ortanto, de'ido N 3orça dos a$onte$i;entos, -ue os ?lti;os tro'adores, -uase todos, tal'eD, #ois QB não resta'a; ;uitos, de#ois de 124+, ao lado de Peire de Cardenal e de 8ontan%agol5, se en$ontrara; no $a;#o dos ad'ersBrios da IgreQa e dos ran$eses, $ondenados a seguir a sorte dos sen%ores es#oliados ou a;eaçados de o ser e se; a #rote$ção dos -uais não teria; direito a -ual-uer eEistn$ia so$ial, #ois, $o;o QB disse, ne; os tro'adores ne; os ;enestreis, #ou$o nu;erosos e relati'a;ente isolados, $%egara; algu;a 'eD a 3or;ar u;a $lasse inde#endente (, $o;o > e'idente, ne; o A;or $o;o siste;a $orts, ne; os #oetas, $o;o seus ser'idores $on3ir;ados, ti'era; o#ortunidade de inter'ir nestes $on3litos ideol@gi$os e #olíti$os -ue o#un%a; a o;a o $ataris;o e aos sen%ores do orte os sen%ores do ul O "atarismo moral
Contudo, ao reler;os os #oe;as dos ?lti;os tro'adores — os -ue se re3ere; ao #eríodo dito albigenseJ —, Qulga;os ante'er, #ara al>; dos traços de sBtira ;oral e #olíti$a, $on$e#çGes -ue traDe; indis$uti'el;ente a ;ar$a do #ensa;ento $Btaro, o -ue resulta do 3ato da #erseguição ter estabele$ido o $ontato, na $orte de Toulouse, #or eEe;#lo, entre os #oetas e os resistentesJ, os ;undanos e os seus 3eitos, no seio da ;es;a $landestinidade V; Peire Cardenal, u; 8ontan%agol, não sendo $rentes, 'i'ia;, e; Toulouse, $o;o e; outras regiGes, nu;a at;os3era re3or;ista, ou at> re'olu$ionBria, de %eresia Peire Cardenal era ;uito lido #elos $Btaros, o te;#o do bis#o ournier, u; $rente do $ondado de oiE ;ostra'a!se ainda $a#aD de re$itar de $or a #ri;eira estro3e da terrí'el sBtira de Cardenal $ontra os $l>rigos Os $l>rigos 3aDe;!se #assar #or $ordeiros ;as são assassinosJ (sta di3usão da sua obra s@ #ode ser eE#li$ada #elo 3ato de, #elo ;enos durante a #ri;eira #arte da sua 'ida, ter sido o3i$ial;ente $Btaro ou não se li'rar dessa re#utação (ra $onsiderado u; a;igo da %eresiaJ, u; a;igo de &eusJ A 3orça dos a$onte$i;entos obrigB!lo!ia a 3iEar e a utiliDar os lugares $o;uns da %eresia, as #re$es -ue ou'ia 3re-uente;ente $itar e re$itar nos ;eios e; -ue e'oluía e, ;uito #ro'a'el;ente, na #r@#ria $orte de ai;undo 6I 9 ão > #or a$aso -ue nu; dos seus #oe;as -u nom du Seigneur !roit(, e; -ue in'o$a o &eus legíti;o, o 'erso =< OCon$edei!;e o #oder de a;ar o -ue '@s a;aisH $on3ir;a $uriosa;ente — $o;o obser'ou ;uito Qudi$iosa! ;ente a r a Lu$ie 6arga — as #ala'ras tão 5
8ontan%agol, grande #oeta satíri$o e anti$leri$al -ue 'i'eu durante ;uito te;#o na $orte de A3onso F de Castela O1229!1245 9 Paralela;ente N sua luta e Ns suas in?;eras ati'idades, ai;undo 6I 3oi u; dos ;aiores ;e$enas do seu te;#o
$ara$terísti$as da $on%e$ida #re$e: aD!;e a;ar o -ue tu a;asJ (stas 3@r;ulas estereoti#adas, 3re-uente;ente ;uito belas, #odia;, de resto, i;#ressionar o tro'ador uni$a;ente #elo seu 'alor #o>ti$o, #ois a sua doutrina não a#resenta nen%u;a unidade: os #rin$í#ios ;ais ortodoEos ladeia; a3ir;açGes -ue, noutras $ir$unstn$ias, teria; $onduDido N 3ogueira -ue l%e interessa > o rigoris;o ;oralK era essen$ial;ente essa a sua %eresiaJ Co;o diD a r a Lu$ie 6arga, -uando ou'i;os 3alar de ;oral austera, #ode;os estar $ertos de $a;in%ar sobre terreno %er>ti$oJ a 'erdade, ele #retende ser u; ;oralista li're seu anti$leri$alis;o a#oia!se e; #ensa;entos %er>ti$os, uni$a;ente -uando #retende i;#ri;ir ;ais 3orça N sua sBtira Suanto ao resto, > bo; $ristão M 'erdade -ue se Qulga'a tal'eD ;el%or $ristão ainda -uando ado#ta'a $ertos #ontos de 'ista dog;Bti$os dualistas sur#reendente sir%entes dirigido a &eus — u; dos ;ais ousados da Idade 8>dia — >, se; d?'ida, %er>ti$o do #rin$í#io ao 3i;: (n'iai!;e, en%or, #ara donde 'i;, ou #erdoai!;e os ;eus #e$ados, #ois não os teria $o;etido se não ti'esse nas$idoZH &eus $o;ete u;a 3alta $ontra os seus, -uando se #ro#Ge destrui!los ou $ondenB!losJ (stes ?lti;os 'ersos destina;!se a li'rar o %o;e; de toda a res#onsabilidade, de a$ordo $o; a teoria -ue, a#roEi;ada;ente na ;es;a >#o$a, era de3endida #or Xean de Lugio no Li%ro dos dois princpios. &e'e;os $on$luir -ue, no 3i; do s>$ulo FIII, sob in3lun$ia do $ataris;o, ;uitos bons es#íritos #ro3essa'a; aberta;ente -ue o 'erdadeiro &eus, o &eus do e;, não #odia $ondenar os #e$adores: a#enas era $a#aD de sal'ar as suas $riaturas ( #or duas raDGes: #or u; lado, não eEiste -ual-uer 8al e; &eus e na XustiçaJ Oa 'ingança seria, $o;o tal, u; ;al Por outro lado, o %o;e; não #e$a li're;ente M o &iabo -ue #ro'o$a o ;al dentro dele Por $onseguinte, > o &iabo -ue de'e ser destruído (stas duas ideias tin%a; natural;ente #or $orolBrio a $rença de -ue o in3erno estB sobre a terra, onde a $riatura estB sub;etida ao &e;nio, e não noutro lo$al e so3ro $B na terra, diD Peire Cardenal, e se no in3erno so3resse ta;b>;, seria, e; ;in%a o#inião, u; erro e u; #e$adoZH 6e;os, #ois, -ue, no 3i; do s>$ulo FIII, e sobretudo e; Toulouse, nos ;eios ;ais $ultos, se #ro#aga u;a es#>$ie de $ataris;o di3uso, orientado essen$ial;ente #ara a ;oral, -ue $on-uista #ara a sua $ausa ;uitos re3or;istas $at@li$os e anti$leri$ais &a %eresia, ret;!se a#enas dois ou trs grandes #rin$í#ios de -ue QB 3alei: &eus não #ode 3aDer o ;al, o %o;e; não #ossui o li're arbítrio aD o ;al ne$essaria;ente e o be;, ne$essaria;ente ta;b>;, de#ois de se #uri3i$ar da ;at>riaJ A 'erdadeira %eresia era, então, a a3ir;ação da e$essidade tro'ador 8ontan%agol #ensa eEata;ente $o;o Peire Cardenal: ;au, a3ir;a, não $o;ete u;a 3alta -uando #rati$a o ;al, #or-ue > u;a ne$essidade #ara ele, $o;o #ara o bo; #rati$ar o be;J $ataris;o si;#li3i$a'a!se e, ao ;es;o te;#o, alarga'a!se e a#ro3unda'a!se (n-uanto entre a #o#ulação dos $a;#os, no Languedo$ e no $ondado de oiE, e'oluía ra#ida;ente #ara u; ;aterialis;o banal, > #ro'B'el -ue %ou'esse e; Toulouse, #or 'olta de 124+, nos ;eios aristo$rBti$os, ;uitos Qo'ens sen%ores ;ais e#i$uristas do -ue $ristãos, e tal'eD se$reta;ente ateus,
#ara -ue; o $ataris;o não era ;ais do -ue u; a'erroís;o dis3arçado, ;es;o -uando não o #ensa'a; de ;aneira total;ente $ons$iente (ste 3en;eno ;oral #roduDiu!se e; lorença ;ais ou ;enos na ;es;a >#o$a e; -ue surgiu o sin$retis;o a;orosoJ, #o>ti$o e 3ilos@3i$o
UM ESOTERISMO FILOSÓFICO A 3iloso3ia $Btara 'ariou u; #ou$o no es#aço e no te;#o As teorias do italiano Xean de Lugio O12=+ não são eEata;ente idnti$as Ns do o$$itni$o artolo;eu O122+ abe;os -ue Xean de Lugio #assa'a #or ter introduDido ino'açGes, e; $ertos as#e$tos do dualis;o absoluto tradi$ional $ataris;o de$adente do 3i; do s>$ulo FIII e do iní$io do s>$ulo FI6 — o dos ?lti;os #er3eitos do $ondado de oiE — a3asta!se $onsidera'el;ente do $ataris;o #ro3essado no Languedo$ nas '>s#eras da $ruDada $ontra os albigenses inal;ente, no -ue se re3ere N #r@#ria essn$ia do dualis;o, QB 'i;os -ue os %er>ti$os se en$ontra'a; di'ididos e; duas grandes tendn$ias: uns, ;onistas, $o;o os $at@li$os, a3inal, a$redita'a; -ue o 8al ti'era u; iní$ioK os outros, a3ir;a'a; -ue se trata'a de u; Prin$í#io se; $o;eço ne; 3i;: eEistia; dualistas absolutos e dualistas ;oderados ão es$ondo -ue estas 'ariaçGes e di3erenças 3ora;, #or 'eDes, ;uito eEageradas Alguns %eresi@logos re'ela; u; %istori$is;o u; #ou$o li;itado -uando de$reta;, ;uitas 'eDes se; raDGes de$isi'as, -ue u;a doutrina $on3ir;ada e; 122+ de'e ser a priori ;uito di3erente de u;a datando de 12=+, $o;o se, neste inter'alo de 'inte anos — -ue se#ara; artolo;eu de Xean de Lugio, #or eEe;#lo — as ideias ;eta3ísi$as ti'esse; #odido e'oluir tanto Suanto Ns distn$ias geogrB3i$as, ta;b>; não #are$e; ter se#arado as di'ersas es$olas dualistas tão radi$al;ente $o;o se a3ir;a (stB na ;oda, atual;ente, estabele$er entre o &ratado )1taro1 de artolo;eu e o Li%ro dos dois princpios de Xean de Lugio ;ais di3erenças do -ue na realidade eEiste;: não > #ossí'el, de resto, -ue os di'ersos siste;as dualistas, atendendo N sua estrutura bastante rígida, se a3aste; ;uito da 3@r;ula ideal e, #or $onseguinte, uns dos outros a 'erdade, > sobretudo a $on$ordn$ia entre os dois ?ni$os tratados $Btaros -ue #ossuí;os, sobre todos os #ontos i;#ortantes da doutrina, -ue nos de'e i;#ressionar: artolo;eu e Xean de Lugio #ensa; eEata;ente do ;es;o ;odo sobre a noção de $riação A $riação, #ara eles, o#era!se a #artir de u;a ;at>ria #r>!eEistente ou da #r@#ria substn$ia dos Criadores, e não a #artir do nadaK ela > se;#re creatio ex essentia !ei — ou !iaboli —, e nun$a creatio ex nihilo. A;bos o#Ge;, e a#roEi;ada;ente nos ;es;os ter;os, a atureDa ;aligna e a atureDa boa, sendo a #ri;eira 'isí'el, transit@ria, 'ã e $orru#tí'el, e a segunda in'isí'el, eterna, in$orru#tí'el inal;ente, en$ontra;os a ;es;a se;el%ança de o#iniGes no -ue diD res#eito ao #roble;a do li're arbítrio Para de;onstrar -ue não eEiste o li're arbítrio — ou -ue ele > 3ala$ioso —, Xean de Lugio utiliDa argu;entos ;uito inteligentes -ue não 3ora; a#er3eiçoados de#ois dele artolo;eu não se l%e re3ere Oou tal'eD a #arte da sua obra res#eitante a este assunto não ten%a sido 1
(ste &ratado )1taro $%egou!nos atra'>s do Liber contra Manicheos, de &urand de Rues$a, #ubli$ado e anotado #or C% T%ouDelier OLou'ain, 19/=
$onser'ada, ;as $o;o os %er>ti$os do $ondado de oiE, no 3i; do s>$ulo FIII, utiliDa'a;K #ara o reQeitar, os ;es;os argu;entos -ue Xean de Lugio $onstruíra Ou; $erto ernard ran$a, #or eEe;#lo, re#ete!os #ala'ra #or #ala'ra e -ue $ir$ula'a; %B ;uito no Languedo$, de'e;os $on$luir ne$essaria;ente -ue os ?lti;os $Btaros tin%a; lido Xean de Lugio — o -ue > #ou$o #ro'B'el — ou -ue tin%a; lido o tratado $o;#leto de artolo;eu ou outro do ;es;o gneroK e, de -ual-uer ;odo, -ue estes doutores do Languedo$ #ensa'a; o ;es;o -ue Xean de Lugio sobre o li're arbítrio, ou seQa, -ue ele > enganador ão todas estas $on$ordn$ias -ue nos autoriDa; a 3alar 'erdadeira;ente de u;a 3iloso3iaJ $Btara re3letindo as eEign$ias 3unda;entais de todo o siste;a dualista $oerente Xean de Lugio eE#ri;iu!as, se; d?'ida, $o; ;ais rigor do -ue artolo;eu, -ue se li;ita a a$u;ular, #ara a#oiar a sua tese, as autoridades das (s$rituras Xunta;ente $o; o tratado de artolo;eu, do -ual, de resto, $onser'a;os a#enas alguns 3rag;entos, o Li%ro dos dois princpios — ou antes a $oleção de #e-uenos resu;os assi; $%a;ada, #ois a obra de Xean de Lugio #erdeu!se —, > o ?ni$o teste;un%o -ue #ossuí;os do #ensa;ento $Btaro 8as, #ode;os a$eitar a %i#@tese, bastante #ro'B'el, de -ue eEistira; ;uitos outros es$ritos dog;Bti$os destinados aos #astores e at> aos si;#les $rentes M ;uito #ossí'el -ue no Languedo$, at> 12=+!12==, e na ItBlia at> ao iní$io do s>$ulo FI6, o $ataris;o nun$a ten%a sentida a 3alta de #er3eitos su3i$iente;ente instruídos #ara assegurar N doutrina u;a $erta $oern$ia intele$tual As teorias -ue ernard ran$a, $l>rigo de oulier, de$lara, e; 1<2+, #erante o bis#o ournier 2, ter ado#tado alguns anos antes, en$ontra;!se solida;ente enraiDadas e não se ressente; do 3ol$lore, então ;uito degradado, da %eresia (, estas ideias não tin%a; surgido brus$a;ente e; 1<++: se;#re reinara; nos ;eios instruídos e entre os $l>rigos bser'ou!se, $o; raDão — e 8oneta de Cr>;one 3oi o #ri;eiro a 3aD!lo —, -ue os $Btaros ali;enta'a; a sua argu;entação $o; 3@r;ulas de as#e$to aristot>li$o A3ir;açGes $o;o: A $oisas o#ostas, #rin$í#ios o#ostosJ — ;ais ou ;enos $o;#reendidas e assi;iladasK e, de resto, #ou$o $o;#li$adas — $onduDia; direta;ente ao dualis;o e, sobretudo, Ns $onse-un$ias l@gi$as -ue se to;a'a 3B$il a#li$ar aos 3en;enos terrestre: ;undo 'isí'el > 'ariB'el e $orru#tí'el, portanto não #ode ter #or autor u; &eus eterno e in$orru#tí'elJ s $Btaros do $ondado de oiE era; dis$í#ulos de Arist@teles se; o sabere;Y e#etia;, si;#li3i$ando!as, as liçGes de alguns $l>rigos in3luen$iados #or Arist@teles ou -ue o $on%e$ia; atra'>s dos di'ersos tratados -ue a Idade 8>dia l%e atribuíaY #roble;a #er;ane$e obs$uro 8as, o -ue > $erto, > -ue ;uitos %er>ti$os era; in$a#aDes de redes$obrir os #ri;eiros ele;entos de u;a 3iloso3ia ra$ional A in3lun$ia de Arist@teles > #arti$ular;ente 'isí'el e; Xean de Lugio: a#are$e e; todos os desen'ol'i;entos u; #ou$o #ro3undos do Li%ro dos dois princpios, e; es#e$ial nos -ue se re3ere; ao li're arbítrio, onde os #rin$í#ios do 3il@so3o são ;ais inteligente e ;ais e3i$aD;ente utiliDados egue!se u; dos argu;entos de Xean de Lugio $ontra o li're arbítrio: Pare$e i;#ossí'el aos ol%os 2
bis#o ournier 3oi, entre 1<15 e 1<24, u; dos ;ais rigorosos in-uisidores da >#o$a
dos ;ais sabedores -ue algu>; #ossa ter o #oder dos dois $ontrBrios si;ultanea;enteJ Oisto >: -ue #ossa 3aDer se;#re o be; e se;#re o ;al M a seguinte a #ro#osição $orres#ondente de Arist@teles, tal $o;o 3igura, a#roEi;ada;ente nos ;es;os ter;os, na Metafsica Ot%ta, 4: Assi;, u; #oder não #ode #roduDir si;ultanea;ente, ;es;o -ue o deseQe;os ou -ueira;os, dois e3eitos — ou e3eitos — $ontrBrios ão eEiste u; #oder -ue os #roduDa si;ultanea;enteJ Por outras #ala'ras, não eEiste o#ção, #ois a ;es;a $ausa — intenção ou situa*+o — não #ode gerar e3eitos, ou açGes, $ontrBrias: te;os se;#re a ilusão de es$ol%er A natureza maligna
s dualistas ;oderados e os dualistas absolutos a$redita'a; -ue o ;undo ;aterial e 'isí'el tin%a sido $riado #or u; ser i;#er3eito este #onto, a3asta'a;!se ;uito da ortodoEia segundo a -ual 3oi u; &eus ?ni$o e bo; -ue $riou tudo obretudo os dualistas absolutos ensina'a; -ue o &iabo tin%a sido o ?ni$o autor da ;at>ria e dos $or#os, e não, $o;o de3endia; os dualistas ;oderados, o si;#les organiDador do $os;os e, de $erto ;odo, o $olaborador de &eus Certa;ente, nu;a >#o$a ;ais re$ente e sob in3lun$ia do $atoli$is;o e do dualis;o ;oderado, o $ataris;o #o#ular te;#erou u; #ou$o o seu absolutis;oJK 3eD duas $on$essGes não eEiste;, diDia; as #essoas do #o'o, $oisas boas e ;Bs $B na TerraY A #r@#ria #resença da al;a e dos Ro;ens!bons nesta terra não > u; be;Y oi 'erdadeira;ente o &iabo -ue 3eD 3lorir e ger;inar as #lantas ?teis e ino$entesY M ne$essBrio re$on%e$er -ue a teoria -ue trans3or;a'a esta terra nu; in3ernoJ de#ara'a $o; in?;eras obQe$çGes #rBti$as, sobretudo na ;edida e; -ue os dualistas absolutos tin%a; es-ue$ido -ue este ;undo era, na 'erdade, $o;o 8ani < tin%a de;onstrado, u;a ;istura de e3eitos $ontrBrios &o ;es;o ;odo, não era tanto nestes e3eitos 'isí'eis, nestes a$asos $ontradit@rios, -ue o ;undo ;aterial era $onsiderado ;au, ;as na sua essn$ia A $riação diab@li$a > u;a 3alsa $riaçãoK > 'ã, Oisto >, se; 3unda;entos autnti$os, transit@ria Osub;etida a trans3or;açGes in$essantes, $orru#tí'el Oou seQa, tendente #ara o nada V;a s@ 3rase de artolo;eu resu;e os seus $ara$teres: As $riaturas -ue #ode;os 'er neste ;undo, diD!nos, são ;Bs, 3alsas, $orru#tí'eis e, assi; $o;o 'iera; do nada, regressarão ao nadaJ -Et prorsus sicut de nihilo %eniunt, in nihilum re%erturd(. Para Xean de Lugio, a $riação ;aligna a#resenta a ;es;a i;#er3eição nti$a: $ont>; a#enas $oisas ;Bs, 3alsas, transit@riasJ Omala, %ana et transitria: não se baseia no erK 'isí'el, s@ #ossui realidade #ara os sentidos ;ateriais $riados #elo &iabo ão te; nada de $o;u; $o; a -ue l%e o#Ge; artolo;eu e Xean de Lugio, o ;undo $elestial e in'isí'el, onde s@ %abita; entidades eternas e in$orru#tí'eis
<
8ani, ou 8ans, nas$ido na P"rsia, $riador da doutrina dualista, atribuía a $riação a dois #rin$í#ios, u; essen$ial;ente bo;, -ue > &eus, outro essen$ial;ente ;au, -ue > o &iabo Odoutrina dos dois #rin$í#ios
O &ers)"ulo 1* + de , João
Co;o os dualistas absolutos 'enera'a; ;uito #arti$ular;ente o ('angel%o de Xoão, era ne$essBrio -ue nele 'isse; — ou introduDisse; — u; signi3i$ado dualista 'ersí$ulo I, = diD: &udo o #ue foi feito, Jele -7esus )risto( O era a 4ida e a 4ida era a luz dos homensJ -ue estabele$e -ue tudo o -ue eEiste 3oi 3eito e; Xesus Cristo e, #or $onseguinte, -ue nada 3oi 3eito #elo &iaboK e -ue, #ortanto, eEiste u; ?ni$o $riador s $Btaros entendia; o 'ersí$ulo de ;odo di3erente, ;udando a #ontuação: Tudo o -ue tin%a sido 3eito ele — era a 6idaJ -ue signi3i$a'a: O@ o -ue tin%a sido 3eito ele era 6idaJ, 3i$ando assi; entendido -ue outras $oisas tin%a; sido 3eitas #elo &iabo Oe -ue não era; a 6ida, ;as a 8orte A tradução $at@li$a atual > ;uito $lara e, natural;ente, absoluta;ente nada dualista: (le era a 'ida de todo o serJ A dos $Btaros ta;b>; era ;uito $lara, N sua ;aneira, e, natural;ente, dualista ao ;BEi;o: )o #u6es fait en Lui — era %ida O@ o -ue tin%a sido 3eito ele era 'ida O $rin")$io do Mal
8as, -ual > este #rin$í#io do 8alY ão $oin$ide total;ente $o; a ;at>ria, e > este u; dos #ontos e; -ue o $ataris;o se distingue do ;ani-ueís;o antigo o entanto, o &iabo e a ;at>ria $onser'a; u;a relação ínti;a u a ;at>ria $riou o &iabo O$o;o no antigo ;ani-ueís;o, e; -ue surge, #or 'eDes, $o;o u;a es#>$ie de 3also es#írito sus$itado #elo Qogo $ego dos ele;entos, ou o &iabo $riou a ;at>ria -ue, de -ual-uer ;odo, > inse#arB'el dele Suanto aos dualistas absolutos, #are$e ter %a'ido, no -ue se re3ere N eternidade da ;at>ria, duas tendn$ias di'ergentes Vns, tal'eD in3luen$iados #elo $atoli$is;o Oou #elo dualis;o ;oderado, de3endia; -ue o ;undo teria u; 3i;K outros, -ue ele era eterno Penso -ue a doutrina 'erdadeira e 3unda;ental > a -ue #ostula a sua eternidade: uod mundus semper fiut et semper erit OSue o ;undo se;#re eEistiu e se;#re eEistirB Tin%a o seu 3unda;ento no 3ato de $ada $riador retirar a sua $riação da sua #r@#ria substn$ia e de sere;, #or $onseguinte, $o!eternos egundo 8oneta, o dualista absoluto Tetri$us, $uQas obras tin%a lido, ensina'a -ue as al;as eEistia; #or toda a eternidade e era; coae%ae !ei, da ;es;a idade -ue &eusJ A$onte$ia o ;es;o $o; as entidades ou $oisas $riadas #elo &iaboY Certa;ente, #ois a"nier a$$oni diD!nos, #or seu lado, na sua Summa de )atharis, -ue as $riaturas, no siste;a de Xean de Lugio, estão #ara o seu $riador $o;o os raios #ara o olJ (Eiste, #ois, algu;a #ossibilidade das teorias $o;uns a Tetri$us e a Xean de Lugio tere; sido ado#tadas #ela grande ;aioria dos dualistas absolutos ão elas, e; todo o $aso, -ue a#resenta; ;ais #ontos de $on$ordn$ia $o; as teorias da $riação -ue 3igura; tanto e; artolo;eu O122+ $o;o e; Xean de Lugio O12=+, e -ue se ada#ta; ;el%or N estrutura interna do dualis;o Pode;os, de resto, $on$iliar 3a$il;ente a o#inião dos -ue a$redita; no 3i; do ;undo $o; a dos -ue não a$redita; Alguns dualistas $on$ebera; $erta;ente o 3i; do ;undo $o;o u;a dissolução deste uni'erso onde se en$ontra; inti;a;ente ligadas as $riaçGes antagni$as dos dois #rin$í#ios do e; e do 8al esta @#ti$a, as al;as
libertadas instalar!se!ia; nu;a es#>$ie de Xerusal>; $eleste, in$orru#tí'el e lu;inosa 8as, o in3erno $ontinua a ser o habitat natural do de;nio XB assinalB;os -ue, #ara $ertos $Btaros, > a #r@#ria terra -ue, de#ois da #artida das al;as #uras, se trans3or;arB e; in3erno e re3?gio das entidades #ara se;#re ;alditas os dois $asos, o $ataris;o atribui N ;at>ria, e a atã, seu $riador, u;a duração eterna &este ;odo, o &iabo $Btaro a#roEi;a!se do ;ani-ueís;o: se; se identi3i$ar $o;#leta;ente N ;at>ria, atã en$ontra!se!l%e #ara se;#re ligado o entanto, ele > ;uitas 'eDes $on$ebido $o;o u; esprito — e sobretudo, > 'erdade, nos ;itos —, $o;o u;a es#>$ie de anQo -ue le;bra o L?$i3er do $atoli$is;o e do dualis;o ;oderado Odo -ual so3reu a atração, se; d?'ida 8as, %erdou igual;ente a 3alta de autoridade a -ue o dualis;o ;oderado tin%a reduDido o segundo il%o de &eus, L?$i3er, outrora bo; e tornado ;au (, ;ais u;a 'eD, > i;#ossí'el deiEar de #ensar no ar$anQo abandonado do $ristianis;o e do anto Agostin%o Assi; $o;o eEiste; todos os graus inter;>dios, na ortodoEia $ristã, entre o anQo rebelde e a besta, ta;b>; surgira; ;uitas $on$e#çGes %eterodoEas destinadas a reduDir a di3erença -ue se#ara'a o dualis;o absoluto do #retenso dualis;o ;oderado As duas tendn$ias reagia; u;a $ontra a outra A noção de ar$anQo rebelde trans3or;a'a o #rin$í#io nu;a es#>$ie de es#íritoK ;as, a #roble;Bti$a absolutista segundo a -ual nen%u; ser #ode ;udar, tornar!se ;au, se; ter so3rido o e3eito de u;a $ausaJ, in3luen$ia'a igual;ente os dualistas ;oderados -ue 'ia; be; !-ue a in'enção da liberdade não basta #ara eE#li$ar o a#are$i;ento do ;al, se não esti'er QB #resente u;a $ausa destinada a in3le$tir a es$ol%a ;al, — diD Xean de Lugio, — nun$a #oderia ter resultado es#ontanea;ente da $riatura do &eus bo; $o;o tal $onsiderada, se não ti'esse eEistido u;a $ausa eEteriorJ Assi;, os dualistas ;oderados de Con$oreDDo a$res$entara; u; as#e$to esot>ri$o Oesot>ri$o #or-ue eles #r@#rios l%e $%a;a'a; se$retoJ N sua $rença esot>ri$a sobre a $orru#ção es#ontnea do anQo rebelde &e3endia;, se$reta;ente, -ue Lu$i3er, $riado bo;, se tin%a tornado ;au sob a in3lun$ia de u; 'erdadeiro #rin$í#io do 8al, -ue re#resenta'a;, nos seus ;itos, sob a 3or;a de u; ;onstro $a@ti$o — o $aos $onstitui o ;eio, e at> o estado natural do ;au #rin$í#io — $o; -uatro 3a$es, a de u; %o;e;, a de u;a a'e, a de u; #eiEe e a de u; ani;al atural;ente, des#reDa!se se;#re este teEto, #or>; essen$ial, -ue #er;ite reduDir as di3erenças entre dualistas absolutos e ;oderados e, sobretudo, a#reender ;el%or a natureDa do ;au #rin$í#io (; ;in%a o#inião, este ;onstro > a ?ni$a i;age; -ue os $Btaros nos trans;itira; do #rin$í#io ;aligno M #aradoEal -ue 3igure nu; teEto e;anando do hdualis;o ;oderadoH Trata!se de u; #rin$í#io: nun$a te'e $o;eço M u; es#írito ;auJ ou de ;B -ualidade One#uam, u; es#írito ligado ao $aos e; -ue reside, e não tendo nen%u; #oder de $riar -Et mcnebat in hoc )haos, nidlam habens potestatem creandi(. eria di3í$il $onsiderar este ;au #rin$í#io igual e; #oder ao 'erdadeiro &eus (le #ossui uni$a;ente o #oder de seduDir ou de $orro;#er L?$i3er, ainda bo;, ;as #redestinado a não o $ontinuar a ser #or ;uito te;#o @ #ode o#erar na orde; eEisten$ial $o; a aQuda de u;a essn$ia $riada #elo &eus bo;
(ra sob estas a#arn$ias ;ateriais -ue os dualistas absolutos re#resenta'a; o 'erdadeiro #rin$í#io do 8al Alguns, os da es$ola de Xean de Lugio, #or eEe;#lo, deseQosos de se eE#ri;ire; de ;odo ;ais 3ilos@3i$o, $%ega'a; a desdobrar o ;au #rin$í#io de ;odo a $onsiderar os diabos e os deusesJ $o;o si;#les e;anaçGes da aiD do 8al, e a situB!la nu; al>; in3inita;ente re$uado e irre$on%e$í'el Xean de Lugio a3ir;a -ue atã > u; ser deri'adoJ do ;au #rin$í#io, -ue >, e; si ;es;o, u;a $oisa di3erente ingu>;, neste ;undo, a$res$enta, nos #ode ;ostrar esse deus ;au de ;aneira 'isí'el ou te;#oral — ne; o &eus do e;, de restoJ 8as, #elos e3eitos $on%e$e;os a $ausa este $aso, o e3eito > o ;es;o -ue o #rin$í#io, -ue #are$e ser, #ara Xean de Lugio, a#enas u;a ideia abstrata de $orru#ção uni'ersal (sta ;aneira de desdobrar o ;au #rin$í#io e; #ersonage;!$ausaJ e #ersonage;!e3eitoJ > assinalada #or a"nier a$$oni no Li%ro dos dois princpios de Xean de Lugio Odo -ual #ossuí;os a#enas u; resu;o a #arte da sua Suma de )atharis, e; -ue nos trans;ite as o#iniGes de Xean de Lugio O !e opinionibus 7ohannis de Lugio, diD!nos -ue, #ara este, o ;undo era obra do &iabo ou antes, do #ai do &iaboJ e Xean de Lugio soube $on3erir u;a eE#ressão 3ilos@3i$a bastante rigorosa a esta ideia, no resu;o -ue $onser'a;os do seu li'ro, ela não 3oi in'entada -ue ;ostra be; -ue, ta;b>; neste #onto, introduDiu #ou$as ino'açGes, li;itando!se, na ;aior #arte das 'eDes, a ra$ionaliDar $on$e#çGes tradi$ionais s dualistas absolutos se;#re ;ostrara; distinguir o &iabo do #ai do &iaboJ Pode ler!se no Ditual )1taro LatinoN. PensB;os de'er diDer: Pai osso -ue estais no $>u, #ara o distinguir do #ai do &iabo, -ue > ;au e #ai dos ;ausJ M o E%angelho de Xoão -ue estB na base desta $rença: de;nio, -uando ;ente, 3ala das suas #r@#rias $oisas Oou $ausasY, do seu #r@#rio 3undo, #ois > ;entiroso e #ai deleJ O5,== A tradução o$$itni$a: Lo demon, co parla messorgua, de sas prprias causas parla, car messorguier es el paire de lui, >, re$on%eço!o, tão a;bígua $o;o o teEto latino e o teEto grego OBti, pseustes estin Kai o pater autou. XB nas ctas de rchelaOs traduDidas #or 8ani se lia: Co;o não #ossui a 'erdade, se;#re -ue ;ente, 3ala de si ;es;o, #ois > ;entiroso, tal $o;o seu #aiJ M 'erdade -ue os $Btaros de &rago'itsa, = $uQa IgreQa, segundo a tradição, tin%a sido direta;ente 3undada #or 8ani, sabia;, #elo E%angelho de Xoão assi; inter#retado, -ue L?$i3er era o 3il%o do deus das tre'as, isto >, sua e;anação ou ;ani3estação: Et dicunt #uod Lucifer filius dei tenebrarum est, #uia dicitur E%angelio 7ohannis< %ox ex patre diaboli estis..., et$ Et pater e@us, id est !iaboli, scilicet Luciferi est radix. M #ro'B'el -ue a ;aior #arte dos dualistas absolutos, #elo ;enos de#ois da 'inda a rança de i$etas, $uQas teorias se asse;el%a'a; Ns dos %er>ti$os de &rago'itsa, inter#retasse; $o;o 8ani a #assage; e; -uestão do E%angelho de Xoão A$redita'a; na eEistn$ia de u;a raiD do 8al, o$ulta e irre$on%e$í'el, da -ual todos os ;ales — in$luindo o #r@#rio atã — $onstitue; a eE#ressão deri'ada Oa #uo, diD Xean de Lugio, potestas Sathane et tenebrarum... deri%antur =
o;e -ue se atribuía N IgreQa b?lgara -ue #ro3essa'a o dualis;o absoluto
Te;os 'erdadeira;ente a i;#ressão de -ue, #ara os dualistas ;oderados, o #ai do &iabo #odia #er3eita;ente $orres#onder ao ;onstro do $aos de -ue 3alB;os,4 e o 3il%o, ao anQo rebelde $orro;#ido #or ele dualis;o ;oderado teria sido u; dualis;o tí;ido — ou se$reto — es$a;oteando, #or #rudn$ia OY o 'erdadeiro #roble;a da orige; do ;al Con'>;, #ortanto, re'er de $erto ;odo as teorias e; $urso e re$on%e$er -ue toda u;a 3ra$ção dos dualistas ;oderados a$redita'a — no ínti;o dos seus #ensa;entos — $o;o os dualistas absolutos: -ue eEistia u;a raiD eterna do 8al, ;as -ue o$ulta'a; esta $rença $o;o u; ;ist>rio: rcanum est, diDia;K -ue, #ara os dualistas absolutos, a-uilo a -ue $%a;a'a; o ;au #rin$í#io era, e; si ;es;o, irre$on%e$í'el e -ue todos os ;ales — e atã e os seus de;nios — se li;ita'a; a ;ani3estar os seus e3eitosK -ue, sobre este #onto e sobre ;uitos outros, eEiste u;a $erta $on$ordn$ia entre anto Agostin%o e os $Btaros anto Agostin%o, $o;entando o E%angelho de Xoão, de$lara -ue as tre'as, o erro e a ;orte não se en$ontra; no 6erbo ( Xean de Lugio: Sue as tre'as, #or $onseguinte, não estão $o; ele O Pois as tre'as não 3ora; $riadas ne; direta;ente ne; #rin$i#al;ente #or osso en%or, o 'erdadeiro &eus e seu 3il%o, Xesus CristoJ Pelas ;es;as raDGes, > absoluta;ente i;#ossí'el de3ender, $o;o ainda 3aDe; obstinada;ente alguns %eresi@logos, -ue os dois #rin$í#ios do $ataris;o são iguais (ste ter;o não #ossui u; signi3i$ado ;uito #re$iso OiguaisJ -uer diDer: se;el%antes, idnti$os e, al>; disso, se não disser;os e; -ue > -ue são iguais, > e'idente -ue não são iguais ne; e; 'alor ne; e; #oder, ne; se-uer e-ui'alentesJ Para Xean de Lugio, o 8al eterno > #e$ado, $astigo, ang?stia, erro, 3ogo e su#lí$io, suQeição e atãJ ( nada te'e $o;eço ne; terB 3i; Suarenta anos antes, o $Btaro artolo;eu $onsidera'a toda a ;ani3estação 'isí'el, e o #r@#rio &iabo ta;b>;, $o;o u;a 3antas;agoria ilus@ria desenrolando!se entre dois nadas Por outro lado, insiste sobre o 3ato do &eus do e; ser o ?ni$o summus ac %erus et omnipotens Osu#re;o, 'erdadeiro e todo! #oderoso, en-uanto o 3also &eus não > nada disto (, #ara Xean de Lugio, o &iabo > a#enas ;entira, erro 3also #oder Onão 'erdadeiro e i;#otn$ia #ara atuar #ara al>; do #lano do 8al, -ue não > 'erdadeiroJ Co;o #oderia; os $Btaros $onsiderar iguais e; 'alor e e; intensidade nti$a, o erro e a 'erdade, o #oder 'erdadeiro e o #oder 3also, a #lenitude do ser e o ser niiliDado, o e; e o 8al, o er e o adaY e, e; 'eD de utiliDar a linguage; dos In-uisidores, os %istoriadores $onsentisse; — o -ue re'elaria u; ;íni;o de eEatidão — e; res#eitar o 'o$abulBrio dos %er>ti$os -ue estuda;, $o;o 3aDe; -uando trans;ite; as $renças dos &ogons ou dos antusK se $%a;asse; ao bo; #rin$í#io 6erdadeiro &eus, N ;aneira dos $Btaros, tal'eD $onsiderasse; ;ais natural não designar o outro, o 3alsoJ, #or seu igual e #ensasse; $lara;ente -ue tornar os dois #rin$í#ios iguais signi3i$a ad;itir!se a eEistn$ia de dois seres su#re;os, os -uais, #ortanto, deiEaria; de ser o#ostos e $ontradit@rios, tal'eD e'itasse; — $o;o se;#re 3iDera; os $ontro'ersistas 4
Pode;os o#or esta ideia N 'isão ro;nti$a do diabo inteligente e sedutorJ
$at@li$os da Idade 8>dia, a#esar de ;uito %ostis ao dualis;o $Btaro — atribuir se;el%ante dis#arate aos %er>ti$os, u;a 'eD -ue nen%u; teEto os autoriDa a 3aD! lo e -ue, #elo $ontrBrio, todos os es$ritos de orige; $Btara #ro$la;a; a debilidade nti$a e a in$a#a$idade de $riar do 8aligno, e anun$ia; $o;o ine'itB'el a sua derrota 3inal -uando $%egar o 8o;ento inal
O CATARISMO MORREU MAS O SEU ESPÍRITO SOBREVIVE M se;#re #ossí'el — e ningu>; #are$e #ri'ar!se de o 3aDer — reduDir o $ataris;o Ns di;ensGes de u;a #e-uena %eresia $ristã, en$errB!lo %istori$a;ente nos bre'es anos da sua eEistn$ia e, sobretudo, $onsiderar -ue %B ;uito ter;inou a sua $arreira (ste #onto de 'ista > #er3eita;ente de3ensB'el 8as ta;b>; não > #roibido in$luí!lo no $o;#leEo dualista ;uito ;ais 'asto, -ue > o seu, a-uele de -ue resultou e -ue engloba legiti;a;ente o ;ani-ueís;o e o bogo;ilis;o, e a$res$entar!l%e os nu;erosos #rolonga;entos ideol@gi$os -ue sus$itou e;#re -ue 'e;os ;ani3estar!se u;a o#osição dog;Bti$a ao $atoli$is;o ro;ano e aos seus ;>todos, -ue $onsistira; ;uitas 'eDes e; $onstranger as al;as su#li$iando os $or#os, desde -ue esta o#osição se ,a#oie na $rença de -ue eEiste no ;undo u;a raiD do 8al eterna e irredutí'el, senti;o!nos #er3eita;ente no direito de 3alar de $ataris;o ou, #elo ;enos, de ;ani-ueís;o — $o;o, de resto, 3aDia; 3re-uente;ente os in-uisidores — seQa -ual 3or a orige; %ist@ri$a direta da doutrina $onsiderada: ;ani-ueís;o antigo, bogo;ilis;o, $ataris;o o$idental
A AVENTURA ESPIRITUAL DO SÉCULO XIII NO INÍCIO DO SÉCULO XIX Os gibelinos
(n-uanto se di'ulga'a no Languedo$, o $ataris;o i;#lanta'a!se solida;ente e; nu;erosos regiGes da ItBlia, onde 3oi tão 3ir;e;ente re#ri;ido $o;o e; -ual-uer outra #arte As #ri;eiras #erseguiçGes $ontra os $Btaros, na Tos$ana, ti'era; lugar e; Prato, e; 122< (; lorença, a In-uisição $o;eçou a 3un$ionar e; 12=< sob a direção de ra uggiero dei Cal$aganiK no ano seguinte, a re#ressão eEer$eu!se e; Po##i e e; Prato, onde ;ul%eres e 3idalgos 3ora; lançados Ns $%a;as &e#ois da derrota dos #atarinos 3lorentinos e; 12==, a In-uisição e;#regou sobretudo as ar;as da delação, da $on3is$ação dos bens, do eEílioK e, no iní$io do s>$ulo FI6, o $ataris;o ati'o não era ;ais do -ue u;a re$ordação %ist@ri$a 8as, e; lorença, a %eresia #are$e ter assu;ido desde ;uito $edo u; $arBter #arti$ular e ter sobre'i'ido durante ;uito te;#o, ;isturando!se $o; doutrinas 3ilos@3i$as de origens ;uito di'ersas A %eresia tornou!se sin$r>ti$a s gibelinos — ini;igos do #a#a e #artidBrios do i;#erador 1 — não era; $Btaros no sentido estrito, ;as tin%a; so3rido a in3lun$ia dos dualistas o$$itni$os 1
M a >#o$a do #a#ado de A'in%ão gibelino Cola di ienDi reinou e; o;a, donde eE#ulsara a autoridade #onti3i$a ienDi -uase ;udou o $urso da %ist@ria de rança ao en'iar #ara o ul u; 3also Xoão I -ue #are$e ter sido tro$ado N nas$ença assassinato de ienDi tal'eD ten%a sal'o a dinastia dos Ca#etos
re3ugiados e; ItBlia e dos tro'adores %ostis N IgreQa, -ue rederi$o II tin%a a$ol%ido na sua $orte ( estes o$$itni$os — #enso, #or eEe;#lo, e; uil%e; igueira — to;a'a;!se, #or 'eDes, #or tabela, ainda ;ais gibelinos do -ue os $Btaros M di3í$il saber o -ue #ensa'a; eEata;ente estes nobres 3lorentinos, tal'eD e#i$uristas #or te;#era;ento, ;as $uriosos e; relação a todas as no'as doutrinas — ou reno'adas desde a Antiguidade — desde -ue 3osse; anti$at@li$as 8ostra'a;!se a#aiEonados #elo #latonis;o, ;as ta;b>; e #rin$i#al;ente #elo a'erroís;o, e #ode;os ad;itir a %i#@tese de -ue, #ou$o dis#ostos a estabele$er a unidade das suas $on$e#çGes, 'ia; no no'o a'erroís;o latino de3endido #or iger rabant u;a es#>$ie de $ataris;o ;ais e'oluído e ;ais 3ilos@3i$o As se;el%anças a#resentadas #elas duas %eresiasJ sobre todos os #ontos essen$iais são sur#reendentes s $Btaros $onsidera'a; o es#írito do %o;e; i;#e$B'el, in$orru#tí'el e residindo e; &eusK a teoria de iger rabant diDia -ue o intele$to > idnti$o e; todos os %o;ens s ?lti;os $Btaros #ensara;, #or 'eDes, -ue a al;a, ;aterial, ;orria $o; o $or#oK iger a$redita'a ta;b>; -ue ela era destruída $o; o sangue A ideia a'erroísta de -ue a #ro'idn$ia di'ina não se eEer$e sobre a terra #odia #er3eita;ente $on$iliar!se $o; a do;inação eEer$ida sobre ela #elo #rín$i#e das tre'as inal;ente, a negação do li're arbítrio, a ne$essidade dos a$onte$i;entos, a eternidade do ;undo erra; ensinadas da ;es;a ;aneira #elos a'erroístas e #elos $Btaros (n$ontra;!se inegB'eis ;ar$as de a'erroís;o nos #oe;as de uido Ca'al$anti — -ue tal'eD ten%a sido $Btaro — e, sobretudo, no $urioso #oe;a do Fiore atribuído a &ante atural;ente, de'e;os 'er, e; #ri;eiro lugar, nesta es#>$ie de sin$retis;o 3ilos@3i$o u; 3en;eno eE#li$B'el sobretudo #elas $ir$unstn$ias so$iais e #olíti$as s gibelinos tin%a; tendn$ia #ara ado#tar todas as #ro#osiçGes -ue a IgreQa ro;ana $lassi3i$a'a de %er>ti$as #oe;a :l Fiore > bastante re'elador sobre este as#e$to (s$rito $erta;ente no 3i; do s>$ulo FIII — e tal'eD #or &ante, re#resentando, neste $aso, u;a obra de Qu'entude —, $o;#Ge!se de 2<2 sonetos -ue se asse;el%a; a u;a i;itação, ou a u;a tradução, do Domance da Dosa, -ue a$o;#an%a de #erto 8as, -uando o eEa;ina;os atenta;ente, a#er$ebe;o!nos de -ue > ;uito di3erente, não s@ #elo es#írito geral, ;as ta;b>; #ela orientação de $ertas alusGes A #ersonage; (nganadoraJ re#resenta 3re-uente;ente a %i#o$risia religiosa e a In-uisição Todas as si;#atias do #oeta gibelino, 'ão se; d?'ida, #ara as 'íti;as da In-uisição: os #atarinos, os a;antesJ, iger de rabant, e; su;a, todos os -ue to;ara; #osição $ontra o;a ou 3ora; $ondenados #or ela o soneto 1, a #ersonage; (nganadoraJ re'ela!se $o;o u; in-uisidor tolo e $ruel: aberei #ro'ar aos #atarinos, diD!nos, -ue são %er>ti$os e 3B!los!ei sentir o enor;e $alor das 3ogueirasH Pelo ;enos, ;andB!los!ei en$lausurarZ e sub;et!los!ei a #enitn$ias tão duras -ue ;ais 'aleria nun$a tere; nas$ido (; Prato, e; AreDDo, e; lorença, destruí e eEilei ;uitos 8aldição #ara os -ue $aíre; sob as ;in%as sentençasJH
V; $erto ir;ão (lias, su#erior da orde; dos 3ran$is$anos, tin%a sido de;itido #elo #a#a Tal'eD 3osse u; #ou$o gibelino, #ois tin%a!se unido, diDe;, a rederi$o II e $a'alga'a a seu lado durante os $er$os de aenDa e de a'enne Tin%a sido substituído na direção da sua orde; #elo ir;ão Alberto autor do Fiore #re3ere, natural;ente, (lias a este ir;ão Alberto, $ontra o -ual o #o'o dos $a;#os tin%a igual;ente to;ado #artido o soneto 55, o ir;ão Alberto Od[Agi;oro en$arna a %i#o$risia e o 'í$io: $ulto!;e sob estas 'estes, diD o #oeta, sob estas 'estes de -ue ningu>; de'e en'ergon%ar!seJH Suanto a iger de rabant, -ue &ante $olo$ou no Paraíso entre os santos -ue re#resenta; a teologia, o autor do Fiore la;enta a sua sorte: 8atara;!no $o; grande dorJ, no territ@rio sub;etido N Qurisdição de o;a, e; r'ieto abe;os -ue iger de rabant tin%a to;ado #arte ati'a na -uerela 3a;osa entre as gentes de &o;ini-ue e os -ue le; a l@gi$a, e era odiado #ela In-uisição do;ini$ana, -ue s@ gosta'a da l@gi$a Assi;, não 'e;os, e; :l Fiore, o a'erroís;o, o es#írito anti!ro;ano, o anti$leri$alis;o, u; e#i$uris;o #ro3undo $onQugando!se a #reteEto de eEaltar o A;orJ — o do Domance da Dosa. &aí at> #ensar -ue, #ara os gibelinos, o A;or ser'ia #ara designar algo ;ais do -ue esta #aiEão, 'ai u; #asso ra#ida;ente trans#osto #elos eruditos te;erBrios O amor e os seus !iéis
o seu li'ro #ubli$ado e; Londres e; 15<2, $o; o título, u; tanto longo: &o es#írito anti#a#al -ue #roduDiu a e3or;a, e da in3lun$ia se$reta -ue eEer$eu sobre toda a literatura da (uro#a e #arti$ular;ente da ItBlia, abriel ossetti 3or;ulou, e; #ri;eiro lugar, a %i#@tese de -ue o 'o$abulBrio de &ante e dos 3i>is do a;or $onstituía u;a linguage; se$reta designando o i;#erador e a ;onar-uia uni'ersal #or no;es de ;ul%er i;aginBrios: eatriD, Laura, ia;ettaK e o Pa#a e o ;undo $orro;#ido -ue l%e obede$ia, #elos 'is ter;os de loba, guel3o O-ue signi3i$a loboJ, #rostituta, et$ As ;ul%eres #uras — o $ontrBrio das #rostitutas — designa; es#e$ial;ente o #oder i;#erial, a ;onar-uia rodeada de todas as 'irtudes e de todas as 'antagens (sta %i#@tese não >, e; si ;es;a, absurda %istoriador ingls 8att%ieu Paris $onta -ue u; trns3uga da seita $Btara, u; $erto 'on de arbonne, teria es$rito, e; 12=<, ao ar$ebis#o de ord>us diDendo -ue tendo ido a ItBlia, a Cos;e, 3ora a;iga'el;ente re$ebido e $o; toda a generosidade #or $o!se$tBrios, aos -uais se a#resentaraK -ue 3i$ou a saber, atra'>s deles, ;uitas $oisas res#eitantes aos assuntos da seita, e, e; es#e$ial, sobre a seleção -ue ela 3aDia, na Tos$ana e na Lo;bardia, de alunos inteligentes -ue en'ia'a, e; seguida, #ara Paris, N sua $usta, #ara a#rendere; a arte de utiliDar as subtileDas da l@gi$a e da teologiaK -ue se$tBrios $o;er$iantes #er$orria; as 3eiras e os ;er$ados $o; o intento de obter #ros>litos #ara a sua es$ola, e -ue, -uando ele, 'on, abandonara Cos;e #ara #assar #or 8ilão, Cr>;one e 6eneDa de $a;in%o #ara 6iena, tin%a sido se;#re e #or toda a #arte re$on%e$ido #or ;eio de sinaisJ M #ro'B'el, $o; e3eito, -ue os $Btaros ten%a; utiliDado sinais de re$on%e$i;ento, N ;aneira dos #edreiros li'res 8as, $onstituiria; estes sinais u;a linguage; e, sobretudo, u;a linguage; #o>ti$aY
Considero ;ais $on'in$ente o #re3B$io dos )oment1rios sobre o );ntico dos );nticos2, e; -ue 8artin Lut%er #are$e ad;itir $o;o #er3eita;ente $orrente entre os #rín$i#es o %Bbito de usar u;a linguage; se$reta atribuída ao a;or a 'erdade, diD!nos, > o -ue os reis e os #rín$i#es $ostu;a; 3aDer -uando $o;#Ge; 'ersos a;orosos Ocanunt amatoria carmina -ue o $idadão $o;u; $onsidera dirigidos N es#osa ou a u;a a;ante, e;bora, na realidade, estes #rín$i#es se re3ira; ao (stado e ao go'erno dos seus #o'osJ Oeste $aso, #oderia tratar!se do i;#erador rederi$o II Con3esso #or>; -ue, eE$eto nos raros $asos e; -ue ;e #are$e, de 3ato, -ue $ertas #assagens de &ante ou $ertos #oe;as de uido Ca'al$anti a#resentaria; u; sentido ;ais satis3at@rio se a %i#@tese de abriel ossetti 3osse 'erdadeira, não ;e sinto #lena;ente $on'en$ido M #ossí'el, a3inal, -ue o gibelino Ca'al$anti, a;ante da 3lorentina io'anna, #ersoni3i$ando a seita gibelina, sob #reteEto de ir e; #eregrinação a Co;#ostela, ten%a #arado e; Toulouse e ten%a 'isto a seita albigense 3igurada #ela tolosana 8andetta, %irta, a;arrada #elos seus #erseguidores, a -ual, $o; u; ol%ar, se 3eD $o;#reender e a;ar Ad;ito de boa 'ontade, de ;odo, ;ais geral, -ue a seita anti#a#ista dos #atarinos se ten%a ;isturado, $o;o diD ossetti Ns dos gibelinos 8as, não estou $erto de -ue ten%a; 'oluntaria;ente -uerido o$ultar!se ou, #elo ;enos, o$ultar! se #or esse #ro$esso essa >#o$a, ;uitos #oetas ata$a'a; aberta;ente o #a#ado e, e; #arti$ular, Petrar$a O$uQos sonetos Fiamma dei )ielo e Fontana di dolore $onstitue; as sBtiras ;ais terrí'eis — Qunta;ente $o; o sir%entês de uil%e; igueira — Qa;ais lançados $ontra os #a#as e o autor do Fiore' (stes #oetas não assina'a; as suas obras e não era; obrigados a di'ulgB!las e; ;eios %ostis Pre3iro #ensar -ue tin%a; ado#tado u;a si;bologia #re$isa $orres#ondente Ns suas $on'i$çGes e -ue insistia; $ategori$a;ente e; in$luir ta;b>; o A;or no seu siste;a 8as, natural;ente, u; a;or %er>ti$o, li're $o;o o a;or e#i$urista e, senão $asto $o;o o a;or #latni$o, #elo ;enos, $o;o ele, gerador de 'irtudes Oo a;or -ue, $o;o diD Ca'al$anti, surge uni$a;ente nos %o;ens de 'alorK e, de -ual-uer ;odo, de$orrente da atureDa e não do &eus de o;a Co;o #oderia #ro'ar o Fiore, o #oe;a ;ais eE#lí$ito neste #onto, -ue não $on3unde o seu deus de a;orJ $o; a deusa -ue o #ersoni3i$a'a entre os tro'adores OeE$eto #ara alguns, e; -ue > ;as$ulinoJK ne; $o; a 8inne, -ue > ta;b>; u;a rain%aJ #ara os 8innesBngerJ (le >, $o;o, de resto, no Domance da Dosa, u;a es#>$ie de L?$i3er gibelino, ou a'erroísta, -ue os bons $at@li$os não #ode; ser'ir Oo Domance da Dosa não 'ai tão longe na i;#iedade: doraAme, pois sou o teu deus, e re@eita #ual#uer outra cren*a e n+o acredites em Lucas nem em Mateus nem em Marcos nem em 7o+o' A;or > e; si ;es;o, e não $o;o sinal se$reto de -ual-uer $rença %eterodoEa, a eE#ressão da o#osição a o;a -amor contra Doma'(. ão tin%a sido $ondenado e; Paris, e; 127+, #elo bis#o Te;#ier a #ro#@sito do tratado 2
Pre3B$io $itado #or (!X &el>$luDe: !ante lighieri ou a Poesia morosa, t II, # 477
!e amoribus de Andr>, o Ca#elão, Qunta;ente $o; as a3ir;açGes de iger de rabant sobre a identidade dos intele$tuais, a eternidade do ;undo, et$Y Ta;b>; o a;or era u;a %eresia, a ;ais agradB'el de todas Vnia entre si todas as %eresias anti!ro;anas (ra natural -ue se trans3or;asse no seu deno;inador $o;u; -atarina aube* 1+1.: os $erseguidores do "al&inismo
o Languedo$, a segunda ;etade do s>$ulo FI6 tin%a assistido ao desa#are$i;ento do $ataris;o As ?lti;as 'íti;as da In-uisição no $ondado de oiE são essen$ial;ente ateus, ;aterialistas ou a'erroístas, e não dualistas a$reditando si;ultanea;ente no #oder relati'o da ;at>ria neste ;undo e na trans$endn$ia o;ni#otente de &eus no outro (sta;os ;al in3or;ados, de resto, sobre o -ue #ensara; 'erdadeira;ente estes ;Brtires obs$uros A-ui e al>;, de'ia; subsistir n?$leos de %eresia, ali;entando u;a es#>$ie de resistn$ia intele$tual oi nestes ;eios -ue o #rotestantis;o, dois s>$ulos ;ais tarde, re$rutou os seus #ri;eiros aderentes $al'inista C%assanion de 8onistrol e'o$a, no 3i; da sua 5istria dos lbigenses, a re$ordação da %er>ti$a Catarina aube, -uei;ada e; 8onte#ellier, e; 1=17 (sta ra#ariga, -ue #erten$ia ao $on'ento das reiras re$lusas, ;ani3estou, u; dia, o $on%e$i;ento -ue &eus l%e tin%a $on$edido de $ertos #ontos re3erentes N religiãoJ Tin%a nas$ido e; T%ou, na Lorena, ;as > #ro'B'el -ue ti'esse sido e; 8ont#ellier, a$res$enta C%assanion de 8onistrol, -ue ti'esse re$ebido esta instrução, #ois alguns dias de#ois as 3reiras ta;b>; 3ora; -uei;adas, Qunta;ente $o; o $on'entoJ M interessante sublin%ar -ue o #o'o de 8ont#ellier ;ur;urou $ontra estas eEe$uçGes #or a ideia da tolern$ia ter gan%o terreno ou #or se ter $onser'ado na $idade u; $erto es#írito re3or;ista &urante u;a ;issa do (s#írito anto, a";ond Cabasse 3eD u; ser;ão sobre Catarina aube, onde insultou a-ueles -ue se indignara; #or a tere; -uei;ado (ntre as #ro#osiçGes de3endidas #or esta %er>ti$a, algu;as são nitida;ente $Btaras: &esde -ue a eleição do #a#a deiEou de se 3aDer #or ;ilagre, diDia, deiEou de %a'er #a#as 'erdadeiros, $ardeais, bis#os ou #adresK a IgreQa $at@li$a $onsiste uni$a;ente na asse;bleia dos %o;ens e das ;ul%eres -ue 'i'e; $o;o a#@stolos e #re3eriria; ;orrer a o3ender &eusK o ba#tis;o ;inistrado #or u; ;au #adre não te; e3i$B$ia e não $onduD N sal'açãoK os #adres indignos ta;b>; não #ode; $onsagrar a %@stiaK e, de resto, não de'e;os adorar a %@stia, $onsagrada ou não, #ois ela não > o $or#o de Xesus CristoK não > ao #adre -ue n@s de'e;os, $on3essar, ;as a &eus, e te; o ;es;o signi3i$ado $on3essar;o!nos diante de u; lai$o %onesto ou de u; #adreK ;arido e ;ul%er não #ode; ter relaçGes seEuais se; $air e; #e$adoK se não 3iDere; #enitn$ia, serão $ondenadosK de#ois desta 'ida, o #urgat@rio não eEiste #urgat@rio en$ontra!se na terraJ Catarina aube tin%a $on'ertido as 3reias N sua religião O$Btara ou 'aldenseY ou o $on'ento QB era, antes da sua $%egada, u; $entro de $ataris;o tradi$ional e $landestinoY un$a o #odere;os saber ote;os, #or>;, -ue não
se trata eE#ressa;ente de dualis;o nas a3ir;açGes -ue se l%e atribue;, ;as si;#les;ente de re3or;is;o e'ang>li$o (Eiste at> u;a #ro#osição — a -ue se re3ere Ns $rianças ;ortas de#ois do ba#tis;o e -ue não #ode; ser sal'as #or-ue não #ossue; raDão ne; 3> — -ue os $Btaros teria; $erta;ente reQeitado, #elo ;enos sob esta 3or;a: eles ensina'a; si;#les;ente -ue, #ara ser 'Blido, o ba#tis;o es#iritual de'ia ser ;inistrado aos adultos #ossuidores de raDão e de entendi;ento a 'erdade, 3oi #or Catarina aube não #ro3essar o dualis;o -ue C%assanion de 8onistrol a in$luiu, e ;uito be;, entre os #erseguidores do $al'inis;o oi esta santa se;ente, diD!nos ele Oa dos #erseguidores, -ue ger;inou no Languedo$ e e; outros lo$ais 'iDin%os, -ue $res$eu e se desen'ol'eu sob os raios de ol da Xustiça, -ue &eus #ro#agou larga;ente nos ?lti;os te;#osJ (ntão, des#ertando de u; sono #ro3undo, -uase todos estre;e$era; de alegria e se ban%ara; nesta luD $eleste e salutar, #ara en'eredar #elo $a;in%o da #aD, reQeitando as tre'as e ser'indo a &eus segundo o ('angel%o de osso en%or Xesus CristoJ (stes es$ritores $al'inistas do s>$ulo F6I tin%a; toda a raDão e; #ro$urar ante#assados entre os $Btaros e os ?lti;os %er>ti$os do s>$ulo F6, e e; ligar a sua e3or;a N at;os3era anti!ro;ana -ue, se; so;bra de d?'ida, 3a$ilitou a sua di3usão nos $ondados outrora sub;etidos N in3lun$ia dos #er3eitos Antnio &uguin, -ue 3oi o #ri;eiro a #regar o $al'inis;o e; Car$assonne, intitula'a!se de Ro;e;!bo;J — i;itando, assi;, os ;inistros $Btaros do s>$ulo FIII, e;bora este ter;o QB não 3osse utiliDado no sentido de %o;e; religiosoJ — $erta;ente #ara bene3i$iar do #restígio -ue ainda goDa'a; nas $idades e nos $a;#os, e #ara restabele$er a tradição s des$endentes dos -ue tin%a; sido -uei;ados ou #erseguidos Qulga'a; re'er nos #astores $al'inistas os Ro;ens!bons dos te;#os idos A$res$ente;os, #or>;, -ue, atual;ente, não > #ossí'el atribuir N e3or;a $al'inista u;a 3iliação doutrinai direta e; relação N e3or;a $Btara $al'inis;o o#s!se se;#re Ns $on$e#çGes dualistas
O SÉCULO XVIII /ma seita de 'maniqueus 0udaizantes(
Contra a intolern$ia e o 3anatis;o, o s>$ulo F6III reagiu 'igorosa;ente: não %B u; ?ni$o 3il@so3oJ -ue, #elo ;enos u;a 'eD na sua obra, não ten%a 3alado $o; algu;a si;#atia dos $Btaros ou 'aldenses Para eles, a luta $ontra o 3anatis;o $onsistia #ri;eira;ente e; reabilitar siste;ati$a;ente todos a-ueles -ue, no #assado, os #a#as e os reis tin%a; $ondenado inQusta;ente Oos Te;#lBrios, #or eEe;#lo A be; diDer, os (n$i$lo#edistas $on%e$ia; ;uito ;al o $ataris;o e interessa'a;!se ;ais #elos 'aldenses e #elos #rotestantes -ue
ainda era; #erseguidos ão $reio -ue algu;a 'eD ten%a; sus#eitado da eEistn$ia da seita de -ue 'os 'ou 3alar e; seguida (; 172<, u;a asso$iação de QudaiDantes!;ani-ueus $o;eçou a ser assinalada e; 8ont#ellier du-ue de o-uelaure, en'iado ao Languedo$ #ara re#ri;ir a ati'idade dos $al'inistas, 3oi #re'enido de -ue os %er>ti$os, %o;ens e ;ul%eres, se reunia; e; $asa de u;a $erta Anne obert, 'i?'a de Xean 6er$%and relat@rio da #olí$ia 3orne$e ;ais #or;enores sobre o ;obiliBrio e o 'estuBrio dos assistentes do -ue sobre a doutrina oi des$oberto u; li'ro onde se en$ontra'a; estas #ala'ras: M o registo da-ueles -ue, $o; a #arti$i#ação do (s#írito anto, es#era; a 'inda do 8essiasZ 3il%o da 'i?'a 6er$%and 3oi en$ontrado $o; u; 3ato de da;as$o bran$o, u; $into de ouro #endendo at> aos #>s, u; barrete N ;oda Qudai$a, ;uito #lissado e guarne$ido de 3itas $oloridas O teto do -uarto esta'a #intado de bran$o e, no ;eio, #odia ler!se, e; grandes $ara$teres 'er;el%os: Q5ic est %ia %eritatisR. (u #r@#rio ;e senti ;uito $ontente #or en$ontrar, nu; anti-uBrio, u; #e-ueno altar -ue #erten$eu a u; ;e;bro desta seita: re#resenta u; te;#lo de estilo gre$o!ro;ano sobre o 3rontão do -ual 3igura; trs es#íritos #agãos, nus e alados o interior do te;#lo, '!se u;a ar$a da Aliança, guardada #or dois anQos aureolados, orando, e sobre a -ual des$e a #o;ba do (s#írito anto traDendo no bi$o u;a es#>$ie de rosB$ea solar de oito #>talas ;oti'o in3erior > $onstituído #or duas $ornu$@#ias da abundn$ia entre as -uais se distingue a i;age; do Peli$ano ressus$itando os 3il%os ;obiliBrio das salas e; -ue se realiDa'a; as reuniGes e o $urioso 'estuBrio do grande sa$ri3i$ador #er;ite; #ensar, es$re'e ernand eno^t <, de -ue; $ita;os esta #Bgina, -ue se trata'a de -ual-uer seita ar$ai$a ;ais ou ;enos ligada Ns %eresias da Idade 8>dia -ue, $o;o sabe;os, #ersistira; durante ;uito te;#o nas ;ontan%as do Languedo$, e -ue se a#roEi;a; da religião #rotestanteJ A be; diDer, não sabe;os o -ue le'ou & 8el$%ior 8a$anas, -ue re$ol%eu o #ri;eiro destes do$u;entos e; Memrias histricas, polticas 0 gubernati%as de Espana 0 Francia, e, de#ois dele, ernand enoit, a atribuir a -uali3i$ação de @udaizantes mani#ueus a estes %er>ti$osY 7udaizantes, tal'eD, ;as mani#ueusY M #ossí'el -ue o $ientista es#an%ol ten%a e;#regado este ter;o na a$e#ção, ;uito geral, de %er>ti$oJ, -ue l%e era atribuída, #or 'eDes, na Idade 8>dia (ntre as #rin$i#ais a$usaçGes 3igura;, $o;o se;#re, os abo;inB'eis debo$%es, as reuniGes nas tre'as, o sa$ri3í$io ritual de u;a $riança #ela PBs$oaK e; su;a, tudo o -ue se a#ontara aos $Btaros e aos 'aldenses $in$o s>$ulos atrBs M a#roEi;ada;ente a ?ni$a relação -ue #ode;os des$obrir, N #ri;eira 'ista, entre os $Btaros e os QudaiDantes!;ani-ueus, o entanto, u; $erto ;ar-us rançois de C%e3debien de aint!A;and, diD!nos obert A;belain, ;e;bro da ;aior #arte dos ritos ;aç@ni$os da sua >#o$a e $on%e$ido, nas ordens ini$iBti$as $onte;#orneas O174
enoít: V;a seita de ;ani-ueus e; 8ont#ellier no s>$ulo F6IIIJ, in De%ue de fol2lore fran*ais, 19<5
$%a;a seita dos i;itadores, dos ;ulti#li$antes, os su$essores e os dis$í#ulos desta $adeia de ino'adores, se;#re interro;#ida e se;#re renas$ente, e -ue 3atigou $onstante;ente a IgreQa ro;ana sob a designação de gn@sti$os, basili$Brios, ;ani-ueus, arianos=, $Btaros, 'aldensesJ Pode;os, #ois, ad;itir, rigorosa;ente, -ue a seita dos ;ulti#li$antes — N -ual se ada#ta'a #er3eita;ente o #e-ueno altar -ue des$obri O;as estes ;ulti#li$antes seria; 'erdadeira;ente os ;es;os -ue os nossos se$tBriosY — tin%a $onser'ado alguns ritos ;ani-ueus ou $Btaros s #rin$i#ais ;e;bros da seita — artí3i$es, gente #obre do #o'o — 3ora; $ondenados N 3or$a, a trabal%os 3orçados ou a #risão #er#>tua Pierre Bale e o manique)smo
&e#ois desta in$ursão no do;ínio do ilu;inis;o tradi$ional ou ;ais ou ;enos ins#irado e; $renças ;edie'ais, regresse;os N 3iloso3ia grande Pierre a"le4, nas$ido e; Carla OAri\ge, #erten$ia, #or #arte da ;ãe, Xeanne de rugui\res, a u;a antiga $asa do $ondado de oiE ão #are$e, $ontudo, ter!se interessado ;uito #ela religião dos seus ante#assados do s>$ulo FIII ne; #ela %ist@ria do 'el%o $astelo de 8onts>gur, do -ual a'istara, de longe, as trBgi$as ruínas e; #or isso deiEou de ser u; %er>ti$o nato: $al'inista, ra$ionalista, dado ao deís;oJ Atra'>s do ra$ionalis;o, sentiu!se seduDido #elas subtileDas da argu;entação ;ani-ueia -ue le'a'a, e; 177=, o abade abatier a a3ir;ar: enti;os 'ontade de rir -uando o 'e;os tentar a todo o $usto restituir a eEistn$ia e a 3orça a 'el%os erros, a 3alsos siste;as desa$reditados %B s>$ulosJ &eiEe;os rir o abade -ue nun$a $o;#reendeu nada do #ensa;ento de Pierre a"le e -ue, sobretudo, não l%e #erdoa'a o 3ato de ter es$rito, re3erindo!se N rança $at@li$a do reinado de Luís FI6: s ;onges, os #adres, $onstitue; u;a gangrena -ue alastra $onstante;ente e -ue eE#ulsa do 3undo da al;a toda a es#>$ie de e-uidade natural #ara nela introduDir a ;B 3> e a $rueldade O s triun3os dos $at@li$os são ;ais os do deís;o do -ue os da 'erdadeira 3> O s -ue não #ossue; outra religião al>; da e-uidade natural não #ode; i;#edir!se de diDer -ue &eus > de;asiado bo; essen$ial;ente #ara ser o autor de u;a $oisa tão #erni$iosa $o;o as religiGes #ositi'as, ;as -ue es#íritos ini;igos da nossa tran-uilidade 'iera; de noite, se;eando a dis$@rdia nos $a;#os da religião natural, $o; o estabele$i;ento de $ertos $ultos #arti$ulares destinados a $onstituir u;a se;ente eterna de guerras, $arni3i$inas, inQustiçasJ a"le não 3oi ;ani-ueu oi o #r@#rio #ro$esso da sua ;etodologia -ue o le'ou a a#oiar, $o; a sua intelign$ia, os 0de3ensores do ;ani-ueís;o raças a ele — e;bora ti'esse ;orrido e; 17+/ —, o dualis;o i;#s!se de no'o, no =
arianis;o 3oi u;a das #ri;eiras grandes %eresias -ue se #ro#agou e; todo o I;#>rio da o;a de$adente e este'e #restes, e; dado ;o;ento, a sub;ergir a autoridade es#iritual do #a#ado seu $riador 3oi o #adre Arius O24/!< 4 Pierre a"le 3oi u; dos #rin$i#ais dis$í#ulos de &es$artes as$eu e; 1/=7 e ;orreu e; 17+/ Autor de u; !ictionnaire histori#ue et criti#ue -ue $ita os (n$i$lo#edistas
s>$ulo F6III, N re3leEão das #essoas %onestas s ;ani-ueus, diD!nos — e aí reside o #onto de #artida do seu dualis;o #ura;ente o#erat@rio —, $o; u;a %i#@tese absurda e total;ente $ontradit@ria, eE#li$a; as eE#erin$ias $e; 'eDes ;el%or do -ue os ortodoEos, $o; a su#osição tão Qusta, tão ne$essBria, tão uni$a;ente 'erdadeira de u; #ri;eiro #rin$í#io in3inita;ente bo; e todo! #oderosoJ a"le #retendia ;ostrar, assi;, a 'alidade su#re;a da raDão e, si;ultanea;ente, os seus li;ites, assi; $o;o a sua inada#tação N eE#erin$ia ;eta3ísi$a ou, se #re3erir;os, a sua in$o;#atibilidade $o; a 3> ;ani-ueís;o #ode #are$er 3also e at> $%o$ante se utiliDar;os argu;entos a priori ;as ta;b>; #ode;os de;onstrar, $o; argu;entos irre3utB'eis a posteriori, -ue não o >, e at> -ue > 'erdadeiro Assi;, u;a a'entura do ra$ionalis;o 'iria #ro'o$ar u;a no'a ;eta;or3ose, u;a no'a reen$arnação do dualis;o Certa;ente a"le #re3ere o#or a raDão N raDão — e, #or $onseguinte, $onsiderar absurdos os #ostulados de base do ;ani-ueís;o —, e; 'eD de alargar e a#er3eiçoar dialeti$a;ente o $on$eito de 'erdade ra$ional (le ignora'a -ue os ;ani-ueus tin%a; in$luído o absurdo e o irra$ional no seu siste;a, se; ;edo de se o#or N raDão, u;a 'eD -ue os 3atos l%e da'a; raDãoJ #rin$í#io do 8al era, #ara eles, a$aso, $aos, in$ons$in$ia ão 'ia; nen%u;a $ontradição e; estabele$er #ela raDão a priori -ue eEistia u; #rin$í#io do 8al absoluta;ente o#osto ao serK e, igual;ente #ela raDão, -ue a eEistn$ia de u; &eus trans$endente não #odia ser de;onstrada, #ois era ne$essBrio -ue s@ 3osse e'idente #ara a 3> #ura Co;o os antigos $Btaros, a"le #arte do es#etB$ulo #er;anente de desordens e de o#osiçGes -ue a natureDa nos a#resenta, #ara a3ir;ar — ;uito logi$a;ente — -ue tudo isto s@ #ode ser obra de u; ser #er3eito Suando ;uito, seria;os le'ados a a3ir;ar -ue este ;undo > u;a mistura. e senti;os #raDer, diD a"le, > o bo; #rin$í#io -ue no!lo en'ia, ;as, se não o senti;os absoluta;ente #uro e se nos 3arta;os ra#ida;ente, > #or-ue o ;au #rin$í#io atra'essa o bo; @ #ode;os eE#li$ar as nossas eE#erin$ias internas #or ;eio da %i#@tese de dois #rin$í#iosJ igorosa;ente, #odería;os ad;itir -ue todas as #erturbaçGes ;ateriais são eE#li$B'eis #elas 3a$uldades -ue &eus $on3eriu ao $or#o, atra'>s das leis do ;o'i;ento -ue estabele$eu, ou da #arti$i#ação de $ausas o$asionais 8as, não a$onte$e o ;es;o $o; o ;al ;oral: s $>us e todo o uni'erso a#regoa; a gl@ria, o #oder e a unidade de &eus, ;as o %o;e;, o %o;e; s@, essa obra!#ri;a do seu $riador entre as $oisas 'isí'eis, 3orne$e gra'es obQe$çGes $ontra a unidade de &eus O A %ist@ria não > ;ais, a be; diDer, do -ue ruínas e in3ort?nios do gnero %u;anoJ i$a;os sur#reendidos #or en$ontrar, na #ena de Pierre a"le, argu;entos ;ani-ueus — ;ais eEata;ente $Btaros — -ue são, $o;o > e'idente, $lBssi$os e; 3iloso3ia e -ue a raDão sugeriu natural;ente a ;uitos outros #ensadores, ;as -ue se asse;el%a; tanto, na sua 3or;a, aos -ue $ir$ula'a; e; 1<++, no $ondado de oiE, -ue #ergunta;os se não os terB ou'ido $ontar oral;ente, ou se não terB #ossuído u;a 'ersão atual;ente #erdida do &ratado
de Xean de Lugio: Co;o > e'idente, diD, o#Ge!se N in3inita #er3eição de #roduDir o -ue a li;ita e, e; $erto sentido, a nega &eus, não #odendo negar!se a si ;es;o nos seus atributos essen$iais, não #oderia ser o autor do 8al &e'e;os, #ois, ad;itir u; segundo #rin$í#io, $uQa essn$ia > o 8al e -ue s@ #retende #roduDir o 8alJ argu;ento %abitual dos -ue #retende;, a todo o $usto, subtrair a &eus a res#onsabilidade de ter $riado o 8al $onsiste, $o;o sabe;os, e; in$luir a orige; do 8al no li're arbítrio do %o;e; M o li're arbítrio -ue gera, nas suas $onse-un$ias, o #e$adoH (, assi;, &eus não > a $ausa do 8al ;oral, s@ o > do 8al 3ísi$o $o;o #unição do 8al ;oral oi reQeitando estas ideias -ue a"le reen$ontrou ;ais #er3eita;ente, e -uase #onto #or #onto, a dial>ti$a de Xean de Lugio O-ue tal'eD não $on%e$esse u então, es$re'e e; #arti$ular, eEiste no %o;e; u;a tendn$ia #ara o 8al, u;a $ausa do 8al, sob e3eito da -ual se teria li're;enteZ de$idido (, neste $aso, $o;o 3oi &eus -ue l%e $on$edeu esta in$linação, > ta;b>; &eus o 'erdadeiro autor do 8al: o -ue > absurdo e í;#io u, então, 3oi o &iabo -ue $riou esta in$linação no %o;e;, e de'e;os re$on%e$er -ue eEiste u; ;au #rin$í#io a 'erdade, eEiste u;a ter$eira solução: o %o;e; #de es$ol%er o 8al e; 'irtude de u;a autodeter;inação 3undada na liberdade de indi3erençaJ 8as, a"le, reto;ando u; dos argu;entos ;ais 3ortes de Xean de Lugio, a3ir;a: 8al, disse, $o; e3eito, o $Btaro, não #oderia resultar es#ontanea;ente da $riatura do &eus bo;, $o;o tal $onsiderada, se não ti'esse eEistido u;a $ausa eEterior do 8alJ ão $onsidero o#ortuno estender!;e longa;ente sobre o outro argu;ento $ontra o li're arbítrio, resultante da i;#ossibilidade e; -ue se en$ontra o es#írito de estabele$er o a$ordo entre a #res$in$ia de &eus e as li'res es$ol%as e3etuadas #elas $riaturas e &eus #re'iu, diD a"le, -ue o %o;e; utiliDaria ;al o seu li're arbítrio, ta;b>; #re'iu o #e$ado ( não $o;#reende;os $o;o não o i;#ediu de se #roduDirJ M este o argu;ento e;#regado #or Xean de Lugio 8as, ainda sobre este #onto, 'eri3i$a;os -ue a dial>ti$a ;ani-ueia > ;uito ;ais $on'in$ente do -ue a de a"le V; &eus bo;, diD ele, teria deter;inado o %o;e; #ara o be; ;oral, assi; $o;o o obrigou a #ro$urar o be; 3ísi$oJ M 'erdade 8as, na ;edida e; -ue o $ristianis;o, ao -ual a raDão de a"le se ;ant>; 3iel, não ad;ite -ue a $riatura ten%a a ;es;a essn$ia -ue o $riador, #ode;os se;#re, atra'>s de arti3í$ios, sal'aguardar a liberdade do %o;e; e, e; &eus, a #ossibilidadeJ de o 3aDer li're o neo;ani-ueís;o $Btaro, e; -ue a $riatura de#ende de &eus e; todas as suas dis#osiçGes, > i;#ossí'el, #elo $ontrBrio, -ue o %o;e; seQa li're na #res$in$ia de &eus %o;e;, diD Xean de Lugio, não re$ebeu o li're arbítrio de u; &eus -ue $on%e$e absoluta;ente o 3uturo e no #ensa;ento do -ual > i;#ossí'el -ue o 3uturo — $o; todas as $ausas -ue o deter;ina; — não seQa o 3uturoK de u; &eus -ue — se a$redita;os, $o;o os nossos ad'ersBrios O$at@li$os e dualistas ;oderados -ue eEiste u; #rin$í#io ?ni$o — > a $ausa su#re;a de todas as $ausasJ li're arbítrio, $o;o ilusão, $o;o in'enção do ;alJ, s@ #oderia 'ir, se eEistisse, de outro #rin$í#io M #r o %o;e; estar deter;inado #ara o e;
#elo seu &eus, -ue dB #ro'as, -uando 3aDJ o 8al, de -ue eEiste u; #rin$í#io #ri n$í#io ;aligno antagni$o e insisti tanto, a #onto de #oder en3adar o leitor, 3oi #ara ;ostrar -ual o #onto 3ra$o da dial>ti$a de a"le nas suas relaçGes $o; o #ensa;ento ;ani-ueísta Co;eça #or de$retai -ue ela > absurda a priori #ara priori #ara a raDão, ;as -ue não o >, a posterori, nas posterori, nas eE#erin$iasJ Por -ue se di'ide a raDão $ontra si ;es;aY ão teria sido #re3erí'el, a #artir daí, abrir!l%e no'os %oriDontes, #ro$urar u; #onto de #ers#e$ti'a e; -ue a #ro#osta 3unda;ental do ;ani-ueís;o deiEasse de #are$er irra$ionalY a"le não 3oi $erta;ente $erta ;ente tão longe na sua re$onstituição ;etodol@gi$a do ;ani-ueís;o, $uQo signi3i$ado 'erdadeira;ente #ro3undo, 'erdadeira;ente re'olu$ionBrio, l%e es$a#ou As ideias de Xean de Lugio, a#esar de ;uito ra$ionais, t!lo!ia; %orroriDado -ue ;ostra be; -ue não 3oi uni$a;ente e; no;e da raDão, ;as e; no;e de u;a tradição, ou de ;aneira tradi$ional de #ensar, -ue a"le re$onstruiu e si;ultanea;ente $ondenou o ;ani-ueís;o s>$ulo F6III utiliDarB, e; seguida, as suas $on$lusGes de ;odo di3erente #ara $o;bater e en3ra-ue$er o dog;atis;o ro;ano ão nos sur#reende 'er, no 3i; do s>$ulo, -ue o ;ar-us de ade / ata$a Ino$ente III, o instigador da $ruDada $ontra os albigensesK $riti$a as#era;ente o #residente do Parla;ento de AiE #elo %orror #?bli$o -ue ins#irara; as eEe$raçGes de 8>rindolle OserB #ossí'el #ossí'el i;aginar se; estre;e$er, os de#ositBrios da orde;, da #aD e da e-uidade $orrendo a #ro'ín$ia $o;o 3ren>ti$os, $o; o 3a$%o nu;a ;ão e o #un%al na outra, -uei;ando, ;atando, 'iolando, ;assa$rando tudo o -ue a#are$esse 8as, es#anta!nos 'er os argu;entos de Xean de Lugio e de a"le reto;ados, desta 'eD a 3a'or do ateís;o A 'ontade deste &eus O-ue de'eria ser Qusto não #oderia nun$a aliar! se Ns inQustiças essen$iais Ns leis da natureDa: ele de'e deseQar $onstante;ente o e;, e a natureDa s@ de'e deseQB!lo $o;o $o;#ensação #ara o 8al -ue ser'e as suas leisJ Trata!se, ;ais u;a 'eD, do ;ani-ueís;o ateís;o do ;ar-us baseia!se nu; dualis;o le'ado Ns suas eEtre;as eE tre;as $onse-un$ias 8al eEiste: eli;ina &eus, ou eEila!o tão alto na sua trans$endn$ia -ue > $o;o se não eEistisse
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Por anti$leri$alis;o, o ;ar-us de d e ade tin%a!se a#aiEonado #ela %ist@ria de todas as %eresias
OS QUE RENUNCIAM À VIDA POR AMOR DA EXISTNCIA e, no iní$io do s>$ulo F6III, o $ataris;o se rein$arnou $uriosa;ente, #elo ;enos sob $ertos as#e$tos ;ani-ueístas e 3ilos@3i$os, na obra de Pierre a"le, ele ressurgiu — 3oi a segunda ;eta;or3ose —, ;as desta 'eD sob u;a 3or;a #ura;ente ;ísti$a, nos #oe;as de `illia; lafe O1747!1527 1 &ennis aurat te'e o ;>rito de ter sido o #ri;eiro a sublin%ar -ue o ;aior 'isionBrio euro#eu #ara al>; da tradição $at@li$a ro;anaJ se ins#ira indis$uti'el;ente nas $on$e#çGes dualistas ;ais antigas, $uQa orige; >, de resto, di3í$il de #re$isar M 'erdade -ue algu;as $on$lusGes de &enis aurat 2 não são absoluta;ente $on'in$entes: li;ito!;e a a#ontar a-uelas $uQa e'idn$ia ;e #are$e i;#or!se (Eistiu desde ;uito $edo, e; Inglaterra, u; #ri;eiro ;o'i;ento $atariDanteJ un$i;an es$re'e no 8ani-ueís;o ;edie'al: &e#ois da Ale;an%a, os $Btaros es#al%ara;!se #ela Inglaterra: e; 11/+, u; tal >rard dese;bar$ou N 3rente de trinta indi'íduos #ou$o instruídos -ue reQeita'a; o ba#tis;o, o $asa;ento, a eu$aristia e a unidade $at@li$a &eseQa'a; a #erseguição — #ara eles be;!'inda — e re$usa'a;!se a dis$utir ealiDou!se ealiDo u!se u; $on$ilio, e; Londres, $ontra eles, -ue 3ora; $ondenados e ;ar$ados $o; u; 3erro e; brasa na testa >rard 3oi igual;ente ;ar$ado no -ueiEo O (; Inglaterra, e; 121+ ainda se assinala'a; %er>ti$os $Btaros: u; deles 3oi torturado, e; Londres, nesta dataJ illiam Bla3e
ão 3oi $erta;ente este o $ataris;o -ue -ue in3luen$iou direta;ente `illia; lafe 8as eEistia e; Inglaterra, desde o s>$ulo F6I, u;a $orrente dualista ins#irada na ;editação do E%angelho E%angelho de Xoão e da íblia, -ue de'e ser $onsiderada $BtaraJ se ad;itir;os -ue a teoria da $riação do ;undo #or u; #rin$í#io ;au — $o;u; as dualistas ;oderados e aos dualistas absolutos — $onstitui a essn$ia e a originalidade do $ataris;o M #ro'B'el, $o;o #ensa &enis aurat, -ue `illia; lafe ten%a $on%e$ido e 3re-uentado ade#tos deste dualis;o $uQa doutrina nun$a deiEara de se #ro#agar subre#ti$ia;ente e se ;ant>; ainda &enis aurat $ita, a este res#eito, u;a obra i;#ressa e; Inglaterra, e; 192/: Bahspe a Kosmon ?ible in the Tords of 7eho%ah, $uQa 7eho%ah, $uQa tese #rin$i#al a3ir;a -ue o ;undo atual 3oi $riado #or u; de;iurgo in3erior e -ue a %u;anidade de'e libertar!se de todos os entra'es e reQeitar todas as atro$idades -ue este ;undo ;al $riado $o;#orta
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`illia; lafe, #oeta ingls in gls do s>$uloW F6III, 3oi u; dos ;aiores esoteristas e o$ultistas do seu te;#o O1747!1527 2 & aurat, autor de de tl;ntida e o reino reino dos /igantes O$ol X[ai luJ, A 157 e de de religi+o dos gigantes e a ci%iliza*+o ci%iliza*+o dos insectos OX[ai insectos OX[ai luJ, A 2+/
`illia; lafe de'e ter to;ado $on%e$i;ento de u; li'ro #ubli$ado e; 174< #or 8os%ei;: )oment1rios sobre o !esen%ol%imento do )ristianismo antes de )onstantino, onde, sob o #reteEto da %ist@ria, se en$ontra'a; eE#ostas ideias ;uito se;el%antesK nele se #ode ler: Para al>; da 'erdadeiraZ di'indade — #ensa;os no 'erdadeiroZ &eus dos $Btaros — -ue ningu>; $on%e$e Ota;b>; #ara os $Btaros o 'erdadeiro &eus era trans$endente e irre$on%e$í'el, eEiste, #ara toda a eternidade, u; #rin$í#io ;au e $orro;#ido $orro ;#ido O A lei ;osai$a 3oi #ro;ulgada #or este ar-uiteto e 3undador do ;undo, e Cristo 3oi en'iado #ara abolir a lei Qudia e sal'ar o ;undo deste 3also deus, ;as este de;iurgo ;au > tão $%eio de arrogn$ia e de orgul%o -ue i;agina ser o ?ni$o &eus e, $onse-uente;ente, ostenta as %onras de'idas ao &eus su#re;oJ `illia; lafe #artil%a'a, sobre este #onto, as teorias dos $Btaros e as -ue 8os%ei; di'ulga'a, se; dissi;ular a si;#atia -ue #or elas sentia (stou Final, de -ue o $riador deste $on'en$ido, es$re'e o #oeta e; B 7ulgamento Final, ;undo > u; ser ;uito $ruelJ A este $riador ;au $%a;a VriDen, o -ual não > ;ais do -ue o L?$i3er rebelde do dualis;o ;oderado, -ue re$orda estran%a;ente o de;iurgo da $ena se$reta bogo;ila, ou o atã, #rin$í#io eterno do 8al, do dualis;o absoluto: essa noite, ele $onduDiu os eE>r$itos $elestes #ara o grande deserto essa noite terrí'el e; -ue VriDen reuniu as estrelas a seus #>s (; seguida arran$ou o Centro do seu lugar, e des$obriu u; u ; lo$al #or baiEo ( a terra 3oi trans3or;ada nu; globo, nu; es#aço estreito e #s!se # s!se a rodar, ol de enEo3re e nEo3re Indignado, 'oDeirando atra'>s de tro'Ges, VriDen des$eu gritando, so;brio: agora sou &eus #or toda a eternidadeJ (Eiste u; segundo #onto sobre o -ual a doutrina do grande #oeta ingls se re'ela de a$ordo $o; o #ensa;ento $Btaro, > o -ue diD res#eito N ;issão de Xesus Cristo Para `illia; lafe, e ta;b>; #ara os $Btaros, Cristo não se sa$ri3i$ou: 'eio a#enas ;ostrar a 6ia, #ara $lari3i$ar a situação, diD &enis aurat, #ara tornar e'idente #erante todos os %o;ens a o#osição entre o e; e o 8al A $ru$i3i$ação des3eD o ;ist>rioJ ( $o;o `illia; lafe eE#li$ou #or;enoriDada;ente o o3us$a;ento de todas as 'erdades #elo &iabo, não de'e;os %esitar -uanto ao signi3i$ado a atribuir ao seu #ensa;ento: Xesus 3oi $ondenado N ;orte, de#ois das ;a-uinaçGes de VriDen, #ela ;aldade dos %o;ens Los eE#li$a a Albion, -ue a$redita'a na ne$essidade deste sa$ri3í$io #ara a$al;ar u; deus irritado, -ue não 3oi assi;: erB -ue o Qusto, diD!l%e, de'e ;orrer #ara u;a redençãoY A #iedade de de &eus ne$essita de u;a redençãoY ão, > a se'eridade ;oral -ue destr@i a #iedade na sua 'íti;aJ eto;a re#etidas 'eDes esta ideia: ão > 'erdade -ue Xeo'B s@ #rorroga u;a dí'ida $o; a $ondição desta ser #agaY ão > 'erdade -ue s@ #erdoa a i;#ureDa $o; a $ondição dela se tornar #uraY e esta dí'ida não 3osse #agaH e esta i;#ureDa não 3osse #erdoadaH btería;os o #erdão dos deuses #agãos, as 'irtudes ;orais dos deuses, #agãos, $uQas ;iseri$@rdias são $rueldadesK ;as a
sal'ação de Xeo'B não se #aga ne; te; #reçoK > o #erdão $ontínuo dos #e$ados no sa$ri3í$io #er#>tuo e ;?tuo da grande eternidadeJ oi desde se;#re e eterna;ente, QB Xean de Lugio #ensa'a, -ue a $riação 3oi si;ultanea;ente abolida e resgatada As e$o$eias rom4nti"as
o;antis;o 3a'ore$eu a realiDação de te;as ;ani-ueus ins#irando!se, nas suas grandes e#o#eias O ueda de um an@o, a Lenda dos s"culos, nu; dualis;o ;eta3ísi$o bastante insistente, ;as -ue não #are$e de$orrer direta;ente do ;ani-ueís;o ou do $ataris;o %ist@ri$o, -ue 8artine e 6i$tor Rugo $on%e$ia; ;uito ;al A tendn$ia #ara o dualis;o re3ere!se sobretudo N sua $ara$terologia #r@#ria, N natureDa das suas #reo$u#açGes est>ti$as, ao seu estruturalis;o in$ons$iente: La;artine $o;#Ge #or en$aiEes su$essi'os, #or reen$a;açGesJ, se -uiser;osK 6i$tor Rugo #ensa antiteti$a;ente o real e o ideal &e -ual-uer ;odo, ueda de um an@o > u; #oe;a da reen$arnação Onão ne$essaria;ente $Btaro, e a Lenda dos s"culos sugere -ue a %u;anidade não #assa de u; ser ?ni$o $uQos ;odos e as#e$tos indi'iduais se reno'a; na luta in$essante do e; $ontra o 8al e se en$arna; 3isi$a;ente #ara se #uri3i$are; e libertare; o $onteEto geral deste renas$i;ento do #oe;a >#i$o QB 'i;os surgir, no ul da rança, obras ;uito $onsiderB'eis -ue se liga; ;ais autenti$a;ente N doutrina dos albigenses: estou a #ensar na !i%ina Epopeia, de AleEandre ou;et O15=+, ;agní3i$o #oe;a inQusta;ente es-ue$ido e, sobretudo, na Filosofia )atlica da Rist@ria, de AleEandre uiraud O15=1 (sta obra, in3luen$iada #elo #ensa;ento de $%elling<, ;as ;ais ainda #elo $ataris;o da Idade 8>dia, 'aleu ao seu autor ser a$usado de neo;ani-ueís;o #ela i;#rensa $at@li$a da >#o$a uiraud 'iu!se obrigado a #rotestar -uanto N sua ligação a o;a, ;as não negou nen%u;a das a3ir;açGes in$ri;inadas, das -uais a#onta;os as ;ais i;#ortantes: -ue não estB e; &eus, es$re'e, estB 3ora dele e, assi; $o;o $%a;B;os ao 8al, $o;o anto Agostin%o, a negação do e;, #ode;os a3ir;ar -ue atã > a negação de &eusK e #ossui tudo o -ue &eus não #ossui O #oder de atã > tal -ue $onseguiu ;odi3i$ar a essn$ia deste ;undo do -ual 3oi reQeitadoJ O &iabo >, #ois, #ara uiraud, -uase tão #oderoso $o;o o de;iurgo do dualis;o ;oderadoH A #artir daí, 3oi o es#írito das Tre'as, o Prín$i#e do 8undo, o o#ressor da terra O A $arne > a #arte %u;ana de atã Oão $riou os $or#os, ;as 3oi $o;o se o ti'esse 3eito: a $arne #erten$ia!l%e @ o es#írito > de &eus esta $riação da -ual so;os o #roduto, a natureDa > do;inada #or dois agentesK daí estas alternati'as de e; e de 8al #elas -uais #assa in$essante;ente, esta luta de -ue a nossa terra > #al$oJ 8ais sur#reendente ainda > a a3ir;ação do nosso autor, -ue se a#roEi;a das teorias do $ataris;o ;edie'al, sobretudo das de Xean de Lugio: Pensa;os -ue a in3lun$ia eEer$ida #or atã, de'ido N sua #r@#ria ilegiti;idade, > ;ais 'i'a, ;ais in$essante, ;ais 'iolenta do -ue a de <
$%elling, es$ritor e #ensador ;ísti$o do 3i; do s>$ulo FIF, 3oi u; dos #ais de todo o ro;antis;o ger;ni$o Criou u; siste;a de idealis;o obQeti'o O1774!154=
&eusJ 6eQa;, diD ainda uiraud, $o;o ossuet traduDiu o Libera nos a maio da ração do;ini$al: Li'rai!nos do 8alJH Os $Btaros es$re'era;!no ;uito antes de ossuet: #ode ler!se nu; dos seus $o;entBrios do Pater. Li'rai!nos do ;al, isto >, do &iabo, -ue > o tentador dos 3i>is, e das suas obrasJ a$oleão Perat
A este ro;nti$o des3asado, #oeta e %istoriador, $%a;ara; o 8i$%elet do #rotestantis;o Anatole ran$e ad;ira'a o seu #oe;a de Doland. XB a";ond (s$%olier o $onsidera'a, u; tanto eEagerada;ente, o 6i$tor Rugo do $ataris;o Atual;ente, en$ontra!se #rati$a;ente es-ue$ido A sua eEtraordinBria 5istria dos lbigenses O1572 >, Qunta;ente $o; a )an*+o da )ruzada Os>$ulo FIII, o ?ni$o grande #oe;a >#i$o, autenti$a;ente na$ional, da $i'iliDação ;eridional ão l%e de'e;os eEigir a eEatidão ;aterial dos 3atos, ne; a enu;eração eEata das 3ontes de in3or;ação, ne; se-uer a anBlise #re$isa das doutrinas, e;bora nos deiEe;os e;#olgar #elo 3lego %eroi$o da obra e #elo entusias;o #atri@ti$o -ue sus$ita: A -ueda de 8onts>gur de'e re#resentar, #ara os a-uitanos o -ue re#resenta;, #ara os Qudeus, as ruínas de Xerusal>;, o obQeto de u;a $o;e;oração 3?nebre, 3ilial, na$ional, #er#>tua, eternaJ ra, o 'oto 3or;ulado #or a#oleão Pe"rat 3oi realiDado: nu;erosos #oetas $atalães e o$$itni$os 'oltara; a sua atenção #ara este lo$al e $elebrara;! no $o;o o ?lti;o $a;in%o da #Btria ro;anaJ $atalão alaguer, autor da bela trilogia Bs Pirin"us, os #ro'ençais 8arius Andr> O La /lria d6Esclarmonda, 159= e 6al\re e;ard O La Legenda d6Esclarmonda, 19, os o$$itni$os — os do elibrígio 'er;el%oJ, os our\s, os (stiu —, as #oetisas P%iladel#%e de erde, Louise Paulin, a";onde Tri$oire: todos, ateus $o;o our\s ou $at@li$os $o;o Xose#% al'at, Qulgara; seu de'er $ontribuir, #elo ;enos no #lano #o>ti$o e literBrio, #ara trans3or;ar 8onts>gur e; obQeto de $o;e;oração #er#>tuaJ Atu6lidade do "atarismo
M te;#o de #restar;os atenção a este 3ato: nos #ri;eiros anos do s>$ulo FF, eEata;ente de#ois da #ri;eira guerra de 191=!1915, surgira; $er$a de $e; ro;an$es $onsagrados a 8onts>gur ou ao $ataris;o, se; $ontar, natural;ente, $o; as obras de %ist@ria, de $ríti$a $ientí3i$a ou de $in$ia!3i$ção e os %istoriadores da literatura 3osse; tão rB#idos $o;o os editores e; a#reender as no'as $orrentes, e; 'eD de se $o#iare; uns aos outros, não deiEaria; de $on$eder u; lugar, nos seus in'entBrios, a este 3en;eno tão $urioso a -ue $%a;a; desden%osa;ente ;odaJ, $o;o se, e; literatura, se tratasse se;#re de ;odas, e tal'eD gostasse; de #ro$urar e de des$obrir as suas $ausas M sur#reendente -ue, sobretudo no ul da rança nen%u;a tese, nen%u;a ;e;@riaJ l%e ten%a sido, at> agora, $onsagrada ão ;e > #ossí'el $on%e$er todos os ro;an$es, ne; $riti$B!los: uns são eE$elentes, outros são ;edío$res, ;as não > isto -ue interessa Li;ito!;e a $itar os ;ais i;#ortantes: os do du-ue de L>'is!8ire#oiE O Monts"gur , de a";ond (s$%olier O Le Secret de la
)olombe, de Pierre enoit O Montsal%at , e La !ouble scension, de 8auri$e &ela;ain -ue, entre todos os ro;an$es 3oi o -ue ;e i;#ressionou ;ais #ro3unda;ente (ntre as obras #ubli$adas no estrangeiro, en$ontra;!se trs ;ere$edoras de u; estudo ;ais #ro3undo A tradução 3ran$esa do li'ro de tto a%n, Kreuzzug gegen den /ral OU O )ruzada )ontra o /raal , obte'e, no ul da rança, u; su$esso $onsiderB'el Co;o a 5istria dos lbigenses, de a#oleão Pe"rat, este li'ro dirige!se ;ais N i;aginação do -ue N raDão, e > #or isso -ue atrai sobretudo os es#íritos i;aginati'os oi ele -ue; #ro#agou a ideia — absoluta;ente insustentB'el — de -ue o $astelo de 8onts>gur não era ;ais do -ue 8ontsal'atge de `ol3ra; d[(s$%enba$%, isto >, o $astelo do raalJ 6oltarei a esta ;itologia ger;ano!o$$itni$a, e ao #r@#rio tto a%n, $uQo destino 3i$ou tão tragi$a;ente ligado, atra'>s dos s>$ulos, ao dos ;Brtires $Btaros &e u;a ;aneira $o;#leta;ente di3erente, ;as igual;ente #o>ti$a, a ro;an$ista inglesa Ranna% Closs, de#ois de ter #assado algu; te;#o na $$itnia, resol'eu re'estir os ;itos e as $on$e#çGes dualistas $o; a 3or;a lu;inosa e u; #ou$o austera -ue l%es $on'in%a a sua trilogia O 5igh are the Mountains, nd Sombre the 4olle0s, &he Silent &arr , não #ro$urou re$onstruir ar-ueologi$a;ente o $ataris;o, ;as eEtrair o seu 'alor %u;ano e atual seu %er@i, Lou# de oiE, #ro$ura a#enas $on%e$i;ento e libertação (stes trs li'ros 3or;a; a-uilo -ue os ale;ães 3a$il;ente designaria; #or Entic2lungsAroman, e; -ue Lou# de oiE realiDa, no 3undo, a ;es;a eE#erin$ia de todo o seu #o'o A3ir;ara;!;e -ue os ro;an$es de Ranna% Closs 3ora; $o;entados no Instituto Indiano de engalore e -ue os indianos $onsidera; a %ist@ria dos albigenses o es-ue;a en$arnado de toda a luta #ela liberdade do es#írito $li;a es#iritual da rança ;editerrni$a não se situarB, de3initi'a;ente, nas la;entaçGes do rienteY raal, -ue, segundo a lenda, 3ugiu #ara as índias, não teria deiEado, entre os o$$itni$os, a nostalgia dos #aíses e; -ue o es#írito s# interioriDa na ;orte #ara se libertar das suas li;itaçGesY ro;an$e do es$ritor %?ngaro \Da Regedus, 5"r"ti#ues et rois, do -ual eEiste u;a tradução ale;ã intitulada Ketzer und K$nige O19//, ainda > #ou$o $on%e$ido e; rança Trata das lutas e;#reendidas #elos bogo;ilos da CroB$ia, e #or alguns sen%ores generosos, #ara ;oderar o 3eudalis;o, #ara se libertare; da tirania da IgreQa ro;ana, e #ara obrigar o rei a re$on%e$er os direitos naturais do %o;e; V;a #arte do ro;an$e #assa!se e; rança, e; Paris obQeti'o de Regedus > o de u; ;arEista -ue #ro$ura — $o;o 3eD re$ente;ente o #ro3essor b?lgaro 6ladi;ir To#ent$%aro' — salientar e eEaltar o 'alor so$ial e re'olu$ionBrio das 'el%as %eresias ;edie'ais s %er;etistas e os o$ultistas tentara;, $o;o seria de es#erar, ressus$itar o $ataris;o, ou, #elo ;enos, aneEB!lo Ns suas $a#elas Por 'eDes, a#ro3undara;! no, ou desen'ol'era;!no at> o to;ar irre$on%e$í'elK traíra;, 3re-uente;ente, o seu es#írito e3erir!;e!ei uni$a;ente a dois grandes ;o'i;entos es#iritualistas ;odernos -ue, se ne; se;#re o $o;#reendera; #er3eita;ente, o inter#retara;,
#elo ;enos, $o; intelign$ia: /nose, de en> >non, e ntroposofia, de udol3 teiner A 7nose
(; o'e;bro de 19+9 surgiu, e; Paris, u;a re'ista intitulada La /nose, @rgão o3i$ial da IgreQa gn@sti$a uni'ersal, -ue tin%a sido re$u#eradaJ, $er$a de 'inte anos antes, #or u; gru#o de o$ultistas 3ran$eses e estrangeiros ani;ador e diretor da re'ista 3oi, durante algu; te;#o, en> u>non, sob o #seudni;o de Palingenius s seus $olaboradores ;ais diretos era; abre des (ssarts O"nesius, Xules &oinel O6alentin, o &r ugairon Oo#%ronius, de AE!les! T%er;es, Albert de Pou'our'ille = O8atgioi, L>on C%a;#rinaud OAbdul Ra--, Xo% usta' Agelii OAbdul Radi, aos -uais de'e;os a$res$entar alguns #edreiros li'res ;eridionais o$ultando a sua identidade sob #seudni;os gregos (n$ontra!se at>, nu; su;Brio, u;a (s$lar;onde (ntre 19+9 e 191+, a re'ista #ubli$ou u;a $ate-uese gn@sti$a da autoria de &oinel O6alentin e de u>non OPal;genius, -ue, sob a 3or;a de #erguntas e res#ostas, a#resenta u;a re$onstituição s>ria — e sobretudo $oerente — da gnose antiga a ;edida e; -ue esta gnose era dualista, ou, se #re3erir;os, na ;edida e; -ue o ;ani-ueís;o era u;a gnose, en$ontra;!se na $ate-uese a3ir;açGes -ue são #er3eita;ente 'Blidas #ara o $ataris;o, e; #arti$ular no -ue se re3ere ao dra;a $@s;i$o da #uri3i$ação das al;as &esde o iní$io, de resto, -ue a re'ista tin%a de;onstrado u;a 'i'a si;#atia #elo $ataris;o o$$itni$o e o deseQo de $o; ele estabele$er ligaçGesK o #atriar$a da IgreQa gn@sti$a tin%a assu;ido o título de bis#o de Paris e de 8onts>gur 8as, estes neogn@sti$os não $onseguira; sus$itar u; 'erdadeiro renas$i;ento religioso %eterodoEo, #or-ue se en$ontra'a; bastante di'ididos no #lano ;eta3ísi$o en> u>non 4 ;ostra'a! se bastante %ostil ao dualis;o absoluto e at> tin%a to;ado #osição $ontra ele Por outro lado, 3ato $urioso, não a$eita'a 3a$il;ente a $rença nas reen$arnaçGes, #edra angular do siste;a $Btaro A$res$ente;os ainda -ue se sentia ;ais atraído #ela sabedoria indiana e #ela ;ísti$a ;uçul;ana do -ue #elo $ataris;o, -ue $on%e$ia bastante ;al udol! teiner:/ a Antro$oso!ia,
Pelo $ontrBrio, a so$iedade 3undada #or udol3 teiner estabele$eu $o; o neo$ataris;o relaçGes ;ais ínti;as (; 1921, udol3 teiner tin%a!se se#arado da o$iedade de teoso3ia, da -ual era ;e;bro in3luente, #ara $riar a Antro#oso3ia, ;uito ;ais %induísta as suas obras, atribui u;a grande i;#ortn$ia a 8ani, -ue $onsidera ;estre dos te;#os 'indouros — e at> dos ?lti;os te;#os — e #ende 3re-uente;ente #ara o dualis;o relati'o Por outro =
A de Pou'our'ille, autor de nu;erosas obras sobre o (Etre;o riente, e; #arti$ular de La 4oie M"taph0si#ue, u; ini$iado do $o;eço do s>$ulo -ue in3luen$iou o #ensa;ento de u>non 4 u>non a$abou #or se $on'erter ao isla;is;o e ;orreu no Cairo, e; 1941 / teiner O15/1!1924 #retendia ter re$ebido a ini$iação $Btara e #ossuir a 'erdadeira ;ensage; dos #er3eitos
lado, $o;o #retendia 3orne$er os ele;entos e o ;>todo de u;a no'a $in$ia es#iritualJ, o3ere$ia aos seus ade#tos e aos neo$Btaros os ;eios de reQu'enes$er os 'el%os ;itos atra'>s de u;a to;ada de $ons$in$ia direta das realidades sobrenaturais &aí resultou u; $ataris;o ;oderniDado -ue #ro$ura a sua 'ia na ;ísti$a 'i'ida e não a#enas na %ist@ria e nos teEtos 9éodat o"hé: Os -adernos de estudo "6taros,
oi assi; -ue u; dos seus ;el%ores dis$í#ulos, &>odat o$%>, de#ois de ter #ubli$ado in?;eras e eE$elentes obras sobre o ;ani-ueís;o e o $ataris;o, este'e na orige; da eEtraordinBria reno'ação -ue atual;ente $on%e$e; os estudos $Btaras no ul da rança, e não s@ o$%> se;#re negou -ue ti'esse -uerido 3undar u;a no'a IgreQa: XB #assou o te;#o das IgreQasJ, a3ir;a, e $o; raDãoK ;as, os estBgios -ue organiDa nu; $a;#o de 3>rias de 6erão #er;ite;, a -ue; o deseQar, 'i'er 3ísi$a e intele$tual;ente -uase nas ;es;as $ondiçGes e; -ue os #er3eitos $Btaros 'i'ia; no s>$ulo FIII, e re$eber u; ensina;ento es#iritual ada#tado Ns ne$essidades da nossa >#o$a $arBter nitida;ente antro#os@3i$oJ dos seus es$ritos, a ;aneira $o;o utiliDa a Cin$ia es#iritualJ, -ue a Cin$ia o3i$ial $onsidera nula, $o;o > e'idente, a tendn$ia -ue re'ela #ara inter#retar nu; sentido tradi$ional e %er;etista teEtos -ue os eruditos to;a; N letra e, ;uitas 'eDes, $o; u; #retenso es#írito $ríti$o se; $abi;entoK o seu #re$on$eito — o -ue > ;ais #erigoso — -ue o obriga a seguir 3iel;ente teiner, ;es;o -uando os $Btaros diDe; o $ontrBrio: todos estes 3atos o$ultara; Ns #essoas -ue não sabe; ler, ou -ue não -uere; $o;#reender ou -ue, ;uito si;#les;ente, odeia; o $ataris;o, o n?;ero de trabal%os #re$isos, ?teis e 3e$undos -ue &>odat o$%> a$u;ulou ão %B ningu>; e; rança, e -ue; o ler desa#aiEonada;ente re$on%e$!lo!B 3a$il;ente, -ue $on%eça ;el%or o $ataris;o &esde 19=9 -ue a o$iedade de e$ordaçGes e (studos CBtaros #ubli$a u;a re'ista, os )adernos de Estudos )1taros OAr-ues, Aude onde se en$ontra;, Qunta;ente $o; artigos #ura;ente o$ultistas -ue o es#e$ialista #ode des#reDar, ensaios de %ist@ria e de 3iloso3ia do $ataris;o de re$on%e$ida $o;#etn$ia eria ridí$ulo $riti$ar o$%> e os ;e;bros da so$iedade #or ;oderniDare; o $ataris;o e o a#resentare; tal $o;o seria se ti'esse e'oluído nor;al;ente desde o s>$ulo FIII at> aos nossos dias M aos atuais $Btaros -ue $o;#ete 3or;ular a sua doutrina Contudo, de'e;os notar -ue esta doutrina, de a$ordo $o; o ensina;ento de udol3 teiner, não > dualista no sentido estrito do ter;o &>odat o$%> en$ontra!se ;uito ;ais #r@Ei;o do dualis;o ;oderado do -ue do dualis;o absoluto Para ele, e ta;b>; #ara u;a 3ra$ção i;#ortante dos bogo;ilos do s>$ulo FIII, os dois #rin$í#ios não destroe; a unidade de &eus, ão #rin$í#ios se$undBrios ou deri'ados -ue s@ #roduDe; e3eito no ;undo da in-uietação e do te;#o este #onto, o$%> reto;a a ;eta3ísi$a de La$tn$io M #or esta raDão -ue não $olo$a u;a barreira intrans#oní'el entre o es#írito e a ;at>ria A ;at>ria #uri3i$a!se, e'olui A terra serB regenerada 3isi$a;ente ão #ode;os negar -ue esta 3iloso3ia — de3ensB'el, e; si, e -ue, e; $ertos #ontos, $on$orda $o; o ;ani-ueís;o antigo, onde a ;at>ria eE#eri;enta u;a
#uri3i$ação se;el%ante — se a3asta $onsidera'el;ente do $ataris;o $lBssi$o O#elo ;enos do dualis;o absoluto -ue $onsidera'a as duas $riaçGes absoluta;ente antit>ti$as e não $onsidera'a #ossí'el, de ;odo nen%u;, a #assage; #rogressi'a de u;a #ara a outra -atarismo e $ara$si"ologia
Antes de deiEar o do;ínio do o$ultis;o, não #osso deiEar de re$ordar as duas ?lti;as ;eta;or3oses — ;enores — do $ataris;o reen$arnadoJ V;a, data de 1942, a outra, de 19/+ ão de;asiado singulares #ara -ue não as $ite, $o;o do$u;entos, nu; dossierJ da #ara#si$ologia da %eresia A #ri;eira diD res#eito N brus$a e ins@lita $arreira #o>ti$a o$$itni$aJ do es$ritor 3ran$s &enis aurat as$ido e; Toulouse, e; 159+, diretor, de 192= a 19=4, do Instituto ran$s de Londres, &enis aurat > essen$ial;ente $on%e$ido $o;o autor de nu;erosas obras res#eitantes N %ist@ria das religiGes e N literatura inglesa (ra QB bastante idoso e 'i'ia retirado e; i$e -uando, u; belo dia, se sentiu in'adido #elo es#írito indi3eren$iado, o -ue so#ra -uando e onde #ode, se insinua Qunto de -ue; o es#era e sabe $a#tar, assu;e a 'oD de u; ante#assado ;orto %B s>$ulos &enis aurat ou'iu 3alarJ os seus ante#assados de Ari\ge (ra; $Btaros e eE#ri;ia;!se e; o$$itni$o antigo un$ionando $o;o medium — e a#esar de s@ ter ou'ido 3alar e; o$ durante a in3n$ia e nu; #eríodo ;uito $urto —, $o;eçou a a#ontar os #oe;asJ -ue l%e era; ditados &aí resultou a #ubli$ação de 'Brias $oletneas: Encaminament catar O !isposi*+o c1tara, La )a*aire OB )a*ador , -ue $ausara; sensação no ;undo das letras A Jou%elle De%ue Fran*aise $%egou a #ubli$ar alguns eEtratos estes #oe;as tos$os, grande n?;ero dos -uais #er;ane$e; in>ditos, en$ontra;!se, nu;a grande desorde; líri$a, des$riçGes de lo$ais estran%os, e'o$açGes de #ersonagens ;isteriosas, desen'ol'i;entos ;ísti$os in$o;#reensí'eis e, a-ui e al>;, re'elaçGes 3ulgurantes e rasgos de grande #oesiaK ora o to; #o#ular do 3ol$lore de Ari\ge, ora o de `illia; lafe te;a geral tal'eD 3osse: ão ten%as ;edo da ;orteK a ;orte a#agou!seJ, $o;o se as 'oDes des$on%e$idas ti'esse; o obQeti'o, ao ;ani3estar ao medium a realidade da eEistn$ia #@stu;a, de o libertar do ;edo do al>; ada ;ais $o;o'edor do -ue ou'ir eE#ri;ir!se e; o$, este %ino es#iritual do $ataris;o, esta al;a de religião -ue su$u;biu nas $%a;as e -ue 3oi tão be; #uri3i$ada #elos $arras$os -ue s@ $onsegue en$arnar!se na língua dos -ue, e; ?lti;o lugar, l%e #edira; antes de 'oar #ara o Absoluto, a su#re;a $onsolação te;#oral A r,a mith e as reen"arna%es
A segunda ;eta;or3ose — ou ;ani3estação do es#írito $Btaro e; liberdade — de'eria Quntar!se aos in?;eros teste;un%os de'ida;ente $ontrolados a 3a'or da #ossí'el eEistn$ia das reen$arnaçGes, -ue o #ro3essor Ian
te'enson, de C%arlottes'ille OVA, a$aba de reunir nu;a obra re$ente Por 'olta de 19/4, u; ;>di$o ingls, es$ritor ;uito $on%e$ido, o &r Art%ur uird%a;, 'eri3i$ou -ue u;a das suas doentes, a r a ;it%, a#resenta'a a 3a$uldade su#ranor;al de 'i'er, durante a noite, u;a segunda eEistn$ia -ue se desenrola'a no Languedo$, no s>$ulo FIII &r uird%a; nun$a se tin%a interessado #arti$ular;ente #elo $ataris;o, ;as sentiu!se #erturbado $o; a #re$isão das re'elaçGes -ue l%e 3orne$ia a r a ;it% sobre os ;eios $Btaros do Languedo$, os $ostu;es da >#o$a, as #ersonagens, as #aisagens, os $astelos (la tin%a sido abrissa de 8aDerolles — da;a -ue, de 3ato, eEistiu no s>$ulo FIII — e le;bra'a!se de ter en$ontrado ou $on%e$ido u; $erto n?;ero de #essoas, %o;ens e ;ul%eres, #erten$entes ao ;eio ou N 3a;ília dessa abrissa ;>di$o $o;eçou a in'estigar, a 'eri3i$ar datas e no;es nos ar-ui'os (ntrou no Qogo e a$abou #or se render N e'idn$ia: tudo o -ue a r a ;it% $onta'a era, ou antes, tin%a sido, 'erdade Tro$B;os, então, eu e o &r uird%a;, u; $erto n?;ero de $artas, #ara $on3rontar ;el%or a 3antasia e a realidade %ist@ri$a: não era #ossí'el a#an%ar a ra ;it% e; 3alta oi nessa altura -ue o &r uird%a; de$idiu #ubli$ar, #ri;eira;ente e; ingls O)athares and reincarnation e, de#ois, e; 3ran$s, na Pa"ot, o !i1rio e; -ue a#ontou as suas obser'açGes ão tirarei $on$lusGes #ara al>; da #ossibilidade do 3ato e; -uestão -ue ;ais ;e sur#reende > a lo$aliDação no te;#o destas di'ersas ;ani3estaçGes $Btaras ou #seudo!$Btaras, #ois $on%eço ;uitas outras: t;!se #roduDido uni$a;ente nos ?lti;os 'inte anos ão sei se — $o;o diDe; os o$ultistas — as al;as se reen$arna; todos os 7++ anos, e se nos en$ontrar;os #erante u;a in'asão de al;as $Btaras do s>$ulo FIII, ;as > absoluta;ente $erto -ue não > #or a$aso -ue assisti;os %oQe, eEata;ente %B 'inte e $in$o anos, N e;ergn$ia do $ataris;o Ta;b>; agora, e s@ agora, se tornou #ossí'el u;a $erta in3lun$ia 3ilos@3i$a do #ensa;ento $Btaro sobre os es#íritos A e;$eri
(; 19=2, -uisera; as $ir$unstn$ias -ue i;one `eil tra'asse $on%e$i;ento, e; Car$assone, $o; &>odat o$%> e $o; o #oeta Xo> ous-uet oi #or sua 'ontadeJ, es$re'e ernard Ralda 7, -ue, dirigindo!se de 8arsel%a N abadia de (n Cal$at O&ourgnes #ediu -ue a $onduDisse; a Car$assonne — Xean allard, diretor de )ahiers du Sud, a$o;#an%a'a!a — Qunto de Xo> ous-uet5 , i;obiliDado no seu leito desde 1917, de'ido a u; terrí'el 3eri;ento de guerraJ Xoj ous-uet atra'essa'a, nessa altura -ue > ta;b>; a da #ubli$ação de L65omme d6Bc et le /"nie M"diterran"en O)ahiers du Sud , u;a $rise de in$erteDa e não sabia e; -ue se a#oiar Por ;eios #essoais, diD ainda Ralda, #or itinerBrios di3erentes, i;one `eil e Xo> ous-uet, -ue $onsidera'a; o absoluto, a tra;a e o %oriDonte das $oisas, %B ;uito se tin%a; e;#en%ado nu;a 'ia ;ísti$a, onde se en$ontra'a;J ão $reio -ue ous-uet ti'esse sido 3unda;ental;ente dualista: o seu #ensa;ento 'ariou ;uito sobre este #onto 7
Ralda: A Con'ersão de i;one `eilJ, in La Pens"e Fran*aise, Xaneiro de 19/+ X ous-uet 'i'eu #aralisado at> ao 3i; dos seus dias
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seu idealis;o ;Bgi$o — ou o seu ;aterialis;o surrealista si;ultanea;ente dial>ti$o e #o>ti$o — obriga'a!o ;ais a $onQugar os $ontrBrios do -ue a o#!los Contudo, ele QB tin%a es$rito, e; 19<9!19=+, 'Brios teEtos neo$Btaros -ue $o;#orão a #re$e a inserir e; LVBeu%re de la Jidt, -ue i;one `eil $on%e$eu — $o; eE$e#ção da $arta a Rans ell;er, -ue > de de 19== — durante o seu en$ontro e; Car$assonne: A luD s@ se ;ani3esta asso$iada Ns radiaçGes de u;a noite ;ineral O real > o 3ruto de dois ele;entos ini;igos O (ste $redo dualista, a$res$enta'a ous-uet, inter'>; uni$a;ente a título de eEe;#lo O$uriosa ação de $arBter ;etodol@gi$o -ue se a#roEi;a, no #lano #o>ti$o da de a"le no #lano ra$ionalistaH A 'erdade anda se;#re a3astada da $erteDa: não se deiEa a#an%ar, ;as a#odera!se de n@s e, atra'>s das suas re'elaçGes, ins#ira!nos e inebria!nosJ e$on%e$ia, assi;, -ue o seu $redo #ossuía a#enas u; 'alor #o>ti$o e #ro'is@rio i;one `eil a$ol%eu!o 3er'orosa;ente e ;editou sobre ele $o; toda a seriedade 3ilos@3i$a de -ue era $a#aD oi então -ue, sob a du#la in3lun$ia de o$%> e de ous-uet, se a#aiEonou #elo dualis;o e #or todos os -ue o tin%a; de3endido no s>$ulo FIII, $o;o teste;un%a o artigo -ue es$re'eu, e; 19=2, sob o #seudni;o de (;ile o'is, e; )ahiers du Sud< Agonia de u;a $i'iliDaçãoJ V;a $arta dirigida a &>odat o$%> não nos deiEa -uais-uer d?'idas sobre a sua e'olução: ela de$lara, tão nitida;ente $o;o u; $Btaro do s>$ulo FIII o teria 3eito: un$a $o;#reendi $o;o > #ossí'el -ue u; es#írito raDoB'el $onsidere Xeo'B da íblia e o Pai in'o$ado no ('angel%o $o;o u; ?ni$o e ;es;o serJ Suer -ueira;os -uer não, ela ad;itia -ue #udesse; eEistir dois deuses a sua )arta a um Deligioso, dirigida a u; do;ini$ano, o #adre Couturier, ela #re$isa a sua #osição e; relação ao dog;a $at@li$o As suas di3i$uldades, es$re'e e; substn$ia e;ard Ralda, resulta'a; do Antigo Testa;ento, do seu $on3ronto $o; todas as religiGes não $ristãs e $o; a #r@#ria %ist@ria da IgreQaJ Todas as religiGes a tenta'a;: não es$re'eu ao #adre Couturier -ue o estudo das doutrinas %indus lança'a sobre $ertos #roble;as, $o;o, #or eEe;#lo, o da $astidade, u;a luD be; ;ais 'i'a do -ue -ual-uer teEto $ristãoJY Longe de ;i; a ideia de du'idar dos senti;entos $at@li$os ro;anos de i;one `eil Li;ito!;e a 'eri3i$ar -ue Xo> ous-uet, -ue dese;#en%ou, $o;o ela #r@#ria disse, u; i;#ortante #a#el na sua 'ida, e &>odat o$%>, $uQa in3lun$ia so3reu durante algu; te;#o, $ontribuíra; #ara l%e $on3erir o senti;ento de -ue, #ara al>; do #latonis;o de -ue se en$ontra'a i;buída, o $atoli$is;o #oderia ser desen'ol'ido at> u; #onto e; -ue deiEasse de ser in$o;#atí'el $o; a gnose ;ani-ueia Suando 3oi trans3erida, a 17 de Agosto de 19=2, #ara o ros'enor onatoriu%, e; As%3ord, no Uent, le'a'a na sua ;ala Xoão da CruD e Platão Continua'a a sentir!se #erturbada #ela i;#ossibilidade e; -ue se en$ontra'a de resol'er #or #ro$essos não #latni$os — e tal'eD $Btaros — a o#osição -ue l%e #are$ia irredutí'el entre o &eus do rigor e o da $aridade in3inita &iDe;!;e -ue, antes de ;orrer, $onseguiu re$on$iliar os dois deuses Pela ;in%a #arte, $ontinuo a du'idar Suis o destino -ue i;one `eil ;orresse e; endura, $o;o os $Btaros ous-uet, -uando o soube, $o;o'eu!se at> Ns lBgri;as M sabido -ue atribuíra;
ao seu deseQo deter;inado de abandonar este ;undo o ;ais de#ressa #ossí'el u;a eE#li$ação -ue não > ineEata e -ue de;onstra a sua santidadeJK eu #r@#rio l%e ou'i diDer, e; Car$assonne, -ue era u;a inQustiça ali;entar;o!nos -uando tantos in3eliDes ;orre; de 3o;eJ Contudo, $onsentia e; se ali;entar e, #or ;uito as$>ti$a -ue 3osse a sua 'ida, -ueria 'i'!la ra, desde a sua entrada no %os#ital de 8iddleseE, e; Londres, -ue se re$usou a $o;er, $o;o l%e ordena'a; O Ralda e, no ros'enor anatoriu;, a sua $onsu;#ção tornou!se eEtre;a 9 (E#irou a 2= de Agosto Ns deD e ;eia da noite: tin%a trinta e -uatro anos o $erti3i$ado de @bito o ;>di$o de$larou -ue a de3unta se tin%a $ondenado N ;orte re$usando!se a $o;er durante u; #eríodo de #erturbação do es#íritoJ O$itado #or Ralda Con$luía!se, assi;, #elo sui$ídio, e 3oi ordenado u; in-u>rito i;one `eil 3oi enterrada, no dia <+, na #arte do $e;it>rio -ue a #e-uena $idade de As%3ord reser'a aos $at@li$os Tal'eD ten%a de$idido — $o;o #odere;os sab!loY — e; toda a liberdade — libertar!se deste ;undo -ue estB e; #oder de u; deus ;onstruoso, do #rín$i#e das tre'as, ao -ual s@ #ode;os es$a#ar abandonando!l%e o nosso $or#o A =ltima a&entura do "atarismo
(; 19<1, u; Qo'e; es$ritor ale;ão de 'inte e sete anos, tto a%n, 'eio estabele$er!se nos Pirin>us, e; Ari\ge, abart%\s, 6oltou lB e; 19<7 Constou -ue 3ora en$arregado #elo go'erno ale;ão e #or Al3red osenberg 1+ de #ro'ar -ue 8onts>gur era 'erdadeira;ente o $astelo do raal, $o;o, tal'eD i;#rudente;ente, a'ançara no seu li'ro M #ossí'el -ue ten%a re$ebido esta ;issão e; 19<7, ;as não $reio -ue a sua 'iage; ten%a tido outra $ausa al>; do interesse ;ostrado #ela %ist@ria das religiGes e das %eresias Ao ler;os o seu diBrio de 'iage;, Luzifers 5ofgesinde O )orte de Lucifer, 19<7, te;os a i;#ressão de -ue o Qo'e; es$ritor 3i$ou i;ensa;ente sur#reendido ao en$ontrar nos Pirin>us u; #e-ueno ;eio de o$ultistas o$$itni$os -ue ;edita'a; sobre o raal e os $Btaros, 3en;enos sobre os -uais $o;eça'a a surgir u;a le'e intuição na Ale;an%a ora; estes ilu;inadosJ, de resto ;uito si;#Bti$os, -ue 3orne$era; a tto a%n ;at>ria #ara o seu #ri;eiro li'ro, )ruzada )ontra o /raal. a )orte de Lucifer, designa!os #elas ini$iais dos seus no;es Trata'a!se de A adal, $onser'ador das grutas de Vssat e diretor do estabele$i;ento ter;al, da $ondessa de PuQol!8urat, de Art%ur Caussou, #oeta o$$itni$o de La'elanetK e, ;es;o e; 8onts>gur, de 8 A;aud, engen%eiro de ord>us, $o; o -ual tto a%n tra'ou $on%e$i;ento #ou$as %oras de#ois da sua $%egada N aldeia (ste engen%eiro #es-uisa'a no $astelo $o; o obQeti'o, $o;o i;ediata;ente de$larou a tto a%n, de des$obrir o tesouro $Btaro, o t?;ulo de (s$lar;onde — $uQa des$rição l%e tin%a sido 3eita #or u; 9
i;one `eil $ontenta'a!se $o; u;a #orção de ali;entos e-ui'alentes N ração dos detidos nos $a;#os naDis 1+ A osenberg, te@ri$o o3i$ial do naDis;o O Le M0the du 99 e si3cle, $ondenado N ;orte e en3or$ado e; ure;berg
3eiti$eiro — e u; ('angel%o de Xoão, ;uito di3erente do -ue #ossuí;os e não 3alsi3i$ado #or o;aJ 8uitas destas #ersonagens era;, segundo #are$e, ;e;bros da seita dos Polares11 e #ro3essa'a; ideias ;uito se;el%antes Ns -ue $ir$ula'a; entre os ini$iados %itlerianos, noW -ue se re3ere ao sol %i#erb@reoK e Ns de Rkrbiger 12, res#eitantes N $os;ogra3ia utros #rati$a'a; o es#iritis;o, e'o$a'a; os es#íritos e diDia;!se e; $ontato #sí-ui$o $o; os ;estres tibetanos ora; as entre'istas $o; os o$ultistas -ue dera; literal;ente 'olta N $abeça de tto a%n e o le'ara; a $on$eber a %i#@tese de unir, nu;a síntese a'entureira, as suas 3antasias Ns do %itleris;o ;Bgi$o Ao ;es;o te;#o, ele $on'ersa'a, N noite, $o; os $a;#oneses, no albergue de 8onts>gur, e inter#reta'a, a seu ;odo, as tradiçGes 3ol$l@ri$as -ue eles l%e trans;itia; e -ue #erten$e; ao do;ínio da etnogra3ia uni'ersal, ou, #elo ;enos, euro#eia tto a%n nun$a ;entiu Todas as lendas -ue trans;ite l%e 3ora; $ontadas, in$luindo a do li'ro tibetano in$luída no a#ndi$e 8as, $are$ia de sentido $ríti$o e #erturbou!se $o; este $onteEto i;aginBrio e ;íti$o &e regresso N Ale;an%a, #ubli$ou )ruzada )ontra o /raal, $uQa tradução do #aís M #ro'B'el -ue ten%a $onseguido $on'en$er Al3red osenberg — ta;b>; interessado #elo raal — de -ue eEistia algo de 'erdadeiro nas lendas o$$itni$as -ue assi;ila'a; 8onts>gur a 8ontsal'atge e -ue, de -ual-uer ;odo, a Ale;an%a não de'ia #erder a o#ortunidade de aneEar, es#iritual;ente 3alando, estas #o#ulaçGes dos Pirin>us, oriundas da 'el%a essn$ia >tni$a 'isigoda e #or tradição —3oi a $ondessa de PuQol!8urat -ue; l%e disse — anti! ro;anas Al3red osenberg deiEou!se $on'en$er e, e; 19<7, en$arregou se$reta;ente tto a%n de #ro$urar e; Ari\ge, senão o raal, #elo ;enos 'estígios ar-ueol@gi$os, obQetos ;isteriosos ornados de runasJ, -ue #er;itisse; a3ir;ar -ue a raça dos Pirin>us #erten$ia N $o;unidade ariana M $on%e$ida a tese de3endida #or tto a%n e; )ruzada )ontra o /raal. ro;an$e de `ol3ra; d[(s$%enba$%, Parzi%al, $ontaria, de 3ato, as eE#loraçGes dos $a'aleiros de 8onts>gur ParDi'al não seria ;ais do -ue Tren$a'el, 'is$onde de >Diers raal teria sido $onser'ado e; 8onts>gur Xulga;os in?til sublin%ar a total in'erosi;il%ança destas a3ir;açGes 8as, e; 19<7, na sua segunda obra, )orte de Lucifer, tto a%n eE#Ge $o; ;ais #re$isão as suas ideias 3ilos@3i$as, -ue são a#roEi;ada;ente as -ue então era; di'ulgadas entre os ;eios %itlerianos e das -uais Louis Pau_els e Xa$-ues ergier, e; Le Matin des Magiciens, e, ;ais re$ente;ente, Xean!8i$%el Angebert, e; 5itler et la &radition )athare, $ontara; a gnese e o desen'ol'i;ento Creio -ue )orte de Lucifer > a obra -ue ;el%or nos 3aD $o;#reender a orientação desta no'a ;itologia ger;ni$a e os es3orços en'idados #ara des$obrir ante#assados ines#erados M ta;b>; e; )orte de Lucifer -ue ;el%or se ', a des#eito da rigideD da tese, a si;#atia #ro3unda e sin$era -ue tto a%n sentia #elo #e-ueno
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s Polares: seita 3undada e; 19<+ #or an %oti'a, $uQos ;e;bros se #retende; de#ositBrios da tradição boreal resultante da lendBria Tule 12 As teorias de krbiger sobre a luta eterna entre o gelo e o 3ogo #ossue; uns $ertos lai'os de ;ani-ueís;o
;eio o$$itni$o -ue l%e re'elou, de ;odo ilus@rio, se; -ual-uer d?'ida, u; as#e$to $o;#le;entar do $arBter n@rdi$o Co;o Luzifers 5ofgesinde não se en$ontra #resente;ente e; nen%u;a li'raria ou bibliote$a #?bli$a, $onsidero i;#ortante resu;ir as suas #ro#osiçGes essen$iais: 1 — li'ro, #ro3unda e radi$al;ente ra$ista, eEalta a eE$eln$ia da raça ariana, a#ro'a todas as ;edidas to;adas #ara #reser'ar a #ureDa da raça eleita s Qudeus são os ini;igos irredutí'eis do es#írito ariano 2 — 8eta3isi$a;ente 3alando, o &eus dos Qudeus, Xeo'B, > u; de;iurgo $ruel e inQusto -ue 'en$eu L?$i3er e se a#oderou da sua $oroa (ste antisse;itis;o 3ilos@3i$o QB > 'isí'el e; a#oleão Pe"rat e at>, #or sur#reendente -ue #areça, e; i;one `eil, -ue era QudiaH 8as, #ara al>; de não #retender atuar na #rBti$a ne; to;ar #arte nu;a #erseguição dirigida $ontra os Qudeus, ele ;antin%a!se essen$ial;ente di3erente: a#oleão Pe"rat e i;one `eil o#Ge; Cristo a Xeo'B, en-uanto tto a%n o#Ge Lu$i3er a Cristo e a Xeo'B A religião de tto a%n > u;a es#>$ie de lu$i3eris;o < — Lu$i3er não > atã M o deus -ue os antigos adora'a; na -ualidade de ol e os tro'adores na do A;or M #rín$i#e da beleDa, do %eroís;o, da $orage; deses#erada, da re'oltaK a alegria de 'i'er e a orça da atureDa (ste 'erdadeiro ol, > o ol do orte, a-uele -ue P"t%eas de 8arsel%a O<4+ A C tin%a ido bus$ar a Tule Oa 'iage; de tto a%n ter;ina igual;ente na mlti;a Tule &aí a eEaltação do A#oio %i#erb@reo e, segundo as teorias de Rorbiger, a re'aloriDação do elo lu;inoso, do ol 3rio da ;eia!noite s #o'os do ul ador;e$e;: > o A#oio do orte -ue 'e; a$ordar = — s $Btaros odeia; Xeo'B e adora; o ol: 3aDe; #arte, #ortanto, dos $ortesãos de Lu$i3erJ: são aliados naturais do ger;anis;o ariano Otto a%n $o;ete u; 'erdadeiro $ontra!senso: os $Btaros reQeita'a; Xeo'B, ;as adora'a; o ol es#iritual, isto >, Cristo 4 — a sua luta Lu$i3er!ol, os Qudeus se;#re 3ora; a#oiados #elos $ristãos O$at@li$os e #rotestantes M essen$ial;ente sobre este ?lti;o #onto -ue a #osição to;ada #or tto a%n ;ais $ontraria a 'erdade: #ode;os ad;itir, $o;o i;one `eil, -ue a in3lun$ia do Antigo Testa;ento, tal $o;o a do I;#>rio o;ano, são as $ausas essen$iais da $orru#ção do $ristianis;oJ OCarta a &>odat o$%>, ;as $on'>; distinguir ;el%or a teoria dos 3atos a realidade, os $at@li$os se;#re #erseguira; os Qudeus: os $Btaros #rotegera;!nos se;#re Toda a gente sabe -ue a $ruDada $ontra os albigenses 3oi ta;b>; u;a $ruDada antisse;itaK e -ue Tren$a'el OParDi'alH, ao deiEar >Diers, le'ou $onsigo, #ara os sal'ar do ;assa$re, os Qudeus -ue aí se en$ontra'a; o s>$ulo F6II os do;ini$anos eEter;inara; os Qudeus da Lorena / — A obra de tto a%n tal'eD $onstitua o ;ais 'iolento re-uisit@rio $ontra o $ristianis;o e; geral e o $atoli$is;o ro;ano e; #arti$ular 8as, ineEatidGes %ist@ri$as asso;brosas, erros grosseiros, eEageros se; des$ul#a e;#obre$e; ;uito o al$an$e da argu;entação e, #or 'eDes, anula;!na A
In-uisição $o;eteu tantos $ri;es -ue não > ne$essBrio atribuir!l%e outros o -ue se re3ere aos Qesuítas, $uQa doutrina $o;#reendeu ;al, assi; $o;o a regra e a indis$utí'el grandeDa, tto a%n > #arti$ular;ente inQusto A$res$ente;os, #or 3i;, -ue os ;assa$res organiDados #elos %itlerianos ultra#assara; e; %orror as 3ogueiras a$esas #elo 3anatis;o religioso Otto a%n, > $erto, ;orreu antes de assistir ao desen$adea;ento do 3uror naDiK e tal'eD ten%a sido #or-ue o #re'ia -ue se sui$idou 7 — A IgreQa o;ana, e esta > u;a das ideias ;estras de tto a%n, se;#re odiou os Ale;ães — -ue soubera; retribuirH A $ruDada $ontra o raal #retendeu uni$a;ente eEter;inar os er;anos do ul da rança, os des$endentes dos 'isigodos (; oiE, diD tto a%n, os %o;ens são louros e t; os ol%os aDuis Toda a aristo$ra$ia o$$itni$a > de sangue ger;ni$o Onatural;ente, des#reDa o 3ato %ist@ri$o dos ran$os, $at@li$os, ta;b>; sere; er;anosK ;as, era; traidores, de$lara, $on-uistados #ela IgreQa o;ana e $olo$ados ao ser'iço de Xeo'B 5 — Con$lusão: A Corte de Lu$i3erJ re?ne todos os %o;ens -ue a$redita; nas 'irtudes do sangue e na su#erioridade da raça ariana sobre todas as outrasK todos os #o'os -ue to;ara; o #artido de L?$i3er $ontra Xeo'B e -ue trabal%a;, #or $onseguinte, #ara eli;inar da Terra a in3lun$ia $onQugada dos Qudeus e dos $ristãos, a de Xeo'B e a de CristoK -ue #retende; substituí!la #or u; neo#aganis;o adorador do ol e das 3orças do $os;os, e #or u;a ;oral naturalista (sta ;oral lu$i3eriana, ;uito #r@Ei;a da de ietDs$%e, eEalta a sub;issão l?$ida ao &estino, e ta;b>; a energia e a $orage; Cria os %er@is: os -ue ;ere$e; o nobre In3erno e não o C>u dos $obardes tto a%n re'istou in$ansa'el;ente as grutas do abart%\s na es#erança de des$obrir o raal dos arianos Alguns es$ritores ;odernos $%egara; a #retender -ue o tin%a en$ontradoK ;as, trata!se de 3i$ção -ue > eEato > -ue, #or 'olta de 19<7, #are$e ter goDado de u;a $erta in3lun$ia sobre os ;eios %itlerianos Por raDGes -ue ignora;os, $aiu ra#ida;ente e; desgraça (Eiste; $artas suas — -ue s@ o %onra; — nas -uais de$lara -ue a 'ida na Ale;an%a se l%e tornou insu#ortB'el &enun$ia;!no, 'igia;!no, a$usa;!no de ;oderantis;o e de 3ran$o3ilia a 'erdade, > i;#ossí'el -ue este %o;e; generoso, a -ue; o $ontato $o; o $ataris;o e as #o#ulaçGes ;eridionais, -ue #are$e ter a;ado sin$era;ente, tin%a ensinado a 'irtude da tolern$ia, e -ue, nos seus li'ros, se ;ostrou %orroriDado $o; as 3ogueiras do;ini$anas, não se ten%a sentido angustiado $o; a 'isão do A#o$ali#se -ue se #re#ara'a ão $reio -ue ti'esse a#ro'ado— ad;itindo -ue ten%a $ontinuado antisse;ita — a eEter;inação dos Qudeus nos $a;#os da ;orte &iDe; -ue #ediu ao go'erno, na '>s#era da guerra de 19<9!19=+, autoriDação #ara ir a rança (ste #roQeto inte;#esti'o, #elo ;enos, 3oi ;al re$ebido e a#ressou a sua desgraça ão $onseguiu de$idir!se, segundo #are$e, a $o;bater $ontra u; #aís — a $$itnia — -ue, de a$ordo $o; $ertas #assagens $o;o'edoras de Luzifers 5ofgesinde, o$u#ara u; lugar tão i;#ortante na sua 'ida e nas suas 3antasias lu$i3erianas Tal'eD então, $o;o i;one `eil, ten%a
brus$a;ente sentido -ue não l%e era #ossí'el $ontinuar a 'i'er no uni'erso absurdo e ;onstruoso de atã (; 8arço de 19<9, dirigiu!se a Uu3stein, deiEou a bagage; no albergue de kll e subiu ao $i;o do `ilderfaiser oi en$ontrado, a 1< de 8arço, sentado na ne'e, ;orto de 3rio, o rosto tran-iloJ OUarl ittersba$%er (u disse de 3rioJ ão estB #ro'ado -ue, $o;o a3ir;a o ro;an$ista aint!Lou# O Jo%eaux )athares pour Monts"gur , ten%a to;ado $ianeto A ideia da ;orte #elo 3rioJ — tão $on3or;e N sua ;itologia %i#erb@rea — nun$a tin%a $essado de o #erseguir &urante u;a as$ensão do 8aladetta, $o;o ele #r@#rio nos $onta e; Luzifers 5ofgesinde, u; ;>di$o 3ran$s -ue o a$o;#an%a'a $ontou!l%e -ue o tro'ador ertran de orn, deses#erado $o; a desgraça da sua #Btria, tin%a subido a este gla$iar e aí se tin%a deiEado ;orrer: reDa; as lendas -ue ainda lB se en$ontra, trans3or;ado e; estBtua de gelo ra, esta %ist@ria > #ura in'enção ertran de orn ;orreu no ;osteiro de &alon, #ou$o antes de 1214, e as desgraças da sua #BtriaJ não #are$e; ter a#ressado a sua ;orte abia a#enas, res#ondeu tto a%an ao ;>di$o, -ue &ante en'iou este tro'ador #ara os in3ernos, onde, de$a#itado, trans#orta a $abeça entre as ;ãos, #ara l%e ilu;inar o $a;in%o entre as tre'asJ &e'e;os 'er, na inter'enção — i;aginBria ou autnti$aY — do a;igo 3ran$s e no $onte?do da sua narrati'a, a eE#ressão de u;a destas $oin$idn$ias, ;Bgi$as ou #o>ti$as, -ue o &estino se $o;#raD, #or 'eDes, e; ressus$itarY u, então, a #roQeção no 3uturoW do -ue, no in$ons$iente, não era ;ais do -ue #ressenti;ento obs$uroY tto a%n sabia -ue ;orreria no $ristal do 3rio Assi;, duas #ersonagens de #ri;eiro #lano, tão o#ostas $o;o i;one `eil e tto a%n, a Qudia e o ariano, 3ora; $onduDidos, #or 'ias ;uito di3erentes, a #ri;eira a des#eito do seu $atoli$is;o tran-uiliDador, e o segundo a des#eito doW seu lu$i3eris;o eEaltante, e a#roEi;ada;ente na ;es;a >#o$a a#o$alí#ti$aJ O19<9!19=2, a ;orrer a#arente;ente e; endura, $o;o os ?lti;os $Btaros do s>$ulo FIII, #ela 3o;e e o 3rio 1<, a;bos aterroriDados #ela #a'orosa e'idn$ia do 8al Co; tto a%n ter;ina'a a a'entura $Btaro!%itleriana -ue se;#re se baseou na i;#ostura, no $ontrassenso e no #restígio da #oesia (; 19==, #re$isa;ente sete$entos anos a#@s a -ueda de 8onts>gur, > sabido -ue u; a'ião ale;ão des$on%e$ido sobre'oou o $astelo e traçou no $>u não u;a $ruD ga;ada, ;as u;a $ruD grega (ra o adeus da Ale;an%a 'en$ida e deses#erada ao te;#lo do raal, tão ilus@rio e de$e#$ionante $o;o as -ui;eras de -ue se ali;enta o deseQo de #oder
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A ;orte #elo 3rio era u;a das 3or;as ;ais raras de endura.
CONCLUSÃO! DEUS DEIXOU A TERRA u; artigo #ubli$ado e; 194= na re'ista S0nth3ses On?;ero 1+<, &eDe;bro, (d;ond o$%edieu, interrogando!se sobre as $ausas do su$esso do ;ani-ueís;o e sobre as -ue $onduDira; ao seu desa#are$i;ento, atribui o seu 3ra$asso 3inal ao 3ato de nen%u;a religião #oder #rosseguir ou e;#reender a sua ;issão de sal'ação, -ue $onsiste e; ele'ar as al;as eEortando!as a 'en$er o 8al, se não $o;eçar #or a$reditar na #ossibilidade de u;a 'it@ria real sobre o ;alJ ão $reio -ue o ;ani-ueís;o e o $ataris;o, na ;edida e; -ue se ins#ira; e; #rin$í#ios dualistas, ten%a; algu;a 'eD sugerido -ue não era #ossí'el 'en$er o 8al 8as, > eEato -ue estas duas religiGes não re'ela; o ;es;o o#ti;is;o ;ísti$o de todas as outras no -ue se re3ere N situação autnti$a do %o;e; no ;undo ão #or-ue retire; toda a es#erança aos seus 3i>is: e; $ertos as#e$tos, o $ataris;o, -ue a3ir;a -ue todas as al;as serão sal'as, > ;ais tran-uiliDador do -ue o $atoli$is;o -ue #ro3essa -ue ;uitas delas, tal'eD as ;ais nu;erosas, serão eterna;ente $ondenadas 8as, o ;ani-ueís;o e o $ataris;o de3ende; -ue nada estB ainda de$idido e -ue, se a 'it@ria do e; sobre o 8al > $erta, ela serB obtida N QustaJ e, de -ual-uer ;odo, não $onduDirB N eli;inação total do #rin$í#io do 8al, -ue > eterno e indestrutí'el M o -ue QB alguns $ontro'ersistas $at@li$os $ensura'a; aos albanenses Odualistas absolutos de ItBlia: V;a 'eD -ue as Al;as do deus bo;, diDia;, regresse; ao seu reino e as do deus ;au ao seu, #or -ue não re$o;eçarão as %ostilidades entre os dois #rin$í#iosYJ (ste ra$io$ínio não #are$ia #erturbar ;uito os albanenses s antigos ;ani-ueus ta;b>; nun$a #ensara; ;uito seria;ente -ue a sub'ersão da luD #elas tre'as #udesse re#roduDir!se A #ro'a da 8istura, e a sua derrota 3inal, $o;o diD R C% Pue$%, tornara; a obs$uridade in$a#aD de reno'ar a sua tentati'a de in'asão do reino de &eusK a disQunção das duas natureDas, a su#erioridade do e;, a segurança e a #aD da luD serão, então, de3initi'asJ s albanenses, e o seu doutor Xean de Lugio a3ir;a!o eE#ressa;ente, tin%a;, neste #onto, ado#tado a ;es;a teoria: os dois #rin$í#ios não são iguais e; #oder, e o deus do be; a$aba se;#re #or #re'ale$er, $o;o #retendia o ;ani-ueís;o As al;as sub;etidas ao do;ínio do 8al e da dor, e; reen$arnaçGes su$essi'as, e -ue a$edera; N #ureDa QB não são o -ue era; anterior;ente: 3ora; obQeto de u;a es#>$ie de re$riação -ue as a3ir;ou no seu ser Al>; disso, as 3orças $a@ti$as e ;alignas serão a#risionadas, diDia; os ;ani-ueus, no ?olos e e;#urradas #ara o 3undo de u;a 3ossa $oberta #or u;a grande #edraJ OPue$%, # 5< -ue signi3i$a -ue, no 3inal dos Te;#os, o 8al serB isolado, en$errado, e não terB $ondiçGes #ara #reQudi$ar e $orro;#er (n$ontra!se a ;es;a ideia, a3inal o#ti;ista, no $ataris;o o$$itni$o: o $aos, -ue > o ele;ento natural de atã, seu %abitat — o -ual, #or direito, se os #rin$í#ios 3osse; 'erdadeira;ente iguais e; #oder, seria sus$e#tí'el de u;a eEtensão in3inita —, torna!se, na realidade, a sua #risão, o seu in3ernoJ s ;aus são
reQeitados #ara as tre'as eEterioresJ, -ue são as suas A$res$ente;os -ue h &e;nio, tanto o dos ;ani-ueus $o;o o dos $Btaros, #ro$ura'a obter todo o seu #oder da #enetraçãoJ, #or assi; diDer, nas al;as $riadas #elo &eus bo; e esta ;istura desa#are$er e se tornar i;#ossí'el, o &e;nio reduDido a si ;es;o, #erde todo o #oder Co;o se ', a su#erioridade do bo; #rin$í#io reside na sua eternidade (n-uanto o ;au duraJ inde3inida;ente — #or-ue > #rin$í#io —, ;as nu;a trans3or;ação #er#>tua e no $aos, o &eus do be;, esse, nun$a ;uda e > $a#aD, u;a 'eD -ue > todo!#oderoso no e;, de a$res$entar u; #ou$o de eEistn$ia N-ueles -ue o 8al reduDiuJ oi assi; -ue Cristo 3ortale$eu o seu ser e se 3urta N $orru#ção uni'ersal &o ;es;o ;odo, no $atoli$is;o, os anQos bons e os eleitos 3ora; $on3ir;ados e; graçaJ, e QB não #ode; #e$ar e, no $ataris;o, as al;as #uri3i$adas, libertas, torna;!se i;#e$B'eisJ s es#íritos re3letidos 'erão -ue não > ;uito grande a di3erença entre o $ataris;o e o $atoli$is;o, no -ue diD res#eito ao destino 3atal do &e;nio Co;o > e'idente, o $atoli$is;o não $onsidera o 8al 'erdadeira;ente in3inito: te'e u; $o;eço 8as, a3inal — e e;bora seQa di3í$il $o;#reender -ue o 8al -ue $o;eçouJ #ossa desen'ol'er $onse-un$ias in3initas e ;anter!se inde3inida;ente — o In3erno $at@li$o durarB #ara se;#re s ;onstros eEistirão se;#re 8as, #ara -ue os bons seQa; re3orçados na sua graça — ideia -ue o $ristianis;o #ri;iti'o tal'eD de'a ao ;ani-ueís;o —, estes ;onstros não $onstitue; u;a a;eaça #ara eles M e'idente -ue, #ara os dualistas, a su#erioridade do &eus bo; O#ois a luta entre o e; e o 8al salda!se ne$essaria;ente, $o;o nota R C% Pue$%, #or u;a 'it@ria da luDJ de'e!se ao 3ato de ser o deus su#re;o do ser e de #ossuir, re#ita;o!lo, o #oder de #rolongar tanto -uanto deseQar a eEistn$ia das suas $riaturas, e de as tornar i;utB'eis e in$orrutí'eis $o;o ele 8as, esta 'it@ria não se ad-uire se; ris$os ne; $atBstro3es, ne; se ter;ina se; #reQuíDos #ara u; triun3o total A $rença de -ue o 8al > in3inito, #or direito, e de -ue > indestrutí'el, te'e #esadas $onse-un$ias ão insisto sobre as a#ontadas #elos 3eiti$eiros: o dualis;o ser'iu, se; d?'ida, de $aução N bruEaria ;edie'al To;ar o #artido do &iabo e-ui'alia, $o;o > e'idente, a u;a $ondenação, a u;a derrota, ;as traduDia!se ta;b>; #elo $on%e$i;ento das a;argas 'ol?#ias da rebelião, do orgul%o, da $rueldadeK as delí$ias da ;at>ria (ra deseQar o in3erno, isto >, a eEaltação $arnal nu; ;isto de #raDer e de dor Para o $rente -ue re$usa'a #ro3unda;ente o 8al, este ;undo, sub;etido ao #rín$i#e das tre'as, não deiEa'a de ser a;eaçador e terrí'el %o;e; sentia! se a #resa #assi'a de u;a luta entre as 3orças do 8al e as do e;, -ue o reQeita'a; Sue #oderia 3aDer $ontra o 8al, al>; de es#erar -ue o &eus bo; triun3asse e -ue a graça di'ina o 'iesse libertar do #e$adoY Para ele, &eus en$ontra'a!se in3inita;ente a$i;a Creio, #ois, -ue o -ue tornou di3í$il a di3usão do $ataris;o, 3oi o 3ato de abrir N ação duas 'ias $ontradit@rias: ou aderir N orde; do 8alK ou renun$iar absoluta;ente N 'ida terrestre e te;#oral o #lano so$ial desen'ol'ia a ;es;a $ontradição te@ri$a: se o ;undo > ;au, > ne$essBrio! ;odi3i$B!loK ;as, $o;o se #oderB ;odi3i$ar se, a-ui na terra, o &iabo > todo! #oderosoY a realidade, as religiGes, -ue são o @#io do #o'oJ, ta;b>;
#ossue;, $o;o, de resto, Uarl 8arE sublin%ou, u; 'alor re'olu$ionBrio Oe ;uito es#e$ial;ente as dualistas, na ;edida e; -ue designa; a orde; estabele$ida $o;o o 8al M u; 3ato -ue os bogo;ilos lutara; $ontra o 3eudalis;o e a tirania e$lesiBsti$aK -ue os $Btaros tentara; -ue os seus $rentes 3osse; ;ais ri$os, ou ;enos #obresK -ue trata'a; os $or#os — e;bora 3osse; obra do &iabo — e $ura'a; os doentesK e -ue #ro$urara; at> substituir a Qustiça inQusta #ela Qustiça $aridosa Teori$a;ente, de'ia; renun$iar ao ;undo — era a ;el%or ;aneira de o 'en$er — e tornar!se #er3eitos: na 'ida real, $onsidera'a; seu de'er trabal%ar #ara o trans3or;ar, 8as, era ne$essBrio ser ;uito sensato ou eEtre;a;ente e'oluído #ara $on$iliar estas duas atitudes essen$ial;ente tão o#ostas ( #ou$os %o;ens, no s>$ulo FIII, se ;ostra'a; $a#aDes de o ser ão 3alarei das tentati'as realiDadas, no 3i; do s>$ulo FIF #or di'ersos 3il@so3os — LasbaE, Prata — #ara atribuir ao ;ani-ueís;o u;a es#>$ie de atualidade 3ilos@3i$a ou $ientí3i$a Louis Prat, dis$í#ulo e $olaborador de enou'ier, de#ois de ter #ubli$ado nu;erosas obras: Le M0st3re de Platon Ode $olaboração $o; enou'ier, La Deligion de l6harmonie, trabal%a'a, -uando ;orreu, nu; li'ro -ue de'eria intitular!se 8n n"oAcatharisme e -ue, #elo ;enos tanto -uanto sei, nun$a 3oi #ubli$ado título > ;uito signi3i$ati'o ( as re#er$ussGes orais, se assi; l%es #ode;os $%a;ar, das teorias de Prat 3ora; $onsiderB'eis 8as, não $reio -ue o ;ani-ueís;o #ossa ser assi; restaurado sob u;a 3or;a #re$isa e siste;Bti$a: a sua 3orça resulta do 3ato de nun$a ter $essado, sob u; as#e$to ;uito ;ais geral, de #enetrar na $ons$in$ia dos 3il@so3os e dos ;oralistas e a o#osição dos dois #rin$í#ios se a#resenta a $ertas #essoas $o;o ele;entar e #ueril;ente de$al$ada sobre os $ontrastes naturais — a noite e o dia, o $alor e o 3rio —, ta;b>; > e'idente -ue $orres#onde N estrutura do es#írito: erro e 'erdade, a3ir;ação e negação e, entre os es-ue;as -ue o es#írito #roQeta sobre o real e -ue alguns Qulga;, errada;ente, obQeti'os, #ou$os se ada#ta; 'erdadeira;ente N natureDa das $oisas, #enso -ue s@ os $riados #elo ;ani-ueís;o a#resenta;, #ela sua #r@#ria generalidade, algu;a %i#@tese de se baseare; na realidade (Eistira; se;#re dualis;os: ;at>ria!es#írito, ;at>ria! anti;at>ria, in e ang, et$1 8as, os ter;os e; #resença 'ariara; $o; a >#o$a e as ;odas Atual;ente, o dualis;o -ue #ersiste > sobretudo o do a$aso e da ne$essidade, do $aos indeter;inado e da orde; ne$essBria 8ostrei re$ente;ente, e; Le 7ournal spirituel d6un cathare d6au@ourdhui, -ue o ;ani-ueís;o 3oi a ?ni$a religião -ue ousou atribuir u;a i;#ortn$ia #ri'ilegiada na e$ono;ia do $os;os ao a$aso absoluto, ao $aos, a u; #rin$í#io des#ro'ido de inteligibilidade e, #or $onseguinte, ao 8al -ue, se 3osse inteligí'el, não seria o 8al egundo os ;itos ;ani-ueus, 3oi #or #uro a$aso -ue as tre'as entrara; e; $ontato $o; a luD e a de'orara; #ar$ial;ente Atual;ente, as noçGes de ;at>ria e de es#írito QB não #ossue; -ual-uer sentidoK QB não sabe;os -ue; > &eusK ningu>; a$redita -ue a sua eEistn$ia #ossa ser de;onstrada: #ro$la;a;!no ;ortoJ ou e; $onstante trans3or;ação (ntão, > ne$essBrio -ue 1
Prin$í#ios ;as$ulino e 3e;inino, ati'o e #assi'o, no #ensa;ento de en (sta $on$e#ção binBria, de resto, i;#li$a uni$a;ente u; dualis;o relati'o
o #ensa;ento dos ;el%ores se a#roEi;e, de -ual-uer ;aneira, e #or 'ias $erta;ente de;asiado si;#li3i$adoras, do 'el%o siste;a dualista &eus QB s@ #ode ser $on$ebido $o;o u; ser ne$essBrio $oeEistindo $o; u;a realidade ;eio niiliDada e se; leis, -ue l%e resiste Suase todos os 3en;enos #ode; ser eE#li$ados #elo a$aso Oisto >, #or u; Qogo de #robabilidades A ;aior #arte das 3inalidades re'ela;!se, a3inal, ;ais a#arentes do -ue reais e resultantes da interação de 3orças $egas As #ossibilidades de a#are$i;ento da 'ida, es$re'e Xa$-ues 8onod2, era; -uase nulas a prioriJ &irei, nu; #lano ;ais ;eta3ísi$o, -ue as o#ortunidades -ue o ser tin%a de e;ergir do nada o era; ainda ;ais ão > notB'el -ue todas as ;itologias situe; a orige; das $oisas nu; $aos originBrio, absoluta;ente indeter;inado e uni$a;ente sub;etido ao a$aso, $o;o se 3osse ne$essBrio -ue &eus se re'elasse #rogressi'a;ente introduDindo a orde; onde ela não eEistia, ou -ue este &eus -uisesseJ — o -ue > o ;es;o — #roduDir!seJ a #artir do $aosY M se;#re a desorde; Oo a$aso e a ;istura 3ortuita dos ele;entos -ue surge e; #ri;eiro lugar A ne$essidade surge de#ois — de resto, $o;o #oderia ;ani3estar!se de outro ;odoY — #ara resol'er, estabiliDar os i;#ulsos irra$ionais da ;at>riaK e; su;a: #ara i;#edir -ue a desorde; se trans3or;e e; orde;K e -ue o a$aso substitua, #er;anente;ente, a ne$essidade eterna O-ue > $a#aD de i;itar u; te;#oJ, #or a$asoJ Assi;, seria tão absurdo negar a #resença no Vni'erso de u; #oder $ego e te;erBrio, $o;o negar a de u;ah ne$essidade redutora eEer$endo!se se;#re -ue #udesse a$aso, aQudado, > $erto, #ela ;isteriosa seleção, #ode, rigorosa;ente, estar na orige; do a#are$i;ento da 'ida u;a 'eD, ;as não, #enso, da sua re#etição, da sua $onser'ação, e da sua direção #rogressi'a $ada 'eD ;ais $o;#leEa &e'e;os re$orrer a u;a estruturação -ue estabiliDe o a$aso, o 3iEe — ;es;o uni$a;ente no #assado irre'ersí'el e; -ue as suas $onse-un$ias deiEa; de ser aleat@rias — e to;ar os seus resultados trans;issí'eis M #re$isa;ente assi; -ue se traduD a ação de u; &eusJ da ne$essidade X 8onod, -ue des$on3ia, e $o; raDão, das estruturas dial>ti$asJ — ou #elo ;enos, da sua #retensa obQeti'idade —, > obrigado, $ontudo, a restabele$er algu;as, se; as -uais o a$aso destruiria a todo o ;o;ento o -ue ele edi3i$ou erB #ossí'el não 'er -ue o a$aso se li;ita Ns suas re#etiçGes, nos grandes n?;eros e obede$e, #ortanto, a leis -ue não são essen$ial;ente 3ortuitasY M #or isso -ue o es#írito %u;ano te; di3i$uldade e; distinguir a grande i;#robilidade de u; a$onte$i;ento -ual-uer da sua ne$essidade trans$endente e eEistisse; es$assas #ossibilidades da 'ida resultar da ;at>ria, e ;enos ainda do ser de$orrer do nada, -ual seria, então, a 3orça, su#erior a este Qogo de #robabilidades, -ual seria esse todo!#ossí'elJ $a#aD de i;#or o a$onte$i;ento e -ue, $o;o diDia no s>$ulo F6III o abade aliani, 3eD batota ao QogoJY Co;o > e'idente, #ode;os se;#re de3ender -ue a ne$essidade ta;b>; de$orre do a$aso, ;as, neste $aso, estare;os a Qogar $o; as #ala'ras: o a$aso -ue se torna ne$essidade deiEa de ser
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X 8onod: Le 5asard et la n"cessit"
a$asoK a não ser -ue a$eite;os -ue a ne$essidade obriga o a$aso a não ser total;ente a$aso M #or isso -ue o es#etB$ulo do -ue se #assa neste ;undo sugere natural;ente ao es#írito -ue se en$ontra sub;etido ao antagonis;o de duas #otn$ias $ontrBrias e, e; ?lti;a anBlise, ao do a$aso e da ne$essidade, $o;o #retendia &e;@$rito, #ara -ue; tudo o -ue eEiste no uni'erso > 3ruto do a$aso e da ne$essidadeJK e, $o;o Xo> ous-uet re$orda'a a i;one `eil, e; 19=2: real > o 3ruto de dois ele;entos ini;igosJ -ue #are$e $ara$teriDar a $ons$in$ia do %o;e; ;>dio ;odernoW, > o 3ato de ser obrigada a ad;itir -ue eEiste u; #rin$í#io de $orru#ção Ou;a raiD de desorde; $onstruído nu; re$anto da eternidade, e te;er, #re$isa;ente #or essa raDão, -ue o ;undo se en$ontre sub;etido a u; deus $ego, $ruel ou lou$oK -ue o de;iurgoJ, saído do nada, seQa u; ;onstroK -ue o 8al seQa in3inito, isto >, $a#aD de abrangerh total;ente todos os seres 8al -ue se eE#li$a no %o;e; #or ;eio de $ausas, ;es;o indes$ul#B'eis, e -ue se reduD a a#etites, a ne$essidades, não > o 8al ;al 'erdadeiro, > a ;aldade #ura, a lou$ura #ura, a bestialidade e in$ons$in$ia #uras, un$a se te;eu tanto $o;o atual;ente -ue a de;n$ia 3uriosa do de;iurgo se en$arne absoluta;ente no %o;e; e o torne se;el%ante ao ani;al ão > signi3i$ati'o -ue de `illia; lafe a tto a%n, #assando #or urdQie33, i;one `eil e Xoj ous-uet, $resça a ;es;a ang?stia na al;a dos ;ísti$osJ, o ;es;o terror #erante a ideia de -ue &eus seQa u; ;onstroY A-ui, o ;ani-ueís;o reto;a toda a sua 3orça, a3ir;ando -ue este &eus não > o 'erdadeiro &eus e -ue eEiste outroK e #re$isando, si;ultanea;ente, -ue o utro se tornou in3inita;ente trans$endenteK -ue > absoluta;ente irre$on%e$í'el, e -ue s@ #ode ser atingido #ela 3> in$ondi$ionadaK #or outras #ala'ras: -ue a sua eEistn$ia s@ #ode $onstituir u;a $erteDa #ara a-ueles a -ue; #retendeu $o;uni$ar os e3eitos da sua graça 8es;o -ue não ad;ita;os -ue eEiste; dois deuses, de'e;os resignar!nos a ad;itir -ue eEiste; duas es#>$ie de %o;ens: os santos e os ;ausK e -ue, ;uito #ro'a'el;ente, não > #or li're es$ol%a -ue uns são bons e outros ;aus ão a#enas a-uilo -ue estB deter;inado -ue seQa; ão $ondenados ou sal'os #or ação de duas $asualidades o#ostas Oa graça in3ernal e a graça di'ina -ue não #ode; #erten$er ao ;es;o &eus Penso -ue o ;onista — ou a-uele -ue $o;o tal se $onsidera — s@ #ode sentir!se, tentado, atual;ente, a aderir N orde; do 8al Por-ue tudo o $on'en$e, se #ensa $orreta;ente — a raDão, a $in$ia, a eE#erin$ia dos %o;ens e da 'ida —, de -ue este ;undo > absurdo e deses#erado, e -ue &eus não eEiste, ou > lou$o s es3orços -ue, e; geral, o %o;e; #retende realiDar #ara ;odi3i$arJ a so$iedade, #ara instaurar, #or eEe;#lo, o so$ialis;o, di3i$il;ente, e; ;in%a o#inião, se %ar;oniDarão $o; a $on'i$ção de -ue ele e;ergiu do Vni'erso #or a$asoJ e tudo de$orre do a$aso, os %i##iesJ são ;uito ;ais l@gi$os, #ois #retende; 'i'er ao a$aso e #assar o te;#o $o;o se a#resentaJ (stão $erta;ente $on'en$idos de -ue a $orru#ção se estende a todo o ;undo $on%e$ido, Ns re'oluçGes QustasJ, Ns so$iedades #rogressistasJ, e a tudo o resto
Co;#ete ao %o;e; es$ol%er, diD!nos Xa$-ues 8onod, e; ter;os tão $uriosa;ente $BtarosZ, entre o eino e as Tre'asJ 8as, 3oi ainda o a$aso — ao -ual tudo se reduD, a3inal — -ue; l%e ensinou -ue eEistia u; reinoJY A #artir do ;o;ento e; -ue sabe -ue o ;undo e &eus são ;onstruososJ, $o;o #oderia es$ol%er o reinoJ, se não a$redita'a, ipso facto, e; outro &eusY Co;o seria es$ol%idoJ #or este reino, #ois > e'idente -ue > es$ol%ido e não es$ol%e, se não 3osse reQeitado #elas tre'asK e se o &eus 'erdadeiro e in$on$ebí'el não se ;ani3estasse e; #ri;eiro lugar, sob a 3or;a de 3>, de resto in$o;#reensí'el, -ue s@ eE#ri;e os e3eitos da sua #resençaY V; $erto dualis;o te@ri$o — o -ue o#Ge &eus tal $o;o de'eria ser ao &eus ;au, -ue #are$e o -ue > O> o do ;ar-us de ade — $onduD direta;ente ao ateís;o 8as, o ateís;o te@ri$o — o -ue reQeita u; &eus insensato, #ara tentar, se; d?'ida, atingir deses#erada;ente a trans$endn$ia in$o;#reensí'el do utro O> o ateís;o dos ;ani-ueus — trans3or;a!se a si ;es;o nu; dualis;o in3inita;ente rigoroso e #uro
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(&AIL, 8 — Sages et Mages Oabedoria e 8agia, Ra$%ette, Paris, 1971 p&((, R — La r"ligion des )athares OA religião dos $Btaros, V##sala, 19=9 TRV(LLI(, C% — 8n trait" cathare in"dit du d"but du 9::: s3cle, d6apr3s le Liber contra manicheosJ de !urand de 5uesca Spicilegium sacrum Lo%inense, OV; tratado $Btaro in>dito do iní$io do s>$ulo FIII, segundo o Liber $ontra ;ani$%eosJ de &urand de Rues$a, Lou'aina, 19/= — )atharisme et 4ald"isme en Languedoc X la fin du 9:: si3cle et au d"but du 9:::, OCataris;o e 6aldis;o no Languedo$ no 3i; do s>$ulo FII e no iní$io do s>$ulo FIII, PV, Paris, 19// TP(TCRA6, 6 — ?ougres et )athares Ougres e CBtaros, eg%ers, Paris, 1971
GLOSSÁRIO DOS PRINCIPAIS TERMOS DO CATARISMO L?JEJSES &esigna;!se $o; este ter;o os dualistas absolutos de ItBlia, $erta;ente #or-ue os 3undadores da sua seita era; oriundos da Albnia seu $entro #rin$i#al en$ontra'a!se e; &esenDano, nas ;argens do lago de arde Por 'olta de 124+, esta IgreQa so3reu u; $is;a #ro3undo V;a #arte dos $rentesJ ;ante'e!se 3iel ao dualis;o absoluto, sob a sua antiga 3or;a e ao bis#o alanDinansa, -ue #assou a ter in3lun$ia uni$a;ente sobre os 'el%os A outra #arte seguiu o il%o ;aiorJ, Xean de Lugio, autor do Liber de duobus principiis< atraiu sobretudo os Qo'ens s $Btaros o$$itni$os #ensa'a; $o;o os albanenses C%a;a'a;! l%es albigenses: os dois ter;os #are$e; ter sido sinni;os PDEL5MEJ&B Ter;o o$$itni$o, de aparelhar, #re#arar, #re#arar!se #ara Suando se $on3essa'a;, a#arel%a'a;!seJ, isto >, dis#un%a;!se no'a;ente a u;a obser'ação ;ais rigorosa das regras da 'ida #er3eita OC $%;idt Para 8 &u'erno", o aparelhamento era a $on3issão ;ensal dos #er3eitos diante dos diB$onos, ou do bis#o, ou de u; dos seus $oadQutores Oo Filho maior e o Filho menor(. (ra de u; deles -ue re$ebia; a #enitn$ia ;es;o autor ' nesta $eri;nia u; 'estígio dos ritos $ristãos orientais do s>$ulo I6 e a#onta, tal $o;o alguns %istoriadores esla'os, se;el%anças entre esta $ul#a $Btara e os ritos #res$ritos #ela regra de asílio A $eri;nia, -uando $oin$idia $o; u;a asse;bleia de $rentesJ, era #re$edida #or u;a nção e seguida #or u;a #r>di$a e #or u; eiQo de #aD aparelhamento O3or;a latiniDada: aparelhamentum ta;b>; se designa #or ser%isi Oser'iço )D:!!E Lati;: $aritasK o$$itni$o: $aritat 6irtude sobrenatural atra'>s da -ual a;a;os &eus e; si ;es;o e a$i;a de todas as $oisas e o #r@Ei;o $o;o a n@s ;es;os #or a;or de &eus (sta 'irtude te;, #ois, dois obQetos, &eus e o #r@Ei;o, e u; ;oti'o, o #r@#rio &eus Laço de a;or -ue une os anQos entre si, os %o;ens entre si e os %o;ens e os anQos ao seu $riador Prin$í#io de $oesão ontol@! gi$a e de unidade substan$ial ;uito se;el%ante ao -ue Pas$al designa'a
#or a orde; da $aridade, di3erente da orde; do es#írito e da orde; da ;at>ria e in3inita;ente su#erior a -ual-uer delas ão #odería;os a;ar &eus se &eus não nos ti'esse a;ado #ri;eira;ente &eus > Caridade A#oiando!se e; Xoão OI!(# I6, 1/: !eus )haritas est #ui ma.net in charitate in !eo manet, os $Btaros #ensa'a; -ue o a;or 3aDia #arte da essn$ia de &eus oi assi; -ue $onsiderara; o #ão su#ersubstan$ial da ração do;ini$al $o;o sendo a #r@#ria $aridade A $aridade > $%a;ada #ão su#ersubstan$ial #or-ue estB a$i;a de todas as outras substn$iasJ O/losa c1tara sobre o Pater 8s A /!1+ da Cole$ção 6aldense de &ublinK ed T% 6enfeler C3 igual;ente: Paulo, I!Cor, FIII, =!7 A $aridade 3aD a substn$ia dos seres $riados #elo &eus do e;, > #or isso -ue o $Btaro artolo;eu, autor de u; tratado $itado #or &urand de Rues$a, a3ir;a -ue os seres -ue não #ossue; a $aridade são nihil, isto >, u; nada relati'o e não t; a #lenitude do ser -ue s@ se une Ns essn$ias in$orru#tí'eis $riadas #elo &eus bo;, a #artir da sua #r@#ria substn$ia e todos os ;aus es#íritos, os %o;ens ;aus e todas as $oisas -ue #ode; ser 'istas neste ;undo são a#enas nihil Onada relati'o #or-ue não #ossue; $aridade, então 3ora; 3eitas se; &eus O#ara al>; de &eus J As duas autoridades in'o$adas #or artolo;eu são: Paulo OI!Corint, FIII, <: e não #ossuo $aridade, sou u; nihil, u; -uase!nada e Xoão O1!<: e; (le 3oi 3eito o -ue > o nihil J, o nada relati'o )BJSBLMEJ&B Ter;o o$$itni$oK 3or;a latiniDada: consolamentum. a#tis;o es#iritual, o#osto ao ba#tis;o de Bgua de Xoão, e 3eito #or i;#osição das ;ãos segundo ritos -ue le;bra; os da IgreQa #ri;iti'a Ose; os ele;entos ;ateriais: Bgua, unção, @leo (sta $eri;nia, essen$ial ao $ataris;o, 3orne$ia a $onsolaçãoJ do Para$let segundo a tradição a#ost@li$a Alain de Lille distinguia $o; raDão, no s>$ulo FII, $o;o atual;ente 8 Xean &u'e;o", o consolamentum, ou ba#tis;o dos #er3eitos, do consolamentum ou ba#tis;o dos ;ortais Oou dos $onsolados, e;bora 3osse; eEata;ente se;el%antes -uanto aos ritos ba#tis;o dos #er3eitos signi3i$a'a, #ara eles, a entrada nas ordens $Btaras e a ren?n$ia 'oluntBria Ns $oisas deste ;undoK o ba#tis;o dos ;oribundos Oou dos $onsolados, ;inistrado a#enas aos ;ortais, $on3eria!l%es a es#erança de -ue os seus #e$ados 3osse; #erdoados e de -ue se en$ontrasse; na 'ia da sal'ação O-ue não assegura'a auto;ati$a;ente e o agoniDante sobre'i'ia, este consolamentum $adu$a'a e ele era obrigado a reto;ar a sua 'ida de si;#les $rente, ou #re#arar!se #ara re$eber, a longo #raDo, o consolamentum dos #er3eitos s #er3eitos re$ebia; o consolamentum e #odia;, e; $ertas $ir$unstn$ias, $on3eri!lo #or sua 'eD
)BJ4EJEJY Pala'ra o$$itni$a: a$ordo, #a$to Pela con%enenza, o $rente $on'en$iona'aJ $o; a IgreQa $Btara -ue seria $onsoladoJ na %ora da ;orte, ;es;o -ue não se en$ontrasse $ons$iente e e; $ondiçGes de diDer o Pater e; 'oD alta (sta $on'ençãoJ entrou e; uso e; ;eados do s>$ulo FIII, isto >, no te;#o e; -ue, de'ido N guerra e N #erse$ução, os $rentes se en$ontra'a; ;uitas 'eDes e; #erigo de ;orte !:Z)BJBS Pastores $Btaros -ue ser'ia; de inter;ediBrios entre os bis#os e os #er3eitos e -ue se o$u#a'a; igual;ente dos si;#les $rentes !B)E&:SMB &outrina segundo a -ual Xesus Cristo s@ 'i'eu sobre a Terra a#arente;ente, $o;o i;age; A ;aior #arte dos $Btaros a$redita'a; -ue Cristo tin%a assu;ido u; $or#o es#iritual, u; 'estuBrio ang>li$o, #er3eita;ente real, ;as in'isí'el aos ol%os $arnais, de tal ;odo -ue a sua %u;anidade 3ísi$a era a#enas ilus@ria A ;aior #arte dos $at@li$os, -ue não a$redita; -ue Cristo se ;ani3este $o; 'estes te$idas no C>u e $o; sandBlias 3abri$adas #elos anQos — ne; ;es;o -ue a anta 6irge; ten%a a#are$ido a ernardette, nu; $or#o de ;ul%er sub;etida a todas as en3er;idades 3ísi$as —, são do$etistas se; o sabere; [\!8D Pala'ra o$$itni$a: #ri'ação, QeQu; (s#>$ie de sui$ídio ;ísti$o, de ;odo nen%u; $ondenB'el: abandonar a 'ida #or a;or do ser 3oi se;#re o deseQo dos 'erdadeiros es#irituais de todas as religiGes o s>$ulo FIII, era 3re-ente -ue os $Btaros, odiando o ;undo e tendo #ou$os dias de 'ida, se deiEasse; ;orrer de 3o;e, de#ois de tere; re$ebido o consolamentum, #or-ue QB não esta'a; e; $ondiçGes de diDer o Pater, antes de $o;er e de beber, e #or-ue re$eB'a;, se $aísse; no'a;ente e; #e$ado, #erder o bene3í$io da santi3i$ação relati'a e #ro'is@ria -ue tin%a; re$ebido de &eus e das $ir$unstn$ias, se; a ter ;ere$idoJ de;asiado A endura $onsistia geral;ente e; se deiEar ;orrer de inanição ou, ;ais rara;ente, de 3rio un$a 3oi esti;ulada #elos #er3eitos ne;, $o; ;aioria de raDão, i;#osta #or eles &e resto, s@ 'eio a di'ulgar! se no 3i; do s>$ulo FIII e sobretudo no $ondado de oiE, sob a in3lun$ia do #astor Pedro Autier, nu;a >#o$a e; -ue a In-uisição se en$arrega'a de tornar a 'ida i;#ossí'el aos $rentes E8)D:S&: s $Btaros se;#re reQeitara;, #or a $onsiderare; in$on$iliB'el $o; os #rin$í#ios da sua religião, a $rença segundo a -ual o Cor#o de Xesus Cristo esta'a real;ente #resente na ;at>ria da %@stia Li;ita'a;!se a seguir a o#inião de ;uitos $ristãos dos #ri;eiros
te;#os -ue #ensa'a; -ue Cristo tin%a 3alado #or i;agens ou e; sentido 3igurado -uando dissera: (ste > o ;eu $or#oJ Tertuliano era desta o#inião rígenes ta;b>;, $%a;ando ao #ão e N taça os sinais e i;agens do $or#o e do sangue de Xesus Cristo #seudo! Ci#riano $%ega'a a de$larar: ão a3ie;os os dentes #ara trin$ar este #ãoZH #r@#rio anto Agostin%o não esta'a longe de #ensar -ue Cristo se tin%a eE#ri;ido si;boli$a;enteJ ( atribuía!l%e estas #ala'ras eE#li$ati'as: ão $o;ereis este $or#o -ue estais a 'er, não bebereis o sangue -ue de'erão derra;ar os -ue ;e $ru$i3i$are; e$o;endei!'os u; sa$ra;ento -ue, entendido es#iritual;ente O spiritualiter , 'os 'isitarBJ Ou#er al 9= as re3eiçGes es#irituais, a re#artição e a bnção do #ão, #rati$adas #elos #er3eitos, e; relação $o; a re$itação do Pater -ue, #re$isa;ente, #edia a &eus o #ão su#ersubstan$ial, signi3i$a'a; -ue eles $onsidera'a; o #ão ;aterial $o;o u; si;#les signum ou sí;bolo #ão bento era $onsagrado $o;o panis purus O#ão #uroJ ou #uri3i$adoJ, e substituía a %@stia $onsiderada #elos $at@li$os $o;o %erum corpus Oo 'erdadeiro $or#o de Cristo 'erdadeiro #ão su#ersubstan$ial, era o #r@#rio &eus ou a #r@#ria $aridade di'ina e$orde;os -ue QB >renger de Tours, no 3i; do s>$ulo FI, tin%a de3endido -ue o #ão não #oderia ser 'erdadeira;ente o $or#o de Cristo s $Btaros, e, de#ois deles, os $al'inistas, ridi$ulariDara; a $rença na eu$aristia de u;a ;aneira se;el%ante N -ue en$ontra;os na Ale;an%a, na rança e na ItBlia: e o $o;sse;os real;ente, diDia;, o Cor#o de Cristo de'eria ser i;enso #ara satis3aDer o $onsu;o de tantos ;il%ares de %o;ens atra'>s de tantos s>$ulosZH &e'eria ser ;aior do -ue o ro$%edo de (%renbreitstein, diDia o $Btaro de onaK ;aior do -ue os Al#es, diDia o doW ul da rança (, no $ondado de oiE, e; 1<++, e; 'eD de (%renbreitstein, $ita'a!se o ;onte ugara$% OAude ou o #i$o de 8orella O(s#an%a (stes gra$eQos s@ #are$erão de ;au gosto a -ue; ignorar a sua orige; s $at@li$os diDia;, ainda no s>$ulo F6I: Vser le $or#us &o;iniJ #ara re$eber a %@stiaJ #adre usa'aJ o $or#o de osso en%or Trata!se de u;a estran%a linguage;, es$re'e o $al'inista Xean C%assanion de 8onistrol na sua 5istoire des lbigeois O1494, tal $o;o a doutrina de -ue resultaJ F:L5B M:BD, F:L5B MEJBD (ra; os dois $oadQutores do bis#o 3il%o ;aior dese;#en%a'a as ;es;as 3unçGes -ue o bis#o e su$edia!l%e a#@s a sua ;orte 3il%o ;enor torna'a!se, então, 3il%o ;aior e es$ol%ia!se outro 3il%o ;enor ML Para anto Agostin%o, o 8al > u;a tendn$ia #ara o nadaJ -ue se ;ani3esta a posteriori na $riatura de &eus, #or inter;>dio do seu li're arbítrio 8al não > #rin$i#alJ Para os $Btaros, o 8al > u;a
tendn$ia #ara o nadaJ, -ue eEiste a priori, de toda a eternidade, no ;au Prin$í#io e $onstitui a sua natureDa: o ;al >, #ortanto, #rin$i#ialJ Para anto Agostin%o, a $riatura #ode $orro;#er!se e tender #ara o nadaK #ara os $Btaros, > ne$essaria;ente, #or essn$ia, #or natureDa, -ue o 8al > $orru#ção e tende #ara o nada MEL5BDMEJ&B Ter;o o$$itni$o: a;>liorationJ or;a latina: melioramentum. Prati$a;ente o ?ni$o rito -ue os $rentes era; obrigados a #rati$ar M u;a saudação, u;a adoraçãoJ Ono sentido lit?rgi$o, isto >, no sentido da adoração do no'o #a#a #elos $ardeais, e não teol@gi$o de %o;enage;, de'ido a#enas N ;aQestade di'ina, e de idolatria, -ue os $rentes dirigia; ao #er3eito -uando se en$ontra'a; na sua #resença Consistia e; trs re'ern$ias ou genu3leEGes e nu; #edido de bnção Co;o o $rente #edia #ara ser a$o;#an%ado at> ao 3i;, #ode;os su#or -ue o #ri;eiro melhoramento se a$o;#an%a'a de u;a con%enenza ou -ue a i;#li$a'a (ste rito eE#ri;e de ;odo #er3eito a situação do $rente ão estB e; $ondiçGes de se tornar santoJ, ;as as#ira a$eder u; dia N sua libertação Co;o o $ataris;o não a$redita'a no li're arbítrio, estas boas dis#osiçGes -ue ;ostra'a no melhoramento $onstituía; u;a #ro'a do seu #rogresso ;oral atual e indi$a'a; -ue $o;eça'a a ser a;ado #or &eusJ JE:EJ Pala'ra o$$itni$a ubstanti'o: nada Corres#onde eEata;ente ao lati; nihilum Osubstanti'o, o nadaJ, ou a nihil Oad'>rbio to;ado $o;o substanti'o, ausn$ia de serJ E dis c6om es niens despueis #ue pert 4alen OV$ de aint!Cir$ O(le diD -ue o %o;e; > nada desde -ue #erde a res#iração a tradução o$$itni$a e $Btara do 'ersí$ulo 1, < de Xoão: E sens Lui es faitz neient ZJ , neient > substanti'o: ( se; (le 3eD!se o nadaJ Co;o se trata da tradução eEata de: Et sine ipso factum est nihil J, de'e;os deduDir ne$essaria;ente -ue nihil, ad'>rbio, se en$ontra, neste $aso substanti'adoJ e signi3i$a: o nadaJ Ono sentido de: $oisa ilus@ria, $o; #ou$o de 'erdadeiro ser e não: não nadaJ Onada, se; (le, não 3oi 3eito Suando os $$itni$os -uere; e;#regar nient, neien, ad'erbial e negati'a;ente Onão nada, o lugar desta #ala'ra na 3rase — geral;ente antes do 'erbo — indi$a!o su3i$iente;ente: )ar ses me nien podez far OXoão, 15, < OPor-ue se; ;i; '@s não #odeis 3aDer nada Para e'itar -ual-uer a;bigidade, os $Btaros e;#rega; de #re3ern$ia, neste $aso, a 3or;a no res Onão nada: E re no man@ec ni bec en a#uels dias O&urante todo a-uele te;#o não $o;eu ne; bebeu nadaJ
Jeien, #ara os $Btaros, não > o nada absoluto, ;as o $onQunto das $oisas e dos es#íritos ;aus e se; ser, -ue 3ora; 3eitos se; a 'ontade de &eus e #ara al>; dele J:5:L Pala'ra latina Oad'>rbio: não nada Jihil sum< não sou nadaJ To;ado, #or 'eDes, $o;o substanti'o #or anto Agostin%o e #elos $Btaros, -uando se trata do 'ersí$ulo 1, < de Xoão ou de a#li$açGes -ue se re3ere; a este 'ersí$ulo: nihil sum: eu sou o nadaJK nihil facio Oanto Agostin%o: eu 3aço o ada Oo nada -ue > #e$ado, ou o nada #ara -ue tende Factus sum nihil sine &e OPara al>; de Ti, se; Ti, to;ei!;e u; nadaJ Oanto Agostin%o Para os $Btaros, os ;aus es#íritos e o $onQunto das $oisas ;Bs são nihil, isto >, eEistentes $uQo er não se $o;#ara ao das essn$ias in$orru#tí'eis $riadas #elo er u#re;oJ PEDFE:&BS Pastores da IgreQa $Btara -ue tin%a; re$ebido o consolamentum de ordenação e o #oder de o $on3erir s $Btaros $%a;a'a;, e; geral, aos #er3eitos Ro;ens!bonsJ e, dirigindo!se a eles: en%orJ e não ;eu sen%orJ OS3nher e; o$$itni$o ter;o #er3eito > $onsiderado a-ui no seu sentido #aulinista: @s, -ue so;os todos #er3eitosJ Oili#enses, <, isto >: $ristãos QB 3or;ados, ;as ne; #or isso $onsu;ados na #er3eiçãoJ P&ED Otradi*+o do Ceri;nia #or ;eio da -ual o $rente re$ebia o direito, e o de'er, de diDer o Pater, isto >, de se dirigir a &eus $%a;ando!o Pai ossoJ &EMPB -ue #assa, o#osto ao -ue #er;ane$e estB'el Oa (ternidade 8edida do -ue se $orro;#e, do -ue se en$ontra sub;etido N trans3or;ação As transitria, as $oisas transit@riasJ são as -ue, nas$idas do nada, tende; #ara o nada e, #or $onseguinte, são 3alsasJ s $Btaros 3aDe; $oin$idir o te;#o $o; o ;al te;#o inde3inido, isto >, a duração do $aos -ue não te'e iní$io e não terB 3i;, >, #ara eles, a 3alsa eternidade, a eternidade ;B ou eternidade do 8alJ 4EJ:E &o lati;: %enia, #erdão In$linaçGes ou genu3leEGes rituais -ue #odia; ter o sentido de #edido de graça ou de #erdãoJ O& o$%> m gran re%erencia, le%ant si totas d6en pes, e pueis baissant ab %enia, totas ensemps... O&e#ois in$lina'a;!se Quntas, 3aDendo u;a genu3leEãoJ — 4ie de Sainte !ouceline
LISTA DOS PERFEITOS CÉLEBRES Poder+o encontrarAse informa*=es mais completas sobre estas personagens nas obras e artigos de 7ean !u%erno0 e Michel Do#uebert, dos #uais retir1mos o essencial das notas sum1rias. ?:& O/uiraud M $on%e$ido $o;o #er3eito a #artir de 121+ (; 122/ su$ede a Pedro Isarn $o;o bis#o de Car$assonne e reside e; Cabaret OLastours, Aude de 122/ a 1225, data e; -ue desa#are$e dos do$u;entos e -ue $orres#onde N entrega de Cabaret ao eE>r$ito real 8&:ED -Bs( O uthier, uthi" a;ília originBria de AE!les!T%er;es, -ue, entre 125+ e 1<2+ se distinguiu #ela sua dedi$ação ao $ataris;o e #elo seu Delo anti! ro;ano e anti3ran$s Pedro Autier, 3il%o de outro Pedro Autier, era notBrio e; AE, ;uito ligado ao $onde de oiE, do -ual #are$e ter sido u; dos %o;ens de $on3iança Partiu #or 'olta de 129/ #ara a Lo;bardia, tal'eD #or-ue os seus neg@$ios a tal o obrigasse;, ;as segura;ente #or a sua 'ida se en$ontrar e; #erigo egressou e; 1<++, de#ois, se; d?'ida, de se ter instruído Qunto dos Ro;ens!bons re3ugiados e; ItBlia &e$idiu desde logo ressus$itar a IgreQa dualista no $ondado de oiE, o -ue, e; $erta ;edida, $onseguiu RBbil e $oraQoso, es$a#ou durante ;uito te;#o a todas as #erseguiçGes Contudo, 3oi denun$iado, #reso #elos agentes da In-uisição e -uei;ado 'i'o e; Toulouse, a 9 de Abril de 1<11 seu ir;ão uillau;e e o seu 3il%o, Xa$-ues, ta;b>; 3ora; $ondenados N 3ogueira #or %eresia ?D&5CLCM] ou ?D&5BLBMC OHHHAHHI V;a $arta dirigida ao ar$ebis#o de ouen e aos #relados de rança, e; 122<, #ara os $on'o$ar #ara o $on$ilio de ens Oonde se to;arão ;edidas se'eras $ontra a %eresia, #elo $ardeal Conrad de Porto, legado a#ost@li$o e; Languedo$, assinala atuaçGes deste te;í'el en'iado na dio$ese de Agen 6igoros de ar$elona Oou antes de o$ona QB l%e #restou %o;enage;, $edeu o lugar e a residn$ia -ue tin%a na região #ara se trans3erir #ara ToulouseJ OC% T%ouDellier, 8n &rait" cathare in"dit... ## <+!<1 tratado inserido na obra de &urand de Rues$a: Liber contra manicheos, -ue #retende re3utB!lo >, #or 'eDes, atribuído a este art%>l>;" — serB a ;es;a #ersonage;Y — -ue seria de Car$assonne A en%ora T%ouDellier $on3ir;ou esta atribuição
?CL:?S&E O/uillaume /uillaume uillau;e >libaste, u; dos ?lti;os #er3eitos $Btaros, nas$eu e; e; Cubi\res OAude ('adiu!se da 8ural%aJ de Car$assonne e re3ugiou!se na Catalun%a, e; L>rida, onde 'i'eu 3abri$ando sedei! ros de te$elão 8ais tarde, instalou!se e; 8orella $o; alguns 3i>is oi aí -ue u; en'iado da In-uisição — u; traidor — Arnaud i$re, se l%e Quntou, $a#tou a sua $on3iança, atraíu!o atr aíu!o a Tir'ia e ;andou!o #render (; Agosto de 1<21 3oi le'ado #ara Car$assonne Car$assonne e -uei;ado e; 6illerouge!Ter;en\s OAude, $uQo $astelo #erten$ia ao ar$ebis#o de arbonne )ELLED:ED OSicard is#o $Btaro de Albi Assistiu, e; e ; 11/7, ao $on$ilio de aint!>liE! de!Cara;an ES)LDMBJ!E de FB:9 Ir;ã de ai;undo, $onde de oiE i?'a #or ;orte do ;arido, Xourdain de Isle!Xourdain, e; 12++, tornou!se $ristãJ e re$ebeu o consolamentum e; consolamentum e; anQeauE, das ;ãos do bis#o uil%abert de de Castres O12+= 8ais tarde, instalou!se e; Pa;iers, onde desen'ol'eu u;a ati'a #ro#aganda a 3a'or do $ataris;o Assistiu, e; 12+7, ao 3a;oso $ol@-uio de Pa;iers V;a tradição — -ue se a#oia nu;a ada#taçãoJ e; #rosa da )an*+o da )ruzada — )ruzada — atribui!l%e a re$onstrução do $astelo de 8onts>gur O-ue teria sido #ro#riedade suaY /8:L5?ED& de )S&DES ;ais $>lebre dos #er3eitos da $$itnia (ra ( ra nobre e #erten$ia a u;a #oderosa $asa sen%orial da região de Castres seu ir;ão ir ;ão Isarn e as suas duas ir;ãs entrara;, $o;o ele, nas ordens ord ens $Btaras Por 'olta de 1222 tornou a de$isão de se retirar #ara 8onts>gur Isarn de ranQeauE e Pons de 6illeneu'e a$o;#an%ara;!no A #artir desta data, 8onts>gur tornou!se o $entro religioso eW #olíti$o da seita uil%abert s@ tornou a abandonar o $astelo #ara bre'es ;issGes 8orreu #ou$o te;#o antes do $er$o de 12== :SDJ O Pedro Pedro (ste bis#o $Btaro de Car$ass\s — de 122< a 122/ — residiu, durante a ;aior #arte da 'ida, e; Cabaret OLastours, Aude oi #reso e -uei;ado e; Caunes, e; 122/ 7EJ de L8/:B Xean de erga;e ou Xean de Lugio, 3il%o 3il %o ;aior do bis#o de &esenDano, #ro'o$ou u; $is;a nesta IgreQa e; e ; 12<+ Con%e$e;os as ideias deste %eresiar$a, indireta;ente, atra'>s de a"nier a$! $oni OSumma OSumma de )atharis(, direta;ente, )atharis(, direta;ente, atra'>s do Liber do Liber de duobus principiis, es$rito principiis, es$rito #or ele ou o u #or u; dos seus dis$í#ulos As in3or;açGes 3rag;entBrias, in$o;#letas, eE#ostas de ;aneira #ou$o ;et@di$a Oe se; $onteEto eE#li$ati'o 3orne$idas #or a$$oni, ne;
se;#re estão de a$ordo $o; o -ue le;os le ;os no Li%ro no Li%ro dos dois princpios, de princpios, de tal ;odo -ue se to;a di3í$il re$onstituir o siste;a de Xean de Lugio 8as, $ertas #assagens, be; #ensadas e 'igorosa;ente es$ritas, #er;ite; $onsiderB!lo u; eE$elente 3il@so3o MD&: O ?ertrand ?ertrand (ste #er3eito era originBrio de Tarabel ORaute!aronne ada sabe;os sobre a sua 3a;ília, #ro'a'el;ente ;uito ;odesta Assistiu, e; 122/, ao $on$ilio de Pieusse, P ieusse, 3oi eleito diB$ono e; 12<+ e su$edeu, e; 12<9, a uil%abert de Castres, $o;o bis#o $Btaro do Toulousain A #artir de 1229, #rega e; Lauragais, sobretudo e; anQeauE e e; Laura$, e ta;b>; e; Li;ouE, e; &un OAri\ge e e; ;uitas outras $idades ou $astelos, rea'i'ando se;#re a 3> $Btara, $onsolandoJ $a'aleiros e 'ilGes (; 12, 3iEa!se e; 8onts>gur, onde se a#resenta $o;o ;estre es#iritual, e ta;b>; $o;o organiDador e $%e3e #olíti$o A sua ati'idade di#lo;Bti$a 3oi intensa, sobretudo entre 12=+ e 12== 8orreu na 3ogueira a 1/ de 8arço de 12== MED):ED O/uiraud is#o $Btaro de Car$assonne, ordenadoJ e; aint!>liE!de! Cara;an, e; 11/7 O1172 J:)E&S Po#e da IgreQa grega $Btara de Constantino#la -ue #residiu, e; 11/7 ou 1172, ao $on$ilio de aint!>liE!de!Cara;an Perten$ia ao dualis;o absoluto As ctas As ctas do )oncilio albigense de SaintAF"lixA deA)araman 3ora; deA)araman 3ora; $onser'adas #or esse, %istoriador de Car$assonne Os>$ulo F6II, 3alsBrio not@rio ora; no'a;ente #ubli$adas #elo P &ondaine O19=/ A autenti$idade deste do$u;ento 3oi re$ente;ente #osta e; $ausa #or 'es &ossat PBL5J O Pedro Pedro is#o $Btaro de Car$ass\s esidiu e; Cabaret OLastours, Aude de 12<+ a 12== DMBJ O ?ernard ?ernard is#o $Btaro do Toulousain &e#ois do $on$ilio $o n$ilio de Cara;an, 3oi u; dos $o;issBrios en$arregados de deli;itar as dio$eses (; 1151, renun$iou N %eresia e a$abou #or ser $nego $ nego de aint!(tienne, e; Toulouse S:MBDDE O ?ernardo ?ernardo de de is#o $Btaro de Car$ass\s To;ou #arte no $on$ilio de aint!>liE! ai nt!>liE! de!Cara;an (; 12+= assistiu, e; Car$assone, a u;a $on3ern$ia $ontradit@ria #residida #elo rei de Aragão
&4EDJ:ED Ta;b>; $%a;ado Prades!Ta'e;ier Oe Andr>J: no;e de ba#tis;o $Btaro, te$elão e; Prades Co;#an%eiro de Pedro P edro Autier, de uillau;e Autier e de >libaste, Ta'ernier 3oi u; dos ?lti;os Ro;ens!bons do $ondado de oiE Preso #ela #ri;eira 'eD e; e ; 1<+<, e'adiu!se da 8ural%aJ de Car$assonne $o; >libaste o'a;ente #reso alguns anos ;ais tarde, ;orreu na 3ogueira
SANTO AGOSTIN"O E O CATARISMO Argumenta%ão "at>li"a
egue!se u; dos argu;entos -ue os $ontro'ersistas $at@li$os utiliDa'a; $ontra os $Btaros #ara #ro'ar -ue não eEistia nen%u; #rin$í#io ;au oi tirado do 8s latino 1<141 da ibliote$a a$ional, #ubli$ado #or C% 8olinier, e; 191+: Sue não eEiste #rin$í#io do 8al, #ode;os #ro'B!lo $ontra os %er>ti$os en%u;a #ri'ação #ode sei se#arada do seu suQeito, $o;o se ' #elo eEe;#lo da $laudi$ação ou da $egueira 8al, $o; e3eito, $on$ebido $o;o absoluta;ente desligado do seu suQeito, não > nada, #ois nen%u;a de3i$in$ia de ser eEiste $o;o ser 8al não #ossuí, #ortanto, nen%u;a eEistn$ia e; si ;es;o: s@ eEiste na ;edida e; -ue, $o;o ad;iti;os, adere a u; suQeitoJ e$on%e$e;os, então, a teoria agostiniana do 8al: amissio boni, isto >, si;#les #erda ou #ri'ação do e; M a esta teoria -ue &urand de Rues$a, no seu Li%ro contra os mani#ueus, se ;ant>; 3iel;ente e de;asiado inti;a;ente ligado M ;ais agostiniano -ue anto Agostin%o A$onte$e -ue anto Agostin%o, #artindo #re$isa;ente da ideia de -ue o 8al se en$ontra se;#re #ro3unda;ente i;#resso, #or assi; diDer, nu; suQeito, a$abou #or re$on%e$er ao 8al, $ontudo, tal $o;o se #assa $o; a $riatura #e$adora, u;a $erta eEistn$ia e$orde;os e; #ri;eiro lugar, #ara ;aior elu$idação, as trs a$e#çGes, ;uito di3erentes, -ue assu;e;, no agostinianis;o, o nada e as #ala'ras -ue o designa; — nihilum ou nihil< 1 Jihil, ;ais 3re-uente;ente nihilum, > #ri;eira;ente o nada absoluto donde &eus retirou a $riação (sta $riação ex nihilo não interessa e; nada aos $Btaros -ue #ensa'a;, #elo $ontrBrio, -ue a boa $riação era essn$ia de &eusJ -ex essentia !ei(, e a $riação ;aligna essn$ia do &iaboJ -ex essentia !iaboli(. esta ;at>ria, as teorias de anto Agostin%o e as do $ataris;o era; absoluta;ente in$on$iliB'eis 2 Jihil > ainda o nada absoluto -ue re#resenta o 8al no #lano ;eta3ísi$o Para anto Agostin%o, o ;al não > nada ão > u; #rin$í#io inde#endente e eterno e, nas $riaturas, > a#enas #ri'ação, amissio boni, $o;o disse;os: #erda do e;J M assi; -ue, no #lano 3ísi$o, a surdeD, a $laudi$ação, não são seres se#arados dos suQeitos s $Btaros reQeita'a; esta teoria $o;o sendo a $oisa doW ;undo ;ais o#osta ao seu siste;a ão #ensa'a;, de ;odo nen%u;, -ue o 8al 3osse si;#les #ri'ação do e; 8al, #ara eles, era u; #rin$í#io < 8as, o agostinianis;o > ;ais ri$o e ;ais subtil do -ue i;agina'a &urand de Rues$a M 3B$il 'eri3i$ar -ue anto Agostin%o $%a;a ;uitas 'eDes nihil O$onsiderado substanti'o: o nada ou nihilum Osubstanti'o: o nada ao 8al -ue — #or nada -ue seQa e; si ;es;o e no absoluto — se torna -ual-uer $oisaJ na $riatura #e$adora -ue o 3aD nihil QB não >, #ois, neste $aso, o nada absoluto, ;as u; nada relati'o: $orres#onde ao estado nti$o da $riatura -ue, de#ois do
#e$ado e da $orru#ção, so3reu u;a di;inuição de ser, u;a degradação da sua essn$ia (, natural;ente, anto Agostin%o designa o $onQunto das $oisas -ue não 3ora; $riadas #elo 6erboJ Oas tre'as, #or eEe;#lo, -ue não eEiste; na luD #elo ;es;o ter;o nihil -ue o $Btaro artolo;eu e;#regarB #ara $ara$teriDar a $riação ;aligna As se;el%anças não 3i$a; #or a-ui dualis;o $Btaro não s@ #er;ane$e absoluta;ente irredutí'el ao ;onis;o agostiniano, $o;o a #r@#ria teoria dos graus do ser e da sua niili3i$ação relati'a #elo #e$ado não > utiliDada do ;es;o ;odo nas duas doutrinas Para anto Agostin%o a redução ao nada Orelati'o s@ a3eta as al;as O$riadas $o;o boas #ri;eira;ente e não, $o;o no $ataris;o, a $riação ;aterial A ;at>ria, #ara anto Agostin%o, $onser'a toda a #ositi'idade $o;#atí'el $o; 3inidade Por outro lado, a redução ao nada do #e$ador te'e, #ara anto Agostin%o, u; $o;eço Atingiu, e; #ri;eiro lugar, o anQo rebelde, #e$ando #or li're arbítrio e, de#ois, a al;a %u;ana tornada, #or sua 'eD, #e$adora &e tal ;odo -ue ela não > i;#utB'el a &eus O3aD!se #ara al>; de &eusJ, ;as uni$a;ente N sua $riatura, ou antes, N liberdade $a#aD de in'entar o 8Bl ão eEiste, #ortanto, 8al absoluto, o 8al #rin$í#io -ue 3oi 3eito se; &eus, ou #ara al>; de &eus, diDia anto Agostin%o, > o %o;e; -ue o 3aD -ue 3oi 3eito se; &eus, diDia; os $Btaros, 3oi o &iabo -ue o 3eD Assi;, #ara estes, a $riação ;aligna > niili3i$ada original e ne$essaria;ente #or este #rin$í#io satni$o in$a#aD de $riar as essn$ias in$orru#tí'eis ;au #rin$í#io > nihil, $o;o o Lu$i3er de anto Agostin%o, ;as >!o at> N eternidade 8es;o nos #ontos e; -ue o $ataris;o e o agostinianis;o #are$e; $on$ordar, '!se -ue > a$idental;ente e #or raDGes di'ersas Por eEe;#lo, #ara anto Agostin%o a niili3i$ação da al;a #elo #e$ado O sine te factus sum nihilN. e; 3> tornei!;e nadaJ não #ode ser total, #or-ue &eus não -uer reduDir a nada a sua $ritura Para os $Btaros, a $riação ;aligna — e;bora nihil, no 3undo — ta;b>; não #ode niili3i$ar!se $o;#leta;ente, ;as não #elas i#es;as raDGes &e tal ;odo -ue -uase #odería;os diDer, si;#li3i$ando, -ue, #ara o agostinianis;o, o ;al, -ue > nada, ;ani3esta, $ontudo, os seus e3eitos sobre as $riaturas di;inuindo o seu ser Oo &iabo, ao in$linar os seus senti;entos #ara o -ue #ossuía ;enos ser — id #uod minus est —, $o;eçou a ter ;enos ser do -ue anterior;ente — minus esse co"pit #uam erat — e, segundo a sua #r@#ria 3or;a, tendeu #ara o nada — tetendit ad nihilumJ (n-uanto, #ara o $ataris;o, o 8al -ue #ossui u;a $erta eEistn$ia ' os seus e3eitos anulare;!se nas $riaturas e a#roEi;ar!se inde3inida;ente do nada se; nun$a o atingir, #ara anto Agostin%o, o 8al > u; nada, ;ais -ual-uer $oisaK #ara os $Btaros, -ual-uer $oisa, ;ais u; nada (stes nadasJ não #ossue; o ;es;o signi3i$ado ;eta3ísi$o egundo anto Agostin%o a $orru#ção resulta do nada absoluto, a-uele de -ue &eus retirou a $riatura li're -ue #ode, se -uiser, tender #ara esse nada de -ue 3oi $riada Para os $Btaros, ela de$orre do -uase nadaJ satni$o, isto >, do ;au #rin$í#io, #ois a $riatura > tirada da essn$ia do $riador (ra neste
sentido -ue artolo;eu a3ir;a'a -ue a $riação ;aligna 3oi tirada do nihil e -ue, se 3or niili3i$ada, > #or-ue o seu $riador > ta;b>; ni%il Onada relati'o ão obstante as di'ergn$ias, o nihil, -uer seQa #e$ado original, $o;o no $ataris;o, ou resulte da $orru#ção #elo #e$ado, $o;o no agostinianis;o, a#resenta — $o;o de3i$in$ia nti$a -ue a3eta di'ersos ní'eis da ;ani3estação — eEata;ente os ;es;os $ara$teres estado 3inal -ue atinge no agostinanis;o a $riatura boa, tornada #e$adora, > o ;es;o e; -ue se en$ontra; eterna;ente, e #or natureDa, os ;aus es#íritos e;anados do ;au #rin$í#io O> #or isso, de resto, -ue se l%es Qunta nos in3ernos Podería;os re#resentar o #aralelis;o entre as duas doutrinas #elo seguinte es-ue;a: gostinianismo< Li're arbítrio!#e$ado!$orru#ção!estado 'iDin%o do nada )atarismo: e$essidade!#e$ado ne$essBria!estado 'iDin%o do nada
diab@li$o!$orru#ção
original
e
A originalidade 3ilos@3i$a do $ataris;o eE#ri;e!se #ortanto, sobretudo #elo es3orço $onsiderB'el -ue realiDou #ara trans3erir #ara o ;au #rin$í#io, e #ara a $riação ;aligna, todos os $ara$teres -ue o $ristianis;o #ri;iti'o e &outores $o;o rígenes e anto Agostin%o tin%a; atribuído ao ar$anQo e; de$adn$ia e onti$a;ente des'aloriDado #elo #e$ado esta relação, não s@ o $ataris;o se ins$re'e na tradição do $ristianis;o, $o;o não %B nada nele -ue não #ossa ter sido tirado do ('angel%o de Xoão, dos teEtos das (s$rituras, de La$tn$io, de rígenes, de anto Agostin%o, A be; diDer, #are$e -uase direta;ente saído de u; $ertoJ agostinianis;o dualis;o $Btaro, absoluto -uanto N eternidade dos dois #rin$í#ios, ;as relati'o -uanto ao 'alor nti$o res#e$ti'o destes dois #rin$í#ios OQB algu;a 'eD eEistiu, de resto, u; dualis;o absoluto no -ue se re3ere a este ?lti;o #ontoY, re#resenta u;a doutrina inter;ediBria entre o ;onis;o agostiniano e o dualis;o ;ani-ueu Para anto Agostin%o, o ;al > u;a in$linação do -ue te; o ser #ara o -ue te; ;enos serJ OXoli'et e XourQon Para os ;ani-ueus, o 8al > u;a substn$ia: a ;at>riaJ Para os $Btaros, o 8al > u;a substn$ia -ue, #or natureDa, te; ;enos ser do -ue o &eus do er e do -ue as essn$ias $riadas #or ele (sta doutrina #ossui o ;>rito de res#onder a u;a obQe$ção -ue todos os bons es#íritos 3iDera; ao ;onis;o, desde o eE$essi'a;ente ortodoEo Legrand O !e existentia !ei, s>$ulo F6III: e$on%eço, diD, -ue > di3í$il eE#li$ar -ue u; ser su#re;o, ?ni$o, ;uito bo;, não ten%a eli;inado do ;undo $onser'ado, 3undado e ordenado #or ele todo o ;al inerente N 3alta, todo o ;al inerente ao $astigo, -ue se 'in$ula ao 8al da 3altaJ at> N obQe$ção 3eita $o; ;ais #ro3undidade, ao #r@#rio anto Agostin%o, #or Xoli'et e XourQon: Por -ue > -ue, no ser -ue > bo;, eEiste esta tendn$ia #ara o nadaYJ (la te; igual;ente o ;>rito de o#or ra$ional;ente N Criação i;aterial e in$orru#tí'el outra $riação -ue > o seu $ontrBrio absoluto no #lano do ser, u;a 'eD -ue se ;ant>; tão #r@Ei;a do nada O%icina nihilo -ue > #ossí'el, #ara u; eEistenteJ s!la e; se abolir $o;#leta;ente
O #TRATADO CÁTARO$ DE BARTOLOMEU (ntre as obras es$ritas #or $at@li$os #ara $o;bater o $ataris;o, não eEiste nen%u;a ;ais i;#ortante do -ue o Liber contra manicheos OLi'ro $ontra os ;ani-ueusJ, 1222!122<, de &urand de Rues$a &urand não s@ $ita u; $erto n?;ero de 3rag;entos Osi;#li3i$ados ou ;utilados do tratado $Btaro atribuído a artolo! ;eu, $o;o, #ela #r@#ria re3utação -ue 3orne$e, nos dB a $on%e$er, no $a#ítulo FIII, o #ensa;ento eEato do $Btaro sobre as relaçGes do ser e do nada na $riação ;aligna ?ese "6tara
As $riaturas -ue 'e;os neste ;undo são ;Bs, 3alsas e $orru#tí'eis Assi; $o;o 'iera; do nada, $erta;ente 'oltarão #ara o nada O &iDe;os -ue eEiste u; outro ;undo e outras $riaturas in$orru#tí'eis e eternas O -ue estB no ;undo— ou > do ;undo — #ode $%a;ar!se nihil Onada relati'o, eEistente des'aloriDadoJ onti$a;ente a#@stolo eE#li$a $lara;ente: @s sabe;os -ue o ídolo > u; nada no ;undo OJ e não #ossuo $aridade, sou u; nada Oisto >, u; eEistente des'aloriDado onti$a;ente Assi;, > e'idente -ue se o A#@stolo se; $aridade > nada, tudo o -ue não te; $aridade > nadaJ OII Cor 12, 2 (ntão, se todos os ;aus es#íritos, %o;ens ;aus e todas as $oisas abrangidas neste ;undo #elo sentido da 'ista, são nada, #or-ue não #ossue; $aridade, 3ora; 3eitos se; &eus &\us não os 3eD, #or-ue o nihil Oo -ue > nada relati'o 3oi 3eito se; (leJ OXoão 1, < #ensa;ento $Btaro > ;uito $laro: eEiste; $oisas -u> 3ora; 3eitas se; &eus OXoão 1, <K -ue, #or $onseguinte, não sao da sua substn$iaJ Oex essentiX !ei ora; 3eitas #elo &iabo (stes seres e $oisas: ;aus es#íritos, ;aus %o;ens, e todo o ;undo 'isí'el t; ;enos ser do -ue as essn$ias in$orru#tí'eis $riadas #elo 'erdadeiro &eus ( t; ;enos ser, #or-ue não #ossue; a $aridade -ue, #ara os $Btaros, > a #r@#ria substn$ia de &eus e; os ;aus es#íritos ne; a ;at>ria 3ora; $riados na $aridade, são, #ortanto, nihil Onada relati'o A teoria da niili3i$ação relati'a da $riatura #elo 8al — o -ual > tendn$ia #ara o nadaJ — de$orre #ro'a'el;ente de anto Agostin%o Oteoria da niili3i$ação #elo #e$ado e!uta%ão destas teses $or 9urand de @ues"a
1 ão eEiste; graus no ser: u;a substn$ia > ou não > As $oisas 3alsas, $orru#tí'eis, são tão eEistentes $o;o as outras, en-uanto eEiste;: 3ora;, ta;b>; elas, $riadas #elo &eus ?ni$o
2 ter;o nihil — -ue os $Btaros trans3or;a; nu;a es#>$ie de substanti'o #ara signi3i$ar u; nadaJ, u;a $oisaJ -ue não se en$ontra situada ao ;es;o ní'el nti$o -ue as essn$ias $riadas #elo 'erdadeiro &eus — > se;#re ad'>rbio: eE#ri;e a#enas u;a #ri'açãoJ: não nada Jihil sum< não sou nada un$a signi3i$a u;a $oisa O'erdadeira ou ilus@ria < (; todos os $asos e; -ue > de nada Onihil e sobretudo nihilum( -ue se trata nos teEtos das (s$rituras, en$ontra;o!nos não #erante u; nada de ser, ;as u; nada ;oral ou u; nada de 'alores (Ee;#los: oste 3eito u; bo; nadaJ O(De- 25!19, signi3i$a: ão >s nada O(De-uiel dirige!se ao Prín$i#e de TiroJ do -ue gostarias de ser Ose;el%ante a &eus ídolo não #assa de u; nada no ;undoJ signi3i$a a#enas -ue não $ont>;, e; si, nen%u;a di'indade real ConduDirBs ao nada Oad nihilum( todas as naçGesJ, signi3i$a: ConduDirBs todas as naçGes N idolatriaJ, et$ &urand de Rues$a não re3uta 3iloso3i$a;ente a teoria de artolo;eu: re$usa!se ;es;o a eEa;inar a ideia #ro3unda do $Btaro segundo a -ual as $oisas -ue #assa; são nada #or-ue #assa;J -ue l%e interessa > de;onstrar -ue os teEtos das (s$rituras s@ #ode; ser inter#retados $o;o 3aD artolo;eu (, $o;o > e'idente, a sua #osição >, #or 'eDes, de3ensB'el: o 'ersí$ulo de Xoão tanto #ode signi3i$ar: ( se; (le nada 3oi 3eitoJ $o;o: ( se; (le 3oi 3eito o nadaJ Orelati'o A eE#li$ação $at@li$a at> tal'eD seQa ;ais 'erdadeiraJ 8as, de resto, a sua argu;entação > 3ra$a e $ontestB'el 1 M 3also -ue nihil não #ossa ser to;ado $o;o substanti'o Para anto Agostin%o, e; $ertos $asos, nihil sum signi3i$a: eu sou u; ni%ilJ e ne; se;#re eu não sou nadaJ, $o;o #ensa &urand de Rues$a 2 &urand engana!se — ou estB de ;B!3> — -uandoW dB a entender -ue os $Btaros substanti'a'a; se;#re a #ala'ra ni%il Oo -ue o le'a a arris$ar desoladores e in$rí'eis ra$io$ínios #or absurdo s $Btaros — $o;o anto Agostin%o — s@ $onsidera'a; a #ala'ra ni%il no sentido de $oisa niili3i$adaJ nos 'ersí$ulos 1, < de Xoão, nos teEtos -ue se l%e re3eria; e e; algu;as outras $itaçGes O;uito raras < #Ge!se ao #r@#rio anto Agostin%o na sua inter#retação do ídoloJ Para anto Agostin%o, o ídolo si;boliDa, se; d?'ida algu;a, a al;a do #e$ador niili3i$ado #elo #e$ado Ta;b>; no 'ersí$ulo: i%il 3a$tus es Oada tu 3oste 3eitoJ, anto Agostin%o $o;#reende ni%il $o;o o $Btaro: a$tu; su; ni%il: tornei!;e u; nada Orelati'o e não: não ;e to;ei absoluta;ente nada = inal;ente: Ad ni%ilu; dedu$es o;nes gentes: Para o nada $onduDirBs todas as naçGesJ, não #ode signi3i$ar: ConduDirBs todas as naçGes #ara a idolatriaJ
&e notar — o -ue > bastante $urioso — -ue os dois ad'ersBrios são agostinianosJ, $ada u; a seu ;odo &urand de Rues$a ins#ira!se nu; $erto agostinianis;o — e, e; es#e$ial, na ideia de -ue o 8al não > nada — #ara re3utar o $BtaroK ;as o $Btaro a#oia!se nu;a teoria agostiniana, a dos graus do er, #ara estabele$er a sua #r@#ria $on$e#ção de ser niili3i$ado #elo #e$ado Oanto Agostin%o disse $lara;ente -ue o &iabo era ni%il ( &urand de Rues$a #are$e re$ordB!lo no iní$io do seu Tratado 8as não no;eia o $ul#ado e$orde;os, 3inal;ente, #ara ter;inar, -ue a editora de &urand de Rues$a de3endeu, nu; artigo re$ente;ente #ubli$ado, -ue a #ala'ra ni%il engloba'a si;#les;ente, #ara os $BtarosJ u; $onQunto de realidades des#ro'idas de 'alorJ A $riação ;aligna era $erta;ente, #ara eles, des#ro'ida de 'alorJ, ;as era sobretudo des#ro'ida de serJ &e $ontrBrio, a re3utaçãoJ de &urand de Rues$a não teria sentido, #ois li;ita!se a substituir, e; todos os teEtos das (s$rituras e; -ue 3igura; as #ala'ras ni%il ou ni%ilu;, #or u;a inter#retação ;oral a inter#retação ontol@gi$a, -ue era a dos $Btaros Por outras #ala'ras, a editora do Liber $ontra ;ani!$%eos atribui aos $Btaros a teoria -ue &urand ado#ta #ara os re3utar ão #er$ebe;os 'erdadeira;ente #or -ue > -ue &urand $riti$a os $Btaros #or $onsiderare; -ue o &iabo não 'alia nada, ne; este ;undo, #ois essa 3oi se;#re a ideia dos $at@li$os ossuet não nos $on'ida a QulgB!los $o;o nada Ono sentido ;oral e -uanto ao seu 'alorJY Considere;os $o;o #uro nada, es$re'eu, tudo o -ue te; 3i;J
O LIVRO DOS DOIS PRINCÍPIOS JA 9 #/7O
&A CIA)q OeEtrato &eus não $riou as tre'as ne; o 8al esulta de tudo o -ue #re$ede -ue > absoluta;ente i;#ossí'el a$reditar -ue o en%or 'erdadeiroW &eus ten%a $riado, dire$! ta;ente e e; #rin$í#io, as tre'as e o 8al e, sobretudo, -ue os t\n%a $riado a #artir do nada, $o;o os nosso ad'ersBrios $re; eE#ressa;ente, e;bora Xoão ten%a a3ir;ado, na sua #ri;eira (#ístola: &eus > a #r@#ria luD e nele não eEiste; tre'as OI Xoão, 1, 4 e -ue, #or $onseguinte, as tre'as nada são atra'>s dele Pois as tre'as não 3ora; $riadas direta;ente ne; #rin$i#al;ente, ;as indireta;ente e a #artir de u;a realidade #r>!eEistente, $o;o QB de;onstrB;os anterior;ente OLi'ro dos dois #rin$í#ios, ed &ondaine, # 1+5 TATA& & LI6( A]TI OeEtrato )ontra o li%re arbtrio Assi; $o;o > i;#ossí'el -ue o #assado não seQa o #assado, ta;b>; > i;#ossí'el -ue o 3uturo não seQa o 3uturo obretudo e; &eus, -ue sabe e $on%e$e desde o iní$io o -ue de'e a$onte$er, isto >, as $ausas segundo as -uais o 3uturo > #ossí'el antes de ser eEistente, 3oi $erta;ente ne$essBrio -ue o 3uturo esti'esse absoluta;ente deter;inado no seu #ensa;ento, u;a 'eD -ue sabia e $on%e$ia #or si ;es;o, desde a eternidade, todas as $ausas ne$essBrias #ara $onduDir o 3uturo ao seu 3i; Tanto ;ais -ue, sendo 'erdade -ue s@ eEiste u; #rin$í#io #rin$i#al Oou antes #rin$i#iai, &eus > a #r@#ria $ausa su#re;a de todas as $ausas (, $o; ;aioria de raDão, se > 'erdade -ue &eus 3aD o -ue -uer e -ue o seu #oder não > #erturbado #or nen%u; outro, $o;o a3ir;a; os ad'ersBrios da 'erdade Oos $at@li$os e os dualistas ;oderados ( ;ais ainda: se &eus soube #er3eita;ente, desde a orige;, -ue os seus anQos se tornaria; de;nios no 3uturo, de'ido N organiDação -ue ele #r@#rio l%es dera no #rin$í#io, e $o;o todas as $ausas #elas -uais era ne$essBrio -ue estes anQos se tornasse;, e; seguida, de;nios, esta'a; #resentes na sua Pro'idn$iaK se > 'erdade, #or outro lado, -ue &eus não -uis $riB!los de ;odo di3erente, deduD!se ne$essaria;ente -ue os anQos nun$a soubera; e'itar to;ar! se de;nios ão #odia; 3aD!lo #or-ue > i;#ossí'el -ue o -ue &eus sabe ser o 3uturo #ossa, de algu; ;odo, ser trans3or;ado no -ue não serB o 3uturoK e, sobretudo, se $onsiderar;os -ue &eus $on%e$e tudo, desde se;#re, segundo a teoria QB eE#osta Co;o #ode; os ignorantes, então, a3ir;ar -ue os anQos #oderia; ter $ontinuado se;#re bons, santos e %u;ildes na #resença do seu en%or, u;a 'eD -ue era absoluta;ente i;#ossí'el, e; toda a eternidade, na Pro'idn$ia di'inaY
ão, #ortanto, obrigados a re$on%e$er, segundo a sua #r@#ria tese, e $o; 3> nestes argu;entos #er3eita;ente 'erídi$os, -ue &eus, desde a orige;, $iente;ente e $o; todo o $on%e$i;ento, $riou e 3eD os seus anQos $o; u;a i;#er3eição tal -ue não #udesse;, de ;odo algu;, e'itar o 8al 8as então este &eus, do -ual a3ir;B;os anterior;ente -ue era bo;, santo e Qusto, e su#erior a todo o elogio O$o;o ;ostrB;os ;ais a$i;a, seria a $ausa su#re;a e o #rin$í#io de todo o 8al: o -ue $on'>; negar absoluta;ente Por $onseguinte, > ne$essBrio re$on%e$er a eEistn$ia de dois #rin$í#ios: o do e; e o do 8alK sendo este ?lti;o a orige; Ocaput e a $ausa da i;#er3eição dos dos anQos, $o;o, de resto, de todo o 8al O Li%ro dos dois princpios, # 2+< (V8 PAA ITV)q & IAT( OeEtrato A#resenta;os 'Brios eEtratos do Li%ro dos dois princpios de Xean Lugio, u; dos ?ni$os #ensadores $Btaros $uQos es$ritos $%egara; at> n@s (stes teEtos en$ontra;!se igual;ente $itados na obra ($ritures Cat%aresJ de en> elli O(dition Plan\te, 19/5 A ;in%a intenção > 3orne$er u; resu;o do -ue a$aba de ser dito, no -ue se re3ere N $riação do $>u, da terra e do ;ar, #ara instrução dos ignorantes Penso -ue #or c"us e terra são designados, #or 'eDes, nas agradas (s$rituras, as $riaturas do 'erdadeiro &eus, dotadas de intelign$ia, $a#aDes de $o;#reender e de entender, e não a#enas os ele;entos, se;#re ;utB'eis e #ri'ados de raDão, deste ;undo Co;o diD &a'id: Bs c"us contam a glria de !eus e o firmamento publica as obras por suas m+osJ O F6III, I Pode ler!se no !euteronmio< )"us, ou%i o #ue %os %ou dizer #ue a terra ou*a as pala%ras da minha boca J OFFFII, IK e e; Isaías: )"us, escutai, e tu, terra, apura o ou%ido foi o Senhor #uem falouJ OIsa, I, 2 &a'id diD ainda: &erra, terra, escutai a pala%ra do Senhor J OXer, FFII, 29 e adiante: &ra*astes um caminho do mar caminhastes pelas ondasJ O LFF6I, 2+ ( > destas 'ias, #ensa;os, -ue &a'id #retende 3alar -uando diD: s %ias do Senhor s+o todas misericrdia e %erdadeJ O FFI6, 1+ (ntende;os, #ortanto, #or $>u, terra e ;ar eEistentes $elestiais Co; e3eito, Xoão a3ir;a, no A#o$ali#se: ( ou'i todas as $riaturas -ue estão no $>u, na terra, sob a terra, no ;ar, e e; tudo o -ue ele en$erra, -ue diDia;: Ao -ue estB sentado no trono e a Cristo, bençães e %onra, gl@ria e #oder e; todos os s>$ulos e s>$uloZJ OA#o$, 6, 1< ( &a'id: Xulgo 'er os bens do en%or na terra dos ;ortaisJ O FF6I, 1< &iD igual;ente: 'osso es#írito -ue > soberana;ente bo; $onduDir!;e!B a u;a terra QustaJ O CFLII, 1+ alo;ão de$lara: 8as os Qustos re$eberão a terra $o;o %erança, e aí 'i'erão #ara todo o se;#reJ O FFF6I, 29 Cristo ordenou -ue nun$a QurBsse;os #elo $>u, #ois > o trono de &eusJ — trono e; -ue #ensa $erta;ente &a'id ao a3ir;ar: 'osso trono, @ &eus, subsistirB eterna;enteJ O FLI6, 7 — ne; #ela terra, #or-ue ela > o seu estradoJ O8at 6, <=!<4 M o #r@#rio osso en%or -ue a$res$enta #or-ue ela > o seu estrado OReb, I, 5 ( > a este estrado, #ensa!se, -ue &a'id alude: Te;ei o en%or, nosso &eus, e adorai o es$abelo a seus #>s, #or-ue > santoJ O FC6III, 4
&esta $riação, ad;ito #er3eita;ente -ue &eus osso en%or seQa o Criador e o autor, ;as não dos ele;entos deste ;undo, i;#otentes e 'aDios, aos -uais se re3ere, tal'eD, a Epstola aos /1latas< )omo poderei %oltarA%os para elementos impotentes e %azios, sob os #uais pretendeis estar numa no%a escra%atura>J Oal, I6, 9 A#@stolo diD ainda aos Colossenses: Se, ao morrerdes em 7esus )risto, ficardes mortos perante estes grosseiros elementosZ dados ao mundo, como permitireis #ue %os se@am impostas leis, como se %i%esseis neste -primeiro estado do( mundo> J+o comeis -dizem, tal coisa(, n+o pro%eis -isto(, n+o to#ueis -na#uilo(. Jo entanto, trataAse de coisas #ue se consomem pelo usoJ OCol II, 2+!22 Ainda ;enos #odere;os ad;itir -ue osso en%or seQa o $riador e o autor da ;orte e das $oisas -ue se en$ontra;, #or essn$ia, na ;orte, #or-ue, $o;o es$re'e no li'ro da Sabedoria< !eus n+o fez a morte, nem se regozi@a com a perda dos %i%osJ Oa# I, 1< (Eiste, #ois, se; d?'ida, outro $riador ou autorJ, -ue > #rin$í#io e $ausa da ;orte, da #erdição, e de todo o ;al, $o;o eE#li$B;os ;ais atrBs $o; su3i$iente $lareDa !a omnipotência do Senhor, %erdadeiro !eus ostaria de 3alar e; seguida da o;ni#otn$ia do en%or, 'erdadeiro &eus, a -ual #er;ite tão 3re-uente;ente -ue os nossos ad'ersBrios se ;ostre; gloriosos, -uando de3ende;, $ontra n@s, -ue não eEiste outro #oder al>; do seu A#esar de, nos teste;un%os das agradas (s$rituras, &eus osso en%or ser $%a;ado todo!#oderoso, não de'e;os #ensar -ue o > #or ser $a#aD de 3aDer — e #or 3aDer — todos os ;ales, #ois eEiste; ;uitos ;ales #ue o Senhor n+o pode — nem nunca poder1 — fazer. Co;o diD o A#@stolo aos Rebreus: C imposs%el #ue !eus mintaJ ORebr, 6I, 15K e o ;es;o a#@stolo de$lara na segunda e#ístola a Ti;@teo: Se lhe formos infi"is, ele permanecer1 fiel pois n+o pode renunciar a si mesmoJ OII Ti;, II, 1< Ta;b>; não de'e;os #ensar -ue este &eus bo; det>; o #oder de se destruir a si ;es;o, e de $o;eter toda a es#>$ie de ;ale'oln$ias $ontra toda a raDão e toda a Qustiça: > tanto ;ais i;#ossí'el -uanto > $erto -ue ele não > a $ausa absoluta do ;al e nos obQetare;: Te;os o direito de a3ir;ar, #elo $ontrBrio, -ue o en%or > todo #oderoso #or-ue não s@ #ode 3aDer —e 3aD— todos os bens, ;as ta;b>; #or-ue poderia fazer todos os ;ales — at> ;entir e destruir!se a si ;es;o — se #uisesseK ;as não -uerJK a res#osta > 3B$il ue !eus n+o pode fazer o mal e &eus não #uer todos os ;ales, se não -uer ;entir ne; destruir!se a si ;es;o, então, $erta;ente, não o pode. Por-ue o -ue &eus, na sua unidade, não -uer, ta;b>; não #odeK e o -ue não #ode, não -uer (, neste sentido, #ode;os a3ir;ar -ue o #oder de #e$ar e o de 3aDer o ;al Otodos os ;ales não #erten$e ao 'erdadeiro &eus A raDão > a seguinte: tudo o -ue > #ensado de &eus $o;o seu atributo, > o #r@#rio &eus, #ois ele não > $o;#osto e não $o;#orta -uais-uer a$identesJ, $o;o sabe; os eruditos &aí resulta então, ne$essaria;ente, -ue &eus e a sua 'ontade são u;a e a ;es;a $oisa &eus bo; não #ode, #ortanto, ;entir, ne; $o;eter ;aus atos, se não o -uiser, #or-ue este 'erdadeiro &eus não
#ode 3aDer o -ue não -uer, tendo e; $onta — re#eti;os — -ue ele e a sua 'ontade são u;a e a ;es;a $oisa ue !eus n+o pode criar outro !eus Posso ainda a3ir;ar, raDoa'el;ente e se; ;edo de ;e enganar, -ue o 'erdadeiro &eus, $o; todo o seu #oder, não #ode, nun$a #de, e nun$a #oderB, ne; 'oluntBria, ne; in'oluntaria;ente, ne; de -ual-uer outro ;odo, $riar outro &eus, en%or e Criador, se;el%ante e absoluta;ente igual a si e; todos os #ontosK o -ue #ro'o: >, de 3ato, i;#ossí'el -ue o &eus bo; #ossa 3aDer outro &eus se;el%ante a si e; todas as $oisas, isto >: eterno e se;#ite;o, $riador e autor de todos os bens, se; #rin$í#io ne; 3i;K -ue nun$a ten%a sido 3eito, ne; $riado, ne; gerado #or -ue; -uer -ue seQa, $o;o o &eus bo; -ue nun$a 3oi 3eito, ne; $riado, ne; gerado 8as ne; #or isso as agradas (s$rituras a3ir;a; -ue o 'erdadeiro &eus > u; &eus i;#otente &e'e;os, #ois, a$reditar, $o; segurança, -ue o &eus bo; não > -uali3i$ado de todo!#oderoso #or ter podido 3aDer ou poder 3aDer todos os ;ales -ue 3ora;, são e serão, ;as #or-ue > 'erdadeira;ente todo!#oderoso no #ue diz respeito a todos os bens -ue 3ora;, são e serão, tanto ;ais -ue ele > a $ausa absoluta e o #rin$í#io de todo o be; e #or-ue não > nun$a, de ;odo nen%u;, e; si ;es;o e essen$ial;ente, $ausa de algu; ;al &aí resulta, #ois, -ue o 'erdadeiro &eus > $%a;ado todo!#oderosoW #elos sensatos, e; tudo o -ue 3aD, 3eD ou 3arB no 3uturo, ;as -ue as #essoas -ue #ensa; a$ertada;ente não #ode; $%a;B!lo todo!#oderoso e; relação ao #retenso #oder -ue ele #ossuiria de 3aDer o -ue nun$a 3eD, o -ue não 3aD, o -ue nun$a 3arB Suanto ao argu;ento -ue $onsiste e; a3ir;ar -ue se não 3aD, > #or-ue não -uerJ, QB ;ostrB;os -ue > destituído de 'alor, #ois ele e a sua 'ontade são a ;es;a $oisa ue !eus n+o tem o poder de fazer o mal e #ue existe outro poder #ue " o Mal V;a 'eD -ue &eus não > #oderoso e; relação ao ;al, -ue não te; o #oder de 3aDer surgir o ;al, de'e;os a$reditar 3ir;e;ente -ue eEiste outro #rin$í#io -ue > #oderoso no ;al M dele -ue resulta; todos os ;ales -ue 3ora;, são e serãoK 3oi $erta;ente a ele -ue &a'id se -uis re3erir -uando disse: Por #ue 'os sentis glorificado na %ossa maleficência, %s #ue apenas sois poderoso para cometer a ini#Oidade> %ossa lngua meditou sobre a in@usti*a durante todo o dia fizestes passar o %osso embuste como uma l;mina afiada. mastes mais a maleficência do #ue a bondade, e preferistes uma linguagem de ini#Oidade X da @usti*aJ O LI,
precedentes, e abater1 três reis. e3erir!se! insolente;ente ao Altíssi;o, $al$arB aos #>s os santos do Altíssi;o e Qulgar!se!B $a#aD de ;udar os te;#os e as leisJ O&an, 6II, 2=!24K e no'a;ente: 8as Ode u; destes -uatro $ornos saiu u; ;ais #e-ueno -ue $res$eu e; dire$ção ao ul, ao riente, e aos #o'os ;ais 3ortes (le'ou as suas grandes #ontas at> aos eE>r$itos do $>u, e 'en$eu os ;ais 3ortes e os -ue era; $o;o estrelas, e $al$ou!os aos #>s (le'ou!se at> $ontra o #rín$i#e dos 3ortes, arrebatou!l%e o seu sa$ri3í$io #er#>tuo, e desonrou o lo$al do seu santuBrioJ O&an, 6III, 9!11 Pode ler!se no A#o$ali#se de Xoão: utro #rodígio surgiu igual;ente no $>u: u; dragão ruço, -ue tin%a sete $abeças e deD #ontas, e sete diade;as nas sete $abeças Arrasta'a atrBs da $auda a ter$eira #arte das estrelas do $>u, e deiEou!as $air #ara a terraJ OA#o$, FII, u oi!l%e igual;ente dado o #oder de 3aDer guerra aos santos, e de os 'en$erJ OA#o$, III, 4!7 A#oiando!se nestes teste;un%os, os sensatos $onsidera; i;#ossí'el -ue este Poderoso, assi; $o;o o seu #oder ou 3orça, ten%a sido $riado — essen$ial;ente e direta;ente — #elo en%or, u;a 'eD -ue trabal%a i;#iedosa;ente $ontra ele, e -ue este &eus, o nosso, se es3orça 'igorosa;ente #or o $o;bater -ue o 'erdadeiro &eus não 3aria, se o ;al 'iesse dele, e; todas as suas dis#osiçGes, $o;o de3ende; -uase todos os nossos ad'ersBrios !a destrui*+o do Poderoso no mal (n$ontra!se $lara;ente eE#resso nas &i'inas (s$rituras, -ue o en%or destruirB o PoderosoJ e todas as suas 3orças, -ue luta; $ontra (le e $ontra a sua $riação &a'id disse, $o; e3eito, da-uele -ue > #oderoso e; ;alignidade: Por isso !eus %os destruir1 para sempre arrancarA%osA1 do %osso local, farA%osA1 sair da %ossa tenda, e arrancar1 as %ossas razes da terra dos %i%os O LI, 7 ( #ara #edir, #ensa!se, auEílio do seu &eus $ontra este Poderoso, &a'id disse ainda: uebrai os bra*os dos mpios e dos mal%ados puniAos pelas suas pre%arica*=es e eles desaparecer+o. B Senhor reinar1 por todos os s"culos e na eternidadeJ O F, 14!1/ &isse ta;b>;: Mais um momento e o mal%ado desaparecer1 olhareis para o local onde se encontra%a e n+o o %ereis O FFF6I, 1+ (sta'a es$rito nos Pro%"rbios de Salom+o< B mpio ser1 re@eitado pela sua male%olência OPro', FI6, <2 A#@stolo, aludindo N destruição do PoderosoJ #ela $%egada de osso en%or Xesus Cristo, disse aos Rebreus: ...a fim de destruir pela morte #uem detinha o imp"rio da morte, ou se@a, o diaboJ ORebr, II, 1= Assi;, osso en%or es3orçou!se #or destruir, não s@ este Poderoso, ;as ta;b>; todas as orças ou &o;inaçGes -ue #or 'eDes #are$era; do;inar, atra'>s do Poderoso, as $riaturas do &eus bo; sub;etidas ao i;#>rio desse ;al'ado M o -ue diD a 6irge; anta no e'angel%o segundo Lu$as: rrancou os grandes dos seus tronos e ele%ou os pe#uenosJ OLu$as, I, 42K e o A#@stolo, na sua #ri;eira e#ístola aos Coríntios: E %ir1 ent+o a consuma*+o de todas as coisas, #uando ti%er entregue o reino ao seu !eus e ao seu Pai, e #uando ti%er %encido todo o imp"rio, toda a 4irtude -maligna(, toda a domina*+o e todo o poder... e a morte ser1 o ^ltimo a destruir OI Cor, F6, 2=!2/ ;es;o
A#@stolo disse aos Colossenses: !ando gra*as a !eus o pai #ue, pela luz da f", nos tornou dignos de tomar parte no destino e na heran*a dos santos #ue nos arrancou do poder das tre%as, e nos le%ou para o reino do seu Filho bemA amadoJ OCol, I, 12!1< &iD ainda: )om efeito, #uando est1%eis mortos pelos %ossos pecados e na incircuncis+o da %ossa carne, 7esus )risto fezA%os renascer com ele, perdoandoA%os os %ossos pecados. pagou, com as suas ordens, a c"dula escrita por ns, a #ual constitua um testemunho contra ns< aboliu inteiramente esta c"dula #ue nos era desfa%or1%el ligandoAa X sua cruz. E, tendo desarmado os principados e as potências, exp_Alos como espet1culo, depois de ter triunfado por si mesmoJ OCol II, 1is de Xesus Cristo ti'esse; #odido ser arran$ados ao #oder das tre'asJ e; $o;o se teria; #odido $on'erter deste #oder de atã ao 'erdadeiro &eus obretudo, se $onsiderar;os -ue, arran$ando!se ao #oder das tre'as, se arran$ara;, na realidade, #r@#ria e essen$ial;ente, ao de osso en%or, unia 'eD -ue todos os #oderes e 'irtudes e;ana; Osegundo a 3> dos nossos ad'ersBrios, #r@#ria e essen$ial;ente, do &eus bo; ( $o;o #oderia este &eus bo; des#oQar e eli;inar outro #oder -ue não o seu, se > 'erdade -ue não eEiste outro #erante ele, $o;o diDe; todos os ad'ersBrios destes 'erdadeiros $ristãos -ue se $%a;a;, Qusta;ente, lbanemes> !o mau princpio M #or isso -ue, na o#inião de todos os Qustos, > ne$essBrio $rer absoluta;ente -ue eEiste outro #rin$í#io, o do 8al, -ue > poderoso em ini#Oidade, e e; -ue o #oder de atanBs, o das tre'as e de todas as outras do;inaçGes -ue se o#Ge; ao 'erdadeiro &eus, resulta; singular e #rin$i#al;ente, $o;o QB ;ostrB;os e $o;o es#era;os, $o; a aQuda de &eus, ;ostrar ainda ;el%or no -ue se segue e assi; não 3osse, estes ;es;os sensatos 'eria;, de ;aneira ;uito $lara, -ue o Poder di'ino $o;bate $ontra si ;es;o, se destr@i, estB se;#re e; luta $ontra si ;es;o A#@stolo diD aos (3>sios: !e resto, meus irm+os, fortaleceiA%os no Senhor e na %irtude todoApoderosa. MuniA %os de todas as armas, de !eus, para %ossa defesa contra os artifcios do diabo,
pois de%eremos combater n+o contra homens de carne e sangue, mas contra os principados e as potências, contra os prncipes deste mundo, isto ", deste s"culo tenebroso, contra os espritos do mal espalhados pelo ar. Pegai, pois, em todas as armas de !eus, a fim de #ue possais resistir aos maus dias, e permanecer firmes sem nada es#uecer dos %ossos de%eA res, etc. )obriA%os inteiramente com o escudo da f", com o #ual podereis apagar todas as marcas inflamadas dos maus espritosJ O(3>sios, 6I, 1+!1; do seuH ` absurdo #ensar assi; e; relação ao 'erdadeiro &eus egue!se, #ois, se; -ual-uer d?'ida, -ue eEiste outra #otn$ia ou Poder não 'erdadeiro, -ue &eus se es3orça $onstante;ente #or $o;bater, $o;o ;ostrB;os $lara;ente aos -ue 3ore; $a#aDes de $o;#reender !o !eus estrangeiro e de muitos outros deuses Sue; ti'er eEa;inado be; o $onQunto dos argu;entos real;ente 'erídi$os -ue a$aba;os de re$ordar, ad;itirB se; %esitaçGes -ue eEiste u; outro &eus, sen%or e #rín$i#e, #ara al>; do 'erdadeiro &eus, e -ue a sua eEistn$ia 3i$a de;onstrada #elos teste;un%os das agradas (s$rituras Co; e3eito, o en%or diD, #ela bo$a de Isaías: )omo me 1bandonastes para adorar um deus estrangeiro no %osso prprio pas, ficareis submetidos a estrangeiros numa terra estranhaJ OXer, 6, 19 (stB ainda es$rito: Deuni, %inde e aproximaiA%os, %s #ue fosfes sal%os das na*=es. Bs outros encontramAse mergulhados na ignor;ncia e erigem em sua honra uma est1tua de madeira e dirigem as suas ora*=es a um !eus #ue n+o pode sal%ar J OIsa, FL, 2+ ( ;ais ainda: Senhor, nosso !eus, mestres estrangeiros possuramAnos contra %s, fazei com #ue, estando em %s, recordemos apenas o %osso nomeJ OIsa, FF6I, 1< ( &a'id disse: EscutaiK meu po%o, e confiarA%osAei a minha %ontade. :srael, se me escOtardes, n+o ha%er1 entre %s um no%o !eus, e n+o adorareis um !eus estrangeiroJ O LFFF, 9!1+ &isse igual;ente: Se es#uecemos o nome do nosso !eus, e se estendemos as m+os para um !eus estrangeiro, !eus n+o nos pedir1 contas>J O FLIII, 21 ( ainda: Bs prncipes dos po%os reuniramAse e uniramAse ao !eus de bra+o, por#ue os deuses poderosos da &erra se ele%aram extraordinariamenteJ O FL6I, 1+ ( ;ais: &odos os deuses das na*=es s+o dem_niosJ O FC6, 4 o3onias de$lara: B Senhor ser1 terr%el no seu castigo %encer1 todos os deuses da &erra -Sof., II, 11K e Xere;ias: Bs de 7ud1 e os habitantes de 7erusal"m fizeram uma con@ura contra mim. )orreram a adorar os deuses estrangeirosJ OXer, FI, 9!1+ Xere;ias a$res$enta: -4s lhes direis(< foi por os %ossos pais me terem abandonado, disse o Senhor, #ue eles correram a adorar os deuses estrangeiros, ser%indoAos e abandonandoAme sem obser%ar a minha lei. Mas %s fizestes ainda pior #ue os %ossos pais, pois cada um de %s segue os des%ios e as corrup*=es do seu cora*+o, e n+o #uer escutar a minha %oz. ExpulsarA%osAei para uma terra desconhecida, como %ossos pais, e l1 ser%ireis, noite e dia, deuses estrangeiros #ue n+o %os dar+o descansoJ OXer, F6I, 11!1< L!se e; 8ala-uias: 7udas %iolou a lei, e a abomina*+o %iuAse em :srael e 7erusal"m, por#ue 7udas, ao casar com uma mulher #ue adora%a deuses estrangeiros, maculou o po%o consagrado ao Senhor, e #ue lhe era t+o
#ueridoJ O8ala-uias, II, 11 ( e; 8i-u>as: ue cada po%o caminhe sob a protec*+o de !eus, at" X eternidade e para al"m da eternidadeJ O8i-, I6, 4 ( o A#@stolo diD na segunda epstola aos )orntios< Se o E%angelho #ue pregamos ainda est1 encoberto, " para os #ue se perdem #ue est1 encoberto para os infi"is cu@o deus deste s"culo cegou os espritos, a fim de #ue n+o se sintam iluminados pela luz do E%angelho glorioso e resplandecente de 7esus )risto, #ue " a imagem de !eus OII Cor, I6, agora -ue o #rín$i#e deste ;undo 'ai ser eE#ulsoJ OXonas, FII, <1K e ;ais: Por-ue o #rín$i#e deste ;undo QB 3oi QulgadoJ OXonas, F6I, 11 s a#@stolos dissera; nos seus Atos: Por -ue se e;o$ionara; as naçGes, e #or -ue > -ue as tribos 3or;ara; #roQetos 'ãosY s reis da Terra ele'ara;!se, e os #rín$i#es unira;!se $ontra o en%or e $ontra Cristo Pois Rerodes e Pn$io Pilatos $o; as naçGes #ro3anas e as tribos de Israel unira;!se real;ente nesta $idade $ontra o 'osso Pil%o Xesus, $onsagrado #ela 'ossa unção, et$J OA$t, I6, 24!27 Assi; '!se $lara;ente -ue > #ossí'el en$ontrar, nos teste;un%os das agradas (s$rituras, a #ro'a da eEistn$ia de nu;erosos deuses, sen%ores e #rín$i#es, ad'ersBrios do 'erdadeiro en%or e do seu il%o Xesus Cristo, o -ue $on3ir;a o -ue QB tín%a;os de;onstrado anterior;ente Jos textos sagrados tamb"m se trata de uma eternidade m1 Ta;b>; #ode;os #ro'ar 3a$il;ente, #elo teste;un%o das (s$rituras, -ue eEiste, #ara estes sen%ores e #rín$i#es, u;a eternidade, u;a se;#iternidade, u;a antiguidadeJ distinta das -ue #erten$e; ao 'erdadeiro &eus Cristo diD no ('angel%o de 8ateus: -Ent+o o rei dir1 aos #ue se encontrem X es#uerda(< :de para longe de mim, malditos, para o fogo eterno, #ue foi preparado pelo diabo e pelos an@os O8at, FF6, =1K e Xudas Oir;ão de Tiago: Ele mant"m ligados com cadeias eternas, nas tre%as profundas, e reser%a para o @ulgamento do grande dia, os an@os #ue n+o conser%aram a sua dignidade original, e #ue abandonaram a sua prpria casaJ OXudas, /!7 ;es;o diD no 'ersí$ulo seguinte: &amb"m Sodoma e /omorra, e as cidades %izinhas, #ue se encontra%am infestadas de excessos de impureza, e se tinham tentado a derrubar a institui*+o da natureza, foram propostas como exemplo de fogo eterno, pelas penas #ue sofreramJ OXudas, 7 be;!a'enturado Xob diD!l%e igual;ente: onde habita a sombra da morte, onde tudo se encontra em desordem e num eterno horror J OXob, F, 22 Pela bo$a de (De-uiel, o en%or de$lara a res#eito do ;onte eir: DeduzirA%osAei a solid=es eternasJ O(De-, FFF6, 9K e, no ;es;o $a#ítulo: Eis o #ue diz o Senhor, %osso !eus %enho at" %s, montanha de Seir estenderei a minha m+o sobre %s e tornarA%osAei deserta e abandonada.
!estruirei as %ossas cidades, ficareis deserta e sabereis #ue sou eu o Senhor, por#ue fostes o eterno inimigo dos filhos de :srael e por#ue os perseguistes de espada em punho durante a sua afli*+o, #uando a sua ini#Oidade se encontra%a no augeJ O(De-uiel, FFF6, o &iabo, -ue ta;b>; > ini;igo do 'erdadeiro &eus, $o;o salientou o #r@#rio Xesus Cristo no e'angel%o de 8ateus OFIII, 24, <9 A#@stolo diD na segunda epstola aos Tessaloni$enses: #ue sofrer+o as penas de uma eterna condena*+oJ OII Tes, I, 9K e Cristo, no ('angel%o de 8ateus: E estes ir+o para o suplcio eternoJ O8at, FF6, =/ Cristo diD ta;b>; no ('angel%o de 8ar$os: Mas, a#uele #ue ti%er blasfemado contra o Esprito Santo nunca ser1 perdoado, e ser1 eternamente punido por este pecadoJ O8ar$os, III, 29 #ro3eta Raba$u$ re3ere!se N eternidade do #ro3eta nos seguintes ter;os: &eus 'irB dos lados do ul, e o santo da ;ontan%a de Paran A sua gl@ria $obriu os $>us e a terra estB $%eia dos seus lou'ores (le lança raios de 'i'a luDK a 3orça estB nas suas ;ãos M aí -ue se es$onde o seu #oder A ;orte surgirB #erante si e o diabo $a;in%arB N sua 3rente Parou, ;ediu a terra l%ou #ara as naçGes, 3undiu!as O$o;o a $eraK as ;ontan%as 3ora; reduDidas a #@ As $olinas do ;undo 3ora; $al$adas #elos #>s do &eus eternoJ ORab$, III, 'Blido #ara o &eus bo; — de'e;os igual;ente $onsiderar de;onstrado, #elos teste;un%os #re$edente;ente $itados, -ue o #e$ado, os $astigos, as ang?stias e o erro, o 3ogo e os su#lí$ios, as $adeias e o #r@#rio &iabo, não ti'era; #rin$í#io ne; terão 3i; Suer estas $oisas seQa; os no;es $o; -ue se designa o su#re;o #rin$í#io do ;al, ou a#enas os no;es -ue designa; os seus efeitos, teste;un%a;, de -ual-uer ;odo, a eEistn$ia de u;a $ausa ?ni$a do ;al, eterna, se;#iterna ou antiga, #ois se o e3eito > eterno, se;! #ite;o ou antigo, > absoluta;ente ne$essBrio -ue a $ausa o seQa ta;b>; (Eiste, #ortanto, se; d?'ida, u; ;au #rin$í#io de -ue esta eternidade, esta se;#ite;idade e esta antiguidade de$orre; direta e essen$ial;ente ue existe outro )riador ou autor Pretendo -ue 3i-ue $laro -ue, segundo as (s$rituras, eEiste outro &eus ou en%or, -ue > $riador e autorJ, #ara al>; da-uele N 3idelidade do -ual re$o;enda; as al;as os -ue so3re; 3aDendo o e; ( ;ais $laro ainda #or-ue ;e $olo$arei no #onto de 'ista dos nossos ad'ersBrios, res#eitando a $on3iança -ue de#Ge; nas Antigas (s$rituras Co; e3eito, eles de$lara; #ubli$a;ente -ue este en%or > o Criador ou Autor -ue $riou e 3eD as $oisas 'isí'eis deste ;undo, a saber: o $>u, a terra e o ;ar, os %o;ens e os ani;ais, as a'es e todos os r"pteis, $o;o se l no /ênesis: !e incio !eus criou o c"u e a terra. terra era informe e %aziaJ Oen, I, 1!2 (, ;ais adiante: !eus criou, ent+o, os grandes peixes e todos os animais #ue possuem %ida e mo%imento... e todas as a%es, segundo a sua esp"cieJ Oen, I, 21K e no 'ersí$ulo 24: !eus fez ent+o os animais
sel%agens da terra segundo as suas esp"cies, os animais dom"sticos e todos os r"pteis, sempre segundo a sua esp"cieJ Oen, I, 24K e 3inal;ente, no 'ersí$ulo 27: E !eus criou o homem X sua imagem criouAo X imagem de !eus, e criouA o macho e fêmeaJ Oen, I, 27 Cristo ta;b>; diD no ('angel%o de 8ar$os: Mas, desde o incio do mundo #ue !eus formou um homem e uma mulher J O8ar$os, F, / &e'e;os $onsiderar a-ui -ue ningu>;, neste ;undo, #ode ;ostrar este deus ;au, de ;aneira e'idente e te;#oral — ne;, de resto, o &eus bo; —, ;as -ue > #elo e3eito -ue se $on%e$e a $ausa M #or isso -ue de'e;os ad;itir -ue s@ > #ossí'el de;onstrar a eEistn$ia de u; &eus ou Criador ;au #elas suas obras ;Bs e #elas suas #ala'ras #lenas de in$onstn$ia Assi;, digo -ue não 3oi o 'erdadeiro $riador -ue 3eD e organiDou as $oisas 'isí'eis deste ;undo ( 'ou #ro'B!lo #elas suas a$çGes ;alignas e #elas suas #ala'ras enganadoras, se > 'erdade -ue as obras e as #ala'ras trans;itidas #elas Antigas (s$rituras 3ora;, de 3ato, 3eitas Oe ditas #or ele, no Te;#o, ;aterial e real;ente, $o;o a3ir;a; os nossos ad'ersBrios se; a ;íni;a %esitação (E#eri;enta;os e; relação a essas obras u; indes$rití'el %orror: elas $onsiste;, $o; e3eito, e; $o;eter o adult>rio, e; roubar os bens do #r@Ei;o, e; ;aldiDer o -ue > santo, e; $onsentir na ;entira, e; dar a sua #ala'ra $o; ou se; Qura;ento, e e; não a ;anter Trata!se de $oisas abo;inB'eis 3eitas #elo &eus e; $ausa, neste ;undo te;#oral, e de ;odo 'isí'el e $on$reto, se nos $olo$ar;os no #onto de 'ista ado#tado #elos nossos ad'ersBrios #ara inter#retar as Antigas (s$rituras: a$redita;, na 'erdade, -ue estas (s$rituras 3ala; da $riação e da organiDação deste ;undo, e das obras -ue nele 3ora; realiDadas no te;#o, ;aterial e 'isi'el;ente ( são obrigados a a$reditar, os -ue #ensa; -ue s@ eEiste u; #rin$í#io #rin$i#iai 8ostrB!lo!ei atra'>s das #r@#rias (s$rituras, inter#retadas segundo a 3> ue o deus mau cometeu o pecado da fornica*+o (ste en%or e Criador ordenou no &euteron@;io: e u; %o;e; dor;e $o; a ;ul%er de outro, a;bos ;orrerão, o %o;e; ad?ltero e a ;ul%er ad?lteraK e Israel 3i$arB liberto do ;alJ O&eut FFII, 22 ( ainda no &euteron@;ioW V; %o;e; não $asarB $o; a mulher do pai, e n+o descobrir1 o #ue o pudor de%e ocultar J O&eut, FFII, <+ (ste en%or a3ir;a no Le%tico< J+o descobrireis na mulher do %osso pai o #ue de%e estar escondido, por#ue seria ferido o respeito de%ido ao %osso paiJ OLe', F6III, 5 ( ta;b>;: Se um homem abusa da madrasta, e se %iola o respeito de%ido ao pai, #ue se@am ambos punidos pela morteJ OLe', FF, II ra, 'iolando os seus #r@#rios #re$eitos, este en%or e Criador ordenou, neste ;undo te;#oral e de ;odo #atente, -ue se $o;etesse o adult>rio, $arnal e real;enteK e isto segundo a #r@#ria $rença e inter#retação dos nossos ad'ersBriosK no segundo li%ro dos Deis en$ontra;os, ;uito $lara;ente eE#resso, o seguinte — e entende;o!lo $o;o eles: o #r@#rio en%or e Criador diD, $o; e3eito, a &a'id #ela bo$a do #ro3eta atan: Por #ue desprezaste a minha pala%ra, cometendo tal crime> Fizeste perder a %ida a 8rias, o heteu, roubasteAlhe a mulher e ficaste
com ela e matasteAo com a espada dos filhos de mom. C por isso #ue a espada n+o sair1 mais de tua casa, por#ue me desprezaste e roubaste a mulher de 8rias, o heteu. B Senhor diz ent+o< pro%ocarei males #ue sair+o da tua prpria casa. &omarei as tuas mulheres diante de ti e d1AlasAei aos teus parentes mais prximos, e eles dormir+o com elas sob este sol #ue est1s %endo. Fizeste est1 ac*+o em segredo, mas eu f1AlaAei aos olhos de todo :srael J Oeis, FII, 9!12 &onde de'e;os $on$luir -ue, segundo a lei dos nossos #r@#rios ad'ersBrios, o este deus, e $riador, ;entiu ou, então, $o;eteu o adult>rio, $o;o se ' aberta;ente no segundo li%ro dos Deis, segundo a $on3issão dos nossos ad'ersBrios: #uitofel diz a bsal+o< olhai as concubinas de %osso pai, #ue guardam o seu pal1cio, a fim de #ue, #uando todo :srael souber #ue desonraste %osso pai, se liguem mais fortemente ao %osso partido. Montaram, pois, uma tenda para bsal+o no terra*o do pal1cio do rei e ele entrou com as concubinas do pai diante todo :srael J Oeis, F6I, 21!22 oi assi; -ue este en%or e Criador realiDou esta obra de adult>rio O-ue tin%a a3ir;ado -ue realiDaria, real e 'isi'el;ente, neste ;undo Oainda segundo a inter#retação dos nossos ad'ersBrios, e sobretudo e; 'iolação do #re$eito -ue ele #r@#rio 3orne$era — e -ue re$ordB;os ;ais atrBs —: Se um homem dorme com a mulher de outro, etc.J. en%u;a #essoa sensata a$reditarB -ue 3oi o 'erdadeiro Criador -ue deu — real;ente — as ;ul%eres de u; %o;e; ao seu 3il%o — ou a -ual-uer outro — #ara $o;eter o #e$ada da 3orni$a! ção, $o;o 3eD o $riador das $oisas 'isí'eis deste ;undo, $o;o de3ende; os ignorantes, e $o;o ;ostrB;os anterior;ente e$orde;os -ue osso en%or, esse 'erdadeiro &eus, nun$a ordenou -ue se $o;etesse neste ;undo, e e3eti'a;ente, o adult>rio e a 3orni$ação Co; e3eito, o A#@stolo diD na primeira epstola aos )orntios< J+o %os enganeis, nem os fornicadores nem os ad^lteros ser+o herdeiros do reino de !eusJ OI Cor, 6I, 9! 1+ ;es;o A#@stolo diD aos (3>sios: Ja %erdade, con%enceiA%os de #ue nenhum fornicador, nenhum imp^dico... ser1 herdeiro do reino de )risto e de !eusJ O(3>s, 6, 4 ( diD ainda aos Tessaloni$enses: Ja %erdade, a %ontade de !eus " #ue se@ais santos abstendoA%os do pecado da fornica*+oJ OTes, I6, < ão 3oi $erta;ente o nosso 'erdadeiro $riador -ue;, no ;undo te;#oral, neste ;undo, to;ou as ;ul%eres de &a'id e as deu ao seu #arente ;ais #r@Ei;o, #ara -ue $o;etesse o adult>rio, #erante Israel e N luD do ol, $o;o se 'iu no teEto $itado M ne$essBrio, #ois, se; d?'ida algu;a, -ue eEista outro $riador, $ausa e #rin$í#io de toda a 3orni$ação e de todo o adult>rio neste ;undo ue o deus mau ordenou #ue se arrebatassem pela for*a os bens do prximo e #ue se cometesse o homicdio Sue o dito en%or e Criador obrigou a retirar N 3orça os bens do #r@Ei;o e a roubar real;ente — e #ara seu bene3í$io — os tesouros dos (gí#i$iosK -ue obrigou a $o;eter, neste ;undo ;aterial, o ;aior dos %o;i$ídios, esta;os e; $ondiçGes de o #ro'ar, $o; toda a $lareDa, #or ;eio das Antigas (s$rituras, segundo a 3> dos nossos o#ositores #r@#rio en%or disse a 8ois>s no xodo: !ireis pois a todo o po%o< ue todo o homem pe*a ao amigo, e cada mulher X %izinha, %asos de dinheiro e de ouro e o Senhor perdoar1 ao seu po%o perante os EgpciosJ OEodo, FI, 2 A3ir;a e; seguida: s filhos de :srael fizeram o
#ue Mois"s ordenara e pediram aos Egpcios %asos de dinheiro e ouro, e muitas roupas. E o Senhor tornou os Egpcios fa%or1%eis ao seu po%o, a fim de de #ue lhes dessem o #ue pediam, e assim despo@aram os EgpciosJ OEodo, FII, <4! 2/ o !euteronmio. 8ois>s diD ao seu #o'o: ntes de cercar uma cidade, ofereceiAlhe primeiramente a paz. Se ela aceitar e %os abrir as portas, todo o po%o #ue nela se encontrar ser1 sal%o e se render1 pagando tributo. Se ela n+o aceitar as condi*=es de paz e come*ar por %os declarar a guerra, ser1 cercada. E #uando o Senhor a entregar nas %ossas m+os, passareis os %ar=es a fio de espada, conser%ando as mulheres, as crian*as e os animais, e tudo o mais #ue se encontrar na cidade. Partilhareis o esplio com todo o ex"rcito, e alimentarA %osAeis com os despo@os dos %ossos inimigos, oferecidos por !eus Josso Senhor. E assim procedereis em rela*+o a todas as cidades #ue esti%erem afastadas de %s e #ue n+o perten*am X heran*a #ue %os cabe. Mas, #uanto a estas cidades #ue %os ser+o dadas, n+o de%eis deixar com %ida nenhum dos seus habitantes todos ser+o passados a fio de espada, isto ", os heteus, os amoreus, os cananeus, os fereseus, os he%eus e os @ebuseus, como !eus 4osso Senhor %os ordenouJ O&eut, FF, 1+!17 L!se ainda no !euteronmio< Seon marchou pois em direc*+o a ns com todo o seu po%o para nos combater em 7asa e o Senhor entregouAo nas nossas m+os e ns derrot1moAlo com todas as crian*as e todo o po%o. &om1mos todas as cidades, mat1mos todos os seus habitantes, homens, mulheres e crian*as e n+o deix1mos absolutamente nadaJ O&eut, II, <2!<= ( ainda isto: !eus Josso Senhor entregouAnos igualmente Bg, rei de ?asan, e todo o seu po%o mat1moAlos todos sem excep*+o, e destrumos todas as cidades de uma s %oz. Jenhuma cidade p_de escaparAnos tom1mos sessenta cidades, toda a regi+o de rgob, #ue era o reino de Bg, em ?asan, etc. Extermin1mos estes po%os como tnhamos feito a S"on, rei de 5esbon, arruinando todas as cidades, matando os homens, as mulheres e as crian*as e le%1mos os seus rebanhos, com os despo@os das cidadesJ O&eut, III,
O CASTELO DE MONTSÉGUR $astelo de 8onts>gur OAri\ge 3oi $onstruído, ou re$onstruído, sobre as ruínas de u;a 'el%a 3ortaleDa, entre 12+4 e 1211, sob #edido eE#resso do $lero $Btaro -ue #retendia trans3or;B!lo, se; d?'ida algu;a, no $entro es#iritual e nu; lo$al de segurança #ara a seita &e 3ato, o $astelo assegurou se; interru#ção este du#lo #a#el de 12+9 a 12==, altura e; -ue $a#itulou eria de es#erar -ue aí se en$ontrasse #elo ;enos u;a sala $uQo estilo, $uQas dis#osiçGes gerais ti'esse; $onser'ado u; arJ de $ataris;o: tal não a$onte$e torreão > se;el%ante a todos os torreGes Tudo 3oi $on$ebido tendo e; 'ista a de3esa M #ossí'el -ue os lo$ais destinados N religião se en$ontrasse; no eEterior, na orla da ;ontan%a, entre a ;ural%a e o abis;o, ou ;ais longe, tal'eD, no lo$al da atual aldeia O-ue ainda não se en$ontra'a $onstruída 8as, se eEistira;, 3ora; destruídos #ela In-uisição, -ue ordena'a a de;olição at> aos ali$er$es de todo o edi3í$io -ue ti'esse abrigado %er>ti$os esta!nos o #lanoW do $astelo: > $on%e$ida a tese de 8 iel, segundo a -ual 8onts>gur teria sido, $o;o o torreão de Su>ribus, e tal'eD o de Cabaret OLastours, Aude, u;a es#>$ie de te;#lo solar ou antes de $alendBrio Dodia$al M u; 3a$to inegB'el, es$re'e 8 iel: -uando nos $olo$a;os no lo$al eEato e ol%a;os na dire$ção es$ol%ida, 'e;os, $onsoante a data, o ol nas$er eEata;ente nessa dire$ção Co;o > e'idente, não $re;os nu; 3ato a$idental A #robabilidade de -ue tal #udesse ter a$onte$ido $ausa!nos 'ertigens 3ato 3oi, #ois, #re;editadoJ ão sei -ue #ensar eEata;ente desta teoria -ue, #elo ;enos, te; o ;>rito de salientar $oin$idn$ias #erturbadoras na organiDação das di'ersas #artes do $astelo, e;bora seQa;, e; $erta ;edida, eE#li$B'eis #elas %ar;onias ne$essaria;ente desen'ol'idas #or todo o n?;eroW de ouroJ est>ti$o eQa $o;o 3or — re3iro!;e, neste $aso, N ;ais si;#les e N ;ais e'idente das des$obertas de 8 iel —, > in$ontestB'el -ue o eiEo do $astelo — eiEo a#roEi;ati'o, #ois o $astelo não > si;>tri$o — $oin$ide eEata;ente $o; a dire$ção orte!ul: e -ue este eiEo #assa #or dois #ontos #ri'ilegiados: o ngulo 3or;ado #elas duas #aredes do orte e o ngulo 3or;ado #elas duas #aredes do ul 8as, o -ue > 'erdadeira;ente $urioso, > -ue, se o ngulo das duas #aredes do ul Ona realidade udeste > 'erdadeira;ente u; ngulo ;uito #ronun$iado, o -ue 3or;a; as duas #aredes do ordeste > tão a;#la;ente aberto -ue #assa geral;ente des#er$ebido &e tal ;odo -ue os ar-uitetos do s>$ulo FIII Qulgara; de'er ;ar$ar a rotura, a ;udança de dire$ção, #or u;a 3ina $anelura 'erti$al -ue #er$orre, neste lo$al todas as #edras da 3a$%ada eEterior Trata!se, $o;o a3ir;a 8 iel, de algo de #re;editado Por-ue, su#ondo -ue os ar-uitetos ti'esse; de$idido — não #er$ebe;os a -ue outro ;oti'o #oderia; obede$er — alargar #ara (ste a su#er3í$ie do $astelo, #oderia; 3aD!lo igual;ente #rolongando na ;es;a dire$ção u;a 3rontaria retilínea e ti'esse; $onstruído esta 3rontaria e; 3or;a de $oto'elo, teria; obtido o ;es;o resultado situando o ngulo noutro #onto e, #rati$a;ente, e; -ual-uer #onto 6eri3i$a!se, #ois, -ue #retendera; se#arar as duas #aredes do orte ou, ;el%or ainda, di'idir a 3a$%ada orte e;
duas #ara $riar u; #onto notB'elK ou então -ue, obrigados, #or -ual-uer outra raDão, a não situar estas #aredes no #rolonga;ento eEato u;a da outra, de$idira;, #elo ;enos, lo$aliDar #re$isa;ente a orte o ngulo de di'ergn$ia: singularidade -ue #ode eE#li$ar!se #or eEign$ias #rBti$as OeE#osição solar a#ro'eitada ao ;BEi;oY ou est>ti$as OQusta orientação e-uilibrando a estrutura do $onQunto, ou #or u;a #reo$u#ação ;ísti$a de atribuir u; 'alor #arti$ular ao orte ou ao ul Por outro lado — não obstante os a;antes de ;ist>rioH —teria sido deseQB'el, atendendo ao i;#ortante #a#el dese;#en%ado #elo #entBgono no si;bologia $Btara, -ue o $astelo ti'esse sido $onstruído segundo u; #lano #entagonal Tanto ;ais -ue, no seu $or#o #rin$i#al e abstraindo o torreão, $erta;ente anterior, a -ue estB ligado, a 3or;a do #entBgono Oirregular seria a3etada se, #re$isa;ente, a #arede orte não 3osse $o;#osta, na realidade, #or duas #aredes Assi;, o $astelo, -ue #oderia ter $in$o lados, te; seisH &e'ere;os deduDir -ue o ar-uiteto a$res$entou ;ais u;a #arede #ara -ue 8onts>gur não seQa u; #entBgonoY u, $o;o ou'i de3ender a alguns ilu;inados, -ue a #arede -ue de'eria ne$essaria;ente ser dobrada e; 3or;a de $oto'elo #or raDGes #rBti$as 3oi, #elo ;enos, aberta ao ;BEi;o, #ara -ue não se 'isse, sobretudo do interior, -ue eEistia; duas #aredes e #ara -ue o $astelo a#resentasse assi; O#elo ;enos na a#arn$ia a 3or;a de #entBgonoY un$a ;ais a$abaría;os de des$re'er os 'erdadeiros e os 3alsos ;ist>rios de 8onts>gur Insisti sobre estes #e-uenos enig;as ar-uiteturais a#enas #ara -ue os $uriosos #ossa; ter u;a ideia da $o;#leEidade, e; #arte real, e; #arte i;aginBria, dos #roble;as -ue se $olo$a; a 8onts>gur ali;entando u;a at;os3era de en$anta;ento ;ais ou ;enos autnti$o $astelo a#resenta, #or>;, u; as#e$to singular: não se ' nen%u;a lin%a $ur'a, eE$e#to nas duas #ortas abobadadasK nen%u;a torre redonda, nen%u; ar$o sobre as 3a$%adas A#enas o torreão #ossui seteiras Co;o os #i$os da ;ontan%a estão in$luídos na ;ural%a, $o;o o solo do #Btio, ro$%oso, ne; se-uer 3oi ni'elado, a 3ortaleDa de'eria dar a i;#ressão, no s>$ulo FIII, de u;a es#>$ie de $aos natural e; -ue a #edra $?bi$a di3i$il;ente se e-uilibra'a sobre a #edra bruta Pensa;os, #or 'eDes, se a ar-uitetura não terB -uerido #roteger a ro$%aY (Eistia no lo$al u; antigo santuBrio ib>ri$o ou $>lti$oY V; lo$al tradi$ional;ente 'eneradoY M in?til interrogar;o!nos de;asiado sobre o assunto &e;asiado eEíguo, su;aria;ente ;obilado, ;uito #ou$o $on3ortB'el, o $astelo de 8onts>gur asse;el%a!se, sob este as#e$to, a todos os torreGes dos Piren>us da ;es;a >#o$a 8as, #ossui u; $arBter nitida;ente ;ais i;#onente -ue se de'e N sua 3a$%ada nua, Ns 3ileiras de #edras regulares, N #orta ;onu;ental, u; #ou$o ins@lita, u; #ou$o grande de;ais #ara u; $astelo sel'age;J e tão ;al de3endido: u;a #orta #ara dar #assage; a al;asH e não 3oi u; te;#lo, 3ortaleDa #ara os 'en$edores, te;#lo #ara os 'en$idosJ, diDia o #oeta Xo ous-uet, ;ere$eria s!lo aD!nos #ensar nu; $on'ento 3orti3i$ado, nu; $astelo ;Bgi$o de não sei -ue te;#listasJ s es#íritos i;aginati'os, -ue não se #reo$u#a; $o; #re$isGes %ist@ri$as ne; $o; $ronologias, $on3unde;! no, não se; algu;a eEaltação, $o; o $astelo lendBrio doW raal, e;bora não
#ossua nen%u;a sala su3i$iente;ente 'asta #ara -ue se #ro$essasse 3a$il;ente a 3a;osa #ro$issão da Taça, do .ba$o e da LançaJ, des$rita #or C%r>tien de Tro"es e `ol3ra; d[(s$%enba$% A$res$ente;os, 3inal;ente, -ue ningu>; #ode deiEar de se sentir i;#ressionado #elo as#e$to ;ais n@rdi$o do -ue ;eridional da #aisage; de ;ontan%as -ue o rodeia 6eQo da-ui, es$re'e tto a%n e; La )our de Lucifer, altas ;ontan%as ;uito se;el%antes aos Al#es da a'iera, 3lorestas de abetos, #astagens $obertas de ne'e M sob este as#e$to n@rdi$o -ue se ;e a#resenta o ul, 3oi assi; -ue a#rendi a $on%e$!loJ MBJ&SC/8D E PDPS:)BLB/: Entre as numerosas tradi*=es #ue correm em Monts"gur e na regi+o, a mais estranha " a #ue se refere aos )hineses, ou antes, aos &ibetanosJ &ransmito os factos tal como se apresentam, sem procurar ampli1Alos nem, sobretudo, explic1Alos. 1 Conta!se na região de La'elanet -ue os in-uisidores #erseguira; os %er>ti$os at> ao Tibete 2 engen%eiro A A, -ue 3aDia in'estigaçGes e; 8onts>gur, e; 19<2, e a -ue; tto a%n se re3ere no seu li'ro -Luzifers 5ofgesinde(, esta'a e; relação $o; os es#íritos e in'o$a'a os mestres tibetanos. < P, de La'elanet, $on%e$ido #or todos os 3re-entadores do %otel Cou-uet e; 8onts>gur, $ontou!;e 'Brias 'eDes, e re#ete a -ue; o -uiser ou'ir, -ue, u; dia, tendo!se introduDido no subterrneo es$a'ado no $astelo #elo engen%eiro A, ;as na sua ausn$ia, se en$ontrou subita;ente e; #resença da i;age; de trs tibetanos A a#arição durou alguns ;inutos P > u; %o;e; s>rio, $ulto e $>#ti$o e; todos os as#e$tos (ste 3en;eno i;#ressionou! o ;uito e ele nun$a o $onseguiu eE#li$ar = e$ente;ente, u; Qo'e; ;uito re$e#ti'o e -ue entra 3a$il;ente e; $o;uni$ação $o; #retensos es#íritosJ e $o; os ;estres, dirigiu!se a 8onts>gur, ignorando total;ente o ;ist>rio tibetano -ue nele reina e 3i$ou eEtre;a;ente sur#reendido ao re$eber u;a ;ensage; ditada e; $ara$teres orientais, -ue ;e ;ostrou e $uQa tradução estB sendo realiDada &e'ere;os $on$luir, de tudo isto, $o;o os o$ultistas, -ue 8onts>gur > 'isitadoJ #elos tibetanos, ou, $o;o os #ara#si$@logos, -ue o engen%eiro A sus$itou, no seu subterrneo, u;a i;age; ;ental u; >gr>goreJ eEterioriDado, -ue os sensiti'os a#reende; ainda e; $ertas $ir$unstn$iasY 8as, outra $oisa ainda: se;#re ;> sur#reendeu a #Bgina de Luzif3rs 5ofgesinde e; -ue tto a%n, ao trans;itir a 'isita -ue e3etuou, e; 19<2, a Art%ur Caussou, de La'elenaet, diD eEata;ente o seguinte: (le OA Caussou ensinou!;e ainda — o -ue ;uito ;e ad;irou — -ue u; dos seus a;igos, QB 3ale$ido, tin%a en$ontrado nas ruínas de 8onts>gur u; li'ro es$rito e; $ara$teres $%ineses ou Brabes, não sabia be;K e -ue este li'ro, e; seguida, desa#are$eraJ
ra, ainda %B trs ;eses Oe; Xaneiro de 1971, C% &el#ouE, autor de eE$elentes estudos sobre o $ataris;o, ;e ;ostrou o $aderno -ue l%e tin%a sido o3ere$ido #or u;a #essoa de 8onts>gur (ste $aderno, -ue #erten$eu a A A, não > ;ais do -ue a $@#ia 3eita #or este engen%eiro e; 19<+ — ele es$re'eu na ?lti;a #Bgina: Para $@#ia $on3or;e, A A, 8onts>gur, &eDe;bro de 19<+J — de outro $aderno e; -ue o &r X uibaud, de La'elanet, tin%a a#ontado, entre 1542 e 1572, as suas re3leEGes, ar-ueol@gi$as e outras, sobre 8onts>gur Publi$o as #Bginas deste ;anus$rito -ue interessa; ao ;ist>rio tibetano de 8onts>gur, se; nada alterar B manuscrito do !r. 7. /uibaud 8as, o obQeto ;ais sur#reendente, #ela sua #resença, -ue se des$obriu, segundo $onsta, > u; li'ro e; #a#el, $o; en$adernação de #erga;in%o, -ue se en$ontra na #osse do %abitante de 8onts>gur de -ue a$aba;os de 3alar, e -ue eu não ti'e a 3eli$idade de 'er, o -ue ;e i;#ede de 3aDer a $on3ir;ação Possuo, W entanto, u;a 3ol%a desse li'ro -ue ;e #are$e es$rita e; $ara$teres $%ineses M u;a 3ol%a de 3or;ato grande, in!1/ (; $i;a en$ontra;!se duas #ersonagens, de $abeça des$oberta, sentadas lado a lado Qunto de u;a Br'ore $uQo tron$o e $uQos ra;os a#resenta; u;a estran%a 'egetação s ra;os -ue dela e;ana; a#resenta;!se e; 3or;a radiada e des#idos de 3ol%as As er'as -ue e;erge; do solo e; -ue estão sentadas as duas 3iguras e as $olinas da gra'ura a#resenta; as ;es;as dis#osiçGes radiadasK -uanto Ns 3ol%as, $aídas, #are$e; #erten$er a $rassulB$eas As duas #ersonagens, -ue #are$e; ;ais Qo'ens do -ue adultos, re$on%e$e;!se 3a$il;ente $o;o $%ineses de 'estes a;#las, 'entre #roe;inente, a#ertado #or u;a 3aiEa, un%as $o;#ridas e $ur'as guarne$endo os dedosK ta;b>; se re$on%e$e 3a$il;ente a 3isiono;ia tBrtara 3orte;ente #ronun$iada #or u;a 3a$e triangular, larga, de ;açãs do rosto salientes, -ueiEo #ontiagudo, ol%os a3astados e 3endidos obli-ua;ente (stas duas 3iguras segura; u; li'ro, ou antes, u;a $arta, ;ais larga do -ue $o;#rida, -ue 'e;os uni$a;ente #ela #arte de trBs, en-uadrada e ornada $o; desen%os irre$on%e$í'eis A gra'ura e os $ara$teres da 3ol%a #are$e;, #ela sua $or a$inDentada, ter sido i;#ressos $o; s>#ia ou tinta!da!$%inaK estão en-uadrados #or si;#les traços s $ara$teres 3or;a; doDe lin%as $ontendo $ada u;a oito sinais be; es#açados e si;etri$a;ente alin%ados tanto no sentido 'erti$al $o;o %oriDontal egue!se o relato da #essoa -ue ;e o3ere$eu esta 3ol%a Tendo ido, %B $er$a de trinta anos, a 8onts>gur, te'e o$asião de en$ontrar o $ole$$ionador de -ue 3alB;os, seu a;igo Al>; de ;edal%as e ar;as, este ?lti;o ;ostrou!l%e o li'ro $%ins e; -uestão e, durante u; ;o;ento de distra$ção, retirou!l%e, de'ido N estran%eDa dos $ara$teres, a 3ol%a -ue ser'e de #reteEto a estas lin%as Ten%o di3i$uldade e; eE#li$ar $o;o #de u; li'ro $%ins ter sido des$oberto entre as ruínas deste $astelo situado no ;eio de terras e, #re$ise;os, nu; dos $u;es ;ais ele'ados das ;ontan%as de Ari\ge Co;#reendería;os #er3eita;ente a #resença deste 'olu;e nas ruínas de u; $astelo do litoral da
rança, trans#ortado #or u; ;arin%eiro e; $ontato $o; a C%ina, ou re$ol%ido entre os des#oQos de u; nau3rBgio, ou $o;o es#@lio de u; Qun$o #irata Pre3iro a$reditar nu;a brin$adeira, nu;a ;isti3i$ação de u; %abitante de 8onts>gur e; relação N #essoa -ue ;e o3ere$eu a 3ol%a -ue, e;bora ;uito inteligente, não > es#e$ialista nestas ;at>rias e -ue de'e ter $aído na es#arrelaJ TT AR )BD&E !E L8):FED O Luzifers 5ofgesinde, 19<7 1 oi então -ue ;e de$idi #elo título da #resente obra, sobre a -ual ;edito e -ue estou a es$re'er, Luzifers 5ofgesinde Oa do;esti$idadeJ ou a Corte de Lu$i3er ob este título gostaria de -ue entendesse;, desde QB, o $onQunto de todos a-ueles -ue, #ro$urando a lei e a e-uidade, en$ontrara; #ara al>; dos deD ;anda;entos de 8ois>s, a 3orça, a Qustiça e o signi3i$ado da 'idaK e -ue, inde#endentes e orgul%osos e se; es#erar nen%u; auEílio do ;onte inai, #edira; aQuda e $on3orto — se; -ue, #or 'eDes, disso ti'esse; $ons$in$ia — a u;a ;ontan%a da euniãoJ na ;ais longín-ua ;eia!noiteJ, #ara os trans;itir, #or sua 'eD, esta aQuda e este $on3orto, aos %o;ens do seu sangueK a so$iedade, a3inal e essen$ial;ente, de todos a-ueles -ue $o;#reendera; -ue Xeo'B não #oderia ser o seu &eus, ne; Xesus da aDarB seu al'ador a Casa de Lu$i3er eEiste; ta;b>; ;uitas %abitaçGesJ 6Brios $a;in%os, 'Brias #ontesJ a elas $onduDe; O# 45 2 !i1logo com o c1taro (; #ensa;ento 'eQo %o;ens e ;ul%eres dos s>$ulos FII e FIII -ue $a;in%a; #ela estrada &es3ila; diante de ;i;, uns atrBs dos outros Pergunto a u; deles: Co;o te $%a;asYJ XB não > ;uito Qo'e; Te; os $abelos grisal%os, a 3a$e #Blida TraD u;a longa 'este negra $oberta de #@ e de 3í;brias es3arra#adas Ca;in%a $o; u; #asso ligeiro C%a;o!;e ertran e sou da região de oiE — nde #ensas irY — Para o eno, ou ;ais longe aindaJ, res#onde si;#les;ente s %er>ti$oY — ou, diD o %o;e;, ol%ando!;e 3iEa;ente — ugiste #ara e'itar algu; #erigoY — ou u; 3ora!da!lei e 3uQo dos o;anos — Con%eço a tua terra — (u sei, ;as não a 'iste su3i$iente;ente be;J %o;e; $ontinua a 3alar, na sua língua: (u era $a'aleiro Passaste u;a noite, de $arro, Qunto Ns ruínas do ;eu $asteloK ;as não le'antaste os ol%os: esta'as o$u#ado a ler u; li'ro &e'ias ler ;enos e 'er e ou'ir ;ais ;eu $astelo 3oi $onstruído sobre u;a $olina, #erto de oiEK não ;uito longe e e; 3rente de 8onts>gur s in-uisidores ;andara; -uei;ar o ;eu ir;ão, a ;ul%er e os 3il%os, en-uanto eu ;e en$ontra'a ausente do $astelo Tin%a ido a rnol%a$ $elebrar o solstí$io de In'erno na ;ontan%a, não ;uito longe da IgreQa subterrnea -ue 'isitaste nos Piren>us, Qunto ao ;onte usa onde #assa o $a;in%o dos %er>ti$osZ C%a;a;os a essa 3esta Jadai OatalJ Interro;! #i!o: oi o nas$i;ento de Xesus da aDar>
-ue assi; $o;e;orara; $o; solenidade e re$ol%i;entoY — ão, de ;odo nen%u;, res#ondeu, 3oi o nas$i;ento do &eus!ol Alguns entre n@s, $%a;a'a;! l%e Cristo, $o;o QB 3aDia; os gregos antes da era $ristã 8as este Cristo não te; nada de $o;u; $o; Xesus Xesus era Qudeu, e era u; Qudeu se$tBrio ora; os 3i>is -ue, de#ois da sua ;orte, o #ro$la;ara; al'ador e o identi3i$ara; ao olH bis#o 8>liot, da $idade de ardes, na .sia 8enor, tin%a raDão -uando #retendia, nos #ri;eiros te;#os do $ristianis;o, -ue a doutrina de Cristo não era u;a religião re'elada, ;as u;a 3iloso3ia #ri;eira;ente $on%e$ida a#enas entre os bBrbaros, e -ue, e; seguida, se di'ulgou sob o i;#erador Augusto, alterando! se 8ais tarde, a#ro'eitou o alarga;ento do I;#>rio ro;ano #ara se es#al%ar #elo ;undo Por outras #ala'ras: Xerusal>; e o;a a#ro#riara;!se da doutrina de Cristo #ara ser'ir os seus intentos — eQaH — Contudo, a ideia de -ue Cristo 'i'eu u;a 'ida terrestre e ;orreu na $ruD > 'erdadeira;ente Qudia: inQuria, de resto a &i'indade — Por -uY — Por-ue $ontraria a ideia de i;aginar a &i'indade $o;o ser #essoal — Sue; > &eusY — &eus > o es#írito, a luD e a 3orça — (Eiste u; anti!&eusY — i;, > a 3ra-ueDa -ue atua sobre os %o;ens, $o;o a 3alsidade e a d?'ida M ta;b>; o es#írito desordenado, o es#írito de destruiçãoJ Lu$i3er, a -ue; $%a;as Lu$ibel, não >, #ara ti, o &iaboY Sue; >, entãoY — Lu$i3er, > a natureDa tal $o;o a 's e; ti, N tua 'olta e a$i;a de ti M du#lo: > a Terra se; luD, e ta;b>; o C>u de luD, -ue dis#ensa a 'ida — Lu$i3er > o 'osso &eusY — Por -ue 3alas de &eus e não de &i'indadeY (sta noção de &eus i;#li$a u;a re#resentação #essoal s ;eus $onte;#orneos ale;ães, de'e! rias sab!lo, $%a;a; se;#re N di'indade das /ott. s $on$eitos bíbli$os, -uer -ueira; -uer não, de3or;ara; o 'ossoW es#írito — Lu$i3er >, então, a 'ossa &i'indadeY — ão, > u; ;ediador — %o;e; ne$essita de u; ;ediadorY — i;, ;as não de u; ;ediador -ue o liberte: de u; ;ediador -ue se a#resente si;#les;ente $o;o ;odelo e $o;o eEe;#lo Lu$i3er > ta;b>; o ol e$essitas dele #ara ter 'ontade de 'i'er, e ta;b>; #ara a$eitar ;orrer o In'erno, o ol ;orre, na Pri;a'era renas$e e reno'a!se TraD $onsigo a luD da 'ida e a $erteDa -ue > o $ontrBrio da in$erteDa — A $erteDa do renas$i;entoY — i;, se #re3eriresK seria ;ais $orreto diDer: a 'it@ria sobre a ;orte, a i;ortalidadeJ l%a agora #ara ti, diD!;e o %o;e;J bedeço e ouço dentro de ;i; duas 'oDes -ue se $o;bate; V;a diD N outra: Cala!teH tu diDes si; N 'ida, N 'ida $urta Abandonas!te N ;irage; desta eEistn$ia, a este ;undo, a estas $oisas ilus@rias -ue > a 'idaY Penas, trabal%os, doenças e ;orte -ue > o ;undoY A $ornu$@! #ia da abundn$ia da in3eli$idade, u; 'ale de lBgri;as, o re$intoW 3e$%ado e; -ue se en3renta; as #aiEGes ( as $oisas, o -ue sãoY 8at>ria i;#er3eita, destrutí'el e ;odi3i$B'el, 'otada, desde a orige;, N $orru#ção e N destruição ( at> os astros -ue te eEalta;, na tua alegria de 'i'er, deiEarão de eEistir u; dia (s#era!os a ;orte, ta;b>; a eles ada do -ue a#reendes #elos sentidos > durB'el e di'ino, #ois s@ &eus > eterno (Eiste a#enas u;a $erteDa: a 8orte ( > sobre este ro$%edo -ue #retendes $onstruir o teu te;#loZH
8as, ele'a!se a segunda 'oD: (u digo: si;J Continuarei a a3ir;ar o ;eu si; #oderoso e $oraQoso ão 3oi #or a$aso -ue a &i'indade $riou este ;undo — ten%o a $erteDa — e todas as $oisas 'isí'eis, e eu #r@#rio M esta $erteDa -ue, #ara ;i;, santi3i$a tudo: os astros, os ele;entos e, sobretudo, o #edaço de terra e; -ue a &i'indade ;e #er;itiu $onte;#lar a luD do ;undo: a ;in%a #Btria e a ;in%a tribo A &i'indade $on$edeu!;e a 'idaK $on3io na 'ida (u sou eu 8as não seria nada se; a ;in%a triboK a ;in%a tribo não eEistiria se; a ;in%a #BtriaK e a ;in%a #Btria não eEistiria se; a &i'indadeJ A #ri;eira 'oD res#onde, então: A &i'indade não te; ;ais relação $o; a tua #Btria do -ue $o; a de -ual-uer %o;e; Perante a &i'indade, todos os %o;ens e todos os #o'os são iguaisJ ( a segundo 'oD não soube -ue retor-uir 8as, o %o;e; de $abelos grisal%os reto;a a #ala'ra: A ;in%a #Btria desa#are$eu oi trans3or;ada nu; $a;#o de ruínas e, sob orde; do #a#a, #re#arara;!na #ara -ue 3osse regeneradaZ o;os derrotados #or-ue nega;os Xeo'B, o &eus dos Qudeus, 8ois>s e os #ro3etas ão ora;os ao &eus dos Qudeus #re$isa;ente #or-ue a &i'indade não te; ;ais relação $o; o #o'o Qudeu do -ue $o; -ual-uer outro #o'o (sta segurança orgul%osa de ser o #o'o eleito de &eus, s@ os Qudeus ti'era; a ousadia de a ;ani3estar Sue; > Ia'>, senão a #r@#ria al;a do #o'o Qudeu, soberbo, intolerante, 'ingati'o, B'ido de #oder e des#ro'ido de generosidade $a'al%eires$aY A al;a do ;eu #o'o era ;uito di3erente nosso &eus era trans#arente, lu;inoso, $%eio de nobreDa e#resenta'a, na sua #er3eição, o -ue n@s en$arna;os de ;aneira i;#er3eita — Por -ue > -ue '@s, os %er>ti$os -ue re$ebera; o consolamentum, 'os a#elidais de #er3eitos e de #urosY ão traduDirB orgul%o a#oderar!se de tais no;esY — C%a;B'a;o!nos assi; #ara ;ar$ar a nossa o#osição a o;a, -ue a3ir;a -ue todos os %o;ens — seQa -ual 3or o seu sangue — são 'is, $orru#tos e i;#uros Co;o des$endentes dos nossos ante#assados %el>ni$os e g@ti$os, sentía;o!nos nobres e nada 'is e ;iserB'eis e, e;bora esti'>sse;os a3astados da &i'indade, nada $orru#tos ne; desligados doW di'ino ão sentía;os ne$essidade do &eus de o;a abía;os be; -ue tín%a;os o nosso ão ne$essitB'a;os dos ;anda;entos de 8ois>s: traDía;os dentro de n@s as leis legadas #elos nossos ante#assados 8ois>s era i;#er3eito e i;#uro &e $ontrBrio não es$ol%eria a sua ;ul%er entre os .rabesK não teria lançado sobre os ir;ãos -ue o o3endia; a $@lera de &eus, o -ual l%es en'iou a le#raH 8ois>s era o -ue são os Qudeus, -ue #retende; i;#or!nos a sua 3>: %o;ens i;#er3eitos e i;#uros, al;as es$ra'as e ;estiças @s, os %o;ens de sangue n@rdi$o, n@s, %o;ens do $idente, $%a;B;o!nos $BtarosJ, $o;o os %o;ens de sangue n@rdi$o do riente se $%a;ara; #arses, os #uros (s#ero -ue ;e $o;#reendas, senão > #or-ue o teu sangue > i;#uroH — s #arsesY — i;, os #arses, os Arianos e n@s, os $Btaros, nun$a traí;os o nosso sangue Aí reside o segredo -ue #ro$uras des$obrir a todo o $usto: o das relaçGes -ue os liga; uns aos outros iEa be; isto: se te interrogas sobre ParDi'al, 3i$a sabendo -ue > u;a #ala'ra iraniana e -ue signi3i$a a 3lor #uraZ e #ro$uras o raal, le;bra!te -ue o raal > a #edra sagrada, o %ral dos #arses ( o -ue 3or $%a;ado a 'er o raal, 3i$a sabendo -ue QB > $on%e$ido no $>u Leste tudo isto e; `ol3ra; d[(s$%enba$% nosso $>u s@ $%a;a a si os -ue não 3ore; $riaturas de raça
in3erior, bastardos ou es$ra'os: os Arianos seu no;e signi3i$a -ue são nobres e sen%oresJ Le'antei os ol%os (sta'a soDin%o O La )our de Lucifer, tradução 3ran$esa de elli, ## 19=!2+1