Relatório Aula Prática Coloração de Ziehl-Neelsen Introdução Muitos dos exames realizados nos laboratórios precisam ser rápidos e precisos. As técnicas de coloração são um meio de direcionar o diagnóstico. O gênero Mycobacterium é composto por bacilos aeróbios e imóveis. Sua parede celular (com estrutura típica de bactérias Gram-positiva) é de natureza lipídica, sendo hidrofóbica, o que a torna resistente a técnicas de coloração comuns. Essa mesma característica permite que depois de corados não cedam à descoloração por soluções álcool-ácidas, por esse motivo são chamados bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR). As micobactérias apresentam taxa de crescimento lento, de 3 dias em algumas espécies até 8 semanas em outras, enquanto que não se tem relatos positivos do cultivo em laboratório da M. leprae. As espécies de maior importância médica são a M. tuberculosis e a M. leprae. M. leprae é o agente etiológico da hanseníase, caracteriza-se caracte riza-se por lesões na pele, mucosa e nervos periféricos. perifér icos. A M. tuberculosis pode se manifestar de diferentes formas mas a mais comum é a pulmonar, causando a tuberculose, a única forma clínica contagiosa, ela se dissemina de pessoa a pessoa através de aerossóis infecciosos. A tuberculose pode permanecer latente late nte e ser reativada quando a resposta imunológica do paciente enfraquecer em decorrência da idade avançada, doença ou terapias imunossupressoras. Indivíduos imunodeprimidos imunodeprimidos correm mais risco de serem infectados a qualquer tempo. Os sintomas são inespecíficos, incluem mal-estar, perda de peso, tosse e sudorese noturna. O escarro pode se apresentar escasso ou sanguinolento e purulento. O diagnóstico é feito a partir de evidências radiográficas e reforçado pela baciloscopia com o método de Zeihl-Neelsen ou por culturas. A coloração de Zeihl-Neelsen é bastante útil por ser rápida e de fácil execução. A amostra é colocada na lâmina e corada com fucsina, descorada com álcool-ácido e contracorada. Desse modo, os BAAR permanecem corados com uma tonalidade vermelha e outras bactérias e estruturas ficam azuladas. Nesta prática objetivou-se consolidar a técnica de coloração de Zeihl-Neelseen, o preparo de lâminas com esfregaço e fixação na chama, o diagnóstico da tuberculose e identificação dos bacilos Mycobacterium. Material e Métodos. Para a coloração de Zeihl-Neelsen foram usadas Lâminas de vidro para microscopia Bico de Bunsen Corante fucsina Álcool-ácido Corante azul de metileno Algodão Microscópio Óleo de imersão O material biológico foi colhido entre os alunos em potes plásticos de boca larga. Em seguida, uma amostra do escarro foi colocado em uma lâmina previamente identificada e então espalhada com auxílio de uma outra lâmina de vidro enquanto se fixava com a chama do Bico de Bunsen. Feito isso, com o material seco, a lâmina foi coberta com o corante fucsina sendo também aquecida com a chama de um algodão al godão embebido em álcool, sem deixar ferver, até a emissão de vapores. Após 5 minutos, a lâmina foi lavada com álcool-ácido e depois com um fio de água corrente. Após esse procedimento, cobriu-se a lâmina com o corante azul az ul de metileno por 1 minuto. A lâmina foi lava com água corrente novamente e esperou-se secar ao ar.
Resultados Não foram identificados BAAR na lâmina após o procedimento Discussão Era esperado que, se houvessem BAAR, seriam identificados bacilos corados com tonalidade avermelhada enquanto outras estruturas, o fundo e outras bactérias eventuais estariam levemente coradas de azul. Bibliografia F. QUIRINO. (2006) Técnicas Laboratoriais em Bioquímica , 2ª edição. Universia, Brasília. MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S. e PFALLER, M.A. (2006) Microbiologia Médica, tradução da 5ª edição. Elsevier, Rio de Janeiro.