1.
INTRODUÇÃO A infiltração da água no solo vem a ser um processo dinâmico de
penetração vertical da água através da superfície do solo. Ter o conhecimento da taxa de infiltração da água no solo é de fundamental importância para definir técnicas de conservação do solo, planejar e delinear sistemas de irrigação e drenagem, como tamém auxiliar na composição de uma imagem mais real da retenção da água e aeração no solo. !utro ponto importante nesse contexto é a velocidade de infiltração no solo "#$% ou a velocidade de infiltração ásica "#$&%, pode ser expressa por unidade indicativa de altura de lamina ou volume de água infiltrada no perfil do solo por unidade de tempo como mm h '(, cm h'(, ou ) s '(, sendo *ue a velo veloci cida dade de é um dos dos fato fatore ress mais mais impo import rtan ante tess na irrig irrigaç ação ão,, por* por*ue ue ela ela determina o tempo em *ue se deve manter a água na superfície do solo ou a duração da aspersão, na usca de uma aplicação de *uantidade desejada de água "&+-A! et al.,/001%. &ernardo et al. "/001%, refere'se *ue a velocidade de infiltração "#$% depende diretamente da textura e da estrutura dos solos2 pode variar com a percentagem de umidade do solo, na época de irrigação2 a temperatura do solo2 a porosidade do solo2 a exist3ncia de camada menos permeável ao longo do perfil2 e coertura vegetal2 entre outros. 4egundo eichardt "(567%, o conhecimento desta variável é essencial para a elaoração de um projeto de irrigação com ojetivo de oter maior rendimento das culturas a serem condu8idas. A determinação determinação da infiltração tem sido amplamente estudada e ainda não existe um parecer geral sore *ual é o melhor método para sua determinação. A infiltração de água no solo deve ser *uantificada por meio de métodos simples e capa8es de representar, ade*uadamente, as condiç9es naturais em *ue se encontra o solo. -ão havendo a exist3ncia de uma padroni8ação dos sistemas de medição da infiltração, utili8am'se principalmente infiltr:metros duplo'anel ou simples'anel. ! primeiro possui uma vantagem sore o segundo, *ue é minimi8ar as infiltraç9es laterais, mantendo o fluxo na direção vertical. +
como
desvantagem
necessita
de
uma operação mais complicada,
principalmente por*ue utili8a de maiores volumes de água, pois as dimens9es dos cilindros são em média de /; e ;0 cm "
Figura 01 ' esenho es*uemático do infiltr:metro de anel. Adaptado= >A#A)?! e 4$)#A, /001.
-a elaoração de projetos de irrigação, o conhecimento da velocidade de infiltração ásica serve de refer3ncia para a escolha dos métodos e sistemas de irrigação a adotar, sendo, portanto, uma variável relevante para a definição do manejo agrícola em sistemas irrigados "AA@! <$)?! e $&+$! (551%.
2.
MATERIAL E MÉTODOS !s ensaios foram condu8idos na área experimental de plantio de
maracujá no 4etor de Agricultura do $nstituto i3ncia e Tecnologia &aiano ' Campus Buanami. Cara caracteri8ação da infiltração de água no solo, foi utili8ado o método do infiltr:metro de anéis, composto por um anel metálico maior, com ;0 cm de diâmetro e D0 cm de altura e um anel menor com /; cm de diâmetro e /; cm de altura de acordo com a figura apresentada anteriormente.
ApEs limpe8a superficial do solo, cravaram'se no solo os cilindros externo e interno com auxílio de uma marreta e logo em seguida foi ajustado um filme plástico "olocou'se água nos cilindros externos e internos, e as leituras foram reali8adas somente no cilindro interno, pois a utili8ação do externo é apenas para *ue seja neutrali8ado o efeito da infiltração lateral. A altura da lâmina da água nos anéis deve ser ; cm, permitindo oscilação máxima de / cm. A partir da leitura inicial da altura de água, com régua graduada, o filme plástico foi retirado e iniciou'se a contagem de tempo para a infiltração da água no solo, com reposição da água sempre *ue o nível de água nos anéis chegava /7 cm de altura e aixava com / cm.
#$ G 10 a n Tn'( !nde= #$ ' velocidade de infiltração, em cm h'(2 a ' constante dependente do solo2 T ' tempo de infiltração, em minutos2 n ' constante dependente do solo, variando de 0 a (.
Figura 1. Anel maior e menor do infiltr:metro
Figura 2. Ajuste do filme plástico
Figura 3. )eitura no interior do cilindro
3.
RESULTADOS E DISCUSSÃO A representação dos resultados otidos de velocidade de infiltração de
água no solo para o latossolo da primeira prática encontra'se na figura F. -a análise da figura F demonstra *ue a velocidade de infiltração tende a diminuir e se estaili8ar com o passar do tempo.
Figura 4= #elocidade de infiltração de água no solo "mmHmin% d a primeira prática.
!servou'se *ue a velocidade de infiltração inicial foi de (,1 mmHmin diminuindo com o passar do tempo, até estaili8ar *uando a velocidade ficou em torno de 0,/ mmHmin. -a figura ; estão representados os resultados da segunda aula prática, onde novamente a velocidade diminuiu e estaili8ou com o decorrer do t empo.
Figura 5= #elocidade de infiltração de água no solo "mmHmin% da segunda prática.
-a figura ; oserva'se *ue velocidade de infiltração inicial foi de D,7 mmHmin *ue tamém foi diminuindo com o tempo e estaili8ou *uando a velocidade chegou em torno de ( mmHmin. >omparando os dois gráficos percee'se *ue na primeira prática *ue a velocidade de infiltração inicial foi em menor *ue na segunda, isso pode ser devido a prática ter sido reali8ado em pontos diferentes do solo, sendo *ue na primeira prática o solo era mais seco e na segunda mais Imido.
4.
CONCLUSÕES >onclui'se *ue solos com coertura vegetal tendem a ter maior
velocidade de infiltração, devido a fatores como presença de canais formados por raí8es, presença de matéria orgânica e atividade microiolEgica. A depender da umidade do solo do local irá interferir na velocidade de infiltração, solo mais secos a velocidade é rápida, mas o tempo para estaili8ar é maior já solo com ra8oável umidade, tanto a velocidade e o tempo para estaili8ar são menores.
REFERNCIAS !I!LIO"R#FICAS AA@! <$)?!, .>. de2 $&+$!, J.. $nfiltração de água em >amissolos do &aixio de $rec3 "&A%. evista &rasileira de >i3ncia do 4olo, >ampinas, v./0, n.D, p.D1D'D70, (551. &+-A!, 4.2 4!A+4, A.A.2 JA-T!#A-$, +.>. Janual de $rrigação. #içosa= Kniversidade A#A)?!, .<.2 4$)#A, )..&.2 ?idrologia. >apitulo ;2 agosto, /00;. isponível http=HHLLL.ufrrj.rHinstitutosHitHdengHleonardoHdoLnloadsHAC!4T$)AH?$!' >ap;'-<.pdf , acesso em (/ de maio de /0(1.
em
+$>?AT, M. A Ngua em 4istema Agrícolas. Kniversidade de 4ão Caulo' K4C O Ciracicaa' 4ão Caulo. (550. (61 p.