UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS AMAZONAS FACULDADE FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS FARMACOTÉCNICA
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA PRÁTICA PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES
MANAUS 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS FARMACOTÉCNICA
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES
Discentes: Nathana Bastos e Tallita Marques.
MANAUS 2012
1. INTRODUÇÃO Soluções são formas farmacêuticas líquidas; límpidas e homogêneas, que contêm um ou mais substâncias químicas dissolvidas em um solvente adequado ou numa mistura de solventes miscíveis. (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 2010) As soluções são utilizadas de diversas maneiras no âmbito farmacológico. Em virtude de serem sistemas moleculares dispersos, apresentam as seguintes vantagens: Doses completamente homogêneas, pronta disponibilidade para absorção e distribuição, podem ser empregadas por diversas vias de administração, além da possibilidade de adequação das doses para cada paciente. Podem ser classificadas conforme a via de administração e segundo o tipo de solvente. (THOMPSON, 2006). Conforme a via de administração, as soluções são classificadas em: soluções orais, aquelas preparações destinadas à administração oral; soluções para uso tópico, aquelas aplicadas sobre a pele ou mucosas; soluções otológicas, destinadas à instilação no ouvido externo; soluções nasais, aquelas instiladas ou vaporizadas na cavidade nasal; soluções oftálmicas, que são soluções estéreis e isentas de partículas, formuladas para instilação no olho; soluções para irrigações, utilizadas para irrigar, enxugar ou lavar feridas ou cavidades corporais, tais como cortes; e soluções parenterais, injetadas pela pele ou pelas membranas, ou ainda, diretamente nos vasos sanguíneos, músculos, órgãos ou outros tecidos. Segundo o tipo de sistema de solvente, podem ser classificadas em: espíritos, soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas de substâncias voláteis, tinturas, aquelas que contêm substâncias de origem vegetal ou mineral em um veículo alcoólica ou hidroalcoólica; e águas aromáticas, que são soluções claras e saturadas de óleos voláteis ou outras substâncias aromáticas ou voláteis, sendo o solvente usualmente a água. (THOMPSON, 2006)
2. CÁLCULOS
2.1 Violeta de Genciana 1% p/v 15 mL
Para a preparação de 15 mL de solução de Violeta de Genciana a 1% p/v foi necessário a realização do seguinte cálculo: 1 g de Violeta de Genciana ---------------------- 100 mL de solução X
---------------------- 15 mL
X = 0,15 g de Violeta de Genciana Então, para 100 mL de água foi necessário pesar em uma balança analítica 0,15 g de Violeta de Genciana.
2.2 Tintura de Iodo (Solução de Iodo Forte)
Foi necessário preparar as seguintes soluções em Álcool diluído (50% v/v) com qsp (quantidade suficiente para) 100 mL: - Sol. de Iodo Metálico 2% - Sol. de Iodeto de Potássio 1,5% Como foram preparadas soluções para 100 mL de álcool diluído, os seguintes cálculos foram realizados: 2 g de Iodo Metálico ---------------------- 100 mL X
---------------------- 100 mL X = 2 g de Iodo Metálico
1,5 g de Iodeto de Potássio ---------------------- 100 mL X
---------------------- 100 mL X = 1,5 g de Iodeto de Potássio
2.3 Polvidine 20 mL
Foi necessário preparar as seguintes soluções em Água destilada qsp (quantidade suficiente para) 100 mL: - Sol. de Iodo Metálico 1%
- Sol. de Iodeto de Potássio 1,5% - Glicerina d= 1,26 12,6% Como foram preparadas soluções para 20 mL, os seguintes cálculos foram realizados: 1 g de Iodo Metálico ---------------------- 100 mL X
---------------------- 20 mL X = 0,2 g de Iodo Metálico
1,5 g de Iodeto de Potássio ---------------------- 100 mL X
---------------------- 20 mL X = 0,3 g de Iodeto de Potássio
12,6 mL de Glicerina ---------------------- 100 mL X
---------------------- 20 mL X = 2,5 mL de Glicerina
3. MATERIAIS E MÉTODOS – Técnicas de preparação
3.1 Violeta de Genciana 1% p/v 15 mL
Para a preparação de 15 mL de solução de Violeta de Genciana a 1% p/v, pesou-se, com o auxílio de uma balança analítica e uma espátula, 0,15 g de Violeta de Genciana em um béquer de 50 mL. Em seguida, adicionou-se 5 mL de água destilada. Após a dissolução inicial, adicionou-se o restante da água, 10 mL, para completa dissolução.
3.2 Tintura de Iodo (Solução de Iodo Forte)
Pesou-se, com o auxílio de uma balança analítica e 2 espátulas, 2 g de Iodo metálico e 1,5 g de Iodeto de Potássio em diferentes béquers de 50 mL. Logo após a pesagem, estes solutos foram despejados em um grau e com a ajuda de um pistilo foram triturados, como forma de auxiliar na dissolução em álcool diluído. Aos poucos se adicionou 100 mL de álcool diluído
a esta mistura de solutos no grau. Como se formaram partículas em suspensão, filtrou-se a solução com o auxílio de um algodão coberto com gaze adaptado em um funil acoplado a um suporte universal com um anel ou argola. Lembrando que nem toda a quantidade do álcool diluído foi adicionada às misturas de soluto no grau, pois na filtração este foi sendo lavado, como forma de arrastar todos os solutos. A solução filtrada foi despejada em uma taça graduada de 250 mL.
3.3 Polvidine 20 mL
Pesou-se, com o auxílio de uma balança analítica e 2 espátulas, 1 g de Iodo metálico e 0,3 g de Iodeto de Potássio em diferentes béquers de 50 mL. Logo após a pesagem, estes solutos foram despejados em um grau e com a ajuda de um pistilo foram triturados, como forma de auxiliar na dissolução em glicerina e água destilada. A estes solutos, foram adicionados 2,5 mL de glicerina, com o auxílio de uma pipeta graduada e uma pêra, e aos poucos se adicionou 20 mL de água. Como se formaram partículas em suspensão, filtrou-se a solução com o auxílio de um algodão coberto com gaze adaptado em um funil acoplado a um suporte universal com um anel ou argola. Lembrando que nem toda a quantidade de água destilada foi adicionada às misturas de soluto no grau, pois na filtração este foi sendo lavado, como forma de arrastar todos os solutos dissolvidos parcialmente na glicerina. A solução filtrada foi despejada em uma taça graduada de 250 mL. 4. CARACTERIZAÇÃO DOS COMPONENTES 4.1 Violeta de Genciana Violeta de Genciana, é classificada quanto a administração como uma solução de uso tópico e quanto ao tipo de sistema de solvente, uma tintura, dissolvida em água destilada (solvente universal). 4.1.1 Indicação da fórmula O Violeta de Genciana é um antisséptico, bacteriostático (inibe o crescimento) e bactericida (destrói a bactéria) contra microorganismos e fungos, que causam doenças na pele e
mucosas. É usado no caso de candidíase (sapinho), impetigo, infecções superficiais, lesões crônicas e irritativas e dermatites. Exemplo: em micoses como frieira e pé-de-atleta (DROGARIA MINAS-BRASIL de 2006). Além de ser um corante eficaz contra bactérias gram-positivas e algumas leveduras como Cândida Albicans. (ROSA, 2009)
4.1.2 Classificação quanto ao tipo de forma farmacêutica
Solução aquosa de caráter oficinal.
4.1.3 Operações farmacêuticas envolvidas
Pesagem, mistura e agitação.
4.2 Tintura de Iodo (Solução de Iodo Forte)
Tintura de Iodo ou solução de iodo forte é classificada como solução tópica, sendo aplicada em curativos no tratamento de feridas. Caracterizada como uma solução líquida límpida, castanho-avermelhada, com odor característico de iodo. O solvente utilizado em sua preparação é o álcool diluído. (RDC No 199/ANVISA, 2006)
4.2.1 Indicação da fórmula
Antissepsia de pele e campo operatório. Antissepsia de feridas. Infecções por fungos. Infecções por bactérias (feridas infetadas). Especialmente indicado na desinfecção do cordão umbilical (SATLINK, s.d.).
4.2.2 Classificação quanto ao tipo de forma farmacêutica
Solução de uso tópico.
4.2.3 Operações farmacêuticas envolvidas
Pesagem, trituração, mistura, agitação e separação (filtração).
4.3 Polvidine
Solução aquosa classificada, segundo a via de administração, como de uso tópico e, quanto ao tipo de sistema de solvente, como tintura. Possui em sua composição, iodeto de potássio (agente bactericida, cristal incolor ou pó cristalino branco, inodoro, de sabor salgado e amargo, fracamente deliquescente), glicerina (co-solvente, demulcente, emoliente, umectante e hidratante) e água (solvente universal). (RDC N o 199/ANVISA, 2006)
4.3.1 Indicação da fórmula
É um agente antimicrobiano muito utilizado na medicina, principalmente na ginecologia e que esta em estudo para o uso na periodontia. Na concentração de 10%, o povidona-iodo é bactericida contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, tem boa atividade fungicida e virucida, mas é inativa contra esporos. Soluções com base de água podem ser usadas nas membranas mucosas. Os efeitos do polvidine na flora da pele não são tão marcadas como as de tintura de iodo e, ao contrário do que seria de se esperar, a duração da ação não é mais prolongada. Os efeitos são influenciados pela presença de matéria orgânica. As reações alérgicas cutâneas na região periumbilical podem ocorrer devido à aplicação deste. (WORD HEALTH ORGANIZATION, 1998 apud ROSA, 2009). A glicerina farmacêutica é um produto com excelente atividade sobre a pele, exercendo o efeito demulcente, isto é, quando aplicado sobre locais irritados ou lesados, tendem a formar uma película protetora contra estímulos resultantes do contato com o ar ou irritantes ambientais. O produto é espalhado friccionando sobre toda a área de uso. 199/ANVISA, 2006)
(RDC N o
4.3.2 Classificação quanto ao tipo de forma farmacêutica
Solução de uso tópico.
4.3.3 Operações farmacêuticas envolvidas
Pesagem, trituração, mistura, agitação, separação (filtração).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução no 199, de 26 de outubro de 2006. Diário Oficial da União – DOU, 02 de abril de 2007. DROGARIA MINAS-BRASIL. Violeta de genciana. 2006. Disponível em: . Acesso em: 07 abril 2012. GIL, Eric de S.; BRANDÃO, André L. A. Excipientes: suas aplicações e controle físico-químico. 2ª ed; São Paulo: Editora Pharmabooks, 2007. 23p, 24p e 27p.
MERCK, Manual. Biblioteca Médica online. Tipos de medicamentos tópicos. Edição
de
Saúde
para
a
família;
USA.
2009.
Disponível
em:
. Acesso em: 09 abril 2012. ROSA, A. R. Anticépticos utilizados no coto umbilical para a prevenção de infecção: uma revisão bibliográfica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2009. SANTOS, Márcio A. Á.. O uso de iodo-povidine em periodontia. Revista Odontológica de Araçatuba, v.24, n.2, p. 09-16, Agosto/Dezembro, 2003. Disponível em: . Acesso em: 07 abril 2012. SATLINK,
Webs.
Tintura
de
Iodo
Fuerte.
Disponível
em:
. SENASA CERT. N° 87.599. Acesso em: 10 abril 2012. THOMPSON, Judith E.. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos; Tradução: Airton Monza da Silveira, et al. Porto Alegre: Editora Artmed, 2006. 267p.