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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE, UNESC CURSO DE NUTRIÇÃO
GABRIELA ELIBIO FAGUNDES
PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DE DISBIOSE INTESTINAL EM ESTUDANTES DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
CRICIÚMA, JUNHO DE 2010
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PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DE DISBIOSE INTESTINAL EM ESTUDANTES DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do Grau de bacharel no curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Maria Cristina Gonçalves de Souza.
CRICIÚMA, JUNHO DE 2010.
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PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DE DISBIOSE INTESTINAL EM ESTUDANTES DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do Grau de bacharel no curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Maria Cristina Gonçalves de Souza.
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PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DE DISBIOSE INTESTINAL EM ESTUDANTES DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do Grau de bacharel no curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Criciúma, 28 de junho de 2010.
BANCA EXAMINADORA
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Dedico este trabalho aos meus pais, cujo incentivo foi essencial para realização deste.
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AGRADECIMENTOS
A todos que contribuíram para And a realização deste trabalho, meu Cancel Download Print reconhecimento e agradecimento, em especial: -À minha orientadora, professora Maria Cristina, aceitando-me como orientanda, disponibilizando tempo e esforços para a execução deste trabalho; -Às professoras Mariely Barcelos e Michele Biff que gentilmente aceitaram participar como membros da banca examinadora, colaborando com este trabalho; -À professora Adriana Soares Lobo, pelas valorosas contribuições; -Aos acadêmicos do curso de Nutrição da UNESC que aceitaram participar desta pesquisa; -Aos meus pais, Maria Eliza e Estácio Fagundes e irmã, Beatriz Fagundes, pelo apoio em todos os momentos; -Ao Ricardo Tonial, pela paciência e pelos conselhos valiosos; -As minhas amigas Carla Febel e Bruna Izidro, que de forma essencial colaboraram para este trabalho.
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“Ler um bom livro faz-me sentir novo em
folha. Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos. Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias. Brigar me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago. ” (Luís Fernando Veríssimo)
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RESUMO
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Introdução: Existe uma relação fundamental entre o intestino e a saúde, por meio do conceito de permeabilidade intestinal. Dentro da avaliação do processo alimentar, a absorção pode ser alterada por sintomas de má absorção, interação entre os nutrientes, alteração na permeabilidade da mucosa e, conseqüente, disbiose intestinal. O termo disbiose descreve a presença de bactérias patogênicas no intestino. E conseqüentemente a microbiota produz efeitos nocivos principalmente pela mudança qualitativa e quantitativa da própria microbiota intestinal. Objetivo: Este estudo teve como objetivo principal descrever a prevalência de sinais e sintomas de disbiose intestinal, segundo o Questionário de Rastreamento Metabólico (QRM), em estudantes do curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Metodologia: O estudo foi realizado no período de fevereiro/2010 a março/2010. Foram entrevistadas 116 acadêmicos, através do Questionário de Rastreamento Metabólico (QRM), entregues durante a aula dos participantes. Foi aplicado apenas um bloco do QRM referente a sinais e sintomas relacionados ao trato gastrointestinal. Foi avaliado os seguintes sinais/sintomas: náuseas/vômitos, diarréia, constipação/prisão de ventre, inchado/abdômen distendido, gases intestinais/eructações, azia, dor estomacal/intestinal. O resultado foi caracterizado conforme prevalência das pontuações 0, 1, 2, 3 ou 4 de cada sinal e sintoma e porcentagem de pontuação maior ou igual a 10. Além disso, a prevalência de pontuação 04 em cada sinal e sintoma. Resultados: Para cada sinal/sintoma pontuou-se 00 (nunca, ou quase nunca teve o sintoma), 01 (ocasionalmente teve, efeito não foi severo), 02 (ocasionalmente teve, efeito foi severo), 03 (freqüentemente teve, efeito não foi severo) ou 04 (freqüentemente teve, efeito foi severo. Observou-se que a maioria dos participantes nunca, ou quase nunca apresentou náuseas/vômito. O item diarréia obteve maior prevalência de pontuação 01. No que se refere ao item constipação observou-se prevalência de pontuação 00, e 19,8% dos participantes assinalaram pontuação 03. A maioria dos entrevistados apontou pontuação 01 para inchaço e distensão abdominal, e assim como o item constipação, 19,8% dos participantes assinalaram pontuação 03. Quanto ao item arrotos e gases intestinais obteve-se prevalência para a pontuação 01. A pontuação mais apontada para o item azia foi 00, seguida pelas pontuações 01, 03, 02 e 04. O sintoma mais apontado pelos participantes foi inchaço/ distensão abdominal, já que 75% dos participantes assinalaram este sintoma, e 31% dos participantes obtiveram pontuação maior ou igual a 10. Conclusão: Os resultados obtidos nesta pesquisa servem como alerta para a população estudada, pois ressalta a importância do acompanhamento nutricional e de uma criteriosa avaliação de sinais e sintomas, para, dessa forma, agirmos promovendo saúde. Palavras-chave: Disbiose intestinal, microbiota intestinal, sinais e sintomas.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Cancel
AGCC: Ácido graxo de cadeia curta
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CDs: Células dendríticas E. coli: Escherichia coli Eros: Espécies reativas do oxigênio GALT: Tecido linfóide associado ao trato GI GI: Gastrointestinal IgA: Imunoglobulina A MALT: Tecido linfóide associado à mucosa QRM: Questionário de Rastreamento Metabólico TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
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LISTA DE GRÁFICOS
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Gráfico 1: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma náusea/ vômito Gráfico 2: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma diarréia Gráfico 3: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma constipação Gráfico 4: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma inchaço/ distensão abdominal Gráfico 5: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma arrotos/ gases intestinais Gráfico 6: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma azia Gráfico 7: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma dor estomacal/intestinal Gráfico 8: Pontuação dos sintomas Gráfico 9: Percentual de pontuação
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1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................10 Cancel Download And Print 2 OBJETIVOS...........................................................................................................12
2.1 Objetivo geral.......................................................................................................12 2.2 Objetivos Específicos...........................................................................................12
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................13 3.1 INTEGRIDADE E MICROBIOTA INTESTINAL....................................................13 3.1.2 Desenvolvimento da microbiota intestinal.........................................................15 3.2 RELAÇÃO INTESTINO X IMUNIDADE................................................................16 3.3 DISBIOSE INTESTINAL.......................................................................................18 3.3.1 Importância da alimentação no tratamento e na prevenção da Disbiose Intestinal.....................................................................................................................19
4 ASPÉCTOS METODOLÓGICOS..........................................................................22 4.1 TIPO DE ESTUDO...............................................................................................22 4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA.................................................................................22 4.2.1 Critérios de Inclusão..........................................................................................23 4.2.2 Critérios de Exclusão.........................................................................................23 4.3 INSTRUMENTOS.................................................................................................23 4.4 COLETA DE DADOS............................................................................................24 4.4.1 Análise dos Dados.............................................................................................24 4.5 ASPÉCTOS ÉTICOS............................................................................................24
5 RESULTADOS........................................................................................................25 6 DISCUSSÃO............................................................................................................31 7 CONCLUSÃO..........................................................................................................33 REFERÊNCIAS..........................................................................................................34 ANEXO 1....................................................................................................................38 ANEXO 2....................................................................................................................41
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1 INTRODUÇÃO
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A
10
alimentação
pode
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ser
considerada
como
um
dos
fatores
comportamentais que mais influencia a qualidade de vida das pessoas. Dentro de uma perspectiva mais ampla, os hábitos alimentares são adquiridos em função de aspectos culturais, antropológicos, socioeconômicos e psicológicos, que envolvem o ambiente das pessoas (ASSIS; NAHAS, 1999). A ingestão do alimento não garante que seus nutrientes estarão biodisponíveis para serem utilizados pelas células. Devem existir condições químicas, bioquímicas e fisiológicas adequadas para que ele possa ser degradado e utilizado. A presença ou ausência de um nutriente essencial pode afetar a disponibilidade, absorção, metabolismo ou necessidades dietéticas de outros. Também é necessário que os produtos que não serão utilizados pelo organismo sejam excretados, assim como as substâncias tóxicas que possam ter sido ingeridas junto com os mesmos. Se uma dessas etapas não funcionar satisfatoriamente, o corpo apresentará carências nutricionais e funcionais (CARREIRO, 2006). Nos últimos 40 anos nosso hábito de vida sofreu grandes transformações. Alimentamo-nos de forma diferente, respiramos um ar diferente, estamos em contato com sustâncias sintéticas que nem existiam até então. Movimentamo-nos cada vez menos e, além disso, somos obrigados a absorver cada vez mais informações e lidar com emoções e desafios constantes no nosso dia a dia. Nosso organismo, particularmente o sistema digestório e o sistema imunológico, estão em sobrecarga (CARREIRO, 2009). Existe uma relação fundamental entre o intestino e a saúde, por meio do conceito de permeabilidade intestinal. Dentro da avaliação do processo alimentar, a absorção pode ser alterada por sintomas de má absorção, interação entre os nutrientes, alteração na permeabilidade da mucosa e, conseqüente, disbiose intestinal (PÓVOA, 2002). O termo disbiose descreve a presença de bactérias patogênicas no intestino. E conseqüentemente a microbiota produz efeitos nocivos principalmente pela mudança qualitativa e quantitativa da própria m icrobiota intestinal (HAWRELAK; MYERS, 2004). Dois fatores principais influenciam esta situação: as populações
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bacterianas no intestino e a saúde da mucosa intestinal, ambos influenciados pela nutrição (DAVIDISON; CARVALHO, 2008). Cancel
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Dificuldades intestinais como prisão de ventre e má digestão constituem um problema freqüente na população atual. Estes são fatores principais que concorrem muito para a disbiose intestinal, pois a retenção de fezes no cólon facilita a passagem das bactérias nocivas para o intestino delgado e a baixa acides facilita esta translocação. Além do uso prolongado de antibióticos, que matam indiscriminadamente tanto bactérias úteis como as nocivas (PÓVOA, 2002). A disbiose intestinal ainda pode ser relacionada com outras patologias, como o aumento da permeabilidade intestinal e a síndrome do intestino irritável em que o desequilíbrio da flora intestinal chega ao ponto de impedir as funções normais do cólon (CARREIRO, 2006). A disbiose é um problema sério, e conseqüente dos hábitos mantidos nos dias atuais, que tem grandes chances de perturbar todo o organismo e por isso deve ser bem investigada. Gases, cólicas, diarréias e prisão de ventre freqüentes já são sintomas que indicam disbiose intestinal, e justificam exames específicos para conferir o equilíbrio da flora intestinal (DAVIDISON; CARVALHO, 2008). Visando alertar os profissionais da área sobre a importância de avaliar a presença de disbiose, e relacioná-la aos diagnósticos de várias patologias e com o objetivo de expor esta alteração ainda desconhecida, fundamentou-se este trabalho de conclusão de curso, que pretendeu detectar os sinais e sintomas relacionados à disbiose intestinal, e verificar a prevalência dos mesmos na população de acadêmicos do curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense.
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2 OBJETIVOS
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2.1 Objetivo Geral Descrever a prevalência de sinais e sintomas de disbiose intestinal em estudantes do curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense.
2.2 Objetivos Específicos -Avaliar alterações intestinais segundo o Questionário de Rastreamento Metabólico, aplicado aos participantes; -Identificar quais sinais e sintomas será mais relatado pelos participantes.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Cancel
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2.1 INTEGRIDADE E MICROBIOTA INTESTINAL
Está se tornando cada vez mais aparente que a saúde do corpo depende de um trato gastrointestinal (GI) saudável e funcionante. Pois um dos papéis primários do trato GI é servir como uma barreira física e imunológica aos microrganismos, material estranho e antígenos potenciais consumidos com os alimentos ou formados durante a passagem dos alimentos pelo trato GI (BELTRÁN, 2005). Por ser o sistema que mais está exposto ao meio ambiente, o sistema digestório é o mais sensível a substâncias agressoras. Além disso, tem a capacidade de selecionar os nutrientes necessários para o funcionamento do organismo e impedir a absorção de agressores. Daí a importância da integridade fisiológica e funcional desse sistema (CARREIRO, 2009). A integridade intestinal está relacionada ao equilíbrio das bactérias intestinais e à nutrição saudável dos enterócitos e colonócitos, as células da mucosa intestinal, que são substituídas com grande velocidade para garantir um melhor funcionamento das mesmas. Quando a integridade intestinal está comprometida, a permeabilidade do intestino pode ser alterada e permitir que as bactérias intestinais, os alimentos não digeridos ou as toxinas cruzem a barreira intestinal (MATHAI, 2005). O combustível preferido das células intestinais são os ácidos graxos de cadeias curtas (AGCC) butirato, acetato e propionato, que são formados a partir da fermentação bacteriana de carboidratos e proteínas da dieta, principalmente amido e fibras solúveis, que não foram absorvidos previamente (COPPINI et al, 2004; MATHAI, 2005). Atualmente se reconhece que os AGCC exercem papel fundamental na fisiologia normal do cólon, estimulando a proliferação celular do epitélio, o fluxo sanguíneo visceral e intensificando a absorção de sódio e água, ajudando a reduzir a carga osmótica de carboidrato acumulado (COPPINI et al, 2004).
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Vários outros fatores contribuem para manter a integridade intestinal, entre eles, a microbiota intestinal tem um papel fundamental. Acredita-se que no Cancel
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cólon vivam cerca de 400 espécies de bactérias, e há predomínio, na maior parte dos indivíduos, de 20 delas. Aproximadamente 95-99% são bactérias anaeróbias, e somente 1-5% são aeróbias. A flora microbiana normal do tubo digestivo humano está presente principalmente no cólon, onde há condições favoráveis para sua proliferação devido à ausência de secreções intestinais, peristaltismo lento e abundante suprimento nutricional (ADLERBERTH, 1998; DAVIDISON; CARVALHO, 2008). As bactérias colônicas contribuem para a formação de gases (hidrogênio, dióxido de carbono, nitrogênio e metano) e ácidos orgânicos (ácido acético, propiônico, butírico e láctico). Além disso, continuam a digestão de algumas matérias que resistiram à atividade digestiva prévia. Durante este processo são formados vários nutrientes pela síntese bacteriana, como vitamina K, vitamina B12, tiamina e riboflavina (MATHAI, 2005). Existe um complexo equilíbrio entre os microorganismos que residem no trato GI, conferido pela interação entre: bactérias probióticas, que exercem efeito benéfico ao hospedeiro; bactérias comensais, que compreendem a maior parte das bactérias intestinais; e bactérias patogênicas, presentes em pequenas quantidades quando não há oportunidade de proliferação (DAVIDISON; CARVALHO, 2008). Acredita-se que o tamanho da população de cada espécie seja rigorosamente controlado pela competição pelos nutrientes e espaço. Assim, agentes patogênicos potenciais como a E. coli e outras enterobactérias são mantidas em número moderado e é difícil que se estabeleçam novas bactérias recém-chegadas. Esta função da microflora normal denomina-se resistência à colonização (ADLERBERTH, 1998). Além disso, diariamente a situação de equilíbrio apresentada se encontra em modificação, pois essas bactérias também são eliminadas nas fezes, tornando esse panorama bastante dinâmico. Dessa forma, compreende-se que a colonização do trato GI é temporária (DAVIDISON; CARVALHO, 2008).
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2.1.2 Desenvolvimento da microbiota intestinal Cancel
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No nascimento, o trato GI é essencialmente estéril, e a colonização bacteriana começa durante o parto. Todavia, as práticas obstétricas modernas diminuem de modo considerável a transferência de bactérias da mãe ao recémnascido durante o parto. Pois durante a cesárea não há participação da flora fecal materna e o meio ambiente (hospital) torna-se a fonte inicial de contaminação. Havendo um atraso no estabelecimento das bactérias no intestino do recém-nascido, especialmente lactobacilos e bifidobactérias (ADLERBERTH, 1998). Existe notável diferença entre o desenvolvimento da microflora intestinal de recém-nascidos amamentados ao seio e os que consomem leite artif icial. Na flora das crianças em aleitamento materno há pequena quantidade de espécies bacterianas patogênicas, e grande predomínio das bifidobactérias. Predomínio este justificado pelos fatores imunológicos do leite materno, como IgA secretória, a lisozima, a lactoferrina e os nucleotídeos, que inibem a flora patogênica. E pelo baixo pH intestinal dos bebês amamentados ao seio, que favorece o crescimento das bifidobactérias. (BRANDT; SAMPAIO; MIUKI, 2006). Segundo estudo realizado por Novak et. al. (2001), no colostro humano há ocorrência de uma microbiota significativa, em especial de bactérias produtoras de ácido
lático,
que
provavelmente
funcionam
como
probióticos,
quando
disponibilizados para os bebês nos primeiros dias pós-parto. Carreiro (2008), afirma que em contraste, as crianças que utilizam fórmulas artificiais desenvolvem microbiota mais diversa composta não só de bifidobactérias, como também de bacteróides, enterobactérias, enterococos e clostridium sp. Segundo a mesma autora, estudos mostram que 60 a 91% total da comunidade bacteriana das fezes de recém-nascidos com aleitamento materno, era composta por bifidobactérias, enquanto nas crianças com uso de fórmula láctea essa proporção era de 28 a 75% (média de 50%). O desenvolvimento desta microbiota intestinal é realizado nos primeiros dois anos de vida da criança. A partir deste período, embora a microbiota intestinal permaneça em interação permanente com microorganismos do meio ambiente, sua composição deveria manter-se estável ao longo da vida adulta. Os desequilíbrios deste sistema podem ser observados em situações patológicas, como por ocasião
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de infecções intestinais, uso de antibióticos, tratamento com imunossupressores e desequilíbrios na alimentação. A qualidade desta colonização inicial do intestino Cancel
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pode ter um papel importante no processo de seleção entre os diferentes gêneros bacterianos, trazendo conseqüências para toda a vida (BRANDT; SAMPAIO; MIUKI, 2006).
2.2 RELAÇÃO INTESTINO X IMUNIDADE
A mucosa intestinal é composta por uma superfície de aproximadamente 300m², que constitui a principal interface com o ambiente externo do organismo humano. Essa interface é perfeitamente adaptada para a função primária do intestino, a digestão dos alimentos e a absorção de nutrientes. No entanto, a mucosa intestinal é também um importante local de interação com substâncias estranhas e microorganismos do ambiente externo. Para proteger sua grande área de exposição, o intestino conta com uma enorme barreira composta por 3 linhas de defesa: microflora intestinal, mucosa intestinal e sistema imune entérico (BURLIOUX et al.,2002 ) Como já citado anteriormente, no cólon podemos observar um aumento acentuado da flora bacteriana, na qual coexistem cerca de 400-500 espécies em um volume estimado entre 1010 e 1012 bactérias por grama de conteúdo fecal ou 60% do total de fezes existentes no intestino grosso. Uma única camada de células epiteliais separa todo este extenso volume de bactérias do maior aparato imunológico do nosso corpo, formado por uma grande massa de tecido linfático genericamente descrita como GALT ( gut associated lymphoid tissue). Que produz aproximadamente 60% do total das imunoglobulinas e contém mais de 10^6 linfócitos/g de tecido, a qual inclui as placas de Peyer, folículos linfóides isolados e linfonodos mesentéricos (PINHO, 2001). A primeira linha de defesa do sistema imunológico, ainda na superfície mucosa, é constituída pela imunoglobulina A (IgA). Essa imunoglobulina possui a capacidade de se ligar aos antígenos inalados ou ingeridos, que são substâncias estranhas ao organismo, impedindo-os de serem absorvidos e expondo-os a enzimas na superfície da mucosa, que realizam a clivagem bacteriana e a
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neutralização de microorganismos e toxinas. Esta imunoglobulina também tem um papel importante no desenvolvimento da Tolerância Oral aos Alimentos, transmitindo Cancel
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informações ao sistema imunológico que as substâncias que estão sendo ingeridas não são agressoras a ele, evitando reações contra as mesmas (C ARREIRO, 2008). Antígenos ou substância estranhas que não forem processados pelas IgAs podem penetrar na barreira mucosa aonde o GALT oferece a segunda linha de defesa: Produção de anticorpos, citocinas e recrutamento de todo o sistema imune. Ocorre o início de processo inflamatório no sítio de entrada do antígeno com o bloqueio da entrada de novos antígenos, estimulo a cascata inflamatória e produção de Eros (BURLIOUX et al., 2002). Muitos patógenos já desenvolveram estratégias de ultrapassar a defesa do GALT e penetrar através do intestino hiperpermeável, resultando em alergia, auto-imunidade e complexos imunes inflamatórios. Alguns componentes nutricionais já se mostram úteis em aumentar a atividade do GALT: Arginina, ômega 3, nucleotídios, glutamina por aumentar o fluxo sanguíneo mesentérico, aumentar o volume do GALT ou aumentar o número de linfócitos CD4 (PINHO, 2001). Atuando juntamente ao GALT, temos o MALT (tecido linfóide associado às mucosas), que transporta os antígenos para as células apresentadoras de antígenos, representadas principalmente por células dendríticas (CD). As CDs presentes no trato gastrointestinal exercem um papel importante na iniciação e regulação da resposta imune local. Um pequeno número de CDs está continuamente circulando pelo tecido intestinal. Em resposta a estímulos inflamatórios, elas são rapidamente recrutadas, formando um número adicional de CDs. Além disso, as CDs estabelecem um equilíbrio entre tolerância e imunidade frente a antígenos (BELTRÁN et al., 2005). O epitélio intestinal desempenha um papel de fronteira e barreira imunológica, estabelecendo a interface entre o conteúdo luminal e as células imunológicas. Qualquer perturbação a esta barreira, desencadeada por antígenos dietéticos, microorganismos patogênicos, agentes químicos ou radiações, conduz a um aumento da permeabilidade intestinal e a alterações estruturais no epitélio, as quais podem ocasionar aumento do fluxo de antígenos e provocar diversos tipos de distúrbios (GOMES; MALCATA, 1999).
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2.3 DISBIOSE INTESTINAL
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O acúmulo de maus-tratos com a função intestinal afeta o equilíbrio da flora, fazendo com que as bactérias nocivas ganhem terreno. Está configurada, então, uma situação de risco. Algumas dessas bactérias podem colonizar o intestino delgado, com conseqüências bem sérias: nutrientes são digeridos de forma errada, toxinas se combinam com proteínas, formando peptídeos perigosos. É a chamada disbiose, um distúrbio cada vez mais considerado no diagnostico de varias doenças (PÓVOA, 2002). O termo disbiose foi originalmente cunhado por Metchnikoff para descrever a presença de bactérias patogênicas no intestino. A definição mais recente diz que disbiose é um estado em que a microbiota produz efeitos nocivos via: (1) mudanças qualitativas e quantitativas na própria microbiota intestinal; (2) mudanças na sua atividade metabólica; e (3) mudanças em seus locais de distribuição (HAWRELAK; MYERS, 2004). Segundo Carreiro, Vasconcelos e Ayoub (2009), o termo disbiose sinaliza que um ou mais requisitos para o adequado funcionamento do ecossistema está em falta ou excesso na microbiota intestinal. Tudo inicia no parto. Pois, como já citado anteriormente, crianças nascidas de parto cesáreo tem conteúdo de lactobacilus e bifidobactérias significativamente inferior a crianças nascidas de parto normal. E, além disso, crianças alimentadas com fórmulas infantis apresentam conteúdo de probióticos muito inferior em seu intestino. Somente essas duas características são necessárias para o início do desenvolvimento da disbiose intestinal já no neonato (BRANDT; SAMPAIO; MIUKI, 2006). Podemos desbalancear a microbiota normal com utilização de antibióticos, medicamentos com sulfa, drogas imunossupressoras, anti-inflamatórios, pílulas anticoncepcionais, laxantes, antiácidos criando um desequilíbrio no intestino (CARREIRO; VASCONCELOS; AYOUB, 2009). Outros fatores afetam a microbiota intestinal nos seres humanos adultos. Estes incluem idade, estado imunológico do hospedeiro, pH estomacal, tempo de trânsito intestinal, interações entre os componentes da flora e presença e disponibilidade de material fermentável no intestino. A dieta exerce uma grande
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influência sobre as populações de bactérias do intestino e no seu desenvolvimento (COLLINS, 1999).
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Havendo a disbiose, gera-se destruição da mucosa intestinal, gerando hiperpermeabilidade (passagem de grandes moléculas mal digeridas para o sangue), e assim ocorre a ativação do sistema imunológico (CARVALHO; PERUCHA, 2006). É importante destacar que a disbiose intestinal tem sido associada com diversas patologias, sendo o câncer uma das mais estudadas atualmente. Diversos autores afirmam que as bactérias intestinais patogênicas produzem carcionógenos poderosos, como agente alquilantes e compostos nitrosos. Além disso, metabólitos bacterianos podem possuir atividade genotóxica, mutagênica ou carcinogênica e contribuir ao desenvolvimento de câncer, em um longo período de exposição. É interessante destacar que este longo período de exposição é justamente o que ocorre na disbiose intestinal, uma vez que, na maioria dos casos, esse processo se inicia nos primeiros meses ou anos de vida, surgindo o câncer 30 ou 60 anos depois (DAVIDISON; CARVALHO, 2008).
2.3.1 Importância da alimentação no tratamento e na prevenção da disbiose
Atualmente temos que lidar com excessos de substâncias estranhas ingeridas e inaladas, dessa forma nossa alimentação tem nos causado problemas funcionais. Ao mesmo tempo em que sofremos carência de nutrientes essenciais para o funcionamento de nossas defesas (CARREIRO, 2009). A utilização dos alimentos funcionais auxilia na recuperação do equilíbrio da microbiota intestinal, e cada vez mais, vem sendo alvo de numerosos trabalhos científicos. Os alimentos funcionais que estão relacionados à melhora e à manutenção da microbiota são os probióticos, os prebióticos e os simbióticos (SAAD, 2006). Segundo Lorente e Serra (2001), alimentos funcionais são produtos que não só alimentam, mas podem modular ou agir em determinadas funções do corpo, produzindo um efeito benéfico. Existem ainda outros conceitos sobre alimentos funcionais, tais como:
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In order to print this document from Scribd, you'll first need to download it. O alimento ou ingrediente com alegação de propriedades funcionais e/ou
de saúde e que pode, além de funções nutricionais básicas, quando se Print tratar Cancel de nutriente,Download produzir And efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou benéficos à saúde devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica (ANVISA Resoluções 18 e 19 de 30 de abril, 1999).
Alimentos probióticos e prebióticos modulam positivamente a composição e a atividade da microbiota intestinal, trazendo efeitos benéficos para a saúde, como o restabelecimento do equilíbrio destes microrganismos, estimulando o sistema imune, e com fortes indícios de que inibam a atividade carcinogênica (COPOLA; TURNES, 2004). Atualmente, nas várias definições para o termo probiótico, nota-se uma maior preocupação em se enfatizar a atividade profilática ou mesmo terapêutica desses microrganismos. O termo „probiótico‟, de origem grega, significa „para a vida‟. Assim, probióticos podem ser definidos como sendo microrganismos vivos que, se administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Dentre os diversos gêneros que integram este grupo, destacam-se o Bifidobacterium e o Lactobacillus (SEQUEIRA; RIBEIRO; GOMES, 2008; GOMES;
MALCATA, 1999). O gênero bifidobactéria é o maior grupo de bactérias no cólon, o qual constitui mais de 25% do total da população intestinal adulta. Promove efeitos benéficos ao hospedeiro, tais como: fermentação de substratos, resultando na produção dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC); redução do pH, que exerce ação bactericida; diminuição dos níveis séricos de amônia pela fermentação de proteínas; participação na produção de vitaminas do complexo B e influência na resposta imune (BLAUT, 2002) . Probióticos quando são adicionados a certos alimentos, por diferentes mecanismos são eficazes na prevenção e tratamento de algumas doenças como a diarréia causada por rotavirus, Clostridium difficile ou induzido pelo uso de antibióticos e colite alérgica. Além disso, muitos dados sugerem sua possível utilidade em outros processos como a doença inflamatória intestinal, a enterocolite necrosante, hipercolesterolemia, vaginite, ou o risco de carcinogênese (LORENTE; SERRA, 2001).
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Segundo Coppola e Turnes (2004), as informações geradas ao longo dos últimos anos indicam que vários probióticos têm, além de sua atividade como Cancel
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promotores de crescimento e reguladores da microbiota das mucosas, efeito imunomodulador, embora a forma de ação seja pouco conhecida. O termo prebiótico é utilizado para designar ingredientes alimentares não digeríveis que beneficiam o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de um número limitado de espécies bacterianas no cólon, sendo capaz de alterar a microbiota colônica para uma microbiota bacteriana saudável. Para isso, estimulam o crescimento de bifidobactérias e lactobacilos, modificando favoravelmente a composição da microbiota intestinal e/ou estimulando a atividade metabólica destas bactérias. A maioria dos dados da literatura científica sobre efeitos prebióticos relaciona-se aos fruto-oligossacarídeos (COLLI, 2005; SAAD, 2006). Os frutooligossacarídeos (FOS) ou oligofrutoses são oligossacarídeos resistentes, isto é, carboidratos complexos de configuração molecular que os tornam resistentes à ação hidrolítica da enzima salivar e intestinal, atingindo intactos o cólon. O FOS desempenha diversas funções fisiológicas no organismo, como a alteração do trânsito intestinal, promovendo: redução de metabólitos tóxicos; prevenção de câncer de cólon; redução do colesterol plasmático e da hipertrigliceridemia; melhora da biodisponibilidade de minerais, além de contribuir para o aumento da concentração das bifidobactérias no cólon (WATZL; GIRRBACH; ROLLER, 2005). Frutooligossacarídeos (FOS) são oligossacarídeos de ocorrência natural em, principalmente, produtos de origem vegetal. Esses oligossacarídeos podem ser encontrados em uma grande variedade de plantas (mais de 36 mil), mas principalmente em alcachofras, aspargos, beterraba, chicória, banana, alho, cebola, trigo, tomate. Também podem ser encontrados no mel e açúcar mascavo, e em tubérculos, como o yacon (PASSOS; PARK, 2003). Dessa forma, quando se melhora a função intestinal, há uma melhora generalizada das funções do organismo. Viver mais e melhor será possível quando a postura diante dos alimentos for mudada, prestando mais atenção no que se passa com o órgão maior de absorção (PÓVOA, 2002) .
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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS Cancel
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3.1 TIPO DE ESTUDO
Este estudo classifica-se como do tipo descritivo, com abordagem quantitativa, e de corte transversal. Segundo a classificação de Appolinário (2006), o estudo descritivo limita-se a descrever o fenômeno observado, sem inferir relação de causalidade entre as variáveis. A forma de corte transversal acontece quando o pesquisador coleta os dados do experimento num único instante de tempo, obtendo um recorte momentâneo do fenômeno investigado. E a forma de abordagem quantitativa prevê a mensuração de variáveis predeterminadas e a análise matemática/estatística desses dados.
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população do estudo diz respeito a estudantes do curso de Nutrição, da Universidade do Extremo Sul Catarinense. O curso foi escolhido pela acessibilidade aos elementos da população, e a amostra foi selecionada de forma probabilística sistemática. De acordo com a secretaria do curso selecionado, durante a formulação do projeto de pesquisa existiam 164 alunos matriculados. Para calcular a amostra, foi utilizada a fórmula de amostragem sistemática descrita abaixo por Barbetta (2004 p.45).
no = 1 / Eo² n = N . no / N + no Sendo: N – tamanho (número de elementos) da população; n – tamanho (número de elementos) da amostra; no – uma primeira aproximação do tamanho da amostra; Eo² – erro amostral tolerável.
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A demonstração do cálculo da amostra descreve-se abaixo, considerando uma população de 164 acadêmicos, de ambos os sexos, matriculados no curso. No = 1 / Cancel
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0,05² (onde 0,05 é o percentual de tolerância do erro da amostra).
No = 400 n = N. no / N + no n = 164. 400 / 164+400 n = 116 participantes
3.2.1 Critérios de inclusão
Foram incluídos na pesquisa todos os acadêmicos matriculados no curso no ano de 2009, exceto os alunos egressos do segundo semestre do mesmo ano, selecionadas pela pesquisadora de forma sistemática, que concordaram em preencher o questionário, e que consentiram sua participação na pesquisa.
3.2.2 Critérios de exclusão
Foram excluídos todos aqueles alunos que não consentiram sua participação na pesquisa.
3.3 INSTRUMENTOS
No presente estudo foi aplicado aos participantes o Questionário de Rastreamento Metabólico (QRM), voltado à análise de sinais e sintomas de Disbiose Intestinal, com o intuito de caracterizar a prevalência dos mesmos. O QRM é validado pelo Centro Brasileiro de Nutrição Funcional (Anexo 1), e é dividido em 14 blocos referentes a pontos de importância do organismo e avalia cada sintoma baseado em seu perfil de saúde. Possui uma pontuação mínima total de 20 pontos para diagnosticar o paciente, sendo que deve ser dada máxima importância a pontuação por blocos. A disbiose intestinal é avaliada através da pontuação dada pelo participante aos sintomas que estão relacionados no QRM: náuseas/vômitos,
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diarréia, constipação/prisão de ventre, inchado/abdômen distendido, gases intestinais/eructações, azia, dor estomacal/intestinal. Que constituem a seção Cancel
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voltada ao trato GI. Para cada sinal/sintoma pontuou-se 00 (nunca, ou quase nunca teve o sintoma), 01 (ocasionalmente teve, efeito não foi severo), 02 (ocasionalmente teve, efeito foi severo), 03 (freqüentemente teve, efeito não foi severo) ou 04 (freqüentemente teve, efeito foi severo). Segundo a análise proposta pelo QRM, pontuações iguais ou acima de 10 pontos em uma das seções do questionário indicam hipersensibilidade alimentar ou ambiental.
3.4 COLETA DE DADOS Foi encaminhado ao departamento do curso selecionado um documento requerendo a autorização para realizar a coleta de dados durante o período de aula dos acadêmicos. Os mesmo foram devidamente esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa, e também foi solicitada por escrito a autorização da pesquisa. A coleta de dados ocorreu durante os meses de fevereiro e março, e foi realizada pela própria pesquisadora por meio de entrega do questionário citado (anexo 1).
3.4.1 Análise dos dados Os resultados foram tabulados em planilhas no programa Excel e estão apresentados em gráficos. 3.5 ASPECTOS ÉTICOS Os participantes foram informados a respeito de todos os aspectos da pesquisa e após foram convidados a participar voluntariamente do estudo pela pesquisadora. A pessoa que aceitou participar foi, então, convidada a assinar o TCLE (anexo 2) e, depois disso, foi iniciada a coleta dos dados. O projeto de pesquisa foi devidamente submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa desta Universidade, de acordo a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde – CNS.
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4 RESULTADOS
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A coleta de dados desta pesquisa foiAnd realizada no período de fevereiro a Cancel Download Print março de 2010. Após verificação do número de acadêmicos matriculados no curso de Nutrição e cálculo da amostra, o número total de acadêmicos participantes desta pesquisa foi de 116, sendo 100% dos participantes desta pesquisa eram do sexo feminino. Ao avaliarmos a pontuação do item náusea/vômito presente no QRM, observamos maior prevalência de pontuação 00 (53,4%), equivalente a 62 participantes que assinalaram este item. Seguido pela pontuação 01 (31%), equivalente a 36 participantes, pontuação 03 (8,62%), equivalente a 10 participantes, pontuação 02 (6,89%), equivalente a 8 participantes e pontuação 04 (0%). Gráfico 1: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma náusea/ vômito
Fonte: Dados do pesquisador (100% = 116)
Quanto à pontuação do item diarréia, percebe-se prevalência da pontuação 01 (50%), equivalente a 58 participantes. Seguido pela pontuação 00 (43,9%) equivalente a 51 participantes, pontuação 03 (3,4%) equivalente a 4 participantes, pontuação 02 (2,5%) equivalente a 3 participantes e pontuação 04 (0%).
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Gráfico 2: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma diarréia
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Fonte: Dados do pesquisador (100% = 116)
No que se refere ao item constipação, observa-se prevalência de pontuação 00 (35%), equivalente a 41 participantes. Seguido pela pontuação 01 (33,6%) equivalente a 39 participantes, pontuação 03 (19,8%) equivalente a 23 participantes, pontuação 04 (7,7%) equivalente a 9 participantes e pontuação 02 (3,4%) equivalente a 4 participantes. Gráfico 3: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma constipação
Fonte: Dados do pesquisador (100% = 116)
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Quando questionados sobre o item inchaço e distensão abdominal houve prevalência de pontuação 01 (37%) equivalente a 43 participantes. Seguido pela Cancel
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pontuação 00 (25%) equivalente a 29 participantes, pontuação 03 (19,8%) equivalente a 23 participantes, pontuação 02 (12%) equivalente a 14 participantes e pontuação 04 (6%) equivalente a 7 participantes. Gráfico 4: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma inchaço/ distensão abdominal
Fonte: Dados do pesquisador (100% = 116)
53,4% dos participantes assinalaram a pontuação 01 para o item arrotos e gases intestinais, equivalente a 62 pessoas. Seguido de 21,5% para a pontuação 00 equivalente a 25 pessoas, 14,6% para a pontuação 03 equivalente a 17 pessoas, 6% para a pontuação 04 equivalente a 7 pessoas e 4,3% para a pontuação 02 equivalente a 5 pessoas.
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Gráfico 5: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma arrotos/ gases intestinais Cancel
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Fonte: Dados do pesquisador (100% = 116)
A pontuação mais apontada para o item azia foi 00 (55,1%) equivalente a 64 participantes. Seguido da pontuação 01 (25,8%) equivalente a 30 participantes, pontuação 03 (11,2%) equivalente a 13 participantes, pontuação 02 (4,3%) equivalente a 5 participantes e pontuação 04 (3,4%) equivalente a 4 participantes. Gráfico 6: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma azia
Fonte: Dados do pesquisador (100% = 116)
38,7% dos participantes apontaram a pontuação 01 para o item dor estomacal/intestinal equivalente a 45 pessoas. Seguido de 27,5% para a pontuação
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00 equivalente a 32 participantes, 18,9% para a pontuação 03 equivalente a 22 participantes, 7,7% para a pontuação 02 equivalente a 9 participantes e 6,8% para a Cancel
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pontuação 04 equivalente a 8 participantes.
Gráfico 7: Distribuição da amostra em relação a pontuação apresentada para o sinal/ sintoma dor estomacal/intestinal
Fonte: Dados do pesquisador (100% = 116)
O sintoma mais apontado pelos participantes foi inchaço/ distensão abdominal, com um somatório de pontuação de 168. Seguido por dor estomacal com um somatório de 162 pontos, constipação/ prisão de ventre com 152 pontos, arrotos de gases com 151 pontos, azia com 94 pontos, náuseas e vômito com 81 pontos e diarréia com 76 pontos.
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Gráfico 8: Pontuação dos sintomas Cancel
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Fonte: Dados do pesquisador
Segundo o Questionário de Rastreamento Metabólico, sempre que houver 10 ou mais pontos em uma seção do mesmo, é indicativo de hipersensibilidades alimentares e/ou ambientais. Dentre os participantes 31% do total apresentaram pontuação maior ou igual a 10. Gráfico 9: Percentual de pontuação
Fonte: Dados do pesquisador
Da mesma forma deve- se observar a quantidade de pontuação “04” assinalados, pois isto também pode ser um indicativo de hipersensibilidade alimentar e/ou ambiental. Para o item constipação/prisão de ventre foi assinalada 9 vezes a
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pontuação “04”, seguido do item dor estomacal com 8 pontuações “04”, inchaço/distensão abdominal com 7 pontuações “04”, arrotos e gases intestinais Cancel
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também com 7 pontuações “04” e azia com 4 pontuações “04”.
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5 DISCUSSÃO
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Este estudo demonstrou que para o sintoma náusea/vômito 8,6% dos participantes assinalaram pontuação 03, que significa o aparecimento freqüente do sintoma, sem efeito severo e 53,4% dos participantes assinalaram pontuação 00, que caracteriza que nunca, ou quase nunca tiveram este sintoma. Este resultado pode ser comparado com os resultados encontrados por Oliveira et al, 2006, que mostram que 25% de sua população analisada (n = 3934 , ≥ 20 anos) relatou o aparecimento de náuseas uma vez por mês ou mais, por ano, e 19% relatou o aparecimento de vômito nesta mesma freqüência. Martins et al, 2009, demonstrou em seu estudo que ao analisar 908 prontuários de pacientes com média de idade de 39,48 anos (desvio padrão de 13,54 anos), sendo 43,61% do sexo feminino, 5,18% dos participantes queixaram-se de diarréia. Dados que podem ser comparados com os obtidos neste estudo, já que 3,4% da população estudada apontaram pontuação 03 para diarréia. 19,8% dos participantes apontaram pontuação 03 para o sintoma constipação, e 35% assinalou pontuação 00 para o mesmo item. Estes dados podem ser comparados com os dados de Sartilho et al (2009). Que em seu estudo entrevistou um grupo de 35 mulheres com idades entre 15 e 73 anos, e os resultados mostraram que a prevalência de constipação intestinal entre as entrevistadas foi de 34,2%. Oliveira et al (2006), avaliou a prevalência de constipação intestinal em mãe de adolescentes matriculados em escolas de São José dos Campos, SP. 322 mulheres foram entrevistadas, e 27,3% tinham constipação. Segundo Santos (2005), a constipação intestinal crônica e a síndrome do cólon irritável são duas doenças comuns e das mais freqüentes vistas nos consultórios médicos, principalmente atingindo a população feminina. No que se refere ao item inchaço e distensão abdominal, 19,8% dos participantes assinalaram pontuação 03. Resultado que pode ser comparado ao de Sartilho et al (2009). Que obteve prevalência de 57,1% para inchaço relacionado à constipação. Segundo Santos, 2005, inchaço ou sensação de distensão abdominal é um dos elementos essenciais para o diagnóstico da síndrome do cólon irritável. Para o item arrotos/ gases intestinais 14,6% dos participantes apontaram
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Pontuação 03. Segundo Silva et al, 2008 um dos efeitos adversos do consumo exagerado de fibras é a flatulência. Davidson et al, 1998 em seu estudo observou Cancel
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aparição de flatulência em indivíduos que consumiram dietas contendo 18g por dia de FOS. Quando questionados sobre azia (pirose), 11,2% dos participantes deste estudo assinalaram pontuação 03. No estudo de Moraes et al, 2005 foram analisados 13.959 indivíduos, com idade média de 36,9 para homens (± 15,0) e 39,6 para mulheres (± 15,1) Azia uma vez por semana esteve presente em 4,6% dos .
participantes (637 indivíduos). Já no estudo de Nader et al, 2003, das 1.263 pessoas entrevistadas, todas com mais de 20 anos, encontraram-se taxas de prevalências de pirose de 48,2%, 32,2% e 18,2% para o último ano, mês e semana, respectivamente. E todas as formas do desfecho pirose estavam associadas com o sexo feminino, de maneira estatisticamente significativa. Neste estudo 18,9% dos participantes assinalaram pontuação 03 para dor estomacal/intestinal. Segundo Souza et al, 2008, dor abdominal é uma das principais indicações para endoscopia digestiva alta na prática pediátrica, e em seu estudo foram avaliados 21 pacientes, com idade entre 1 e 15 anos. Destes, 24% apresentaram dor abdominal.
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6 CONCLUSÃO
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A disbiose é umCancel problemaDownload sério, conseqüente dos hábitos mantidos nos And Print dias atuais. E pode ser relacionada com algumas patologias, como o aumento da permeabilidade intestinal, a síndrome do intestino irritável em que o desequilíbrio da flora intestinal chega ao ponto de impedir as funções normais do cólon, e principalmente o câncer. Os sintomas relacionados ao trato digestivo representam uma das queixas mais comuns na prática clínica diária. Confirmando esta realidade foi constatado em nossa pesquisa que 31% dos participantes apresentaram pontuação relevante de acordo com o QRM. Ou seja, obtiveram mais que 10 pontos no bloco relacionado ao trato GI. Os dados levantados nessa pesquisa conferem na sua maioria com os dados demonstrados pela literatura. O sintoma mais pontuado foi inchaço e distensão abdominal, que foi assinalado por 75% dos participantes, desses 6% assinalou pontuação máxima (04). O sintoma que mais obteve pontuação máxima (04) foi constipação/ prisão de ventre, já que 7,7% dos participantes à assinalaram. Evidências têm demonstrado que os alimentos probióticos e prebióticos modulam positivamente a composição e a atividade da microbiota intestinal, com conseqüentes efeitos benéficos sobre a saúde. A dieta constitui, portanto, um dos aspectos essenciais que regula as espécies e a concentração da microbiota entérica, além de influenciar a atividade metabólica destes microrganismos. Os resultados obtidos nesta pesquisa, além de retratarem a prevalência de sintomas relacionados à disbiose intestinal, servem como alerta para a população estudada, que em sua maioria serão profissionais nutricionistas. Pois ressalta a importância do acompanhamento nutricional e de uma criteriosa avaliação de sinais e sintomas, para, dessa forma, agirmos promovendo saúde. Vale ressaltar, com base na revisão bibliográfica elaborada para este trabalho, que o intestino é um dos melhores indicadores com que se pode contar para avaliar a saúde de um indivíduo. Cuidando melhor do sistema GI, melhora-se o sistema imunológico e conseqüentemente, vive-se com mais disposição.
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REFERÊNCIAS
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ANEXO 1
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