PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO Psicologia Aplicada à Administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações tem como proposta repensar a organização a partir da Psicologia resgatando a pessoa humana e a sua capacidade de vir a ser livre, de ser sujeito num mundo onde predominam as regras, as normas e as coerções, especialmente as psicológicas. Desenvolvi uma reflexão crítica, apoiando-me na eoria !rítica e na "tica Discursiva de #$rgen %a&ermas e na eoria do Desenvolvimento do Pensamento de #ean Piaget. ' aluno, como su(eito do seu processo de aprendizagem, ) colocado no centro da pro&lematização da teoria e da pr*tica. Parto do pressuposto de +ue ele, o aluno, tem a competncia de vir a ser livre e de con+uistar sua autonomia humana, desenvolver sua competncia reflexiva, formar sua conscincia crítica e conscincia moral &uscando a cidadania e os valores )ticos. nfim, desenvolver o Eu-sujeito no decorrer de seu processo de aprendizagem. stes são desafios +ue se colocam para o aluno e tam&)m para o professor como co-respons*vel nesta caminhada da &usca da cidadania, pois os professores são a+ueles e a+uelas compromissados com valores )ticos +ue exigem deles competncia e responsa&ilidade social como atores criadores das condições para o outro vir a ser sujeito oi comprometida com estes pressupostos +ue introduzi os capítulos !lo"alização: dimensão psicossociol#gica e a questão ética e $uscando um novo paradigma de pensamento: o pensamento comple%o /o primeiro capítulo, desta nova edição retomo as +uestões da modernidade e da modernização colocadas a partir da glo&alização, a+ui entendida como um processo de modernização sem controle, +ue rompe com as &ases institucionais da sociedade. " um processo +ue gera riscos, incertezas e provoca efeitos colaterais contraditórios e imprevisíveis nas diversas dimensões da vida das pessoas e da sociedade. sta modernização, tam&)m conceituada por 0iddens e 1ec2 como modernização reflexiva, tem como característica principal a reflexividade intensiva, isto ), o intenso e maciço processo de informações a +ue as pessoas, em 34
todas as esferas da sociedade, estão su&metidas, levando-as a a&andonar valores morais e )ticos, crenças, h*&itos e costumes de forma inconsciente. " um processo de modernização +ue pode ter como conse+$ncia o auto-confronto e a autodestruição da sociedade, uma vez +ue as &ases institucionais os valores e )ticos foram a&olidos. /a sociedade de risco, com a +ue&ra das &ases institucionais, com a destruição da tradição, dos princípios morais e da )tica nas relações individuais e institucionais, as pessoas estão expostas a riscos e são facilmente envolvidas e destruídas pelas ciladas do processo de glo&alização. 5 destradicionalização da sociedade, proposta por 0iddens, e a reflexividade social
intensiva, proposta por 1ec2, são caminhos para a construção da nova modernidade +ue, em conse+$ncia do dinamismo da glo&alização, dever* estar permanentemente num processo de construção. " a 6modernidade inaca&ada7 de %a&ermas. /a destradicionalização o indivíduo repensa valores, crenças e h*&itos de forma consciente e assume com responsa&ilidade as conse+$ncias das suas decisões tanto no plano individual +uanto no social8 na reflexividade social intensiva ele atua na criação de espaço p9&lico para o de&ate das +uestões +ue envolvem o re-ordenamento da vida social, +uestões como a po&reza, o desemprego, a violncia, a corrupção, a educação, entre outras. " su(eito e ator na construção da nova modernidade tanto no processo de destradicionalização +uanto no processo de reflexividade social intensiva8 ) o reconhecimento da individualidade e da exigncia do ser su(eito. 5 discussão da glo&alização, en+uanto processo complexo +ue integra diferentes dimensões, tem como o&(etivo criar condições para a compreensão de suas implicações para os indivíduos, para as organizações e para a sociedade, &em como para compreender os desafios por ela colocados. /o segundo capítulo enfoco a &usca da compreensão da realidade complexa, por outro lado, exige uma aprendizagem de reflexão +ue não pode ter o paradigma do pensamento simples como &ase. :ivemos num mundo +ue a cada dia se torna mais complexo e aprendemos a pens*-lo a partir do paradigma da simplicidade, do reducionismo. " necess*rio aprendermos a pensar a realidade complexa, pois o mundo glo&alizado ) complexo, predominando as incertezas, os riscos e as mudanças r*pidas. /o terceiro capítulo são colocados, a partir da eoria !rítica e da eoria da "tica Discursiva de %a&ermas, os fundamentos para o repensar a Psicologia e sua aplicação na esfera das organizações e o processo de glo&alização e de modernização reflexiva. 's conceitos ai discutidos são retomados em diferentes capítulos. /o capítulo +uarto a 5dministração ) analisada considerando-se o seu comprometimento ideológico, e os seus pressupostos acerca da natureza humana são pro&lematizados. /o capítulo +uinto a Psicologia, como cincia aplicada ; 5dministração, ) o&(eto de an*lise. ' seu compromisso )tico ) colocado em discussão. /os capítulos seguintes são discutidas as principais teorias psicológicas e amplamente pro&lematizada sua aplicação ao contexto organizacional. 33
5s +uestões e exercícios, cruzando teorias, pro&lematizando sua aplicação pr*tica e suas conse+$ncias, (untamente com a &usca pelo aluno de alternativas de ação coerentes com o compromisso )tico, fazem parte da pedagogia compromissada com a formação do Eu-sujeito& proposta pela autora.
aprimora-lo. 5o professor 5lfredo Di& 5&dul /our o meu reconhecimento pelo sua participação na discussão dos conceitos &*sicos referentes ; glo&alização e na cola&oração da redação do capitulo 3. = professora >?nica >aria >artins de @ouza o meu reconhecimento pelo seu competente tra&alho de revisão t)cnica desta edição e o meu muito o&rigada pela sua presença amiga no *rduo tra&alho de revisão. 5gradeço tam&)m ; Priscilia 0eraldo, minha secret*ria, +ue participou das minhas dificuldades não medindo sacrifícios para a(udar-me transpo-las. /ão posso deixar de mencionar a presença de Armã Percilia 5guiar @sp. a +uem agradeço por seu tra&alho de revisão e a sua 6torcida7 (unto ao meu 5n(o da 0uarda para +ue eu pudesse chegar ao fim deste tra&alho. A Autora @ão Paulo, fevereiro de 3BBB 3C
PREFÁCIO ste livro tem como proposta fundamental a reflexão critica da 5dministração na era da modernidade, tendo como o&(eto a Psicologia aplicada * 5dministração. ntendendo-se por era da modernidade a+uelas sociedades contemporneas +ue admitem a institucionalização e a autonomização de esferas Emundo culturalF +ue tm como função central a reflexão critica e o +uestionamento permanente, por parte de todos os mem&ros da sociedade, dos processos de transformação como um todo e das instituições societ*rias Estado, economia, igre(a, escola etc.F. /a modernidade, o culto da razão comunicativa no interior do mundo vivido, como conceituado por %a&ermas Ecalcada no di*logo da argumentação em contextos interativos e livres de coaçãoF, passa a ser uma das suas caraterísticas essenciais. 5 razão comunicativa pressupõe, como essencial, a fundamentação dos indivíduos +ue nela se enga(am na (ustiça, na verdade e veracidade. ' mundo vivido seria, desta forma, esfera da sociedade onde a experincia comum de todos os atores se desenrola por meio da língua, das tradições e da cultura partilhada por eles. Portanto, parte da vida social onde se reflete o ó&vio, do +ue sempre foi in+uestionado. ' seu reconhecimento ) uma característica da modernidade. G pela ação comunicativa, calcada na razão comunicativa, +ue o +uestionamento dessas certezas, do +ue sempre foi tomado como 6dado7, como verdades 6a priori7 esta&elecidas, passa a ser desenvolvido. /a modernidade, com a diferenciação entre mundo do sistema e mundo vivido, as suas contradições e patologias são expressadas. ' mundo do sistema ) a esfera da sociedade +ue se constitui pelo stado EpoderF e pela conomia EdinheiroF. /esta esfera da sociedade, a razão instrumental calcada na consecução de fins Eefic*cia, dominação da natureza e dos indivíduosF transforma os indivíduos e a natureza em meios e os usa dominando-os. G a racionalidade instrumental +ue rege as ações. /esta esfera da sociedade, regida pela racionalidade instrumental, as ações são tam&)m instrumentais e expulsam a razão comunicativa
impedindo a ação comunicativa, a argumentação de todos a+ueles +ue serão atingidos pelas ações instrumentais. /esta esfera, predominam as decisões t)cnicas, a racionalização, o autoritarismo, a dominação. " a esfera da modernização e não da modernidade +ue, para %a&ermas, se situa no mundo vivido, na esfera cultural. Portanto, modernização e modernidade não podem ser contraditórias e impeditivas. ' +ue se d* na sociedade contempornea ) a colonização, a influncia da modernização, regida pela razão instrumental, na modernidade cultural. 4H
" neste aspecto +ue a reflexão critica da Psicologia aplicada ; 5dministração se propõe a vir a ser o&(eto do processo discursivo, dialógico, regido pela razão comunicativa. /este sentido, espera-se, a+ui, esta&elecer um processo dialógico emancipatório acerca dos mecanismos e instrumentos da *rea de Iecursos %umanos, tais como a mudança de cultura, os processos de padronização de valores, a su&stituição de necessidades individuais pelas necessidades da organização, a falsificação da conscincia Ecomo mecanismo de defesa e ao mesmo tempo de adesão aos o&(etivos e valores da organização, numa suposta auto-realizaçãoF, os mecanismos e instrumentos de condicionamento externo pela adoção de recompensas e punições, o treinamento e a avaliação de desempenho, entre outros. m outras palavras, esperamos estar 6conversando7 com os leitores, assim como esperamos o&ter uma 6resposta7, resultado de uma auto-reflexão, num processo dialógico argumentativo, onde, em um primeiro momento, poderíamos dizer +ue a razão discursiva seria 6o discursoJ interno da alma consigo própria7, como nos diz Platão. " uma proposta de &uscarmos (untos, num dos nichos de li&erdade do mundo vivido, a Kniversidade, a scola, uma relação dialógica, um processo argumentativo e de aprendizagem individual e coletiva +ue nos permita reverter o processo de racionalização da modernização e encontrar a modernidade cultural. >odernidade essa, comprometida com a captura do fen?meno histórico, +ue est* situada no tempo e no espaço8 +ue confirma a razão, en+uanto razão comunicativa Eretira o individuo do seu isolamento social, situa-o no contexto social, mas nega a sua transformação em homem organizacional, em produto da sociedade, reafirmando o individuo como ser 9nico dentro de um contexto interativoF8 +ue resgata a id)ia de perfecta&ilidade humana, individual e social, pelos mecanismos de descentração societ*ria e pelos processos de aprendizagem coletiva Elógica e moral individualF8 +ue defende a li&erdade e emancipação negociada de cada um, no todo societ*rio, e esta&elece níveis de ação comunicativa, cotidiana e discursiva. /a leitura de reitag h* uma proposta de teoria da modernidade voltada para a pr*tica, cu(a luta traz a característica pacífica, calcada no processo argumentativo e em &usca da concretização dos valores +ue em&asam a "tica Discursiva em todos os campos e em todos os níveis da sociedade. " uma modernidade +ue traz, no &o(o do seu próprio processo, a facilitação dos processos de auto-esclarecimento de su(eitos e grupos em
&usca de orientações para as suas ações. !omo %a&ermas, conclui, 6esta teoria da modernidade precisa ser continuada e não apenas no sistema das cincias, mas na formação discursiva das vontades e auto-reflexão da+ueles +ue &uscam orientação para suas ações7. ste livro tem em&utida, em cada capitulo, a proposta da formação discursiva das vontades e da auto-reflexão dos futuros profissionais +ue atuarão nas organizações. " uma proposta de utopia e de esperança. odia nas discussões teóricas, na pes+uisa &i&liogr*fica e nas sugestões e +uestionamentos +ue nos permitam vivenciar, no concreto, a relação dialógica, o discurso. 4L
aria Arene, cola&oradora indispens*vel para +ue eu pudesse concretizar a pu&licação independente deste livro. De forma muito carinhosa expresso meu profundo agradecimento a Dirce Kmisedo +ue, al)m de transformar os meus rascunhos em um pr)-livro, deu-me o seu calor humano. 5 todos, agradeço a parte de suas vidas +ue a+ui dedicaram. 5ssumindo, entretanto, integralmente, a responsa&ilidade pelas id)ias por mim desenvolvidas a partir de minhas vivncias e das leituras de autores como #$rgen %a&ermas, 1ar&ara reitag, l*vio 1eno @ie&eneichier, @)rgio Paulo Iouanet, homas >c!arthN, >ax Pag)s e outros. A Autora @ão Paulo, fevereiro de 4OO3. 4O
1.A GLOBALIZAÇÃO: DIMENSÃO PSICOSSOCIOLÓGICA E A QUESTÃO ÉTICA 5o terminar a leitura deste capítulo, voc dever* ser capaz de 4. !ompreender o processo de glo&alização e sua complexidade 3. !ompreender as conse+$ncias e as contradições do processo de glo&alização. C. !ompreender as +uestões )ticas colocadas pelo processo de glo&alização.
Q. !ompreender a sociedade de risco R. !ompreender os conceitos de modernidade e modernização. S. !ompreender modernização reflexiva e modernização simples. 5 glo&alização como um processo não pode ser reduzida ; dimensão econ?mica. 0lo&alização 'signi(ica a e%peri)ncia cotidiana da ação sem (ronteiras nas dimensões da economia& da in(ormação& da ecologia& da técnica& dos con(litos transculturais e da sociedade civil* E1ec2, 4OOO QSF. 5ssim entendida a glo&alização transforma o cotidiano das nações, das organizações e das pessoas. /ão h* como negar a sua realidade &em como a sua força e violncia en+uanto processo gerador de mudanças o inesperado, o incerto e a ausncia de controle e limites fazem dela, a glo&alização, uma geradora permanente de incertezas e de riscos. /a glo&alização, como acentua 1ec2 E4OOOF, dinheiro, tecnologia, mercadorias, informações, &em como as pessoas ultrapassam as fronteiras como se elas não existissem. 5 separação dos continentes e das nações torna-se, assim uma +uestão de aparncia. 5 dim!"#$ %$!&mi%' /a esfera econ?mica, +uantias incontrol*veis de dinheiro mudam em segundos de um país para o outro, provocando insta&ilidade econ?mica de dimensão (amais imaginada. 5s +uedas repentinas e &ruscas das &olsas de valores ocorridas em v*rios países e centros econ?micos muitas das vezes provocadas por percepções econ?micas, políticas ou sociais, nem sempre fundamentadas, são ingredientes explosivos deste processo. 5 transferncia de 3R
negócios de um país para o outro, sem nenhum impedimento legal, tem sido uma pr*tica comum a nível nacional, conhecido como 6guerra fiscal7. 5s empresas a&andonam países eTou regiões nacionais instalando-se onde lhes são concedidos maiores &enefícios fiscais e financeiros aliado ; existncia de mão de o&ra mais &arata. /esta guerra desleal o stado-nação passa a financiar empresas multinacionais eTou grupos econ?micos. 5 aplicação do dinheiro do contri&uinte ) desvirtuada. ' chamado capital especulativo, +ue entra e sai dos países sem ao menos ter perdido a sua natureza virtual, se soma ; contur&ação econ?mica glo&alizada e o mercado, por sua vez, continua sofrendo impactos e se modificando a partir das fusões e megafusões como a 5'M e A> Uarner, maior negócio da história econ?mica mundial, considerada pela mídia como a inauguração na internet de uma nova era do capitalismo. 5s privatizações, por outro lado, não perderam a sua força, especialmente
nas *reas financeiras e prestação de serviços. Dimensão ecológica /o mundo glo&alizado, as conse+$ncias do r*pido avanço tecnológico criou uma ameaça am&iental at) então não vivenciada pela humanidade, criada pelo próprio desenvolvimento tecnológico, portanto criado pela ação humana. stas ameaças geram incertezas denominadas por 0iddens como incerteza artificial. Por outro lado, o cen*rio de reflexividade social intensiva, cu(a característica principal ) a disseminação da informação, tornou esta ameaça am&iental um fato internacional e de acesso indiscriminado a todas as pessoas nas diferentes partes do mundo. sta informação generalizada mo&ilizou a criação de organizações de defesa am&iental e de protestos. Dimensão t)cnica /a esfera da tecnologia o desenvolvimento se d* de forma e rapidez (amais alcançadas diferentes *reas são atingidas pelo surgimento de novas tecnologias, tendo como marco de radicalização de mudança a tecnologia da informação +ue provocou uma profunda revolução no cen*rio do mundo, na esfera social, econ?mica, industrial e política, &em como na vida das pessoas. ecnologia e controv)rsias 5 ro&ótica permite a rapidez, a +ualidade e a exatidão, trazendo contri&uições importantes aos v*rios campos e setores como industrial, pes+uisas espaciais e medicina, entre outros. 5 tecnologia da informação ) colocada ao alcance de todos, independendo de onde se encontram. o fen?meno da mundialização da informação. Por outro lado, tanto a ro&ótica +uanto a tecnologia da informação apresentam seu lado controverso. 5 ro&ótica ) respons*vel pelo desemprego artificial ou se(a, o desemprego criado pelo avanço tecnológico. 5s exigncias de competitividade, 3S
envolvendo a melhoria da +ualidade, custos e produtividade, são, em grande parte, fatores +ue levam ; su&stituição do tra&alho humano pela ro&ótica. " certo +ue apesar da dr*stica redução de postos de tra&alho, tanto a ro&otização +uanto a informatização criou novos postos de tra&aiho. odavia ) importante ter presente +ue estes postos de tra&alho impõem +ualificação profissional cu(as exigncias de conhecimento nem sempre podem ser alcançadas pelas pessoas. ntre o n9mero de desempregados encontra-se um alto percentual de profissionais des+ualificados, ou se(a, pessoas +ue não possuem os conhecimentos necess*rios ; realização das tarefas +ue integram os novos postos de tra&alho.
5 tecnologia dos alimentos ) outra *rea +ue tem trazido controv)rsias +uanto ;s suas implicações e conse+$ncias. %* estudos +ue colocam so& suspeita os alimentos transgnicos imputando a eles efeitos negativos ; sa9de humana. sta discussão tem atingido níveis de verdadeira guerra entre cientistas e grupos econ?micos. /o 1rasil, a empresa norte americana >onsanto ) uma das protagonistas e &riga pelo cultivo da so(a transgnica. ' duelo entre ela e os cientistas &rasileiros mais se assemelha ao duelo +ue foi travado entre David e 0olias. " o poder econ?mico com sua força se so&repondo ao compromisso )tico do cientista com a sociedade &rasileira. ecnologia e conceito de espaço 5 tecnologia vem provocando mudanças radicais no conceito de espaço. 5s distncias se encurtaram, as pessoas transitam livremente atravessando continentes e países. ' deslocamento intenso de grupos de pessoas de diferentes nacionalidades ) um fen?meno do mundo glo&alizado. Asto facilita o contato com diferentes culturas, tradições, idiomas, h*&itos, crenças, religiosas e políticas. %o(e ) possível morar em uma localidade Ecidade, estado ou paísF e tra&alhar em outra, mesmo sendo em um país de dimensão continental como o 1rasil. 5 intensificação do deslocamento das pessoas facilita tam&)m o tr*fico de drogas, aumentando a violncia e a corrupção. odavia as dificuldades encontradas pelos governos locais para impedir o deslocamento de pessoas como traficantes, assassinos, terroristas, líderes e seguidores de seitas, consideradas como ameaças ; comunidade, tornaram-se maiores com o avanço tecnológico no setor de transportes. Pela mesma causa, os governos, inclusive dos países industrializados, encontram dificuldades no controle da imigração clandestina. T%!$($)i' d' i!*$+m',#$ +*(-iid'd i!/!"i' ' desenvolvimento da tecnologia da informação e a do transporte de massa 6assassinaram7, como afirma 1ec2 E4OOOF, a distncia e mudaram o conceito de tempo. 5 informação de forma contínua e indiscriminada provoca conse+$ncias desestruturadoras tanto para os indivíduos +uanto para a sociedade. 3H
/este processo as pessoas estão expostas a conhecimentos, crenças, h*&itos, valores, tradições e culturas diferenciadas e são atingidas e contagiadas por eles. 5 internet e a televisão a ca&o, somados aos meios de comunicação escrita e falada, especialmente a telefonia celular, são os veículos +ue ampliaram o alcance da reflexividade intensiva como fen?meno da glo&alização. Por sua vez ) um processo sem fronteiras e sem controle. :alores contraditórios, crenças, ideologias diversas, h*&itos e culturas diferentes são índiscriminadamente divulgadas, inclusive a cultura da
violncia, a partir dos (ogos virtuais e de filmes. /ova forma de organização familiar, de relacionamento sexual e +uestões do gnero se misturam a valores morais e )ticos.
R*(-iid'd i!/!"i' ',#$ i!%$!"%i!/ 5 reflexividade intensiva, como acentuam 1ec2 e 0iddens E4OOHF, ) um processo desestruturante tanto para os individuos +uanto para a sociedade, demolindo crenças e tradições e levando as pessoas a fazerem escolhas +ue apenas aparentemente foram decididas por elas. 5 glo&alização ) uma fator de colonização dos indivíduos. >uda-se de crenças e de valores. 5&andonam-se tradições sem uma tomada de conscincia das suas conse+$ncias e, at) mesmo, do +ue elas representam ou dos seus pressupostos morais e )ticos. az-se, nestas situações, escolhas. /ão se decide, não se ) dono da própria história de vida. 5lgu)m, +ue não se sa&e +uem ) e +uais intenções tm, decidiu. 5s pessoas pensam +ue são livres, mas não o são. oram escravizadas e colonizadas por entidades virtuais glo&alizadas e glo&alizantes. 5 reflexividade intensiva, atua no nível inconsciente dos indivíduos, o +ue explica sua ação desestruturante e sem controle. ' a&andono de valores morais, )ticos e tradições culturais se d* sem +ue se(a perce&ido. 's apelos ao consumo, ao prazer, ;s aventuras e ao sucesso se fazem presentes e induzem mudanças de h*&itos no vestu*rio, na alimentação, nas relações familiares e afetivas, nas crenças e credos religiosos. /a retaguarda destas mudanças estão os grupos econ?micos e a ideologia da dominação.
C$!0%im!/$ %i!/i*i%$ di"$!i2ii3'd$ "4'" di"/$+,5" /o interior da reflexividade intensiva destaca-se a disponi&ilização do conhecimento cientifico +ue rompe o elitismo e a segregação especialmente +uando divulgado em larga escala via internet, em pu&licações e na mídia escrita e falada. 5 democratização do conhecimento, todavia, sofre falsificações no seu processo de mundialização. 5 proliferação de pseudo-cincias e de teorias tidas como revolucion*rias e capazes de conduzir ao xito, ao sucesso e ; felicidade proliferaram nestas 9ltimas d)cadas, especialmente nas *reas das cincias humanas e da administração as terapias de cunho espiritualista, os 3L
manuais de auto a(uda e os credos +ue garantem o sucesso empresarial aos indivíduos, são 6&est sellers7 +ue atraem seguidores e consumidores. 5 simplicidade destas teorias e a praticidade de seus conselhos contri&uem para a deformação do conhecimento e enraizamento de patologias de pensamento E>orin, 4OOBF como o reducionismo e a simplificação. xclusão social
' processo de glo&alização ) duplamente perverso ;s populações (* excluídas. Provoca uma dupla e in(usta exclusão de grande n9mero de pessoas, especialmente em países emergentes. stas pessoas são inicialmente excluídas dos &enefícios gerados pela sociedade não tm acesso ; moradia, ; sa9de, ; educação e ao tra&alho. !om a glo&alização estas pessoas são novamente excluídas por não apresentarem as condições educacionais e econ?micas +ue lhes possi&ilitariam as portas para a integração na sociedade como atores. !'/@ercosul se caracterizam a estncias de negociação de riscos e de proteção m9tua. odavia, integrar os riscos e as incertezas no cotidiano exige a mudança de paradigma de pensamento E>orin, 4OOO8 0iddens, 4OOSF. Pensar o complexo pressupõe o avanço do pensamento reducionista e simplificador da causa-efeito. 0iddens E4OOHF +uando afirma +ue uma sociedade de reflexividade intensiva exige 'pessoas inteligentes+ est* colocando a +uestão da competncia reflexiva e da maturidade emocional dos indivíduos como exigncias fundamentais para a so&revivncia e autonomia não somente delas, mas das organizações e do país en+uanto stado-nação com identidade própria. !omo ressaltam os autores, as pessoas com competncia reflexiva e com conscincia crítica serão capazes de escrever seu próprio destino. m outras palavras, somente a+uelas pessoas +ue apostarem no desenvolvimento da sua competncia de pensar, de refletir, e na sua maturidade emocional, se rão capazes de, dentro deste emara3O
nhado de informações e crenças distorcidas, realizar a grande aventura humana da cidadania, da auto determinação e da li&erdade, li&erdade esta, +ue ) sin?nimo de autonomia, de id)ias e de sentimentos. /a vida pessoal a democracia dialógica tra&alha com o ordenamento das relações por
meio de dialogo e não por meio de poder arraigado. !onflitos sociais ' desemprego no mundo glo&alizado tem assumido proporções alucinantes e est* entre os pro&lemas sociais mais graves. ' desemprego virtual, ocasionado pela su&stituição da mão-de-o&ra pela tecnologia, e o desemprego por falta de +ualificação profissional se somam e contri&uem para o aumento da violncia, do tr*fico de drogas, da corrupção e do contra&ando. //D/D' 5 >'DI/AX5YZ' M$d+!i3',#$ "im(" /as palavras de 1ec2 E4OOHF modernização simples significa primeiro a desincorporação e, segundo a reincorporação das formas sociais tradicionais pelas formas sociais industriais. /a realidade neste processo de reincorporação o paradigma de pensamento ) mantido &em como os postulados morais de natureza o&rigatória. 5 modernização simples ) o paradigma da sociedade moderna industrial. S$%id'd d +i"%$ e modernização reflexiva 5 modernização E1ec2, 4OOHF ) o processo de inovação aut?noma +ue provoca a o&solescncia da sociedade industrial e a emergncia da sociedade de risco, riscos sociais, políticos, econ?micos e individuais. stes riscos tendem, cada vez mais serem incontrolados pela sociedade moderna industrial. !omo acentua 1ec2, E4OOHF os processos de modernização aut?noma são cegos e surdos a seus próprios efeitos e avanços. Produzem, de maneira latente e cumulativa, ameaças +ue +uestionam e destróem as &ases da sociedade industrial. Para este autor, modernização reflexiva significa auto-confrontação com os efeitos da sociedade de risco, efeitos estes +ue não podem ser tratados e assimilados no sistema da sociedade industrial. m outras palavras, a sociedade industrial não possui instrumentos, regras e mecanismos de ordem econ?mica, política, social e (urídica para resolv-los eTou impedir seu aparecimento. sta nova realidade, a sociedade de risco, ) uma realidade totalmente diferente da+uela conhecida e vivenciada pelas pessoas. 5s pessoas saem da sociedade industrial para a tur&ulncia da sociedade de risco total, tendo +ue CB
conviver com amplos e variados riscos glo&ais e pessoais diferentes e mutuamente contraditórios. 5 ausncia do respaldo +ue as pessoas esperavam encontrar nas instituições formais respons*veis pela manutenção da ordem social as levam a +uestion*-las. ste descr)dito poder*, na sociedade de risco, se tomar uma das ameaças latentes de auto-
confronto e autodestruição da própria sociedade. >odernização simples e modernização reflexiva Para entender o processo de modernização no mundo glo&alizado ) importante fazer distinção entre modernização simples e modernização reflexiva. 5 modernização simples ou ortodoxa &usca atrav)s do conhecimento o controle e a ordem, considera a realidade a partir de sua redução ; causa-efeito, e introduz mecanismos de controle na tentativa de garantir a ordem alcançada. G uma estrat)gia onde se &uscam soluções para pro&lemas novos atrav)s de formas e t)cnicas antigas. eoria da modernidade reflexiva ntende 1ec2 E4OOHF +ue o processo da glo&alização ) o marco da segunda modernidade. 5s &ases da sociedade industrial moderna, na medida +ue a modernidade se desenvolve, vão sendo destruídas. 's efeitos colaterais da glo&alização não pensados, não conhecidos, mas externalizados, provocam mudanças. 's possíveis efeitos colaterais como, a escassez da *gua e a generalização da violncia, podem ser o&(etos de reflexão e de reformulações. 5ssim, formas de relações sociais e de tra&alho, de solidariedade, formas de relações de negócios e mecanismos de relações entre nações são introduzidos no decorrer deste processo de reconstrução da sociedade. odavia, +uando não o são, podem corroer as &ases da modernidade e levar a sociedade a um colapso total e ; auto destruição. Por)m a am&ivalncia da modernidade pode conduzir ; reflexão so&re a auto-dissolução e auto-risco da sociedade industrial, mas não necessariamente. m outras palavras, o processo de glo&alização e seus efeitos colaterais podem vir a ser o&(eto de an*lise e de discussões e, a partir destas, mudanças e correções podem ser introduzidas na sociedade. ' risco E1ec2, 4OOOF potencial e o poder de seus efeitos colaterais são fatores poderosos de motivação das pessoas e da sociedade, levando-as a ações. ,As mudanças decorrentes dos e(eitos colaterais podem ocorrer de(orma inconsciente& não planejada e não analisada Assim sendo podem provocar uma crise institucional (undamental e mais intensivamente pro(unda esta crise todas as instituições (undamentais .como partidos políticos& sindicatos& mas tam"ém os princípios que garantem a responsa"ilidade no campo da ci)ncia e do direito& as (ronteiras nacionais& a ética da responsa"ilidade no individual& a ordem (amiliar nuclear e outros/ perdem suas "ases de legitimação 0ist#rica* E1ec2, 4OOH 344-3F. C4
I'>5/D' 5 >'DI/AX5YZ' 5 segunda modernidade 5 glo&alização e seus efeitos colaterais marcam o surgimento da desordem, do caos e contraditoriamente, tam&)m do progresso. 5 +ue&ra de uma ordem esta&elecida no mundo e com ela as &ases institucionais +ue a garantiam. 5 +uestão +ue se coloca ) como a partir da crescente desordem provocada pelo processo de glo&alização, &uscar uma nova modernidade[ 0íddens E4OOHF se apoia no resgate da individualidade da pessoa humana e na força do exercício da cidadania respons*vel. Para ele, não h* alternativa para a sociedade humana nesta virada de milnio +ue o&rigatoriamente não passe pelo resgate do ser humano, cidadão e cidadã reflexivos e emocional- mente competentes e respons*veis.
Processo de destradicionalização radição ) entendida como estrutura normativa de conte9do moral o&rigatório ou como con(unto de normas morais +ue devem ser seguidas não exige ser (ustificada por+ue cont)m sua própria verdade, uma verdade ritual afirmada como correta por todos +ue nela crem. /o processo de destradicionalização a tradição ) +uestionada e reformulada. 5 competncia reflexiva, a conscincia critica e a capacidade de autocrítica de cada indivíduo são pressupostos do processo de destradicionalização. 5s tradições deixam de ser as &ases das ações do indivíduo. ' dever ) su&stituído pela responsa&ilidade assumida conscientemente por cada um. Democracia dialógica
5 democracia dialógica ) sa&er conviver com id)ias +ue não são as suas. " respeito a integridade do outro. em como &ase a confiança ativa +ue ) criada pelo dialogo. " um meio de ordenação das relações sociais no tempo e no espaço. xige visi&ilidade e responsa&ilidade de am&os os lados. 5 vida familiar ) um exemplo onde a autonomia e a solidariedade devem estar presentes a solidariedade ampliada exige confiança ativa acompanhada de uma renovação de responsa&ilidade pessoal e social em relação aos outros. !onfiança +ue tem +ue ser con+uistada. Pressupõe autonomia. " uma fonte poderosa de solidariedade social uma vez +ue a transigncia ) livremente oferecida em vez de ser imposta. Política de vida 5 política de vida tem como ponto central a emancipação +ue significa li&erdade, ou li&erdade de diversos tipos li&erdade em relação ao controle C3
autorit*rio da tradição ao poder ar&itr*rio e ;s coerções vindas da privação. Política emancipatória ) uma política de estilo de vida. st* relacionada ; maneira pela +ual os indivíduos e a coletividade deveriam viver num mundo onde a+uilo +ue costumava ser fixado pela natureza eTou pela tradição est* atualmente su(eito a decisões humanas. Política gerativa 5 política gerativa existe no espaço +ue liga o stado ; mo&ilização reflexiva na sociedade em geral. G uma política +ue &usca permitir aos individuos e grupos fazerem as coisas acontecerem e não esperarem +ue as coisas lhes aconteçam, no contexto e o&(etivos sociais totais. Depende da construção de confiança ativa nas instituições ou nas agncias +ue a elas estão ligadas. " o principal meio de a&ordar com eficincia os pro&lemas de po&reza e de exclusão social. 5s organizações de auto-a(uda e movimentos sociais são tam&)m mo&ilizadores da democracia dialógica.
R*(-5" %$!"id+',5" 5 glo&alização na sua dinmica apresenta contradições. 5tinge as pessoas e as organizações em todos os domínios da sociedade. ransforma a realidade dos países e da vida cotidiana das pessoas. 's antigos fundamentos nos +uais a sociedade se apoiava perderam sua razão de ser. Diante dessa nova realidade as pessoas terão +ue sa&er conviver no seu cotidiano com riscos e incertezas, tomar decisões individuais, em outras palavras, serem respons*veis pelas suas próprias vidas. 5ssim, o ser inteligente passa a ser uma exigncia para todas as pessoas no mundo glo&alizado.
S+ i!/(i)!/ ' deslocamento do cumprimento de normas e do seguimento da tradição pela ação consciente das pessoas coloca a +uestão da individualidade, entendida como capacidade de se 6fazer7, de se posicionar frente ao mundo de forma aut?noma. 5 li&erdade interior do indivíduo, o vir a 6ser su(eito7, est*, entretanto, alicerçada na conscincia crítica, na autocrítica e no desenvolvimento de um ego forte +ue atue como um centro ativo e organizador das estncias da personalidade, &em como na construção de um mapa cognitivo +ue facilite a compreensão da multidimensionalidade da vida glo&al integram as condições de ser inteligente. /o mundo glo&alizado, o conceito de pessoa inteligente significa dizer +ue ela ) capaz de ver a complexidade do mundo, seus riscos, incertezas e possíveis efeitos colaterais e, a partir daí, tomar decisões de forma consciente CC
e respons*vel em todas as instncias da vida, nas relações afetivas, na escolha da profissão, no exercício de sua atividade profissional, nos estudos, na direção de um carro, no uso de &e&idas alcoólicas eTou de drogas. Iesponsa&ilidade e interdependncia 5 responsa&ilidade social surge como conse+$ncia do outro tam&)m ser su(eito e ter direito de vir a s-lo. Andividualidade não ) individualismo, nem se confunde com egoísmo. ' respeito ; individualidade e autonomia cio individuo colocam para a sociedade como um todo a responsa&ilidade da construção de uma 6nova7 modernidade. odavia, repensar a realidade vai exigir uma mudança de paradigma de pensamento. 5 realidade atual, constituída por mudanças desordenadas, riscos e seus efeitos colaterais latentes, não se torna compreensível a partir do pensamento simples, linear e reducionista. ' resgate da individualidade e da competncia reflexiva dos individuos,homens e mulheres, e a importncia da cidadania e da autonomia humana são a pedra &*sica do processo de modernização Edestradicionalização e reconstruçãoF da nova modernidade
+ue passa pela reordenação da vida coletiva e da vida individual. sta reordenação pressupõem a individualidade, o eu-sujeito e a construção de novas &ases de solidariedade social E0iddens, 4OOSF. /este processo os individuos são atores e depender* de cada um deles escrever a história de suas vidas &em como marcar os rumos da sociedade. ' resgate da individualidade do ser humano como respons*vel pela sua história pessoal e pela construção da nova modernidade pressupõe conscincia crítica, competncia reflexiva, autocrítica, formação moral e )tica nas relações com outros indivíduos. !oloca como fundamento &*sico a responsa&ilidade de cada pessoa no seu 6ser su(eito7 +ue envolve, entre outras coisas, a conscincia e responsa&ilidade pelas conse+$ncias de decisões de natureza pessoal e da+uelas relativas ao outro. o 6ser su(eito7 ) tam&)m exercer a cidadania +ue lhe confere direitos e deveres. Dever de construir e preservar a sua própria identidade, o seu eu-sujeito e coloca-lo no centro do seu mundo interior integrando, neste espaço, o 6outro7 +ue tam&)m ) 6su(eito7. Asto significa dizer +ue autonomia e interdependncia não se excluem. 5 proposta da modernização reflexiva coloca o desafio )tico de fazer da solidariedade Eresponsa&ilidade socialF a norteadora do processo de modernização em todas as instncias da sociedade. @olidariedade 5 solidariedade com o outro dever* se dar em diferentes instncias da vida social nas relações profissionais, nas empresas, nas escolas e universidades. 5 competncia e a )tica traduzem a solidariedade. CQ
S$(id'+id'd %$!&mi%' /a esfera econ?mica as redes de empresas, especialmente, entre as pe+uenas e m)dias mostram como a solidariedade toma forma empresas +ue corriam o risco de desaparecimento se unem para comprar mat)ria prima,para exportar, para modernização tecnológica especialmente a tecnologia da informação e da comunicação. 5s agncias de desenvolvimento econ?mico sustentado são tam&)m exemplos de solidariedade econ?mica. stas agncias, +ue são um tipo de organização não governamental E'ngF, congregam forças locais como governo local, empres*rios, associações de classe, para (untos, pensarem os pro&lemas da região e &uscarem suas soluções e (untos financiarem os mesmos. @olidariedade e exclusão social /a esfera da exclusão social a solidariedade se identifica primeiramente com o resgate da cidadania e da competncia, de vir a ser su(eito de cada pessoa. !riar a oportunidade do resgate do direito de escrever a sua própria história de vida e de ser 6su(eito7 ) a missão maior da solidariedade na esfera da exclusão social. 5s ações de grupos, especialmente de tra&alho volunt*rio cu(o o&(etivo ) o resgate da
cidadania, exemplificam esta solidariedade. 5 profissionalização, a alfa&etização, o apoio ; criança e ao adolescente atrav)s de tra&alhos na comunidade estão ho(e presentes em v*rias comunidades da periferia dos grandes centros ur&anos. ' dividir e o compartilhar com o outro o sa&er, as ha&ilidades e as emoções são os pressupostos +ue dão vida e norteiam esta solidariedade. " a expressão da responsa&ilidade implícita no exercício da cidadania com o outro +ue tam&)m tem o direito de vir a ser cidadão. m síntese ) atrav)s das ações de solidariedade +ue as pessoas vitimas da exclusão social encontram os caminhos do resgate de sua cidadania, do seu 6vir a ser su(eito7. @olidariedade, autonomia e interdependncia 5 solidariedade deve alcançar um certo nível de autonomia e interdependncia nas diversas esferas da vida social, inclusive na esfera econ?mica. " atrav)s do di*logo, ou do discurso como entendido por %a&ermas E4OLHF, +ue a confiança ativa ) construída e se torna a &ase da renovação de uma responsa&ilidade social em relação ao outro. ' próprio processo de destradicionalização cultural, numa realidade de reflexividade intensiva, depende da solidariedade. Pois, a competncia reflexiva, a formação da conscincia crítica e a maturidade emocional Eo estar de &em consigo mesmoF +ue são seus pressupostos essenciais, só poderão ser alcançadas pelas pessoas +uando estiverem presentes a autonomia, a li&erdade e a confiCR
ança ativa, ' aprender a refletir, o ter autonomia para a pro&lematização de valores, de tradição e conhecimentos &em como compreender a realidade complexa passam o&rigatoriamente pela família, pela escola, pelos grupos religiosos e pelas organizações de tra&alho e ) aí +ue a solidariedade tem +ue ser vivenciada. I@K>' ' processo da glo&alização ) analisado a partir de sua definição como uma mistura complexa de processos +ue destroem os fundamentos em +ue se apoiava a sociedade, provocando incertezas e riscos cu(os efeitos latentes podem produzir conflitos sociais como o auto confronto e auto destruição da sociedade. preciso repensar as relações no mundo glo&alizado dominado pelo neoli&eralismo econ?mico. 5 glo&alização, ao provocar o auto confronto e a auto destruição, recoloca o pro&lema da perda da razão de ser, do paradigma do pensamento at) então dominante. Iepensando o paradigma de pensamento e a&andonando a visão reducionista e simplificadora do mundo e do ser humano Eteoria da causa- efeito, pensamento linearF, &em como a ideologia do controle como &ase da modernidade tm sido colocados como uma alternativa para o processo de modernização no contexto do mundo
glo&alizado. ' processo da glo&alização ) analisado a partir das dimensões econ?mica, t)cnica, ecológica e conflitos sociais. 5s teorias da modernização reflexiva E0iddens e MaschF, e a teoria da modernidade reflexiva foram apresentadas e discutidas, &em como as suas a&ordagens do processo de modernização, entendida como início da segunda modernidade. 5 modernização no mundo glo&alizado pode tomar a forma consciente, onde as pessoas em todas as estncias e níveis da sociedade são atores construtores de uma nova realidade. odavia, a modernização pode se dar de forma inconsciente, não plane(ada e não dese(ada, o caminho do auto confronto e da auto destruição. ' como ver a realidade e o ser humano e a forma de lidar com eles são a pedra &*sica, +ue dar* a fundamentação e direcionar* pressupostos e caminhos da modernização reflexiva na construção da segunda modernidade E0iddens e 1ec2F ou na retomada da modernidade inaca&ada E%a&ermasF. 5 vivncia da solidariedade social, a sua concretização no cotidiano da vida das pessoas e nas v*rias dimensões da sociedade são apresentadas e discutidas. I>'@ 5 @I> M>1I5D'@ 0lo&alização8 radição8 Ieflexividade intensiva8 CS
C$!/+'di,5" di*i%4(d'd" 5pesar dessas divisões, os psicólogos +ue se dedicam ao desenvolvimento de testes psicológicos apontam a dificuldade em separar potencialidades inatas de experincias educacionais. !om o desenvolvimento dos testes surgiram normas, padrões e princípios +ue não só orientam a ela&oração de novos testes, como tam&)m fornecem &ases para selecionar dentre os (* existentes. Nler indica, dentre as normas ou padrões mais importantes para a an*lise dos testes aF a validade, isto ), at) +ue ponto o teste est* medindo a+uilo +ue ele se propõe medir, ou o +ue exatamente o teste mede. Para validar um teste ) necess*rio identificar o crit)rio compar*vel com as contagens o&tidas no teste. ' crit)rio de validação do teste ) a característica psicológica so&re a +ual o teste est* fazendo a previsão. @e um teste ) de aptidão mecnica, os resultados alcançados pelos indivíduos +ue a ele se su&meteram devem ter uma alta correlação com o desempenho desses indivíduos em tarefas +ue envolvam ha&ilidade mecnica. Por outro lado, ) necess*rio +ue essa correlação se(a encontrada em um grupo representativo da população testada.
5ntes de ser adotado, o teste dever* ser validado na situação especifica em +ue vai ser empregado. Asso exigir* uma pes+uisa no próprio local, antes +ue se comece a usar o teste. Desta forma, +uando se pretende selecionar secret*rias executivas, ) necess*rio ter certeza de +ue o teste a elas administrado tenha sido anteriormente aplicado a um grupo semelhante e representativo de secret*rias executivas, e +ue os resultados o&tidos apresentem correlação com o desempenho posterior desse grupo. 's coeficientes de validade são o&tidos atrav)s das correlações das contagens de testes com as medições de crit)rios. 5 validade de um teste significa, portanto, o grau em +ue um teste mede a+uilo +ue se propõe medir. Nler, entretanto, ao analisar a validade do teste, mostra +ue ela só poder* ser conseguida atrav)s de um longo processo, no +ual se correlaciona o teste a uma variedade de crit)rios. >ostra +ue, ao se estudar um teste de aptidão mecnica, pode-se demonstrar, na realidade, +ue ele mede a capacidade para realizar movimentos delicadamente controlados e h*&eis, o +ue nada tem +ue ver com a capacidade para aprender as complexas relações de peças ou elementos mecnicos. Portanto, poder* ser relacionado, em grau &astante elevado, com classificações o&tidas numa marcenaria, mas não com as classificações o&tidas numa oficina mecnica. Poder* selecionar oper*rios competentes para uma marcenaria, mas não para uma oficina mecnica. Nler aponta a idoneidade dos testes e sua imparcialidade como normas +ue tam&)m devem ser analisadas para selecionar os testes antes de adot*-los. sses conceitos são complexos e de dificil verificação. De +ual+uer forma, o ponto central ) verificar at) +ue ponto o teste não desfavorece grupos diferentes da+ueles em +ue foi validado. @e isto acontecer, especialmente no caso de testes de seleção, ser* importante reconhecer +ue a+uele teste não ) um instrumento ade+uado para a+uele grupo. Para ser usado em diferentes grupos com certo grau de certeza de sua imparcialidade e idoneidade, ) necess*rio +ue o teste tenha sido anteriormente aplicado nesses grupos. 's resultados o&tidos em um teste validado em grupo especifico dificilmente serão os mesmos +uando se tratar de outros grupos. 3CC
5 depressão econ?mica americana e a Primeira 0uerra >undial foram fatores +ue influenciaram largamente o desenvolvimento dos testes psicológicos como instrumento de seleção de pessoal. 5 excessiva mão-de-o&ra no mercado forçou o surgimento de processos mais ela&orados de selecionar os candidatos mais promissores. Por outro lado, a necessidade de desco&rir os mais aptos para as atividades militares durante a guerra tam&)m levou os psicólogos a esforços maiores para tornar seus processos psicológicos de seleção mais t)cnicos e mais científicos, a fim de prever, com maior pro&a&ilidade, +ual tarefa o individuo selecionado realizaria melhor. @eleção de pessoal e os pressupostos dos testes psicológicos 5 seleção de pessoal atrav)s dos testes psicológicos fundamenta-se no pressuposto de +ue a &oa realização de uma tarefa est* relacionada com a presença de certas
características mentais. ssas características mentais de vem ser identificadas pelos testes psicológicos, +ue são seus instrumentos de medida. !omo ponto de partida no processo de seleção, o psicólogo dever* analisar as tarefas de forma a identificar as características conducentes ; sua &oa realização. @omente depois os testes psicológicos poderão ser definidos e selecionados. = medida +ue os testes psicológicos foram integrados ao processo de seleção de pessoal nas organizações, sua aplicação passou a integrar as funções dos psicólogos industriais. /o entanto, conforme as tarefas se tomam mais complexas, aumenta a dificuldade de identificar as características conducentes ; sua &oa realização. " f*cil identificar a &oa visão como característica necess*ria para ser piloto8 a motricidade, para ser desenhista8 a inteligncia ver&al, para ser vendedor8 mas não ) simples identificar +ue características são importantes para ser um executivo de alto nível ou um gerente. Por outro lado, a r*pida mudança tecnológica torna mais complicada a an*lise das tarefas, mesmo a+uelas consideradas simples. 5s tarefas de um contador +ue usa recursos convencionais são totalmente diversas da+uelas enfrentadas por outro +ue se apoia na computação eletr?nica. 5s características necess*rias para a &oa realização da tarefa de conta&ilidade, na primeira situação, serão muito diferentes da+uelas re+ueridas na segunda situação. 'utro fator +ue torna vulner*vel o uso dos testes como instrumento de medida de inteligncia e previsor de uma &oa realização de uma tarefa ) a falta de um consenso +uanto aos conceitos das características mentais, como, por exemplo, o da própria inteligncia. Para +ue se possa identificar alguma coisa ) necess*rio, antes de mais nada, sa&er o +ue ) essa coisa.
correta dos testes não ser* resolvida apenas com a solução dos pro&lemas (* analisados. 5 sua validação, a sua imparcialidade e a sua idoneidade são fatores fundamentais na definição do teste a ser utilizado. 5 validação, especialmente, ) uma dificuldade +ue todos os psicólogos encontram +uando da escolha de um teste especifico. 's testes construídos e validados, na sua maioria nos stados Knidos e na uropa, não são validados no 1rasil8 são traduzidos para a língua portuguesa. Por isso, seus resultados são +uestion*veis +uando aplicados em grupos de individuos de cultura e experincia diferentes. Anfelizmente, os usu*rios dos testes, isto ), as organizações, não +uestionam a +ualidade dos serviços +ue estão usando. /ão se perguntam se a an*lise de tarefas foi realizada, se os testes foram validados, e em +ue
população. ' uso dos testes psicológicos na seleção de pessoal assumiu um car*ter m*gico e in+uestion*vel, e nem sempre as organizações perce&em as conse+$ncias do seu a&uso. @cheim E4OSLF, ao analisar os testes, procura mostrar +ue as organizações podem perder potencial humano fundamental ; sua so&revivncia pela su&(etividade do processo de seleção de pessoal. Do ponto de vista do candidato a emprego, poderíamos falar em 6massacre psicológico7, em +ue as pessoas, +uer o dese(em, +uer não, são o&rigadas a se su&meter a avaliações psicológicas +uando se candidatam a um emprego. ' +uestionamento do uso dos testes psicológicos no processo de seleção de pessoal torna-se mais grave +uando se procura entender os fundamentos teóricos em +ue se apoiam. 5 filosofia dos testes psicológicos ) a de +ue as capacidades mentais são determinadas preponderantemente pela hereditariedade e, portanto, inatas. ssas capacidades são tomadas como fixas e o comportamento individual ) considerado como uma resultante dessas capacidades mentais. @eus fundamentos são conservadores e tradicionais. Asolam o indivíduo do contexto em +ue est* inserido, ou se(a, a organização. ' teste ) aplicado em uma situação artificial, muito diferente das condições em +ue os indivíduos irão atuar. /ão se considera a interação individuo meio am&iente. 's indivíduos são psicologicamente medidos em dado momento e essa medida ) tomada como definitiva e est*tica. Procura-se o homem certo para o lugar certo, como se am&os existissem. 5s organizações são dinmicas, as demandas externas de um contexto político-social e econ?mico-dinmico não permitem mais tarefas rigidamente definidas, tomadas de forma isolada dentro do contexto organizacional. Por outro lado, a Psicologia @ocial e 'rganizacional tem trazido uma contri&uição cientifica valiosa para a compreensão do comportamento individual na organização. ' comportamento dos mem&ros da organização, &em como seu desempenho, só pode ser compreendido ; medida +ue a organização ) considerada como um sistema social complexo, estudado como um sistema total, +ue influencia o desenvolvimento das características psicológicas e o comportamento de seus mem&ros. Por outro lado, os estudos e pes+uisas desenvolvidos na *rea da inteligncia mostram a dinmica da interação dos fatores heredit*rios e am&ientais na formação e desenvolvimento das características mentais, ao mesmo tempo +ue evidenciam o desenvolvimento psicológico como um processo continuo +ue se d* no decorrer da existncia dos indivíduos. ;O
I@K>' 5s organizações como contexto social tanto podem exercer ação estimuladora como &lo+ueadora do desenvolvimento cognitivo dos indivíduos mem&ros da organização. Para Piaget o nível mais complexo e ela&orado do sistema cognitivo ) o operatório formal. ste nível não ) alcançado por todos os indivíduos, apesar de apresentarem condições físicas e intelectualmente normais. Para atingir este nível ) necess*rio +ue o
meio social em interação possi&ilite esse desenvolvimento. ' desenvolvimento cognitivo ) um processo individual inserido no contexto social. 5s organizações explicitam os seus o&(etivos atrav)s de normas, regulamentos, instruções de tra&alho, programas de treinamento +ue poderão ser estimuladores ou &lo+ueadores do desenvolvimento cognitivo de seus mem&ros. Para compreender o +ue realmente a organização se propõe, exige-se uma leitura e an*lise desses instrumentos por ela utilizados, seguindo os princípios da Psicognese e de Piaget. 5nalisar as instruções de tra&alho, m)todos de solução de pro&lemas, normas operacionais e gerenciais torna o&serv*veis as padronizações de raciocínio e a estagnação do processo cognitivo nos níveis inferiores. xemplo !!< E!irculo de !ontrole de
Período pr)-operatório Edo 3 ano de vida at) os H anos de idadeF. Período caracterizado pela a+uisição da função semiótica, +ue ) função de representação mental Esim&ólicaF das coisas. 5 linguagem, a imagem mental, a imitação postergada, o desenho etc. 5 representação de um o&(eto para si mesma +uando ele est* ausente. /esta fase, a criança reconstrói em termos teóricos os padrões comportamentais
ad+uiridos em nível de ações. /o período pr)-operatório, as mudanças se dão paulatinamente. ' nível operatório-concreto Edos H aos 44 anos de idadeF. 's processos de pensamento operacional concreto começam a surgir. @ão ações mentais, derivadas em primeiro lugar das ações físicas, +ue se tomaram internas para a mente. 5 principal característica, nesta fase, ) a possi&ilidade de reversi&ilidade, atrav)s da +ual a criança pode voltar ao passado em pensamento, e toma-se capaz de comparar a parte com o todo. /o nível operatório-formal Edos 44 aos 4R anosF, o individuo faz operações aplicadas não só ;s coisas mas a hipóteses. le (* faz an*lises com&inatórias, e relaciona proposições ou operações a outras proposições. ' individuo ) capaz de efetuar operações em operações. Piaget postula +ue não h* estagnação definitiva no processo de desenvolvimento cognitivo e da conscincia moral. 5 interação do individuo com o seu mundo social ) +ue, em grande parte, vai ini&ir ou estimular este processo. 5 teoria de Piaget ) internacionalmente reconhecida pelo meio cientifico, e resulta de mais de cin+$enta anos de pes+uisa. 5 hereditariedade e as condições am&ientais em +ue o indivíduo se desenvolve são as &ases para o desenvolvimento das diferentes características dos indivíduos. 's transmissores &*sicos da hereditariedade são mol)culas de D/5, mol)culas complexas de proteínas +ue constituem os cromossomos. ' ser humano desenvolve-se por meio de um processo de divisões pelo +ual uma c)lula d* origem a duas, cada uma dessas a outras duas, e assim sucessivamente at) a completa maturação do organismo. duo rece&e desde a concepção at) a morte8 trata-se, portanto, apenas da+ueles estímulos +ue atuam so&re o indivíduo. ' meio influencia o ind>duo ininterruptamente8 por isso, as características individuais alteram-se constantemente. ' meio psico- 3CH
lógico do ser humano ) constituído por trs situações arn&ientais o meio pr)-natal, o me(o intercelular e o meio social. ' meio pr)-natal ) constituído pelas condições am&ientais no 9tero materno8 o meio intercelulai pelas c)lulas som*ticas circulantes8 o
meio cultural, pela sociedade onde a criança nasce e cresce. 5 cultura ) o con(unto de valores, expectativas, atitudes, crenças e costumes compartilhados pelos mem&ros da sociedade. 5 cultura influencia o desenvolvimento das características individuais ad+uiridas atrav)s dos pap)is sociais ou de comportamentos prescritos para uma classe particular de pessoa dentro de uma cultura. 5l)m disso, a cultura influencia os processos psicológicos de seus mem&ros motivação, percepção, &em como crenças, valores e normas. 5 maneira mais o&(etiva de analisar o desenvolvimento das características individuais ) ; luz da interação dos fatores hereditariedade e meio. 5s organizações sociais são sistemas de fatores em interação e são meios sociais. !omo meios sociais, as organizações podem favorecer ou dificultar o desenvolvimento das características psicológicas de seus mem&ros. 5 inteligncia ) definida de v*rias formas, mas a maioria dos psicólogos +ue tra&alham com os testes de inteligncia aceitam a noção de +ue 6a inteligncia ) a+uilo +ue os testes de inteligncia medem7. Diferentes testes (* foram desenvolvidos para medir a inteligncia. 1inet introduziu o conceito de idade mental, criando condições para medir o desenvolvimento mental indicado pelo undial estimularam o uso e o desenvolvimento dos testes. 5 seleção de pessoal atrav)s de testes psicológicos fundamenta-se no pressuposto de +ue a &oa realização de tarefa est* relacionada com a presença de certas características mentais. /o entanto, essa forma de seleção exige como preliminar a an*lise da tarefa a ser realizada, +ue tende a ser cada vez mais complexa. 5l)m disso, não existe consenso +uanto aos conceitos das características mentais. 5cresça-se a isso tudo a dificuldade de validação dos testes. >ais grave +ue tudo, a filosofia dos testes psicológicos tem fundamentos conservadores e tradicionais os indivíduos são vistos fora de seu contexto e as características mentais são consideradas como determinadas preponderantemente pela hereditariedade. ermos e conceitos a "+m (m2+'d$" 'peração mental a maneira pela +ual a atividade mental ocorre. 5ção executada pela mente ou, de maneira mais precisa, um con(unto de ações correlatas +ue formam um todo integrado. 5ssim uma operação não tem um 3CL
grupo de propriedades mais um grupo de propriedades, cada uma das +uais depende de cada uma das outras propriedades, e ) necess*ria a ela. 5tividade mental +ual+uer ação da mente. strutura cognitiva con(unto organizado de fatos, conceitos e generalizações +ue o indivíduo aprendeu. " formada e transformada no decorrer da vida do indivíduo. Processo de cognição forma pela +ual as pessoas ad+uirem conhecimentos e desenvolvem seus sistemas de cognição. " integrado pela percepção, pela memória, pelo raciocínio ou pensamento, pela imaginação e pela solução de pro&lemas. " um processo consciente +ue visa a a+uisição de novos conhecimentos. Desenvolvimento cognitivo ) um processo individual de desenvolvimento de percepção de raciocínio, e se d* atrav)s de processos interativos do indivíduo com o mundo social. 5ssimilação ) o processo de desenvolvimento atrav)s do +ual o indivíduo incorpora novos conhecimentos. 5comodação ) o processo de desenvolvimento pelo +ual o individuo organiza e a(usta novas experincias EconhecimentosF em destruir as (* existentes. s+uema em conceito pr*tico esta&elecer o +ue h* de comum entre as v*rias ações diferentes e an*logas. @emiótica representação mental Esim&ólicaF das coisas. xemplo as palavras, a linguagem. Ieversi&ilidade processo mental +ue possi&ilita ; criança voltar ao passado em pensamento, e comparar a parte com o todo. Período sensório-motor est*gio de desenvolvimento do pensamento sensório-motor da criança, +ue vai do nascimento at) os 3 anos de idade. st*gio de mudanças r*pidas e fundamentais. 5 criança operacionaliza padrões de comportamento inatos no am&iente e estes comportamentos podem ser modificados pela natureza das coisas so&re as +uais ela age. 5 criança não tem conscincia de si mesma e do mundo, tem apenas, no decorrer do desenvolvimento dessa fase, um conhecimento pr*tico da maneira pela +ual as coisas se comportam +uando lida com elas, mas não tem a menor concepção dos motivos pelos +uais se comportam assim. Período pr)-operatório est*gio de desenvolvimento do pensamento sim&ólico e da linguagem, vai dos 3 anos at) os H anos de idade. 5 criança usa suas representações sensório-motoras antigas em outros contextos. Ksa o&(etos su&stitutos no am&iente para a(udar a manipulação sim&ólica mental. /esta fase a criança reconstrói em termos teóricos os padrões comportamentais ad+uiridos no nível das ações. /ível operatório-concreto est*gio +ue vai dos H aos 44 anos de idade. 5 criança realiza processos de pensamento operacional concreto, +ue são ações mentais, derivadas em primeiro lugar de ações fisicas internalizadas. 5 principal característica, nesta fase, ) a reversi&ilidade, +ue permite ; criança comparar a parte com o todo. 3CO