Posicionamentos no leito
UNIVERSIDADE POTIGUAR –UnP CURSO DE FISIOTERAPIA 8° PERÍODO ACADÊMICA: ARACELI OLIVEIRA
O procedimento é realizado da seguinte forma:
Posicionamentos no Leito A falta de movimento do paciente no leito por um tempo prolongado pode trazer inúmeros riscos, dentre eles:
Retirar travesseiros e coxins que possam estar com o paciente; Movimentar o paciente pelo lençol, em bloco, coordenando o movimento do esforço, como ilustrado na figura abaixo:
Redução da sensibilidade; Úlceras de pressão (escaras); Edemas (inchaço); Acúmulo de secreções nos pulmões; Risco de trombose; Diminuição de força.
Úlceras de Pressão (escaras) A úlcera por pressão é uma lesão na pele, causada por irrigação sanguínea deficiente, ocasionada por pressão demorada e conseqüente falta de nutrição dos tecidos. É caracterizada por uma crosta enegrecida, formada por tecido mortificado. É mais comum em pacientes que não conseguem movimentar-se no leito e tende a aumentar de tamanho se a região não for protegida e principalmente, se não for diminuída a pressão sobre o corpo pela mudança de posição.
As mudanças de posição devem ser realizadas no mínimo a cada 2 horas; As áreas sujeitas à maior pressão devem ser protegidas para evitar o aparecimento de escaras;
As mudanças de decúbito consistem em variar a posição do paciente no leito, com o objetivo de proporcionar maior conforto e evitar complicações (escaras e contraturas), devido a imobilidade prolongada.
Para pacientes no leito, materiais de posicionamento como travesseiros ou almofadas de espuma devem ser usadas para manter as proeminências ósseas (como joelhos e calcanhares), longe do contato direto de um com o outro ou com a superfície da cama:
Importante!
O paciente nunca deve ser “arrastado” durante a movimentação, para evitar lesões ocasionadas por fricção da pele na superfície da cama; Evitar a formação de dobras nos lençóis da cama que podem contribuir para o aumento da pressão do local; Coberturas plásticas ou protetores de cama não devem ter seu uso aceito, protegem a cama, porém podem causar suor excessivo, levando a maceração da pele do paciente; Devem ser utilizados óleos que promovem a hidratação da pele ou amido de milho que reduz a fricção; Avaliar diariamente o estado da pele do pacientes acamados ou restritos a cadeira de rodas, principalmente em regiões de proeminências ósseas (figura abaixo) que são mais sensíveis para o surgimento de úlceras:
Edemas (inchaço) Outro problema comum em pacientes acamados são os edemas, que ocorre principalmente em membros inferiores (inchaço nas pernas). Isso ocorre devido a falta de movimentação que dificulta o retorno venoso e linfático, fazendo com que ocorra um acúmulo de liquido no interstício (espaço entre as células dos tecidos). Alguns posicionamentos e exercícios podem ajudar nessa situação:
Elevação das pernas que pode ser feita com o auxilio de travesseiros, durante alguns momentos do dia;
Exercícios metabólicos, pedindo que o paciente faça movimentos rotatórios com a perna suspensa no ar:
Podem ser realizados exercícios passivos de tríplice flexão (elevação da perna dobrando o joelho) em membros inferiores; Exercícios ativos-livres de flexão plantar e dorsiflexão:
contração dos músculos não se faz de modo normal e foge ao controlo da pessoa atingida pelo AVE, dificultando os movimentos. Deitado sobre o lado sadio: Deve-se ter o cuidado para que o braço diretamente envolvido fique estendido, o joelho um pouco dobrado e a cabeça não deve ficar para trás.
Atenção!
Sentar o paciente fora do leito, com freqüência, sempre que seu estado permitir; Caminhar com o paciente por pequenas distâncias, se o seu estado de saúde permitir; Manter cama limpa, seca, com lençóis bem esticados; Zelar pela higiene pessoal do paciente; Realizar massagem com óleo ou creme hidratante; Incentivar dietas ricas em proteínas se não houver restrição.
Deitado sobre o lado afetado (doente): Nessa posição o braço diretamente envolvido, deverá ficar estendido e a perna correspondente em ligeira flexão.
Pacientes com Acidente Vascular Encefálico- AVE (Derrame) Pacientes que sofreram AVE apresentam comumente algumas características que não sendo tratadas de forma adequada pode comprometer a realização de tarefas comuns do dia a dia. Quando os músculos nestes pacientes ficam "presos" e os movimentos não são bem controlados, isso pode ser devido à espasticidade. Na espasticidade há uma dificuldade em movimentar o membro afetado. A
Deitado sobre as costas: Nessa posição deve-se ter o cuidado para que a cabeça fique em leve flexão, braço diretamente envolvido posicionado em um travesseiro de forma que a mão fique um pouco levantada.
também abrirão. Essa maneira alonga a musculatura do braço e mão o que facilita o uso desse membro durante as atividades do cotidiano.
Passando para a posição sentada: O cuidador estimula para dobrar as pernas do paciente e cuida para que o ombro diretamente envolvido receba o peso do corpo sem cair para frente. Não esquecer de colocar a mão na axila com o objetivo de proteger o ombro.
Passando para a posição em pé: Pode-se oferecer apoio na frente com o objetivo de proporcionar maior segurança e, também para facilitar a flexão do corpo e transferência de peso para a perna.
Andando: Com apoio ao braço e tronco o cuidador protege e proporciona suporte ao tronco para que o paciente ande reto. É importante segurar o antebraço rodando-o para fora e abrindo o polegar, assim os demais dedos