UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
PORCELANATO
Igor de Góis
NATAL / RN JUNHO DE 2010
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IGOR DE GÓIS
PORCELANATO
Trabal Trabalho ho aprese apresenta ntado do à dis discip ciplin linaa de Sistemas Estruturais em Concreto; ministrada pelo professor Antonio Carlos; como requisito para turma especial.
NATAL / RN JULHO DE 2010
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SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.........................................................................................................04
2.
DEFINIÇÃO..............................................................................................................05
3.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS............................................................................08
4.
ASSENTAMENTO...................................................................................................10
5.
PEI...........................................................................................................................13
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................14
7.
REFERÊNCIAS........................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO O Porcelanato hoje é a cerâmica para revestimento que apresenta as melho me lhores res caract caracterí erísti sticas cas téc técnic nicas as e est estéti éticas cas,, se com compar parada ada com as de demai maiss cerâmicas encontradas no mercado. O trab trabal alho ho ap apre rese sent ntad adoo a se segu guir ir trat trataa de um umaa pe pesq squi uisa sa,, pe pela la qu qual al se promoveu o aprofundamento dos estudos sobre este revestimento cerâmico. Esta pesqu pes quisa isa con consis siste te em ela elabor borar ar exp explan lanaçã açãoo sob sobre re a de defini finição ção,, caract caracterí erísti sticas cas técnicas, processo de fabricação, aplicação e assentamento do Porcelanato. Para o perfeito entendimento deste trabalho, o mesmo foi organizado da seguinte maneira: inicialmente se fez a definição do tema porcelanato, sendo em sequência explanado sobre os seus tipos e caracteristicas. Posteriormente, foi realizada um esclarecimento sobre suas possíveis aplicações e o seu modo de assentamento, sendo tudo isso feito por meio de explicações textuais e ilustrações.
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2.
DEFINIÇÃO
A indústria Brasileira de revestimentos cerâmicos ocupa uma posição de destaque no mercado internacional de revestimentos. O Porcelanato é o produto de revestimento cerâmico mais avançado no mercado de pisos de alta qualidade, no Brasil e no mundo. Devido a alta qualidade de matérias-primas utilizadas e processamento cerâmico rigoroso. Arquit Arquiteta etado do para para emp empreg regoo em am ambie biente ntess ind indust ustriai riais, s, o Porcel Porcelana anato to aos pouco pou coss foi apa aparec recend endoo em am ambie biente ntess co comer mercia ciais is até che chegar gar no reside residenc ncial, ial, conforme mostra a Figura 1 e 2.
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Figura 01: Porcelanato em uso residencial s Fonte: http://terrazzamarina.wordpress.com
Figura 02: Porcelanato que imita madeira em shopping em Coritiba Fonte: http://www.skyscrapercity.com
Na sua forma tradicional o Porcelanato (não esmaltado) tem duas versões, são elas o fosco e polido. O Fosco é mais adequado para locais de grandes circulações de pessoas devido a sua dureza MOHS e também para ambientes que exijam um revestimento antiderrapante, como áreas externas, banheiros ou rampas. O polido difere por sua textura superficial, totalmente brilhante. Também existe o Porcelanato Esmaltado, uma massa única que recebe sua cor através da esmaltação e decoração. Este é classificado quanto ao PEI. Por ser esmaltado é destacado por sua elevada resistência r esistência a manchas. O Porc Porcel elan anat atoo é um tip tipoo de reve revest stim imen ento to ce cerâ râmi mico co ob obtid tidoo atra atravé véss de matér ma térias ias prima primass sel selec ecion ionada adass (argila (argila,, fel feldsp dspato ato e coran corantes tes)) su subme bmetid tidas as a um tratamento térmico superior a 1.200 ºC. Foi criado e desenvolvido na Itália, chegou ao Brasil na década de 90, segundo a revista “arquitetura e construção” teve sua primeira fabricação nacional em 1996, desde então o Porcelanato já assumiu inúmeros tons, texturas e tamanhos, sem falar que o Porcelanato pode substituir revestimentos de cimento, madeira, pedra, metal e tecido, devido a sua tecnologia possibilitar a reprodução da beleza das pedras naturais.
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O que diferencia o Porcelanato de um piso cerâmico é o seu processo de queima e as matérias primas que compõem a sua massa, com absorção de água men enor or qu quee 0, 0,5% 5% (qua (quase se nu nulo lo), ), pa para ra se ter ter um umaa idéi idéiaa os piso pisoss ce cerâ râm micos icos apresentam absorção de água menor que 6%. Este é um dado fundamental, uma vez que a porosidade influencia de modo marcante nas características técnicas das placas cerâmicas. Como por exemplo, características mecânicas superiores maciças (resistência (resistência à flexão, carga carga de ruptura) e superficiais (dureza, resistência à abrasão). Com relação ao seu processo produtivo, pode-se dizer que ele é mais ecologicamente correto, pois explora mais racionalmente as jazidas tendo em vista que nas explorações convencionais de pedras, as jazidas são exploradas enquanto houver possibilidade de retirar grandes chapas, já no caso da retirada da matéria prima do Porcelanato, todo material é utilizado utili zado sem desperdício. O Porcel Porcelana anato to com compar parado ado as ped pedras ras nat natura urais is é sig signif nifica icativ tivam ament entee ma mais is econômico, pois é vantajoso economicamente em várias etapas, desde a sua expl ex plor oraç ação ão a su suaa ut utili iliza zaçã ção. o. Por Por te terr es estru trutu tura rass ma mais is leve leves, s, es espe pess ssur uras as be bem m menores que a pedra natural somado aos benefícios da exploração já citado anteriormente ( baixo desperdício ) fica evidente a economia na exploração. As estruturas das edificações receberão uma sobrecarga menor em relação as pedras naturais, gerando economia, tendo em visa que as estruturas poderão ser mais leves. Em 2007, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), juntamente com indústria brasileira, institutos especializados, especializados, universidades universidades e representantes representantes dos cconsum onsumidores idores,, publicou publicou a Norma Norma B Brasile rasileira ira para para Porcela Porcelanato nato
ABNT NBR
1546 15 463, 3, prim primeir eiraa inic inicia iatitiva va mu mund ndia iall qu quee ga gara rant ntee o co comp mpro romi miss ssoo da ce cerâ râmi mica ca brasileira com a qualidade.
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9 3.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Dentre as características do Porcelanato, deve-se destacar o que já foi citado anteriormente na sua definição com relação a baixa absorção de água. Decorrente da queima a alta temperatura, durante a qual o material sofre uma retração dimensional bast ba stan ante te elev elevad ada. a. De Dest staa fo form rma, a, o Porc Porcel elan anat atoo é o prod produt utoo ce cerâ râmi mico co do dota tado do de características físico-químicas superiores àquelas dos outros materiais mais porosos. O que possibilita ao Porcelanato: maior resistência mecânica; maior resistência a abrasão; maior resistência ao gelo; isolamento a descargas elétricas estáticas; estáticas; baixa expansão por hidratação e maior facilidade de assentamento. assentamento. Sabe-se que a dureza, assim como todas as características mecânicas, aumentam com o aumento da compactação estrutural. Por isto, o Porcelanato, apresenta os valores mais elevados de dureza superficial, Sua dureza é maior até que o granito, devido ao Porcelanato ser mais duro na escala MOHS (escala aplicada às pedras naturais). Para as placas cerâmicas a dureza superficial, segundo esta mesma escala de dureza, não pode ser inferior a 6. Quanto à resistência mecânica a flexão, as placas cerâmicas de Porcelanato devem apresentar valores médios maiores do que 27 N/mm2. Sua extrema compactação faz com que, entre os materiais cerâmicos para piso e revestimento, seja dotado dos maiores níveis de resistência à flexão. Os valores absolutos de carga de ruptura, em torno de 200 a 250 Kg, asseguram esta resistência. A sua resistência a abrasão também depende essencialmente da compactação estrutural, sendo maior quanto menor for à porosidade. No caso do produto esmaltado o Porcelanato se apresenta homogêneo estruturalmente em toda a espessura, por isto, uma eventual remoção de material da superfície, não tem nenhuma conseqüência conseqüência relevante. Para placas cerâmicas de Porcelanato não esmaltado, o volume removido por abrasão durante um certo período de tempo não deve ser superior a 205 mm. Quan Qu anto to a su suaa dila dilata taçã çãoo té térm rmic ica, a, de devi vido do à co comp mpac acta taçã çãoo es estr trut utur ural al,, es está tá em condiç con dições ões de não acu acusar sar eve eventu ntuais ais aum aument entos os dim dimens ension ionais ais,, con contra traria riame mente nte aos produtos mais porosos, que podem apresentá-los. Para o porcelanato, o coeficiente de dilatação térmica linear não pode ser superior a 9x10 -6°C-1.
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Outra característica do Porcelanato é sua resistência ao ataque químico já que apresenta, por suas características de alta compactação, os melhores requisitos aos ataques de ácidos e bases, dentre todas as placas cerâmicas. O po porc rcel elan anat ato, o, co como mo to todo doss os ma mate teria riais is ce cerâ râmi mico cos, s, ap apre rese sent ntaa po porr efeit efeitoo do processo de queima, uma elevada resistência química, a qual as pedras naturais como o mármore não apresentam, o que ocasionam danos visíveis sob ação de substancias ácidas. Diante de todas as características citadas acima, o Porcelanato é indicado para ambientes de alto tráfego de pessoas como: shopping centers, escolas, hospitais, aeroportos e supermercados. Outros detalhes que o diferencia dos demais pisos cerâ ce râmi mico coss é po porr ele ele ma mant nter er su suas as co core ress un unififor orme mes. s. Além Além diss disso, o, de devi vido do a bo bord rdaa retificada, os rejuntes podem ser mínimos, facilitando bastante na limpeza.
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4. ASSENTAMENTO
Antes de começar o assentamento, é indicado preparar as peças que serão utilizadas. Primeiramente abrindo 3 ou 4 caixas do revestimento cerâmico adquirido, verifica-se o estado do material, observando a presença ou não de defeitos na sua tonalidade. Não é necessário deixar as peças de molho, nem mesmo umedecê-las. O armazenamento das peças deve ser realizado de acordo com as instruções do fabricante, caso o fabricante não especifique recomendações na embalagem as caixas devem ser empilhadas no máximo até 1,5 metros de altura, em pilhas entrelaçadas, em local fechado e seco. Quanto ao seu assentamento, o Porcelanato não se difere tanto dos outros revestimentos cerâmicos, alguns aspectos não devem ser esquecidos no processo de assentamento do deste material:
É primordial ter qualidade no serviço do profissional contratado para sentar as peças, para isso é recomendado comprar o revestimento já com este serviço incluso;
Obedecer ao tempo de cura do contra-piso que normalmente é de 28 dias;
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Devi De vido do a su suaa ba baix ixaa ab abso sorç rção ão de ág água ua nã nãoo de deve ve se serr mo molh lhad adoo an ante tess do assentamento e sim retirar o pó de sua superfície com um pano seco;
Utilizar um martelo de borracha para bater em toda a superfície do revestimento par que ocorra o total esmagame esmagamento nto dos cordões de argamassa;
Figura 03 – Esmagamento dos cordões da argamassa argamassa Fonte: http://www.usinafortaleza.com.br
A argamassa preparada em obra não apresenta aditivos químicos necessários a colagem de um revestimento cerâmico com tão baixa absorção de água, recomenda recomenda-se -se utilizar utilizar some somente nte argamass argamassaa de assentam assentamento ento industriali industrializada zada,, verificando se tem efetiva adição de resinas orgânicas ( argamassa do tipo AC3), conforme as as normas da NBR 14081; 14081;
Utilizar somente rejuntes epóxi industrializados, porque não são porosos, como os cimenticios e simplificam a limpeza. Porem deve-se verificar se tem efetiva adição de resinas orgânicas, especificas para uso em Porcelanatos.Não esquecendo de verificar sua flexibilidade, flexibilidade, impermeabilidade, impermeabilidade, se é lavável, lavável, antifungo e se possui uma cor estável;
O Porcelanato precisa de juntas mínimas para o seu assentamento, desta forma atingindo um perfeito alinhamento, para que a alvenaria e a argamassa possam expandir e contrair sem descolar o revestimento. Para posicionar de maneira correta o revestimento, deve-se colocá-lo um pouco afastado da posição final e arrastá-lo até a mesma com um movimento de vai e vem. É importante observar
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que se deve utilizar juntas de 2mm quando as peças forem retificadas e 5mm no caso de peças não retificadas;
Para formatos superiores as medidas de 30x30 deve-se utilizar a técnica da dupla colagem, aplicando argamassa tanto nas placas como no contrapiso, desta forma impedindo trincas e o deslocamento (figura);
Figura 04 – Técnica de dupla colagem Fonte: http://www.usinafortaleza.com.br
Ter a certeza de que todo o verso da peça esteja coberto com argamassa;
O pior inimigo do Porcelanato é a própria obra, porque na maioria delas após o assentamento do Porcelanato, os serviços continuam sem a devida proteção ao revestimento ocasionando muitos riscos na peça devido ao tráfego abrasivo da obra, o ideal é protegê-lo com papelão e gesso;
Recomenda-se utilizar cera incolor antes de aplicar o rejunte, pois quem penetrará nos poros da peça será a cera e não a sujeira, desta forma deixando a peça mais fácil de limpar;
Fazer o rejunte somente 72 horas após o assentamento do piso; não utilizar ácido na limpeza do revestimento, pois podem prejudicar o esmalte, para limpar basta usar água e sabão ou detergente neutro no dia a dia. Alguns fabricantes contam com produtos específicos para remoções de manchas mais difíceis.
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Figura 05 – Limpeza Equivocada Fonte: http://www.usinafortaleza.com.br
5.
PEI – PORCELAIN ENAMEL INSTITUTE
PEI é um procedimento que avalia a resistência que a camada de esmalte terá submetida ao fluxo de pessoas e contato com sujeiras abrasivas no dia a dia. Foi criado pelo laboratório inglês Porcelain Enamel Institute, por isso leva suas
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siglas como nome. nome. Desta forma, todo material material que contenha esmalte esmalte na superfície terá PEI, definido pelo fabricante, em conformidade com as Normas Técnicas. ABNT NBR 15.463 19/02/07 . O PEI é muito importante na hora de especificar um Porcelanato Esmaltado. Ele determina a durabilidade em condições normais de uso. A escolha inadequada do PEI pode condenar um produto de alta qualidade. Para isto é importante seguir as seguintes recomendações: recomendações: PEI Movimento no local Exemplo de utilização 0
Uso somente em paredes
Paredes residenciais, comerciais e indústrias.
I
Baixo
Paredes. Pisos de banheiros internos.
II
Moderado
Paredes. Pisos de banheiros e dormitórios internos.
III
Médio
Paredes. Pisos de todas as dependências residenciais sem portas externas.
IV
Alto
Paredes. Piso de toda residência e pequenas lojas internas de shopping.
V
Intenso
Paredes. Pisos de residências, comércios e de algumas indústrias.
Tabela 01 – recomendações de uso Fonte: http://ceusa.virtualiza.com.br/
6. CONSIDERAÇ CONSIDERAÇÕES ÕES FINAIS FINAIS
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No decorrer desta pesquisa, foi possível constatar as qualidades do Porcelanato como revestimento cerâmico. Entre as caracteristicas comprovadas dian diante te de dest stee trab trabal alho ho a ma mais is im impo port rtan ante te é a resi resist stên ênci ciaa ao de desg sgas aste te físi físico co,, dest de stac acan ando do-s -see em se segu guid idaa os ba baix ixos os va valor lores es de ab abso sorç rção ão de ág água ua,, a alta alta resistência mecânica à flexão, a resistência ao ataque químico, a dureza supe su perf rfic icia ial,l, a resi resist stên ênci ciaa ao co cong ngela elame ment nto, o, a resi resist stên ênci ciaa à co comp mpre ress ssão ão e o isolam iso lament entoo a des desca carga rgass elé elétric tricas as est estáti áticas cas.. Além Além das caract caracterí erísti sticas cas citada citadass anteriormente, o porcelanato apresenta beleza estética, o que permitiu conquistar espaço no mercado de pedras naturais com menor custo, possibilitando seu uso em diversos ambientes, seja comercial ou residencial.
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7. REFERÊNCIA REFERÊNCIAS S
ARAÚJO, P. A. S.; DUTRA, R. P. S,; NASCIMENTO, R. M.; FORMIGA, F. L.; MACEDO, D. A.; ANDRADE, J. C. S. Estudo de matérias-primas para formulação de massa
cerâmica para Porcelanato , V Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, Salvador, v. 1, 2008.
Porcelanato Manual de de fabricação fabricação e técnicas de de emprego emprego ,. São BIFFI, G. O Grês Porcelanato Paulo, Faenza Editrice do Brasil Ltda. p. 32, 2002.
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BRAZIL SOUTH. Assentamento e rejuntamento. Disponível em:
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Itemid=28> . Acesso em Julho, 2010.
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CEUSA. Faq. Disponível em: < http://ceusa.virtualiza.com.br/br/faq.php?i=26#pergunta26> http://ceusa.virtualiza.com.br/br/faq.php?i=26#pergunta26> . Acesso em Julho, 2010.
GRUPO KALFIX. Fique por dentro. Disponível em: . Acesso em Julho, 2010.
ELIANE. Tire suas dúvidas. Disponível em: < http://www.eliane.com/faq/duvidas.pdf> . Acesso em Julho, 2010.
PORCELANATOS. Conheça o Porcelanato. Disponível em: < http://www.porcelanatos.com/porcelanatos/> . Acesso em Julho, 2010.
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