OS REGISTROS VOCAIS
Os registros vocais - Parte 1
“A chave para cantar bem é entender a função dos registros” r egistros” - Jeannette LoVetri
Quan Quando do vamo vamoss da noss nossa a nota nota mais mais grav grave e até até a mais mais agud aguda a nota notamo moss mudanças no timbre, no tipo de som emitido, a vo passa de um som “de porta rangendo”, chega a uma massa sonora forte e vigorosa e vai para uma mais suave e por vees soprosa ou “fininha” como de criança! "ssas variaç#es ocorrem por$ue nossa %aringe est& produindo o som de formas diferentes! 'ada uma dessas formas depende de $uais m(scu%os estão sendo mais ou menos acionados, e o $ue essas diferenças causam no corpo das preg pregas as voca vocais is e na form forma a como como e%as e%as vibr vibram am!! 'ost 'ostum umaa-se se cham chamar ar essa essass configuraç#es muscu%ares de registros vocais, mas podemos encontrar com as mais mais divers diversas as nomenc nomenc%at %atura uras, s, como como voes, voes, arran) arran)os os muscu% muscu%are ares, s, mecani mecanismo smoss %ar* %ar*ng ngeo eos, s, a)us a)uste tes, s, es$u es$uem emas as,, etc! etc!!! 'ada 'ada um dess desses es regi regist stro ross tem tem suas suas determinadas caracter*sticas, $ue serão vistas a seguir! +essa mesma situação, do grave ao agudo, podemos observar “$uebras” no som, a%go como uma fa%ha entre as regi#es, isso acontece $uando não h& uma “passagem” de registro suti%! A vo ref%ete essa “troca brusca” e soa como uma engasgada durante a frase cantada! Anteriormente vimos $ue a parte intr*nseca a$ue%a $ue est& dentro da %aringe é formada por m(scu%os $ue esticam, encurtam, estreitam, a%argam etc! as pregas vocais! Quando o ar passa pe%a %aringe as pregas vocais podem estar abertas na respiração ou podem obstruir a passagem do ar, fechando o cana%, como em um apito! E quais são esses registros, ou mecanismos vocais?
.uitas coisas ainda são um mistério, muitas estão sendo estudadas neste e/ato momento e poderão, ou não, sofrer a%teraç#es, mas a ci0ncia percebe tr0s registros b&sicos1 basa% voca% fr2, moda% e e%evado, a%ém de um (%timo, o assobio, ou f%auta, $ue muitos consideram como sub registros do e%evado! 3egistros chamados de peito, cabeça e misto são subdivis#es do registro moda%, é ne%e $ue acontece a maior parte do canto e fa%a! As pregas vocais m(scu%o revestido por mucosa são respons&veis pe%a nota entoada e pe%o tipo de registro emitido! Quando e%as estão vibrando por todo o comp compri rime ment nto o e prof profun undi dida dade de do m(sc m(scu% u%o o voca voca%% 4A 4A, voc0 voc0 est& est& com com som som domi domina nant ntem emen ente te de “pei “peito to”” es$ es$ue ueça ça ress resson on5n 5nci cia a a$ui a$ui, , se voc0 voc0 cont contra raii os
m(scu%os '4, inc%inando a carti%agem tire6idea para frente e para bai/o movimento de b&scu%a, voc0 est& a%ongando e afinando as pregas vocais apertando-as e as co%ocando para vibrar apenas em suas e/tremidades superiores, o $ue da ao som uma $ua%idade mais %eve e é chamado de registro 7cabeça7! 8u se)a, acionando mais o m(scu%o voca%, ou 4A, a prega voca% tem uma &rea de vibração mais grossa, com mais massa, acionando menos esse m(scu%o, o '4 vai sobressair e a massa e a espessura da &rea de vibração da prega voca% serão menores! .uitas pessoas atribuem o nome dos registros ao %oca% onde o som vibra, mas resson5ncia tem a ver com o resu%tado de como voc0 manipu%a o som feito, e não onde e%e é gerado! +a hist6ria da vo e do canto entendemos por $ue essa confusão, mas ho)e em dia não podemos aceitar mais ta% associação, afina% de contas, a vo não sai pe%o meio da testa, não sai por entre os o%hos, não sai do peito ou coisa do tipo, e%a sai sempre pe%a boca e9ou nari! :erdi a conta dos a%unos $ue estudavam canto dessa forma, mas se sentiam frustrados por não entender ou ter a sensação de vo $ue vibra no peito, no topo da cabeça, na testa, na nuca, etc! 3epare $ue o m(scu%o '4 se contrai, apro/imando as carti%agens e esticando o %igamento voca%! 8 som surge nas pregas vocais, e%e começa a vibrar na %aringe independente de onde voc0 sinta ressoar, na cabeça, no peito, no pescoço, no )oe%ho, etc!! ; a interação entre os m(scu%os da %aringe $ue vai determinar se o som é suave, bruto, intenso, soproso, etc!! 8s restos das mudanças de timbre vão aparecer com o uso dos ressonadores e articu%adores no trato voca%!
Os registros vocais - Parte
Vamos ao primeiro1 Registro !asa"
; um som pouco usado no canto, mas visto com fre$u0ncia na fa%a, principa%mente nos fi%mes americanos! ; o som $ue faemos $uando imitamos um umbi, ?ran@enstein, etc! +e%e o m(scu%o '4 %embre-se, o $ue estica as pregas vocais e dei/a o som mais %eve e agudo est& $uase tota%mente re%a/ado, apenas com ação do 4A m(scu%o voca% $ue se contrai e o som é grave de bai/*ssima fre$u0ncia e se asseme%ha ao estouro de bo%has ou 6%eo fritando, da* o ape%ido voca% fr2! Registro #o$a"
; a$ui $ue as coisas acontecem na maior parte do tempo, onde '4 e 4A interagem de forma intensa e criam a mais variada gama de sons e esti%os! 8
moda% é subdividido historicamente em registros peito, cabeça e misto, mas não confundam registros com resson5ncia, vibração do som, etc! - A vo de peito1 8 termo registro de peito, e também, vo de peito, mecanismo ou vo pesada e registro bai/o referem-se ao som produido pe%o corpo principa% da prega, $ue tra toda sua profundidade apro/imando-a para a vibração! ; o comportamento do 4A! :redomina o uso do m(scu%o 4ireoariten6ideo 4A, mais forte, $ue encurta e engrossa as pregas vocais e aumenta a amp%itude da onda mucosa e o movimento das bordas das mesmas assista o video e repare na mudança da onda no começo, mais grave, para o fina%, mais agudo! 4em maior $uociente de fechamento por cic%o de vibração das pregas vocais, ou se)a, as pregas ficam mais tempo fechadas $ue abertas durante a vibração! +a visão de cima da %aringe as setas mostram o movimento dos m(scu%os vocais, de encurtamento! 8 4A interno é respons&ve% por esse encurtamento da prega voca%, dei/ando o som mais grave, en$uanto o 4A e/terno a)uda a fechar o espaço entre as pregas, aumentando a intensidade e dando mais 7força7 ao som!
A 7vo de peito7 tem como caracter*stica um som mais forte, encorpado e consistente, muitos a chamam de “vo p%ena” em detrimento dos outros registros! =ua região natura% é a mais grave, mas como é uma vo mais forte $ue a de cabeça muitos esti%os a so%icitam em regi#es mais agudas, como em musicais, no roc@, ou mesmo em cantores %*ricos! =abe a$ue%a vo $ue, norma%mente, usamos para dar bronca ou chamar a atenção de a%guém> "is o registro bai/o, ou vo de peito, subdivisão do registro moda%! "mite um som norma%mente associado ao poder, dramaticidade, firmea, pai/ão, força! Ligado B vo mascu%ina!
Os registros vocais - Parte %
Ainda no 3egistro .oda%, temos outra subdivisão1 - A vo de cabeça1 8 termo 7registro de cabeça7, assim como resson5ncia na cabeça, vo de cabeça, mecanismo ou vo %eve e registro a%to são todos referentes ao som produido pe%a ação do m(scu%o 'ricotireoideo '4 sobre as pregas vocais, a%ongando e afinando-as para subir a nota aumentando o comprimento e tensão, através disso faendo com $ue apenas os %imites superiores das pregas se encontrem! Csso pode ser chamado de comportamento do '4! 8bserve no gr&fico do Dr! Donna%d .i%%er como o corpo da prega voca% em contato é maior no registro mais pesado e menos no registro mais %eve
A condição natura% do registro de cabeça é $ue e%e é fraco, principa%mente nas notas bai/as graves, norma%mente é soproso em $uem não est& habituado a produi-%o, na maioria dos casos, os homens! Eti%ia-se o m(scu%o '4, $ue estica e afina as pregas vocais para atingir as fre$u0ncias mais agudas e gera um $uociente de abertura maior por cic%o de vibração, as pregas vocais ficam abertas mais tempo durante a vibração! ; a $ua%idade mais %eve e suave da vo, %igada B vo feminina, infanti% e ao fa%sete, a vo de cabeça est& gera%mente associada B doçura, purea, intimidade, %evea, tran$ui%idade, suavidade, etc! - Vo mista1
; a mistura dos comportamentos dos m(scu%os 4A e '4, podendo ser .isto:eito, com prioridade do m(scu%o 4A sobre '4 ou .isto-'abeça, prioriando a uti%iação do '4 sobre 4A! 'omo uma ba%ança podemos pensar $ue e%es se mesc%am FFG para um %ado, HFG para o outro, IG 9 KG, ou KHG 9 G, e por a* vai, o importante é saber $ue usando mais 4A o som fica mais potente, usando menos, fica mais suave! 'ontro%ar esse ba%anceamento de registro é o $ue nos permite remover a “$uebra” no som, mencionada anteriormente, e oferece ao cantor a possibi%idade de faer notas agudas com a vigor das notas mais bai/as ou notas graves com a suti%ea das mais agudas! 8 registro misto é atingido $uando :eito e 'abeça estão fortes o suficientes para conseguirem interagir de maneira comp%eta! :ortanto, para desenvo%vermos ta% registro é necess&rio traba%har os demais, forta%ecendo-os e condicionando-os! :odemos pensar no registro moda% como um grande mi/, a%ternando seu ba%anço e esco%hendo o som $ue se $uer! "sse é o traba%ho do treino de técnica voca%!
Os registros vocais - Parte & 'a"sete, o registro e"eva$o
?a%sete Do ita%iano fa%setto M 7tom fa%so7 é o registro voca% por meio da $ua% o cantor emite, de modo contro%ado não natura%, por isso 7fa%so7, sons mais agudos ou mais graves $ue os da sua fai/a de fre$u0ncia ac(stica natura% tessitura! A %evea desse som é causada pe%as pregas vocais se tocando %evemente, o 4A m(scu%o da prega voca%, repousa $uase tota%mente e o som é contro%ado pe%o '4! ; uma produção $ue tem pouco contato na borda das pregas vocais, $ue ficam bastante esticadas e vibrando $uase $ue para%e%amente! ; assim chamada por depender diretamente do con)unto de m(scu%os intr*nsecos da %aringe! ; especia%mente usada por cantores do se/o mascu%ino para a%cançar os registros de contra%to a%to, meio-soprano e, eventua%mente, de soprano! +o fa%sete, a vo é gerada numa região da garganta $ue não permite um contro%e tão preciso de tom $uanto é o contro%e natura% do cantor! Dessa forma, é necess&rio um treinamento especia% para $ue o uso de fa%sete não pre)udi$ue a e/ecução da peça musica%! Nem empregada, com conhecimento e dom*nio, confere efeitos especiais admir&veis e, portanto, be%ea adiciona%, ao canto! Anatomia =ob o aspecto anatOmico, fa%sete é um modo particu%ar de vibração das pregas cordas vocais $ue permite ao cantor emitir a nota mais aguda com menor esforço, ou, a%ternativamente, emitir uma nota mais aguda $ue se conseguiria com esforço norma%! :rodu-se por estiramento das cordas vocais em seguida B
inc%inação da carti%agem tire6idea, $ue gera vibração por )ustaposição das cordas ao invés de por batimento! "sse modo de emissão pode resu%tar de um efeito intenciona% ou tãosomente ref%e/o da %aringe, $ue é forçada a emitir sons mais agudos do $ue faria natura%mente, protegendo-se por emitir os sons em fa%sete fa%setto! 8s cantores passam então a treinar sua emissão musica% técnica, de modo a contro%ar a ona de passagem, dos agudos em vo p%ena para os correspondentes em fa%sete, obtendo, assim, o chamado 7fa%setom7 ita%iano fa%settone, técnica fre$uentemente uti%iada na 6pera barroca! Eso na m(sica em gera% A técnica nasceu na m(sica barroca e gregoriana de onde foi se desenvo%vendo! 8peras )& fora do conte/to barroco usam fa%sete em certas partes de a%gumas peças! Ens dos principais cantores a chamar atenção para esta técnica voca% são1 o cantor independente =imon 'urtis e o voca%ista dos Nee Pees, Narr2 Pibb, cu)a vo a%cança o fa%sete na grande maioria das m(sicas do grupo!
()ist"e register *Registro $e A+ito
'hamado também de registro de apito, 7super vo de cabeça7 ou registro de si%vo, é o registro mais agudo da vo humana, chegando a ser impercept*ve% ao ouvido humano em a%guns casos, o famoso 7apito de cachorro7! ?isio%ogia e definição A fisio%ogia do hist%e register é a menos conhecida dentre os registros vocais! "%e é o registro mais agudo da vo humana e na maioria das vees começa no ' das sopranos, ficando acima do registro do fa%sete e do registro norma% se estendendo até o D! 'ontudo, não e/iste uma regra sobre onde o hist%e começa, pois isso varia de acordo com cada pessoa podendo começar até mesmo no PF! +em todo som na R oitava é hist%e, como por e/emp%o, os usados pe%as grandes sopranos da 8pera como .ado 3obin e Cngeborg
Ariana Prande, com um Nb em "motions no V.A de WXXW! Nett2 Tright com um A em H %ugar, .innie 3iperton com um ?Y no F %ugar e a dama peruana Zma =umac aparece em %ugar com um impressionante 'Y feito com e/trema agi%idade na trip%a co%oratura! A =étima 8itava ; a oitava mais aguda do piano, usando o ' centra% do piano como guia, o pr6/imo ! =e voc0 pensar no termo 7fa%sete7, e%e vem de fa%sa vo feminina, ou se)a, homens imitando mu%heres, então, mu%heres não precisam imitar ninguém e o som sai natura%mente, não tem fa%sete, certo> +ão é bem assim! :e%a configuração fisio%6gica a mu%her fa o mesmo $ue os homens, a diferença é $ue nos homens a diferença no som desse registro é mais percept*ve%! "ntão, mu%her fa fa%sete, mas essa nomenc%atura fica estranha, da* a necessidade de se usar outro termo para esc%arecer, como registro e%evado! "/iste ainda um registro acima do fa%sete, $ue voc0 ouve aos montes nos traba%hos da cantora .ariah 'are2, ou David Lee 3oth do Van