Os Desafios da Mulher Cristã na Pós-Modernidade
*Rosemeire Mitsunaka "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12:2 Vivemos um tempo como nenhum outro. É a era da tecnologia, das imagens, da informação e das rápidas mudanças. Os tempos mudam. Quando olhamos para a história percebemos que cada época foi marcada por determinadas mudanças. Por muitos séculos, a percepção que se tinha da vida, do mundo, de Deus e do homem era quase sempre visualizada por uma perspectiva bíblica. Mas, nos tempos modernos, a sociedade foi invadida por conceitos materialistas e existencialistas, que mudaram completamente a cosmovisão dos indivíduos. As verdades eternas têm sido trocadas pelas idéias pós-modernas. Precisamos discernir o nosso tempo, Jesus disse: “Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?” (Lucas 12:56). Mas o que vem a ser essa tal de Pós-Modernidade? Literalmente falando significa após a modernidade. Podemos dizer de um modo muito simplificado, que na modernidade Deus, como o Absoluto e o Fundamento para a visão de mundo e dos seus valores, foi substituído pela Razão. De um modo geral, tudo que se afirmava só teria valor se fosse aprovado pela razão, única em condições de decidir sobre a verdade. O homem moderno passou a crer no que se podia provar, não no que se alegava. Essa nova postura também trouxe consigo a idéia do desenvolvimento da humanidade através do conhecimento científico, prometendo a emancipação do homem. Mas quando olhamos para trás concluímos que esse projeto da modernidade falhou, ou seja, houve um grande avanço da ciência e da tecnologia, mas também o desenvolvimento de armas de destruição em massa, a primeira e a segunda guerra mundial, a devastação da natureza, a degradação moral, entre outras coisas. Mesmo assim a sociedade não se voltou para Deus. E se a modernidade substituiu Deus pela razão, a pós-modernidade removeu a razão não colocando outra coisa no seu lugar. Basicamente essa é a situação pós-moderna: não há fundamentos! Segundo os estudiosos, pós-modernidade é o nome atribuído às transformações ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950, quando, por convenção, se encerra o modernismo (1900-1950). Realmente, o nosso mundo cultural tem passado por uma revolução extraordinária. Mas há também uma mudança que ocorre silenciosamente, aonde novos conceitos vão sendo propostos. Resumindo, esse sistema é caracterizado por conceitos como: Relativismo (os valores absolutos deixaram de existir); Hedonismo (o prazer tornou-se o alvo principal da vida); Pluralismo (ninguém pode reivindicar que está com a verdade; uma vez que a verdade é relativa, não existe mais Verdade, mas verdades); Pragmatismo (a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático); Liberalismo (cada um livremente constrói o seu padrão de conduta, as tradições e os padrões de conduta para o homem, como a Bíblia, por exemplo, devem ser deixados de lado porque negam ao homem a sua individualidade). Perceba que a ênfase da pós-modernidade está no homem e a sua própria satisfação. O homem se tornou o SEU DEUS. Isso soa familiar? “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus sereis, conhecedores do bem e do mal” - Gn 3:5” (grifo meu). Essa foi a sugestão de Satanás quando enganou a Eva. Este é o século em que vivemos e com o qual não podemos nos conformar, porque apesar das épocas mudarem, os nossos desafios como mulheres crentes em Jesus Cristo, ainda são os mesmos (Romanos 12:2). Quais são esses desafios? Obedecer aos padrões estabelecidos por Deus, apesar das pressões da pós-modernidade. Viver uma vida transformada exigirá de nós disciplina no estudo da Palavra de Deus para renovação da nossa mente (Js. 1:8; Sl. 1:1, 2), perseverança na oração para comunhão diária com Deus (Cl. 4:2) e muita vigilância (1 Pedro 5:8). Portanto, minha irmã, se você quiser experimentar as ofertas da pós-modernidade (ou como diz a Bíblia, os prazeres transitórios do
pecado – Hb 11:25) não precisa fazer nada é somente seguir o curso deste mundo, mas se quiser experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus continue obedecendo a Sua Palavra. Este é o maior desafio para você neste mundo pós-moderno.
Modernidade e vida cristã: qual o limite na intimidade cristã? Estava sentada na sala vendo um programa de hip-hop, então passou um comercial onde havíamos amigos de uma empresa na hora do cafezinho, então , a moça pergunta onde ele pretendia estar daqui a 5 anos: bem, em seguida, aparece ele no carro de marca e ela do lado como a companheira. O mais engraçado acontece quando a pergunta é rebatida para ela e para nossa surpresa: ela aparece no mesmo carro sendo a carona de trás e o rapaz chofer dela. A cena cômica nos leva a pensar até que ponto a revolução feminina tem influenciado na nossa caminhada cristã. Quem nunca ouviu falar em sua igreja, ou mesmo ouviu um amigo comentar sobre lares desfeito porque a mulher não conseguiu ser submissa ao marido? Ou mesmo mulheres que desejam passar por cima de lideranças achando ser fácil liderar um grupo. O interessante que a Bíblia tem resposta para tudo! Nós, mulheres temos responsabilidades tão nobres como ser mães,a conselhadoras dos maridos e filhos, ainda acolhemos filhos de nossas amigas, somos professoras de Escola Dominical, participamos de corais, cantina, união feminina, trabalhamos fora, cuidamos dos afazeres domésticos e ainda tiramos um tempo para adorar o nosso Deus. Então,mulheres ... vamos tomar posse deste dom dado dos céus e fazer diferença neste mundo com ausência de valores e referenciais. Vistam-se de toda a armadura de Deus, a fim de que possam permanecer a salvo das táticas e das artimanhas de Satanás. "Porque nós não estamos lutando contra gente feita de carne e sangue, mas contra pessoas sem corpo - os reis malignos do mundo invisível, esses poderosos seres satânicos e grandes príncipes malignos das trevas que governam este mundo; e contra um número tremendo de maus espíritos no mundo espiritual. Portanto, usem cada peça da armadura de Deus para resistir ao inimigo sempre que ele atacar e, quando tudo estiver acabado, vocês ainda estejam de pé." Efésios 06:11-13 Semana de vitória para os filhos de Deus! Provérbios 31: 30-31. Estamos vivendo num contexto totalmente diferente de todas as épocas; o nosso contexto hoje é de uma mulher profissional, competitiva no mercado de trabalho, etc. Porém, mesmo em meio à era da pós-modernidade (3º milênio), não podemos perder de vista o alvo estabelecido por Deus na Sua Palavra para as mulheres. Proposição – O texto que lemos nos afirma que tudo é vão, isto é, sem valor, o que se faz, se não tiver nas atitudes o motivo de temer ao Senhor Deus. Oração Interrogativa – Quais seriam então as prerrogativas de uma mulher cristã para o 3º milênio? Oração Transitória – Abordaremos três pontos de como a mulher cristã deve ser como esposa, mãe e membro da Igreja do Senhor. Desenvolvimento 1) A mulher cristã como esposa – Agar - Gn.16:3; 12:16; 30: 3-9; 16:10 a) Deve ser uma mulher que Deus fala com ela – Gn. 16: 8 b) Vive debaixo da promessa de Deus – Gn. 16: 10. c) Que tem visão de Deus, vê-lo e fala com Ele – Gn.16: 13 d) Que
obedece a Deus – Gn. 16: 13-14. 2) A mulher cristã como mãe – Ana – 1º Sm. 1: 10-2: 10 a) Deve ter o hábito de orar – 1º Sm. 1: 10-11 b) Deve se autonegar – 1º Sm. 1: 27-28 c) Deve ser agradecida – 1º Sm. 2: 1-10 3) A mulher cristã como membro da igreja – A samaritana – Jo.4: 1-30 a) Deve ser evangelista – Jo. 4: 29 b) Deve proclamar que Jesus vive – Mt. 28: 8 c) Deve pregar aos de sua casa(judeus) – Lc. 2: 37,38. Quero desafiá-las a ser mulheres segundo o coração de Deus. Que tenham experiências profundas com Ele. Não perca de vista a visão bíblica para a sua conduta como mulher cristã no 3º milênio, como esposa, mãe e membro da Igreja. Vivam debaixo da promessa de Deus, buscando sempre o cumprimento dessa promessa. Busquem ter uma visão de Deus, fale com Ele e obedeça-o. Tenham o hábito de orar sempre, de se humilhar na presença de Deus e agradecer-lhe por tudo. Não deixem de anunciar aos outros que Cristo é o Senhor e Salvador de suas vidas, começando pela sua família. Que Deus vos abençoe em nome de Jesus Cristo. AMÉM!!!
Desafios da Modernidade para o Verdadeiro Cristão (Romanos 12:1,2)
Inspirado no livro Icabode de Rubem Amorese Ao escrever aos Romanos, Paulo assevera no capítulo 12 a necessidade de apresentarmos nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: nosso culto racional. Paulo usa a expressão “rogo-vos” no sentido de sensibilizar seus leitores a respeito desta tão especial necessidade. Ademais, no versículo 2, Paulo estabelece condições para que nosso sacrifício seja aceito por Deus. Ele declara: “e não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. Paulo relaciona a não conformação com o mundo e a transformação por uma mente renovada, como condições para uma experiência de vida e serviço agradável a Deus. O sacrifico só é vivo, porque a verdade de Deus está viva em nossa mente renovada. Só é santo, porque a mente é santa. Ele é agradável, porque nossos atos expressam a vontade perfeita de Deus. É importante atentar para os termos “e não vos conformeis com este mundo”. Refere-se a não tomar a forma (Cl.3:2-3). Não declarar as mesmas crenças; não falar da mesma maneira; não pensar da mesma forma; não agir do mesmo jeito; não participar das mesmas práticas. O padrão de conduta propagado pela sociedade está aquém do padrão bíblico (Mt.5:20), daí a prática dos atos adotados pelo mundo não ser compatível com a nossa. Ninguém que deseja servir a Deus pode basear seu procedimento na prática do mundo (Sl.1:1-2), pois o mundo condiciona seu padrão nos valores estabelecidos pela modernidade (I Jo.1:15-17).
Os padrões de comportamento estabelecidos pela sociedade quase sempre se opõem aos padrões de vida cristã estabelecidos na Bíblia. A modernidade dita os padrões de comportamento aceitáveis para a sociedade! Mas o que é significa o termo modernidade. É a preferência por tudo quanto é moderno; é a tendência para aceitar inovações; facilidade em adotar ideias e práticas modernas que o uso ainda não consagrou. Há ainda o termo pós-modernidade, ou seja, o que vem depois da modernidade. Como não se identificou uma palavra que reflita esse momento da sociedade, refere-se a ele como pós-modernismo. Mantendo apenas o termo modernidade, é importante ressaltar se principal paradoxo: a modernidade trás diversos benefícios que devem ser preservados, mas, ao mesmo tempo, diversos males que precisam ser evitados. Como sanar esse paradoxo? Primeiro é importante perceber que os valores modernos são propagados pela mídia. Há um massacre diário de informações que buscam validar conceitos modernos. Os patrocinadores dessas informações não têm compromisso com Deus e transmitem mensagens que favorecem a venda dos produtos da modernidade. A televisão, a internet, a indústria cinematográfica são os principais canais e estão fora do controle da igreja. Nos casos em que isso é exceção não há uma programação adequada aos patrocinadores, tornando a operação inviável financeiramente. Os mesmos meios que destroem os valores espirituais são aqueles que detêm grande potencial para propagação do reino de Deus. A modernidade está firmada em três pilares: a pluralização, a privatização e a secularização. A pluralização tem como modelo a gôndola do supermercado. É lá onde o mundo se mostra plural. Nos diversos produtos e marcas disponíveis. Essa liberdade de escolha é transmitida a todos os aspectos da vida. O mundo é o lugar no qual a pluralidade deve reger as relações humanas. As pessoas tem o direito de fazer suas escolhas e essas escolhas abrangem todos os aspectos da vida: pessoal – escola, carreira (profissão), residência; coletivo – governantes, associações de classe; financeiro – aplicações, produtos, banco; religioso – crença, ideologia e igreja. Essa é a cantilena da pluralização. Embora a pluralização seja um conceito moderno e decorra de um valor estabelecido pelo próprio Deus: o livre arbítrio, no mundo espiritual essa liberdade é tolhida, na medida em que há somente um Deus, um salvador e um caminho. A liberdade que a pluralização prega não pode ser aplicada aos valores espirituais. A fidelidade tão cara na relação com Deus é constantemente questionada pela pluralização. Outro pilar da modernidade é a privatização. O modelo é a internet. A ideia é que as escolhas que fazemos só dizem respeito a nós mesmos (não estão sob a discussão do mundo público). Alguns exemplos de regras propostas pela privatização: “para que casar, melhor é só namorar?” “O importante é eu estar bem comigo mesmo.” “Qualquer relacionamento sexual entre adultos com consenso é aceitável.” A grande pergunta é: o que você tem a ver com a minha vida? A privatização torna o homem solitário, vez que o constrange há inibir qualquer tentativa de interferência em sua vida. Os conceitos de irmandade e de comunhão propostos pela fé cristã ficam ao lado. O terceiro pilar é a secularização. O modelo é o sincretismo religioso. Os valores cristãos não são válidos para uma sociedade moderna, ao contrário devem prevalecer os padrões modernos de comportamento, no qual ou o ateísmo é a regra ou a religiosidade apenas um conjunto de crendices. Pela secularização, a Bíblia Sagrada não é uma regra de fé e prática e as verdades bíblicas precisam ser ajustadas à nova realidade da sociedade. Há um massacre permanente contra os valores cristãos. A secularização admite a religiosidade apenas como crendices voltadas a aceitar qualquer proposta de busca de Deus. Qualquer caminho espiritual tem valor se o objetivo é se aproximar de Deus.
A conjugação dos pilares da modernidade tende a criar pessoas descompromissadas com um Deus pessoal, relacional e amoroso. Um Deus que intervém a favor do homem, inclusive questionando seu comportamento. Um Deus único e exclusivo que não admite competição. Neste sentido, os desafios da modernidade precisam ser enfrentados em todos os níveis de nossa existência. No nível pessoal mediante práticas que evitem a conformação com o mundo. Assim é importante evitar ser refém dos meios de comunicação. Devemos abandonar o consumismo exagerado. Além disso, manter uma postura de desaprovação ao pecado. A redução do uso da televisão e o uso correto da internet são medidas importantes. Precisamos manter os valores espirituais. A fidelidade deve ser um contraponto à pluralização. Deus exige fidelidade total, não há escolhas nesse caso. A submissão deve ser um contraponto à privatização. Há um Deus que conhece todas as coisas e que julgará nosso procedimento. A renovação da aliança, um contraponto à secularização. Como participantes do corpo de Cristo, devemos manter a Bíblia Sagrada como nossa regra de fé e de prática vivencial. A igreja precisa manter firme a comunhão. A Bíblia afirma que se forem dois é melhor (Ec.4:9): o homem é um ser relacional. Os compromissos do pão e vinho, mediante a verdadeira comunhão cristã, ditando nosso comportamento (Ef.4:2). A família estendida, a igreja como verdadeira família de Deus (Ef.2:19). A confissão coletiva, como meio de sustentação da comunhão plena (Tg.5:16). Devemos nos manter convictos das verdades sagradas. Ler e estudar a Bíblia: somente a leitura bíblica pode reforçar nossas convicções (Hb.4:12). Não menosprezar o conteúdo sagrado da vida cristã (Ef.4:22) e não se deixar levar pelo mundanismo: abandonar a concupiscência da carne e dos olhos e a soberba da vida (I Jo.2:16-17). A igreja como anunciadora do evangelho deve utilizar maciçamente os meios de comunicação para propagação do evangelho. Não deve se apresentar como mais um produto do mercado religioso, mas como meio para evangelização do mundo. A igreja não deve se submeter a acordos políticos-eleitorais, mas manter orientação adequada a seus membros sem posicionamento ideológico. Deve se manter convicta das verdades sagradas. Não pode ser apenas uma agência de arrecadação de fundos financeiros sem uma aplicação voltada para sua razão de existir: propagar o reino de Deus na Terra. A igreja precisa se apresentar como uma agência para socorro espiritual de todos aqueles que a ela chegarem, sem distinção de raça, ideologia e credo. Deve ensinar a verdadeira doutrina da palavra de Deus, independentemente dos modismos teológicos e das “doutrinas” com mais “ibope”. Apenas dessa forma podemos apresentar os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Um sacrifício vivo em oposição aos sacrifícios abatidos do Antigo Testamento. Uma vida inteiramente consagrada a Deus, sem os empecilhos das limitações mortais e pecaminosas. Um sacrifício santo, pois é uma exigência da lei (Ex.29:37), da graça (I Pe.1:15) e uma condição para oferecer sacrifícios a Deus (I Pe.2:5). Sacrifício agradável que no caso judaico era de um animal sem defeito físico (Lv.9:3). Na nova aliança, mais que um sacrifício para Jesus (Mt.9:13). Um sacrifício que atende aos requisitos de Deus (Sl.51:16-17). Esse sacrifício é nosso culto racional. Centrado na plena compreensão da Palavra de Deus, decorrente de uma atitude lúcida de louvor e adoração, com ou sem emoção. Uma adoração genuína, decorrente de estarmos experimentando a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. O culto racional (espiritual) só é possível para aqueles que efetivamente mantêm compromisso de comunhão com Deus, cumprindo a necessária distância do mundo e dos seus valores (modernismo). É possível para a igreja que está imbuída de ser agente de propagação do reino de Deus na terra. Essa igreja se utiliza dos benefícios da modernidade para esse fim, sem, no entanto, contaminar-se com os valores propagados nesses mesmos meios.