Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Letras e Artes Curso: Licenciatura em e m Letras Vernáculas Vernáculas Disciplina: Língua Portuguesa IV Profª.: Andréa Gallo Aluno: Roberlan dos Reis Santos
Orações Complexas - fichamento 5.1. Recursividade *Propriedade comum a todas as línguas, a qual permite colocar estruturas dentro de outras estruturas. *Permite que os falantes produzam um número ilimitado de sentenças *Diferencia as línguas humanas das linguagens de certos animais, pois a maioria destas é composta de um número fixo de sinais.
5.2. Orações dentro de orações *São denominadas de orações complexas *São opostas às orações simples *A identificação da oração se faz reconhecendo a estrutura típica de oração
5.2.1. Critério de Contagem de orações *a estrutura típica de uma oração que varia entre orações com sujeito; outras sem; algumas com OD, outras sem é repetida pela oração complexa duas ou mais vezes.
*Algumas marcas típicas de oração estão quase sempre presentes, por isso é fácil identificar oração. 5.2.1.1 Casos de segmentação clara *Quando um ou mais de seus termos têm estrutura interna de oração uma seqüência frasal é oração complexa. *A independência de ocorrência de uma estrutura frasal reforça seu caráter oracional.
*Construções do tipo: que+ verbo no indicativo indicati vo ou no subjuntivo; construções de infinitivo, relativas, de gerúndio ou particípio são duvidosas em relação ao fato de serem ou não orações complexas.
5.2.1.2 Com verbos no subjuntivo * Embora não seja absoluta, constitui uma oração que apresenta sua própria estrutura interna (sujeito, NdP e OD). *tem forma especializada e ocorre, em muitos casos, como subordinada.
5.2.1.3. Orações “reduzidas” *para saber se uma estrutura verbal composta por forma finita junto com forma infinitiva; gerúndio ou particípio; é ou não um predicado complexo, utiliza-se o critério da transitividade. * formas compostas em gerúndio estabelecem construções iguais as que formam o gerúndio *estruturas no particípio não constituem oração separada *construções de indicativo e subjuntivo sempre constituem orações separadas *Construções de infinitivo constituem orações separadas, só não quando constituem predicados complexos.
5.2.1.4. Conclusão *Orações reduzidas são de dois tipos: de infinitivo e de gerúndio; nos quais o verbo não se flexiona em número e pessoa.
•As reduzidas de particípio são consideradas sintagmas adjetivos regulares, e não orações. 5.2.2. Subordinação e Coordenação *constituem os dois processos principais de montagem de orações complexas. *subordinação: quando uma oração faz parte de um termo de outra. *coordenação: quando as orações são absolutamente separadas e nenhum elemento é parte de ambas. *muito raro uma oração ocorre isolada, em se tratando de subordinação. *subjuntivo, gerúndio e infinitivo constituem formas sempre subordinadas. *coordenação e subordinação às vezes coexistem na mesma sentença 5.2.2.1. Limites da Oração Principal *Uma oração principal é, tradicionalmente, uma seqüência como: O professor falou que fizemos todo o exercício e não somente O professor falou , porque desta forma faltaria o objeto direto, o que prejudicaria a estrutura interna da oração. *uma base para a admissão de que a expressão O professor falou constitui a oração principal é o princípio de que se o OD detém uma oração como, por exemplo, exemplo, (que) fizemos todo o exercício ele se estabelece estabelece fora dessa oração, restando apenas.
5.2.2.2. Limites da Oração Subordinada *O vocábulo ‘que’ não constitui a estrutura interna da oração, pois esta detém sua estrutura interna que é (sujeito, NdP e OD). *Uma oração subordinada, com sua estrutura interna, pode aparecer isolada, porém junto com o vocábulo ‘que’ isso não ocorre. *O termo ‘que ’, neste caso, é um recurso usado pela língua para encaixar uma oração em um SN: (conjunção ‘que + uma oração’). *a oração subordinada não funciona como objeto da principal; participa de um termo de outra oração. *orações subordinadas, em gerúndio ou infinitivo, podem constituir sozinhas, um te rmo da principal.
5.2.2.3. Coordenadas: quantas orações? *A união, união, por exemplo, exemplo, de duas orações coordenadas coordenadas geram uma terceira oração que subordina subordina as duas menores. *Se a união de duas orações não formar uma terceira outra classe teria que ser criada para acomodá-la *Tanto *Tanto em SN; quanto com c om verbos e adjetivo o resultado é o estabelecimento estabeleci mento de um novo sintagma. *a negação verbal e o pré-determinante não admitem coordenação.
5.2.2.4. Coordenação de subordinadas? * as orações coordenadas se articulam em uma oração maior *Uma oração que é subordinada pode obter orações coordenadas
5.2.3. Marcas de Subordinação * é importante perceber importante perceber que a oração subordinada possui todos os seus itens não-oracionais preenchidos; o que não ocorre com a principal.
*elementos semânticos que marcam subordinação são: *conjunções - subordinativas; relativos, marcas de interrogativa indireta – que são marcas sintáticas, (formas livres)
•desinências dos modos subjuntivo, gerúndio e particípio – que são marcas morfológicas (morfemas presos)
•a função sintática das marcas é constituir sintagmas a partir de orações. 5.2.3.1. Conjunções * são itens léxicos que colocados antes de outra oração criam uma oração maior que é o sintagma.
*pode *pode ser apresentada apresentada como uma palavra - que, quando; quando; ou, então como um conjunto de palavras (visto que, se bem que, sempre que), as quais funcionam como palavras únicas.
* duas coisas são compreendidas na classificação classifica ção das conjunções subordinativas: 1ª a oposição que existe entre conjunções adverbiais – estas com funções circunstanciais e conjunções integrantes que possuem base sintática. 2ª a subcl subclass assific ificação ação das conjun conjunçõe çõess adverb adverbiais iais em ‘causai ‘causais’, s’, ‘compa ‘comparati rativas vas’, ’, ‘tempor ‘temporais ais’’ etc. que possuem base semântica. *Algumas conjunções podem introduzir mais de um sintagma, por exemplo, o que, a qual é mais versátil.
5.2.3.2. Relativos *partículas introdutoras de construções relativas (adjetivas) e oração subordinada que que possui função de modificador. *A subordinação subordinação da oração, se maracá, neste caso ca so com: 1º - presença de um pronome relativo, ex: que, o qual, onde, cujo . 2º - presença da estrutura oração, aparentemente incompleta, depois do relativo. 3º - a articulação de elemento nominal (parte de SN+ relativo+ estrutura oracional mencionada) os quais formam um SN. *estrutura relativa é sempre subordinada e constitui uma oração.
5.2.3.3. Marcas de Interrogativa Indireta * parecem com as relativas. *suas marcas são: quanto, o que, quem, onde, quando, como, qual. *O elemento que a introduz desempenha um papel dentro da subordinada, fazendo parte dela.
5.2.3.5. Desinências de Infinitivo e de Gerúndio * a marca as subordinadas é a forma dos verbos * formas especializadas na ocorrência de subordinadas, dificilmente, com infinitivo, ocorre uma que não é subordinada.
5.2.4. Marcas de coordenação * é menos estreita a união entre coordenadas que a união entre um principal e sua subordinada. *são menos dependentes da estrutura interna das formas lingüísticas. *são baseadas em fatores semânticos e cognitivos. * não exerce nenhuma função sintática dentro de outra a estrutura que é unida por coordenação.
5.2.4.1 Coordenação sem marca * Ocorre com justaposição de orações * substitui-se a marca por um sinal de pontuação, ex: vírgula * a identificação das orações é a estrutura interna *Denominam-se “assindéticas” as orações coordenadas sem conjunção.
5.2.4.2. Coordenação com
e, ou
e mas
*O e é a conjunção que coordena de maneira menos problemática. *As propriedades dos coordenadores e e ou são: → podem aparecer separadas (com pontuação, por opção) → pode coordenar qualquer número de membros, e por opção aparece entre os dois últimos membros. →quando é repetido, só ocorre antes do último membro. →une qualquer tipo de elemento → liga adjetivos e advérbios; mas nunca SNs.
5.2.4.3. Porém * Orações coordenadas através dessa conjunção exigem pontuação *Só pode coordenar dois elementos *Pode variar de posição *Não tem a propriedade de coordenar sintagmas nominais *às vezes concorrem com marca de subordinação.
5.2.4.4. Conectivos descontínuos *Ligam orações sempre em concorrência um com o outro, mas não contiguamente. Ex: não só... mas também, tanto... quanto... *A pontuação pontuação é facultativa faculta tiva * o coordenador tem posicionamento fixo * são funcionais para qualquer tipo de elemento coordenável - até mesmo SNs. *são diferentes do e porque não ligam mais de dois elementos *Grande parte é formada com repetição de um mesmo elemento, ex: ora... ora, outros ocorrem sem repetição, ex: tanto...quanto. *Os conectivos que se classificam realmente como descontínuos são os que não se repetem; ex: tanto... quanto, não só... só... mas mas também.
5.3. FUNÇÕES E ESTRUTURAS DOS SINTAGMAS SINTAGMAS COMPLEXOS * tem como um de seus constituintes uma oração * podem vir a ocupar as mesmas funções que um sintagma simples da mesma classe. *Certas funções são exclusivamente desempenhadas por sintagmas simples *A estrutura interna dos sintagmas complexos são bastante diferentes; ex: SN complexo difere de SAdj complexo.
5.3.1 Sujeito e Objeto direto * sintagmas complexos preenchem funções, como: - sujeito, objeto direto, adjunto circunstancial, complemento do predicado, adjunto oracional e atributo em nível oracional e de modificador externo - em nível de sintagma. *As funções que os sintagmas complexos nunca desempenham são: - predicativo, negação verbal, núcleo do predicado, determinante, quantificador, pré-núcleo. *As funções de sujeito e de objeto direto que os SN complexos podem desempenhar ocorrem com: -conjunção que ou se + oração oração com verbo verbo no infini infinitiv tivo; o; compos composto to com verbo verbo no infinit infinitivo ivo,, uma construção relativa sem antecedente; ou interrogativa indireta.
5.3.2. Atr, AA, AO e AC * funções que os sintagmas adverbiais desempenham. * predicativo - é a única função com nível oracional desempenhada por sintagma complexo.
5.3.3. Modificador externo 5.3.3.1. A construção relativa * orações subordinadas introduzidas por relativos sempre exercem função de modificadores externos e são classificados como sintagmas adjetivos. * A oração possui aparência incompleta, pois o conectivo – o relativo- participa da oração. *O relativo funciona sempre como SN (sujeito ou objeto). * quando aparece precedido de preposição, pode assumir funções de “sintagmas adverbiais”. * o pron pronom omee relat relativ ivo o dese desemp mpen enha ha funç funçõe õess de níve nívell orac oracio iona nal, l, como como:: suje sujeito ito,, obje objeto to,, adju adjunt nto o circunstancial etc. * construção relativa sempre funciona como modificador externo e tem o relativo como modificador. * se precedido de preposição o relativo sempre vai aparecer no princípio da oração; * correfere semanticamente ao elemento nominal antecedente a ele.
5.3.3.2. O relativo como modificador * é a função suboracioanal do relativo - numa oração relativa, que exerce função de modificador externo, o relativo também tem esta função. *Características do relativo nesta circunstância: -exerce função dentro do SN - função não-oracional. - é colocado no início do SN ao qual pertence - insere-se no início da oração todo SN em questão. * um relativo pertencente a um SN o qual é parte de outro SN, qualquer um destes pode ser colocado no início da oração.
5.3.3.3. Dois tipos de construção relativa *Temos *Temos as “explicativas” (apositivas) e as “restritivas” (não-apositivas) (não-a positivas) *são diferentes porque só apositivas se separam por vírgula; podem ocorrer o relativo o qual sem preposição; só elas admitem construções múltiplas.
5.3.3.4. Uso dos diferentes diferentes relativos * quem: ocorre sempre sem antecedente *o qual: aparece em construções relativas não-apositivas e só ocorre antecedido de preposição. *o que: ocorre apenas sem antecedente *que: só ocorre → com antecedente; em construções apositivas ou não; juntamente a preposições – livremente - com algumas, com outras - inaceitável.
5.3.4. Interrogativas Indiretas *tem estrutura idêntica à da oração interrogativa não subordinada . *O sintagma interrogativo não é reduzido ao elemento ‘Q’. * tem como elementos introdutores: que (o qual se coloca no lugar do determinante); qual (que pode ocorrer ocorrer sem determinante); como (que (que pode pode introd introduzi uzirr uma interro interrogat gativa iva indiret indireta; a; mas nunca nunca uma relativa) Obs.: os vocábulos como e o que são usados como sintagmas completos, em contrapartida, o que e qual estabelecem sintagmas maiores.