O Vibrafone Francisco Miguel Carvalho Vieira
Introdução Neste trabalho eu eu vou falar sobre o vibrafone em geral. geral. Vou falar sobre a sua história, técnicas para tocar vibrafone, efeitos, tipos de baquetas e a evolução do reportório. Eu escolhi fazer um trabalho sobre este instrumento porque não existem muitos trabalhos sobre o vibrafone. Também escolhi fazer sobre o vibrafone por ser um instrumento relativamente recente. Com este trabalho espero que pessoas que não percebem nada nada ou quase nada nada de musica musica fique a perceber perceber como o instrumento instrumento funciona e que novos percussionistas também consigam aprender mais sobre o vibrafone, a sua história, mais técnicas que se podem usar e efeitos que alguns percussionistas não conhecem.
Índice 1) 2) 3) 4)
Introdução A origem e evolução do vibrafone A Constituição do Vibrafone Timbres, técnicas e sonoridade a. Relação entre os materiais usados para a construção de baquetas e o som resultante b. Notação e efeitos no vibrafone (harmónicos, arcos, Glissando, “dead stroke”, etc)
c. Formas de posicionar as 4 baquetas nas mãos i. Cruzados ii. Não cruzados d. Técnicas de abafamento no vibrafone (falar de diferentes tipos de estudos/autores escritos com as diferentes técnicas de abafar) i. Mallet dampening ii. Pedaling e. A evolução do reportório do séc. XX, o timbre do vibrafone e autores importantes. 5) Conclusão 6) Anexos 7) Bibliografia
A origem do vibrafone O vibrafone surgiu nos Estudos Unidos da América, na primeira década do século XX, com a empresa Leedy Manufacturing Company. Esta empresa criou um instrumento chamado Steel Marimbaphone com uma extensão de 3 oitavas de Fá2 a Fá5 (registo atual do vibrafone). As lâminas eram feitas em aço e também tinham tubos ressoadores. A posição das notas era diferente da posição atual das notas do vibrafone, ou seja, as notas naturais estavam dispostas na posição horizontal e as notas dos acidentes estavam na disposição vertical (ver figura 1). Herman Winterhoff, em 1916, quis aplicar o conceito da voz humana no vibrafone. Com um motor inserido no instrumento e com libelinhas a andar para trás e para a frente conseguiu-se o efeito do vibrato. É por esta altura que o Steel Marimbaphone ganha o nome de vibrafone. Apesar de já possuir um motor, o vibrafone abandonou-o por não ser funcional, muito embora seja reintroduzido mais tarde. O som de vibrato desejado conseguiu-se extrair em 1921, com a reintrodução do motor, a diferença é que em vez de usar as libelinhas para a frente e para trás, estas vão ser usadas dentro do tubo. Apesar de o vibrafone já possuir motor e o efeito vibrato, ainda não existia nada que desse para abafar o som extraído das lâminas. O vibrafone nesta altura era muito ressonante, ou seja, tocava-se nas lâminas mas tinha-se de esperar até o som desaparecer naturalmente ou com intervenção de baquetas ou de mãos por cima das lâminas. Em 1927, um construtor de instrumentos e percussionista chamado William “Billy” Gladstone desenvolveu um mecanismo de abafamento de lâminas que consistia num pedal conectado a um barra feita de um material para abafar o som que percorria a extensão do vibrafone, desencostando-se das pontas das lâminas quando o pedal era pressionado. Pode-se dizer que as alterações desde o primeiro vibrafone até aos dias de hoje foram bastantes, apesar de o básico do vibrafone continuar da mesma maneira.
A constituição do vibrafone O vibrafone é um instrumento de percussão que se insere na categoria dos instrumentos de lâminas. Está inserido nesta categoria porque cada nota (barra de aço) do vibrafone tem o nome de “lâmina” porque as barras de aço foram laminadas para ter a sua afinação. O vibrafone tem um registo de 3 oitavas de Fá2 a Fá5. As lâminas do vibrafone estão sobre tubos ressoadores que servem para amplificar o som. O vibrafone utiliza um pedal e uma barra de feltro que serve para abafar as lâminas. Quando se carrega no pedal a barra de feltro desce e as lâminas vibram, quando o pedal não está carregado as lâminas ficam abafadas e consequentemente não vibram. O vibrafone também possui um motor.
Pedal
Tubo ressoador
Figura 1- Vibrafone Musser de 3 oitravas
Barra de flanela
Lâminas
Figura 2.1- Constituição do vibrafone
As lâminas do vibrafone estão suspensas por um cordel que esta em cima da parte da lâmina onde passa o cordel tem o nome de nó.
Pontos nodais
Cordel Nó
Figura 2.2- Constituição do vibrafone Nos tubos ressoadores existem libelinhas que abrem e fecham o tubo através do sistema que existe graças ao motor que existe no vibrafone ou podem ser abertas ou fechadas à mão. Quando as libelinhas estão abertas o som é mais amplificado e quando estão fechadas o som não é tão amplificado.
Lâmina Barra de Feltro
Libelinha Tubo ressoador
Figura 2.3- Constituição do vibrafone
Figura 2.4- Constituição do vibrafone
O motor pode ou não ser utilizado. Quando é ligado produz um efeito de vibrato, conseguido através do abrir e fechar sucessivo das libelinhas, sendo possível regular a velocidade da vibração do som.
Regulador de velocidade Botão de ligar e desligar o motor
Botão de abrir as libelinhas
Mostrador de velocidade
Botão de fechar as libelinhas
Figura 2.5- Constituição do vibrafone
As notas no vibrafone estão posicionadas como no piano, ou seja, estão posicionadas de forma cromática. A disposição é a seguinte:
Dó# ou Réb Lá# ou Sib
Sol# ou láb
Ré# ou Mib Fá# ou solb
Fá
Sol
Mi Lá
Si
Dó
Ré
Figura 3- Vibrafone de 3
Atualmente o modelo de construção do vibrafone tem 3 oitavas de registo de Fá2 a Fá5, mas existem modelos com diferentes registos. Os modelos mais vendidos a
seguir ao modelo de 3 oitavas são os modelos de 3.5 oitavas e os de 4 oitavas.
Fá 5
Fá2
Figura 4- Vibrafone de 3 oitavas
Dó 2 Fá5
Figura 5- Vibrafone de 3 oitavas e meia.
Dó6 Dó2
Figura 6- Vibrafone de 4 oitavas.
Técnicas Timbre e Sonoridades Relação entre os materiais usados para a construção de baquetas e o som resultante Diferentes materiais na construção de baquetas de vibrafone resulta em diferentes sons, por exemplo se pretendemos ter sons mais brilhantes utilizamos baquetas mais duras.
Cabo Cabeça
Figura 7.1- Baqueta de Vibrafone
Baquetas com maiores níveis de dureza produz mais harmónicos e sons mais brilhantes em todo o registo do vibrafone, dá maiores níveis de dinâmicas e maiores articulações (mais stacatos). O cabo e de ratan e a cabeça e construída com material duro como acrílico, madeira e metal, pode estar ou não revestida com linho ou lã dura.
Figura 7.2- Par de baquetas de vibrafone
Baquetas com menores níveis de dureza produzem um som mais encorpado no instrumento e não tem tanta projeção sonora no registo agudo do vibrafone, este tipo de baqueta dá poucos níveis de dinâmicas e pouca articulação (mais legatos). Neste tipo de baquetas o cabo é composto por ratan e a cabeça e construída com materiais moles como borracha ou plástico com pouca dureza, e é revestida com lã ou feltro.
Figura 7.3- Baqueta de vibrafone
A forma como a baqueta é revestida também é importante, se o revestimento for muito apertado contra a cabeça o som mais característico será o do material com o qual a cabeça foi feita. Caso o revestimento esteja folgado em relação a cabeça o som mais característico vai ser o do revestimento. Baquetas multi-toned são baquetas que permitem obter sons característicos de baquetas mais moles nos pianos e sons característicos de baquetas mais duras nos fortes. A produção destas baquetas é diferente dos restantes modelos, mas a cabeça e construida por material utilizado nas baquetas duras, depois utiliza material de baquetas menos duras e depois é que vai ser revestida. O repertório convencional para vibrafone normalmente pede baquetas com cabeça de borracha revestidas com lã mas isto não limitou a procura de novos timbres que se podem extrair do instrumento.
Efeitos Dentro desta categoria podemos inserir efeitos que se podem fazer no vibrafone com as baquetas normais ou outro tipo de baquetas no vibrafone.
Arcos
Existe um grande número de peças escritas para vibrafone onde se utilizam arcos para tocar vibrafone. A espessura da crina dos arcos que se usam é importante porque uma melhor crina significa um com melhor qualidade, maior vibração das lâminas, mais harmónicos, timbre e dinâmicas diferentes. Normalmente são utilizados arcos de violoncelo ou contrabaixo mas também existem arcos especialmente fabricados para percussão.
Figura 8.1Arco de violino
Figura 8.2- Arco de percussão (a baqueta não está pegada ao arco como mostra a imagem)
Baqueta de glissando É uma baqueta feita com uma cabeça de borracha dura ou em acrílico.
Dead Stroke O Dead Stroke também está inserido na categoria de dampening que já vou falar mais á frente.
Formas de posicionar as 4 baquetas nas mãos Existem varias formas de agarrar as 4 baquetas nas mãos que se podem dividir em dois grupos que são as de cabos cruzados e as de cabos não cruzados. As técnicas
onde se usam os cabos cruzados é onde as baquetas se cruzam entre si e as de cabos não cruzados é onde as baquetas não se cruzam tendo mais independência em cada baqueta. Tradicional grip Rosauro grip
Cabos Cruzados
Burton grip
Fulcrum grip Stout grip
Musser grip
Stevens Grip
Cabos não cruzados
Manieri grip
O Rosauro Grip e o Fulcrum grip são variações do Burton grip. O Stevens Grip é uma versão aperfeiçoada do Musser grip.
Cabos cruzados Nesta tipo de grips as baquetas cruzam-se entre sim. Para as numerar vamos usar a seguinte ordem: 4-3-2-1 ou seja:
Figura 9- cabos cruzados Existe esta ordem porque a baqueta 1normalmente faz as melodias e a mão esquerda os acompanhamentos.
Tradicional grip É a técnica de quatro baquetas mais antiga. Nesta técnica os cabos das baquetas cruzam-se na palma da mão, a baqueta que fica do lado de fora fica por baixo da baqueta que fica do lado de dentro.
Figura 10.1- Tradicional Grip
Figura 10.2- Tradicional Grip
Figura 10.3- Tradicional Grip
Figura 10.4- Tradicional Grip
Burton grip Dentro da categoria dos cabos cruzados o Burton grip é o mais popular tendo sido desenvolvido pelo vibrafonista Gary Burton. Os cabos das baquetas são postas dentro da mão de maneira contraria ao tradicional grip ou seja as baquetas que ficam de fora fica por cima das baquetas que ficam do lado de dentro. Para fazer intervalos mais pequenos os 2 dedos mais pequenos puxam para trás a baqueta de dentro enquanto o dedo indicador se estica para deixar a baqueta fechar o intervalo. Para fazer intervalos maiores os 2 dedos maiores empurram a baqueta para fora enquanto o dedo indicador fecha-se ate estar no intervalo correto.
Figura11.1- Burton Grip
Figura 11.2- Burton Grip
Figura 11.3- Burton Grip
Figura 11.4- Burton Grip
Rosauro Grip, Fulcrum Grip e Stout Grip Estes dois grips são variações do Burton Grip.
Cabos não cruzados Neste tipo de grips as baquetas não se cruzam ou seja são independentes uma da outra. Para as numerar vamos usar a seguinte ordem: 1-2-3-4 ou seja:
Figura 12- Cabos não Cruzados
Musser Grip Tal como o nome indica este grip foi desenvolvido por Clair Omar Musser. Clair Omar Musser foi uma figura de imensa importância para o desenvolvimento da marimba em todos os aspectos, sendo ele a desenvolver este grip que acabou por ficar com o seu nome. As baquetas de fora, ou seja a baqueta 1 e 4 ficam presas pelos dedos 4 e 5 se formos a contar a partir do polegar, estes dedos não fazem grandes movimentos. As baquetas do meio ficam presos pelo indicador e pelo polegar. Estas baquetas são as que fazem mais movimentos a fazer as aberturas. As baquetas são seguras no final do cabo.
Figura 13.1- Musser Grip
Figura 13.2- Musser Grip
Figura 13.3- Musser Grip
.Stevens Grip Leigh Howard Stevens, com o seu método de marimba “Method of movement for marimba” descreve a sua maneira de agarrar as 4 baquetas na mão. A maneira de
agarrar é idêntica ao musser grip mas de uma forma mais controlada, por exemplo as baquetas do meio estão mais seguras, o que torna o movimento mais controlado.
Figura 14.1- Stevens Grip
Figura14.3- Stevens Grip
Figura 14.5- Stevens Grip
Figura 14.2- Stevens Grip
Figura 14.4- Stevens Grip
Figura 14.6- Stevens Grip
Figura 14.7- Stevens Grip
Figura 14.8- Stevens Grip
Figura 14.9- Stevens Grip
Manieri Grip Este grip foi criado por Mike Maineri, um vibrafonista de Nova York. Neste grip as baquetas de fora são seguras apenas pelo dedo mindinho, enquanto que as de dentro são seguras pelos restantes dedos.
Figura 15- Manieri Grip
Mallet Dampening Depois de se perceber as limitações do pedal relacionado aos abafamentos das lâminas, isto é, quando se precisava de abafar o pedal abafava todas as notas logo não
era possível abafar uma só nota e deixar as outras a vibrar. Com esta limitação os vibrafonistas começaram a desenvolver várias técnicas de abafamento para lâminas, isto aumentou a possibilidade de os instrumentistas se expressarem melhor musicalmente. O que se usa mais frequentemente para abafar as lâminas são as baquetas utilizadas para tocar vibrafone. Muitas vezes também se pode usar as mãos, os dedos e o corpo. Na maior parte dos casos, o sinal de abafamento sem se usar o pedal é marcado por um “X” após a nota que se quer abafar. Sejourné e Friedman acrescentaram um sinal diferente para os ab afamentos chamados de “Dead Stroke”, que é marcado por um “+” por cima da nota que é para ser abafada.
Existem 8 tecnicas diferentes de abafamento sem se utiizadar o pedal que são:
Dead Stroke- Ataque da baqueta sobre a lâmina sem qualquer ressalto isto é quando tocamos a baqueta permanece na lâmina acabando com a sua vibração dando um som muito curto e seco.
Figura 16- Dead Stroke
Slide Dampening- O slide dampening consiste em abafar uma ou duas lâminas ao mesmo tempo em que se tocam outras notas com a mesma mão com o deslize da mão.
Figura 17. Slide Dampening
Opposite hand combinations- Este tipo de abafamento consiste em tocarmos uma nota com uma baqueta de uma mão e com uma baqueta da mão oposta abafar essa nota. A nota deve de ser abafada ao mesmo tempo que a outra nota é tocada.
Figura 18- Opposite hand
Same mallet combinations- este tipo de dampening é utilizado quando uma mão abafa as notas que toca com essa mão, normalmente é a mão esquerda na região grave e a mão direita na região aguda. Hand Dampening- O interprete neste tipo de abafamento vai usar as suas mãos ou dedos para abafar as lâminas.
Fi ura 19- Hand Dam enin
Double stops- Este tipo de abafamento e quando tocamos duas notas com uma mão, de seguinda outras duas com a outra mão e abafamos ao mesmo tempo as duas notas anteriores. Exempl: tocamos duas notas com a mão direita e de pois a mão esquerda toca duas notas ao mesmo tempo, quando a mão esquerda toca a mão direita abafa as duas notas que tocou. Mallet to Mallet- Este tipo de abafamento consiste em abafar e tocar notas com a mesma não, não confundindo com o slide dampening que abafa e toca as notas com as mesmas baquetas. Neste tipo de abafamento podemos por exemplo com a baqueta 1 tocar um dó e com a baqueta 2 um lá enquanto a baqueta 1 abafa o dó.
Body Dampening- O body dampening consiste em abafar as laminas com abdómen. A desvantagem deste abafamento é que só podemos abafar as notas naturais.
É importante frisar que em todos nestes tipos de abafamentos (expecto nos que se usam o corpo) as baquetas não se devem de ouvir a bater na lamina.
O grande objetivo dos dampenings é abafar a ressonância das notas que ficam fora da tonalidade da musica que podem causar certas dissonâncias á música. Todos os tipos de abafamentos podem ser usados da maneira que melhor convém ao interprete utiliza-los. Estas técnicas não têm de ser independentes umas das outras e toas são adaptáveis e podem ser utilizadas entre si permitindo uma melhor comodidade a tocar e uma melhor execução musical.
Pedaling Pedal aberto- A barra de abafamento tem de estar completamente desencostado das laminas. Pedal fechado- Não há nenhum apoio no pedal, a barra de abafamento esta totalmente encostada ás lâminas. Meio pedal- O pedal está meio apoiado, criando um meio termo entre o pedal aberto e o pedal fechado, isto é as laminas vão vibrar mas não tanto como se o pedal tivesse desencostado e esta ao mesmo tempo abafado mas não tanto como o pedal fechado. Este tipo de pedal torna-se difícil de controlar porque um bocado de pressão sobre o pedal a mais o pedal fica aberto e um bocado de pressão a menos e o pedal fica fechado. Pedal gradual- O pedal gradual é quando abafamos ou desabafamos as laminas gradualmente, por exemplo, o pedal esta aberto e vai ser fechado gradualmente passando pelo meio pedal, ou visse versa.
A evolução do reportório do séc. XX, o timbre do vibrafone e autores importantes. Nas primeiras décadas do século XX o vibrafone começou a ser bastante utilizado na música jazz. Lionel Hampton e Adrian Rollini, ambos norte-americanos, são os primeiros a introduzir o vibrafone nesse estilo, desde pequenas formações até Big-bands. Após isso, vibrafonistas como Milt Jackson, Victor Feldman, David Friedman, Dave Samuels e principalmente Gary Burton, vão fazer com que o vibrafone se torne um instrumento importante no jazz. A busca por mais versatilidade técnica e mais interpretação junto com os seus vastos timbres teve a atenção de vários compositores ainda na primeira metade do século XX. Estes compositores começaram a compor obras onde o vibrafone começou a ter mais importância apesar de ainda ser um instrumento pouco conhecido.
Possivelmente a primeira obra erudita a utilizar o vibrafone foi a ópera “The Tigers” de Havergal Brian, onde o compositor pede a presença de dois vibrafones. Obras como “Trois petites liturgies” de Messiaen, “Sinfonia da Primavera” de Benjamin Britten e a ópera “Lulu” de Alban Berg, foram outras obras que contribuíram para a
utilização do instrumento no repertório erudito. Darius Milhaud foi um compositor muito importante não só por usar o vibrafone nas suas peças mas principalmente por ter escrito o primeiro concerto onde se utiliza o vibrafone, “Concerto para Marimba e Vibrafone” . O concerto foi escrito em duas semanas. Milhaud, enquanto aos timbres, foi muito específico fazendo muitas indicações de mudança de baquetas, num total de 14. O compositor pede, que nos primeiros 6 compassos da peça o percussionista toque com as mãos nas lâminas. Nos anos 50, o vibrafone cada vez se torna mais indispensável para a música contemporânea e nas composições sinfónicas. Na obra West Side Story, de Leonard Bernstein, encontra-se um famoso excerto para vibrafone, onde este exerce um papel de solista.
Figura 20- Excerto West Side Story
Stuart Suander Smith, em 1974 e 1975, compôs 3 peças para vibrafone solo com o nome de Links. Estas peças são consideradas composições de um grande nível musical e técnico, estas peças revolucionaram o repertório para o vibrafone, pois exige que o vibrafonista pesquise novas técnicas para a sua performance. Noutras peças, alguns compositores pedem a utilização de vários tipos de materiais nas suas composições. Estes materiais produzem diferentes sons, invulgares e epecificos, que estão relacionados com o timbre do instrumento. Christopher Deane, na obra intitulada “Mourning Dove Sonnet”, faz algumas coisas do género,
como por exemplo: abafar algumas lâminas especificas do instrumento em certas partes da obra, tocar com arcos nas lâminas o utilizar baquetas de glissando.
Figura 21.1- Mourning Dove Sonnet
Figura 21.2- Mourning Dove Sonnet
Anexos Figura 1- Vibrafone Musser de 3 oitavas. Figura 2.1- Constituição do vibrafone. Figura 2.2- Constituição do vibrafone. Figura 2.3- Constituição do vibrafone. Figura 2.4- Constituição do vibrafone. Figura 2.5- Constituição do vibrafone. Figura 3- Vibrafone de 3 oitavas. Figura 4- Vibrafone de 3 oitavas. Figura 5- Vibrafone de 3 oitavas e meia. Figura 6- Vibrafone de 4 oitavas. Figura 7.1- Baqueta de Vibrafone. Figura 7.2- Par de baquetas de vibrafone. Figura 7.3- Baqueta de Vibrafone. Figura 8.1- Arco de Vibrafone. Figura 8.2- Arco de percussão (a baqueta não está pegada ao arco como mostra a imagem). Figura 9- Cabos Cruzados. Figura 10.1- Tradicional Grip Figura 10.2- Tradicional Grip Figura 10.3- Tradicional Grip Figura 10.4- Tradicional Grip Figura 11.1- Burton Grip Figura 11.2- Burton Grip Figura 11.3- Burton Grip Figura 11.4- Burton Grip
Figura 12- Cabos não cruzados Figura 13.1- Musser Grip Figura 13.2- Musser Grip Figura 13.3- Musser Grip Figura 14.1- Stevens Grip Figura 14.2- Stevens Grip Figura 14.3- Stevens Grip Figura 14.4- Stevens Grip Figura 14.5- Stevens Grip Figura 14.6- Stevens Grip Figura 14.7- Stevens Grip Figura 14.8- Stevens Grip Figura 14.9- Stevens Grip Figura 15- Manieri Grip Figura 16- Dead Stroke Figura 17- Slide Dampening Figura 18- Opposite hand Figura 19- Hand Dampening Figura 20- Excerto West Side Story Figura 21.1- Mourning Dove Sonnet Figura 21.2- Mourning Dove Sonnet
Bibliografia http://ria.ua.pt/bitstream/10773/1141/1/2008001240.pdf - Exploração timbrica no Vibrafone- Fernando Chaib Tese de Doutorado Eliana Sulpicio- O desenvolvimento da técnica a 4 baquetas para marimba.
Conclusão Como percussionista, aprendi várias coisas a respeito do vibrafone que eu não conhecia. Fiquei a saber mais sobre a história do instrumento , sobre a evolução do seu reportório e sobre as técnicas. Espero que com este trabalho outros percussionistas também consigam saber mais sobre o vibrafone, a sua história, sobre o seu reportório e sobre as suas técnicas. Também espero que pessoas que não percebam de música também consigam percebem o que é o vibrafone e tudo o que se pode fazer com ele.