Norma Portuguesa
NP EN 1338 2009
Blocos prefabricados de betão para pavimentos Requisitos e métodos de ensaio Pavés en béton Prescriptions et méthodes d’essai Concrete paving blocks Requirements and test methods
ICS 93.080.20
HOMOLOGAÇÃO Termo de Homologação n.º 203/2009, de 2009-09-10
DESCRITORES Blocos; elementos prefabricados; betões; pavimentos; ensaios; passeios; estradas; parques CORRESPONDÊNCIA Versão portuguesa da EN 1338:2003 + AC:2006
ELABORAÇÃO CTCV/ANIPB EDIÇÃO Outubro de 2009 CÓDIGO DE PREÇO X019
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PORTUGAL
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Preâmbulo nacional À Norma Europeia EN 1338:2003 + AC:2006, foi dado estatuto de Norma Portuguesa em 2003-09-22 (Termo de Adopção nº 1306/2003, de 2003-09-22). A presente versão portuguesa foi elaborada pelo ONS*) /CTCV em colaboração com a CT 121 “Produtos préfabricados de betão” a qual é coordenada pelo ONS/ANIPB.
*)
ONS − Organismo Organismo de Normalização Sectorial.
NORMA EUROPEIA
EN 1338
EUROPÄISCHE NORM
Maio 2003
NORME EUROPÉENNE
+ AC
EUROPEAN STANDARD
Maio 2006
ICS: 93.080.20 Versão portuguesa
Blocos prefabricados de betão para pavimentos Requisitos e métodos de ensaio Pflastersteine aus Beton Anforderungen und Prüfverfahren
Pavés en béton Prescriptions et méthodes d’essai
Concrete paving blocks Requirements and test methods
A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 1338:2003 + AC:2006, e tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade. Esta Norma Europeia e a sua Corrigenda foram ratificadas pelo CEN em 2002-10-16 e 2006-05-17. Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define as condições de adopção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação. Podem ser obtidas listas actualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN. A presente Norma Europeia e Corrigenda existem nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.
CEN Comité Europeu de Normalização Europäisches Komitee für Normung Comité Européen de Normalisation European Committee for Standardization Secretariado Central: Avenue Marnix 17, B-1000 Bruxelas
2003 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN
©
Ref. nº EN 1338:2003 + AC:2006 Pt
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Sumário
Página
Preâmbulo nacional............................................................................................. nacional................................................................................................................................. ....................................
2
Preâmbulo ................................................................ ................................................................................................................................. ................................................................................ ...............
8
1 Objectivo e campo de aplicação ............................................................. .......................................................................................................... .............................................
9
2 Referências normativas..................................................................................... normativas........................................................................................................................ ...................................
9
3 Termos e definições ........................................................... ............................................................................................................................ .....................................................................
10
4 Requisitos para os materiais................................................................................................................
12
5 Requisitos para os produtos...................................................................... produtos................................................................................................................. ...........................................
12
6 Avaliação da conformidade ......................................................... ................................................................................................................. ........................................................
17
7 Marcação............................................................. Marcação .............................................................................................................................. .................................................................................. .................
23
8 Relatório de ensaio ............................................................ ............................................................................................................................. .....................................................................
23
Anexo A (normativo) Planos de inspecção........................................... inspecção.............................................................................................. ...................................................
25
A.1 Inspecção do equipamento...............................................................................................................
25
A.2 Inspecção dos materiais............................................................. materiais.................................................................................................................... .......................................................
26
A.3 Inspecção do processo de produção ........................................................ ................................................................................................ ........................................
27
A.4 Inspecção do produto ................................................................ ....................................................................................................................... .......................................................
27
A.5 Regras de passagem de um nível de inspecção para outro ....................................................... ........................................................... ....
28
Anexo B (normativo) Procedimento para ensaios de aceitação de uma remessa na entrega.............
29
B.1 Generalidades........................................................................... Generalidades.................................................................................................................................... .........................................................
29
B.2 Procedimento de amostragem.................................................. amostragem.......................................................................................................... ........................................................
29
B.3 Critério de conformidade.................................................................................................................
30
Anexo C (normativo) Medição das dimensões de um bloco isolado.....................................................
31
C.1 Preparação ........................................................ ......................................................................................................................... ................................................................................ ...............
31
C.2 Dimensões planas.................................................................................................................. planas.............................................................................................................................. ............
31
C.3 Espessura....................................................................................................... Espessura........................................................................................................................................... ....................................
31
C.4 Planaridade e curvatura ........................................................... .................................................................................................................. .......................................................
31
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C.5 Chanfro.................................... Chanfro..................................................................................................... ........................................................................................................... ..........................................
32
C.6 Espessura da camada de desgaste............................................................... desgaste .................................................................................................... .....................................
32
C.7 Exemplos de equipamento de medição ......................................................... ............................................................................................ ...................................
32
C.8 Relatório de ensaio ............................................................... ............................................................................................................................ .............................................................
34
Anexo D (normativo) Determinação da resistência ao gelo/degelo em presença de sal descongelante descongelante 35 D.1 Princípio ........................................................ ......................................................................................................................... ..................................................................................... ....................
35
D.2 Provete......................................................... Provete .......................................................................................................................... ....................................................................................... ......................
35
D.3 Materiais....................................................... Materiais........................................................................................................................ ...................................................................................... .....................
35
D.4 Aparelhos e utensílios.................................................................................. utensílios........................................................................................................................ ......................................
35
D.5 Preparação dos provetes ................................................................ ................................................................................................................... ...................................................
37
D.6 Procedimento ............................................................ ............................................................................................................................. ......................................................................... ........
38
D.7 Cálculo dos resultados........................................................... resultados....................................................................................................................... ............................................................
40
D.8 Relatório de ensaio ............................................................... ............................................................................................................................ .............................................................
40
Anexo E (normativo) Determinação da absorção de água.....................................................................
41
E.1 Princípio ........................................................ ......................................................................................................................... ..................................................................................... ....................
41
E.2 Provete ........................................................ ......................................................................................................................... ........................................................................................ .......................
41
E.3 Materiais............................................................................................................. Materiais............................................................................................................................................. ................................
41
E.4 Aparelhos e utensílios............................................................ utensílios ........................................................................................................................ ............................................................
41
E.5 Preparação dos provetes ................................................................ ................................................................................................................... ...................................................
42
E.6 Procedimento ............................................................ ............................................................................................................................. ......................................................................... ........
42
E.7 Cálculo dos resultados....................................................................................................................... resultados.......................................................................................................................
42
E.8 Relatório de ensaio............................................................... ensaio............................................................................................................................. ..............................................................
42
Anexo F (normativo) Determinação da resistência à tracção por compressão.................................... compressão ....................................
43
F.1 Aparelhos e utensílios ............................................................ ........................................................................................................................ ............................................................
43
F.2 Preparação.......................................................................... Preparação.......................................................................................................................................... ................................................................
44
F.3 Procedimento....................................................................... Procedimento...................................................................................................................................... ...............................................................
44
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F.4 Cálculo dos resultados .............................................................. ...................................................................................................................... ........................................................
45
F.5 Relatório de ensaio......................................................... ensaio .......................................................................................................................... .....................................................................
46
Anexo G (normativo) Determinação da resistência ao desgaste por abrasão .....................................
47
G.1 Princípio do ensaio de desgaste com disco largo..................................................................... largo............................................................................ .......
47
G.2 Material abrasivo ......................................................... .......................................................................................................................... .................................................................... ...
47
G.3 Aparelhos e utensílios................................................................ utensílios....................................................................................................................... .......................................................
47
G.4 Calibração ......................................................... .......................................................................................................................... ................................................................................ ...............
51
G.5 Preparação do provete ............................................................ ..................................................................................................................... .........................................................
51
G.6 Procedimento ................................................................ ................................................................................................................................. .................................................................... ...
52
G.7 Medição da incisão ........................................................ ......................................................................................................................... .....................................................................
52
G.8 Cálculo dos resultados......................................... resultados.......................................................................................................... ............................................................................. ............
53
G.9 Relatório de ensaio ........................................................ ......................................................................................................................... .....................................................................
53
Anexo H (normativo) Medição da abrasão pelo ensaio de B öhme.................................................... hme....................................................... ...
54
H.1 Princípio ............................................................. .............................................................................................................................. ............................................................................... ..............
54
H.2 Material abrasivo ......................................................... .......................................................................................................................... .................................................................... ...
54
H.3 Aparelhos e utensílios................................................................ utensílios....................................................................................................................... .......................................................
54
H.4 Preparação dos provetes .......................................................... .................................................................................................................. ........................................................
56
H.5 Procedimento ................................................................ ................................................................................................................................. .................................................................... ...
57
H.6 Cálculo dos resultados......................................... resultados.......................................................................................................... ............................................................................. ............
57
H.7 Relatório de ensaio ........................................................ ......................................................................................................................... .....................................................................
57
Anexo I (normativo) Método para a determinação do valor da resistência ao escorregamento sem polimento (USRV) ................................................................ ................................................................................................................................. .....................................................................
58
I.1 Princípio.......................................................................................................... Princípio.............................................................................................................................................. ....................................
58
I.2 Aparelhos e utensílios ....................................................... ........................................................................................................................ .................................................................
58
I.3 Calibração........................................................... Calibração............................................................................................................................ ................................................................................ ...............
62
I.4 Amostragem........................................................................................ Amostragem........................................................................................................................................ ................................................
63
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I.5 Procedimento.................................................. Procedimento................................................................................................................... ..................................................................................... ....................
63
I.6 Cálculo dos resultados............................................................ resultados ........................................................................................................................ ............................................................
63
I.7 Relatório de ensaio...................................................................................... ensaio.............................................................................................................................. ........................................
63
Anexo J (normativo) Verificação dos aspectos visuais.............................................................. visuais ........................................................................... .............
64
J.1 Preparação ............................................................... ................................................................................................................................ ........................................................................... ..........
64
J.2 Procedimento ............................................................ ............................................................................................................................. .......................................................................... .........
64
Anexo K (informativo) Exemplo de aplicação do método para avaliação da conformidade da resistência à tracção por compressão por variáveis (6.3.8.3.B)............................................................
65
K.1 Generalidades ........................................................... ............................................................................................................................ ......................................................................... ........
65
K.2 Fórmula base ........................................................... ............................................................................................................................ .......................................................................... .........
65
K.3 Factores de aceitação .......................................................... ........................................................................................................................ ..............................................................
65
K.4 Desvios padrão s ................................................................................................................................
65
K.5 Aplicação das regras de passagem de um nível de inspecção para outro.....................................
66
K.6 Resultados................................................................ Resultados ................................................................................................................................. .......................................................................... .........
66
Anexo ZA (informativo) Secções desta Norma Europeia relativas a requisitos essenciais ou a outras disposições da Directiva Europeia dos Produtos de Construção (89/106/CEE) ................................. 68 ZA.1 Objectivo, campo de aplicação e características relevantes........................................................ relevantes ........................................................
68
ZA.2 Procedimentos para atestação da conformidade ............................................................. ......................................................................... ............
70
ZA.3 Marcação CE e etiquetagem ........................................................ .......................................................................................................... ..................................................
71
Anexo NA (informativo) Correspondência entre as normas europeias e internacionais referidas na presente Norma e as normas nacionais ............................................................. .................................................................................................. .....................................
73
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Preâmbulo A presente Norma foi elaborada pelo CEN/TC 178 “Paving units and kerbs”, cujo secretariado é assegurado pelo BSI. A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto idêntico, seja por adopção, o mais tardar em Novembro de 2003 e as normas nacionais divergentes devem ser anuladas o mais tardar em Fevereiro de 2005. A presente Norma foi elaborada no âmbito dos Mandatos M/119 e M/122 atribuídos ao CEN pela Comissão Europeia e pela Associação Europeia de Comércio Livre e vem apoiar requisitos essenciais da(s) Directiva(s) da UE. Para relacionamento com a Directiva dos Produtos de Construção, ver o Anexo informativo ZA, que é parte integrante deste documento. De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. Não é substituída nenhuma Norma Europeia existente. Os Anexos B, C, D, E, F, G, H, I e J são normativos, os Anexos A, K e ZA são informativos.
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1 Objectivo e campo de aplicação Esta Norma Europeia especifica os materiais, as propriedades, os requisitos e os métodos de ensaio a utilizar no fabrico de blocos de pavimento de betão não armados e acessórios complementares. É aplicável a blocos de pavimento e acessórios prefabricados de betão para vias pedonais, circulação de veículos e revestimentos de coberturas, por exemplo: passeios, logradouros, pistas para velocípedes, parques de estacionamento para viaturas, arruamentos, auto-estradas, áreas industriais (incluindo docas e portos), pavimentos de pistas para aviões, estações de autocarros e postos de abastecimento de combustíveis. No caso de uso frequente de pneus pitonados são por vezes necessários requisitos adicionais. A presente Norma não trata da percepção táctil ou visual dos blocos de pavimento nem de blocos de pavimento permeáveis. Esta Norma estabelece a marcação do produto e a avaliação da conformidade do produto com esta Norma.
2 Referências normativas A presente Norma inclui, por referência, datada ou não, disposições relativas a outras normas. Estas referências normativas são citadas nos lugares apropriados do texto e as normas são listadas a seguir. Para referências datadas, as emendas ou revisões subsequentes de qualquer destas normas, só se aplicam à presente Norma se nela incorporadas por emenda ou revisão. Para referências não datadas aplica-se a última edição do documento referido (incluindo as emendas). Quenched and tempered steels – Part 2: Technical delivery conditions for unalloyed EN 10083-2 quality steels. Common rules for precast concrete products EN 13369 EN ISO 4288
Geometric product specification (GPS) – Surface texture: Profile method – Rules and procedures for the assessment assessment of surface texture (ISO 4288:1996)
EN ISO 6506-1 Metallic materials – Brinell hardness test – Part 1: Test method (ISO (ISO 6506-1:2005) EN ISO 6506-2 Metallic materials – Brinell hardness test – Part 2: Verification and calibration of testing machines (ISO 6506-2:2005) EN ISO 6506-3 Metallic materials – Brinell hardness test – Part 3: Calibration of reference blocks (ISO 6506-3:2005) ISO 48*) Rubber, vulcanized or thermoplastic - Determination of hardness (hardness between 10 IRHD and 100 IRHD) ISO 4662*)
Rubber – Determination of rebound resilience of vulcanizates
ISO 7619*)
Rubber – Determination of indentation hardness by means of pocket hardness meters
ISO 7873
Control charts for arithmetic average with warning limits
ISO 7966
Acceptance control charts
ISO 8486-1
Bond abrasives – Determination and designation of grain size distribution – Macrogrits F4 to F220
*)
Ver Anexo NA (nota nacional).
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3 Termos e definições Para os fins da presente Norma aplicam-se os seguintes termos t ermos e definições:
3.1 aresta Parte de um bloco onde se encontram duas faces. A aresta pode ser biselada, arredondada, chanfrada, com raio circular ou sutada. 3.2 bloco de betão para pavimento Elemento de betão prefabricado que se utiliza como material de pavimentação e que satisfaz as seguintes condições: a uma distância de 50 mm a partir de qualquer bordo, nenhuma secção transversal apresenta uma dimensão horizontal inferior a 50 mm; o seu comprimento total a dividir pela sua espessura é menor ou igual a quatro. -
-
NOTA:
Estas duas condições não se aplicam aos acessórios complementares.
3.3 acessório complementar Unidade, por vezes uma parte de um bloco, utilizado para preencher um espaço de modo a que uma determinada área fique completamente pavimentada. 3.4 bloco para pavimento permeável Bloco cuja estrutura permite a passagem de água através dele. 3.5 comprimento total Lado maior do rectângulo com a menor área capaz de conter o bloco, excluindo qualquer nervura de espaçamento. 3.6 largura total Lado menor do rectângulo com a menor área capaz de conter o bloco, excluindo qualquer nervura de espaçamento. 3.7 espessura Distância entre a face superior e a face de assentamento do bloco. 3.8 nervuras de espaçamento Pequenos perfis salientes nas faces laterais do bloco. 3.9 face superior Superfície visível após a aplicação. 3.10 face de assentamento Superfície em contacto com a superfície de assentamento após a aplicação, geralmente paralela à face superior.
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3.11 camada de desgaste Camada de betão na face superior de um bloco de material e/ou propriedades diferentes das do corpo principal ou da face de assentamento. Não deverá ser confundida com barbotina, que é constituída por uma fina camada de argamassa ou calda de cimento aplicada na superfície do bloco.
NOTA:
3.12 sutamento Ângulo formado por uma face lateral com o plano vertical sobre a altura total do bloco, como apresentado na Figura 1.
α
Legenda: 1 Chanfro 2 Espessura α Sutamento
Figura 1 − Exemplo do chanfro e sutamento
3.13 chanfro Aresta biselada, como apresentado na Figura 1. 3.14 dimensão de fabrico Qualquer dimensão especificada para o fabrico de um bloco, com a qual a dimensão real deverá estar conforme, dentro de desvios admissíveis. 3.15 processamento secundário Processo de produção para texturar todo o bloco ou qualquer superfície dele, realizado após moldagem, antes ou depois do endurecimento. 3.16 dimensão efectiva Dimensão medida de um bloco.
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3.17 face lateral ranhurada Reentrância em qualquer face lateral de um bloco de betão para pavimento. 3.18 resistência ao deslizamento Capacidade da superfície de rodagem em manter a aderência dos pneumáticos de um veículo. 3.19 resistência ao escorregamento e scorregamento Capacidade da superfície pedonal em manter a aderência do pé de um peão. 3.20 dimensões Dimensões de fabrico de um bloco, especificadas em função do comprimento total, largura total e espessura. 3.21 barbotina Fina camada de argamassa ou calda de cimento aplicada sobre a superfície dos elementos.
4 Requisitos para os materiais 4.1 Generalidades Na produção de blocos de betão para pavimento devem ser utilizados apenas materiais com aptidão estabelecida relativamente às suas propriedades e desempenho. Os requisitos de aptidão dos materiais utilizados devem ser apresentados na documentação de controlo da produção do produtor. Quando as propriedades e o desempenho dos materiais tenham sido demonstrados por conformidade com as especificações relevantes, não é necessário realizar mais ensaios. É apresentado no Anexo A um esquema de referência para inspecção de materiais. 4.2 Amianto Não devem ser utilizados amianto ou materiais contendo amianto.
5 Requisitos para os produtos 5.1 Generalidades Os requisitos de desempenho dos blocos de betão para pavimento são definidos por classes a que estão associadas designações de marcação. Os blocos poderão ser fabricados, no seu todo, com um só betão ou com betões diferentes na camada de desgaste e na face de assentamento. Quando os blocos forem fabricados com uma camada de desgaste esta deve ter, medida de acordo com o Anexo C, uma espessura mínima de 4 mm em toda a área declarada pelo produtor. Devem ser ignoradas as partículas isoladas de agregados salientes na camada de desgaste. A camada de desgaste deve ser parte integrante do bloco.
NP EN 1338 2009 p. 13 de 73 Uma aresta descrita como ortogonal poderá ser biselada ou arredondada, o desvio de esquadria das suas dimensões horizontais e verticais não deve exceder e xceder 2 mm. Uma aresta biselada que exceda 2 mm deve ser considerada como chanfro. As suas dimensões devem ser declaradas pelo produtor. Os blocos poderão ser fabricados com relevos funcionais e/ou decorativos, os quais não devem ser incluídos nas dimensões de fabrico dos blocos. A superfície dos blocos poderá ser modificada por meios físicos ou químicos, em processo secundário; estes acabamentos ou tratamentos devem ser descritos e declarados pelo produtor.
5.2 Forma e dimensões 5.2.1 Generalidades Todas as referências a dimensões, nesta secção, são relativas a dimensões de fabrico. É apresentado na secção 6.3.8.1 o critério de conformidade correspondente a cada requisito considerado separadamente. As dimensões e as tolerâncias devem ser medidas de acordo ac ordo com o Anexo C. 5.2.2 Dimensões de fabrico As dimensões de fabrico devem ser declaradas pelo produtor. 5.2.3 Nervuras de espaçamento, sutamento, ranhuras e perfis nas faces laterais Os blocos poderão ser produzidos com nervuras de espaçamento, sutamento, ranhuras e perfis nas faces laterais. Quando tal se verificar, o produtor deve declarar as suas dimensões de fabrico. NOTA:
As dimensões do espaço de colocação do bloco deverão incluir folga pa ra as juntas e tolerâncias.
5.2.4 Desvios admissíveis Os desvios admissíveis nas dimensões de fabrico declaradas pelo produtor são apresentados nos Quadros 1, 2 e 3. Quadro 1 – Desvios admissíveis Espessura do bloco mm < 100
Comprimento mm
Largura mm
Espessura mm
± 2
± 2
± 3
≥ 100
± 3
± 3
± 4
A diferença entre quaisquer duas medições da espessura de um bloco isolado deve ser ≤ 3 mm.
Para blocos não rectangulares os desvios devem ser declarados pelo produtor. Quando o comprimento das diagonais exceder 300 mm, a diferença máxima permitida entre as medições das duas diagonais de um bloco rectangular r ectangular é apresentada no Quadro 2.
NP EN 1338 2009 p. 14 de 73 Quadro 2 – Diferenças máximas
Classe
Marcação
Diferença máxima mm
1
J
5
2
K
3
Quando a dimensão máxima do bloco não exceder 300 mm, devem ser aplicados os desvios de planaridade e curvatura apresentados no Quadro 3, para uma face superior prevista como sendo plana. Noutros casos o produtor deve fornecer informação relativamente aos desvios. Quadro 3 – Desvios de planaridade e curvatura
Comprimento do calibre mm 300 400 NOTA:
Convexidade máxima mm 1,5 2,0
Concavidade máxima mm 1,0 1,5
Em casos de aplicações especiais, tais como aeroportos, podem ser requeridos outros desvios.
5.3 Propriedades físicas e mecânicas 5.3.1 Generalidades Os blocos devem estar em conformidade com os requisitos a seguir indicados, assim que sejam declarados adequados ao uso pelo produtor. Quando os acessórios complementares não possam ser ensaiados de acordo com a presente Norma, consideram-se conformes com esta Norma, desde que seja assegurado que a qualidade do betão é pelo menos igual à dos blocos conformes com esta Norma. 5.3.2 Resistência às condições climáticas 5.3.2.1 Método de ensaio A resistência às condições climáticas é determinada por ensaios, de acordo com o Anexo D para a resistência ao gelo/degelo ou de acordo com o Anexo E para a absorção de água e de acordo com os critérios de conformidade da secção 6.3.8.2. 5.3.2.2 Desempenho e classes Os blocos devem estar em conformidade com os requisitos dos Quadros 4.1 ou 4.2. A nível nacional poderão ser apresentadas recomendações, tais como classes de resistência às condições climáticas requeridas para assegurar a durabilidade para um dado país, nas utilizações para as quais o produto é colocado no mercado.
NP EN 1338 2009 p. 15 de 73 Quadro 4.1 – Absorção de água
Classe
Marcação
1 2
A B
Absorção de água % em massa desempenho não medido ≤ 6
Em condições específicas tais como contacto frequente das superfícies com condições de gelo em presença de sais descongelantes, poderão ter de ser satisfeitos os requisitos definidos no Quadro 4.2. Quadro 4.2 – Resistência ao gelo/degelo na presença de sais descongelantes
Classe
Marcação
3
D
Perda de massa após ensaio de gelo/degelo kg/m2 ≤ 1,0 em média com valores individuais não > 1,5
5.3.3 Resistência à tracção por compressão 5.3.3.1 Método de ensaio A resistência característica à ruptura por tracção T deve deve ser determinada por ensaios de acordo com o Anexo F e de acordo a cordo com os critérios de conformidade apresentados na secção 6.3.8.3. 5.3.3.2 Desempenho A resistência característica à ruptura por tracção T não deve ser inferior a 3,6 MPa. Nenhum resultado individual deve ser inferior a 2,9 MPa, nem deve haver nenhuma carga de ruptura inferior a 250 N/mm de comprimento da ruptura. 5.3.3.3 Durabilidade da resistência Sob condições normais de utilização e de exposição os blocos prefabricados deverão continuar a assegurar resistência satisfatória, desde que estejam em conformidade com a secção 5.3.3.2 e sejam sujeitos a manutenção normal. 5.3.4 Resistência à abrasão 5.3.4.1 Método de ensaio A resistência à abrasão é determinada pelo ensaio de Wide Wheel Abrasion (ver Anexo G), ou em alternativa, pelo ensaio de Böhme (ver Anexo H). O ensaio de Wide Wheel Abrasion é o ensaio de referência. 5.3.4.2 Desempenho e classes Os requisitos para a resistência à abrasão são apresentados no Quadro 5. Nenhum resultado individual deve ser superior ao valor requerido. re querido.
NP EN 1338 2009 p. 16 de 73 Quadro 5 – Classes de resistência à abrasão
Classe
Marcação
1 3 4
F H I
Requisito Medido de acordo com o método Em alternativa medido de acordo de ensaio descrito no com o método de ensaio descrito no Anexo G Anexo H Desempenho não medido < 23 mm < 20 mm
Desempenho não medido < 20 000 mm³/5000 mm2 < 18 000 mm3 /5000 mm2
5.3.5 Resistência ao escorregamento/deslizamen escorregamento/deslizamento to 5.3.5.1 Condições Os blocos prefabricados de betão para pavimento têm uma resistência satisfatória ao escorregamento/deslizamento desde que a sua superfície superior não tenha sido rectificada e/ou polida de forma a produzir uma superfície muito lisa. 5.3.5.2 Método de ensaio Se, num caso excepcional, for requerido um determinado valor para a resistência ao escorregamento/deslizamento, deve ser utilizado o método de ensaio descrito no Anexo I e o menor valor dessa resistência deve ser declarado. Se a superfície do bloco contiver saliências, ranhuras ou outras características superficiais que impeçam a realização do ensaio com o equipamento do pêndulo de atrito, o produto é considerado como satisfazendo os requisitos desta Norma sem realização de ensaios. Quando o bloco é demasiado pequeno para disponibilizar a área de ensaio, o produtor deve ensaiar um bloco maior com o mesmo acabamento superficial do bloco em questão. O valor da resistência ao escorregamento/deslizamento refere-se a blocos tal como produzidos e contribui para garantir a adequada resistência ao escorregamento/deslizamento quando aplicados.
NOTA:
5.3.5.3 Durabilidade da resistência ao escorregamento/deslizamento Sob condições normais de utilização os blocos prefabricados de betão para pavimento apresentam resistência satisfatória ao escorregamento/deslizamento durante a vida útil do produto, desde que sujeitos a manutenção normal e a menos que uma grande proporção de agregados excessivamente polidos se encontre exposta na superfície superior. O TC 178 WG 4 está a desenvolver um método de ensaio baseado no desempenho para a durabilidade da resistência ao escorregamento/deslizamento.
NOTA:
5.3.6 Desempenho ao fogo 5.3.6.1 Reacção ao fogo Os blocos de betão para pavimento são da Classe A1 de reacção ao fogo, sem realização de ensaios.1)
1)
É feita referência à Decisão da Comissão 96/603/EC, tal como emendada.
NP EN 1338 2009 p. 17 de 73
5.3.6.2 Desempenho ao fogo exterior Os blocos de betão para pavimento utilizados em revestimentos de cobertura são considerados como satisfazendo os requisitos de desempenho ao fogo exterior sem necessidade de realização de ensaios.2) 5.3.7 Condutibilidade térmica Se os blocos de betão tiverem de contribuir para o desempenho térmico de um elemento, então o produtor deve declarar a condutibilidade térmica utilizando como referência de especificação a EN 13369. 5.4 Aspectos visuais 5.4.1 Aspecto A face superior dos blocos de betão para pavimento não deve apresentar defeitos tais como fissuras ou esfoliações quando analisados de acordo com o Anexo J. No caso de blocos com duas camadas e quando analisados de acordo com o Anexo J, não deve ocorrer delaminação (isto é, separação) entre as camadas. No caso de ocorrência de eflorescências estas não são prejudiciais ao desempenho dos blocos na utilização e não são consideradas significativas.
NOTA:
5.4.2 Textura A textura deve ser descrita pelo produtor, no caso de blocos com texturas text uras superficiais especiais. Quando analisados de acordo com o Anexo J, deve ser estabelecida a conformidade se não existirem diferenças significativas de textura relativamente às amostras fornecidas pelo produtor e aprovadas pelo cliente. Variações de uniformidade na textura dos blocos podem ser causadas por variações inevitáveis das propriedades das matérias-primas e por variações de endurecimento e não são consideradas significativas.
NOTA:
5.4.3 Cor Os corantes poderão ser aplicados na camada de desgaste ou em todo o bloco, de acordo com o critério do produtor. Quando analisados de acordo com o Anexo J, deve ser estabelecida a conformidade se não existirem diferenças significativas de cor relativamente às amostras fornecidas pelo produtor e aprovadas pelo cliente. Variações de uniformidade na cor dos blocos podem ser causadas por variações inevitáveis das condições de exposição (sombra), das propriedades das matérias-primas e por variações de endurecimento e não são consideradas significativas.
NOTA:
6 Avaliação da conformidade 6.1 Generalidades Relativamente à realização de ensaio, o produtor poderá agrupar os produtos em famílias, quando for considerado que esse valor para uma propriedade seleccionada é comum a todos os produtos dessa família. São exemplo de famílias: 2)
Ver Decisão da Comissão 2000/553/EC .
NP EN 1338 2009 p. 18 de 73 1) famílias de resistência: blocos produzidos utilizando o mesmo tipo de materiais e os mesmos métodos de produção, independentemente das dimensões e cores; NOTA:
A carga de ruptura depende da espessura do bloco.
2) famílias de superfícies: blocos com acabamento superficial utilizando o mesmo agregado principal utilizado na produção (p. ex. gravilha natural de rio, granito britado, pórfiro, basalto ou calcário) e com o mesmo tratamento superficial do produto acabado, independentemente das dimensões e cores.
6.1.1 Demonstração da conformidade O produtor deve demonstrar a conformidade do seu produto com os requisitos desta Norma e com os valores declarados (níveis ou classes) para as propriedades do produto, procedendo a: ensaios de tipo do produto (ver 6.2); controlo da produção em fábrica (ver 6.3), incluindo ensaios do produto. -
6.1.2 Avaliação da conformidade Adicionalmente, a conformidade do produto com esta Norma poderá ser verificada: quer por parte terceira que inspeccione os ensaios de tipo do produtor e os procedimentos de controlo da produção em fábrica; quer por ensaios de aceitação de uma remessa na entrega (p. ex., em caso de litígio, ver Anexo B). -
-
6.2 Ensaio de tipo do produto 6.2.1 Ensaios de tipo iniciais Os ensaios de tipo inicial devem ser realizados para demonstrar a conformidade com esta Norma, no início da produção de um novo tipo de produto ou de uma família de tipos de produtos, ou quando uma nova linha de produção for activada, para confirmar que as propriedades atingidas satisfazem os requisitos desta Norma e os valores declarados pelo produtor. Quando o produto tenha sido ensaiado previamente de acordo com a presente Norma (mesmo produto, mesmas características, mesmos ou mais exigentes métodos de ensaio e procedimentos de amostragem requeridos), o resultado poderá ser utilizado para satisfazer os ensaios de tipo inicial. 6.2.2 Outros ensaios de tipo Sempre que ocorra uma alteração das matérias-primas, das proporções utilizadas ou do equipamento ou processo de produção, que possa alterar significativamente algumas ou todas as propriedades do produto acabado, os ensaios de tipo devem ser repetidos, para a(s) propriedade(s) seleccionada(s). NOTA:
Exemplos de alterações significativas: 1) Alteração da gravilha natural de rio para agregados de pedra britada ou alteração do tipo de cimento ou da sua classe; 2) Substituição parcial de cimento por adições.
Para a resistência à abrasão e às condições climáticas, os ensaios de tipo devem ser repetidos periodicamente com a frequência apresentada no Quadro 6, mesmo quando não ocorram alterações.
NP EN 1338 2009 p. 19 de 73 Quadro 6 – Repetição periódica dos ensaios de tipo
Propriedade Abrasão (apenas as Classes 3 e 4)
Frequência Uma vez por ano, por família de superfícies
Resistência às condições climáticas (apenas Uma vez por ano, por família de superfícies 1) Classe 3) 1)
Se, para uma família de superfícies, o resultado de um ensaio de tipo (perda de massa) for inferior a 50 % do valor requerido, a frequência de ensaio poderá ser reduzida para uma vez em cada dois anos. Se, para uma família de superfícies, os ensaios regulares de absorção de água, com frequência para a Classe 2 de produtos (ver 6.3.8.2), forem realizados para demonstrar conformidade relativamente aos blocos submetidos a ensaios de gelo/degelo, a frequência de ensaio requerida poderá ser reduzida para uma vez em cada dois anos. Se ambas as condições se verificarem, a frequência de ensaio poderá ser reduzida para uma vez em cada quatro anos.
6.2.3 Amostragem, ensaios e critérios de conformidade O número de blocos a ensaiar deve estar de acordo com o Quadro 7, para cada uma das propriedades seleccionadas. Quadro 7 – Plano de amostragem e critérios de conformidade para ensaios de tipo inicial e seguintes Propriedade
Requisitos
Método de ensaio
Aspectos visuais
5.4
Anexo J
Espessura da camada de desgaste
5.1
C.6 2)
Forma e dimensões
5.2
Anexo C 2)
Número de blocos
Critérios de conformidade
20 1)
Nenhum bloco deve apresentar fissuras, esfoliações ou delaminações 2)
8
Cada bloco deve cumprir os requisitos
8 1)
Cada bloco deve cumprir os requisitos para a classe declarada
Resistência à tracção por compressão e carga de ruptura
5.3.3
Anexo F
8
Nenhum bloco deve ter uma resistência à tracção inferior a 3,6 MPa ou uma carga de ruptura inferior a 250 N/mm
Resistência à abrasão (apenas Classes 3 e 4)
5.3.4
Anexo G ou H
3
Cada bloco deve cumprir os requisitos para a classe declarada
5.3.5
Anexo I
5
A média de cinco blocos deve ser declarada
5.3.2
Anexo E
3
Nenhum bloco deve ter uma absorção de água superior a 6 % em massa
5.3.2
Anexo D
3
Resistência ao escorregamento/ deslizamento (apenas quando ensaiada) Resistência às condições climáticas - Classe 2 - Classe 3
1) 2)
Estes blocos poderão ser utilizados em en saios subsequentes.
A secção C.6 aplica-se apenas para blocos com camada de desgaste.
A média de três blocos não deve ser superior a 1,0 kg/m 2 e nenhum resultado individual maior que 1,5 kg/m2
NP EN 1338 2009 p. 20 de 73 Os ensaios de tipo devem ser realizados de acordo com os métodos de ensaio respectivos mencionados na presente Norma. Os ensaios de tipo são normalmente realizados com o equipamento de ensaio do produtor. Os resultados dos ensaios devem ficar registados.
6.3 Controlo da produção em fábrica 6.3.1 Generalidades O produtor deve estabelecer, documentar e manter um sistema de controlo da produção em fábrica para assegurar que os produtos colocados no mercado estão conformes com os valores especificados ou declarados. O sistema de controlo da produção em fábrica deve consistir em procedimentos, inspecções e ensaios regulares e na utilização dos resultados para controlar as matérias-primas e outros materiais envolvidos, o equipamento, o processo de produção e o produto. É apresentado no Anexo A um exemplo de um plano de inspecção adequado para o controlo da produção em fábrica. Os resultados das inspecções que requerem acções e os resultados dos ensaios devem ser registados. Devem ser apresentadas as acções desenvolvidas quando os valores de controlo ou os critérios não são atingidos. 6.3.2 Equipamento Todo o equipamento de pesagem, de medição e de ensaio deve ser calibrado e inspeccionado regularmente de acordo com os procedimentos, as frequências e os critérios documentados. É apresentado no Anexo A.1 um plano de inspecção para o equipamento. 6.3.3 Matérias-primas e outros materiais envolvidos As especificações de todos os materiais incorporados devem ser documentadas. É apresentado no Anexo A.2 um plano de inspecção para as matérias-primas. 6.3.4 Processo de produção As características relevantes das instalações fabris e do processo de produção devem ser definidas, com indicação da frequência das inspecções e dos ensaios, conjuntamente com os critérios requeridos, quer para o equipamento quer para o processo. É apresentado no Anexo A.3 um plano de inspecção para o processo produtivo. 6.3.5 Ensaios do produto Deve ser preparado e implementado um plano de amostragem e de ensaio dos produtos. A amostra deve ser representativa da produção. Os ensaios devem ser realizados de acordo com os métodos enunciados nesta Norma ou aplicados métodos de ensaio alternativos que tenham uma correlação comprovada com os métodos normalizados. Os resultados dos ensaios devem estar de acordo com os critérios de conformidade especificados (ver 6.3.8) e encontrarem-se disponíveis.
NP EN 1338 2009 p. 21 de 73 É apresentado no Anexo A.4.1 um exemplo de um plano de inspecção para os ensaios de produtos. As regras de passagem para os ensaios de produto são apresentadas no Anexo A.5.
6.3.6 Marcação, armazenamento e entrega dos produtos O controlo da marcação, do armazenamento e da entrega, assim como os procedimentos para tratamento dos produtos não conformes devem ser documentados (ver 6.3.7). Os produtos poderão ser colocados no mercado antes de serem recebidos os resultados dos ensaios finais, desde que estejam submetidos a um procedimento de recolha positivo. É apresentado no Anexo A.4.2 um exemplo de um plano de inspecção para marcação, armazenamento e entrega. 6.3.7 Produtos não conformes Se os resultados dos ensaios de um produto não forem satisfatórios, o produtor deve tomar as medidas necessárias para rectificar a deficiência. Os produtos que não estejam conformes com os requisitos devem ser separados e marcados de acordo. Se for verificada qualquer não conformidade c onformidade do produto após a entrega, o cliente deve ser notificado. 6.3.8 Critérios de conformidade do produto Quando o critério de conformidade, nesta secção, possa ser considerado quer por atributos quer por variáveis, o método aplicado deve estar de acordo com o critério do produtor. 6.3.8.1 Forma e dimensões A. Atributos A conformidade da produção com a secção 5.2 deve ser avaliada para a produção diária de cada máquina (ver amostragem de acordo com o Anexo A.4.1.3). Cada um dos requisitos da secção 5.2 deve ser considerado separadamente. a) Se a amostra for constituída por menos de oito blocos (ver regras de passagem no Anexo A.5) e todos os blocos estiverem em conformidade com cada um dos requisitos mencionados em 5.2, para a classe declarada, então a amostra e a produção correspondente devem ser aceites. Caso contrário, a amostra deve ser aumentada para oito blocos e aplicado o procedimento indicado em b). b) Se a amostra for constituída por oito blocos e não mais do que um deles não cumprir algum dos requisitos mencionados em 5.2, considerados separadamente para a classe declarada, então a amostra e a produção correspondente devem ser aceites. Caso contrário, a amostra deve ser aumentada para dezasseis blocos e aplicado o procedimento indicado em c). c) Se a amostra for constituída por dezasseis blocos e não mais do que dois deles não cumprirem algum dos requisitos mencionados em 5.2, considerados separadamente para a classe declarada, então a amostra e a produção correspondente devem ser aceites. Se mais de dois blocos não cumprirem algum dos requisitos, considerados separadamente para a classe declarada, então a amostra e a produção correspondente não serão aceites e aplica-se o disposto em 6.3.7. B. Variáveis Quando o desvio padrão de uma máquina é conhecido e verificado regularmente, a conformidade da produção com 5.2 deve ser estabelecida para a produção diária de cada máquina ou para uma produção
NP EN 1338 2009 p. 22 de 73 consecutiva que não exceda cinco dias (ver amostragem de acordo com o Anexo A.4.1.3). Cada um dos requisitos mencionados em 5.2 deve ser considerado separadamente. A conformidade é avaliada com um quantilho de 10 %. A aceitação das amostras consideradas deve ser verificada utilizando uma carta de controlo em conformidade com a ISO 7966 ou com a ISO 7873, tomando em consideração a secção 5.2, desde que a probabilidade de aceitação seja equivalente à resultante da avaliação por atributos. Se a amostra e respectiva produção não são aceites, aplica-se o disposto di sposto em 6.3.7.
6.3.8.2 Resistência às condições climáticas (Classe 2 - absorção de água) A conformidade da produção com 5.3.2 (Classe 2) deve ser estabelecida para cada família durante cinco dias de produção ou mais, de acordo com as regras de passagem (ver amostragem de acordo com o Anexo A.4.1.6). a) Se a amostra for constituída por três ou seis blocos (ver regras de passagem no Anexo A.5) e os requisitos mencionados em 5.3.2 (Classe 2) forem cumpridos por todos eles, então a amostra e a produção correspondente devem ser aceites. Caso contrário, a amostra deve ser aumentada para nove blocos e aplicado o procedimento indicado em b). b) Se a amostra for constituída por nove blocos e forem cumpridos os requisitos mencionados em 5.3.2 (Classe 2), então a amostra e a produção correspondente devem ser aceites. Caso contrário, a amostra e a produção correspondente não serão aceites e aplica-se o disposto em 6.3.7. 6.3.8.3 Resistência à tracção por compressão A. Atributos A conformidade da produção com 5.3.2 deve ser estabelecida para a produção diária de cada máquina (ver amostragem de acordo com o Anexo A.4.1.4). a) Se a amostra for constituída por oito blocos ou menos (ver regras de passagem no Anexo A.5), a resistência T de de cada um dos blocos não for inferior a 3,6 MPa e a carga de ruptura não for inferior a 250 N/mm, então a amostra e a produção correspondente devem ser aceites. Caso contrário, a amostra deve ser aumentada para dezasseis blocos e deve ser aplicado o procedimento indicado em b). b) Se a amostra for constituída por dezasseis blocos, a resistência T de de não mais que um dos blocos for inferior a 3,6 MPa mas não inferior a 2,9 MPa e a carga de ruptura não for inferior a 250 N/mm, então a amostra e a produção correspondente devem ser aceites. Caso contrário, a amostra e a produção correspondente não serão aceites e aplica-se a plica-se o disposto em 6.3.7. B. Variáveis Quando o desvio padrão de uma máquina é conhecido e verificado regularmente, a conformidade da produção com 5.3.3 deve ser estabelecida para a produção diária de cada máquina ou para uma produção consecutiva que não exceda cinco dias (ver amostragem de acordo com o Anexo A.4). A conformidade é avaliada com um quantilho de 5 %. A aceitação das amostras consideradas deve ser verificada utilizando uma carta de controlo em conformidade com a ISO 7966 ou com a ISO 7873, tomando em consideração a secção 5.3.3, garantindo que a probabilidade de aceitação seja equivalente à resultante dos ensaios por atributos (ver Anexo K). Se a amostra e a produção correspondente não forem aceites, aplica-se o disposto em 6.3.7.
NP EN 1338 2009 p. 23 de 73
6.3.8.4 Aspectos visuais A conformidade da produção com 5.4. deve ser estabelecida em caso de dúvida (ver amostragem de acordo com o Anexo A.4). A amostra ensaiada deve satisfazer os requisitos desta Norma. Caso contrário, a amostra e a produção correspondente não são aceites e aplica-se o disposto em 6.3.7.
7 Marcação Devem ser fornecidas as seguintes informações relativas aos blocos: 1
2
*
*
Identificação do produtor ou da fábrica
*
Identificação da data de produção e se entregues antes da data em que os blocos são declarados adequados para utilização, a identificação desta data
* ou * *
*
Identificação da(s) Classe(s), quando aplicável (ver abaixo)
*
*
Número desta Norma
*
Identificação do produto
1: Na guia de remessa, ou na factura factura ou na declaração do produtor. 2: Em 0,5 % dos blocos, com um mínimo de uma marcação marcação por embalagem ou na própria embalagem se não é reutilizada. Classes e sua identificação: Requisito
Marcação
Resistência às condições climáticas
A, B ou D
Resistência à abrasão
F, H ou I
Diagonais
J ou K
Quando a secção ZA.3 estabelecer a mesma informação desta secção 7, os requisitos desta secção são satisfeitos pelos produtos com marcação CE.
8 Relatório de ensaio Deve ser fornecida a seguinte informação no relatório de ensaio (para além dos ensaios de controlo da produção em fábrica): 1) nome do organismo que realizou o ensaio; 2) nome da pessoa que realizou o ensaio; 3) data do ensaio; 4) nome da origem que disponibiliza a amostra; 5) referência da amostra, incluindo a data de produção; 6) nome da pessoa que realizou a colheita da amostra;
NP EN 1338 2009 p. 24 de 73 7) número da EN e anexos aplicáveis; 8) designação do ensaio; 9) resultado do ensaio; 10) qualquer observação pertinente sobre a amostra ou sobre o resultado do ensaio.
NP EN 1338 2009 p. 25 de 73
Anexo A (normativo)
Planos de inspecção A.1 Inspecção do equipamento Objecto
Finalidade
Método
Frequência
A.1.1 Equipamento de medição e ensaio Todo o equipamento de ensaio e de medição
Funcionamento e Quando aplicável, calibrar o Na (re)instalação ou exactidão adequados equipamento por comparação após reparação ou uma com equipamento calibrado de vez por ano acordo com normas nacionais e utilizado exclusivamente com esta finalidade, excepto se indicado no método de ensaio
A.1.2 Equipamento de armazenamento e produção 1 Armazenamento de materiais
Ausência de contaminação
2 Equipamento de Funcionamento pesagem ou medição adequado volumétrica 3
Exactidão declarada pelo produtor dos blocos
Inspecção visual ou outro método apropriado
- Na instalação
Inspecção visual
Diariamente
Calibrar o equipamento por comparação com equipamento calibrado de acordo com normas nacionais e utilizado exclusivamente com esta finalidade
- Na (re)instalação
- Semanalmente
- Pesagem: uma vez por ano. Medição volumétrica: duas vezes por ano - Em caso de dúvida
4 Misturadoras
Desgaste e adequado Inspecção visual funcionamento
Semanalmente
5 Moldes
Limpeza e estado de conservação
Diariamente
Inspecção visual
NP EN 1338 2009 p. 26 de 73
A.2 Inspecção dos materiais Objecto
Finalidade
Método
Frequência
Verificar se a remessa está conforme com a encomenda e é da origem correcta
Antes da descarga, inspecção da guia de remessa ou etiqueta na embalagem demonstrando conformidade com a encomenda
Por cada entrega
A.2.1 Todos os materiais 1
Todos os materiais
A.2.2 Materiais não submetidos a avaliação de conformidade antes da entrega
1)
1
Cimento e outros materiais ligantes
Conformidade com os requisitos do produtor
Método de ensaio apropriado
Por cada entrega
2
Agregados
Conformidade com os requisitos do produtor
Inspecção visual
Por cada entrega
3
Exemplo:
− Primeira entrega a
− Granulometria das
Análise granulométrica
− Impurezas ou
Método de ensaio apropriado
Conformidade com a aparência normal Massa volúmica
Inspecção visual
Conformidade com a aparência normal Massa volúmica
Inspecção visual
partículas
contaminações
4
Adjuvantes
5 6
Adições/pigmentos
7 8
9 10 1)
Água não Conformidade com procedente de os requisitos do sistema de produtor distribuição pública
Água reciclada
partir de nova origem − Em caso de dúvida − Uma vez por semana − Primeira entrega a partir de nova origem − Em caso de dúvida Por cada entrega
Método do produtor dos blocos Por cada entrega
Método do produtor dos blocos Ensaio conforme a Norma
− Primeira utilização de
nova origem − Água proveniente de curso a céu aberto: 3 vezes por ano, ou mais (dependendo das condições locais) − Outras origens: uma vez por ano − Em caso de dúvida Semanal
Verificação do teor Visual de sólidos e outros Método do produtor dos blocos Em caso de dúvida contaminantes
Materiais não auditados pelo produtor dos blocos ou por terceira parte reconhecida pelo produtor.
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A.3 Inspecção do processo de produção Objecto
Finalidade
Método
1 Composição da mistura
Conformidade com a composição prevista (quantidades pesadas ou medidas em volume)
2
- Inspecção visual do equipamento Diariamente de pesagem - Verificação por comparação com documentos do processo de produção Análise do betão fresco Mensalmente
Conformidade com os valores previstos da mistura (apenas quantidades medidas em volume) Mistura adequada Verificação visual
3 Betão 4 Produção
Conformidade com os procedimentos documentados de produção
Acções de verificação por comparação com os procedimentos de produção
Frequência
Diariamente para cada misturadora Diariamente
A.4 Inspecção do produto Objecto
Finalidade
Método
Frequência 1)2)3)
Verificação visual Anexo J
Diária Em caso de dúvida (amostra de 20 blocos) Oito blocos por máquina e por dia de produção Oito blocos por família de resistência, por máquina e por dia de produção
A.4.1 Ensaio do produto 1 Aspectos visuais 2
Ver 5.4
3 Forma e dimensões Ver 5.2
Anexo C
4 Resistência à tracção por compressão e carga de ruptura 5 Espessura da camada de desgaste 6 Resistência às condições climáticas (apenas classe 2)
Ver 5.3.3
Anexo F
Ver 5.1
Anexo C
Ver 5.3.2
Anexo E
Oito blocos por família de resistência, por máquina e por dia de produção Três blocos por família de superfície e por cada cinco dias de produção
A.4.2 Marcação, armazenamento, entrega 1 Marcação 2 Armazenamento 3 Entrega
Marcação do produto de acordo com a secção 7 Segregação do produto não conforme Idade à entrega, condições da carga e documentos da carga adequados
Verificação visual
Diária
Verificação visual
Diária
Verificação visual
Diária
1) Não inclui os ensaios de tipo, de acordo com a secção 6.2 desta Norma. 2) Aplicam-se as regras de passagem de um nível de inspecção para outro (ver A.5). 3) Ver 6.1
NP EN 1338 2009 p. 28 de 73
A.5 Regras de passagem de um nível de inspecção para outro A.5.1 Inspecção normal A frequência de inspecção deverá estar de acordo com A.4.1
A.5.2 Passagem de inspecção normal a inspecção reduzida A inspecção reduzida corresponde a metade da frequência da inspecção normal 1). Deverá ser utilizada quando a inspecção normal está em vigor e os 10 resultados precedentes sucessivos tenham sido aceites. É permitida uma inspecção reduzida suplementar se as condições atrás referidas forem satisfeitas numa inspecção reduzida. Esta inspecção reduzida suplementar deverá corresponder a metade da frequência da inspecção reduzida.
A.5.3 Passagem de inspecção reduzida a inspecção normal Quando a inspecção reduzida ou a inspecção reduzida suplementar está em vigor, deverá ser retomada a inspecção normal caso ocorra alguma das seguintes situações: − um resultado não for aceite; − se verifiquem irregularidades ou atrasos na − outras condições que justifiquem que a
produção;
inspecção normal deverá ser restabelecida.
A.5.4 Inspecção reforçada A inspecção reforçada requer o dobro do número de blocos na amostra. Deverá ser utilizada quando em inspecção normal de cinco resultados consecutivos, dois não tenham sido aceites.
A.5.5 Passagem de inspecção reforçada a inspecção normal A inspecção reforçada deverá continuar até que cinco resultados consecutivos sejam aceites. Depois poderá ser retomada a inspecção normal.
A.5.6 Interrupção da produção Se a inspecção permanecer reforçada por dez resultados consecutivos, a produção deverá ser considerada fora de controlo e parada. O sistema de produção deverá ser revisto re visto e devem ser realizadas as alterações necessárias. A produção deverá ser retomada utilizando a inspecção reforçada, após a correcção do sistema de produção. 1)
Se o número de blocos da amostra é par, a redução deverá ser feita dividindo o número de blocos por dois. Nos outros casos, a frequência da amostragem deverá ser reduzida a metade.
NP EN 1338 2009 p. 29 de 73
Anexo B (normativo)
Procedimento para ensaios de aceitação de uma remessa na entrega B.1 Generalidades Distinguem-se dois casos para o procedimento de amostragem e para os critérios de conformidade para uma remessa na entrega: − Caso I:
O produto não foi submetido a uma avaliação de conformidade conformidade por parte terceira (ver (ver 6.1.1);
− Caso II:
O produto foi submetido a uma avaliação de conformidade conformidade por parte parte terceira.
Caso se aplique o caso II, não são necessários ensaios de aceitação, excepto em caso de litígio (ver 6.1.2). O ensaio relativo aos aspectos visuais deve ser realizado antes dos ensaios para as outras propriedades. O ensaio deve ser realizado conjuntamente pelo cliente e pelo produtor, em local acordado por ambos, normalmente no estaleiro ou na fábrica. Os ensaios, excepto para os aspectos visuais, devem ser realizados num laboratório acordado entre o cliente e o produtor. Ambos devem dispor de uma oportunidade razoável para assistir à amostragem e aos ensaios. Os ensaios poderão ser realizados utilizando o equipamento de ensaio do produtor, desde que esteja devidamente calibrado. Em caso de litígio deve(m) ser ensaiada(s) apenas a(s) propriedade(s) em contencioso.
B.2 Procedimento de amostragem B.2.1 Generalidades O número requerido de blocos pela amostragem deve ser recolhido de cada lote de remessa de blocos até serem atingidas as seguintes quantidades, de acordo com os casos ca sos definidos em B.1: − Caso I:
1000 m2;
− Caso II:
até 2000 m2, dependendo das circunstâncias do caso em litígio.
Contudo, deve ser adicionado um lote parcial da remessa ao lote completo anterior quando a quantidade do lote parcial for inferior a metade das quantidades indicadas acima. Os blocos para ensaio devem ser seleccionados como sendo representativos da remessa e de forma aleatória por toda a remessa.
B.2.2 Número de blocos da amostra O número de blocos da amostra a recolher por cada lote deve de ve estar de acordo com o Quadro B.1.
NP EN 1338 2009 p. 30 de 73
B.2.3 Plano de amostragem Quadro B.1 – Plano Pl ano de amostragem
Propriedade
Requisito
Método de ensaio
Caso I
Caso II 3)
Aspectos visuais
5.4
Anexo J
8 1)
4 (16) 1)
Espessura da camada de desgaste
5.1
C.6 2)
8
4 (16)
Forma e dimensões
5.2
Anexo C
8 1)
4 (16) 1)
Resistência à tracção por compressão 5.3.3 e carga de ruptura
Anexo F
8
4 (16)
Resistência à abrasão (apenas para as Classes 3 e 4)
5.3.4
Anexo G ou H
3
3
Resistência ao deslizamento/escorregamento (apenas quando ensaiado)
5.3.5
Anexo I
5 1)
5 1)
5.3.2 5.3.2
Anexo E Anexo D
3 3
3 (9) 3
Resistência às condições climáticas − Classe 2 − Classe 3 1)
Estes blocos poderão ser utilizados em ensaios subsequentes.
2)
A secção C.6 aplica-se apenas para blocos com camada de desgaste.
3)
O número entre parêntesis é o número de provetes a recolher para evitar a amostragem secundária do lote se, com base no critério de conformidade (ver B.3.2), devem ter que ser ensaiados blocos adicionais para avaliar a conformidade.
B.3 Critério de conformidade B.3.1 Aspectos visuais Quando requerido de acordo com a secção 5.4, a textura e cor da amostra devem estar em conformidade com a amostra de referência fornecida pelo produtor e aprovada pelo comprador. Nenhum bloco da amostra ensaiada deve apresentar fissuras ou esfoliações. Os blocos com camada de desgaste não devem apresentar delaminações. B.3.2 Outras propriedades No caso I: aplicam-se os critérios de conformidade para o ensaio de tipo apresentado no Quadro 7. No caso II: aplicam-se os critérios de conformidade apresentados na secção 6.3.8 para atributos, para as propriedades incluídas. Para as outras propriedades, aplicam-se os critérios de conformidade apresentados no Quadro 7.
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Anexo C (normativo)
Medição das dimensões de um bloco isolado Poderão ser utilizados métodos alternativos de ensaio por exemplo calibres “passa não passa” desde que seja garantido que é atingida pelo menos a mesma exactidão que no método de ensaio seguinte.
C.1 Preparação Remover todas as aderências e excrescências do bloco a ser medido.
C.2 Dimensões planas C.2.1 Aparelhos e utensílios Equipamento de medição capaz de medir com uma exactidão de 0,5 mm. C.2.2 Procedimento Para cada dimensão, medir as dimensões de fabrico relevantes em dois locais diferentes e registar a dimensão obtida arredondada ao milímetro. Para um bloco rectangular com uma diagonal superior a 300 mm, medir as diagonais e registar a diferença entre as duas medições.
C.3 Espessura C.3.1 Aparelhos e utensílios Equipamento de medição capaz de medir com uma exactidão de 0,5 mm. C.3.2 Procedimento Medir a espessura de um bloco arredondada ao milímetro. Tomar as medições entre quatro pontos de lados opostos a um mínimo de 20 mm do bordo do bloco. Registar as quatro medições e calcular a espessura média arredondada ao milímetro. Calcular e registar a máxima diferença entre quaisquer duas leituras arredondadas ao milímetro.
C.4 Planaridade e curvatura C.4.1 Aparelhos e utensílios Equipamento de medição capaz de medir com exactidão de 0,1 mm, para o comprimento especificado ± 1 mm. NOTA:
Por exemplo, uma régua com entalhe recto num bordo e um calibre, ambos de aço, como mostra a Figura C.1.
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C.4.2 Procedimento Os desvios máximos da convexidade e da concavidade devem ser determinados ao longo dos dois eixos diagonais da face superior arredondados a 0,1 mm. Registar ambos os resultados.
C.5 Chanfro C.5.1 Aparelhos e utensílios Equipamento de medição capaz de medir com uma exactidão de 0,5 mm. NOTA:
Ver exemplo apresentado na Figura C.2.
C.5.2 Procedimento Fazer uma medição em cada lado do bloco, com um máximo de quatro medidas em cada um. Calcular e registar as dimensões vertical e horizontal do chanfro arredondadas ao milímetro.
C.6 Espessura da camada de desgaste C.6.1 Aparelhos e utensílios Equipamento de medição capaz de medir com uma exactidão de 0,5 mm. C.6.2 Procedimento Utilizar um bloco que tenha sido cortado. Medir a espessura da camada de desgaste na face de corte, no ponto onde, por inspecção visual, o valor seja menor. Registar a medição arredondada ao milímetro. A espessura da camada de desgaste não deve ser medida no chanfro. Devem desprezar-se partículas isoladas de agregados salientes da camada de desgaste.
C.7 Exemplos de equipamento de medição C.7.1 Caixa rectangular de metal Uma caixa rectangular de metal de tamanho suficiente para conter um bloco, com a base plana e duas faces laterais adjacentes verticais fixas. As outras duas faces verticais podem deslocar-se na horizontal paralelamente às faces fixas. A distância entre as duas faces paralelas pode ser lida numa escala, arredondada ao milímetro. A construção do aparelho deve ser de forma tal que a exactidão das medições arredondadas ao milímetro possa ser demonstrada.
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C.7.2 Régua com entalhe recto e calibre Dimensões em milímetros
Legenda: 1 Calibre Figura C.1 – Exemplo de uma régua com entalhe recto e de um calibre Quadro C.1 – Dimensões de uma régua com entalhe recto e de um calibre
Dimensão A mm
Dimensão X mm
Dimensão Y mm
300
1,5
2,5
400
2,0
3,5
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C.7.3 Esquadro com bordos interiores graduados em milímetros
Figura C.2 – Exemplo de um esquadro graduado
C.8 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve incluir todas as medições realizadas. Ver também a secção 8.
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Anexo D (normativo)
Determinação da resistência ao gelo/degelo em presença de sal descongelante D.1 Princípio O provete é pré-condicionado e depois sujeito a 28 ciclos de gelo/degelo com a superfície coberta por uma solução de NaCl a 3 %. O material que se desagregar é recolhido e pesado, sendo o resultado expresso em quilograma por metro quadrado.
D.2 Provete O provete deve ter a superfície da face superior maior que 7500 mm2 e menor que 25000 mm2, a qual deve constituir a superfície de ensaio, e deve ter uma espessura máxima de 103 mm. Se o provete tiver de ser cortado de um bloco para satisfazer este requisito, deve ser cortado quando tiver, pelo menos, 20 d de fabrico.
D.3 Materiais D.3.1 Água potável D.3.2 Solução de congelamento É composta por 97 % de água á gua potável, em massa, e 3 % de NaCl em massa. D.3.3 Cola Cola para colar a folha de borracha ao provete de betão. A cola deve ser resistente ao ambiente envolvente. NOTA:
A cola de contacto provou ser adequada.
D.3.4 Borracha de silicone Borracha de silicone ou outro vedante para fazer a selagem entre o provete e a folha de borracha e para encher o chanfro em todo o perímetro do provete.
D.4 Aparelhos e utensílios D.4.1 Serra de diamante Serra de diamante para cortar o provete de betão.
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D.4.2 Câmara climática Câmara climática com uma temperatura de (20 ± 2) ºC e uma humidade relativa de (65 ± 10) %. Nesta câmara a evaporação a partir da superfície livre da água deve ser (200 ± 100) g/m2 em (240 ± 5) min. A evaporação deve ser medida numa tina com uma profundidade aproximada de 40 mm e secção secçã o transversal 2 de (22500 ± 2500) mm . A tina deve ser cheia até (10 ± 1) mm do bordo. D.4.3 Folha de borracha Folha de borracha com espessura de (3 ± 0,5) mm, resistente à solução salina utilizada e suficientemente elástica até à temperatura de -20 ºC. D.4.4 Isolamento térmico Poliestireno com espessura de (20 ± 1) mm e condutibilidade térmica t érmica entre 0,035 W/(mK) e 0,04 W/(mK) ou outro isolamento equivalente. D.4.5 Folha de polietileno Folha de polietileno com espessura entre 0,1 mm e 0,2 mm. D.4.6 Câmara de congelação Câmara de congelação com sistema de controlo do tempo de congelação e aquecimento, com uma capacidade e circulação de ar tais que possa ser realizada a curva tempo/temperatura apresentada na Figura D.3. D.4.7 Termopar eléctrico Termopar eléctrico ou um dispositivo equivalente de medição de temperatura, para medir a temperatura da solução de congelamento na superfície de ensaio, com uma exactidão de ± 0,5 ºC. D.4.8 Tabuleiro Tabuleiro para recolher o material desagregado. O tabuleiro deve suportar temperaturas até 120 ºC e deve resistir ao ataque do cloreto de sódio. D.4.9 Filtro de papel Filtro de papel para recolher o material desagregado. D.4.10 Trincha Trincha com 20 mm a 30 mm de largura e as cerdas cortadas com cerca de 20 mm de comprimento, para escovar o material que tiver sido desagregado. D.4.11 Pulverizador Pulverizador contendo água potável para lavar o material desagregado e retirar o sal deste material.
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D.4.12 Estufa de secagem Estufa de secagem capaz de operar a uma temperatura de (105 ± 5) ºC. D.4.13 Balança Balança com uma exactidão de ± 0,05 g. D.4.14 Paquímetro Paquímetro com uma exactidão de ± 0,1 mm.
D.5 Preparação dos provetes Com, pelo menos 28 d e não mais de 35 d de fabrico, excepto para inspecção de recepção, remover quaisquer aderências e material solto e submeter as amostras a cura durante (168 ± 5) h na câmara climática à temperatura de (20 ± 2) ºC, a humidade relativa de (65 ± 10) % e uma velocidade de evaporação de (200 ± 100) g/m2, nos primeiros (240 ± 5) min, medidas de acordo com D.4.2. Deve haver pelo menos 50 mm de espaço aberto entre as amostras. Durante este tempo a folha de borracha mantémse colada a todas as superfícies do provete, excepto à de ensaio. Usar silicone de borracha ou outro vedante para encher o chanfro em toda a volta do perímetro do provete e para formar uma vedação a toda a volta da superfície de ensaio no ângulo formado pelo betão e pela folha de borracha, de forma a evitar a penetração da água entre o provete e a borracha. O bordo da folha de borracha deve atingir (20 ± 2) mm acima da superfície de ensaio. A cola é normalmente espalhada tanto nas superfícies de d e betão como nas de borracha. O modo de colar a folha de borracha ilustrado na figura D.1 mostrou-se adequado.
NOTA:
Legenda: 1 2 3
Sobreposição Folha de borracha Cordão vedante
4 5
Superfície de ensaio Provete
Figura D.1 – Exemplo da secção de um provete com folha de borracha e cordão de vedante (direita) e um provete visto de cima (esquerda)
NP EN 1338 2009 p. 38 de 73 A área ensaiada A deve ser determinada pela média de três medições do seu comprimento e largura arredondadas ao milímetro. Depois da cura na câmara de climatização é colocada água potável, à temperatura de (20 ± 2) ºC, sobre a superfície de ensaio até à altura de (5 ± 2) mm. Deve ser mantida durante (72 ± 2) h a (20 ± 2) ºC e pode ser usada para verificar a eficácia da vedação entre o provete e a folha de borracha. Antes do ciclo gelo/degelo todas as superfícies do provete, excepto a superfície a ensaiar, devem ser isoladas termicamente. Isto poderá ser realizado durante a cura. O isolamento deve ser feito conforme descrito em D.4.4. Entre 15 min a 30 min antes de os provetes serem colocados na câmara de congelação a água que estiver sobre a superfície de ensaio deve ser substituída por solução de NaCl em água potável a 3 %, com a altura de (5 ± 2) mm medida a partir do topo da superfície do provete. Para evitar a evaporação deve colocar uma folha de polietileno horizontalmente, como se mostra na Figura D.2. A folha deve permanecer tão plana quanto possível durante o ensaio, sem entrar ent rar em contacto com a solução de congelamento.
Legenda: 1
Superfície de ensaio
5
Folha de borracha
2
Folha de polietileno
6
Isolamento térmico
3
Solução de congelamento (solução salina)
7 Dispositivo de medição de temperatura
4
Provete
8
Cordão vedante
Figura D 2 – Princípio de montagem para o ensaio gelo/degelo
D.6 Procedimento Os provetes devem ser colocados na câmara de congelação de tal forma que a superfície de ensaio não se desvie do plano horizontal mais de 3 mm por metro, em nenhuma direcção, e serem submetidos
NP EN 1338 2009 p. 39 de 73 respectivamente a congelações e descongelações. Durante o ensaio, a relação tempo/temperatura, na solução de congelamento no meio da superfície de todos os provetes, deve manter-se dentro da área tracejada da Figura D.3. Além disso, durante cada ciclo, a temperatura deve manter-se superior a 0 ºC pelo menos 7 h, mas não mais de 9 h. Esta deve ser continuamente medida na solução de congelamento, ao centro da superfície de ensaio, em pelo menos um provete que tenha sido colocado numa posição representativa dentro da câmara de congelação. Deve ser registada a temperatura do ar, dentro da câmara, durante o ensaio. O tempo do primeiro ciclo de ensaio de um provete deve começar dentro de (0 ± 30) min após ele ter sido colocado na câmara de congelação. Se um ciclo tiver de ser interrompido o provete deve ser conservado congelado entre -16 ºC e -20 ºC. Se a interrupção for superior a três dias, o ensaio deve ser abandonado.
Legenda: 1 2
Temperatura, ºC Tempo, h
Figura D.3 – Ciclo tempo/temperatura t empo/temperatura Os pontos de inflexão indicados na área á rea tracejada são apresentados no Quadro D.1.
NP EN 1338 2009 p. 40 de 73 Quadro D.1 – Coordenadas dos pontos de inflexão
Limite superior Tempo (h) 0 5 12 16 18 22
Temperatura (ºC) 24 -2 -14 -16 0 24
Limite inferior Tempo (h) 0 3 12 16 20 24
Temperatura (ºC) 16 -4 -20 -20 0 16
Para obter a temperatura correcta dum ciclo para todos os provetes, deve ser assegurada uma boa circulação de ar na câmara de congelação. Se se encontrarem poucos provetes para ensaio, os espaços vazios no congelador devem ser preenchidos com sucedâneos, a menos que tenha sido demonstrado que se obtém a temperatura correcta sem estes. Depois de 7 ciclos e de 14 ciclos adiciona-se mais solução de NaCl em água potável, a 3 %, durante o período de degelo, na quantidade necessária para manter uma altura de (5 ± 2) mm sobre a superfície das amostras. Após 28 ciclos deve adoptar-se o seguinte procedimento para cada provete: a) Recolher o material que tiver sido desagregado da superfície de ensaio no tabuleiro utilizando o pulverizador de água e a trincha até não se desprender mais material; b) Colocar cuidadosamente o líquido e o material desagregado que ficaram no tabuleiro no filtro de papel. Lavar o material recolhido no filtro de papel no mínimo com 1 l de água potável para remover qualquer resto de NaCl. Secar o filtro de papel e o material recolhido pelo menos durante 24 h a (105 ± 5) ºC. Determinar a massa seca do material desagregado com aproximação de ± 0,2 g, fazendo o desconto correspondente ao filtro de papel.
D.7 Cálculo dos resultados Calcular a perda de massa por unidade de área do provete em kg/m2, através da equação: L =
M A
onde: t otal de material desagregado após 28 ciclos, em quilograma; M é a massa da quantidade total A
é a área da superfície de ensaio, em metro quadrado.
D.8 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve incluir a seguinte informação: a) a perda de massa por unidade de área do provete L (L), em quilograma por metro quadrado; b) a massa da quantidade total de material desagregado após 28 ciclos, em miligrama; c) a área da superfície de ensaio, em milímetro quadrado. Ver também secção 8.
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Anexo E (normativo)
Determinação da absorção de água E.1 Princípio Após condicionamento a (20 ± 5) ºC o provete é submerso em água até ser atingida massa constante e depois seco em estufa até ser atingida novamente a massa constante. A perda em massa é expressa em percentagem da massa do provete seco.
E.2 Provete Se um bloco pesar mais de 5,0 kg deve ser cortado ao longo da sua altura total de forma a obter um provete com massa não superior a 5,0 kg.
E.3 Materiais Água potável.
E.4 Aparelhos e utensílios E.4.1 Estufa de secagem ventilada Estufa de secagem ventilada com uma capacidade em litro para uma área de canais de ventilação em milímetro quadrado numa relação inferior a 0,2 e na qual a temperatura poderá ser controlada a (105 ± 5) ºC. Deve ter um volume pelo menos 2 ½ vezes maior que o volume dos provetes a secar de uma só vez. E.4.2 Recipiente de fundo plano Recipiente de fundo plano com capacidade, pelo menos igual a 2 ½ vezes o volume das amostras a imergir e uma profundidade pelo menos 50 mm superior relativamente à altura dos provetes na posição em que estes serão imersos. E.4.3 Balança Balança graduada em grama, com exactidão de leitura de 0,1 %.
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E.4.4 Escova dura E.4.5 Esponja ou pano de secagem
E.5 Preparação dos provetes Remover todas as poeiras, aderências, etc., com uma escova e assegurar que cada provete está à temperatura de (20 ± 5) ºC.
E.6 Procedimento Imergir os provetes em água potável a uma temperatura de (20 ± 5) ºC, utilizando o recipiente, até que a massa constante M 1 seja atingida. Separar os provetes uns dos outros de pelo menos 15 mm e assegurar que são cobertos por uma altura de água igual ou superior a 20 mm. O período mínimo de imersão deve ser três dias e deve ser considerado que é atingida a massa constante quando a diferença de massa entre duas pesagens efectuadas com 24 h de intervalo for inferior a 0,1% da massa do provete. Antes de cada pesagem, secar o provete com o pano, previamente molhado e espremido, para retirar a água em excesso. A secagem é adequada quando a superfície de betão estiver baça. Colocar cada provete dentro da estufa de forma que a distância entre cada provete seja no mínimo de 15 mm. Secar o provete a uma temperatura de (105 ± 5) ºC até ser atingida a massa constante M 2. O período mínimo de secagem deve ser três dias e considera-se que a massa constante é atingida quando a diferença de massa entre duas pesagens efectuadas com 24 h de intervalo for inferior a 0,1 % da massa do provete. Deixar os provetes arrefecer até à temperatura ambiente antes de serem pesados.
E.7 Cálculo dos resultados Calcular a absorção de água W a de cada provete em percentagem da sua massa, a partir da equação: M − M 2 W a = 1 ×100 % M 2
onde: M 1 é a massa inicial do provete (g); M 2 é a massa final do provete (g).
Calcular a absorção de água á gua da amostra como a média dos valores de absorção de água dos provetes.
E.8 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve indicar o valor de absorção de água para cada um dos provetes. Ver também secção 8.
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Anexo F (normativo)
Determinação da resistência à tracção por compressão F.1 Aparelhos e utensílios A máquina de ensaio deve ter uma escala com uma exactidão de ± 3 % relativamente à série de cargas de ensaio previsíveis e que permita incrementar as cargas segundo um determinado gradiente. Esta máquina deve ser equipada com um dispositivo composto por dois apoios rígidos (ver Figura F.1) cuja superfície de contacto tenha t enha uma curvatura (75 ± 5) mm. Os dois apoios devem ser montados no mesmo plano vertical com uma tolerância de ± 1 mm nas suas extremidades. O apoio superior deve poder rodar em torno do seu eixo transversal. As duas peças de aperto devem ter (15 ± 1) mm de largura (b), (4 ± 1) mm de espessura (a) e serem mais compridas em cerca de 10 mm do que o plano de fractura previsível.
Legenda: 1 2 3
Peças de aperto Bloco de pavimento Apoios rígidos
Figura F.1 – Princípio do ensaio e nsaio
NP EN 1338 2009 p. 44 de 73 As peças de aperto devem ser feitas em material que obedeça ao seguinte critério de dureza: Quando submetidas a um ensaio de impacto por meio de uma haste de secção transversal circular, com um diâmetro de (16 ± 0,5) mm e aplicada uma força à velocidade de (48 ± 10) kN/min, quando é atingida a força de (20 ± 0,5) KN a penetração instantânea deve ser igual a (1,2 ± 0,4) mm.
F.2 Preparação Usar blocos inteiros e remover quaisquer asperezas ou excrescências. Se uma face for rugosa, com relevos ou encurvada, deve ser preparada por desgaste ou capeamento. Os resíduos devem ser retirados, de modo a ser obtida uma face plana. Imergir os blocos em água a (20 ± 5) ºC durante (24 ± 3) h, retirá-los, secá-los e proceder ao ensaio imediatamente. Podem ser utilizados outros métodos de preparação para ensaios de rotina, desde que haja uma correlação entre os resultados dos dois métodos, por exemplo, utilizando blocos não rectificados, de textura áspera ou encurvados, em vez de blocos rectificados.
F.3 Procedimento Colocar o bloco na máquina de ensaio, entre as faces superior e inferior das peças de aperto, ficando as inferiores em contacto com os apoios de suporte. Assegurar que as peças de aperto e o eixo dos suportes estão alinhados com a secção de corte do bloco. A secção de corte deve ser escolhida de acordo com a seguinte ordem de prioridade. a) O ensaio é realizado ao longo da maior secção de corte do bloco, paralela e simétrica em relação aos bordos, permitindo assim que sejam satisfeitas as seguintes condições: – A distância da secção de corte a qualquer face lateral será pelo menos 0,5 vezes a espessura do bloco ao longo de, pelo menos, 75 % da área da secção de corte. b) Se a condição acima referida não puder ser cumprida, o ensaio deve ser realizado em duas secções de corte escolhidas de modo que seja satisfeita a seguinte condição: – A distância de uma secção de corte à outra ou a qualquer face do bloco deve ser pelo menos 0,5 vezes a espessura do bloco ao longo de, pelo menos 75 % do comprimento da secção de corte considerada. c) Se não puder ser cumprida nenhuma das condições acima referidas, a secção de corte deve ser escolhida de tal forma que seja obtida a maior área da secção de corte satisfazendo as distâncias requeridas. d) Se a secção horizontal do bloco for quadrada, hexagonal ou circular, a secção de corte escolhida deve ser perpendicular à face superior do bloco e simétrica. Aplicar a carga lenta e progressivamente a uma velocidade que corresponda a um aumento da tensão de (0,05 ± 0,01) MPa/s. Registar a carga de ruptura.
NP EN 1338 2009 p. 45 de 73 Calcular a área do plano de ruptura do bloco ensaiado a partir da equação: S = l × t
onde: S
é a área de ruptura, em milímetro quadrado;
l
é o comprimento de ruptura, em milímetro, e é a média de duas medições, uma na parte superior e outra na parte inferior do bloco;
t
é a espessura do bloco no plano de ruptura, em milímetro, e é a média de três medições: uma no meio e uma em cada extremidade.
F.4 Cálculo dos resultados Se o ensaio é realizado ao longo de duas secções transversais do mesmo bloco, a resistência do bloco à tracção por compressão é considerada a média dos dois resultados individuais. Calcular a resistência T (em (em MPa) do bloco ensaiado a partir da seguinte equação: T = 0 ,637 × k ×
P S
onde: T
é a resistência, em MPa;
P
é a carga de ruptura, em N;
k
é um factor de correcção para a espessura do bloco, calculado pela seguinte equação:
k = 1,3 − 30 (0,18 − t / 1 000)2
se 140 mm < t ≤ 180 mm
ou
k = 1,3
se t > > 180 mm
ou para t ≤ 140 mm determinado a partir do Quadro F.1. Quadro F.1 – Factor de correcção k t (mm)
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
k
0,71
0,79
0,87
0,94
1,00
1,06
1,11
1,15
1,19
1,23
1,25
Calcular a carga de ruptura por unidade de comprimento (F ), ), em newton por milímetro, a partir da equação: F =
P l
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F.5 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve incluir a seguinte informação: a) T , a resistência do bloco arredondada a 0,1 MPa; b) F , a carga de ruptura por unidade de comprimento do bloco arredondada a 10 N/mm de comprimento de ruptura. Ver também secção 8.
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Anexo G (normativo)
Determinação da resistência ao desgaste por abrasão G.1 Princípio do ensaio de desgaste com disco largo O ensaio é realizado desgastando a face superior de um bloco, com um material abrasivo, em condições normalizadas.
G.2 Material abrasivo O abrasivo requerido para este ensaio consiste num material que inclua alumina branca fundida (corindon), com partículas de dimensão F80, de acordo com a ISO 8486-1. O material não deve ser utilizado mais do que três vezes.
G.3 Aparelhos e utensílios A máquina de desgaste (ver Figura G.1) é essencialmente constituída por um disco de abrasão largo, uma tremonha com uma ou duas válvulas de controlo, para regular a saída do material abrasivo, um funil de orientação do fluxo, um porta-provetes e um contrapeso. Quando se utilizarem duas válvulas, uma deve ser utilizada para regular a velocidade do fluxo e pode ser ajustada permanentemente, enquanto que a outra é utilizada para permitir ou interromper o escoamento.
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Legenda: 1 2 3 4 5 6 7
Porta provetes Parafuso de fixação Provete Válvula de controlo Tremonha Funil de orientação do fluxo Disco de abrasão largo
8 9 10 11 12 13
Contrapeso Abertura Incisão Fluxo de material abrasivo Recolha do abrasivo Calço
Figura G.1 – Princípio da máquina de desgaste
NP EN 1338 2009 p. 49 de 73 O disco largo de abrasão deve ser fabricado num aço em conformidade com a EN 10083-2 e com uma dureza Brinell compreendida entre 203HB e 245HB (conforme definido nas EN ISO 6506-1, EN ISO 6506-2 e EN ISO 6506-3). O seu diâmetro deve ser de (200 ± 1) mm e a sua largura de (70 ± 1) mm. Deve ser regulado para executar 75 rotações em (60 ± 3) s. O porta-provetes móvel é montado sobre rolamentos e forçado contra o disco pelo contrapeso. A tremonha que contém o material abrasivo a brasivo abastece o funil de orientação do fluxo. O funil de orientação do fluxo poderá ser cilíndrico e deve ter uma abertura de saída. O comprimento da abertura deve ser de (45 ± 1) mm e a largura deve ser de (4 ± 1) mm. O corpo do funil de orientação do fluxo deve ser, pelo menos, 10 mm maior que a abertura em todas as direcções. No caso de um funil rectangular, com, pelo menos, um dos lados inclinado no sentido do comprimento da abertura, não são necessárias estas limitações dimensionais (ver Figura G.2, exemplo 2). Dimensões em milímetros
Legenda: A Topo vertical B Topo inclinado Ver Figura G.1
Figura G.2 – Posição da abertura na base do funil de orientação do fluxo A altura de queda entre a abertura e o eixo do disco de abrasão largo deve ser de (100 ± 5) mm e o fluxo do abrasivo deve situar-se entre 1 mm a 5 mm do bordo de ataque do disco (ver Figura G.3).
NP EN 1338 2009 p. 50 de 73 Dimensões em milímetros
Legenda: Ver Figura G.1
Figura G.3 – Posição da abertura relativamente relat ivamente ao disco de abrasão largo O fluxo de material abrasivo que sai do funil de orientação do fluxo sobre o disco de abrasão largo deve ser, no mínimo, de 2,5 l/min. O fluxo deve ser constante e o nível mínimo de abrasivo no funil de orientação do fluxo deve ser de 25 mm (ver Figura G.3). Os utensílios úteis para medição dos resultados são: – uma lupa, de preferência equipada e quipada com uma luz, uma régua de aço a ço e um paquímetro digital.
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G.4 Calibração O aparelho deve ser calibrado após a execução de 400 incisões ou de dois em dois meses, considerando o menor dos dois períodos e sempre que houver um novo operador, um novo lote de material abrasivo ou um novo disco de abrasão. O fluxo do abrasivo deve ser verificado, deixando-o cair de uma altura aproximada de 100 mm para dentro de um recipiente rígido previamente pesado, que tenha bordos lisos com altura de (90 ± 10) mm e com um volume conhecido, que deve ser aproximadamente de 1 l quando completamente cheio. Durante o enchimento do recipiente deve ser levantado o contentor para manter uma altura de queda aproximada de 100 mm. Quando o recipiente estiver cheio, o conteúdo deve ser nivelado e pesado, para determinar a massa de um determinado volume de abrasivo, isto é, a massa volúmica. O abrasivo deve ser escoado na máquina de desgaste durante (60 ± 1) s e recolhido por baixo do disco de abrasão num recipiente previamente pesado, de pelo menos 3 l de volume. O recipiente contendo o material deve ser pesado e a partir da massa volúmica atrás determinada, pode ser verificado se o fluxo de abrasivo é superior ou igual a 2,5 l/min. O aparelho deve ser calibrado cali brado recorrendo a um padrão de referência de “Mármore Boulonnais”, utilizando o método descrito em G.6 e ajustado o contrapeso de forma a que, após 75 rotações do disco, em (60 ± 3) s, o comprimento da incisão produzida seja de (20,0 ± 0,5) mm. O contrapeso deve ser regulado para mais ou para menos, de forma f orma a aumentar ou diminuir o comprimento da incisão. Deve ser verificada a inexistência de atrito indesejável no conjunto porta-provetes/contrapeso. A incisão deve ser medida segundo o procedimento indicado em G.7, arredondada a 0,1 mm e calculada a média dos três resultados para obter o valor de calibração. Poderá ser utilizado um material alternativo como padrão de referência, se tiver sido estabelecida uma boa correlação com o padrão de referência de “Mármore Boulonnais”. O Mármore Boulonnais de referência é: Lunel semi claro, espessura: ≥ 50 mm, “contra-passe 2 faces”, desbastado com uma mó diamantada com dimensão 100/120, rugosidade: Ra = (1,6 ± 0,4) µm, se medido com um rugosímetro calibrado de acordo com a EN ISO 4288. Em cada calibração do aparelho deve ser verificada a perpendicularidade dos apoios da amostra. A incisão no padrão de referência deve ser rectangular, não sendo permitida uma diferença superior a 0,5 mm entre os comprimentos medidos em lados opostos. Se for necessário, verificar se: − a amostra foi mantida perpendicularmente ao disco; − o porta-provetes e a abertura do funil de orientação do fluxo estão paralelos ao eixo do disco; − o fluxo de abrasivo através da abertura é constante; − o atrito no conjunto porta-provetes /contrapeso não
é excessivo.
G.5 Preparação do provete O provete de ensaio deve ser um bloco inteiro ou um pedaço cortado incluindo a face superior do bloco e medindo, pelo menos, 100 mm × 70 mm. O provete de ensaio deve estar limpo e seco. A face superior, que deve ser ensaiada, deve ser plana com uma tolerância de ± 1 mm, medida de acordo com C.4 em duas direcções perpendiculares, sobre 100 mm.
NP EN 1338 2009 p. 52 de 73 Se a face superior apresentar uma textura rugosa ou estiver fora da tolerância, deve ser ligeiramente desbastada para se obter uma superfície lisa li sa e plana dentro da tolerância admissível. Imediatamente antes do ensaio, a superfície a ser ensaiada deve ser limpa com uma escova dura e coberta com um corante superficial que facilite a medição do sulco (p.ex., colorir com um marcador).
G.6 Procedimento Encher a tremonha com o material abrasivo seco, cujo teor de humidade não ultrapasse 1,0 %. Afastar o porta provetes do disco de abrasão. Colocar o provete no porta provetes para que a incisão produzida se situe, pelo menos, a 15 mm de qualquer dos bordos do provete e fixá-lo sobre um calço para deixar passar o abrasivo sob aquele. Colocar o recipiente de recolha por baixo do disco de abrasão. Colocar o provete em contacto com o disco de abrasão largo, abrir a válvula de controlo e, simultaneamente, ligar o motor para que o disco de abrasão largo execute 75 rotações em (60 ± 3) s. Verificar, visualmente, a regularidade da queda do material abrasivo durante o ensaio. Após as 75 rotações do disco, parar o fluxo de abrasivo e o disco. Sempre que possível, devem ser realizados dois ensaios em cada provete.
G.7 Medição da incisão Colocar o provete sob uma lupa grande com um poder de ampliação de, pelo menos, duas vezes e, de preferência, equipada com uma luz para facilitar a medição da incisão. Com uma régua e um lápis com uma mina de diâmetro 0,5 mm e dureza 6H ou 7H, traçar os limites longitudinais exteriores da incisão (l1 e l2) (ver Figura G.4). Seguidamente, traçar uma linha (A B) a meio da incisão perpendicularmente ao seu eixo de simetria. Colocar as pontas de um paquímetro digital nos pontos A e B do interior dos limites longitudinais da incisão (l1 e l2) e registar a medida arredondada a 0,1 mm. Para efeitos de calibração repetir a medição (10 ± 1) mm afastada das extremidades da incisão (C D), de modo a obter três leituras.
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Dimensões em milímetros
Legenda: Ver Figura G.1
Figura G.4 – Exemplo de um provete ensaiado mostrando uma incisão Alguns corantes superficiais poderão ser eliminados acima da incisão por acção do abrasivo. Este facto deve ser ignorado ao traçar a linha l1, a qual deve ser marcada onde, efectivamente, a superfície da amostra foi desgastada.
G.8 Cálculo dos resultados O resultado é a dimensão, corrigida por um factor de calibração e, seguidamente, arredondada a 0,5 mm. O factor de calibração é a diferença entre 20,0 e o valor de calibração registado. Se forem realizadas duas incisões sobre o mesmo provete, deve ser considerado o valor maior como resultado. Por exemplo, se o valor de calibração for 19,6 mm e a dimensão for 22,5 mm, o resultado será 22,5 + (20,0 – 19,6) = 22,9 mm, arredondado a 23,0 mm.
NOTA:
G.9 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve incluir o comprimento das incisões. Ver também secção 8.
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Anexo H (normativo)
Medição da abrasão pelo ensaio de Böhme H.1 Princípio No abrasímetro de disco Böhme colocam-se as placas quadradas, ou cubos sobre a pista de ensaio onde se espalhou um abrasivo normalizado, sendo imprimido ao disco um movimento de rotação e os provetes submetidos a uma carga de desgaste de (294 ± 3) N para um determinado det erminado número de ciclos (ver H.5). O desgaste por abrasão é determinado deter minado pela diminuição do volume do provete.
H.2 Material abrasivo O abrasivo normalizado a utilizar deve ser alumina fundida (corindon artificial)3) concebido para provocar um desgaste de 1,10 mm a 1,30 mm em ensaios com provetes de granito padrão e de 4,20 mm a 5,10 mm em ensaios com provetes de calcário padrão. Deve ser verificada a conformidade com estes requisitos, a homogeneidade do material, a uniformidade da massa volúmica aparente e a granulometria do abrasivo.
H.3 Aparelhos e utensílios H.3.1 Dispositivo de medição da espessura Para determinar a espessura deve ser utilizado um comparador cuja ponteira deve ter um apoio esférico e uma face de contacto anular de 8 mm de diâmetro exterior e 5 mm de diâmetro interior e um quadrante de medição. H.3.2 Disco abrasivo O disco abrasivo de Böhme tal como mostra a Figura H.1 consiste essencialmente num disco rotativo com uma pista de ensaio definida, para receber o abrasivo, um suporte de fixação do provete e um dispositivo de carga. H.3.3 Disco rotativo O disco rotativo deve ter um diâmetro de aproximadamente 750 mm, ser plano e colocado horizontalmente. Quando carregado, a sua velocidade deve ser de (30 ± 1) rotações por minuto. Este disco deve ser equipado com um conta-rotações e um dispositivo que o desligue automaticamente após 22 rotações.
3)
O fornecimento e informação podem ser obtidos em: Materialprüfungsamt Nordhein-Westfalen, Marsbruchstra β e 186, D-44287 Dortmund, Germany.
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H.3.4 Pista de ensaio A pista de ensaio deve ser anelar, com um raio interior de 120 mm e o exterior de 320 mm (isto é, 200 mm de largura), e ser substituível. Esta pista deve ser em ferro fundido, com uma estrutura perlítica, um teor de fósforo que não exceda 0,35 % e o de carbono superior a 3 %. A pista deve ter uma dureza Brinell de 190 a 220 HB 2,5 / 187,5 (como estabelecido nas EN ISO 6506-1, EN ISO 6506-2 e EN ISO 6506-3), determinada como a média de medições realizadas em, pelo menos, dez pontos ao longo do seu perímetro. A superfície da pista está sujeita a desgaste devido à utilização; a redução da espessura daí resultante não deve exceder 0,3 mm e nenhum sulco deve ter profundidade superior a 0,2 mm. Se estes valores forem excedidos, a pista deve ser substituída ou recuperada. Quando tiver sido recuperada três vezes deve ser determinada a sua dureza. H.3.5 Suporte do provete O suporte do provete é constituído por uma peça em forma de U com, aproximadamente 40 mm de altura e distanciada (5 ± 1) mm da pista de ensaio. A peça deve estar colocada de tal forma que a distância entre os eixos do provete e do disco seja 200 mm e que o rebordo angular do suporte que segura o provete esteja colocado à distância de (4 ± 1) mm acima do disco. A montagem do suporte deve garantir que não ocorram vibrações durante o ensaio. H.3.6 Dispositivo de carga O dispositivo de carga consiste numa alavanca de dois braços de diferentes comprimentos, um peso de carregamento e um contrapeso, oscilando a barra com a menor fricção possível e ficando colocada quase horizontalmente durante o ensaio. O sistema deve ser projectado para que a carga seja exercida verticalmente, pela ponteira, no centro do provete. O peso próprio da alavanca é equilibrado pelo contrapeso mais o prato de colocação do peso de carregamento. A força actuante sobre o provete resulta do peso de carga multiplicado pela relação entre os braços da alavanca, sendo a massa do peso escolhida de forma a produzir uma força de ensaio de (294 ± 3) N (correspondente a 5,88 N/cm2 ou cerca de 0,06 N/mm2) a qual deve ser verificada por cálculo.
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Legenda: 1 2 3
Contrapeso Pista de ensaio Peso de carregamento
4 Suporte do provete 5 Provete 6 Disco rotativo
Figura H.1 − Princípio do abrasímetro de disco Böhme
H.4 Preparação dos provetes Utilizar, como provetes, placas quadradas ou cubos, com arestas de comprimento (71 ± 1,5) mm. A face de contacto do provete e a oposta devem ser paralelas e planas. Para determinar a redução da espessura, como se descreve em H.6, a face oposta deve, se necessário, ser polida ou preparada de outra forma para assegurar o paralelismo. Geralmente os provetes devem ser secos à temperatura de (105 ± 5) ºC º C até apresentarem massa constante, sendo normalmente necessário o pré-desgaste da face de contacto em quatro ciclos (ver H.5). No caso excepcional de se ensaiarem provetes húmidos ou saturados (ver nota em H.5), estes devem ser imersos em água pelo menos durante sete dias e limpos com uma esponja artificial humedecida antes de cada pesagem, para que todos apresentem o mesmo grau de humidade. Cada provete deve ser recolhido a partir de, pelo menos, três amostras ou peças do mesmo tipo. Antes do ensaio, determinar a massa volúmica do provete, ρ R, por medições aproximadas a 0,1 mm e por pesagem aproximada a 0,1 g. No caso de provetes com duas camadas, determinar a massa volúmica dos provetes tirados somente da camada de desgaste, devendo estes ser polidos antes do ensaio, quando necessário.
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H.5 Procedimento Antes do ensaio de desgaste e após cada quatro ciclos (ver H.4), pesar o provete com uma exactidão de 0,1 g. Espalhar 20 g de abrasivo normalizado na pista de ensaio. Fixar o provete no suporte e, com a face a ensaiar em contacto com a pista, carregar axialmente com (294 ± 3) N. Pôr o disco em movimento certificando-se de que o abrasivo esteja uniformemente distribuído ao longo de uma área definida pela largura do provete. Submeter o provete a 16 ciclos de 22 rotações cada. Depois de cada ciclo, limpar o disco e a face de contacto, rodar progressivamente o provete 90º e espalhar novo abrasivo na pista, como descrito em e m H.2. No caso de ensaio de provetes húmidos ou saturados de água, antes de cada ciclo a pista deve ser limpa com um pano ligeiramente húmido antes de ser coberta com abrasivo. No início do ensaio, a água deve correr à razão de, aproximadamente, 13 ml (correspondentes a 180 a 200 gotas) por minuto, sobre a pista, proveniente de um depósito com um bico oscilante e regulável. As gotas devem cair de uma altura aproximada de 100 mm, no meio da pista, num ponto situado a 30 mm à frente do provete. Quando o ensaio é realizado de acordo com este método, deve haver o cuidado de reencaminhar continuamente o abrasivo para a área de trabalho da pista (ver H.3).
H.6 Cálculo dos resultados Calcular o desgaste por abrasão, após 16 ciclos, como sendo a perda média do volume do provete, ∆V , utilizando a equação: ∆V =
∆m ρ R
onde: ∆V
é a perda de volume após 16 ciclos, em milímetro cúbico;
∆m
é a perda de massa após 16 ciclos, em grama;
ρ R
é a massa volúmica do provete ou, no caso de provetes de camadas múltiplas, a massa volúmica da camada de desgaste, em gramas por milímetro cúbico.
H.7 Relatório de ensaio No relatório de ensaio indicar o desgaste por abrasão arredondado ao número inteiro mais próximo de 1000 mm3 por 5000 mm2. Ver também secção 8.
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Anexo I (normativo)
Método para a determinação do valor da resistência ao escorregamento sem polimento (USRV) I.1 Princípio A medição do USRV num provete é efectuada utilizando o pêndulo de atrito para avaliar as propriedades de atrito do provete na face superior. O pêndulo de atrito inclui um patim de borracha normalizada fixo na extremidade do pêndulo e pressionado por uma mola. Quando o pêndulo oscila, a força de atrito entre o patim e a superfície de ensaio é medida através da redução da amplitude da oscilação numa escala calibrada.
I.2 Aparelhos e utensílios I.2.1 Pêndulo de atrito I.2.1.1 O equipamento de ensaio do pêndulo de atrito deve ser fabricado como mostra a Figura I.1. Todos os apoios e partes móveis devem ser tão protegidos quanto possível e todos os materiais utilizados devem ser tratados de modo a evitar a corrosão em condições de humidade.
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Legenda: 1 2 3 4 5
Escala C (comprimento de deslizamento 126 mm) Escala F (comprimento de deslizamento 76 mm) Ponteiro Pêndulo Patim de borracha
6 Parafuso de nivelamento 7 Porta provetes 8 Nível de bolha 9 Parafuso de ajustamento vertical
Figura I.1 – Equipamento de ensaio do pêndulo de atrito
I.2.1.2 O equipamento de ensaio do pêndulo de atrito a trito deve ter as seguintes características: 1) um patim revestido a borracha e pressionado por uma mola, tal como especificado em I.2.1.4 a I.2.1.10. Deve ser montado na extremidade do braço de um pêndulo de modo a que o bordo de deslizamento se situe a (510 ± 1) mm do eixo de suspensão; 2) um dispositivo para posicionar verticalmente a coluna de suporte do equipamento; 3) uma base com massa suficiente para assegurar a estabilidade do equipamento durante o ensaio; 4) um dispositivo que permita levantar e baixar o eixo de suspensão do braço do pêndulo, de forma a que o patim possa: −
oscilar sem contactar com a superfície do provete; e
−
ser regulado para varrer uma superfície de comprimento fixo de (126 ± 1) mm. É necessária uma escala com estas distâncias marcadas, conforme mostrado na Figura I.2.
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Vista lateral
Vista em planta
Legenda: 1
Escala
4 Comprimento de deslizamento medido
2
Patim
5 Comprimento de deslizamento real
3
Bordo de referência
Figura I.2 – Escala de medida do comprimento de deslizamento 5) um dispositivo que permita prender e libertar o braço do pêndulo de modo a que este caia livremente a partir de uma posição horizontal; 6) um ponteiro com o comprimento nominal de 300 mm, que oscile em torno do eixo de suspensão, indicando a posição do braço do pêndulo durante o seu movimento de avanço e deslocando-se sobre uma escala circular. A massa do ponteiro não deve ser superior a 85 g; 7) o atrito do mecanismo do ponteiro deve ser ajustável de forma que, quando o braço do pêndulo oscilar livremente a partir de uma posição horizontal, a ponta exterior do ponteiro poderá atingir um ponto situado a (10 ± 1) mm abaixo da horizontal. Esta é a leitura 0; 8) uma escala circular C, calibrada para um comprimento de deslizamento de 126 mm sobre uma superfície plana, marcada de 0 a 150, em intervalos de cinco unidades.
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I.2.1.3 A massa do braço do pêndulo, incluindo patim, deve ser (1,50 ± 0,03) kg. O centro de gravidade deve estar no eixo do braço a uma distância de (410 ± 5) mm do eixo de suspensão. I.2.1.4 O patim largo deve ser constituído por um calço de borracha com (76,2 ± 0,5) mm de largura, (25,4 ± 1,0) mm de comprimento (na direcção da oscilação) e (6,4 ± 0,5) mm de espessura. A massa combinada do patim e da sua base deve ser de (32 ± 5) g. I.2.1.5 O patim deve estar fixado numa base rígida com um eixo central de oscilação, o qual deve ser montado na extremidade do braço do pêndulo de tal modo que, quando o braço estiver no ponto mais baixo da oscilação, com o bordo de ataque do patim em contacto com a superfície de ensaio, o plano do patim faça um ângulo de (26 ± 3)º com a horizontal. Nesta configuração o patim pode rodar em torno do seu eixo, sem obstrução, para acompanhar as irregularidades da superfície de ensaio, durante as oscilações do pêndulo. I.2.1.6 O patim deve ser pressionado contra a superfície de ensaio por acção de uma mola. Após calibração, a força estática aplicada ao patim, de acordo com o estipulado pelo procedimento de calibração do equipamento, deve ser (22,2 ± 0,5) N na sua posição média. A variação da força estática aplicada ao patim não deve ser superior a 0,2 N por milímetro de deformação do patim. I.2.1.7 A resiliência e a dureza iniciais do patim devem estar conformes com o Quadro I.1 e devem ter um certificado de conformidade que inclua o nome do produtor e a data de fabrico. O patim deve ser substituído logo que o valor de IRHD, medido de acordo com a ISO 7619 deixar de estar conforme com os requisitos do Quadro ou, o mais tardar, t ardar, três anos após ter sido fabricado. f abricado. Quadro I.1 – Características da borracha do patim Propriedade Resiliência (%) 1)
0
10
43 a 49
58 a 65
Dureza (IRHD) 2) 1)
Ensaio de ressalto segundo a ISO 4662.
2)
Internacional Rubber Hardness Degrees de acordo com a ISO 48.
Temperatura ºC 20 66 a 73
30
40
71 a 77
74 a 879
53 a 65
I.2.1.8 Os bordos do patim devem ser perpendiculares e de corte direito e a borracha estar isenta de contaminações, como por exemplo, óleo ou abrasivo. O patim deve ser conservado ao abrigo da luz, a uma temperatura entre 5 ºC e 20 ºC. I.2.1.9 Antes de utilizar um novo patim, este deve ser preparado de modo a que a largura mínima do bordo de ataque seja de 1 mm, como apresentado na Figura I.3. Esta preparação deve ser obtida por regulação do pêndulo e execução de cinco oscilações sobre uma superfície seca com um coeficiente de atrito superior a 40 na escala C, seguidas de mais 20 oscilações sobre a mesma superfície depois de humedecida.
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Secção A-B (2:1)
Legenda: 1 2
Patim de borracha Suporte de alumínio
3 Bordo de ataque 4 Largura de desgaste
Figura I.3 – Montagem do patim mostrando o desgaste máximo do bordo de ataque
I.2.1.10 O patim deve ser substituído quando a largura do bordo de ataque, tal como apresentado na Figura I.3, exceder 3 mm ou se apresentar excessivamente riscado ou com rebarbas. O patim poderá ser rodado para se utilizar um novo bordo, o qual necessita de ser preparado como o anterior. I.2.2 Um recipiente com água potável a (20 ± 2) ºC para humedecer as superfícies do provete e do patim.
I.3 Calibração O aparelho deve ser recalibrado, pelo menos, anualmente.
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I.4 Amostragem Colher uma amostra representativa de cinco blocos da mesma família de superfície. Cada bloco da amostra deve apresentar uma superfície de ensaio de 136 mm × 86 mm, representativa de todo o bloco. Esta superfície deve ser ensaiada utilizando o patim de 76 mm de largura numa extensão nominal de varrimento de 126 mm, sendo as leituras feitas na escala C. No caso de blocos grandes, devem ser cortadas amostras representativas para ensaio, desses blocos.
I.5 Procedimento Conservar o pêndulo de atrito e o patim, à temperatura de (20 ± 2) C pelo menos durante 30 min antes de iniciar o ensaio. °
Imediatamente antes de ensaiar, mergulhar a amostra em água a (20 ± 2) C pelo menos durante 30 min. °
Colocar o pêndulo de atrito sobre uma superfície rígida e regular os parafusos de ajustamento de forma que a coluna de suporte do pêndulo fique vertical. Em seguida regular o eixo de suspensão do pêndulo para que o braço possa oscilar livremente e ajustar o atrito ao nível do mecanismo do ponteiro, de modo que, quando o braço do pêndulo e o ponteiro são libertados da posição horizontal à direita, o ponteiro se imobilize na posição zero da escala de ensaio. Antes de utilizar um novo patim pat im prepará-lo segundo o método descrito em I.2.1.9. Substituir qualquer patim que exceda os requisitos apresentados em I.2.1.10. Fixar o provete firmemente com a sua maior dimensão na trajectória do pêndulo, centrado em relação ao patim de borracha e ao eixo de suspensão do pêndulo. Garantir que a trajectória do patim é paralela ao eixo maior do provete em toda a extensão de varrimento. Ajustar a altura do braço do pêndulo de forma que, ao passar sobre o provete, o patim de borracha esteja em contacto com toda a sua largura e com toda a extensão de varrimento especificada. Molhar bem as superfícies do provete e do patim de borracha com água em quantidade, tomando cuidado para não o desviar da sua posição inicial. Libertar o pêndulo e o ponteiro da posição horizontal e reter o braço do pêndulo na sua oscilação de retorno. Registar a posição do ponteiro na escala (valor de ensaio pelo pêndulo). Executar esta operação cinco vezes, tornando a molhar o provete de cada vez e registar a média das últimas três leituras. Colocar novamente o provete rodando-o de 180º e repetir o procedimento.
I.6 Cálculo dos resultados Quando se utilizar o patim largo numa extensão de varrimento de 126 mm, calcular o valor do ensaio pelo pêndulo, por cada provete, como a média dos dois valores médios registados medidos em direcções opostas, arredondados a uma unidade da escala C. O USRV é o valor médio do ensaio pelo pêndulo obtido em 5 provetes.
I.7 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve incluir as seguintes informações: 1) o valor médio do ensaio pelo pêndulo de cada provete; 2) o valor USRV médio da amostra. Ver também a secção 8.
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Anexo J (normativo)
Verificação dos aspectos visuais J.1 Preparação Dispor as amostras, ao nível do solo, com forma aproximada a um quadrado, depois de verificar cada bloco relativamente à delaminação.
J.2 Procedimento Em condições de iluminação natural um observador deve colocar-se sucessivamente, a uma distância de dois metros de cada um dos lados do quadrado e registar os blocos que apresentarem fissuras ou escamação. Comparar a textura e a cor com a amostra do produtor.
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Anexo K (informativo)
Exemplo de aplicação do método para avaliação da conformidade da resistência à tracção por compressão por variáveis (6.3.8.3.B) K.1 Generalidades A conformidade do controlo da produção em fábrica pelo produtor poderá ser determinada por atributos ou por variáveis (ver 6.3.8.3 B). Com base em ensaios de ruptura o fluxograma (ver Figura K.1) apresenta os “percursos” possíveis: por atributos ou por variáveis; no entanto inicia-se sempre por atributos porque o percurso por variáveis necessita de resultados suficientes para calcular o desvio padrão. A probabilidade de aceitação tem t em de ser equivalente à resultante dos ensaios por “Atributos” (6.3.8.3 A).
K.2 Fórmula base A fórmula base para verificar a conformidade de determinado produto é:
X n ≥ 3,6 + qn × s (MPa) X n =
a média da amostra da produção de n produtos;
qn =
factor de aceitação;
s =
desvio padrão para a máquina de produção.
K.3 Factores de aceitação Em função do número de provetes os factores de aceitação são: n=2 n=4
q2 = 0,6
n=8 n = 16
q8 = 1,2
q4 = 0,9 q16 = 1,3
K.4 Desvios padrão s Poderão ser utilizados diferentes métodos para a determinação do desvio padrão s em função da exactidão necessária. O número mínimo de resultados de determinação do desvio padrão depende da estabilidade do processo: geralmente são utilizados 30 resultados, mas se a estabilidade for comprovada, 15 poderão ser suficientes. Estes resultados (30 ou 15) deverão ser reunidos a partir de ensaios realizados durante um período de produção representativa, por exemplo, 4 d de produção com 8 ou 4 resultados por dia.
NP EN 1338 2009 p. 66 de 73 O desvio padrão deve ser verificado em intervalos regulares.
K.5 Aplicação das regras de passagem de um nível de inspecção para outro Quando a produção está sob controlo, o número de amostras ensaiadas diminui. Isso é lógico, uma vez que a probabilidade de produzir defeituosos diminui. As regras de passagem de um nível de inspecção para outro são apresentadas em A.5.
K.6 Resultados Se o resultado da utilização da fórmula em K.2 for positivo, nenhum resultado individual T for for inferior a 2,9 MPa e nenhuma carga de ruptura F for for inferior a 250 N/mm, a produção correspondente está conforme com os requisitos desta Norma. Aplica-se a secção 6.3.7, caso os resultados não cumpram os requisitos.
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Ensaio de tipo em 8 unidades
Cada 3,6 M Pa Cada 250 N/mm?
N ão
As unidades podem entr entrar ar em produção
S im
(Percurso p or atributos) atributos)
Nova produção
Controlo Control o d a produção em fábri fábrica ca (Percurso por variáveis) ensaio de produto N ão
n b locos/fa locos/família mília d e resistência/dia resistência/dia
n = 8, 16, 4 ou 2
n =8
Cada Cada
De svi svio o p adrão conhecido e regularmente verificado?
Aplicação das regras de passagem
3,6 M Pa 2 5 0 N /m /m m ?
S im
Produção correspondente aceite
S im
N ão
n =8
Aumentar a amostra para 16
Não m ais do que 1 3,6 M Pa dos 16 mas 2,9 Mpa 2 5 0 N /m /m m ?
N ão
S im
S im
x Carta de controlo e cada resultado 2,9 MP a carga de ruptura 250 N/mm
Produtos não conformes 6.3.7
N ão
Figura K.1 – Resistência à ttracção racção por compressão segundo a EN 1338
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Anexo ZA (informativo)
Secções desta Norma Europeia relativas a requisitos essenciais ou a outras disposições da Directiva Europeia dos Produtos de Construção (89/106/CEE) ZA.1 Objectivo, campo de aplicação e características relevantes Esta Norma Europeia e o presente Anexo ZA foram elaborados no âmbito dos Mandatos M/119 “Floorings” e M/122 “ Roof covering, rooflights, roof windows and ancillary products”, atribuídos ao CEN pela Comissão da União Europeia e pela Associação Europeia de Comércio Livre. As secções da presente Norma Europeia apresentadas neste Anexo suportam os requisitos dos Mandatos atribuídos no âmbito da Directiva UE relativaos relati vaos aos Produtos de Construção (89/106/CEE). A conformidade com este Anexo confere a presunção de aptidão dos produtos da construção abrangidos por esta Norma Europeia para as utilizações previstas no Quadro ZA.1; deve ser feita referência às informações que acompanham a marcação CE.
AVISO: Poderão ser aplicados outros requisitos e outras Directivas da UE que não afectem a aptidão para a utilização prevista aos produtos da construção abrangidos pelo campo de aplicação deste Anexo. Adicionalmente à secção 4.2 relacionada com substâncias perigosas, poderão existir outros requisitos aplicáveis aos produtos incluídos no objectivo e campo de aplicação desta Norma (p.ex., legislação Europeia transposta, leis nacionais, regulamentos e disposições administrativas). Para cumprir as disposições da Directiva UE dos Produtos de Construção, também é necessária ne cessária a conformidade com estes requisitos, quando e onde aplicáveis. Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições europeias e nacionais relativas às substâncias perigosas na página da internet “Construção” no site EUROPA (CREATE, acessível através de http://europa.eu.int)
NOTA:
Produto da construção:
Blocos prefabricados de betão para pavimento abrangidos pelo objectivo e campo de aplicação desta Norma
Utilização(ões) prevista(s):
Pavimentos interiores e exteriores e/ou revestimento de coberturas.
NP EN 1338 2009 p. 69 de 73 Quadro ZA.1 – Características requeridas
Características essenciais Reacção ao fogo
Secções de requisitos nesta Norma 5.3.6.1
Níveis e/ou classes Classe A1
Desempenho com fogo exterior Emissão de amianto
5.3.6.2
Nenhum
Julgado satisfatório
4.2
Inexistente
ver 4.2
Resistência à ruptura
5.3.3.1
Nenhum
Resistência ao escorregamento/ deslizamento
5.3.5.1
Nenhum
5.3.5.2
Nenhum
5.3.7
Nenhum
5.3.3.3
Nenhum
5.3.5.3
Nenhum
Condutibilidade térmica Durabilidade *)
Notas
Utilização Pavimentos interiores Coberturas
Pavimentos exteriores e interiores e coberturas Pavimentos exteriores e interiores Satisfatório Pavimentos exteriores e interiores Apenas para Pavimentos produtos em que toda exteriores e a superfície superior interiores é rectificada ou polida, de forma a produzir uma superfície muito lisa Pavimentos interiores Pavimentos exteriores Pavimentos exteriores e interiores
*)
Aplica-se a secção 5.3.2 quando um estado-membro pretende estabelecer uma relação rela ção entre a durabilidade e a resistência às condições climáticas.
O requisito relativo a uma determinada característica não se aplica nos Estados-Membros que não possuem exigências regulamentares relativas a essa característica, relacionada com a utilização prevista. Neste caso, os produtores que colocam o seu produto no mercado desses Estados-Membros não são obrigados a determinar nem a declarar o desempenho dos seus produtos relativamente a essa característica e a opção "Desempenho Não Determinado" (DND) poderá ser utilizada na informação que acompanha a marcação CE (ver secção ZA.3). A opção DND poderá não ser utilizada para a característica essencial de resistência à ruptura.
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ZA.2 Procedimentos para atestação da conformidade ZA.2.1 Sistema de atestação da conformidade O sistema de atestação da conformidade para o produto indicado no Quadro ZA.1, de acordo com as Decisões da Comissão 97/808/CE e 98/436/CE, conforme emendadas, como referido para esta família de produtos no Anexo III dos Mandatos M/119 e M/122, é apresentado no Quadro ZA.2 para a utilização prevista indicada: Quadro ZA.2 – Sistema de atestação da conformidade Produto(s)
Utilização(ões) prevista(s)
Nível(eis) ou classe(s)
Sistema(s) de atestação da conformidade
Blocos prefabricados de betão para pavimento
Para utilizações exteriores e acabamento de estradas para revestimento de áreas pedonais e de circulação de veículos Para utilizações interiores incluindo instalações de transportes públicos Para coberturas
Amianto: inexistente
4
Reacção ao fogo: A1*) Amianto: inexistente
4
Desempenho com fogo exterior julgado satisfatório **) Amianto: inexistente
4
Blocos prefabricados de betão para pavimento Blocos prefabricados de betão para pavimento
Sistema 4: ver Directiva 8 9/106/CEE (CPD) Anexo III.2. (i.i), terceira possibilidade. *) Materiais da Classe A1 que não requerem ensaios de reacção ao fogo, segundo a emenda da Decisão 1996/603/EC. **) Ver Decisão da Comissão 2000/553/EC.
Quadro ZA.3 – Atribuição de tarefas
Tarefas para o produtor
Conteúdo das tarefas
Ensaios de tipo inicial
Secções a aplicar 6.2
Todas as características relevantes do Quadro ZA.1 Controlo da produção em fábrica
6.3
ZA.2.2 Declaração de conformidade O produtor ou o seu agente estabelecido no EEE deve redigir e manter uma declaração de conformidade a qual habilita o produtor a afixar a marcação CE. Esta declaração deve incluir: − nome
e morada do produtor, ou do seu representante autorizado estabelecido no EEE, e o local de produção;
− descrição
do produto (tipo, identificação, utilização ...) e uma cópia da informação que acompanha a marcação CE;
NP EN 1338 2009 p. 71 de 73 − disposições
Europeia);
com as quais o produto se encontra em conformidade (Anexo ZA da presente Norma
− condições particulares aplicáveis à utilização
do produto (se necessário);
− nome e função da pessoa habilitada para assinar a declaração em nome do produtor ou do seu representante
autorizado. A declaração acima mencionada deve ser apresentada na língua ou línguas oficiais do Estado-Membro no qual o produto será utilizado.
ZA.3 Marcação CE e etiquetagem O produtor ou o seu representante autorizado estabelecido dentro da UE ou EFTA é responsável pela afixação do símbolo da marcação CE. O símbolo da marcação CE a afixar deve estar de acordo com a Directiva 93/68/EC e deve ser acompanhado da informação seguinte. Deve figurar na embalagem e/ou nos documentos comerciais de acompanhamento: − nome ou marca de identificação e
morada da sede social do produtor;
− os dois últimos dígitos do ano em que
a marcação foi aposta;
− número da presente Norma (EN 1338); − tipo
de produto (isto é, bloco prefabricado de betão para pavimento) e a utilização(ões) prevista(s), por exemplo: pavimento interior, pavimento exterior e/ou cobertura; e
− informação sobre as características / valores a
declarar.
Para os produtos previstos para utilização em áreas exteriores pedonais e de circulação ci rculação de veículos: − resistência à ruptura; − resistência ao escorregamento/deslizamento; − durabilidade.
Para produtos previstos para utilização em e m pavimentos interiores: − reacção ao fogo; − resistência à ruptura; − resistência ao escorregamento/deslizamento; − durabilidade; − condutibilidade térmica (quando relevante).
Para produtos previstos para utilização em e m revestimento de coberturas: − desempenho com fogo exterior: julgado satisfatório.
As figuras ZA.1 e ZA.2 dão exemplos de produtos sujeitos a durabilidade da resistência e das condições climáticas respectivamente, relativamente à informação a incluir nos documentos comerciais ou na embalagem.
NP EN 1338 2009 p. 72 de 73
Any Co Lda, PO Box 21 B1050
00
EN 1338 Blocos prefabricados de betão Utilização prevista Emissão de amianto Resistência à ruptura Resistência ao escorregamento/deslizamento escorregamento/deslizamento [W/(mK)] Condutibilidade térmica Desempenho ao fogo exterior Durabilidade Reacção ao fogo X = não relevante;
Pavimentos interiores Aceite Aceite Satisfatória 1,2 X
Pavimentos exteriores X Aceite Satisfatória X X
Satisfatória A1
Satisfatória X
Coberturas X X X X Considerado satisfatório X X
Figura ZA.1 − Exemplo de informação de marcação CE
Any Co Lda, PO Box 21, B1050
00
EN 1338 Blocos prefabricados de betão para pavimento (em que toda a superfície superior é rectificada e/ou polida para produzir uma superfície lisa) Utilização prevista: Pavimentos Pavimentos Coberturas interiores exteriores Emissão de amianto Aceite X X Resistência à ruptura Aceite Aceite X Resistência ao escorregamento/deslizamento escorregamento/deslizamento 45 45 X 1,2 X X Condutibilidade térmica [W/(mK)] Desempenho com fogo exterior X X Considerado satisfatório Durabilidade Satisfatória Satisfatória X Reacção ao fogo A1 X X X = não relevante Figura ZA.2 − Exemplo de informação de marcação CE
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Anexo NA (informativo)
Correspondência entre as normas europeias e internacionais referidas na presente Norma e as normas nacionais Norma Internacional
Norma Europeia
Norma Nacional
Título
ISO 48
NP ISO 48:2004 48:200 4
Borracha vulcanizada ou termoplástica – Determinação da dureza (dureza entre 10 GIBD e 100 GIBD)
ISO 4662
NP ISO 4662:2004
Borracha – Determinação da resiliência de ressalto de vulcanizados
ISO 7619
Borracha – Determinação da dureza por NP ISO 7619:2001 penetração utilizando um durómetro durómetro de bolso