Frederico Morais, Morais, Arte é o que eu e você chamamos arte: 801 definições sobre arte e o sistema da arte. Editora Record, 2002. 320 p.
I. II. III. O ARTISTA 59
IV. A OBRA 85
V. OS MEIOS DE EXPRESSÃO 101
VI.
VII. ARTE E FILOSOFIA 145
XIII. ARTE E CONSCIÊNCIA DO MUNDO 201
XIV. ARTE E PARTICIPAÇÃO 215 XV. ARTE E HISTÓRIA DA ARTE
VIII. ARTE E INCONSCIENTE 157 IX. ARTE E NATUREZA 163
XVI. ARTE ANTIGA •
Arte clássica / Classicismo 233
X. ARTE E SOCIEDADE 171 XI. ARTE E XII. ARTE E
XVII. ARTE MODERNA 247
Introdução, 9-20
XVIII. Vanguarda 283 XIX. XX.Fontes 293
Arte Moderna
729. Quem é dadaísta? Um dadaísta é um homem que ama a vida em todas as suas formas ilimitadas e que sabe e diz: não somente aqui, mas também lá, lá, lá (da, da, da) está a vida. JOHANNES BAADER
730. Quem contra Dada está, é dadaísta. RAOUL HAUSMANN
731. Hoje é tudo mais ou menos Dada. PIERRE RESTANY
Expressionismo 734. Parta dar expressão aos impulsos interiores em cada forma que provoque uma reação íntima no expectador, nós, hoje, procuramos, sob o véu das aparências exteriores, as coisas ocultas que nos parecem mais importantes que as descobertas dos impressionistas. Procuramos e elaboramos este nosso lado oculto não por capricho nem pelo prazer de ser diferente, mas porque este é o lado que nós vemos. MANIFESTO DO GRUPO O CAVALEIRO AZUL, 1909 735. Embora a pintura e a literatura expressionista já tivessem surgido longo tempo antes da Primeira Guerra Mundial só a ós 1918 anharam o interesse de um público mais amplo. (...). Para um povo imbuído pela revolução, o Expressionismo parece não apenas um negação das tradições burguesas, mas, também, uma profissão de fé na própria força, na capacidade de transformar livremente a natureza e a sociedade. Graças a estas características a ele atribuídas, o Expressionismo pode atrair muitos alemães que se defrontavam, perplexos, com a derrocada do seu mundo tradicional. SIEGFRIED KRACAUER 1949 736. O Expressionismo foi o último degrau da arte burguesa. O caminho para a negação total do Realismo, o caminho para o niilismo e a abstração. Foi a dança da morte da arte burguesa. Mediante modificações arbitrárias, rebeldes – embora entendidas como subjetivamente re-
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com a qualidade e a natureza estética da obra. Descobrir relações matemáticas numa obra é um exame “anatômico”, que se realiza fora da realidade propriamente estética. Não há intuição sem espontaneidade e o fato do artista trabalhar com compassos, esquadros e tira-linhas não exclui nem a intuição, nem por isso, a espontaneidade. Tampouco uma obra de arte concreta é mais precisa que um quadro de El Greco. Os retângulos de Mondrian, as maças de Cézanne, os cubos de Weissmann ou as elipses de Pevsner não querem ser retângulos, maças, cubos ou elipses, mas formas-símbolos, veículos de uma realidade existencial que o artista formula.
FERREIRA GULLAR, 1958
Minimalismo, 268 – Transvanguarda, 297 (Arte contemporânea )