Resgate&Aventura Assessoria e treinamentos
Resgate&Aventura RESGATE INDUSTRIAL Introdução Este manual foi elaborado para fornecer ao aluno informações referentes referentes às técnicas fornecidas e aplicadas pelos instrutores durante o curso. Este manual não deve servir como única fonte de informação cabe aos alunos manter-se atualizados através das técnicas desenvolvidas e equipamentos empregados ao curso. O curso tem como objetivo de instruir os profissionais que exercem uma função voltada às manobras de resgate, aos que atuam na prevenção, ao trabalhador que exerce um trabalho de manutenção.
RESGATE: Palavra que transmiti retirada, associada a pratica em acidentes significa a remoção da vítima através de mecanismos ou meios que necessitam de técnicas específicas. específicas. SALVAMENTO: palavra que transmiti transmiti segurança, associada associada a pratica pratica em acidentes significa significa o controle e a estabilização da vítima.
Equipe de Resgate Segundo a NBR14787: Pessoal capacitado e regulamente treinado para retirar os trabalhadores dos espaços confinados confinados em situação de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros. Segundo a NFPA 1006 : Uma combinação de profissionais treinados e disponíveis para responder a emergências de espaços confinados e desempenhar resgates.
Normas A sua finalidade é de garantir os critérios de qualidade do equipamento e a segurança ao trabalhador, que vão desde a fabricação até a vida útil destes equipamentos de segurança. E com o objetivo de estabelecer limites no uso do equipamento perante os usuários.
Certificações As certificações são expedidas por organizações nacional ou internacional, que tem esta característica de realizar auditorias aonde o produto é fabricado e aonde ele é comercializado. comercializado.
PRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES _NFPA: NATIONAL FIRE PROTECTION PROTECTION ASSOCIATION
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Em relação a equipamento para trabalho e resgate em altura, a única norma publicada até o momento é a 1983 983 ediçã ição de 2001 001 a STAN TANDA DARD RD ON FIR FIRE SER SERVICE VICE LIFE LIFE SAFE SAFET TY AN AND D SYST YSTEM COMPONENTES, sendo a primeira edição desta norma foi emitida em 1985.
_UIAA: UNIÃO INTERNACIONAL INTERNACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE ALPINISMO É uma organização privada, e tem seu próprio selo baseado nas próprias normas. O certificado da UIAA é fornecido a instituições independente. A certificação UIAA é fornecida para os seguintes equipamentos: mosquetões, arnês, cordas, cintas de ancoragens, dentre outros do gênero . Além de ser uma das mais conhecidas e respeitadas no mundo pelo seu padrão de qualidade nos testes realizados nos equipamentos referentes ao alpinismo.
CA: CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TABALHO Fornecido e aprovado pelo ministério do trabalho, quem realiza os testes é o IPT ( instituto de pesquisas tecnológicas).Aonde tecnológicas).Aonde os testes são realizados em laboratórios.
CE: Desde 1° de julho de 1996 tornou se obrigatória em todos os equipamentos comercializados no mercado europeu e deve estar gravada no corpo do equipamento com a sigla “CE” que significa “CONFORME AS EXIGÊNCIAS”
PREVENÇÃO DE ACIDENTES De pouco resolve ter uma equipe bem treinada e equipada para executar um bom trabalho. Se um membro desta equipe venha a cometer um ato imprudente. Para que este tipo de desastre não venha a ocorrer devemos em primeiro lugar nos concentrar com o nosso trabalho, pois só apartir deste ponto é que poderemos chegar ao final da ação com êxito.
NÃO ESQUEÇA DE: Verificar seus equipamentos quantas vezes se fizer necessário; Tenha a certeza que todos os equipamentos se encontram em condições de uso; Revise todos os pontos aonde tivermos nós, amarrações e ancoragem; Verifique as condições climáticas, pois elas fazem à diferença em uma operação; Redobre as atenções sobre as ancoragens fixas; Cuide de sua equipe como se cuidasse de si mesmo; Se o sistema de ancoragem estiver montado pela equipe e ainda assim estiver oferecendo um mínimo de risco, mesmo assim não prossiga, pois se lembre a sua vida é o mais importante.
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Nós Como todos sabem as cordas não funcionam sem os nós. São eles que, de uma maneira ou outra, nos permitem construir pequenos anéis de fita, unir cordas e viabilizar alguns trabalhos. tr abalhos. Antes de tudo devemos ter em mente que:
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1º. Os nós diminuem consideravelmente a resistência das cordas. Esta redução de capacidade pode chegar a 50%! 2º. Não existe um nó para todo o tipo de trabalho. Um que se comporta muito bem submetido a cargas estáticas, pode escorregar transformar-se ou vir a desfazer-se quando submetido a movimentos ou pressões variadas (carga dinâmica). 3º. Devemos, preferencialmente, usar nós com muitas voltas, destinadas a absorver melhor a força de impacto. 4º. Uma vez confeccionado, o nó deve possuir certa “estética”, forma definida, sem cabos torcidos ou sobrepostos. Características de um bom nó: Fácil de fazer. Fácil de desfazer. Seguro.
Vejamos agora os principais nós utilizados:
MEIA VOLTA DO FIEL ou UIAA Sua ação é liberar ou travar qualquer ponta da corda, um excelente recurso para fornecer segurança ou descer pela própria corda, caso o operador perca o equipamento principal de apoio. É sempre confeccionado sobre um mosquetão de grande dimensão, pois necessita de espaço útil para agir. Tem como inconveniente o aquecimento seguido de desgaste da capa das cordas.
Nó UIAA confeccionado diretamente no mosquetão.
OITO SIMPLES Considerado o nó mais versátil de todos. Principal nó de ancoragem. Reduz 30% a resistência das cordas. Pode ser confeccionado de três maneiras diferentes: para encordamento, direcionado e de união.
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OITO GUIADO É um nó muito seguro por ser resistente e absorver impactos de maneira eficiente. Utilizado para a conexão da corda diretamente na cadeirinha do socorrista ou para fixar cordas nos pontos de ancoragem. Tem perda de resistência de 30%.
OITO DUPLO Utilizado para conectar em pontos de ancoragem, bem como equipamentos que serão içados. Uma variação deste nó é o nó sete. Tem perda de resistência de 30%.
OITO DE UNIÃO DE CORDA Trata-se do mesmo nó explicado anteriormente, porém este é confeccionado invertendo o sentido de uma das cordas. É um nó bastante seguro para unir cordas de mesmo diâmetro. Muito utilizado para fechar anéis de cordelete.Tem perda de resistência de 30%.
PRUSSIK E MACHARD Nós blocantes bidirecionais confeccionados com anéis de corda. Ambos possuem as mesmas características, ou seja, bloquear a corda quando solicitados, e deslizar sobre ela, quando liberados. São úteis nas técnicas de rappel, resgate e ascensões por corda fixa. Após sua confecção deve-se verificar a capacidade de frenagem do conjunto, se esta for indesejável, executar mais uma volta no nó. Lembre-se que um pequeno deslizamento pode provocar a queima das cordas por atrito.
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Prussik Machard RESISTENCIA DO NÓ PRUSIK
O cordelete tem que ter 2/3 de do tamanho do diâmetro da cor da. EM CORDA DE 11MM Com duas voltas 5mm
590Kg
6mm
409kg
três voltas
931kg 977kg
EM CORDA DE 13MM Com duas voltas 6mm
886Kg
7mm
789kg
três voltas
1113kg
8mm
700kg
1522kg 1545kg
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Equalização e Ângulo de ancoragem Equalizar e controlar o ângulo em uma ancoragem, são fundamentais para se garantir um nível de segurança adequado, para realizar um trabalho vertical suspenso por cordas precisamos dividir a força a ser empregada na ancoragem. Sendo esta força dividida em partes iguais, para não haver sobre carga em um dos pontos. O ideal é que esta força seja exercida em um ângulo de 45,50°,60° e 65°, podendo chegar a um ângulo de 100°, segundo normas internacionais qualquer ângulo acima de 120° é considerado crítico.
Ângulos e Tensão Os ângulos das ancoragens podem afetar a resistência de um sistema seja ele fixo ou móvel. Quanto maior é o ângulo, maior é a tensão em suas extremidades.
Relação de ângulo-tensão Ângulo 15° 30 ° 45°
Carga 90kg 90kg 90kg
% de carga 50% 52% 54%
Resistência da carga 45kg 47kg 49kg
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60° 90° 120° 150° 180°
90kg 90kg 90kg 90kg 90kg
58% 71% 100% 193%
52kg 64kg 90kg 174kg infinita
Ancoragem Conhecer e identificar os equipamentos, para executar uma operação, é o primeiro passo para que o trabalho seja executado por profissionais da área. Mas de nada adianta todo o conhecimento e manuseio com estes equipamentos, se nós não nos concentrar em efetuar uma ancoragem que tenha sustentabilidade para o sistema. Definimos ancoragem como o ponto de fixação do sistema, que necessita de uma matéria (corpo) com capacidade de sustentar e manter o sistema fixado a ele sem ocorrer uma evacuação brusca do sistema.
Definição Ponto de Ancoragem . Um componente estrutural único usado sozinho, ou em combinação com outros, para criar um sistema de ancoragem capaz de sustentar a carga real ou potencial no sistema de resgate com corda. Sistema de Ancoragem . Um ou mais pontos de ancoragem juntados de tal modo a prover um ponto de conexão estruturalmente significante para componentes do sistema de resgate com corda. Sistema de Ancoragem, Ponto Múltiplo . Configuração de sistema provendo distribuição de carga sobre mais de um ponto de ancoragem, seja proporcionalmente ou desproporcionalmente. Existem basicamente duas categorias de sistemas de ancoragem de ponto múltiplo, distribuição de carga e de compartilhamento de carga. Sistema de Ancoragem, Ponto Único . Sistema de ancoragem confiando num único ponto de ancoragem para sustentar toda a carga. Ângulo crítico . Qualquer ângulo interno num sistema de resgate com corda de 120 graus ou maior que resulta numa ampliação da força aplicada ao sistema. Vejamos a seguir os tipos de ancoragem mais utilizados por profissionais da área: Ancoragem fixa - Qualquer corpo fixo usado para montar o sistema de segurança, ao qual irá sustentar todo o dispositivo para uma descida ou subida segura com cordas. Ancoragem móvel - Aquela que é colocada por um operador e retirada quando não mais em uso. Sistema Auto Seguro (SAS) Definimos o SAS como um sistema de ancoragem altamente seguro, este sistema de ancoragem ainda é pouco difundido no Brasil também conhecemos como sistema antibomba.
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À prova de bomba . Um termo usado para referir a um único ponto de ancoragem capaz de sustentar as forças reais ou potenciais no sistema de resgate com corda sem possibilidade de falha. Equipamentos de Resgate A seguir vamos conhecer e compreender melhor cada um destes equipamentos. E de que forma eles nos oferecem melhor rendimento e segurança em uma operação de trabalho realizado em por técnicas verticais.
Stop
descensor auto blocante Uma vez conectado ao cinto de segurança, não se necessita mais remove-lo para a inserção da corda, basta abrir a placa oscilante e inseri-la de acordo com o diagrama gravado na própria placa e fecha-la novamente. A liberação para descida é feita acionando-se uma alavanca, com a mão esquerda e gradualmente liberando a corda com a mão direita. Para parar, basta soltar a alavanca. É importante salientar que nem sempre a parada do Stop, é completa, podendo haver um ligeiro deslizamento, em função de algumas variantes, como: o diâmetro da corda, o estado da corda ou grau de desgaste do próprio Stop. Este ligeiro deslizamento, não é um defeito, é apenas uma característica do Stop. Para uma parada completa, basta uma laçada adicional da corda. O Stop, está dimensionado para cordas de 10 a 11 mm. Acender de punho Blocante de mão, para ascensão em corda fixa ou tracionamento de cordas. Este blocante foi projetado para utilização em cordas tipo capa e alma (kernmantle), de 8a 13 mm.Seu engenhoso mecanismo de gatilho, permite que seja conectado ou desconectado a Corda utilizando se apenas uma das mãos. É construído em liga de alumínio especial que lhe proporciona alta resistência e baixo peso.Seu mordente em aço cromo, possui um desenho especialmente desenvolvido para proporcionar uma eficiente retenção na corda em uma direção, e um suave deslisamento em sentido oposto. Seu punho de desenho ergonômico para maior comodidade e eficiência no momento de tração. Trava queda p/ corda Desenvolvido para ser a opção mais segura de trava-queda. Possui trava de abertura do came para mantê-lo travado ou solto durante o trabalho. O Trava-queda para corda é a solução para eventuais dificuldades no trabalho quando não há linha de vida em cabo de aço. Mais econômico por ser um sistema de segurança provisório, pode ser instalado em diversas situações.
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Sua finalidade é neutralizar a queda em qualquer tipo de movimentação vertical . É sempre recomendada a inclusão de dispositivo absorvedor de impacto. Este equipamento deve ser utilizado exclusivamente em cordas estáticas de 12.5 mm de diâmetro.E deve ser colocado na corda por uma de suas pontas. Carga de Ruptura: 22KN
Mosquetão oval de aço È sem dúvida o mais usado em operação de resgate. Tem suas vantagens como por exemplo: se adecua principalmente em nós pequenos, tem resistência para 22kn, seu corpo é confeccionado de uma liga de aço com banho de inox e sua rosca/trava confeccionada de alumínio .As desvantagens se restringem ao peso por ser confeccionado de aço, gerando um desconforto em um transporte de longo percurso. Mosquetão HMS Mosquetão HMS (Halb Mastwurf Sicherung = PARA SEGURANÇA DE MEIA VOLTA DO FIEL), com parede reta e trava de rosca convencional. Construído em liga de alumínio com resistência para 22kn. Indicado como mosquetão central de uma parada ou mosquetão do freio.
Polias Confeccionadas em material de duralumínio ou em aço inoxidável. Características: são leves e compactas, foram projetadas para confeccionar um sistema de vantagem mecânica, em desvio e transporte em tirolesas.
Fitas de ancoragem Confeccionadas em poliamida material de resistência a abrasividade. Tem a finalidade de fornecer ponto de fixação para ancoragem conectada em uma estrutura. Foi projetada para ser utilizada em trabalhos que exigem muita tensão.
Cordas estáticas
As cordas estáticas são as indicadas para trabalho em técnicas verticais, além de seguir um padrão criterioso e inconfundível com as demais cordas existentes no mercado.
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Características de uma corda estática: sua alongação em forma tencionada deverá permanecer entre 3% a 6% de elasticidade; a matéria prima deverá ser de um material resistente à abrasão, dê preferência por corda de nylon ou poliéster; sua confecção será composta por capa externa e alma que poderá ser nos seguintes padrões: as fibras todas unidas com uma leve torção, fibras divididas em grupos separados de quatro almas torcidas individualmente ou tramadas individualmente. Resistência: a corda deverá ter sempre uma carga de ruptura várias vezes maior que a carga que irá suportar. Esta relação entre resistência e carga é conhecida como fator de segurança. Se a resistência da corda é de 1.134k e a carga é de 226k, então o fator de segurança será de 5:1. Para se ter uma idéia, este fator de 5:1é considerado adequado para transportar equipamentos, mas insuficiente quando se refere às vidas humanas que dependem da resistência da corda. Exemplo nos EUA se recomenda um fator de segurança bem mais conservador, de 15:1. Ou seja, que para uma carga de 226k a corda deverá ter uma resistência de 3.402k. A resistência de uma corda é medida como carga de ruptura. A carga mínima de ruptura de uma corda está baseada em provas realizadas em cordas novas, na medida em que uma corda for usada, sua resistência diminui e também diminuirá sua carga de trabalho.
* Cabe ainda reforçar e lembrar que todo o equipamento utilizado em técnicas vertical seja ela no trabalho, no esporte ou em uma operação de resgate, para tais fins deverá trazer gravado no corpo do equipamento ou no interior do equipamento como é o caso das cordas, a marca do fabricante, força de resistência, laboratórios de teste ou certificações como: CA, CE, NFPA e UIAA. A resistência de carga dos equipamentos geralmente os importados trazem as classificações de resistência transformadas em KN (Kilo Newton) ou em daN (deca Newton). Vejam a seguir como funcionam estas unidades e suas equivalências: 1N (NEWTON) = 0’102 Kg 1daN (DECA NEWTON) = 1’02 kg 1KN (KILO NEWTON)= 102 kg
Talabarte de aproximação Longe de aproximação, é um talabarte de aproximação com regulagem, que se ajusta conforme a posição do trabalhador, através de seu ajuste manual.
Capacete É um dos equipamentos de proteção indispensável para o montanhista, pois protege das quedas das pedras que se desprendem das paredes.
Cinto de Resgate
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O cinto tipo pára-quedista é o equipamento mais indicado para o socorrista efetuar resgate vertical, ele oferece uma estrutura que envolve desde a cintura até a caixa torácica do socorrista, o que lhe proporciona segurança,anatomia e conforto. MACA ENVELOPE
Este equipamento foi desenvolvido, para atender emergências em locais de difícil acesso. Oferece a equipe de resgate uma mobilidade mais flexível, o que dá um melhor tempo de resposta no atendimento em resgate nos locais de difícil acesso.
Vantagem Mecânica Uma força criada através de meios mecânicos que envolve um sistema composto de alavancas, rolamentos, cordas, polias e conectores; geralmente gera uma força de saída menor que a força de entrada. Recuperar vítimas de acidentes de em espaço confinado é sempre um desafio para nós resgatistas. Precisamos conhecer os riscos que o local oferece o tipo de terreno e os equipamentos que vamos empregar na operação de resgate. Na maioria dos acidentes que envolvem ambiente confinado o resgate da vítima dá se de baixo para cima. Agora é que começa o nosso desafio, quando somos acionados para um resgate de vítimas que por qualquer motivo do fato ocorrido, se encontram em um ambiente que não oferece a eles recursos de saída natural. Construir um sistema de vantagem mecânica adequada para transporte de vítima e socorristas, necessita de um cálculo rápido de força a ser transportado divido por três, quatro ou cinco vezes dependendo dos recursos que a equipe possui. Este sistema para redução de força terá obrigatoriamente que possuir um sistema anti-refluxo e um segundo sistema backup, o seu controle deverá ser exercida por uma força humana para evitar uma parada do sistema em tempo real.
Método de resgate vantagem mecânica
com mecanismo de
Muito tempo passou, desde a primeira operação de resgate. Na verdade tudo começou na era do gelo, quando o homem utilizava mecanismos primitivos para o transporte de suas caças,que realizavam em locais distantes de seu habitat. Até que um dia um caçador se acidentou em uma luta com um animal, e teve que ser transportado pelos seus colegas na mesma maneira que transportavam as suas caças.
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Hoje, com a evolução estes mecanismos evoluíram, adquiriram conceitos e formas anatômicas e se tornaram equipamentos valorosos e indispensáveis em uma operação de salvamento, que irá exigir um sistema específico para transportar e recuperar socorristas, equipamentos e vítimas. Esta operação é resultado de uma soma de fatores que estão ligados um ao outro, ou seja, é preciso seguir uma ordem cronológica a onde se estabelece um segmento baseado em estudos cujos qual está redigido hoje em normas padronizadas a nível mundial. Estas normas traduzem de forma clara todos os padrões e seguimentos que ocorre desde a fabricação destes artefatos até a sua correta forma de utilização. A seguir vamos conhecer e compreender melhor cada um destes equipamentos. E de que forma eles nos oferecem melhor rendimento e segurança em uma operação de resgate ou salvamento. A seguir vamos conhecer alguns dos principais equipamentos e os mais utilizados na confecção de um sistema de recuperação de vítima e socorrista.
PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA DA EQUIPE: A questão agora que vamos comentar pode parecer improvável de acontecer, mas devemos ter conhecimentos e posições afirmativas quanto à segurança da equipe. Não é bom para a equipe de resgate se algum membro ignorar a sua própria segurança, por isto as prioridades pessoais na hora do resgate deverá ser da seguinte seqüência:
1º. EU MESMO;
2º EU MESMO; 3º EU MESMO; 4° EQUIPE 5°VÍTIMA.
Antes de realizar qualquer resgate é melhor que nos façamos as seguintes perguntas: 1º Tenho o equipamento de proteção correto e adequado, e o treinamento necessário para completar com segurança o resgate? 2º Tenho uma equipe de resgate qualificada e treinada? 3° Qual é o potencial de risco que a cena me oferece? Uma boa formação de uma equipe de resgate está consolidada nos procedimentos de segurança da equipe, que é fundamental para se eliminar os riscos de acidentes na missão. Por isto que a segurança da equipe como um todo é importantíssimo. Se nos acidentamos nada podemos fazer, por aqueles que precisam de ajuda.
Elaboração do plano de ação
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Podemos dizer que o plano de ação é sempre uma incógnita. Devido as variantes que a ocorrência apresenta durante a operação. Por isto vamos comentar a seqüência lógica que não podem variar:
Localizar: Nenhum resgate poderá ser efetuado se a vítima não for encontrada. É o 1. momento que nós denominamos de busca. A busca tem seus princípios técnicos, que também segue um padrão bem detalhado e criterioso. Avaliação: É o momento que a equipe analisa o local e estuda qual a tática de abordagem ao 2. local da cena. Controle da situação: É o momento que a equipe presta os primeiros atendimentos às 3. vitimas, estabiliza e assume o controle da ocorrência. Resgate: É o momento que a equipe está pronta para evacuar o local e retornar ao ponto 4. base. Agora vamos elaborar e estabelecer o plano de ação na seguinte ordem: •
Triagem: Consiste em reunir o maior número de informação concreta sobre a ocorrência;
Estratégia: define de que forma a equipe irá dar inicio a busca e as coordenadas de localização. •
•
Suporte: Será estabelecido diante da dimensão do evento.
Táticas: É toda a ação da equipe empregada no resgate. Estas ações poderão sofrer mudanças, assim se novas informações chegarem à ação poderá ser rapidamente modificada. •
Ação/execução: Estes elementos e seus componentes ocorrem em ordem cronológica, assim como em uma seqüência definida. Planejamento e estratégia continuam mesmo depois da fase tática ter começado. •
•
•
Planejamento pré-incidente . Um documento escrito resultando da reunião de dados gerais e detalhados a serem usados pelo pessoal respondente para determinar recursos e adições necessários para mitigar emergências antecipadas numa instalação específica Área de resgate . Às vezes chamada de zona “quente”, “perigosa”, ou “de colapso”, uma área circundando o local do incidente (p.ex., estrutura ou vala que sofreram colapso) que tem um tamanho proporcional aos perigos que existem.
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MODELO DE FICHA DE CHAMADA E ATENDIMENTO DATA:____/____/____.
HORA:____:____
_ Tipo de ocorrência: ___________________________________________________________________________
_Local :______________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _ Nome do solicitante:___________________________________Telefone:_______________________________
DADOS DA OCORRÊNCIA: -N° DE VÍTIMAS: (_____)
OUTRAS PROPRIEDADES ENVOLVIDAS:__________________________
_REFERÊNCIAS DAS VÍTIMAS:_______________________________________________________________
________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ __________________________. _ CONDIÇÕES DO TEMPO: • •
• •
CHUVA: (_) SIM (_) NÃO VENTOS: (_) SIM (_) NÃO DIREÇÃO:____________________________________________________
TEMPERATURA:__________________________________________________________ OUTROS:_________________________________________________________________
_AÇÕES EMPREGADAS NA AÇÃO: (SERÁ DEFINIDA PELO CHEFE DE EQUIPE). BUSCA: (_) SIM (_) NÃO _ COMPLEMENTO: ____________________________________________________________ •
________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ •
SOLICITAR APOIO PARA:
TRENSPORTE AÉREO (_) AMBULÂNCIA (_) BOMBEIROS (_) OUTROS (_) :________________ _____________________________________________________________________________________________ _AÇÃO TÁTICA: ____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ EQUIPE: CHEFE DE EQUIPE:___________________ R3:_____________________
R1:___________________ R2:_____________ R4:_____________________
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Socorros de urgência e suporte básico de vida Podemos definir como socorros de urgência, as medidas iniciais e imediatas aplicadas a uma vítima fora do ambiente hospitalar, executadas por pessoas treinadas para realizar a manutenção dos sinais vitais e evitar o agravamento das lesões já existentes. Os socorros de urgência ou suporte básico de vida podem ser também conceituados como o atendimento prestado às vítimas de qualquer acidente ou mal súbito, antes da chegada de qualquer profissional qualificado da área da saúde ou equipe especializada em atendimento pré-hospitalar. Suporte básico de vida é uma medida de emergência que consiste no reconhecimento e na correção imediata da falência do sistema respiratório e/ou cardiovascular, ou seja, avaliar e manter a vítima respirando, com batimento cardíaco e sem hemorragias graves ( A,B,C do trauma). A correta aplicação das etapas de reanimação cardiopulmonar (abertura das vias aéreas, respiração artificial e compressão torácica externa) e o controle das hemorragias de uma vítima podem sustentar sua vida até que ela possa recuperar-se o suficiente para ser transportada para uma unidade hospitalar ou ainda, até que possa receber melhor tratamento, através de um serviço de socorro préhospitalar profissional.
Anatomia Humana Conceito; Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente a constituição e desenvolvimento dos seres organizados. A Anatomia (Ana = em partes; tomia = cortar) em suma, é o estudo pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. E Anatomia em sentido restrito em nosso caso, trata-se principalmente do estudo anatômico do ser humano pelas ciências radiológicas. Coluna Vertebral São constituídas por 33 ossos ditos vértebras. Toda vértebra é formada por um corpo em forma de disco, de espessura variável conforme a região. Do corpo partem as lâminas vertebrais que convergem para dentro, e, reunindo-se, formam um anel. Da superposição desses anéis resulta um canal no qual está contida a medula espinhal (forâneos). Os anéis apresentam, dos lados e posteriormente, apêndices ósseos, chamados apófises; as laterais se chamam apófises transversais; a posterior se chama apófise espinhal. As apófises dão inserção a músculos e ligamentos. Toda vértebra se articula com a vértebra que está acima e com aquela que está abaixo mediante apófises articulares. Todas as vértebras têm particularidades próprias, de acordo com o lugar que ocupam na coluna vertebral. As vértebras se classificam em cervicais, torácicas ou dorsais, lombares, sacras e coccigianas.
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Sistema Muscular Em nosso corpo humano existe uma enorme variedade de músculos, dos mais variados tamanhos e formato, onde cada um tem a sua disposição conforme o seu local de origem e de inserção. Temos aproximadamente 212 músculos, sendo 112 na região frontal e 100 na região dorsal. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em muitos ramos para poder controlar todas as células do músculo. Onde as divisões destes ramos terminam em um mecanismo conhecido como placa motora. O sistema muscular é capaz de efetuar imensa variedade de movimento, onde todas essas contrações musculares são controladas e coordenadas pelo cérebro. Além disso não podemos esquecer de salientar da importância dos músculos na postura e nas dores, pois sabemos que muitas lombalgia ou cervicalgia é provocada por encurtamento de músculos, sendo necessário com isso que os mesmos estejam em uma posição mínima de comprimento. Um fato importante é com relação ao encurtamento do músculo da cadeia posterior e fraqueza dos músculos da cadeia anterior que pode provocar muitas vezes dores e posicionamento inadequado do indivíduo, sendo com isso necessário termos um equilíbrio com relação aos músculos. As patologias mais comuns desse desequilibro são: as lombalgias, cervicalgia, dores no nervo ciático, pubeite, lateralização da patela, entorse de tornozelo, tendinites e outras patologias.
Sistema Circulatório O sistema circulatório é formado pelo coração e pelos vasos nos quais circulam o sangue. Os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas são como as peças de um carro. Cada um tem uma função definida. Os glóbulos vermelhos levam oxigênio. Os brancos combatem infecções, ou seja, vírus e bactérias que atacam o corpo e nos deixam doentes. E as plaquetas ficam responsáveis por parar os sangramentos, como quando alguém faz um corte na mão _ ou seja, a plaqueta ajuda na coagulação do sangue. Os três estão misturados numa substância líquida chamada plasma. Um homem tem em média 5 milhões de glóbulos vermelhos por milímetro cúbico de sangue. Em outras palavras: o glóbulo é um negócio muito, muito pequeno. O sangue não anda só por avenidas. Existem também as ruas, que são as vênulas e as arteríolas _ veias e artérias menores. E ainda há ruazinhas chamadas de vasos capilares. Tudo isso porque o sangue tem que chegar em cada pequeno quarteirão do nosso corpo, na mais remota periferia.
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Olhe para sua mão: tem um monte de veias e artérias debaixo da pele. É assim no seu corpo inteiro. Por isso, quando você leva um corte _ não importa onde seja _ sempre sai sangue. Tudo bem, o sangue está por todo o corpo. Mas quanto sangue, exatamente? Depende do tamanho da pessoa. Um adulto tem cinco litros, em média.
Características dos Vasos: As artérias: Sua função é transportar sangue oxigenado sob uma pressão elevada aos tecidos, por esta razão as artérias têm paredes vasculares fortes e o sangue flui rapidamente nelas. Aorta: inicia-se no ventrículo esquerdo e da origem a todas as artérias da grande circulação. Veias: é por onde passa o sangue venoso , rico gás carbônico. São as veias responsáveis pelo retorno do sangue ao coração.Mas devemos estar atentos a estes conceitos pois os mesmos nem sempre se definem desta forma, por muitas vezes as artérias podem levar sangue rico em gás carbônico e as veias o sangue rico em O2, exemplos comuns são a veia pulmonar que leva sangue rico em O2 do pulmão para o coração ea artéria pulmonar que leva sangue rico em CO2 do coração para o pulmão. Então podemos definir como artérias tudo aquilo que sai do coração e veias como tudo aquilo que entra no coração.
Sistema Respiratório A respiração é a função mediante a qual as células vivas do corpo tomam oxigênio (O2) e eliminam o dióxido de carbono (CO2). É um intercâmbio gasoso (O2 e CO2) entre o ar da atmosfera e o organismo. O sangue circula dentro de diminutos vasos adjacentes a cada célula corporal e são os glóbulos vermelhos do sangue que levam oxigênio aos tecidos e extraem dióxido de carbono. Nos pulmões, os glóbulos vermelhos descarregam seu dióxido de carbono no ar e dele tomam sua nova carga de oxigênio. O processo se chama hematose. O sistema respiratório está formado por: Vias respiratórias: cavidades nasais, nasofaringe, traquéia, árvore bronquial; que conduzem, aquecem, umedecem e filtram o ar inalado de partículas de pó e gases irritantes, antes de sua chegada à parte pulmonar. Parte respiratória dos pulmões, formada pelos pulmões com os bronquíolos respiratórios, os alvéolos pulmonares e o tecido elástico. Todas as vias respiratórias, das narinas até os bronquíolos terminais, se mantêm úmidas pela presença de uma capa de células (epitélio) que produz uma substância chamada muco. O muco
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umedece o ar e impede que as delicadas paredes alveolares se seguem, ao mesmo tempo em que apanha as partículas de pó e substâncias estranhas. Também há células ciliadas. Os cílios são espécies de pelos na superfície da célula que têm um movimento ondulatório. Esses movimentos fazem com que o muco flua lentamente até a laringe. Depois o muco e as partículas que leva presas são deglutidos ou expelidos pela tosse.
AVALIAÇÃO DA CENA Definição: Avaliação da cena é o estudo rápido dos diferentes fatores relacionados à ocorrência e indispensáveis para a tomada de decisão. Riscos e proteção individual: existem riscos aos quais estamos expostos ao socorrer uma vítima fora do ambiente hospitalar. Um bom socorrista deve conhecer tais riscos, os principais itens de proteção individual e os passos para uma avaliação de forma correta e segura da cena onde ocorre determinada situação de emergência. É fundamental evitar contato direto com substâncias que possam transmitir doenças infecciosas como sangue, urina, fezes, vômito, saliva, muco, esgoto, água, roupas ou superfícies contaminadas. Para tanto, o socorrista deve utilizar itens de proteção individual: luvas, óculos, máscaras, roupas adequadas, máscara para RCP (barreiras faciais), entre outros. No entanto, não são apenas as doenças infecciosas representantes de perigo ao socorrista. É necessário evitar ou eliminar os prováveis agentes causadores de lesões ou agravos à saúde, como fogo, explosão, eletricidade, fumaça, água, gás tóxico, tráfego (colisão ou atropelamento), queda de estruturas, ferragens cortantes, materiais perigosos etc. Para que o socorro siga de forma segura, antes mesmo de se examinar a vítima, o local deve ser cuidadosa e sistematicamente avaliado. Por isso é fundamental fazer a “avaliação da cena” . A avaliação deve ser constante e não apenas no primeiro momento, pois os fatores podem alterarse com facilidade e rapidez. Três passos para se avaliar uma cena:
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1. Qual é a situação? (estado atual): consiste na identificação da situação em si. O que está ocorrendo, o que o socorrista vê. 2. Para onde vou? (potencial): análise da potencialidade ou de como a situação pode evoluir. Combustível derramado pode explodir um fio energizado, fogo que pode alastrar-se, um veículo que pode rolar barranco abaixo, etc. 3. O que fazer para controlá-la? (operação e recursos): identificação dos recursos a serem empregados, incluindo a solicitação de ajuda para atender adequadamente a situação, levando-se em conta, rigorosamente, os dois passos dados anteriormente. Estes passos devem ser seguidos sempre nesta seqüência para a segurança do trabalho de socorro às vítimas. Missão cumprida, o socorrista precisa lavar bem as mãos, os equipamentos não descartáveis também devem ser lavados ou desinfetados ou, eventualmente, esterilizados. Após tudo isto, ele estará pronto para atender um novo chamado. Sinais vitais
Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no diagnóstico da vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas. Alguns são bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos pés. 1- Os sinais são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos – ver, ouvir e sentir (VOS)durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem sangramento, inchaço (edema), aumento de sensibilidade ou deformação. 2- Sintomas são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas. Pergunte à vítima consciente se sente dor e exatamente onde. Examine a região indicada procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa numa região pode mascarar outra enfermidade mais séria, embora menos dolorosa. Além da dor, os outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico incluem náuseas, vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de mal-estar. A seguir, veremos as definições dos sinais vitais e dos sinais diagnósticos mais comuns.
1.PULSO O pulso é uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo das artérias. A freqüência comum de pulso em adultos é de 60 a 100 batimentos por minuto, a freqüência de pulso nas crianças em geral é superior a 80 batimentos por minuto. O pulso é palpável em qualquer área onde uma artéria passe sobre uma proeminência óssea ou se localize próxima a pele. As alterações na freqüência e volume do pulso representam dados importantes no socorro préhospitalar. Um pulso rápido, fraco, geralmente é resultado de um estado de choque por perda sangüínea. A ausência de pulso pode significar um vaso sangüíneo bloqueado ou lesado, ou que o coração parou de funcionar (parada cardíaca). 2.RESPIRAÇÃO A respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A freqüência pode variar bastante. Um adulto respira normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto. Respiração e ventilação significam a mesma
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coisa, ou seja, o ato de inspirar e expirar o ar. Ocasionalmente, pode-se fazer deduções a partir do odor da respiração, obviamente, a pessoa intoxicada pode cheirar a álcool. No estado de choque observam-se respirações rápidas e superficiais. Uma respiração profunda, difícil e com esforço pode indicar uma obstrução nas vias aéreas, doença cardíaca ou pulmonar
3.PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é a pressão que o sangue circulante exerce sobre as paredes internas das artérias. Uma vez que na pessoa normal o sistema arterial é um sistema fechado, ligado a uma bomba e completamente cheio com sangue, as mudanças na pressão sangüínea indicam mudanças no volume do sangue, na capacidade dos vasos ou ainda, na capacidade do coração em funcionar como bomba. A pressão arterial é registrada em níveis sistólico (alto) e diastólico (baixo). A leitura da pressão é feita em milímetros (mm) de mercúrio (Hg). A pressão arterial é determinada por um aparelho conhecido como esfigmomanômetro, que é usado em conjunto com o estetoscópio. A pressão arterial de um adulto é geralmente de 120 x 80 mm Hg, e pode cair acentuadamente no estado de choque, após uma hemorragia grave ou após um infarto do miocárdio. 4. TEMPERATURA A temperatura normal do corpo em um adulto em média é de 37º C, temperaturas iguais ou inferiores a 35° C podem ser consideradas como hipotermia. Uma hipotermia moderada se da com pacientes com temperaturas até 32°C e uma hipotermia profunda se da a temperaturas inferiores à 32°C. 5. PUPILAS As pupilas quando normais ( isocóricas ) são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares. Pupilas contraídas ( miose) podem ser encontradas nas vítimas viciadas em drogas ou intoxicadas. As pupilas dilatadas ( midríase) indicam um estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca, respiratória, cardiorrespiratória ou choque. As pupilas desiguais ( anisocoria) são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de crânio (tce) ou acidente vascular cerebral ( avc) . Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem à luz. 6. COLORAÇÃO DA PELE A cor da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos sangüíneos subcutâneos. Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada ( cianose) causada por falta de O2 nos tecidos(hipóxia) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono ( CO) que pode ser definido como asfixia química e na insolação. 7. ESTADO DE CONSCIÊNCIA Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada e responde aos estímulos verbais e físicos. Qualquer
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alteração deste estado pode ser indicativa de doença ou trauma. O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na avaliação do sistema nervoso de uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar desde leve confusão mental por embriaguez, até coma profundo,como resultado de uma lesão craniana ou envenenamento. O estado de consciência de uma pessoa pode ser avaliado por um método simples e eficaz que é a escala de coma ou escala de GLASGOW que tem um escore que varia de 3 a 15 pontos.
8. CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e pode ser o resultado de uma doença ou traumatismo. A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna cervical). A incapacidade de movimentar somente os membros inferiores, pode indicar uma lesão medular abaixo do pescoço. A paralisia de um lado do corpo, incluindo a face, pode ocorrer como resultado de uma hemorragia ou coágulo intra-encefálico (acidente vascular cerebral). 9. REAÇÃO A DOR A perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão, geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o movimento é mantido, e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou dormência nas extremidades. É extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de provável lesão da medula espinhal, de a manipulação do acidentado não agrave o trauma inicial. Cinemática do trauma A integração dos princípios da Biomecânica do trauma na avaliação do doente traumatizado é a chave para descobrir lesões que de outra maneira passariam desapercebidas e insuspeitas.Sendo estas lesões insuspeitadas, não detectadas, e portanto não tratadas, elas contribuem para morbidade e mortalidade resultantes do trauma. Para a aplicação da biomecânica do trauma, deve-se considerar tanto a física da energia quanto o efeito da energia do movimento nas estruturas do corpo. A energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. O conhecimento do socorrista a respeito da estrutura do corpo, combinado com as indicações sobre os tipos de forças e quantidade de energia envolvidas possuem valor preditivo significativo para as lesões sofridas. O socorrista pode formular as seguintes perguntas a respeito dos mecanismos que envolvem impacto, inclusive colisões automobilísticas, lesões por esportes, agresões. Qual o tipo de inpacto que ocorreu-frontal, lateral, traseiro, angular ou capotamento? A vitima foi ejetada? Quantos impactos ocoreram? Quais velocidades estavam envolvidas? As vitimas usavam dispositivos de proteção apropriados e corretamente? Quais as vitimas mais lesadas A vitima é um adulto ou criança. Ao reunir essas informações, o socorrista deve determinar o padrão de lesão que provavelmente ocorreu. Usando seu conhecimento, ele pode obter ados referentes a incidência, taxas de morbidade e mortalidade decorrentes das lesões. • • • • • • •
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PARA CONHECIMENTO: EC=1/2mv2 Energia cinética=1/2 da massa vezes o quadrado da velocidade
“A segurança individual do socorrista vem sempre em primeiro lugar.” “Nada justifica esquecer-se das precauções universais.”
A avaliação primária / A,B,C do trauma Ao chegar na cena, o socorrista deverá inicialmente verificar as condições de segurança e prevenir-se escolhendo adequadamente seus equipamentos de proteção individual (EPIs). A avaliação primária é sempre o primeiro passo do socorrista após a verificação das condições de segurança no local do acidente. Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo. O socorrista deverá posicionar-se ao lado da vítima e executar a avaliação rapidamente, geralmente em um prazo inferior a 45 segundos, para determinar as condições da vítima nas seguintes áreas: A-vias aéreas B-respiração C-circulação D-nivel de conciencia E-exposição da vítima. O A,B,C,D &E do trauma deve sempre ser executado nesta ordem, seja qualquer o caso ou situação,não é um simples procedimento é um protocolo de atendimento. 1. Estado de consciência, 2. Vias aéreas e coluna cervical, 3. Respiração, e 4. Circulação . Antes de começar a avaliar a vítima, o socorrista deverá apresentar-se dizendo seu nome, identificando-se como pessoa tecnicamente capacitada e, perguntando à vítima se poderá ajudá-la (pedido de consentimento para prestar o socorro). Os problemas que ameaçam a vida, por ordem de importância são: 1. Vias aéreas = estão obstruídas?ou são pervias! 2. Respiração = existe respiração adequada? 3. Circulação = existe pulso para indicar que o coração está circulando sangue? Existe alguma hemorragia? São fontes de informação no local da cena: A cena por si só; A vítima (se estiver consciente e orientada); Familiares, testemunhas ou curiosos; O mecanismo da lesão(cinemáica) Qualquer deformidade maior ou lesão óbvia. Qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência médica • • • • •
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** Lembre-se que o propósito da avaliação primária consiste na
identificação e correção imediatas das falhas no sistema respiratório e/ou cardiovascular, que representem risco iminente de vida ao vitimado.
A avaliação secundária A avaliação secundária visa obter os componentes necessários para que o socorrista possa fazer a decisão correta dos cuidados merecidos pela vítima. Podemos defini-la como um processo ordenado para descobrir lesões ou problemas médicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida. A avaliação secundária é dividida em três etapas distintas, são elas: 1. Entrevista com a vítima ou testemunhas; 2. Aferição dos sinais vitais; e 3. Exame padronizado da cabeça aos pés(encéfalo caudal). 1.Entrevista: Etapa da avaliação onde o socorrista conversa com a vítima buscando obter informações dela própria, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e outros dados relevantes como: -Nome(nível de consciência) -Tomou ou toma alguma medicação? -Ingeriu algum barbitúrico? -Tem alguma alergia? 2.Sinais Vitais: Respiração, pulso, pressão arterial e temperatura relativa da pele. 3.Exame da cabeça aos pés: Apalpação e inspeção visual realizada pelo socorrista, de forma ordenada e sistemática, buscando identificar na vítima, indicações de lesões ou problemas clínicos. Na avaliação secundária, o socorrista deverá estabelecer um contato com a vítima consciente, identificando-se e posteriormente obtendo e usando o nome do vitimado para explicar movimentos pretendidos, de forma a transmitir segurança e tranqüilidade à vítima. Se a vítima estiver inconsciente, questione testemunhas ou familiares, tentando identificar dados relevantes e o que aconteceu no local. Após observar o local e assegurar-se das condições de segurança, o socorrista deverá verificar lesões óbvias e buscar na vítima alguma identificação médica de alerta. Entreviste o acidentado, utilizando as seguintes perguntas chaves: 1. Nome e idade (se é menor, contatar com seus pais ou um adulto conhecido). 2. O que aconteceu? (identificar a natureza da lesão ou doença) 3. Isso já ocorreu antes? 4. Algum outro problema ou enfermidade atual? 5. Está em tratamento médico? 6. É alérgico a algum medicamento ou alimento? 7. Ingeriu algum tipo de droga, ou alimento? Lembre-se que no atendimento de vítima inconsciente, a entrevista deverá ser realizada com testemunhas ou familiar.
Hemorragias Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa, isto é, sangue que escapa de artérias, veias ou vasos capilares. As hemorragias podem ser definidas como uma considerável perda do volume
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sangüíneo circulante. O sangramento pode ser interno ou externo e em ambos os casos são perigosos. Inicialmente, as hemorragias produzem palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza, pulso fraco e rápido, baixa pressão arterial, sede, e por fim, se não controladas, estado de choque e morte. Hemorragias ou sangramentos podem ser classificados das seguimyes formas: 1-Quanto à profundidade -superficiais -profundas 2-Quanto ao vaso -arterial -venosa O socorrista deve controlar as hemorragias tomando as seguintes medidas:
TÉCNICA DE COMPRESSÃO DIRETA SOBRE O FERIMENTO Controle a hemorragia fazendo uma compressão direta sobre o local com sua mão (protegida por luva descartável), ou ainda, com a ajuda de um pano limpo ou gaze esterilizada, para prevenir a infecção. TÉCNICA DA ELEVAÇÃO DO PONTO DE SANGRAMENTO Mantenha a região que sangra em uma posição mais elevada que o resto do corpo, pois este procedimento contribuirá para diminuir o fluxo de sangue circulante e, conseqüentemente, o sangramento. TÉCNICA DA COMPRESSÃO SOBRE OS PONTOS ARTERIAIS Caso a hemorragia for muito intensa e você não conseguir fazer parar a saída do sangue, tente controlar o sangramento pressionando diretamente sobre as artérias principais que nutrem de sangue o local lesionado. Localização dos principais pulsos utilizados na técnica de compressão sobre os pontos arteriais: ARTÉRIA TEMPORAL: Localizada em ambos os lados da face, imediatamente acima e anterior à porção superior do ouvido. ARTÉRIA BRAQUIAL: Continuação da artéria axilar, pode ser apalpada na superfície interna do braço, quatro dedos acima do cotovelo. ARTÉRIA RADIAL: Artéria do antebraço, palpável na face lateral do punho, ao nível da base do dedo polegar. ARTÉRIA FEMORAL: Pode ser apalpada à medida que emerge debaixo do ligamento inguinal, na virilha. ARTÉRIA POPLÍTEA: Pode ser apalpada na face posterior da articulação do joelho . ARTÉRIA PEDIOSA OU DORSAL DO PÉ : palpável na superfície dorsal do pé, imediatamente lateral ao tendão do hálux. ESTADO DE CHOQUE. Fisiopatologia: Quando não há oxigênio suficiente para a produção de energia pelo metabolismo aeróbico, as células produzem apenas uma quantidade insuficiente de energia pelo metabolismo anaeróbico, que é um processo ineficiente e leva a produção excessiva de ácido lático.O choque representa esta falência na produção de energia.Podemos classificar o choque em dois estágios, que são: Compensado ou classe 1 e 2- que compreende uma perda de 15% a 30% do volume total de sangue mais ou menos 750ml a 1500ml
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Descompensado ou classe 3 e 4-que compreende uma perda de 30% a 40% do volume total de sangue mais ou menos 1500ml a 2000ml.Vitimas com perdas acima de 2000ml e ou acima de 40% são classificadas como gravíssimas pois na realidade estes pacientes tem apenas poucos minutos de vida.A sobre vida depende do controle imediato da hemorragia e de reanimação agressiva, incluindo transfusão de sangue. TIPOS DE CHOQUE HIPOVOLÊMICO:Quando ocorre perda aguda de sangue em virtude de desidratação(perda de plasma) ou à hemorragia(perda de plasma e Hemácias), há desequilíbrio entre o volume de líquido eo tamanho do continente. Sinais e sintomas – Pele fria , pegajosa, pálida ou cianótica.Pressão arterial diminuída, nível de consciência alterado e enchimento capilar retardado. NEUROGÊNICO:Ocorre quando existe um TRM na região toraco lombar acima da saída dos nervos do sistema simpático, com isso os vasos abaixo do nível da lesão ficam dilatados.A diminuição acentuada da resistência vascular sistêmica ea vaso dilatação que ocorre aumentando o continente sanguíneo, levam à hipovolemia relativa. Sinais e sintomas- Pele quente, seca e rosada.Pressão arterial diminuída, nível de consciência mantido e enchimento capilar normal. SÉPTICO:Hormônios produzidos pelo organismo em resposta a uma infecção lesam as paredes dos vasos sanguíneos, levando a vaso dilatação periférica e ao extravasamento de liquido dos capilares para o espaço intersticial. Sinais e sintomas- Pele fria, pegajosa, pálida e rendilhada.Pressão arterial diminuída, nível de consciência alterado e enchimento capilar retardado.
CARDIOGÊNICO:É uma falha na atividade de bombeamento do coração, resulta de causas que podem ser classificadas como intrínsecas ou extrínsecas.Causas intrínsecas podem ser: lesão do músculo cardíaco, arritmia e disfunção valvular. Causas extrínsecas: Tamponamento pericárdico, pneumotórax hipertensivo. Sinais e sintomas- Pele fria, pegajosa, pálida e cianótica.Pressão arterial diminuída, nível de consciência alterado e enchimento capilar retardado. “LEMBRE-SE, DE ACORDO COM A LEI DE STARLING, O ENCHIMENTO INADEQUADO LEVA A DIMINUIÇÃO DA FORÇA DE CONTRAÇÃO DO CORAÇÃO” REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (R C P) Definição É constituída por um conjunto de procedimentos de emergência que pode ser executado por profissionais da área de saúde ou por leigos treinados, consistindo no reconhecimento de obstrução das vias aéreas, de parada respiratória e de parada cardíaca através da seqüência ABC: abertura de vias aéreas (desobstrução); boca a boca (respiração); circulação artificial (compressão torácica externa). Reconhecimento e abordagem inicial: A abordagem da vítima com provável PCR deve ser iniciada com detecção de inconsciência. Constatado este fato, o socorrista tenta solicitar auxílio e, imediatamente, iniciar os procedimentos adequados. Para que a RCP seja eficiente, a vítima deve estar em decúbito dorsal sobre uma superfície dura, firme e plana. Se a vítima estiver em decúbito lateral ou ventral, o socorrista deve virá-la em bloco de modo que a cabeça, pescoço e ombros movam-se simultaneamente, sem provocar torções. O socorrista deve se colocar ao nível dos ombros da vítima e se ajoelhar quando ela estiver no solo. Seqüência das manobras de RCP
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Abertura das vias aéreas - Na ausência do tônus muscular, a língua e/ou a epiglote poderão ocluir as vias aéreas, uma causa comum de obstrução em VITIMAS inconscientes. A dorsoflexão da cabeça determina a progressão do maxilar inferior para frente, promovendo o afastamento da língua da parede dorsal da faringe, com a conseqüente abertura das vias aéreas superiores. É realizada colocando-se a palma de uma das mãos na fronte da vítima e as pontas dos dedos, indicador e médio, da outra mão sob a parte óssea do queixo, tracionando-o para frente e para cima . Abertura das vias aéreas: A) com a cabeça fletida para frente, a mandíbula desloca a língua para trás, a qual oclui as vias aéreas em sua porção superior; B) a dorsoflexão da cabeça torna a via aérea pérvia corrigindo a posição da língua. Manobra da mandíbula : observar a colocação dos dedos nos ramos, atrás dos ângulos da mandíbula, deslocando-a para frente, com a cabeça dorsofletida. Os o lobo inferior. O socorrista deve colocar-se atrás do polo cefálico da vítima. Uma técnica variante é a chamada "manobra de mandíbula", que consiste na colocação dos dedos de ambas as mãos do socorrista nos ramos atrás dos ângulos da mandíbula, deslocando-a para frente enquanto a cabeça é dorsofletida . O socorrista deve se colocar atrás da cabeça da vítima com os cotovelos apoiados na superfície na qual ela está deitada. Se a boca permanecer fechada, o lábio inferior deve ser retraído com o auxílio dos polegares. A manobra da mandíbula tem indicação imediata quando se suspeita de trauma cervical, quando então deve ser empregada sem dorsoflexão excessiva da cabeça. Se após estas medidas a respiração não se instala espontaneamente, deve-se dar seqüência à medida B. Verificar respiração (v o s) - Para se avaliar a presença de respiração espontânea, o socorrista deve colocar o seu ouvido próximo à boca e ao nariz da vítima enquanto mantém pérvias as vias aéreas. Avaliação da presença de respiração espontânea - ver eventuais movimentos respiratórios do tórax, ouvir ruídos respiratórios, sentir fluxo do ar exalado sobre a sua face.
Ventilação boca a nariz. A atenção do socorrista deve se concentrar: ver eventuais movimentos respiratórios do tórax; ouvir ruídos respiratórios; sentir o fluxo do ar exalado sobre a sua face. Na ausência destes sinais indicativos, conclui-se que a vítima está apnéica. Esta avaliação deve ser feita no máximo em 10s. Em caso de retornarem os movimentos respiratórios, o socorrista deve continuar a manter as vias aéreas abertas. Na ausência de respiração espontânea, deve se aplicar a respiração artificial. Na vítima inconsciente, na qual se restabeleceram a respiração e o pulso, devese procurar manter a permeabilidade das vias aéreas, colocando-se cuidadosamente a mesma em decúbito lateral . A expiração se faz passivamente pela própria elasticidade do tórax. A manobra ventilatória inicial deve ser de 2 ventilações amplas, com duração de 1 e 1/2 a 2s cada, no adulto. A seguir, a insuflação dos pulmões deve ser repetida 12 vezes por minuto.
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Na vítima inconsciente, na qual se restabeleceram a respiração e o pulso, deve-se procurar manter a permeabilidade das vias aéreas, colocando-se cuidadosamente a mesma em decúbito lateral (posição de recuperação) quando não houver suspeita de trauma cervical.
Circulação artificial : compressão torácica externa - O reconhecimento da parada cardíaca em adulto é feita pela constatação da ausência de pulso na artéria carótida ou, eventualmente, na artéria femoral associada à perda de consciência e a outros sinais periféricos, como palidez, cianose e pele marmórea.
Localização do ponto de aplicação das compressões torácicas externas. Técnica de compressão torácica externa. Os braços do socorrista devem permanecer em extensão com as articulações dos cotovelos fixas, transmitindo ao esterno da vítima a pressão exercida pelo peso dos seus ombros e tronco, reduzindo a fadiga. A pressão aplicada deve ser suficiente para deprimir o esterno de 3,5 a 5cm no adulto. A compressão deve ser regular e rítmica, seguindo-se imediatamente o relaxamento de igual duração, aliviando totalmente a pressão, permitindo ao tórax retornar a sua posição normal, sem entretanto, retirar as mãos. A seqüência destas manobras deve ser ininterrupta. A respiração artificial e a compressão torácica externa devem ser associadas, para uma reanimação efetiva. A freqüência das compressões deve ser de 80 a 100/min no adulto. As compressões torácicas devem ser alternadas com as ventilações na seguinte proporção: na presença de um socorrista, a alternância deve ser de 30 compressões para cada duas ventilações; caso haja um segundo socorrista a manobra continua a mesma. Após 4 ciclos de compressão e ventilação (aproximadamente 1min), aconselha-se à reavaliação de presença de pulso e de respiração espontânea, repetindo-se as reavaliações a cada 3min. Então qual é a seqüência que devo seguir na execução da RCP? • • •
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A B C controle da cervical 2 ventilações de resgate ( VOS ) 30 compressões para cada 2 ventilações, em mais ou menos 1 minuto. Fazer isto em 5 ciclos Avaliar após o 1º ciclo e após a cada 5 ciclos.
FRATURAS Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada), exposta (aberta) completa ou incompleta. Na fratura simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos e um aumento do risco de infecção.Nas fraturas completas existe a quebra total do osso e na incompleta este osso está somente trincado. No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O socorrista poderá identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas, palidez ou cianose das extremidades e ainda, redução de temperatura no membro fraturado. A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou suspeitas de
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fraturas. Quando executada de forma adequada, a imobilização alivia a dor, diminui a lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade de contaminação de uma ferida aberta. As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa visualizar o local da lesão e poder avaliá-lo mais corretamente. As extremidades devem ser alinhadas, sem no entanto, tentar reduzir as fraturas expostas. Realize as imobilizações com o auxílio de talas rígidas de papelão ou madeira, ou ainda, com outros materiais improvisados, tais como: pedaços de madeira, réguas, etc. Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista deverá cobrir o ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a possibilidade de contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer na lesão. É importante que nas fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc.), o socorrista imobilize o membro na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo. A auto-imobilização é uma técnica muito simples, que consiste em fixar o membro inferior fraturado ao membro sadio, ou o membro superior fraturado ao tórax da vítima. É uma conduta bem aceita em situações que requeiram improvisação. Esta técnica é também muito utilizada no atendimento de fraturas nos dedos da mão.Na dúvida, imobilize e trate a vítima como portadora de fratura até que se prove o contrário. Nas fraturas associadas com sangramentos significativos, o socorrista deverá estar preparado para atender também o choque hipovolêmico
IMOBILIZAÇÃO Realize a avaliação da vitima: teste de sensibilidade, cor da pele; Identifique a lesão: fratura, entorse ou luxação; Mantenha o membro em sua posição mais natural ou mais adequada, que não cause mais dor a vitima; Utilize talas, KED, colar cervical, improvise se necessário utilizando madeiras, papelão, procure ñ utilizar objetos metálicos. As talas devem ultrapassar as articulações para o manter o sustento já que as estruturas foram afetadas; As colocações das ataduras devem ser de distal para proximal sempre mantendo as extremidades dos membros expostas; Em algumas fraturas de membros superiores devemos utilizar tipóia. • • •
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