Manutenção Preventiva e Higienização de Instrumentos de Sopro Fritz Baró
APRESENTAÇÃO
MANUTENÇÃO PREVENTIVA E HIGIENIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO MANUAL
O destino tem a mania de nos pregar peças. Eu, um técnico em informática por profissão, físico por formação, prático em mecânica fina, atirador por hobby e amante de um bom rock da década de setenta, tenho como um bom e velho amigo, Agostinho Fonseca - o Maestro Tinho -, que por varias vezes trouxe sua "maquina" para "brincarmos" um pouco. Em uma dessas vezes, observou-me trabalhando na restauração de um rifle. Não sei até hoje o que se passou na sua cabeça... Mas, dias depois, ele me aparece com uma maleta e, brincando, disse que havia trazido um desafio para mim: era um fagote que estava precisando ser restaurado. Depois de obter algumas informações, aceitei o desafio. Após algum tempo, sob sua orientação, conseguimos concluir o "serviço". Com o seu senso de humor sempre afinado, o Maestro Tinho colocou-me frente a um novo desafio: ir à Belém fazer um Curso de Manutenção de Instrumentos de Sopro realizado pela Fundação Carlos Gomes em parceria com o PEP. Alegando que eu não sabia tocar nenhum instrumento musical, tentei esquivar-me, ...Mas não houve jeito... Fui fazer o curso com o Mestre José Vieira.
Por: Frederico G.S. Baró - "Fritz"
Desde então venho "brincando" de técnico de instrumentos de sopro. Digo "brincando" porque é uma atividade que desenvolvo com muito gosto, prazer e auto realizaçâo. Atualmente sou o responsável pela manutenção dos instrumentos de diversas instituições na cidade de Santarém bem como de outras localidades da região e, de forma especial, da Banda Sinfônica "Wilson 2
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Fonseca", da Escola de Música "Maestro Wilson Fonseca", com a qual sou intimamente ligado tanto através da minha amizade com o Maestro Tinho, como pelo fato de minha filha Germana Patrícia ser uma das clarinetistas que compõe a Banda, e Pâmela aluna de música da Escola. Fica então meu reconhecimento ao Mestre José Vieira que me ensinou os rudimentos da manutenção de instrumentos de sopro, à Fundação Carlos Gomes e ao PEP que possibilitaram a realização desses ensinamentos, e o meu eterno agradecimento ao Maestro Tinho que, com sua larga visão, me possibilitou o aprendizado e o desabrochar de uma nova paixão.
INTRODUÇÃO Partindo do pressuposto que instrumentos musicais geralmente são caros, de natureza delicada e, portanto, de aquisição difícil para a maioria dos músicos, nada mais importante do que promover a sua conservação para manter o bom funcionamento e a aparência de novo por muitos anos. E isso pode ser conseguido através do manejo correto do instrumento, bem como de uma manutenção preventiva a qual irá ter um custo bem menor do que o de uma manutenção corretiva. As Bandas de Música são constituídas de instrumentos de sopro e percussão. As Bandas Sinfônicas podem ser acrescidas de instrumentos de cordas e teclas. Neste curso estaremos dando ênfase especial à manutenção preventiva dos Instrumentos de Sopro. Os instrumentos de sopro são divididos nas seguintes categorias: madeiras e metais. Os de madeira são assim classificados:
Embocadura livre: Flautim e Flauta;
Palheta simples: Clarinete;
Palheta dupla: Oboé e Fagote.
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Bocal: Trompa. Embora seja feita de metal, ela é classificada como integrante da família dos instrumentos de madeira devido às características sonoras do
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Fonseca", da Escola de Música "Maestro Wilson Fonseca", com a qual sou intimamente ligado tanto através da minha amizade com o Maestro Tinho, como pelo fato de minha filha Germana Patrícia ser uma das clarinetistas que compõe a Banda, e Pâmela aluna de música da Escola. Fica então meu reconhecimento ao Mestre José Vieira que me ensinou os rudimentos da manutenção de instrumentos de sopro, à Fundação Carlos Gomes e ao PEP que possibilitaram a realização desses ensinamentos, e o meu eterno agradecimento ao Maestro Tinho que, com sua larga visão, me possibilitou o aprendizado e o desabrochar de uma nova paixão.
INTRODUÇÃO Partindo do pressuposto que instrumentos musicais geralmente são caros, de natureza delicada e, portanto, de aquisição difícil para a maioria dos músicos, nada mais importante do que promover a sua conservação para manter o bom funcionamento e a aparência de novo por muitos anos. E isso pode ser conseguido através do manejo correto do instrumento, bem como de uma manutenção preventiva a qual irá ter um custo bem menor do que o de uma manutenção corretiva. As Bandas de Música são constituídas de instrumentos de sopro e percussão. As Bandas Sinfônicas podem ser acrescidas de instrumentos de cordas e teclas. Neste curso estaremos dando ênfase especial à manutenção preventiva dos Instrumentos de Sopro. Os instrumentos de sopro são divididos nas seguintes categorias: madeiras e metais. Os de madeira são assim classificados:
Embocadura livre: Flautim e Flauta;
Palheta simples: Clarinete;
Palheta dupla: Oboé e Fagote.
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Bocal: Trompa. Embora seja feita de metal, ela é classificada como integrante da família dos instrumentos de madeira devido às características sonoras do
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instrumentos vêm apresentando problemas que poderiam ser evitados se recebessem a devida manutenção preventiva a partir da correta limpeza após o uso. O importante fator limpeza é negligenciado talvez pelo desconhecimento dessa necessidade, ou pela pressa em guardar o instrumento e assumir outros compromissos, ou por esquecimento de fazê-lo, ou até mesmo por relegar esta prática a um segundo plano.
LIMPEZA, HIGIENIZAÇÃO FLAUTIM e FLAUTA
É importante repetir que a falta de higiene provoca acúmulo de sujeira que com o passar do tempo pode ocasionar sérios danos à saúde do músico e ao correto funcionamento do instrumento. E tudo isso pode ser evitado se todos trabalharmos na conscientização da importante prática da limpeza, higienização
Material: o pedaço de pano (de preferência algodão); o pedaços de papel absorvente; o pano de algodão; o pincel chato ½ "; o chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm; o chave de fenda 2 mm haste longa (>15 cm); o alicate bico chato 4"; o alicate bico redondo 4"; o óleo lubrificante para chaves; o agulha de crochê n °12 ou similar;
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o algodão;
2. Sempre se enfiar a vareta por uma extremidade do tubo da Flauta e retirá-la pelo outro, nunca puxando de volta, pois nesse caso o pano pode engatar em alguma peça e danificar o instrumento.
o palitos de dente; o óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina); o detergente neutro; o polidor de metais; o pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos.
LIMPEZA REGULAR Toda flauta vem de fabrica acompanhada de uma vareta com dupla função: afinação e limpeza. Sempre imediatamente ao termino do uso do instrumento, iniciar o processo de limpeza começando pela parte interna, procedendo da seguinte forma: em uma das extremidades da vareta existe uma fenda na qual deve ser introduzido um pedaço de pano de algodão, com a finalidade de secar a parte interna do instrumento. Alguns cuidados devem ser tomados: 1. Após introduzir o pano na fenda da vareta, enrolar o pano na haste para evitar que o contado entre metais venha a danificar ou riscar o instrumento. Alguns instrumentos vêm acompanhados de varetas feitas de material plástico. Neste caso torna-se desnecessário envolver a haste com o pano; 9
Feita esta parte da limpeza interna proceder à secagem das sapatilhas, isso mesmo, pois com toda saliva e água que "enfia-se" flauta adentro, estas se encontram às vezes literalmente encharcadas, e caso elas sejam guardadas assim podem aparecer fungos, como também diminuir a vida útil das mesmas, isso sem falar naquele odor característico causado pela falta de higiene. Para proceder-se tal "enxugamento" serão necessários simplesmente de pedaços de papel absorvente. Ir-se-á introduzir um pedaço de papel entre a sapatilha e o corpo do instrumento e pressionar a chave repetindo o processo até que no papel não fique marca de umidade, Tal procedimento deverá ser feito em todas as sapatilhas. Agora irá se fazer à limpeza do corpo do instrumento, como nosso suor é acido, deve-se remover o quanto possível qualquer marca de nossos dedos bem como qualquer poeira acumulada entre as chaves, primeiramente usando do pincel com pêlos longos remover qualquer vestígio de poeira acumulada entre as chaves, logo após, passar por todo o instrumento um pano macio de algodão para remover as marcas de suor, tomando um cuidado maior com as chaves. Embora algumas pessoas recomendem que se deva periodicamente se pingar óleo lubrificante nos 10
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troca das mesmas logo após o procedimento de limpeza, mas caso se encontre em perfeito estado dar prosseguimento ao processo de limpeza.
as chaves com o pincel de pêlos curtos para remoção dos restos do polidor.
A quase totalidade das sapatilhas da flauta têm como característica serem presas ás chaves através de parafusos, o que não é comum, já que via regra geral as sapatilhas são coladas às chaves. Essa característica nos permite a fácil remoção das mesmas, mas devendo observar alguns cuidados neste procedimento. Antes da retirada deve-se marcar qual a sua posição e após a retirada marcar a que chave ela pertence. Tal retirada somente deve ser feita se a chave em questão estiver tão suja que tenha que obrigatoriamente ser lavada. Caso contrario é aconselhável seguir o procedimento abaixo.
Agora vem a parte que alguns consideram "chata", a limpeza dos orifícios e dos parafusos, lembramos que caso esta etapa não seja feita, de pouco adianta termos um instrumento limpo e brilhando se o funcionamento dele não corresponde. Terminada a limpeza deve-se verificar a tensão das molas. Terminado o processo de limpeza, passar à montagem do instrumento, observando-se sempre que todos os eixos e parafusos devem ser corretamente lubrificados antes da montagem. Tudo feito é hora de testar para ver se o instrumento se encontra em perfeitas condições e se todos os parafusos de ajuste estão corretamente ajustados.
Após a verificação das sapatilhas, deve-se passar uma pequena ,mas suficiente quantidade de polidor de metais no corpo do instrumento sempre seguindo as orientações do fabricante. Findo o polimento, lavar o corpo da flauta com um sabão ou detergente neutro com a finalidade de remover os resíduos do polidor de metais, não esquecendo de lavar o interior da mesma. Após o enxágüe, secar imediatamente o corpo do instrumento para evitar a formação de manchas. Estando devidamente seco, proceder à limpeza das chaves. Como as sapatilhas não devem ser molhadas, o procedimento será um pouco diferente, primeiro com um chumaço de algodão embebido em um pouco de polidor para metais passar na chave seguindo as recomendações do fabricante, após o polimento escovar 13
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OBOÉ e CLARINETE
o
o
Material: o
o
o
o
o
o
um cordel resistente com aproximadamente 20 cm maior do que o comprimento do corpo do instrumento;
um pequeno peso que deve ser preso em outra extremidade do cordel, de modo que passe livremente pelo interior do instrumento; pedaços de papel absorvente; pano de algodão para limpeza externa do instrumento; pincel chato ½ "; 15
chave de fenda 2 mm haste longa (>15 cm);
o
alicate bico chato 4";
o
alicate bico redondo 4";
o
óleo lubrificante para chaves;
o
lubrificante para juntas;
o
agulha de crochê n°12 ou similar;
o
algodão;
o
palitos de dente;
o
pedaço de pano (de preferência de algodão) que deve ser firmemente fixado em uma das pontas do cordel, para limpeza interna do instrumento;
chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm;
óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina);
o
detergente neutro;
o
polidor de metais; '
o
pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos.
Os corpos dos Oboés e dos Clarinetes são fabricados de madeira ou resina plástica. Existem também clarinetes fabricados de metal, porém são raros de serem encontrados. Os que normalmente encontramos nas escolas e bandas são de resina plástica. Portanto o corpo deste tipo de oboé e clarinete pode ser lavado normalmente se utilizando água e 16
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de lavá-la. Utilizando um polidor apropriado de metais, polir cuidadosamente. Após o polimento lavar com sabão ou detergente neutro e imediatamente enxugá-la para evitar a formação de manchas. Remontar a chave retirada dessa peça.
SAXOFONES
Material: o
o
o
o
o
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um cordel resistente com aproximadamente 30 cm maior do que o comprimento do corpo do instrumento; pedaço de pano (de preferência de algodão) que deve ser firmemente fixado em uma das pontas do cordel, para limpeza interna do instrumento; um pequeno peso que deve ser preso em outra extremidade do cordel, de modo que passe livremente pelo interior do instrumento; pedaços de papel absorvente; pano de algodão para limpeza externa do instrumento;
o
pincel chato ½ ";
o
chave de fenda (tipo relojoeiro) 3 mm;
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o
chave de fenda 3 mm haste longa (>20 cm);
o
alicate bico chato 4";
o
alicate bico redondo 4";
o
óleo lubrificante para chaves;
o
agulha de crochê n°12 ou similar;
o
algodão;
o
palitos de dente;
o
seguintes serão uma repetição dos procedimentos já vistos para a limpeza do Oboé e do Clarinete. LIMPEZA REGULAR Para a limpeza regular utilizar os mesmos procedimentos citados anteriormente para o Oboé e Clarinete. Partindo do pressuposto de que instrumento se encontra montado, e terminou-se de ser manuseado:
óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina);
O primeiro passo é retirar a palheta e, se possível, lavá-la em água corrente. Em seguida enxugála delicadamente e guardá-la no estojo apropriado. O segundo passo é separar as partes do instrumento, cuidadosamente. Com elas separadas, passar o pano preso ao cordel com peso, pela parte interna do instrumento com o fim de secá-lo.
o
detergente neutro;
o
polidor de metais;
o
pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos;
o
arame recozido (± 20 cm);
Os processos de limpeza de instrumentos muito se assemelham, principalmente quando existe uma semelhança na lógica construtiva. Embora os Saxofones não se assemelhem nem em timbre sonoro nem em aparência aos Oboés e aos Clarinetes, existem semelhanças construtivas. São instrumentos de palheta, possuem chaves e molas, castelos que suportam as chaves e as molas, sapatilhas, e, no caso dos Clarinetes e Saxofones, possuem boquilhas. Partindo desse principio, os procedimentos 23
O terceiro passo é utilizar o papel absorvente, introduzindo-o entre a sapatilha e o corpo do instrumento, pressionando levemente a respectiva chave para secar a sapatilha. O último passo é a limpeza externa do instrumento. Para isso utilizar o pincel e o pano de algodão. Primeiro com o pincel, limpar delicadamente os sujos e a poeira depositados entre as chaves. Depois, com o pano, limpar completamente as chaves e o corpo do saxofone. Não esquecer que este procedimento deverá ser executado invariavelmente TODAS as vezes que o instrumento for manuseado para estudo, ensaio ou 24
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recozido da mesma forma que a dos palitos de dente. Para os parafusos seguir o mesmo processo utilizado anteriormente.
músico dar um jeitinho e tentar, ele mesmo, desempenar a chave, forçando-a para a posição que julga ser a correia. Esse procedimento é muito perigoso porque pode causar a quebra ou o amolecimento do metal da chave que normalmente é feita de bronze, tornando mais oneroso o conserto.
Terminado o processo de limpeza, remontar o instrumento sempre seguindo o processo abaixo: • lubrificar os parafusos e chaves; • verificar a tensão das molas: retensioná-las se preciso for utilizando o alicate de bico redondo; • verificar o estado das sapatilhas: se danificadas, substituí-las; • examinar os calços surdos; • efetuar os ajustes necessários. Caso seja encontrado algum defeito, corrigi-lo imediatamente. Tudo estando montado é hora de testar o instrumento. Caso apresente algum problema, verificar se todas as molas estão corretamente colocadas, se não tem nenhuma chave mal montada. Caso o problema seja causado por uma sapatilha com defeito, efetuar a troca da mesma caso esteja capacitado ou levar o instrumento após a remontagem para um técnico. Porém se for uma chave empenada, não tentar simplesmente desempenar a chave e sim efetuar o reparo levando sempre em consideração a estrutura original do instrumento e seu perfeito funcionamento, mas como no capitulo anterior a melhor solução ainda é encaminhar o instrumento a um técnico habilitado. Mesmo não sendo técnico em manutenção de instrumento, é prática comum, o próprio 29
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FAGOTE, OBOÉ E CLARINETE DE MADEIRA
o
alicate bico redondo 4
o
óleo lubrificante para chaves;
o
lubrificante para juntas;
o
agulhado crochê n °12;
o
algodão;
o
palitos de dente;
o
o
o
Material: pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta;
pedaços de papel absorvente;
o
pano de algodão;
o
pincel chato ½ " ;
o
chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm
o
o
polidor de metais; pincel chato ½ com pêlos cortados curtos.
Os instrumentos feitos de madeira têm uma natural "aversão" pela água, mesmo eles sendo envernizados (fagotes) ou polidos (clarinetes e oboés), deve-se sempre ter em mente de evitar molhá-los a qualquer custo, e caso isso venha a ocorrer, enxugá-los o mais rapidamente possível.
o
o
óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina);
LIMPEZA REGULAR
chave de fenda 2 mm haste longa (>15 cm);
É a mesma feita para os clarinetes e oboés. O primeiro passo é retirar a palheta (da boquilha no caso dos Clarinetes) e, se possível, lavá-la em água corrente. Em seguida enxugá-la delicadamente e guardá-la no estojo apropriado.
alicate bico chato 4
O segundo passo é separar as partes do 31
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utilizando o alicate de bico redondo;
verificar o estado das sapatilhas: se danificadas, substituí-las; examinar os calços surdos; efetuar os ajustes necessários. Caso seja encontrado algum defeito, corrigi-lo imediatamente.
Terminado o exame acima e corrigidos todos os problemas apresentados, iniciar a montagem o instrumento. Um detalhe de suma importância deve ser observado SEMPRE: colocar uma gota de óleo lubrificante para chaves em cada parafuso a ser montado. Depois de colocar os parafusos, retirar o excesso de óleo e não esquecer de recolocar as molas usando novamente a agulha de crochê. Finalmente lubrificar a cortiça das juntas, montar o Oboé ou Clarinete e o testá-lo. Caso apresente algum vazamento, fazer a seguinte verificação: o
o
o
o
se houve esquecimento de retornar alguma mola ao seu lugar original; se alguma chave foi montada de forma incorreta;
O procedimento de LIMPEZA GERAL deverá SEMPRE ser feito bi-mensalmente, para lugares com pouca poeira ambiente. Para lugares com alto índice de poeira, deverá ser feito mensalmente. Em ambos os casos proceder com mais freqüência quando se fizer necessário, ou então antes de se guardar o instrumento por períodos prolongados. Cuidado especial deve ser dispensado aos Clarinetes Alto e Baixo, por possuírem a campana feita de metal. Utilizando um polidor apropriado de metais, polir cuidadosamente Após o polimento lavar com sabão ou detergente neutro e imediatamente enxugá-la para evitar a formação de manchas. Remova a chave localizada nessa peça, antes de lavá-la. Remontar a chave retirada dessa peça. Outro cuidado que se deve ter é quando da lubrificação, afinal a madeira absorve com facilidade o óleo utilizado na lubrificação das chaves, deve-se, portanto evitar ao extremo deixar pingar óleo na superfície do instrumento. Lembrando que os instrumentos confeccionados em madeira, embora aparentem uma maior robustez, são instrumentos frágeis não suportando a umidade e o calor excessivo, bem como choques, nestes casos podendo trincar a madeira inutilizando o instrumento.
se alguma chave deixou de ser montada; se existe algum calço faltando ou desgastado: neste caso proceder à substituição. 35
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TROMPETES. FLUGELHORN. BOMBARDINO (EUPHONIO). TUBA. SOUSAFONE. CORNET. TROMBONE DE PISTOM
o
óleo lubrificante para pistons;
o
algodão;
o
polidor de metais;
o
pasta de dentes.
Deve já ter surgido uma pergunta, qual o critério para a ordem de agrupamento dos instrumentos utilizados neste manual, a resposta é simples : A igualdade nos procedimentos de limpeza e manutenção. Creio que já devem ter percebido que os clarinetes e oboés tem uma manutenção igual, isso se deve à forma construtiva dos mesmos, no caso atual todos os instrumento em deste capitulo tem pontos em comum: são de bocal, utilizam pistons, possuem voltas de afinação e são feitos de metal. Por estas características é que estão agrupados LIMPEZA REGULAR
pedaços de papel absorvente;
Como não cansamos de repetir este procedimento de limpeza, SEMPRE deverá ser executado logo após o uso do instrumento.
pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta;
No caso destes instrumentos é um processo bastante simples, primeiro retira-se o bocal e o limpa com um pano de algodão.
o
pano de algodão;
o
pincel chato ½ ";
Segundo passo retira-se as voltas de afinação enxugá-las internamente utilizando para isso o pano com o peso na ponta, às vezes dependendo da quantidade de
Material: o
o
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Porem se os pistons e as camisas se encontram muito sujos deve-se utilizar a pasta de dentes, para este caso deve-se usar do seguinte procedimento, com os pistons parcialmente montados (sem as molas, as guias e os feltros), passar uma pequena camada de pasta de dentes tanto nos pistons quanto no interior das camisas, sendo este procedimento feito um pistom por vez e sempre mantendo a ordem (pistom um na camisa um e assim por diante), introduzir o pistom delicadamente na sua camisa correspondente e movimentá-lo para cima e para baixo com leves movimentos rotativos, a duração do processo dependera única e exclusivamente do quanto sujo existir, devendose periodicamente molhar o conjunto para evitar o ressecamento do dentifrício. Findo o processo lavar bem e enxaguar em água corrente enxugando bem logo a seguir.
TROMBONES DE VARA
`
Material: o
pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta; pano de algodão;
Montar o instrumento, sempre tomando o cuidado de lubrificar tanto as voltas de afinação como os pistons usando para isso o lubrificante indicado para cada caso.
o
Sempre é recomendado que durante o manuseio do instrumento se tome bastante cuidado para não danificá-lo, procurando manejar com a delicadeza e a firmeza necessária para evitar uma queda, que mesmo pequena pode danificar o instrumento. E lembrando que os pistons são peças delicadas que qualquer amassado, empeno ou riscado pode comprometer definitivamente o instrumento. Portanto ao manusear os pistons todo cuidado ainda é pouco, não se devendo em nenhuma hipótese manusearmos sobre superfícies ásperas (ex.: cimento) ou metálicas.
o
algodão;
o
polidor de metais.
41
o
óleo lubrificante trombones;
para
varas
de
O mais delicado dos instrumentos de metal, e por conseqüência o instrumento em que a manutenção preventiva assume uma importância vital no que diz a perfeita limpeza e uma eficiente lubrificação. Explico, o trombone de vara é o único instrumento de sopro que trabalha com o seu mecanismo (a vara) totalmente exposto às intempéries. 42
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proceder ao enxágüe.
TROMPAS E TROMBONES DE ROTOR
Se existir e persistir uma crosta na face interna da vara externa, pode-se tentar eliminar usando novamente da vareta de limpeza com um pedaço de pano macio preso na ponta embebido em um polidor de metais, repetindo os mesmos movimentos rotativos e de "vai-e-vem", após o termino do polimento repetir o processo do capitulo anterior, tomando o cuidado de lavar e enxaguar bem para retirar a presença de todo o polidor de metais que é danoso ao musico.
Material:
Repetir o processo para também a face interna da outra vara, já a face externa da vara interna somente deverá ser limpa com um pano macio e um detergente ou sabão neutro, não se deve passar palha de aço e muito menos lixa, e caso ela apresente crostas ou arranhões deverá ser levada á um técnico para ele executar um polimento.
o
Findo estes procedimentos enxugar bem o instrumento, lubrificar a vara com um lubrificante especifico para varas de trombone, montar o instrumento e testá-lo.
o
pano de algodão;
o
pincel chato ½ " ;
o
óleo lubrificante para rotores;
o
algodão;
o
chave Philips 1/8 ";
o
o
o
o
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46
pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta;
alicate universal 4" ou alicate de bico fino 4" martelo pena 50 gr. ; pedaço de madeira (cabo de vassoura) 10 cm. polidor de metais.
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instrumento, e usados nas dificuldades que possa encontrar para a sua manutenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos não é um "bicho-de-setecabeças" a limpeza de um instrumento, alguns dão mais trabalho do que outro é certo, mas não é uma tarefa impossível que qualquer musico não possa fazê-la. Despende-se algum tempo em sua execução, o que para alguns é perda de tempo, mas vamos considerar o seguinte, se computarmos o tempo gasto na manutenção do instrumento, o que irá preservá-lo por um período maior sem uma manutenção corretiva, se levarmos em consideração que a executabilidade do instrumento se manterá inalterada por mais tempo, e o tempo que se irá perder com uma manutenção corretiva e o seu custo, será que tais fatores não irão pesar na balança a favor de uma manutenção preventiva ? Aqui neste pretenso manual, procuramos usar termos simples e materiais que creio no lugar mais ermo serão facilmente encontrados, talvez com alguma exceção dos óleos lubrificantes específicos, os quais com alguma criatividade e alguma pesquisa poderão ser substituídos. Existem também produtos e materiais específicos em casas especializadas que podem ser utilizados e que em alguns aspectos poderão facilitar o trabalho de limpeza principalmente, materiais tais como escovas especificas para determinados instrumentos, mas nada que a criatividade não possa substituir. Sempre tive presente que o musico tem que amar a musica e por conseqüência tem que amar seu instrumento e por ele ter todo o zelo possível, e como musico tem que ter disciplina, persistência e criatividade, e estes princípios devem ser aplicados ao seu 51
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ÍNDICE GERAL
ANOTAÇÕES
Apresentação...................................................... 3 Introdução........................................................... 5 Flautim e Flauta .................................................. 9 Oboé e Clarinete ................................................. 16 Saxofones........................................................... 23 Fagote, Oboé e Clarinete de Madeira ................. 32 Trompetes, Flugelhom, Bombardino (Euphonio), Tuba, Sousafone, Cornet, Trombone de Pistom ........... 38 Trombone de Vara .............................................. 43 Trompas e Trombones de Rotor......................... 47 Considerações Finais.......................................... 52
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