MANUAL DO AEROMODELIST AEROMODELISTA A * direitos direitos autorais reservados
ÍNDICE 1. Dicas para quem pretende comprar um aeromodelo aeromodelo e para quem recém comprou 2. Iniciando o aeromodelismo 3. Iniciando o Automodelismo 4. Acessórios do aeromodelo 5. Regulagem de motores 6. O motor não funciona ou funciona mal. E agora? a gora? 7. Segurança no campo 8. Noções básicas de perfis de asa 9. Material utilizado utilizado na construção de aeromodelos 10. Fazendo uma fuselagem em fibra de vidro 11. O básico básico dentro da caixa de campo 12. Aprendendo a pilotar pilotar 13. Montando uma oficina em casa 14. Fixação de Aeroplast e Monokote 15. Aprendendo a pilotar sem instrutor. Método um dois três. 16. Quem hoje tem 40 anos... lembranças e divagações divagações 17. Primeiras noções de vôo, pilotagem pilotagem e manobras 18. O check-up do dia anterior ao vôo. 19. Cuide bem de suas bate baterias rias 20. Alguns Questionamentos sobre Combustível Glow 21. Hobby trainer avião treinador construção do kit escolha seu arf montagem do arf instalação do rádio e do motor
testes 22. Manobras acrobáticas 23. Pilotos e Construtores 24. Sites na Net - catalogo de marcas - links 25. Dicionário
CAPÍT CAPÍTULO ULO 1 - Dicas Dicas para para quem quem preten pretende de compr comprar ar um aerom aeromode odelo lo e para para quem quem recém recém comprou
Introdução: Aeromodelismo radiocontrolado é um esporte fascinante. É emocionante pilotar aeromodelos que chegam até 300 ou 400 km/hora. É empolgante atravessar as nuvens com um aeromodelo (o transmissor chega a comandar o aeromodelo em uma distância de até 2 km). A sensação que se tem é de estar verdadeiramente voando, pois que o aeromodelo faz exatamente aquilo que se quer e que se manda ele fazer. Os comandos são os mesmos de um avião de verdade. No transmissor de 6 canais tem-se o controle do acelerador, leme (direção), profundor (para cima e para baixo), aelerons (movimento lateral), flaps (freio aerodinâmico para pouso) e trem de pouso (que são recolhidos após a decolagem e baixados para o pouso).
O aeromodelismo r/c é praticado por pessoas de todas as idades, de 8 a 88 anos. Há em torno de 300 pessoas praticando aeromodelismo em Porto Alegre. Quase todos se conhecem pelos nomes. Por isso aeromodelismo é um ótimo hobby para se conhecer pessoas e fazer novos amigos. Como existem encontros de aeromodelismo por todo Estado, volta e meia são organizadas caravanas para ida a esses festivais. Na maior parte das cidades brasileiras de tamanho médio para cima é assim também. No Brasil são mais de 15.000 aeromodelistas praticantes. Diversas são as cidades de 50.000 habitantes com um grupo de algo próximo a uma dúzia de aeromodelistas que se reúnem todos finais de semana. Se a sua cidade tem esse número de habitantes e não possui um grupo de aeromodelistas é porque vc ainda não se tornou um. Logo que lhe virem pilotando um aeromodelo você estará formando o primeiro grupo de sua cidade. Essa é nossa experiência.
Preço: Se você quiser se iniciar bem no aeromodelismo r/c compre aquilo que é padrão para iniciação: rádio 4 canais de boa marca, motor 40 se glow ou na faixa de 100 watts se elétrico, e aeromodelo leve e compatível com o motor. Motores menores, e por conseqüência aeromodelos menores, saem mais caro, porque o mercado deles é mais restrito.
Motor, Rádio, Aeromodelo e Acessórios: Para iniciar-se no aeromodelismo sugerimos a aquisição de um motor .40 glow. Se for iniciar nos elétricos, um motor na faixa de 100 watts fica de bom tamanho. Dentre os rádios, é suficiente um rádio 4 canais, FM ou sistema 2.4. Quanto ao aeromodelo, o que importa principalmente é que o mesmo seja leve e compatível com o motor. Uma boa opção para aeromodelismo glow é o H2000 . Há várias razões para você preferir um Hobby2000: (1) ele possui bastante sustentação, possibilitando assim o vôo lento; (2) ele é feito de madeira, o que permite vários consertos, coisa que não é suportada pelos aviões fabricados em fibra de vidro; (3) ele possui todas peças de reposição, o que não ocorre com os importados; (4) o aeromodelo conta com diversas imagens e fotos explicativas na Net; (5) a asa é feita de nervuras de balsa (estrutural), o que lhe assegura mais robustez. Se a sua opção for por um aeromodelo elétrico o importante é que o aeromodelo seja leve, possibilitando assim o vôo a baixa velocidade. O aeromodelo que recomendamos é o Ugly Stick. Por várias razões: (1) ele possui bastante sustentação, possibilitando assim o vôo lento; (2) a fuselagem é feita de depron, que no caso de acidente pode ser consertada colando (3) o mesmo se diga em relação a asa de isopor, a qual também pode ser facilmente consertada com cola (4) ele possui todas peças de reposição; (5) o aeromodelo tem diversas imagens e fotos explicativas disponíveis na Net; (6) a razão de planeio e sustentação dele é praticamente imbatível e é resultado de anos de experiência do projetista do aeromodelo, Alberto de Carvalho Motta. Tamanha é sua sustentação que seu vôo pode ser equiparado a de um Slowflyer, com a vantagem de que é capaz de voar muito rápido apenas acelerando o motor. Atenção: FUJA dos aeromodelos elétricos do tipo “brinquedo”, esses aeromodelinhos importados prontos para voar muito baratos, mas que acabam custando muito caros, pois diante da menor pancada eles não tem volta, nem no que diz respeito ao aeromodelo propriamente dito nem no que diz respeito a seus componentes eletrônicos que não possuem peças de reposição no mercado. Se for ingressar pela porta dos elétricos, adquira um conjunto do tipo "profissional".
Temos recomendado os iniciantes a não adquirem seu primeiro aeromodelo com rádio, motor e acessórios já instalados. É necessário que o iniciante faça essas instalações para que depois tenha condições de fazer a manutenção do aeromodelo e o check up pré-vôo sem estar sempre dependendo de terceiros. Se é o próprio iniciante que faz essas instalações ele adquire todos os conhecimentos necessários para na sequência fazer a manutenção de seu aeromodelo. O iniciante também não precisa comprar todo equipamento de uma vez. Pode iniciar apenas pelo aeromodelo ou pelo aeromodelo e acessórios, deixando outras etapas a aquisição do motor e rádio.
Discriminando Componentes e Acessórios do Aeromodelo Trainer para Iniciação:
A combustão:
Motor 40 Montante Vela Hélice compatível Spiner Tanque de combustível Mangueira de silicone Rádio 4 canais c/4 servos Hobby2000 Trem de pouso Par de rodas Roda trazeira Parafusos médios c/arruela Pushroads Links Retentores de roda 2 Horns Strips Espuma base asa Espuma do receptor Total
Elétrico:
Motor 100 watts Speed Control Bateria Rádio Ugly Stick espagheti conector varetas de fibra arames adesivo perfilado contra-montantes horns varetas redondas elásticos asa
O aeromodelismo, ao contrário do que se imagina, não é um esporte caro. O investimento inicial, esse sim pode ser meio salgado, todavia, a manutenção é barata. Um vôo de 30 minutos consume apenas R$ 6,00 de combustível. No caso dos elétricos, não custa nada, pois a bateria é recarregável, A manutenção, consertos, reparos, regulagens, pode ser feita praticamente toda ela em casa. O aeromodelo, seu motor e rádio são capazes de durar dez anos. Depende dos cuidados e cautelas do desportista.
Apronfunde um pouco mais os seus conhecimentos: Aprofunde um pouco mais seus conhecimentos sobre o aeromodelismo glow clicando aqui e sobre o aeromodelismo elétrico clicando aqui.
Capítulo 2 - Iniciando o Aeromodelismo Esse capítulo é para quem não entende nada de aeromodelismo e está se dispondo a iniciar a prática do hobby.
Vamos dividir o assunto em quatro partes: aeromodelo, motor, rádio e acessórios. Afinal, em última análise aeromodelismo r/c são essas quatro coisas.
Antes, porém, vamos esclarecer duas indagações bastante frequentes de pessoas interessadas em iniciar-se no
aeromodelismo: qual a distância que o transmissor mantém o avião sobre controle e qual a velocidade do aeromodelo.
O rádio mantém o controle do aeromodelo a uma distância de até 2.000 metros. Em outras palavras, o aeromodelo é capaz de alcançar e atravessar as nuvens. Quanto a velocidade, os aviões para iniciantes (trainers) atinge velocidade um pouco superiores a 100 km/h. Os mais velozes são os jatos que ultrapassam os 400 km/h.
Os aeromodelos podem ser asa alta, asa média ou asa baixa. As asas podem ser simétricas ou assimétricas. Pode ser grandes ou pequenos. Com a fuselagem construída em madeira balsa, compensado ou fibra de vidro. Com a asa feita com nervuras de balsa (estrutural) ou com isopor chapeado.
Os motores podem ser grandes ou pequenos, embuchados ou rolamentados, ABC ou anelados, dois tempos ou quatro tempos e existem diversas marcas.
Douglas no evento na Cidade de Gaspar, SC - O maior encontro nacional anual de aeromodelismo Os rádios são constituídos pelo conjunto transmissor, receptor, cristais, servos e baterias do transmissor e do receptor. Possuem de dois a oito canais e são de frequência AM, FM ou PCM.
Confuso, não é? Pois bem, vamos examinar esse palavreado todo e ao final veremos que a coisa é bastante simples.
O Aeromodelo
Aeromodelos asa alta são aqueles cuja asa fica acima da fuselagem. Pelo fato de possuírem a tendência de ficarem "em pé" quando se larga todos os comandos são os mais recomendados para quem quer se iniciar no aeromodelismo, muito embora, como explicaremos adiante, não basta o avião ser asa alta para ser um bom trainer (aeromodelo treinador para iniciantes), é necessário que possua mais algumas características.
Asas simétricas são aquelas cujo bordo inferior possui o mesmo perfil do bordo superior, ou seja, quando essa asa é vista de lado (em um corte transversal), o perfil do bordo debaixo é igual ao do bordo de cima. Com esse perfil a asa puxa para cima com a mesma força que puxa para baixo e por essa razão é a asa utilizada e aeromodelos (e aviões reais) acrobáticos e aqueles feitos para andar em altas velocidades.
Asas assimétricas são aquelas em que a curvatura (o perfil) em cima é distinta da curvatura em baixo. Ou a parte de cima tem mais curvatura ou a de cima possui curvatura e a parte de baixo é completamente reta.
Esse último tipo de perfil de asa, com curvatura em cima e reta embaixo é o perfil ideal para o aeromodelo trainer. Isso pela razão de que essa asa possui grande sustentação possibilitando assim o vôo bem lento, o vôo ideal para quem está iniciando. Aeromodelos com esse tipo de asa são chamados de Pata Choca, pois que são lentos como uma pata choca voando. Você sabe porque esse tipo de asa possui mais sustentação? Bom, aí entramos em uma das noções mais básicas e elementares da teoria aerodinâmica. A explicação do porque a asas voam. Explicando rapidamente e para não teorizar muito (esmiuçamos esse assunto em capítulo próprio): como a asa é curva em cima as moléculas de ar que passam por cima da asa se distanciam mais que as que passam por baixo da asa (porque o caminho percorrido por elas é maior, as de cima fazem uma curva e as de baixo passam reto) e assim acontecendo, a pressão do ar em cima da asa é menor (o ar possui menos massa porque as moléculas estão mais distantes) que a pressão embaixo da asa. Essa diferença de pressão faz com que a asa seja puxada para cima, por isso ela voa e por isso esse tipo de asa sustenta mais que outros tipos.
Quanto ao tamanho os aeromodelos podem ser de diversos tamanhos. Há os 40% (tamanho igual a 40% do tamanho do avião real), os 1/3 de escala, os 1/4, 1/5. Aeromodelos grandes precisam de motores maiores, mais potentes. Normalmente se diz aeromodelo para motor 40, aeromodelo para motor 60 e assim por diante. Isso significa que o aeromodelo possui um tamanho e um peso que requer motor 40 2 tempos ou 60 2 tempos. O aeromodelo mais usado e que é, inclusive, o recomendado para iniciantes é o aeromodelo para motor 40. Não se aconselha aeromodelos menores para iniciante, pois que aeromodelos menores são mais rápidos, mais nervosos, dificultando assim a aprendizagem. Também não se aconselha maiores, aeromodelo para motor 60 por exemplo, pois que o motor 60 é muito violento e, para o iniciante, pode se tornar perigoso.
A fuselagem dos aeromodelos pode ser construída com varetas de balsa, com uma lâmina de compensado ou em fibra de vidro.
Os aeromodelos construídos em varetas de balsa (estruturais) são os mais leves e também os mais difíceis de construir. Os construídos em lâmina de compensado são mais fáceis de construir e de consertar. Os feitos em fibra de
vidro são mais bonitos, mas, por outro lado, não são fáceis de construir e de consertar. Uma fuselagem de madeira podem ser consertada diversas vezes, já o mesmo não ocorre com a fuselagem em fibra de vidro que aceita poucos consertos.
A asa pode ser feita com nervuras de balsa (asa estrutural) ou com isopor chapeado por uma fina lâmina de madeira. As asas estruturais costumam ser mais leves e as de isopor mais baratas. A fina lâmina de madeira é colada ao isopor.
Qual o tipo de construção que se recomenda ao iniciante? Qualquer tipo. O importante é que o aeromodelo possue uma asa que possibilite vôo a baixa velocidade. Deve ser leve, mas não exageradamente (aeromodelos leves demais são mais sensíveis e nervosos).
Sobre a questão do peso do aeromodelo, de certa feita, indaguei ao Zanquin, um amigo com 30 anos de aeromodelismo (numa perna, porque na outra tem mais 30), qual o melhor aeromodelo, o leve ou um pouco mais pesado. Ele me olhou com aquela cara de coruja espantada e respondeu: "É relativo... Não tem gente que gosta de mulher magrinha? E não tem outros que preferem um pouquinho mais de carne? Com avião é a mesma coisa - e finalizou - tem uns que gostam dos mais leves, e outros preferem o contrário." Esse Zanquin é um figuraço! Ele tem toda razão, e complementando, depende do tipo de vôo que o piloto gosta. Se gosta de andar rápido, de fazer manobras radicais, violentas, o aeromodelo tem que ser mais forte (e será necessariamente pesado). Mas, se gosta de voar lento, em pré-stoll, fazendo manobras lentas próximo ao chão, rasante, daí, não há dúvida, o avião ideal para esse piloto é o bem leve. E observe-se: é muito difícil um mesmo piloto gostar dos dois tipos de vôo, ou gosta de um e ou de outro.
O motor
Como se disse acima, os motores podem ser grandes ou pequenos, embuchados ou rolamentados, ABC ou anelados, dois tempos ou quatro tempos e existem diversas marcas.
Os motores dois tempos mais utilizados são os .10, .15, .25, .40, .46 e .60 (se diz motor 10, 15, 25... sem o ponto). Isso significa que o volume no interior da camisa possui 0,15 cm3, 0,25 cm3 e assim por diante. Dentre esses os mais usados são os .40.
Os quatro tempos mais usados são os motores marca OS 26, 42, 52, 71, 91 e 120.
Dentre esses o mais utilizado é o 52. Isso porque o 52 4 tempos se utiliza nos aeromodelos cujo motor 2 tempos indicado é o .40. Sempre que se utiliza um determinado motor 2 tempos em um aeromodelo, o motor 4 tempos apropriado tem a numeração um pouco acima. Assim, o aeromodelo que necessita um motor .60 2 tempos ele pede um motor .71 ou . 91 4 tempos. O que necessita de um .40 dois tempos pede um .52 4 tempos. A razão disso está em que os motores 4 tempos atingem uma rotação máxima inferior aos motores 2 tempos (claro que quando a numeração é a mesma).
Seguem algumas diferenças entre os motores 2 e 4 tempos. Os motores 4 tempos possuem mais força, são capazes de suportar uma hélice maior (mais larga ou mais comprida), razão porque a retomada da aceleração em um motor 4 tempos é muito mais segura e eficiente. Já os motores 2 tempos atingem rotações superiores, o que os torna indicado para quem quer atingir grandes velocidades. Os 4 tempos são mais caros, os 2 tempos mais baratos. Os 2 tempos possuem mais peças de reposição no mercado (claro que depende da marca e do modelo), o 4 tempos menos. Os 2 tempos são mais leves, os 4 tempos mais pesados. Os 2 tempos costumam falhar mais, os 4 tempos são mais estáveis, mais seguros. Em caso de queda os 4 tempos se sujeitam muito mais a avarias.
Com que motor se deve iniciar? Recomendamos o 2 tempos. Embora seja mais gostoso voar com um 4 tempos (o barulho soa melhor), quem está iniciando deve optar por um .40 2 tempos. É mais barato e possui mais peças de reposição no mercado (para o caso de queda com avarias). Quem inicia não deve entrar gastando muito, pois que pode a vir a não gostar do hobby e também porque quem inicia está mais sujeito a quedas.
Motores embuchados são aqueles cujo eixo que faz girar a hélice é suportado no corpo do motor por um sistema de buchas. Rolamentados (ou roletados como se diz) são os que utilizam rolamentos. Os embuchados, em razão de atritarem mais com o corpo, atingem rotação em torno de 20% menos dos que os rolamentados. As buchas quando estragam são de difícil reparo (ou não tem conserto), os rolamentados troca-se o rolamento. De qualquer forma, persistimos recomendando os embuchados para quem está iniciando. Por primeiro porque são mais baratos (algo em torno de 30% mais barato) e por segundo em razão de que as buchas hoje estão sendo tão bem feitas que dificilmente estragam (ao contrário do que ocorria há alguns anos).
O potente motor OS 46 FX Anelados são os motores que possuem anéis no pistão. ABC, uma tecnologia mais recente, são os que não utilizam anéis. O motor ABC surgiu da constatação que a parte superior do cilindro dos motores esquenta mais que a parte inferior do cilindro, pois que é ali que se verificam as explosões. Esquentando mais, a parte superior se dilata mais. Assim criaram um motor que quando ele está frio, sua parte superior possui um diâmetro menor dentro de cilindro. Ao esquentar, essa parte se dilata mais que a inferior ficando do mesmo tamanho e impossibilitando (ou dificultando) assim a passagem de combustível para baixo (o que faz com que se dispense a utilização dos anéis, cuja finalidade é justamente essa, impedir que o combustível passe da parte superior do cilindro para a inferior no espaço que existe entre o pistão e a camisa).
Com que motor iniciar, anelado ou ABC? É indiferente. Qualquer um deles é bom.
Quanto às marcas 2 tempos há os motores OS, Supertigre, Thunder Tiger, Enyia, YS, Webra e o CB nacional. Os mais caros são os OS. São também os melhores motores. Peças de reposição no mercado brasileiro, os que possuem são os motores OS, Supertigre e Thunder Tiger. YS não é motor para iniciante. Enyia, embora seja um excelente motor e que há alguns anos era a preferência nacional, não possui peças de reposição atualmente no mercado brasileiro. O motor CB, produzido no Brasil pela micromecânica, tem o .25 e o .46 recém lançado no mercado. O motor é bom e barato. Possui peças de reposição.
Qual motor recomendamos para quem quer iniciar? O motor OS 40 LA. Porque é bom, é barato (custa menos de U$ 100,00) e possui peças de reposição. Os motores .46 OS, .45 Supertigre e .46 Thunder Tiger não recomendamos. São motores meio violentos e que podem machucar o iniciante. São motores para uma segunda fase.
O rádio
Interessante que se tenha, ainda, um rápida idéia dos componentes e do funcionamento do rádio. Ao contrário do que se possa pensar, o rádio não é apenas aquela caixinha que se segura com as mãos. O rádio é um conjunto de equipamentos composto pelo transmissor (a tal caixinha), o receptor (que vai dentro do aeromodelo), as baterias do transmissor e do receptor e os servos.
Bateria do receptor Vamos na ordem do comando: puxando o stick do rádio para um lado, o transmissor emite uma ordem que é recebida pelo receptor que se encontra de dentro de aeromodelo. Esse receptor é alimentado por uma bateria recarregável que se encontra também dentro do aeromodelo. O receptor, recebendo a mensagem a decodifica e a transforma em um impulso elétrico que sai através de fios para o servo. O servo transforma aquele impulso elétrico em um movimento. Esse movimento do braço (cruzeta) do servo é repassado aos comandos do aeromodelo (leme, profundor, aelerons, flaps, trem de pouso) através de arames (pushroads).
Tanto a bateria do transmissor como do receptor são recarregáveis. Devem ser carregadas na noite anterior ao dia do vôo durante 15 horas. Quando acende a luz no carregador é sinal de que a bateria está sendo carregada.
Os rádios 4 canais possuem 2 sticks. O da esquerda com o movimento lateral controla o leme e com o movimento para frente e para trás comanda o acelerador. O stick da direita, com o movimento lateral (direita e esquerda) controla os aelerons das asas e com o movimento para frente e para trás comanda o profundor (puxando o avião sobe e empurrando o avião desce).
Chave liga-desliga Junto aos sticks (em baixo e ao lado deles) tem uma pecinhas móveis. São os trimers. Servem para trimar o avião, ou seja, regular o avião.
Explicando: se tirarmos o dedo de cima do stick direito o mesmo (em razão das molas) ficará bem centrado e o avião deverá (com o stick centrado) voar sem desviar para cima ou para baixo. Se com o stick centrado o avião estiver com tendência de picar (baixar o nariz) durante o vôo, a solução é trimá-lo, ou seja, baixa-se um pouco o trimer que fica ao lado do stick.
Cada comando (acelerador, leme, profundor e aelerons) possui seu próprio trimer, daí porque no rádio 4 canais são quatro trimers ao todo.
Servo S-3003 No transmissor há também a entrada para o fio que vem do carregador de bateria e a entrada para o cabo trainer. Esse cabo tem por finalidade ligar o transmissor do aluno ao transmissor do instrutor. O controle é passado de um transmissor para outro apertando um botão que fica na frente em cima a esquerda do transmissor.
Dentre as marcas existentes no mercado temos recomendado o rádio FUTABA, pois além de ser um bom rádio, mundialmente conhecido, é o que possui mais peças de reposição.
Mesa de servos
Bateria do transmissor
Os rádios podem ser AM, FM e PCM. Os rádios AM estão sendo abandonados pois que são os mais sujeitos a interferência no sinal. A grande maioria dos aeromodelista utilizado hoje o rádio FM.
Para o aeromodelismo, as autoridades governamentais destinaram sessenta frequências diferentes (a cada frequência corresponde um Canal). A frequência do rádio é determinada pelo par de cristais (um cristal no transmissor e outro no receptor). Esses cristais podem ser facilmente substituídos. Assim, quando vc chegar no campo e alguém estiver pilotando com a mesma frequência de seu rádio, vc pode trocar ali mesmo e sem nenhuma dificuldade o seu par de cristal, colocando outro com outra frequência.
Acesssórios
Passando aos acessórios básicos.
Além do motor e do rádio, para voar, o aeromodelo possui os seguintes acessórios:
roda dianteira roda trazeira trem de pouso retentores de roda arames com rosca tanque mangueira de silicone vela links
horn strips hélice spiner parafusos montante retentores de servo elásticos espuma da base da asa espuma de proteção do receptor
No Capítulo 4 há imagens desses acessórios e é onde descrevemos um a um.
O trem de pouso vai preso na fuselagem com os elásticos. A asa também é presa na asa com os elásticos. A mangueira de silicone serve para levar combustível do tanque para o carburador e também para levar ar comprimido da descarga para dentro do tanque. Os links, junto com os arames de rosca e varetas de madeira redondas formam o chamado pushroad. Pushroad é esse conjunto que levará o movimento da alavanca do servo ao leme, ao profundor, ao acelerador e aos aelerons. Os horns servem para unir o pushroad ao leme e ao profundor. Os strips unem o pushroad ao comando do aeleron. Os retentores de servo unem os pushroads aos braços ou alavancas dos servos. O spiner vai na frente da hélice. Os parafusos são para prender o motor no montante e o montante na fuselagem. A espuma da base da asa e colocada na fuselagem e serve para calçar a asa.
Em capítulo adiante explicamos como são instalados todos esses acessórios. Sempre aconselhamos que o próprio iniciante faça a instalação do rádio, motor e acessórios. É a única maneira de ir aprendendo a lidar com o aparelho. A não ser assim, havendo qualquer problema com o avião, o iniciante fica sem saber o que fazer.
Além disso, há ainda o equipamento de campo. O básico é constituído pelo combustível, pela bateria ni start e pelo starter.
Há questão de poucos anos atrás, o pessoal fazia seu próprio combustível comprando os componentes nas Químicas. Quatro partes de álcool metílico para uma parte de óleo de rícino. Hoje compram o combustível pronto e já misturado nas lojas de modelismo. É que a diferença no preço se tornou muito pequena.
Par de cristais
Rádio 6 XA computadorizado
De uns tempos para cá difundiu-se a utilização de pelo menos 10% de nitrometano no combustível. Esses combustíveis que já vem prontos vem praticamente todos com um percentual de nitrometano. Essa substância confere mais estabilidade e rotação aos motores.
A bateria ni start serve para dar a partida no motor. Sem ela não dá para ligar o motor. Sua função é deixar a vela incandescente. Depois que o motor pega, a bateria ni start já pode ser retirada de cima da vela pois que as explosões dentro do cilindro se encarregam de manter a incandescência da vela.
O starter é um aparelho ligada a uma bateria 12 volts que serve para dar a partida. Ele faz a hélice girar com força até que o motor pegue. Não é indispensável, pois que os motores podem ser ligados manualmente ( mas nunca utilize os dedos pois que o motor pode dar um contra - utilize um bastão qualquer).
Capítulo 3 – Iniciando o Automodelismo
Para sua segurança
- Cuidado para o motor não estar todo acelerado ao dar partida (cuidado com as rodas) - O combustível é tóxico. Não ingerir. Pode provocar a morte. Cuidado com o combustível nos olhos. Em contato com a córnea pode cegar. Aliás, dependendo da quantidade e tempo do contato ele cega realmente
Idéias Gerais
O automodelismo radiocontrolado é empolgante. É fascinante a velocidade a que chegam esses pequenos carros. Alguns chegam a impressionante velocidade de 130 km/h. Enquanto que o aeromodelismo é mais contemplativo, o automodelismo é mais competitivo. A preparação do chassis, do motor, a escolha dos pneus, dos acessórios, o ajuste do carro, tudo tem por fim fazer com que o carro ande mais e, por consequência, ande na ponta. As provas são disputadas com
Rádio Futaba 2 PC para auto muita emoção por parte dos participantes, competidores, mecânicos e público. Quando se pilota um automodelo a sensação que se tem é de estar pilotando um auto de verdade. Mas com uma grande vantagem: você não corre nem coloca ninguém em risco. No transmissor o piloto tem o controle do acelerador, do freio e da direção. Alguns automodelos possuem também chave de ignição no transmissor. As marchas são trocadas automaticamente. É um esporte praticado por crianças e adultos.
Se na sua cidade ainda não existe um grupo de automodelismo - e o automodelismo é um esporte para ser praticado em grupo - tenha plena certeza que se você adquirir um automodelo e iniciar a pilotá-lo em local público (tipo estacionamento de um supermercado, de um prédio público, em uma praça), em pouco tempo, você estará acompanhado de um grupo de automodelistas.
Modalidades e equipamentos
Os automodelos são elétricos ou a combustão. On road ou off road.
A famosa pista Cebolão, localizada na cidade do Rio de Janeiro na Barra. A área foi cedida pela Prefeitura do Rio. Esses cariocas não merecem os nossos Parabéns!!!
Os automodelos elétricos são movidos a energia elétrica concentrada em um bateria. Fazem pouco barulho e sujam pouco. Esse automodelista deve ter sempre junto mais de uma bateria, pois que duram em torno de 15 minutos cada e também um carregador rápido capaz de carregar a bateria do automodelo na bateria 12 volts do automóvel.
Face a nosso temperamento latino, os automodelos mais difundidos no Brasil são os movidos a combustão. Fazem barulho, soltam fumaça e costumam correr mais. São mais reais. Além do auto e do rádio, o automodelista necessita de combustível e bateria ni start (bateria de partida). O combustível é uma mistura de álcool metílico, óleo de rícino e nitrometano. É comprado pronto nas lojas de modelismo. Mas se sua cidade não possui uma loja de modelismo dirija-se à Química mais próxima e compre 4 partes de álcool metílico e 1 parte de óleo de rícino. Misture e está pronto o combustível. Quanto ao nitrometano, esqueça. Com esse não se faz mistura caseira. A bateria ni start é uma pequena bateria que é colocada na vela do motor para deixá-la incandescente na hora de dar a partida. Logo que o motor pega vc tira a bateria ni start da vela que ela se mantém incandescente só com as explosões do motor.
Rádio
Quanto ao rádio, os dois mais usados são o Futaba 2 PC e o Futaba 2 PCKA. Outras marcas não possuem peças no mercado. Escolha o Futaba 2PC que é significativamente mais barato e oferece praticamente o mesmo que o 2 PCKA (a diferença é que este último possui uma regulagem para que a curva para um determinado lado seja mais fechada).
Esse rádio possui uma determinada frequência. Existem em torno de 30 frequências diferentes destinadas ao automodelismo radiocontrolado. Ao chegar na pista vc deve indagar se alguém está com rádio da mesma frequência que a sua. Se houver alguém com a mesma frequência vcs devem se combinar: quando um pilota o outro não liga o rádio. Vc pode contornar esse problema levando sempre um par de cristais sobressalentes para a pista (é o cristal que determina a frequência, um deles vai no receptor no carro e outro no transmissor). O par de cristal pode ser fácil e rapidamente trocado.
Quando vc compra um rádio, o que vc compra é um transmissor com comandos de acelerador, freio e direção, um receptor, um par de cristais e uma caixinha para colocar pilhas as quais alimentarão o receptor.
Modalidade Off Road Uma medida inteligente é em vez de utilizar essa caixinha, comprar uma bateria de níquel cadmio utilizada em aeromodelismo chamada "bateria do receptor" pois que essa bateria é recarregável. Compre o carregador junto. Pilhas alimentando o receptor são um problemão. Vc se tornará um voraz consumidor de pilhas. Eles estão sempre perdendo a carga e rapidamente. Já a bateria dura muito mais e vc fica despreocupado (além de economizar com compra de pilhas).
Pois é... basicamente é isso. Para praticar automodelismo R/C vc precisa de um automodelo, de um rádio, da bateria ni start e de combustível. O resto, acessórios, ferramentas, etc e tal, vem depois. Para iniciar, tudo isso é dispensável. No caso de opção pelo automodelo elétrico, em vez do combustível e da bateria ni start, vc precisará de pelo menos duas baterias e de um carregador de bateria para ser ligado na bateria do automóvel (ou vc vai se deslocar até em casa para ligar na tomada 110/220 volts toda vez que o automodelo perder a carga?!)
Em tempo, mais um detalhe, se o carro for a combustão prefira que ele venha com recoil. Não sabe o que é recoil? É uma "manivela" com a qual se puxa a cordinha para o motor pegar, parecido com aquele sistema que se utiliza para fazer pegar motor de lancha. Se ele vier sem recoil vc terá mais gastos, pois necessitará de um aparelho chamado starter.
A escolha do carro
Buenas... o mais difícil agora: a escolha do carro. Vc quer um auto on road ou off road? Vale indagar, um auto para andar no asfalto ou para andar "fora da estrada", na grama, na terra, em terrenos irregulares?
O melhor automodelo é aquele que anda bem, que é resistente e, principalmente e acima de tudo, que possua peças de reposição no mercado. Imagina vc estourar um diferencial e não encontrar as peças nas lojas? Vc terá de ficar com o carro parado esperando até que um amigo seu vá e volte dos EUA.
Fizemos uma pesquisa entre os automodelistas brasileiros através da internet. O automodelo mais utilizado pelos brasileiros é o modelo Super Ten da marca Kyoscho. Em seguida, em segundo lugar, parelhos, vem um bloco de automodelos: Vector da Serpent, Impact da Serpent, Inferno MP-5 da Kyoscho, Sandmaster da Kyoscho, Mirage da
Thunder Tiger e os autos da marca HPI. Depois bem distantes desse bloco vem uma série de outros modelos e marcas.
Por que ingressamos nesse assunto? Por uma razão muito simples: os automodelos mais utilizados são os que são importados em maior quantidade pelas distribuidoras, são os mais vendidos pelos lojistas e, por consequência, os que mais possuem peças de reposição no mercado.
Dessa maneira, se vc quiser se iniciar bem no automodelismo off road a combustão, escolha um dos seguintes automodelos (preço aproximado em dólares):
- Sandmaster da Kyoscho
300
- Mirage da Thunder Tiger
680
- Inferno MP-5 da Kyoscho 1100
Se preferir o on road a combustão escolha:
- RS 4 da HPI - Super Ten da Kyoscho
450 500
- Impact da Serpent
780
- Vector da Serpent
1200
Os preços acima são de automodelos acompanhados de motor.
Se preferir os elétricos escolha modelos da Tamyia ou da HPI.
Esse aconselhamento fazemos levando também em consideração a idoneidade e a competência dos Importadores/Distribuidores, especialmente no que diz respeito ao item "reposição de peças".
Mas vamos com calma... não vá sair por aí e comprar um Vector de saída. O Vector é o melhor carro do mundo. No campeonado brasileiro força livre dos 10 que estão na frente, 9 são o Vector. Vc primeiro deve passar por outro carro, só adiante pensar em um Vector.
Auto Vector - câmbio, freios ABS, 120 km/h Digamos que vc não tenha bem certeza se quer um auto on road ou off road. O que vc quer é iniciar com um carro que não seja muito caro, até para ter certeza de que gostará da prática do hobby. Nesse carro escolha o Sandmaster. É um carro off road, certo, mas nada impede que vc ande com ele também no asfalto se quiser. É um carro barato e de excelente marca, a Kyoscho. A escala dele é 1/10 (ele é um décimo do tamanho real do carro) e o motor é um kyosho .12.
Se vc está decidido pelo off road e quer um carro que ande mais rápido que o Sandmaster mas ao mesmo tempo não quer gastar demais, nesse caso, uma boa opção é o modelo Mirage da marca Thunder Tiger. É um auto escala 1/8 com motor Thunder Tiger .21 que atinge os 90 km/hora.
Já se vc quer um auto que está entre os primeiros no ranking nacional e internacional, o seu carro é o Inferno MP-5. É escala 1/8. Quanto ao motor, pode ser um motor .21 das marcas OS ou Novarossi.
Caso vc tenha se decidido pela modalidade on road, uma excelente pedida são os modelos Super Ten (Nissan Skyline, Toyota Castrol, Mc Later F1, Porsche 911 Taisan e Porsche 911 GT1, Mercedes e MacLaren BMW) da marca Kyoscho. O Super Ten não é um bom carro, é um excelente carro! É, como sugere o nome um carro, um pouco maior que a escala 1/10 e vem com um motor .15 da Kyoscho. A caixa com duas marchas é um opcional que lhe garante boas arrancadas e uma excelente velocidade final. Além do mais - um dado importante que deve ser considerado - é o carro mais difundido no Brasil.
Se vc preferir um carro que anda mais ainda, então, escolha o Impact (escala 1/10) da Serpent. Os automodelos Serpent são verdadeiramente fantásticos. É uma marca, ou melhor, é a marca com renome internacional. São os carros que estão na ponta nos campeonatos brasileiro e mundial. A tecnologia desses autos impressiona. Dá gosto abrir a caixa de um Serpent. Vem um disquete junto. É para vc fazer todos os ajustes no carro com o auxílio do computador. O Impact vem com um motor Mega .15 e o Vector (escala 1/8) vem com um motor Mega .21. Os motores Mega são em verdade um motor da marca italiana Novarossi feitos especialmente e sob encomenda da Serpent. As peças do Mega e dos Novarossi comuns não são intercambiáveis.
O Vector é o auto da Serpent na escala 1/8. Venho para substituir o Excel. É o carro de ponta nas provas nacionais e internacionais. Sofre constantes modificações e evoluções com vista a melhorar sua performance. Um excelente auto. Tecnologia e acabamento sem igual. Uma opção para quem já passou por outro auto.
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